volume 45 suplemento 1 agosto 2012 -...

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MEDICINA REVISTA FUNDADA PELO CENTRO ACADÊMICO ROCHA LIMA, DOS ALUNOS DA FACULDADE DE MEDICINADE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EM 1961 VOLUME 45 SUPLEMENTO 1 AGOSTO 2012 Editor Prof.Dr. ORLANDO DE CASTRO E SILVA JÚNIOR Comissão de Publicação: Prof. Dr. JOSÉ ANTONIO BADDINI MARTINEZ Prof. Dr. ORLANDO DE CASTRO E SILVA JÚNIOR Profª Drª TEREZILA MACHADO COIMBRA Secretaria MARLENE CANDIDA DE FARIA Reitor da Universidade de São Paulo Prof. Dr. JOÃO GRANDINO RODAS Vice-Reitor Prof.Dr. HÉLIO NOGUEIRA DA CRUZ Diretor da F.M.R.P. Prof. Dr. BENEDITO CARLOS MACIEL Superintendente do H.C.R.P. Prof. Dr. MARCOS FELIPE SILVA DE SÁ

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MEDICINA

REVISTA FUNDADA PELO CENTRO ACADÊMICO ROCHA LIMA, DOS ALUNOS DAFACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EM 1961

VOLUME 45 SUPLEMENTO 1 AGOSTO 2012

Editor

Prof.Dr. ORLANDO DE CASTRO E SILVA JÚNIOR

Comissão de Publicação:

Prof. Dr. JOSÉ ANTONIO BADDINI MARTINEZ

Prof. Dr. ORLANDO DE CASTRO E SILVA JÚNIOR

Profª Drª TEREZILA MACHADO COIMBRA

Secretaria

MARLENE CANDIDA DE FARIA

Reitor da Universidade de São Paulo

Prof. Dr. JOÃO GRANDINO RODAS

Vice-Reitor

Prof.Dr. HÉLIO NOGUEIRA DA CRUZ

Diretor da F.M.R.P.

Prof. Dr. BENEDITO CARLOS MACIEL

Superintendente do H.C.R.P.

Prof. Dr. MARCOS FELIPE SILVA DE SÁ

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Aguiar-Oliveira MH ............ 76, 77

Alcântara GAS ................. 64, 66

Alessi CAC ...................... 12

Almeida IP ....................... 24, 40

Almeida MT ..................... 61

Alves GA ......................... 67

Alves H ........................... 21

Alves LMT ....................... 27

Amaral FC ....................... 11

Andrade DES ................... 60

Andrade RF ..................... 60

Andrade TAM .................. 38, 41, 43

Andrade VR ..................... 63

Andreoli MF ..................... 26

Antonini SR ..................... 11, 15, 33

Aquatti FZ ....................... 51

Aragão MT ...................... 76

Aragon DC ...................... 21

Araujo ACS ...................... 21

Araújo J .......................... 76

Araujo LF ........................ 17

Araújo W ........................ 17

Arruda LKP ..................... 21, 31, 32

Baddini JA ....................... 66

Badra SJ ........................ 45

Barberan JPS .................. 44

Barbim R ........................ 46

Barbosa EGMM................ 58, 62

Barbosa Junior F .............. 58, 70

Barbosa MCR .................. 31

Bartolomeu CA ................ 35, 37, 40, 41, 42

Basílio-de-Oliveira RP ......... 44

Batista SL ....................... 60

Beraldo RA ...................... 59

Bernal CA ....................... 26

Bernardo DHC ................. 78

Bertani RF ....................... 68, 69

Bezan PN ........................ 33, 35

Bona SH ......................... 13

Bonardi JMT.................... 68, 69, 71

Bonfim NC ...................... 75

Bonfim-Silva R .................. 77

Borges CMR.................... 29, 50

Borges MC ...................... 12, 21

Braga CBM ..................... 27, 28

Bueno CZ ........................ 38

Buffi VB .......................... 22

Caetano GF ..................... 38, 41, 43

Campelo DHC .................. 16

Campelo V ...................... 13

Campioni F ...................... 17, 19, 20

Campo MR ...................... 65

Campos GO ..................... 68, 69

Campos WN.................... 32

Índice de autores

i

Medicina, Ribeirão PretoRevista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da FMRP-USP

VOLUME 45 SUPLEMENTO 1Agosto 2012

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ÍNDICE DE AUTORES

ii

Cardoso JFR.................... 39

Carneiro JAO ................... 10, 31

Carneseca ES .................. 55, 56

Carrinho LM .................... 35, 37, 40, 41, 42

Carrinho PM .................... 40

Carvalho HM ................... 44

Carvalho Junior JM .......... 16

Casale EF ........................ 60

Castilho RC ..................... 69, 70

Castro GSF ...................... 24, 26, 33, 35

Castro M ........................ 11, 15, 33, 56

Certain L ......................... 64, 66

Cetlin A ........................... 21

Chaves AR ...................... 13, 14

Chaves RCP..................... 62

Coelho EB ....................... 46

Coeli-Lacchini FB .............. 15

Cohen C .......................... 39

Colli LM .......................... 11, 33, 56

Colombo NC .................... 12

Consolo BL ...................... 29

Costa ADRG .................... 63

Costa CAJ ....................... 42

Costa EBO ....................... 77

Costa EG ......................... 57

Costa JAC ....................... 17, 18, 19, 20

Costa MC........................ 14, 22

Costa NDRG .................... 63

Covas DT ........................ 77

Covolo N ......................... 72, 73

Crispim JCO .................... 26

Cunha SFC ...................... 27, 28

Cusinato DAC .................. 46

Dantas RO ...................... 27, 28, 37

Denardi RC, ..................... 60, 61

Deus Filho A .................... 16

Dick-de-Paula I ................. 65

Diez-Garcia RW................ 65, 67

Divino-Filho JC .................. 42

Domenis DR .................... 36, 37

Donadi EA ....................... 7, 26

Duch CR ......................... 60

Dutra DAM...................... 25

Elias LLK ......................... 15

Elias PCL ......................... 15

Emmerick TC ................... 77

Escorsi-Rosset S .............. 74

Evangelista AF .................. 7

Evaristo Neto ADA ............ 54

Fábio SRC ....................... 41

Falcão JP ........................ 17, 19, 20

Fantini FGMM .................. 37, 41

Fantini PR ....................... 37, 41

Feres O ........................... 27, 28

Fernandes CM ................. 14

Fernandes LO .................. 35, 37, 40, 41, 42

Ferraz-Filho RL ................. 48

Ferreira CA ..................... 17

Ferreira CN ..................... 47

Ferreira R ....................... 21

Ferreira V ....................... 17, 18, 19, 20

Ferriani VPL .................... 21

Ferriolli E ......................... 10, 31, 68, 69, 71

Ferro RS ......................... 12, 69, 70

Figueiredo LTM ................ 45

Fioresi MP....................... 12

Fonseca BAL ................... 26

Fontes AM ...................... 77

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ÍNDICE DE AUTORES

iii

Foss MC ......................... 14, 22, 51, 54, 55, 56

Foss-Freitas MC ............... 9, 14, 22, 51, 54, 55,56, 59

Frade MAC ...................... 38, 41, 43

Fragoso MCBV................. 33

França AT ....................... 32

Freiberger L .................... 49

Freitas MS ...................... 61

Frezza G ......................... 56

Furquim SSRAL ................ 34

Fuziwara C ...................... 48

Gaggini MCR.................... 40, 61, 63

Garcia CC........................ 14

Garcia JNR ..................... 76

Garcia SB........................ 39

Giorgenon TMV ................ 48

Gonçalves MR .................. 21

Gonçalves MS .................. 65

Gonçalves NB .................. 14, 22

Góngora DNV .................. 29, 30

Granzotti-Guedes RB ......... 36, 37

Gregório ML .................... 48

Griffo TN ......................... 14, 22

Guimarães PM ................. 62

Haddad SK ...................... 77

Hayata AL ....................... 44

Henriques V .................... 42

Holland H ........................ 33, 35

Horvatich LB.................... 13, 14, 16

Horvatich TB.................... 13, 14, 16

Iannetta O ....................... 7

Ide JS ............................. 74

Illesca PG ........................ 26

Inoue CJ ......................... 49

Invernise B ...................... 57

Jordão Jr AA ................... 24, 26, 33, 35, 43,65, 71, 72, 73

Josepim EFB.................... 35, 37, 40, 41, 42

Junio AMA ...................... 12

Junior GT ........................ 73

Junqueira dos Santos AF ... 10

Junqueira-Franco MMV ..... 47

Karen SKK ...................... 64, 66

Kato M, .......................... 60, 61

Kimura ET ....................... 48

Kubo LS .......................... 28

Lachinni R ....................... 46

Lages RB ........................ 13, 16, 24, 25, 40

Landim CAP .................... 38

Lane R............................ 49

Lanza LB......................... 12

Latronico AC ................... 33

Leal LF ........................... 33

Leite JP .......................... 74

Leite MN......................... 41, 43

Leite SN.......................... 41, 43

Lelis RF........................... 9

Leme CVD ....................... 23

Levy SA........................... 32

Lima DAFS ...................... 18

Lima DS .......................... 11

Lima EQ .......................... 34

Lima FL .......................... 70

Lima LG .......................... 68, 69, 71

Lima NKC ....................... 31, 68, 69, 71

Lima TP .......................... 47

Lôbo RR ......................... 12

Logatti F ......................... 13, 16

Loureiro AAC ................... 23

Louzada-Júnior P .............. 44

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ÍNDICE DE AUTORES

iv

Lucena GS ...................... 35, 37, 40, 42

Lunardi J ........................ 32

Machado AA.................... 58, 62

Machado TMO ................. 22

Macieira JC ..................... 77

Maciel LMZ ..................... 48, 49

Madisson MM ................. 78

Magalhães DAR ............... 7, 77

Magalhães PKR ............... 48

Magro VTS ...................... 76

Malek-Zadeh CH ............... 62

Maluf TB ......................... 48

Manfrim MV .................... 51

Marangoni MA ................. 76

Marchi CMG .................... 23

Marchini JS ..................... 7, 9, 47, 62

Marot LP ........................ 24

Martinelli ALC .................. 26

Martinelli Junior CE........... 15, 33

Martinez EZ ..................... 42, 71

Martinez JAB................... 17, 64

Martinez R ...................... 17, 18, 19, 20, 47, 57

Martins TF ...................... 31

Masiero A ....................... 44

Matias AB ....................... 10

Meliscki GA ..................... 22, 55, 56

Mello LM ........................ 21

Melo EGA ........................ 9

Melo JA .......................... 21

Melo LLA ........................ 9

Melo-Lima B .................... 7

Mermejo LM.................... 33

Mialich MS ...................... 71, 72, 73

Miyoshi SKB .................... 62

Monnier N....................... 32

Monte-Alegre FA .............. 65, 67

Monteiro ACA .................. 67

Monteiro LZ .................... 22, 51, 54,55, 56

Monteiro RP .................... 49

Montenegro Jr RM ........... 51, 54

Moreau P ........................ 7

Moreira AC ..................... 15, 33

Moreira LF ...................... 77

Moreno AS ...................... 21, 31, 32

Moriguti JC ..................... 31, 68, 69, 71

Morissugui IN .................. 61

Moyses-Neto M................. 17, 18, 19, 20, 29, 46

Nakazone MA .................. 48

Nascimento E .................. 47, 57

Nascimento WN .............. 28

Nassar ALS ..................... 24

Navarro AM .................... 58, 59, 62

Navarro MN .................... 70

Neto OMV ....................... 51

Nicoletti CF ...................... 46, 62

Nishida G ........................ 29, 30

Nonino CB ....................... 46, 47, 62

Oliveira HBS..................... 77

Oliveira HF ....................... 58

Oliveira LN ....................... 57

Oliveira LP ....................... 21

Oliveira RDR .................... 44

Orellana MD .................... 77

Ortega HAV ..................... 57

Ovídio PP ......................... 24, 26, 33, 35, 65

Pacheco JMO .................. 76

Pacheco MO .................... 76

Padovan PR ..................... 68, 69

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ÍNDICE DE AUTORES

v

Paixa B ........................... 11

Parente JML ................... 25

Pascuotte F ..................... 29, 30, 34

Passaglia J ...................... 17, 19, 20

Passos Jr GAS ................. 7

Paula FJA........................ 58, 60

Pazin Filho A .................... 12, 65

Pecoits- Filho R ................ 42

Pelai DB .......................... 23

Pereira FA ....................... 51, 54, 58, 76, 77

Pereira LTA ..................... 77

Pereira PMVN ................. 77

Pereira SL ....................... 73

Peria FM ......................... 28, 58

Pessanha FPAS................ 10, 31

Pessoa BS ...................... 16, 25

Pfrimer K ........................ 31

Picado HR ....................... 8

Pimentel PD .................... 44

Pinese PFM ..................... 60

Pinhel MAS ..................... 48

Pinto AS ......................... 25

Piovesan WA ................... 49

Pitella FA......................... 60, 61

Podolsky-Gondim G G ........ 12

Polli PG ........................... 22

Ponard D ........................ 32

Pontes RAM .................... 49

Portari Filho PE ................ 44

Prado BA ........................ 74

Puggina EF ...................... 55, 56

Queiroz LB ...................... 21

Rabelo JV ....................... 63

Ramalho LN .................... 33

Ranzolin A ....................... 44

Rassi DM ........................ 38

Ravinal RC ....................... 60

Real CA .......................... 29, 30

Reis VP........................... 45

Ribeiro LG ....................... 64, 66

Ribeiro MNC .................... 34

Ribeiro SM ...................... 24, 40

Ribeiro SMF .................... 27, 28

Ribeiro-Paes JT ................ 38

Rocha JJR ...................... 27, 28

Rodrigues AGD ................ 69, 70

Rodrigues FB ................... 8

Romao EA ....................... 29, 46

Romeiro MF .................... 45

Rondinoni C ..................... 74

Roselino AM .................... 10

Roxo P ............................ 21

Russi JNG ....................... 69, 70

Saggioro F ....................... 11

Sakamoto AC ................... 74

Salgado Filho W ............... 47

Salmon CEG .................... 74

Samora CS ...................... 73

Sano RS ......................... 37

Santini TCS ...................... 49

Santos AC ....................... 41, 74

Santos AFJ...................... 31

Santos AFS ..................... 9

Santos FRL ..................... 13

Santos JAM .................... 61

Santos JE ....................... 47

Santos LG ....................... 24, 40

Santos MLT ..................... 48

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Santos RDS ..................... 7, 9

Scaliante FA .................... 61

Schiave LA ...................... 47, 57

Schmidt A ....................... 65

Scrideli CA ...................... 33

Secaf M .......................... 27, 50

Serafini LN ...................... 11

Silva AM ......................... 76

Silva AR .......................... 65

Silva GEB......................... 46

Silva GF ........................... 73

Silva JM .......................... 21

Silva JPL ......................... 57

Silva LR .......................... 49

Silva RCR ........................ 69, 70

Silva WA ......................... 11

Souza CS ........................ 75

Souza DRSS .................... 48

Souza EST ....................... 17

Souza IS .......................... 61

Stefanelli P ...................... 21

Suen VMM ...................... 7, 9

Takahashi ITM ................. 49

Takayanagui OM ............... 36

Terçariol CAS .................. 17, 18, 19, 20

Teston E ......................... 12

Titton D .......................... 44

Tognola WA .................... 48

Tokuda BM ...................... 34

Tone LG .......................... 33

Trevisan FA ..................... 58

Triffoni-Melo AT ................ 65, 67

Troncon LEA .................... 50

Tucci S ........................... 33

Turatti W ........................ 15

Valle SOR ........................ 32

Vannucchi H .................... 26, 39

Vassimon HS ................... 59

Vega NA ......................... 57

Velasco TR ...................... 74

Vettori JC ....................... 72, 73

Vianna E ......................... 21

Vidal TR .......................... 14, 22, 55, 56

Vieira SC ......................... 24, 40

Vilanova CMA .................. 24, 40

Vilar FC ........................... 26, 78

Vilela-Martin JF ................ 23

Villela R........................... 21

Vitali LH .......................... 47, 57

Wagatsuma VMD............. 77

Wambier CG ................... 8

Wichert-Ana L ................. 60, 61

Yassoyama K ................... 35, 42

Yonekura CL .................... 44, 64, 66

Yoshinari JR GH ............... 58

Zanetti MGT .................... 51

ÍNDICE DE AUTORES

vi

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Medicina, Ribeirão PretoRevista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da FMRP-USP

VOLUME 45 SUPLEMENTO 1Agosto 2012

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................................................................. 1

COMISSÃO ORGANIZADORA ......................................................................................................................................................... 2

PROGRAMAÇÃO ............................................................................................................................................................................. 3-6

RESUMOS DOS PÓSTERES

PT.001 - TRANSCRIPT PROFILE ANALYSIS OF MHC CLASS IB MOLECULES DURING ONTOGENY OF THYMUS, PERIPHERALLYMPHOID ORGANS AND IMMUNOLOGICALLY PRIVILEGED SITESMELO-LIMA B, EVANGELISTA AF, MAGALHÃES DAR, PASSOS JR GAS, MOREAU P, DONADI EA .......................................................... 7

T.002 - GASTO ENERGÉTICO E OXIDAÇÃO DE SUBSTRATOS DE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS EM RESPOSTA AUMA SOBRECARGA LIPÍDICA ÚNICASANTOS RDS, MARCHINI JS, IANNETTA O, SUEN VMM ............................................................................................................... 7-8

PT.003 - VITILIGO INDUZIDO POR IMIQUIMODE: REVISÃO E RELATO DE CASO PICADO HR, RODRIGUES FB, WAMBIERCG 8

PT.004 - GLICOSÚRI A: FATOR DE RISCO PARA A PERDA DE NUTRIENTES EM PACIENTES DIABÉTICOS?SANTOS AFS, SANTOS RDS, MARCHINI JS, FOSS-FREITAS MC, SUEN VMM ................................................................................. 9

PT.005 - SEJA EFICIENTE NA PREVENÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENALMELO LLA, MELO EGA, LELIS RF ........................................................................................................................................... 9-10

PT.006 - RELAÇÃO ENTRE ESTRESSE EMOCIONAL E A INDUÇÃO E AGRAVAMENTO DOS PÊNFIGOSMATIAS AB, ROSELINO AM ...................................................................................................................................................... 10

PT.007 - ASSOCIAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE FRAGILIDADE E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS DO MUNÍCIPIO DE RIBEIRÃOPRETO - PROJETO FIBRAJUNQUEIRA DOS SANTOS AF, PESSANHA FPAS, CARNEIRO JAO, FERRIOLLI E .................................................................................. 10-11

PT.008 - ANÁLISE EM LARGA ESCALA DA EXPRESSÃO GÊNICA EM TUMORES HIPOFISÁRIOS: VALIDAÇÃO DAS VIASWNT CANÔNICA E NÃO-CANÔNICASCOLLI LM, AMARAL FC, PAIXA B, LIMA DS, SILVA WA, SAGGIORO F, SERAFINI LN, ANTONINI SR, CASTRO M ...................................... 11

PT.009 - COMPLICAÇÃO NEUROLÓGICA TARDIA DE FIBRINÓLISE EM TROMBOEMBOLISMO PULMONAR: RELATO DECASOPODOLSKY-GONDIM G G, LÔBO RR, BORGES MC, PAZIN FILHO A .................................................................................................... 12

PT.010 - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): PREVALENCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS DOSTRABALHADORES DO DISTRITO INDUSTRIAL DE PRESIDENTE PRUDENTE - SPFERRO RS, FIORESI MP, TESTON E, COLOMBO NC, LANZA LB, JUNIO AMA, ALESSI CAC ................................................................ 12

PT.011 - AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA EM PACIENTES COM REAÇÕES HANSÊNICAS NA CLÍNICADERMATOLÓGICA DO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS, TERESINA-PIAUÍLAGES RB, LOGATTI F, BONA SH, CAMPELO V ........................................................................................................................... 13

PT.012 - NEFRITE LÚPICA: SUBTIPOS HISTOPATOLÓGICOS ENCONTRADOS NAS BIÓPSIAS RENAIS DO HOSPITALUNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO.HORVATICH LB, CHAVES AR, HORVATICH TB, SANTOS FRL .......................................................................................................... 13-14

PT.013 - SÍNDROME DE GOLDENHAR ASSOCIADA À DOENÇA DE DANDY WALKER CAUSADAS PELO USO DEISOTRETINOÍNAHORVATICH LB, CHAVES AR, GARCIA CC, HORVATICH TB, FERNANDES CM ..................................................................................... 14

PT.014 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA- 3 EM RATOSOBESOSGONCALVES NB, GRIFFO TN, VIDAL TR, COSTA MC, FOSS MC, FOSS-FREITAS MC ........................................................................ 14-15

vii

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SUMÁRIO

viii

PT.015 - NON-RADIOACTIVE STRATEGIES ON THE DIAGNOSIS OF CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIA DUE TO 21HYDROXYLASE DEFICIENCYCOELI-LACCHINI FB, TURATTI W, ELIAS PCL, MARTINELLI JUNIOR CE, ELIAS LLK, MOREIRA AC, ANTONINI SR, CASTRO M .................... 15-16

PT.016 - CÂNCER DE PULMÃO EM PACIENTE COM SILICOSELAGES RB, PESSOA BS, LOGATTI F, CAMPELO DHC, CARVALHO JUNIOR JM, DEUS FILHO A ............................................................... 16

PT.017 - MENOPAUSA PRECOCE AOS 24 ANOSHORVATICH TB, HORVATICH LB ................................................................................................................................................. 16-17

PT.018 - CORRELAÇÃO ENTRE POLIMORFISMOS GENÉTICOS DO GENE CYP2A6 E STATUS TABÁGICO EM UMA AMOSTRADA POPULAÇÃO BRASILEIRASOUZA EST, MARTINEZ JAB, FERREIRA CA, ARAUJO LF, ARAÚJO W ............................................................................................ 17

PT.019 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE E PSEUDOMONAS AERUGINOSAISOLADAS DE CATETER TEMPORÁRIO DUPLO LÚMEM PARA HEMODIÁLISEFERREIRA V, FALCÃO JP, MARTINEZ R, MOYSES-NETO M, CAMPIONI F, TERÇARIOL CAS, PASSAGLIA J, COSTA JAC ............................. 17-18

PT.020 - FENOTIPAGEM DE CULTURAS DE PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA POR MEIO DO CATETERTEMPORÁRIO DUPLO LÚMEMFERREIRA V, MOYSES-NETO M, MARTINEZ R, LIMA DAFS, TERÇARIOL CAS, COSTA JAC................................................................ 18-19

PT.021 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS DE PACIENTESEM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVAFERREIRA V, FALCÃO JP, MOYSES-NETO M, MARTINEZ R, CAMPIONI F, PASSAGLIA J, TERÇARIOL CAS, COSTA JAC ............................. 19-20

PT.022 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ISOLADAS DE PACIENTES EMTERAPIA RENAL SUBSTITUTIVAFERREIRA V, FALCÃO JP, MARTINEZ R, MOYSES-NETO M, CAMPIONI F, TERÇARIOL CAS, PASSAGLIA J, COSTA JAC ............................. 20

PT.023 - PERFIL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ASMA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NO BRASILMELO JA, MORENO AS, FERRIANI VPL, VIANNA E, BORGES MC, ROXO P, ARAUJO ACS, MELLO LM, FERREIRA R, SILVA JM,STEFANELLI P, GONÇALVES MR, OLIVEIRA LP, CETLIN A, QUEIROZ LB, VILLELA R, ARAGON DC, ARRUDA LKP .................................... 21

PT.024 -ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO GENE DO RECEPTOR DA ALDOSTERONA E RISCO DE HIPERTENSÃORESISTENTEALVES H ............................................................................................................................................................................... 21-22

PT.025 - USO DA ABSORTOMETRIA RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA NO ESTUDO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL DEATLETAS DE ELITE E DE PRATICANTES REGULARES DE ATIVIDADE FÍSICABUFFI VB, MELISCKI GA, MONTEIRO LZ, FOSS MC, FOSS-FREITAS MC ........................................................................................ 22

PT.026 - EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 EM MODELO ANIMAL DE DIABETES MELLITUSGONCALVES NB, VIDAL TR, GRIFFO TN, POLLI PG, MACHADO TMO, COSTA MC, FOSS MC, FOSS-FREITAS MC.................................. 22-23

PT.027 - SÍNDROME METABÓLICA: RELATO DE CASOLEME CVD, MARCHI CMG, PELAI DB, LOUREIRO AAC, VILELA-MARTIN JF .................................................................................... 23-24

PT.028 - AVALIAÇÃO DE MELANOMAS METASTÁTICOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE 5 ANOSLAGES RB, VILANOVA CMA, RIBEIRO SM, ALMEIDA IP, SANTOS LG, VIEIRA SC ............................................................................. 24

PT.029 - JEJUM PROLONGADO E REALIMENTAÇÃO COM DIETAS HIPERLIPÍDICAS FAVORECEM O AUMENTO DO ESTRESSEOXIDATIVO E ALTERA PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS HEPÁTICOS EM RATOS WISTARNASSAR ALS, MAROT LP, OVÍDIO PP, CASTRO GSF, JORDÃO JR AA ............................................................................................ 24-25

PT.030 - DOENÇA DE CROHN COM MANIFESTAÇÃO EXTRA-INTESTINAL DE PIODERMA GANGRENOSO: RÁPIDA RESPOSTATERAPÊUTICA A IMUNOSSUPRESSORESLAGES RB, PESSOA BS, DUTRA DAM, PINTO AS, PARENTE JML ................................................................................................ 25

PT.031 - ALTERAÇÕES NO METABOLISMO LIPÍDICO EM RATOS REALIMENTADOS COM ÁCIDO LINOLEICO CONJUGADOAPÓS 48 HORAS DE JEJUMCASTRO GSF, ANDREOLI MF, ILLESCA PG, OVÍDIO PP, BERNAL CA, VANNUCCHI H, JORDÃO JR AA .................................................... 26

PT.032 - EXPRESSÃO DO HLA-G EM BIÓPSIA HEPÁTICA DE PACIENTES COM HEPATITE C CRONICA CO-INFECTADOSPELO HIV ESTÁ ASSOCIADA À FIBROSE GRAVEVILAR FC, CRISPIM JCO, MARTINELLI ALC, DONADI EA, FONSECA BAL ....................................................................................... 26-27

PT.033 - O EFEITO DE UM BOLO ÁCIDO NO TRÂNSITO ORAL, FARÍNGEO E ESOFÁGICO EM PESSOAS NORMAISALVES LMT, SECAF M, DANTAS RO ......................................................................................................................................... 27

PT.034 - ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CÂNCER COLO-RETALBRAGA CBM, RIBEIRO SMF, FERES O, ROCHA JJR, CUNHA SFC ................................................................................................. 27-28

PT.035 - EFEITO DA IDADE, GÊNERO, ALTURA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NA SUCÇÃO DE LÍQUIDOKUBO LS, NASCIMENTO WN, DANTAS RO .................................................................................................................................. 28

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SUMÁRIO

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PT.036 - DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C DURANTE QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE DE CÂNCER COLON/RETALRIBEIRO SMF, BRAGA CBM, PERIA FM, ROCHA JJR, FERES O, CUNHA SFC ................................................................................. 28-29

PT.037 - RELATO DE CASO: MENINGITE INFECCIOSA EM PACIENTE COM ENDOCARDITEPASCUOTTE F, NISHIDA G, REAL CA, GÓNGORA DNV .................................................................................................................. 29

PT.038 - DOENÇAS NEFROLÓGICAS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIOCONSOLO BL, BORGES CMR, MOYSES-NETO M, ROMAO EA ......................................................................................................... 29-30

PT.039 - RELATO DE CASO: NOCARDIOSE PULMONAR EM PACIENTE HIV POSITIVOPASCUOTTE F, NISHIDA G, REAL CA, GÓNGORA DVN .................................................................................................................. 30-31

PT.040 - ESTUDO DA REATIVIDADE CRUZADA IGE ENTRE INVERTEBRADOS: ALERGIA A CAMARÃO COMO MODELOMARTINS TF, MORENO AS, BARBOSA MCR, ARRUDA LKP ........................................................................................................... 31

PT.041 - ESTUDO DA VELOCIDADE DE MARCHA E DA FORÇA DE PREENSÃO MANUAL CORRELACIONADAS COM AIDADE E O PESO CORPORAL EM IDOSOSCARNEIRO JAO, PESSANHA FPAS, SANTOS AFJ, PFRIMER K, LIMA NKC, MORIGUTI JC, FERRIOLLI E ............................................. 31-32

PT.042 - MUTAÇÃO NO GENE DO FATOR XII DA COAGULAÇÃO COMO CAUSA DE ANGIOEDEMA HEREDITÁRIO TIPO III:PRIMEIRA DESCRIÇÃO EM UMA FAMÍLIA BRASILEIRAMORENO AS, VALLE SOR, FRANÇA AT, LEVY SA, MONNIER N, LUNARDI J, PONARD D, CAMPOS WN, ARRUDA LKP ............................ 32

PT.043 - ANÁLISE DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS HEPÁTICOS EM RATOS ALIMENTADOSCOM DIETA RICA EM GORDURA SATURADA E CLAHOLLAND H, BEZAN PN, CASTRO GSF, OVIDIO PP, JORDÃO JR AA ................................................................................................ 33

PT.044 - VIA WNT CANÔNICA E NÃO CANÔNICA EM TUMORES ADRENOCORTICAIS ADULTOS E PEDIÁTRICOSMERMEJO LM, LEAL LF, COLLI LM, MARTINELLI CE, MOREIRA AC, TONE LG, SCRIDELI CA, FRAGOSO MCBV, LATRONICO AC, TUCCI S,RAMALHO LN, ANTONINI SR, CASTRO M .................................................................................................................................... 33-34

PT.045 - INSUFICIÊNCIA RENAL EM PACIENTE COM PROLAPSO UTERINOPASCUOTTE F, TOKUDA BM, RIBEIRO MNC, LIMA EQ, FURQUIM SSRAL ........................................................................................ 34-35

PT.046 - PARÂMETROS HEPÁTICOS DE RATOS WISTAR ALIMENTADOS COM UMA DIETA HIPERLIPÍDICA ENRIQUECIDACOM CLABEZAN PN, HOLLAND H, CASTRO GSF, OVIDIO PP, JORDÃO JR AA ................................................................................................ 35

PT.047 - MACROAMILASEMIA: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PANCREATITE RELATO DE UM CASOFERNANDES LO, YASSOYAMA K, JOSEPIM EFB, BARTOLOMEU CA, CARRINHO LM, LUCENA GS .......................................................... 35-36

PT.048 - DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E ESCRITA EM CRIANÇAS SOROPOSITIVAS PARA O HIVGRANZOTTI-GUEDES RB, DOMENIS DR, TAKAYANAGUI OM ............................................................................................................ 36-37

PT.049 - DISTROFIA MUSCULAR DE CINTURAS E DISFAGIA: ESTUDO DE UM CASODOMENIS DR, GRANZOTTI-GUEDES RB, DANTAS RO ................................................................................................................... 37

PT.050 - MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA ESPORÁDICA PROLONGADA, ASPECTOS CLÍNICOS E DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA:RELATO DE CASOBARTOLOMEU CA, CARRINHO LM, FERNANDES LO, JOSEPIM EFB, LUCENA GS, FANTINI PR, FANTINI FGMM, SANO RS ....................... 37-38

PT.051 - INFLUÊNCIA E CITOTOXICIDADE DA PROTEÍNA F1 DO LÁTEX DA SERINGUEIRA HEVEA BRASILIENSIS NACICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS COMPROMETIDAS PELO DIABETESANDRADE TAM, RASSI DM, CAETANO GF, LANDIM CAP, FRADE MAC .......................................................................................... 38

PT.052 - MECANISMOS DE AÇÃO DA BIOMEMBRANA DE QUITOSANA E ALGINATO NA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERASCUTÂNEAS EM RATOSCAETANO GF, ANDRADE TAM, BUENO CZ, FRADE MAC, RIBEIRO-PAES JT .................................................................................... 38-39

PT.053 - EFEITO DA DEFICIÊNCIA E FORTIFICAÇÃO COM ÁCIDO FÓLICO NA CARCINOGÊNESE DO CÓLON EM RATOSCOHEN C, CARDOSO JFR, GARCIA SB, VANNUCCHI H .................................................................................................................. 39

PT.054 - OCULTANDO PESSOAS, REVELANDO VÍRUS: A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL NAADESÃO AO TRATAMENTO DA AIDS: RELATO DE CASOCARRINHO LM, JOSEPIM EFB, BARTOLOMEU CA, FERNANDES LO, LUCENA GS, CARRINHO PM, GAGGINI CR ........................................ 40

PT.055 - MELANOMA CUTÂNEO PRIMÁRIO: ESTUDO CASUÍSTICO RETROSPECTIVO EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA,TERESINA-PI, 2006-2010LAGES RB, VILANOVA CMA, RIBEIRO SM, ALMEIDA IP, SANTOS LG, VIEIRA SC ............................................................................. 40-41

PT.056 - DISSECÇÃO ESPONTÂNEA CERVICAL EM JOVENS: RELATO 2 CASOSBARTOLOMEU C, CARRINHO LM, JOSEPIM EFB, FERNANDES LO, FANTINI PR, SANTOS AC, FÁBIO SRC, FANTINI FGMM ....................... 41

PT.057 - EFICÁCIA DO SORO DO LÁTEX DA SERINGUEIRA HEVEA BRASILIENSIS NA CICATRIZAÇÃO DE ESCORIAÇÕESCUTÂNEAS EM RATOSLEITE MN, CAETANO GF, ANDRADE TAM, LEITE SN, FRADE MAC ............................................................................................... 41-42

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SUMÁRIO

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PT.058 - HIBERNOMA: RELATO DE CASOJOSEPIM EFB, CARRINHO LM, BARTOLOMEU CA, FERNANDES LO, LUCENA GS, YASSOYAMA K .......................................................... 42

PT.059 - "WASTING" PODE SER MASCARADA PELO VOLUME DE LÍQUIDO CORPORAL EM EXCESSO EM PACIENTES DEDIÁLISE PERITONEALHENRIQUES V, COSTA CAJ, DIVINO-FILHO JC, PECOITS- FILHO R, MARTINEZ EZ ............................................................................. 42-43

PT.060 - INFLUÊNCIA DA FOTOTERAPIA NO PROCESSO CICATRICIAL DE ÚLCERAS CUTÂNEAS EM RATOS SUBMETIDOSÀ DIETA HIPERLIPÍDICALEITE SN, LEITE MN, ANDRADE TAM, CAETANO GF, JORDÃO JÚNIOR AA, FRADE MAC .................................................................. 43-44

PT.061 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A TIREOIDITE DE HASHIMOTO E O CARCINOMA PAPILÍFERO DA TIREÓIDE EM PACIENTESSUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA TOTAL NA TERCEIRA ENFERMARIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO GAFFRÉEE GUINLE - UNIRIOBARBERAN JPS, PIMENTEL PD, MASIERO A, PORTARI FILHO PE, BASÍLIO-DE-OLIVEIRA RP ................................................................. 44

PT.062 - AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE TUBERCULOSE E DA REALIZAÇÃO DE TRIAGEM E QUIMIOPROFILAXIA PARATUBERCULOSE EM PACIENTES BRASILEIROS COM ARTRITE REUMATOIDE EM USO DE BLOQUEADORES DOTNFYONEKURA CL, OLIVEIRA RDR, HAYATA AL, RANZOLIN A, TITTON D, CARVALHO HM, LOUZADA-JÚNIOR P ............................................. 44-45

PT.063 - SEROLOGICAL EVIDENCES OF INFECTION BY VIRUSES FROM JAPANESE ENCEPHALITIS VIRUS COMPLEX INRIBEIRÃO PRETO - SPROMEIRO MF, REIS VP, BADRA SJ, FIGUEIREDO LTM ................................................................................................................... 45

PT.064 - ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO CYP3A5 E DA PGP COM A FARMACOCINÉTICA DO TACROLIMUS,NEFROTOXICIDADE AGUDA E REJEIÇÃO DO ENXERTO APÓS TRANSPLANTE RENALCUSINATO DAC, LACHINNI R, ROMÃO EA, MOYSES NETO M, SILVA GEB, COELHO EB ...................................................................... 46

PT.065 - INFLUÊNCIA DA INTOLERÂNCIA A CARNE NO PADRÃO ALIMENTAR E PERFIL BIOQUÍMICO NO PÓS-OPERATÓRIODE 12 MESES DA CIRURGIA BARIÁTRICANICOLETTI CF, BARBIM R, NONINO CB ....................................................................................................................................... 46-47

PT.066 - PERFIL DE AMINOÁCIDOS LIVRES NO PLASMA DE MULHERES OBESAS SUBMETIDAS A CIRURGIA BARIÁTRICAFERREIRA CN, LIMA TP, JUNQUEIRA-FRANCO MMV, DOS SANTOS JE, SALGADO FILHO W, MARCHINI JS, NONINO CB .............................. 47

PT.067 - CRYPTOCOCCUS NEOFORMANS: SENSIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS DE ACORDO COM MÉTODO DE TESTE ECOM A APRESENTAÇÃO CLÍNICANASCIMENTO E, SCHIAVE LA, VITALI LH, MARTINEZ R ................................................................................................................. 47-48

PT.068 - FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR: POLIMORFISMOS GENÉTICOS EM PACIENTES COMANEURISMA INTRACRANIANO FAMILIAL E SUA RELAÇÃO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL E DIABETESMELLITUSMALUF TB, PINHEL MAS, GREGÓRIO ML, SANTOS MLT, NAKAZONE MA, FERRAZ-FILHO RL, TOGNOLA W A, SOUZA DRSS................... 48

PT.069 - A PESQUISA DE MUTAÇÃO BRAF V600E EM AMOSTRAS DE PUNÇÃO ASPIRATIVA DE NÓDULOS TIREOIDIANOSCONTRIBUI PARA A SELEÇÃO DE PACIENTES À CIRURGIA?GIORGENON TMV, FUZIWARA C, KIMURA ET, MAGALHÃES PKR, MACIEL LMZ .................................................................................. 48-49

PT.070 - ANEMIA EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS ATENDIDOS NO HOSPITAL DE CLÍNICASDA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINASANTINI TCS, PIOVESAN WA, MONTEIRO RP, PONTES RAM, INOUE CJ, SILVA LR, FREIBERGER L, TAKAHASHI ITM .............................. 49

PT.071 - DOENÇA DE GRAVES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: ASPECTOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS E TRATAMENTOLANE R, MACIEL LMZ ............................................................................................................................................................ 49-50

PT.072 - CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E CLÍNICAS DE PACIENTES COM GASTROPARESIAS DE DIFERENTESETIOLOGIASBORGES CMR, TRONCON LEA, SECAF M ................................................................................................................................... 50-51

PT.073 - AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE, RESISTÊNCIA MUSCULAR E FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EM MULHERESCOM LIPODISTROFIA TIPO DUNNIGANMONTEIRO LZ, FOSS-FREITAS MC, PEREIRA FA, MONTENEGRO JR RM, FOSS MC ........................................................................... 51

PT.074 - PNEUMOTÓRAX EM PACIENTE COM TUBERCULOSE PULMONAR SEGUIDO POR ENFISEMA SUBCUTÂNEO POROBSTRUÇÃO DO DRENOMANFRIM MV, ZANETTI MGT, AQUATTI FZ, NETO OMV .............................................................................................................. 51-53

PT.075 - PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS, OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM LUANDA-ANGOLA/ÁFRICAEVARISTO NETO ADA, MONTEIRO LZ, FOSS-FREITAS MC, FOSS MC ............................................................................................. 54

PT.076 - PERFIL METABÓLICO E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES COM LIPODISTROFIA PARCIAL FAMILIARTIPO DUNNIGANMONTEIRO LZ, FOSS-FREITAS MC, PEREIRA FA, MONTENEGRO JR RM, FOSS MC ........................................................................... 54-55

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SUMÁRIO

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PT.077 - ESTUDO DE MARCADORES DE ESTRESSE FISIOLÓGICO EM NADADORES DURANTE OS PERÌODOS PRÉ, PÓS E24 HORAS PÓS-COMPETIÇÃOMELISCKI GA, MONTEIRO LZ, VIDAL TR, PUGGINA EF, CARNESECA ES, FOSS MC, FOSS-FREITAS MC ............................................... 55

PT.078 - ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-COMPETIÇÃO EM ATLETAS DE ALTORENDIMENTOMELISCKI GA, MONTEIRO LZ, VIDAL TR, PUGGINA EF, CARNESECA ES, FOSS MC, FOSS-FREITAS MC ............................................... 56

PT.079 - RECEPTOR DE GLICOCORTICOIDE E PERFIL DE CITOCINAS NA SENSIBILIDADE AOS GLICOCORTICOIDES EMPACIENTES EM HEMODIÁLISEFREZZA G, COLLI LM, DE CASTRO M ......................................................................................................................................... 56-57

PT.080 - EFICÁCIA COMPARATIVA DAS FORMULAÇÕES DESOXICOLATO E LIPOSSOMAL DE ANFOTERICINA B NACRIPTOCOCOSE EXPERIMENTALSCHIAVE LA, VITALI LH, NASCIMENTO E, SILVA JPL, MARTINEZ R ................................................................................................. 57

PT.081 - RELATO DE CASO: MULHER, 75 ANOS COM TOSSE, HEMOPTISE E CAVIDADE PULMONAROLIVEIRA LN, INVERNISE B, COSTA EG, VEGA NA, ORTEGA HAV ................................................................................................ 57-58

PT.082 - RADIOTERAPIA POR INTENSIDADE MODULADA (IMRT) PARA PACIENTES DO SUSYOSHINARI JR GH, OLIVEIRA HF, TREVISAN FA, PERIA FM .......................................................................................................... 58

PT.083 - PERFIL DE ESTRÔNCIO EM PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV EM USO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRALBARBOSA EGMM, PAULA FJA, MACHADO AA, PEREIRA FA, BARBOSA JUNIOR F, NAVARRO AM ......................................................... 58-59

PT.084 - AVALIAÇÃO DE MEDIDAS DE FÁCIL APLICABILIDADE CLÍNICA PARA ACOMPANHAMENTO DEALTERAÇÃO DE COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV

BERALDO RA, VASSIMON HS, NAVARRO AM, FOSS-FREITAS MC ................................................................................................... 59

PT.085 - LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS-B EM SEIO MAXILARANDRADE DES, CASALE EF, PINESE PFM, ANDRADE RF, DUCH CR, RAVINAL RC ........................................................................... 60

PT.086 - CARCINOMA DE PARATIREÓIDE: RELATO DE CASOKATO M,, BATISTA SL, DENARDI RC,, PITELLA FA, WICHERT-ANA L, PAULA FJA ........................................................................... 60

PT.087 - EVIDÊNCIA CINTILOGRÁFICA DE COMUNICAÇÃO PERITÔNEO-ESCROTAL EM PACIENTES COM AUMENTO DOLÍQUIDO PERITONEAL. RELATO DE CASOSKATO M,, DENARDI RC,, PITELLA FA, WICHERT-ANA L ............................................................................................................... 61

PT.088 - HEPATITE C E POSSÍVEL HIV FALSO-POSITIVO: UM RELATO DE CASOMORISSUGUI IN, SOUZA IS, FREITAS MS, SCALIANTE FA, ALMEIDA MT, GAGGINI MCR, SANTOS JAM ................................................. 61-62

PT.089 - EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE PACIENTES SUBMETIDOS À CIRURGIABARIÁTRICA PELA TÉCNICA DE DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUXMALEK-ZADEH CH, CHAVES RCP, NICOLETTI CF, MARCHINI JS, NONINO CB ................................................................................... 62

PT.090 - DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA NO PACIENTE SOROPOSITIVO PARA HIVMIYOSHI SKB, GUIMARÃES PM, BARBOSA EGMM, MACHADO AA, NAVARRO AM ............................................................................. 62-63

PT.091 - PNEUMONIA POR CANDIDA SP EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTECOSTA ADRG, RABELO JV, GAGGINI MCR, ANDRADE VR, COSTA NDRG ...................................................................................... 63-64

PT.092 - A INFLUÊCIA DA VESTIMENTA NA INTERAÇÃO MÉDICO-PACIENTEKAREN SKK, YONEKURA CL, ALCÂNTARA GAS, CERTAIN L, RIBEIRO LG, MARTINEZ JAB ................................................................ 64

PT.093 - EFEITOS DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR COM E SEM FIBRAS NO METABOLISMO DE MULHERES OBESASTRIFFONI-MELO AT, JORDÃO JR AA, DICK-DE-PAULA I, OVÍDIO PP, MONTE-ALEGRE FA, DIEZ-GARCIA RW .......................................... 65

PT.094 - ESTUDO DESCRITIVO DAS PARADAS CÁRDIO-RESPIRATÓRIAS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OCORRIDAS EMUM PERÍODO DE QUATRO ANOSGONÇALVES MS, CAMPO MR, PAZIN FILHO A, SILVA AR, SCHMIDT A ............................................................................................... 65-66

PT.095 - VESTIMENTA DO MÉDICO COMO MEIO DE DISSEMINAÇÃO DE INFECÇÕES DENTRO DO AMBIENTE HOSPITALARCERTAIN L, YONEKURA CL, ALCÂNTARA GAS, RIBEIRO LG, KAREN SKK, BADDINI JA ..................................................................... 66-67

PT.096 - MUDANÇAS ABDOMINAIS EM MULHERES OBESAS RECEBENDO DIFERENTES DIETASTRIFFONI-MELO AT, MONTE-ALEGRE FA, DIEZ-GARCIA RW .......................................................................................................... 67

PT.097 - MONITORIZAÇÃO PORTÁTIL DE PACIENTES COM SUSPEITA DE APNÉIA DO SONOMONTEIRO ACA, ALVES GA .................................................................................................................................................... 67-68

PT.098 - COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL NO TESTE DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA E NO TESTE DE DEZREPETIÇÕES MÁXIMAS NO EXERCÍCIO LEG PRESS EM IDOSOS HIPERTENSOS SOB TERAPIA MEDICAMENTOSABONARDI JMT, BERTANI RF, LIMA LG, CAMPOS GO, PADOVAN PR, MORIGUTI JC, FERRIOLLI E, LIMA NKC ........................................... 68-69

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SUMÁRIO

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PT.099 - PRESSÃO ARTERIAL (PA) DURANTE E APÓS O TESTE DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA (1RM) NO EXERCÍCIO LEGPRESS EM IDOSOS OCTOGENÁRIOS.BERTANI RF, BONARDI JMT, LIMA LG, CAMPOS GO, PADOVAN PR, MORIGUTI JC, FERRIOLLI E, LIMA NKC ........................................... 69

PT.100 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS NA COMUNIDADEDE DO JARDIM BELO HORIZONTE DE PRESIDENTEPRUDENTE/SP - MEDIDA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARESFERRO RS, RODRIGUES AGD, RUSSI JNG, SILVA RCR, CASTILHO RC ........................................................................................... 69-70

PT.101 - AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS NA COMUNIDADE DO JARDIM BELO HORIZONTE DEPRESIDENTE PRUDENTE/SPFERRO RS, RODRIGUES AGD, RUSSI JNG, SILVA RCR, CASTILHO RC ........................................................................................... 70

PT.102 - EXCESSO DE EXCREÇÃO URINÁRIA DE IODO EM LACTENTES E SUA ASSOCIAÇÃO COM A CONCENTRAÇÃO DEIODO NO LEITE MATERNOLIMA FL, NAVARRO MN, BARBOSA JUNIOR F ................................................................................................................................ 70-71

PT.103 - APLICAÇÃO DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) AJUSTADO PELA MASSA GORDA OBTIDO PORIMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRAMIALICH MS, MARTINEZ EZ, JORDÃO JR AA ............................................................................................................................... 71

PT.104 - EFEITO PRESSÓRICO DO TREINAMENTO AERÓBICO E DA ASSOCIAÇÃO AERÓBICO E RESISTIDO EM IDOSOSHIPERTENSOSLIMA LG, BONARDI JMT, FERRIOLLI E, MORIGUTI JC, LIMA NKC .................................................................................................... 71-72

PT.105 - ESTUDO SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES, EVOLUÇÃO PONDERAL E PERCEPÇÃO CORPORAL DE ESTUDANTESUNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDEVETTORI JC, COVOLO N, MIALICH MS, JORDÃO JR AA ................................................................................................................ 72-73

PT.106 - ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DO ESTILO DE VIDA DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREADA SAÚDECOVOLO N, VETTORI JC, JORDÃO JR AA, MIALICH MS ................................................................................................................ 73

PT.107 - EFEITO DA DIETA HIPERLIPÍDICO-PROTÉICA RESTRITA EM CARBOIDRATOS NO FÍGADO DE RATAS GESTANTESSAMORA CS, SILVA GF, JUNIOR GT, PEREIRA SL ........................................................................................................................ 73-74

PT.108 - INTEGRAÇÃO DE IMAGENS FUNCIONAIS E PONDERADAS POR DIFUSÃO NO ENTENDIMENTO DAS EPILEPSIASDO LOBO TEMPORAL MESIALPRADO BA, RONDINONI C, SALMON CEG, ESCORSI-ROSSET S, IDE JS, VELASCO TR, LEITE JP, SAKAMOTO AC, DOS SANTOS AC .......... 74-75

PT.109 - ANÁLISE DAS CAMPANHAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DA PELE NO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE RIBEIRÃOPRETO-FMRP-USP, PERÍODO 1999-2011BONFIM NC, SOUZA CS ........................................................................................................................................................... 75

PT.110 - COMO AMPLIAR A ASSISTÊNCIA E ADERÊNCIA A IDOSOS EM UMA ESF? RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UMA ESFNO PONTAL DO PARANAPANEMAMAGRO VTS, MARANGONI MA, GARCIA JNR .............................................................................................................................. 76

PT.111 - AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERALPEREIRA FA, PACHECO MO, PACHECO JMO, ARAGÃO MT, ARAÚJO J, AGUIAR-OLIVEIRA MH, SILVA AM .............................................. 76-77

PT.112 - AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES E SÍNDROME METABÓLICA EM PACIENTESPORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDEPEREIRA FA, EMMERICK TC, OLIVEIRA HBS, PEREIRA LTA, PEREIRA PMVN, AGUIAR-OLIVEIRA MH, MACIEIRA JC ............................... 77

PT.113 - DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS EM CÉLULAS HEMATOPOÉTICAS DALINHAGEM MIELÓIDECOSTA EBO, ORELLANA MD, MAGALHÃES DAR, WAGATSUMA VMD, BONFIM-SILVA R, MOREIRA LF, HADDAD SK, COVAS DT, FONTES AM 77-78

PT.114 - LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA INFECÇÃO POR HIVBERNARDO DHC, MADISSON MM, VILAR FC ............................................................................................................................... 78

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Prezados colegas,

Bem vindos ao IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP e II Encontro de Pós Graduação

em Clínica Médica da FMRP. Desejamos a todos um excelente aproveitamento das ativida-

des e um prazeroso momento de reencontro com colegas e amigos.

As Comissões Organizadora e Científica se empenharam para oferecer-lhes uma programação de alto

nível médico-científico, incluindo conferências, simpósios interdisciplinares sobre temas relevantes na prática

clínica diária e discussões interativas de casos clínicos selecionados. Além disso, será realizado mais uma vez o

encontro de Pós-Graduação, com a apresentação de trabalhos na forma de pôsteres, que serão visitados e

discutidos pela Comissão Científica, na noite do dia 24 de agosto. Neste encontro, pela primeira vez também

será incluída a Iniciação Científica, com a apresentação de trabalhos de alunos de graduação.

Na programação do Congresso foi incluída, também, a conferência “Júlio Cesar Voltarelli”, a ser reali-

zada logo após a abertura. Nesta conferência, nomeada em homenagem mais que justa e que se repetirá a

cada Congresso, a união de pesquisas de ponta à aplicação clínica será o ponto central dos temas abordados,

uma marca da atuação do prof. Voltarelli. Nesta primeira edição, o tema será a aplicação do transplante de

células tronco para o tratamento de doenças auto-imunes.

Enfim, um Congresso só tem sentido pela presença e aproveitamento dos seus participantes. Espera-

mos que participem ativamente de todas as atividades, trocando informações e experiências, e que este evento

lhes seja proveitoso e agradável!

