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DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO Ano XI – nº 147 – Porto Alegre, terça-feira, 5 de julho de 2016 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO PUBLICAÇÕES JUDICIAIS SECRETARIA DO PLENÁRIO, CORTE ESPECIAL E SEÇÕES Boletim Secretaria dos Órgãos Julgadores Boletim Nro 0879/2016 TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO Secretaria dos Órgãos Julgadores JULGAMENTOS 7ª E 8ª TURMAS 00001 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM APELAÇÃO CRIMINAL Nº 0047033- 67.2006.4.04.7100/RS RELATOR : Des. Federal SEBASTIÃO OGÊ MUNIZ INTERESSADO : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EMBARGADA : DECISÃO DE FOLHAS INTERESSADO : (Os mesmos) INTERESSADO : NELSON ATAIDES DA SILVA OLIVEIRA DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA FEDERAL DA 4ª REGIÃO 1 / 678

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  • DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno XI n 147 Porto Alegre, tera-feira, 5 de julho de 2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    PUBLICAES JUDICIAIS

    SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESBoletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0879/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7 E 8 TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CRIMINAL N 0047033-67.2006.4.04.7100/RSRELATOR : Des. Federal SEBASTIO OG MUNIZINTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERALEMBARGADA : DECISO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : NELSON ATAIDES DA SILVA OLIVEIRA

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 1 / 678

  • : SILVIA FERRARI MANFIOADVOGADO : Olimpio Marcelo Picoli e outros

    : Milton Machado: Cezar Paulo Lazzarotto

    INTERESSADO : ROQUE FABIANO SILVEIRAADVOGADO : Carlos Chammas Filho e outros

    : Cezar Roberto Bitencourt e outrosEMBARGANTE : FERNANDO SANTOS BOTTIADVOGADO : Andrei Zenkner Schmidt e outrosINTERESSADO : DANIEL GUILERMO MORCIO SOSAADVOGADO : Ney Fayet de Souza Junior

    : Lauro Thaddeu GomesINTERESSADO : ALARCON FELIPEADVOGADO : Jonas Marzago e outro

    : Mauricio Defassi e outrosINTERESSADO : JOSE GERALDO OLIVEIRA BITARADVOGADO : Karin Machado Garbelotto

    : Mrcio Ponzi Seligman

    EMENTA

    EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSO CARACTERIZADA. ARTIGO61 DO CDIGO PENAL. PRESCRIO NO ANALISADA. EXTINODA PUNIBILIDADE. CRIME DE QUADRILHA.

    1. Considerando que j transcorreu o lapso prescricional de quatro anos entre adata da sentena condenatria e a deciso que deflagrou o incio da execuo da pena,impe-se reconhecer a extino da punibilidade dos rus, relativamente ao delito previsto noartigo 288 do Cdigo Penal, j que as penas so inferiores a dois anos.

    2. Configurada omisso na deciso que determinou fosse deflagrada a execuoda pena corporal, devem ser providos os embargos de declarao para sanar o vcio apontado

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00002 CORREIO PARCIAL N 0000541-25.2016.4.04.0000/PRRELATOR : Des. Federal SEBASTIO OG MUNIZREQUERENTE : MARIA HELENA DE ALMEIDAADVOGADO : Alvaro Borges Junior

    : Jorge Vicente SilvaREQUERIDO : JUZO SUBSTITUTO DA 13A VF DE CURITIBA

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 2 / 678

  • INTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERALINTERESSADO : FLORIANO NOLASCO DA SILVA JUNIORADVOGADO : Debora Maria Cesar de Albuquerque

    : Miguel Beltran Neto

    EMENTA

    PROCESSO PENAL. CORREIO PARCIAL. NEGATIVA DESEGUIMENTO A RECURSO EM SENTIDO ESTRITO CONTRADECISO QUE NO RECEBEU RECURSO DE APELAO. QUESTODISCUTIDA EM SEDE DE EMBARGOS DE TERCEIROS. AUSNCIAD E ERROR IN PROCEDENDO OU INVERSO TUMULTURIA DEATOS.

    Tendo em vista a pretenso da parte de rediscutir matria j devolvida a estaCorte pela via adequada (embargos de terceiro), correta a deciso que negou seguimento aorecurso em sentido estrito interposto contra deciso que no recebeu recurso de apelao.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento correio parcial, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00003 APELAO CRIMINAL N 0000337-50.2009.4.04.7008/PRRELATOR : Des. Federal MRCIO ANTONIO ROCHAAPELANTE : MINISTRIO PBLICO FEDERALAPELADO : FRANCISCO CARLIM DOS SANTOSADVOGADO : Luiz Guilherme Leite Mendes e outros

    EMENTA

    PENAL. CRIME AMBIENTAL. EXPLORAO MINERAL IRREGULAR.UNIDADE DE CONSERVAO. ART. 40 DA LEI 9.605/98.MATERIALIDADE. AUTORIA. DOLO. COMPROVAO.

    Comprovados a materialidade, autoria e o dolo no cometimento do crimeambiental, consistente em dano a Unidade de Conservao (Parque Saint Hilaire Lange),mediante explorao irregular de recursos minerais, sem autorizao, condena-se o ru comoincurso nas penas do art. 40 da Lei 9.605/98.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 3 / 678

  • ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao e, de ofcio, reconhecer a extino da punibilidade pela prescrio dapretenso punitiva, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 21 de junho de 2016.00004 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CRIMINAL N 0002344-34.2008.4.04.7110/RSRELATOR : Des. Federal SEBASTIO OG MUNIZEMBARGANTE : FABIO TAJES DE SOUZA

    : MARCOS ANTONIO PORTO COIMBRAADVOGADO : Marcelo Boabaid PereiraEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : MINISTRIO PBLICO FEDERALINTERESSADO : VALTER REGIS FURTADO RECONDOADVOGADO : Marcelo Boabaid PereiraINTERESSADO : DARWIN MARCELO MIRABALLES TEMIZADVOGADO : Alberto Nunes RodriguesINTERESSADO : ROSIMERI DA SILVA RECONDOADVOGADO : Marcelo Boabaid PereiraINTERESSADO : MARCELO BAINY RODRIGUESADVOGADO : Antonio Ernani Pinto da Silva Filho e outro

    : Cristina Pinto da Silva

    EMENTA

    PROCESSUAL PENAL. EMBARGOS DE DECLARAO. INEXISTNCIADE OMISSO. REDISCUSSO DO FEITO. IMPOSSIBILIDADE.

    A via declaratria tem o objetivo especfico de provocar novo pronunciamentojudicial de carter integrativo e/ou interpretativo nas hipteses de ambiguidade, omisso,contradio ou obscuridade, a teor do artigo 619 do Cdigo de Processo Penal, ou ento, porconstruo pretoriana integrativa, quando constatado erro material no julgado, hipteses noconfiguradas no caso.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 4 / 678

  • Egrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficasque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00005 APELAO CRIMINAL N 0002279-22.2006.4.04.7106/RSRELATOR : Des. Federal MRCIO ANTONIO ROCHAAPELANTE : MINISTRIO PBLICO FEDERALAPELADO : CLEDISON TRAMONTINADVOGADO : Fernando Bongiolo e outros

    EMENTA

    PENAL E PROCESSO PENAL. CORRU. PARTICIPAO. INSUFICINCIADE PROVA. DVIDA. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO PRO REO.

