tribunal regional federal da 4ª regiÃo - trf4.jus.br advogado : paulo burmycz ferreira e outro...
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DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIOAno VI n 72 Disponibilizao: segunda-feira, 28 de maro de 2011 Porto Alegre/RS
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
PUBLICAES JUDICIAIS
SECRETARIA DO PLENRIO, CORTE ESPECIAL E SEESTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
Expediente SPLE Nro 40/2011Secretaria do Plenrio Judicial
AUTOS COM DESPACHOINQURITO POLICIAL N 2009.04.00.018566-0/RS
RELATOR : Des. Federal NFI CORDEIRO
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
INDICIADO : JAIR ALBERTO ALBARELLO
: IDELCIO COVATTI
ADVOGADO : Marco Aurelio Costa Moreira de Oliveira e outros
INDICIADO : CLEONIR CANDATEN
: ERNI MENEGUETTI
: LEANDRO LUIZ ALBARELLO
: VILMAR ANTONIO SPONCHIADO
DESPACHO
Sobre a certido da fl. 43, diga o MPF. Aps, intime-se o defensor de Jair Alberto Albarello, Dr. Paulo Roberto Cardoso Moreira de
Oliveira, para que regularize a representao processual, juntando procurao.
Porto Alegre, 18 de maro de 2011.
INQURITO POLICIAL N 0032072-42.2010.404.0000/PR
RELATOR : Des. Federal PAULO AFONSO BRUM VAZ
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
INDICIADO : CARLOS ALBERTO RICHA
DECISO
Diante da diplomao, ocorrida em 17 de dezembro de 2010, do indiciado Carlos Alberto Richa, eleito Governador do Estado do
Paran, determino a remessa dos presentes autos ao Superior Tribunal de Justia, haja vista a existncia de foro privilegiado por
prerrogativa de funo, com a respectiva baixa nos registros processuais.
Porto Alegre, 16 de maro de 2011.
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AO PENAL N 2009.04.00.011525-6/SC
RELATOR : Des. Federal NFI CORDEIRO
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
REU : ALTAIR CARDOSO RITTES
ADVOGADO : Paulo Cesar Gnoatto e outro
DESPACHO
Tendo sido recebida a denncia em face de Altair Cardoso Rittes pela prtica dos crimes previstos nos arts. 1, inciso XIII, do
Decreto-Lei n 201/67, em concurso material com o delito previsto no art. 297, 4, c/c 3, inciso II, do Cdigo Penal (fl. 139),
cujas penas mnimas, se somadas, ultrapassam o mnimo exigido de um ano pelo art. 89 da Lei n 9.099/95, acolho a manifestao
ministerial (fl. 145) quanto impossibilidade de oferta do sursis processual.
Sendo assim, intime-se o acusado para, querendo, apresentar defesa inicial, em dez dias, em oportunidade analogamente concedida
nos termos do art. 396 CPP, por ser mais favorvel ampla defesa.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
REVISO CRIMINAL N 2009.04.00.025956-4/RS
RELATOR : Des. Federal VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS
REQUERENTE : JOSE ALFREDO MARQUES DA ROCHA
ADVOGADO : Paulo Burmycz Ferreira e outro
REQUERIDO : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
APENSO(S) : 2004.71.00.015656-3
DECISO
O requerente peticionou s fls. 107-110, postulando a juntada da fita magntica em que gravadas as notas taquigrficas da sesso da
8 Turma, de 24-10-2007, tendo em vista no constar daqueles registros (fls. 94-96) as manifestaes orais do relator do acrdo
objeto da presente ao revisional, Desembargador Federal Paulo Afonso Brum Vaz, bem como do agente do Ministrio Pblico
Federal presente quela assentada, procurador regional da Repblica Carlos Augusto da Silva Cazarr.
Em homenagem ao princpio da ampla defesa, foi determinado secretaria processante que entrasse em contato com o setor
competente dessa Corte, a fim de que (a) esclarecesse se os registros de fls. 94-96 (a.1) espelhavam a ntegra das manifestaes orais
proferidas pelas partes e julgadores naquela ocasio, (a.2) continham trechos inaudveis, e, nessa hiptese, em que momento; ou, (b)
caso houvesse algo mais a ser reproduzido, promovesse a sua complementao.
s fls. 121-126, foi juntada, pela secretaria da 4 seo, transcrio do julgamento em questo, disponibilizada pela Diviso de
Registros e Notas desta Corte.
Em face da meno, nestas ltimas notas, da expresso "sujeita a confirmao", logo aps a fala do Relator, determinou-se nova
juntada de degravao do registro fonogrfico do julgamento, expungida a aludida anotao, substituindo pelo teor da gravao ou
justificando a impossibilidade (fl. 129).
s fls. 133-139, o setor de taquigrafia prestou esclarecimentos, acostando, novamente, a degravao da sesso de julgamento em
questo.
o relato do essencial.
Decido.
O signatrio j havia indeferido o pedido de juntada da fita magntica relativa sesso em que ocorreu o julgamento da ACR
2004.71.00.015656-3 (fls. 55-v.), considerando que no se prov sobre nulidade da qual no se tem comprovao de prejuzo, certo
que, malgrado as notas taquigrficas de fls. 786-787 (ACR 2004.71.00.015656-3 em apenso) no consignem os termos da
sustentao oral do defensor, o teor da mesma foi referido, e contrastado, pelos demais membros do Colegiado, Desembargadores
Federais Luiz Fernando Wowk Penteado e lcio Pinheiro de Castro, conforme transcrio de seus pronunciamentos naqueles
registros, ao passo que o do Relator, ao revs do sustentado, foi mencionado de forma sucinta, como da praxe forense, atravs da
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frmula remissiva "relatrio e voto (no gabinete)", os quais descansam s fls. 568-571 (idem), e foram objeto de ratificao pela
Turma Julgadora em dois sucessivos Embargos de Declarao (fls. 744-747 e 776-777, ibidem).
Todavia, atendendo pedido de reconsiderao (fls. 57-62), e em obsquio falta de transcrio, nos registros anteriores, da
interveno do patrono do ru da tribuna, foi determinado que a ntegra desses viessem aos autos, o que foi providenciado s fls.
94-96, extratando-se das gravaes o teor da sustentao oral.
Ainda, em face de nova manifestao da defesa (fls. 107-110), determinou-se, em duas oportunidades, que a secretaria processante
entrasse em contato com o setor competente deste Tribunal, a fim de que, caso houvesse algo mais a ser reproduzido, promovesse a
complementao dos registros (fl. 112), o que foi feito s fls. 121-126 e 134-139.
Do quanto se v, e com a devida vnia, nada autoriza, agora, a juntada da prpria fita magntica, porquanto as omisses apontadas
pelo peticionante, nas transcries acostadas aos autos, j foram sanadas.
De todo o exposto, indefiro o pedido.
Intimem-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
AO PENAL N 2009.04.00.032377-1/RS
RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO
AUTOR : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
REU : ENIO COLLETO CARVALHO
: EDEGAR MINETTO
: OSMAR EBONE
: REGIS MINETTO
: RODRIGO MANUEL BONFIM
ADVOGADO : Gladimir Chiele e outros
DESPACHO
Intimem-se os rus para que apresentem endereo completo das testemunhas arroladas na fl. 52, sob pena de indeferimento da
respectiva oitiva.
Porto Alegre, 22 de maro de 2011.
AO RESCISRIA N 0003724-77.2011.404.0000/PR
RELATOR : Des. Federal LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO
AUTOR : NATALIO ERONY BERTAPELLI
: THEREZA CORDASCO BERTAPELLI
ADVOGADO : Natalio Erony Bertapelli
REU : MINISTRIO PBLICO FEDERAL
DESPACHO
Em ateno certido da fl. 36, intimem-se os autores para recolherem as custas, conforme estabelecido na Portaria n. 22, de 21 de
fevereiro de 2005, a serem recolhidas atravs de GRU - Judicial (Guia de Recolhimento da Unio) disponvel no site do TRF4
(www.trf4.jus.br/trf4/despesas), assim como efetuar o depsito previsto no artigo 488, inciso II, do Cdigo de Processo Civil, a ser
efetuado, por guia prpria, na Caixa Econmica Federal, conforme indicado no Anexo I, observao 8 da Portaria n. 22, de 21 de
fevereiro de 2005.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
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PAUTA DE JULGAMENTOS - ADITAMENTO
Determino a incluso dos processos abaixo relacionados na Pauta de Julgamentos ORDINRIA do dia 07 de abril de 2011,
quinta-feira, s 14:30, podendo, entretanto, nessa mesma Sesso ou Sesses subseqentes, ser julgados os processos adiados ou
constantes de Pautas j publicadas.
