suplemento oje

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POWERED BY QUINTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2010 PUB ENTREVISTA FRANCISCO BANHA o presidente da Direcção da FNABA explica o que é o Fundo de Co-Investimento com Business Angels e o impacto que pode ter na revitalização do sector e na economia Págs. VI MAR DE CASCAIS: Aquasig revela mais de 100 espécies NEWS PME Análise ERNST & YOUNG SOBRE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA pág. IV PRODUÇÃO X A AEP – Associação Empresarial de Portugal prepara-se para lançar uma nova campanha de valorização dos produtos, marcas e empresas portugueses visando ampliar os efeitos da iniciativa “COMPRO o que é nosso”. Em comunicado, esta estrutura empre- sarial refere que o objectivo é, nos próximos dois anos, “fazer crescer para 600 o número de empresas aderentes, a fim de ampliar a visibilidade da iconografia associada à campanha no espaço público nacional e dis- seminar pelo País um verdadeiro movimento de valorização da oferta nacional”. O investimento previsto para a nova campanha ronda 2 milhões de euros e para o viabilizar, a AEP “conta” com “recursos próprios”, as “quotizações das empresas aderentes” e “apoios públicos”. Para o efeito submeteu uma candidatura a financiamento no âmbito do Quadro de Referência Estraté- gico Nacional (QREN). “A necessidade de uma nova campanha decorre da avaliação dos resultados consegui- dos o ano passado” salienta o Livro Branco da iniciativa lançado este mês. A campanha de valorização da produ- ção nacional concretizada pela AEP, em 2009, que teve a assinatura “Portugal. A Minha Primeira Escolha” representou um investimento de 1,5 milhões de euros, que se traduziu num aumento de 35% compa- rativamente a 2008. O ano fechou com 430 empresas aderentes que representam 1.500 marcas, um volume de negócios de 9 mil milhões de euros e asseguram emprego a 55 mil pessoas. O comunicado da AEP refere ainda que um estudo independente feito em Janeiro deste ano concluiu que “os consumidores portugueses reconhecem a campanha e estão inteirados dos seus propósitos”. A maior parte dos inquiridos associa a iniciativa como “ajuda às empresas portuguesas”, “gera emprego” e “contribui para a riqueza nacional”. TRANSPORTES X A Amorim Cork Composites, a Caetano Components, o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), o INEGI e a Active Space Tech- nologies fundaram a Portuguese Railway Industry Association (Associação Nacional para a In- dústria Ferroviária), abreviada na sigla PRIA. A nova associação tem como objectivo promover a formação de um pólo nacional de competitivi- dade entre empresas que reúnam competências para se afirmarem no sector ferroviário. Em comunicado, as promoto- ras da iniciativa explicam que a criação da PRIA decorre do “de- senvolvimento perspectivado para o sector ferroviário nacional, que revolucionará a oferta deste meio de transporte seguro e de menor impacto ambiental”. Referem-se à alta velocidade, mas também à modernização da rede existente. O know how dos envolvidos permitirá a criação de compe- tências nacionais capazes de “responder aos desafios do sector ferroviário” e, deste modo, garan- tir que “o grande investimento público que este tipo de infraes- trurura despoleta, sejam incenti- vos financeiros ou tecnológicos, beneficiem o tecido empresarial português”. Promover a comercialização das soluções tecnológicas, pro- dutos e serviços dos associados e potenciar a participação destes em projectos inseridos em programas de I&D nacionais e internacionais, promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de quadros qualificados que supor- tem essa mesma participação são, entre muitos outros, objectivos a perseguir pela PRIA. De igual modo, a nova associa- ção assume a responsabilidade de “promover o acesso de empresas nacionais a cadeias de fornece- dores internacionais dentro da indústria ferroviária”. PRIA quer criar pólo de competitividade ferroviária AEP RELANÇA CAMPANHA NACIONAL Em dois anos, o Aquasig Cascais permitiu a identificação na orla costeira do Concelho de 73 grupos de pequenos invertebrados, 36 espécies de peixes, 8 de crustáceos e 5 de cefalópodes. Este projecto tecnológico da Cascais Atlântico visa a gestão sustentável da orla. Foto DR CAPITAL DE RISCO A Novabase Capital vai lançar três fundos no valor de 30,91 milhões para apoiar projectos e PME’s inovadoras. Pág. V MODCOM A 5ª fase do Sistema de Incentivos à odernização do Comércio recebeu o número recorde de 2143 candidaturas Pág. XI UNIPASTA Esta PME de Pombal aposta forte na inovação para produzir um produto tradicional: pastas cerâmicas Pág. X MARCELINO PENA COSTA O Presidente da APESPE explica como é que as empresas podem melhorar a gestão dos seus RH através do Trabalho Temporário organizado. Pág. III STRONGSTEP O 25º spin-off saído da FEUP quer ajudar as ajudar as empresas a produzir e gerir soluções de software de excelência. Pág. IV

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POWERED BY QUINTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2010

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ENTREVISTA

FranciscoBanhao presidente da Direcção da FNABA explica o que é o Fundo de Co-Investimento com Business Angels e o impacto que pode ter na revitalização do sector e na economia Págs. VI

MAR DE CASCAIS: Aquasig revela mais de 100 espécies

NEWSSEXTA-FEIRA, 26 DE MARÇO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseERNST & YOUNGSOBRE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA

A AEP – Associação Empresarial dePortugal prepara-se para lançar umanova campanha de valorização dos pro-dutos, marcas e empresas portuguesesvisando ampliar os efeitos da iniciativa“COMPRO o que é nosso”.

Em comunicado, esta estruturaempresarial refere que o objectivo é,nos próximos dois anos, “fazer crescerpara 600 o número de empresas ader-entes, a fim de ampliar a visibilidade daiconografia associada à campanha noespaço público nacional e disseminarpelo País um verdadeiro movimento devalorização da oferta nacional”.

O investimento previsto para a novacampanha ronda 2 milhões de euros epara o viabilizar, a AEP “conta” com“recursos próprios”, as “quotizaçõesdas empresas aderentes” e “apoiospúblicos”. Para o efeito submeteu umacandidatura a financiamento no âmbi-to do Quadro de Referência EstratégicoNacional (QREN).

AEP RELANÇACAMPANHA DE PRODUÇÃONACIONAL

“A necessidade de uma nova campan-ha decorre da avaliação dos resultadosconseguidos o ano passado” salienta oLivro Branco da iniciativa lançado estemês.

A campanha de valorização da pro-dução nacional concretizada pela AEP,em 2009, que teve a assinatura “Por-tugal. A Minha Primeira Escolha” repre-sentou um investimento de 1,5 milhõesde euros, que se traduziu num aumentode 35% comparativamente a 2008.

O ano e 2009 fechou com 430 empre-sas aderentes que representam 1.500marcas, um volume de negócios de 9 milmilhões de euros e asseguram emprego a55 mil pessoas.

O comunicado da AEP refere aindaque um estudo independente feito em Ja-neiro deste ano concluiu que “os consu-midores portugueses reconhecem a cam-panha e estão inteirados dos seuspropósitos”. A maior parte dos inquiri-dos associa a iniciativa como “ajuda àsempresas portuguesas”, “gera emprego”e “contribui para a riqueza nacional”.

PRIA quer criar pólo portuguêsde competitividade ferroviáriaA AMORIM Cork Composites, a Caeta-no Components, o Instituto de Solda-dura e Qualidade (ISQ), o INEGI e a Ac-tive Space Technologies fundaram aPortuguese Railway Industry Associa-tion (Associação Nacional para a Indús-tria Ferroviária), abreviada na siglaPRIA.

A nova associação tem como objecti-vo promover a formação de um pólonacional de competitividade entre em-

presas que reúnam competências parase afirmarem no sector ferroviário.

Em comunicado, as entidades pro-motoras da iniciativa explicam que acriação da PRIA decorre do “desenvol-vimento perspectivado para o sectorferroviário nacional, que revolucio-nará a oferta deste meio de transporteseguro e de menor impacto ambien-tal”. Referem-se à alta velocidade, mastambém à modernização da rede exis-tente.

O know how das empresas e institu-

ições envolvidas permitirá a criação decompetências nacionais capazes de“responder aos desafios do sector fer-roviário” e, deste modo, garantir que“o grande investimento público queeste tipo de infraestrurura despoleta,sejam incentivos financeiros ou tec-nológicos, beneficiem o tecido empre-sarial português”.

Promover a comercialização das so-luções tecnológicas, produtos e servi-ços dos associados e potenciar a parti-cipação destes em projectos inseridos

em programas de Investigação e De-senvolvimento (I&D) nacionais e inter-nacionais, promovendo o desenvolvi-mento de novas tecnologias e a for-mação de quadros qualificados que su-portem essa mesma participação são,entre muitos outros, objectivos a per-seguir pela PRIA.

De igual modo, a nova associação as-sume a responsabilidade de “promovero acesso de empresas nacionais acadeias de fornecedores internacionaisdentro da indústria ferroviária”.

▲CONSUMO

TRANSPORTES

Em dois anos, o Aquasig Cascais permitiu a identificação na orla costeira do Concelho de 73grupos de pequenos invertebrados, 36 espécies de peixes, 8 de crustáceos e 5 de cefalópodes.Este projecto tecnológico da Cascais Atlântico visa a gestão sustentável da orla. Foto DR

MAR DE CASCAIS: Aquasig revela mais de 100 espécies

UNIPASTAEsta PME de Pombalaposta forte na inovaçãopara produzir um produtotradicional: pastascerâmicas Pág. X

MODCOMA 5ª fase do Sistema deIncentivos à odernizaçãodo Comércio recebeu onúmero recorde de 2143candidaturas Pág. XI

CAPITAL DE RISCOA Novabase Capital vailançar três fundos novalor de 30,91 milhõespara apoiar projectos ePME’s inovadoras. Pág. V

ENTREVISTA

FranciscoBanhao presidente daDirecção da FNABAexplica o que é o Fundode Co-Investimento comBusiness Angels e oimpacto que pode ter narevitalização do sector ena economia Págs. VI

PUB

PUB

pág. IV

PRodução X

A AEP – Associação Empresarial de Portugal prepara-se para lançar uma nova campanha de valorização dos produtos, marcas e empresas portugueses visando ampliar os efeitos da iniciativa “COMPRO o que é nosso”.

Em comunicado, esta estrutura empre-sarial refere que o objectivo é, nos próximos dois anos, “fazer crescer para 600 o número de empresas aderentes, a fim de ampliar a visibilidade da iconografia associada à campanha no espaço público nacional e dis-seminar pelo País um verdadeiro movimento de valorização da oferta nacional”.

O investimento previsto para a nova campanha ronda 2 milhões de euros e para o viabilizar, a AEP “conta” com “recursos próprios”, as “quotizações das empresas aderentes” e “apoios públicos”. Para o efeito submeteu uma candidatura a financiamento no âmbito do Quadro de Referência Estraté-gico Nacional (QREN).

“A necessidade de uma nova campanha decorre da avaliação dos resultados consegui-dos o ano passado” salienta o Livro Branco da iniciativa lançado este mês.

A campanha de valorização da produ-ção nacional concretizada pela AEP, em 2009, que teve a assinatura “Portugal. A Minha Primeira Escolha” representou um investimento de 1,5 milhões de euros, que se traduziu num aumento de 35% compa-rativamente a 2008. O ano fechou com 430 empresas aderentes que representam 1.500 marcas, um volume de negócios de 9 mil milhões de euros e asseguram emprego a 55 mil pessoas.

O comunicado da AEP refere ainda que um estudo independente feito em Janeiro deste ano concluiu que “os consumidores portugueses reconhecem a campanha e estão inteirados dos seus propósitos”. A maior parte dos inquiridos associa a iniciativa como “ajuda às empresas portuguesas”, “gera emprego” e “contribui para a riqueza nacional”.

TRANSPoRTES X

A Amorim Cork Composites, a Caetano Components, o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), o INEGI e a Active Space Tech-nologies fundaram a Portuguese Railway Industry Association (Associação Nacional para a In-dústria Ferroviária), abreviada na sigla PRIA.

A nova associação tem como objectivo promover a formação de um pólo nacional de competitivi-

dade entre empresas que reúnam competências para se afirmarem no sector ferroviário.

Em comunicado, as promoto-ras da iniciativa explicam que a criação da PRIA decorre do “de-senvolvimento perspectivado para o sector ferroviário nacional, que revolucionará a oferta deste meio de transporte seguro e de menor impacto ambiental”. Referem-se à alta velocidade, mas também à modernização da rede existente.

O know how dos envolvidos

permitirá a criação de compe-tências nacionais capazes de “responder aos desafios do sector ferroviário” e, deste modo, garan-tir que “o grande investimento público que este tipo de infraes-trurura despoleta, sejam incenti-vos financeiros ou tecnológicos, beneficiem o tecido empresarial português”.

Promover a comercialização das soluções tecnológicas, pro-dutos e serviços dos associados e potenciar a participação destes em

projectos inseridos em programas de I&D nacionais e internacionais, promovendo o desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de quadros qualificados que supor-tem essa mesma participação são, entre muitos outros, objectivos a perseguir pela PRIA.

De igual modo, a nova associa-ção assume a responsabilidade de “promover o acesso de empresas nacionais a cadeias de fornece-dores internacionais dentro da indústria ferroviária”.

PRIA quer criar pólo de competitividade ferroviária

aEP rElança camPanha nacional

Em dois anos, o Aquasig Cascais permitiu a identificação na orla costeira do Concelho de 73 grupos de pequenos invertebrados, 36 espécies de peixes, 8 de crustáceos e 5 de cefalópodes. Este projecto tecnológico da Cascais Atlântico visa a gestão sustentável da orla. Foto DR

CAPITAL dE RISCoA Novabase Capital vai lançar três fundos no valor de 30,91 milhões para apoiar projectos e PME’s inovadoras. Pág. V

ModCoMA 5ª fase do Sistema de Incentivos à odernização do Comércio recebeu o número recorde de 2143 candidaturas Pág. XI

uNIPASTAEsta PME de Pombal aposta forte na inovação para produzir um produto tradicional: pastas cerâmicas Pág. X

MARCELINo PENA CoSTAO Presidente da APESPE explica como é que as empresas podem melhorar a gestão dos seus RH através do Trabalho Temporário organizado. Pág. III

STRoNgSTEP O 25º spin-off saído da FEUP quer ajudar as ajudar as empresas a produzir e gerir soluções de software de excelência. Pág. IV

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010II NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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PUB

pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

NOTÍCIAS

NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA26 de Fevereiro de 2010

Uma parceria OJE/Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Chefe de RedacçãoJoão Bugalho

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteMarta SimõesPaulo Parente

FotografiaVictor Machado

Director Comercial João Pereira - 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContasAlexandra Pinto - 217922096

Isabel Silva - 217 922 094 Maria Tavares de Almeida - 217 922 091

Tiago Loureiro - 217 922 095

Directora de MultimédiaJoana Afonso - 217 922 073

[email protected]

ProduçãoJoão Baptista, Rafael Leitão

Conselho de AdministraçãoMegafin SA

João Lino de Castro (presidente), GRISA - Gestão Imobiliária eIndustrial S.A., Pedro Morais Leitão,

Pedro Sousa Mendes e Guilherme Borba(administrador-delegado) [email protected]

Ficha Técnica

A AGÊNCIA criativa Wecansell, foca-da em love branding e marketing ex-periencial, promove, no dia 29 deAbril no Vip Lounge do Porto PalácioCongress Hotel & Spa da cidade In-victa, mais uma edição do AfterworkBusiness Lounge, encontro informalde networking empresarial.

Este formato de “encontros” em-presariais face-to-face, numa alturaem que o online e as redes sociais es-tão a consolidar-se no centro das re-lações sociais tem a vantagem de“manter uma rotina de contacto pes-soal junto de outros cargos decisorese quadros middle & top manage-ment por forma a complementar asrelações sociais e criação de relações

de confiança na partilha de novasideias, troca de experiências e fo-mento de novas parcerias e negó-cios”, explica o administrador daWecansell, Nuno Nobre.

Segundo este responsável, o on-line e as redes sociais potenciam“um valioso open-doorer para a ob-tenção de contactos, informação emanutenção de relações profissio-nais”, mas não conseguem criar “osentimento de confiança, algo sópossível de obter através do contactoface-to-face”.

OAfterwork Business Lounge, con-ceito introduzido pela Wecansell,tem participação gratuita, mas a lis-ta de inscritos é seleccionada com oobjectivo de “aumentar a eficácia donetworking desenvolvido”.

A URBANOS foi eleita a melhor mé-dia empresa para trabalhar em Por-tugal em 2010. Em segundo ficou aRamos Catarino (10.ª em 2009) e naterceira posição o Hotel Ritz Four Se-asons. Seguiram-se a TNT (era 16.ª) ea Abreu & Associados (subiu do 9º.para o 5.º lugar).

Na categoria das Melhores Peque-nas e Micro Empresas, criada na edi-

ção deste ano da iniciativa, ficou emprimeiro a Safira e em segundo aAMT- Consulting. A Hiscox Insuran-ce Company ocupou a terceira posi-ção, a Balonas e Menano a quarta e aAqapura Hotels Villas SPA a quinta.

A iniciativa da Heidrick & Strug-gles e da revista Exame elegeu na ca-tegoria das maiores empresas paratrabalhar a RE/MAX, com a nota fi-nal de 85,49%. A RE/MAX subiu dosegundo para o primeiro lugar que

ocupou em 2007, 2008 e 2009 des-tronando a Microsoft, que o ano pas-sado ocupou o topo das preferênciase este ano ficou na segunda posição.

Na lista das melhores para traba-lhar seguiram-se a Liberty Seguros ea Conduril (ambas com entrada di-recta), tendo o grupo Lena mantidoo quinto lugar. Nas posições imedia-tas classificaram-se a Leaseplan Por-tugal, Novartis Farma, Huf Portugu-esa, Procme e Onitelecom.

Urbanos é melhor média empresa para trabalharRANKING

O GABINETE de Apoio ao Empregodo Centro Nacional de Apoio ao Imi-grante (CNAI) de Lisboa e Porto e ainternacionalização do projecto Lou-sã, Destino de Turismo Acessível vãorepresentar Portugal na final euro-peia dos European EnterpriseAwards 2010, anunciou o IAPMEI,entidade que em Portugal tem a res-ponsabilidade desta iniciativa da Co-missão Europeia.

Entre os vencedores da fase nacio-nal dos Prémios Europeus de Inicia-tiva Empresarial, de onde foram se-leccionados o CNAI e o projecto deinternacionalização do destino turís-tico da Lousã, figuram o EcossistemaEmpreendedor (Agência DNA Cas-cais em parceria com a Câmara deCascais), o projecto Artesanato commotor da economia local (Câmara deVila Nova de Poiares em parceriacom ADIP) e o Centro Novas Oportu-nidades do Vale do Ave.

O Sistema de Rastreio do Cancrodo Colo do Útero na ARS Alentejo, o

projecto Quinzena Empresarial deAlcochete, a AMIgaia (Agência Muni-cipal de Investimento de Vila Novade Gaia), o projecto TecniDelta (Esta-belecimento Prisional de Lisboa emparceria com a Tecnidelta – Equipa-mentos Hoteleiros) e o CRER – Cria-ção de Empresas em Espaço Ruralcontam-se também entre os vence-dores nas diversas categorias.

Os European Enterprise Awardsvisam incentivar a iniciativa empre-sarial nas diversas regiões da Europae pretendem ser um tributo às boaspráticas que, em diversas áreas, con-tribuam para criar um clima favorá-vel ao desenvolvimento sustentadodas economias, designadamente pa-ra a criação de mais e melhor empre-go a nível regional e local.

O IAPMEI refere que Portugal foi,pela terceira vez consecutiva o se-gundo país a registar maior númerodecandidaturas, com um total de 44.

Em 2006, Portugal venceu a finaleuropeia, na categoria de Reduçãoda Burocracia, com o projecto “Em-presa na Hora”.

Projectos portugueses disputam prémios europeus

BOAS PRÁTICAS

COM UM investimento inicial de 100mil euros e uma equipa de 30 pesso-as, a Plater estima facturar 800 mileuros em 2009 e fazer crescer a suacarteira de clientes em 30%.

Posicionada como“consultora ino-vadora” para as PME, a Plater ofere-ce serviços integrados nas áreas definance, insurance, tecnologias deinformação, legal, market Intel e pu-blic relations. “Propomo- nos, de for-ma equilibrada na razão custo/bene-fício, dotar as PMEs de estruturas defuncionamento à imagem das gran-des organizações”, explica José Pe-dro Vale, Managing partner da Pla-ter. A empresa está presente em Lis-boa e no Centro Empresarial Tecno-lógico de S. João da Madeira.