Comissão Organizadora / Comissão Científica

Apresentação

Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(Supl. 1): 1

CONGRESSO DE CLÍNICAMÉDICA DA FMRP-USP

ENCONTRO DE PÓS GRADUAÇÃOEM CLÍNICA MÉDICA DA FMRPII

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

IV

24 e 25 de agosto / 2012

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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45(Supl. 1): 2

CONGRESSO DE CLÍNICAMÉDICA DA FMRP-USP

ENCONTRO DE PÓS GRADUAÇÃOEM CLÍNICA MÉDICA DA FMRPII

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

IV

COMISSÕES

Comissão Organizadora

Eduardo Ferriolli – presidente

Milton Cesar Foss

Eduardo Barbosa Coelho

Comissão Científica

Antonio Pazin Filho

Benedito Antonio Lopes Fonseca

Cacilda da Silva Souza

Eduardo Antonio Donadi

Eduardo Coelho

Fernanda Maris Peria

Geruza Alves da Silva

José Antonio Marin Neto

Milton César Foss

Nereida Kilza da Costa Lima

Ricardo Brandt de Oliveira

Rodrigo Calado

Rosa Wanda Diez Garcia

Selma Freire de Carvalho

Valdair Francisco Muglia

Organização

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Pós Graduação de Clínica Médica

Apoio

SecretariaEventus Planejamento e Organização

[email protected]

11- 3361 3056

24 e 25 de agosto / 2012

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24 de agosto

Sala: Rubi

08:50 – 09:30 - ABERTURA

FMRP – 60 anos: o Departamento de Clínica Médica e sua história

Ricardo Brandt de Oliveira - FMRP USP

09:30 – 10:10 - CF.01 - CONFERÊNCIA “JÚLIO CÉSAR VOLTARELLI”

Coordenador: Paulo Louzada Junior

Transplante de células tronco para doenças auto-imunes - Maria Carolina de Oliveira Rodrigues- FMRP USP

10:10 – 10:30 - Coffee break

10:30 – 12:10 – SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.01 - DO SINTOMA AO DIAGNÓSTICO

Coordenadores: Julio Cesar Moriguti, Alexandre Baldini de Figueiredo

Púrpura - Rodrigo T. Calado - HC-FMRP-USP

Febre - Roberto Martinez - FMRP-USP

Dispnéia - José Antonio Baddini Martinez - FMRP-USP

Proteinúria - Marcio Dantas - FMRP-USP

Sala: Topázio

SP.02 - ABORDAGEM DA DESCOMPENSAÇÃO DE DOENÇAS CRÔNICAS

Coordenadores: André Schmidt, Thiago Lascala

Insuficiência cardíaca - Marcus Vinicius Simões – HC FMRP-USP

Insuficiência Renal - José Abrão Cardeal da Costa - FMRP-USP

DPOC - Geruza Alves da Silva - FMRP-USP

Insuficiência hepática - Fernanda Fernandes Souza - FMRP-USP

12:10 – 14:00 - Almoço

14:00 – 15:40 - SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.03 - TÓPICOS EM GASTROENTEROLOGIA

Coordenadores: Márcia G. Villanova

Síndrome dispéptica - Luiz Ernesto de Almeida Troncon - FMRP USP

Programação

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IV

24 e 25 de agosto / 2012

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Síndrome do cólon irritável - Ricardo Brandt de Oliveira - FMRP USP

Novos inibidores da protease no tratamento da hepatite C - Ana de Lourdes C. Martinelli - FMRP USP

Doença do refluxo gastroesofágico - Lilian Rose Otoboni Aprile - HC- FMRP USP

Sala: Topázio

SP.04 - ATUALIZAÇÃO EM MOLÉSTIAS INFECCIOSAS

Coordenadores: Benedito Afonso Lopes da Fonseca, Fernando Crivelenti Villar

AIDS: novas perspectivas - Alcyone Artioli Machado - FMRP USP

Lipodistrofia e nutrição em pacientes com HIV - Anderson Marlieri Navarro - FMRP USP

Aspectos clínicos e laboratoriais da Hantavirose - Luiz Tadeu M. Figueiredo - FMRP USP

Vacinação no paciente HIV-positivo - Renata Teodoro Nascimento - FMRP USP

15:40 – 16:00 - Coffee break

16:00 – 17:40 - SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.05 - EMERGÊNCIAS MÉDICAS

Coordenadores: Gustavo Frezza, Gustavo Prata Misiara

Síndrome coronariana aguda - José Antonio Marin Neto - FMRP-USP

Anticoagulação na sala de urgência - Antonio Pazin Filho - FMRP-USP

Arritmias cardíacas - André Schmidt - FMRP-USP

Tromboembolismo pulmonar - João Terra Filho - Centro de Saúde Escola da FMRP-USP

Sala: Topazio

SP.06 - GERIATRIA

Coordenadores: Eduardo Borges de Oliveira, Silvio Ramos B. da Silva Filho

Esquecimento - Julio Cesar Moriguti - FMRP-USP

Hipertensão no idoso - Nereida Kilza da Costa Lima - FMRP-USP

Osteoporose - Francisco José A. de Paula - FMRP-USP

Abordagem do idoso com neoplasia - Fernanda Maris Peria - FMRP-USP

17:40 – 18:10 - PALESTRAS

Sala: Rubi

PAL.02 - Rastreio de doenças: o que é indicado, o que é possível e o que é ilusão

Eduardo Borges de Oliveira - FMRP USP

Coordenadores: Nereida K. C. Lima, Rômulo Lobo

Sala: Topázio

PAL.03 - Envolvimento do sistema nervoso central nas doenças reumatológicas: o papel da neuro-imagemfuncionalLauro Wichert Ana - FMRP USP

Coordenadores: Marcus Vinicius Simões, Lucienir Maria da Silva

Sala: Topázio

18:10 – 19:10 - Encontro de Pós Graduação e Iniciação Científica:

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18:10 – 18:40 - Critérios de avaliação CAPES: medicina I (triênio 2010-2012)

Conferencista: José Antonio Rocha Gontijo - UNICAMP

Coordenador: Benedito Antônio Lopes da Fonseca

18:40 – 19:10 - Iniciação Científica em Clínica Médica

Conferencista: Marco Antonio Zago - USP

Coordenador: Margaret de Castro

19:10 – 21:00 - SESSÃO DE PÔSTERES ( LISTA NAS PÁGINAS vii a xii ) E CONFRATERNIZAÇÃO

25 de agosto

08:20 – 10:00 – SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.07 - CASOS CLÍNICOS (INTERDISCIPLINAR)

Coordenadores: Márcio Dantas, Rene Donizeti R de Oliveira

Anemia - Belinda Pinto Simões – FMRP USP

Insuficiência renal aguda - Elen Almeida Romão – FMRP USP

Mialgia - Paulo Louzada Junior - FMRP USP

Sala: Topázio

SP.08 - DIAGNÓSTICO PRECOCE E INTERVENÇÃO

Coordenadores: Margaret Castro, Carlos Eduardo Paiva

NS-1 e dengue - Benedito Antonio Lopes da Fonseca - FMRP USP

Novos marcadores da doença de Alzheimer - Julio Cesar Moriguti - FMRP USP

Disfunção Tireoidiana Subclínica - quando tratar? - Lea Maria Zanini Maciel - FMRP USP

Neoplasias cutâneas: estratégias para o diagnóstico precoce - Cacilda da Silva Souza - FMRP USP

10:00 – 10:20 - Coffee break

10:20 – 12:00 - SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.09 - CASOS CLÍNICOS (INTERDISCIPLINAR)

Coordenadores: Maria Cristina Foss de Freitas, Henrique Turin

Fibrilação atrial crônica - Marcelo Garcia Leal - FMRP USP

Hipertensão arterial - Eduardo Barbosa Coelho - FMRP USP

Vasculite - Flavio Calil Petean - FMRP USP

Sala: Topázio

SP.10 - DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO EM DERMATOLOGIA E NUTRIÇÃO CLÍNICA

Coordenadores: Ana Maria Ferreira Roselino, Carla Barbosa Nonino

Úlceras - Marco Andrey Cipriani Frade - FMRP USP

Hanseníase - Norma Tirabischi Foss - FMRP USP

Dislipidemia - José Ernesto dos Santos - FMRP USP

Manejo nutricional na IRC - Paula Garcia Chiarello - FMRP USP

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12:00 – 14:00 - Almoço

14:00 – 14:30 - PALESTRAS

Sala: Rubi

PAL.04 - Transfusão: indicações de transfusão e uso de componentes e hemoderivados

Sarah Bassi – Hemocentro HCFMRP USP

Coordenadores: Rodrigo Calado, Gil Cunha de Santis

Sala: Topázio

PAL.05 - Urticária, Angioedema e Anafilaxia

Luisa Karla de Paula Arruda - FMRP USP

Coordenadores: Eduardo Antonio Donadi, Janaina Michelle Lima Melo

14:30 – 16:10 - SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.11 - CASOS CLÍNICOS (INTERDISCIPLINAR)

Coordenadora: Andréia de Cássia Vernier A. Cetlin

Asma brônquica - Elcio dos Santos Oliveira Vianna - FMRP - USP

Hipertensão pulmonar - Adriana Inacio de Paula - FMRP - USP

Intoxicação exógena - Antonio Pazin Filho - FMRP - USP

Sala: Topázio

SP.12 - RADIOLOGIA: DIAGNÓSTICO E ACOMPANHAMENTO

Coordenadores: Antônio Carlos dos Santos, Tatiane Cardoso Motta

Diagnóstico por imagem em medula óssea - Marcello H. Nogueira-Barbosa - FMRP

Avaliação por imagem de afecções do intestino delgado - Jorge Elias Junior - FMRP - USP

Diagnóstico por imagem em oncologia - Valdair Francisco Muglia - FMRP - USP

Aplicações da radiologia intervencionista em oncologia - Daniel Giansante Abud - FMRP - USP

16:10 – 16:30 - Coffee break

16:30 – 18:10 - SIMPÓSIOS

Sala: Rubi

SP.13 - CASOS CLÍNICOS (INTERDISCIPLINAR)

Coordenadores: Julio Sergio Marchini, Patricia Kunzle Ribeiro Magalhães

Diabetes de difícil controle - Maria Cristina Foss de Freitas - FMRP - USP

Praticando o diagnóstico diferencial - Ana Maria Ferreira Roselino - FMRP - USP

Abordagem nutricional do paciente caquético - Selma Freire de Carvalho - FMRP - USP

Sala: Topázio

SP.14 - SÍNDROMES EMERGENTES

Coordenadores: Eduardo Barbosa Coelho, Paula Conde L. Elias

Síndrome pulmão-rim - Osvaldo Merege Vieira Neto - FMRP - USP

Síndrome metabólica - Milton Cesar Foss - FMRP - USP

Síndrome mielodisplásica - Maria Favarin - FMRP - USP

Hiperaldosteronismo primário: o renascimento de uma síndrome - Ayrton Custódio Moreira - FMRP- USP

Sessão de Posteres dia 24 de agosto

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PT.001 - TRANSCRIPT PROFILE ANALYSIS OF MHC CLASS IB MOLECULES DURING ONTOGENY OFTHYMUS, PERIPHERAL LYMPHOID ORGANS AND IMMUNOLOGICALLY PRIVILEGED SITES

Melo-Lima B1, Evangelista AF2, Magalhães DAR2, Passos Jr GAS2, Moreau P3, Donadi EA1

1Division of Clinical Immunology Group, 2Molecular Immunogenetics Group. Faculty of Medicine - University of SãoPaulo. 3Hôpital Saint-Louis,3Commissariat à L'Energie Atomique/DSV/I2BM/Service de Recherches en Hémato-Immunologie, IUH

Increasing evidences have shown that mouse proteins Qa-2 and Qa-1 are the functional homologs of HLA-G and HLA-E, respectively. They are involved in modulation of immune system inhibiting immune responses byinteracting with TCD4+, TCD8+ and NK-cell receptors. Qa-2/HLA-G is involved in regulation of fetal immunityinhibiting responses of maternal NK-cells. Additionally, Qa-1/HLA-E regulates autoimmune responses throughinduction of Qa-1-restricted TCD8+ suppressor cells. During thymus development the gene Aire is the transcrip-tional-complex regulator responsible for promiscuous gene expression-(PGE) of thousand of tissue-related antigensimposing the central tolerance. The aim of this study was evaluate the gene expression profiles of HLA-G(H2-Q7/Qa2), HLA-E(H2-T23/Qa-1) and also, Aire during development of thymus, peripheral lymphoid organs andimmunologically privileged sites. Total RNA samples were obtained by Trizol® method from organs during fetal(E14.5 to E20.5) and postnatal periods from C57BL/6 and BALB/c mice. Quantification of gene expression wasperformed by quantitative real-time PCR. During fetal thymic development H2-Q7(HLA-G) and Aire transcripts weresignificantly higher by E16.5 day (P<0.001). H2-Q7(HLA-G) was the most widely expressed on thymus increasinggradually by age. A gradual increasing in transcripts for H2-Q7(HLA-G) and HLA-E(H2-T23) was observed in spleen(P<0.001), gut and liver. During the evolution of pregnancy in placenta, H2-T23(HLA-E) gene was more expressedthan H2-Q7(HLA-G) (P<0.001). Generally, C57BL/6 mice expressed higher levels of H2-Q7(HLA-G) transcriptscompared to BALB/c. We conclude that non-classical MHC class I genes begin to be expressed early during theontogeny of lymphoid organs and their levels vary with the age, tissue and strain. On fetal thymus ontogeny the geneexpression profiles of H2-Q7(Qa2) and Aire were positively correlated suggesting a transcriptional regulation byAire-complex on MHC class Ib genes. MHC class Ib and Aire gene profiles show distinct patterns between thestrains and it may be correlated with their susceptibility/ resistance pattern to infections.

Financial: CAPES/CNPq

T.002 - GASTO ENERGÉTICO E OXIDAÇÃO DE SUBSTRATOS DE MULHERES PÓS-MENOPAUSADAS EM RES-POSTA A UMA SOBRECARGA LIPÍDICA ÚNICA

Santos RDS1, Marchini JS1, Iannetta O2, Suen VMM1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Ginecologia e Obstetrícia; Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto - USP

Introdução: A menopausa é associada ao ganho de peso, diminuição do gasto energético e distribuiçãoandroide de gordura corporal1. Os objetivos do presente trabalho foram investigar o efeito de uma sobrecargalipídica no gasto energético e na oxidação de substratos em mulheres pós-menopausadas com excesso e peso.

Métodos: Mulheres pós-menopausadas com excesso de peso foram agrupadas de acordo com o valordo estradiol plasmático (E2): Grupo A (GA)- E2≤39 pg/ml, GB-40 ≥ E2 ≥ 59 pg/ml e GC- E2 ≥ 60 pg/ml. Acomposição corporal foi determinada pelo DXA. O gasto energético de repouso (GER), volume de O2, CO2 egasto de energia 5 horas após uma sobrecarga lipídica única (1100 kcal e 72% de gordura) foram medidos pormeio da calorimetria indireta. Para a comparação entre os grupos, foi utilizado o teste estatístico Kruskal-Wallis(*=P<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP/USP (Processo 10655/2008) e teve financiamento da FAPESP (Processo 2010/51564-3).

CONGRESSO DE CLÍNICAMÉDICA DA FMRP-USP

ENCONTRO DE PÓS GRADUAÇÃOEM CLÍNICA MÉDICA DA FMRPII

FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO - USP

IV

24 e 25 de agosto / 2012

Resumos dos pósteres

Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45 (Supl. 1): 7-78

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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45 (Supl. 1): 7-78http://www.fmrp.usp.br/revista

IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Resultados: 44 mulheres, idade de 55±5 anos, menopausadas há 8±7 anos, IMC de 31±4 kg/m²,massa magra de 58±4 % e gordura corporal de 42±4 %, foram estudadas. Os valores de E2 e FSH foram: GA:30±7* pg/ml e 54±29 µUI/ml, GB: 47±6* pg/ml e 51±31 µUI/ml; GC: 91±40* pg/ml e 37±22 µUI/ml,respectivamente. Os valores basais para o GA foram: GER de 1351±229 kcal/d, oxidação lipídica (OxLip) de40±40 mg/min e oxidação de carboidrato (OxCh) de 160±150 mg/min; GB: 1320±201 kcal/d, 40±20 mg/min e 150±50 mg/min; GC: 1343±131 kcal/d, 40±20 mg/min e 140±60 mg/min, respectivamente. A por-centagem média do gasto energético pós-prandial, após 30 e 270 min, aumentou do basal no GA para: +11%e +20%, GB: +9% e +7%, GC: +8% e +12%, respectivamente. A OxLip mudou do basal para 0% e +75%* no GA,GB: +25% e -50%*, GC: -75% e +50%, respectivamente. A OxCh alterou do basal para +6% e -25% no GA, GB:-7% e -60%, GC: -79% e -14%, respectivamente.

Conclusão: Os dados sugerem que o gasto energético e a oxidação de substratos em mulheres pós-menopausadas independem do nível de estradiol plasmático. Essa resposta pode ser característica de mulherespós-menopausadas.

Bibliografia:

1. Foster-Schubert KE. Obesity 2011 [Epub ahead of print].

PT.003 - VITILIGO INDUZIDO POR IMIQUIMODE: REVISÃO E RELATO DE CASO

Picado HR1, Rodrigues FB2, Wambier CG3

1UNAERP. 2Departamento de Medicina Social, 3Divisão de Dermatologia do Departamento de Clínica Médica;Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Imiquimode é um agonista de receptor toll-like 7 (TRL-7) usado no tratamento tópico deverrugas genitais, carcinomas basocelulares superficiais e queratose actínica. Desde 2004, despigmentaçãocutânea é relatada como efeito adverso do imiquimode, em pacientes suscetíveis, durante tratamento de carci-nomas basocelulares ou verrugas genitais.

Objetivo: Alertar médicos que prescrevem imiquimode deste possível efeito adverso. Discutir as teoriasde despigmentação pelo imiquimode. Relato de Caso: Homem, 42 anos, sem diagnóstico prévio de vitiligo,desenvolveu despigmentação local após o uso de imiquimod tópico 5% para tratamento de verrugas genitaisrecorrentes. Havia sido submetido previamente a quimiocauterização com ácido tricloroacético a 90% (ATA),porém houveram recidivas. Após última sessão de tratamento com ATA, foi prescrito imiquimode cinco vezes nasemana por duas semanas, seguido de três vezes na semana por seis semanas. Imiquimode induziu uma gravereação inflamatória e remissão das lesões, porém, produziu máculas despigmentadas e poliose na área expostaao tratamento. Um exame físico detalhado revelou, após este evento adverso, manchas despigmentadas empele sobre cotovelos, joelhos e punho esquerdo sugerindo vitiligo prévio não diagnosticado. Durante seguimentode quatro meses houve repigmentação espontânea discreta, no entanto, algumas verrugas recidivaram.

Resultados: Desde 2004, 15 casos de despigmentação causada pelo imiquimode foram relatados,incluindo o presente caso. Resume-se a seguir os principais dados destes casos. Nota-se inflamação severacaracterizada por eritema, edema, úlceras e formação de crosta previamente à despigmentação e pouca ouausência de repigmentação em seguimento.

Discussão: Diferentes efeitos colaterais locais como dor, prurido, parestesia, eritema ulceração eerosão podem ocorrer com o uso de imiquimode. Efeitos sistêmicos, como febre, são raros. A despigmentaçãoinduzida pelo imiquimode ocorre pela inibição tanto da melanogênese quanto da proliferação dos melanócitos.Os mecanismos de ação do imiquimode baseiam-se em inibição da maturação da tirosinase, potencialização dadegradação da mesma e redução do fatores MITF, Bcl-2 e MCR1, levando a uma cascata de eventos quealteram o processo de maturação e transferência dos melanócitos, com apoptose destes. Indivíduos predispos-tos a desenvolverem vitiligo tem uma redução da expressão de Bcl-2 o que aumenta a suscetibilidade dosmelanócitos à apoptose. Melanócitos humanos também expressam TLR7, receptor que é ativado pelo imiquimode,e estimula a imunidade inata e celular. Monócitos, macrófagos e células dendríticas produzem interferon alpha,fator de necrose tumoral alfa, interleucina-12. A ação do interferon alfa foi previamente associada à indução daapoptose melanocítica uma vez que a injeção desta droga, em hepatopatas crônicos tipo C, gerou despigmentaçãolocal.

Conclusão: Recomenda-se exame físico minucioso em pacientes antes de iniciar o tratamento comimiquimode pois pode-se detectar sinais iniciais de vitiligo, especialmente em áreas de trauma. Neste relato decaso, a despigmentação em áreas de trauma (fenômeno de Koebner), sugere uma predisposição do paciente adesenvolver apoptose melanocítica quando submetido a injúria física (trauma) ou imunomediada (imiquimode).Pacientes a serem submetidos ao tratamento devem ser orientados quanto aos possíveis efeitos colaterais,especialmente aqueles com historia pessoal/familiar de vitiligo, ou exame físico com áreas despigmentadas.

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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45 (Supl. 1): 7-78http://www.fmrp.usp.br/revista

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

PT.004 - GLICOSÚRIA: FATOR DE RISCO PARA A PERDA DE NUTRIENTES EM PACIENTES DIABÉTICOS?

Santos AFS, Santos RDS, Marchini JS, Foss-Freitas MC, Suen VMMDepartamento Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: algumas condições clínicas podem interferir no equilíbrio de determinados nutrientes comono diabetes mellitus, que pode levar ao aumento ou diminuição da produção, secreção, excreção, absorção, e/ou armazenamento de determinado nutriente, como por exemplo, o zinco, ferro, magnésio, cálcio, nitrogênio eestrôncio. Acredita-se que estas perdas podem se associar ao desenvolvimento de complicações, tais comoaterosclerose, dislipidemias, osteoporose, dentre outras.

Objetivos: avaliar a excreção urinária de micronutrientes em pacientes diabéticos e indivíduos contro-les, e correlacioná-la com a glicosúria.

Métodos: foram avaliados indivíduos controles e diabéticos quanto à ingestão alimentar em que osparticipantes anotaram a alimentação no mesmo dia em que a urina de 24 horas foi coletada; antropometria(peso, altura e circunferência abdominal), perda urinária de micronutientes e glicosúria por meio da coletaúnica de urina de 24 horas. Os grupos foram comparados entre si por meio do teste não-paramétrico de Mann-Whitney (*p<0,05). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP/USP (Processo6228/2009) e teve financiamento da FAPESP (Processo 2010/01101-7).

Resultados: participaram do estudo 9 voluntários diabéticos (52±14 anos, IMC 30±11 kg/m² e CA99±25 cm) e 9 indivíduos controle (51±16 anos, IMC 26±5 kg/m² e CA 90±13 cm). Foram observadas diversasinadequações nutricionais em ambos os grupos, sem haver relação com a perda urinária de nutrientes. Houveuma maior excreção de ferro no grupo diabético e no grupo controle, de magnésio. O ferro (R=0,49) e onitrogênio (R=0,74) foram os nutrientes excretados que mais se correlacionaram com a glicosúria.

Conclusão: a glicosúria não foi fator de risco para a perda urinária de nutrientes no presente estudo.

Bibliografia:

Beletate V. Cochrane Database Syst Rev. 2007; 24(1): CD005525.

Uusitupa MI. Br J Nutr. 1992; 68(1): 209-16.

Yamada . Diabetes Res Clin Pract. 1995; 30(1): 37-42.

Chausmer, AB.. J Am Coll Nutr. 1998; 17(2): 109-15.

PT.005 - SEJA EFICIENTE NA PREVENÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL

Melo LLA, Melo EGA, Lelis RFUniversidade Federal de Uberlândia

As análises epidemiológicas mostram o rápido aumento da Insuficiência Renal Crônica (IRC). Em 2011

foi estimado que dez milhões de brasileiros eram portadores de IRC,sendo que mais da metade dessa populaçãodesconhecia o seu estado.Muitas vezes a IRC é silenciosa,com sinais e sintomas clínicos inespecíficos. Logo, oprojeto criado pelos acadêmicos da Universidade Federal de Uberlândia,visa conscientizar a população daimportância dos meios de prevenção das doenças renais. O projeto ocorreu nas escolas da rede pública eprivada da cidade de Uberlândia sendo um trabalho permanente de ação continuada.

Introdução:O número de pacientes com IRC cresce em todo o mundo,inclusive no Brasil, nos últimosanos. Alguns especialistas referem à doença como a "nova epidemia do século XXI". O aspecto preocupante é afalta dos sinais e sintomas,sendo que a doença acomete principalmente indivíduos que fazem parte dos gruposde risco para o desenvolvimento de doenças renais (portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes,outros) . Segundo dados do censo de 2011 da Sociedade Brasileira de Nefrologia, haviam 91.314 pacientes emdiálise no Brasil,destes 90% encontram-se em tratamento hemodialítico e o restante em diálise peritonial ambu-latorial. A maioria dos pacientes que estão em tratamento por diálise(84,9%) são mantidos pelo Sistema Únicode Saúde brasileiro, envolvendo gastos anuais superiores a R$ 2 bilhões. Os rins são importantes na vidahumana, sendo responsáveis pela regulação da pressão arterial, filtração sanguínea,controle hidroeletrolítico eprodução hormonal.A IRC é a perda gradativa dessas funções ocasionada por doenças que lesam diferentesestruturas dos rins. O tratamento da IRC pode ser realizado através da diálise e transplante renal.

Materiais e Métodos: O Projeto de Extensão "Seja Eficiente na Prevenção da Insuficiência Renal" foiproposto por acadêmicos da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia e aprovado peloPrograma de Extensão e Integração UFU/Comunidade (PEIC/UFU/2010) com vigência para o período de abrila dezembro de 2011. O projeto foi constituído de palestras informativas com distribuição de folhetos educativos

Discussão: dos temas. Os participantes foram acadêmicos do curso de Medicina, no total de novecolaboradores, um coordenador e um orientador. Os locais de realização do projeto foram três escolas, sendoduas da rede pública e uma da rede Privada, para os alunos do Ensino Fundamental e Médio, mediante pales-tras informativas e ilustrativas sobre a IRC. Ao final, foram distribuídos panfletos informativos sobre a palestra eos interessados tiveram sua pressão arterial aferida.

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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45 (Supl. 1): 7-78http://www.fmrp.usp.br/revista

IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Resultados: Foram ministradas 12 palestras abordando cerca de cinco mil pessoas. O público teve aoportunidade de aumentar os seus conhecimentos sobre as doenças renais, com o intuito de prevenir e reduziro número de portadores da IRC. Esperamos que as atividades de extensão, por meio da prevenção, possam sercapazes de diminuir a prevalência e traumas psicológicos adquiridos pelos portadores das doenças renais.

Conclusão: O projeto de extensão contribuiu para a elucidação das principais causas que levam à IRC.As atividades de extensão devem ser estimuladas no âmbito universitário, pois temos compromissos com asociedade no sentido de levar conhecimento, esclarecimento e assim, bem-estar e qualidade de vida.

PT.006 - RELAÇÃO ENTRE ESTRESSE EMOCIONAL E A INDUÇÃO E AGRAVAMENTO DOS PÊNFIGOS

Matias AB1, Roselino AM2

1Departamento de Clínica Médica, 2Divisão de Dermatologia; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O pênfigo foliáceo (PF) e o pênfigo vulgar (PV), dermatoses autoimunes bolhosas, determi-nadas pelo depósito de autoanticorpos da classe IgG no envoltório dos queratinócitos da epiderme com conse-quente acantólise e formação de bolhas, apresentam morfologia bem determinada, entretanto, sua etiopatogêneseainda é motivo de investigação. Neste sentido, estudos de casos isolados têm apontado o estresse emocionalcomo um provável fator na indução e agravamento dos pênfigos, em indivíduos geneticamente predispostos. Oestresse emocional pode ser definido como uma reação do organismo com componentes físicos, químicos,mentais e emocionais, desencadeada por alterações psicofisiológicas, que ocorrem no confronto com situa-ções de irritação, amedrontamento, confusão ou excitação. Qualquer evento que desafia os recursos psicológi-cos do indivíduo pode ser considerado um evento estressor; quanto mais incontrolável ou imprevisível o for,maior sua probabilidade de ser percebido como estressante. No entanto, mesmo situações previsíveis podemser percebidas como estressoras quando exigem muito do indivíduo. De acordo com o exposto, o presenteestudo teve por objetivo identificar situações em que o estresse atuou com agravante do pênfigo.

Método: Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 31 pacientes diagnosticados com PF ouPV em regime de pulsoterapia endovenosa mensal, padronizada com dexametasona e/ou ciclofosfamida, apósaprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da FMRP-USP (Processo nº 503/2011). A coleta dos dados ocor-reu em ambiente preservado, a fim de resguardar o conforto e privacidade dos participantes. As entrevistasforam áudio-gravadas, posteriormente transcritas na íntegra e analisadas qualitativamente.

Resultados: Todos os participantes apresentaram eventos de vida estressantes, de grande intensidade,durante o ano anterior ao aparecimento dos sintomas do pênfigo. Notou-se, também, a presença de estressoresintensos de longa duração, que marcaram a história de vida destes pacientes. O forte impacto que estes eventosrepresentam em suas vidas sugere o quanto tais eventos foram, e em alguns casos, ainda são, desafiadores aosrecursos psicológicos do indivíduo para com eles lidar. Observou-se piora das lesões após a comunicação dodiagnóstico pelo médico responsável, sugerindo o papel estressor do tratamento e da doença em si.

Conclusão: O impacto do diagnóstico, o aspecto desfigurante e a cronicidade de algumas doenças depele podem ser eventos estressores por si só e trazer importantes prejuízos para a qualidade de vida do indiví-duo. O diagnóstico de uma doença crônica, como o pênfigo, mobiliza no paciente a necessidade de adaptaçãoà nova realidade, ao estigma social e às implicações da cronicidade do quadro clínico, fatores estes que podemproduzir sobrecarga, conflitos, sentimentos de incredulidade, perda do controle e medo. Mediante tais vivências,pode ocorrer a ruptura total da resistência do indivíduo e a exacerbação dos sintomas já existentes.

Apoio Financeiro: FAPESP

PT.007 - ASSOCIAÇÃO ENTRE NÍVEIS DE FRAGILIDADE E FUNCIONALIDADE EM IDOSOS DO MUNÍCIPIO DERIBEIRÃO PRETO - PROJETO FIBRA

Junqueira dos Santos AF, Pessanha FPAS, Carneiro JAO, Ferriolli EDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Embora não sejam condições idênticas, a fragilidade e a incapacidade funcional, ambascom alta prevalência na população idosa, parecem ser condições coexistentes.

Objetivos: avaliar a associação entre perfis de fragilidade (Não Frágil-NF, Pré-Frágil-PF e Frágil-F) como desempenho funcional auto-relatado e a capacidade funcional por meio da velocidade de marcha.

Métodos: Os dados avaliados foram extraídos da Rede de Pesquisa sobre Fragilidade em Idosos Brasi-leiros- REDE FIBRA, realizada em 2009. De um total de 386 idosos, escolhidos por sorteio de domicílios realiza-do no município de Ribeirão preto/SP, foram incluídos 319 idosos, selecionados após rastreio para déficitcognitivo por meio do MEEM. As versões brasileiras do Índice de Katz (IK) e Índice de Lawton (IL) foram utilizadaspara avaliar o desempenho funcional em atividades básicas e instrumentais de vida diária respectivamente. ParaIK, foram considerados dependentes aqueles que pontuassem em 1 ou mais domínios do questionário. A veloci-dade de marcha foi avaliada em 4,6m e os idosos foram orientados a caminhar no passo habitual. Os grupos NF,

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PF e F foram estipulados de acordo com os critérios de força de preensão manual, velocidade de marcha,fadiga, emagrecimento e nível de atividade física propostos por Fried et al.,2001. Para análise estatística foiutilizado Teste exato de Fisher e ODDS RATIO por meio do software SAS® 9.0 e o Teste de Kruskall Wallis e pós-teste de Dunn para comparação entre os grupos, software R, versão 2.14.

Resultados: A idade média foi de 73,9(6,6), sendo 65,8% (n=210) mulheres e 34,7% (n=109) ho-mens. A maioria da amostra foi classificada como PF (61,13%) seguidos dos NF (29,78%) e F (9,09%). Houveassociação entre perfis de fragilidade e o IK (p<0,01), tendo os NF e PF mais chance de serem independentesquando comparados aos F (OR=2,86; IC=1,77 a 4,66) (OR=1,84; IC=1,23 a 2,74). Na avaliação do IL todos osgrupos foram estatisticamente diferentes entre si (p<0,01) sendo os F os mais dependentes (18±3,2 pontos)seguidos dos PF (19,6 ±2,3 pontos) e NF (20,6±0,7 pontos). Também houve diferença entre todos os gruposem relação à velocidade de marcha (p<0,001). Os NF obtiveram a maior velocidade de marcha (1,20±0,23m/s), seguidos dos PF (1,97±0,26m/s) e F (0,83±0,25m/s).

Conclusão: Os idosos frágeis apresentaram pior capacidade funcional do que os não frágeis e préfrágeis tanto em relação aos questionários de auto relato quanto em relação ao teste físico. Número de Pesqui-sa no Comitê de Ética em Pesquisa do HCRP e FMRP/USP: 5018/2007. Suporte Financeiro CNPQ (EditalMCT-CNPq/MS-SCTIE-DECIT - No. 172006)

PT.008 - ANÁLISE EM LARGA ESCALA DA EXPRESSÃO GÊNICA EM TUMORES HIPOFISÁRIOS: VALIDAÇÃODAS VIAS WNT CANÔNICA E NÃO-CANÔNICAS

Colli LM1, Amaral FC1, Paixa B1, Lima DS1, Silva WA2, Saggioro F3, Serafini LN3, Antonini SR4, Castro M1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Genética, 3Departamento de Patologia, 4Departamento dePediatria e Puericultura; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Apesar dos esforços para o entendimento da patogênese molecular dos tumors hipofisários,seu macanismo molecular permanece desconhecido. Análise seriada da Expressão Gênica (SAGE) tem sidoutilizada para avaliar a expressão gênica em larga escala. A via Wnt está envolvida com tumorigênese geral, maso papel da via canônica não é bem estabelecido nos tumores hipofisários. As duas vias não canônicas não foramestudas nestes tumors.

Objetivo: Avaliar a expressão gênica pelo SAGE e validar a expressao das vias caônica e não canônicasde Wnt nos subtipos de tumors hipofisários.

Materiais e Métodos: O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do HCFMRP e pelo CONEP (Proc. nº8334/2005, 3608/2006 e 5283/2007). Utilizando o I-SAGE kit (Invitrogen), quatro bibliotecas de SAGE decNDA foram contruídas utilizando mRNA de cinco pacientes com tumore secretore de GH, dois de secretor deACTH, quatro de não secretor e três de hipófises normais de pacientes que tiveram morte acidental. A análisefoi realizada através do modelo Baysiano (SAGEci). Avaliamos também, em 21 tumores secretores de GH, 20 deACTH, 22 não secretores e 6 hipófises normais, a expressão de 31 genes das vias Wnt: ligantes ativadores(WNT11, WNT4 e WNT5A) e inibidores de ativadores (DKK3, sFRP1), a β-catenina (CTNNB1), complexo dedegradação de β-catenina (APC, AXIN1, GSK3β) e seu inibidor (AKT1), sequestrador de β-catenina (CDH1),efetores da via (TCF7, MAPK8 e NFAT5), mediadores de sinal ativador (DVL-1, DVL-2, DVL-3, PRICKLE e VANGL1),genes alvo (MYB, MYC, WISP2, SPRY1 e TP53), intermediários via do cálcio (PLCB1, CAMK2A, PRKCA e CHP),intermediários via polaridade celular (PTK7, DAAM1 e RHOA). GUSβ, TBP e PGK1 foram utilizados como contro-le endógeno. A expressão gênica relativa foi calculada utilizado o software QPCR. Foram avaliados, porimunohistoquímica, os efetores das vias Wnt canônica (β-catenin), polarida celular (JNK) e dependente decálcio (NFAT5), além de DKK3.

Resultados: Foram identificados 26.505 genes nas 4 bibliotecas de SAGE. Na comparação sa bibliote-cas tumorais com a normal, 446 genes estiveram hipoexpressos e 14 hiperexpressos. A biblioteca de tumoressecretor de ACTH teve um gene exclusivamente hiperexpresso e quatro hipoexpressos, quando comparara comas outras bibliotecas tumorais. Por sua vez, a biblioteca de tumor secretor de GH teve dois genes hiperexpresosse 12 hipoexpressos, enquanto a de não secretor teve dois genes hiperexpressos e 13 hipoexpressos. Tambémforam identificados longos RNAs não condificantes (lncRNAs), sendo um (MALAT1) hiperexpresso e 24hipoexpressos em todas as bibliotecas tumorais. Não houve diferença na expressão dos genes das vias canônicae não canônica de Wnt nos tumors comparados ao tecido hipofisário normal, exceto DKK3 nos tumores secretoresde ACTH (-2,5x; p=0,01) e não secretores (-5,0x; p=0,02), e TCF7 nos não secretores (-6,6x; p=0,02). β-catenina, NFAT5 e JNK não foram expressas na imunohistoquímica dos tumores hipofisários, bem como hipófisenormal. DKK3 apresentou hipoexpressão nos tumors secretors de GH (p=0,001) e não secretores (p<0,0001).

Conclusões: A técnica de SAGE permitiu identificar vários genes diferencialmentes expressos nostumors hipofisários. Estudos serão necessaries para confirmer o envolvimento destes genes na tumorigênesehipofisária. Não há evidência do envolvimento das vias Wnt canônica e não canônicas na tumorigênese hipofisária.Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq, FAEPA

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PT.009 - COMPLICAÇÃO NEUROLÓGICA TARDIA DE FIBRINÓLISE EM TROMBOEMBOLISMO PULMONAR:RELATO DE CASO

Podolsky-Gondim GG1, Lôbo RR2, Borges MC3, Pazin Filho A3

1Graduação - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Clínica Médica - Unidade de Emergência do HCFMRP- USP, 3Departamento de Clínica, Médica Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Somado à trombose venosa profunda, o tromboembolismo pulmonar (TEP) é o terceiromaior distúrbio cardiovascular nos EUA, atrás somente do infarto agudo do miocárdio (IAM) e acidente vascularcerebral. A mortalidade para TEP agudo excede 15% nos 3 primeiros meses após o diagnóstico, superando oIAM. Entre as opções terapêuticas para tratamento de TEP fazemos uso de heparina mais comumente, além deembolectomia e trombolíticos em casos mais graves.

Entre as complicações possíveis da fibrinólise a mais temida é a ocorrência de sangramentos, particu-larmente a hemorragia intracraniana, sendo relatada em algumas séries em cerca de 2% dos casos.

Métodos: Revisão de prontuário médico após consentimento de paciente e revisão de literatura.Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 33 anos, admitida na Sala de Trauma da UE-HCFMRP-USP

com história de TCE por queda da própria altura após episódio de síncope, sem sinais premonitórios e semhistória de liberação esfincteriana ou movimentos tônico-clônicos.

Referia, há cerca de 8 dias, dispnéia progressiva e dor torácica em hemitórax esquerdo de leve inten-sidade com episódio isolado de febre não aferida; negava tosse ou expectoração. Fazia uso de anticoncepcionaloral e relatava antecedentes de asma bem controlada e dois abortamentos espontâneos prévios.

Na admissão apresentava-se consciente, orientada, sonolenta, taquipnéica (24 irpm), taquicárdica(140 bpm) e com hipotensão (Pressão Arterial 96 x 82 mmHg). Apresentava hematoma em região parietalesquerda e ausência de sinais neurológicos focais. Exames demonstraram elevação de troponina e de peptídionatriurético cerebral (BNP), além de eletrocardiograma e ecocardiograma demonstrando sinais de sobrecargade câmaras cardíacas direitas. Tomografia de crânio evidenciou hematoma subgaleal parietal e angio-tomogra-fia de tórax confirmou o diagnóstico de TEP.

Devido à presença de repercussão hemodinâmica foi optado por trombólise com alteplase (100 mge.v./2 horas), transcorrida sem intercorrências.

Após 8 dias de internação e 13 dias do início dos sintomas, mantinha queixa de cefaléia e notou-seaumento do hematoma subgaleal, sem alterações no exame neurológico. Nova tomografia de crânio evidenciouhematoma intraparenquimatoso frontal. Posteriormente foi identificada trombose venosa profunda em membroinferior, levando à instalação de filtro de veia cava. Atualmente a paciente passa bem e em investigação ambu-latorial para trombofilia.

Conclusões: Apesar de rara, a hemorragia intra-craniana pós-trombólise constitui grave complicação ecomo exemplificada, nem sempre com quadro neurológico evidente. Ressalta-se a importância da anamnese,inclusive no contexto do trauma, pois somente após obtenção da história clínica completa, ainda na sala detrauma, foi possível a consideração de TEP.

Apoio Financeiro: Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do HCFMRP-USP.

Agradecimentos: À equipe da disciplina de Emergências Clínicas do Depto. de Clínica Médica da FMRP-USP pela oportunida-de de aprendizado e experiência adquirida e ao Serviço de Arquivo Médico do HCMRP-USP pelo auxílio prestado nesta e emoutras pesquisas.

PT.010 - HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS): PREVALENCIA E CARACTERIZAÇÃO DOS CONHECI-MENTOS DOS TRABALHADORES DO DISTRITO INDUSTRIAL DE PRESIDENTE PRUDENTE - SP

Ferro RS, Fioresi MP, Teston E, Colombo NC, Lanza LB, Junio AMA, Alessi CACUNOESTE

Diversos estudos apontam que doenças cardiovasculares representam grande numero de óbitos noBrasil e no mundo, o que, portanto, nos possibilita afirmar que esta situação se configura como um grandeindicativo de risco. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é analisar o nível de alteração da pressão arterialsistêmica e o nível de conhecimento da mesma dos participantes do projeto de extensão intitulado Caravana daSaúde. A pesquisa foi realizada no distrito industrial do município de Presidente Prudente (SP). Participaram doestudo 63 sujeitos, de ambos os sexos, de 17 a 69 anos, sendo que a maioria, 57,2%, estavam na faixa etáriados 41 a 60 anos de idade. Junto aos participantes, foi aplicado um questionário, que posteriormente passoupor um processo de tabulação, de modo que as analises foram realizadas por meio do software SPSS, versão15.0. Os resultados apontam que 19% apresentou nível pressórico elevado, no entanto, 96,7% destes nãofazem nenhum tipo de tratamento Além disso, dentre a população estudada, 84% dos participantes afirmaramter conhecimento sobre o que é HAS, embora apenas 59% relataram saber as consequências da doença.Conclui-se que embora boa parte dos participantes afirmaram ter conhecimento sobre HAS, ainda faltam escla-recimentos mais profundos sobre as consequências e conscientização da doença.

Palavras-Chave: hipertensão. conhecimentos. população.

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PT.011 - AVALIAÇÃO DO GRAU DE INCAPACIDADE FÍSICA EM PACIENTES COM REAÇÕES HANSÊNICAS NACLÍNICA DERMATOLÓGICA DO HOSPITAL GETÚLIO VARGAS, TERESINA-PIAUÍ

Lages RB1, Logatti F2, Bona SH1, Campelo V1

1Universidade Federal do Piauí (UFPI); 2Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Introdução: Os principais problemas decorrentes da hanseníase são as incapacidades físicas. Em umprograma bem aplicado de controle de endemia, praticamente nenhum paciente apresentará, no momento dodiagnóstico, deformidades atribuíveis à falta de cuidados primários. Nesse sentido, a avaliação das incapacidadestem sido reconhecida como medida relevante da morbidade em hanseníase, sendo sua aplicação adotada comoindicador de controle da doença. Objetivou-se com o presente trabalho analisar o grau de incapacidade física depessoas que apresentaram estados reacionais em hanseníase em unidade de referência em Teresina-PI.

Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo, no qual avaliou-se todos os pacientes diagnosticados comoestado reacional de hanseníase de 2008 a 2010 na Clínica Dermatológica do Hospital Getúlio Vargas. Identifi-cou-se para cada caso: classificação clínica inicial, índice bacteriológico inicial, esquema terapêutico inicial,número de lesões cutâneas e de áreas do corpo atingidas, idade, tipo de reação, manifestações clínicas apre-sentadas e presença de incapacidade. Os dados foram processados no programa SPSS 19.0, realizando-seanálise estatística descritiva e analítica. Na abordagem analítica, utilizou-se a razão de chances (odds ratio, OR)como medida de associação, considerando-se intervalo de confiança de 95% (IC 95). O presente estudo foiaprovado pelo Comitê de Ética da UFPI (protocolo 0071.0.045.000-10).

Resultados: Entre 2008 e 2010 foram diagnosticados 47 casos novos de reação hansênica (12 em2008, 17 em 2009 e 18 em 2010), sendo a média de idade 41,3 anos (mínimo de 10 anos e máximo de 71anos) e a maioria do sexo masculino (70,2%). Em 29,8% dos casos, observou-se reação do tipo 1, enquanto queem 70,2% a reação era tipo 2. O período de aparecimento da reação foi durante a poliquimioterapia em 57,4%e após em 42,6%. A forma clínica inicial era tuberculóide em 8,5%, dimorfa em 34,0%, virshowiana em 40,4%e não descrita nos prontuários em 17,0%. Nas reações tipo 2, as formas mais frequentes foram dimorfa(42,9%) e turberculóide (28,6%), ao passo que nas tipo 2 observou-se mais virshowiana (54,5%) e dimorfa(30,3%). O índice bacteriológico foi positivo em 46,8% dos casos e negativo em 12,8%, não estando disponívelem 40,4%. Havia incapacidade associada em 55,3% dos casos, sendo que o grau de incapacidade dos pacien-tes foi classificado como Grau 0 em 44,7%, Grau 1 em 42,6% e Grau 2 em 12,8%. A presença de incapacidadefoi maior nas reações tipo 1 (64,3% do pacientes com reação tipo 1 apresentaram incapacidade associada,enquanto nas tipo 2 o percentual foi de 51,5%). A presença de incapacidade em pacientes com índice bacteri-ológico positivo foi 2,67 vezes maior que naqueles com negativo (IC 95: 0,42-17,05), 1,69 vezes maior naquelescom Reação Tipo I (IC 95: 0,47-6,15) e 1,42 vezes maior em menores de 50 anos (IC 95: 0,43-4,62).

Conclusão: Observou-se alto percentual de grau de incapacidade (55,3%) relacionado a episódiosreacionais, indicando-se a necessidade de avanços no atual programa de controle da hanseníase.

PT.012 - NEFRITE LÚPICA: SUBTIPOS HISTOPATOLÓGICOS ENCONTRADOS NAS BIÓPSIAS RENAIS DO HOS-PITAL UNIVERSITÁRIO ALZIRA VELANO.

Horvatich LB1, Chaves AR1, Horvatich TB2, Santos FRL1

1Universidade José do Rosário Vellano; 2Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Introdução: O envolvimento renal é comum no Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). No momento dodiagnóstico, aproximadamente 50% dos pacientes têm a análise urinária (EAS) anormal, incluindo proteinúria(80%), hematúria e/ou piúria (40%). A biópsia renal é útil em pacientes com EAS anormal e/ou taxa defiltração glomerular reduzida, fornece a classificação histológica dos diferentes tipos de nefrite lúpica, grau deatividade/cronicidade, orientando terapêutica e prognóstico.

Objetivo: Demonstrar os padrões histopatológicos prevalentes nas biópsias renais de pacientes lúpicos,realizadas no Hospital Universitário Alzira Velano (HUAV).

Metodologia: No serviço de Nefrologia do HUAV foram realizadas 131 biópsias renais até março de2012. Após história clínica, exame físico e propedêutica laboratorial para coagulopatia, procede-se a biópsiaguiada por ultrassom. Com agulha manual de 16 gauge, obtêm-se fragmentos para microscopia ótica eimunofluorescência. A avaliação anatomopatológica é realizada por um único patologista especializado emdoenças renais.

Resultados: A idade dos pacientes variou de seis meses a 77 anos. Ocorreram oito complicações:cinco com hematúria macroscópica, dois com hematomas subcapsulares, e um paciente desenvolveu celulite.Dentre as 131 biópsias realizadas, dezenove biópsias (14,5%) são de pacientes lúpicos. Dentre estes, em dezcasos (52,6%) o achado histopatológico correspondeu à nefrite membranosa (classe V, foto 1), seguido danefrite lúpica proliferativa difusa (classe IV, foto 2), encontrada em sete biópsias (36,8%) e mesangial em doiscasos (10,5%).

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Discussão: e Conclusão: As manifestações renais do LES são extremamente heterogêneas, onde osquatro compartimentos renais, glomérulos, túbulos, interstício e vasos sanguíneos, podem ser acometidos. Aanálise dos padrões histológicos encontrados em nossa casuística difere da literatura, que descreve um predo-mínio da classe IV (proliferativa difusa). O número de pacientes lúpicos neste estudo pode justificar estadiscordância. Estes resultados enfatizam a diversidade dos padrões histológicos, e impõe a biópsia renal umpapel fundamental no manuseio da nefrite lúpica.

PT.013 - SÍNDROME DE GOLDENHAR ASSOCIADA À DOENÇA DE DANDY WALKER CAUSADAS PELO USODE ISOTRETINOÍNA

Horvatich LB1, Chaves AR1, Garcia CC1, Horvatich TB2, Fernandes CM1

1Universidade José do Rosário Vellano; 2Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Introdução: A Isotretinoína (13-cis-ácido retinóico) foi reconhecida como agente teratogênico em 1982,formando uma malformação complexa, predominantemente unilateral, que envolve estruturas derivadas doprimeiro e segundo arcos branquiais. A Síndrome de Goldenhar tem como tríade clássica as alterações ocula-res, auriculares e vertebrais, podendo apresentar sinais sistemáticos, com anomalias cardíacas, renais e desistema nervoso centra, Ocorre a partir de uma disrupção vascular no embrião, entre o 35º e 40º dia degestação, impedindo a morfogênese correta das estruturas derivadas do primeiro e segundo arcos branquiais,resultando no quadro clínico presente ao nascimento. A síndrome de Dandy-Walker (SDW) é uma síndrome nãofamiliar, caracterizada por dilatação cística do quarto ventrículo e por aplasia ou hipotrofia parcial ou total dovermis cerebelar.

Objetivo: Alertar sobre o uso da Isotretinoína em que o tratamento deve ser feito com muita segurança,pois este medicamento é contraindicado para gestantes devido ao fato de ser extremamente teratogênico.

Metodologia: Relato do caso da paciente M. V. M. A. L., do sexo feminino, sete meses de idade,leucoderma, proveniente de Varginha (MG) que foi referida de um serviço de otorrinolaringologia ao Centro Pró-Sorriso (Centrinho) da Universidade José do Rosário Vellano, campus Alfenas (MG) para avaliação. Mãe relatauso de isotretinoína nos dois primeiros meses de gestação.

Resultados: A ressonância magnética (RM) das mastoides/orelhas internas revelou malformação con-gênita do pavilhão auricular e conduto auditivo externo à direita. A RM do encéfalo revelou achados sugestivosde variante de Dandy-Walker (agenesia de vermis cerebelar), ocorrendo também alargamento da cisterna mag-na, havendo comunicação desta com o IV ventrículo.

Discussão: Discute-se a relação do efeito da isotretinoína na disrupção vascular, alterando o desenvol-vimento de estruturas intra-útero derivadas do primeiro e segundo arcos braquiais. O principal metabólito san-guíneo da isotretinoína é o 4-oxi-iso-tretinoína, que se forma rapidamente após a administração oral da droga.Deve ser pesquisado o risco de gravidez, já que a medicação é altamente teratogênica. De acordo com aAgência Nacional Vigilância Sanitária (ANVISA), a isotretinoína é contraindicada em mulheres com potencial deengravidar.

Conclusão: É possível que o maior mecanismo da teratogenicidade da isotretinoína seja o efeito dele-tério na atividade das células da crista neural que resultam em alterações craniofaciais, cardíacas e do SNC.Como a embriopatia do ácido retinóico faz parte de um espectro o qual vai desde uma anomalia simples aalterações complexas com grande repercussão comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento neu-ropsicomotor da criança. Alertamos a classe médica para estar atenta a teratogenicidade desta droga.

PT.014 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS METABÓLICOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA- 3EM RATOS OBESOS

Gonçalves NB, Griffo TN, Vidal TR, Costa MC, Foss MC, Foss-Freitas MCDepartamento de Clinica Medica - Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Estudos recentes têm mostrado que a obesidade resulta em um estado de inflamaçãocrônica caracterizada por inflamação do tecido adiposo com grande infiltração de macrófagos produtores decitocinas pró-inflamatórias. Nutrientes com ação farmacológica têm sido estudados como medida terapêuticano controle do processo inflamatório, entre eles destaca-se os ácidos graxos poliinsaturados ω3. Estudos deintervenção clínica têm mostrado os efeitos anti-inflamatórios do ω3 em patologias inflamatórias crônicas.

Objetivo: Avaliar os efeitos da suplementação de ω3 em modelos animais de resistência insulínica peladosagem sérica de glicemia, lipidograma e mensuração do peso.

Métodos: 40 animais foram separados em quatro grupos: controle, controle+ω3, obesos e obesos+ω3.Por um período de dois meses, os grupos de obesos receberam uma dieta hiperlipídica com 11,66% de gordurasaturada e 13,58% de gordura insaturada afim de gerar um quadro de obesidade, enquanto os grupos controlereceberam dieta padrão de biotério. Após este período os grupos controle+ω3 e obesos+ω3 receberam em suasdietas a suplementação de 3g de ω3 diariamente durante dois meses. Durante o experimento foram avaliados

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peso e glicemia, mensalmente. Ao fim do experimento os animais foram pesados e sacrificados. Foi coletado osangue total e os tecidos: fígado, pâncreas, músculo gastrocnêmio, tecido adiposo epididimal e retroperitoneal.Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicinade Ribeirão Preto através do processo número 079/2011.

Resultados: As médias do peso corporal dos grupos controle e controle+ω3 não apresentaram diferen-ças significativas tanto no início como no final do experimento (Inicial: Controle:185,1±12,47 eControle+ω3:191,3±28,70**; Final: Controle:338,4±15,18 e Controle+ω3:356,8±24,88**). O mesmo resul-tado foi constato em relação aos grupos obeso e obeso+ω3 (Inicial: Obeso:179,7±15,64 eObeso+ω3:169,2±11,06**; Final: Obeso:656±49,41 e Obeso+ω3:656±67,83**). Os valores médios dos pe-sos dos tecidos coletados (fígado, pâncreas, tecido adiposo retroperitoneal, tecido adiposo epididimal e múscu-lo gastrocnêmio) não apresentaram diferença significativa entre os grupos controle e controle+ω3 e, entre osgrupos obeso e obeso+ω3. Por outro lado, os grupos obeso e obeso+ω3 apresentaram maiores médias de pesodos tecidos em relação aos grupos controle e controle+ω3. A suplementação com ω3 não alterou a concentra-ção sérica de glicemia em animais obesos ou controles. No entanto, os animais obesos apresentaram níveisséricos de glicemia significativamente maiores que os controles ao final do estudo (Controle:100,33±9,96 eControle+ω3:92,80±6,39; Obeso:111,13±10,83 e Obeso+?3:108,00±7,87). Ao término do experimento, osgrupos obeso e obeso+ω3 apresentaram diferença significativa nas dosagens de triglicérides (Obeso:146,5±32,76e Obeso+ω3:91,25±19,91*) e colesterol (Obeso:76±12,93 e Obeso+ω3:59,62±6,54*). As dosagens de HDL eLDL não apresentaram diferença significativa. (*p< 0,05; **p >0,05).

Conclusão: A suplementação de ω3 diminui os valores de triglicérides e colesterol em animais obesos.O acréscimo de ω3 na dieta não alterou o peso corporal dos animais, no entanto, a dieta hiperlipídica demons-trou ser eficiente para o modelo de animais obesos.

Apoio Financeiro: Capes, Fapesp

Agradecimentos: FAEPA

Bibliografia:

Bernstein H, Payne CM, Bernstein C, Schneider J, Beard SE, Crowley CL, Activation of the promoters of genes associatedwith DNA damage, oxidative stress, ER stress and protein malfolding by the bile salt, deoxycholate. Toxicol Lett1999;108:37-46.

Berridge MJ, The endoplasmic reticulum: a multifunctional signaling organelle. Cell Calcium, 2002. 32(5-6): p. 235-49.

Zhang K, Kaufman RJ, The unfolded protein response: a stress signaling pathway critical for health and disease. Neurology,2006. 66(2 Suppl 1): p. S102-9.

Zhang X., et al., Hypothalamic IKKbeta/NF-kappaB and ER stress link overnutrition to energy imbalance and obesity. Cell,2008. 135(1): p. 61-73.

PT.015 - NON-RADIOACTIVE STRATEGIES ON THE DIAGNOSIS OF CONGENITAL ADRENAL HYPERPLASIADUE TO 21 HYDROXYLASE DEFICIENCY

Coeli-Lacchini FB1, Turatti W1, Elias PCL1, Martinelli Junior CE2, Elias LLK3, Moreira AC1, Antonini SR2,Castro M1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Puericultura e Pediatria, 3Departamento de Fisiologia. Facul-dade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introduction: Defects in the pseudogene, CYP21A1P, can be transferred to the functional CYP21A2gene by recombination and account for approximately 95% of CYP21A2 mutations, leading to Congenital Adre-nal Hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency (CAH-21OHD). We conducted a comprehensive genetic analysisto assess whether Multiplex Ligation dependent Probes Amplification (MLPA) could substitute southern blottingwith radioactive probes without compromising reliability of the diagnosis.

Patients and Methods: This study was approved by Institute Review Broad for Human Research andinformed consent was obtained from all subjects (protocol nº701/2010).We studied 90 families/99 patientspresenting salt-wasting (SW; n=32), simple-virilizing (SV; n=29), and non-classical (NC; n=29) phenotypes. Mo-lecular analysis was sequentially performed by detecting the 8 most frequent point mutations by allele specificoligonucleotide polymerase chain reaction (ASO-PCR), large deletions and conversions by MLPA (KIT-P050-B2-CAH), and rare mutations by direct sequencing. Parental segregation was evaluated.

Results: Mutated alleles were elucidated by ASO-PCR in 91.1%, by MLPA in 6.2% and by directsequencing in 2.7%. In SW group, the most frequent mutations detected by ASO-PCR were IVS2-13A/C>G(45.3%), p.R356W (12.5%), and p.Q318X (11.1%), large conversions in 12.5% by MLPA, and the1762_1763InsT (1.6%) by direct sequencing. In SV patients, the most frequent mutations detected by ASO-PCRwere p.I172N (56.8%), p.R356W (10.3%) and IVS2-13A/C>G (6.9%); large conversion in one single allele(1.7%) by MLPA and the p.G424S mutation was found in 1.7% by direct sequencing. In NC patients, the mostfrequent mutations detected by ASO-PCR were p.V281L (70.6%), p.I172N (5.2%), IVS2-13A/C>G (5.2%). Di-

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rect sequencing revealed rare mutations (p.P453S, p.R408C, and p.A265V) in one allele each (1.7%). No largeconversions were found in this group.

Conclusion: Although MLPA false positive results could arise due to mutations/polymorphisms close tothe probe binding regions and due to probe hybridization and ligation, these problems can be overcome by theassociation of MLPA with ASO-PCR and paternal segregation. Using these approaches, we can successfullysubstitute southern blotting in a laboratory routine.