    No havendo prova segura da participao do ru no delito cujo cometimentofoi assumido pelo corru, impe-se a soluo da lide segundo o princpio in dubio pro reo,mantendo-se a sentena absolutria.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 21 de junho de 2016.00006 RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO N 0004381-40.2008.4.04.7205/SCRELATORA : Des. Federal CLUDIA CRISTINA CRISTOFANIRECORRENTE : MINISTRIO PBLICO FEDERALRECORRIDO : ADEMIR JOSE TESTONIADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio

    EMENTA

    PENAL. RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. REJEIO DADENNCIA. CRIME AMBIENTAL. ART. 40 DA LEI N 9.605/98. DANO AMBIENTAL EMPROPRIEDADE SITUADA EM UNIDADE DE CONSERVAO. SUJEIO DAS NORMASDE DIREITO PENAL AMBIENTAL PRVIA INDENIZAO EXPROPRIATRIA.IMPOSSIBILIDADE. PRINCPIO DA SUPREMACIA DO INTERESSE PBLICO. 1. A tutelaambiental penal no pode ser condicionada ao prvio pagamento de indenizao pordesapropriao, sob pena de violao funo social ambiental da propriedade e aos demaisprincpios que regem a tutela jurdica do meio ambiente, destacando-se o princpio da

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  • supremacia do interesse pblico sobre o particular. 2. O fato de a Administrao Pblica noter regularizado a situao fundiria da propriedade do acusado, mediante o pagamento deindenizao expropriatria, no afasta a exigncia de respeito s normas de DireitoAmbiental relativas s Unidades de Conservao, cujo regime jurdico mantm sua eficciaplena. 3. princpio consagrado em nosso ordenamento jurdico a independncia entre asinstncias penal, civil e administrativa. 4. Presentes indcios da autoria e da materialidadesuficientes para dar continuidade persecuo penal, deve ser recebida a denncia,considerando-se que nessa fase vigora o princpio do in dubio pro societate.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento ao recurso, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00007 "HABEAS CORPUS" N 0000658-16.2016.4.04.0000/PRRELATORA : Des. Federal CLUDIA CRISTINA CRISTOFANIIMPETRANTE : JOAO ONESIMO DE MELLOPACIENTE : FRANCISCO ISABELINO LOVERA BAREIRO

    : SILVIO MOISES CUENCA GONZALEZ: ENRIQUE RAVIOLO VELAZQUEZ: CARLOS HUGO SOSA PALMEROLA

    IMPETRADO : JUZO SUBSTITUTO DA 13A VF DE CURITIBA

    EMENTA

    HABEAS CORPUS. EXECUO PROVISRIA DA PENA.CONDENAO EM SEGUNDO GRAU. HIGIDEZ.

    1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC n 126.292, resgatoujurisprudncia antes consolidada que entendia constitucional a execuo provisria da pena,afastando entendimento de violao presuno de inocncia. Conforme notcia no site doSTF, o Ministro Relator Teory Zavascki enfatizou que, aps o julgamento pelo Tribunal desegunda instncia, "exaure-se o princpio da no culpabilidade, at porque os recursoscabveis da deciso de segundo grau, ao STJ ou STF, no se prestam a discutir fatos eprovas, mas apenas matria de direito. "Ressalvada a estreita via da reviso criminal, nombito das instncias ordinrias que se exaure a possibilidade de exame dos fatos e dasprovas, e, sob esse aspecto, a prpria fixao da responsabilidade criminal do acusado",afirmou" (http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310153).

    2. dizer que os recursos excepcionais, de regra destitudos de efeitosuspensivo, visam no propriamente ao julgamento do caso concreto, mas preservao dahigidez e da coerncia do sistema jurdico, buscando a uniformizao da interpretao da leifederal e da Constituio. Assim, a formao ou a confirmao de um juzo condenatrio emsegundo grau exaure, de fato e de direito, a anlise probatria e as instncias ordinrias dejurisdio.

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    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310153).

  • 3. Hgida a decretao de execuo provisria da pena pelo Tribunal.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 7 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, denegar aordem, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00008 APELAO CRIMINAL N 0004353-18.2007.4.04.7202/SCRELATOR : Des. Federal JOO PEDRO GEBRAN

    NETOAPELANTE : GILBERTO CORREA FERREIRAADVOGADO : Defensoria Pblica da UnioAPELADO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    EMENTA

    PENAL. PROCESSO PENAL. CONTRABANDO. ART. 334 DO CDIGOPENAL. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS. SUSPENSOCONDICIONAL DO PROCESSO. INOCORRNCIA. JUSTIAGRATUITA

    1. Nos crimes de contrabando e/ou descaminho, a materialidade e a autoria socomprovadas, em regra, com os documentos elaborados e lavrados pela autoridade fiscalcompetente e responsvel pela diligncia por ocasio da apreenso das mercadorias.

    2. O benefcio da suspenso condicional do processo, de acordo comentendimento desta Corte, uma prerrogativa do Ministrio Pblico e no do ru. Uma vezno preenchidos os requisitos da Lei n 9.099/95 no h que falar possibilidade de sursisprocessual.

    3. O pedido de assistncia judiciria gratuita, com iseno do pagamento dascustas processuais, deve ser apreciado pelo Juzo da Execuo, a quem cabe fixar ascondies de adimplemento e autorizar, inclusive, eventual parcelamento do valor devido,conforme lhe faculta a Lei n 7.210, de 11/07/84, art. 66, V, a, c/c art. 169, 1.

    4. Apelao criminal desprovida.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 678

  • provimento apelao criminal, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.Boletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0883/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1 SEO / 2 SEO / CORTE ESPECIAL JUDICIAL

    00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM MANDADO DE SEGURANA N 0002854-27.2014.4.04.0000/PRRELATOR : Desembargador Federal AMAURY CHAVES DE

    ATHAYDEEMBARGANTE : ESTADO DO PARAN

    : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO PARANEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN - UFPRPROCURADOR : Procuradoria-Regional Federal da 4 Regio

    EMENTA

    PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSO.REDISCUSSO DO JULGADO. PREQUESTIONAMENTO. MANDADODE SEGURANA. AUTORIDADE IMPETRADA. LEGITIMIDADE.TRIBUNAL DE CONTAS. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARAN.CONVNIO COM RGO ESTADUAL. PRESTAO DE CONTAS.COMPETNCIA PARA FISCALIZAR DO TRIBUNAL DE CONTAS DAUNIO. PACTO FEDERATIVO.

    1. Incabvel rediscutir o julgado em sede de embargos de declarao, a pretexto

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 8 / 678

  • de suprir omisso.2. O acrdo apreciou os argumentos relativos ilegitimidade do Presidente do

    Tribunal de Contas para responder ao mandado de segurana.3. Ao contrrio do que sustentam os embargantes, o acrdo no partiu de

    premissa ftica equivocada, tratando da prestao de contas do convnio firmado pelaUniversidade Federal com o Estado do Paran, em que o Estado repassou verbas autarquiafederal.

    4. No foi ignorado o disposto nos artigos 18, 25, 1, 70, 71, II e IV, e 75,todos da Constituio Federal, referidos implicitamente no acrdo.