Plater quercrescer 30% efacturar 800 mil

CONSULTORIA

Wecansell leva aoPorto networkingempresarial

A EMPRESA Irmãos Monteiro, de Í-lhavo, a Faculdade de Engenharia doPorto (FEUP), a Universidade de Avei-ro e um matadouro da Beira Litoralestão a trabalhar em parceria nosentido de valorizar os resíduos dascarnes que diariamente são produzi-dos na indústria.

“Transformar a gordura da carneem biocombustível é uma forma deenfrentar um problema ambiental,financeiro e até de saúde pública”,diz o docente da FEUP e responsávelpelo projecto FatValue, Manuel Fon-seca Almeida, adiantando que estãoa ser testadas três formas de aprovei-tamento dos resíduos.

Financiado pela Agência de Inova-ção, no âmbito do SI IDT (Sistema deincentivos de I&DT), o FatValue deve-rá estar concluído em Março de 2011.

Transformar agordura da carneem biocombustível

I&D

A LOGICA, empresa especializadaem serviços de TI e Gestão, anunciouo desenvolvimento de um conjuntode parcerias com empresas de fisca-lidade e consultoria financeira, deforma a “garantir a cobertura totaldas necessidades” das empresas natransição do POC para o novo Siste-ma de Normalização Contabilística(SNC). A Logica preparou quatro ce-nários distintos para implementaçãode SNC em SAP.

Logica cria fábricapara projectosSNC em SAP

CONTABILIDADE

A AGÊNCIA de desenvolvimentoAITECOeiras e a AICEP Portugal Glo-bal assinaram um protocolo de cola-boração que tem como objectivo“criar sinergias na obtenção de in-vestimento e promoção empresariale dinamizar o tecido económico emgeral, sobretudo nas áreas do conhe-cimento intensivo”.

O acordo visa ainda a criação deempresas em sectores relativamenteaos quais existam tradição e “vanta-gens comparativas do Concelho deOeiras e onde estejam subjacentesprocessos de inovação tecnológica”.

AitecOeiras eAicep cooperamno apoio a PME

INVESTIMENTO

PARCERIAS

EM VILA Nova de São Bento, concelho de Serpa, a empresa Paladares Alentejanos produz enchidos típicos de alta qualidade, apoiados noancestral conhecimento que existe nesta região do Alentejo. A abertura da empresa, no ano passado, implicou um investimento de 800.000euros e permitiu a criação de nove postos de trabalho. Foto: DR

ENCHIDOS: PME de Serpa “recupera” porco de raça alentejana

A ACL- Associação Comercial de Lis-boa – Câmara de Comércio e Indús-tria Portuguesa - vai organizar de 15a 19 de Março uma missão empre-sarial a Luanda, Angola.

Em comunicado, a ACL refere queesta iniciativa surge na continuidadedas acções de apoio à internacionali-zação que tem vindo a desenvolverneste mercado, que “oferece exce-lentes oportunidades de negócio ede investimento para as empresasportuguesas”.

No âmbito do programa desta mis-são, que conta com o apoio da AI-CEP, serão organizados encontros denegócios, de acordo com o perfil einteresses no mercado de cada parti-cipante, visitas a organismos oficiaise ainda uma sessão de apresentaçãodo mercado angolano.

Angola é um dos principais mer-cados das exportações portuguesas,tendo vindo igualmente a tornar-seum destino importante em termosdo investimento nacional.

A ACL é a mais antiga associaçãoempresarial em Portugal, fundadaem 1834 para defesa e promoção dasactividades económicas.

ACL leva missãoa Angola paracaptar negócio

COMÉRCIO E INDÚSTRIA

NOTÍCIASII SEXTA-FEIRA26 de Fevereiro de 2010

Uma parceria OJE/Vida Económica

DirectorLuís Pimenta

Chefe de RedacçãoJoão Bugalho

RedacçãoAlmerinda Romeira

e Vítor Norinha

ArteMarta SimõesPaulo Parente

FotografiaVictor Machado

Director Comercial João Pereira - 217 922 088

[email protected]

Gestores de ContasAlexandra Pinto - 217922096

Isabel Silva - 217 922 094 Maria Tavares de Almeida - 217 922 091

Tiago Loureiro - 217 922 095

Directora de MultimédiaJoana Afonso - 217 922 073

[email protected]

ProduçãoJoão Baptista, Rafael Leitão

Conselho de AdministraçãoMegafin SA

João Lino de Castro (presidente), GRISA - Gestão Imobiliária eIndustrial S.A., Pedro Morais Leitão,

Pedro Sousa Mendes e Guilherme Borba(administrador-delegado) [email protected]

Ficha Técnica

A AGÊNCIA criativa Wecansell, foca-da em love branding e marketing ex-periencial, promove, no dia 29 deAbril no Vip Lounge do Porto PalácioCongress Hotel & Spa da cidade In-victa, mais uma edição do AfterworkBusiness Lounge, encontro informalde networking empresarial.

Este formato de “encontros” em-presariais face-to-face, numa alturaem que o online e as redes sociais es-tão a consolidar-se no centro das re-lações sociais tem a vantagem de“manter uma rotina de contacto pes-soal junto de outros cargos decisorese quadros middle & top manage-ment por forma a complementar asrelações sociais e criação de relações

de confiança na partilha de novasideias, troca de experiências e fo-mento de novas parcerias e negó-cios”, explica o administrador daWecansell, Nuno Nobre.

Segundo este responsável, o on-line e as redes sociais potenciam“um valioso open-doorer para a ob-tenção de contactos, informação emanutenção de relações profissio-nais”, mas não conseguem criar “osentimento de confiança, algo sópossível de obter através do contactoface-to-face”.

OAfterwork Business Lounge, con-ceito introduzido pela Wecansell,tem participação gratuita, mas a lis-ta de inscritos é seleccionada com oobjectivo de “aumentar a eficácia donetworking desenvolvido”.

A URBANOS foi eleita a melhor mé-dia empresa para trabalhar em Por-tugal em 2010. Em segundo ficou aRamos Catarino (10.ª em 2009) e naterceira posição o Hotel Ritz Four Se-asons. Seguiram-se a TNT (era 16.ª) ea Abreu & Associados (subiu do 9º.para o 5.º lugar).

Na categoria das Melhores Peque-nas e Micro Empresas, criada na edi-

ção deste ano da iniciativa, ficou emprimeiro a Safira e em segundo aAMT- Consulting. A Hiscox Insuran-ce Company ocupou a terceira posi-ção, a Balonas e Menano a quarta e aAqapura Hotels Villas SPA a quinta.

A iniciativa da Heidrick & Strug-gles e da revista Exame elegeu na ca-tegoria das maiores empresas paratrabalhar a RE/MAX, com a nota fi-nal de 85,49%. A RE/MAX subiu dosegundo para o primeiro lugar que

ocupou em 2007, 2008 e 2009 des-tronando a Microsoft, que o ano pas-sado ocupou o topo das preferênciase este ano ficou na segunda posição.

Na lista das melhores para traba-lhar seguiram-se a Liberty Seguros ea Conduril (ambas com entrada di-recta), tendo o grupo Lena mantidoo quinto lugar. Nas posições imedia-tas classificaram-se a Leaseplan Por-tugal, Novartis Farma, Huf Portugu-esa, Procme e Onitelecom.

Urbanos é melhor média empresa para trabalharRANKING

O GABINETE de Apoio ao Empregodo Centro Nacional de Apoio ao Imi-grante (CNAI) de Lisboa e Porto e ainternacionalização do projecto Lou-sã, Destino de Turismo Acessível vãorepresentar Portugal na final euro-peia dos European EnterpriseAwards 2010, anunciou o IAPMEI,entidade que em Portugal tem a res-ponsabilidade desta iniciativa da Co-missão Europeia.

Entre os vencedores da fase nacio-nal dos Prémios Europeus de Inicia-tiva Empresarial, de onde foram se-leccionados o CNAI e o projecto deinternacionalização do destino turís-tico da Lousã, figuram o EcossistemaEmpreendedor (Agência DNA Cas-cais em parceria com a Câmara deCascais), o projecto Artesanato commotor da economia local (Câmara deVila Nova de Poiares em parceriacom ADIP) e o Centro Novas Oportu-nidades do Vale do Ave.

O Sistema de Rastreio do Cancrodo Colo do Útero na ARS Alentejo, o

projecto Quinzena Empresarial deAlcochete, a AMIgaia (Agência Muni-cipal de Investimento de Vila Novade Gaia), o projecto TecniDelta (Esta-belecimento Prisional de Lisboa emparceria com a Tecnidelta – Equipa-mentos Hoteleiros) e o CRER – Cria-ção de Empresas em Espaço Ruralcontam-se também entre os vence-dores nas diversas categorias.

Os European Enterprise Awardsvisam incentivar a iniciativa empre-sarial nas diversas regiões da Europae pretendem ser um tributo às boaspráticas que, em diversas áreas, con-tribuam para criar um clima favorá-vel ao desenvolvimento sustentadodas economias, designadamente pa-ra a criação de mais e melhor empre-go a nível regional e local.

O IAPMEI refere que Portugal foi,pela terceira vez consecutiva o se-gundo país a registar maior númerodecandidaturas, com um total de 44.

Em 2006, Portugal venceu a finaleuropeia, na categoria de Reduçãoda Burocracia, com o projecto “Em-presa na Hora”.

Projectos portugueses disputam prémios europeus

BOAS PRÁTICAS

COM UM investimento inicial de 100mil euros e uma equipa de 30 pesso-as, a Plater estima facturar 800 mileuros em 2009 e fazer crescer a suacarteira de clientes em 30%.

Posicionada como“consultora ino-vadora” para as PME, a Plater ofere-ce serviços integrados nas áreas definance, insurance, tecnologias deinformação, legal, market Intel e pu-blic relations. “Propomo- nos, de for-ma equilibrada na razão custo/bene-fício, dotar as PMEs de estruturas defuncionamento à imagem das gran-des organizações”, explica José Pe-dro Vale, Managing partner da Pla-ter. A empresa está presente em Lis-boa e no Centro Empresarial Tecno-lógico de S. João da Madeira.

Plater quercrescer 30% efacturar 800 mil

CONSULTORIA

Wecansell leva aoPorto networkingempresarial

A EMPRESA Irmãos Monteiro, de Í-lhavo, a Faculdade de Engenharia doPorto (FEUP), a Universidade de Avei-ro e um matadouro da Beira Litoralestão a trabalhar em parceria nosentido de valorizar os resíduos dascarnes que diariamente são produzi-dos na indústria.

“Transformar a gordura da carneem biocombustível é uma forma deenfrentar um problema ambiental,financeiro e até de saúde pública”,diz o docente da FEUP e responsávelpelo projecto FatValue, Manuel Fon-seca Almeida, adiantando que estãoa ser testadas três formas de aprovei-tamento dos resíduos.

Financiado pela Agência de Inova-ção, no âmbito do SI IDT (Sistema deincentivos de I&DT), o FatValue deve-rá estar concluído em Março de 2011.

Transformar agordura da carneem biocombustível

I&D

A LOGICA, empresa especializadaem serviços de TI e Gestão, anunciouo desenvolvimento de um conjuntode parcerias com empresas de fisca-lidade e consultoria financeira, deforma a “garantir a cobertura totaldas necessidades” das empresas natransição do POC para o novo Siste-ma de Normalização Contabilística(SNC). A Logica preparou quatro ce-nários distintos para implementaçãode SNC em SAP.

Logica cria fábricapara projectosSNC em SAP

CONTABILIDADE

A AGÊNCIA de desenvolvimentoAITECOeiras e a AICEP Portugal Glo-bal assinaram um protocolo de cola-boração que tem como objectivo“criar sinergias na obtenção de in-vestimento e promoção empresariale dinamizar o tecido económico emgeral, sobretudo nas áreas do conhe-cimento intensivo”.

O acordo visa ainda a criação deempresas em sectores relativamenteaos quais existam tradição e “vanta-gens comparativas do Concelho deOeiras e onde estejam subjacentesprocessos de inovação tecnológica”.

AitecOeiras eAicep cooperamno apoio a PME

INVESTIMENTO

PARCERIAS

EM VILA Nova de São Bento, concelho de Serpa, a empresa Paladares Alentejanos produz enchidos típicos de alta qualidade, apoiados noancestral conhecimento que existe nesta região do Alentejo. A abertura da empresa, no ano passado, implicou um investimento de 800.000euros e permitiu a criação de nove postos de trabalho. Foto: DR

ENCHIDOS: PME de Serpa “recupera” porco de raça alentejana

A ACL- Associação Comercial de Lis-boa – Câmara de Comércio e Indús-tria Portuguesa - vai organizar de 15a 19 de Março uma missão empre-sarial a Luanda, Angola.

Em comunicado, a ACL refere queesta iniciativa surge na continuidadedas acções de apoio à internacionali-zação que tem vindo a desenvolverneste mercado, que “oferece exce-lentes oportunidades de negócio ede investimento para as empresasportuguesas”.

No âmbito do programa desta mis-são, que conta com o apoio da AI-CEP, serão organizados encontros denegócios, de acordo com o perfil einteresses no mercado de cada parti-cipante, visitas a organismos oficiaise ainda uma sessão de apresentaçãodo mercado angolano.

Angola é um dos principais mer-cados das exportações portuguesas,tendo vindo igualmente a tornar-seum destino importante em termosdo investimento nacional.

A ACL é a mais antiga associaçãoempresarial em Portugal, fundadaem 1834 para defesa e promoção dasactividades económicas.

ACL leva missãoa Angola paracaptar negócio

COMÉRCIO E INDÚSTRIA

NEWSSEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

INOVAÇÃO: FCTUC projecta casa “low-cost” do futuro

PME de Paredes levam mobiliário para Timor-Leste

INdúSTrIA X

Vinte e oito PME do Concelho de Pa-redes aderiram ao projecto “Uma Fábrica para Timor”, da responsabilidade do município de Paredes e da diocese de Bau-cau, que conta com o apoio do Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), fazendo nascer naquele país um sector que já emprega 50 pessoas.

Este projecto de cooperação para o desenvolvimento partiu de um convite às cerca de 1200 fábricas de mobiliário do concelho de Paredes, para cederem gra-tuitamente equipamento fabril, em bom estado de funcionamento e conservação, com vista à criação da primeira unidade industrial de mobiliário em Timor.

“O convite resultou na adesã de 28 empresas, tendo o primeiro contentor com maquinaria e equipamento avaliado em 50 mil euros, sido enviado em 2006”, disse ao PME NEWS fonte do IPAD. Além dos 50 postos de trabalho directos, estão actualmente envolvidas no Centro Tec-nológico de Baucau, directa ou indirec-tamente, mais de 500 famílias.

O IPAD salienta que esta unidade, cujo investimento orçou os 600 mil euros, é hoje capaz de assegurar a completa cria-ção e produção de linhas de mobiliário e carpintaria, tendo já equipado diversos organismos oficiais, entre escolas, em-baixadas, tribunais, hotéis e até mesmo o gabinete do Presidente da República, um projecto que Ramos Horta designou de “verdadeiro milagre económico na região”.

PrémIO X

O prazo de entrega de candidaturas ao Prémio Produto Inovação Cotec - Unicer decorre até 9 de Abril. O prémio, que vai na 3ª edição, visa distinguir produtos ino-vadores, sejam eles bens ou serviços, desti-nados a mercados globais, que tenham sido desenvolvidos por empresas portuguesas ou estrangeiras a operar no País.

Os produtos ou serviços candidatos “têm de resultar de uma actividade consistente e continuada de inovação empresarial e não devem estar a ser comercializados há mais de cinco anos”, segundo referem as promotoras da iniciativa.

Com este prémio, a COTEC e a Unicer procuram, em conjunto, “dar a conhecer bons exemplos de bens ou serviços inova-dores. Casos de sucesso que se distinguem no panorama nacional e que por si só podem influenciar positivamente outras empresas”.

Para a COTEC, “o Prémio Produto Inovação representa um incentivo à ino-

vação empresarial no nosso País. No difícil período que atravessamos, é crucial que os nossos empresários mantenham o in-vestimento em inovação para que os seus produtos se afirmem internacionalmente e as empresas consigam aumentar a sua competitividade”.

As candidaturas, que podem ser feitas através do endereço: [email protected] serão apreciadas por um júri presidido pelo presidente da Cotec, Carlos Moreira da Silva, tendo como vice-presidente o presi-dente da Unicer, António Pires de Lima.

Em 2009, o prémio foi atribuído à farmacêutica Hovione, com a secagem de Partículas por Atomização. O júri conce-deu menções honrosas a quatro produtos: EdgeBOX, da Critical Links; NDrive Touch Real Navigator, desenvolvido pela NDrive; NLP Workbench (Natural Language Proces-sing) da Priberam e SmartGate, da Efacec Engenharia.

Foi ainda atribuída uma menção honrosa para um sector tradicional: Wonder (the push up jeans) da Salsa Jeans.

DNA estima incentivar criação de 500 empregos

InnoWave entra na Polónia e Brasil

TeCNOlOgIA X

A InnoWave, empresa tecnológica, anunciou a sua entrada no mercado po-laco e brasileiro com a implementação de uma solução de activação de serviço para suportar a oferta de Internet, Voz e TV de dois operadores de cabo.

Em comunicado, a empresa informa que “o negócio internacional vai continuar a desempenhar um papel crítico” no seu cres-cimento, estando já perspectivada a entrada na Holanda, Dinamarca e Inglaterra.

O documento acrescenta que o esforço comercial será essencialmente focado em dois pilares: os serviços em modelo smart-sourcing (prestação de serviços em proximi-dade) e o produto InnoWave Silego.

Universidade de Coimbra testa terapêutica

INveSTIgAçãO X

Investigadores do Grupo Mecanis-mos Moleculares de Doença do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, em parceria com colegas da Universidade do Kansas, EUA, identificaram um potencial alvo terapêutico que poderá permitir o de-senvolvimento de uma nova terapêutica com ganhos no tempo de vida de doentes de Parkinson.

Em comunicado, a Universidade de Coimbra diz que esta investigação traz novas pistas para a compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos na doença de Parkinson, permitindo desen-volver novos agentes terapêuticos. Os investigadores irão em breve usar o taxol em modelos animais com Parkinson para avaliar a sua eficácia.

Portugal prepara 1º robô vigilante do mundo

I&d X

Um consórcio constituído inteiramente por empresas portuguesas, mas dirigido ao mercado internacional, está a desenvolver o primeiro robô vigilante ‘inteligentes’ do mundo. O projecto designado ROBVIGIL arrancou em Fevereiro e prevê-se que as primeiras unidades experimentais do robô vigilante cheguem ao mercado já em 2012.

Segundo o INESC Porto, entidade que integra o consórcio, pretende-se que estes robôs “sejam extensões dos operadores humanos no terreno, com capacidade para fazer rondas, reconhecer e seguir intrusos, bem como trabalhar em equipa com outros robôs ou mesmo com humanos através de tele e videoconferência”, o que não acontece com as actuais soluções de segurança.

Além do INESC Porto integram o consórcio a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, a Clever House – Sistemas Inteligentes, a Strong Segurança, Empresa de Segurança e Desenvolvimento de Soluções de Electrónica para Segurança, e a Sinepower Consultoria, Projectos de Engenharia Electrónica.

Dolce Vita lança solução para empreendedores

STANdS X

Os Centros Comerciais Dolce Vita acabam de lançar um novo conceito para a exposição temporária de produtos e ser-viços nos seus centros comerciais.

Denominados VitaShops, são stands com uma “linha gráfica inovadora, jovem e colorida”, destinados a todos aqueles que desejem “montar o seu próprio negócio”, ou, simplesmente, “expor os seus produtos de forma simples e flexível”.

emPreeNdedOrISmO X

A DNA Cascais quer contribuir para a criação de 500 postos de trabalho nos pró-ximos três anos, revelou o seu presidente, Carlos Carreiras, realçando a importância desta Agência Municipal no desenvolvi-mento do empreendedorismo e na criação de projectos e ideias inovadoras, essenciais para o crescimento económico.