0000046 AO RESCISRIA 2008.04.00.030877-7 - 200171000239212/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : ORIDES ALVES DE OLIVEIRA
ADVOGADO : Marciano Leal de Souza
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000047 AO RESCISRIA 2008.04.00.023504-0 - 200171000063870/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : ADALBERTO DARONCH DA SILVA
ADVOGADO : Nei Rafael Ferreira Lopes
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000048 EMBARGOS INFRINGENTES 2006.70.99.001992-9 - 15404/PR
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : SEBASTIANA MARIA DE SOUZA
ADVOGADO : Jose Carlos Alves Ferreira e Silva
0000049 EMBARGOS INFRINGENTES 2006.70.99.001006-9 - 13104/PR
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : GENY SCHIAVON RAMBALDE
ADVOGADO : Jose Carlos Alves Ferreira e Silva
0000050 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.10.006547-7 - 200771100065477/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : GENECI ALVES DE CARVALHO
ADVOGADO : Rafael Quadro Vieira
0000051 AO RESCISRIA 2009.04.00.017416-9 - 200170040000777/PR
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
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AUTOR : IDA FONDATO MOREIRA
ADVOGADO : Defensoria Pblica da Unio
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000052 AO RESCISRIA 2007.04.00.026111-2 - 200471040028754/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
REU : MAIKEL DOS SANTOS SCHAEHT
ADVOGADO : Ione Maria Gutkoski
0000053 AO RESCISRIA 2008.04.00.002396-5 - 200272010287787/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : ARSIMIRO FRANA
ADVOGADO : Salustiano Luiz de Souza
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000054 EMBARGOS INFRINGENTES 2008.70.99.002126-0 - 28707/PR
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : NATALIA APARECIDA ROQUE
ADVOGADO : Arielton Tadeu Abia de Oliveira
EMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000055 AO RESCISRIA 2008.04.00.012229-3 - 200571000215626/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : LUCIA RIEHS
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
REU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
0000056 AO RESCISRIA 2009.04.00.010655-3 - 200404010192687/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
AUTOR : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
REU : LAURO WISCHAL
ADVOGADO : Arao dos Santos
0000057 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.00.019713-0 - 200771000197130/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ANTONIO ABELIN
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
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0000058 EMBARGOS INFRINGENTES 2009.71.00.005030-8 - 200971000050308/RS
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REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : LUIZ MILTON DIAS SOARES
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000059 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.00.008585-5 - 200771000085855/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
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ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ADYLLES MAURICIO FATTURI
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000060 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.00.001009-0 - 200771000010090/RS
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ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : MODESTA CATARINA COLATA HELRIGHEL
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000061 EMBARGOS INFRINGENTES 2008.71.00.028336-0 - 200871000283360/RS
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ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : JOAO FERREIRA MACHADO
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000062 EMBARGOS INFRINGENTES 2008.71.00.020322-4 - 200871000203224/RS
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EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : PAULO FERNANDO DE SOUZA OLEIRO
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000063 EMBARGOS INFRINGENTES 2006.71.00.001785-7 - 200671000017857/RS
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ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ALEKSY MOKIEJCZUK
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
ADVOGADO : Isabel Cristina Trapp Ferreira
0000064 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.00.011859-9 - 200771000118599/RS
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EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : AMBROSIO ROSSI
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000065 EMBARGOS INFRINGENTES 2008.71.00.029631-7 - 200871000296317/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ROSA MARLISE REINICKE
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000066 EMBARGOS INFRINGENTES 2009.72.00.004169-3 - 200972000041693/SC
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : MARIO BERTONCINI
ADVOGADO : Vanessa Cristina Pasqualini
0000067 EMBARGOS INFRINGENTES 2009.72.00.002179-7 - 200972000021797/SC
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ADEMAR SILVA
ADVOGADO : Rose Mary Grahl
0000068 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.71.00.002104-0 - 200771000021040/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : ARTHUR ALOISIO EIDT
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
ADVOGADO : Isabel Cristina Trapp Ferreira
0000069 EMBARGOS INFRINGENTES 2006.71.00.045614-2 - 200671000456142/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : MIRNA LIGIA BRUSIUS
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
ADVOGADO : Isabel Cristina Trapp Ferreira
0000070 EMBARGOS INFRINGENTES 2006.71.00.014090-4 - 200671000140904/RS
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 7 / 909
http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2008.71.00.029631-7&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2009.72.00.004169-3&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2009.72.00.002179-7&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2007.71.00.002104-0&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2006.71.00.045614-2&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/trf4/processos/acompanhamento/resultado_pesquisa.php?opcao=1&txtValor=2006.71.00.014090-4&selForma=NU&selOrigem=TRF&pg=0&dia=30&mes=03&ano=1989http://www.trf4.jus.br/
EMBARGADO : MAURICIO CAINELLI
ADVOGADO : Daisson Silva Portanova
0000071 EMBARGOS INFRINGENTES 2007.72.00.001309-3 - 200772000013093/SC
RELATOR(A) : Des. Federal RMULO PIZZOLATTI
REVISOR(A) : Des. Federal RICARDO TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA
EMBARGANTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
ADVOGADO : Procuradoria Regional da PFE-INSS
EMBARGADO : VALTER MANOEL CORREA
ADVOGADO : Fabiano Matos da Silva
Publique-se e Registre-se.
Porto Alegre - RS, 24 de maro de 2011.
Des. Federal LCIO PINHEIRO DE CASTRO
Presidente da 3 SEO
SECRETARIA DA 1 TURMATRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4 REGIO
Expediente Nro 405/2011Secretaria da Primeira Turma
00001 APELAO CVEL N 2006.71.04.004426-4/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
APELADO : IND/ DE MOLAS CARLON LTDA/
ADVOGADO : Valmir Schreiner Maran
APENSO(S) : 2002.71.04.006185-2
DECISO
Trata-se de embargos opostos pela UNIO FEDERAL execuo de sentena que lhe move INDSTRIA DE MOLAS CARLON
LTDA., proferida nos autos de ao ordinria em que foi reconhecido crdito em favor da exequente, relativo a indbito tributrio
decorrente de pagamento a maior da contribuio para o PIS, calculada com base nos Decretos-leis 2.445/88 e 2.449/88, julgados
inconstitucionais.
Impugnados os embargos, sobreveio sentena julgando-os parcialmente procedentes, sob o argumento de desnecessidade de
realizao de percia, uma vez que cabvel a elaborao dos clculos de liquidao com base apenas em documentos relativos
escrita fiscal da empresa; excesso de execuo, devendo ser esta no valor de R$ 169.718,81 (cento e sessenta e nove mil, setecentos
e dezoito reais e oitenta e um centavos), consoante clculo apresentado pela Contadoria Judicial, e carncia de ao no que se refere
alegao de nulidade do despacho que determinou o envio dos autos Contadoria. Em relao sucumbncia, foram recproca e
proporcionalmente distribudos e integralmente compensados os honorrios advocatcios.
Inconformada com a sentena, a Unio Federal interps apelao. Alegou, em sntese, que a dvida seria ilquida, inexistindo nos
autos os documentos necessrios para que se possa aferir o valor do dbito por clculo aritmtico. Sendo as guias DARF pelas quais
foi recolhido o tributo indevido insuficientes para apurao do faturamento, impor-se-ia a juntada da documentao contbil da
empresa, a realizao de prova pericial contbil e liquidao da sentena por arbitramento. Suscita, ainda, que o art. 3, 1, da Lei
9.718/98, define o faturamento como a receita bruta da pessoa jurdica, que corresponde totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurdica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificao contbil adotada para as receitas -
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devendo-se, portanto, consider-lo para fins de apurao do quantum devido.
Contra-arrazoado o recurso, subiram os autos ao Tribunal.
o relatrio. Decido.
Liquidez da dvida - documentos probatrios do faturamento
Ao apreciar repetidamente casos de embargos execuo de sentena relativos repetio do indbito decorrente de pagamento a
maior a ttulo de contribuio para o PIS efetuado com base nos Decretos-leis 2.445/88 e 2.449/88, as Turmas de Direito Tributrio
deste Tribunal acabaram por firmar uma srie de entendimentos uniformizados quanto sua liquidao.
Nessa perspectiva, para a liquidao do dbito, entende-se suficiente a presena nos autos das guias DARF comprovando o
recolhimento do tributo indevido efetuado com base nos mencionados Decretos-leis. Esses recolhimentos, conforme disciplina desse
diplomas legais, foram calculados sobre a receita operacional bruta, cujo conceito legal tem extenso maior do que a de faturamento
(faturamento mais receitas financeiras), base de clculo da contribuio aos moldes da LC 07/70, que a devida. Portanto, se na
apurao dos valores devidos, o clculo considerou a base de clculo inferida pelos recolhimentos efetuados pelas guias DARF, a
contribuio estar incidindo, pelo menos, sobre o valor integral do faturamento, conforme determina a LC 07/70. Eventualmente
nesse valor podem ter sido includas rubricas que transbordam do conceito de faturamento (v.g., receitas financeiras); contudo,
caberia ento ao exequente demonstrar o excesso na base de clculo e retific-la.
Assim posta a questo, verifica-se a desnecessidade da juntada aos autos da documentao contbil da empresa, bem como da
realizao de percia tcnica. A execuo deve-se proceder conforme previsto no artigo 614 do CPC, podendo o juzo valer-se do
auxlio do contador judicial para solucionar controvrsia sobre os valores devidos. Atento ao direito ampla defesa do executado,
vale referir ainda que o fisco tem acesso s declaraes de tributos entregues pela exequente, dos quais podem ser extrados
facilmente subsdios para sua defesa.
Portanto, incabvel qualquer alegao no sentido de falta de pressuposto processual para a execuo por iliquidez do ttulo.
A propsito, transcrevo precedentes do Tribunal que ilustram esse entendimento:
EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. PIS. LIQUIDAO DO JULGADO. GUIAS DARF. SUFICINCIA. unssona a
jurisprudncia desta Corte no sentido de que as guias DARF so suficientes para a elaborao dos clculos de liquidao de
sentena que visam a apurao dos valores devidos a ttulo de PIS. Precedentes.
(TRF4, AC 2005.71.05.007678-6, Primeira Turma, Relator lvaro Eduardo Junqueira, D.E. 18/05/2010)
TRIBUTRIO EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. PIS. DECRETOS 2.445/88 E 2.449/88. REPETIO. RECEITA
OPERACIONAL BRUTA E FATURAMENTO. LIQUIDEZ DO TTULO EXECUTIVO. SUCUMBNCIA. 1. Em se tratando de
restituio do PIS com base na inconstitucionalidade dos Decretos 2.445/88 e 2.449/88, a receita operacional bruta, base para o
clculo do tributo pago indevidamente, compreende o faturamento, base para o PIS sob a LC 07/70, mais as receitas financeiras
(RIR/99, arts. 277 e 373). Desse modo, o documento de arrecadao (DARF) expressa, indiretamente, o faturamento do perodo,
podendo este ser tomado como equivalente receita operacional bruta, a menos que a embargada comprove que, alm do
faturamento, outras receitas estavam includas na base de clculo do tributo pago indevidamente. 2. Caso houvesse equvoco nos
valores recolhidos naquela poca, certamente o Fisco teria efetuado o lanamento de ofcio das eventuais diferenas e
providenciado a cobrana dos valores devidos. 3. H liquidez na presente execuo de sentena, no prosperando os argumentos
da embargante em sentido contrrio. No tendo o feito, restaram homologadas as declaraes. 4. Bem dosada a sucumbncia da
Unio na sentena dos embargos, razo pela mantm-se o valor fixado a ttulo de honorrios de advogado.