    5. Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justia, ainda que ausentea menao expressa a dispositivos legais, se a matria ventilada nos embargos foidevidamente examinada pela Corte a quo, resta caracterizado o prequestionamentoimplcito, o qual viabiliza o conhecimento do recurso especial.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitaros embargos de declarao do Estado do Paran e do Tribunal de Contas do Estado doParan, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 23 de junho de 2016.Boletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0884/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    7 E 8 TURMAS

    00001 APELAO CRIMINAL N 0007607-46.2009.4.04.7002/PRRELATOR : Des. Federal JOO PEDRO GEBRAN

    NETO

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 9 / 678

  • APELANTE : MINISTRIO PBLICO FEDERALAPELANTE : GILMAR DE VARGAS

    : MARIO JOSE DE VARGASADVOGADO : Rodrigo Biezus

    : Giovani Marcelo RiosAPELADO : (Os mesmos)APELADO : CARLOS ALEXANDRE SIQUEIRA DA MAIAADVOGADO : Mauricio Defassi

    : Cledy Goncalves Soares dos Santos: Jose dos Passos Oliveira dos Santos

    EMENTA

    QUESTO DE ORDEM. SENTENA CONDENATRIA. EXTENSODOS EFEITOS INTERRUPTIVOS AOS DELITOS CONEXOS.PRESCRIO. INOCORRNCIA.

    1. A sentena condenatria estende seus efeitos interruptivos aos demais crimesconexos dos quais o ru foi absolvido (artigo 117, 1, segunda parte, do Cdigo Penal).

    2. Prescrio no reconhecida.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, solver aquesto de ordem para indeferir o pedido de extino da punibilidade do ru pela ocorrnciada prescrio, nos termos do relatrio, voto e notas taquigrficas que ficam fazendoparte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.00002 JUZO DE RETRATAO EM RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITON 2009.72.01.001048-6/SCRELATOR : Des. Federal LEANDRO PAULSENRECORRENTE : MINISTRIO PBLICO FEDERAL

    EMENTA

    DIREITO PROCESSUAL PENAL. JUZO DE RETRATAO. REPERCUSSOGERAL: TEMA 393. COMPETNCIA DA JUSTIA FEDERAL. DIVULGAOE PUBLICAO, NA INTERNET, DE IMAGENS COM CONTEDOPORNOGRFICO ENVOLVENDO CRIANA OU ADOLESCENTE (241-A DALEI 8.069/90). INTERNACIONALIDADE.Reconhecida a presena do atributo internacionalidade em face da prtica docrime pela internet, mediante o uso da rede social ORKUT, antes afastado peloacrdo sob retratao, fixa-se a competncia da Justia Federal para oprocessamento e julgamento do feito originrio.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 678

  • ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 8 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, em sede dejuzo de retratao, dar provimento ao recurso em sentido estrito, a fim de manter acompetncia da Justia Federal, Subseo Judiciria de Joinville/SC, para o processamento ejulgamento do feito originrio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.Boletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0885/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1, 2, 3 E 4 TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO N2004.04.01.024161-3/SCRELATOR : Des. Federal FERNANDO QUADROS DA SILVAEMBARGANTE : UNIO FEDERALADVOGADO : Procuradoria-Regional da UnioEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES -

    DNITINTERESSADO : LAURIANO RAMOS RAMOS e outroADVOGADO : Vanio Coelho e outroINTERESSADO : JOAO SATURNINO OURIQUES e outros

    EMENTA

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 11 / 678

  • EMBARGOS DE DECLARAO. OMISSO. AGRAVO DEINSTRUMENTO. ART. 100, 1 DA CONSTITUIO FEDERAL.AUSNCIA DE VIOLAO.

    1. Verificando-se a ocorrncia da omisso apontada pela parte embargante,impe-se a integrao do acrdo embargado, com a manifestao da Turma sobre o pontoomisso.

    2. Reconhecida a ocorrncia da precluso no que se refere incidncia dosjuros compensatrios, no se verifica qualquer violao ao dispositivo constitucionalapontado pela parte embargante.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 3 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento aos embargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 21 de junho de 2016.00002 APELAO CVEL N 2000.70.06.000871-6/PRRELATOR : Des. Federal CNDIDO ALFREDO SILVA LEAL

    JUNIORAPELANTE : SEBASTIO DE ALMEIDA RODRIGUESADVOGADO : Luiz Antonio de SouzaAPELADO : UNIO FEDERALADVOGADO : Procuradoria-Regional da UnioAPELADO : ESTRADA DE FERRO PARANA OESTE S/AADVOGADO : Suzana Bellegard Danielewicz

    EMENTA

    RECLAMATRIA TRABALHISTA. TRABALHADOR NO-CONCURSADO.TEMA 308 DO STF. JUZO DE RETRATAO DO ARTIGO 543-B DO CPC-1973. RETRATAO PARCIAL, PARA SE ADEQUAR AO DECIDIDO PELOSTF. CONDENAO MANTIDA APENAS QUANTO S VERBAS DENATUREZA SALARIAL E AO FGTS, CONFORME ACRDO-PARADIGMA.IMPROCEDNCIA E EXCLUSO DAS DEMAIS PARCELAS.1- Procedncia apenas parcial da reclamatria trabalhista, mantendo a

    condenao da parte r, na forma estabelecida no acrdo da apelao, apenas quanto sseguintes parcelas: (1) saldo de salrios que no tenham sido pagos; (2) horas extras e horasin itinere; (3) FGTS incidente sobre esses valores; (4) correo monetria e juros moratrios,calculados na forma da lei quanto a dbitos judiciais dessa natureza.

    2- Retratao acolhida. Apelao parcialmente provida, em menor extenso.

    ACRDO

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 12 / 678

  • Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 4a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darparcial provimento apelao da parte autora, em menor extenso do que feito noacrdo retratado, e determinar em juzo de retratao sua adequao, nos termos dorelatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre, 22 de junho de 2016.Boletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0886/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    1, 2, 3 E 4 TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2002.71.05.000227-3/RSRELATOR : Des. Federal JORGE ANTONIO MAURIQUEEMBARGANTE : COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS - CVMADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 RegioEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : HOTEL MAERKLI LTDA/ADVOGADO : Adelino Somavilla

    EMENTA

    EMBARGOS EXECUO FISCAL. COMISSO DE VALORESMOBILIRIOS - CVM. TAXA DE FISCALIZAO. COMPANHIA INCENTIVADA.DECRETO-LEI N 2.298/86. LEI N 7.940/89. RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.

    1. O fato de a autora ter recebido incentivos fiscais antes do advento da Lei n7.940/89 no permite sujeit-la ao pagamento de taxa de fiscalizao do mercado de valores.

    2. Embargos de declarao acolhidos para complementar os fundamentos do

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 13 / 678

  • acrdo.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, acolher osembargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.00002 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2005.71.05.002136-0/RSRELATOR : Des. Federal JORGE ANTONIO MAURIQUEEMBARGANTE : COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS - CVMADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 RegioEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : HOTEL MAERKLI LTDA/ADVOGADO : Adelino Somavilla e outros

    EMENTA

    EMBARGOS EXECUO FISCAL. COMISSO DE VALORESMOBILIRIOS - CVM. TAXA DE FISCALIZAO. COMPANHIA INCENTIVADA.DECRETO-LEI N 2.298/86. LEI N 7.940/89. RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.

    1. O fato de a autora ter recebido incentivos fiscais antes do advento da Lei n7.940/89 no permite sujeit-la ao pagamento de taxa de fiscalizao do mercado de valores.