Criada há três anos, a DNA apoiou já no Concelho de Cascais a criação de mais de 100 novas empresas e o desenvolvimento de projectos, geradores de 300 postos de trabalho imediatos, com um investimento

global superior a 12 milhões de euros. O sector dos Serviços foi o que apre-

sentou maior apetência para a captação de investimento, criação de empresas e geração de postos de trabalho. Verificou-se também um crescimento de negócios na área da Saúde e Bem-Estar, sector que revelou um elevado potencial e onde o Concelho aposta estrategicamente.

Em três anos, a DNA Cascais recebeu mais de 900 contactos directos de potenciais empreendedores, dos quais foram seleccio-nadas 280 ideias melhor fundamentadas. Entre as empresas apoiadas, 73% foram financiadas, tiveram acesso a investidores ou foram incubadas pela DNA Cascais.

COTEC e Unicer procuram produtos inovadores

UMA EQUIPA multidisciplinar dos Departamentos de Arquitectura e Engenharia Civil da FCTUC, liderada por Luís Simões da Silva, criou um novo conceito de habitação: Affordables Houses. O desafio fora lançado aos 16 grupos de investigação que integram a Rede Cientifica Internacional de Estruturas Metálicas pelo grupo ArcelorMittal, líder mundial da produção de aço. FOTO/DR

O MIRANTE/

Page 3: Suplemento  OJE

QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010 IIINEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

OPINIÃO

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OPINIÃO IIISEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

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MARCELINO PENA COSTAPRESIDENTE DA APESPE*

Agestão das empresas benefi-cia com o recurso aosserviços de uma Empresa deTrabalho temporário (ETT)?

Uma PME pode recorrer a estesserviços de f lexibilidade laboral,sem que os seus custos disparem?

O trabalho temporário é ou nãoum serviço caro e inacessível paraas pequenas empresas?

As empresas através do TrabalhoTemporário Organizado podemmelhorar a gestão dos seus recursoshumanos, o que lhes traz asseguintes vantagens:

• Libertam-se das tarefas ligadasao recrutamento e à selecçãodos trabalhadores, ao processa-mento de salários, e ao cumpri-mento das obrigações legais esociais, e do exercício do poderdisciplinar;

• Aproveitam o saber e a exper-iência acumulados das Em-presas de Trabalho Temporário,obtendo com maior grau deprobabilidade a colaboração detrabalhadores com o perfil maisadequado aos postos de trabal-ho a preencher, assim comopodem, também, beneficiar daexperiência e saberes acumula-dos pelos trabalhadores tem-porários em tarefas idênticasnoutras empresas;

• Encontram nas empresas deTrabalho Temporário, um apoioprivilegiado de consultoria egestão de recursos humanos e,sem acréscimo de custos, acon-selhamento quanto à legalidadede procedimentos;

• Têm os trabalhadores qualifica-dos e imediatamente produ-tivos, pelo período estritamentenecessário, sem o tempo deespera que um processo derecrutamento e selecção podedurar;

• Com os serviços da ETT não cor-rem riscos desnecessários, poisos procedimentos administra-tivos desta asseguram-lhe alegalidade dos procedimentos ea adequação da cedência à legis-lação em vigor para a activi-dade;

• Reservam para si o poder deautoridade e direcção sobre aforça de trabalho, não colocan-do em risco as estratégiasempresariais;

• Dispõem, sem mais custos, deuma base de recrutamento parao preenchimento de postos detrabalho permanentes;

• As empresas associadas na APE-SPE subscrevem um código deprocedimentos a seguir, que éum garante para as empresasutilizadoras;

A partir daqui, o empresário podefazer a avaliação dos custos envolvi-dos e chegará à conclusão que oTrabalho Temporário Organizado éuma solução a considerar sempreque os prazos apertem, se lance umnovo produto ou serviço, sejanecessário substituir trabalhadoresausentes (doença, licenças, proces-sos disciplinares, etc.)e sempre quequeira aumentar a produtividade,sem recurso a trabalho extra-

ordinário que normalmente é umfactor de cansaço dos seus trabal-hadores, com a consequente baixade produtividade.

Os custos não disparam pois o tra-balho temporário, balanceando oscustos que a empresa tem – tenha adimensão que tiver - se calcular oscustos do lançamento do processode recrutamento, da disponibiliza-ção para as entrevistas de selecção etodos os procedimentos administra-tivos para a elaboração do contratode trabalho, este custo, não é inferi-or aos custos da ETT para as mes-mas tarefas, dada ser o recrutamen-to e a selecção de trabalhadores umdos itens do seu objecto social.

A ETT faz negócio se tiver os mel-hores e mais capazes trabalhadoresfidelizados à sua marca, caso con-trário perde essa oportunidade.

A ETT e o trabalhador temporáriodestacado têm que ser competitivos,flexíveis e de uma grande capaci-dade de adaptabilidade à empresautilizadora.

As empresas do TrabalhoTemporário Organizado são empre-sas estruturadas, suportadas porquadros técnicos capazes, tanto aonível do recrutamento e selecção,como na elaboração de propostas deadequação das soluções tem-porárias às necessidades das empre-sas. Programas informáticos especí-ficos gerem a actividade, encurtamtempos e dão respostas necessáriasem tempo real.

Quem visitar a página da APESPEpode verificar o empenhamento dasempresas em responder eficaz eprofissionalmente às necessidadesdos seus utilizadores: as empresasclientes e aos anseios dos trabal-hadores (WWW:APESPE.PT).

As médias e pequenas empresasencontram pois, no trabalho tem-porário uma óptima ferramenta degestão que, se bem utilizada, é umfactor de redução de custos.

As empresas quando procuramno quadro legal flexibilidade têmuma escolha limitada: o contrato atermo, o contrato a tempo parcial eo contrato temporário. Inequívoca-mente a opção pelo trabalho tem-porário para uma solução de curtaou média duração é a mais adequa-da, porque contratar a termo paracurtas durações é custoso, lento e otrabalho não pode esperar!

O contrato a termo parcial é umaboa solução para problemas especí-ficos, mas, não é alternativa ao tra-balho temporário.

Mais, as ETTs são empresas quetêm que deter um alvará para oexercício da actividade, que é regu-lada e regulamentada.

A Lei do Trabalho Temporárioagora inscrita no Código doTrabalho, estabelece a maioria dasregras com que a ETT, a EmpresaUtilizadora (EU) e o TrabalhadorTemporário, têm que observar edetermina a triangulação de dire-itos e obrigações que são o paradig-ma do Trabalho Temporário Orga-nizado.

*Associação Portuguesa das Empresasdo Sector Privado de Emprego

A utilização da cedência temporária de trabalhadorestraz vantagens às empresas?

Gestãode RH

A gestão das empresas beneficia com o recurso aos serviços de uma Empresa de Trabalho temporário (ETT)?

Uma PME pode recorrer a estes serviços de flexibilidade laboral, sem que os seus custos disparem?

O trabalho temporário é ou não um serviço caro e inacessível para as pequenas empresas?

As empresas através do Tra-balho Temporário Organizado podem melhorar a gestão dos seus recursos humanos, o que lhes traz as seguintes vantagens:

- Libertam-se das tarefas ligadas ao recrutamento e à selecção dos trabalhadores, ao processamento de salários, e ao cumprimento das obrigações legais e sociais, e do exercício do poder disciplinar;

- Aproveitam o saber e a expe-riência acumulados das Empresas de Trabalho Temporário, obtendo com maior grau de probabilidade a colaboração de trabalhadores com o perfil mais adequado aos postos de trabalho a preencher, assim como podem, também, beneficiar da experiência e saberes acumulados pelos trabalhadores temporários em tarefas idênticas noutras empresas;

- Encontram nas empresas de Trabalho Temporário, um apoio privilegiado de consultoria e gestão de recursos humanos e, sem acréscimo de custos, aconse-lhamento quanto à legalidade de procedimentos;

- Têm os trabalhadores qualifi-cados e imediatamente produtivos, pelo período estritamente neces-sário, sem o tempo de espera que um processo de recrutamento e selecção pode durar;

- Com os serviços da ETT não correm riscos desnecessários, pois os procedimentos administrativos desta asseguram-lhe a legalidade dos procedimentos e a adequação da cedência à legislação em vigor para a actividade;

- Reservam para si o poder de autoridade e direcção sobre a força de trabalho, não colocando em risco as estratégias empresariais;

- Dispõem, sem mais custos, de uma base de recrutamento para o preenchimento de postos de trabalho permanentes;

- As empresas associadas na APESPE subscrevem um código de procedimentos a seguir, que é um garante para as empresas utilizadoras;

A partir daqui, o empresário pode fazer a avaliação dos custos envolvidos e chegará à conclusão que o Trabalho Temporário Orga-nizado é uma solução a considerar sempre que os prazos apertem, se lance um novo produto ou serviço, seja necessário substituir trabalha-dores ausentes (doença, licenças, processos disciplinares, etc.)e sempre que queira aumentar a pro-dutividade, sem recurso a trabalho extraordinário que normalmente é um factor de cansaço dos seus trabalhadores, com a consequente

baixa de produtividade.Os custos não disparam pois o

trabalho temporário, balanceando os custos que a empresa tem – tenha a dimensão que tiver - se calcular os custos do lançamento do processo de recrutamento, da dis-ponibilização para as entrevistas de selecção e todos os procedimentos administrativos para a elaboração do contrato de trabalho, este custo, não é inferior aos custos da ETT para as mesmas tarefas, dada ser o recrutamento e a selecção de trabalhadores um dos itens do seu objecto social.

A ETT faz negócio se tiver os me-lhores e mais capazes trabalhadores fidelizados à sua marca, caso con-trário perde essa oportunidade.

A ETT e o trabalhador tempo-rário destacado têm que ser com-petitivos, flexíveis e de uma grande capacidade de adaptabilidade à empresa utilizadora.

As empresas do Trabalho Temporário Organizado são em-presas estruturadas, suportadas por quadros técnicos capazes, tanto ao nível do recrutamento e selecção, como na elaboração de propostas de adequação das soluções temporá-rias às necessidades das empresas. Programas informáticos específi-cos gerem a actividade, encurtam tempos e dão respostas necessárias em tempo real.

Quem visitar a página da APES-PE pode verificar o empenhamento das empresas em responder eficaz e profissionalmente às necessidades dos seus utilizadores: as empresas clientes e aos anseios dos trabalha-dores (WWW:APESPE.PT).

As médias e pequenas empresas encontram pois, no trabalho tem-porário uma óptima ferramenta de gestão que, se bem utilizada, é um factor de redução de custos.

As empresas quando procuram no quadro legal flexibilidade têm uma escolha limitada: o contrato a termo, o contrato a tempo parcial e o contrato temporário. Inequi-vocamente a opção pelo trabalho temporário para uma solução de curta ou média duração é a mais adequada, porque contratar a termo para curtas durações é custoso, lento e o trabalho não pode esperar!

O contrato a termo parcial é uma boa solução para problemas específicos, mas, não é alternativa ao trabalho temporário.

Mais, as ETTs são empresas que têm que deter um alvará para o exercício da actividade, que é regulada e regulamentada.

A Lei do Trabalho Temporário agora inscrita no Código do Tra-balho, estabelece a maioria das regras com que a ETT, a Empresa Utilizadora (EU) e o Trabalhador Temporário, têm que observar e determina a triangulação de direitos e obrigações que são o pa-radigma do Trabalho Temporário Organizado.

*Associação Portuguesa das Em-presas do Sector Privado de Emprego

A utilização da cedência temporária de trabalhadores traz vantagens às empresas?

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010IV NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

PUB

PUB

pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

ACTUALIDADE

O que são os preços de trans-ferência?

Preços de transferência é um mecanismo que pretende assegu-rar que as transacções efectuadas entre partes relacionadas (isto é, entidades que se encontram numa relação de dependência jurídica ou económica) são rea-lizadas em condições similares às praticadas entre entidades independentes. Isto porque se presume que existirá uma ten-

dência natural para as empresas colocarem nas jurisdições ou veículos societários sujeitos a uma maior carga fiscal os custos, ao passo que os proveitos serão normalmente imputados às que se encontram sujeitas a cargas fiscais mais reduzidas.

Qual a importância dos preços de transferência para as PME?

O princípio aplica-se a qual-quer tipo de entidade, seja ela de

grande ou pequena dimensão. A questão é que as empresas com um volume de proveitos supe-rior a 3.000.000 de euros estão sujeitas a obrigações declarativas mais exigentes.

Portugal entrou neste estudo da Ernst & Young? As conclu-sões apuradas para o País estão em conformidade com as con-clusões gerais do estudo?

Sim. A matéria dos preços de transferência é, neste momento,

ACTUALIDADEIV SEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

Aregulação dos preços de transfer-ência (comparabilidade com ospreços de mercado nas operaçõesentre empresas do mesmo

grupo), que esteve durante muito tempoconfinada a um pequeno grupo de país-es industrializados, passou a ser práticaquase generalizada, à medida que osgovernos procuram aumentar asreceitas dos impostos para fazer face aoaumento dos défices orçamentais, con-clui um estudo da Ernst & Young, queanalisou as práticas fiscais de 49 paísesentre os quais Portugal.

Face a isto, adianta o estudo, as multi-nacionais, bem como, de forma geral, otecido empresarial nacional têm de estarpreparados para responder aos desafiosque se lhe colocam nesta matéria.

O estudo Global Transfer PricingSurvey 2009 a que o PME NEWS teveacesso revela “um aumento drástico nasexigências de documentação por partedos governos”, bem como a intençãodestes de “aumentarem o nível dassanções” sempre que uma multina-cional “disponibilize infor-

mação menos correcta” sobre a suapolítica de preços, ou não cumpra comas exigências em termos de documen-tação, quando a elas está obrigada porlei, como no caso português.

A necessidade dos governosaumentarem as receitas fiscais numclima económico de incerteza comoaquele em que vivemos, deixa anteverum aumento da litigância no futuropróximo, conclui também o estudo.

“As transacções sujeitas às regras depreços de transferência podem ser umdesafio para as autoridades fiscais, mes-mo quando são estritamente seguidas asorientações da OCDE”, salienta JohnHobster, Global Accounts Leader forTransfer Pricing for Ernst & Young.

Os cenários que originam auditorias apreços de transferência incluem lucros eperdas elevadas não habituais paraempresas do grupo, reestruturações queenvolvem o encerramento ou reduçãonas operações, significativas comissõesde gestão entre empresas e acordos comempresas situadas em paraísos fiscaise/ou a localizados numa jurisdição de

baixa tributação.Uma vez que as transacções transfron-

teiriças no mesmo grupo de empresas,estão sujeitas a, pelo menos, duasautoridades fiscais (diferentes), o queleva a que a transacção seja potencial-mente escrutinada por duas vezes, “éimpossível eliminar totalmente o riscodos preços de transferência”, salienta oestudo.

No entanto, acrescenta, o risco “podeser mitigado através da aplicação correc-ta das regras de documentação” e, quan-do necessário, através da “utilização demecanismos previstos nas diferentes leisfiscais que pretendem assegurar umnível mais acentuado de segurançajurídica para os contribuintes, como é ocaso da legislação sobre acordos préviosde preços (APP’s).

O estudo da Ernst & Young demon-stra que nos últimos anos tem havidouma onda de regulamentação ao nívelde preços de transferência. “Não sur-preende, portanto, que os responsáveisfinanceiros considerem os preços detransferência como a questão fiscal

PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA AUMENTAM RISCOS DAS EMPRESAS

mais importante nas suas empresas”,salienta Hobster. Afinal, conclui esteresponsável, “na maioria das vezes, opreço de transferência está tão rela-cionado com a operação da empresa quenão pode ser tratado de forma isolada.Ou seja, é fundamental uma abordagemsistemática, gerida de forma centraliza-

da, mas orientada para as necessidadeslocais, e estruturada. Em última análise,os preços de transferência são uma parteintegrante de qualquer modelo de negó-cio de uma multinacional".

Por Almerinda Romeira

Preços de transferência é um mecanismoque pretende assegurar que as transacçõesefectuadas entre partes relacionadas sãorealizadas em condições similares às prati-cadas entre entidades independentes

Paulo Mendonça, Tax Partner da Ernst & Young

“ESTA MATÉRIA ESTÁ NO TOPO DA AGENDA FISCAL DAS EMPRESAS”

O que são os preços de transferência?Preços de transferência é um mecanismoque pretende assegurar que astransacções efectuadas entre partes rela-cionadas (isto é, entidades que se encon-tram numa relação de dependênciajurídica ou económica) são realizadasem condições similares às praticadasentre entidades independentes. Istoporque se presume que existirá umatendência natural para as empresascolocarem nas jurisdições ou veículossocietários sujeitos a uma maior cargafiscal os custos, ao passo que osproveitos serão normalmente imputa-dos às que se encontram sujeitas a car-

gas fiscais mais reduzidas.

Qual a importância dos preços de transfer-ência para as PME?O princípio aplica-se a qualquer tipo deentidade, seja ela de grande ou pequenadimensão. A questão é que as empresascom um volume de proveitos superior a3.000.000 de euros estão sujeitas a obri-gações declarativas mais exigentes.

Portugal entrou neste estudo da Ernst &Young? As conclusões apuradas para oPaís estão em conformidade com as con-clusões gerais do estudo? Sim. A matéria dos preços de transferência

é, neste momento, uma das que aAdministração Fiscal tem estado a investirmais em termos de recursos e está, clara-mente, no topo da agenda dos respon-sáveis da parte fiscal das empresas.

Em que medida a maior exigência dosgovernos de que fala este estudo podeafectar a competitividade das PME por-tuguesas? Não afecta em particular, uma vez que ofenómeno é global. Obriga, obviamente, auma actualização permanente dosquadros das empresas e a uma atençãoespecial no que respeita ao cumprimentodas obrigações declarativas.

Strongstep é 25º spin-off saído da FEUPA STRONGSTEP é o último "spin-off"saído do universo da Faculdade deEngenharia da Universidade do Porto(FEUP. Nasceu da vontade conjunta decinco pessoas, três do mundo empresari-al e duas do mundo mais académico,com forte experiência internacional,com interesse na área de engenharia equalidade de software.

“O objectivo foi aliar o sentidoempreendedor à vontade de colmataruma necessidade de mercado, nomeada-mente o português, para ajudar asempresas a produzir e gerir soluções desoftware de excelência, através de pro-cessos pragmáticos, sustentados e ágeis”,explicou ao PME NEWS Pedro Veloso Go-mes, 32 anos, detentor de um MestradoIntegrado em Engenharia Informática daFEUP e oito anos de experiência quer emestão de projectos internacionais e de sis-temas de missão crítica na Sonae quercomo consultor de IT Governance umdos promotores da Strongstep.

O grupo de fundadores - que incluiPedro Castro Henriques, Raul MoreiraVidal, Luís Gonzalez Amaral e JoãoPascoal Faria - tinha um interessecomum na área de engenharia de soft-ware. A esse interesse, os promotoresjuntaram a identificação de “uma neces-sidade de mercado na área da qualidadede software, aliada a eficiência e ino-vação”. Depois avançaram.

Pedro Veloso Gomes conta: “O projectofoi incubado na FEUP através de umaaposta forte e estratégica da suadirecção, foi estabelecida uma parceriacom a maior referência mundial nestaárea – Software Engineering Institute daUniversidade de Carneggie Mellon”.

Constituída em Junho de 2009,a Stronstep teve o ponto de parti-da no fornecimento de serviçosde alto valor acrescentado rela-cionados com a melhoria deprocessos, certificações e for-mações, sendo que agora se vai“promover de forma contínua ainovação e internacionalizaçãode serviços e produtos”.

Actuando nas áreas de consul-toria, formação e I&D em Enge-nharia de Software, opera em di-versos sectores de actividade – sa-úde, retalho, energia, teleco-municações, tecnologias de infor-mação, ensino -, prestando aindaserviços de estruturação dos pro-cessos de desenvolvimento e ges-tão de projectos, pareceres sobrequalidade e segurança, e doprocessos de gestão de requisitose automatização de testes.

O financiamento do projectoStrongstep passou por capital ex-terno, nomeadamente da Uni-versidade. Até ao momento, diz

Pedro Veloso Gomes ainda não foi uti-lizado nenhum incentivo estatal mas“estão a ser considerados para promovera inovação e internacionalização”.