Supported by: CNPq and FAPESP

PT.016 - CÂNCER DE PULMÃO EM PACIENTE COM SILICOSE

Lages RB1, Pessoa BS1, Logatti F2, Campelo DHC1, Carvalho Junior JM1, Deus Filho A1

1Universidade Federal do Piauí (UFPI); 2Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP)

Introdução: A silicose é uma doença pulmonar ocupacional de caráter progressivo e irreversível, cau-sada pela exposição à sílica livre. Desde os anos 80, alguns estudos epidemiológicos têm investigado a relaçãoentre silicose e câncer de pulmão. Contudo, trata-se de um tema ainda bastante controverso, cujo estabeleci-mento de associação é frequentemente difícil, em decorrência da exposição concomitante a outros carcinógenose a susceptibilidade genética. Com o presente relato, objetiva-se alertar a classe médica para a ocorrênciadesta infrequente associação, devendo-se estar atento para a possibilidade de um diagnóstico precoce decâncer.

Métodos: Realizou-se um estudo observacional de um paciente internado para investigação diagnósti-ca na Clínica de Pneumologia do Hospital Getúlio Vargas em Teresina/PI. O paciente foi informado sobre oestudo e assinou um termo de consentimento livre e esclarecido permitindo a sua realização.

Resultados: Paciente de 59 anos, sexo masculino, lavrador, com diagnóstico prévio de silicose há 2anos, procurou o ambulatório de pneumologia de nosso serviço, com queixa de acentuação progressiva dedispneia aos esforços há 8 meses. Associado ao quadro, referia dor torácica inspiratória-dependente à esquer-da, perda ponderal (10 kg), episódio de hemoptise e tosse seca. Tratava-se de um paciente com história deexposição à sílica, tendo trabalhado como cavador de poços há mais de 20 anos, tendo escavado aproximada-mente 10 poços com profundidade média de 20 metros. Negava exposição à tuberculose e referia ser ex-tabagista há 5 anos, com carga tabágica de aproximadamente 9 maços/ano. Ao exame clínico, apresentava-secom murmúrio vesicular abolido e frêmito tóraco-vocal reduzido em terço médio de hemitórax esquerdo, alémde linfonodo supraclavicular direito palpável, menor que 1 cm, de consistência endurecida. A radiografia detórax evidenciou: atelectasia de lobo inferior esquerdo, com desvio do mediastino para esquerda e linfonodosperi-hilares. A tomografia do tórax revelou linfonodos peri-hilares e mediastinais calcificados, em "casca de ovo",característicos da silicose, e bronquiectasias em lobo superior esquerdo. A espirometria revelou distúrbio mis-to, restritivo e obstrutivo de grau severo, com resposta parcial ao broncodilatador. O PPD mostrou-se reator (10mm), sendo que o paciente portava exame realizado há 1 ano com resultado não reator (0 mm). Realizou-se umabroncoscopia, observando-se lesão vegetante obstrutiva em brônquio fonte esquerdo distal. Praticou-se biópsiada lesão e colheu-se lavado brônquico para pesquisa de BK e citologia oncótica. A biópsia revelou carcinomaepidermóide moderadamente diferenciado (G2). A baciloscopia foi negativa e a citologia de células neoplásicaspositiva. O paciente foi encaminhado para serviço de referência oncológica e tratamento para infecção tuberculosalatente.

Conclusão: Apesar da exposição concomitante ao tabagismo, a exposição à sílica provavelmente apre-sentou-se como um carcinógeno a mais para o desenvolvimento da neoplasia neste paciente. É importante ter-se em mente a possibilidade desta associação para que se desencoraje ainda mais o hábito de fumar entre ospacientes portadores de silicose, bem como para que se suspeite mais precocemente da possibilidade deneoplasias pulmonares nestes pacientes.

PT.017 - MENOPAUSA PRECOCE AOS 24 ANOS

Horvatich TB1, Horvatich LB2

1Medicina - Universidade de Ribeirão Preto, 2Medicina- Universidade José do Rosário Vellano

Introdução: Menopausa precoce é uma condição clínica que aparece em mulheres com menos de 40anos de idade, caracterizada por amenorréia secundária, hipoestrogenismo e gonadotrofinas elevadas. A inci-dência é de 1% ao ano. A etiologia é complexa e inclui fatores genéticos (anomalias autossômicas e de cromos-somos sexuais), imunes (como falência poliglandular, que afeta ovários, adrenal e tireóide), infecciosos (ooforites),metabólicos (galactosemia) e iatrogênicos (cirurgias, quimio e/ou radioterapia).

Objetivo: Alertar sobre a possibilidade da amenorréia secundária em pacientes antes dos 40 anos sermenopausa precoce.

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Metodologia: Descreveremos o caso de uma paciente, D.G.M., 24 anos, casada, G1P1AoCo, emacompanhamento no PSF Bela Vista (Serrana - SP) com queixa de dificuldade para engravidar há 5 anos.

Resultados: Na anamnese relata ondas de calor principalmente durante a noite, com história deamenorréia secundaria por 1 ano, não faz uso de anticoncepcional ou preservativo. Há 1 ano e 7 meses, emoutro serviço de saúde, suspeitaram, pela clinica, de Síndrome dos ovários micropolicisticos e foi iniciado o usode Perlutan mensal, após o uso começou a menstruar a cada 30 dias, com duração de 3 dias, baixo fluxo ecoloração em "borra de café". Suspendemos a medicação por 2 meses e solicitamos os seguintes exames: TSH:2,43 mUI/ml, T4 livre:0,91mg/dl, Prolactina:6,9mg/dl, Glicemia de jejum:92mg/dl, Insulina:4,99mUI/ml,Hemograma sem alterações, US Transvaginal de aspecto habitual, FSH:68,48 mUI/ml, LH:53,75 mUI/ml,E2:<7,00 mUI/ml, Progesterona:0,21 mUI/ml, GH: 2,17 mUI/ml.

Conclusões: De acordo com os resultados obtidos confirmamos menopausa precoce e a paciente foiencaminhada para um serviço especializado na tentativa de engravidar. Portanto, devemos investigar todaamenorréia secundária descartando a possibilidade de menopausa precoce, instituindo o tratamento o quantoantes para tentar realizar o sonho das pacientes de ser mãe e constituir uma família.

PT.018 - CORRELAÇÃO ENTRE POLIMORFISMOS GENÉTICOS DO GENE CYP2A6 E STATUS TABÁGICO EMUMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Souza EST1, Martinez JAB2, Ferreira CA3, Araujo LF4, Araújo W5

1Clínica Médica - Centro Universitário Barão de Mauá, 2Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina deRibeirao Preto da USP, 3Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto, 4Pós-graduanda do Departamento de Genética- Medicina, 5Departamento de Genética,Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP e Fundação Hemocentro deRibeirão Preto

Introdução: A dependência do tabaco é condição influenciada por diversos aspectos, como influênciasgenéticas e os efeitos farmacológicos da nicotina. Diversos genes têm sido investigados como possíveis elemen-tos diretamente relacionados ao desenvolvimento desta dependência. O gene CYP2A6 é responsável pela prin-cipal enzima que metaboliza a nicotina. Ela é responsável por 90 % da conversão da nicotina em cotinina.Devido ao fato de apenas uma pequena fração dos fumantes responderem à terapêutica farmacológica dacessação do fumo, a identificação de genes ligados ao metabolismo da nicotina poderia ter papel determinantepara a individualização das estratégias do tratamento. O objetivo do presente estudo foi correlacionar polimorfis-mos do gene CYP2A6 com a condição tabágica em uma amostra da população brasileira.

Métodos: 307 fumantes, 156 não fumantes e 47 ex fumantes foram submetidos à coleta de sangue noHemocentro de Ribeirão Preto. Inicialmente foi realizada a extração do DNA a partir do buffy-coat, após houve aamplificação dos fragmentos de DNA e para a identificação dos genótipos foram utilizadas enzimas de restrição.Os produtos da digestão dupla foram visualizados em gel de acrilamida a 6%. A análise dos fragmentos diferen-ciou os seguintes genótipos: CYP2A6*1A, CYP2A6*1B e CYP2A6*4. O presente estudo foi aprovado peloComitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos do HCFMRP-USP, sob o processo número 9633/2009. Paraa análise estatística foi utilizado o SPSS20.0 e realizada a Regressão Logística.

Resultados: As frequências dos polimorfismos no grupo de fumantes foram de 41,4% para CYP2A6*1A/1A, 30% para CYP2A6*1A/1B, 8,4% para CYP2A6 1B/1B e 20,1% para outros. No grupo de não fumante eex fumantes foram de 37,5% para CYP2A6*1A/1A, 27,4 % para CYP2A6*1A/1B, 9,7% para CYP2A6 1B/1Be 25,7% para outros. Indivíduos heterozigotos para o polimorfismo CYP2A6 1A apresentaram maior chance deserem tabagistas (p=0,045), enquanto o alelo CYP2A6* 4 estava mais frequente em indivíduos não tabagistase ex-tabagistas (p= 0,039).

Conclusão: Conclui-se que polimorfismos do gene CYP2A6 podem estar relacionados com a dependên-cia tabágica em uma população brasileira. Porém, estudos adicionais são necessários para identificar marcado-res genéticos que predispõem indivíduos ao início e manutenção do tabagismo.

PT.019 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE E PSEUDOMONASAERUGINOSA ISOLADAS DE CATETER TEMPORÁRIO DUPLO LÚMEM PARA HEMODIÁLISE

Ferreira V1, Falcão JP2, Martinez R1, Moyses-Neto M3, Campioni F2, Terçariol CAS4, Passaglia J2, Costa JAC1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Faculdade de Ciências Farma-cêuticas de Ribeirão Preto - USP, 3Clínica Médica - Hospital das Clínicas da FMRP - USP, 4Centro UniversitárioBarão Mauá de Ribeirão Preto - SP

Introdução: Freqüentemente pacientes atendidos em situações de urgência podem desenvolver lesãorenal aguda (LRA) evoluindo com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) o que requer um acessovascular imediato sendo mais utilizado o cateter temporário duplo lúmen (CTDL) o que favorece uma incidênciaelevada de infecção.

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Objetivo: comparar genotipicamente linhagens de Pseudomonas aeruginosa e Klebsiella Pneumoniaeisoladas de ponta de cateter temporário duplo lúmen (CTDL) de diferentes pacientes.

Casuística e Métodos: Foram utilizadas 11 cepas de Klebsiella pneumoniae e 8 cepas de Pseudomo-nas aeruginosa isoladas na ponta do CTDL. A diversidade genotípica foi acessada por Pulsed-Field GelElectrophoresis (PFGE) utilizando-se a enzima XbaI para a Klebsiella pneumoniae e speI para Pseudomonasaeruginosa. Os dados foram analisados pelo programa Bionumerics 5.1 (Applied Maths) e somente bandasentre 48,5 e 533,5 kb de tamanho foram incluídos na análise. O dendrograma de similaridade genotípica foiconstruído pelo método UPGMA utilizando-se o coeficiente de similaridade DICE. O estudo foi realizado após asaprovações do Comitê de Ética e da instituição hospitalar de acordo com o processo HCRP nº 13662/2006.

Resultados: Dos oito pacientes analisados, os pacientes 103 e 97 foram infectados por linhagensprovenientes de um mesmo clone de Pseudomonas aeruginosa (81,8%). O mesmo foi observado para as linha-gens isoladas nos pacientes 38 e 94 (90,9%) e 9 e 98 (87%).Dos onze pacientes analisados, os pacientes 18e 46 foram infectados por linhagens indistinguíveis de Klebsiela pneumoniae. Além disso a linhagem isolada dopaciente 19 apresentou 96,6% de similaridade com as dos pacientes 18 e 46.

As linhagens isoladas dos pacientes 15 e 79 são provenientes de um mesmo clone, pois apresentaramsimilaridade > 83,9%. O mesmo foi observado para linhagens isoladas nos pacientes 1 e 3 (86,7%) e 107 e 80(96,3%). As linhagens isoladas nos pacientes 114 e 141 foram diferentes das demais isoladas (< 80%).

Conclusões: o isolamento de linhagens com alta similaridade genotípica em diferentes pacientes queutilizaram o CTDL sugere que ocorreu uma possível infecção cruzada no ambiente hospitalar.

Bibliografia:

Andrade D; Ferreira V. Central venous access for haemodialysis: prospective evaluation of possible complications. Journal ofClinical Nursing, 2007, v. 16, p.414-18.

Falcão JP; Falcão DP; Pitondo-Silva A; Malaspina AC; Brocchi M. Molecular typing and virulence markers of Yersinia enterocoliticastrains from human, animal and food origins isolated between 1968 and 2000 in Brazil. Journal of Medical Microbiology,v.55, p. 1539-1548, 2006.

Gauton RK. Rapid Pulsed-Field Gel Electrophoresis protocol for typing of Escheria coli O157:H7 and other Gram-negativeOrganims in 1 day. Journal of Clinical Microbiology. v.35, n.11, p.2977-80, 1997.

Ikeda S; Canziani MEF. Acesso vascular para hemodiálise. In: Ajzen H; Schor N. Guias de medicina ambulatorial e hospitalarUNIFESP/Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Manole, 2002. p. 231-40.

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Speijer H; Savelkoul PHM; Bonten MJ; Stobberingh EE; Tjhie JHT. Application of different genotying methods for Pseudomonasaeruginosa in a setting of endemicity in an Intensive Care Unit. Journal of Clinical Microbiology, v.37, n.11, p.3654-61,1999.

Souza RA; Pitondo-Silva A; Falcão DP; Falão JP. Evaluation of four molecular typing methodologies as tools for determiningtaxonomy relations and for identifying species among Yersinia isolates. Journal of Microbiological Methods, v. 82, p. 141- 150, 2010.

Trabilsi LR; Alterthum F. Microbiologia. In: Trabilsi LR; Ordonez JG; Martinez MB. São Paulo: Atheneu, 2005.

Van Belkum A. et al. Clinical microbiology and Infection, v. 13, p.1-46, 2007.

PT.020 - FENOTIPAGEM DE CULTURAS DE PACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA POR MEIO DOCATETER TEMPORÁRIO DUPLO LÚMEM

Ferreira V1, Moyses-Neto M2, Martinez R1, Lima DAFS3, Terçariol CAS4, Costa JAC1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Clínica Médica - Hospital dasClíncas da FMRP - USP, 3 Laboratório de Microbiologia - Hospital das Clíncas da FMRP - USP, 4Centro UniversitárioBarão de Mauá de Ribeirão Preto - SP

Introdução: pacientes atendidos em situações de urgência frequentemente desenvolvem lesão renalaguda (LRA), levando à necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) através do cateter temporário de duplolúmen (CTDL), o que favorece a ocorrência de infecção. O objetivo deste estudo foi identificar a presença deinfecção do CTDL utilizados para TRS em pacientes com LRA.

Métodos: trata-se de estudo observacional, prospectivo, epidemiológico de rastreamento, realizadoem 3,5 anos, através do exame físico e análises microbiológicas dos materiais: "swab" do local de inserção doCTDL; hemocultura (hmc) do lúmen do CTDL, da veia periférica, e dos acessos venosos centrais na primeirasessão da TRS. Na retirada do CTDL foram analisadas as culturas das pontas dos cateteres e as hmc citadas.A positividade das hmc foi detectada pelo equipamento automatizado (Bactec®, Becton Dickinson) por 7 dias. Oisolamento bacteriano foi realizado em meios de culturas convencionais: Agar Chocolote (Agar Mueller Hinton

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acrescido de 10% de sangue de carneiro), Agar Mac Conkey, Agar Sangue e Agar Manitol. O sistema automa-tizado Vitek, Biomérieux® foi utilizado para análise fenotípica dos microrganismos. Os dados clínicos foramobtidos através da análise de prontuários. Foram avaliados 96 pacientes que realizaram hemodiálise na unidadede terapia intensiva de um hospital universitário. O estudo foi realizado após as aprovações do Comitê de Éticae da instituição hospitalar.

Resultados: Os resultados são referentes aos 32 (33%) pacientes que tiveram todos os exames coleta-dos, dentre os 96 pacientes: 22 (68%) eram masculinos, idade entre 17 e 86 anos; a veia de punção dos CTDLem 20 (62%) foi a femoral e em 12 (38%) jugular, tempo de permanência entre 2 e 30 dias, média de 10 dias,e o número de hemodiálises entre 1 e 17 sessões. Nos resultados da fenotipagem foram identificados fungos ebactérias Gram negativas e positivas, sendo que no dia da inserção do CTDL foram: 12 (38%) micro-organismosno "swab" da pele, 4 (12%) hmc de veia periférica, 9 (22%) hmc do CTDL, 6 (19%) hmc de cateter central e nodia da retirada do CTDL 20 (62%) na sua ponta, 5 (16%) ponta do cateter central, 12 (38%) hmc de veiaperiférica, 11 (34%) hmc de CTDL e 6 (19%) hmc de cateter central.

Foi identificada infecção da corrente sanguínea em 4 (12%) pacientes (2 por S. aureus, 1 por E.cloacae e 1 por A. baumannii). Foi identificada colonização do CTDL em 19 (59%) pacientes, sendo 7 (22%) P.aeruginosa, 6 (19%) A. baumanni, 5 (16%) K. pneumoniae, 4 (12%) S. aureus, 3 (9%) P. mirabilis, 1 (3%) F.leveduriforme, 1 (3%) E. aglomerans, 1 (3%) E. cloacae, 1 (3%) E. faecalis.

Conclusão: A infecção de CTDL em pacientes com LRA em TRS é frequente e se associa a infecção dacorrente sanguínea em parcela significativa desses pacientes. No presente estudo predominaram as infecçõespor micro-organismos Gram negativos sugerindo transmissão cruzada adquirida no ambiente hospitalar.

Bibliografia:1. Andrade D; Ferreira V. Central venous access for haemodialysis: prospective evaluation of possible complications. Journal

of Clinical Nursing, 2007, v. 16, p.414-18.2. Ikeda S; Canziani MEF. Acesso vascular para hemodiálise. In: Ajzen H; Schor N. Guias de medicina ambulatorial e

hospitalar UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Manole, 2002. p. 231-40.3. John AK. Acute kidney injury. Crit Care Med, 2008, vol. 36, n 4 (suppl.)4. Leehey DJ; Cannon JP; Lentino JR. Infecções. In: Daugirdas JT; Ing TS. Manual de diálise. 4.ed. Rio de Janeiro: Medsi,

2008. Cap. 33, p. 500-28.5. Philippe JL; Rahme E; Lelorier J; Iqbal S. Vascular Access: related infections: definitions, incidence rates, and risk factors.

American Journal of Kidney Diseases, vol 52, n 5, 2008, p 982-93.

PT.021 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA ISOLADAS DEPACIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA

Ferreira V1, Falcão JP2, Moyses-Neto M3, Martinez R1, Campioni F2, Passaglia J2, Terçariol CAS4, Costa JAC1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Faculdade de Ciências Farma-cêuticas de Ribeirão Preto - USP, 3Clínica Médica - Hospital das Clínicas da FMRP - USP, 4Centro UniversitárioBarão de Mauá de Ribeirão Preto - SP

Introdução: Freqüentemente pacientes atendidos em situações de urgência podem desenvolver lesãorenal aguda (LRA) evoluindo com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) o que favorece uma incidênciaelevada de infecção e altos índices de mortalidade. A Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria Gram negativa,que permanece como um dos mais prevalentes agentes de infecções hospitalares em todo o mundo. Seuambiente de origem é o solo, mas sendo capaz de viver mesmo em ambientes hostis, sua ocorrência é comumem outros ambientes. É um micro-organismo, ou seja, que raramente causa doenças em um sistema imunoló-gico saudável, mas explora eventuais fraquezas do organismo para estabelecer um quadro de infecção. Essacaracterística, associada à sua resistência natural a um grande número antibióticos e anti-sépticos a torna umaimportante causa de infecções hospitalares.

Objetivos: Comparar genotipicamente linhagens isoladas de Pseudomonas aeruginosa de um mesmopaciente portador de LRA em diferentes sítios, bem como linhagens isoladas de diferentes pacientes.

Casuística e Métodos: Foram utilizadas 14 cepas de Pseudomonas aeruginosa isoladas de diferentessítios em seis pacientes com LRA. A diversidade genotípica foi acessada por Pulsed-Field Gel Electrophoresis(PFGE) utilizando-se a enzima speI. Os dados foram analisados pelo programa Bionumerics 5.1 (Applied Maths)e somente bandas entre 48,5 e 533,5 kb de tamanho foram incluídos na análise. O dendrograma de similarida-de genotípica foi construído pelo método UPGMA utilizando-se o coeficiente de similaridade DICE. O estudo foirealizado após as aprovações do Comitê de Ética e da instituição hospitalar de acordo com o processo HCRP nº13662/2006.

Resultados: Dos seis pacientes analisados, três foram infectados por linhagens indistinguíveis de P.aeruginosa isoladas em diferentes sítios de infecção. Dois desses pacientes apresentaram uma linhagemgenotipicamente distinta em outro sítio de infecção com similaridade >68,5% e 62,0% com os outros isoladosdo mesmo paciente. Três outros pacientes apresentaram linhagens originárias de um mesmo clone com níveisde similaridade acima de 80,0.

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Conclusões: Os resultados demonstram que um mesmo clone de P. aeruginosa infectou um mesmopaciente em diferentes sítios sugerindo que a assistência a esses pacientes devem ser melhoradas a fim de seevitar a propagação entre sítios distintos. Também, o isolamento de linhagens com alta similaridade genotípicaem diferentes pacientes sugere que ocorreu uma possível infecção cruzada no ambiente hospitalar.

Bibliografia:Falcão JP; Falcão DP; Pitondo-Silva A; Malaspina AC; Brocchi M. Molecular typing and virulence markers of Yersinia enterocolitica

strains from human, animal and food origins isolated between 1968 and 2000 in Brazil. Journal of Medical Microbiology,v.55, p. 1539-1548, 2006.

Philippe JL; Rahme E; Lelorier J; IqbaL S. Vascular Access: related infections: definitions, incidence rates, and risk factors.American Journal of Kidney Diseases, vol 52, n 5, 2008, p 982-93.

Speijer H; Savelkoul PHM; Bonten MJ; Stobberingh EE; Tjhie JHT. Application of different genotying methods for Pseudomonasaeruginosa in a setting of endemicity in an Intensive Care Unit. Journal of Clinical Microbiology, v.37, n.11, p.3654-61,1999.

Souza RA; Pitondo-Silva A; Falcão DP; Falão JP. Evaluation of four molecular typing methodologies as tools for determiningtaxonomy relations and for identifying species among Yersinia isolates. Journal of Microbiological Methods, v. 82, p. 141- 150, 2010.

PT.022 - SIMILARIDADE GENOTÍPICA ENTRE LINHAGENS DE KLEBSIELLA PNEUMONIAE ISOLADAS DE PA-CIENTES EM TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA

Ferreira V1, Falcão JP2, Martinez R1, Moyses-Neto M3, Campioni F2, Terçariol CAS4, Passaglia J2, Costa JAC1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Faculdade de Ciências Farma-cêuticas de Ribeirão Preto - USP, 3Clínica Médica - Hospital das Clínicas da FMRP - USP, 4Centro UniversitárioBarão de Mauá de Ribeirão Preto - SP

Introdução: Freqüentemente pacientes atendidos em situações de urgência podem desenvolver lesãorenal aguda (LRA) evoluindo com necessidade de terapia renal substitutiva (TRS) o que favorece uma incidênciaelevada de infecção e altos índices de mortalidade. A Klebsiella pneumoniae é também conhecida como bacilode Frielander. É encontrada nas fezes de 30% dos indivíduos normais e em menor freqüência na nasofaringe, éuma causa importante de pneumonias, bacteremias e de infecções em outros órgãos. Sua patogenicidade estáintimamente associada á composição química da cápsula polissacarídica que amostras costumam apresentar.

Objetivos: Comparar genotipicamente linhagens isoladas de Klebsiella pneumoniae de um mesmopaciente portador de LRA em diferentes sítios, bem como linhagens isoladas de diferentes pacientes.

Casuística e Métodos: Foram utilizadas 14 cepas de Klebsiella pneumoniae isoladas de diferentessítios em seis pacientes com LRA. A diversidade genotípica foi acessada por Pulsed-Field Gel Electrophoresis(PFGE) utilizando-se a enzima XbaI. Os dados foram analisados pelo programa Bionumerics 5.1 (Applied Maths)e somente bandas entre 48,5 e 533,5 kb de tamanho foram incluídos na análise. O dendrograma de similarida-de genotípica foi construído pelo método UPGMA utilizando-se o coeficiente de similaridade DICE. O estudo foirealizado após as aprovações do Comitê de Ética e da instituição hospitalar de acordo com o processo HCRP nº13662/2006.

Resultados: Dos seis pacientes analisados, cinco foram infectados por linhagens indistinguíveis deKlebsiella pneumoniae isoladas em diferentes sítios de infecção. Um paciente apresentou uma linhagemindistinguível das linhagens de outro paciente e outra linhagem com 96% de similaridade com as demais.

Conclusões: Os resultados demonstram que um mesmo clone de Klebsiela pneumoniae infectou ummesmo paciente em diferentes sítios sugerindo que a assistência a esses pacientes devem ser melhoradas a fimde se evitar a propagação entre sítios distintos. Também, o isolamento de linhagens com alta similaridadegenotípica em diferentes pacientes sugere que ocorreu uma possível infecção cruzada no ambiente hospitalar.

Bibliografia:

Andrade D; Ferreira V. Central venous access for haemodialysis: prospective evaluation of possible complications. Journal ofClinical Nursing, 2007, v. 16, p.414-18.

Falcão JP; Falcão DP; Pitondo-Silva A; Malaspina AC; Brocchi M. Molecular typing and virulence markers of Yersinia enterocoliticastrains from human, animal and food origins isolated between 1968 and 2000 in Brazil. Journal of Medical Microbiology,v.55, p. 1539-1548, 2006.

Gauton RK. Rapid Pulsed-Field Gel Electrophoresis protocol for typing of Escheria coli O157:H7 and other Gram-negativeOrganims in 1 day. Journal of Clinical Microbiology. v.35, n.11, p.2977-80, 1997.

Ikeda S; Canziani MEF. Acesso vascular para hemodiálise. In: AJZEN, H.; SCHOR, N. Guias de medicina ambulatorial ehospitalar UNIFESP/Escola Paulista de Medicina. São Paulo: Manole, 2002. p. 231-40.

Philippe JL; Rahme E; Lelorier J; Iqbal S. Vascular Access: related infections: definitions, incidence rates, and risk factors.American Journal of Kidney Diseases, vol 52, n 5, 2008, p 982-93.

Souza RA; Pitondo-Silva A; Falcão DP; Falão JP. Evaluation of four molecular typing methodologies as tools for determiningtaxonomy relations and for identifying species among Yersinia isolates. Journal of Microbiological Methods, v. 82, p. 141- 150, 2010.

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PT.023 - PERFIL DE DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA ASMA NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NO BRASIL

Melo JA1, Moreno AS1, Ferriani VPL2, Vianna E1, Borges MC1, Roxo P2, Araujo ACS1, Mello LM3, Ferreira R4,Silva JM2, Stefanelli P2, Gonçalves MR2, Oliveira LP2, Cetlin A1, Queiroz LB1, Villela R1, Aragon DC2, ArrudaLKP1

1Departamento de Clínica Médica - Alergia e Imunologia Clínica, 2Departamento de Pediatria, 3Departamento deMedicina Social. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP; 4 Pediatria - Centro Universitário Barão de Mauá

Introdução: Apesar haver várias diretrizes disponíveis, o diagnóstico e tratamento da asma permaneceum desafio no mundo real. Nosso objetivo foi avaliar o perfil de diagnóstico e tratamento de asma entre médicose pacientes no contexto do Sistema Único de Saúde em Ribeirão Preto.

Métodos: Questionários baseados em ECRHS e ISAAC foram utilizados para avaliar a definição deasma em um grupo de 400 pacientes (109 crianças) que foram atendidos na Unidade Básica Distrital de SaúdeQuintino II, na zona Norte da cidade, com sintomas de asma, durante o mês de Julho de 2011. Um questionáriovalidado foi utilizado para avaliar o conhecimento sobre asma entre médicos e outros profissionais de saúde quetrabalham nas Unidades de Saúde do Distrito Norte. Os registros de dispesação de medicação para a asma paraUnidades de Pronto-Atendimento do Distrito Norte, e para pacientes com asma mediante prescrição médicaforam analisados no período entre agosto de 2010 e julho de 2011.

Resultados: A análise dos questionários de definição de asma revelou que 82,5% das crianças e 89%dos adultos relataram sintomas de asma nos últimos doze meses, respectivamente. Entretanto, apenas 12,8%de crianças e 21,3% dos adultos relataram ter tido asma alguma vez na vida; e 12,8% de crianças e 19,6% deadultos tiveram diagnóstico médico de asma. Entre os profissionais de saúde, Médicos, Farmacêuticos e Enfer-meiros apresentaram desempenho significativamente melhor do que profissionais Técnicos ou Agentes Comuni-tários de Saúde, com taxas médias de respostas corretas ao questionário de 84,7%, 63,2% e 57,6%, respec-tivamente. Em um ano, 835 de frascos de 20mL de Fenoterol e 2.280 frascos de 20mL de Brometo deIpratrópio foram dispensados para Unidades de Pronto-Atendimento, em comparação a 133 frascos de 10 mlde Salbutamol, em soluções para nebulização (razão F:S de 6,3). Prescrições médicas resultaram na entregade 2.876 unidades de Beclometasona spray; 3.205 unidades de Salbutamol spray; mas também de 1.782frascos de xarope de Salbutamol (120ml); 634 caixas de 30 comprimidos de Salbutamol e 1.570 caixas de 30comprimidos de Aminofilina, para os usuários dos ambulatórios do sistema público.

Conclusões: A asma é sub-diagnosticada entre pacientes que procuram tratamento por sintomas deasma no sistema público de saúde de Ribeirão Preto. O tratamento da asma em Unidades de Pronto-Atendimen-to foi realizado principalmente com Fenoterol, em associação ou não a Brometo de Ipratrópio, para nebulização.O tratamento ambulatorial incluiu prescrição de medicamentos de administração oral para a asma. O diagnós-tico e tratamento da asma pode ser melhorado neste cenário de Saúde Pública no Brasil.

Aprovação do Comitê de Ética Humana: 8228/2011

Agradecimento: Marina Mendonça Dias e Fábio Melo

Apoio Financeiro: FAPESP, CAPES, iii-INCT

PT.024 -ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO GENE DO RECEPTOR DA ALDOSTERONA E RISCO DE HI-PERTENSÃO RESISTENTE

Alves HDepartamento de Clínica Médica - Nefrologia; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A aldosterona participa no desenvolvimento das lesões vasculares observadas em pacien-tes com hipertensão arterial resistente (HAR). O bloqueio da aldosterona pela espironolactona tem grande efeitohipotensor em pacientes com HAR. Nós investigamos a associação dos polimorfismos do gene do receptor daaldosterona (NR3C2) e risco de HAR.

Métodos: Foram recrutados 74 pacientes (33 homens e 41 mulheres) portadores de HAR, definidacomo hipertensão arterial não controlada (PA>140 x 90 mmHg) em uso de 3 ou mais agentes hipotensoresdistintos, sendo um deles diurético X±EPM anos, sendo10% mulatos, 4% negros e 60% brancos.. O grupo HARfoi pareado com 74 pacientes normotensos (PA<140x90 mmHg) A investigação do genótipo NR3C2 foi feita porTaqman® para os SNPs 538A>G (rs5522) e -2G>C (rs 2070951) seguida de discriminação alélica final. O projetofoi submetido ao CEP do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão da Universidade de SãoPaulo (HC-FMRP-USP).O teste x2 foi usado para avaliar os desvios do equilíbrio de Hardy-Weinberg e a diferençade proporção entre os alelos estudados, diferenças de P valor<0.05 foram consideradas significantes.

Resultados: Não houve diferenças entre idade, distribuição de gênero e etnia entre o grupo controle eHAR. A PA no grupo HAR foi maior comparado ao controle (142/84 mmHg vs 119/76 mmHg, P<0.05). OsSNPs estudados estão em equilíbrio de Hardy-Weinberg. As freqüências alélicas dos polimorfismos do grupo

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HAR para o SNP 538A>G (FA= 0,92 e FG=0,08) assim como a para o SNP -2G>C (FG=0,46, FC= 0,54) não foidiferente do grupo controle (FA=0,91 e FG=0,09 e FG=0,45 FC=0,55, respectivamente, P<0,97 para o grupo e(P< 0,43) para o grupo controle.

Conclusão: Nossos dados mostram não haver associação entre os SNPs -2G>C e 538A>G do generelacionado ao receptor da aldosterona e o risco de HAR.

PT.025 - USO DA ABSORTOMETRIA RADIOLÓGICA DE DUPLA ENERGIA NO ESTUDO DA COMPOSIÇÃO COR-PORAL DE ATLETAS DE ELITE E DE PRATICANTES REGULARES DE ATIVIDADE FÍSICA

Buffi VB, Meliscki GA, Monteiro LZ, Foss MC, Foss-Freitas MCDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Somente em estudos mais recentes a composição corporal (CC) de atletas foi avaliadaatravés da Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DXA) e apesar de alguns estudos terem analisado adensidade mineral óssea para identificar o risco de lesões ou fraturas, são escassas as pesquisas que avaliarammassa gorda e massa magra de atletas pelo DXA (Kemmler, Europ Jour of Applied Physiol, 96: 78, 2006;Calbet JAL, Med and Sci in Sports and Exerc, 33:1682, 2001). Sendo assim, o objetivo deste estudo foi avaliaratravés do DXA, a CC da equipe de atletismo de Ribeirão Preto-SP, e compará-los com indivíduos saudáveis,praticantes regulares de atividade física (grupo controle).

Metodologia: Este estudo de abordagem quantitativa, descritiva e transversal, foi aprovado pelo Comitêde Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, através do processonúmero 1609/2011, e foi realizado em fevereiro de 2011. A amostra foi composta por 08 corredores e 15indivíduos ativos, do sexo masculino, de 18 a 29 anos. A avaliação da CC se deu por meio do DXA, realizado nocorpo inteiro. Para verificar a normalidade entre as variáveis do estudo utilizou-se o teste de normalidade W deShapiro-Wilk. Assim, os dados foram analisados através da estatística descritiva (média e desvio padrão), peloPaired-Sample T Test (Teste t para amostras pareadas). Foi utilizado o Programa SPSS versão 16.0.

Resultados: A média de idade para os atletas foi de 23,6(±4,34)anos e para o grupo controle foi de20,6(±3,56)anos, sendo que não houve diferença significativa. Com relação à CC, houve diferença significativa(p<0,05) em todos os parâmetros avaliados. Os corredores apresentaram maior densidade mineral óssea,maior massa magra e menor massa gorda quando comparados ao grupo controle. A gordura corporal nosatletas foi de 13,4(±1,82)%, enquanto que no controle foi 23,4(±3,00)%. Ao se comparar a gordura corporaldos atletas e do controle com os valores descritos na literatura para os mesmos (5 a 12% e 14%, respectiva-mente), observa-se que esses indivíduos possuem valores elevados (Wilmore, Fisiologia do esporte e do exercí-cio. 4ed, Manole, p.329, 2010). Os atletas apresentaram ainda distribuição de gordura mais homogênea,quando comparados ao grupo controle, sendo que este apresentou maior concentração em membros inferio-res. Os resultados do presente estudo vão de encontro com outro trabalho que observou melhor distribuição emenor quantidade de gordura corporal em atletas corredores, quando comparados a indivíduos saudáveis,sendo que estes apresentaram maior quantidade e maior concentração de gordura em membros inferiores(Stewart, Journ of Sports Sci, 18:262, 2000).

Conclusão: Atletas não só possuem menor porcentagem de gordura corporal, quando comparados aindivíduos ativos, mas também apresentam melhor distribuição de gordura, possivelmente devido aos efeitosbenéficos do exercício físico intenso na CC. Outros estudos utilizando DXA e atletas de elite seriam interessantespara obter um parâmetro de comparação dos resultados obtidos e para, posteriormente, auxiliar na identifica-ção de inadequações e no acompanhamento desses atletas.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA-HCFMRP USP

PT.026 - EFEITOS DA SUPLEMENTAÇÃO DE ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 EM MODELO ANIMAL DE DIABETESMELLITUS

Goncalves NB, Vidal TR, Griffo TN, Polli PG, Machado TMO, Costa MC, Foss MC, Foss-Freitas MC1Departamento de Clínica Médica - Endocrinologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O diabetes mellitus, assim como outras patologias crônicas não transmissíveis, está asso-ciado a um processo inflamatório crônico e subagudo. Os ácidos graxos poliinsaturado ômega-3 (ω3) tem sidoutilizado no controle do processo inflamatório através da regulação de fatores de transcrição como PPARs quereduzem a resposta inflamatória.

Objetivos: Avaliar os efeitos metabólicos da suplementação de ω3 em modelos animais de diabetesmellitus pela dosagem sérica de glicemia, lipidograma e mensuração do peso. Além da avaliação dos possíveisefeitos antiinflamatórios através da dosagem sérica de citocinas como TNF-α, IL-6, INF-γ e MCP-1 e a expressãoproteica de IRS-1, IRS-2, IRβ, AKT, TNF-α, IL-6 e MCP-1 em tecido adiposo branco e fígado.

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Métodos: 40 animais foram separados em quatro grupos: controle, controle+ω3, diabetes e diabetes+ω3.O estado diabético foi induzido utilizando 45mg/kg de streptozotocina. Os grupos controle+ω3 e diabetes+ω3receberam a suplementação de 3g de ω3 diariamente durante o período de dois meses enquanto os gruposcontrole e diabetes receberam a dieta padrão. O nível de significância adotado foi de p < 0,05. Este trabalho foiaprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto através do processo número 079/2011.

Resultados: O grupo diabetes+ω3 apresentou menor peso hepático em relação ao grupo diabetes(diabetes: 10,24 ±1,29; diabetes+ω3: 7,78 ±0,65*). Por outro lado, apresentou maior peso do tecido adiposoretroperitoneal e epididimal (Retroperitoneal: diabetes: 0,41 ±0,21; diabetes+ω3: 0,77 ±0,41* / Epididimal:diabetes: 1,09 ±0,34; diabetes+ω3: 1,53 ±0,51*). Além disso, entre os grupos diabetes+ω3 e diabetes, foipossível verificar uma diminuição nos valores glicêmicos (diabetes: inicial: 471,70; final: 517,40* / diabetes+ω3inicial: 482,60; final: 431,40*), triglicérides (diabetes: inicial: 75,80; final: 216,80* / diabetes+ω3: inicial:71,90; final: 89,44**) e colesterol (diabetes: inicial: 74,70; final: 91,00* / diabetes+ω3: inicial: 79,20; final:91,00**). *p < 0,05; ** p > 0,05.

Conclusão: A suplementação de ω3 foi capaz de diminuir os níveis séricos de glicemia, triglicérides ecolesterol total em animais diabéticos.

Apoio Financeiro: CNPq e FAEPA.

Bibliografia:

Bernstein H, Payne CM, Bernstein C, Schneider J, Beard SE, Crowley CL., Activation of the promoters of genes associatedwith DNA damage, oxidative stress, ER stress and protein malfolding by the bile salt, deoxycholate. Toxicol Lett1999;108:37-46.

Berridge MJ. The endoplasmic reticulum: a multifunctional signaling organelle. Cell Calcium, 2002. 32(5-6): p. 235-49.

Zhang K; Kaufman RJ, The unfolded protein response: a stress signaling pathway critical for health and disease. Neurology,2006. 66(2 Suppl 1): p. S102-9.

Zhang X., et al., Hypothalamic IKKbeta/NF-kappaB and ER stress link overnutrition to energy imbalance and obesity. Cell,2008. 135(1): p. 61-73

PT.027 - SÍNDROME METABÓLICA: RELATO DE CASO

Leme CVD1, Marchi CMG2, Pelai DB3, Loureiro AAC4, Vilela-Martin JF5

1 Médica residente em Clínica Médica, 2 Médica residente em Dermatologia, 3Médico residente em Cardiologia.Hospital de Base da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp); 4Hospital de Base da Faculdade deMedicina de São José do Rio Preto (Famerp); 5Ambulatório de Hipertensão Arterial - Hospital de Base da Faculdadede Medicina de São José do Rio Preto (Famerp)

Introdução: A síndrome metabólica (SM) é caracterizada por fatores de risco cardiovascular bemestabelecidos, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia (DLP), hiperglicemia, deposição centralde gordura, tendo como base a resistência à insulina (RI)1. Representa um dos principais desafios da práticaclínica, pois sua concomitância com doenças cardiovasculares (DCV) aumenta a mortalidade geral em cerca de1,5 vez e a cardiovascular em aproximadamente 2,5 vezes2. Portanto, a estratificação do risco cardiovascularglobal do indivíduo é importante, levando-se em consideração não somente os níveis de pressão arterial, mastambém fatores de risco presentes.

Métodos: Relata-se um caso de um paciente de 59 anos, obeso, portador de HAS, diabetes mellitus(DM) e DLP, que desenvolveu complicações cardiovasculares decorrentes de um quadro de ateromatose difusa.Não houve financiamento financeiro para realização do mesmo.

Resultados: Devido a perda de função renal progressiva e hipertensão de difícil controle, identificou-seuma estenose de artéria renal esquerda que foi submetida a angioplastia, posteriormente o paciente apresentouum quadro de acidente isquêmico transitório. Na evolução, mesmo com tratamento adequado para obesidade,HAS, DM e DLP, evoluiu com insuficiência coronariana, insuficiência arterial periférica, retinopatia, apnéiaobstrutiva do sono.

Conclusão: No presente caso, a existência da SM já classifica o indivíduo como portador de alto riscocardiovascular adicional, segundo as diretrizes brasileiras de dislipidemia e de hipertensão arterial3,4. Assim,pelo alto risco cardiovascular e por apresentar prognóstico desfavorável2,5, a SM sempre deve ser amplamenteabordada e seus elementos diagnósticos tratados. Destaca-se a importância do diagnóstico precoce pelo clínicoe do tratamento adequado dessa síndrome a fim de prevenir e minimizar suas consequências deletérias.

Bibliografia:

1- Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arq BrasCardiol. 2005;84(Supl 1):1-28;

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

2- Gang H, Pyorala K for the DECODE Study Group. Prevalence of the metabolic syndrome and its relation to all cause andcardiovascular mortality in nondiabetic European men in women. Arch Intern Med. 2004;164:1066-76.

3- IV Diretriz Brasileira sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol.2007;88(Supl 1):1-19.

4- VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2010;95(Supl 1):1-51

5- Lakka HM. The metabolic syndrome and total and cardiovascular disease mortality inmiddle-aged men. JAMA.2002;288:2709-16.

PT.028 - AVALIAÇÃO DE MELANOMAS METASTÁTICOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA: EXPERIÊNCIA DE 5ANOS

Lages RB, Vilanova CMA, Ribeiro SM, Almeida IP, Santos LG, Vieira SCUniversidade Federal do Piauí (UFPI)

Introdução: O melanoma é uma neoplasia bastante agressiva devido ao seu elevado potencial parametástases precoces, podendo até mesmo apresentar-se clinicamente como doença metastática sem evidên-cia de acometimento cutâneo primário. A localização de metástases varia em frequência e determina o prog-nóstico, podendo afetar linfonodos, tecido subcutâneo, pulmão, fígado, cérebro, ossos, coração, glândulassuprarrenais e trato digestivo. Com o presente trabalho, objetivou-se avaliar os casos de melanoma metastáticodiagnosticados em um centro de referência para tratamento de câncer, avaliando características do tumorprimário e locais mais frequentes de disseminação.

Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de todos os laudos anatomopatológicos de pacientes comdiagnóstico de melanoma metastático no Hospital São Marcos entre 2006 e 2010. As seguintes variáveis foramavaliadas: gênero, idade, procedência, tipo histológico, localização, presença de ulceração e regressão, nívelde Clark e espessura Breslow da lesão primária e sítio de metástase. Os dados foram processados no programaSPSS 19.0, realizando-se análise estatística descritiva. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética doHospital São Marcos (protocolo 4607.0.000.044-10).

Resultados: Um total de 75 casos de melanomas metastáticos foram observados, sendo 46,7% emhomens, 53,3% em mulheres e 73,3% em indivíduos com mais de 50 anos. A idade média era de 60,4 anos.Foi possível identificar a lesão primária em 30 casos (40,0%). Deles, observou-se que 18 casos eram tipohistológico nodular (60,0%), 4 eram melanoma acral (13,3%), 11 eram Clark IV (36,7%), 17 eram Clark V(56,7%), 1 apresentava espessura Breslow < 1 mm (3,3%) e 27 apresentavam Breslow > 4mm (90%). A médiada espessura da lesão primária era 15,05 mm. O sítio mais comum de metástase foram os linfonodos (66,7%).Em 25 casos houve presença de metástase para pele/tecido subcutâneo (33,3%), 7 para os pulmões (9,3%),6 para o fígado (8,0%), 3 para o sistema nervoso central (4,0%), 2 para o trato digestivo, 1 para ossos, 1 paraglândula adrenal, 1 para língua, 1 para parótida e 1 para glândula salivar.

Conclusão: Pacientes com melanoma metastático apresentavam-se principalmente com idade superi-or a 50 anos e com lesão primária avançada (níveis de Clark IV ou 5 e Breslow > 4 mm). Os sítios mais comunsde metástases foram os linfonodos, pele/subcutâneo, pulmões e fígado. O percentual de doença metastáticasem evidência de acometimento cutâneo primário foi elevado. Algumas teorias podem tentar explicar essefenômeno: lesão primária retirada cirurgicamente sem estudo histopatológico do material; histopatológico delesão primária realizado em outro centro; melanoma de sítio primário cutâneo com aparência clínica de lesãobenigna; lesão primária localizada em couro cabeludo, trato gastrointestinal, suprarrenais, meninges, retina,palato, vulva, vagina, região anorretal; lesão primária com regressão espontânea (mácula hipocrômica) devidoa fenômenos imunológicos.

PT.029 - JEJUM PROLONGADO E REALIMENTAÇÃO COM DIETAS HIPERLIPÍDICAS FAVORECEM O AUMEN-TO DO ESTRESSE OXIDATIVO E ALTERA PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS HEPÁTICOS EM RATOS WISTAR

Nassar ALS, Marot LP, Ovídio PP, Castro GSF, Jordão Jr AADepartamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O consumo de dietas hiperlipídicas está fortemente associado à síndrome metabólica,resistência insulínica e esteatose hepática não alcoólica.

Objetivos: O presente estudo visou avaliar o estresse oxidativo e o perfil de ácidos graxos incorporadosno tecido hepático de animais realimentados com dietas hiperlipídicas após restrição alimentar aguda.

Métodos: Cinquenta ratos machos Wistar foram divididos em 5 grupos e submetidos ao jejum por 48horas (Protocolo COBEA nº 012/2009). Um grupo foi sacrificado sem realimentação (SR), enquanto o grupocontrole (C) foi realimentado com a dieta padrão AIN- 93 e os demais com dietas hiperlipídicas, compostas porgordura vegetal hidrogenada ou margarina trans-free ou margarina trans-free com ω-3 e ω-6. Após esse períodoos animais foram sacrificados para determinação de MDA, catalase e ácidos graxos hepáticos.

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Resultados: Os grupos realimentados com dietas hiperlipídicas apresentaram elevação dos níveis deMDA em relação ao grupo C (p<0.001 para GVH e p<0.01 para TF e O). Já a atividade da catalase hepática foimaior nos grupos TF e O comparados ao grupo C (P<0.05 para ambos). A alteração dos níveis de MDA ecatalase hepáticos indicam aumento do estresse oxidativo nestes grupos. A análise de ácidos graxos hepáticosmostrou que houve menor concentração de 16:0 nos grupos GVH e O comparados aos C (p<0.001), SR (p<0.01para GVH e p<0.05 para O) e TF (p<0.001) e no grupo SR comparado ao grupo C (p<0.01). O grupo SRapresentou maior quantidade de 18:0 comparado aos demais grupos (p<0.001). A quantidade de ácidos graxossaturados foi menor nos grupos GVH e O em relação aos demais (p<0.001).

Conclusão: O consumo de dietas hiperlipídicas após jejum prolongado favorece o desbalanço oxidativono tecido hepático. Os ácidos graxos trans foram incorporados aos hepatócitos de modo limitado, indicando queo aumento da concentração desses ácidos graxos é regulado e exige maior tempo de consumo. O jejum é capazde alterar o perfil de ácidos graxos, aumentando a concentração de ácido araquidônico, o que sugere umpotencial efeito inflamatório decorrente da privação alimentar.

Apoio Financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Bibliografia:Sanchez J et al. Endocrinol. v.150, p 5341, 2009.Leonardi DS et al. Exp Clin Endocrinol Diabetes v. 118, p 724, 2010.

PT.030 - DOENÇA DE CROHN COM MANIFESTAÇÃO EXTRA-INTESTINAL DE PIODERMA GANGRENOSO:RÁPIDA RESPOSTA TERAPÊUTICA A IMUNOSSUPRESSORES

Lages RB, Pessoa BS, Dutra DAM, Pinto AS, Parente JMLUniversidade Federal do Piauí (UFPI)

Introdução: O pioderma gangrenoso é uma doença neutrofílica pouco frequente. Caracteriza-se porlesões cutâneas ulceradas, acometendo principalmente os membros inferiores. Sua etiologia é incerta, mas em50% dos casos encontra-se associação com outras doenças. A histopatologia é inespecífica, sendo o diagnós-tico essencialmente clínico. Imunossupressores sistêmicos constituem o padrão de tratamento, mas não sãosempre efetivos. Com o presente relato, procura-se apresentar um caso em que a terapêutica precoce comimunossupressores proporcionou rápida evolução favorável da lesão.

Métodos: Realizou-se um estudo observacional de um paciente internado para investigação diagnósti-ca na Clínica de Gastroenterologia do Hospital Getúlio Vargas-Teresina/PI. O paciente foi informado sobre oestudo e assinou termo de consentimento livre e esclarecido permitindo a sua realização.

Resultados: Homem de 31 anos foi referenciado ao nosso hospital para avaliação de extensa lesãoulcerada associada a diarréia progressiva. Ele havia sido previamente diagnosticado com Doença de Crohn há 3anos, mas não apresentava boa aderência à terapia de manutenção da remissão, evoluindo com piora progres-siva da diarreia por quatro meses, apresentando sete evacuações/dia, com muco nas fezes. Associado aoquadro, o paciente começou a desenvolver múltiplas úlceras em membros inferiores uma semana antes de serencaminhado. Uma das feridas progrediu para extensa úlcera dolorosa na perna direita, com secreção purulen-ta, impossibilitando a deambulação. O diagnóstico clínico de pioderma gangreno foi, então, realizado. Exameslaboratoriais admissionais revelaram 7.800/mm3 leucócitos (segmentados 50.0%, bastões 11.0%, linfócitos31.0%, monócitos 5.0%), 200.000/mm3 plaquetas, anemia (hematócrito = 26%), velocidade de hemossedi-mentação (VHS) de 92 mm/h, funções hepática e renal normais. A colonoscopia evidenciou aspecto calcetado,apagamento do padrão vascular submucoso, eritema, edema, friabilidade, lesões de aspecto polipoide, suges-tivo de Doença de Crohn, além de fístula perineal extensa. Iniciou-se empiricamente Ciprofloxacino, Metronidazole Oxacilina. A cultura bacteriana da úlcera foi positiva para Pseudomonas aeruginosa, sensível aos antibióticosutilizados. Para indução da remissão, iniciou-se também Prednisona 60mg/dia, Sulfassalazina 4g/dia e Azatioprina50 mg/dia, bem como preencheu-se a solicitação para recebimento de Infliximab. Em uma semana, o pacientepassou a apresentar apenas uma evacuação/dia, sem muco ou sangue. O pioderma gangrenoso tambémdemonstrou rápida regressão, possibilitando a deambulação. Após 19 dias de internação, o paciente recebeualta hospitalar, com significativa melhora, em desmame de prednisona, uso de Azatioprina 150 mg/dia eMesalazina 2,4 g/dia e aguardando a realização da primeira infusão de Infliximab.

Conclusão: Na propedêutica clínica diagnóstica de lesões ulcerosas dermatológicas, é imperativo quese proceda a avaliação sistêmica do paciente, por muitas vezes estamos diante da manifestação cutânea depatologia com acometimento primário não-cutâneo. O manejo desta afecção está intimamente atrelado aotratamento da doença de base, sendo, pois, o seu diagnóstico precoce importante para o tratamento adequadoe para a evolução favorável.

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PT.031 - ALTERAÇÕES NO METABOLISMO LIPÍDICO EM RATOS REALIMENTADOS COM ÁCIDO LINOLEICOCONJUGADO APÓS 48 HORAS DE JEJUM

Castro GSF1, Andreoli MF2, Illesca PG2, Ovídio PP1, Bernal CA2, Vannucchi H1, Jordão Jr AA1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP; 2Ciencias Biológicas - UniversidadNacional del Litoral - Argentina

Introdução: O ácido linoleico conjugado, apesar de ser capaz de diminuir a carcinogênese e a ateros-clerose em animais, não possui consenso nos efeitos gerados no fígado e no metabolismo lipídico.

Objetivos: Avaliar, em ratos submetidos à 48 horas de jejum e realimentados por 24 horas, as altera-ções provocadas por dietas ricas em diferentes tipos de ácidos graxos.

Metodologia: Quarenta ratos machos Wistar foram submetidos a jejum de 48 horas (Protocolo COBEAnº 182/2008) e realimentados por 24 horas com dietas contendo óleo de soja, rico em ácido linoleico [7% delipídios (grupo Controle - C) ou com 20% de lipídios (grupo Linoleic Acid - LA)]; ácido linoleico conjugado (grupoCLA - 37% de 18:2c9,t11-CLA e 38% de 18:2t10,c12-CLA); óleo de soja + CLA (grupo LA+CLA - 15,4% óleo desoja e 4,6% de CLA) e gordura animal (AF, 20% de banha). Após o período de realimentação, os animais foramsacrifícados para a coleta de sangue, fígado e tecido adiposo.

Resultados: O grupo realimentado com dieta rica em CLA apresentou menor peso hepático compara-dos aos demais grupos (P<0.001 para todos). Não houve diferenças no peso corporal anterior ao jejum ou apósa realimentação. O ganho de peso foi menor no grupo CLA em relação aos grupos LA, LA+CLA e AF (P<0.01para LA e P<0.05 para LA+CLA e AF). A gordura hepática foi maior no grupo LA+CLA comparado aos grupos C(P<0.01) e CLA (P<0.05) e no grupo LA comparado ao C (P<0.05). O colesterol sérico foi maior no grupo CLAem relação aos demais (C, LA e LA+CLA P<0.01 e para AF P<0.05). O grupo AF apresentou maior quantidadede TAG hepáticos que os grupos C, LA e CLA (P<0.05 para C e LA, P<0.001 para CLA). Os TAG muscularesforam maiores no AF comparado ao grupo LA+CLA (P<0.05). Nos parâmetros antioxidantes observados osgrupos LA, LA+CLA e AF apresentaram maior média de α-tocoferol hepático comparados ao grupo C (P<0.05para LA+CLA e AF e P<0.01 para LA). Em relação ao α-tocoferol sérico o grupo LA+CLA apresentou a maiormédia em relação aos demais (P<0.001) e o grupo CLA foi maior que os grupos C, LA e AF (P<0.001). Aatividade da enzima catalase no fígado foi menor nos grupos CLA e LA+CLA em relação ao grupo C (P<0.01 paraambos). Não houve diferença nas transaminases séricas e na concentração de TNF-α.

Conclusões: Neste modelo experimental, a alta quantidade de ácido linoléico conjugado ofertada nãoocasionou efeitos tóxicos como danos hepáticos e aumento do estresse oxidativo.

Bibliografia:Andreoli MF, et al. Lipids,v. 45(11), p. 1035, 2010.Letona AZ, et al. J Nutr, v. 141(8), p. 1437, 2011.