    2. Embargos de declarao acolhidos para complementar os fundamentos doacrdo.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, acolher osembargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2004.71.05.006404-4/RSRELATOR : Des. Federal JORGE ANTONIO MAURIQUEEMBARGANTE : COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS - CVMADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 RegioEMBARGADO : ACRDO DE FOLHAS

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 14 / 678

  • INTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : HOTEL MAERKLI LTDA/ADVOGADO : Adelino Somavilla e outros

    EMENTA

    EMBARGOS EXECUO FISCAL. COMISSO DE VALORESMOBILIRIOS - CVM. TAXA DE FISCALIZAO. COMPANHIA INCENTIVADA.DECRETO-LEI N 2.298/86. LEI N 7.940/89. RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.

    1. O fato de a autora ter recebido incentivos fiscais antes do advento da Lei n7.940/89 no permite sujeit-la ao pagamento de taxa de fiscalizao do mercado de valores.

    2. Embargos de declarao acolhidos para complementar os fundamentos doacrdo.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, acolher osembargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.00004 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2005.71.05.003082-8/RSRELATOR : Des. Federal JORGE ANTONIO MAURIQUEEMBARGANTE : COMISSO DE VALORES MOBILIRIOS - CVMADVOGADO : Procuradoria-Regional Federal da 4 RegioEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)INTERESSADO : HOTEL MAERKLI LTDA/ADVOGADO : Adelino Somavilla e outros

    EMENTA

    EMBARGOS EXECUO FISCAL. COMISSO DE VALORESMOBILIRIOS - CVM. TAXA DE FISCALIZAO. COMPANHIA INCENTIVADA.DECRETO-LEI N 2.298/86. LEI N 7.940/89. RETROATIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.

    1. O fato de a autora ter recebido incentivos fiscais antes do advento da Lei n7.940/89 no permite sujeit-la ao pagamento de taxa de fiscalizao do mercado de valores.

    2. Embargos de declarao acolhidos para complementar os fundamentos doacrdo.

    ACRDO

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 15 / 678

  • Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 1 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, acolher osembargos de declarao, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 29 de junho de 2016.Boletim

    Secretaria dos rgos Julgadores

    Boletim Nro 0887/2016

    TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO

    Secretaria dos rgos Julgadores

    JULGAMENTOS

    5 E 6 TURMAS

    00001 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0003834-87.2009.4.04.7003/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSEMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : SUELI TEREZA STABEN CULPIADVOGADO : Marta Patricia Bonk Rizzo

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. EMBARGOS DE DECLARAO. ART. 1022 DOCPC DE 2015. OMISSO, OBSCURIDADE OU CONTRADIO.CORREO DE ERRO MATERIAL. PREQUESTIONAMENTOIMPLCITO. ART. 1.025 DO CPC/2015.

    1. Cabem embargos de declarao contra qualquer deciso judicial para: a)esclarecer obscuridade ou eliminar contradio; b) suprir omisso de ponto ou questo sobre

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 16 / 678

  • o qual devia se pronunciar o juiz de ofcio ou a requerimento; c) corrigir erro material(CPC/2015, art. 1.022, incisos I a III). Em hipteses excepcionais, admite a jurisprudnciaemprestar-lhes efeitos infringentes.

    2. No se enquadrando em qualquer das hipteses de cabimento legalmenteprevistas, devem ser rejeitados os declaratrio.

    3. Consideram-se includos no acrdo os elementos que o embargante suscitou,para fins de pr-questionamento, ainda que os embargos de declarao sejam inadmitidos ourejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omisso, contradio ouobscuridade (art. 1.025 do CPC/2015).

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitar osembargos declaratrios, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00002 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0002245-48.2009.4.04.7201/SCRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSINTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : (Os mesmos)EMBARGANTE : ADILSON JOO MOREIRAADVOGADO : Rose Mary Grahl

    EMENTA

    EMBARGOS DE DECLARAO. MELHOR BENEFCIO. DECADNCIA.QUESTES NO EXAMINADAS QUANDO DA CONCESSO DOBENEFCIO. PREQUESTIONAMENTO. IMPLCITO. ART. 1.025 DOCPC/2015.

    1. Os embargos de declarao so destinados a complementar o julgamento daao, quando da existncia de obscuridade, omisso ou contradio. No tendo ocorridonenhuma destas hipteses de ser rejeitado o recurso.

    2. Os declaratrios no se prestam a rediscutir o mrito da causa.3. Reconhecido o direito ao melhor benefcio como o direito reviso da renda

    inicial para que seja substituda pela maior renda mensal inicial possvel, no h como sercaracterizada a pretenso como discusso de questo no examinada quando do pedidoadministrativo.

    4. O reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefcio (RE n 630.501)implica discusso sobre a graduao econmica de benefcio j deferido, razo pela qual talpretenso est sujeita ao prazo decadencial.

    5. Dirimida pelo Supremo Tribunal Federal a controvrsia acerca da

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 17 / 678

  • 5. Dirimida pelo Supremo Tribunal Federal a controvrsia acerca daaplicabilidade da decadncia aos benefcios concedidos antes da vigncia do instituto, emJuzo de retratao, de se reconhecer a ocorrncia da decadncia do direito reviso dobenefcio em apreo.

    6. Consideram-se includos no acrdo os elementos que o embargante suscitou,para fins de pr-questionamento, ainda que os embargos de declarao sejam inadmitidos ourejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omisso, contradio ouobscuridade (art. 1.025 do CPC/2015).

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitar osdeclaratrios, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N0001770-77.2009.4.04.7206/SCRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSINTERESSADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASEMBARGANTE : ADAO DE CARVALHO PADILHAADVOGADO : Rose Mary GrahlREMETENTE : JUZO SUBSTITUTO DA 1A VF DE LAGES

    EMENTA

    EMBARGOS DE DECLARAO. MELHOR BENEFCIO. DECADNCIA.QUESTES NO EXAMINADAS QUANDO DA CONCESSO DOBENEFCIO. PREQUESTIONAMENTO. IMPLCITO. ART. 1.025 DOCPC/2015.

    1. Os embargos de declarao so destinados a complementar o julgamento daao, quando da existncia de obscuridade, omisso ou contradio. No tendo ocorridonenhuma destas hipteses de ser rejeitado o recurso.

    2. Os declaratrios no se prestam a rediscutir o mrito da causa.3. Reconhecido o direito ao melhor benefcio como o direito reviso da renda

    inicial para que seja substituda pela maior renda mensal inicial possvel, no h como sercaracterizada a pretenso como discusso de questo no examinada quando do pedidoadministrativo.

    4. O reconhecimento do direito adquirido ao melhor benefcio (RE n 630.501)implica discusso sobre a graduao econmica de benefcio j deferido, razo pela qual talpretenso est sujeita ao prazo decadencial.

    5. Dirimida pelo Supremo Tribunal Federal a controvrsia acerca daaplicabilidade da decadncia aos benefcios concedidos antes da vigncia do instituto, emJuzo de retratao, de se reconhecer a ocorrncia da decadncia do direito reviso do

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 18 / 678

  • benefcio em apreo.6. Consideram-se includos no acrdo os elementos que o embargante suscitou,

    para fins de pr-questionamento, ainda que os embargos de declarao sejam inadmitidos ourejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omisso, contradio ouobscuridade (art. 1.025 do CPC/2015).

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5a. Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitar osdeclaratrios, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00004 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0011158-93.2011.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : PAULO FERNANDO DE OLIVEIRAADVOGADO : Luiz Antonio FveroREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    PORECATU/PR

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.REQUISITOS LEGAIS. TEMPO DE SERVIO RURAL. SEGURADO ESPECIAL.RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DE ATIVIDADE ESPECIAL. CONVERSO DOTEMPO DE SERVIO ESPECIAL EM COMUM. ATIVIDADE DE MOTORISTA.CONSECTRIOS.Lei n 11.960/2009 TUTELA ESPECFICA.