Por Almerinda Romeira

DATA DE CONSTITUIÇÃO:Junho de 2009

SECTOR DE ACTIVIDADE:Tecnologias de Informação

PRINCIPAIS PRODUTOS:Actuação: Promover efi-ciência, qualidade, eficáciae inovação nas empresasque desenvolvem, suportam ecompram soluções de software

Serviços: Melhoria de ProcessoOrganizacional, Certificação deempresas, processos e produtos,Formações e Inovação

Modelos de melhoria: CMMI,TSP/PSP, NP4457 (Inovação),Scrum, XP, ISTQB, ITIL, PMBOK,Six Sigma, RUP

Sectores de Actividade: Saúde,Retalho, Energia,Telecomunicações, Tecnologias deInformação, Financeiro e Ensino

Contactos: Web: http://www.strongstep.pt

Watts Humphrey, do Software Engineering Institute (2º a contar da esq.), com a equipa promoto-ra da Strongstep: Pedro Castro Henriques (esq.) e Raul Moreira Vidal, Pedro Veloso Gomes, LuísGonzalez Amaral e João Pascoal Faria Foto: DR

Watts Humphrey, do Software Engineering Institute (2º a contar da esq.), com a equipa promotora da Strongstep: Pedro Castro Henriques (esq.) e Raul Moreira Vidal, Pedro Veloso Gomes, Luís Gonzalez Amaral e João Pascoal Faria Foto: DR

A Strongstep é o último “spin-off” saído do universo da Faculda-de de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP. Nasceu da vontade conjunta de cinco pessoas, três do mundo empresarial e duas do mundo mais académico, com forte experiência internacional, com interesse na área de engenharia e qualidade de software.

“O objectivo foi aliar o sentido empreendedor à vontade de colma-tar uma necessidade de mercado, nomeadamente o português, para ajudar as empresas a produzir e gerir soluções de software de excelência, através de processos pragmáticos, sustentados e ágeis”, explicou ao PME NEWS Pedro Veloso Gomes, 32 anos, detentor de um Mestrado Integrado em Engenharia Informática da FEUP e oito anos de experiência quer em estão de projectos internacionais e de sistemas de missão crítica na Sonae quer como consultor de IT Governance um dos promotores da Strongstep.

O grupo de fundadores - que

inclui Pedro Castro Henriques, Raul Moreira Vidal, Luís Gonzalez Amaral e João Pascoal Faria - tinha um interesse comum na área de engenharia de software. A esse in-teresse, os promotores juntaram a identificação de “uma necessidade de mercado na área da qualidade de software, aliada a eficiência e inovação”. Depois avançaram.

Pedro Veloso Gomes conta: “O projecto foi incubado na FEUP através de uma aposta forte e estratégica da sua direcção, foi estabelecida uma parceria com a maior referência mundial nesta área – Software Engineering Insti-tute da Universidade de Carneggie Mellon”.

Constituída em Junho de 2009, a Stronstep teve o ponto de partida no fornecimento de serviços de alto valor acrescentado relaciona-dos com a melhoria de processos, certificações e formações, sendo que agora se vai “promover de forma contínua a inovação e internacionalização de serviços e produtos”.

Strongstep é 25º spin-off saído da FEUP

Actuando nas áreas de con-sultoria, formação e I&D em Engenharia de Software, opera em diversos sectores de activi-dade – saúde, retalho, energia, telecomunicações, tecnologias de informação, ensino -, prestando ainda serviços de estruturação

dos processos de desenvolvimento e gestão de projectos, pareceres sobre qualidade e segurança, e do processos de gestão de requisitos e automatização de testes.

O financiamento do projecto Strongstep passou por capital externo, nomeadamente da Uni-

versidade. Até ao momento, diz Pedro Veloso Gomes ainda não foi utilizado nenhum incentivo estatal mas “estão a ser conside-rados para promover a inovação e internacionalização”.

Preços de transferência aumentam riscos das emPresas

A regulação dos preços de trans-ferência (comparabilidade com os preços de mercado nas operações entre empresas do mesmo grupo), que esteve durante muito tempo confinada a um pequeno grupo de países industrializados, passou a ser prática quase generalizada, à medida que os governos procuram aumentar as receitas dos impostos para fazer face ao aumento dos défices orçamentais, conclui um estudo da Ernst & Young, que analisou as práticas fiscais de 49 países entre os quais Portugal.

Face a isto, adianta o estudo, as multinacionais, bem como, de forma geral, o tecido empresarial nacional têm de estar preparados para responder aos desafios que se lhe colocam nesta matéria.

O estudo Global Transfer Pricing Survey 2009 a que o PME NEWS teve acesso revela “um aumento drástico nas exigências de documentação por parte dos governos”, bem como a intenção destes de “aumentarem o nível das sanções” sempre que uma multinacional “disponibilize in-formação menos correcta” sobre a sua política de preços, ou não cumpra com as exigências em termos de documentação, quando a elas está obrigada por lei, como no caso português.

A necessidade dos governos aumentarem as receitas fiscais num clima económico de incerteza como aquele em que vivemos, deixa antever um aumento da litigância no futuro próximo,

conclui também o estudo. “As transacções sujeitas às

regras de preços de transferência podem ser um desafio para as autoridades fiscais, mesmo quan-do são estritamente seguidas as orientações da OCDE”, salienta John Hobster, Global Accounts Leader for Transfer Pricing for Ernst & Young.

Os cenários que originam au-ditorias a preços de transferência incluem lucros e perdas elevadas não habituais para empresas do grupo, reestruturações que envolvem o encerramento ou redução nas operações, significa-tivas comissões de gestão entre empresas e acordos com empresas situadas em paraísos fiscais e/ou a localizados numa jurisdição de

baixa tributação.Uma vez que as transacções

transfronteiriças no mesmo grupo de empresas, estão sujeitas a, pelo menos, duas autoridades fiscais (diferentes), o que leva a que a transacção seja potencialmente escrutinada por duas vezes, “é impossível eliminar totalmente o risco dos preços de transferência”, salienta o estudo.

No entanto, acrescenta, o risco “pode ser mitigado através da aplicação correcta das regras de documentação” e, quando necessário, através da “utilização de mecanismos previstos nas dife-rentes leis fiscais que pretendem assegurar um nível mais acentu-ado de segurança jurídica para os contribuintes, como é o caso da

legislação sobre acordos prévios de preços (APP’s).

O estudo da Ernst & Young demonstra que nos últimos anos tem havido uma onda de regula-mentação ao nível de preços de transferência. “Não surpreende, portanto, que os responsáveis financeiros considerem os preços de transferência como a questão fiscal mais importante nas suas empresas”, salienta Hobster.

Afinal, conclui este responsá-vel, “na maioria das vezes, o preço de transferência está tão relacio-nado com a operação da empresa que não pode ser tratado de forma isolada. Ou seja, é fundamental uma abordagem sistemática, ge-rida de forma centralizada, mas orientada para as necessidades locais, e estruturada. Em última análise, os preços de transferên-cia são uma parte integrante de qualquer modelo de negócio de uma multinacional”.

Por Almerinda Romeira

Paulo Mendonça, Tax ParTner da ernsT & Young

“esta matéria está no toPo da agenda fiscal das emPresas”

uma das que a Administração Fiscal tem estado a investir mais em termos de recursos e está, claramente, no topo da agenda dos responsáveis da parte fiscal das empresas.

Em que medida a maior exigência dos governos de que fala este estudo pode afectar a competitividade das PME portuguesas?

Não afecta em particular, uma vez que o fenómeno é global. Obriga, obviamente, a uma actualização permanente dos quadros das empresas e a uma atenção especial no que respeita ao cumprimento das obrigações declarativas.

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010 VNEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

FINANCIAMENTO

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A Novabase Capital, empresa de capital de risco detida pela No-vabase, estima que os três novos fundos de capital de risco que vai pôr à disposição de projectos em-presariais tecnológicos inovadores, estejam constituídos até ao final deste semestre, revelou ao PME NEWS a administradora-delegada da empresa, María Gil.

“O objectivo é apoiar os empreen-dedores portugueses que queriam desenvolver projectos inovadores”, salientou a gestora, vincando que o apoio da Novabase Capital às micro e PMEs, “além de financeiro, incor-pora as componentes de know-how e de aproximação aos mercados, de forma a potenciar a inovação em Portugal”.

Os três novos fundos que, em conjunto, atingirão um total de 30,91 milhões de euros, privilegia-rão o investimento em PMEs de base tecnológica na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, assegurando, no entanto, enfoques diferenciados no que respeita às tipologias de projectos e ao seu posicionamento no ciclo de vida das empresas tecnológicas.

Assim, o FCR Novabase Capital Early Stage, que terá uma dotação máxima de 12,71 milhões de eu-ros, destina-se a apoiar “projectos emergentes de pequena escala, com carácter inovador e diferenciador, ou micro projectos de forte conte-údo de inovação, que detenham o Estatuto IAPMEI Inovação e sejam desenvolvidos por PMEs com menos de três exercícios fechados”.

Segundo María Gil, este fundo está vocacionado para apoiar projec-tos até um montante não superior a 100 mil euros, podendo a título excepcional apoiar projectos com certificação do IAPMEI Inovação até ao montante de 1 milhão de euros.

Este fundo está destinado a investimentos nas regiões Norte, Centro e Alentejo, contando com uma participação do Programa COMPETE de 6,85 milhões de euros (59,8%), e incluindo uma dotação máxima para a região de Lisboa de 1,26 milhões de euros, com uma participação do programa opera-cional POR Lisboa de meio milhão de euros (39,7%).

O segundo fundo, FCR Novabase

A ADIEL - Associação para o Desenvolvimento Integrado e Económico de Lousada é uma associação sem fins lucrativos com vista ao desenvolvimento econó-mico e social do centro urbano de Lousada, principalmente das empresas de comércio e serviços. Foi constituída em Março de 2007 para dar continuidade ao projecto Urbcom de Lousada, Concelho integrado na região do Vale de Sousa.

Samuel Teixeira, presidente da ADIEL explicou ao PME NEWS que o projecto de urbanismo co-mercial, iniciado em 2005, abran-geu duas vertentes, uma para os comerciantes, que lhes permitiu remodelar as lojas com apoios de 45% das despesas totais, a outra pertenceu à autarquia, que teve de intervir na melhoria das infra-estruturas do centro da Vila, isto é vias de acesso, mobiliário urbano, criação de praças.

“Posto isto era necessário dar

ADIEL aposta na modernização de Lousada

Samuel Teixeira, presidente da ADIELFoto: DR

continuidade ao processo”, salien-ta Samuel Teixeira adiantando que desde a sua constituição a ADIEL tem vindo a lançar iniciativas ino-vadoras de promoção ao comércio com vista a atrair mais visitantes ao centro urbano.

A ADIEL funciona em parceria com os comerciantes de Lousada que sejam seus associados e com a autarquia. Por norma, a Asso-ciação, candidata-se a “projectos de dinamização comercial” que sejam “financiados pelos quadros comunitários” e “desenvolve-os em parceria” com os seus asso-ciados.

Entre as actividades que de-senvolve juntamente com os seus associados contam-se acções de promoção e publicidade, elabora-ção de estudos de mercado, edição de um boletim informativo e um serviço alargado de assessoria aos associados, emissão de pareceres em tudo o que respeite ao urba-nismo na área de intervenção definida no Urbcom de Lousada; entre muitos outros.

No âmbito do Urbcom foram apoiados cerca de 25 estabeleci-mentos comercias em Lousada, no entanto já foram elaboradas mais candidaturas de empresá-rios a outros incentivos, como o MODCOM e o Proder, adianta Samuel Teixeira. Em relação ao apoio à dinamização do comércio em geral, com as suas actividades, a ADIEL já apoiou cerca de 200 estabelecimentos comerciais.

Novabase Capital estima ter Novos fuNdos de Capital de risCo já em juNho

Capital Corporate Venture, com uma dotação máxima de 8,1 milhões de euros, dos quais 4 milhões de eu-ros (49,4%) do Programa COMPETE, centra-se no apoio ao investimento em projectos de desenvolvimento de novos negócios ou que resultem de processos de autonomização de áreas de negócio inovadoras com origem em empresas nacionais de base tecnológica nas regiões Norte, Centro e Alentejo. O financiamento pode ir até 1 milhão de euros.

O terceiro instrumento, de-signado FCR Novabase Capital Inovação e Internacionalização está vocacionado para o apoio projectos de internacionalização, inovação e/ou modernização, promovidos por PMEs.

O fundo disporá de uma dotação

dos novos instrumentos” é em projectos empresariais tecnológicos inovadores, com grande potencial de criação de valor e sinérgicos com o posicionamento estratégico do Grupo Novabase.”

Os três fundos a lançar pela Novabase Capital enquadram-se no âmbito do SAFPRI (Sistema de Apoio ao Financiamento e Partilha de Risco da Inovação), integrado no QREN, e com co-financiamento da União Europeia via FEDER, o actual quadro de auxílios comunitários que poderá transferir para Portugal 21,5 mil milhões de euros até 2013.

A Novabase Capital é igual-mente a sociedade gestora do FCR Novabase Capital, já integralmente investido, com uma dotação de 7,14M€ e participado em 30% pela Novabase Capital e em 70% pelo IAPMEI através do Programa PRIME e com co-financiamento da União Europeia via FEDER.

Por Almerinda Romeira

máxima de 10,1 milhões de euros, dos quais 5 milhões provenientes do Programa Compete, destinados a investimentos nas regiões Norte, Centro e Alentejo. Os apoios a con-ceder no âmbito deste instrumento vão até 1,5 milhões de euros por cada 12 meses.

“Queremos constituir um por-tfólio diversificado, aposta que, desde logo, está patente na seg-mentação dos três fundos”, salienta María Gil, adiantando que o foco

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010VI NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

ENTREVISTA

O programa Compete, no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacio-nal) lançou em Agosto de 2009 o concurso para o Fundo de Co-Investimento com Business Angels. Qual foi a adesão ao Fundo?

O lançamento do Fundo de Co-Investimento marcou um ponto de viragem na dinâmica dos Business Angels em Por-tugal, tendo ultrapassado as expectativas – 67 candidaturas e 267 Business Angels envolvi-dos - quer dos responsáveis do Programa COMPETE quer da própria FNABA.

De onde vieram essas can-didaturas?

Ao todo, candidataram-se 67 Entidades Veículo, das quais foram aprovadas 56. Das can-didaturas aprovadas 46 são pertencentes a Business Angels membros de Associações que fazem parte da FNABA. Ao todo, estão envolvidos 267 Business Angels de todo o país, mesmo de áreas geográficas não cobertas pelo programa. No que respeita aos associados da FNABA, foram criadas Entidades Veículos cor-respondentes a Business Angels membros das Associações de Lisboa, Cascais, Porto, Coimbra, Guimarães, Évora, Covilhã e Santarém.

Que papel tem a FNABA na iniciativa?

Ciente da oportunidade que estava a ser apresentada aos Bu-siness Angels, a FNABA, após ter contribuído para a concepção do citado Fundo de Co-Investimento, tomou a iniciativa – com o apoio do COMPETE/QREN, IAPMEI, PME INVESTIMENTOS E CAIXA CAPI-TAL – de realizar um roadshow pelo País onde foi apresentado de forma exaustiva aquele im-portante instrumento financeiro que encoraja a comunidade de Business Angels a investir em projectos empresariais inovado-res, através de uma interessante alavancagem da disponibilidade financeira dos Business Angels

e de uma combinação atractiva das variáveis de risco e retorno. A FNABA assumiu ainda um papel relevante na coordenação das acreditações dos Business Angels (...) contribuindo assim para a elevada transparência com que tem vindo a ser caracterizado esta importante iniciativa.

Em que fase está?As candidaturas decorreram

até final de Outubro, sendo que, no final de Dezembro e princípios de Janeiro, foram comunicadas aos grupos de Business Angels envolvidos, no citado concurso, quais as candidaturas que foram seleccionadas. Neste momento, encontra-se a ser finalizado os termos do Contrato Jurídico que irá regulamentar as condições a que as Entidades Veículos irão estar sujeitas perante o Programa COMPETE no desenvolvimento da sua actividade nomeadamente os termos a que deverão obedecer a aplicação dos Fundos que as citadas Entidades Veículos irão receber para aplicar no investi-mento em novas empresas.

Qual é passo seguinte?Após conclusão do Contrato

mencionado os grupos de Bu-siness Angels irão constituir as respectivas Sociedades Anó-nimas, através das quais irão efectuar os seus investimentos, esperando-se por isso que a partir de Maio inclusive esteja tudo operacionalizado para que se comecem a realizar os primeiros investimentos, que tanta falta fazem para apoiar a dinamização da nossa economia.

Qual o montante disponível para investir e quando?

O Programa COMPETE dispo-nibilizou um total de 28 milhões de euros para co-investimento que, sendo optimizados pelas Entidades Veículo (E.V.), impli-carão o investimento de 13,5 milhões de euros por parte dos Business Angels. A este valor acresce, ainda, um montante de 1,5 milhões de euros disponibili-zado pela Caixa Capital. No total estamos perante 43 milhões de euros que poderão ser investidos em start-ups portuguesas, até 2012, apenas no âmbito deste programa.

Quais são as condições de financiamento do COMPETE às Entidades Veículo?

O financiamento é atribuído às Entidades Veículo (E.V.) por um prazo máximo de 10 anos, sem capital ou juros garantidos e sem necessidade de aval pessoal por parte dos Business Angels. O montante de financiamento está limitado a 500.000 euros por E.V., correspondendo este valor a um

máximo de 65% dos valores de investimento necessários. As E.V. têm assim uma estrutura “ópti-ma” de 770 mil euros, dos quais 500 mil euros são provenientes do Programa COMPETE e 270 mil euros dos Business Angels.

Como é partilhado o risco?A partilha do risco que carac-

teriza este programa, e que foi já utilizada com sucesso noutros países, verifica-se no período de desinvestimento dos projectos e está dividida em 3 fases. Na fase A os Business Angels recebem 80% e o COMPETE 20% do resultado da alienação até que os Business Angels recuperem todo o seu valor investido. A fase B prevê a partilha de 50% da margem da operação até ao momento em que o COMPETE recuperar inte-gralmente o seu investimento. A partir desse momento – a fase C – ambos os intervenientes re-cuperaram já o seu investimento e partilham os resultados que possam advir na proporção de 80% para os Business Angels e 20% para o COMPETE.

Naturalmente que, tratando-se de operações de “Venture Capital”, se a E.V. não conseguir recuperar o capital investido, os Business Angels e o COMPETE perderão o valor investido.

Quem são os beneficiários fi-nais da actividade desenvolvida pelas Entidades Veículo detidas pelos Business Angels?

Os beneficiários finais dos investimentos das Entidades Veículo serão empresas certifi-cadas como PME pelo IAPMEI, cujos CAE estejam abrangidas pelo Programa COMPETE/SAFPRI (Indústria, Energia, Construção, Comércio, Turismo, Transportes/Logística, Serviços) e que se en-contrem sedeadas nas Regiões NUTS II Norte, Centro e Alentejo. Tratando-se de start-ups, devem ter apenas até três exercícios completos e não podem ter confli-tos de interesse com os Business Angels, isto é, não sejam empre-sas próprias destes ou detidas por

familiares directos.Há áreas geográficas defi-

nidas?Infelizmente o programa ac-

tual não contempla a região de Lisboa e Vale do Tejo, o Algarve, nem as Regiões Autónomas, mas a FNABA espera que o sucesso deste programa permita que ini-ciativas semelhantes possam ser criadas para as regiões que nesta fase não foram abrangidas.

Apesar desta restrição, foi dado um sinal muito positivo por parte dos Business Angels que, mesmo estando, na sua maioria, baseados no eixo Lisboa-Cascais, se constituíram em Entidades Veículo para investirem noutras zonas do País.

Quando é que os empreende-dores vão poder candidatar-se aos financiamentos?

Os beneficiários ou seja os empreendedores podem, desde o início do ano, apresentar os seus projectos aos Business Angels. Não existe formulário próprio nem qualquer outra burocracia à excepção de terem de ser certi-ficadas como PME pelo IAPMEI, conforme já referi. A realização de sessões de apresentação para Business Angels em vários pontos do país é já habitual e para tal basta contactar directamente os Business Angels ou as associações a que pertencem. A própria FNABA, através do seu sítio institucional www.fnaba.org, é um ponto de contacto possível para qualquer empreendedor interessado.

Este fundo será suficiente para revitalizar o sector?

O financiamento de start-ups e projectos ainda em fase semente tem sofrido grandes carências de investimento durante os últimos anos. Em 2008, de acordo com as estatísticas divulgadas pela Asso-ciação Portuguesa de Capital de Risco, foram investidos apenas 57 milhões de euros em start-ups e não houve qualquer investimen-to em capital semente.