Apoio Financeiro: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

PT.032 - EXPRESSÃO DO HLA-G EM BIÓPSIA HEPÁTICA DE PACIENTES COM HEPATITE C CRONICA CO-INFECTADOS PELO HIV ESTÁ ASSOCIADA À FIBROSE GRAVE

Vilar FC1, Crispim JCO2, Martinelli ALC3, Donadi EA3, Fonseca BAL3

1Clínica Médica - Hospital das Clínicas da FMRP -USP; 2Departamento Análises Clínicas e Toxicologia - UniversidadeFederal do Rio Grande do Norte; 3Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Antígeno de leucócitos humanos G (HLA-G) é uma molécula não clássica de HLA de classeI e foi inicialmente identificado em citotrofoblasto fetal tendo como função a manutenção da tolerância maternofetaldurante a gravidez. O HLA-G inibe respostas imunológicas em diferentes níveis tendo sido correlacionado avárias condições patológicas, tais como lesões malignas, aloenxertos, doenças auto-imunes e infecções virais,como influenza, raiva, citomegalovirose, herpes, HIV e hepatites virais B e C. Nos portadores de HIV a isoformasolúvel do HLA-G é elevada em estágios iniciais da infecção. Na infecção pelo HCV as formas mais leves defibrose hepática expressam HLA-G, quando comparada a formas graves. Entretanto, a expressão do HLA-G embiópsias hepáticas de pacientes com co-infecção HCV/HIV nunca foi estudada. Para avaliar se a infecção peloHIV desempenha um papel na expressão de HLA-G em biópsias hepáticas de pacientes com infecção pelo HCV,analisamos biópsias de pacientes portadores de HCV crônico e co-infectados com HIV.

Métodos: Biópsias hepáticas e amostras de sangue obtidas de 59 pacientes cronicamente co-infecta-dos HCV / HIV foram selecionadas dos arquivos do Dep. de Patologia da FMRP-USP e revisadas por um patolo-gista especializado em doenças do fígado. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisado HC - FMRP-USP (Protocolo 4916/2010 - HCRP). Análises histológicas avalizaram grau de fibrose e o índicede atividade histológica (HAI), e avaliaram os graus de depósitos de ferro e esteatose hepática. Estudo imuno-histoquímico de HLA-G com 2 anticorpos monoclonais avaliou a magnitude da expressão do HLA-G.

Resultados: A população de estudo foi constituída na maioria por homens (76,3%), brancos (83,1%)e com média de idade de 37,7 anos. O genótipo 1a do HCV foi predominante (61,1%). O grau de fibrose

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hepática mais frequente foi F1 (41%). Atividade necro-inflamatória foi classificada como 0 a 9 em 26 pacientes(41,1%) e maior que 9 em 33 pacientes (55,9%). HLA-G foi expresso em 38 casos (64%) e foi mais frequentede acordo com a gravidade da fibrose hepática: em fases posteriores de fibrose (F3 e F4) 88% de expressão emcomparação com 53,6% nos estágios iniciais (p: 0,03). Não houve associação entre a expressão do HLA-G nasbiópsias com idade, gênero, etnia, genótipo do HCV, carga viral de HIV, depósitos de ferro ou esteatose.

Conclusão: A expressão do HLA-G em biópsias hepáticas de pacientes co-infectados HIV/HCV estápresente em fases mais avançadas de fibrose, ao contrário dos pacientes mono-infectados pelo HCV. Assim, aexpressão tardia do HLA-G está correlacionada com a pior evolução do HCV em pacientes co-infectados com HIV.

Agradecimentos: in memoriam aos Profs. Drs. José Fernando de Castro Figueiredo e Sérgio Zucoloto, que contribuíram deforma incondicional para realização deste trabalho.

PT.033 - O EFEITO DE UM BOLO ÁCIDO NO TRÂNSITO ORAL, FARÍNGEO E ESOFÁGICO EM PESSOAS NOR-MAIS

Alves LMT1, Secaf M2, Dantas RO2

1Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 2Departamento de ClínicaMédica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: A duração das fases oral, faríngea e esofágica da deglutição é influenciada pelas caracte-rísticas do bolo deglutido. Nesta investigação foi avaliada, pelo método cintilográfico, a influência de um boloácido sobre o trânsito oral, faríngeo e esofágico.

Método: Foram estudados 43 voluntários normais com idades entre 23 e 71 anos (mediana: 49 anos),21 homens e 22 mulheres. A avaliação cintilográfica da deglutição foi realizada com os voluntários sentados edeglutições de um bolo de 5ml de água (neutro, pH: 6,8), considerado como controle, e um bolo de 5mlpreparado com 3g de suco de limão concentrado diluído em 50 ml de água (ácido, pH: 3,0), ambos marcadoscom 37 MBq de 99mtecnécio ligado a fitato. O projeto da pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética emPesquisa do HCRP e da FMRP-USP em sua 236a reunião ordinária, realizada em 23 de outubro de 2006,processo HCRP n0 8343/2006.

Resultados: Não houve diferença entre o bolo ácido e bolo neutro em relação à duração do trânsitooral, faríngeo ou depuração faringea, e na quantidade de resíduos que ficaram em boca e faringe após adeglutição. Em parte proximal do esôfago a duração do trânsito e da depuração foi mais curta com o bolo ácido(trânsito: 0,85±0,07s, depuração: 1,17±0,07s) do que com o bolo neutro (trânsito: 1,09±0,11s, depuração:1,40±0,11s, p<0,04). Em parte distal a duração do trânsito e da depuração foi mais longa, e a quantidade deresíduos foi maior, com o bolo ácido (trânsito: 5,27±1,03s, depuração: 10,66±0,87s) do que o bolo neutro(trânsito: 2,50±0,63s, depuração: 6,60±0,58s, p<0,02). Em parte distal do esôfago, com o bolo ácido, houvecorrelação positiva entre a depuração e a quantidade de resíduos, o que não ocorreu com o bolo neutro.

Conclusão: A ingestão de líquido ácido, em relação a líquido neutro, causa trânsito mais rápido emparte proximal do esôfago, e trânsito mais longo em parte distal. Este trânsito longo em parte distal do esôfagoesta associado a aumento na quantidade de resíduos. Estes resultados justificam a orientação aos pacientescom doença do refluxo gastroesofágico a não ingerir alimentos ácidos.

PT.034 - ESTADO NUTRICIONAL DE PACIENTES NO PÓS-OPERATÓRIO IMEDIATO DE CÂNCER COLO-RETAL

Braga CBM1, Ribeiro SMF1, Feres O2, Rocha JJR2, Cunha SFC1

1Departamento de Clínica Médica; 2Departamento de Cirurgia e Anatomia.Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: No câncer colo-retal, os distúrbios nutricionais são evidentes apenas na ocorrência decomplicações cirúrgicas e da terapia adjuvante, ou em fases avançadas da doença. Em pacientes em pós-operatório imediato, a identificação de distúrbios subclínicos é essencial na abordagem nutricional precoce eespecializada.

Objetivo: avaliar o estado nutricional de indivíduos em pós-operatório imediato de neoplasia colo-retal.Metodologia: Participaram do estudo 34 indivíduos em pós-operatório imediato (entre 1 a 5 dias) de

ressecção cirúrgica de neoplasia colo-retal (Grupo Neoplasia) e 20 voluntários saudáveis (Grupo Controle),pareados para a idade (64±13 vs 62±9 anos), gênero e condições sócioeconômicas. A ingestão alimentar nos6 meses precedentes à cirurgia foi feita pelo questionário de freqüência semi-quantitativo de alimentos. Deter-minou-se o peso e altura (para cálculo do índice de massa corporal, IMC), impedância bioelétrica e exameslaboratoriais de avaliação clínica e nutricional. A comparação entre os grupos foi feita pelo teste t de Studentcom o software Statistica 8.0, com significância estatística de p<0,05.

Resultados: Não houve diferença no consumo diário de energia (32±13 vs 31±10 kcal/kg), proteína(1,1±0,7 vs 1,2±0,5 g/kg), entre os Grupos Neoplasia e Controle, respectivamente. Entretanto, os indivíduos

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com neoplasia colo-retal apresentavam menor consumo de vitamina B6 (1,4±0,7 vs 1,8±0,6 mg, p=0,03) evitamina C (119±93 vs 220±145 mg, p<0,01). Embora dentro dos valores de normalidade, o Grupo Neoplasiaapresentou menor IMC (25,5±4,5 vs 28,4±4,6 kg/m2, p<0,01) e massa corporal gorda (18,4±7,8 vs 26,5±9,0%peso, p<0,01). A função renal e hepática estava normal em todos os sujeitos. Em relação ao Grupo Controle, oGrupo Neoplasia apresentou menores valores de hemoglobina (11,3±2,0 vs 13,6±1,3g/dL, p<0,01), VCM(85,8±8,9 vs 94,6±4,0 fl, p<0,01), proteínas totais (6,4±0,8 vs 6,8±0,5mg/dL, p=0,04) e albumina (3,8±0,4vs 4,2±0,2 mg/dL, p<0,01). Não houve diferença estatística nos níveis séricos de zinco (80±15 vs 80±12mg/dL, p=0,94) e cobre (118±22 vs 112±20 mg/dL, p=0,37) entre os grupos de estudo.

Conclusão: Embora os pacientes em pós-operatório imediato de neoplasia colo-retal apresentem pou-cas alterações de composição corporal, a ingestão das vitaminas B6 e C é reduzida, ocorre anemia e deficiên-cia subclínica de proteínas circulantes.

Palavras-Chaves: neoplasia de colo-retal, composição corporal, ingestão alimentar, proteínas totais, albumina

Comitê de Ética em Pesquisa HCFMRP: 5158/2010Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (2010/51052-1)

PT.035 - EFEITO DA IDADE, GÊNERO, ALTURA E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL NA SUCÇÃO DE LÍQUIDO

Kubo LS1, Nascimento WN2, Dantas RO2

1Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço; 2Departamento de ClínicaMédica. FMRP - USP

Introdução: Os músculos dos lábios e da boca são importantes para o processo de sucção. O objetivo destetrabalho foi avaliar o efeito da idade, do gênero, da altura e do índice de massa corporal (IMC) na sucção de líquido.

Método: O método de avaliação consistiu na mensuração da duração do tempo de sucção continua de40 ml de água em temperatura ambiente utilizando um canudo de 6mm de diâmetro e outro de 3mm dediâmetro. Os testes foram realizados em duplicata. Foram avaliados um grupo de jovens (20-30 anos, 45homens e 45 mulheres), e um grupo de idosos (65-89 anos, 45 homens e 45 mulheres). Todos os indivíduosenvolvidos no estudo eram saudáveis e, no momento do teste, permaneceram sentados com a cabeça formandoum ângulo de 90º entre o pescoço e a mandíbula. Para verificar a reprodutibilidade do teste ele foi realizado,em um grupo de 15 sujeitos, em 4 dias diferentes. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa doHospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, em sua 319a reunião ordináriarealizada no dia 14 de março de 2011 (Processo HCRP nº 13899/2010), e todos os voluntários assinaramtermo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados: Foi observada diferença significativa no tempo de sucção entre o grupo jovem e o grupoidoso, com maior duração nos idosos. Com o canudo de menor diâmetro mulheres idosas demonstraram maiortempo de sucção do que homens idosos. Nas mulheres jovens maior IMC foi associado com maior duração dasucção. Em mulheres idosas houve uma correlação negativa entre altura e duração da sucção, o que significaque quanto maior a altura menor o tempo de sucção. A repetição dos testes nos quatro diferentes dias mostrouresultados semelhantes.

Conclusão: O processo de envelhecimento compromete a função de sucção. Esta observação foi maisevidente nas mulheres do que nos homens. A altura e o IMC influenciaram a duração da sucção somente nasmulheres.

PT.036 - DEFICIÊNCIA DE VITAMINA C DURANTE QUIMIOTERAPIA ADJUVANTE DE CÂNCER COLON/RETAL

Ribeiro SMF1, Braga CBM1, Peria FM1, Rocha JJR2, Feres O2, Cunha SFC1

1Departamento de Clínica Médica; 2Departamento de Cirurgia e Anatomia. Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto- USP

Introdução: Alguns estudos mostram que a concentração de vitamina C sérica diminui após cirurgia.Não há informações disponíveis sobre a diminuição nos níveis séricos de vitamina C durante a quimioterapiaadjuvante para neoplasia cólon/retal.

Objetivo: Comparar os níveis séricos de vitamina C em pacientes submetidos a ciclos de quimioterapiaadjuvante para câncer cólon/retal.

Metodologia: O estudo longitudinal foi conduzido em hospital universitário com 16 portadores de neo-plasia de cólon/reto em quimioterapia (Grupo Quimioterapia). Os dados foram obtidos em 4 ocasiões: antes do1º, 2º, 3º e 4º ciclos da quimioterapia. Em todas as etapas do estudo determinou-se o consumo de nutrientes,o IMC e os níveis séricos de vitamina C. O estudo incluiu 19 indivíduos saudáveis (Grupo Controle), pareados paraa idade (64±16 vs. 63±9 anos) e gênero. Utilizou-se o software Statistica 8.0, com significância estatística dep<0,05.

Resultados: Comparado com o Grupo Controle, o Grupo Quimioterapia apresentou menor IMC (23,5±5,2vs. 28,4±4,7 kg/m2), ingestão de vitamina C [90 (27-409) vs. 213 (32-562) mg] e níveis séricos de vitamina C

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(0,12±0,05 vs. 0,34 ±0,18 mg/dL) mesmo antes do início do tratamento. O consumo de vitamina C foi variávelentre os indivíduos, sem diferença estatística entre as etapas do tratamento. Em relação aos valores iniciais,houve redução nos níveis séricos da vitamina C antes do 2º ciclo (0,09±0,02 mg/dL); os níveis desta vitaminapermaneceram baixos antes do 3º (0,09±0,03 mg/dL) e 4º (0,08±0,03 mg/dL) ciclos de quimioterapia.

Conclusão: Pacientes em quimioterapia adjuvante apresentam hipovitaminose C que requer suplemen-tação e/ou orientação de consumo de alimentos fontes vitamina C.

Comitê de Ética em Pesquisa HCFMRP: 14102/2010

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (2011/07867-4)

PT.037 - RELATO DE CASO: MENINGITE INFECCIOSA EM PACIENTE COM ENDOCARDITE

Pascuotte F1, Nishida G1, Real CA2, Góngora DNV2

1Clínica Médica; 2Doenças Infectoparasitárias. Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP

Introdução: A incidência da endocardite pneumocócica não é inteiramente conhecida, já que as sériesdescritas abrangem número ainda restrito de pacientes. Na era pré-antibiótico, estima-se que o Streptococcuspneumoniae tenha sido responsável por cerca de 15% dos casos de endocardite infecciosa. Com o advento dapenicilina, houve redução para valores em torno de 1 a 3%. A infecção das vias aéreas constitui a principal rotade entrada para o desenvolvimento de endocardite pelo S. pneumoniae. Além do comprometimento pulmonar ecardíaco, as meninges são focos de afecção pneumocócica. A associação entre pneumonia, endocardite emeningite traduz a clássica tríade de Osler, descrita em 1881. Tipicamente, observa-se evolução aguda eagressiva, com elevada morbimortalidade. As complicações cardíacas e extra-cardíacas não são raras, comoinstabilidade hemodinâmica, formação de abscessos e embolização sistêmica.

Objetivos: Discriminar a diversidade na apresentação clínica da infecção estreptocócica, através derelato de caso diagnosticado de endocardite por S. pneumoniae manifestada inicialmente com meningite.

Metodologia: M.R.M., 48 anos, feminina, negra, natural e procedente de Mirassol-SP, cuidadora dolar. Antecedente de hipertensão arterial sistêmica, diagnosticada há 20 anos, com difícil controle de níveispressóricos, apresentando insuficiência renal crônica não dialítica há 5 anos. Admitida no Hospital de Base deSão José do Rio Preto-SP em 16/07/2011 com cefaléia intensa holocraniana e mialgia há 10 horas. Apóspiora da cefaléia, apresentou confusão mental e alternância entre agitação psicomotora e sonolência. Aoexame, PA= 190x120 mmHg, FC=84 bpm, FR=16 ipm, T=36ºC, Glasgow=12, sinal de Brudzinski positivo. Haviasopro cardíaco sistólico 2+/6+ em foco aórtico. Leucograma: 47.070 leucócitos/mm3 (4% bastões, 84%segmentados), PCR=22, Líquor: 3.120 leucócitos (62% neutrófilos, 25% linfócitos, 13% monócitos),proteinorraquia: 522mg, glicorraquia 25mg (glicemia: 108mg/dl). Cultura de líquor positiva para Streptococ-cus pneumoniae. TC de crânio sem alterações. Rx de tórax evidenciando cardiomegalia. Sorologias para hepa-tites B, C e HIV negativas. Duas amostras de hemocultura positivas para Streptococcus pneumoniae. Iniciou-setratamento para meningite menigocócica com ceftriaxona. Ecocardiograma transesofágico evidenciou imagemhiperecogênica em folheto direito da válvula aórtica, sugestivo de vegetação, insuficiência mitral de grau mode-rado, hipertrofia concêntrica de VE de grau importante. Durante a internação, a paciente apresentou instabili-dade hemodinâmica, sendo iniciado tratamento com teicoplanina devido a rash cutâneo após administração deceftriaxona. Apresentou boa evolução clínica e recebeu alta após 6 semanas de antibioticoterapia.

Resultados/Conclusão: Diante do quadro apresentado, enfatiza-se a importância da suspeita da asso-ciação entre endocardite infecciosa e alterações neurológicas. Tal relação pode se manifestar como processosinfecciosos (meningite, encefalite), alterações inespecíficas (encefalopatia, convulsões, cefaléia), alteraçõescerebrovasculares (acidente vascular cerebral, aneurismas micóticos).

Bibliografia:

1- Laércio Uemura. Arq Bras Cardiol,vol.76 (nº 4),315-8.2001

2- Ugolini V. Am Heart J,vol.112,813-9.1986

3- Márcio Estevão Midon. Arq Bras Cardiol,vol.97 (nº3).2011

PT.038 - DOENÇAS NEFROLÓGICAS NA UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL TERCIÁRIO

Consolo BL1, Borges CMR1, Moyses-Neto M2, Romao EA2

1Departamento Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Clínica Médica - Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: os objetivos deste trabalho são determinar o número de avaliações nefrológicas realizadasnum período de 10 anos e seu diagnóstico; caracterizar a população quanto ao sexo, patologias associadas,tratamento recebido e desfecho clínico.

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Métodos: foi feita análise retrospectiva dos prontuários dos pacientes adultos (≥ 18 anos) avaliadospela nefrologia na Unidade de Emergência (UE) do HCFMRP-USP no período de janeiro de 2000 a março de2010. Aprovação Comitê de Ética: 3499/2011.

Resultados/Discussão: foram avaliados pela nefrologia 2336 pacientes. Foram estudados 2315 pa-cientes após exclusão de 21 casos. Eram do sexo masculino 1503 (64,9%) e 812 (35,07) do sexo feminino.Receberam diagnóstico injúria renal aguda (IRA) 1735 pacientes, doença renal crônica (DRC) 340, glomerulopatia92, hiponatremia 76, hipernatremia 13, hipocalcemia 7, hipercalcemia 22, outros 30. Foram fatores associa-dos à IRA: infecção 889 casos, DRC 453, hepatopatia 202, hipovolemia 192, baixo debito cardíaco 174, pós-operatório 122, nefrotoxicidade 169, obstrução do trato urinário 108, rabdomiólise 79, isquemia 69, grandequeimadura em 24 casos. Na maioria das vezes a etiologia da IRA é multifatorial.1 O total de pacientes portado-res de Insuficiência Renal foi de 2075 (89,6%). Destes, 808 pacientes dialisaram e 1267 foram mantidos emtratamento conservador. Dentre os pacientes com fator obstrutivo 19 (17,6%) pacientes realizaram desobstruçãoimediata com resolução do quadro de IRA. Receberam alta hospitalar sem seguimento nefrológico ambulatorial1033 (44,6%) pacientes; 302 (13%) receberam alta com seguimento nefrológico ambulatorial e 980 (42,4%)pacientes foram a óbito. A taxa de mortalidade foi de 44%, 40% e 40% em cada triênio estudado. O número deinternações hospitalares de adultos na Unidade de Emergência, entre janeiro de 2000 até dezembro de 2009,foi de 91.596. Em relação a este total, a taxa de pacientes avaliados pela nefrologia foi de 2,44%. O númeromédio de avaliações por ano foi de 221,9 e em cada triênio foi de 174, 212 e 265 correspondendo a 1,94%,2,22% e 3,41% das internações hospitalares respectivamente. Estes resultados demonstram aumento no nú-mero de avaliações no decorrer do tempo compatível com a maior penetração do nefrologista no ambientehospitalar. Neste período a taxa de pacientes avaliados portadores de insuficiência renal foi de 2,17% (IRA1,81%; IRC 0,36%). Como a amostra estudada consta apenas dos casos mais graves, este trabalho não refletea real incidência de IRA dentre as internações hospitalares, mas sugere que se fossem incluídos os casosmenos graves nos quais a avaliação nefrológica não foi necessária, a incidência seria ainda maior do que aquelaencontrada por Liangos et al: 1,9% dentre cerca de 30.000.000 internações hospitalares.2 Foram a óbito 980pacientes correspondendo a 1,06% das internações hospitalares.

Conclusão: foram avaliados pela nefrologia 2,44% dos pacientes adultos internados na UE, o diagnós-tico mais prevalente foi IRA e o principal desfecho foi alta hospitalar sem necessidade de seguimento nefrológicoambulatorial.

Bibliografia:

1. Liano F, Pascual J. Kidney Int. Sep 1996;50(3):811-818.

2. Liangos O, Wald R. Clin J Am Soc Nephrol. Jan 2006;1(1):43-51.

Apoio Financeiro: FAEPA.

PT.039 - RELATO DE CASO: NOCARDIOSE PULMONAR EM PACIENTE HIV POSITIVO

Pascuotte F1, Nishida G1, Real CA2, Góngora DVN2

1Clínica Médica; 2Doenças Infectoparasitárias. Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP

Introdução: Nocardiose é infecção granulomatosa e supurativa dos tecidos, que resulta em abscessoslocalizados ou disseminados, causada por bactérias gram-positivas filamentosas, ramificadas e parcialmenteácido-resistentes do gênero Nocardia. Acomete freqüentemente pulmões, pele e sistema nervoso central. Éinfecção oportunista comum em pacientes imonucomprometidos, como os submetidos a tratamento crônicocom corticosteróides e quimioterápicos ou com deficiência da imunidade celular. Em 1888, este microrganis-mo foi pela primeira vez reconhecido como patogênico por Edmond Nocard, a partir de seu isolamento emlesões granulomatosas de bovinos em Guadalupe. Semelhanças são encontradas entre nocardiose e tuberculo-se pulmonar, tanto em aspectos clínicos quanto radiológicos, acarretando subdiagnóstico e erro no tratamentoda primeira.

Objetivos: Informar sobre subdiagnóstico de nocardiose pulmonar diante do crescimento lento dopatógeno causador em meios de cultura específicos e das semelhanças clínicas com tuberculose pulmonar.

Metodologia: A.J.L.C., 44 anos, masculino, natural de Ubarana-SP e procedente de São José do RioPreto-SP, pedreiro, etilista, tabagista e usuário de drogas ilícitas. Soropositivo HIV há 20 anos, em abandono daterapia anti-retroviral (TARV), sendo seus últimos exames CD4=83 e CV (carga viral)=2783 de setembro de2010. Sem coinfecção. Atendido no dia 04/05/2011 no serviço emergência do Hospital de Base com queixade adinamia, emagrecimento, febre diária e tosse há mais de 1 mês. Apresentava sudorese noturna, tosseprodutiva com odor fétido e hemoptoicos, dor torácica ventilatório-dependente e dispnéia progressiva nesseperíodo. Estava em regular estado geral, PA=90x60 mmHg, FC=129 bpm e FR=26 ipm. Havia linfonodomegaliacervical anterior à esquerda, de palpação indolor, consistência elástica, sem sinais flogísticos, com aproximada-mente 0,7 cm. À ausculta pulmonar, notava-se estertores crepitantes em base e terço médio à esquerda, comdiminuição da expansibilidade bilateralmente. Não havia alterações nos demais aparelhos. Rx tórax com áreas

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

de cavitação e velamentos algodonosos bilaterais difisos. Três amostras de escarro positivas em 3+/3+ parapesquisa de Bacilo álcool-ácido resistente. Devido aos aspectos epidemiológicos, apresentação clínico-laborato-rial e radiológicos foi introduzido empiricamente tratamento para tuberculose pulmonar. Após sessenta dias, asculturas das três amostras de escarro foram negativas para micobactérias e positivas para Nocardia spp.

Discussão:/Conclusão: Filogeneticamente, a nocárdia pertence à mesma ordem de Mycobacterium,Corynebacterium e Rhodococcus. A presença de ácido micólico em sua parede celular as tornam parecidas nacaracterística álcool-base resistência, diferindo das micobactérias através do tamanho de suas cadeias decarbonos . O uso de métodos genotípicos e fenotípicos facilitam essa diferenciação. Neste relato de caso, ainformação clínica associada à pesquisa de álcool-acido resistência não foi suficiente para diagnóstico, sendonecessárias as culturas. O grande desafio desse tema é conseguir um maior acesso às técnicas genotípicas efenotípicas, facilitando o diagnóstico específico.

Bibliografia:1- Ana Carina Gamboa da Silva.Radiol Bras.Vol.35(4):235-238.2002

2- Kramer MR.Chest.Vol.98:382-5.1990

PT.040 - ESTUDO DA REATIVIDADE CRUZADA IGE ENTRE INVERTEBRADOS: ALERGIA A CAMARÃO COMOMODELO

Martins TF, Moreno AS, Barbosa MCR, Arruda LKPDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Pacientes com reações alérgicas a camarão apresentam níveis elevados de anticorpos IgEpara tropomiosina. Estudos sugerem que a tropomiosina esteja envolvida na reatividade cruzada IgE entre cama-rão e outros crustáceos, e moluscos, como também entre invertebrados incluindo baratas, ácaros e parasitas.Essa reatividade cruzada IgE é provavelmente devido à alta homologia entre as tropomiosinas destes diferentesorganismos. O objetivo do presente estudo foi diagnosticar a alergia a camarão e resposta IgE a tropomiosinaem pacientes com asma e/ou rinite.

Pacientes e Métodos: Foram selecionados doze pacientes adultos com asma e/ou rinite alérgica,com idades entre 18 e 57 anos, 7 do sexo feminino, atendidos no Ambulatório de Alergia do Hospital dasClínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto que apresentaram testes cutâneos de hipersensibilidadeimediata positivos para camarão, e quatro indivíduos controle, não-alérgicos. Foi aplicado questionário sobreingestão de camarão, incluindo questões sobre existência de reações, caracterizando o tipo, intensidade, fre-quência e relação temporal das reações com a ingestão do alimento. Testes cutâneos foram realizados comextrato de camarão, constituído por mistura de camarões Litopaenaeus setiferus/Farfantepenaeus azecus/Farfantepenaeus dourarum (Greer Laboratories, USA), e extratos de ácaros e baratas. ELISA quimérico foiutilizado para quantificação de IgE anti-tropomiosina no soro dos pacientes.

Resultados: Dos 12 pacientes com testes cutâneos positivos para camarão, 4 (33,7%) nunca ingeri-ram camarão e apresentaram testes positivos para barata e ácaro; 8 (66,7%) pacientes tinham história dereações alérgicas minutos após a ingestão do alimento, incluindo sintomas cutâneos (urticária e/ou angioede-ma, eritema difuso, prurido cutâneo generalizado), respiratórios (dispnéia) e gastrointestinais (náuseas e vômi-tos). Níveis de anticorpos IgE para tropomiosina foram detectáveis em 9/12 (75%) dos pacientes, com valoresvariando entre 1,9 a 118,9 UI/mL.

Conclusão: Testes cutâneos positivos para camarão foram encontrados em pacientes com asma e/ourinite que nunca ingeriram camarão, possivelmente devido a reatividade cruzada IgE com ácaros e/ou baratas.A tropomiosina é alérgeno importante entre pacientes alérgicos a camarão. Testes de provocação oral comcamarão serão necessários para determinar se a reatividade cruzada IgE é clinicamente relevante.

Palavras chave: Asma, alergia, camarão, IgE.

Comitê de Ética Humana: 15310/2005

Apoio Financeiro: FAPESP

PT.041 - ESTUDO DA VELOCIDADE DE MARCHA E DA FORÇA DE PREENSÃO MANUAL CORRELACIONADASCOM A IDADE E O PESO CORPORAL EM IDOSOS

Carneiro JAO, Pessanha FPAS, Santos AFJ, Pfrimer K, Lima NKC, Moriguti JC, Ferriolli EDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Atualmente, a velocidade de marcha está sendo amplamente utilizada como medida preditorade incapacidade funcional em idosos. A força muscular e composição corporal também interferem na capaci-dade funcional e podem influenciar indiretamente na velocidade de marcha.

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Objetivo: Correlacionar a velocidade de marcha (VM) e a força de preensão manual (FPM) com a idadee o peso corporal em idosos, separados por gênero.

Métodos: Foram incluídos 315 idosos (207 mulheres) residentes no município de Ribeirão Preto/SP,participantes da Rede de Pesquisa sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros, REDE FIBRA, 2009. O peso corporalfoi mensurado usando uma balança digital e a altura um estadiômetro em barra vertical. A velocidade demarcha foi avaliada usando o teste de 4,6 metros, onde os idosos foram orientados a caminharem no seu ritmohabitual. A força de preensão manual foi avaliada usando um dinamômetro hidráulico (Jamar), sendo realizadastrês medidas no braço dominante e a média utilizada para análise. Para análise estatística foi usados média,desvio padrão e o teste de correlação de spearman, utilizando pacote estatístico SPSS 16.0.

Resultados: A média de idade foi 73,86±6,4 e 73,4±6,5 anos, o peso corporal 64,8±14,1 e 74,4±14kg, a FPM 18,87±6,03 e 30,19±8,8 kgf e a VM 1,04±0,2 e 1,19±0,2 m/s para mulheres e homens, respec-tivamente. Os valores das correlações foram: VM vs idade, r = - 0,35; p< 0,01 e r= - 0,22; p= 0,02; VM vs peso,r= 0,04; p=0,48 e r= - 0,11; p=0,21; FPM vs idade, r = - 0,34; p< 0,01 e r= - 0,38; p< 0,01; FPM vs peso, r =0,29; p< 0,01 e r= 0,22; p= 0,02 e VM vs FPM, r = 0,32; p< 0,01 e r= 0,17; p= 0,06 para mulheres e homens,respectivamente

Conclusão: Com estes resultados podemos inferir que o aumento da idade está relacionado a pioresdesempenhos no teste de VM e na FPM e o peso corporal pode está relacionado com aumento da forçamuscular de idosos. A VM e a FPM tiveram uma correlação positiva nas mulheres.

PT.042 - MUTAÇÃO NO GENE DO FATOR XII DA COAGULAÇÃO COMO CAUSA DE ANGIOEDEMA HEREDITÁ-RIO TIPO III: PRIMEIRA DESCRIÇÃO EM UMA FAMÍLIA BRASILEIRA

Moreno AS1, Valle SOR2, França AT2, Levy SA2, Monnier N3, Lunardi J3, Ponard D3, Campos WN1, ArrudaLKP1

1Departamento de Clínica Médica - Alergia e Imunologia Clínica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP;2Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ, 3Universidade Joseph-Fourier - França

Introdução: Angioedema é condição clínica caracterizada por edema localizado da derme e tecidosubcutâneo, e manifesta-se por episódios de edema facial, genital ou de extremidades, dor abdominal, e edemade laringe podendo levar a morte por asfixia. Mutações nos genes que codificam o Inibidor de C1 (SERPING1) eo Fator XII da Coagulação (F12) são causas de Angioedema Hereditário (AEH). O Angioedema Hereditário tipo IIIfoi inicialmente descrito em mulheres, sendo influenciado por exposição a estrógeno, entretanto pode acometertambém homens. Pacientes com AEH tipo III apresentam concentrações normais do inibidor de C1 (C1-INH),com função normal, além de níveis normais de C4 sérico. Nosso objetivo foi descrever características clínicas egenéticas de pacientes com HAE tipo III em uma família brasileira.

Métodos: Uma paciente de 26 anos, sexo feminino, com história de episódios recorrentes de angio-edema foi avaliada. Dosagens de C1-INH e C4 no soro foram realizadas por nefelometria. DNA genômico foiisolado de sangue total da paciente, de seu pai e de tia paterna que apresentaram ataques recorrentes deangioedema, e de tio materno sem história de angioedema. PCR foi feita com 50 ng de DNA genômico usandoprimers específicos para amplificar fragmento de 867 pb do éxon 9 do gene do Fator XII da coagulação (F12).O produto de PCR foi purificado e sequenciado.

Resultados: Os sintomas da paciente caso-índice de AEH tipo III iniciaram aos 17 anos, com episódiosde edema de extremidades, face, língua, lábios, laringe e genitais, dor abdominal, ascite e dispnéia. Episódiosocorreram uma vez por mês com intensidade grave, sendo desencadeados por estresse, intercurso sexual econtraceptivos orais. O diagnóstico foi feito aos 26 anos, e os sintomas foram controlados após a suspensão decontraceptivo oral. Concentrações de C1-INH e C4 foram normais em pelo menos duas ocasiões. Análise gené-tica revelou uma mutação missense no exon 9 do gene F12, caracterizada pela substituição de uma adenina porcitosina na posição 983 (c.983C> A). Esta mutação, inicialmente identificada em pacientes Europeus com AEHtipo III, causa a substituição do amino ácido Treonina por Lisina. É designada como p.Thr309Lys (proteinamadura) ou p.Thr328Lys (proteina total) e leva à produção de Fator XII da cagulação anormal. Dois outrosparentes paternos que apresentavam episódios de angioedema tinham a mesma mutação genética, enquantoque o parente materno assintomático não apresentou a mutação.

Conclusões: Neste estudo, demonstramos pela primeira vez no Brasil a presença de mutação genéticano gene do factor XII como uma causa de AEH tipo III.

Aprovação do Comitê de Ética Humana: 1594/2009

Agradecimento: Marina Mendonça Dias

Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP, iii-INCT

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PT.043 - ANÁLISE DO ESTRESSE OXIDATIVO E DO PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS HEPÁTICOS EM RATOSALIMENTADOS COM DIETA RICA EM GORDURA SATURADA E CLA

Holland H, Bezan PN, Castro GSF, Ovidio PP, Jordão Jr AADepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: A suplementação com ácido linoléico conjugado (CLA) é utilizada atualmente com o intuitode perda de tecido adiposo e ganho de massa muscular. Contudo, ainda são necessários mais estudos sobreseus efeitos no perfil de ácidos graxos e no estresse oxidativo.

Material e Método: Ratos machos Wistar foram divididos em quatro grupos de 10 animais de acordocom as dietas experimentais: Controle (C, dieta AIN-93, contendo 7% de óleo de soja), CLA (4% de óleo de sojae 3% de CLA); Saturada (SAT, 45% de banha), e Saturada + CLA (42% de banha e 3% de CLA). Todas as dietasforam baseadas no preconizado pela American Institute for Nutrition para roedores (AIN-93). O trabalho foiaprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa Animal da FMRP (Protocolo COBEA nº 050/2011).

Inicialmente passaram por uma fase de adaptação de sete dias, seguida por 30 dias de períodoexperimental. Posteriormente foram sacrificados por decapitação, sendo coletados o sangue e o tecido hepáti-co. As análises realizadas foram: o perfil de ácidos graxos e as concentrações de Substâncias Reativas ao ÁcidoTiobarbitúrico (TBARS), de α-tocoferol e de GSH.

Resultados: O CLA associado à dieta hiperlipídica promoveu apenas a diminuição do 18:0 em relaçãoao grupo que recebeu a dieta rica em gordura saturada (p<0,05). Já os animais do grupo CLA, quando compa-rados aos do grupo C, mostraram um aumento dos ácidos graxos saturados (SFAs) e dos ácidos graxos ômega-3(n-3) (p<0,05) e diminuição das concentrações de ácidos graxos monoinsaturados (MUFAs) (p<0,05), deácidos graxos poli-insaturados (PUFAs)(p<0,05) e de ácidos graxos ômega-6 (p<0,05). Além disso, foram obser-vados no grupo SAT+CLA valores menores de SFAs e de n-3 e valores maiores de MUFAs em relação aosencontrados no grupo CLA (p<0,05). O isômero c9,t11 foi mais incorporado do que o t10,c12 sendo que osanimais que receberam dieta normolipídica com CLA mostraram maior incorporação de ambos (p< 0,05).

Com relação ao estresse oxidativo, o CLA associado à dieta rica em gordura saturada diminuiu asconcentrações de α-Tocoferol sérico e de TBARS (p<0,05), enquanto na dieta padrão a suplementação comCLA não levou a alterações nesses parâmetros. No entanto, a dosagem de α-Tocoferol hepática estava elevadanos grupos que receberam dieta hiperlipídica, sendo que a adição de CLA não promoveu mudanças (p<0,05).Não foram observadas variações significativas nos valores de GSH.

Conclusão: A suplementação com o CLA mostrou interferir nos marcadores de estresse oxidativo e noperfil de ácidos graxos hepático. A oferta desse ácido graxo concomitante a uma dieta hiperlipídica apresentadiferentes efeitos quando comparada a uma dieta padrão.

Bibliografia:

Nagao K et al. J Nutr. V. 135(1), p. 9, 2005.

Andreoli MF et al. Lipids v. 45(11), p. 1035, 2010.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.

Agradecimentos:Aos técnicos do Biotério do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto-USP, Adalberto Verceze, Maurício Arantes e Roni Charles Fabbris, pelo apoio técnico e auxilio na manu-tenção e cuidado com os animais.

PT.044 - VIA WNT CANÔNICA E NÃO CANÔNICA EM TUMORES ADRENOCORTICAIS ADULTOS E PEDIÁTRI-COS

Mermejo LM1, Leal LF2, Colli LM1, Martinelli Junior CE2, Moreira AC1, Tone LG2, Scrideli CA2, FragosoMCBV1, Latronico AC1, Tucci S3, Ramalho LN4, Antonini SR2, Castro M1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Puericultura e Pediatria, 3Departamento de Cirurgia e Anato-mia, 4Departamento de Patologia e Medicina Legal. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Anormalidades na via canônica da β-catenina tem sido descritas em tumores adrenocorticais(TAC), porém o papel da via não canônica ainda é desconhecido.

Objetivos: Avaliar a presença de mutações dos genes CTNNB1 e TP53 e a expressão de genes da viaWnt canônica e não canônica em TAC adultos e pediátricos correlacionando-as com o desfecho clínico.

Métodos: Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do HCFMRP-USP, processo 5271/2007.Avaliou-se a presença de mutação nos genes TP53 e CTNNB em 91 pacientes com TAC (65 crianças e 26adultos) por seqüenciamento direto e, em 46 TAC (21 pediátricos e 25 adultos) avaliou-se por qPCR a expressãode 30 genes das vias Wnt canônica e não canônica. GUSβ, TBP e ACTB foram utilizados como controlesendógenos e 8 adrenais normais como controles. As expressões das proteínas β-catenina e P53 foram avaliadaspor imunoistoquímica.

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Medicina (Ribeirão Preto) 2012;45 (Supl. 1): 7-78http://www.fmrp.usp.br/revista

IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

Resultados: Mutações no gene CTNNB1 foram encontradas em uma maior incidência (p=0,008) emadultos (8/26=31%) do que em crianças (5/65=7,7%). Por outro lado, a mutação P53 p.R337H foi encontra-da em uma maior incidência (p<0,0001) em crianças (57/65=87,7%) do que em adultos (8/25=32%). Amortalidade foi maior nos adultos que apresentaram a mutação P53 p.R337H (p=0,007) e maior nas criançasque apresentaram mutações no gene CTNNB1 (p=0,02). Comparado aos controles, TAC pediátricos apresenta-ram hipoexpressão de genes inibidores da via Wnt: DKK3 (p<0,0001), AXIN1 (p=0,04); do gene-alvo MYC(p=0,006); do efetor da via TCF7 (p=0,005) e do ligante ativador WNT4 (p=0,009) e TAC adultos apresentaramhipoexpressão dos genes DKK3 (p=0,01), MYC (p=0,05) e TCF7 (p=0,03). DKK3, SFRP1 e WNT4 foramhipoexpressos nos TAC pediátricos comparados aos adultos (p=0,009; 0,001 e 0,006; respectivamente). Comrelação à via não canônica, comparados aos controles, houve hiperexpressão do ligante ativador WNT5A nosTAC pediátricos (p=0,03) e adultos (0,007), do efetor da via MAPK8 (p=0,02 e 0,02; respectivamente) ehipoexpressão do intermediário da via do cálcio CAMK2A (p=0,01 e 0,07) e do mediador de sinal ativadorPRICKLE (p=0,01 e 0,01). Não houve diferença na expressão gênica nesta via entre os TAC pediátricos eadultos. Acúmulo forte e/ou moderado de β-catenina foi observado em 74% e de P53 em 43% dos 23 TACpediátricos e em 85% e 92%, respectivamente, dos 13 TAC adultos analisados.

Conclusões: Mutações nos genes CTNNB1 e P53 p.R337H correlacionaram-se a um pior prognósticoem crianças e adultos, respectivamente. Nossos dados de expressão gênica evidenciam anormalidades nas viasWnt canônica e não canônica na tumorigênese adrenocortical em crianças e adultos.

Apoio Financeiro: FAPESP (2008/09276-0)

PT.045 - INSUFICIÊNCIA RENAL EM PACIENTE COM PROLAPSO UTERINO

Pascuotte F1, Tokuda BM2, Ribeiro MNC3, Lima EQ2, Furquim SSRAL1

1Clínica Médica, 2Nefrologia, Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP

Introdução: Prolapso uterino é a descida do útero pelo interior do canal vaginal em diferentes grausdevido ao enfraquecimento de estruturas abdominais de sustentação. Ocorre por aumento da pressão intra-abdominal, déficit de estrógenos, danos neurológicos e em multíparas com partos vaginais ou após menopausa.De 30 a 40% das pacientes com prolapso uterino completo desenvolvem uropatia obstrutiva, insuficiência renal,calculose e infecções do trato urinário, principalmente por Escherichia coli. Insuficiência renal crônica secun-dária a prolapso uterino é incomum e subdiagnosticada, pois parte da população feminina apresenta dificulda-des psico-culturais no acompanhamento preventivo ginecológico.

Objetivo: Relatar caso de insuficiência renal crônica e ureterohidronefrose em paciente com prolapsouterino grau III

Metolodogia: M.L.S.A., 83 anos, feminina, branca, doméstica, natural e procedente de José Bonifácio-SP, católica, casada, multípara, sem comorbidades conhecidas, foi admitida em janeiro/2012 com náuseas,tonturas e vômitos há 1 dia, além de queda do estado geral, astenia, sonolência e dispnéia. Exame físicorevelava regular estado geral, PA=150x80 mmHg, FC=94 bpm, FR=26 ipm, T=36ºC, SatO2=90%; Glasgow=13;roncos pulmonares difusos e sibilos expiratórios; edema de membros superiores e inferiores 2+/4+. À inspeçãogenital, havia prolapso uterino grau III (quase toda a extensão do útero se apresentava externamente à vulva).Sem alterações nos demais aparelhos. Exames iniciais evidenciaram Hb=12,1, Ht=36,5, leucócitos= 13.150-segmentados=82%, PCR=6,57, acidose (pH=7,19; pCO2=24; pO2=93; HCO3-=8,8; SatO2=95%), Na+=151 mEq/L, Uréia=208 mg/dL, Creatinina=8,6 mg/dL), cálcio total=8,4 mEq/L, fósforo=7 mEq/L. Urina I, potássio emagnésio séricos normais. Rx de tórax com aumento da área cardíaca e infiltrado peri-hilar bilateral. US de rinse vias com aumento da ecogenicidade do parênquima renal e dilatação ureteropielocaliciar bilateralmente, semvisualização do possível fator causal. Iniciou-se tratamento para pneumonia com Cefepime, hidratação, reposi-ção de bicarbonato de sódio e passagem de sonda vesical, com boa diurese e melhora clínica e da azotemia(Ur=136; Cr=3,1). Na ocasião, a paciente não apresentava condições clínicas satisfatórias para correção doprolapso uterino. Urocultura positiva para Escherichia coli (sensível à Cefepime). Duas hemoculturas negativas.Aproximando-se o fim da antibioticoterapia, houve melhora da função renal (Cr=2,0; Ur=88), de distúrbios(Na+=142; K+=3,6; pH=7,39; HCO3-=17) e da leucocitose. No entanto, reiniciaram-se os picos febris diários.Urocultura de controle positiva para Enterobacter spp, sensível à Piperacilina+Tazobactam, havendo substitui-ção do antibiótico. Contudo, diante da persistência de distúrbios hidroeletrolíticos refratários à correção, apaciente evoluiu a óbito no final de janeiro/2012.

Conclusão: Desenvolvimento de insuficiência renal crônica secundária à ureterohidronefrose por prolapsouterino é incomum, sendo observada principalmente em mulheres com menor grau de escolaridade, baixarenda familiar e com acesso restrito aos meios de informação e aos programas de saúde, acarretandosubdiagnóstico e retardo no tratamento de tais patologias.

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Bibliografia:

1- R. Peces. NEFROLOGÍA. Vol.XXV (nº2).2005

2- Febrasgo. Uroginecologia e Cirurgia Vaginal. 2009

PT.046 - PARÂMETROS HEPÁTICOS DE RATOS WISTAR ALIMENTADOS COM UMA DIETA HIPERLIPÍDICAENRIQUECIDA COM CLA

Bezan PN, Holland H, Castro GSF, Ovidio PP, Jordão Jr AADepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: Atualmente o ácido linoléico conjugado (CLA) é usado como suplemento para perda demassa gorda e ganho de massa magra. Entretanto, as consequências hepáticas do CLA ainda não estão total-mente esclarecidas.

Material e Métodos: Este trabalho foi aprovado pela Comissão de Ética em Pesquisa Animal da FMRP,número 050/2011. Foram utilizados 40 ratos machos da linhagem Wistar, divididos em quatro grupos com 10animais: Controle (C, dieta AIN-93), CLA (4% de óleo de soja e 3% de CLA); Saturada (SAT, 45% de banha), eSaturada + CLA (SAT+CLA, 42% de banha e 3% de CLA). Todas as dietas foram baseadas na AIN-93.

A primeira semana foi para adaptação à dieta e ao ambiente, em seguida foi iniciado o período experi-mental de 30 dias, sendo feito o controle da temperatura e do regime de claro-escuro. O sacrifício foi realizadopor decapitação, sendo retirado fígado e sangue.

Os parâmetros hepáticos analisados foram: histologia, gordura total, colesterol total, triglicérides e astransaminases aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT). Os resultados foram subme-tidos à análise estatística de variância one-way com pós-teste de Tukey, considerando p<0,05 como nível designificância.

Resultados: A análise histológica mostrou aumento de esteatose e de corpúsculos de mallory nosanimais que receberam dietas ricas em gordura saturada (grupos SAT e SAT+CLA) comparados com os quereceberam dieta normolipídica (grupos C e CLA) (p<0,05) sem que houvesse alterações com a adição de CLA.

Os animais dos grupos SAT e SAT+CLA apresentaram maiores valores de gordura total e triglicérideshepáticos quando comparados aos dos grupos C e CLA (p<0,05). Além disso, o grupo SAT+CLA apresentouaumento nos triglicérides em comparação ao grupo SAT (p<0,05). Com relação ao colesterol total, houveaumento no grupo SAT+CLA em comparação ao grupo CLA (p<0,05).

A enzima AST estava elevada no grupo CLA em relação aos grupos C e SAT+CLA (p<0,05). Já a ALTmostrou maior valor no grupo CLA em relação ao C (p<0,05).

Conclusão: A suplementação de CLA não promoveu alterações histológicas no fígado. Entretanto emrelação aos parâmetros bioquímicos foi observado que a oferta de CLA isolada está relacionada ao aumento dasenzimas AST e ALT, indicativas de dano hepático. No entanto, a dieta enriquecida com CLA associada a umadieta hiperlipídica não mostrou aumento das enzimas hepáticas, mas promoveu acúmulo de triglicérides nestetecido.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.

Bibliografia:

Wang YW et al. Int J Obes Relat Metab Disord. V. 28(8), p. 941, 2004.

Bhattacharya A et al. J Nutr Biochem. V. 17(12), p. 789, 2006.

Stringer DM et al. Biochim Biophys Acta. v. 1801(12), p. 1375, 2010.

Agradecimentos:Aos técnicos do Biotério do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão

Preto-USP, Adalberto Verceze, Maurício Arantes e Roni Charles Fabbris, pelo apoio técnico e auxilio na manu-tenção e cuidado com os animais.

PT.047 - MACROAMILASEMIA: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PANCREATITE RELATO DE UM CASO

Fernandes LO1, Yassoyama K2, Josepim EFB1, Bartolomeu CA1, Carrinho LM1, Lucena GS1

1Universidade Camilo Castelo Branco; 2Médico com especialização em Cirurgia Geral e Gastroenterologia

Introdução: Macroamilasemia é uma situação não patológica que ocorre em até 9,6% de pacientescom aumento de amilase sérica. Formada pela interação entre amilase e proteína, compõe um complexo dealto peso molecular impossibilitado de ter filtração glomerular.

Objetivo/Método: Com o objetivo de atentar o clínico para um diagnóstico diferencial de pancreatite,este estudo é um relato de caso de um paciente com 28 anos, admitido em um hospital de pequeno porte emOuroeste, no interior de São Paulo, que apresentou resultados progressivos de amilasemia e história clínica não

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compatível com a moléstia. Seu quadro clínico foi composto por dor hipogástrica, tipo cólica e de moderadaintensidade, acompanhada de febrícula e estabilidade hemodinâmica.

Resultados: Além da dosagem de amilase sérica, que em um dos resultados foi de até 2218 U/L, foirealizado demais exames laboratoriais como leucometria, prova de função hepática e renal, assim como tam-bém USG e CT de abdome, sem alterações comprobatórias patologicamente. Já hospitalizado por 12 dias comdieta zero, estável e com controle dos sintomas com analgésicos de baixa potencialidade, o paciente recebeualta hospitalar, mesmo sem normalização dos níveis amilasémicos. Após 30 dias, realizou eletroforese de amilase,feito no laboratório Balagué Center, em Barcelona, constatando a presença de macroamilasemia. Atualmente,o paciente encontra-se assintomático, porém seus níveis de amilase se mantém altos.

Conclusão: De causa ainda desconhecida e pouco descrita na literatura, a importância do conheci-mento de macroamilasemia para o médico clínico é justificada principalmente pelo diagnóstico diferencial depancreatite, para uma posterior correta avaliação e conduta, sem submeter o paciente a procedimentos desne-cessários como o jejum prolongado e tempo de internação, como no caso apresentado, gerando mais stress aopaciente.

Bibliografia:

Munoz JED; Alvarez LFC; Fernandez JM. Macroamilasemia: actualizacíon e importancia clinica. Revista Clinica Espanhola.Guadalajara, v.184, n. 8, p. 431-434, 1989.

Calvet JD; Cano JJS; Marin AS; Peres JS; Saiz FG; Llusa NB; Dejardin DC. La macroamilasemia em El diagnostico diferencialde la pancreatite aguda. Revista Clinica Espanhola. Reus, v. 199, n. 7, pag. 440-441, 1998.

Vallejo EA. La macroamilasemia, um hecho bioquímica de etiologia desconocida. Revista Espanhola de Enfermidades doAparelho Digestivo. v. 74, n.5, p. 543, 1988.

Alvares FC; Munoz ED; Calvo JG; Albert AMG; Martinez JM; Rodriguez AH; Fernandez JM. Macroamilasemia em nuestromedio: estúdio clinico y aportacion de diez casos obtenidos prospectivamente. Revista Clinica Espanhola. Guadalajara,v.183, n. 2, p. 57- 60, 1988.

Klonolf DC. Macroamylasemia and other immunoglobulincomplexed enzyme disorders. The Western Journal of Medicine. v.133, p. 392-407, 1980.

Atlanasio A; Castellaro L; Rizzotti P; Marini M; VidaL M. Macroamilasemia o pancreatite? Un problema diagnostico. MinervaMed. Verona, v.78, n.18, p. 1347- 1351, 1987.

PT.048 - DESENVOLVIMENTO DA LEITURA E ESCRITA EM CRIANÇAS SOROPOSITIVAS PARA O HIV

Granzotti-Guedes RB1, Domenis DR1, Takayanagui OM2

1Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMRP-USP, 2Departamento de Neurociências e Ciências doComportamento, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: Dentre as formas de transmissão do HIV para crianças a principal é a transmissão vertical,de mãe para Filho; sendo que a evolução clínica da Aids nessa população apresenta diferenças notáveis emrelação aos adultos. Nas crianças a infecção parece ser mais agressiva, com período de latência mais curtoentre a contaminação e o aparecimento dos sintomas além de uma sobrevida menor após o surgimento dossintomas. As principais alterações neurológicas estão associadas à encefalopatia progressiva que afeta de 30%a 90% das crianças causando déficits em diversas áreas como nas funções motoras, de fala, linguagem,memória e aprendizado. O desenvolvimento da linguagem escrita é visto como uma extensão do desenvolvimentoda linguagem oral, mas diferentemente deste necessita de uma estimulação formal. Para seu aprendizado énecessário o domínio da linguagem, capacidade de simbolização, condições internas - biológicas, e condiçõesexternas - estímulos do meio capazes de eliciar respostas ativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvol-vimento da leitura e escrita em crianças soropositivas para o HIV e verificar a associação entre as alterações eos marcadores imunológico, virológico e a classificação clínica da Aids.

Métodos: Para o desenvolvimento do projeto o mesmo foi aprovado pelo CEP-HCRP processo no 2152-2010. A amostra foi composta por 26 crianças soropositivas para o HIV, adquirido por transmissão vertical,com idades variando entre sete e treze anos, de ambos os sexos e que fazem seguimento na pediatria daUnidade Especial de Tratamento de Doenças Infecciosas HCFMRP-USP. Para a avaliação da leitura e da escritafoi utilizado o TDE: Teste de Desempenho Escolar. No sub teste de escrita foi solicitado inicialmente que acriança escrevesse seu nome, em seguida foi feito um ditado de palavras, já no sub teste de leitura o examina-dor apresentou a Folha Estímulo com as palavras a serem lidas pelo examinado; cada resposta correta equivaliaa um ponto. A pontuação total foi comparada com os parâmetros de normalidade do teste de acordo com asérie escolar frequentada pela criança e classificada como adequada ou inadequada. Foi realizada uma analiseestatística entre os resultados obtidos e aos critérios clínicos de classificação da doença, o perfil imunológico eà carga viral.

Resultados: Na avaliação de leitura 22 (84,6%) crianças apresentaram desempenho inferior ao espe-rado. Quando comparamos os resultados obtidos com as características clínicas (p=0,120), estado imunológi-

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co (p=0,11) e carga viral (p=0,24) não encontramos diferença estatística significativa. Na avaliação de escrita23 (88,5%) apresentaram desempenho inferior ao esperado e associando esse desempenho com a classifica-ção clínica da Aids (p=0,129), perfil imunológico (p=0,112) e carga viral (p=0,209) não observamos diferençaestatisticamente significativa.

Conclusão: As crianças infectadas pelo HIV constituem um grupo de alto risco para alterações delinguagem escrita, mas não encontramos associação estatisticamente significativa entre essas alterações e agravidade do quadro clínico ou o perfil imunovirológico da Aids. um grupo de alto risco para alterações delinguagem escrita, mas não encontramos associação estatisticamente significativa entre essas alterações e agravidade do quadro clínico ou o perfil imunovirológico da Aids.

PT.049 - DISTROFIA MUSCULAR DE CINTURAS E DISFAGIA: ESTUDO DE UM CASO

Domenis DR1, Granzotti-Guedes RB1, Dantas RO2

1Centro de Reabilitação do Hospital das Clínicas da FMRP-USP; 2Departamento de Clínica Médica da Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto- USP

Introdução: As distrofias musculares de cinturas são definidas como um grupo de doenças musculareshereditárias, progressiva, com predomínio proximal da fraqueza muscular. Podem acometer ambos os sexos,com instalação dos primeiros sintomas nas três primeiras décadas de vida e progressão bastante variada.Segundo a literatura os distúrbios de deglutição, também conhecidos como disfagia, não são um sintomacomum nesse grupo de doenças. O objetivo do presente trabalho é a apresentação de um caso de um pacientecom diagnóstico de distrofia muscular de cinturas e disfagia grave.