    1. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

    2. A partir de novembro de 1991, pretendendo o segurado especial computartempo rural para obteno de aposentadoria por tempo de contribuio, dever comprovar orecolhimento das contribuies facultativas (Smula 272 do STJ).

    3. Considera-se provada a atividade rural do segurado especial havendo inciode prova material complementado por idnea prova testemunhal.

    4. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

    5. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 19 / 678

  • 6. Persiste a condio especial do labor, mesmo com a reduo do rudo aoslimites de tolerncia pelo uso de EPI.

    7. Em relao atividade especfica de motorista de caminho - e, por analogia,a atividade de tratorista -, h elementos suficientes a ensejar a configurao de nocividade ajustificar a especialidade de tal atividade laboral: forte influncia do stress ocupacional agerar desgastes na sade fsico-psicolgica do motorista, submetido por horas ininterruptasao trnsito catico das estradas (vrias em pssimo estado de conservao) e vias urbanas(com trnsito intenso), sendo, ainda, constantemente desafiado pelo cumprimento de prazoscada vez mais exguos, bem como submetido a elevadas tenses, seja em decorrncia dotransporte de cargas, seja pela conduo de passageiros.

    8. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    9. Tramitando a ao na Justia Estadual do Paran, deve o INSS responderintegralmente pelo pagamento das custas processuais (Smula n 20 do TRF4).

    10. O cumprimento imediato da tutela especfica, diversamente do que ocorreno tocante antecipao de tutela prevista no art. 273 do CPC, independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC.

    11. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos 461 e 475-I, caput, do CPC, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, doCPC e 37 da Constituio Federal.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao e remessa oficial, e determinar a implantao imediata do benefcio,nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante dopresente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00005 APELAO CVEL N 0019169-14.2011.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : JOSE FRANCISCO PERES FAGUNDESADVOGADO : Viviane Behrenz Da Silva

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR TEMPODE CONTRIBUIO. REQUISITOS LEGAIS. TEMPO DE SERVIO RURAL EM REGIME

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 678

  • DE ECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DE ATIVIDADEESPECIAL. CONVERSO DO TEMPO DE SERVIO ESPECIAL EM COMUM.CONSECTRIOS.Lei n 11.960/2009 TUTELA ESPECFICA.

    1. Fixada pelo STJ a obrigatoriedade do reexame de sentena ilquida proferidacontra a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e as respectivas autarquias efundaes de direito pblico na REsp 1101727/PR, a previso do art. 475 do CPC torna-seregra, admitido o seu afastamento somente nos casos em que o valor da condenao sejacerto e no exceda a sessenta salrios mnimos

    2. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

    3. A partir de novembro de 1991, pretendendo o segurado especial computartempo rural para obteno de aposentadoria por tempo de contribuio, dever comprovar orecolhimento das contribuies facultativas (Smula 272 do STJ).

    4. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

    5. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

    6. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Ressalva do ponto de vista do Relator.

    7. Persiste a condio especial do labor, mesmo com a reduo do rudo aoslimites de tolerncia pelo uso de EPI.

    8. As atividades de foguista e operador de caldeira, exercidas at 28.4.1995, soconsideradas especiais por enquadramento da categoria profissional.

    9. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    10. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul,o INSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS e remessa oficial, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 678

  • Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00006 APELAO CVEL N 0021102-22.2011.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : JOSE JACONTO DE QUEIROZADVOGADO : Catia Regina Rezende FonsecaAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIO.REQUISITOS LEGAIS. COMPROVAO. TEMPO DE SERVIO RURAL EM REGIME DEECONOMIA FAMILIAR. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DE ATIVIDADEESPECIAL. CONVERSO DO TEMPO DE SERVIO ESPECIAL EM COMUM. AGENTENOCIVO RUDO. CONSECTRIOS. LEI 11.960/2009. TUTELA ESPECFICA.

    1. Fixada pelo STJ a obrigatoriedade do reexame de sentena ilquida proferidacontra a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e as respectivas autarquias efundaes de direito pblico na REsp 1101727/PR, a previso do art. 475 do CPC torna-seregra, admitido o seu afastamento somente nos casos em que o valor da condenao sejacerto e no exceda a sessenta salrios mnimos

    2. possvel o aproveitamento do tempo de servio rural at 31-10-1991independentemente do recolhimento das contribuies previdencirias, exceto para efeito decarncia.

    3. A partir de novembro de 1991, pretendendo o segurado especial computartempo rural para obteno de aposentadoria por tempo de contribuio, dever comprovar orecolhimento das contribuies facultativas (Smula 272 do STJ).

    4. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

    5. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

    6. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 a 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (REsp 1.398.260).

    7. Persiste a condio especial do labor, mesmo com a reduo do rudo aoslimites de tolerncia pelo uso de EPI.

    8. Em que pese os Decretos ns 83.080/1979 e 2.172/1997 no contemplarem aeletricidade como causa de periculosidade, configurada a especialidade do trabalho,porquanto o rol constante das normas regulamentadores meramente exemplificativo.

    9. As atividades de vigilante e ensacador/descarregador exercidas at 28.4.1995so consideradas especiais por enquadramento da categoria profissional.

    10. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida a

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 678

  • aposentadoria por tempo de contribuio.11. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-

    F da Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    12. Tramitando a ao na Justia Estadual do Paran, deve o INSS responderintegralmente pelo pagamento das custas processuais (Smula n 20 do TRF4).

    13. O cumprimento imediato da tutela especfica, diversamente do que ocorreno tocante antecipao de tutela prevista no art. 273 do CPC, independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC.

    14. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos 461 e 475-I, caput, do CPC, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, doCPC e 37 da Constituio Federal.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento ao apelo do INSS e remessa oficial, dar provimento ao apelo da parte autora edeterminar a implantao imediata do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00007 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0013763-41.2013.4.04.9999/SCRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : SONIA REGINA SALDANHA PAIM DA SILVAADVOGADO : Ulysses Colombo Prudencio

    : Rodrigo de BemREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE FORQUILHINHA/SC

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. REVISO DA RENDA MENSAL INICIAL.CONSECTRIOS. LEI 11.960/2009.

    1. Nos termos do que dispe o art. 29, II, da Lei 8213/91, o clculo dosbenefcios por incapacidade consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios decontribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo.

    2. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devem

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 678

  • ser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento ao apelo e remessa oficial, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficasque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00008 APELAO CVEL N 0000323-41.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : CARLOS JOS MARTINSADVOGADO : Alcemir da Silva MoraesAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS.DECADNCIA. QUALIDADE DE SEGURADO. CARNCIA. INCAPACIDADE. LAUDOPERICIAL E DOCUMENTAO PROBATRIA. CONSECTRIOS. HONORRIOSADVOCATCIOS. CUSTAS.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidezpressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele nessa condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social ou realizado por perito nomeado pelo juzo; o julgador, via de regra, firmasua convico com base no laudo do expert, embora no esteja jungido sua literalidade,sendo-lhe facultada ampla e livre avaliao da prova.