O mercado de capital de risco

tradicional não responde a este tipo de investimentos - dado o risco envolvido e as exigências de acompanhamento que os projectos iniciais requerem –pelo que é consensual que os Business Angels, pelo seu perfil de empresários e/ou gestores de empresas, podem preencher essa falha de mercado no financia-mento. Este é o impulso certo para que os Business Angels se tornem mais activos e passem do interesse pelo conceito à experiência do investimento o que, a médio prazo, vai criar um grupo de Business Angels com um portfolio de participações tal como hoje possuem de acções ou fundos de investimento. Portanto sim, acredito que este Fundo tem a capacidade de revitalizar o sector.

Quantas micro empresas inovadoras poderão ser finan-ciadas por ele?

Em termos de número de em-presas apoiadas, é difícil avançar um valor dada a disparidade dos projectos que são habitualmente apresentados aos Business Angels mas, com base na minha expe-riência, tenho a expectativa que os 43 milhões de euros possam ser repartidos por investimentos em mais de três centenas de start-ups.

A actividade das Entidades Veículo vai ser monitorizada?

Sim, a actividade das EVs vai ser objecto de rigorosa monito-rização. Desde logo, decorre da própria natureza jurídica da EV (S.A. ou SGPS) a manutenção de adequados mecanismos de controlo e fiscalização interna, designadamente por via do Revisor Oficial de Contas res-ponsável por auditar as contas da sociedade.

A acrescer a estas regras de Governance, a EV ficará igual-mente sujeita ao acompanha-mento, controlo e fiscalização por parte da Entidade Gestora do FINOVA.

Business Angels têm 43 milhões pArA investir Até 2012Francisco Banha, presidente da Federação Nacional de Associações de Business Angels, explicou a Almerinda Romeira o que é o Fundo de Co-Investimento com Business Angels, quem poderá beneficiar dele e qual o seu impacto na revitalização do sector de BA.

Francisco Banha Presidente da Direcção da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA) Foto: Victor Machado/OJE

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

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A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

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Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

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bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

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OPINIÃO

OPINIÃOVIII SEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

DEVE E HAVER DO CONTRIBUINTE: UMA RELAÇÃO DESIGUALCOM A ADMINISTRAÇÃO FISCAL UMA das mais relevantes alteraçõespropostas no Orçamento de Estado(OE) para 2010 no âmbito do con-tencioso tributário respeita à com-pensação entre créditos tributáriospor iniciativa da AdministraçãoTributária. E o que traz de novo estaalteração? Numa época em queassistimos a uma maior centraliza-ção dos poderes do Estado e a algu-ma ingerência nos direitos e deveresdos cidadãos é com satisfação queregistamos esta medida. A necessi-dade emergente de arrecadação dereceita pública com vista a satisfazeros interesses de Estados depaupera-dos, parece estar refreada nestecaso.

No sistema ainda em vigor, e quea Proposta de OE visa alterar, se oprazo para pagamento voluntário(geralmente de 30 dias) já tivessedecorrido e o contribuinte não

tivesse apresentado nesse períodoreclamação graciosa ou impugnaçãojudicial e prestado garantia idónea,o Fisco poderia proceder à compen-sação dos créditos desde que instau-rado o respectivo processo de exe-cução fiscal. Na maioria das vezes,nem ainda se encontra esgotado oprazo de reacção graciosa ou con-tenciosa e já verifica, por outro lado,a compensação das dívidas fiscais.Situações ainda mais burlescas e car-icatas ocorrem nos casos em que o

contribuinte é citado para a exe-cução fiscal, dispondo de 30 diaspara deduzir a oposição judicial erequerer a prestação de garantia,mas, entretanto, é efectuada a com-pensação, que tem como efeito aextinção da execução fiscal. Parareagir, dispõe o contribuinte de umprazo extremamente diminuto de10 dias. Verifica-se em pleno a máx-ima: cala e paga, e depois reclama.

Este procedimento, que tem sidoseguido até ao momento, condi-

ciona e até restringe as garantiasimpugnatórias dos contribuintes,sendo susceptível de violar os princí-pios da proporcionalidade, da igual-dade e do acesso aos tribunais. Esteentendimento, aliás, respalda-se nainterpretação seguida pelo SupremoTribunal Administrativo. De resto,bastaria a alusão aos princípios fun-damentais de defesa dos con-tribuintes, para que facilmente seconcluísse pela falta de coberturalegal para um procedimento destanatureza.

Com a alteração proposta, a com-pensação de créditos por iniciativada Administração Tributária nãopoderá ser efectuada enquanto estiv-er a correr prazo para interposiçãode reclamação graciosa, recursohierárquico, impugnação judicial,recurso judicial ou oposição à exe-cução, ou durante o período de

pendência daqueles meios graciososou judiciais, ou de plano para paga-mento em prestações, e a dívida semostre garantida. Agora o Fisco teráque aguardar pelo prazo de apresen-tação dos meios graciosos ou judici-ais ao dispor do contribuinte (desdeque prestada garantia) e só, após oseu decurso, é que, caso o direitonão tenha sido exercido pelo con-tribuinte e prestada garantia, é quepoderá proceder à compensação.

No entanto, enquanto não foraprovado o novo OE, os con-tribuintes continuam a estarsujeitos a esta situação e a assistir aeste tipo de episódios manifesta-mente violadores dos princípios fun-damentais do direito de liquidarimpostos.

*Advogada, Raposo Bernardo

FISCALIDADEALEXANDRA PEREIRA DOS REIS*

EM TEMPO DE ASSEMBLEIAS GERAIS FEVEREIRO e Março são meses típi-cos para a realização de assembleiasgerais das sociedades. Porquê? Tudodecorre do facto da legislação soci-etária exigir que os sócios de umasociedade se reúnam em assembleiageral anual no prazo de três mesesapós o encerramento das contas doexercício.

Ainda que o exercício social nãotenha que coincidir com o ano civil,em Portugal é tradição que assimaconteça, salvo casos excepcionaisde empresas com um ciclo económi-co marcadamente diferente do anocivil.

Por conseguinte, na generalidadedas sociedades, os sócios deverãoreunir-se em assembleia geral até 31de Março. Em função dessa exigên-cia legal, entendemos por bemdeixar algumas notas a respeito dasalternativas actualmente existentespara a sua realização atempada eefectiva.

A assembleia geral, é o momentoem que os sócios são chamados apronunciar-se sobre o cerne da vidasocietária, proporcionando-lhes aoportunidade para apreciarem edeliberarem sobre um vasto conjun-to de assuntos, que por imperativolegal deverá, no mínimo, abarcardeliberações sobre o relatório degestão e contas do exercício, a pro-posta de aplicação de resultados, aapreciação geral sobre a gerência e,caso exista, sobre o órgão de fiscal-ização, bem como proceder àseleições que sejam da sua competên-cia.

Dada a importância que estemomento reveste para o funciona-mento e manutenção da estruturasócio-empresarial e para garantia doexercício dos direitos sociais, a leiprescreve para a sua realização ocumprimento de um conjunto derequisitos. Como regra geral, e paraas sociedades por quotas, exige-seque a assembleia geral seja convoca-da com pelo menos 15 dias de ante-cedência por meio de carta regista-da, convocatória que poderá serefectuada por qualquer um dos ger-entes da sociedade.

No entanto, nem sempre a vida

empresarial se coaduna com estasformalidades prévias ou, por vezes,são os próprios sócios que preferemesquemas mais ágeis de reunião.

Neste sentido, a Lei prevê a possi-bilidade de celebrar uma assembleiageral universal com dispensa destasformalidades prévias. Para o efeito,deverão estar presentes na reunião,todos os sócios, e estes deverão man-ifestar unanimemente a vontade deque a assembleia se constitua edelibere com dispensa das formali-dades prévias, estabelecendo arespectiva ordem do dia – que dev-erá incluir, pelo menos, os assuntosreferidos.

Caso algum dos sócios não possaestar presente na assembleia geral, aLei prevê que se possa fazer repre-sentar pelo seu cônjuge, um ascen-dente ou descendente ou, ainda, poroutro sócio. Note que o contrato desociedade poderá prever a represen-tação por outras pessoas, para além

das indicadas.A par destas formas de deliber-

ação, existem outras soluções paradar cumprimento a esta importan-tíssima obrigação da vida societária,podendo os sócios deliberar por votoescrito caso essas não estejamproibidas pela Lei ou pelo contratode sociedade.

Porque, não poucas vezes, os con-tratos de sociedade foram redigidoshá já algum tempo, estando desade-quados com relação à realidade pre-sente das sociedades, é convenienteque os empresários procedam regu-larmente à sua verificação e actual-ização.

Há quanto tempo não lê o seucontrato de sociedade? A sua actual-ização pode ser uma via para quetenha uma empresa mais funcional.

*Advogado, Raposo Bernardo

DIREITO SOCIETÁRIOJÚLIO MARTINS JÚNIOR*

INTERNACIONALIZAÇÃO DAS PME: DESAFIOS E OPORTUNIDADES DOS INCENTIVOS FISCAISO CAMINHO de recuperaçãoeconómica passa, entre outros fac-tores, por uma maior presença dasempresas portuguesas nos mercadosinternacionais. O regime de con-cessão de benefícios fiscais para pro-jectos de expansão internacionalcoloca importantes desafios às PME,pois poderá significar, para muitas,a ruptura com a sua matriz culturale com a sua prática habitual, mas éuma opção com futuro.

A concretização de um projectode internacionalização deve ser pre-cedida pela definição dos objectivosestratégicos e das metas a atingirpor cada um das entidades interve-nientes, para que o investimentoefectuado não se traduza em merosfogachos de presença internacionalde curta duração, mas antes consub-stancie a implementação de umaestratégia duradoura.

Como consequência da crise inter-nacional, em alguns dos principaismercados-alvo das empresas por-tuguesas surgem interessantes opor-tunidades de investimento. Tanto asautoridades como as populaçõeslocais veriam com muito bons olhosse essas oportunidades fossem

aproveitadas por iniciativas de capi-tal português.

No passado mês de Setembro,foram publicados os Decretos-Lei249/2009 e 250/2009, que vêm estab-elecer o regime de concessão dosbenefícios fiscais a projectos comvista à internacionalização empre-sarial. O primeiro aspecto que nospermitimos ressaltar do regimeinstituído por estes diplomas, é ofacto de o mesmo se aplicar a projec-tos de investimento realizados até31 de Dezembro de 2020, alargandopor mais dez anos a aplicação dealguns dos incentivos já anterior-mente em vigor.

Considerando as características daestrutura empresarial nacional,parece-nos importante destacar asregras de atribuição e determinação

do crédito fiscal previstas no D.L.250/2009, no seu artigo 5.º. Esteprevê a possibilidade de majoraçãodo crédito de imposto a conceder,caso o promotor do projecto sejauma pequena ou média empresa(PME) ou no caso de investimentosrealizados através de acções conjun-tas de internacionalização.

O desafio de encontrar parceiroscom interesses comuns num deter-minado projecto de internacional-ização, e empenhar-se de formacomprometida no seu desenvolvi-mento, é sem dúvida um dosmaiores desafios que se colocam àsPME nacionais nos tempos que seavizinham mas, também, uma claraoportunidade de sucesso, con-siderando os vários casos em que ini-ciativas conjuntas de promoção de

produtos, ou de projectos de investi-mento, levadas a cabo por associ-ações sectoriais ou regionais, tantonacionais como estrangeiras, atingi-ram os objectivos a que se propun-ham.

As condições gerais de acesso dosprojectos a estes incentivos são, deforma cumulativa, as seguintes:

1. Ser de montante igual ou supe-rior a 250.000 Euros;

2. Demonstrar interesseestratégico para a interna-cionalização da economia por-tuguesa;

3. Demonstrar ter viabilidade téc-nica, económica e financeira;

4. Não ser localizados em países,territórios e regiões comregimes de tributação privile-giada, claramente maisfavoráveis, previstos naPortaria n.º 150/2004, de 13 deFevereiro, os vulgarmente des-ignados paraísos fiscais;

5. Não implicar a diminuição dospostos de trabalho emPortugal.

Os benefícios fiscais a conceder

consistem num crédito de impostocorrespondente a 10 por cento detodas as aplicações relevantes rela-cionadas com:

a) Criação de sucursais ou outrosestabelecimentos estáveis noestrangeiro;

b) Aquisição de participações emsociedades não residentes ou criaçãode sociedades no estrangeiro, desdeque a participação directa seja, pelomenos, de 25 % do capital social;

c) Campanhas plurianuais de pro-moção em mercados externos, taiscomo as de lançamento ou pro-moção de bens, serviços ou marcas,incluindo as realizadas com feiras,exposições e outras manifestaçõesanálogas com carácter interna-cional.

As oportunidades existem, osapoios existem, é tambémnecessário que os empresários con-cretizem o espírito de iniciativa queinegavelmente possuem.

*Advogado, Raposo Bernardo

ESTRATÉGIAMANUEL ESTEVES DE ALBUQUERQUE*

OPINIÃOVIII SEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

DEVE E HAVER DO CONTRIBUINTE: UMA RELAÇÃO DESIGUALCOM A ADMINISTRAÇÃO FISCAL UMA das mais relevantes alteraçõespropostas no Orçamento de Estado(OE) para 2010 no âmbito do con-tencioso tributário respeita à com-pensação entre créditos tributáriospor iniciativa da AdministraçãoTributária. E o que traz de novo estaalteração? Numa época em queassistimos a uma maior centraliza-ção dos poderes do Estado e a algu-ma ingerência nos direitos e deveresdos cidadãos é com satisfação queregistamos esta medida. A necessi-dade emergente de arrecadação dereceita pública com vista a satisfazeros interesses de Estados depaupera-dos, parece estar refreada nestecaso.

No sistema ainda em vigor, e quea Proposta de OE visa alterar, se oprazo para pagamento voluntário(geralmente de 30 dias) já tivessedecorrido e o contribuinte não

tivesse apresentado nesse períodoreclamação graciosa ou impugnaçãojudicial e prestado garantia idónea,o Fisco poderia proceder à compen-sação dos créditos desde que instau-rado o respectivo processo de exe-cução fiscal. Na maioria das vezes,nem ainda se encontra esgotado oprazo de reacção graciosa ou con-tenciosa e já verifica, por outro lado,a compensação das dívidas fiscais.Situações ainda mais burlescas e car-icatas ocorrem nos casos em que o

contribuinte é citado para a exe-cução fiscal, dispondo de 30 diaspara deduzir a oposição judicial erequerer a prestação de garantia,mas, entretanto, é efectuada a com-pensação, que tem como efeito aextinção da execução fiscal. Parareagir, dispõe o contribuinte de umprazo extremamente diminuto de10 dias. Verifica-se em pleno a máx-ima: cala e paga, e depois reclama.

Este procedimento, que tem sidoseguido até ao momento, condi-

ciona e até restringe as garantiasimpugnatórias dos contribuintes,sendo susceptível de violar os princí-pios da proporcionalidade, da igual-dade e do acesso aos tribunais. Esteentendimento, aliás, respalda-se nainterpretação seguida pelo SupremoTribunal Administrativo. De resto,bastaria a alusão aos princípios fun-damentais de defesa dos con-tribuintes, para que facilmente seconcluísse pela falta de coberturalegal para um procedimento destanatureza.

Com a alteração proposta, a com-pensação de créditos por iniciativada Administração Tributária nãopoderá ser efectuada enquanto estiv-er a correr prazo para interposiçãode reclamação graciosa, recursohierárquico, impugnação judicial,recurso judicial ou oposição à exe-cução, ou durante o período de

pendência daqueles meios graciososou judiciais, ou de plano para paga-mento em prestações, e a dívida semostre garantida. Agora o Fisco teráque aguardar pelo prazo de apresen-tação dos meios graciosos ou judici-ais ao dispor do contribuinte (desdeque prestada garantia) e só, após oseu decurso, é que, caso o direitonão tenha sido exercido pelo con-tribuinte e prestada garantia, é quepoderá proceder à compensação.

No entanto, enquanto não foraprovado o novo OE, os con-tribuintes continuam a estarsujeitos a esta situação e a assistir aeste tipo de episódios manifesta-mente violadores dos princípios fun-damentais do direito de liquidarimpostos.

*Advogada, Raposo Bernardo

FISCALIDADEALEXANDRA PEREIRA DOS REIS*

EM TEMPO DE ASSEMBLEIAS GERAIS FEVEREIRO e Março são meses típi-cos para a realização de assembleiasgerais das sociedades. Porquê? Tudodecorre do facto da legislação soci-etária exigir que os sócios de umasociedade se reúnam em assembleiageral anual no prazo de três mesesapós o encerramento das contas doexercício.

Ainda que o exercício social nãotenha que coincidir com o ano civil,em Portugal é tradição que assimaconteça, salvo casos excepcionaisde empresas com um ciclo económi-co marcadamente diferente do anocivil.

Por conseguinte, na generalidadedas sociedades, os sócios deverãoreunir-se em assembleia geral até 31de Março. Em função dessa exigên-cia legal, entendemos por bemdeixar algumas notas a respeito dasalternativas actualmente existentespara a sua realização atempada eefectiva.

A assembleia geral, é o momentoem que os sócios são chamados apronunciar-se sobre o cerne da vidasocietária, proporcionando-lhes aoportunidade para apreciarem edeliberarem sobre um vasto conjun-to de assuntos, que por imperativolegal deverá, no mínimo, abarcardeliberações sobre o relatório degestão e contas do exercício, a pro-posta de aplicação de resultados, aapreciação geral sobre a gerência e,caso exista, sobre o órgão de fiscal-ização, bem como proceder àseleições que sejam da sua competên-cia.

Dada a importância que estemomento reveste para o funciona-mento e manutenção da estruturasócio-empresarial e para garantia doexercício dos direitos sociais, a leiprescreve para a sua realização ocumprimento de um conjunto derequisitos. Como regra geral, e paraas sociedades por quotas, exige-seque a assembleia geral seja convoca-da com pelo menos 15 dias de ante-cedência por meio de carta regista-da, convocatória que poderá serefectuada por qualquer um dos ger-entes da sociedade.

No entanto, nem sempre a vida

empresarial se coaduna com estasformalidades prévias ou, por vezes,são os próprios sócios que preferemesquemas mais ágeis de reunião.

Neste sentido, a Lei prevê a possi-bilidade de celebrar uma assembleiageral universal com dispensa destasformalidades prévias. Para o efeito,deverão estar presentes na reunião,todos os sócios, e estes deverão man-ifestar unanimemente a vontade deque a assembleia se constitua edelibere com dispensa das formali-dades prévias, estabelecendo arespectiva ordem do dia – que dev-erá incluir, pelo menos, os assuntosreferidos.

Caso algum dos sócios não possaestar presente na assembleia geral, aLei prevê que se possa fazer repre-sentar pelo seu cônjuge, um ascen-dente ou descendente ou, ainda, poroutro sócio. Note que o contrato desociedade poderá prever a represen-tação por outras pessoas, para além

das indicadas.A par destas formas de deliber-

ação, existem outras soluções paradar cumprimento a esta importan-tíssima obrigação da vida societária,podendo os sócios deliberar por votoescrito caso essas não estejamproibidas pela Lei ou pelo contratode sociedade.

Porque, não poucas vezes, os con-tratos de sociedade foram redigidoshá já algum tempo, estando desade-quados com relação à realidade pre-sente das sociedades, é convenienteque os empresários procedam regu-larmente à sua verificação e actual-ização.

Há quanto tempo não lê o seucontrato de sociedade? A sua actual-ização pode ser uma via para quetenha uma empresa mais funcional.

*Advogado, Raposo Bernardo

DIREITO SOCIETÁRIOJÚLIO MARTINS JÚNIOR*

INTERNACIONALIZAÇÃO DAS PME: DESAFIOS E OPORTUNIDADES DOS INCENTIVOS FISCAISO CAMINHO de recuperaçãoeconómica passa, entre outros fac-tores, por uma maior presença dasempresas portuguesas nos mercadosinternacionais. O regime de con-cessão de benefícios fiscais para pro-jectos de expansão internacionalcoloca importantes desafios às PME,pois poderá significar, para muitas,a ruptura com a sua matriz culturale com a sua prática habitual, mas éuma opção com futuro.

A concretização de um projectode internacionalização deve ser pre-cedida pela definição dos objectivosestratégicos e das metas a atingirpor cada um das entidades interve-nientes, para que o investimentoefectuado não se traduza em merosfogachos de presença internacionalde curta duração, mas antes consub-stancie a implementação de umaestratégia duradoura.