(TRF4, AC 2006.71.04.000744-9, Segunda Turma, Relator Otvio Roberto Pamplona, D.E. 26/05/2010)
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. EXISTNCIA DE TTULO EXECUTIVO. LIQUIDAO
POR CLCULO DO CREDOR. PIS. PROVA DO VALOR DO FATURAMENTO. COMPENSAO NA VIA ADMINISTRATIVA.
NO COMPROVAO. 1. A fim de proceder liquidao de sentena, necessrio o confronto entre os valores do PIS exigido
com fulcro nos DLs n 2.445 e 2.449/88, razo de 0,65% sobre a receita operacional bruta, e os devidos em conformidade com a
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LC n 07/70, equivalentes alquota de 0,75% sobre o faturamento. 2. No h falar em ausncia de pressuposto processual ou
iliquidez do ttulo executivo, visto que a inicial da execuo apresenta memria discriminada e atualizada do clculo, elaborada a
partir do cotejo dos demonstrativos do PIS na sistemtica dos DLs n 2.445 e 2.449/88 e da LC n 07/70, possibilitando executada
a anlise e verificao de eventual excesso de execuo ou de qualquer outra hiptese arrolada no art. 741 do CPC. 3. No cabe
exequente apresentar os documentos integrantes da sua escrita fiscal, tais como livros, duplicatas, notas fiscais e faturas, ou as
declaraes de rendimentos, a fim de efetuar a liquidao do julgado, porquanto no est em discusso a prova do fato constitutivo
do direito do autor. 4. Tendo em vista que a embargante poderia, sem maiores dificuldades, apurar a receita operacional bruta e o
faturamento, mormente porque tem acesso aos bancos de dados da Receita Federal, inclusive a DIRPJ cuja apresentao reputou
ser imprescindvel, no h justificativa plausvel para a alegao de impossibilidade de quantificao do montante exequendo. 5.
Incumbe embargante, luz do disposto no art. 741, VI, do CPC, comprovar a extino do crdito em razo de compensao
efetivada na via administrativa, no tendo a Fazenda Nacional, no caso, comprovado plenamente tal circunstncia.
(TRF4, AC 2007.71.04.005166-2, Primeira Turma, Relator Joel Ilan Paciornik, D.E. 27/04/2010)
Assim, rejeito a alegao de iliquidez da dvida.
Modificao da base de clculo do PIS - Lei 9.718/98, art. 3, 1.
Alega a Unio, ainda, para a restituio dos valores a se executar, a necessidade de se aplicar o conceito da base de clculo do PIS
normatizado pelo art. 3, 1, da Lei 9.718/98.
Entretanto, no lhe assiste razo.
A temtica referente s modificaes promovidas pela Lei n 9.718/98 na base de clculo do PIS (e da COFINS) j fora objeto de
apreciao pelo Plenrio do Supremo Tribunal Federal quando do julgamento dos Recursos Extraordinrios ns 346084, 357950,
358273 e 390840, em 09/11/2005 (DJs de 01/09/2006 e de 15/08/2006), os quais foram parcialmente providos para declarar a
inconstitucionalidade da regra contida no artigo 3, 1, da mencionada lei. Os acrdos foram assim ementados:
"CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE - ARTIGO 3, 1, DA LEI N 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 -
EMENDA CONSTITUCIONAL N 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurdico brasileiro no contempla a figura da
constitucionalidade superveniente. TRIBUTRIO - INSTITUTOS - EXPRESSES E VOCBULOS - SENTIDO. A norma
pedaggica do artigo 110 do Cdigo Tributrio Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributria alterar a definio, o
contedo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente.
Sobrepe-se ao aspecto formal o princpio da realidade, considerados os elementos tributrios. CONTRIBUIO SOCIAL - PIS -
RECEITA BRUTA - NOO - INCONSTITUCIONALIDADE DO 1 DO ARTIGO 3 DA LEI N 9.718/98. A jurisprudncia do
Supremo, ante a redao do artigo 195 da Carta Federal anterior Emenda Constitucional n 20/98, consolidou-se no sentido de
tomar as expresses receita bruta e faturamento como sinnimas, jungindo-as venda de mercadorias, de servios ou de
mercadorias e servios. inconstitucional o 1 do artigo 3 da Lei n 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para
envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurdicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da
classificao contbil adotada."
Posteriormente, com as modificaes produzidas no processamento dos recursos extraordinrios pela Lei n 11.418/2006, quando foi
introduzida a repercusso geral como novo requisito de admissibilidade do recurso extraordinrio e implantada a sistemtica de
processamento dos recursos extraordinrios repetitivos, o Supremo Tribunal Federal decidiu submeter a questo relativa
inconstitucionalidade da ampliao da base de clculo do PIS e da COFINS, prevista no art. 3, 1, da Lei n 9.718/98, j
pronunciada em precedentes do Plenrio da Corte, ao exame de repercusso geral e reafirmar a jurisprudncia dominante sobre o
tema.
Nessa perspectiva, na Questo de Ordem no RE n 585.235/MG, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercusso geral da
questo, ao mesmo tempo em que julgou o mrito do recurso extraordinrio, em 10-09-2008. O julgado foi assim ementado:
RECURSO. Extraordinrio. Tributo. Contribuio social. PIS. COFINS. Alargamento da base de clculo. Art. 3, 1, da Lei n
9.718/98. Inconstitucionalidade. Precedentes do Plenrio (RE n 346.084/PR, Rel. orig. Min. ILMAR GALVO, DJ de 1.9.2006;
REs nos 357.950/RS, 358.273/RS e 390.840/MG, Rel. Min. MARCO AURLIO, DJ de 15.8.2006) Repercusso Geral do tema.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 10 / 909
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Reconhecimento pelo Plenrio. Recurso improvido. inconstitucional a ampliao da base de clculo do PIS e da COFINS
prevista no art. 3, 1, da Lei n 9.718/98.
(RE 585235 RG-QO/MG, Rel. Min. CEZAR PELUSO, j. em 10/09/2008, unnime, DJe-227 de 28-11-2008)
Destaco, ainda, que, tendo os valores pagos a maior sido recolhidos antes da vigncia das Leis 10.637/02 e 10.833/03 - que
regulamentaram a sistemtica da no-cumulatividade e ampliaram a base de clculo do PIS, dessa vez com amparo constitucional -,
devem estes ser calculados com base na lei antiga, ratificando-se os clculos da Contadoria Judicial e a sentena de primeiro grau.
Ante o exposto, nego seguimento apelao com base no artigo 557, caput, do CPC.
Publique-se. Intimem-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00002 APELAO CVEL N 2007.70.03.000839-3/PR
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : TRANSPLAMELO TRANSPORTES LTDA/ e outros - massa falida
ADVOGADO : Geraldo Nilton Korneiczuk
APELANTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF
ADVOGADO : Clovis Konflanz e outros
APELADO : (Os mesmos)
DECISO
Relatrio. Transplamelo Transportes Ltda - massa falida, Waldomiro Amadeu Prajiante e Etelvina de Melo Prajiante opuseramembargos execuo fiscal promovida pela Caixa Econmica Federal. Sustentam, em sntese: a) prescrio / decadncia do crdito;
b) nulidade do ttulo executivo; c) inaplicabilidade da SELIC; d) carter confiscatrio da multa cominada; e) impenhorabilidade do
bem de famlia. Atriburam causa, em 16/03/2007, o valor de R$ 23.150,92.
Sobreveio sentena que julgou improcedentes os presentes embargos. Deixou de condenar os embargantes em honorrios
advocatcios pois j includos no dbito, a teor das disposies do art. 2 4, da Lei n 8.844/94.
Irresignados, apelaram os embargantes e a embargada. Os primeiros alegam, em resumo: a) prescrio / decadncia do crdito; b)
nulidade do ttulo executivo; c) inaplicabilidade da SELIC; d) impenhorabilidade do bem de famlia. J a embargada requer a
fixao de honorrios advocatcios em seu favor e postula o prequestionamento da matria.
Com contrarrazes, vieram os autos a este Tribunal. o relatrio.
Fundamentao. As contribuies para o FGTS no tm natureza tributria nem se equiparam a tributo. Sujeitam-se, portanto, prescrio trintenria, conforme consolidado nas Smulas n 210 do STJ e n 43 do TRF da 4 Regio:
"Smula 210. A ao de cobrana das contribuies para o FGTS prescreve em trinta (30) anos."
"Smula 43. As contribuies para o FGTS no tm natureza tributria, sujeitando-se ao prazo prescricional de trinta anos"
A execuo fiscal objetivando a cobrana do FGTS obedece os ditames da Lei de Execuo Fiscal (LEF). Assim, o despacho do juiz
que ordena a citao interrompe a prescrio, nos termos do art. 8, 2, da Lei n 6.830/80.
Delimitados tais aspectos, observo que o crdito fundirio refere-se competncias do ano de 1999, sendo certo que o mesmo no se
encontra atingido pela prescrio ou decadncia.
A arguio de nulidade da CDA por parte da embargante deve vir acompanhada de prova inequvoca de sua ocorrncia, no se
mostrando suficiente para o afastamento de sua presuno de certeza e liquidez (nos termos do art. 3 da Lei n 6.830/80 - LEF) a
mera afirmao de que os dados insertos na certido no esto corretos ou so incompreensveis.