    4. No caso dos autos, considerando as provas, a parte autora faz jus manuteno do benefcio de auxlio-doena.

    5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os consectrios legaiscomportam a incidncia de juros moratrios equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp 1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira,26/06/2013) e correo monetria pela TR e demais ndices oficiais consagrados pelajurisprudncia.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 24 / 678

  • 6 . O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    7. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    8. Mantida a condenao das partes, pro rata, ao pagamento das custas edespesas processuais e de honorrios advocatcios, arbitrados em um mil reais, permitida acompensao. Isenta a parte requerente, ante a AJG.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao da parte autora e remessa oficial, determinando a imediataimplantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00009 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0000619-63.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : JOS MENDESADVOGADO : Monica Maria Pereira BicharaAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE MANOEL

    RIBAS/PR

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS.DECADNCIA. QUALIDADE DE SEGURADO. CARNCIA. INCAPACIDADE. LAUDOPERICIAL E DOCUMENTAO PROBATRIA. CONSECTRIOS. HONORRIOSADVOCATCIOS. CUSTAS.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidez

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 25 / 678

  • pressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele nessa condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social ou realizado por perito nomeado pelo juzo; o julgador, via de regra, firmasua convico com base no laudo do expert, embora no esteja jungido sua literalidade,sendo-lhe facultada ampla e livre avaliao da prova.

    4. No caso dos autos, considerando as provas, a parte autora faz jus ao benefciode aposentadoria por invalidez, desde a data apontada pelo experto como a do incio daincapacidade.

    5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os consectrios legaiscomportam a incidncia de juros moratrios equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp 1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira,26/06/2013) e correo monetria pela TR e demais ndices oficiais consagrados pelajurisprudncia.

    6. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    7. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    8. So devidos os honorrios advocatcios na totalidade pelo INSS nopercentual de 10% sobre o valor das parcelas vencidas at a data da sentena de procednciaou do acrdo que reforma a sentena de improcedncia, nos termos da Smula n 111 doSuperior Tribunal de Justia e Smula n 76 deste TRF.

    9. Tramitando a ao na Justia Estadual do Paran, deve o INSS responderintegralmente pelo pagamento das custas processuais (Smula n 20 do TRF4).

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da parte autora e remessa oficial, determinando a imediataimplantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficamfazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00010 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 0005373-48.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal LUIZ ANTONIO BONAT

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 26 / 678

  • EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSEMBARGADO : ACRDO DE FOLHASINTERESSADO : MARIA APARECIDA ROSAADVOGADO : Joo Luiz Spancerski

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. EMBARGOS DE DECLARAO. PR-QUESTIONAMENTO IMPLCITO. ART. 1.O25 DO CPC DE 2015.

    1. O art. 1.025 do NCPC unifica a questo do pr-questionamento para o fim deconsiderar includos no acrdo os elementos que o embargante suscitou, para fins de pr-questionamento, ainda que os embargos de declarao sejam inadmitidos ou rejeitados,caso o tribunal superior considere existentes erro, omisso, contradio ou obscuridade.

    2. De acordo com o novo ordenamento processual civil ptrio, basta, agora, ainterposio dos embargos de declarao para fins de pr-questionamento, em face deomisso, contradio ou obscuridade do julgamento para que seja suprido o requisito legal epara que o recurso especial ou extraordinrio suba para os respectivos STJ e STF.

    3. No conhecendo o Tribunal a quo dos embargos ou entendendo que nohouve omisso, considerar-se-o includos no acrdo os elementos que o embargantesuscitou, suprindo-se, desta forma, a questo do pr-questionamento.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, rejeitar osdeclaratrios, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00011 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0013124-86.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : MARLOIVA MARIA KLIPELADVOGADO : Edivan Fortuna e outrosREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE SAO JOSE DO

    OURO/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERODO DE CARNCIA.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 27 / 678

  • INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidezpressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele em tal condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social; o julgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo doexpert, embora no esteja jungido sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livreavaliao da prova. In casu, o laudo pericial e as demais provas constantes dos autosapontam a incapacidade temporria da parte autora para o trabalho. Como se observa, arecorrida preenche os requisitos para concesso de benefcio de auxlio-doena.

    4. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul, oINSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010. Na hiptese, aAutarquia foi condenada em custas processuais at a vigncia da Lei n 13417/2010,restando posteriormente isenta.

    5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    6. Os honorrios advocatcios so devidos pelo INSS no percentual de 10%sobre o valor das parcelas vencidas at a data da sentena de procedncia ou do acrdo quereforma a sentena de improcedncia, nos termos da Smula n 111 do Superior Tribunal deJustia e Smula n 76 deste TRF.

    7. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    8. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao do INSS e remessa oficial, determinando a imediata implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 28 / 678

  • Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00012 APELAO CVEL N 0016171-68.2014.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : CLAUDEMIR DE CARVALHOADVOGADO : Valeria Zommer Alves e outro

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERODO DE CARNCIA.INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidezpressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele em tal condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social; o julgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo doexpert, embora no esteja jungido sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livreavaliao da prova. In casu, face comprovao de incapacidade definitiva da parte autora,procede o pedido de concesso da aposentadoria por invalidez.

    4. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    5. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC e 37 daConstituio Federal.

    6. Custas devidas por metade, a teor do artigo 33, pargrafo nico, da LeiComplementar n. 156/97 do Estado de Santa Catarina, na redao dada pela LeiComplementar n. 161/97.

    7. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 29 / 678

  • Egrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao do INSS e remessa oficial, determinando a imediata implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00013 APELAO CVEL N 0018576-77.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Juiz Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : PROTASIO SILVEIRA SELAUADVOGADO : Arioberto Klein Alves e outro

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERODO DE CARNCIA.INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidezpressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele em tal condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social; o julgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo doexpert, embora no esteja jungido sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livreavaliao da prova. In casu, o laudo pericial e as demais provas constantes dos autosapontam a incapacidade temporria da parte autora para o trabalho. Como se observa, orecorrido preenche os requisitos para concesso de benefcio de auxlio-doena.

    4. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul, oINSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010. Na hiptese, aAutarquia foi condenada em custas processuais at a vigncia da Lei n 13417/2010,restando posteriormente isenta.

    5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    6. Os honorrios advocatcios so devidos pelo INSS no percentual de 10%sobre o valor das parcelas vencidas at a data da sentena de procedncia ou do acrdo quereforma a sentena de improcedncia, nos termos da Smula n 111 do Superior Tribunal deJustia e Smula n 76 deste TRF.

    7. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimento

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 30 / 678

  • expresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    8. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao do INSS e remessa oficial, determinando a imediata implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00014 APELAO CVEL N 0019826-48.2014.4.04.9999/PRRELATOR : Juiz Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ANA BISPO DE OLIVEIRAADVOGADO : Joo Luiz Spancerski e outros

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERODO DE CARNCIA.INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidezpressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele em tal condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social; o julgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo doexpert, embora no esteja jungido sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livreavaliao da prova. In casu, o laudo pericial e as demais provas constantes dos autosapontam a incapacidade permanente da parte autora para o trabalho. Como se observa, arecorrida preenche os requisitos para concesso de benefcio de aposentadoria por invalidez.

    4. Tramitando a ao na Justia Estadual do Paran, deve o INSS responderintegralmente pelo pagamento das custas processuais (Smula n 20 do TRF4).

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 31 / 678

  • 5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    6. Os honorrios advocatcios so devidos pelo INSS no percentual de 10%sobre o valor das parcelas vencidas at a data da sentena de procedncia ou do acrdo quereforma a sentena de improcedncia, nos termos da Smula n 111 do Superior Tribunal deJustia e Smula n 76 deste TRF.