Métodos: Para o desenvolvimento do projeto o mesmo foi aprovado pelo CEP-HCRP processo no 2390/2011. O paciente do estudo foi encaminhado pela equipe da neurologia para a fonoaudiologia sendo do sexomasculino, 54 anos de idade, com queixas de dificuldades de engolir sólidos e engasgos frequentes com líqui-dos. Foi realizada avaliação clínica e videofluoroscópica da deglutição, além de aplicação de protocolo especí-fico de qualidade de vida em disfagia.

Resultados: No histórico paciente apresentou duas pneumonias nos últimos meses, permanecendoinclusive internado. Na avaliação clínica foram observadas fraqueza na musculatura orofacial de língua e lábios,deglutições múltiplas, além de engasgos para o líquido. Na videofluoroscopia paciente apresentou alteraçõespara todas as consistências avaliadas (pastoso, sólido e líquido) tanto em fase oral como em fase faríngea, compenetração e aspiração laringotraqueal para o líquido tanto em volume livre como controlado. No protocolo dequalidade de vida paciente apresentou pontuação abaixo da esperada, principalmente no item relacionando ainfluência da disfagia na vida social.

Conclusão: A disfagia pode estar presente em pacientes com distrofias musculares de cinturas, deven-do tal sintoma ser melhor investigado pela equipe multiprofissional, pois seu diagnóstico precoce pode evitarcondições clínicas desfavoráveis como desnutrição, desidratação e infecções respiratórias, reduzindo o riscode morte e melhorando a qualidade de vida desses pacientes.

PT.050 - MIGRÂNEA HEMIPLÉGICA ESPORÁDICA PROLONGADA, ASPECTOS CLÍNICOS E DE RESSONÂNCIAMAGNÉTICA: RELATO DE CASO

Bartolomeu CA1, Carrinho LM1, Fernandes LO1, Josepim EFB1, Lucena GS1, Fantini PR2, Fantini FGMM3,Sano RS4

1Unicastelo - Medicina; 2Neurocirurgião - Santa Casa Misericórdia Fernandópolis - SP, 3Neurologista/Neurofisiologista, Santa Casa Misericórdia Fernandópolis - SP; 4Radiologista - Centro de Diagnóstico por Imagem -Fernandópolis-SP

Introdução: Migrânea Hemiplégica (MH) uma forma de apresentação rara da enxaqueca com aura,associada a déficits motores unilaterais e mutações no gene CACNA 1A. Ocasionalmente, o déficit sobrepõe acefaléia, persistindo por alguns dias, tornando-se necessário o diagnóstico diferencial com acidente vascularencefálico. Encontramos na Ressonância obtida por difusão e perfusão, uma ferramenta importante na condutaao paciente.

Método: Destacar aspectos clínicos e de imagem em um caso de Migrânea Hemiplégica.Relato de caso: Mulher, 17 anos, com história de migrânea desde os 12 anos de idade, sem antece-

dentes familiares. Aos 15 anos, apresentou primeiro episódio de cefaléia precedida por escotomas visuais efraqueza do lado esquerdo, com recuperação em menos de 1 hora. Aos 16 anos, seguiu com o segundoepisódio, apresentando fraqueza do mesmo lado, se recuperando em menos de 4 horas. Admitida ao hospitalcom terceiro episódio de fraqueza dimidio esquerdo, cefaléia pulsátil contralateral há mais de 5 dias, há 9 diaspós parto. Ao exame físico: Consciente, facial central, hemiplegia esquerda, hemi-inatenção visual e táctil es-querda.

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Resultados: Ressonância Magnética de crânio: aumento de sinal na sequência FLAIR, com restrição àdifusão na sequência Ecoplanar, comprometendo difusamente o hemisfério cerebral direito ( HCD). Angio-Ressonância venosa/arterial: normal. Eletroencefalograma: depressão dos ritmos cerebrais em hemisfériocerebral direito. Recebeu alta hospitalar no 5º dia após internação, apresentando-se assintomática para dor, eresolução do déficit neurológico. Exames de controle: normais. Há 1 ano 9 meses assintomática.

Conclusão: No presente relato as técnicas de aplicação de Ressonância Magnética, demonstrou queexistia hiperperfusão na fase do déficit neurológico, excluindo um Acidente Vascular Cerebral agudo. É deinteresse que a recuperação neurológica foi refletida pela restauração da perfusão cerebral normal.

PT.051 - INFLUÊNCIA E CITOTOXICIDADE DA PROTEÍNA F1 DO LÁTEX DA SERINGUEIRA Hevea brasiliensisNA CICATRIZAÇÃO DE ÚLCERAS COMPROMETIDAS PELO DIABETES

Andrade TAM1, Rassi DM2, Caetano GF3, Landim CAP4, Frade MAC1

1 Departamento de Clínica Médica (Divisão de Dermatologia), 2 Departamento de Clínica Médica (Divisão de Imunologia).Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP (Ribeirão Preto, SP, Brasil); 3Programa de Pós-Graduação Interunidadesem Biotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas IV - USP (São Paulo, SP, Brasil), 4Departamento de Enferma-gem Geral e Especializada, Programa de Enfermagem Fundamental - Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, USP(Ribeirão Preto, SP., Brasil)

Introdução: Estudos demonstram a eficácia clínica da proteína F1 do látex da seringueira Hevea brasi-liensis na cicatrização de úlceras cutâneas, especialmente quando associadas à patologia do diabetes (FradeMA, Med Cutan Iber Am. 332, 157, 2004; Mendonça RJ, Phytother Res. 24, 764, 2010). Sendo assim, torna-se importante avaliar a citotoxicidade da F1 e sua influência na cicatrização de úlceras em ratos diabéticos.

Métodos: Para teste da citotoxicidade (método MTT - 3-[4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5-difenil-brometo detetrazólio), a proteína F1 foi colocada em cultura de fibroblastos-3T3 e queratinócitos humanos por 24 horasnas concentrações de 50,0; 25,0; 10,0; 5,0 e 2,5 µg/mL. Para estudo da cicatrização, utilizou-se 80 ratosWistar: 40 induzidos ao diabetes (DM) (streptozotocina 45 mg/Kg) e 40 não-diabéticos (N), ulcerados no dorsocom punch histológico (1,5 cm diâmetro), tratados diariamente nas úlceras com gel carboximetil-celulose (CMC)4% (grupos DM-sham / N-sham) e CMC + F1 0,01% (grupos DM-F1 / N-F1). No 2º, 7º, 14º e 21º dias pós-lesão, 10 animais/tempo/grupo foram sacrificados e avaliou-se a reepitelização pelo índice de cicatrização dasúlceras (aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal, CETEA-FMRP-USP processo no 087/2008). Biopsiou-se a úlcera/cicatriz para quantificação de CD4+, CD8+ e CD11b+ (por citometria de fluxo),além de fibroblastos e colágeno (por histomorfometria) (Andrade TA, Braz J Med Biol Res. 44, 1047, 2011).

Resultados: F1 apresentou-se atóxica aos fibroblastos e queratinócitos em todas as concentraçõestestadas. O grupo DM-F1 apresentou maior reepitelização que o DM-sham (p=0,0026) já no 2º dia, com todasas úlceras totalmente reepitelizadas no 14º dia, semelhante ao N-sham. Já o grupo N-F1 apresentou menorreepitelização em relação ao N-sham no 2º (p=0,0009) e 7º (p=0,0018) dias. Os grupos DM-F1 e N-shamapresentaram níveis superiores e semelhantes de CD4+, CD8+ e CD11b+ durante o seguimento. DM-F1 apre-sentou maior fibroplasia e colagênese que DM-sham após o 14º dia (p=0,0001), o que se corrobora a eficáciaclínica no DM-F1 na reepitelização.

Conclusões: F1 mostrou-se segura, estimuladora da cicatrização recrutando células inflamatórias efibroblastos possibilitando melhor reepitelização da úlcera. Além disso, seus efeitos pareceram se assemelhar àcicatrização normal (N sham).

Apoio Financeiro: CAPES, FAPESP, FAEPA, CNPq

Agradecimentos:

Grupo de Cicatrização em Dermatologia FMRP-USP e MSc. Carolina de Oliveira Caliári (Hemocentro)

PT.052 - MECANISMOS DE AÇÃO DA BIOMEMBRANA DE QUITOSANA E ALGINATO NA CICATRIZAÇÃO DEÚLCERAS CUTÂNEAS EM RATOS

Caetano GF1, Andrade TAM2, Bueno CZ3, Frade MAC2, Ribeiro-Paes JT1

1Programa Interunidades em Biotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP; 2Departamento de ClínicaMédica (Divisão de Dermatologia) Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 3Laboratório de Desenvolvimentode Processos Biotecnológicos - Faculdade de Engenharia Química - Universidade Estadual de Campinas.

Introdução: A cicatrização é um processo biológico, complexo e multifatorial no qual há interaçãosimultânea de eventos celulares e bioquímicos, com função de regular as funções biofisiológicas, levando àreconstituição da integridade tecidual. Úlceras crônicas necessitam de longo tempo de tratamento resultando

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em alto custo com cuidados médicos (Menke MN, Gynecologic Oncology 111, 87, 2008; Araújo LU, ActaCirúrgica Brasileira, 25, 460, 2010). Diante disso, vem sendo estudados novos compostos ativos naturais, debaixo custo e com propriedades cicatrizantes como a quitosana e o alginato, ambos polissacarídeos atóxicos,biocompatíveis e biodegradáveis com propriedades cicatrizantes. Tem sido desenvolvida uma biomembrana dequitosana-alginato com a finalidade de proporcionar um microambiente favorável à cicatrização mimetizandouma matriz cutânea original (Li X, Polymer Degradation and Stability, 94, 1, 2009; Wiegand C, MacromolecularSymposia 294, 1, 2010). O objetivo desse trabalho foi avaliar os mecanismos de ação da biomembrana dequitosana e alginato na cicatrização de úlceras cutâneas em ratos.

Métodos: Foram utilizados 40 ratos Wistar submetidos a duas úlceras dorsais com punch (1,5cmdiâmetro), divididos em dois grupos: grupo sham, onde ambas as úlceras foram tratadas com soro fisiológico, egrupo BQA, onde ambas as úlceras foram tratadas com a biomembrana de quitosana e alginato. Após 2, 7, 14e 21 dias, 5 animais de cada grupo foram sacrificados com dose excessiva de anestésico hidrato de cloral 4%(aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal, CETEA-FMRP-USP, processo nº 085/2011).Biopsias da úlcera/cicatriz foram coletadas para histologia em HE e tricrômio de Gomori para posterior morfo-metria do infiltrado inflamatório e fibroblastos utilizando o Plugin "Cell counter" do software ImageJ e a formaçãodo colágeno por meio do Plugin "Colour Deconvolution" do mesmo software. Para estudo da reepitelização, asúlceras foram fotografadas no início e no final do experimento. Assim, calculou-se o índice de cicatrização dasúlceras, por meio do software ImageJ (Minatel DG, Lasers Surg Med, 41, 433, 2009).

Resultados: No 2º dia, o grupo BQA apresentou denso infiltrado inflamatório (p=0,0134) em relaçãoao grupo sham, e importante redução deste estímulo no 7º dia. Em relação à proliferação tecidual, foi observa-da maior quantidade de fibroblastos no grupo BQA no 7º (p=0,0275) e no 14º dia (p=0,0086) e superiorcolagênese (p=0,0219) no 21º dia em relação ao sham, corroborando com uma melhor reepitelização do grupoBQA no 7º dia em relação ao grupo sham (p=0,0006).

Conclusão: A biomembrana de quitosana e alginato atuou ativamente na cicatrização recrutando célu-las inflamatórias, estimulando a proliferação tecidual, acelerando a reepitelização das úlceras.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA, CNPq

Agradecimento: Grupo de Cicatrização em Dermatologia FMRP-USP

PT.053 - EFEITO DA DEFICIÊNCIA E FORTIFICAÇÃO COM ÁCIDO FÓLICO NA CARCINOGÊNESE DO CÓLON EMRATOS

Cohen C1, Cardoso JFR2, Garcia SB2, Vannucchi H1

1Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP; 2Departamento de Patologia eMedicina Legal, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução e Objetivos: Recentemente tem sido discutido o papel da fortificação de alimentos comácido fólico na incidência de câncer de cólon. Este estudo avaliou os efeitos de diferentes doses de ácido fólicona carcinogênese do cólon em ratos.

Materiais e Métodos: Ratos Wistar receberam dieta padrão (G1) ou uma dieta modificada no teor deácido fólico, com 0 (G2) ou 3,25mg (G3). A carcinogênese colorretal foi induzida por 4 doses de 0,5mL deMNNG (5mg/mL) 2 vezes/semana durante 2 semanas. Análises: ácido fólico e B12 séricos; Focos de criptasaberrantes (FCAs) colônicos. Análise estatística: ANOVA, p<0.05. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê deÉtica em Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo emfevereiro de 2010 sob o protocolo n. 202/2009.

Resultados: G3 apresentou maior concentração sérica de ácido fólico em relação aos outros gruposestudados (p<0,05). O grupo G2 apresentou menor concentração sérica de ácido fólico em compração com osgrupos estudados (p<0,05). Não houve diferença na concentração sérica de B12 entre os grupos estudados. Adeficiência de ácido fólico aumentou a incidência de focos de criptas aberrantes colônicas em aproximadamen-te 72% em relação ao grupo G1 (p<0,05).

Conclusão: A deficiência de ácido fólico reduziu os níveis séricos desta vitamina e aumentou a incidên-cia de lesões pré-neoplásicas. A fortificação não mostrou evidência de aumento no número de focos de criptasaberrantes.

Apoio Financeiro: FAPESP

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PT.054 - OCULTANDO PESSOAS, REVELANDO VÍRUS: A IMPORTÂNCIA DA ABORDAGEM MULTIPROFISSIO-NAL NA ADESÃO AO TRATAMENTO DA AIDS: RELATO DE CASO

Carrinho LM1, Josepim EFB1, Bartolomeu CA1, Fernandes LO1, Lucena GS1, Carrinho PM2, Gaggini MCR3

1Medicina, Unicastelo, 2Fisioterapeuta, Unicastelo/Docente do curso de medicina da Universidade Camilo CasteloBranco, 3Infectologista - Unicastelo/Docente do curso de medicina da Universidade Camilo Castelo Branco/Res-ponsável pelo CADIP

Introdução: O HIV é um retrovírus que causa no organismo disfunção imunológica crônica e progres-siva devido à queda de linfócitos CD4. A identificação do vírus da imunodeficiência humana (HIV), foi descobertohá 30 anos, e desde então vem sendo crescente o número de pacientes infectados. Estima-se que no Brasilexista 600 mil pessoas infectadas. A observação das consultas médicas mostrou que elas são rápidas, objetivase centradas no resultado dos exames CD4 e CVP.

Objetivo: Ressaltar a importância da relação médico paciente no diagnóstico e adesão ao tratamento.Método: Foi realizado suporte multiprofissional ao paciente, ressaltando a importância do uso correto

da medicação e abordagem em relação a expectativa de vida e prevenção das doenças oportunistas.Relato de caso: Paciente masculino, 45 anos, procurou atendimento devido astenia generalizada e

candidíase oral de repetição. Foi confirmado HIV positivo pelo método laboratorial ELISA. Após um ano detratamento, foi notado queda significativa de linfócitos CD4 (69 células/mm³), e piora do quadro clínico dopaciente com instalação de doenças oportunistas como paracoccidioidomicose. A família informou que o paci-ente estava em profunda depressão e se recusava a fazer o tratamento há alguns meses.

Resultado: Após abordagem multiprofissional, o paciente apresentou maior aderência ao tratamentoproposto, retomando assim, o uso correto da medicação além da participação de sessões de terapia, o quepromoveu melhora do quadro clínico e aumento do dos linfócitos CD4.

Conclusão: A importância da relação médico paciente no tratamento de pacientes com AIDS éinquestionável e, portanto, fundamental, pois sabemos da importância do diagnóstico clínico precoce. A facili-dade de acesso ao tratamento, as substituições de drogas para uma adaptação medicamentosa mais rápida eeficaz, visando diminuir os efeitos colaterais, e o suporte psicológico ao paciente, é de suma importância paraa adesão ao tratamento do portador de HIV. Mais do que nunca há a necessidade da retomada da práticaclínica de cuidar e do reconhecimento do papel do sujeito como ator principal no processo de cura/reabilitaçãoda sua condição de saúde.

Palavras chave: AIDS; adesão; tratamento.

PT.055 - MELANOMA CUTÂNEO PRIMÁRIO: ESTUDO CASUÍSTICO RETROSPECTIVO EM HOSPITAL DE REFE-RÊNCIA, TERESINA-PI, 2006-2010

Lages RB, Vilanova CMA, Ribeiro SM, Almeida IP, Santos LG, Vieira SCUniversidade Federal do Piauí (UFPI)

Introdução: O melanoma cutâneo é considerado o câncer de pele de maior importância, pois, apesarde representar apenas 3-4% dos tumores cutâneos malignos, é o mais agressivo e letal deles. A sua incidênciavem aumentando em todo o mundo, principalmente em indivíduos de pele clara. O conhecimento estatístico docomportamento biológico desta neoplasia em nosso meio é fundamental tanto para orientar o raciocínio clínicoda prática ambulatorial diária como para auxiliar políticas de saúde pública. O presente trabalho buscou avaliaro perfil epidemiológico e histopatológico do melanoma cutâneo primário em um centro de referência de Teresina-Piauí.

Métodos: Estudo retrospectivo e descritivo de todos os laudos anatomopatológicos de pacientes comdiagnóstico de melanoma no Hospital São Marcos entre 2006 e 2010. As seguintes variáveis foram avaliadas:gênero, idade, procedência, tipo histológico, localização, presença ou ausência de ulceração, infiltrado linfocíticoinflamatório e regressão tumoral, nível de Clark, espessura Breslow, status da margem e presença de metásta-se. Os dados foram processados no programa SPSS 19.0, realizando-se análise estatística descritiva. O presen-te trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital São Marcos (protocolo 4607.0.000.044-10).

Resultados: Um total de 10 melanomas in situ, 99 invasivos e 45 metastáticos de sítio primáriodesconhecido foram observados, sendo 48% homens e 52% mulheres. A idade média apresentada foi de 62,9anos. As localizações mais comuns do tumor foram tronco (40%) e membros inferiores (24%). Dentre osmelanomas invasivos, o tipo histológico mais comum foi o nodular (40%), seguido de extensivo superficial(16%), lentiginoso acral (13%), lentigo maligno (11%) e outros/desconhecido (19%). Níveis de Clark IV e Vforam os mais comumente encontrados (28 cada). Em 29 casos, a espessura Breslow era menor que 1 mm ,mas na maioria dos casos (52), identificou-se espessura maior que 4 mm. A média de espessura Breslow geralfoi 9,7 mm, sendo de 0,9 mm para aqueles com tipo lentigo maligno e extensivo superficial e 13,5 mm para

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nodular e acral. Ulceração, regressão e infiltrado inflamatório linfocítico foram detectados em, respectivamen-te, 47%, 21% e 70% dos melanomas invasivos. Observou-se ainda que as margens não estavam livres em setecasos e presença de metástases em 48,1% ds 154 casos.

Conclusão: O perfil dos casos de melanoma diagnosticados em nosso serviço apresentaram caracterís-ticas associadas a um mau prognóstico, como predomínio de tipo histológico nodular, de nível Clark IV-V, deespessura Breslow > 4 mm, de presença de ulceração e de altas taxas de metástases. Ações objetivando umdiagnóstico precoce do melanoma devem ser implementadas em Teresina.

PT.056 - DISSECÇÃO ESPONTÂNEA CERVICAL EM JOVENS: RELATO 2 CASOS

Bartolomeu CA1, Carrinho LM1, Josepim EFB1, Fernandes LO1, Fantini PR2, Santos AC3, Fábio SRC4, FantiniFGMM5

1Medicina - Unicastelo, 2Neurocirurgião - Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis/SP, 3Radiologia - Hospitaldas Clínicas de Ribeirão Preto-SP, 4Neurovascular - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - SP, 5Neurologia -Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis/SP

Introdução: Dissecção espontânea cervical ( artéria carótida ou vertebral ) em jovens é responsávelpor 10 a 25% de todos os acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVC-I). Poucos estudos são descritos naliteratura.

Objetivo: Descrever sintomatologia clínica, Resultados da investigação e terapêutica.Relato de casos: Caso 1: Feminina, 18 anos, cefaléia fronto orbital esquerda no início da noite,

dormindo e acordando na madrugada, com piora da dor e apresentando perda visual hemi temporal esquerda.Os sintomas permaneceram sem melhora com analgésicos. Não havia história prévia de dor. Antecedentes:Tratamento de hipotireoidismo, uso de Syntroid 25mg e anticoncepcional há 2 meses. Procurando inicialmenteum oftalmologista. Caso 2: Feminina, 24 anos, antecedentes de cefaléia mista ( migrânea / tensional), obesida-de, e tratamento com psiquiatra para depressão, uso de venlafaxina 75mg e fluoxetina 40mg ao dia, ambossuspensos por conta própria há 1 mês. Iniciou com dor cervical e nucal esquerda há 10 dias, intensa, semmelhora com analgésicos, inclusive várias idas ao Pronto Socorro local. Muito tensa e não conseguindo dormir.Aumento progressivo da dor, tornando-se insuportável, procurando atendimento.

Resultados: Caso 1: Ressonância Magnética/ Angio RM: Infarto em território da artéria cerebralposterior com dissecção da artéria vertebral direita. Caso 2: Dissecção da porção cervical da artéria carótidainterna esquerda, sem extensão para a porção petrosa do vaso, com hematoma intramural de aspecto subagudoe luz residual com estenose de aproximadamente 60%. Exames laboratoriais em ambos os casos: TSH, T4 livre,T3 livre, anticorpos anti tireoglobulina, e anti microssomal, homocisteína, fibrinogênio, ANCA, Proteína C e S,Complemento, anticoagulante lúpico, Fator V Leyden, antitrombina III, mutação de protrombina, HIV : normais.Ambos os casos foram duplamente antiagregados.

Conclusão: Relatamos dois casos de dissecção arterial cervical ( um carotídeo e outro vertebral ),ambos provável etiologia espontânea, apresentando como sintomatologia inicial cefaléia intensa, como principalmétodo diagnóstico o exame de Angio-RM/Ressonância cervical com subtração de gordura, e tratados comdupla antiagregação plaquetária, e ambas pacientes, com excelente evolução. Sabendo-se que 50 a 95% dospacientes com dissecção carotídea e mais de 90% dos pacientes com dissecção vertebral apresentem lesõesisquêmicas, chamamos atenção clínica, para este diagnóstico, para o fato de que a dissecção cervical podepassar despercebida quando não apresenta dor importante, ou déficits neurológicos, dificultando a avaliaçãodestes pacientes.

PT.057 - EFICÁCIA DO SORO DO LÁTEX DA SERINGUEIRA Hevea brasiliensis NA CICATRIZAÇÃO DE ESCORI-AÇÕES CUTÂNEAS EM RATOS

Leite MN1, Caetano GF2, Andrade TAM1, Leite SN3, Frade MAC1

1Departamento de Clínica Médica (Divisão de Dermatologia) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP.2Programa Interunidades em Biotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas - USP. 3USP - Programa de Pós-Graduação Interunidades em Bioengenharia, Escola de Engenharia de São Carlos, Faculdade Medicina de RibeirãoPreto, Instituto de Química de São Carlos

Introdução: A cicatrização de úlceras cutâneas é um processo biológico complexo na qual ocorreeventos de maneira coordenada e simultânea envolvendo interação de vários tipos celulares, componentes damatriz extracelular, proteases, quimiocinas, citocinas e fatores de crescimento (Menke NB, Clinics in Dermatology,25, 19, 2007). As úlceras agudas, como as cirúrgicas e traumáticas, cicatrizam normalmente durante esseseventos de modo organizado e rápido (Bryant RA, St Louis: Nursing Management, 17, 39, 2000). Estudosapontam que a atividade cicatrizante do látex natural da seringueira Hevea brasiliensis está envolvida com

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proteínas bioativas presentes no soro total (Mendonça RJ, Phytother Res, 24, 764, 2010). Frade MA, An BrasDermatol, 86, 885, (2011), Frade MA, An Bras Dermatol, 87, 45, (2012) e Andrade TA, Braz J Med Biol Res.44, 1047, (2011) observaram importante efeito da biomembrana de látex natural na cicatrização de úlcerascutâneas. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia do soro do látex em escoriações cutâneas nodorso de ratos.

Métodos: Foram utilizados 30 ratos Wistar submetidos à escoriação de 2,0 cm2 no dorso pordermoabrasão. Após este procedimento, os ratos foram divididos em grupos conforme os tratamentos tópicose diários de soro fisiológico (SF), Merthiolate® (MET) e soro do látex (SLX) durante 10 dias. Os ratos foramsacrificados nos dias 2, 7 e 10 pós-lesão e foi calculado o índice de cicatrização das úlceras (ICU) para avalia-ção da reepitelização (aprovado pela Comissão de Ética em Experimentação Animal, CETEA-FMRP-USP proces-so no 274/2012). Em seguida, foram coletadas amostras das escoriação/cicatriz de 5 ratos de cada grupo(n=5) nos dias 2 e 7 para dosagem da enzima mieloperoxidase (MPO) a qual representa a densidade do infiltradoneutrofílico na amostra coletada.

Resultados: No dia 7 o grupo SLX apresentou reepitelização superior ao MET (p=0,0006) e este últimofoi inferior ao SF (p=0,0130). No dia 10 os animais do grupo SLX apresentaram reepitelização superior ao SF(p=0,0179) e MET (p<0,0001) e este último apresentou menor reepitelização comparado ao grupo SF (p<0,0001).Pela dosagem da MPO, foi observado que o grupo MET já no dia 2 apresentou maior infiltrado neutrofílico emrelação aos grupos SLX (p=0,0058) e SF (p=0,0422). No dia 7, houve importante diminuição no infiltradoneutrofílico no grupo SLX em relação ao dia 2, além de apresentar inferior aos grupos SF (p=0,0055) e MET(p=0,0310).

Conclusão: O soro do látex modulou ativamente a fase inflamatória recrutando denso infiltrado neutrofílicoque foi controlado no 7º dia, acelerando a cicatrização das escoriações cutâneas no dorso dos ratos.

Apoio Financeiro: FAEPA, CNPq

Agradecimento: Grupo de Cicatrização em Dermatologia FMRP-USP

PT.058 - HIBERNOMA: RELATO DE CASO

Josepim EFB, Carrinho LM, Bartolomeu CA, Fernandes LO, Lucena GS1, Yassoyama KUniversidade Camilo Castelo Branco - Medicina

Introdução: Hibernoma é um tumor benigno constituído de tecido adiposo branco e castanho, caracte-rizado como: nódulo solitário de tecido mole, pequena dimensão e lobulado. Sua incidência é rara, e pode serencontrado nas regiões de pescoço, inter-escapular, axilar e mediastinal de adultos jovens.

Objetivo: Com o objetivo de mudar hábitos que se demonstram de pouca importância para com umquadro clínico comum de se encontrar, como o de um lipoma, este relato traz um diagnóstico diferencial quantoao assunto, que possa causar dúvidas em meio uma excisão se não houver o devido conhecimento sobre oassunto.

Método: Foi realizado procedimento a nível ambulatorial, na Santa Casa de Misericórdia de Fernandópolis- São Paulo, com a excisão completa da lesão. Relato de caso: Paciente feminino, 41 anos, apresentou há 4 anos,um nódulo em região supra-escapular à esquerda, de tamanho a cerca de 5cm, consistência mole, que evoluiu aolongo de 15 anos, não referindo sintomas associados, porém apenas o incômodo estético que a nodulaçãocausava.

Resultado: Através de análise anatomopatológica da peça foi dado o resultado de lesão de origemadiposa composta por células adiposas marrom com citoplasma multivacuolar e ausência de critérios histológicosde malignidade, como diagnóstico um hibernoma.

Conclusão: A finalidade de uma investigação frente a um quadro clínico que inicialmente se demonstrade fácil resolução, nos proporciona um rastreamento de incidência de novos casos, como também a resoluçãodo caso com a confirmação do diagnóstico.

Palavras-Chave: tecido adiposo marrom; lipoma.

PT.059 - "WASTING" PODE SER MASCARADA PELO VOLUME DE LÍQUIDO CORPORAL EM EXCESSO EMPACIENTES DE DIÁLISE PERITONEAL

Henriques V1, Costa CAJ1, Divino-Filho JC2, Pecoits- Filho R3, Martinez EZ4

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Division of Baxter Novum andRenal Medicine, CLINTEC, Karolinska Institute, Stockholm, Sweden, 3Pontifícia Universidade Católica do Paraná;Curitiba, PR, 4Departamento de Medicina Social - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Volume de líquido corporal em excesso em pacientes de diálise peritoneal (DP) é umproblema frequente nesta população e pode influenciar o diagnóstico do estado nutricional. O estado nutricional

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de pacientes em DP pode se alterar após o início da terapia devido a alterações metabólicas da doença renalcrônica e exacerbadas pela terapia. Este deve ser investigado por marcadores do estado nutricional, entre esteso índice de massa corporal, a albumina e a creatinina séricas.

Objetivos: Avaliar se na presença ou a ausência de edema existe diferença em relação aos marcado-res do estado nutricional (IMC, albumina sérica e creatinina sérica) e verificar mudanças nestes marcadores aolongo do tempo verificando a possível influencia de edema em pacientes em terapia de diálise peritoneal inci-dentes.

Metodologia: Estudo de coorte prospectivo multicêntrico (BRAZPD). Introduzidos 1997 pacientes inci-dentes em DP, DPAC ou DPA, de diferentes regiões do Brasil entre dezembro de 2004 a fevereiro de 2007 eavaliados por 12 meses. Os marcadores do estado nutricional utilizados foram índice de massa corporal (IMC),albumina sérica e creatinina sérica e os pacientes divididos em presença ou ausência de edema no períodobasal. Usado test t como análise estatística e modelo de regressão linear de efeitos mistos para cada marcadordo estado nutricional, tendo como variáveis independentes tempo (12 meses) e edema.

Resultados: A idade média foi de 58,73 ± 15,81, sendo do sexo feminino (n=1078, 54%), masculino(n=919,46%). No período o IMC com edema (n=566; 25,51 ± 4,78 Kg/m2); sem edema (n=1431; 23,95 ±4,65 Kg/m2) p = 0,42; albumina - com edema (n=144; 4,0 ±1,42g/dL), sem edema (n=387; 4,28 ± 1,28g/dL) p=0,11; creatinina sérica - edema (n= 505; 7,61 ± 3,71mg/dL), sem edema (n= 1260; 7,71 ± 3,55mg/dL)p=0,23. Em relação a evolução do IMC em 12 meses é verificado que este aumenta em média 0,08Kg/m2 acada mês no valor basal de 24,75 Kg/m2 e quando o paciente apresenta-se edemaciado aumenta em média de0,47Kg/m2. O valor médio da albumina no basal é de 3,96g/dL e diminui mensalmente em média de 0,04g/dL e quando o paciente apresentava edema este valor diminuía em média de 0,14g/dL. Já a creatinina séricaaumenta em média 0,06 mg/dL mensalmente e nos pacientes com edema o valor diminui em média de 0,06mg/dL no valor basal de 7,48mg/dL.

Conclusões: O IMC aumenta ao longo do tempo, estas mudanças podem ocorrer em parte devido apresença de edema. Já a albumina sérica diminui ao longo do tempo, sendo seu valor influenciado com edemae a creatinina sérica aumenta com o tempo, mas diminui na presença de edema. Estes pacientes podem estardesenvolvendo "wasting" mesmo na presença de um alto IMC corporal, mascarado pelo edema.

PT.060 - INFLUÊNCIA DA FOTOTERAPIA NO PROCESSO CICATRICIAL DE ÚLCERAS CUTÂNEAS EM RATOSSUBMETIDOS À DIETA HIPERLIPÍDICA

Leite SN1,2,3,4, Leite MN2, Andrade TAM2, Caetano GF3, Jordão Júnior AA4, Frade MAC2

1 Programa de Pós Graduação Interunidades em Bioengenharia (EESC/FMRP/IQSC) - USP. 2Divisão de Dermatologia- Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP. 3Programa de Pós-GraduaçãoInterunidades em Biotecnologia, Instituto de Ciências Biomédicas, USP. 4Divisão de Nutrologia - Departamento deClínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A cicatrização cutânea é um processo complexo e organizado, porém, distúrbios sistêmicoscausados por dietas hipercalóricas podem alterar a reparação. Durante as últimas décadas a fototerapia vemsendo utilizada para melhorar o processo cicatricial.

Objetivo: Avaliar influência da fototerapia na cicatrização cutânea de ratos submetidos à dietahiperlipídica.

Métodos: O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal daFMRP-USP (210/2011). Utilizou-se 40 ratos Wistar, sendo 20 selecionados aleatoriamente a receber dietahiperlipídica (50% banha animal) por 45 dias e, posteriormente avaliados através da massa corporal, glicemiae histologia (HE) hepática. Os animais foram distribuídos em 4 grupos (n=10): G1 dieta controle e laser desliga-do (sham); G2 dieta controle e laser; G3 dieta hiperlipídica laser desligado (sham); G4 dieta hiperlipídica e laser.Duas úlceras cutâneas (punch 15 mm) foram realizadas no dorso de cada animal e irradiadas (laser diodo,660nm, 2J, 100mW) 3 vezes por semana, 14 dias. O programa ImageJ foi utilizado para analisar os índices decicatrização das úlceras nos dias avaliados.

Resultados: Após 45 dias, os animais em dieta hiperlipídica apresentaram aumento significativo namassa corporal (p<0,013), nos níveis glicêmicos (p>0,0001) e esteatose hepática evidenciada por aspectosclínicos e histologia do tecido hepático. Quanto à cicatrização, no 2º dia o G3 apresentou ICUs significativamen-te maiores que o G1 (p=0,0014) e G2 (p=0,0001), e o G4 em relação ao G1 (p=0,0391) e G2 (p=0,0047). No7º dia, o G3 apresentou melhores índices em relação ao G1 (p=0,0006), e o G2 em relação ao G1 (p=0,0058).O G4 apresentou melhores índices em relação ao G1 (p=0,0001) e ao G2 (p<0,0016). No 14º dia, o G2 mostroumelhores resultados em relação ao G3 (p=0,0213), e o G4 em comparação com G3 (p=0,0054).

Conclusão: Observou-se a influência negativa da dieta hiperlipídica, assim como os efeitos positivos dafototerapia na cicatrização nos ratos submetidos à dieta hiperlipídica.

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Apoio Financeiro: CAPES

Bibliografia:

Broughton G. Plast Reconst Surg, 117:1e-S, 2006.

Leonardi DS. Exp Clin Endocrinol Diabetes, 118:724, 2010.

Karu T. Photochem Photobiol, 84:1091, 2008.

PT.061 - ASSOCIAÇÃO ENTRE A TIREOIDITE DE HASHIMOTO E O CARCINOMA PAPILÍFERO DA TIREÓIDE EMPACIENTES SUBMETIDOS À TIREOIDECTOMIA TOTAL NA TERCEIRA ENFERMARIA DO HOSPITALUNIVERSITÁRIO GAFFRÉE E GUINLE - UNIRIO

Barberan JPS1, Pimentel PD1, Masiero A1, Portari Filho PE2, Basílio-de-Oliveira RP3

1Acadêmico de Medicina - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro -, 2Docente da Clínica Cirúrgica B -Universidade Federal Do Estado Do Rio De Janeiro, 3Docente da Anatomia Patológica - Universidade Federal doEstado do Rio de Janeiro

Introdução: A associação entre o carcinoma papilífero da tireóide e suas variantes e a tireoidite deHashimoto (TH) é bastante questionada no meio científico, pois compartilham diversos aspectos morfológicos,imuno-histoquímicos e biomoleculares. Os tumores da tireóide representam mais de 90% de todos os cânceresendócrinos e são caracterizados por alterações genéticas, entre as quais envolvem RET (rearranjos) e BRAS,RAS, P53 (mutações). O carcinoma papilífero é a sua forma mais comum e de melhor prognóstico. Suasprincipais variantes histopatológicas são: variantes clássica, folicular, de células altas, de células colunares,sólida (esclerosante), microcarcinoma papilífero. Já a TH é uma doença autoimune, caracterizada por falênciatireoidiana secundária à destruição autoimune e que apresenta alterações de genes, entre eles RET/PTC, RASe FAS.

Método: Realizou-se um estudo de 41 casos de pacientes com diagnóstico anatomopatológico decarcinoma papilífero da tireóide, de agosto de 2005 a maio de 2011, tratados cirurgicamente na terceiraenfermaria do HUGG. Foram analisados os prontuários dos casos e seus dados coletados em um formulário. Otrabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do HUGG com o registro de número 81-2011. Não houveApoio Financeiro ou conflitos de interesse neste estudo.

Resultados: O estudo apresentou uma coexistência de 31,7% de TH em pacientes com carcinomapapilífero da tireóide. Todos os casos eram do sexo feminino e 38,46% do tipo clássico. Apenas 1 pacienteapresentou invasão de vasos e cápsula da glândula, com metástase para linfonodos locorregionais, já ao diag-nóstico inicial. Quanto à recidiva, 2 pacientes tiveram comprometimento de linfonodos de cadeias cervicais,após o tratamento inicial.

Conclusão: O estudo apresentado mostrou prevalência de 31,7% de TH nos casos de carcinomapapilífero da tireóide, sugerindo uma associação, não apenas casual, que levanta a possibilidade de uma rela-ção de causa e efeito entre tireoidite e desenvolvimento do carcinoma. Apenas 1 paciente apresentou metásta-se linfonodal ao diagnóstico inicial e 2 (15,38%) tiveram recidiva para linfonodos regionais, após tratamentocirúrgico inicial.

Agradecimentos:

Dedicamos este trabalho ao chefe da Anatomia Patológica do HUGG (UNIRIO), Prof. Carlos Alberto Basílio de Oliveira.

PT.062 - AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE TUBERCULOSE E DA REALIZAÇÃO DE TRIAGEM EQUIMIOPROFILAXIA PARA TUBERCULOSE EM PACIENTES BRASILEIROS COM ARTRITEREUMATOIDE EM USO DE BLOQUEADORES DO TNF

Yonekura CL1, Oliveira RDR1, Hayata AL2, Ranzolin A2, Titton D2, Carvalho HM2, Louzada-Júnior P1

1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP - Departamento de Clínica Médica, 2Registro Brasileiro deMonitorização de Terapias Biológicas em Doenças Reumáticas

Introdução: A terapia com bloqueadores do TNF (anti-TNF) proporcionou uma opção eficaz no trata-mento da artrite reumatóide (AR) aos pacientes não responsivos a terapia convencional com drogasantirreumáticas modificadoras do curso da doença (DMDCs). Contudo, a ocorrência de tuberculose (TB) é umevento adverso grave, que leva à descontinuidade do tratamento. Objetivos Avaliar a ocorrência de TB nospacientes com AR e em uso de anti-TNF; avaliar se a triagem para a identificação de TB latente nos pacientesestá sendo realizada e quais testes têm sido empregados; e avaliar se a quimioprofilaxia está sendo realizada ea sua eficácia na proteção de TB.

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Materiais e métodos: Foram avaliados os dados de pacientes com AR em uso de anti-TNF incluídos noRegistro Brasileiro de Monitorização de Terapia Biológicas em Doenças Reumáticas-BiobadaBrasil, no períodode janeiro de 2009 a junho de 2011, sendo excluídos pacientes que receberam medicação biológica de outraclasse e aqueles em que a ocorrência de TB foi anterior a janeiro de 2009. O grupo controle foi composto deindivíduos com AR em uso de uma ou mais DMDCs. A análise estatística foi realizada com teste t de Student eteste de Fisher bicaudal, com significância se p<0,05.

Resultados Obtivemos 1050 tratamentos com anti-TNF, assim dividido: infliximabe (445), etanercepte(227) e adalimumabe (378). Esses 3 grupos foram comparados entre si e com o grupo controle (n=505). Nãohouve diferença entre os grupos para dados demográficos e clínico-laboratoriais. Houve 1 caso de TB no grupocontrole, com exposição de 18 meses ao metotrexato, e 5 casos no grupo anti-TNF com exposição de 22,6±16,2meses. A incidência de TB, em pacientes-ano, no grupo controle foi de 49,9 e no grupo anti-TNF foi de 237,3,todos em uso de adalimumabe (660,1). Esses 5 pacientes haviam sido submetidos à triagem para TB, com PPDe radiografia de tórax, com resultado negativo. O PPD foi realizado em 95,7% e a radiografia de tórax em 96,6%dos pacientes em uso de anti-TNF, sem diferença estatística entre os grupos. A positividade do PPD, a presençade alterações na radiografia de tórax e a realização de quimioprofilaxia também não mostrou diferença estatís-tica entre os grupos de anti-TNF.

Conclusões: A ocorrência de TB nos pacientes com AR em uso de anti-TNF é significativa no Brasil,reforçando a importância da realização de triagem e quimioprofilaxia. É necessária triagem mais eficaz e me-lhor definição sobre quais pacientes devem fazer quimioprofilaxia. Todos os casos de TB ocorreram em vigênciade adalimumabe, mas devemos considerar que 2 dos 5 pacientes já tinham usado infliximabe antes. O tempo deaparecimento de TB após o inicio do anti TNF foi tardio, o que sinaliza a necessidade de repetir a triagem paraTB, após 1 ano.

Autorização do Comitê de Ética humana: 7694/2009

Bibliografia:

Gardam MA. Lancet Infect Dis 2003; 3:148

Gómez-Reino JJ. Arthritis Rheum 2003; 48:2122-7

Titton D. Revista Brasileira de Reumatologia 2011; 51:152-60

Apoio Financeiro: Esse estudo foi financiado pelo CNPq e pela FAPESP

PT.063 - SEROLOGICAL EVIDENCES OF INFECTION BY VIRUSES FROM JAPANESE ENCEPHALITIS VIRUSCOMPLEX IN RIBEIRÃO PRETO - SP

Romeiro MF1, Reis VP2, Badra SJ1, Figueiredo LTM1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Imunologia Básica e Aplicada. Faculdade de Medicina deRibeirão Preto - USP

Introducton: Arthropode-borne viruses are widely spread in the Americas and are responsible for largeoutbreaks. Mostly of them, belong to Flaviviridae family, genus Flavivirus. In Brazil eleven Flavivirusare described,and among them, dengue viruses (DENV-1, 2, 3 and 4) have been related with the largest outbreaks. Therefore,during the 70's, Rocio virus (ROCV) caused a large outbreak in the Ribeira Valley-SP with severe cases ofneurological manifestation. Also ROCV activity was found in Bahia state although no CNS impairment was associatedwith ROCV infection. In addition, in our city neutralizing antibodies to ROCV were detected by Figueiredo et. al. in1987. Saint Louis encephalitis virus (SLEV) is also responsible for disease with neurological manifestations inBrazil and North America. In 2006, during a dengue outbreak, SLEV was isolated from a patient having acutefebrile disease. The virus has also been detected from encephalitis cases in São José do Rio Preto City. The aimof this study was to perform a serologic survey to ROCV and SLEV in cases of acute febrile illness from RibeirãoPretoCity.

Methods: During the year of 2006, 812 samples from patients with acute febrile disease were collectedand stored at CPV-USP. Sera were tested by in-house IgG-ELISA using recombinant peptides of the domain III ofE protein (rDIII) from ROCV and SLEV. For distinguish the cross reactivity among Flavivirus we performed anaffinity/avidity assay based on ELISA.

Results: From the sera tested, 21 sera presented monotypic IgG antibodies to ROCV (2,58% positivity)and 15 (1,85%) to SLEV. Affinity/avidity assay showed that 13 of 15 were positive to SLEV (IRA > 60%) and 17of 21 to ROCV (IRA >60%) showing highly specific antibodies to these viruses.

Conclusion: We conclude that ROCV and SLEV circulate in RibeirãoPreto - SP and may be misdiagnosiswith dengue fever. Further studies including neutralization test are necessary in order to confirm ROCV and SLEVinfections.

Financial Support: FAPESP and FAEPA

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PT.064 - ASSOCIAÇÃO DOS POLIMORFISMOS DO CYP3A5 E DA PGP COM A FARMACOCINÉTICA DOTACROLIMUS, NEFROTOXICIDADE AGUDA E REJEIÇÃO DO ENXERTO APÓS TRANSPLANTE RE-NAL

Cusinato DAC1, Lachinni R1, Romão EA2, Moyses Neto M2, Silva GEB3, Coelho EB4

1Departamento de Farmacologia, 2Clínica Médica - HC-FMRP, 3Departamento de Patologia, 4Departamento deClínica Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Tacrolimus (TAC) é um fármaco imunossupressor muito utilizado na prevenção de rejeiçãoaguda após o transplante de órgãos. Essa droga apresenta um índice terapêutico muito baixo e grande variabi-lidade intra e interindividual, sendo necessário programas de monitorização terapêutica para se otimizar aeficácia e limitar a toxicidade. O TAC é um fármaco substrato do CYP3A5 e transportado pela proteína de efluxoPGP e acredita-se que o polimorfismos genéticos (SNPs) destas proteínas estejam relacionados a alta variabili-dade farmacocinética desta droga. Neste estudo, investigamos a influência dos polimorfismos destas proteínassobre alguns parâmetros farmacocinéticos do TAC e também, na incidência de lesões renais e rejeição emreceptores de transplante renal.

Métodos: Pacientes recebendo TAC a no mínimo 12 meses (n=108) foram genotipados (PCR realtime) para os polimorfismos do CYP3A5*3 (rs776746) e do gene ABCB1 1236C>T (rs1128503), 2677G>T/A(rs2032582) e 3435C>T (rs1045642). Dados da concentração plasmática de vale (Co; ng/mL), dose diárianormalizada (mg/dia por Kg do paciente) e a concentração plasmática do fármaco normalizada pela doseingerida (Co/Dose, ng/mL por mg/dia por kg do paciente) de TAC foram obtidos dos prontuários médicos aolongo de três anos após o transplante renal. O desfecho clínico foi analisado avaliando-se a função renal obtidapelo clearance de creatinina (Equação de Cockroft-Gault), e desenvolvimento de lesões renais e rejeição agudae crônica com diagnósticos estabelecidos mediante suspeita clínica e confirmados pela avaliação das biópsiasquanto a presença de necrose tubular aguda (NTA) e nefropatia crônica do enxerto (NFC) de acordo com aclassificação de BANFF 07. Os haplótipos do gene ABCB1 foram inferidos estatisticamente utilizando o softwarePHASE (version 2.1). Diferenças foram consideradas significativas quando p<0,05.

Resultados: Indivíduos portadores de ao menos um alelo *1 do gene CYP3A5 necessitavam de maio-res doses de TAC para obter níveis plasmáticos semelhantes aos dos indivíduos homozigotos para o alelo *3(0,09 ± 0,03 vs. 0,06 ± 0,03; mg/dia/kg; p<0,001) e também menores valores de Co/dose quando compara-dos ao indivíduos CYP3A5*3/3 (84.9 ± 43.2 vs. 144.6 ± 66.7 ng*mL-1/mg*kg-1/dia; p<0,001). Indivíduosportadores dos alelos e haplótipo variante da PGP (TTT) apresentaram maior Co/dose e os pacientes portadoresdo haplótipo TTT tiveram uma maior incidência de desenvolvimento de NFC.

Conclusão: Este estudo confirma o efeito dos polimorfismos do CYP3A5 e, em menor grau da PGP nafarmacocinética do TAC. No entanto, não encontramos associações entre esses polimorfismos e desfechosclínicos significantes, sugerindo que a genotipagem para o CYP3A5 ou ABCB1 ainda não deva ser incorporadana prática clínica como uma ferramenta para o manejo de transplante renal.

Apoio Financeiro: FAPESP/CAPES

Apoio Técnico: Neuza Laerce de Almeida, Juliana Trench Abumansur

PT.065 - INFLUÊNCIA DA INTOLERÂNCIA A CARNE NO PADRÃO ALIMENTAR E PERFIL BIOQUÍMICO NOPÓS-OPERATÓRIO DE 12 MESES DA CIRURGIA BARIÁTRICA

Nicoletti CF1, Barbim R2, Nonino CB1

1Departamento de Clinica Medica, 2Curso de Nutrição e Metabolismo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP

Introdução: Intolerâncias alimentares e mudanças no padrão alimentar são descritas no pós-operató-rio da cirurgia bariátrica, principalmente no primeiro ano. A intolerância pela carne é decorrente da alteraçãono seu processo de digestão (redução da secreção de pepsina e ácido clorídrico).

Objetivo: Avaliar a influência da intolerância a carne no padrão alimentar, exames bioquímicos e sinto-mas clínicos em pacientes após 12 meses da derivação gástrica em Y de Roux.

Metodologia: Estudo retrospectivo composto por 64 pacientes (Processo HCRP nº 2914/2008). Atra-vés da análise de prontuários médicos avaliou-se dados antropométricos, de ingestão alimentar, exames bioquí-micos e sintomas clínicos. Os pacientes foram divididos em dois grupos: intolerantes á carne (grupo 1) e nãointolerantes à carne (grupo 2). Para a análise de diferença entre os grupos utilizou o Teste t de Student consi-derando significantes valores de p≤0,05.

Resultados: 53,1% apresentou intolerância à carne. Não houve diferença entre a ingestão de proteína(44±21,5 e 46,1±22g/dia) e ferro (5,9±2,8 e 7,3±4 mg/dia) entre os grupos. Os valores séricos de ferrosérico, ferritina, hemoglobina, hematócrito, albumina e proteína total foram semelhantes nos grupos. O grupo 1apresentou maior prevalência de fraqueza generalizada (26,1% e 9,1%), alopecia (42,8% e 25,9%) e unhasestriadas (25% a 16,7%).

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Conclusão: A intolerância a carne não foi determinante da quantidade de proteína ingerida, tão poucoapresentou alterações nos exames bioquímicos; entretanto sinais clínicos de deficiência proteica foram maisprevalentes nos pacientes intolerantes à carne.

PT.066 - PERFIL DE AMINOÁCIDOS LIVRES NO PLASMA DE MULHERES OBESAS SUBMETIDAS A CIRURGIABARIÁTRICA

Ferreira CN1, Lima TP1, Junqueira-Franco MMV1, dos Santos JE1, Salgado Filho W2, Marchini JS1, NoninoCB1

1Departamento de Clinica Medica, 2Departamento dede Anatomia e Cirurgia. Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto - USP

Devido às modificações na anatomia e fisiologia do trato gastrointestinal decorrente do procedimentocirúrgico, o pós-operatório da cirurgia bariátrica é acompanhado de significativa perda de peso, melhoras dascomorbidades deficiências vitamínico-minerais e intolerâncias alimentares, principalmente a alimentos fontes deproteína. No pós-operatório os exames bioquímicos de proteína total e albumina não mostram alterações, e ébaixa a presença de hipoalbuminemia. Assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o perfil proteico depacientes submetidos à cirurgia bariátrica pela dosagem dos aminoácidos livres no plasma. Foi realizada avaliaçãonutricional incluindo antropometria e composição corporal, avaliação da ingestão alimentar, dosagens das con-centrações séricas de proteína total e albumina e das concentrações plasmáticas de aminoácidos (pelo métodode cromatografia líquida de alta eficiência) em 30 mulheres obesas antes e após 3, 6 e 12 meses da cirurgiabariátrica pela técnica de derivação gástrica em Y de Roux ( Processo HCRP nº2914/2008). Observou-se redu-ção do peso durante todo o estudo, a maior perda ocorreu no primeiro trimestre no qual também se observouperda de massa magra. Houve redução da ingestão proteica no período pós-operatório, a qual se manteve abaixodos valores recomendados (<0,8 g/kg/dia). Houve redução das concentrações de proteína total e albumina após12 meses, entretanto os valores continuaram dentro da normalidade. O perfil aminoacídico mostrou aumento nasconcentrações da maioria dos aminoácidos após 3 meses da cirurgia. Após 6 meses da cirurgia, houve reduçãodas concentrações que se manteve até os 12 meses. No final do estudo foi observado que a maior parte dospacientes apresentou deficiência para a maioria dos aminoácidos, principalmente para os essenciais.

PT.067 - Cryptococcus neoformans: SENSIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS DE ACORDO COM MÉTODO DE TESTEE COM A APRESENTAÇÃO CLÍNICA

Nascimento E, Schiave LA, Vitali LH, Martinez RDepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O tratamento da criptococose nos diferentes sítios e nas diferentes condições imunológicasdos pacientes não é tão efetivo, pois esta enfermidade apresenta alta taxa de mortalidade e nos casos de curapode deixar seqüelas neurológicas. Neste estudo, além de avaliar os perfis de susceptibilidade a antifúngicos nosisolados clínicos de pacientes imunodeprimidos (infectados pelo HIV ou outras doenças) e imunocompetentes, foirealizado também um estudo de pacientes co-infectados pelo HIV e que apresentaram a doença refratária aotratamento.

Métodos: Foram utilizados um total de 95 isolados de Cryptococcus neoformans, as amostras foramseparadas em 3 grupos (Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCRP e da FMRP-USP, nº processo12247/2010). No grupo 1 foram avaliados 14 casos de pacientes co-infectados pelo HIV com criptococoserefratária (49 isolados). No grupo 2 foram avaliados 33 pacientes co-infectados pelo HIV e que apresentaramepisódio único de criptococose (33 isolados). No grupo 3 foram avaliados 13 casos de criptococose em pacien-tes não co-infectados pelo HIV aparentemente imunocompetentes (5 casos) e imunodeprimidos (8 casos) (13isolados). Os fungos foram isolados de LCR, líq. pleural, sangue, escarro e biópsia de lesão de pele. Os testes desensibilidade das amostras de C. neoformans frente aos antifúngicos foram obtidos pelo método de microdiluiçãoem caldo (MS27-A2 CCLS) e o método de Etest®. Os antifúngicos testados foram: anfotericina B, fluconazol,itraconazol e voriconazol. Os dados (CIMs) foram analisados no Software Graph Pad Prism-version 5.04 (USA).O Teste de Mann-Whitey foi utilizado para comparar entre a microdiluição em caldo com o Etest e o Teste deKruskal-Wallis foi utilizado para comparar os grupos clínicos.

Resultados: As CIM50 (µg mL-1) dos antifúngicos testados pelo método da microdiluição foi de 0,25nos grupos 1, 2 e 3 para anfotericina B; de 4,0 no grupo 1, 2 e 3 para fluconazol; de 0,06 no grupo 1 e 0,13nos grupos 2 e 3 para itraconazol; de 0,25 nos grupos 1 e 2 e 0,5 no grupo 3 para voriconazol. As CIM50 (µg mL-

1) dos antifúngicos testados pelo método do Etest foi de 0,125 no grupo 1, 0,19 no grupo 2 e 0,25 no grupo 3para anfotericina B; de 8,0 no grupo 1, 16,0 nos grupos 2 e 3 para fluconazol; de 0,25 no grupo 1 de 0,38 nogrupo 2 e 0,5 no grupo 3 para itraconazol; de 0,064 no grupo 1, 0,094 no grupo 2 e de 0,125 no grupo 3 paravoriconazol. Foi verificado que as CIM50 de todos os antifúngicos para os C.neoformans do Grupo 1 são menoresdo que os C. neoformans dos demais grupos. Na comparação entre os dois testes de sensibilidade foi verificado

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que as CIMs obtidas com Etest são menores para anfotericina B e para o voriconazol em relação a microdiluiçãoem caldo; o contrario foi observado para o fluconazol e itraconazol.

Conclusão: Para todos os azólicos testados os CIMs foram mais elevados para os Cryptococcusneoformans dos pacientes não co-infectados pelo HIV. Cryptococcus neoformans isolados de casos refratáriosmostraram susceptibilidade semelhante à de fungos isolados de outros pacientes co-infectados com HIV. To-mando como referencia a microdiluição em caldo, os CIMs obtido pelo Etest é maior para fluconazol e itraconazole menor para anfotericina B e voriconazol.