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Quanto necessidade de juntada de demonstrativo atualizado do dbito, tenho que tal exigncia no se aplica s execues fiscais.
Colaciono julgado do STJ a esse respeito:
PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. ART. 614, II, CPC. APLICAO SUBSIDIRIA LEI DE EXECUES FISCAIS.
INADMISSIBILIDADE.
1. inaplicvel o preceito do Estatuto Processual Civil (inciso II do art. 614), de forma subsidiria, s aes executivas fiscais, eis
que inocorrente omisso legislativa a justificar tal intento.
2. A execuo judicial para a cobrana da dvida ativa dos entes pblicos possui procedimento prprio, regido por lei especfica
(Lei n 6.830/80), que, expressamente, consigna que a petio inicial deve ser acompanhada de Certido de Dvida Ativa (art. 6,
1), detentora dos requisitos essenciais elencados no 5 do art. 2.
3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, improvido.
(Primeira Turma, REsp 639269 SC, Rel. Ministro JOS DELGADO, DJ 08.11.2004)
Pelos motivos expostos, no se pode cogitar da declarao de nulidade da CDA, e consequentemente, da extino do executivo
fiscal.
No que tange incidncia da SELIC, tenho que a questo no merece maiores digresses. Nos termos do art. 13 da Lei 9.065/95,
esta incide nas dvidas fiscais, a partir de 1-4-1995, como ndice de juros e correo, restando pacificado nesta Egrgia Corte o
posicionamento a favor de sua constitucionalidade (AC 2006.72.99.000603-4, 1 Turma, Rel. Des. Federal Joel Ilan Paciornik, DJU
05-7-2006; AC 2005.04.01.020560-1, 2 Turma, Rel. Des. Federal Marga Inge Barth Tessler, DJU 18-10-2005).
O bem de famlia assim definido pela Lei n 8.009/90:
"Art. 1 - O imvel residencial prprio do casal, ou da entidade familiar, impenhorvel e no responder por qualquer tipo de
dvida civil, comercial, fiscal, previdenciria ou de outra natureza, contrada pelos cnjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus
proprietrios e nele residam, salvo nas hipteses previstas nesta lei.
Pargrafo nico. A impenhorabilidade compreende o imvel sobre o qual se assentam a construo, as plantaes, as benfeitorias
de qualquer natureza e todos os equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou mveis que guarnecem a casa, desde que
quitados."
O STF j firmou entendimento no sentido de que a concesso do benefcio da impenhorabilidade do bem de famlia, institudo pela
Lei n. 8.009/90, depende, de forma imprescindvel, da comprovao de que o referido bem seja o nico imvel do casal ou da
entidade familiar e de que seus membros nele residam (STF - AI 678484 - DJ 01/09/2009 - Relator Ministro Marco Aurlio).
Na hiptese, como bem destacado na sentena, o "imvel objeto da matrcula 10.448 - 2 CRI de Maring, localizado na Rua Padre
Marcelino Champagnat n. 300, em Maring-PR, no possui benfeitoria que possibilite a sua utilizao como moradia. Sobre as
benfeitorias existentes sobre o imvel, constou do Auto de Penhora (fl. 82): 'Apenas muro, inclusive dividindo-o ao meio, vez que,
consoante informado pelo proprietrio, o imvel era usado como viveiro de pssaros at recentemente'."
Desta forma, no h como prosperar a alegao de que o imvel impenhorvel por se tratar de bem de famlia.
Por fim, destaco que nas execues fiscais promovidas pela Caixa Econmica Federal, por fora do art. 2., 4, da Lei n 8.844/94,
sempre devido o encargo de 10%, que reverter para o Fundo, para ressarcimento dos custos por ele incorridos, substituindo, por
sua vez, a verba honorria nos embargos do devedor eventualmente opostos, em analogia ao disposto na Smula 168 do TFR. Neste
sentido, cito os seguintes julgados:
PROCESSO CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. EXECUO FISCAL. FGTS. COBRANA. HONORRIOS ADVOCATCIOS. 1. O
encargo legal previsto na Lei n 8.844 /94, para as execues relativas ao FGTS , engloba o pagamento de honorrios de advogado.
2. Agravo regimental a que se nega provimento." (STJ, ADRESP n 640636, 1 Turma, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, deciso
unnime, publicada no DJ de 04.04.2005)
EXECUO FISCAL - DBITOS COM O FGTS - HONORRIOS ADVOCATCIOS - ENCARGO DA LEI N 8.844 /94.
1 - As despesas de cobrana dos crditos do FGTS , feitas pela Procuradoria da Fazenda Nacional, correm conta do respectivo
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fundo (Lei 8.844 /94, art. 2, 2). Para custe-las, os crditos em cobrana so acrescidos do adicional de 10% (idem, pargrafo
4), que ser reduzido a 5% no caso de pagamento antes de ajuizada a cobrana. 2 - O contribuinte, vencido nos embargos
execuo fiscal, responder unicamente pelo encargo de 10% da Lei 8.844 /94, excludos os honorrios da sucumbncia nos
embargos. 3 - Se j houve condenao ao pagamento de honorrios advocatcios nos embargos, o encargo deve ser excludo no
dbito exeqendo. (AG n 200404010083620, 2 Turma, Rel. Des. Federal Antonio Albino Ramos de Oliveira, deciso unnime,
publicada no DJ de 11.01.2006)
Em arremate, consigno que o enfrentamento das questes suscitadas em grau recursal, assim como a anlise da legislao aplicvel,
so suficientes para prequestionar junto s instncias Superiores os dispositivos que as fundamentam. Assim, deixo de aplicar os
dispositivos legais ensejadores de pronunciamento jurisdicional distinto do que at aqui foi declinado. Desse modo, evita-se a
necessidade de oposio de embargos de declarao to-somente para este fim, o que evidenciaria finalidade procrastinatria do
recurso, passvel de cominao de multa (artigo 538 do CPC).
Deciso. Pelo exposto, com fundamento no artigo 557 do CPC e artigo 37 do Regimento Interno da Corte, nego seguimento sapelaes, nos termos da fundamentao.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00003 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO/REEXAME NECESSRIO N 0002786-12.2008.404.7009/PR
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
EMBARGANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.
INTERESSADO : (Os mesmos)
INTERESSADO : COOPERATIVA AGROPECUARIA CASTROLANDA
ADVOGADO : Rogerio Schuster Jnior
REMETENTE : JUZO FEDERAL DA 02A VF DE PONTA GROSSA
DECISO
Trata-se de embargos de declarao opostos pela autora e pela Unio visando suprir omisso para fins de prequestionamento em
deciso que negou seguimento s apelaes e remessa oficial.
A autora embarga da deciso no concernente ao no conhecimento da remessa oficial, ante o valor da causa apresentado da inicial,
R$ 10.000,00. Assevera que "muitas vezes o valor atribudo causa no o valor econmico efetivamente perseguido, tal como no
caso em testilha". Requer o esclarecimento que a deciso considerou para efeito do 2 do art. 475 do CPC, o valor atribudo causa
e no o valor da condenao, pois a sentena no lquida e o real montante da condenao ser apurado em futura execuo de
sentena ou procedimento compensatrio.
A Unio, em suas razes, alega que o acrdo restou omisso e contraditrio no tocante aos seguintes dispositivos legais: art. 97 da
CF, e art. 4 da LC n 118/2005. Refere que o acrdo no considerou o precedente em arguio de inconstitucionalidade na AC
2004.72.05.003494-7/SC, pois no observou a declarao de inconstitucionalidade do art. 4 da LC n 118/05, e, em que pese, o
tema tenha sido objeto de recurso repetitivo do STJ, a discusso pode ser decidida de forma definitiva somente no mbito do
Supremo Tribunal Federal.
Requer sejam acolhidos os presentes embargos e sanadas as omisses apontadas, para fins de prequestionamento.
o relatrio.
Decido.
Embargos da Autora
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Embarga a autora alegando obscuridade no concernente ao no conhecimento da remessa oficial tendo como base o valor da causa
apresentado na inicial, porquanto dispe o 2 do art. 475 do CPC: "No se aplica o disposto neste artigo sempre que a
condenao, ou o direito controvertido, for de valor certo no excedente a 60 (sessenta) salrios mnimos, bem como no caso de
procedncia dos embargos do devedor na execuo de dvida ativa do mesmo valor".
[Tab][Tab]De fato, segundo o dispositivo legal esto dispensadas de reexame necessrio as sentenas em que a condenao ou o
valor controvertido seja inferior ao valor de 60 salrios mnimos. No presente caso, apresentado na inicial o valor controvertido de
R$ 10.000,00, correta est a aplicao do 2 do art. 475 do CPC.
Portanto, dou provimento aos embargos da autora para esclarecer que a deciso no conheceu da remessa oficial considerando o
valor atribudo causa (valor controvertido) apresentado no pedido.
Embargos Declaratrios da Unio
A Unio alega que o acrdo incorreu em omisso e contradio no concernente a declarao de inconstitucionalidade do art. 4 da
LC n 118/05. Todavia, a questo foi objeto de discusso em julgamento em sede de recurso repetitivo no STJ, cujo entendimento
foi adotado por esta Turma nos exatos termos do julgado.
Nessa esteira, possvel perceber que o julgado debateu amplamente a matria em comento, apenas no foi ao encontro dos interesses
da embargante.