Como consequência da crise inter-nacional, em alguns dos principaismercados-alvo das empresas por-tuguesas surgem interessantes opor-tunidades de investimento. Tanto asautoridades como as populaçõeslocais veriam com muito bons olhosse essas oportunidades fossem

aproveitadas por iniciativas de capi-tal português.

No passado mês de Setembro,foram publicados os Decretos-Lei249/2009 e 250/2009, que vêm estab-elecer o regime de concessão dosbenefícios fiscais a projectos comvista à internacionalização empre-sarial. O primeiro aspecto que nospermitimos ressaltar do regimeinstituído por estes diplomas, é ofacto de o mesmo se aplicar a projec-tos de investimento realizados até31 de Dezembro de 2020, alargandopor mais dez anos a aplicação dealguns dos incentivos já anterior-mente em vigor.

Considerando as características daestrutura empresarial nacional,parece-nos importante destacar asregras de atribuição e determinação

do crédito fiscal previstas no D.L.250/2009, no seu artigo 5.º. Esteprevê a possibilidade de majoraçãodo crédito de imposto a conceder,caso o promotor do projecto sejauma pequena ou média empresa(PME) ou no caso de investimentosrealizados através de acções conjun-tas de internacionalização.

O desafio de encontrar parceiroscom interesses comuns num deter-minado projecto de internacional-ização, e empenhar-se de formacomprometida no seu desenvolvi-mento, é sem dúvida um dosmaiores desafios que se colocam àsPME nacionais nos tempos que seavizinham mas, também, uma claraoportunidade de sucesso, con-siderando os vários casos em que ini-ciativas conjuntas de promoção de

produtos, ou de projectos de investi-mento, levadas a cabo por associ-ações sectoriais ou regionais, tantonacionais como estrangeiras, atingi-ram os objectivos a que se propun-ham.

As condições gerais de acesso dosprojectos a estes incentivos são, deforma cumulativa, as seguintes:

1. Ser de montante igual ou supe-rior a 250.000 Euros;

2. Demonstrar interesseestratégico para a interna-cionalização da economia por-tuguesa;

3. Demonstrar ter viabilidade téc-nica, económica e financeira;

4. Não ser localizados em países,territórios e regiões comregimes de tributação privile-giada, claramente maisfavoráveis, previstos naPortaria n.º 150/2004, de 13 deFevereiro, os vulgarmente des-ignados paraísos fiscais;

5. Não implicar a diminuição dospostos de trabalho emPortugal.

Os benefícios fiscais a conceder

consistem num crédito de impostocorrespondente a 10 por cento detodas as aplicações relevantes rela-cionadas com:

a) Criação de sucursais ou outrosestabelecimentos estáveis noestrangeiro;

b) Aquisição de participações emsociedades não residentes ou criaçãode sociedades no estrangeiro, desdeque a participação directa seja, pelomenos, de 25 % do capital social;

c) Campanhas plurianuais de pro-moção em mercados externos, taiscomo as de lançamento ou pro-moção de bens, serviços ou marcas,incluindo as realizadas com feiras,exposições e outras manifestaçõesanálogas com carácter interna-cional.

As oportunidades existem, osapoios existem, é tambémnecessário que os empresários con-cretizem o espírito de iniciativa queinegavelmente possuem.

*Advogado, Raposo Bernardo

ESTRATÉGIAMANUEL ESTEVES DE ALBUQUERQUE*

OPINIÃOVIII SEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

DEVE E HAVER DO CONTRIBUINTE: UMA RELAÇÃO DESIGUALCOM A ADMINISTRAÇÃO FISCAL UMA das mais relevantes alteraçõespropostas no Orçamento de Estado(OE) para 2010 no âmbito do con-tencioso tributário respeita à com-pensação entre créditos tributáriospor iniciativa da AdministraçãoTributária. E o que traz de novo estaalteração? Numa época em queassistimos a uma maior centraliza-ção dos poderes do Estado e a algu-ma ingerência nos direitos e deveresdos cidadãos é com satisfação queregistamos esta medida. A necessi-dade emergente de arrecadação dereceita pública com vista a satisfazeros interesses de Estados depaupera-dos, parece estar refreada nestecaso.

No sistema ainda em vigor, e quea Proposta de OE visa alterar, se oprazo para pagamento voluntário(geralmente de 30 dias) já tivessedecorrido e o contribuinte não

tivesse apresentado nesse períodoreclamação graciosa ou impugnaçãojudicial e prestado garantia idónea,o Fisco poderia proceder à compen-sação dos créditos desde que instau-rado o respectivo processo de exe-cução fiscal. Na maioria das vezes,nem ainda se encontra esgotado oprazo de reacção graciosa ou con-tenciosa e já verifica, por outro lado,a compensação das dívidas fiscais.Situações ainda mais burlescas e car-icatas ocorrem nos casos em que o

contribuinte é citado para a exe-cução fiscal, dispondo de 30 diaspara deduzir a oposição judicial erequerer a prestação de garantia,mas, entretanto, é efectuada a com-pensação, que tem como efeito aextinção da execução fiscal. Parareagir, dispõe o contribuinte de umprazo extremamente diminuto de10 dias. Verifica-se em pleno a máx-ima: cala e paga, e depois reclama.

Este procedimento, que tem sidoseguido até ao momento, condi-

ciona e até restringe as garantiasimpugnatórias dos contribuintes,sendo susceptível de violar os princí-pios da proporcionalidade, da igual-dade e do acesso aos tribunais. Esteentendimento, aliás, respalda-se nainterpretação seguida pelo SupremoTribunal Administrativo. De resto,bastaria a alusão aos princípios fun-damentais de defesa dos con-tribuintes, para que facilmente seconcluísse pela falta de coberturalegal para um procedimento destanatureza.

Com a alteração proposta, a com-pensação de créditos por iniciativada Administração Tributária nãopoderá ser efectuada enquanto estiv-er a correr prazo para interposiçãode reclamação graciosa, recursohierárquico, impugnação judicial,recurso judicial ou oposição à exe-cução, ou durante o período de

pendência daqueles meios graciososou judiciais, ou de plano para paga-mento em prestações, e a dívida semostre garantida. Agora o Fisco teráque aguardar pelo prazo de apresen-tação dos meios graciosos ou judici-ais ao dispor do contribuinte (desdeque prestada garantia) e só, após oseu decurso, é que, caso o direitonão tenha sido exercido pelo con-tribuinte e prestada garantia, é quepoderá proceder à compensação.

No entanto, enquanto não foraprovado o novo OE, os con-tribuintes continuam a estarsujeitos a esta situação e a assistir aeste tipo de episódios manifesta-mente violadores dos princípios fun-damentais do direito de liquidarimpostos.

*Advogada, Raposo Bernardo

FISCALIDADEALEXANDRA PEREIRA DOS REIS*

EM TEMPO DE ASSEMBLEIAS GERAIS FEVEREIRO e Março são meses típi-cos para a realização de assembleiasgerais das sociedades. Porquê? Tudodecorre do facto da legislação soci-etária exigir que os sócios de umasociedade se reúnam em assembleiageral anual no prazo de três mesesapós o encerramento das contas doexercício.

Ainda que o exercício social nãotenha que coincidir com o ano civil,em Portugal é tradição que assimaconteça, salvo casos excepcionaisde empresas com um ciclo económi-co marcadamente diferente do anocivil.

Por conseguinte, na generalidadedas sociedades, os sócios deverãoreunir-se em assembleia geral até 31de Março. Em função dessa exigên-cia legal, entendemos por bemdeixar algumas notas a respeito dasalternativas actualmente existentespara a sua realização atempada eefectiva.

A assembleia geral, é o momentoem que os sócios são chamados apronunciar-se sobre o cerne da vidasocietária, proporcionando-lhes aoportunidade para apreciarem edeliberarem sobre um vasto conjun-to de assuntos, que por imperativolegal deverá, no mínimo, abarcardeliberações sobre o relatório degestão e contas do exercício, a pro-posta de aplicação de resultados, aapreciação geral sobre a gerência e,caso exista, sobre o órgão de fiscal-ização, bem como proceder àseleições que sejam da sua competên-cia.

Dada a importância que estemomento reveste para o funciona-mento e manutenção da estruturasócio-empresarial e para garantia doexercício dos direitos sociais, a leiprescreve para a sua realização ocumprimento de um conjunto derequisitos. Como regra geral, e paraas sociedades por quotas, exige-seque a assembleia geral seja convoca-da com pelo menos 15 dias de ante-cedência por meio de carta regista-da, convocatória que poderá serefectuada por qualquer um dos ger-entes da sociedade.

No entanto, nem sempre a vida

empresarial se coaduna com estasformalidades prévias ou, por vezes,são os próprios sócios que preferemesquemas mais ágeis de reunião.

Neste sentido, a Lei prevê a possi-bilidade de celebrar uma assembleiageral universal com dispensa destasformalidades prévias. Para o efeito,deverão estar presentes na reunião,todos os sócios, e estes deverão man-ifestar unanimemente a vontade deque a assembleia se constitua edelibere com dispensa das formali-dades prévias, estabelecendo arespectiva ordem do dia – que dev-erá incluir, pelo menos, os assuntosreferidos.

Caso algum dos sócios não possaestar presente na assembleia geral, aLei prevê que se possa fazer repre-sentar pelo seu cônjuge, um ascen-dente ou descendente ou, ainda, poroutro sócio. Note que o contrato desociedade poderá prever a represen-tação por outras pessoas, para além

das indicadas.A par destas formas de deliber-

ação, existem outras soluções paradar cumprimento a esta importan-tíssima obrigação da vida societária,podendo os sócios deliberar por votoescrito caso essas não estejamproibidas pela Lei ou pelo contratode sociedade.

Porque, não poucas vezes, os con-tratos de sociedade foram redigidoshá já algum tempo, estando desade-quados com relação à realidade pre-sente das sociedades, é convenienteque os empresários procedam regu-larmente à sua verificação e actual-ização.

Há quanto tempo não lê o seucontrato de sociedade? A sua actual-ização pode ser uma via para quetenha uma empresa mais funcional.

*Advogado, Raposo Bernardo

DIREITO SOCIETÁRIOJÚLIO MARTINS JÚNIOR*

INTERNACIONALIZAÇÃO DAS PME: DESAFIOS E OPORTUNIDADES DOS INCENTIVOS FISCAISO CAMINHO de recuperaçãoeconómica passa, entre outros fac-tores, por uma maior presença dasempresas portuguesas nos mercadosinternacionais. O regime de con-cessão de benefícios fiscais para pro-jectos de expansão internacionalcoloca importantes desafios às PME,pois poderá significar, para muitas,a ruptura com a sua matriz culturale com a sua prática habitual, mas éuma opção com futuro.

A concretização de um projectode internacionalização deve ser pre-cedida pela definição dos objectivosestratégicos e das metas a atingirpor cada um das entidades interve-nientes, para que o investimentoefectuado não se traduza em merosfogachos de presença internacionalde curta duração, mas antes consub-stancie a implementação de umaestratégia duradoura.

Como consequência da crise inter-nacional, em alguns dos principaismercados-alvo das empresas por-tuguesas surgem interessantes opor-tunidades de investimento. Tanto asautoridades como as populaçõeslocais veriam com muito bons olhosse essas oportunidades fossem

aproveitadas por iniciativas de capi-tal português.

No passado mês de Setembro,foram publicados os Decretos-Lei249/2009 e 250/2009, que vêm estab-elecer o regime de concessão dosbenefícios fiscais a projectos comvista à internacionalização empre-sarial. O primeiro aspecto que nospermitimos ressaltar do regimeinstituído por estes diplomas, é ofacto de o mesmo se aplicar a projec-tos de investimento realizados até31 de Dezembro de 2020, alargandopor mais dez anos a aplicação dealguns dos incentivos já anterior-mente em vigor.

Considerando as características daestrutura empresarial nacional,parece-nos importante destacar asregras de atribuição e determinação

do crédito fiscal previstas no D.L.250/2009, no seu artigo 5.º. Esteprevê a possibilidade de majoraçãodo crédito de imposto a conceder,caso o promotor do projecto sejauma pequena ou média empresa(PME) ou no caso de investimentosrealizados através de acções conjun-tas de internacionalização.

O desafio de encontrar parceiroscom interesses comuns num deter-minado projecto de internacional-ização, e empenhar-se de formacomprometida no seu desenvolvi-mento, é sem dúvida um dosmaiores desafios que se colocam àsPME nacionais nos tempos que seavizinham mas, também, uma claraoportunidade de sucesso, con-siderando os vários casos em que ini-ciativas conjuntas de promoção de

produtos, ou de projectos de investi-mento, levadas a cabo por associ-ações sectoriais ou regionais, tantonacionais como estrangeiras, atingi-ram os objectivos a que se propun-ham.

As condições gerais de acesso dosprojectos a estes incentivos são, deforma cumulativa, as seguintes:

1. Ser de montante igual ou supe-rior a 250.000 Euros;

2. Demonstrar interesseestratégico para a interna-cionalização da economia por-tuguesa;

3. Demonstrar ter viabilidade téc-nica, económica e financeira;

4. Não ser localizados em países,territórios e regiões comregimes de tributação privile-giada, claramente maisfavoráveis, previstos naPortaria n.º 150/2004, de 13 deFevereiro, os vulgarmente des-ignados paraísos fiscais;

5. Não implicar a diminuição dospostos de trabalho emPortugal.

Os benefícios fiscais a conceder

consistem num crédito de impostocorrespondente a 10 por cento detodas as aplicações relevantes rela-cionadas com:

a) Criação de sucursais ou outrosestabelecimentos estáveis noestrangeiro;

b) Aquisição de participações emsociedades não residentes ou criaçãode sociedades no estrangeiro, desdeque a participação directa seja, pelomenos, de 25 % do capital social;

c) Campanhas plurianuais de pro-moção em mercados externos, taiscomo as de lançamento ou pro-moção de bens, serviços ou marcas,incluindo as realizadas com feiras,exposições e outras manifestaçõesanálogas com carácter interna-cional.

As oportunidades existem, osapoios existem, é tambémnecessário que os empresários con-cretizem o espírito de iniciativa queinegavelmente possuem.

*Advogado, Raposo Bernardo

ESTRATÉGIAMANUEL ESTEVES DE ALBUQUERQUE*

Uma das mais relevantes alte-rações propostas no Orçamento de Estado (OE) para 2010 no âmbito do contencioso tributário respeita à compensação entre créditos tributários por iniciativa da Administração Tributária. E o que traz de novo esta alteração? Numa época em que assistimos a uma maior centralização dos poderes do Estado e a alguma ingerência nos direitos e deveres dos cidadãos é com satisfação que registamos esta medida. A necessidade emergente de arre-cadação de receita pública com vista a satisfazer os interesses de Estados depauperados parece estar refreada neste caso.

No sistema ainda em vigor, e

que a Proposta de OE visa alterar, se o prazo para pagamento volun-tário (geralmente de 30 dias) já tivesse decorrido e o contribuinte não tivesse apresentado nesse período reclamação graciosa ou impugnação judicial e prestado garantia idónea, o Fisco poderia proceder à compensação dos créditos desde que instaurado o respectivo processo de execução fiscal. Na maioria das vezes, nem ainda se encontra esgotado o prazo de reacção graciosa ou contenciosa e já se verifica, por outro lado, a compensação das dí-vidas fiscais. Situações ainda mais burlescas e caricatas ocorrem nos casos em que o contribuinte é citado para a execução fiscal,

dispondo de 30 dias para deduzir a oposição judicial e requerer a prestação de garantia, mas, entre-tanto, é efectuada a compensação, que tem como efeito a extinção da execução fiscal. Para reagir, dispõe o contribuinte de um prazo extremamente diminuto de 10 dias. Verifica-se em pleno a máxima: cala e paga, e depois reclama.

Este procedimento, que tem sido seguido até ao momento, condiciona e até restringe as garantias impugnatórias dos contribuintes, sendo susceptível de violar os princípios da pro-porcionalidade, da igualdade e do acesso aos tribunais. Este entendimento, aliás, respalda-se

na interpretação seguida pelo Supremo Tribunal Administra-tivo. De resto, bastaria a alusão aos princípios fundamentais de defesa dos contribuintes, para que facilmente se concluísse pela falta de cobertura legal para um procedimento desta natureza.

Com a alteração proposta, a compensação de créditos por iniciativa da Administração Tri-butária não poderá ser efectuada enquanto estiver a correr prazo para interposição de reclamação graciosa, recurso hierárquico, impugnação judicial, recurso judicial ou oposição à execução, ou durante o período de pen-dência daqueles meios graciosos ou judiciais, ou de plano para

pagamento em prestações, e a dívida se mostre garantida. Agora o Fisco terá que aguardar pelo prazo de apresentação dos meios graciosos ou judiciais ao dispor do contribuinte (desde que prestada garantia) e só, após o seu decurso, é que, caso o direito não tenha sido exercido pelo contribuinte e prestada garantia, é que poderá proceder à compensação.

No entanto, enquanto não for aprovado o novo OE, os contri-buintes continuam a estar sujeitos a esta situação e a assistir a este tipo de episódios manifestamente violadores dos princípios funda-mentais do direito de liquidar impostos.

* Advogada, Raposo Bernardo

Fevereiro e Março são meses típicos para a realização de as-sembleias gerais das sociedades. Porquê? Tudo decorre do facto da legislação societária exigir que os sócios de uma sociedade se reúnam em assembleia geral anual no prazo de três meses após o encerramento das contas do exercício.

Ainda que o exercício social não tenha que coincidir com o ano civil, em Portugal é tradição que assim aconteça, salvo casos excepcionais de empresas com um ciclo econó-mico marcadamente diferente do ano civil.

Por conseguinte, na generalida-de das sociedades, os sócios deverão reunir-se em assembleia geral até 31 de Março. Em função dessa exi-gência legal, entendemos por bem

deixar algumas notas a respeito das alternativas actualmente existentes para a sua realização atempada e efectiva.

A assembleia geral, é o momento em que os sócios são chamados a pronunciar-se sobre o cerne da vida societária, proporcionando-lhes a oportunidade para apreciarem e deliberarem sobre um vasto conjun-to de assuntos, que por imperativo legal deverá, no mínimo, abarcar de-liberações sobre o relatório de gestão e contas do exercício, a proposta de aplicação de resultados, a apreciação geral sobre a gerência e, caso exista, sobre o órgão de fiscalização, bem como proceder às eleições que sejam da sua competência.

Dada a importância que este momento reveste para o funciona-

mento e manutenção da estrutura sócio-empresarial e para garantia do exercício dos direitos sociais, a lei prescreve para a sua realização o cumprimento de um conjunto de requisitos. Como regra geral, e para as sociedades por quotas, exige-se que a assembleia geral seja convocada com pelo menos 15 dias de antecedência por meio de carta registada, convocatória que poderá ser efectuada por qualquer um dos gerentes da sociedade.

No entanto, nem sempre a vida empresarial se coaduna com estas formalidades prévias ou, por vezes, são os próprios sócios que preferem esquemas mais ágeis de reunião.

Neste sentido, a Lei prevê a possi-bilidade de celebrar uma assembleia geral universal com dispensa destas

O caminho de recuperação económica passa, entre outros factores, por uma maior presença das empresas portuguesas nos mercados internacionais. O re-gime de concessão de benefícios fiscais para projectos de expansão internacional coloca importantes desafios às PME, pois poderá signi-ficar, para muitas, a ruptura com a sua matriz cultural e com a sua prática habitual, mas é uma opção com futuro.

A concretização de um projecto de internacionalização deve ser precedida pela definição dos ob-jectivos estratégicos e das metas a atingir por cada um das entidades intervenientes, para que o inves-timento efectuado não se traduza em meros fogachos de presença internacional de curta duração, mas antes consubstancie a im-plementação de uma estratégia duradoura.

Como consequência da crise

internacional, em alguns dos prin-cipais mercados-alvo das empresas portuguesas surgem interessantes oportunidades de investimento. Tanto as autoridades como as po-pulações locais veriam com muito bons olhos se essas oportunidades fossem aproveitadas por iniciati-vas de capital português.

No passado mês de Setembro foram publicados os Decretos-Lei 249/2009 e 250/2009, que vêm estabelecer o regime de concessão dos benefícios fiscais a projectos com vista à internacionalização empresarial. O primeiro aspecto que nos permitimos ressaltar do regime instituído por estes diplomas é o facto de o mesmo se aplicar a projectos de investimento realizados até 31 de Dezembro de 2020, alargando por mais dez anos a aplicação de alguns dos incenti-vos já anteriormente em vigor.