Apoio Financeiro: FAPESP/ FAEPA do HC-FMRP USP

PT.068 - FATOR DE CRESCIMENTO ENDOTELIAL VASCULAR: POLIMORFISMOS GENÉTICOS EM PACIENTESCOM ANEURISMA INTRACRANIANO FAMILIAL E SUA RELAÇÃO COM HIPERTENSÃO ARTERIAL EDIABETES MELLITUS

Maluf TB1, Pinhel MAS1, Gregório ML1, Santos MLT2, Nakazone MA3, Ferraz-Filho RL4, Tognola WA5, SouzaDRSS6

1Núcleo de Pesquisa em Bioquímica e Biologia Molecular Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto /FAMERP. 2Departamento de Médico Neurocirurgia Hospital de Base de São José do Rio Preto FUNFARME /FAMERP. 3Departamento de Cardiologia, 4Departamento de Radiologia, 5Departamento de Neurologista; Faculda-de de Medicina de São José do Rio Preto / FAMERP /FUNFARME. 6Departamento de Bioquímica e BiologiaMolecular Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto / FAMERP

Introdução: O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) é uma glicoproteína de ligação à heparina,que funciona como fator de permeabilidade vascular. É um regulador importante de vasculogênese, com umamitogenicidade específica para células endoteliais. A mutação 936 C→T pode ser um importante marcadorgenético para a angiogênese envolvido em doenças. Neste contexto, o polimorfismo genético para o VEGF éconsiderado um fator de risco para aneurisma intracraniano (AI), uma vez que este gene está associado com aangiogênese de musculatura vascular.

Objetivos: Avaliar a influência do polimorfismo C936T de VEGF em indivíduos com AI, Hipertensão e/ou Diabetes Melito, além da distribuição do referido polimorfismo em familiares em primeiro grau de indivíduoscom AI, assim como a razão de chance para AI em portadores do polimorfismo C936T de VEGF e avaliar oreferido polimorfismo genético associado a hábitos etilista e tabagista em pacientes com AI.

Métodos: Foram selecionados 451 indivíduos, distribuídos em grupos: G1- 43pacientes com AI familial;G2 - 177 indivíduos familiares de G1; G3 - 104 indivíduos sem AI, confirmados por angioressonância (controles)e G4 - 127 indivíduos familiares de G3. O polimorfismo para VEGF-C936T foi analisado por reação em cadeia dapolimerase (PCR). O trabalho foi aprovado pelo CEP-FAMERP (Prot. nº 3210/2008).

Resultados: A distribuição do alelo T e genótipo T/T foi semelhante entre os grupos (G1=0,86, 74,4%;G2=0,88, 77,4%; G3=0,81, 73%; G4=0,89, 78%; P>0,05). Observou-se prevalência do genótipo CC em G3(10,6%) quando comparado com G1 (2,3%), embora sem diferença significativa (P=0,182). Foi observadomaior frequência de tabagistas (79%) e etilistas (40%) em G1 em relação ao G3 (29,8%, P<0,0001; 22,1%,P=0,001, respectivamente). Para as comorbidades, observou-se prevalência de hipertensão em G1 (47,6%)quando comparado ao grupo controle (G3=23%, P=0,0005). Por outro lado, diabetes melito mesmo sendo maisfrequente no G1 (11,9%) em relação ao controle (G3=3,8%; P=0,146), não apresentou diferença significante.

Conclusão: O polimorfismo de VEGF representado por homozigose selvagem C/C parece exercer umefeito protetor contra o AI. Por outro lado, tabagismo, etilismo e hipertensão são considerados fatores de riscoindependentes para a doença na casuística brasileira. Estudos em famílias com história de AI pode permitir umamaior atenção aos cuidados preventivos com relação à doença.

Palavras-chave: Aneurisma Intracraniano Familial, VEGF, Hipertensão, Diabetes, Etilismo e Tabagismo.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo / FAPESP.

PT.069 - A PESQUISA DE MUTAÇÃO BRAF V600E EM AMOSTRAS DE PUNÇÃO ASPIRATIVA DE NÓDULOSTIREOIDIANOS CONTRIBUI PARA A SELEÇÃO DE PACIENTES À CIRURGIA?

Giorgenon TMV1, Fuziwara C2, Kimura ET2, Magalhães PKR1, Maciel LMZ1

1Divisão de Endocrinologia do Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP;2Instituto de Ciências Biológicas - USP

Introdução: A punção aspirativa com agulha fina (PAAF) representa, no momento, o método maissensível e específico para a identificação de nódulos tireoidianos malignos, mas apresenta substanciais limita-ções. Aproximadamente 80% das PAAFs revelam lesões benignas, 5% malignas e cerca de 20% pertencem aogrupo de lesões proliferativas [bócio adenomatoso (BA), adenoma folicular (AF), carcinoma folicular (CF) ecarcinoma papilífero variante folicular (CPVF)], que são distinguidos somente com o estudo histológico. Comoconsequência, um considerável número de pacientes é operado por lesões benignas.

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Objetivos: Avaliar a contribuição da pesquisa de mutação V600E em amostras de PAAF de nódulostireoidianos.

Material e Métodos: 192 pacientes com doença nodular tireoidiana foram submetidos à PAAF, totalizando230 nódulos avaliados. Após a realização do esfregaço para análise citológica, a agulha de punção foi lavadacom 250 ul de soro fisiológico e o material estocado em freezer a -70ºC. Após a sua extração, o DNA foiamplificado por PCR com primers específicos e submetido ao processo de digestão com a enzima XbaI. Napresença da mutação BRAF V600E, é visualizado, em gel de poliacrilamida 10%, um fragmento de 166pb aoinvés do fragmento de 199pb visto na ausência desta mutação.

Resultados: De acordo com os resultados da análise citológica, as amostras dos pacientes foramclassificadas em Bethesda I (n=32; 13,9%), II (n=72; 31,3%), III (n=52; 22,6%), IV (n=30; 13,0%), V (n=23;10,0%) e VI (n=21; 9,2%). A pesquisa para mutação BRAF foi positiva em 37 amostras (16,1%) de 33 pacientese foram assim distribuídas (Bethesda I=3, 9,4%; II=2, 2,8 %; III=3, 5,8%; IV=4, 13,3%; V=8, 34,8%; VI=17,81,0%. Até o momento foram operados 68/159 pacientes negativos para mutação BRAF e 24/33 pacientespositivos para a mutação. 29/68 pacientes negativos para a mutação foram diagnosticados com CarcinomaPapilífero da Tireóide (CPT) e 24/24 pacientes positivos para a mutação foram confirmados para CPT. Aprevalência da mutação BRAF foi de 45% nos pacientes diagnosticados com o CPT.

A sensibilidade e a acurácia dos resultados citológicos foram respectivamente de 45% e 65,2% queaumentaram para 62,3% e 75% quando associados com pesquisa da mutação BRAF V600E.

Conclusão: Com base em nossos resultados, e corroborando a literatura, conclui-se a pesquisa damutação BRAF V600E em amostras de PAAF associada ao resultado citológico aumenta a sensibilidade e aacurácia do exame para o diagnóstico do CPT, pois identificou esse tipo tumoral em amostras classificadascomo Bethesda I, II, III e IV.

Processo HCRP no. 11028/2010v aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa.

PT.070 - ANEMIA EM PACIENTES COM DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS ATENDIDOS NO HOSPITALDE CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Santini TCS, Piovesan WA, Monteiro RP, Pontes RAM1, Inoue CJ, Silva LR, Freiberger L, Takahashi ITMDepartamento de Gastroenterologia - Universidade Estadual de Londrina

Introdução: Entre 8,8 a 73,7% dos pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII) podem apre-sentar anemia. Entre as causas, pode-se destacar a deficiência de ferro, doença crônica, deficiência de vitami-na B12 e ácido fólico ou anemia hemolítica.

Objetivo: avaliar a prevalência de anemia nos pacientes com DII atendidos em nosso hospital e identi-ficar as causas e características clínico-laboratoriais.

Métodos: Após aprovação pelo Comitê de Ética Médica (CEP-UEL número 0155.0.268.000.09), todosos pacientes foram submetidos a entrevista clínica, revisão de prontuários e coleta de exames séricos: hemogramacompleto, ferro, reticulócitos, capacidade total de transferrina, capacidade latente da transferrina, saturaçãode transferrina, ferritina, B12, dosagem de folato, reticulócitos e teste de Coombs direto. O alfa foi fixado em95% e foram utilizados os testesT de Student ou Mann Withney para a comparação de dados contínuos e o testede Fisher para as variáveis categóricas.

Resultados: Dos 35 pacientes participantes, 15 tinham DC e 20 RCUI, a mediana de idade foi de 49anos (18-70), sendo 14 homens e 21 mulheres. A mediana do tempo de doença foi de oito anos (1-27). Amaioria estava fora de atividade e 40% já com ressecção intestinal. Um homem com DC complicada com fístulaanorretal apresentou anemia ferropriva. Três mulheres (11,4%) apresentaram anemia. Uma delas, portadorade DC, apresentou a associação de deficiência de vitamina B12 com anemia de doença crônica. As outras duasmulheres tinham RCUI extensa e anemia ferropriva. Outros quatro pacientes tinham ferro sérico baixo, porém,sem anemia.

Conclusão: A prevalência de anemia em pacientes com DII em nosso serviço foi similar à encontradana literatura, sendo a maioria de causa ferropriva (75%).

PT.071 - DOENÇA DE GRAVES NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: ASPECTOS CLÍNICOS, LABORATORIAIS ETRATAMENTO

Lane R1, Maciel LMZ2

1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Divisão de Endocrinologia do Departamento de Clínica Médica -Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A Doença de Graves (DG) afeta aproximadamente 0,5% da população em geral e é a causamais comum de tireotoxicose em crianças e adolescentes, sendo responsável por 10-15% dos distúrbios datireóide nessa faixa etária. Sua prevalência varia entre 0,1/100.000 nas crianças e aumenta para até 3/

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100.000 na adolescência, com pico entre 11 e 15 anos. As meninas são 4-5 vezes mais acometidas do que osmeninos. A DG resulta da produção de auto-anticorpos dirigidos contra o receptor de TSH, conhecidos comoTRAb (thyrotropin receptor antibody), que mimetizam os efeitos do TSH nas células foliculares da tireóide esti-mulando a produção excessiva de T3 e T4 e a hiperplasia da glândula; os anticorpos antitireoperoxidase (antiTPO),antitireoglobulina (antiTg) também podem estar presentes. As concentrações elevadas de antiTPO e antiTGvariam entre os pacientes e podem modificar o efeitos estimulatórios do TRAb.

Objetivos: Analisar dados demográficos e clínico-laboratoriais das crianças e adolescentes com diag-nóstico de DG atendidas e acompanhadas no HC-FMRP-USP; descrever as opções terapêuticas, os efeitosadversos, taxa de remissão da doença e desfecho; nos pacientes tratados com iodo, determinar a média deidade de administração e dose média utilizada; analisar a taxa de remissão da doença com o volume inicial dobócio, níveis de T3 e idade de início da doença.

Métodos: análise de dados de 88 pacientes atendidos no HC-FMRP-USP no período de 1980-2011.Resultados: Dos 88 pacientes com DG, 66 eram do sexo feminino (75%) e 78 de cor branca (88%). A

idade ao diagnóstico entre as faixas etárias de <5 anos, 5-10 anos, 10-15 anos e 15-18 anos foi de 5%, 14%,40% e 42%, respectivamente. As doenças autoimunes mais frequentemente associadas foram o DiabetesMellitus 1 (7%) e o Vitiligo (5%), entre outras doenças autoimunes [Lupus (n=1), Artrite Reumatóide (n=1),Miastenia Gravis (n=1)]. Bócio e taquicardia foram os sinais mais prevalentes (98 e 81%, respectivamente),seguidos de tremores e perda de peso (60 e 52%, respectivamente). Oftalmopatia ocorreu em 45% dos casos.Droga anti-tireoidiana (DAT) foi a abordagem inicial em todos os pacientes. Dos pacientes acompanhados, 16(18%) entraram em remissão espontânea após tratamento clínico com mediana de duração de tratamento de3,5 anos (range=0.75-8 anos). O tratamento definitivo foi com iodo radioativo em 46 pacientes (52%) e cirúrgi-co em 5. Perderam seguimento 12 pacientes, sendo 1 óbito por choque séptico provavelmente relacionado aagranulocitose, e 8 permanecem em tratamento. Como reações adversas ao Tapazol ocorreram prurido (n=2)e ao PTU, hepatite (n=3), alergia (n=1) e leucopenia (n=1). A dose acumulada média de 131 Iodo administradafoi de 10mCi e a idade média do paciente à administração do 131 Iodo foi de 7,9±7,2anos.

Conclusões: A análise dos dados permite concluir que a doença incidiu principalmente no sexo femini-no (3F:1M), em pacientes de cor branca e com idade acima de 10 anos, tendo como principais manifestaçõestaquicardia, perda de peso, tremores de extremidades e o bócio. A presença de oftalmopatia ocorreu em 45%dos casos, incidência semelhante à observada na literatura. A taxa de remissão espontânea da doença foi baixa(20% da casuística) e principalmente em maiores de 10 anos. Ocorreram sérias complicações com o uso daDAT destacando-se 3 casos de hepatite tóxica e 1 caso de provável agranulocitose que causou o óbito dapaciente. A terapia de escolha definitiva foi o iodo radiativo.

Apoio Financeiro: CNPq.

Comitê de Ética: Processo HCRP 13916/2011.

PT.072 - CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E CLÍNICAS DE PACIENTES COM GASTROPARESIAS DE DIFE-RENTES ETIOLOGIAS

Borges CMR, Troncon LEA, Secaf MDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A gastroparesia constitui uma condição crônica definida por retarde do esvaziamentogástrico, sem evidência de obstrução mecânica. Os sintomas gastroparesia incluem dispepsia, náuseas e vômi-tos e alterações nutricionais. Neste trabalho, analisamos a freqüência dos sintomas principais e a etiologia depacientes com gastroparesia comprovada. Avaliamos, também, se pacientes com doenças do Sistema Nervosoou com diabetes mellitus, que pode ocasionar neuropatia autonômica, apresentam características distintas dasdos demais pacientes.

Métodos: Pacientes com gastroparesia (N=41), com idade entre 18-63 anos (31 mulheres), foramincluídos no estudo. Todos os pacientes tiveram retarde comprovado do esvaziamento gástrico em examecintilográfico específico. Para tanto, os pacientes em jejum ingeriram uma refeição teste padronizada (400Kcal)marcada com Tecnécio-fitato e imagens do estômago foram adquiridas com uma gama câmera a cada 15-30minutos para medida do esvaziamento gástrico por método convencional. Conforme suas características clíni-cas, os pacientes foram distribuídos em cinco grupos (diabete melito, doenças neurológicas primárias, condi-ções gastrintestinais, estados pós-operatórios e miscelânea). Estes pacientes foram estratificados segundosexo, idade (menor que 25 anos), duração dos sintomas (menos de 2 anos) e acentuado grau retarde doesvaziamento gástrico (tempo médio de esvaziamento gástrico superior em 30% o limite superior da normalida-de). Os pacientes com doenças neurológicas primárias e os com diabetes foram agrupados (N=10) e compara-dos aos com outras etiologias usando o teste de Fisher.

Resultados: Dispepsia (54%), náuseas e vômitos (46%) e perda de peso (41%) foram os sintomasmais frequentes. As condições gastrintestinais (38 %), seguida pelos estados pós-operatórios (30 %) foram as

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causas mais freqüentes de gastroparesia. Nos pacientes com condições neurológicas ou diabetes, a proporçãode pacientes jovens (4/10 versus 1/31, p=0,001) e início recente dos sintomas (7/10 versus 9/31; p=0,03)foi significantemente mais freqüente que no restante dos pacientes. Não houve diferença significativa entrepaciente com ou sem envolvimento neural em relação ao sexo e tipo de sintomas apresentados. No grupo depacientes com condições neurológicas comprovadas ou prováveis, retarde acentuado no EG tendeu a ser maisfreqüente (9/10 versus 18/31) que em pacientes com outras causas de gastroparesia, no entanto não foiatingida significância (p=0,06).

Conclusões: Condições gastrintestinais e estados pós-operatórios constituem as causas mais comunsde gastroparesia, que se apresenta principalmente por dispepsia, náuseas e vômitos. Pacientes com gastroparesiaassociada a doenças neurológicas primárias ou diabetes mellitus apresentam características distintas dos ca-sos de outras etiologias. Estes resultados sugerem que, em pacientes jovens, com início recente dos sintomase retarde acentuado do esvaziamento gástrico, deve-se suspeitar de prejuízo ao controle neural da motilidadegástrica, que deve ser apropriadamente investigada.

Apoio Financeiro: CNPq, FAPESP.

Número da licença de autorização do Comitê de Ética Médica: 4169/2011.

PT.073 - AVALIAÇÃO DA FLEXIBILIDADE, RESISTÊNCIA MUSCULAR E FORÇA DE PREENSÃO MANUAL EMMULHERES COM LIPODISTROFIA TIPO DUNNIGAN

Monteiro LZ, Foss-Freitas MC, Pereira FA, Montenegro Jr RM, Foss MCDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A Lipodistrofia tipo Dunnigan (LD) é caracterizada pela diminuição progressiva do tecidoadiposo nas extremidades e tronco e um acúmulo de gordura na cabeça, pescoço e tecido adiposo visceral.Está associada com o diabetes, dislipidemia e doenças cardiovasculares, compondo a síndrome metabólica(SM) (Garg,A. Am J Med, v.108:143, 2000). Estilo de vida sedentário está entre os fatores de risco para asdoenças. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a flexibilidade, resistência muscular abdominal e força depreensão manual de mulheres com LD e comparar com grupo de mulheres sadias sem LD (grupo controle).

Métodos: Participaram 14 pacientes com diagnóstico clínico e molecular de LD, acompanhadas naClínica de Diabetes/Metabolismo do HC-FMRP-USP. O grupo controle foi constituído de 14 mulheres voluntári-as, saudáveis, pareadas quanto à idade, peso, altura e IMC em relação às pacientes com LD, onde foramverificadas as variáveis antropométricas e o nível de flexibilidade, resistência muscular abdominal e força depreensão manual. Avaliamos a composição corporal pela DXA, flexibilidade pelo flexiteste, a resistência muscu-lar abdominal pelo teste de 1 min e força de preensão manual pelo dinamômetro manual. Os dados foramexpressos em média ± (DP) e usamos o teste de Wilcoxon para comparar as variáveis entre os grupos. Foiutilizado o STATA, versão 9.0 e adotado o nível de significância de 5%. O projeto foi aprovado pelo Comitê deÉtica em Pesquisa do Hospital das Clinicas e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, sob o protocolon.º11851/09.

Resultados: As mulheres com LD apresentaram idade = 35,8±13 anos, peso = 58,6±5,9 kg, altura =1,60±0,07 m e IMC = 23±2,1 kg/m2) vs GC (idade = 35,9±13 anos, peso = 63,9±6,7 kg, altura = 1,60±0,06m, IMC = 23,2±2,4 kg/m2. Como esperado, a % gordura total (LD = 19,1±4,2% vs GC = 34,8±5% p<0,01) emassa magra total (LD = 41,4 kg vs GC = 34,1 kg p<0,01) foram significativamente diferentes entre os grupos.As mulheres com LD apresentaram um aumento na flexibilidade da articulação do cotovelo (p=0,03), diminui-ção na articulação do tornozelo (p=0,04) e uma diminuição na resistência muscular abdominal (p<0,01) quandocomparado ao grupo controle. Não observamos diferença significativa nos valores de preensão manual.

Conclusão: Uma diminuição dos componentes da aptidão física podem contribuir para as lombalgias,enfermidade que causa limitações nas atividades do cotidiano e um decréscimo na qualidade de vida (Glaner,M.F. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v.5:75, 2003). Portanto, acredita-se que a manutenção de níveisadequados de aptidão física relacionada à saúde pode contribuir sobremaneira para o aumento da longevidade.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA - HCFMRPUSP.

PT.074 - PNEUMOTÓRAX EM PACIENTE COM TUBERCULOSE PULMONAR SEGUIDO POR ENFISEMA SUBCU-TÂNEO POR OBSTRUÇÃO DO DRENO

Manfrim MV, Zanetti MGT, Aquatti FZ, Neto OMVCentro Universitário de Araraquara - UNIARA

Este relato de caso, elaborado por estudantes do 4º ano de Medicina da Universidade de Araraquara,promove uma discussão centrada na tuberculose pulmonar, destacando uma de suas possíveis complicações, opneumotórax. É uma patologia prevalente e importante em nosso meio, e são discutidos fisiopatologia, diagnós-tico e tratamento, assim como a descrição de um enfisema subcutâneo secundário a um pneumotórax. O relato

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abordou um paciente que apresentou sintomas clássicos de tuberculose pulmonar, foi internado, iniciou trata-mento e apresentou pneumotórax espontâneo, que evoluiu com enfisema subcutâneo, uma complicaçãoinfrequente, que apresentou evolução prolongada. Após a regressão do quadro do enfisema subcutâneo, opaciente segue com o tratamento para tuberculose pulmonar.

Introdução: A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por um microorganismodenominado Mycobacterium tuberculosis,que se propaga através do ar, por meio de gotículas contendo osbacilos expelidos por um paciente com tuberculose pulmonar. Os sintomas clássicos envolvem tosse, febre esudorese noturna. A tosse está presente praticamente todos os casos, sendo seca no inicio e progredindo comaumento no volume de secreções purulentas. Outras queixas comuns são mal-estar, fadiga, perda de peso, dortorácica não pleurítica e dispnéia. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre associado a uma doençapulmonar subjacente, e pode ser complicação da tuberculose pulmonar. Se caracteriza pelo acúmulo de ar nointerior do espaço pleural, com algum grau de colapso pulmonar. Os pacientes podem se queixar de dispnéia e/ou dor torácica. Os achados físicos podem incluir taquicardia, taquipnéia e hipertensão, acompanhados porredução unilateral de sons respiratórios e timpanismo à percussão do tórax. O enfisema subcutâneo geralmentese apresenta como aumento do volume, indolor, dos tecidos moles, com predileção pela porção superior dotórax, pescoço e face. A palpação do tecido mole afetado mostra crepitação. Uma das causas mais freqüentesde enfisema subcutâneo é a ruptura do tecido pulmonar. O ar libertado a partir dos alvéolos durante o traumaprocura uma via de escape a partir dos pulmões, e o mediastino é uma das vias que ele pode seguir a partir dotecido pulmonar. Este trabalho descreveu um enfisema subcutâneo secundário a uma compressão de drenoutilizado para o tratamento de pneumotórax. No levantamento bibliográfico realizado, não foram encontradossituações semelhantes à descrita no caso.

Relato do caso: J.M.C, sexo masculino, 34 anos (12/05/1978.Há 5 meses iniciou com tosse secavárias vezes ao dia, associada a dispnéia aos mínimos esforços e dor em hemitórax direito, sem fatores demelhora ou piora. Refere também ter apresentado episódios de febre (sic). Procurou atendimento médico emSertãozinho-SP, onde foi feito diagnóstico de tuberculose pulmonar, sendo então encaminhado para o hospitalNestor, de Américo Brasiliense-SP, para tratamento. Durante a internação desenvolveu pneumotórax espontâ-neo e foi encaminhado para a Santa Casa de Araraquara-SP, onde foi admitido em 20/04/2012. A medicaçãoprescrita pelo Hospital Nestor (esquema RIPE) foi mantida e o paciente foi submetido a drenagem de hemitóraxdireito. Durante a noite, o paciente dormiu sobre o dreno e desenvolveu enfisema subcutâneo volumoso. Relatater tido contato com dois de seus irmãos diagnosticados com tuberculose, sendo um há 2 anos e outro há 5meses. Refere alimentação pobre e de má qualidade. Etilista crônico (1 ½ garrafa de cachaça por dia) etabagista (15 cigarros por dia). Ao exame físico apresentava regular estado geral, com murmúrio vesicularpresente, diminuído em base direita, e roncos em terço médio da base direita. Presença de dreno de tórax àdireita com enfisema subcutâneo por todo o tórax e região cervical. O abdome também mostrava enfisemasubcutâneo difuso, com dor à palpação superficial e profunda. Foi realizada radiografia de tórax, que mostroupneumotórax à direita, com colapso pulmonar ipsilateral. O Hemograma mostrava Hematócrito=25%;Hemoglobina=7,3g/dl, eritrócitos=2,5 milhões/mm³; RDW=16,6%; VCM=98fl, HCM=29pg, CHCM=30%,Plaquetas=649000/mm³, e anisocitose discreta. Tempo de protrombina=15,9 segundos, com I.N.R=1,42 eT.T.P.A=29 segundos. O tratamento instituído se compunha de Dieta geral oral; SG5% - 1000 ml IV 12/12horas; Cefazolina - 1g IV 8/8 horas; Dipirona 1g IV 6/6 horas se temperatura > 38ºC; Cetoprofeno 100mg - 1cp VO 12/12 horas; Tylex 30mg - 1 cp VO 6/6 horas; Bromoprida 10mg - 1 cp VO 8/8 horas; Tramadol 100mgdiluído em 100ml SF0,9% 6/6 horas; Ranitidina 150mg - 1 cp VO 8/8 horas; Diazepan 10 mg - 1 cp VO à noite;Sulfato ferroso 1 cp VO pela manhã; Complexo B 1 cp/dia por 7 dias; Fluimicil 600 mg - 1 envelope VO 2 vezes/dia; Fisioterapia respiratória; Esquema RIPE.( Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol).Atualmente opaciente encontra-se no Hospital Estadual Nestor Goulart Reis para o tratamento de Tuberculose, mantendo umdreno em tórax à direita, com bolsa de Karaya no dreno.

Discussão: A tuberculose é uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis, um bacilo aeróbioálcool-acido-resistente. O bacilo não sintetiza toxinas clássicas; e a inflamação e a destruição tissular que carac-terizam a doença são mediadas por produtos gerados pelo próprio hospedeiro durante a resposta imunológicaà infecção. Sua transmissão se dá quase de forma exclusiva pela aerossolização das secreções respiratóriascontaminadas. Os sintomas clássicos envolvem tosse, febre e sudorese noturna. A tosse está presente pratica-mente todos os casos, sendo seca no inicio, progredindo com aumento no volume de secreções purulentas.Outras queixas comuns são mal-estar, fadiga, perda de peso, dor torácica não pleurítica e dispneia. O diagnos-tico é feito pelo teste tuberculínico (PPD), radiografia de tórax e esfregaço e cultura de escarro. O PPD é umareação intra-dérmica com a tuberculina PPD. Quando positiva, indica contato com o agente causador da tuber-culose. A radiografia de tórax é essencial, e o achado típico é um infiltrado fibronodular das regiões apicais. Asculturas são o padrão ouro para o diagnóstico, porém demoram de 3 a 6 semanas para a identificação daespécie¹ e frequentemente mostram negatividade. As drogas usadas no tratamento de primeira linha sãoRifampcina(600mg VO), Isoniazida (300mg VO), Pirazinamida(20 a 30 mg/kg VO) e Etambutol 15/20 mg/kgVO). O esquema é divido em duas etapas. Na 1ª fase (ou de ataque), 4 drogas são administradas em comprimi-dos com dosagens fixas de Rifampicina 150mg, Isoniazida 75mg, Pirazinamida 400mg e Etambutol 275mg. Na

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2ª fase (ou de manutenção) 2 drogas, Rifampicina e Isoniazida são administradas em comprimidos com dosa-gens fixas.

O pneumotórax se caracteriza pelo acúmulo de ar no interior do espaço pleural, com algum grau decolapso pulmonar. O pneumotórax espontâneo secundário ocorre associado a uma doença pulmonar subjacen-te e demonstra maior gravidade. Apresenta maior incidência em pacientes do sexo masculino e idade acima dos45 anos. A pneumopatia subjacente mais freqüente é a doença pulmonar obstrutiva crônica, principalmente oenfisema bolhoso. Pode ocorrer também como complicação de tuberculose, pneumonia e neoplasia pulmonar.No pneumotórax, em mais de 90% dos casos observa-se dor torácica ventilatório-dependente, com localizaçãono hemitórax acometido e possibilidade de irradiação frênica. O segundo sintoma mais frequente é a dispneia,seguido pela tosse seca. Ao exame físico, pode haver enfisema subcutâneo, diminuição ou abolição do murmú-rio vesicular e frêmito tóraco-vocal no hemitórax afetado e timpanismo à percussão,² além dos achados físicosde taquicardia, taquipnéia, hipertensão e queda da saturação da hemoglobina. Hipotensão e desvio traquealpodem ser encontrados se ocorrer pneumotórax hipertensivo. A suspeita de pneumotórax é feita quando umpaciente apresenta os sintomas e sinais descritos acima, e depois confirmada com uma radiografia de tórax³em geral nas incidências póstero-anterior e perfil².Pneumotórax aparece como uma coleção radiolúcida entre apleura visceral e parietal na parte superior do tórax em uma radiografia na posição vertical. Em contraste, o arlivre se concentra na região anterior do tórax quando o paciente está em decúbito dorsal, deslocando o ângulocostofrênico inferiormente e criando um sinal de "profundo sulco". O sinal de profundidade do sulco refere-se aum aumento unilateral do tamanho aparente do ângulo costofrênico. Utilizando o modo M, a ausência de"pulmão deslizante" é indicativo da presença de um pneumotórax. Não há forte evidência para a colocação dedreno torácico de rotina em todos os pacientes que desenvolvem um pneumotórax durante a recepção deventilação mecânica. No entanto, mais de 30% dos pneumotórax em pacientes em ventilação mecânica podemevoluir para pneumotórax hipertensivo, indicando que todos os pacientes devem ser cuidadosamente monitoriza-dos. A decisão de colocar um dreno torácico ou monitorar o pneumotórax deve ser feita caso a caso, depois deconsiderar todo o cenário clínico. A colocação imediata de um dreno torácico é indicada em pneumotóraxhipertensivo. A toracostomia também é apropriada se o pneumotórax prejudicar as trocas gasosas ou se ele forgrande, persistente ou progressivo. O enfisema subcutâneo ocorre quando o ar entra em tecidos sob a pele.Ocorre geralmente na pele que cobre a parede do tórax ou do pescoço, mas também pode ocorrer em outraspartes do corpo. Uma das causas mais frequentes de enfisema subcutâneo é a ruptura do tecido pulmonar. Oar libertado a partir dos alvéolos durante o trauma procura uma via de escape a partir dos pulmões O arlibertado a partir dos alvéolos durante o trauma procura uma via de escape a partir dos pulmões, e o mediastinoé uma das vias que ele pode seguir a partir do tecido pulmonar. Na área do mediastino, ele sobe até o pescoço,onde ele fica preso sob a pele. O enfisema subcutâneo geralmente se apresenta como aumento do volume dostecidos moles, indolor. A compressão efetuada no tecido mole revela crepitação4. É uma condição rara, equando ocorre, as possíveis causas incluem colapso pulmonar (pneumotórax), frequentemente com fratura decostela; fratura dos ossos da face; lesão brônquica por tubo endoscópico e rotura de esôfago. Pode acontecerdevido a trauma contuso, vômitos forçados (síndrome de Boerhaave), ferimentos por arma de fogo, raramenteapós procedimentos médicos como endoscopia, punção de cateter venoso central, intubação e broncoscopiaquando há posicionamento deficiente de dreno torácico, devido a recuo do dreno, que provoca abertura parietal,com fuga de ar em torno do dreno³. O ar também pode ser encontrado entre as camadas da pele nos membrossuperiores e inferiores e no dorso, durante certas infecções, incluindo gangrena gasosa. O enfisema subcutâ-neo também pode ser visto em uma imagem radiográfica simples em área de tecido mole, aparecendo comofaixas radiolúcidas em todo o tecido subcutâneo e muscular. Em geral, enfisema subcutâneo devido a barotraumapulmonar é auto-limitado, e somente medidas de suporte são necessárias para a resolução4.

Palavras-Chave: pneumotórax, tuberculose pulmonar, enfisema subcutâneo.

Agradecimentos: As alunas desse trabalho agradecem o professor-orientador Dr.Osvaldo Merege Vieira Neto,por suatransmissão de conhecimento, apoio, dedicação e disponibilidade para construção do relato.

Bibliografia:

1. Goldman L; Ausiello A,Cecil Medicina.Tradução da 23º ed.Rio de Janeiro;Elsevier editora,2009.

2. Junior JLS. Título: Pneumotórax em hospital geral: análise dos casos e condutas., Arquivos Catarinenses de Medicina,disponível em: http://www.acm.org.br/revista/pdf/artigos/480.pdf .Acesso em 21/05/2012.

3. Porto, Celmo Celeno. Exame clínico: bases para a prática médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

4. Uptodate - Pulmonary barotrauma during mechanical ventilation - Robert C Hyzy, Polly E Parsons, Kevin C Wilson.

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PT.075 - PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS, OBESIDADE E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EMLUANDA-ANGOLA/ÁFRICA

Evaristo Neto ADA, Monteiro LZ, Foss-Freitas MC, Foss MCDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A transição do perfil epidemiológico brasileiro tornou as doenças crônicas nãotransmissíveis(DCNT) alvo de diversos estudos, principalmente em indivíduos de idade mais avançada (Camarano, 2002).Assim, o objetivo foi determinar a prevalência de diabetes mellitus, obesidade e hipertensão arterial sistêmicana população da cidade de Luanda-Angola/África.

Métodos: Foi realizado um estudo transversal usando o método de amostragem por conglomerados,realizado entre março de 2009 e abril de 2011. Foram selecionados aleatoriamente 709 indivíduos de uma árearepresentativa da cidade de Luanda, sendo 409 (58%) do sexo feminino. O índice de resposta do grupo inicialmen-te selecionado foi de 71%. O inquérito foi realizado em duas etapas. Na primeira etapa foi aplicado o questionárioI que se destinava à coleta de informações clínicas, medição de características antropométricas e determinaçãoda glicemia após jejum de, pelo menos, oito horas. Foi utilizado o método de determinação da glicemia capilarcom glicosímetro portátil. O resultado era considerado positivo se a glicemia capilar fosse ≥ 100 mg/dl (ponto decorte) e negativo se a glicemia capilar fosse < 100 mg/dl. Os indivíduos com diagnóstico prévio de diabetes eaqueles com glicemia capilar ≥ 200 mg/dl eram classificados como diabéticos e prescindiam da segunda etapa.Todos os indivíduos com resultado positivo (glicemia capilar ≥ 100 mg/dl, mas < 200 mg/dl), eram convocadospara a segunda etapa do inquérito (questionário II), que incluía a determinação da glicemia capilar 2 h apósingestão de uma solução de 75 g de glicose em 300 ml de água. Se a glicemia capilar pós-sobrecarga de glicosefosse <140 mg/dl, o indivíduo era considerado normal (tolerância à glicose normal), se ≥ 140 mg/dl e < 200mg/dl era classificado como indivíduo com tolerância diminuída à glicose e se ≥ 200 mg/dl como indivíduodiabético. Cada sexto indivíduo com teste negativo também era convocado para a segunda etapa.

Resultados: A prevalência de diabetes na amostra estudada foi de 7,1%, sendo que 12,9% apresenta-ram tolerância diminuida à glicose. De um total de 50 diabéticos, em 32 deles (64%) o método de diagnósticofoi através da glicemia em jejum e nos restantes 18 (36%) através do teste de tolerância oral à glicose. Vinte etrês destes diabéticos (46%) eram previamente conhecidos. A frequência de diabetes aumentou com a idade,sendo que entre as mulheres houve um predomínio significativo da frequência na faixa 60 a 69 anos. Em ambosos sexos, a frequência das alterações da homeostase glicêmica aumentou com a idade. A prevalência deobesidade, sobrepeso e obesidade abdominal foi de 18,8%, 9,3% e 47,1%, respectivamente. Sobrepeso eobesidade estão presentes na maioria do grupo de diabéticos (62%) e dos indivíduos com tolerância diminuídaà glicose (61,9%), assim como, a obesidade abdominal também está presente na maioria dos diabéticos (78%)e dos indivíduos com tolerância diminuída à glicose (84,8%). A prevalência de hipertensão arterial foi de 21,2%.A frequência relativa de HAS foi maior nos diabéticos (48%) do que nos indivíduos com tolerância diminuída àglicose (25%) e do que nos indivíduos sem alterações da homeostase glicêmica (18%).

Conclusões: Os resultados encontrados são similares aos encontrados em estudos mais recentes,realizados em países da África Central (Camarões e República Democrática do Congo) e chamam a atençãopara a magnitude do problema das doenças não transmissíveis em Luanda-Angola/África.

PT.076 - PERFIL METABÓLICO E COMPOSIÇÃO CORPORAL EM MULHERES COM LIPODISTROFIA PARCIALFAMILIAR TIPO DUNNIGAN

Monteiro LZ, Foss-Freitas MC, Pereira FA, Montenegro Jr RM, Foss MCDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A Lipodistrofia Parcial Familiar tipo Dunnigan (LPFD), é uma doença rara caracterizadapor hipertrigliceridemia e resistência à insulina. Pacientes afetados geralmente apresentam perda regionais degordura coporal e hipertrofia muscular (Garg,A. Bioch Biophys Acta, v.1791:507, 2009). Assim, o objetivo foiverificar a correlação entre o perfil metabólico e composição corporal em mulheres com e sem LPFD.

Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e transversal conduzido em 14 mulheres diagnosticadas comLPFD, seguidas na Clínica de Diabetes/Metabolismo do HC-FMRPUSP. O grupo controle foi constituído de 14mulheres voluntárias, saudáveis, pareadas quanto à idade, peso, altura e IMC em relação às pacientes com LD,onde foram verificadas as variáveis antropométricas e composição corporal (DXA). O sangue foi coletado apósjejum de 12 hs para análise de glicemia, hemoglobina glicada (HbA1c), insulina, colesterol total (CT), triglicérides(TG), HDL- colesterol e ácido úrico. Na análise estatística utilizamos o STATA, versão 9.0, o teste de Wilcoxon,para comparação entre os grupos e para verificar a correlação entre as variáveis utilizamos o coeficiente decorrelação de Spearman (rs). O nível de significância foi p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética emPesquisa do Hospital das Clinicas e da FMRP - USP, sob o protocolo n.º11851/09.

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Resultados: As mulheres com LPFD apresentaram idade = 35,8±13 anos, peso = 58,6±5,9 kg, altura= 1,60±0,07 m e IMC = 23±2,1 kg/m2) vs GC (idade = 35,9±13 anos, peso = 63,9±6,7 kg, altura = 1,60±0,06m, IMC = 23,2±2,4 kg/m2. Como esperado, a % gordura total (LPFD = 19,1±4,2% vs GC = 34,8±5% p<0,01)e Massa Magra Total (LPFD = 41,4 kg vs GC = 34,1 kg p<0,01) foram significativamente diferentes entre osgrupos. Verificamos correlações no grupo das mulheres com LPFD entre: gordura total (%) e ácido úrico (rs =0,77; p = 0,00), gordura troncular (%) e ácido úrico (rs = 0,74; p = 0,00), gordura troncular (g) e ácido úrico(rs = 0,59; p = 0,03), massa magra troncular (g) e ácido úrico (rs = -0,59; p = 0,03), gordura troncular (g) ecolesterol total (rs = 0,54; p = 0,05), gordura de membros superiores (%) e ácido úrico (rs = 0,52; p = 0,05),gordura de membros inferiores (%) e ácido úrico (rs = 0,53; p = 0,05), massa magra total (g) e ácido úrico (rs= -0,57; p = 0,03), massa gorda total (g) e ácido úrico (rs = 0,53; p = 0,05). As análises de correlação daglicose de jejum, HbA1c, insulina, HDL-colesterol e triglicérides com as variáveis da composição corporal nãoapresentaram resultado significativo.

Conclusões: Nossos resultados concorda com os de Hartmut (2001), onde avaliaram uma família comLPFD e observaram que a maioria apresentava níveis séricos elevados do perfil metabólico, principalmente,glicemia, insulina e triglicérides. A identificação precoce das pacientes com LPFD possibilita intervenção maisefetiva no tratamento dos mesmos. A dislipidemia é uma característica proeminente e precoce na LPFD.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA-HCFMRPUSP.

PT.077 - ESTUDO DE MARCADORES DE ESTRESSE FISIOLÓGICO EM NADADORES DURANTE OS PERÌODOSPRÉ, PÓS E 24 HORAS PÓS-COMPETIÇÃO

Meliscki GA1, Monteiro LZ1, Vidal TR1, Puggina EF2, Carneseca ES3, Foss MC1, Foss-Freitas MC1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Escola de Educação Física eEsporte de Ribeirão Preto - USP, 3Instituto de Educação e Pesquisa, Fundação Pio XII - Hospital do Câncer deBarretos

Introdução: Modalidades esportivas que requerem elevada potência aeróbia do atleta podem induziruma alta formação de espécies reativas de oxigênio (EROs) (SJODIN, Sports Med, v.(10) p.236, 1990). Aliteratura aponta que o exercício físico aumenta em torno de 25 vezes o volume de oxigênio total consumido e100 vezes nas fibras musculares ativas, permitindo a formação de EROs (TIIDUS, Can J Phys and Pharm, v.(76)p.533, 1998). Considerando que tanto durante o treinamento quanto na competição as possibilidades de forma-ção de EROs são elevadas, as análises de marcadores de estresse oxidativo surgem como uma formidávelferramenta de controle do processo de treinamento ou das alterações ocasionadas por uma competição(ANTUNES NETO, Stress, v.(9) p.107-115, 2006). No entanto, a maioria dos estudos realizados até hoje envol-veram maratonistas ou triatletas, sendo assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o estresse físico em nadado-res de alto rendimento nos períodos Pré, Pós, e 24 horas Pós-Competição (P3).

Métodos: Este estudo foi realizado com 15 atletas da natação, onde foram verificadas as variáveisantropométricas (peso, altura e IMC). O sangue foi coletado nos períodos pré-competição (P1) e pós competi-ção (P2), e 24 horas pós competição (P3), sendo realizadas análises sanguíneas de: Ácido Úrico (AU), Creatina(Cr), Ferro (Fe), Sódio, Creatinaquinase (CPK), Hemoglobina (Hg) e Uréia. Para a análise estatística foi utilizadoo software SAS versão 9.0 e análise de variância (ANOVA). Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética do HC-FMRP/USP nº1609/2011. O nível de significância adotado foi p<0,05.

Resultados: Os nadadores apresentaram (idade = 20±2,66 anos, peso = 75,1±4,72 kg, altura =1,80±0,05 m, IMC = 23,2±1,52 kg/m2, circunferência abdominal = 80,2±3,9 cm), corredores (idade = 23±4,34anos, peso = 76,3±9,01 kg, altura = 1,85±0,04 m, IMC = 22,3±2,13 kg/m2, circunferência abdominal =78,6±3,5 cm). Em relação ao AU (P1: 4,77 - P2: 7,69 - P3: 5,96) foram encontradas diferenças na compara-ção dos períodos P1xP2, P1xP3 e P2xP3; Em relação a Cr (P1: 1,02 - P2: 1,06 - P3: 1,06). Já em relação aoFe (P1:127,57 - P2: 85,79 - P3: 101,43) foram encontradas diferenças na comparação de P1xP2 e P1xP3. Emrelação ao sódio (P1: 140,51 - P2:142,98 - 140,13), foram encontradas diferenças na comparação de P1xP2e P2xP3. A CPK (P1: 268,71 - P2: 447,36 - P3: 316,64). Já a Hb ( P1:15,82 - P2:15,84 - P3:15,65). E Uréia(P1: 35,93 - P2: 33,29 - P3: 35,29). Cr, CPK, Hb e Uréia não apresentaram diferença estatística.

Conclusão: Assim como em outros estudos os quais avaliaram atletas de diferentes esportes (CUNHA,Ver Bras Med Esp, v.(12) p.297, 2006). Nós pudemos verificar que o alto estresse imposto pelo treinamento ecompetições pode causar alguns danos à saúde do atleta, podendo interferir de maneira negativa no seudesempenho esportivo. A avaliação periódica destes parâmetros pode ajudar na identificação precoce deoverreaching e overtraining.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA HC-FMRP/USP

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PT.078 - ANÁLISE DO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO NOS PERÍODOS PRÉ E PÓS-COMPETIÇÃO EM ATLETASDE ALTO RENDIMENTO

Meliscki GA1, Monteiro LZ1, Vidal TR1, Puggina EF2, Carneseca ES3, Foss MC1, Foss-Freitas MC1

1Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Escola de Educação Física eEsporte de Ribeirão Preto - USP, 3Instituto de Educação e Pesquisa, Fundação Pio XII - Hospital do Câncer deBarretos

Introdução: A prática regular de atividade física tem sido recomendada para a prevenção e reabilita-ção de várias doenças crônicas por diferentes associações de saúde no mundo (ACSM, Med Sci Sports Exerc,v.(33) p.2145, 2001). Demonstrado que a prática regular de exercício físico apresenta efeitos benéficos naprevenção e tratamento da hipertensão arterial, resistência à insulina, diabetes, dislipidemia e obesidade (LAKKA,Med Sci Sports Exerci, v(35) p.235, 2003). Apesar do claro benefício da prática de atividade física sobre asensibilidade à insulina, há situações em que o exercício agudo não melhora a sensibilidade à insulina e podeaté piorá-la, como no caso de uma maratona (TUOMINEM, Am J Physiol, v(270) p.336, 1996). Sendo assim, oobjetivo deste estudo é avaliar as alterações no perfil glicêmico e lipídico em atletas de alto rendimento nosperíodos pré e pós-competição.

Métodos: Este estudo foi realizado com 23 atletas do sexo masculino, sendo: 15 atletas da natação,08 do atletismo, onde foram verificadas as variáveis antropométricas (peso, altura e IMC). O sangue foi coletadonos períodos pré-competição (P1) e pós competição (P2), sendo realizadas análises sanguíneas: Glicemia,Insulina e Lipidograma - LDL-C (LDL), HDL-C (HDL), Colesterol Total (CT) e Triglicérides. Para a análise estatís-tica foi utilizado o software SAS versão 9.0 e análise de variância (ANOVA). Este estudo foi aprovado pelo Comitêde Ética do HC-FMRP/USP nº1609/2011. O nível de significância adotado foi p<0,05.

Resultados: Os nadadores apresentaram (idade = 20±2,66 anos, peso = 75,1±4,72 kg, altura =1,80±0,05 m, IMC = 23,2±1,52 kg/m2, circunferência abdominal = 80,2±3,9 cm), corredores (idade = 23±4,34anos, peso = 76,3±9,01 kg, altura = 1,85±0,04 m, IMC = 22,3±2,13 kg/m2, circunferência abdominal =78,6±3,5 cm). Em relação às análises realizadas nos períodos P1 e P2 nos nadadores observamos diferençassignificativas nos exames de Glicemia (82,14 - 94,64); LDL (120,5 - 95,79); CT (181,43 - 169,86); Triglicérides(72,29 - 137,21). Já os corredores apresentaram diferenças significativas nos exames de Insulina (3,55 -17,15); Glicemia (79,88 - 120,67); HDL (41 - 44,5);e Triglicérides (56,38 - 109,33).

Conclusão: Assim como TUOMINEM (Am J Physiol, v(270) p.336, 1996), nós também encontramosalterações no perfil glicêmico e lipídico após uma competição em atletas de alto rendimento, porém nossotrabalho foi realizado com atletas de provas mais curtas. Estes resultados mostram que apesar dos atletasavaliados participarem de provas mais curtas, os vários dias em que são realizadas as competições tem umaforte influência sobre os parâmetros avaliados, podendo interferir na saúde e na recuperação dos atletas.Sendo assim, estratégias relacionadas à suplementação e alimentação dos atletas devem ser adotadas pelacomissão técnica, a fim de minimizar as alterações aqui encontradas.

Apoio Financeiro: CAPES, FAEPA HC-FMRP/USP

PT.079 - RECEPTOR DE GLICOCORTICOIDE E PERFIL DE CITOCINAS NA SENSIBILIDADE AOS GLICOCORTICOIDESEM PACIENTES EM HEMODIÁLISE

Frezza G, Colli LM, Castro MDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Os glicocorticoides (GC) são essenciais para a manutenção da homeostase e permitem aoorganismo responder ao estresse. A resistência aos GC já foi descrita em diversas condições clínicas, incluindoa doença renal crônica (DRC).

Objetivo: A finalidade deste trabalho é avaliar a sensibilidade aos GC e fatores que poderiam influenciá-la em pacientes com DRC terminal em programa de diálise.

Material e Métodos: Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética do Hospital das Clínicas da FMRPUSP (processo nº455/2003). Foram avaliados 36 pacientes com DRC em programa de hemodiálise e 31indivíduos controles sadios. Dois testes in vitro foram realizados para avaliação da sensibilidade aos GC: inibiçãopela dexametasona da proliferação de células mononucleares de sangue periférico (PBMC) estimulada pormitógeno e estudo da ligação do receptor de GC (Binding assay). A expressão em PBMC das isoformas α e β doreceptor de glicocorticoides (RG), interleucina (IL) 1B, IL2, IL4, IL6, IL8, IL10, fator de necrose tumoral alfa(TNFa≥) e interferon gama (INFγ) foi avaliada através de reação em cadeia da polimerase em tempo real.

Resultados: Os pacientes com DRC apresentaram uma menor afinidade (mediana do Kd de 7,2nM vs3,6nM; p=0,01) de seus receptores e um menor número de sítios de ligação específicos para GC (mediana doBmax de 3,1fmol/mg de proteína vs 6,0fmol/mg de proteína; p=0,006) quando comparados aos controles. Ospacientes com DRC apresentam uma expressão da isoforma α do RG semelhante ao grupo controle. No entanto,apresentam uma expressão 750 vezes maior da isoforma β (p<0,0001). Avaliando a expressão do RGβ, pode-se

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notar uma correlação significante com a expressão de IL8 (r = 0,40; p = 0,01) e com o TNFα (r = 0,43; p =0,007). As citocinas IL2, IL4, IL6, IL10 apresentaram uma tendência de associação (0,10; 0,06; 0,09; 0,07;respectivamente). As demais citocinas (IL1B e INFγ) não evidenciaram correlação significativa.

Conclusões: Nosso estudo evidenciou uma maior resistência aos GC, confirmada por uma redução naafinidade e no número dos seus receptores. Os pacientes com DRC apresentam ainda uma elevação na expres-são da isoforma do RGβ que se associa a um aumento da expressão da maioria das citocinas estudadas sugerin-do que o perfil de citocinas pro-inflamatórias poderia contribuir para o aumento na expressão do RGβ e influen-ciar na resistência aos GC. Os autores agradecem a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo(FAPESP 2007/58365-3) pelo financiamento deste trabalho.

PT.080 - EFICÁCIA COMPARATIVA DAS FORMULAÇÕES DESOXICOLATO E LIPOSSOMAL DE ANFOTERICINAB NA CRIPTOCOCOSE EXPERIMENTAL

Schiave LA1, Vitali LH1, Nascimento E1, Silva JPL2, Martinez R1

1Departamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Laboratório de Microbiologia -HC-FMRP-USP

Introdução: A anfotericina B é a droga de escolha para o tratamento das micoses sistêmicas, principal-mente para a criptococose. O uso da anfotericina B desoxicolato é limitado pelos efeitos adversos associados aoseu uso, levando ao desenvolvimento de formulações lipídicas como alternativa terapêutica. Com a diminuição datoxicidade, estas formulações podem ser utilizadas em uma concentração maior e período de tempo menor. Nopresente estudo avaliou-se a eficácia de anfotericina B desoxicolato e anfotericina B lipossomal para a condiçãodose/tempo (dose menor com tempo maior de tratamento, e dose maior com tempo menor de tratamento).

Métodos: Para cada experimento foram utilizados 50 camundongos BALB/c [Comissão de Ética emExperimentação Animal nº 003/2008]. Cada animal foi inoculado com 0,5mL de suspensão com 5.106 unida-des fúngicas de C. neoformans. No primeiro experimento utilizou-se anfotericina B lipossomal 1mg/Kg depeso/dia por 3 semanas, e para 3mg/Kg de peso/dia, foi de 1 semana. Anfotericina B desoxicolato 1mg/Kgde peso/dia foi utilizado por 3 semanas. No experimento seguinte, o tratamento com anfotericina B lipossomal,1mg/Kg de peso/dia foi de 5 semanas e para 3mg/Kg de peso/dia, 2 semanas. Anfotericina B desoxicolato1mg/Kg de peso/dia foi utilizado por 5 semanas. Ao final do tratamento, os camundongos foram sacrificadose foram utilizados o baço e o cérebro para a quantificação da infecção através da contagem das UnidadesFormadoras de Colônia.

Resultados: No primeiro experimento, no baço houve uma diferença estatisticamente significanteentre o grupo controle em relação aos grupos tratados, porém não houve diferença entre os grupos que rece-beram os diferentes tratamentos. No cérebro os resultados demonstraram uma tendência à redução de UFCmediana nos animais que receberam anfotericina B desoxicolato (1mg/Kg, 3 semanas) e lipossomal (3mg/Kg,1 semana), porém não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos testados em nenhuma dascondições. No segundo experimento observou-se que houve uma tendência na diminuição do número de UFCpara o grupo que recebeu o tratamento com anfotericina B desoxicolato 1mg/Kg de peso durante 5 semanas,tanto no baço assim como no cérebro. Neste experimento não houve diferença estatisticamente significante emqualquer das condições experimentais.

Conclusão: Anfotericina B desoxicolato 1mg/Kg de peso durante 3 a 5 semanas, causou redução dacarga fúngica na criptococose murina semelhante à da anfotericina B lipossomal de 3mg/Kg de peso por 1 a 2semanas, sendo mais eficiente do que esta última formulação na dosagem de 1mg/Kg de peso por 3 a 5semanas.

Apoio Financeiro: CAPES; FAEPA-HC/FMRP

PT.081 - RELATO DE CASO: MULHER, 75 ANOS COM TOSSE, HEMOPTISE E CAVIDADE PULMONAR

Oliveira LN1, Invernise B1, Costa EG1, Vega NA2, Ortega HAV2

1Medicina - Centro Universitário Barão de Mauá, 2Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica - Santa Casa deMisericórdia de Ribeirão Preto

Introdução: Cistos broncogênicos são lesões benignas e congênitas oriundas de malformaçõesbroncopulmonares que ocorrem durante a embriogênese. Podem ser encontrados em mediastino ou parênqui-ma pulmonar e raramente ocorrem em locais fora da cavidade torácica. Os sintomas mais comuns são tosse,dispneia, dor torácica, febre, hemoptise e disfagia. Podem ocorrer complicações como tosse persistente, sibilância,infecção e insuficiência respiratória. Na tomografia computadorizada (TC) de tórax observa-se lesão cística,arredondada, de paredes definidas e com presença de nível hidroaéreo ou conteúdo homogêneo. Por vezes,diversas situações foram confundidas com infecções pulmonares e, por vezes, tratadas como pneumonia outuberculose pulmonar.

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Métodos: Relato de caso de cisto broncogênico que foi previamente tratado como tuberculose pulmo-nar.

Resultados: Mulher, 75 anos, com tosse, expectoração purulenta e hemoptóicos há oito meses. Indi-cado tratamento clínico para tuberculose pulmonar durante seis meses (prova terapêutica) e não apresentoumelhora dos sintomas. Foi encaminhada para serviço de pneumologia e cirurgia torácica da Santa Casa deMisericórdia de Ribeirão Preto onde realizou tomografia computadorizada de tórax que evidenciou lesão císticaem lobo inferior direito. Foi submetida à lobectomia sem intercorrência e o anatomopatológico confirmou cistobroncogênico. Recebeu alta hospitalar e está assintomática no período pós-operatório.

Conclusão: O atraso no diagnóstico de doenças pulmonares congênitas pode implicar em tratamentosclínicos e hospitalizações desnecessárias. Portanto, a hipótese diagnóstica de cisto broncogênico deve serconsiderada em pacientes com lesão cística pulmonar e infecção recorrente.