Ademais, o acrdo embargado est em perfeita consonncia com o entendimento dominante na jurisprudncia ptria, segundo o
qual o juiz, na prestao jurisdicional, no est adstrito a examinar todos os dispositivos e argumentos indicados pelas partes,
bastando que encontre fundamento suficiente tese que esposar, conforme se depreende do julgado a seguir transcrito:
"EMBARGOS DE DECLARAO - IMUNIDADE TRIBUTRIA. No existe no v. acrdo embargado nenhuma obscuridade,
duvida, contradio, erro ou omisso. Esta Egrgia Corte no responde a questionrio e no obrigada a examinar todas as
normas legais citadas e todos os argumentos utilizados pelas partes, e sim somente aqueles que julgar pertinente para lastrear sua
deciso. Embargos rejeitados" .(REsp n 27261-MG, rel. Ministro Garcia Vieira, DJ 22-03-93, p. 4551)
Pretende a Unio dar efeito modificativo ao julgado. A inconformidade com o julgado deve ser manifestada atravs de via prpria j
que, em sede de embargos de declarao, no se admite reapreciao da lide, sendo cabvel a sua anlise, com carter infringente,
to omente em situaes excepcionais, o que no o caso dos autos.
Considerando que os embargos de declarao so instrumento de aperfeioamento da prestao jurisdicional e tendo em vista o
disposto nas Smulas n 282 e 356 do STF e 98 e 211 do STJ, dou por prequestionados os art. art. 97 da CF, e art. 4 da LC n
118/2005.
Frente ao exposto, voto por dar provimento aos embargos da autora, para sanar a obscuridade apontada, e dar parcial provimento aos
embargos de declarao da Unio, to somente para efeito de prequestionamento.
Porto Alegre, 22 de maro de 2011.
00004 EMBARGOS DE DECLARAO EM APELAO CVEL N 2008.72.03.000254-5/SC
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
EMBARGANTE : COML/ PARISENTI LTDA/
ADVOGADO : Marcelo Domingues de Freitas e Castro e outro
: Fernando Negreiros Lagranha
EMBARGADO : ACRDO DE FLS.137/138
INTERESSADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
DECISO
Trata-se de embargos de declarao opostos pela impetrante visando suprir a contradio para fins de prequestionamento em deciso
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que negou seguimento apelao.
Em suas razes, a embargante alega que o acrdo foi contraditrio no concernente apreciao do mrito, porquanto apreciou
matria diversa do pedido inicial. Assevera que o presente mandamus busca o reconhecimento do direito lquido e certo da
impetrante de excluir da base de clculo do PIS e da COFINS as receitas transferidas para outras pessoas jurdicas de direito pblico
ou privado, conforme determina o art. 3, 2, III da Lei 9.718/98.
Requer sejam acolhidos os presentes embargos e sanadas as contradies apontadas, para fins de prequestionamento.
o relatrio.
Decido.
A deciso embargada no incorreu em contradio ante o adequado enfrentamento das questes postas em discusso.
A impetrante busca o reconhecimento do direito lquido e certo da impetrante de excluir da base de clculo do PIS e da COFINS as
receitas transferidas para outras pessoas jurdicas de direito pblico ou privado, conforme determina o art. 3, 2, III da Lei
9.718/98. A deciso enfrentou a matria, vejamos:
"(...)
Como o prprio texto da Lei deixa claro, depender-se-ia, para a efetiva excluso da base de clculo da contribuio ao PIS e da
COFINS das receitas transferidas a terceiros, de regulamentao a cargo do Poder Executivo. No entanto, tal regulamentao
nunca chegou a ser criada, e, por fim, o dispositivo foi revogado sem ter produzido efeitos.
Ora, a prpria redao do preceito legal demonstra que o dispositivo no era auto-aplicvel, dependendo de norma
regulamentadora.
De fato, sem regulamentao, o preceito legal, se intrerpretado de forma ampla, autorizando a deduo, da base de clculo do PIS
e da COFINS, de todas as receitas da pessoa jurdica transferidas a terceiros, desnaturaria completamente as contribuies em
foco, que deixariam a incidir sobre o faturamento, tendendo a se confundirem com a contribuio incidente sobre o lucro. De outro
lado, inexistente a regulamentao a cargo do Executivo, no pode o Judicirio legislar positivamente, estabelecendo quais seriam
as hipteses compreendidas naquele dispositivo, sob pena de infringncia ao postulado da separao dos Poderes.
De acordo com jurisprudncia deste Tribunal, a norma, embora vigente, carecia de eficcia, de modo que o direito mencionada
excluso nunca chegou a se configurar plenamente."
Possvel perceber que o julgado debateu amplamente a matria em comento, apenas no foi ao encontro dos interesses da
embargante.
Ademais, o acrdo embargado est em perfeita consonncia com o entendimento dominante na jurisprudncia ptria, segundo o
qual o juiz, na prestao jurisdicional, no est adstrito a examinar todos os dispositivos e argumentos indicados pelas partes,
bastando que encontre fundamento suficiente tese que esposar, conforme se depreende do julgado a seguir transcrito:
"EMBARGOS DE DECLARAO - IMUNIDADE TRIBUTRIA. No existe no v. acrdo embargado nenhuma obscuridade,
duvida, contradio, erro ou omisso. Esta Egrgia Corte no responde a questionrio e no obrigada a examinar todas as
normas legais citadas e todos os argumentos utilizados pelas partes, e sim somente aqueles que julgar pertinente para lastrear sua
deciso. Embargos rejeitados" .(REsp n 27261-MG, rel. Ministro Garcia Vieira, DJ 22-03-93, p. 4551)
Pretende a embargante dar efeito modificativo ao julgado. A inconformidade com o julgado deve ser manifestada atravs de via
prpria j que, em sede de embargos de declarao, no se admite reapreciao da lide, sendo cabvel a sua anlise, com carter
infringente, to-somente em situaes excepcionais, o que no o caso dos autos.
Considerando que os embargos de declarao so instrumento de aperfeioamento da prestao jurisdicional e tendo em vista o
disposto nas Smulas n 282 e 356 do STF e 98 e 211 do STJ, dou por prequestionados o art. art. 3, 2, III da Lei 9.718/98.
Frente ao exposto, voto por dar parcial provimento aos embargos de declarao, to somente para efeito de prequestionamento.
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Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00005 APELAO CVEL N 0001790-71.2009.404.7108/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
APELADO : TRANSPORTADORA JOSP LTDA/
ADVOGADO : Angela Blume Borba e outro
: Humberto Luiz Vecchio
: Eduardo Pompermaier Silveira
DECISO
Trata-se de embargos opostos pela UNIO FEDERAL execuo de sentena que lhe move TRANSPORTADORA JOSP LTDA.,
proferida nos autos de ao ordinria em que foi reconhecido crdito em favor da exequente, relativo a indbito tributrio decorrente
de pagamento a maior da contribuio para a COFINS, calculada com base no art. 3, 1, da Lei 9.718/98, julgado inconstitucional.
Impugnados os embargos, sobreveio sentena julgando-os improcedentes, sob o argumento de que "(a) a partir da apurao do
valor devido, a Unio acabou por revelar que a sentena, ao contrrio do que defendia a exordial, era exequvel; (b) a
possibilidade da anlise dos clculos judiciais que fundamentavam a execuo indicou que a prvia liquidao do julgado, tambm
em sentido contrrio ao que afirmou a petio inicial, era desnecessria e, por fim, (c) os clculos apresentados pela parte
embargada, credora, estavam corretos e respeitaram os limites do ttulo judicial". Explica a sentena, ainda, que a necessidade de
prvia liquidao do julgado "perdeu a sua relevncia em face da conferncia realizada pela embargante, que lhe permitiu apurar a
regularidade dos clculos da parte embargada. Desde sempre, portanto, a execuo contemplou os valores devidos. Bastava
Unio efetuar a conferncia dos mesmos em sede administrativa ou, ao menos, ter indicado na petio inicial os fatores que
conduziriam ao suposto excesso da execuo".
Inconformada com a sentena, a Unio Federal interps apelao. Alegou, em sntese, que a dvida seria ilquida, inexistindo nos
autos os documentos necessrios para que se possa aferir o valor do dbito por clculo aritmtico. Sendo os documentos que
acompanharam a inicial insuficientes para apurao do faturamento, a apurao das receitas que foram excludas da base de clculo
s foi possvel aps a apresentao de documentao discriminando o faturamento da empresa e as receitas que no o integram, bem
como balancetes mensais que comprovem o faturamento. Finalmente, em caso de sucumbncia desfavorvel, suscita no ser devida
a condenao da Unio ao pagamento de honorrios, uma vez que no teria dado causa instaurao indevida do processo.
Contra-arrazoado o recurso, subiram os autos ao Tribunal.
o relatrio. Decido.
Aprecio separadamente as questes suscitadas no recurso.
Liquidez da dvida - documentos probatrios do faturamento
Ao apreciar repetidamente casos de embargos execuo de sentena relativos repetio do indbito decorrente de pagamento a
maior a ttulo de contribuio para a Seguridade Social, as Turmas de Direito Tributrio deste Tribunal acabaram por firmar uma
srie de entendimentos uniformizados quanto sua liquidao.
Nessa perspectiva, para a liquidao do dbito, entende-se suficiente a presena nos autos das guias DARF comprovando o
recolhimento do tributo indevido efetuado com base nos mencionados Decretos-leis. Esses recolhimentos, conforme disciplina desse
diplomas legais, foram calculados sobre a receita operacional bruta, cujo conceito legal tem extenso maior do que a de faturamento
(faturamento mais receitas financeiras), base de clculo da contribuio aos moldes da LC 07/70, que a devida. Portanto, se na
apurao dos valores devidos, o clculo considerou a base de clculo inferida pelos recolhimentos efetuados pelas guias DARF, a
contribuio estar incidindo, pelo menos, sobre o valor integral do faturamento, conforme determina a LC 07/70. Eventualmente
nesse valor podem ter sido includas rubricas que transbordam do conceito de faturamento (v.g., receitas financeiras); contudo,
caberia ento ao exequente demonstrar o excesso na base de clculo e retific-la.