    7. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    8. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao do INSS e remessa oficial, determinando a imediata implantao dobenefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00015 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0019846-39.2014.4.04.9999/SCRELATOR : Juiz Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : ARNALDO PEREIRA DA SILVAADVOGADO : Valmir Meurer IzidorioAPELADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE BRACO DO NORTE/SC

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DE SEGURADO. PERODO DE CARNCIA.INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. TUTELA ESPECFICA. IMPLANTAO DOBENEFCIO.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 32 / 678

  • invalidez) ou temporria (auxlio-doena).2. A concesso dos benefcios de auxlio-doena e aposentadoria por invalidez

    pressupe a averiguao da incapacidade para o exerccio de atividade que garanta asubsistncia do segurado, e ter vigncia enquanto permanecer ele em tal condio.

    3. A incapacidade verificada mediante exame mdico-pericial a cargo daPrevidncia Social; o julgador, via de regra, firma sua convico com base no laudo doexpert, embora no esteja jungido sua literalidade, sendo-lhe facultada ampla e livreavaliao da prova. In casu, a anlise do laudo pericial e das demais provas constantes dosautos comprovam que o requerente faz jus aposentadoria por invalidez.

    4. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual de Santa Catarina, devea autarquia responder por metade das custas devidas, consoante a Lei Complementar n156/97 desse Estado, na redao dada pela Lei Complementar n 161/97.

    5. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os consectrios legaiscomportam a incidncia de juros moratrios equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp 1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira,26/06/2013) e correo monetria pela TR e demais ndices oficiais consagrados pelajurisprudncia.

    6. Os honorrios advocatcios so devidos pelo INSS no percentual de 10%sobre o valor das parcelas vencidas at a data do acrdo que reformou a sentena deimprocedncia, nos termos da Smula n 111 do Superior Tribunal de Justia e Smula n 76deste TRF.

    7. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    8. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, darprovimento apelao da parte autora e negar provimento remessa oficial, determinando aimediata implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas taquigrficas queficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 13 de maio de 2016.00016 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0022392-67.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : JOO BATISTA RAYMUNDOADVOGADO : Vilmar Lourenco e outroAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : (Os mesmos)REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE PAROBE/RS

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 33 / 678

  • EMENTA

    PREVIDENCIRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL.RECONHECIMENTO DE LABOR EM CONDIES ESPECIAIS. RUDO.EPI. REQUISITOS ATENDIDOS. CONCESSO DO BENEFCIO.CONSECTRIOS. LEI 11.960/2009. TUTELA ESPECFICA.IMPLANTAO DO BENEFCIO.

    1. Fixada pelo STJ a obrigatoriedade do reexame de sentena ilquida proferidacontra a Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios e as respectivas autarquias efundaes de direito pblico na REsp 1101727/PR, a previso do art. 475 do CPC torna-seregra, admitido o seu afastamento somente nos casos em que o valor da condenao sejacerto e no exceda a sessenta salrios mnimos. Conhecida a remessa oficial de sentenameramente declaratria, dado o valor incerto do direito controvertido.

    2. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal.

    3. O uso de EPI's (equipamentos de proteo), por si s, no basta para afastar ocarter especial das atividades desenvolvidas pelo segurado. Seria necessria uma efetivademonstrao da eliso das consequncias nocivas, alm de prova da fiscalizao doempregador sobre o uso permanente dos dispositivos protetores da sade do obreiro durantetoda a jornada de trabalho.

    4. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 a 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (REsp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

    5. No Quadro Anexo do Decreto n 53.831, de 25-03-1964, o Anexo I doDecreto n 83.080, de 24-01-1979, e o Anexo IV do Decreto n 2.172, de 05-03-1997,constam como insalubres as atividades expostas a poeiras, gases, vapores, neblinas e fumosde derivados do carbono nas operaes executadas com derivados txicos do carbono, emque o segurado ficava sujeito habitual e permanentemente (Cdigos 1.2.11, 1.2.10; 1.0.3,1.017 e 1.0.19).

    6. Apesar de no haver previso especfica de especialidade pela exposiohabitual e permanente a hidrocarbonetos em decreto regulamentador, h o enquadramento deatividade especial, pois a sua manipulao j suficiente para o reconhecimento da atividadeexposta ao referido agente nocivo (Precedentes desta Corte).

    7. Demonstrado o preenchimento dos requisitos, devida a concesso daaposentadoria especial.

    8. Efeitos financeiros pretritos perfectibilizados, no se observando, no caso, aprescrio quinquenal. Inteligncia da Smula n 85 do STJ. Quanto ao termo inicial dobenefcio, consta que os reflexos econmicos decorrentes da concesso da aposentadoriapostulada devem, pela regra geral (art. 49, caput e inciso II, combinado ao art. 57, 2, ambosda Lei n 8.213/1991 e alteraes), retroagir data da entrada do requerimento administrativo(DER)

    9. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 34 / 678

  • 10. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul,o INSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

    11. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    12. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, no conhecerdo apelo interposto pela autarquia, dar provimento ao apelo da parte autora e parcialprovimento remessa oficial, determinando a imediata implantao do benefcio, nos termosdo relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presentejulgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00017 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0025328-65.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : AIRTON VAGNERADVOGADO : Darl Bellini

    : Gilberto BckerREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 2A VARA DA COMARCA DE

    ESTRELA/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR TEMPODE CONTRIBUIO. REQUISITOS LEGAIS. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DEATIVIDADE ESPECIAL. RUDO. AGENTES QUMICOS. EPI. CONVERSO DO TEMPO DESERVIO ESPECIAL EM COMUM. OPO PELO BENEFCIO MAIS VANTAJOSO.CONSECTRIOS. LEI N 11.960/2009. TUTELA ESPECFICA.

    1. A veiculao de novo requerimento administrativo no representaconcordncia ou desistncia tcita relativamente ao anterior pleito formulado, que restouindeferido.

    2. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data da

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 35 / 678

  • concesso do benefcio.3. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalho

    por categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

    4. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

    5. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida aaposentadoria por tempo de contribuio.

    6. Assegurado parte autora o pagamento das parcelas vencidas a ttulo daaposentadoria por tempo de contribuio desde 04/01/2012 (DER) e a possibilidade de optar,a partir de 09/04/2014, entre essa e o benefcio concedido administrativamente, mantendo-seaquele que, segundo seu entendimento, lhe for, de alguma forma, mais vantajoso.

    7. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    8. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul, oINSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

    9. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficciamandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    10. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, dar parcialprovimento apelao da autarquia e remessa oficial, determinando a imediata implantaodo benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamento que ficam fazendo parteintegrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00018 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0025410-96.2014.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ADAIR JOS KIELINGADVOGADO : Bruno Delano Scalco Pinheiro

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 36 / 678

  • REMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE CAMPINA DASMISSOES/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. PROCESSUAL CIVIL. APOSENTADORIA POR TEMPODE CONTRIBUIO. REQUISITOS LEGAIS. RECONHECIMENTO DO EXERCCIO DEATIVIDADE ESPECIAL. RUDO. HIDROCARBONETOS. EPI. CONVERSO DO TEMPO DESERVIO ESPECIAL EM COMUM. TERMO INICIAL DO BENEFCIO. CONSECTRIOS.LEI N 11.960/2009. TUTELA ESPECFICA.

    1. Comprovado o exerccio de atividade especial, conforme os critriosestabelecidos na lei vigente poca do exerccio, o segurado tem direito adquirido aocmputo do tempo de servio como tal, e ao acrscimo decorrente da sua converso emtempo comum, utilizado o fator de converso previsto na legislao aplicada na data daconcesso do benefcio.