PT.082 - RADIOTERAPIA POR INTENSIDADE MODULADA (IMRT) PARA PACIENTES DO SUS

Yoshinari JR GH, Oliveira HF, Trevisan FA, Peria FMDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: A IMRT representa um dos mais importantes avanços técnicos na radioterapia (RT) desdeo advento do acelerador linear clínico, por aperfeiçoar a administração da dose de radiação em volumes alvos(região de tratamento) e reduzir a toxicidade nos tecidos normais adjacentes. Porém, requer maior dedicação etempo da equipe de médicos, físicos médicos, dosimetristas e técnicos em radioterapia durante o planejamen-to, controle de qualidade e otimização dos princípios tridimensionais da RT moderna.

O acesso à RT de alta tecnologia para pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é limita-do, muitas vezes, pela capacidade instalada frente à demanda e também pela dificuldade de retenção de recursoshumanos especializados formados nos próprios ambientes universitários. Desta forma, a disponibilidade de servi-ços de RT que oferecem tratamentos com técnicas de IMRT é restrito a poucos centros no país. O objetivo destetrabalho é apresentar as características dos primeiros 100 tratamentos de radioterapia por IMRT durante oprimeiro ano de instalação da técnica em Hospital Universitário para pacientes do SUS.

Métodos: Foram analisados os 100 primeiros planejamentos realizados para IMRT, de agosto de 2010a setembro de 2011, incluindo apenas aqueles pacientes que completaram a RT proposta. Foram analisadas ascaracterísticas demográficas e auqeles referentes ao planejamento do tratamento. Antes do procedimento foiobtida a assinatura dos pacientes ou responsáveis de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido onde contin-ha as informações sobre o tratamento, suas indicações e eventos adversos da técnica.

Resultados: A técnica empregada foi de multilâminas (MLC) estáticas. Foram tratados no período1233 pacientes, sendo 100 através de IMRT (8,1% do total de RT). A idade média dos pacientes submetidos aotratamento pela técnica foi de 62 anos, com o paciente mais jovem com 4 anos e o mais idoso com 92 anos. Osprincipais sítios de tratamento foram para região da cabeça e pescoço (39,21%), crânio (30%), próstata(15,5%). A média de dose de radiação (em cGy) para aplicações em crânio foi de 5500, com média no númerode frações de 25, média de 6 campos e 211 segmentos por tratamento. Para aplicações em cabeça e pesco-ço, a média de dose de radiação foi de 6000 cGy, a média do número de frações foi de 33, do número decampos foi 6,8, de segmentos por tratamento foi de 291. Para o tratamento da próstata, a média da dose deradiação foi de 7300 cGy, do número de frações foi de 37, do número de campos foi 6 e de segmentos foi de220. Foi verificada toxicidade em 11% dos pacientes.

Conclusões: A inserção da IMRT no rol de procedimentos do SUS, para indicações justificadas, podebeneficiar os pacientes, principalmente por apresentar menores índices de toxicidade. O alto custo dos equipa-mentos e impostos embutidos, a dificuldade de credenciamento SUS, o treinamento e remuneração da equipetambém são grandes desafios na oferta da IMRT para os pacientes do SUS. O desenvolvimento de um protocolode indicação precisa para o tratamento IMRT pode favorecer o acesso a uma população maior, que se benefi-ciaria deste procedimento.

Agradecimentos: : Equipe de Radioterapia do HCFMRP-USP.

PT.083 - PERFIL DE ESTRÔNCIO EM PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV EM USO DA TERAPIAANTIRRETROVIRAL

Barbosa EGMM1, Paula FJA2, Machado AA2, Pereira FA2, Barbosa Junior F3, Navarro AM2

1Faculdade de Ciências Farmacêuticas - Alimentos e Nutrição - Universidade Estadual Paulista Júlio de MesquitaFilho, 2Departamento de Clinica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 3Ciências Farmacêuticas- Faculdade de Farmácia de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Os micronutrientes possuem um impacto positivo na densidade mineral óssea (DMO),como por exemplo, o cálcio, vitamina D, magnésio e o estrôncio. Estudos relatam o papel importante do estrôncio

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na inibição da reabsorção ósseo. Ao mesmo tem pacientes em uso de terapias antirretrovirais de alta atividadetem maior prevalência de doença óssea.

Objetivo: Investigar a relação entre as alterações na DMO e o perfil bioquímico do estrôncio empacientes HIV, na ocorrência de doença óssea.

Métodos: Foi realizado DXA (Dual energy x-ray absorptiometry), análise bioquímica do estrôncio emedidas antropométricas de 50 homens adultos, soropositivos para HIV do Hospital das Clínicas da Faculdadede Medicina de Ribeirão Preto, com diferentes cargas virais, em tratamento ou não com TARV. Os participantesforam subdivididos segundo o uso ou não da TARV, sendo Grupo A: 10 participantes virgem de TARV; Grupo B:com TARV > 2 anos, sendo subdivididos em: Grupo B1: 10 com uso de Inibidores de Protease (IP) e Inibidores deTranscriptase Reversa Análogos de Nucleosídeos e Nucleotídeos (ITRNs); Grupo B2: 10 participantes sem uso deIP, somente com ITRNs e Inibidores da Transcriptase Reversa Não-Análogos de Nucleosídeos (ITRNNs); Grupo C:com TARV < 2 anos, subdivididos em: Grupo C1: 10 com IP e ITRNs e Grupo C2: 10 sem uso de IP, somente comITRNs e ITRNNs.

Resultado: a idade média foi maior no Grupo B2: 48,4 anos ± 11,94. A média do índice de massacorpórea (Kg/m²) foi maior no Grupo C2: 24,44 ± 3,92 e menor no Grupo A: 20,45 ± 6,7. A carga viral foiindetectável nos Grupos B1 e B2. A média do CD4 (mm³) foi maior no Grupo B1: 605,4 ± 205,9 e menor noGrupo C1: 378,2 ± 279,2. A % de osteopenia considerando DXA corpo total, foi Grupo A e C1: 40%; Grupo B1e C2: 50%; Grupo B2: 80%. Foi encontrado osteoporose nas leituras do DXA para coluna lombar do Grupo A eB1: 10% e no fêmur total do Grupo B2: 10%. Não houve diferença significativa entre os valores sérico e urináriode estrôncio para os diferentes grupos. Os valores séricos foram maiores no Grupo C1: 36,9 µg/L ± 11,9 emenor no Grupo C2: 33,1 µg/L ± 15,2 e na urina 24h foi maior no Grupo A: 129,13 µg/L ± 66,6 e menor noGrupo B2: 86,62 µg/L ± 58.

Conclusão: Na maioria dos homens estudados verificou-se uma desmineralização óssea (osteopenia/osteoporose), principalmente com os voluntários sem uso de IP (Grupo B2). Em relação aos valores sérico eurinário de estrôncio todos estavam normais.

O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética do HCRP-USP, processo 2605/2010. Apoio Financeiro da Fundação deApoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência - FAEPA do HCRP-FMRP.

Bibliografia:Aaseth J., et al. J Trace Elem Med Biol., vol. 26(2-3):149-52, 2012.Foca E., et al. BMC Infectious Diseases, vol. 12:38, 2012.Lima AL., et al. HIV AIDS (Auckl), vol. 3:117-24, 2011.Lymperi S., et al. Blood, vol. 111(3): 1173-1181, 2008.Moise H., et al. Bone, vol. 51(1):93-7, 2012.Netto O. S., et al. Radiol. Bras., vol. 40(1):23-25, 2007.Ofotokun I., et al. Discov. Med., vol. 11(60): 385-93, 2011.

PT.084 - AVALIAÇÃO DE MEDIDAS DE FÁCIL APLICABILIDADE CLÍNICA PARA ACOMPANHAMENTO DEALTERAÇÃO DE COMPOSIÇÃO CORPORAL DE PACIENTES SOROPOSITIVOS PARA HIV

Beraldo RA, Vassimon HS, Navarro AM, Foss-Freitas MCDepartamento de Clínica Médica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Pacientes soropositivos para HIV têm apresentado mudanças de composição corporal,como lipoatrofia em determinadas regiões e lipohipertrofia em outras, fazendo parte da síndrome da lipodistrofia.Torna-se importante acompanhar a quantidade de gordura por segmento utilizando métodos práticos e de baixocusto afim de otimizar o tratamento deste grupo.

Objetivos: Correlacionar composição corporal por segmento de corpo obtida por medidas antropomé-tricas e por bioimpedância elétrica (BIA) segmentar com a sbsorciometria de duplo fóton (DXA) em pacientessoropositivos para HIV em terapia antirretroviral.

Métodos: Foram aferidas circunferências (braço, cintura, quadril, coxa e panturrilha), pregas cutâneas(bíceps, tríceps, subescapular, supra-ilíaca) e realizados exames de análise de bioimpedância elétrica (BIA)segmentar e DXA. Para análise, utilizou-se teste de Pearson para correlação e Sta Laurent para avaliar concor-dância entre variáveis.

Resultados: Foram avaliados 26 pacientes, 35 % apresentava sobrepeso. A prega cutânea do tríceps(PCT), circunferência da cintura(CC) e da coxa (CCo) apresentaram correlação significativa com medidas obti-das pelo padrão-ouro (p<0,01). Não houve concordância entre valores obtidos por BIA segmentar e DXA.

Conclusões: Medidas antropométricas como PCT, CC e CCo são importantes no acompanhamento dasalterações de composição corporal de pacientes soropositivos para HIV em terapia antirretroviral. O método BIAsegmentar não se mostrou adequado para avaliar composição corporal em pacientes soropositivos para HIV.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP

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PT.085 - LINFOMA DIFUSO DE GRANDES CÉLULAS-B EM SEIO MAXILAR

Andrade DES1, Casale EF1, Pinese PFM1, Andrade RF1, Duch CR2, Ravinal RC3

1 Aluno do 4º ano do curso de medicina - UNIARA, 2Professora da disciplina da Hematologia - UNIARA, médicaHematologista responsável pelo serviço de Onco Hematologia do Hospital de Ensino da Santa Casa de Araraquara.,3 Professor da disciplina de Patologia. UNIARA; Centro Universitário Barão de Mauá; Faculdade de Medicina deRibeirão Preto da USP

O Linfoma Difuso de Grandes Células B possui instalação extremamente rápida e uma evolução agres-siva, e pode levar à morte rapidamente, entretanto com tratamento precoce e adequado apresenta um altopotencial de cura. Este relato de caso descreve o diagnóstico, quadro clínico e tratamento de um paciente quefoi diagnosticado com Linfoma Difuso de Grandes Células-B no seio maxilar e com deformação de hemifacedireita.

AbstractThe Difuse Large B-Cell Lymphoma has an extremely rapid onset and agresive evolution and can lead to

death rapidly, however with adequate and early treatment it presents a higly cure potential. In this case wedescribe the diagnosis, clinical course and treatment of a patient that was diagnosed with a Difuse Large B-CellLymphoma in maxillary sinus and right side face deformation.

Palavras-Chave: Linfoma Não-Hodgkin, Linfoma De Grandes Células B, Seio Maxilar, Linfoma B CD20+, Neoplasiade Células Redondas.

PT.086 - CARCINOMA DE PARATIREÓIDE: RELATO DE CASO

Kato M1,2, Batista SL3, Denardi RC1,2, Pitella FA2, Wichert-Ana L1, Paula FJA3

1Seção de Medicina Nuclear - HCRP - FMRP, 2Dimen - Ribeirão Preto, 3Endocrinologia - Departamento de ClínicaMédica, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Carcinoma de paratireóide é uma doença pouco freqüente, de etiologia desconhecida, caracterizadapor hipercalcemia dependente de PTH. Incide em 1 a 5% dos pacientes com hiperparatireoidismo primário.Muitos casos têm sido descritos em pacientes com irradiação cervical prévia e alguns podem ocorrer dentro doadenoma/hiperplasia das paratireóides e em estados prolongados de hiperparatireoidismo secundário. Os acha-dos são de hiperparatireoidismo primário, com nuances que sugerem malignidade: níveis muito elevados dePTH, hipercalcemia grave e maior envolvimento renal e esquelético. A disseminação metastática é pela viahematogênica, mas pode ser pela via linfática. Ocorre acometimento linfonodal cervical(30%), pulmonar(40%)e hepático(10%) e, mais raramente, envolvimento ósseo, pleural, pericárdico e pancreático. Não existem dire-trizes para carcinoma de paratireóide na literatura. Relataremos a abordagem de um caso.

MSS, 34 anos, masculino, com perda de 16Kg, náuseas, vômitos, constipação, fadiga, anorexia,fraqueza, parestesias, dores ósseas e febre intermitente há 07 meses, interna para investigação de síndromeconsumptiva e IRC agudizada por hipercalcemia à esclarecer. Ao exame físico: hipocorado (+/4+), IMC 15,6Kg/m² e nódulo de 1,5cm em PILD.

Avaliação laboratorial: Creat 4,0mg/dL, Ur 74mg/dL, Ca++ 2,38 mmoL/L, Catotal 12,6mg/dL, Alb3,8g/dL, POi 2,3mg/dL, FA 330U/L, Calciúria 313mg/24h, PTH 1924pg/mL. US de tireóide: nódulo emPILD compatível com lesão de paratireóide. Radiografias simples: acrosteólise, reabsorção subperiosteal etumor marrom em mãos. US de vias urinárias: nefrolitíase bilateral. DMO: 0,943g/cm² em L1-L4 (-1,3), 0,797g/cm² em QT (-1,4), 0,728 g/cm² em CF (-1,2) e 0,640g/cm² em 1/3 distal do Rádio (-3,2), evidenciandobaixa massa óssea. Cintilografia de Paratireóides: normal. Cintilografia óssea: reação osteogênica em sacroilíacaesquerda.

Paciente submetido a hemitireoidectomia direita e paratireoidectomia inferior e superior à direita.Anátomo-patológico evidenciou carcinoma de paratireóide de 1,2cm, foco de invasão capsular, macronucléolosnas células tumorais, necrose coagulativa, amplas traves de fibrose e índice mitótico >5% (mais de 03 critériosde malignidade), margens cirúrgicas e linfonodos livres.

Paciente manteve hipercalcemia grave e refratária (Catotal 14,9mg/dL, Albumina 3,7g/dL) e níveiselevados de PTH (>2500pg/mL) após a cirurgia, sendo realizada nova investigação. Cintilografia de paratireóidese Corpo inteiro com Sestamibi-99mTc: normal. Ecocardiograma e RNM Cardíaca: lesão infiltrativa em átriodireito e ramo direito de artéria pulmonar. PET/CT com 18F-FDG: padrão hipermetabólico em lesão do átriodireito, em lesão nodular de fossa temporal direita e em adrenal direita, compatível com metástases. Como asmedidas clínicas, abordagem cirúrgica, radioterapia e quimioterapia apresentariam pouca efetividade, o paci-ente fez seguimento em conjunto com equipe de cuidados paliativos até evoluir ao óbito.

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PT.087 - EVIDÊNCIA CINTILOGRÁFICA DE COMUNICAÇÃO PERITÔNEO-ESCROTAL EM PACIENTES COM AU-MENTO DO LÍQUIDO PERITONEAL. RELATO DE CASOS

Kato M1,2, Denardi RC1,2, Pitella FA2, Wichert-Ana L1

1Seção de Medicina Nuclear - HCRP - FMRP, 2Dimen - Ribeirão Preto

A hidrocele é uma coleção de fluido límpido no interior da túnica vaginal. A hidrocele pediátrica é deorigem congênita, e em adultos, de causa secundária, como aumento da pressão intraabdominal, seqüela pós-radioterapia, infecção e trauma local. Vários métodos de imagem podem evidenciar a hidrocele secundária,como a peritoneografia através da Tomografia Computadorizada ou pela Ressonância Magnética. Nesta comu-nicação, relataremos o valor da cintilografia peritoneal no auxílio do diagnóstico de hidrocele devido a comuni-cação peritôneo-escrotal.

Avaliamos o paciente FDS, masculino, 44 anos, portador de cirrose hepática por hepatite C, síndromede hipertensão portal e ascite, com paracenteses mensais de alívio, e aparecimento de hidrocele à direita há 3anos. Recentemente, houve a formação de hérnia umbilical e hidrocele também à esquerda. Ao exame físiconota-se herniação umbilical e aumento da bolsa escrotal, notadamente à direita. O paciente veio para avaliaçãoda presença da comunicação peritôneo- escrotal, visando possível correção cirúrgica. A cintilografia peritonealfoi realizada com a administração peritoneal de 370 MBq de 99mTc-Fitato, e imagens estáticas foram adquiridasnas incidências anterior e lateral de abdômen, bacia e região escrotal 10 minutos, 4, 8 e 24 horas após. Foievidenciada a presença do radiofármaco em bolsa escrotal bilateralmente, notadamente à direita e na hérniaumbilical, confirmando a presença de comunição peritôneo-escrotal e peritôneo-umbilical.

Existem outras causas de aumento da pressão abdominal, incluindo a diálise peritoneal. É o caso dopaciente AP, masculino, 74 anos, portador de insuficiência renal crônica, em diálise peritoneal há alguns anose formação de hidrocele à direita. A cintilografia peritoneal foi realizada com a administração do radiofármacodiluído no interior da bolsa dialítica, e após término da diálise, evidenciou-se a presença do radiofármaco nabolsa escrotal à direita, confirmando a presença da comunicação peritôneo-escrotal, sendo programada acorreção cirúrgica.

A cintilografia peritoneal evidenciou ser um importante auxílio diagnóstico na presença de fístulasperitoneais, devido à presença de comunicação peritôneo-escrotal, peritôneo-umbilical e peritôneo-pleural. Fi-nalmente, a cintilografia pode contribuir na decisão cirúrgica, mesmo em situações de pequena formação delíquido peritoneal, de forma patológica ou induzida.

PT.088 - HEPATITE C E POSSÍVEL HIV FALSO-POSITIVO: UM RELATO DE CASO

Morissugui IN, Souza IS, Freitas MS, Scaliante FA, Almeida MT, Gaggini MCR, Santos JAMCADIP

Introdução: A Hepatite C é causada pelo vírus da hepatite C (VHC), um RNA vírus que possui 6 genótipos,com predomínio no Brasil do tipo 1. Pode ser transmitida basicamente através do sangue contaminado. Odiagnóstico confirmatório se dá pela detecção qualitativa de RNA HCV.¹ Os vírus da Hepatite C (VHC) e daImunodeficiência Humana (HIV) compartilham os mesmos mecanismos de transmissão. Também possuem umpoder de rápida replicação. Decorrente destas semelhanças epidemiológicas, ocorre a alta freqüência da co-infecção pelos dois vírus.²

Resultado: Mulher, 43 anos de idade, artesã, solteira. Compareceu ao Centro de Atendimento aDoenças Infecto-contagiosas e Parasitárias (CADIP) em fevereiro de 2003 buscando tratamento para HIV.Relatou ser HIV-positivo há 16 anos e negou uso prévio de terapia antirretroviral (TARV). Apresentava-se assinto-mática. Exame físico geral e específico sem alterações. Nesta consulta foram solicitados sorologias para VHC,VHB, Lues e realizou nova sorologia para HIV, apresentando dois exames sorológicos positivos para anticorposanti-HIV pelo método ELISA, confirmados por um exame positivo pelo método Western-Blot. Também apresen-tou exame sorológico positivo para anticorpos anti-VHC pelo método ELISA, sendo prescrito tratamento, recusa-do pela paciente. Nas dosagens de carga viral e CD4 posteriores evidenciou-se que a carga viral estava sempreabaixo do limite mínimo de detecção e a contagem de CD4 elevada, não correspondendo aos padrões dadoença, por isso foram solicitados novas sorologias para HIV (método Elisa) e todos mantendo resultados posi-tivos. Decorridos 25 anos do diagnóstico do HIV e ausência de tratamento, não houve progressão da doença.Foi suspeitado ser um falso-positivo ao HIV.

Materiais e métodos: As informações contidas neste trabalho foram obtidas por meio de revisão doprontuário, entrevista com a paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos aos quais a paciente foisubmetida e revisão da literatura.

Conclusão: A co-infecção pelo VHC pode constituir em um co-fator para a progressão para AIDS, poiso VHC induz a proliferação das células CD4 no tecido hepático facilitando a replicação do HIV, especialmentenos pacientes com altos títulos de RNA do VHC e também determinaria um estímulo imunológico inespecíficoatuando na replicação do HIV, sendo assim esperado um aumento da carga de HIV e diminuição de CD4.¹ Os

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exames diagnósticos podem apresentar resultados falso-positivos decorrentes de problemas técnicos ou alte-rações biológicas no indivíduo que determinam reatividade. São várias as causas técnicas sendo todas descar-tadas no caso descrito, devido às várias amostras coletadas durante o acompanhamento. As causas biológicaspossíveis neste caso são: semelhanças antigênicas entre microrganismos, infecções por outros vírus e uso dedrogas endovenosas, sendo descartados doenças auto-imune e aquisição passiva de anticorpos anti-HIV. Nemtodas as reações falso-positivas têm causa definida ou podem ser evitadas.¹; ³. Possivelmente trata-se de resul-tado falso-positivo mas é preciso aguardar mais alguns anos devido ao fato de cerca de 1% dos pacientes soro-positivos progredirem de forma lenta para AIDS. Na literatura foram descritos progressores lentos que demora-ram até 30 anos na evolução para AIDS.¹

Bibliografia:1 - Veronesi: Tratado de Infectologia 3ª ed. Vol. 1 \ editor cientifico Roberto Focaccia. - São Paulo: Editora Atheneu, 2005.2 - Silva ACM.; Barone AA. Fatores de risco para infecção pelo HIV em pacientes com o vírus da hepatite C - Rev. Saúde

Pública, vol.40 no.3, São Paulo, Junho 2006.3 - Testes diagnósticos. Disponível em: <http://www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/olho_vivo/aids/tes_dia.htm>. Acesso

em: 13 Março 2012.

PT.089 - EVOLUÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL NO PÓS-OPERATÓRIO TARDIO DE PACIENTES SUBMETIDOSÀ CIRURGIA BARIÁTRICA PELA TÉCNICA DE DERIVAÇÃO GÁSTRICA EM Y DE ROUX

Malek-Zadeh CH1, Chaves RCP2, Nicoletti CF1, Marchini JS1, Nonino CB1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Faculdade de Medicina deRibeirão Preto - USP

Objetivos: Avaliar a evolução do estado nutricional incluindo mudanças antropométricas e o perfilbioquímico no pós-operatório tardio de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica pela técnica de derivaçãogátrica em Y de Roux no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP-USP).

Métodos/Procedimentos: Trata-se de um estudo retrospectivo composto por pacientes submetidos àcirurgia bariátrica há, pelo menos, 4 anos. Através de revisão de prontuários médicos foram coletados dadosantropométricos (peso, estatura e índica de massa corporal - IMC) e bioquímicos referentes ao período pré-operatório e pós-operatório de 1, 2, 3 e 4 anos. Os exames bioquímicos analisados foram: glicemia de jejum,lipidograma (frações de colesterol total, LDL colesterol, HDL colesterol e triglicérides), hemoglobina, hemató-crito, ferritina, UIBC, saturação do ferro, sódio, potássio, cálcio, zinco, magnésio, ferro, fósforo inorgânico,cobre, uréia, creatinina, proteínas totais, proteína C reativa, albumina, ácido úrico, gama GT, TGO, TGP, ácidofólico e vitamina B12. O presente estudo está em fase de desenvolvimento e serão apresentados dados parciais.

Resultados: Avaliou-se no período pré-operatório e pós-operatório de 4 anos, respectivamente, 444pacientes com idade média de 44,3±10,5 anos e 130 pacientes, com média de idade de 48,5±10,9 anos.Observa-se que após 4 anos da cirurgia, há uma redução da porcentagem de pacientes com inadequação dosexames de glicemia (37% para 6,7%), triglicérides(38,4% para 8,9%), HDL colesterol (30,8% para 5,9%), LDLcolesterol (29% para 18,8% ) e colesterol total (31% para 27% ). Observa-se média de 18% dos pacientesapresentando inadequação dos valores de ferro sérico nos períodos de 3 e 4 anos após a cirurgia. Outras porcen-tagens de inadequações encontradas no período pós-operatório de 4 anos foram de vitamina B12 (16,3%), ácidofólico (42,2%), cobre (14%) e cálcio (13,1%). Observou-se médias de peso nos períodos pré- operatório e pós-operatório de 1, 2, 3 e 4 anos de: 134,3±23,5; 89,9±18,3; 85,9±17,9; 87±17,7 e 88,3±18,2 kg, respectiva-mente. A avaliação do estado nutricional no pré-operatório mostrou que 93,2% dos pacientes apresentavamobesidade grau III. No final do período avaliado, 6,2% dos pacientes alcançaram a eutrofia, 24% apresentaramsobrepeso e 69,8% continuaram obesos (34,1%; 24,1% e 11,6% obesos grau I, II e III, respectivamente).

Conclusões: A cirurgia bariátrica promove, além da perda ponderal evidenciada pelo aumenta daprevalência de indivíduos eutróficos no período pós-operatório, melhora ou resolução das comorbidades associ-adas à obesidade como dislipidemia e diabetes tipo II. Entretanto, deficiências nutricionais ainda são muitofrequentes, demonstrando necessidade de acompanhamento e intervenção nutricional.

Bibliografia:

1. Furtado LC. Nutritional management after Roux-en-Y gastric bypass. Br J Nurs. 2010 Apr; 19(7):428-36.

2. Crookes P. F. Surgical treatment of morbid obesity. Annu Rev Med 2006; 57:243-64.

PT.090 - DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME METABÓLICA NO PACIENTE SOROPOSITIVO PARA HIV

Miyoshi SKB1, Guimarães PM2, Barbosa EGMM2, Machado AA2, Navarro AM2

1 Aluna de Nutrição e Metabolismo - USP, 2Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de RibeirãoPreto - USP

Introdução:A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença de alta prevalência em todoo mundo. O tratamento desses pacientes é baseado na terapia anti-retroviral fortemente ativa (HAART). No entan-

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to, o uso de anti-retroviral é acompanhado de efeitos colaterais graves, incluindo alterações metabólicas. Esseconjunto de distúrbios é conhecido como Síndrome Lipodistrófica do HIV (SLHIV). As alterações dessa síndromesão similares as que ocorrem nos indivíduos portadores de Síndrome Metabólica (SM). A SM é a união de váriosfatores de risco cardiovascular, contribuindo para o aumento da mortalidade entre essas pessoas.

Métodos:A pesquisa foi realizada a partir da análise de dados prontuário médico de pacientes atendi-dos na Unidade Especial de Tratamento para Doenças Infecciosas (UETDI), no Ambulatório de Dislipidemia(ADIS) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP). Durante o período de36 meses, foram selecionados 189 pacientes, destes,44 atenderem os critérios de inclusão e apresentarem asinformações necessárias para o diagnóstico de SM. Desta forma,este numero foi dividido em 2 grupos, um comSM e outro SSM (Sem a Síndrome Metabólica).

Resultados: Dos 44 pacientes analisados, 32 (72,7%) apresentaram a SM e 12 (27,2%) não apresen-taram. Destes 32 pacientes, sendo metade homens e metade mulheres, 13 (40,6%) possuíam HipertensãoArterial Sistêmica (HAS). Os 12 pacientes que não apresentaram SM, constituídos por 9 (75%) homens e 3(25%) mulheres, nenhum possuíam HAS. Os resultados estão descritos na tabela abaixo.

Tabela. Descrição dos dados antropométricos e bioquímicos de acordo com os grupos estudados

Grupos Idade Peso IMC Circ.Ab. Col.T TG LDL HDL Glicemia(anos) (kg) (kg/m²) (cm) (mg/dl) (mg/dl) (mg/dl) (mg/dl) (mg/dl)

SM 48,0±10,0 75,9±14,6 28,4±4,3 98,3±10,8 249,6±130,8 452,8±542,7 125,3±49,7 36,2±7,8 108,1±30,8

SSM 41,0±7,4 70,2±15,9 24,8±4,6 91,8±11,6 249,7±49,0 275,8±128,5 174,4±56,9 38,6±8,0 86,1±7,6

SM: Síndrome Métabólica - SSM: Sem Síndrome Metabólica - Circ. Ab: Circunferência AbdominalCol. T: Colesterol Total - LDL: Lipoproteína de Baixa Densidade - HDL: Lipoproteína de Alta Densidade

Conclusão: Devido à similaridade entre a SLHIV e SM, observamos que a maioria dos pacientes emtratamento apresentaram SM, pois possuíam três das seguintes alterações: circunferência abdominal elevada,triglicérides ≥ 150 mg/dl, HDL < 40 mg/dl para homens e < 50 mg/dl para mulheres, glicemia ≥ 100 mg/dle HAS. Além disso, é possível observar valores de IMC maior do que naqueles SSM. Entretanto, os valores deLDL foram maiores nos pacientes SSM.

Comitê de Ética: Processo HCRP nº 13149/2008

Bibliografia:

Alberti KGMM; Eckel RH; Grundy SM. Harmonizing the Metabolic Syndrome -A Joint Interim Statement of the InternationalDiabetes Federation Task Forceon Epidemiology and Prevention; National Heart, Lung, and Blood Institute;American HeartAssociation; World Heart Federation; InternationalAtherosclerosis Society; and International Association for the Study ofObesity.Circulation.2009;120:1640-1645.

Gkrania-Klotsas E; Klotsas AE. HIV and HIV treatment: effects on fats, glucose and lipids. British Medical Bulletin v. 2, p.1-20, 2007.

PT.091 - PNEUMONIA POR CANDIDA SP EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE

Costa ADRG, Rabelo JV, Gaggini MCR, Andrade VR, Costa NDRGUniversidade Camilo Castelo Branco

Introdução: A pneumonia é uma enfermidade com importante índice de mortalidade e morbidade. Éconsiderada como sendo a maior causa de morte por doenças infecciosas no mundo. Inicialmente, a terapiaadotada para esta patologia é empírica, pois na grande maioria dos casos, apenas 50% possui o agente etiológicoidentificado. O principal causador da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é o Streptococcus pneumoni-ae, além de outros, em menor incidência, como: Stafilococcus aureus, bactérias atípicas, vírus, enterobactéri-as, Haemophilus influenzae, Pseudomonas aeruginosa e fungos. Este último acomete, na maioria das vezes,indivíduos imunodeprimidos.

Objetivos: Este trabalho objetiva relatar um caso clínico de paciente imunocompetente e anteriormen-te hígido, que desenvolveu uma forma de pneumonia crônica por Candida sp.

Métodos: Paciente masculino, 70 anos, procurou atendimento médico queixando-se de tosse seca,anorexia, febre (38,5ºC) e fraqueza, há cerca de 2 meses. Negava qualquer patologia de base. Ao exame físico:regular estado geral, descorado (1+/4+), desidratado (1+/4+), acianótico, anictérico, febril (38,5ºC), taquipnéicoe a ausculta pulmonar evidenciava murmúrio vesicular abolido em hemitórax direito. Ao realizar sua admissãohospitalar, devido à hipótese diagnóstica de pneumonia e derrame pleural à direita, iniciou-se antibioticoterapia,porém sem melhora. Foi solicitado hemograma, não apresentando alterações. Sendo assim, foram realizadosexames como: PPD, toracocentese, anti-HIV, pesquisa de BAAR e pesquisa de fungos no escarro, tendo todos,

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resultados negativos. Com a piora do quadro e aumento do derrame pleural, foi solicitado drenagem de tórax.Realizou-se cultura e antibiograma do líquido coletado, bem como, biópsia de pulmão, sendo que ambos detec-taram Candida sp. Iniciou-se então, o tratamento com Fluconazol e Levofloxacino endovenoso durante a interna-ção, havendo melhora progressiva do quadro. Com 25 dias de uso do antifúngico, recebeu alta hospitalar. Foimantido o uso de Fluconazol 150mg (12/12h) e realizado acompanhamento ambulatorial mensal. Após 9meses, houve remissão total da enfermidade e suspensão da medicação.

Resultados: Espécies de Candida são comumente encontradas na orofaringe, trato gastrointestinal,vagina e pele de indivíduos hígidos. Entretanto, possui baixa patogênicidade no homem e raramente gera infec-ção em pacientes imunocompetentes. Por esse motivo, inicialmente, a conduta adotada foi empírica, baseadanas etiologias mais comuns de PAC. Porém com a evolução desfavorável do quadro, surgiu a necessidade derealizar exames para a pesquisa de doenças imunossupressoras, já que não fazia uso de drogas que deprimis-sem o sistema imunológico. Houve dificuldade em estabelecer o diagnóstico definitivo, devido à importância doestudo histopatológico para a confirmação.

Conclusão: Conclui-se que por menor que seja a probabilidade de agentes fúngicos ocasionarem infec-ções do trato respiratório em indivíduos previamente saudáveis, deve-se atentar a todos os possíveis patógenos,para que assim possa ser instituída a terapia adequada precocemente.

PT.092 - A INFLUÊCIA DA VESTIMENTA NA INTERAÇÃO MÉDICO-PACIENTE

Karen SKK, Yonekura CL, Alcântara GAS, Certain L, Ribeiro LG, Martinez JABFaculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O primeiro contato do paciente com o médico possui importância no desenvolvimento darelação médico-paciente. Uma boa relação implica em maior adesão dos pacientes no tratamento. O objetivo dopresente estudo foi avaliar a impressão gerada pelo modo de vestir do médico no paciente.

Métodos: Foram entrevistados 477 pessoas, compostas em 3 grupos: alunos de medicina (n= 119 );médicos (n=99); e pacientes (n= 259 ).Foi aplicado um instrumento exclusivamente para o estudo, desenvolvidoa partir de vários outros estudos feitos com objetivos semelhantes ao redor do mundo. Foi apresentado aosvoluntários um conjunto de questões padrão, relacionadas com diferentes modos de vestir e aparências demédicas e médicos. Os resultados obtidos pelos diferentes grupos foram comparados de forma descritiva.

Resultados: Em relação às roupas: o uso avental branco recebeu maior taxa de aprovação nos trêsgrupos pesquisados (73,35% a 86,86% para médicos(h) e 78,15% a 82,82% para médicas (m)). O uso decalça comprida pelos médicos recebeu taxa de aprovação alto (72,2% a 93,27%). As maiores taxas de rejeiçãoforam para médicos com shorts e bermudas( 92,66 a 100%) e para médicas com vestimentas que expunhamo abdômen ou as pernas, como é o caso da blusa mostrando a barriga, bermudas e shorts( 79,53% a 94,94%).

Em relação aos calçados: sapatos fechados possuem maior índice de aprovação nos 2 gêneros (61,38%a 76,47% (h) e 57,91% a 77,31% (m)), o uso de tênis foi indiferente em todos os grupos (47,49 a 62,18% (h)e 41,31% a 60,60% (m)). O uso de sandálias foi rejeitado nos médicos (75,28 a 87,87%)), enquanto o usopelas médicas vista com indiferença(41,31% a 60,60%)

Em relação ao cabelo: médicas com cabelo preso recebeu maior aceitação (59,07% a 65,65%), ouso de tinturas de cabelo de cores usuais recebeu indiferença nos 2 gêneros (64,86% a 71,71% (h) e 41,31%a 70,70% (m)). Foram rejeitados médicos homens com cabelo comprido (48,73% a 65,65%) e o uso detinturas com cores extravagantes nos 2 gêneros (71,04% a 85,71% (H)e 67,95% a 72,26%(m).

Em relação aos adereços: o uso de anéis foi vista com indiferença(47,87% a 68,06% (h) e 42,08% a59,59% (m)). O uso de brincos grandes pelas médicas também foi indiferente(42,08% a 59,59%).

Tanto piercing facial quanto uso de grande quantidade de anéis foram rejeitados (80,67% a 94,94%(h)e 68,06% a 94,94% (m)).

Conclusão: O presente estudo mostrou que de forma geral a população tem uma visão conservadorado profissional de saúde, ao rejeitar de uma forma unanime o uso de piercing na face, tinturas de coresextravagantes e roupas mais informais.

O sucesso do tratamento envolve relação complexa de médico-paciente, e a vestimenta é umas dasvariáveis mais passíveis de se mudar para melhorar a relação.

Bibliografia:McKinstry B,.Putting on the style: what patients think os the way their doctor dresses. BRIT J CLIN PRACT, July 1991, vol

41, pp 275-278.Palazzo S. Patient´s perspectives on how doctors dress. J. Hosp. Infect. 2010, vol 74, pp 30-34.Rehman SU. What to wear today? Effect of doctor´s attire on the trust and confidence of patients. Am. J. Med. 2005, vol

118, pp 1279-1286.

Número da Licença de autorização do Comitê de Ética Humana do projeto é 4975/2011.

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PT.093 - EFEITOS DA RESTRIÇÃO ALIMENTAR COM E SEM FIBRAS NO METABOLISMO DE MULHERESOBESAS

Triffoni-Melo AT1, Jordão Jr AA1, Dick-de-Paula I1, Ovídio PP1, Monte-Alegre FA2, Diez-Garcia RW1

1Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Curso de Nutrição e Metabo-lismo - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O excesso de peso corporal acarreta comorbidades como hipertensão arterial, hipercoles-terolemia, intolerância à glicose, fatores de risco cardiovascular, e outras doenças como apnéia do sono eosteoartrite. A restrição alimentar em curto prazo tem mostrado muitos benefícios na perda de peso e nometabolismo. No entanto, estratégias nutricionais, como a inclusão elevada de fibra na dieta, podem ter melho-res resultados em indivíduos com obesidade.

Objetivo: O objetivo deste estudo foi comparar, em mulheres obesas, os efeitos da restrição alimentarcom e sem fibras nos parâmetros bioquímicos.

Métodos: Trinta mulheres com IMC maior que 30 kg/m² e idade entre 20 e 50 anos foram recruta-das. O protocolo desta pesquisa foi desenvolvido na Unidade de Pesquisa Clínica do HCFMRP-USP, sendo previ-amente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (processo nº 14167/2009). As participantes, internadasna Unidade de Pesquisa Clínica, foram submetidas à restrição alimentar de 1000 kcal por três dias, sendoseparadas, aleatoriamente, nos grupos: Experimental (GE) com a dieta rica em fibras, e Controle (GC) com adieta convencional. As dosagens de colesterol total, triglicérides, HDL-colesterol, glicose de jejum e o cálculo deLDL-colesterol foram analisados antes de iniciar a dieta e após os três dias de restrição alimentar.

Resultados: Houve redução significativa da glicose de jejum (p=0,012) no Grupo Experimental duranteo período de restrição alimentar e uma redução significativa de triglicérides (p=0,026) no GE quando compara-do ao GC. As demais variáveis bioquímicas não tiveram alteração significativa.

Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que a dieta rica em fibras parece ter melhor efeitometabólico por reduzir a glicose de jejum e triglicérides, quando comparada com a dieta convencional.Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

PT.094 - ESTUDO DESCRITIVO DAS PARADAS CÁRDIO-RESPIRATÓRIAS EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO OCOR-RIDAS EM UM PERÍODO DE QUATRO ANOS

Gonçalves MS1, Campo MR1, Pazin Filho A2, Silva AR3, Schmidt A2

1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Departamento de Clínica Médica - Faculdade de Medicina deRibeirão Preto - USP, Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, 3Hospital das Clínicas deRibeirão Preto,

Introdução: Análise descritiva dos eventos de Parada Cárdio-Respiratória (PCR) que ocorreram noHospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP - USP) para caracterizar as seçõeshospitalares de maior frequência desses eventos, permitindo um planejamento dos recursos estruturais. Identi-ficar os turnos de maior incidência e os ritmos de PCR mais prevalentes possibilitará capacitação efetiva deprofissionais da saúde. Estudar a letalidade das PCRs em cada turno e seção hospitalar, bem quando a equipede atendimento é composta por um médico ou equipe de PCR permite avaliar os atendimentos após o estabele-cimento da parceria do HCFMRP-USP com o Centro de Treinamento em Suporte de Vida da FMRP-USP.

Métodos: Foram analisadas as paradas cardio-respiratórias (PCR) registradas nos anos de 2007 a2010 pelo projeto institucional para atendimento padronizado à PCR do HCFMRP-USP. As PCR foram descritasquanto à sua distribuição em cada sexo, nos turnos de atendimento, às seções hospitalares e aos ritmos de PCRpresentes. Foi estudada a letalidade das PCRs quanto ao turno de ocorrência, à seção hospitalar em queocorreu a PCR, quanto ao ritmo da PCR e quanto à presença de pelo menos um médico ou equipe de PCRdurante o atendimento.

Resultados: A população de indivíduos que sofreram uma PCR é composta por uma porcentagemmaior de homens e a idade média dos pacientes é 59±17 anos. O ritmo de PCR mais frequente em todos osanos foi em assistolia. A seção hospitalar onde ocorreu a maioria dos casos foi a clínica médica. A letalidadedos eventos encontra-se entre 77% e 89%. Quando analisada a seção hospitalar em que ocorre a PCR, aletalidade varia de 77% (UETDI, 2008) até 100% (Ginecologia, 2010). O ritmo de PCR que apresenta maiorletalidade é em assistolia, com índices em torno de 90% nos anos estudados. PCR presenciada pelo médicoteve maior taxa de sucesso de reversão, reduzindo a letalidade em 17% até 25%, e a presença de uma equipetreinada de atendimento a PCR reduz esse índice de 2% até 47%.

Conclusões: Não houve diferença em relação ao período do dia em que ocorreram as PCR, o mesmoocorrendo com a letalidade (média de 80%). A assistolia foi o ritmo mais frequente em acordo com os dados daliteratura, e foi o ritmo responsável pelas maiores taxas de letalidade (média 90%). A enfermaria da ClínicaMédica é onde ocorre a maioria dos eventos, possivelmente relacionada à gravidade dos doentes internados. A

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maioria dos eventos de PCR foi presenciada por membros da equipe de saúde. PCR presenciada pelo médicoteve maior taxa de sucesso de reversão.

Bibliografia:

1. Hunziker . Hands-on time during cardiopulmonary resuscitation is affected by the process of teambuilding: a prospectiverandomised simulator-based trial. BMC Emerg Med 2009;9:3.

2. Bjorshol CA. Effect of socioemotional stress on the quality of cardiopulmonary resuscitation during advanced life support ina randomized manikin study. Crit Care Med 2011 February;39(2):300-4.

Apoio Financeiro: Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo

PT.095 - VESTIMENTA DO MÉDICO COMO MEIO DE DISSEMINAÇÃO DE INFECÇÕES DENTRO DO AMBIENTEHOSPITALAR

Certain L, Yonekura CL, Alcântara GAS, Ribeiro LG, Karen SKK, Baddini JAFaculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Um aspecto que hoje em dia possui importância fundamental na Medicina e é amplamentediscutido na sociedade é o papel do vestuário dos profissionais de saúde para a disseminação de doenças. Oestudo tem como objetivo avaliar a visão de pacientes, de estudantes e de médicos sobre o possível papel davestimenta para disseminação de infecções dentro do ambiente hospitalar.

Método: Foram entrevistados 477 pessoas, compostas em 3 grupos: alunos de medicina (n= 119 );médicos (n=99); e pacientes (n= 259 ). Os voluntários responderam questões relativas a sua opinião a respeitoda vestimenta médica e o risco de disseminação de infecções . O número da Licença de autorização dosComitês de Ética Humana do projeto é 4975/2011.

Resultados: 1) Em sua opinião, a vestimenta do médico pode contribuir para a disseminação dedoenças no meio hospitalar?

Alunos Médicos Pacientes

Sim 115 (96,64%) 92 (92,93%) 187 (72,48%)

Não 4 (3,36%) 7 (7,07%) 71 (27,52%)

2) Em caso afirmativo, qual vestimenta seria mais adequada para tentar minimizar o problema dasinfecções hospitalares?

Alunos Médicos Pacientes

Jaleco 50 (43,47%) 39 (42,40%) 80 (42,78%)

Roupa branca 12 (10,43%) 10 (10,87%) 74 (39,57%)

Roupa de centro cirúrgico 53 (46,08%) 43 (46,74%) 29 (15,50%)

Terno e gravata 0 (0%) 0 (0%) 1 (0,53%)

Camiseta e calça jeans 0 (0%) 0 (0%) 3 (1,6%)

Discussão: Desde o tempo de Hipócrates a vestimenta médica tem sido alvo de atenção e importância,seja por razões funcionais ou higiênicas, ou por sua influência sobre a relação médico-paciente. Hoje em dia,questiona-se muito papel do vestuário dos profissionais de saúde para a disseminação de doenças. O presenteestudo revelou que 92.93 % dos médicos, 72.48% do pacientes e 96.64% dos alunos acreditam que a vestimentausada pode contribuir na propagação da infecção hospitalar. Em torno de 40% dos médicos, estudantes epacientes escolheram o jaleco como vestimenta adequada para minimizar infecções hospitalares, porém nogrupo dos alunos e médicos, a taxa é aproximada a aqueles que preferem a roupa do centro cirúrgico. No grupodos pacientes 39.57% escolheram a roupa inteiramente branca como adequada, provavelmente influenciadapelo contexto cultural do país.

Sabe-se atualmente que apesar da preferência pelo uso dos jalecos, a utilização de trajes cirúrgicos dedescarte diário é mais eficiente no controle de infecções nosocomiais. Prova disso é um estudo desenvolvido noHospital Birminngham East, que isolou cepas de Staphylococcus aureus em 25% da amostra de jalecos analisa-

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dos e um dado que é de conhecimento de todos é que a maioria dos médicos não troca de jaleco diariamente,utilizando-o por vários dias para depois descartá-lo.

Agradecimento:Disclipina de Semiologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto peloApoio Financeiro deste estudo.

Bibliografia:

1. Wong D. Microbial flora on doctors' white coats. BMJ 1991;303:1602-4

2. Douse J. Should doctors wear white coats. Postgrad Med J 2004, vol80, pp 284-286.

PT.096 - MUDANÇAS ABDOMINAIS EM MULHERES OBESAS RECEBENDO DIFERENTES DIETAS

Triffoni-Melo AT1, Monte-Alegre FA2, Diez-Garcia RW1

1Departamento de Clínica Médica, 2Curso de Nutrição e Metabolismo. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: Sobrepeso e obesidade são definidos por excesso de tecido adiposo em relação à massamagra corpórea normal, podendo localizar-se nas coxas e quadris ou na região abdominal. Os métodos deavaliação de composição corporal podem ser problemáticos no indivíduo obeso, especialmente para circunfe-rência abdominal, por estes apresentarem alterações corporais como ausência de cintura definível, difícil aces-so a crista, inviável pelo acúmulo de massa adiposa e o deslocamento do umbigo juntamente com a extensãoanterior do abdômen.

Objetivo: Este estudo visou avaliar mudanças abdominais comparando diferentes métodos em doisgrupos de obesas recebendo dietas distintas.

Métodos: Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética (Processo HCRP: 14167/2009). Foramselecionadas, aleatoriamente, 30 mulheres obesas no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina deRibeirão Preto da Universidade de São Paulo, com peso até 130 kg, IMC maior que 30 kg/m2 e idade entre 20e 45 anos. Foram realizadas medidas antropométricas (peso, altura e circunferências abdominais - CA, CA1 eCA2) e análise da composição do tronco (massa gorda - MG, porcentagem de gordura - %GT e massa livre degordura - MLG), por meio de absortometria de raio-X de dupla energia (DXA). A CA foi medida na cicatrizumbilical e duas medidas adicionais foram realizadas: CA1 a 8 cm acima da CA e CA2 a 16 cm acima da CA. Aspacientes foram internadas na Unidade de Pesquisa Clínica do HCFMRP - USP e divididas em dois grupos:Experimental (GE), que recebeu dieta rica em fibras; e Controle (GC), que recebeu dieta convencional, ambas de1000 Kcal, por três dias. As coletas de dados foram realizadas antes (T1) e após (T2) a dieta. Para a análiseestatística foi utilizado o Teste t-Student para amostras pareadas e amostras não-pareadas.

Resultados: Houve uma redução significativa dos parâmetros antropométricos: peso (p<0,001), IMC(p<0,001), CA1 (p<0,001) e CA2 (GC: p=0,0016; GE: p=0,0002), em ambos os grupos. Analisando a composi-ção do tronco, observou-se uma redução significativa da MLG (p=0,012) e um aumento estatisticamente signi-ficativo da %GT (p=0,047) no GC. As demais variáveis não apresentaram alteração significativa. Ao comparar adiferença entre os grupos, as variáveis não se diferiram.

Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que as medidas de circunferência abdominal, tanto nacicatriz umbilical (CA), largamente utilizada, quanto às padronizadas pelo estudo (CA1 e CA2) indicam sensibili-dade às mudanças abdominais, independente da dieta. Portanto, estas medidas (CA1 e CA2) podem auxiliar naavaliação do indivíduo obeso, tendo em vista as alterações corporais que tornam insuficiente a utilização de umaúnica medida, comprometendo a acurácia da mesma. A dieta rica em fibras mostrou-se benéfica na manuten-ção da massa livre de gordura e na porcentagem de gordura do tronco, comparada com a dieta convencional,que apresentou redução da MLG e aumento da %GT. Assim, a alteração da qualidade da dieta levou a umaresposta mais favorável na composição corporal.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

PT.097 - MONITORIZAÇÃO PORTÁTIL DE PACIENTES COM SUSPEITA DE APNÉIA DO SONO

Monteiro ACA1, Alves GA2

1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP, 2Pneumologia - Departamento de Clínica Médica - Faculdade deMedicina de Ribeirão Preto da USP

Introdução: A Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS) está relacionada a complicações cardio-vasculares e à sonolência diurna1 com redução de produtividade no trabalho e da qualidade de vida2. Em SãoPaulo apenas, esta síndrome foi detectada em 32,8% da população adulta3. A polissonografia noturna (PSG) émétodo caro e complexo, padrão-ouro para avaliação de distúrbios do sono, mas depende de infraestrutura ecapacitação4. Estratégias para resolução envolvem o uso de monitorização portátil (MP)5, metodologia que permi-te a realização do exame em domicilio com restrições, mas demonstra ter alta sensibilidade e especificidade6.

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Material e Método: Foram utilizados os polissonógrafos laboratoriais Embla e Alice3 além do portátilEmbletta Gold (tipo 3). A observação consistiu na aferição dos movimentos toracoabdominais, do fluxo aéreo eda oximetria de pulso. A fim de evitar influência das variações dia a dia nas medições, propusemos o registrodas variáveis no mesmo exame pelos dois métodos. Para isto, utilizou-se cânula de pressão de dupla via desen-volvida para esse estudo para registro do fluxo de ar em ambos os aparelhos (Embla e Embletta). Os usuários doAlice3 foram submetidos a MP tipo 3 em outro momento de acordo com a disponibilidade do paciente. O fluxode coleta de dados foi informatizado (traçados e emissão dos laudos). Foram incluídos pacientes com suspeitade SAOS e excluídos os que apresentavam insuficiência cardíaca, eram usuário de drogas ilícitas edescongestionantes nasais. Estes experimentos foram realizados no laboratório de polissonografia da divisão dePneumologia do HCRP-USP. Estatística formulada para os testes T e Wilcoxon em distribuição bicaudal e nívelde significância pré-estabelecido de 5%.

Resultados: Até o momento, foram estudados 10 pacientes, 80% eram homens com média de idadede 44,7 anos e com IMC médio de 30,37. O resultado das polissonografias laboratoriais forneceu uma médiade IAH de 40,5 enquanto a média da MP foi de 42,6. No teste T entre a polissonografia pelo Embla e pela MPobteve-se p=0,908.

O mesmo foi realizado para Alice 3 e obteve-se p=0,597. O teste de Wilcoxon para comparação dosgrupos estudados obteve p=0,5748. A metodologia utilizada implica que haja disponibilidade do paciente empermanecer no hospital para realização do estudo, dificultando, assim, a captação de voluntários. Neste estudo,a monitorização portátil foi utilizada para verificar sua eficácia no diagnóstico de SAOS e foi validada simultane-amente contra o método padrão-ouro quando utilizamos o polissonógrafo Embla e em dias separados com oAlice 3.Quando realizados simultaneamente ou em dias diferentes os métodos retornam resultados similares,apesar das variações inerentes aos métodos e indivíduos, tais como montagem, ambiente de realização doexperimento bem como posicionamento durante o sono.

Conclusão: Baseando-se nos dados coletados até o momento, conclui-se que existem bons indicativosestatísticos para uso da MP tipo 3 como um método de diagnóstico adequado, mas reforça-se a necessidade deuma amostra maior.

Bibliografia:

1. Al-Alawi A, JCSM, 2, 281, 2006

2. Rodenstein D, Respiration, 78, 241, 2009

3. Tufik S, Sleep Med, 11, 441, 2010

4. Van de Water AT, J Sleep Res, 20, 183, 2010

5. Collop NA, JCSM, 3, 737, 2007

6. Campbell AJ, J Sleep Res, 20, 207, 2011

7. Santos-Silva R, Sleep, 32, 629, 2009

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPESP

Agradecimentos: : Gostaria de agradecer à minha orientadora, ao Alessandro e a todos que contribuíram para este projetoser possível.

PT.098 - COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL NO TESTE DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA E NO TESTEDE DEZ REPETIÇÕES MÁXIMAS NO EXERCÍCIO LEG PRESS EM IDOSOS HIPERTENSOS SOB TERA-PIA MEDICAMENTOSA

Bonardi JMT, Bertani RF, Lima LG, Campos GO, Padovan PR, Moriguti JC, Ferriolli E, Lima NKCDepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP

Introdução: Embora o teste de uma repetição máxima (1 RM) seja considerado padrão ouro paraprescrição de exercícios resistidos, esse teste tem sido desencorajado a ser aplicado na população idosa pelapossibilidade de elevar exageradamente a pressão arterial (PA) expondo o indivíduo a riscos. Com isso, outrostestes submáximos para obtenção da carga máxima são utilizados em substituição, sendo um destes o teste derepetições máximas (RepMax), que utiliza uma carga menor, sem necessidade de realizar um esforço máximo,promovendo possivelmente menores riscos aos indivíduos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamentoda PA de idosos submetidos aos dois testes.

Métodos: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ètica e Pesquisa do Centro de Saúde Escola daFMRP/USP Nº 065/10. Doze indivíduos previamente avaliados com teste ergométrico e ecocardiograma nor-mais foram submetidos ao teste de 1RM e ao teste de RepMax no exercício para membros inferiores Leg Press.Primeiramente, estipulamos subjetivamente uma carga, que se fosse preciso seria ajustada em até cinco tenta-tivas, com três a cinco minutos de intervalo de descanso entre elas, para que cada indivíduo realizasse dezrepetições máximas. Realizamos medida da PA imediatamente após. Com a carga utilizada para as dez repeti-

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ções, fizemos uma correlação proposta por Matveev e estipulamos a carga para a execução de 1 RM, sendotambém obtida a medida da PA logo após. Para as medidas da PA foi utilizado o método oscilométrico commonitor automático marca OMRON modelo HET-742INT.

Estatística: Teste "t"de Student pareado e teste de correlação de Pearson.Resultados: A idade média dos indivíduos foi de 68,0±5,1 anos e IMC de 27,9±4,1. Quando compara-

dos os valores de PA sistólica (PAS); PA diastólica (PAD) e frequência cardíaca (FC) entre o teste de RepMAx e1RM observamos, respectivamente, um valor médio de 151±18 mmHg versus 152±21 mmHg (p=0,79); 76±8mmHg versus 74±7 mmHg (p=0,33) e 82±15 bpm versus 76±15 bpm (p=0,006). Observou-se forte correlaçãoentre a PAS (r=0,81, p=0,002), PAD (r=0,60, p=0,04) e FC (r=0,91, p<0,001). Em relação à carga utilizadadurante os testes, observa-se uma carga maior para o teste 1RM em relação ao teste de RepMax (169±46 Kgversus 119±30 Kg, p<0,001), conforme esperado.

Conclusão: Não foi observada diferença na PAS e PAD entre os testes de 1RM e teste de RepMax.Nota-se também uma forte correlação entre as variáveis analisadas pelos dois testes. A FC foi maior após oteste de RepMax, mantendo-se, no entanto, dentro do limite de segurança. Quanto ao risco cardiovascular, oteste de 1RM foi semelhante ao teste de RepMax, podendo ser encorajado para a prescrição de exercíciosresistidos em idosos.