Considerando as características da estrutura empresarial nacional,

parece-nos importante destacar as regras de atribuição e determi-nação do crédito fiscal previstas no D.L. 250/2009, no seu artigo 5.º. Este prevê a possibilidade de majoração do crédito de imposto a conceder, caso o promotor do projecto seja uma pequena ou média empresa (PME) ou no caso de investimentos realizados através de acções conjuntas de internacionalização.

O desafio de encontrar par-ceiros com interesses comuns num determinado projecto de internacionalização e empenhar-se de forma comprometida no seu desenvolvimento é, sem dúvida, um dos maiores desafios que se colocam às PME nacionais nos tempos que se avizinham mas, também, uma clara oportunidade de sucesso, considerando os vários casos em que iniciativas conjuntas de promoção de produtos, ou de projectos de investimento, levadas

a cabo por associações sectoriais ou regionais, tanto nacionais como es-trangeiras, atingiram os objectivos a que se propunham.

As condições gerais de acesso dos projectos a estes incentivos são, de forma cumulativa, as seguintes:

– Ser de montante igual ou superior a 250.000 Euros;

- Demonstrar interesse estraté-gico para a internacionalização da economia portuguesa;

- Demonstrar ter viabilidade técnica, económica e financeira;

- Não ser localizados em países, territórios e regiões com regimes de tributação privilegiada, clara-mente mais favoráveis, previstos na Portaria n.º 150/2004, de 13 de Fevereiro, os vulgarmente desig-nados paraísos fiscais;

- Não implicar a diminuição dos postos de trabalho em Portugal.

Os benefícios fiscais a conceder consistem num crédito de imposto

correspondente a 10 por cento de todas as aplicações relevantes relacionadas com:

- Criação de sucursais ou ou-tros estabelecimentos estáveis no estrangeiro;

- Aquisição de participações em sociedades não residentes ou criação de sociedades no estran-geiro, desde que a participação directa seja, pelo menos, de 25 % do capital social;

- Campanhas plurianuais de promoção em mercados externos, tais como as de lançamento ou promoção de bens, serviços ou marcas, incluindo as realizadas com feiras, exposições e outras manifestações análogas com ca-rácter internacional.

As oportunidades existem, os apoios existem, é também neces-sário que os empresários concre-tizem o espírito de iniciativa que inegavelmente possuem.

* Advogado, Raposo Bernardo

INTERNACIONALIZAÇÃO DAS PME: DESAFIOS E OPORTUNIDADES DOS INCENTIVOS FISCAIS

EM TEMPO DE ASSEMBLEIAS GERAISformalidades prévias. Para o efeito, deverão estar presentes na reunião, todos os sócios, e estes deverão mani-festar unanimemente a vontade de que a assembleia se constitua e deli-bere com dispensa das formalidades prévias, estabelecendo a respectiva ordem do dia – que deverá incluir, pelo menos, os assuntos referidos.

Caso algum dos sócios não possa estar presente na assembleia geral, a Lei prevê que se possa fazer representar pelo seu cônjuge, um ascendente ou descendente ou, ainda, por outro sócio. Note que o contrato de sociedade poderá prever a representação por outras pessoas, para além das indicadas.

A par destas formas de delibera-ção, existem outras soluções para

dar cumprimento a esta importan-tíssima obrigação da vida societária, podendo os sócios deliberar por voto escrito caso essas não estejam proibidas pela Lei ou pelo contrato de sociedade.

Porque, não poucas vezes, os contratos de sociedade foram redigidos há já algum tempo, es-tando desadequados com relação à realidade presente das sociedades, é conveniente que os empresários procedam regularmente à sua verificação e actualização.

Há quanto tempo não lê o seu contrato de sociedade? A sua ac-tualização pode ser uma via para que tenha uma empresa mais funcional.

* Advogado, Raposo Bernardo

Deve e Haver do Contribuinte: uma relação desigual com a Administração Fiscal

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010 IXNEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010X NEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

CASOS DE SUCESSO

Com a fasquia colocada no processo de interna-cionalização que pretende, a breve trecho, iniciar, a Unipasta inaugurou, este mês, uma nova unidade de produção, que vem permitir a duplicação da sua capacidade produtiva e o desenvolvimento de novos produtos, nomeadamente as eco-pastas, um produto amigo do ambiente pois é fabricado através da reuti-lização parcial de resíduos da própria indústria.

Trata-se de um investimento de 10 milhões de euros, que lhe permitirá, segundo o seu presidente, Carlos Lagoa, “tornar-se mais competitiva e ino-vadora, criando-lhe as condições adequadas para aumentar a sua quota de mercado em Portugal e internacionalizar a sua actividade para o Norte de África”, onde já desenvolve relações comerciais com países como Marrocos.

A empresa, localizada no Parque Industrial Manuel da Mota, começou a laborar em Março de 2002. Surgida da “percepção de um potencial de mercado muito elevado”, e impulsionada “pelas novas tendências ao nível do processamento de materiais cerâmicos”, tem como accionista principal o grupo Lagoa (José Aldeia Lagoa & Filhos SA). No capital da empresa participa também, de forma significativa, a InovCapital, sociedade de capital de risco de refe-rência do Ministério da Economia, que, através dos fundos de capital por si geridos, já nela investiu 1,6 milhões de euros.

O investimento realizado por esta sociedade de capital de risco permitiu a duplicação da capacida-de produtiva desta empresa de pastas cerâmicas, a diversificação dos produtos e a instalação de uma segunda turbina para a produção de energia. A pri-meira Central de Cogeração foi instalada em 2004. O recurso a este inovador processo de cogeração, que se traduz na utilização de gases quentes no processo de fabrico, foi, de resto, um factor determinante na afir-mação da competitividade da Unipasta no mercado, permitindo-lhe o “fornecimento de matérias-primas

de qualidade a preços altamente competitivos” e, simultaneamente, a venda de “energia eléctrica, que é injectada na rede pública”.

A ampliação das instalações e a modernização do pro¬cesso produtivo são uma constante na vida da em-presa. “Os factores di¬fe¬ren¬cia¬do¬res da Unipasta assentam essencialmente na raci¬ona¬li¬za¬ção¬ energética, reu¬ti¬li¬za¬ção das matérias-primas e a inovação com a introdução de novas tecnologia na indústria das pastas cerâmicas”, explicou Carlos Lagoa ao PME NEWS.

COmpEtitiviDADEA indústria cerâmica, sobretudo o subsector dos

pavimentos e revestimentos cerâmicos tem evoluído no sentido de uma “readaptação do processo produ-tivo”, com vista à obtenção de “níveis de qualidade e produtividade superiores”. Esta evolução - justifica Carlos Lagoa - “ditou o aparecimento de um novo mercado que se mostra promissor e que consiste no fornecimento de produtos que são as matérias-primas da indústria cerâmica”. Poderá simplificar-se, salienta o gestor, “dizendo que a Unipasta substitui as empresas cerâmicas assumindo uma das suas fases de fabricação, com notáveis ganhos de custos de energia e de qualidade dos produtos”.

Assim, ao fabrico e comercialização de pastas cerâmicas destinadas ao subsector cerâmico dos pavimentos e revestimentos, que vende a empresas como a Pavigrés Revigrés, Recer e Dominó, a Uni-pasta juntou recentemente o fabrico de eco-pastas, matérias-primas fabricadas com a reutilização parcial de resíduos da própria indústria e, portanto, “amigas do ambiente”.

Esta estratégia de competitividade está de resto bem expressa na evolução das vendas da Unipasta, que de 6,5 milhões de euros, em 2006, subiram para 7,9milhões em 2007 e cerca de 8,1 milhões em 2008.

CASOS DE SUCESSO X SEXTA-FEIRA26 de Fevereiro de 2010

EDIGMA, A PME PORTUGUESA QUEAGARRA A TECNOLOGIA MULTI-TOQUE

multi-toque estender as suas potenciali-dades a um número infinito de empresase instituições, podendo ser utilizado emmontras, museus, grandes edifícios deescritórios e aeroportos. “The next bigthing” – diz Miguel Peixoto de Oliveira,CEO da Edigma, que, este mês, apresen-tou a tecnologia na maior feira para pro-fissionais do audiovisual e integradoresde sistemas electrónico, em Amesterdão,na Holanda.

O DISPLAX™ Multitouch Technologyé a última - e porventura a mais revolu-cionária - criação do Edigma Futurelabs -Research, Development & InnovationCenters, centro de investigação que tra-balha diariamente para desenvolver astecnologias interactivas do futuro. Foidaqui que saíram as soluções mais ino-vadoras da empresa, incluindo os “doisprodutos tecnológicos diferenciadores ealtamente inovadores para duas áreasdiferentes de actuação, mas comple-mentares entre si”. O NetBusiness, parao desenvolvimento de conteúdos onlinee o DISPLAX™ Interactive Window, aprimeira montra interactiva transpar-ente do Mundo, permitindo simular ointerface desenvolvido no filme MinorityReport, de Steven Spielberg.

“O Minority Report foi, claramente,uma inspiração, mas existiu um back-ground de know-how nas áreas de mar-keting e tecnologia que foram funda-mentais para o aproveitamento da ideiae para sustentar o desenvolvimento domodelo de negócio”, diz Miguel Peixotode Oliveira, para quem a “a inovação émais do que o core-business da Edigma, éuma atitude perante o mercado”.

A empresa que comercializa todas astecnologias com a marca Displax™, temjá projectos implementados em mais de40 países e conta no seu portfólio comclientes como a Nokia, Pepsi, Accenture,Saks Fifth Avenue e eventos como osJogos Olímpicos de Pequim e as candidat-uras presidenciais de John McCain eBarack Obama.

UM SONHO NASCIDO EM BRAGAA Edigma nasceu em 2000, com o Portaldo Marketing. Durante algum tempoesse foi o seu único projecto com visibil-idade exterior. À fase intensiva de inves-tigação e desenvolvimento, sucedeu olançamento de produtos e a conquista demercados.

“O nosso mercado sempre foi global”,salienta Miguel Peixoto de Oliveira. Com

efeito, o primeiro equipamento interacti-vo da Edigma foi vendido a um banco emAmesterdão. Logo de seguida foi a vez damaior imobiliária do Dubai adquirirvárias unidades para ajudar a comer-cializar os seus empreendimentos.

A Internet encurtou as distâncias deuma forma assombrosa - o termo GlobalVillage é perfeito para descrever o fenó-meno. “A própria dinâmica do mercadoacaba por ser uma bola de neve e projec-tos disruptivos acabam por surgir comalguma naturalidade, como consequên-cia do bom trabalho desenvolvido”,salienta Miguel Peixoto de Oliveira.

O prémio ‘Best Practices Award 2009’é reflexo disso: uma distinção interna-cional “altamente prestigiante justa-mente atribuída a um dos projectos deretalho mais inovadores a nível mundi-al”. Como reflexo é a presença no cer-tame de Las Vegas em 2009 e “a extra-ordinária receptividade” do mercadonorte-americano, que juntamente comEspanha, Dubai, Finlândia, Inglaterra,Itália, Malásia, Coreia do Sul e Brasil temuma importância primordial nos negó-cios da empresa.

Com escritórios em Lisboa e Madrid, aEdigma mantém a sua sede em Braga, acidade que a viu nascer e onde MiguelPeixoto Oliveira a assumiu como um“projecto de vida” e para a qual tem umsonho: fazer com ela (uma PME por-tuguesa) sobressaia entre os gigantes tec-nológicos mundiais.

Já imaginou um televisor com ecrã LCD ou plasma tão interactivo quanto um iPhone? Uma PME deBraga acaba de tornar esse sonho possível. Por Almerinda Romeira

LIVROSE SE EU FOR DESPEDIDO?

Da autoria doeconomista espan-hol Marcos Chicot,E Se Eu For Despe-dido? é apresenta-do pela LivrosD’Hoje (grupo Le-ya) como “o livroque todo o desem-pregado deveriater como livro decabeceira”. Aolongo de 230 pági-nas, o autor expõe

e analisa casos reais que ilustram os com-portamentos a ter nos dias posteriores aodespedimento, quando o desemprego seprolonga e durante a procura de trabalho.O livro resume em cinco as etapas pelasquais passa um desempregado. Na partefinal inclui um manual de procura deemprego, que indica a desenvolver umarede de contactos, elenca os diferentescanais de procura de emprego e ajuda apreparar a entrevista de selecção. Livros D’HojePVP: € 12,95

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS – QUAL É ASUA ESTRATÉGIA?Saiba comotirar partido damudança eposicione o seunegócio àfrente da con-corrência –basicamente édisto que trataeste livro que aActual Editoradá estampa naC o l e c ç ã oC o n c e i t o sActuais (9). Os autores Andrew J.Hoffman e John G. Woody, ajudam aperceber o impacto que as alteraçõesclimáticas irão ter no negócio. “Na ver-dade, não deve pensar nas alteraçõesclimáticas como uma questão ambiental,mas sim como uma transição que está aacontecer no mercado. E em qualquertransição haverá vencedores e vencidos”,refere o prefácio. Actual EditoraPVP: € 12

COMÉRCIO JUSTO PARA TODOSComo podem os país-es menos desenvolvi-dos ser ajudados adesenvo lverem-senum contexto decomércio livre e maisjusto? Num livroprovocador, o PrémioNobel da EconomiaJoseph E. Stilglitz e oco-autor AndrewCharlton, investi-

gador da London School of Economics,propõem um novo e radical modelo degestão para as relações comerciais entreos países mais ricos e os mais pobres.Fernando Nobre, o médico-cirurgião,fundador da AMI, autor do prefácio,considera que o livro “deveria ser deleitura e estudo obrigatório”. TextoPVP: € 15,90

CRISENuma iniciativa da bnomics, 43 figurasda Universidade e da vida económicanacional analisam as causas da crise

económica efinanceira ea v a n ç a msoluções parao futuro dePortugal e doM u n d o .“Vamos ten-tar explicarcomo tudoaconteceu, apartir dovírus finan-ceiro quedestroçou osEUA”, escreve no prefácio o admin-istrador da Deplano network, HorácioPiriquito. Entre os que tentam explicarestão: António Nogueira Leite, JoséTribolet, António Câmara, Daniel Bessa,Carvalho da Silva, João Proença,Fernando Santo, Faria de Oliveira,Fernando Nobre, João Duque, Luís Palha,Isabel Jonet, Rui Leão Martinho e VítorBento.Editora: bnomicsOs Direitos de Autor revertem para oBanco Alimentar

PONTOS FORTES

A APOSTA na investigação e na inovação. A investigação é muitas vezes negligenciadaporque é percebida como um custo; é necessário alterar essa mentalidade e perceberque o retorno virá a posteriori, mas trará vantagens competitivas fundamentais parafazer face à concorrência. A inovação não pode ser uma buzzword. Tem que ser uma ati-tude, e tem que ser transversal à empresa. Estas são as chaves do sucesso numa per-spectiva mais macro-económica. O know-how da Edigma nas áreas de tecnologia e mar-keting confere-lhe competências essenciais num mercado global cada vez mais marcadopela influência crescente da tecnologia e permite-lhe antecipar de que forma as marcas eo marketing podem tirar partido dessa influência.

BIConstituição:2000

Principais produtos:Gama de equipamentosinteractivos DISPLAX™INTERACTIVE SYS-TEMS, desenvolvidosinternamente pelaequipa de I&D.

Sector de actividade:TI

Facturação em 2008:2.2M€

Exportações: Cerca de 50 países,

entre os quais:Espanha, Dubai, EUA, Finlândia,Inglaterra, Itália,Malásia, Coreia do Sul, Brasil.

Empreendedores:Miguel Peixoto deOliveira (CEO), MiguelFonseca (CBO), AfonsoBarbosa (CCTOr)

Contactos: www.edigma.com

Site produtos interactivos Displax: www.displax.com

Uma PME nascida em Braga há 10anos com foco no marketing, natecnologia e na inovação, sur-preendeu o mundo com uma tec-

nologia multi-toque capaz de ser aplica-da em ecrãs de grandes dimensões,planos ou curvos.

Já imaginou um televisor conven-cional tão interactivo quanto umiPhone? Pois, é disso que estamos afalar...

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CASOS DE SUCESSO X SEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

UNIPASTA,TRADIÇÃO E INOVAÇÃOEM PASTAS CERÂMICAS

Com a fasquia colocada no processo de interna-cionalização que pretende, a breve trecho, ini-ciar, a Unipasta inaugurou, este mês, umanova unidade de produção, que vem permitir

a duplicação da sua capacidade produtiva e o desen-volvimento de novos produtos, nomeadamente aseco-pastas, um produto amigo do ambiente pois éfabricado através da reutilização parcial de resíduosda própria indústria.

Trata-se de um investimento de 10 milhões deeuros, que lhe permitirá, segundo o seu presidente,Carlos Lagoa, “tornar-se mais competitiva e ino-vadora, criando-lhe as condições adequadas paraaumentar a sua quota de mercado em Portugal einternacionalizar a sua actividade para o Norte deÁfrica”, onde já desenvolve relações comerciais compaíses como Marrocos.

A empresa, localizada no Parque IndustrialManuel da Mota, começou a laborar em Março de2002. Surgida da “percepção de um potencial demercado muito elevado”, e impulsionada “pelasnovas tendências ao nível do processamento demateriais cerâmicos”, tem como accionista princi-pal o grupo Lagoa (José Aldeia Lagoa & Filhos SA). Nocapital da empresa participa também, de forma sig-nificativa, a InovCapital, sociedade de capital derisco de referência do Ministério da Economia, que,através dos fundos de capital por si geridos, já nelainvestiu 1,6 milhões de euros.

O investimento realizado por esta sociedade decapital de risco permitiu a duplicação da capacidadeprodutiva desta empresa de pastas cerâmicas, adiversificação dos produtos e a instalação de umasegunda turbina para a produção de energia. Aprimeira Central de Cogeração foi instalada em2004. O recurso a este inovador processo de coger-ação, que se traduz na utilização de gases quentesno processo de fabrico, foi, de resto, um factordeterminante na afirmação da competitividade daUnipasta no mercado, permitindo-lhe o “forneci-mento de matérias-primas de qualidade a preçosaltamente competitivos” e, simultaneamente, avenda de “energia eléctrica, que é injectada na redepública”.

A ampliação das instalações e a modernização do

processo produtivo são uma constante na vida daempresa. “Os factores diferenciadores da Unipastaassentam essencialmente na racionalização energéti-ca, reutilização das matérias-primas e a inovação coma introdução de novas tecnologia na indústria daspastas cerâmicas”, explicou Carlos Lagoa ao PMENEWS.

COMPETITIVIDADEA indústria cerâmica, sobretudo o subsector dos pavi-mentos e revestimentos cerâmicos tem evoluído nosentido de uma “readaptação do processo produtivo”,com vista à obtenção de “níveis de qualidade e produ-tividade superiores”. Esta evolução - justifica CarlosLagoa - “ditou o aparecimento de um novo mercadoque se mostra promissor e que consiste no forneci-mento de produtos que são as matérias-primas daindústria cerâmica”. Poderá simplificar-se, salienta ogestor, “dizendo que a Unipasta substitui as empresascerâmicas assumindo uma das suas fases de fabri-cação, com notáveis ganhos de custos de energia e dequalidade dos produtos”.

Assim, ao fabrico e comercialização de pastascerâmicas destinadas ao subsector cerâmico dos pavi-mentos e revestimentos, que vende a empresas comoa Pavigrés Revigrés, Recer e Dominó, a Unipasta jun-tou recentemente o fabrico de eco-pastas, matérias-primas fabricadas com a reutilização parcial de resí-duos da própria indústria e, portanto, “amigas doambiente”.

Esta estratégia de competitividade está de restobem expressa na evolução das vendas da Unipasta,que de 6,5 milhões de euros, em 2006, subiram para7,9milhões em 2007 e cerca de 8,1 milhões em 2008.

Esta PME, nascida há 10 anos em Pombal, aposta forte na inovação para produzir um produtotradicional: pastas cerâmicas. Por Almerinda Romeira

FACTOS E NÚMEROS

1999: Início da Actividade

2004: Aumento do capital para € 3,1milhões e entrada da InovCapitalcom uma participação de € 1 mil-hão. Instalação da 1ª Central deCogeração. Certificação pelaNorma ISSO 9001

2008: Instalação de 2.ª unidade deCogeração. Novo aumento do cap-ital de € 1,5 milhões

2009: Actualização da Certificação pelaISO 9001. Obtenção da “Licençade Emissão de Gases de Estufa”da Agência Portuguesa doAmbiente: InovCapital reforçainvestimento em 800 mil euros.