    2. At 28.4.1995, admissvel o reconhecimento da especialidade do trabalhopor categoria profissional; a partir de 29.4.1995, necessria a demonstrao da efetivaexposio, de forma no ocasional nem intermitente, a agentes prejudiciais sade, porqualquer meio de prova; e, a contar de 6.5.1997 a comprovao deve ser feita por formulrio-padro embasado em laudo tcnico ou por percia tcnica.

    3. Considera-se especial a atividade desenvolvida com exposio a rudosuperior a 80 dB at 05.3.1997; superior a 90 dB entre 06.3.1997 e 18.11.2003 e superior a 85dB a partir de 19.11.2003 (Resp 1.398.260). Persiste a condio especial do labor, mesmocom a reduo do rudo aos limites de tolerncia pelo uso de EPI.

    4. No Quadro Anexo do Decreto n 53.831, de 25-03-1964, o Anexo I doDecreto n 83.080, de 24-01-1979, e o Anexo IV do Decreto n 2.172, de 05-03-1997,constam como insalubres as atividades expostas a poeiras, gases, vapores, neblinas e fumosde derivados do carbono nas operaes executadas com derivados txicos do carbono, emque o segurado ficava sujeito habitual e permanentemente (Cdigos 1.2.11, 1.2.10; 1.0.3,1.017 e 1.0.19).

    5. Apesar de no haver previso especfica de especialidade pela exposiohabitual e permanente a hidrocarbonetos em decreto regulamentador, h o enquadramento deatividade especial, pois a sua manipulao j suficiente para o reconhecimento da atividadeexposta ao referido agente nocivo (Precedentes desta Corte).

    6. Implementados os requisitos de tempo de contribuio e carncia, devida aaposentadoria por tempo de contribuio.

    7. Termo inicial do benefcio fixado na data da reafirmao do requerimentopostulada administrativamente, conforme pedido expresso da parte autora na inicial.

    8. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei, e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    9. Havendo o feito tramitado perante a Justia Estadual do Rio Grande do Sul, oINSS est isento do pagamento de custas, consoante o disposto no art. 11 da Lei Estadual n.8.121/85, na redao dada pela Lei n. 13.471, de 23 de junho de 2010.

    10. O cumprimento imediato da tutela especfica independe de requerimentoexpresso do segurado ou beneficirio, e o seu deferimento sustenta-se na eficcia

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 37 / 678

  • mandamental dos provimentos fundados no art. 461 do CPC/1973, bem como nos artigos 497,536 e pargrafos e 537 do CPC/2015.

    11. A determinao de implantao imediata do benefcio, com fundamento nosartigos supracitados, no configura violao dos artigos 128 e 475-O, I, do CPC/1973 e 37 daCF/1988.

    ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide aEgrgia 5 Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negarprovimento apelao da autarquia e dar parcial provimento remessa oficial, determinandoa imediata implantao do benefcio, nos termos do relatrio, votos e notas de julgamentoque ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00019 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0004129-50.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : VOLNEI MARTINIADVOGADO : Lindomar OrioREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE

    CONSTANTINA/RS

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS PREENCHIDOS.APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. AUSNCIA DE RECURSO.VEDAO REFORMATIO IN PEJUS. CONSECTRIOS LEGAIS.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incapacidade: a) aqualidade de segurado; b) o cumprimento do perodo de carncia de 12 contribuiesmensais; c) a incapacidade para o trabalho, de carter permanente (aposentadoria porinvalidez) ou temporria (auxlio-doena).

    2. Comprovado pelo conjunto probatrio que a parte autora portadora deenfermidade que a incapacita total e permanentemente para o trabalho, considerados oquadro clnico e as condies pessoais, faria jus ao benefcio de aposentadoria por invalidez.

    3. Vedada a reformatio in pejus e impossvel o agravamento da condenao daautarquia em reexame necessrio, bem como considerando que a autora renunciou expressa evoluntariamente ao prazo recursal, fica mantida a concesso de auxlio-doena com termoinicial no requerimento administrativo.

    4. At que sobrevenha deciso especfica do STF, aplica-se o art. 1-F da Lei9.494/97, com a redao que lhe foi conferida pela Lei 11.960/09, na atualizao dascondenaes impostas Fazenda Pblica, salvo aps a sua inscrio em precatrio.

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 38 / 678

  • ACRDO

    Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 5Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento apelao e dar parcial provimento remessa oficial, nos termos do relatrio, votos e notas dejulgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00020 APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0005735-16.2015.4.04.9999/PRRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : GREICIANI APARECIDA GALHARINIADVOGADO : Luis Augusto Prazeres de Castro

    : Pricila Acosta CarvalhoREMETENTE : JUIZO DE DIREITO DA 1A VARA DA COMARCA DE PRIMEIRO DE

    MAIO/PR

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. INCAPACIDADE/ LIMITAO. INTERPRETAO DO LAUDO. CONSECTRIOS LEGAIS- APLICAO DA TR. HONORRIOS ADVOCATCIOS.

    1. A concesso do benefcio de auxlio-doena pressupe a averiguao daincapacidade para o exerccio de atividade habitual do segurado, e ter vigncia enquantopermanecer ele nessa condio.

    2. No obstante a importncia da prova tcnica, o julgador no fica adstrito aolaudo pericial. Os termos "limitao" e "incapacidade", conquanto sejam tecnicamentediversos, indicam impedimento laboral e devem ser analisados sob a perspectiva dasatividades inerentes funo do segurado.

    3. No caso dos autos, o laudo pericial indicou que a parte autora est limitadapara suas atividades laborais. Destarte, considerando que no se trata de pessoa idosa e que vivel, em tese, a reabilitao profissional, mostra-se adequada a concesso de auxlio-doena desde o requerimento administrativo.

    4. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade do art. 1-Fda Lei n 9.494/97, com a redao dada pela Lei n 11.960/2009, os juros moratrios devemser equivalentes aos ndices de juros aplicveis caderneta de poupana (STJ, REsp1.270.439/PR, 1 Seo, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange correomonetria, permanece a aplicao da TR, como estabelecido naquela lei e demais ndicesoficiais consagrados pela jurisprudncia.

    5. Os honorrios advocatcios so devidos no percentual de 10% sobre o valordas parcelas vencidas at a data da sentena de procedncia.

    ACRDO

    DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 39 / 678

  • Vistos e relatados estes autos em que so partes as acima indicadas, decide a 5Turma do Tribunal Regional Federal da 4 Regio, por unanimidade, negar provimento apelao do INSS e dar parcial provimento e remessa oficial, nos termos do relatrio, votose notas de julgamento que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

    Porto Alegre, 28 de junho de 2016.00021 APELAO CVEL N 0006895-76.2015.4.04.9999/RSRELATOR : Des. Federal ROGER RAUPP RIOSAPELANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL -

    INSSADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSSAPELADO : ANAURELINO MACHADOADVOGADO : Mauro Antonio Volkmer

    : Loreni Terezinha Volkmer

    EMENTA

    PREVIDENCIRIO. AUXLIO-DOENA. REQUISITOS. QUALIDADE DESEGURADO. INCAPACIDADE. LAUDO PERICIAL. PROVA DEINCAPACIDADE PARCIAL E TEMPORRIA PARA ATIVIDADELABORATIVA. CONSECTRIOS. JUROS E CORREO MONETRIADE ACORDO COM A LEI N. 11.960/09.

    1. So trs os requisitos para a concesso dos benefcios por incap