Apoio Financeiro: FAPESP

PT.099 - PRESSÃO ARTERIAL (PA) DURANTE E APÓS O TESTE DE UMA REPETIÇÃO MÁXIMA (1RM) NOEXERCÍCIO LEG PRESS EM IDOSOS OCTOGENÁRIOS.

Bertani RF, Bonardi JMT, Lima LG, Campos GO, Padovan PR, Moriguti JC, Ferriolli E, Lima NKCDepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP

Introdução: O aumento da população octogenária e o incentivo à pratica de exercícios resistidos visan-do a melhora da qualidade de vida estão sendo cada vez mais propagados. O teste de 1RM é consideradopadrão ouro como preditor para prescrição de exercícios resistidos, mas especula-se que este teste máximopossa elevar os níveis pressóricos de maneira a serem contra-indicados para populações especiais.

Métodos: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ètica e Pesquisa do Centro de Saúde Escola daFMRP/USP Nº 416/10. Dez indivíduos (seis mulheres) com média de idade de 83,1/2,9 anos foram previa-mente submetidos ao eletrocardiograma de repouso, ecocardiograma e teste ergométrico. Utilizou-se um monitorde PA automático marca OMRON modelo HET-742INT para a obtenção das medidas. O teste de 1RM foi reali-zado em até cinco tentativas com intervalos de três a cinco minutos entre cada tentativa para obtenção da cargamáxima. Observamos a pressão arterial (PA) pré teste (basal), imediatamente após cada tentativa de obtençãoda carga máxima (calculada a média) e após a realização do teste, quando foram realizadas mais quatromedidas da PA a cada cinco minutos e calculada a média.

Estatística: ANOVA.Resultados: A PA de repouso pré teste apresentou média de 136(17)/71(10) mmHg. Após as tenta-

tivas de obtenção de carga máxima, a PA sistólica (PAS) foi de 151(18) mmHg. A PAS após a realização do testeapresentou uma média de 141(12) mmHg. Não foi detectada diferença significativa entre as medidas de PAS(p=0,12). A PA diastólica (PAD) após as tentativas apresentou uma média de 73(3) mmHg e após o teste de73(3) mmHg (p=0,86).

Conclusão: Não houve elevação significativa da PAS e da PAD imediatamente após as tentativas deobtenção da carga máxima, com relação as médias de PAS basal e após o teste, o que sugere baixo risco aorealizar-se o teste de 1RM na população avaliada.

Apoio Financeiro: CNPq

PT.100 - AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS NA COMUNIDADEDE DO JARDIM BELO HORIZONTEDE PRESIDENTE PRUDENTE/SP - MEDIDA DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Ferro RS, Rodrigues AGD, Russi JNG, Silva RCR, Castilho RCUNOESTE

Introdução: As doenças cardiovasculares representam a maior incidência de causas de morte nomundo atualmente. Diversas são as causas, tais como a hipertensão arterial proveniente de maus hábitos dealimentação e aumento na ingesta de gorduras saturadas. A atuação de alunos do curso de medicina no módulode Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP) pode interferir nesta mudança de hábitos de vida.Justificativa: Detectar os fatores de risco cardiovasculares dos idosos da comunidade e desenvolver programas

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educativos de prevenção. Objetivos: Verificar a antropometria do idoso e avaliar o risco de doenças cardiovas-culares.

Metodologia: Os alunos do curso de medicina previamente convidaram 20 idosos de 53 a 81 anos dobairro Belo Horizonte - Presidente Prudente/SP a participar das atividades desenvolvidas. Posteriormente foramrealizados na comunidade a avaliação do índice de massa corpórea através da adipometria e bioimpedância erealizada a medida da circunferência abdominal como detecção de riscos para doenças cardiovasculares.

Resultados: Como resultado da medida da circunferência abdominal foi observado que 100% doshomens entrevistados possuem circunferência abdominal maior que 102 cm e 50% das mulheres maior que 88cm . Alem disto o IMC (índice de massa corpórea) dos entrevistados apenas 30% apresentavam peso normal,10% possuem sobrepeso, e 60% estão obesos (35% obesidade grau I, 20% obesidade grau II e 5% obesidadegrau III.), sendo que deste todos os homens se encaixavam neste percentual. .

Conclusão: Com os resultados obtidos a partir dos parâmetros analisados verifica-se a importância daimplantação de um programa nutricional para pacientes da terceira idade, além da criação de programasmultiprofissionais na aquisição e manutenção da qualidade de vida destes idosos. Esta prática deve ser incentivaem outras instituições de ensino superior

PT.101 - AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL DE IDOSOS NA COMUNIDADE DO JARDIM BELO HORI-ZONTE DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP

Ferro RS, Rodrigues AGD, Russi JNG, Silva RCR, Castilho RCUNOESTE

Introdução: Com o processo de envelhecimento, diversas são as alterações fisiológicas decorrentesdeste processo. As quedas correspondem a uma grande parcela de complicação nestes idosos, uma vez queseu eixo de equilíbrio tende a se deslocar anteriormente, favorecendo o risco de quedas. O simetrógrafo é uminstrumento utilizado na verificação da postura e diagnóstico de possíveis deslocamentos posturais, tais como acifose e escolioses. Justificativa: Para diagnosticar os fatores de risco de quedas em idosos e desta forma evitarou diminui futuras complicações.

Objetivos: Avaliar, através do simetrógrafo, as alterações posturais de idosos na comunidade. Osalunos do curso de medicina no módulo de Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP) previamen-te convidaram os idosos a participar das atividades desenvolvidas. Posteriormente foi realizada na comunidadea avaliação postural através do simetrógrafo para prevenção de risco de quedas.

Resultados: Através do simetrógrafo obtivemos como resultado que 75% dos entrevistados possueminclinação de cabeça (40% inclinação à direita 25% inclinação à esquerda) Através da avaliação dos ombros,vimos que 100% tinham ombros assimétricos (60% ombro direito mais elevado 40% ombro esquerdo maiselevado), alem disto 75% possuem rotação de tronco e 25% ausência de rotação A análise do angulo de Tales,100% apresentavam alteração (60% maior esquerdo 40% maior direito) Altura da crista ilíaca foi visto queapenas 5% dos entrevistados apresentavam simetria de ambas Na avaliação dos joelhos diagnosticamos que80% dos entrevistados possuem joelhos valgo e 20% varo, e no exame dos pés, 70% dos voluntários possuempés normais, 25% pés planos e 5% pronados . .

Conclusão: Através dos resultados obtidos verifica-se a importância de um programa de atividade físicana comunidade orientada por equipes multiprofissionais para melhoria da postura destes pacientes. Esta práticadeve ser encorajada por outras instituições de ensino superior.

PT.102 - EXCESSO DE EXCREÇÃO URINÁRIA DE IODO EM LACTENTES E SUA ASSOCIAÇÃO COM A CONCEN-TRAÇÃO DE IODO NO LEITE MATERNO

Lima FL1, Navarro MN1, Barbosa Junior F2

1Clínica Médica, 2Análises Clínicas, Toxicológica e Bromatológica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP

Introdução: O Iodo é um micronutriente essencial e a sua deficiência ou excesso está relaconado aalterações na função tireoidiana. Em especial no Brasil atualmente encontramos as duas possibilidade maisrecentemente o excesso. Por isso, esse trabalho teve como objetivo avaliar os níveis de concentração de iodo noleite materno e urina do lactente e verificar se há associação entre essas concentrações.

Método: As amostras de urina originaram-se de trinta e três lactentes com idade inferior a 6 meses, oleite materno foi coletado de suas mães e o sal de cozinha de suas casa. A análise de iodo na urina e no leitematerno baseou-se na técnica ICP-MS e a de sal no método de titulação. Os dados foram organizados em média,mediana e desvio padrão e aplicado teste estatístico com nível de significância de 5%.

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Resultado: A mediana da iodúria dos lactentes foi 293µg/L, a média de concentração de iodo no leitematerno e no sal foram de 206µg/L e 76 mg I/kg de sal, respectivamente. Verificou-se uma associaçãopositiva entre a concentração de iodo no leite materno e iodúria do lactente.

Conclusão: A mediana da iodúria do lactente encontrou-se acima do recomendado e a média daconcentração de iodo no leite materno mostrou-se elevada. Houve uma correlação positiva entre a concentra-ção de iodo no leite materno e a iodúria do lactente.

Agradecimentos:

Agradeço a colaboração da técnica de laboratório Vanessa Cristina de Oliveira Souza do Laboratório de Toxicologia e Essencialidadede Metais, Depto. Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas da Faculdade de Fármácia de Ribeirão Preto. Tambémagradeço à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) pela disponiblização de recursos financeirospara a realização do trabalho através do processo 2009/15190-4.

Apoio Financeiro: FAPESP

Número da licença de autorização do Comitê de Ética e Pesquisa do HCRP: 3643/2009.

PT.103 - APLICAÇÃO DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) AJUSTADO PELA MASSA GORDA OBTIDOPOR IMPEDÂNCIA BIOELÉTRICA EM UMA AMOSTRA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA

Mialich MS1, Martinez EZ2, Jordão Jr AA1

1Departamento de Clínica Médica, 2Departamento de Medicina Social. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto -USP

A obesidade é definida como o excesso de tecido adiposo e o IMC tem sido um dos métodos maisutilizados para o diagnóstico de obesidade devido sua facilidade de aplicação e baixo custo. Entretanto, esteíndice possui a grande limitação de não diferenciar tecido adiposo e massa livre de gordura. Este trabalhobuscou avaliar a aplicação do Índice de Massa Corporal Ajustado pela Massa Gorda obtido por impedânciabioelétrica previamente desenvolvido por Mialich et al., 2011. Foi realizado um estudo transversal com 501indivíduos, de ambos os gêneros, com faixa etária entre 17 e 38 anos, matriculados em cursos de graduação daUSP do campus de Ribeirão Preto. Os indivíduos foram submetidos à aferição de peso, estatura e a avaliação decomposição corporal através do equipamento de impedância bioelétrica. Além disso, foram coletadas informa-ções referentes ao padrão alimentar por meio da aplicação de um questionário desenvolvido pelos pesquisado-res, e também referente à prática de atividade física através da utilização do questionário IPAQ. A participaçãodos alunos foi voluntária e todos os indivíduos foram avaliados somente 1 vez no estudo e por um grupo deexaminadores treinados. Para testar a aplicação deste novo índice nesta amostra foi utilizado o modelo deregressão linear, sendo o "IMC ajustado" a variável independente e o "IMC tradicional" a variável dependente. Aamostra era composta por 366 mulheres e 135 homens e apresentou médias de idade de 20,8 ± 3,2 anos e20,3 ± 2,7 anos; peso 76,9 Kg ± 13,6 e 57,8 Kg ± 9,2; estatura 177,3 cm ± 6,7 e 163,1 cm ± 6,3; IMC 24,4± 3,8 Kg/m2 e 21,7 ± 3,0 Kg/m2; massa livre de gordura, 60,0 Kg ± 7,7 e 39,8 Kg ± 3,8; massa gorda 17,0% ± 6,2 e 26,6 % ± 6,2, para homens e mulheres, respectivamente. Foram verificados valores elevados esatisfatórios de R2 para esta amostra estudada, sendo: 91,1%, 91,9% e 88,8%, considerando todos os indiví-duos, homens e mulheres, respectivamente. Foram definidas também novas faixas de classificação do estadonutricional para ambos os gêneros, considerando este novo IMC ajustado, sendo: 1,35 a 1,65 (risco nutricionalpara subnutrição), > 1,65 e ≤ 2,0 (eutrofia) e > 2,0 (obesidade). Verificou-se também que este novo índicepossui uma capacidade diagnóstica mais acurada de captar indivíduos obesos (0,980; 0,993; 0,974), conside-rando todos os indivíduos, mulheres e homens, respectivamente, e os pontos de corte para gordura corporal de25% (homens) e 35% (mulheres), em detrimento ao IMC tradicional (0,932; 0,956; 0,95). Além disso, estetrabalho possibilitou a definição de novos de pontos de corte do IMC tradicional para a classificação de obesida-de, sendo: 25,24 Kg/m2 e 28,38 Kg/m2, para mulheres e homens, respectivamente. O novo IMC ajustadopode ser utilizado nesta população estudada e sugere-se sua adoção na prática clínica. Novos estudos devembuscar a sua aplicação em diferentes etnias assim como a comparação deste índice com outros já descritospreviamente na literatura científica.

Apoio Financeiro: Fapesp

PT.104 - EFEITO PRESSÓRICO DO TREINAMENTO AERÓBICO E DA ASSOCIAÇÃO AERÓBICO E RESISTIDO EMIDOSOS HIPERTENSOS

Lima LG, Bonardi JMT, Ferriolli E, Moriguti JC, Lima NKCDepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP

Introdução: O processo de envelhecimento promove alterações fisiológicas importantes. A compreen-são destas alterações torna-se relevante à medida que a população de idosos vem crescendo expressivamente.

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Assim, atividades físicas devem ser encorajadas para todos idosos com intuito de prevenir e minimizar asalterações ocasionadas pelo envelhecimento. Entretanto, há falta de publicações que avaliem o efeito do treina-mento aeróbio (TA) e treinamento aeróbio resistido (TAR), na população idosa hipertensa sob terapiamedicamentosa.

Objetivo: Comparar o efeito sobre a pressão arterial (PA) em dois tipos de treinamento: aeróbio e aassociação do exercício aeróbio e resistido em idosos hipertensos independentes.

Metodologia: O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FMRP (0169/CEP/CESFMRP-USP). Foram selecionados 32 idosos com idade entre 65 e 75 anos de idade que foram randomizados paratreinamento aeróbio (Grupo 1, n = 10), treinamento de associação aeróbio e resistido (grupo 2, n = 9), econtrole (Grupo 3, n = 13). Todos idosos selecionados não praticavam atividade física regular e estavam em usoregular de diuréticos, inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina ou bloqueadores doscanais de cálcio. Foram excluídos voluntários com diabetes, PA maior que 160/100 mmHg, em uso de medica-ções betabloqueadoras e com doenças cardíacas que contra-indicam exercícios de intensidade moderada. Assessões foram realizadas três vezes por semana, com intensidade entre 50% a 80% frequência cardíaca máxi-ma. obtida pelo teste ergométrico, de acordo com os valores de captação de oxigênio encontrados foi possíveldeterminar a categoria que cada indivíduo se encontra, através de tabelas adaptadas de condicionamentoaeróbio. O treinamento teve duração de 12 semanas. Sessões aeróbicas na 1ª à 3ª semana tinham duração de20 minutos, na 4ª a 6ª semana de 30 minutos e na 7ª a 12ª semana de 40 minutos. O exercício resistido foicomposto de nove tipos de exercícios resistidos sendo na 1ª à 3ª semana realizada uma volta no circuito e na 4ªa 12ª semana duas voltas. A monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA) foi realizada antes dassessões e um dia após o término dos treinamentos. Estatística: Os dados foram analisados pela ANOVA.

Resultados: A idade média foi 68.2/4.9 anos e não houve diferença entre os grupos. A PA não foidiferente entre os grupos antes das sessões de treinamento. A PA sistólica de 24 horas foi significativamentemenor no grupo 2 após o treinamento, comparando com o grupo 3. A PA sistólica sono de 24 horas foi menorno grupo 2 após treinamento em relação ao grupo 3. Não houve diferença entre os grupos na PA diastólica.

Conclusão: O treinamento com associação de exercícios aeróbicos e resistidos foi mais eficaz naredução da pressão arterial em hipertensos.

Apoio Financeiro: FAPESP, CNPq, FAEPA

PT.105 - ESTUDO SOBRE HÁBITOS ALIMENTARES, EVOLUÇÃO PONDERAL E PERCEPÇÃO CORPORAL DEESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE

Vettori JC, Covolo N, Mialich MS, Jordão Jr AADepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP

Introdução: O estado nutricional dos universitários tem sido amplamente estudado relacionando fato-res sócio-econômicos, culturais e ambientais com o hábito alimentar, revelando efeitos diferentes no atendi-mento às necessidades nutricionais desses indivíduos.

Objetivos: Analisar hábitos alimentares, evolução ponderal e imagem corporal de universitários daárea da saúde do Campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP).

Métodos: Estudo transversal com 501 estudantes matriculados em cursos da área da saúde da USPdo Campus de Ribeirão Preto. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do HCRP (no 1955/2010). Houve aplicação de questionário envolvendo informações demográficas, do curso matriculado, vínculoempregatício, número de refeições realizadas diariamente e dentro do Campus da USP, além de informaçõessobre as percepções de auto-imagem dos universitários e da imagem corporal de seus pais. Aferiu-se estatura,peso através de bioimpedância e calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC). Os resultados foram submetidosà análise estatística descritiva.

Resultados: Os 501 universitários estavam distribuídos nos cursos de Medicina (12,4%), Enfermagem(18,5%), Nutrição e Metabolismo (19,5%), Fisioterapia (15%), Educação Física (11,8%), Fonoaudiologia (8,8%),Informática Biomédica (8,6%) e Terapia Ocupacional (5,4%). Os estudantes possuíam uma média de idade de20,4±2,8 anos e de IMC de 22,4±3,4 Kg/m2, sendo a maioria solteiros (98,80%) e prevalecendo o sexofeminino (73,05%) em relação ao masculino (26,95%). Com relação aos hábitos alimentares foram encontra-das as médias de refeições realizadas pelos universitários diariamente e, destas, as realizadas dentro dasdependências do Campus universitário, sendo respectivamente: café da manhã (83,8% e 3,99%), lanche damanhã (34,1% e 23,7%), almoço (99,6% e 82,8%), lanche da tarde (69,6% e 41,7%), jantar (93,4% e 29,5%)e ceia (30,1% e 0,19%), totalizando uma média de 4,12 ± 1,08 refeições diárias e de 1,81 ± 0,92 refeiçõesrealizadas no Campus. Quanto à evolução ponderal, 48,3% dos universitários relataram ganho de peso (médiade 4,36 ± 2,94 Kg), 21,35% perda (média de 3,54 ± 3,41 Kg) e 30,33% dos estudantes mantiveram o peso aolongo da graduação. Referente à auto-imagem 61,47% dos universitários classificaram-se como normal e atri-buíram a mesma classificação da percepção corporal de seu pai (42,31%) e mãe (54,09%).

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Conclusões: Fatores advindos à vida acadêmica influenciam nos hábitos alimentares, evolução ponderale imagem corporal de universitários. Percebe-se a relevância da Universidade na formação dos hábitos alimen-tares e estilo de vida dos estudantes e a necessidade de promoção de meios que gerem melhor qualidade devida durante a graduação.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

PT.106 - ANÁLISE DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E DO ESTILO DE VIDA DOS ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOSDA ÁREA DA SAÚDE

Covolo N, Vettori JC, Jordão Jr AA, Mialich MSDepartamento de Clinica Médica, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto - USP

Introdução: A composição corporal e o estilo de vida dos universitários têm influência de fatorescomportamentais, psicológicos, sócio-econômicos e culturais. Tais alterações são oriundas da faixa etária epodem ser moduladas pela rotina de vida nas universidades. O objetovo é analisar a composição corporal e ascaracterísticas do estilo de vida dos estudantes da área da saúde do Campus de Ribeirão Preto da Universidadede São Paulo (USP) para auxílio de possíveis intervenções de saúde e bem estar nesta população.

Métodos: Trata-se de um estudo transversal com 501 estudantes matriculados em cursos da Universi-dade de São Paulo (USP) do Campus de Ribeirão Preto aprovado pelo CEP nº 1955/2010. Foi realizada aaferição de peso, estatura e a avaliação de composição corporal através do equipamento de bioimpedância. Emsequência houve a aplicação do questionário internacional de atividade física (IPAQ) versão curta. Os resultadosapresentam-se de forma descritiva.

Resultados: Houve a participação de 501 indivíduos, com predominância do sexo feminino (73,05%)em relação ao masculino (26,95%) e com média de idade de 20,4±2,8 anos. Dentre esses estudantes, 42,9%cursam o primeiro ano, 25,7% o segundo ano, 19,8% o terceiro ano, 11,4% o quarto ano. A maioria realizasuas refeições no restaurante universitário (79,2%), ingerem bebidas alcoólicas (66,0%), não são fumantes(96,2%) e não possuem emprego (69,0%). Quanto à moradia, 55,7% dos indivíduos moram com outros estu-dantes e 30,1% moram com a família. Em relação às características antropométricas dos estudantes, a médiado peso, da estatura e do Índice de Massa Corporal (IMC) foi de 63,0±13,5Kg, 166,9±9,0cm e 22,4±3,4Kg/m², respectivamente. A média da massa gorda total foi 24,0±7,5% e da massa livre de gordura total de45,3±10,3Kg. De acordo com o nível de atividade física os indivíduos foram classificados como sedentário(10,2%), irregularmente ativo (39,3%), ativo (42,1%) e muito ativo (8,4%).

Conclusões: A maioria dos universitários esta classificada como eutrófico e ativo, mas encontra-seuma porcentagem considerável de indivíduos irregularmente ativos. A próxima etapa será avaliar as diferençasde estilo de vida dos indivíduos entre os cursos e períodos dos mesmos.

Apoio Financeiro: FAPESP

PT.107 - EFEITO DA DIETA HIPERLIPÍDICO-PROTÉICA RESTRITA EM CARBOIDRATOS NO FÍGADO DE RATASGESTANTES

Samora CS, Silva GF, Junior GT, Pereira SLUniversidade de Uberaba

Introdução: A obesidade é considerada uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todomundo. Além do prejuízo para a saúde física, é de tamanha importância considerar a influência da obesidade nocampo psíquico da população em geral, o que torna uma busca incessante por tratamentos consideradosalternativos e dietas chamativas cuja proposta baseia-se em uma dieta com livre consumo de lipídios e proteínase restrição de carboidratos. Considera-se esteatose, a agressão primordial da doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA), diagnosticada como o achado mais comum em pacientes biopsiados os quais têm comofatores de risco a dislipidemia, obesidade e sobrepeso. Uma dieta rica em gordura mostrou aumentar o risco dedesenvolver doenças metabólicas, dentre elas o DHGNA e, ainda, dietas com baixos teores de carboidratoinfluenciam de forma negativa a produção de leite e a lactação.

Métodos: O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em experimentação animal cujoprotocolo se encontra com o número 005/2008 com Apoio Financeiro: PAPE/UNIUBE; FAPEMIG (processo nºCDS 1282/05 e Processo APQ-2542-4.08/07; CNPq. Foram utilizados fígados de 18 ratas Wistar fornecidaspelo biotério central da Universidade de Uberaba, divididas em Grupo Controle e Grupo Experimental, de acordocom a dieta recebida na gestação e lactação. Para o Grupo Controle foi oferecida uma dieta comercial balance-ada e o Grupo Experimental recebeu uma dieta com alto teor lipídico e protéico, com baixo teor de carboidrato(5%). As ratas foram submetidas às respectivas dietas controle e experimental durante a gestação e lactação.Após este período os animais foram anestesiados e eutanasiados. Os fígados foram dissecados e submetidos ao

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IV Congresso de Clínica Médica da FMRP-USP &II Encontro de Pós Graduação em Clínica Médica da FMRP

processamento histológico de rotina. Utilizando-se microscópio de luz comum, as imagens foram capturadaspara análise histopatológica. Com as observações, foi montado um banco de dados e a análise dos resultadosfoi realizada de forma descritiva semi-quantitativa, para avaliação dos processos encontrados. Para essa análisefoi utilizado o critério de ausente, discreto (quando comprometia entre 25 a 50% do corte), moderado (quandoacometia entre 51 a 75% do corte) e acentuado (com acometimento acima de 76% do corte). Os dados semi-quantitativos foram submetidos ao teste T de Student, a Análise de Variância One-Way ANOVA e Pós-testeBonferroni, considerando-se estatisticamente significativo o p valor < 0,05.

Resultados: A análise histopatológica dos fígados de ratas gestantes mostrou a presença de esteatoseem graus mais elevados em grupos com dieta experimental e graus discretos ou ainda ausentes em grupos comdieta controle. Assim, podemos dizer que houve diferença quanto ao grau de esteatose nos grupos analisados.Ao serem comparados os grupos CC e CE temos p>0,05. Comparando-se os grupos CC e EE, este apresentouesteatose significativamente mais intensa (p< 0,001).

Conclusão: Diante da análise histopatológica dos fígados das ratas gestantes, podemos concluir que adieta hiperlipídico-protéica pode induzir esteatose significativa no fígado das ratas gestantes quando esta éofertada no período de gestação e lactação. A dieta seja ela ofertada somente no período de gestação ousomente no período de lactação, não induz esteatose significativa quanto comparada ao do grupo anterior.

Bibliografia:

George A. Reproductive Biology And Endocrinology,London, v.8, p.75, 2010.

Bruce KD. Hepatology, Rochester, v. 50, n. 6, p.1796-1808, 2009.

Charlton M. Hepatology, Rochester, v. 50, n. 6, p.1696-1698, 2009.

Fromentin G. The Journal Of Nutricion, Paris, p. 1256-1260. 6 jan. 2006.

Gartner LP. Tratado de histologia em cores, 2007. 592 p.

Lima LP. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 12, n. 4, p.1011-1020, ago. 2007.

Lopes AC. Tratado de Clínica Médica. 2 ed. São Paulo: Roca, 2009. v. I e v.II

Mincis. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo-sp, p.564-570, abr. 2006.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005.

Stringhini MLF. Vantagens e desvantagens da dieta Atkins no tratamento da obesidade, v. 26, n. 2, p. 257-268, 2007.

PT.108 - INTEGRAÇÃO DE IMAGENS FUNCIONAIS E PONDERADAS POR DIFUSÃO NO ENTENDIMENTO DASEPILEPSIAS DO LOBO TEMPORAL MESIAL

Prado BA1, Rondinoni C1, Salmon CEG2, Escorsi-Rosset S1, Ide JS3, Velasco TR1, Leite JP1, Sakamoto AC1,dos Santos AC1

1Faculdade de Medicina Ribeirão Preto-USP, 2Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - USP,3ICT-UNIFESP

Introdução: O recente sucesso na integração de imagens ponderadas em difusão e funcional para oestudo das redes cerebrais promete servir como um guia na avaliação da integridade de uma diversidade deredes e mecanismos ligados à função normal ou a doenças (1). No caso da epilepsia do lobo temporal mesial(ELTM), o acometimento de cada hemisfério promove uma série de sintomas específicos de funções ali sediadas.Estudos recentes demonstram que um aumento da conectividade funcional cerebral no lado sadio seria omarcador mais específico para a localização da zona epileptogênica (2). Assim, o estudo das variações nasredes estruturais em cada hemisfério desvendaria os mecanismos de integração multimodal que, no caso dasepilepsias, se encontram perturbados (3).

Objetivos: Avaliar indícios da organização das conexões hipocampais na doença ao fazer a compara-ção do alcance das fibras entre grupos (direita e esquerda) e controles normais. Para tal, utilizamos áreashipocampais com atividade BOLD como sementes de tractografia sobre imagens DTI de pacientes com ELTM delateralidade definida.

Metodologia: O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e os participantes assinaramo TCLE (Proc HCRP 1245/2011). Onze pacientes de ELTM foram estudados e comparados com voluntáriossaudáveis. Sete pacientes com ELTM à direita (idade média 41 anos, desvio padrão=10,5) e quatro, à esquerda(46;1,4). Não há diferença de idade entre os dois grupos (teste-t bi-caudal, p=0,23) ou dos grupos com o grupocontrole (n=6;43;8,9, teste-t bi-caudal, p=0,90). Imagens foram adquiridas em um equipamento de ressonânciamagnética Achieva 3T (Philips, Holanda). Imagens ponderadas em estrutural foram adquiridas para o co-regis-tro espacial dos volumes de difusão e funcional. Os dados foram analisados no BrainVoyager QX 2.3 (BrainInnovations, Holanda) e volumes de interesse foram localizados bilateralmente sobre os hipocampos (Talairachx=+/-29, y=-18, z=-18). Foi feita tractografia com parâmetros para início (passo=0,70, inércia=0, densida-de=3^3) e terminação (limite FA <0,08, projeção máx.=0,55 e ângulo<50º) do traçado. O volume ocupado pelotraçado foi tomado para o cálculo do índice de lateralização das fibras hipocampais, cujo valor foi definido peladiferença do número de voxels em cada hemisfério dividido por sua soma, ou seja, IL=(vd-ve)/(vd+ve).

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Resultados: Existem diferenças no alcance das fibras do hemisfério direito quando grupos pacientessão comparados entre si (teste-t bi-caudal, p=0,041) e quando controles são comparados com pacientes comlateralidade à esquerda (p=0,042).

Conclusão: Estes resultados confirmam os achados de Bettus et al. (2010) e sugerem que o mapea-mento dos alvos corticais das fibras hipocampais do lado direito indicariam redes funcionais importantes nosdéficits ocasionados pela epilepsia.

Agradecimento: : À Luciana Mijoler, pela coleta e organização dos dados.

Apoio Financeiro: FAPESP

Bibliografia:

1. Morgan et al. PLoS ONE 4(8): e6660. doi:10.1371/journal.pone.0006660. 2009.

2. Bettus et al. J Neurol Neurosurg Psychiatry 81: 1147-1154. 2010.

3. Caplan R et al. Epilepsia 49: 1838-1846. 2008.

4. Greicius. Cer. Cor. 19: 72-78. 2009.

5. Esposito et al. NeuroImage 25(1): 193-2053. 2005.

PT.109 - ANÁLISE DAS CAMPANHAS DE PREVENÇÃO AO CÂNCER DA PELE NO HOSPITAL DAS CLÍNICASDE RIBEIRÃO PRETO-FMRP-USP, PERÍODO 1999-2011

Bonfim NC1, Souza CS2

1Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto/USP, 2Departamento de Clínica Médica/Serviço de Dermatologia Facul-dade de Medicina de Ribeirão Preto/USP

Introdução: O serviço de Dermatologia do HCFMRP-USP organiza desde 1994 campanhas anuais deprevenção ao câncer da pele, precedendo a iniciativa da "Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele"promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). As campanhas são abertas à comunidade emgeral e têm duração de 6-8 horas de um dia do início do verão. A partir de 1999, os atendimentos têm sidoregistrados em formulários próprios padronizados, além dos impressos com dados compilados para envio àSBD.

Objetivos: O presente estudo observacional descritivo e retrospectivo tem o propósito de analisar osdados demográficos e clínicos da amostra de participantes das campanhas; determinar a frequência das neo-plasias cutâneas diagnosticadas e condições predisponentes e estabelecer as possíveis relações de risco aocâncer da pele.

Métodos: Foi realizada análise retrospectiva dos atendimentos das campanhas do HCFMRP-USP, perí-odo de 1999 a 2011. Dados em registros impressos foram previamente digitalizados, exceção 2003, 2004 e2009. A amostra foi constituída por participantes das campanhas de ambos os sexos, variadas faixas etárias,classes sociais e graus de alfabetização. Foram analisados dados gerais, demográficos (sexo, idade, profissão),hábitos, dos antecedentes pessoais (AP) e familiares (AF) do câncer da pele; registro das lesões suspeitas noexame da pele realizado pelo especialista e as respectivas condutas (confirmação/resolução) para todos oscasos suspeitos. Os dados digitalizados foram submetidos à análise no software Excel.

Resultados: Entre 1999 e 2011 participaram 4590 indivíduos, foram diagnosticados 549 cânceres depele. Na análise detalhada dos registros, prevaleceu a participação do sexo feminino (58,7%), idade média de53,4 anos. Dentre os participantes, 94,4% eram da cor branca; 68,1% não utilizavam filtro solar de rotina;10,3% apresentavam AP e 16%, AF do câncer da pele.

Foram associadas ao aumento da incidência do câncer da pele as seguintes variáveis: cor branca (OR8,16 IC 3,02-22,03); AP de câncer da pele (OR 5,84 IC 4,60-7,41); idade > 50 anos (OR 4,06 IC 3,15-5,24),embora tenham sido diagnosticados 74 casos em indivíduos com menos de 50 anos; AF do câncer da pele (OR1,58 IC 1,24-2,01) e sexo masculino (OR 1,39 IC 1,17-1,67).

Conclusões: Em comparação, a freqüência média do diagnóstico clínico do câncer da pele (12.1%)nas campanhas do HCFMRP-USP, período 1999-2011, foi superior àquela observada na média nacional pelaSBD (8.7%), de 1999 a 2005 [i]. Os fatores de risco observados poderão auxiliar nas medidas de atenção àsaúde para determinados grupos. O uso de filtro solar não se associou à menor incidência de câncer da pele napopulação estudada (OR 1,50 IC 1,18-1,90), o que poderia estar relacionado ao uso irregular ou inadequado dofiltro solar, principalmente ao início tardio da prevenção.

** a aluna é bolsista PIBIC/CNPQ - Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica/Conselho Nacional de Desenvol-vimento Científico e Tecnológico

[i] Análise de dados das campanhas de prevenção ao câncer da pele promovidas pela SBD 1999 a 2005. An Bras Dermatol2006; 81(6): 533-539.

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PT.110 - COMO AMPLIAR A ASSISTÊNCIA E ADERÊNCIA A IDOSOS EM UMA ESF? RELATO DE EXPERIÊNCIADE UMA ESF NO PONTAL DO PARANAPANEMA

Magro VTS, Marangoni MA, Garcia JNRUNOESTE

Introdução: Percebe-se uma dificuldade na assistência a saúde da população idosa, tanto por parte deestrutura quanto pelos próprios pacientes, em que por não terem patologias, ou estarem bem controladas, nãoprecisariam visitar a unidade de saúde. Em contrapartida evidenciou-se uma realidade: ao mesmo tempo emque a unidade tinha sempre os mesmos idosos, muitos ficavam longe da assistência ambulatorial e de preven-ção que precisavam.

Em 2010 criou-se o Projeto Pontal, formado por três municípios desta região, entre eles, Euclides daCunha Paulista. Esse Projeto foi estabelecido através de pactos de ações, onde se montaram metas visando àmelhoria da assistência a saúde. Uma delas era uma visão voltada ao idoso, constituída de consultas médicas apessoas acima de 60 anos.

Nasceu, a necessidade de criar uma estratégia especifica a esta população que estava distante daatenção à saúde.

Objetivo: O objetivo deste estudo é apresentar a experiência obtida, por ocasião da implantação doProjeto de Desenvolvimento da Atenção Básica no Pontal do Paranapanema, e descrever as estratégias utiliza-das para ampliar a assistência e aderência dos idosos adscritos na ESF 1 de Euclides da Cunha Paulista.

Metodologia: Trata-se de um relato de experiência ocorrido na ESF 1 do município de Euclides daCunha Paulista no período de Janeiro de 2011 a dezembro de 2011, seguindo as normativas utilizadas habitu-almente a estudos desta natureza.

Resultados: Analisando dados do Siab de Janeiro de 2010 até dezembro de 2011, o número deconsultas a pacientes da melhor idade elevou de 908 para 1238, nos respectivos anos. Representa um aumen-to de 24,7% no total para esta faixa etária da ESF 1.

Esse aumento expressivo ocorreu devido a estratégias elaboradas pela Equipe de Saúde da Famíliaenvolvida e que consistiu em convocar os pacientes para consultas médicas na Unidade, solicitação de exameslaboratoriais com o dia da coleta agendado pelas Agentes Comunitárias de Saúde, palestras em Reuniões deGrupos de Hipertensos, Diabéticos e no CCI (Centro Comunitário do Idoso). Essas reuniões tiveram como temaprincipal algumas doenças e de orienta-los sobre a importância da prevenção e do auto-cuidado. Realizou-sealgumas visitas domiciliares para aqueles idosos que mesmo assim não compareceram na ESF. A equipe todaabordou os pacientes que não utilizavam o sistema de saúde e apenas compareciam à unidade para aferirPressão Arterial, agendar consultas para familiares ou realizarem algum curativo.

Discussão: A prevenção de doenças e agravos à saúde fica prejudicada se a população não estiverinserida nos programas da unidade por falta de adesão. A população idosa frequentemente apresenta resistên-cia e não comparem a ESF. Então, muitas vezes, não é feito diagnóstico de patologias, nem são tratadasadequadamente doenças que suas complicações seriam prevenidas, ou, pelo menos, postergadas. Com isso aqualidade de vida e a autonomia do idoso, condições priorizadas pela Linha do Cuidado do Idoso, são perdidas.

Conclusão: A assistência e a aderência ao cuidado em pacientes idosos resultam em diminuição damorbi-mortalidade a esta população. Para atingir este objetivo, é necessário que haja empenho de toda a equipede saúde envolvida. Esta deve estar atenta não somente às doenças, às queixas e solicitações dos usuários daunidade de saúde e sim ao paciente como um todo. O trabalho para abranger e acolher a população adscrita naárea e os esforços não deve ser medido para ter esses usuários sob o cuidado de toda a Equipe.

PT.111 - AVALIAÇÃO DO PERFIL LIPÍDICO EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL

Pereira FA, Pacheco MO, Pacheco JMO, Aragão MT, Araújo J, Aguiar-Oliveira MH, Silva AMDepartamento de Medicina - Universidade Federal de Sergipe

Introdução: Os mecanismos pelos quais ocorrem as alterações nas concentrações plasmáticas daslipoproteínas em portadores de LV, bem como os possíveis efeitos adicionais destas alterações na patogêneseda doença, ainda não são bem compreendidos.

Objetivo: Avaliar o perfil lipídico de pacientes com leishmaniose visceral recém- diagnosticados e semtratamento prévio.

Métodos: Estudo observacional, transversal, descritivo envolvendo trinta pacientes com diagnóstico deleishmaniose visceral, 18 crianças e 12 adultos, comparados com grupo controle pareados para idade e sexo (n= 30). Foram determinadas as concentrações plasmáticas de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade,lipoproteína de alta densidade e triglicérides. Também foram mensurados peso, altura e índice de massa corpórea.O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP local (CAAE-0252.0.107.000-11).

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Resultados: O perfil lipídico encontrado nos pacientes com leishmaniose visceral foi caracterizado porconcentrações séricas elevadas de triglicérides e diminuição significativa de colesterol total, lipoproteína debaixa densidade e lipoproteína de alta densidade em relação ao grupo controle, tanto na população adulta comona pediátrica. Em relação à altura, não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos avaliados. Oíndice de massa corpórea foi significativamente menor em pacientes com LV. No grupo pediátrico, 77,8% dospacientes com leishmaniose visceral apresentavam comprometimento do peso e índice de massa corpórea.

Conclusão: O perfil lipídico de pacientes com leishmaniose visceral é caracterizado por elevação daconcentração plasmática de triglicérides e diminuição de colesterol total, lipoproteína de baixa densidade elipoproteína de alta densidade em relação a indivíduos saudáveis de mesma idade e sexo. A hipocolesterolemiae a hipertrigliceridemia podem ser marcadores bioquímicos no diagnóstico de LV

PT.112 - AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULARES E SÍNDROME METABÓLICA EM PA-CIENTES PORTADORES DE ARTRITE REUMATOIDE

Pereira FA, Emmerick TC, Oliveira HBS, Pereira LTA, Pereira PMVN, Aguiar-Oliveira MH, Macieira JCDepartamento de Medicina - Universidade Federal de Sergipe

Introdução: Os pacientes com Artrite Reumatoide (AR) apresentam maior morbimortalidade por doen-ça cardivascular (DCV), bem como a associação da AR e Síndrome Metabólica (SM) é evento comum, tendodiversos fatores que justificam esta associação.

Objetivos: Avaliar os fatores de risco para DCV e SM em pacientes com AR.Métodos: Estudo observacional, transversal e descritivo de 40 pacientes com AR (GAR) e 40 indivíduos

saudáveis (GC). Foram avaliados por meio de exame físico e laboratorial com determinação das concentraçõesséricas de colesterol total (CT), triglicerídeos (TG), HDL e LDL, glicemia plasmática e foi determinada SMatravés dos critérios da International Diabetes Federation.Foi utilizado Teste t de Student para análise dasvariáveis contínuas. O nível de significância adotado para rejeição da hipótese de nulidade foi de 5% (p < 0,05).O projeto de pesquisa foi aprovado pelo CEP local (CAAE-0354.0.107.000-11)

Resultados: Os GC e GAR foram pareados para sexo, altura, peso e idade. A SM esteve presente em 3pacientes do GC e em 21 (52,5%) pacientes do GAR. Dentre os fatores de critérios para a SMV a circunferênciaabdominal, glicemia, HAS, TG e HDL estavam presentes em 60%, 22,5%, 67,5%, 32,5% e 35% respectiva-mente nos pacientes do GAR. Houve diferença estatistica entre o GC e o GAR para as determinaçoes de circun-ferência abdominal (GC=76,8±9,3 vs GAR = 93,8±13,2cm); glicemia (GC=72,3±6,7 vs GAR = 96,8±67,2mg/dl);CT (GC=139,8±23 vs GAR 189,7±40,7mg/dl); TG (GC=110,0±30,4 vs GAR = 155,1±103mg/dl), HDL(GC=56,7±3,5 vs GAR = 49,7±17,9mg/dl) e LDL (GC=83,4±10,7 vs GAR = 110,7±37,4mg/dl).

Conclusão: A frequência de SM e de fatores de risco cardiovascular em pacientes com AR foi elevadano grupo estudado, o que justifica a pesquisa dos mesmos, na tentativa de reduzir eventos cardiovascularesnesta população.

PT.113 - DIFERENCIAÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS HUMANAS EM CÉLULAS HEMATOPOÉTI-CAS DA LINHAGEM MIELÓIDE

Costa EBO1, Orellana MD2, Magalhães DAR2, Wagatsuma VMD2, Bonfim-Silva R2, Moreira LF2, Haddad SK2,Covas DT2, Fontes AM1

1Departamento de Genética, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologiaem Células-Tronco e Terapia Celular

A hematopoese tem sido bem descrita em modelos murinos nas últimas décadas, contudo, trabalhosdemonstrando os mecanismos da hematopoese em humanos ainda são escassos. A derivação da primeiralinhagem de células-tronco embrionárias humanas (CTEhs) em 1998, gerou novas perspectivas tanto para oestudo da hematopoese na tentativa de mimetizar o que ocorre naturalmente durante o desenvolvimento embri-onário, quanto para a aplicação clínica das células hematopoéticas obtidas a partir da diferenciação dessascélulas. Contudo, apesar de inúmeros trabalhos terem demonstradoa obtenção de células hematopoéticas apartir de CTEhs, os protocolos têm gerado quantidades variáveis de células, com baixa eficiência e com propri-edades funcionais de células primitivas. Desse modo, este trabalho procurou estabelecer um modelo próprio dediferenciação de CTEhs-H1 em células progenitoras hematopoéticas para que estas pudessem ser melhor ca-racterizadas e obtidas de forma mais eficiente. Para isto, foi desenvolvido um sistema de diferenciação baseadono co-cultivo da linhagem de CTEh-H1 com fibroblastos de embrião de camundongo (MEFs), em meio de diferen-ciação suplementado soro fetal bovino (SFB) e citocinas e fatores de crescimento hematopoéticos em baixasconcentrações. Como resultado, o desenvolvimento do presente trabalho permitiu o estabelecimento de ummétodo para geração de populações mistas de células enriquecidas em CPHs positivas para o marcador CD45,

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o qual mostrou ser coexpresso com outros marcadores hematopoéticos (CD31, CD43, CD71 e CD38), e célulashematopoéticas maduras positivas para marcadores mielóide-específicos (235a, CD14, CD15, CD16) e comcaracterísticas morfológicas típicas. Foi demonstrado que as células obtidas expressavam genes relativos aosistema hematopoético (CD45, CD31, runx1, tal1, lmo2, prom1, CD34 e notch1), e possuíam potencialclonogênico in vitro da ordem de 1/574 células plaqueadas. Em adição, corroboramos os achados de que ascélulas hematopoéticas apresentam duas origens distintas: a partir do endotelio hemogênico e a partir decélulas com propriedades hemangioblásticas independentes do endotélio hemogênico. Ainda, as observaçõesda predominância de precursores linhagem-específicos durante a diferenciação possibilitaria a seleção de po-pulações celulares para direcionar a diferenciação em linhagens hematopoéticas maduras específicas in vitropara futuras aplicações clínicas. Estudos funcionais in vivo, citoquímicos e ultraestruturais estão sendo realiza-dos para melhor caracterizar essas células.

Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, e encontra-seregistrado sob o processo nº 15908/2011.

Apoio Financeiro: CNPq, INCTC, FAPESP, FINEP.

PT.114 - LEUCOENCEFALOPATIA MULTIFOCAL PROGRESSIVA COMO MANIFESTAÇÃO INICIAL DA INFEC-ÇÃO POR HIV

Bernardo DHC1, Madisson MM1, Vilar FC2

1Clínica Médica - Hospital das Clínicas da FMRP-USP, 2Hospital das Clínicas da FMRP-USP

Introdução: JC é um poliomavirus causador da leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP), in-fecção desmielinizante do SNC que causa lesão lítica dos oligodendrócitos. Afeta 5% dos pacientes com HIV eestá relacionada à importante imunossupressão, sendo a AIDS a principal causa predisponente. O quadroclínico inclui hemiparesia, hemianopsia ou ataxia. Disfunção cognitiva usualmente ocorre com sinais neurológi-cos focais. Envolvimento cortical pode resultar em disfasia e epilepsia. Usualmente não há sintomas de infecçãosistêmica ou aumento de pressão intracraniana. Tomografia evidencia lesões hipodensas. Ressonância demons-tra grandes lesões únicas ou múltiplas envolvendo a substância branca. Os lobos parieto-occipitais são os maiscomumente afetados. O diagnóstico é feito por métodos de imagem, pesquisa de anticorpos contra vírus JC nolíquor ou do DNA do vírus no tecido cerebral. O tratamento consiste em melhorar a imunossupressão com aterapia antirretroviral e uso de drogas anti-JC.

Objetivo: Demonstrar a importância da investigação clínica em um paciente com défict neurológicosúbito e sem patologias prévias conhecidas.

Método: Avaliação clínica, exames laboratoriais e radiológicos.Resultados: Na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas, foi avaliado paciente masculino de

39 anos, ex-tabagista, ex-etilista, ex-usuário de substância ilícita. Referia há 1 mês quadro de paralisia facialperiférica com melhora espontânea e, há 1 dia da internação, quadro súbito de afasia, hemiplegia dimidiada àdireita. Apresentava também na oroscopia lesões compatíveis com candidíase oral. TC de crânio comhipodensidade de substância branda à esquerda. RNM lesão em substância branca profunda e subcortical daregião fronto-parietal esquerda, sugestiva de LEMP. Exames: Elisa HIV +. Western Blot para HIV1 +. Líquor:Pressão de abertura normal, límpido, incolor, 2 células, 1 hemácia, Tinta da China negativa; proteinorraquia:32mg/dl, glicorraquia: 61mg/dl, PCRs para CMV, EBV, Herpes simplex tipo I e II Negativos, PCR para Poliomaviruspositivo. Carga viral 43.947 cópias/ml; CD4:27 mm³/ml. Iniciados antirretrovirais e o paciente recebeu altacom orientação e retorno ambulatorial.

Conclusão: O presente estudo visa salientar a importância de se considerar a infecção por HIV emqualquer paciente, especialmente nos pacientes com menos de 50 anos, apresentando déficit cognitivo. Odiagnóstico diferencial de "AVC em jovens" inclui também trombofilia, vasculites e lúpus eritematoso sitêmico.

Bibliografia:

1. Seth P. Advances in the biology of JC virus and induction of progressive multifocal leucoencephalopathy. J. Neurovirol.;9:236-46, 2003.

2. Fink MC. - JC virus DNA in cerebrospinal fluid samples from Brazilian AIDS patients with focal brain lesions without masseffect. J. Infect., 52: 30-36, 2006.

3. Koralnik IJ. - Progressive multifocal leukoencephalopathy revisited: has the disease outgrown its name? Ann. Neurol., 60:162-173, 2006.

4. Oliveira JF. - Neurological disease in HIV infected patients in the era of highly active antiretroviral treatment: a Brazilianexperience. Rev. Soc. bras. Med. trop., 39: 146-151, 2006.

5. Roberts MT. - AIDS-associated progressive multifocal leukoencephalopathy: current management strategies. CNS Drugs,19: 671-682, 2005.

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A revista MEDICINA-Ribeirão Preto é publicada trimestralmente com o objetivo de divulgação do conhecimentocientífico na área médica, através da publicação de Artigos Originais, Revisões, Simpósios Temáticos, Casos Clínicos,Pontos de Vista, Descrição de Métodos, Técnicas, Temas de Ensino Médico, Resumos de Dissertações e Teses de Pós-Graduação e Trabalhos Apresentados em Eventos Científicos. Seu público-alvo principal são estudantes de graduação epós-graduação em Medicina, médicos residentes, assistentes e docentes do sistema médico-universitário.

NORMAS GERAISOs manuscritos devem ser originais e se destinar exclusivamente a esta Revista. Os trabalhos aceitos e publicados

são de propriedade da Revista MEDICINA-RP, sendo sua reprodução, total ou parcial, em outras publicações sujeita àautorização do Editor e à menção da fonte. Ao encaminharem os manuscritos, os autores assumem inteira responsabilidadepelos conceitos neles emitidos e pela observância das normas acima.

A seleção dos trabalhos para publicação é composta por duas fases: na primeira, a Comissão de Publicações analisao interesse do tema para o público-alvo da Revista. Na segunda fase, a qualidade do artigo é examinada por dois ou maisrevisores, mantendo-se sigilo sobre os autores do trabalho. Sempre que possível, os trabalhos serão publicados na ordemcronológica do recebimento da versão final (Data de aceitação), mas, a critério da Comissão de Publicação, poderá haverantecipações.

Os trabalhos deverão ser escritos em Português, Inglês ou Espanhol; deve ser digitado em um dos seguintesprogramas: Word for Windows. Para as gráficos, organogramas, poderão ser utilizados os programas PowerPoint , Word ouExcell, fotos gravadas na extensão jpg, tif, wmf

Encaminhamento: se encaminhados via correio - 01 copia impressa acompanhada do respectivo CD; ou pode serenviado por email ([email protected]).

Autores interessados em organizarem Simpósios Temáticos ou em publicarem trabalhos (ou resumos) apresentadosem eventos científicos deverão contatar previamente a Comissão de Publicação.

PREPARAÇÃO DO MANUSCRITO

Página inicialDeverá conter o título do trabalho (em Português e Inglês), os nomes completos dos autores, sua posição e afiliação

institucional (na língua original e sem abreviações) e o endereço completo de um dos autores para correspondência(incluindo CEP e E-mail) e um título resumido (máximo de 60 caracteres).

ResumosDeverão ser apresentados em português e inglês, de forma estruturada, contendo os seguintes itens: Modelo do

estudo (Ex. Estudo Experimental, Caso-controle, cohort, estudo de prevalência); Objetivo(s) do estudo; Metodologia (ecasuística, quando pertinente); Resultados; Conclusões, para todos os artigos originais. Se o Modelo do Estudo for relatode casos ou de série de casos, os outros itens do resumo deverão ser: Importância do problema e Comentários.

Artigos originaisDeverão conter as secções “Introdução, Material e Métodos, Resultados, Discussão e Conclusões” e não ultrapas-

sar 20 páginas digitadas em espaço duplo. Em trabalhos curtos, as secções de Resultados e Discussão poderão serfundidas.

RevisõesTanto as de caráter isolado como as integrantes dos Simpósios Temáticos deverão conter uma atualização de

conhecimentos derivada da literatura médica e, sempre que possível, descrição e análise da experiência dos autores ou dasua instituição no assunto tratado, inclusive com casos clínicos ilustrativos. Os textos terão, no máximo, 20 páginasdigitadas em espaço duplo, além de figuras e tabelas, para cumprir seu objetivo didático.

Palavras-chavePara os resumos em português: 3 a 7 termos extraídos do vocabulário “Descritores em Ciências da Saúde” (DeCS),

e para o Abstracts devem ser extraidos do Medical Subject Headings (MeSH). Se não forem encontrados descritores

INSTRUÇÕES AOS COLABORADORES

Medicina, Ribeirão PretoRevista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das Clínicas da FMRP-USP

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disponíveis para cobrirem a temática do manuscrito, poderão ser indicados termos ou expressões de uso conhecido.

BibliografiaAs citações deverão ser apresentadas no texto por uma numeração única e consecutiva, remetendo à lista de

referências ao final do trabalho, na mesma ordem em que parecem no texto.

Referências bibliográficas Devem ser de acordo com o “estilo Vancouver” – Uniform requeriments for manuscripts submitted to biomedical

journals of the International Committee of Medical Journals, cujo texto completo pode ser consultado em: N Engl J Méd1997; 336: 309-315 ou Ann Intern Med 1997; 126:36-47.

Na lista de referências bibliográficas deverão ser citados até os seis primeiros autores. Mais de 6 autores devem serseguidos de et al. Esta listagem deverá ser organizada pela ordem de citação no texto, abreviando-se os títulos dosperiódicos de acordo com a List of Journals Indexed in INDEX MEDICUS. Consulte - web site: http://www.nlm.nih.gov

Trabalhos apresentados em reuniões científicas mas não publicados e os ainda não aceitos para publicação deverãoser citados apenas no texto como comunicação pessoal, assumindo-se que tenha havido permissão da fonte citada.

Exemplos:Artigos de periódicos1 - Novak MA, Mcmichel AJ. How HIV defeats the immune system. Sci Am 1995; 23: 214-8.2 - Payne DK, Sullivan MD, Massie MJ. Women’s psychological reactions to breast cancer. Semin Oncol 1996;

23 (1 Suppl 2): 89-97.3 - Lavinsky L, Campagnolo Am, Raupp Apg, John Ab, Estrella Chg, Comiran Cc Félix TM. O papel dos fatores genéticos

na otite média. Medicina, (Ribeirão Preto) 1999; 32: 57-64.

Livro e Capítulo de livro4 - Ringsven MK, Bond D. Gerontology. 2nd. ed. Albany (NY): Delmar Publisher; 1996.5 - Dinarello CA, Wolff SM. Pathogenesis of fever and the acute phase response. In: Mandell GL, Bennett JE, Dolin R,

editors. Principles and practice of infectious diseases. 4th ed. New York: Churchill Livingstone; 1995. p. 530-40.

Tese 6 - Pfrimer IAH. Atividade citotóxica natural na paracoccidioidomicose humana. [Tese de Doutorado], São Paulo: Instituto

de Ciências Biomédicas - USP; 1995.

No prelo7 - Cervi MC. Estudo prospectivo das características clínicas e epidemiológicas de crianças nascidas de mães sorpositivas

para HIV-1. J Pediatr. Em publicação 1996.

Trabalho de evento8 - Cardoso RA. Dipirona inibe a resposta febril induzida por IL-1-b e TNF-a [resumos]. X Reunião Anual da Federação da

Sociedade de Biologia Experimental (FESBE), Serra Negra-SP; 1995. p.312.Publicação eletrônica9 – Morse SS. Factors in the emergence of infectious diseases. Emerg. Infect Dis [serial online] 1995 Jan-Mar

[cited 1996 Jun 5]; 1(1). Available from: http:www.cdc.gov/incidod/EID/eid.htm.

AgradecimentosContendo, quando for o caso, as fontes de financiamento, deverão ocupar um parágrafo separado antes das

referências bibliográficas.

AbreviaturasIndicar o termo por extenso, seguido da abreviatura entre parênteses, na primeira vez que aparecer no texto.

Figuras, Quadros e tabelasDeverão ser encaminhadas separadas do texto, indicando-se neste a sua localização aproximada. As tabelas e

quadros são numeradas com algarismos romanos, contendo o título em sua parte superior e, quando necessário, legendaexplicativa na parte inferior. As figuras são numeradas com algarismos arábicos e suas legendas encaminhadas separada-mente. Quando se tratar de fotografias, indicar no verso, por setas, sua posição no texto e o 1º autor do trabalho.

ENDEREÇO PARA ENCAMINHAMENTO DE MANUSCRITOSRevista MEDICINA / ECEU - Espaço Cultural de Extensão Universitária - USPAv. Nove de Julho, 980 / 14025-000 - Ribeirão Preto - São PauloContato: [email protected] / Telefone: (16) 3602-0708