Facturação em 2008: € 8,1 milhões

Trabalhadores: 26

(Esq. p/ Dta)Carlos José Lagoa e Carlos Lagoa, presidente do Conselho de Administração daUnipasta Foto: Paulo Cunha /Revista INVEST”).

A nova fábrica vem permitir aduplicação da capacidade produtivae o desenvolvimento de novos pro-dutos, nomeadamente as eco-pastas

A pasta cerâmicaem estado líquido étratada no atom-izador, onde lhe éretirada a humidadee se obtém a pastaem pó (pó atomiza-do).

LIVROSGESTÃO DE SUCESSO NUM MUNDO EM MUDANÇAEduardo GomesCardoso, TorresCampos e Luiz Mou-ra Vicente fizeramum livro dirigido aempresários e ges-tores de PME – Pe-quenas e médiasempresas, que seconfrontam no dia-a-dia com as conse-quências problemá-ticas, por vezes críti-cas, das sucessivas mudanças do referen-cial em que actuam. PME que, na maioria

das vezes, pela pequena dimensão, es-cassez de recursos e fragilidade da organi-zação são um elo vulnerável na cadeiaeconómica. Editora: Companhia das Cores

ENCONTRAR EMPREGO DEPOIS DOS 50A Actual Editoralançou, este mês, umanova colecção dedicadaàs carreiras. O pri-meiro título “Encon-trar Emprego depoisdos 50”, da autoria deJeannette Woodward,co-fundadora e directo-ra da organização não

governamental e pedagógica Wind RiverConsulting Group, é um guia prático, útilpara quem decide imprimir mudança navida profissional. A nova colecção daActual contará com os títulos: Lidar comum chefe difícil (a lançar em Abril);Vencer no emprego (Julho) e De que cor éo seu pára-quedas? (Setembro).Actual Editora

A HISTÓRIA DA IKEAAo longo de perto de 400 páginas, IngvarKamprad conta a história e a estratégia, ossegredos e as chaves do sucesso da IKEA,que começou por ser uma simples empre-sa de vendas pelo correio e se tornou ummodelo de estudo nas universidades de

todo o mundo. Oprimeiro passoempreendedor deIngvar Kamprad foidado aos 17 anos deidade na aldeia deAlmhut, Suécia.Hoje, aos 83 anos,celebra o facto deter revolucionado omundo dos negó-cios, difundido oespírito sueco por

todo o globo e ter um império de 270 lojasem 40 países, que emprega cerca de 120mil pessoas.Editora: A Esfera dos Livros

GEStãO DE SUCESSO nUm mUnDO Em mUDAnçAEduardo Gomes Cardoso, Torres

Campos e Luiz Moura Vicente fizeram um livro dirigido a empresários e gestores de PME – Pequenas e mé-dias empresas, que se confrontam no dia-a-dia com as consequências problemáticas, por vezes críticas, das sucessivas mudanças do refe-rencial em que actuam. PME que, na maioria das vezes, pela pequena dimensão, escassez de recursos e fragilidade da organização são um elo vulnerável na cadeia económica.

Editora: Companhia das Cores

A HiStóriA DA iKEAAo longo de perto de 400 páginas,

Ingvar Kamprad conta a história e a estratégia, os segredos e as chaves do sucesso da IKEA, que começou por ser uma simples empresa de vendas pelo correio e se tornou um modelo de estudo nas universidades de todo o mundo. O primeiro passo empreendedor de In-gvar Kamprad foi dado aos 17 anos de idade na aldeia de Almhut, Suécia. Hoje, aos 83 anos, celebra o facto de ter revolucionado o mundo dos negócios, difundido o espírito sueco por todo o globo e ter um império de 270 lojas em 40 países, que emprega cerca de 120 mil pessoas.

Editora: A Esfera dos Livros

EnCOntrAr EmprEGO DEpOiS DOS 50A Actual Editora lançou, este mês,

uma nova colecção dedicada às carreiras. O primeiro título “Encontrar Emprego depois dos 50”, da autoria de Jeannette Woodward, co-fundadora e directora da organização não governamental e pedagógica Wind River Consulting Group, é um guia prático, útil para quem decide imprimir mudança na vida profissional. A nova colecção da Actual contará com os títulos: Lidar com um chefe difícil (a lançar em Abril); Vencer no emprego (Julho) e De que cor é o seu pára-quedas? (Setembro).

Actual Editora

Unipasta, tradição e inovação em cerâmicaEsta PME, nascida há 10 anos em Pombal, aposta forte na inovação para produzir um produto tradicional: pastas cerâmicas. Por Almerinda Romeira

(Esq. p/ Dta)Carlos José Lagoa e Carlos Lagoa, presidente do Conselho de Administração da Unipasta Foto Paulo Cunha /Revista INVEST”)

A pasta cerâmica em estado líquido é tratada no atomizador, onde lhe é retirada a humidade e se obtém a pasta em pó (pó atomizado).

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010 XINEWS

SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2010

PMEPOWERED BY

AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

ENTREVISTA

DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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pág. VIII

70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

APOIOS

MODCOM, MODernizar O COMérCiO traDiCiOnal Com uma dotação de 20 milhões de euros, a 5ª fase do MODCOM fechou com 2143 candidaturas, um número recorde em comparação com as fases anteriores do programa que tiveram dotação orçamental semelhante. Por Almerinda Romeira

APOIOS XISEXTA-FEIRA26 de Março de 2010

MODCOM, MODERNIZAR OCOMÉRCIO TRADICIONAL

Com uma dotação de 20 milhões de euros, a 5ªfase do MODCOM fechou com 2143 candidaturas,um número recorde em comparação com as fasesanteriores do programa que tiveram dotação orça-mental semelhante. Por Almerinda Romeira

OMODCOM - Sistema de Incentivosa Projectos de Modernização doComércio – é um programa deincentivos do Ministério da

Economia, Inovação e Desenvolvimen-to. Tem como objectivo apoiar projectosde modernização do comércio tradicio-nal, que contribuam para “aumentar acompetitividade do sector e a revitaliza-ção comercial dos centros urbanos”, com“predomínio do comércio de proximi-dade”.

O sistema criado em finais de 2005 égerido pelo IAPMEI e pela DGAE, em fun-ção da tipologia dos projectos apoiados.

Luís Filipe Costa, presidente do IAP-MEI referiu ao PME NEWS que, desde asua criação, o MODCOM já aprovou maisde 4000 projectos, promovidos por microe pequenas empresas ou associaçõescomerciais de todo o País, que correspon-deram a um investimento global de 306milhões de euros. Os incentivos aprova-dos foram de 114 milhões de euros.

Estes números não contabilizamainda, nem os projectos nem as verbasalocadas à quinta fase do programa queencerrou há dias e cujos resultados serãodados a conhecer dia 14 de Julho, nossites da DGAE e do IAPMEI.

Com uma dotação de 20 milhões deeuros, a quinta fase do MODCOM fechou,segundo apurou o PME NEWS junto doMinistério da Economia, da Inovação edo Desenvolvimento com 2143 candidat-uras, um “verdadeiro recorde de candi-daturas em comparação com as fasesanteriores do programa que tiveramdotação orçamental semelhante”.

Em 2006, a primeira fase do MODCOMteve uma dotação de 20 milhões deeuros, tendo recebido 1462 candidatu-ras. Na segunda fase, com igual dotação,as candidaturas foram 1625. Na terceirafase, a dotação foi de 24 milhões de eurose as candidaturas 1076.

Na quarta fase, com uma dotação de50 milhões de euros, candidataram-se2333 empresários e associações, apenasmais 190 candidaturas do que as rece-bidas para esta quinta fase.

O incentivo financeiro do MODCOM amicro, pequenas e médias empresas con-templa apoios a três tipos de acções:Acção A - Lojas individuais e conjuntosde modernização comercial; Acção B –Lojas em rede, ou seja, empresas que pre-tendam, por exemplo, adoptar umainsígnia comum ainda que a propriedadeseja individual, que utilizem a mesmaplataforma informática ou que seabasteçam na mesma central de com-pras; e Acção C – Estruturas associativasdo sector do comércio, com vista à pro-

moção dos centros urbanos.Ainda segundo revelou ao PME NEWS

o Ministério da Economia, da Inovação edo Desenvolvimento, nesta 5ª fase, aAcção A teve 1871 candidaturas, a AcçãoB 90 e a Acção C 182. Em termos region-ais, o Alentejo teve 138 candidaturas, oAlgarve 101, Região Centro 484, Lisboa eVale do Tejo 428 e a Região Norte 992.

Esta fase do MODCOM contemplouainda uma dotação específica para pro-jectos de jovens empresários (3,5 milhõesde euros) e para projectos oriundos dezonas rurais (2,5 milhões de euros). Ascandidaturas apresentadas para estastipologias foram 68 e 48, respectiva-mente.

Os projectos de investimento con-taram com uma taxa de incentivo afundo perdido de 45% das despesas nocaso das lojas individuais, de 50% nosprojectos empresariais integrados e de60% para as associações comerciais.

PROCEDIMENTOSO MODCOM foi criado a partir do Fundode Modernização do Comércio, como“instrumento de política pública parareforçar a competitividade do comérciode proximidade”, através do “incentivo àmodernização das suas estruturas e ade-quação da oferta”, como “resposta aonovo contexto competitivo que integragrandes superfícies comerciais”.

Os apoios são concedidos sob a formade incentivo não reembolsável e podemoscilar entre 45 e 60% do investimento,consoante os diferentes tipos de projecto.

Os destinatários do MODCOM sãomicro e pequenas empresas do comércio,constituídas há pelo menos um ano, queapresentem projectos individualmenteou em associação com outras para mo-dernização e dinamização da actividadecomercial.

São também enquadráveis no MOD-COM projectos de promoção comercial,que visem estimular o comércio nos cen-tros urbanos, promovidos por associ-ações empresariais do sector.

Os projectos devem cumprir à data decandidatura as condições necessárias aoexercício da actividade, comprovandoserem detentores dos licenciamentosexigíveis e assegurando o cumprimentodas normas ambientais aplicáveis.

O programa funciona por fases de can-didatura, com dotações orçamentaisespecíficas, que são definidas por despa-cho do Secretário de Estado do Comércio,Serviços e Defesa do Consumidor. Até aomomento foram abertas 5 fases, uma emcada um dos 5 anos de vigência do MOD-COM (2006, 2007, 2008, 2009 e 2010).

CONTACTOS:IAPMEI OU DGAESite: www.iapmei.pt ; www.dgae.min-economia.ptE-mail: [email protected]; [email protected] Azul IAPMEI: 808 201 201

As candidaturas ao MODCOM são feitas pela Internet,através de formulário electrónico, disponível na páginado IAPMEI (www.iapmei.pt). Aconselha-se a leituradetalhada da legislação que regulamenta o programa edo guia de formulário de candidatura, um instrumentocriado para ajudar os comerciantes na elaboração dasua candidatura.

PASSO-A-PASSO DE UMA CANDIDATURA…

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Luís Filipe Costa, Presidente do Conselho Directivo do IAPMEI Foto: DR

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O MODCOM - Sistema de Incen-tivos a Projectos de Modernização do Comércio – é um programa de incentivos do Ministério da Economia, Inovação e Desen-volvimento. Tem como objectivo apoiar projectos de modernização do comércio tradicional, que contribuam para “aumentar a competitividade do sector e a re-vitalização comercial dos centros urbanos”, com “predomínio do comércio de proximidade”.

O sistema criado em finais de 2005 é gerido pelo IAPMEI e pela DGAE, em função da tipologia dos projectos apoiados.

Luís Filipe Costa, presidente do IAPMEI referiu ao PME NEWS que, desde a sua criação, o MOD-COM já aprovou mais de 4000 projectos, promovidos por micro e pequenas empresas ou associações comerciais de todo o País, que cor-responderam a um investimento global de 306 milhões de euros. Os incentivos aprovados foram de 114 milhões de euros.

Estes números não contabili-zam ainda, nem os projectos nem as verbas alocadas à quinta fase do programa que encerrou há dias e cujos resultados serão dados a conhecer dia 14 de Julho, nos sites da DGAE e do IAPMEI.

Com uma dotação de 20 milhões de euros, a quinta fase do MODCOM fechou, segundo apurou o PME NEWS junto do Mi-nistério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento com 2143 candidaturas, um “verdadeiro recorde de candidaturas em com-paração com as fases anteriores do programa que tiveram dotação orçamental semelhante”.

Em 2006, a primeira fase do MODCOM teve uma dotação de 20 milhões de euros, tendo recebido 1462 candidaturas. Na segunda fase, com igual dotação, as candi-daturas foram 1625. Na terceira fase, a dotação foi de 24 milhões de euros e as candidaturas 1076.

Na quarta fase, com uma dotação de 50 milhões de euros, candidataram-se 2333 empresá-rios e associações, apenas mais 190 candidaturas do que as recebidas para esta quinta fase.

O incentivo financeiro do MOD-COM a micro, pequenas e médias empresas contempla apoios a três tipos de acções: Acção A - Lojas individuais e conjuntos de moder-nização comercial; Acção B – Lojas em rede, ou seja, empresas que pretendam, por exemplo, adoptar uma insígnia comum ainda que a propriedade seja individual, que utilizem a mesma plataforma informática ou que se abasteçam na mesma central de compras; e Acção C – Estruturas associativas do sector do comércio, com vista à promoção dos centros urbanos.

Ainda segundo revelou ao PME NEWS o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimen-to, nesta 5ª fase, a Acção A teve 1871 candidaturas, a Acção B 90 e a Acção C 182. Em termos regionais, o Alentejo teve 138 candidaturas, o Algarve 101, Região Centro 484, Lisboa e Vale do Tejo 428 e a Região Norte 992.

Esta fase do MODCOM con-templou ainda uma dotação específica para projectos de jovens empresários (3,5 milhões de euros) e para projectos oriundos de zonas rurais (2,5 milhões de euros). As candidaturas apresentadas para estas tipologias foram 68 e 48, respectivamente.

Os projectos de investimento contaram com uma taxa de in-centivo a fundo perdido de 45% das despesas no caso das lojas individuais, de 50% nos projectos empresariais integrados e de 60% para as associações comerciais.

PrOcedImentOSO MODCOM foi criado a partir

do Fundo de Modernização do Comércio, como “instrumento de política pública para reforçar

a competitividade do comércio de proximidade”, através do “in-centivo à modernização das suas estruturas e adequação da oferta”, como “resposta ao novo contexto competitivo que integra grandes superfícies comerciais”.

Os apoios são concedidos sob a forma de incentivo não reembol-sável e podem oscilar entre 45 e 60% do investimento, consoante os diferentes tipos de projecto.

Os destinatários do MODCOM são micro e pequenas empresas do comércio, constituídas há pelo menos um ano, que apresentem projectos individualmente ou em associação com outras para modernização e dinamização da actividade comercial.

São também enquadráveis no MODCOM projectos de promoção comercial, que visem estimular o comércio nos centros urbanos, promovidos por associações em-presariais do sector.

Os projectos devem cumprir à data de candidatura as condi-ções necessárias ao exercício da actividade, comprovando serem detentores dos licenciamentos exigíveis e assegurando o cum-primento das normas ambientais aplicáveis.

O programa funciona por fases de candidatura, com dotações or-çamentais específicas, que são de-finidas por despacho do Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor. Até ao momento foram abertas 5 fases, uma em cada um dos 5 anos de vigência do MODCOM (2006, 2007, 2008, 2009 e 2010).

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QUINTA-FEIRA25 de Março de 2010XII NEWS

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AnáliseO QUE O CRÉDITOAGRICOLA TEMPARA OFERECER

A UNIVERSIDADE de Coimbra, o Pro-grama Operacional Regional do Centro– Mais Centro e os outros nove parcei-ros estratégicos do projecto INOV.C jáassinaram o protocolo de financiamen-to que vai permitir criar o primeiro e-cossistema de inovação da região e umdos primeiros em Portugal. O projectoenvolve cerca de 50 milhões de euros,metade dos quais através do FEDER.

O ecossistema de inovação INOV.Ctem como intuito reforçar a promoção eo desenvolvimento económico na regiãoem quatro áreas estratégicas: Ciênciasda vida (Saúde e Biotecnologia), TICE -Tecnologias da Informação, Comunica-ção e Electrónica e Energia e IndústriasCriativas.

“Pretende-se contribuir para que aRegião Centro possa entrar nas 100 Re-giões mais inovadoras da Europa em2017, ultrapassando o actual 153º lugarno ranking europeu, explicou ao PMENEWS Jorge Figueira, Chefe da Divisão

ECOSSISTEMADE INOVAÇÃOAVANÇA NAREGIÃO CENTRO

de Inovação e Transferências do Saber daUniversidade de Coimbra.

Para tal, o INOV.C. propõe-se “investirna promoção e estímulo nas fases iniciaisdo pipeline da inovação, procurando reti-rar o maior benefício em termos de valo-rização do potencial inerente aos resulta-dos da investigação realizada nos excelen-tes centros e unidades de IDT da região” eaumentar a capacidade de criação de em-presas, de apoio ao seu crescimento e dasua afirmação no mercado global, atravésdo estabelecimento de um contexto quepossibilite o crescimento das empresas ge-radas na fase pós-incubação.

Ainda segundo Jorge Figueira, entre osobjectivos a prosseguir está a criação demelhores condições para a internaciona-lização e a captação e fixação de investi-mento nacional e Investimento DirectoEstrangeiro estruturantes.

A rede INOV.C irá envolver um conjun-to de cerca de 95 agentes locais e regio-nais, entre as quais autarquias, empre-sas, centros tecnológicos, associações em-presariais, estruturas financeiras.

Luís Simões introduz factura electrónica e acelera pagamentosA LUÍS Simões procedeu à implemen-tação do E@sy7, uma plataforma cos-tumizada de factura electrónica quepermite aos transportadores subcon-tratados transportar, entregar a mer-cadoria e receber o respectivo paga-mento em sete dias, anunciou a em-presa.

Em comunicado, a Luís Simões in-forma que “através do portal LSnet, asolução permite o tratamento electró-

nico de cerca de 22 mil facturas refe-rentes a pagamentos na ordem dos48.5 milhões de euros anuais, abran-gendo já metade das 2.250 empresasde transportes subcontratadas pelaLuís Simões.

Cerca de 50% da frota da Luís Si-mões é subcontratada e garante partesignificativa do negócio de transporteda empresa.

“Com o E@sy7 as empresas subcon-tratadas têm ganhos reais em termosde liquidez de tesouraria, permitindo à

Luís Simões garantir que toda a cadeiade transporte e serviço ao cliente ficaassegurada, factor que ganha mais re-levância no contexto de conjunturadesfavorável que vivemos”, destacaainda a empresa.

O funcionamento do E@sy7 é o se-guinte: os documentos de transportesão entregues e digitalizados numaqualquer delegação Luís Simões, sendoemitida automaticamente uma auto-factura no portal LSnet. O fornecedor énotificado via SMS e email da disponi-

bilidade da factura para aprovação, aseguir acede ao portal, aprova a factu-ra e escolhe a modalidade de pagamen-to pretendida. A Luís Simões volta aalertar o fornecedor através dos mes-mos meios, adiantando a data em quea factura será paga e enviando-a emformato pdf.

A empresa salienta ainda que, alémde agilizar o processo administrativo efinanceiro, a auto-factura electrónicapermite-lhe optimizar os gastos com opapel das 22 mil facturas processadas.

EMPREENDEDORISMO

TRANSPORTE DE MERCADORIAS

UMA luva de protecção industrial totalmente biodegradável deverá chegar ao mercado daquia dois anos. O projecto junta a multinacional Marigold Industrial® e a Faculdade de Ciências eTecnologia da Univ. de Coimbra, representada na foto pela bolseira Adelaide Araújo Foto: DR

INOVAÇÃO: Luva 100% biodegradável nasce em Coimbra

EDIGMAEsta PME criou uma tecnologia multitoque inovadora Pág. X

JL SALDANHASANCHESO fiscalista escreve sobrea Partilha da Derrama eos Recursos NaturaisPág. IX

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DomingosCravoO presidente daComissão do Sistema deNormalizaçãoContabilística explica oporquê do novo SNCPágs. VI e VII

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70 MIL EXEMPLARESO OJE, O MIRANTE e o VIDAECONÓMICA publicam estasemana em conjunto pelaprimeira vez o PME NEWS.Com periodicidade mensal oPME NEWS passa, assim, ater uma tiragem global demais de 70 mil exemplares, o que lhe confere uma visibi-lidade sem precedentes nomercado português emsuplementos do género

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