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Assim posta a questo, verifica-se a desnecessidade da juntada aos autos da documentao contbil da empresa, bem como da
realizao de percia tcnica. A execuo deve-se proceder conforme previsto no artigo 614 do CPC, podendo o juzo valer-se do
auxlio do contador judicial para solucionar controvrsia sobre os valores devidos. Atento ao direito ampla defesa do executado,
vale referir ainda que o fisco tem acesso s declaraes de tributos entregues pela exequente, dos quais podem ser extrados
facilmente subsdios para sua defesa.
Portanto, incabvel qualquer alegao no sentido de falta de pressuposto processual para a execuo por iliquidez do ttulo.
A propsito, transcrevo precedentes do Tribunal que ilustram esse entendimento:
EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. PIS. LIQUIDAO DO JULGADO. GUIAS DARF. SUFICINCIA. unssona a
jurisprudncia desta Corte no sentido de que as guias DARF so suficientes para a elaborao dos clculos de liquidao de
sentena que visam a apurao dos valores devidos a ttulo de PIS. Precedentes.
(TRF4, AC 2005.71.05.007678-6, Primeira Turma, Relator lvaro Eduardo Junqueira, D.E. 18/05/2010)
TRIBUTRIO EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. PIS. DECRETOS 2.445/88 E 2.449/88. REPETIO. RECEITA
OPERACIONAL BRUTA E FATURAMENTO. LIQUIDEZ DO TTULO EXECUTIVO. SUCUMBNCIA. 1. Em se tratando de
restituio do PIS com base na inconstitucionalidade dos Decretos 2.445/88 e 2.449/88, a receita operacional bruta, base para o
clculo do tributo pago indevidamente, compreende o faturamento, base para o PIS sob a LC 07/70, mais as receitas financeiras
(RIR/99, arts. 277 e 373). Desse modo, o documento de arrecadao (DARF) expressa, indiretamente, o faturamento do perodo,
podendo este ser tomado como equivalente receita operacional bruta, a menos que a embargada comprove que, alm do
faturamento, outras receitas estavam includas na base de clculo do tributo pago indevidamente. 2. Caso houvesse equvoco nos
valores recolhidos naquela poca, certamente o Fisco teria efetuado o lanamento de ofcio das eventuais diferenas e
providenciado a cobrana dos valores devidos. 3. H liquidez na presente execuo de sentena, no prosperando os argumentos
da embargante em sentido contrrio. No tendo o feito, restaram homologadas as declaraes. 4. Bem dosada a sucumbncia da
Unio na sentena dos embargos, razo pela mantm-se o valor fixado a ttulo de honorrios de advogado.
(TRF4, AC 2006.71.04.000744-9, Segunda Turma, Relator Otvio Roberto Pamplona, D.E. 26/05/2010)
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS EXECUO DE SENTENA. EXISTNCIA DE TTULO EXECUTIVO. LIQUIDAO
POR CLCULO DO CREDOR. PIS. PROVA DO VALOR DO FATURAMENTO. COMPENSAO NA VIA ADMINISTRATIVA.
NO COMPROVAO. 1. A fim de proceder liquidao de sentena, necessrio o confronto entre os valores do PIS exigido
com fulcro nos DLs n 2.445 e 2.449/88, razo de 0,65% sobre a receita operacional bruta, e os devidos em conformidade com a
LC n 07/70, equivalentes alquota de 0,75% sobre o faturamento. 2. No h falar em ausncia de pressuposto processual ou
iliquidez do ttulo executivo, visto que a inicial da execuo apresenta memria discriminada e atualizada do clculo, elaborada a
partir do cotejo dos demonstrativos do PIS na sistemtica dos DLs n 2.445 e 2.449/88 e da LC n 07/70, possibilitando executada
a anlise e verificao de eventual excesso de execuo ou de qualquer outra hiptese arrolada no art. 741 do CPC. 3. No cabe
exequente apresentar os documentos integrantes da sua escrita fiscal, tais como livros, duplicatas, notas fiscais e faturas, ou as
declaraes de rendimentos, a fim de efetuar a liquidao do julgado, porquanto no est em discusso a prova do fato constitutivo
do direito do autor. 4. Tendo em vista que a embargante poderia, sem maiores dificuldades, apurar a receita operacional bruta e o
faturamento, mormente porque tem acesso aos bancos de dados da Receita Federal, inclusive a DIRPJ cuja apresentao reputou
ser imprescindvel, no h justificativa plausvel para a alegao de impossibilidade de quantificao do montante exequendo. 5.
Incumbe embargante, luz do disposto no art. 741, VI, do CPC, comprovar a extino do crdito em razo de compensao
efetivada na via administrativa, no tendo a Fazenda Nacional, no caso, comprovado plenamente tal circunstncia.
(TRF4, AC 2007.71.04.005166-2, Primeira Turma, Relator Joel Ilan Paciornik, D.E. 27/04/2010)
Assim, rejeito a alegao de iliquidez da dvida.
Honorrios de advogado
No que toca aos honorrios advocatcios, entendo que no h que se falar em princpio da causalidade em favor da Unio.
Com efeito, sendo possvel, para a liquidao do dbito, como j mencionado, utilizar-se dos documentos j acostados aos autos, foi
a embargante quem deu causa ao presente processo. E, em no sendo procedentes os seus pedidos, deve arcar com o pagamento a
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ttulo de honorrios. Nesse sentido:
ADMINISTRATIVO. REPASSE DE RECURSOS. FALHA ADMINISTRATIVA. RECONHECIMENTO DO PEDIDO. HONORRIOS
ADVOCATCIOS. 1. Hiptese em que a ausncia de repasse relativo a uma nota de emprenho decorreu de falha administrativa na
execuo do contrato, reconhecida pela Unio e sanada, por ocasio do cumprimento da deciso que deferiu a medida
antecipativa. 2. Ainda que haja reconhecimento do pedido, os nus da sucumbncia devem ser imputados parte que deu causa
instaurao do processo, em homenagem aos princpios da sucumbncia e causalidade. 3. Honorrios advocatcios arbitrados em
valor fixo, tendo em conta os parmetros dos 3 e 4 do art. 20 do CPC. (TRF4 5000059-27.2010.404.7202, D.E. 18/03/2011)
Ademais, como bem apontado pela sentena, "Desde sempre, portanto, a execuo contemplou os valores devidos. Bastava Unio
efetuar a conferncia dos mesmos em sede administrativa ou, ao menos, ter indicado na petio inicial os fatores que conduziriam ao
suposto excesso da execuo. Isso no foi efetuado."
Desta forma, mantenham-se os honorrios fixados em R$ 1.000,00 (um mil reais), consoante a sentena de primeiro grau.
Ante o exposto, nego seguimento apelao com base no artigo 557, caput, do CPC.
Publique-se. Intimem-se.
Porto Alegre, 22 de maro de 2011.
00006 APELAO CVEL N 2009.71.99.003455-7/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : BOELTER AGRO INDL/ LTDA/ massa falida
ADVOGADO : Vinicius Lubianca
: Fabricio Nedel Scalzilli
APELADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
DECISO
Relatrio. Boelter Agro Industrial Ltda - massa falida ops embargos execuo fiscal promovida pelo INSS, atualmente decompetncia da Fazenda Nacional. Sustenta, em sntese: a) no ser devida a contribuio para o salrio-educao; b) que a multa
aplicada no montante de 60% no devida; c) aplicao da multa neste percentual viola o art. 106, II, c, do CTN, j que dada nova
redao ao art. 35 da Lei n 8.212/91. Atribuiu causa, em 20/11/2003, o valor de R$ 172.497,66.
Sobreveio sentena que julgou improcedentes os embargos, para o fim de: a) declarar a legalidade do salrio-educao e da multa
aplicada; b) determinar que as multas sero pagas pela massa ao final, se suport-las, e que os juros devem incidir at a data da
quebra, somente incidindo aps esta se restar ativo depois do pagamento dos credores subordinados. Condenou a embargante ao
pagamento das despesas processuais e de honorrios advocatcios, fixados em 15% sobre o valor da execuo.
Irresignada, apelou a embargante. Alega que as multas e os juros, aps a quebra, no devem incidir, na forma da Smula n 565 do
STF e do art. 23, III e 26 do Decreto-lei n 7.661/45. Argumenta que a Lei n 11.101/2005 manteve inalterados tais dispositivos.
Caso mantidas as multas, devero ser reduzidas, por expressa aplicao do art. 106, II, c do CTN.
Com contrarrazes, vieram os autos a este Tribunal. o relatrio.
Fundamentao. A embargante teve sua falncia decretada em 03.11.2005, quando no mais vigia o Decreto-lei n 7.661/45.
A Lei n 11.101/2005, que entrou em vigor em 06.06.2005, passou a regular a recuperao judicial, a extrajudicial e a falncia do
empresrio e da sociedade empresria, e, juntamente com a lei Complementar n 118/2005, que alterou dispositivos do CTN,
modificou de maneira expressiva institutos da sistemtica falimentar. Dentre as inovaes da legislao atual destaca-se a
consagrao de medidas compensatrias de arrecadao fiscal, como a subsistncia da multa tributria imposta ao devedor.
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A embargante requer a excluso da multa. Conforme se extrai do art. 83 da lei 11.101/2005, h a previso expressa de cobrana de
multa:
"A classificao dos crditos na falncia obedece seguinte ordem: (...)
III. Crditos tributrios, independentemente de sua natureza e tempo de constituio, excetuadas as multas tributrias; (...)
VII. As multas contratuais e as penas pecunirias por infrao das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributrias".
No mesmo sentido a alterao trazida pela lei Complementar n 118/2005 ao art. 186 do CTN:
"Art. 186. O crdito tributrio prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituio, ressalvados os
crditos decorrentes da legislao do trabalho ou do acidente de trabalho.
Pargrafo nico. Na falncia: (...)
III a multa tributria prefere apenas aos crditos subordinados."
Por conseguinte, imperioso concluir afastada, no caso, a aplicao da smula n 565 do STF, aprovada em 15.12.1976, sob a gide
do Decreto n 7.661/45, que possui o seguinte teor: "A multa fiscal moratria constitui pena administrativa, no se incluindo no
crdito habilitado em falncia".
Assim, no h falar em excluso dos valores devidos a ttulo de multa tributria do dbito original, uma vez que a prpria lei n
11.101/2005 determina sua incluso no crdito habilitado em falncia, apenas a sua cobrana que ser feita aps os crditos
quirografrios.
Deve, portanto, permanecer a cobrana da multa, obedecendo-se ordem de pagamento estabelecida pela lei n 11.101/2005.
Quanto aos juros de mora, o art. 124 da Lei de Falncias, mantendo o que dispunha o art. 23 do Decreto-lei 7.661/45, prev
expressamente que "contra a massa falida no correm juros, ainda que estipulados forem, se o ativo apurado no bastar para o
pagamento do principal".
Correta, portanto, a sentena ao condicionar a cobrana dos juros posteriores quebra hiptese de sobras aps a realizao do
ativo.
Como se v, o julgador a quo aplicou corretamente os dispositivos contidos na lei n 11.101/2005.
No que tange reduo da multa, tenho que a pretenso da parte recorrente merece guarida. A esse respeito, observo que o art. 35 da
Lei n 8.212/91 foi alterado pela Medida Provisria n 449, de 03.12.2008, passando a ter a seguinte redao, verbis:
"Art. 35. Os dbitos com a Unio decorrentes das contribuies sociais previstas nas alneas "a", "b" e "c" do pargrafo nico do
art. 11, das contribuies institudas a ttulo de substituio e das contribuies devidas a terceiros, assim entendidas outras
entidades e fundos, no pagos nos prazos previstos em legislao, sero acrescidos de multa de mora e juros de mora, nos termos
do art. 61 da Lei no 9.430, de 1996."
Da leitura do referido dispositivo, constata-se que o percentual aplicvel multa de mora passou a ser aquele constante do art. 61 da
Lei n 9.430/96 (no caso, 20%). Sendo mais benfico ao sujeito passivo, deve ser aplicado, com fulcro no art. 106, II, do CTN.
Desse modo, determino a reduo da multa de mora para o percentual de 20% previsto pelo art. 35, da Lei n 8.212/91 (com a
redao dada pela MP n 449, de 2008) c/c art. 106, inc. II, alnea 'c' do CTN. Nesse sentido, veja-se o julgado desta Turma:
"EMBARGOS EXECUO FISCAL. RESPOSNABILIDADE TRIBUTRIA DO DIRETOR DA ASSOCIAO. DECADNCIA.
NULIDADE DA NOTIFICAO DA NFLD. SALRIO-EDUCAO. MULTA. SELIC. HONORRIOS
(...) A multa devida em razo do descumprimento da obrigao por parte do contribuinte, nos estritos percentuais da lei de
regncia, poca da exao. Descabe falar em confisco, quando o valor da penalidade obedece a critrios de razoabilidade,
especialmente ao permanecer abaixo do principal da dvida. Tendo em vista a nova redao do art. 35 da Lei n 8.212/91, dada
pela Medida Provisria n 449, de 03.12.2008, o novo percentual aplicvel multa de mora passou a ser aquele constante no art.
61 da Lei n 9.430/96, que, sendo mais benfico ao sujeito passivo, deve ser-lhe aplicado, com fulcro no art. 106, II, 'c', do CTN que
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estabelece a retroatividade da Lei mais benfica ao contribuinte (...) (TRF4, APELAO/REEXAME NECESSRIO N
2000.70.02.001327-0, 1 Turma, JUIZ FEDERAL MARCOS ROBERTO ARAUJO DOS SANTOS, POR UNANIMIDADE, D.E.
18/02/2009)
Cabvel, portanto, a reduo da multa de mora ao patamar de 20%.
Com a modificao operada na sentena, restou configurada sucumbncia recproca no igualitria entre as partes.
No que toca ao quantum dos honorrios advocatcios, a 1 Turma deste Colendo Tribunal tem estabelecido o patamar de 10% sobre
o valor da causa ou da condenao - quando houver - desde que desse clculo no resulte valor nfimo ou exorbitante.
Assim, condeno a parte embargada e a embargante em honorrios advocatcios, fixados, respectivamente, em 10% sobre o valor
excludo do dbito e em 10% sobre o crdito remanescente, restando compensados at o montante de sua equivalncia, levando em
considerao os critrios elencados pelo CPC em seu art. 20, 4, combinado com as alneas a, b e c do 3. A atualizao
monetria de tal verba se dar com base no IPCA-E.
Custas pela embargante pois sucumbente na maior parte do pedido.
Em arremate, consigno que o enfrentamento das questes suscitadas em grau recursal, assim como a anlise da legislao aplicvel,
so suficientes para prequestionar junto s instncias Superiores os dispositivos que as fundamentam. Assim, deixo de aplicar os
dispositivos legais ensejadores de pronunciamento jurisdicional distinto do que at aqui foi declinado. Desse modo, evita-se a
necessidade de oposio de embargos de declarao to-somente para este fim, o que evidenciaria finalidade procrastinatria do
recurso, passvel de cominao de multa (artigo 538 do CPC).
Deciso. Pelo exposto, com fundamento no artigo 557 do CPC e artigo 37 do Regimento Interno da Corte, dou parcial provimento apelao.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00007 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0014844-54.2010.404.0000/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
AGRAVANTE : GRANDESUL PROGRAMAO VISUAL LTDA/
ADVOGADO : Cassio Moreira
: Jose Alexandre dos Santos
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
DECISO
A agravante peticiona requerendo a desistncia do presente recurso (fls. 118/119). Desse modo, homologo o pedido de desistncia.
Com as cautelas legais, d-se baixa na distribuio e remetam-se os autos ao juzo de origem.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00008 APELAO CVEL N 0016707-21.2010.404.9999/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 20 / 909
http://www.trf4.jus.br/
APELADO : METALRGICA UNIVERSO LTDA/
ADVOGADO : Manoel Tarrio Gandara
DECISO
Relatrio. Metalrgica Universo Ltda ops embargos execuo fiscal promovida pelo INSS, atualmente de competncia daFazenda Nacional. Atribuiu causa, em 26/07/2007, o valor de R$ 566.816,75.
Sobreveio sentena que julgou improcedentes os presentes embargos. Condenou a embargante ao pagamento de custas processuais e
de honorrios advocatcios, fixados em valor equivalente a 3% do dbito atualizado.
Irresignada, apelou a embargada postulando a majorao da condenao da embargante em honorrios advocatcios.
Devidamente processados, vieram os autos a esta Corte para julgamento.
o relatrio.
Fundamentao. No que toca ao quantum dos honorrios advocatcios, a 1 Turma deste Colendo Tribunal tem estabelecido opatamar de 10% sobre o valor da causa ou da condenao - quando houver - desde que desse clculo no resulte valor nfimo ou
exorbitante, estabelecido como patamar mximo o montante de R$ 100.000,00.
Assim, sem descurar da orientao jurisprudencial desta Turma, fixo a verba honorria em 10% sobre o valor da causa, a ser
atualizado com base no IPCA-E at o adimplemento, levando em considerao os critrios elencados pelo CPC em seu art. 20, 4,
combinado com as alneas a, b e c do 3.
Em arremate, consigno que o enfrentamento das questes suscitadas em grau recursal, assim como a anlise da legislao aplicvel,
so suficientes para prequestionar junto s instncias Superiores os dispositivos que as fundamentam. Assim, deixo de aplicar os
dispositivos legais ensejadores de pronunciamento jurisdicional distinto do que at aqui foi declinado. Desse modo, evita-se a
necessidade de oposio de embargos de declarao to-somente para este fim, o que evidenciaria finalidade procrastinatria do
recurso, passvel de cominao de multa (artigo 538 do CPC).
Deciso. Pelo exposto, com fundamento no artigo 557 do CPC e artigo 37 do Regimento Interno da Corte, dou provimento apelao, nos termos da fundamentao.
Intimem-se. Publique-se.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00009 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003607-86.2011.404.0000/SC
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
AGRAVANTE : ENGEMADE - ENG/ MADEIRAS E EXPORTACAO LTDA/
ADVOGADO : Cristovan Froehner
AGRAVADO : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
DECISO
O presente agravo de instrumento intempestivo. A deciso recorrida foi proferida em 13 de janeiro de 2011 (fl. 87 deste
instrumento) e dela a parte agravante teve cincia, efetivamente, pela publicao em 23/02/2011 (fl. 88 destes autos). Assim, o
recurso, protocolado apenas em 10/03/2011, intempestivo.
Nesse contexto, com apoio no caput do art. 557 do CPC, nego seguimento ao agravo de instrumento.
Intimem-se. Publique-se.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 21 / 909
http://www.trf4.jus.br/
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00010 AGRAVO DE INSTRUMENTO N 0003670-14.2011.404.0000/RS
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
AGRAVANTE :CONSELHO REGIONAL DE FARMACIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL -
CRF/RS
ADVOGADO : Rosanie Rodrigues Rivero e outros
AGRAVADO : PAULO CESAR UBERTI PEREIRA
DECISO
Trata-se de agravo de instrumento interposto pelo CONSELHO REGIONAL DE FARMCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO SUL - CRF/RS contra deciso da MM. Juza Federal da 3 Vara Federal de Execues Fiscais de Porto Alegre que deixou de
receber o recurso de apelao apresentado contra sentena que julgou extinta execuo fiscal considerada de valor irrisrio, com
base no art. 34 da Lei n. 6.830/80 (LEF).
Requer a agravante o recebimento da apelao por entender que o Conselho Regional tem direito a promover a execuo de suas
dvidas independentemente do seu valor. Caso no seja esse o entendimento, postula seja aplicado o Princpio da Fungibilidade
Recursal para ver recebidos os embargos infringentes como recurso de apelao.
Relatei. Decido.
Da deciso que indefere a petio inicial da execuo fiscal, ou a julga extinta, por se tratar o dbito de valor irrisrio, so cabveis
embargos infringentes.
Com efeito, o artigo 34 da LEF foi recepcionado pela CF/88. O artigo 108, inciso II, da CF/88 no consagra a necessidade de a lei
viabilizar, em todos os casos, o acesso segunda instncia. Limita-se a disciplinar a competncia dos TRF's. Esse entendimento est
em consonncia com os seguintes precedentes do STJ e deste Regional:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUO FISCAL. EMBARGOS INFRINGENTES. - Est em vigor o art.
34 da Lei 6.830/80, que prev o recurso de embargos infringentes nas chamadas causas de alada. Neste norte, em tema de
execuo fiscal, os embargos infringentes e os declaratrios so os nicos recursos voluntrios admissveis, que devero ser
decididos em nica instncia. (AG 2002.04.01.048077-5/RS, TRF da 4 Regio, Primeira Turma, Relator Desembargador Federal
Luiz Carlos de Castro Lugon, DJU 11/06/03).
PROCESSUAL. EXECUO FISCAL. APELAO. VALOR DE ALADA. 50 ORTN's. ART. 34, DA LEI N. 6.830/80.
INAPLICAO DO REEXAME NECESSRIO. PRECEDENTES. 1. Recurso Especial interposto contra v. Acrdo segundo o qual
nas causas fiscais com valor inferior alada estipulada no art. 34, da Lei n. 6.830/80, no h espao para o recurso oficial
imposto pelo art. 475, II, do CPC. 2. As jurisprudncias desta Corte Superior e do saudoso Tribunal Federal de Recursos so
pacficas no sentido de que s cabe recurso de apelao se o valor da dvida, monetariamente atualizada, for superior ao teto de 50
(cinqenta) ORTN's, fixado para efeito de alada recursal. Das sentenas de primeiro grau proferidas em execues de pequeno
valor s se admitiro embargos infringentes e de declarao (art. 4, da Lei 6825/80). 3. inaplicvel o art. 475, II, do CPC, por
ser incompatvel com o regime especial endereado s causas de alada. 4. Precedentes das 1 e 2 Turmas desta Corte Superior e
do egrgio TFR. 5. Recurso no provido. (RESP 413677/RS, STJ, Primeira Turma, Relator Ministro Jos Delgado, DJU 13/05/02).
TRIBUTRIO. EXECUO FISCAL. VALOR IGUAL OU INFERIOR A 50 OTN's. ART. 34 DA LEI N. 6.830/80. Se o valor
cobrado na execuo fiscal igual ou inferior a 50 OTN's, o recurso contra a sentena que extingue o processo o dos embargos
infringentes , a teor do art. 34 da Lei n. 6.830/80. Agravo de instrumento desprovido. (AG 2003.04.01.036207-2/RS, TRF da 4
Regio, Segunda Turma, Relator Desembargador Federal Joo Surreaux Chagas, DJU 04/02/04)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EXECUO FISCAL. VALOR DE ALADA. ART. 34 DA LEI N. 6.830/80.
RECURSOS CABVEIS. 1. O art. 34 da Lei das Execues Fiscais (Lei n. 6830/80) concebeu as causas de alada, de modo que
"das sentenas de primeira instncia proferidas em execues de valor igual ou inferior a 50 (cinqenta) Obrigaes Reajustveis
do Tesouro Nacional - ORTN s se admitiro embargos infringentes e de declarao". 2. A sucesso de indexadores ao longo do
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 22 / 909
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tempo no justifica o desuso de tal vetusta e especfica disposio legal sistemtica, no autorizando que se a considere revogada,
eis que em pleno vigor. (AG 2003.04.01.033380-1/RS, TRF da 4 Regio, Terceira Turma, Relator Desembargador Federal Luiz
Carlos de Castro Lugon, DJU de 14/01/04)
certo, poderia se cogitar a aplicao do princpio da fungibilidade ao presente caso, pois, embora no estando inserto no Cdigo de
Processo Civil em vigor, ainda rege o sistema recursal ptrio. Entretanto, o referido princpio no aplicvel indistintamente, sob
pena de subverso do sistema recursal. que, por se tratar de um princpio tcnico-jurdico, s invocvel quando estiverem
satisfeitos os requisitos j fixados pela doutrina e jurisprudncia.
Assim, o princpio da fungibilidade s tem aplicao quando o recorrente no comete erro grosseiro. Ora, para que o equvoco na
interposio do recurso seja escusvel, necessrio que haja dvida objetiva acerca do recurso cabvel, vale dizer, existncia de
divergncia atual na doutrina e/ou na jurisprudncia acerca do recurso adequado. Se, ao contrrio, no existe discrepncia ou j se
encontra ultrapassado o dissenso, no h se invocar a fungibilidade recursal.
Em casos como o apresentado, todavia, a posio desta Corte a de que a interposio de apelao ao invs de embargos
infringentes configura erro grosseiro.
Assim, por manifestamente improcedente o agravo de instrumento, nego-lhe seguimento, nos termos do artigo 557, caput, do CPC.
Publique-se. Intimem-se.
Porto Alegre, 22 de maro de 2011.
00011 APELAO CVEL N 0001580-09.2011.404.9999/PR
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
APELADO : METALURGICA RIO DO BARRO LTDA/
DECISO
Trata-se de apelao interposta pelo INSS contra sentena que decretou a prescrio intercorrente, na forma do artigo 40, 4; da Lei
6.830/80, com condenao da autarquia em honorrios advocatcios (fls. 64/65).
Irresignada, a exequente apelou ao argumento de que, reconhecida a prescrio intercorrente ex officio pelo juzo 'a quo',
impossvel a condenao da exequente em honorrios advocatcios, uma vez que no houve nos autos qualquer manifestao de
defesa, seja em exceo de pr-executividade, seja em embargos execuo, sequer havendo a constituio de advogado para defesa
nos autos. Requer a reforma da sentena (fls. 70/71).
Vieram os autos para julgamento. Relatei.
Decido.
Da Condenao Honorria
Verificando os autos detidamente, constata-se que, embora o INSS refira nos autos que a executada foi citada, no h nos autos tal
comprovao (fls. 6, 9 e 11), de tal sorte que no localizada a empresa devedora e datando a dvida de 1989, 1990 e 1991, com data
de inscrio em 31/08/1992, tenho que ocorreu a prescrio do crdito tributrio nos moldes do art. 174 do CTN, antes mesmo de
ter-se cumprido o lustro quinquenal da prescrio intercorrente.
De qualquer sorte, considerando que e momento algum houve constituio de advogado de defesa nos autos e, portanto da prpria
defesa na ao executiva, no se justifica a condenao honorria advocatcia em favor de advogado inexistente e que no laborou
no processo.
DIRIO ELETRNICO DA JUSTIA FEDERAL DA 4 REGIO 23 / 909
http://www.trf4.jus.br/
Assim, tenho que a condenao em honorrios pauta-se pelo princpio da causalidade e da sucumbncia; todavia, por inexistncia de
destinatrio da verba, descabe a sua condenao em honorrios advocatcios se a executada no constituiu procurador nos autos.
a posio desta Corte, como se verifica dos precedentes a seguir elencados: AC n 0016026-51.2010.404.9999/RS; 1 Turma,D.E. 19/01/2011.
Neste sentido, procede a argumentao da exequente e deve ser excluda da sentena a condenao honorria.
Frente ao exposto, com apoio no 1-A, do art. 557 do CPC, dou provimento apelao da exequente para afastar a condenaohonorria imposta na sentena.
Intimem-se. Publique-se. D-se baixa, remetendo-se os autos Vara de origem.
Porto Alegre, 23 de maro de 2011.
00012 APELAO CVEL N 0001581-91.2011.404.9999/PR
RELATOR : Des. Federal LVARO EDUARDO JUNQUEIRA
APELANTE : UNIO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional
APELADO : METALURGICA RIO DO BARRO LTDA/
DECISO
Trata-se de apelao interposta pelo INSS contra sentena que decretou a prescrio intercorrente, na forma do artigo 40, 4; da Lei
6.830/80, com condenao da autarquia em honorrios advocatcios (fls. 63/64).
Irresignada, a exequente apelou ao argumento de que, reconhecida a prescrio intercorrente ex officio pelo juzo 'a quo',
impossvel a condenao da exequente em honorrios advocatcios, uma vez que no houve nos autos qualquer manifestao de
defesa, seja em exceo de pr-executividade, seja em embargos execuo, sequer havendo a constituio de advogado para defesa
nos autos. Requer a reforma da sentena (fls. 70/71).
Vieram os autos para julgamento. Relatei.
Decido.
Da Condenao Honorria
Verificando os autos detidamente, constata-se que, embora o INSS refira nos autos que a executada foi citada, no h nos autos tal
comprovao (fls. 6, 9 e 11), de tal sorte que no localizada a empresa devedora e datando a dvida de 1989, 1990 e 1991, com data
de inscrio em 31/08/1992, tenho que ocorreu a prescrio do crdito tributrio nos moldes do art. 174 do CTN, antes mesmo de
ter-se cumprido o lustro quinquenal da prescrio intercorrente.
De qualquer sorte, considerando que e momento algum houve constituio de advogado de defesa nos autos e, portanto da prpria
defesa na ao executiva, no se justifica a condenao honorria advocatcia em favor de advogado inexistente e que no laborou
no processo.
Assim, tenho que a condenao em honorrios pauta-se pelo princpio da causalidade e da sucumbncia; todavia, por inexistncia de
destinatrio da verba, descabe a sua condenao em honorrios advocatcios se a executada no constituiu procurador nos autos.