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Gabriele Luciana Saqui EFICIÊNCIA DOS INGREDIENTES ATIVOS TEFLUBENZURON E FLUFENOXURON PARA CONTROLE DO CUPIM SUBTERRÂNEO Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) 2013 CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana . UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHOINSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO

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Gabriele Luciana Saqui

EFICIÊNCIA DOS INGREDIENTES ATIVOS TEFLUBENZURON E FLUFENOXURON PARA CONTROLE DO CUPIM SUBTERRÂNEO

Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae)

2013

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

Gabriele Luciana Saqui

Orientadora: Fabiana E. Casarin dos Santos

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

EFICIÊNCIA DOS INGREDIENTES ATIVOS TEFLUBENZURON E FLUFENOXURON PARA CONTROLE DO CUPIM SUBTERRÂNEO

Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae)

2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS- RIO CLARO

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 01

2. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................ 05

2.1 Coleta de Cupins.......................................................................................... 05

2.2 Ingredientes Ativos..................................................................................... 06

2.3 Preparo de soluções com ingredientes ativos......................................... 07

2.4 Bioensaio de alimentação forçada........................................................... 08

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 09

4. CONCLUSÃO............................................................................................... 17

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………………........ 18

1

RESUMO

Nas grandes cidades, os cupins são considerados uma das pragas urbanas

mais severas, sendo responsáveis pelo ataque a madeiras estruturais e mobiliários.

O cupim subterrâneo Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae) é a principal

espécie praga em áreas urbanas, na região sudeste. Segundo o Instituto de

Pesquisa Tecnológico – IPT, o custo envolvido no controle de cupins subterrâneos

somente na cidade de São Paulo foi de R$ 7,9 milhões. Devido ao uso intensivo de

inseticidas aplicado ao solo, os quais funcionam como uma barreira que apenas

impede que os cupins forrageiros alcancem a residência, mas não elimina a colônia,

a busca por métodos alternativos de controle tornou-se uma necessidade. O sistema

de controle com iscas tem sido promovido como um método desejável de controle

para cupins, por ser considerado ambientalmente correto, uma vez que utiliza uma

quantidade muito pequena de inseticida. Adicionalmente, o mercado brasileiro é

extremamente carente de produtos eficientes para as espécies pragas encontradas

aqui. Deste modo, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência de

dois reguladores de crescimento, Flufenoxuron e Teflubenzuron para o controle de

cupins subterrâneos. Para tanto, foram realizados testes laboratoriais com diferentes

concentrações, com ambos os ingredientes ativos, em busca da concentração

efetiva contra C. gestroi. Para o ingrediente ativo teflubenzuron as concentrações

100, 1.000 e 10.000 ppm mostraram resultados satisfatórios no controle de cupins

da espécie avaliada, contudo, concentrações entre 1.000 e 10.000 ppm poderão ser

testadas, para encontrar a melhor relação mortalidade versus consumo. Para o

ingrediente ativo flufenoxuron, as concentrações 10 e 25 ppm mostraram-se

adequadas para utilização em iscas de controle. Contudo, mais estudos devem ser

realizados para obter a concentração ideal do produto a ser utilizada nas iscas em

campo.

Palavras-chave: controle de cupins, iscas, análogo de hormônio juvenil

1

1. INTRODUÇÃO

A Ordem Isoptera engloba indivíduos conhecidos como cupins, térmitas ou

térmites. Os cupins diferem dos outros insetos sociais por apresentarem castas de

ambos os sexos e serem diplóides. Estes insetos possuem desenvolvimento

hemimetábolo e os ínstares jovens participam do trabalho colonial (KRISHNA, 1969;

COSTA-LEONARDO, 2002).

A ordem Isoptera é composta por aproximadamente 2.882 espécies descritas

que se distribuem em nove famílias: Archotermopsidae, Hodotermitidae,

Stylotermitidae, Stolotermitidae, Mastotermitidae, Kalotermitidae, Rhinotermitidae,

Serritermitidae e Termitidae (GRASSÉ, 1986; CONSTANTINO, 2013). No Brasil há

aproximadamente 327 espécies identificadas e, embora os cupins sejam mais

conhecidos pelo seu potencial como praga, apenas 28 dessas espécies são

consideradas pragas urbanas e/ou rurais (CONSTANTINO, 2013).

A sociedade dos cupins é formada por indivíduos especializados em diferentes

funções, os quais compõem três castas na colônia: reprodutores, soldados e

operários (KRISHNA, 1969). Nos cupins subterrâneos, a casta dos operários é a

mais numerosa na colônia e é formada por indivíduos cegos, ápteros e estéreis. Esta

casta é responsável pela coleta de alimento, cuidados com jovens e ovos,

alimentação de outros membros da colônia e a construção de ninhos e túneis

(COSTA-LEONARDO et al., 2007). A casta dos reprodutores ou alados, conhecidos

popularmente como siriris ou aleluias, é composta por indivíduos jovens ou ninfas,

os quais passam por um período de maturação na colônia até o período da revoada,

quando saem em busca de seus pares. Esse processo reprodutivo tem inicio na

primavera. Assim, logo após a revoada, o casal real irá procurar um local adequado

para a fundação de uma nova colônia (CAMARGO-DIETRICH & COSTA-

LEONARDO, 2003). O casal de reprodutores é responsável pela geração de novos

indivíduos e pela multiplicação da colônia (COSTA-LEONARDO et al., 2007). A

casta dos soldados, assim como dos operários, possuem indivíduos ápteros,

estéreis e cegos. Esta casta pode ser facilmente diferenciada das demais, por

apresentar cabeça pigmentada (COSTA-LEONARDO et al., 2007). Eles são

responsáveis pela defesa do ninho e proteção dos operários durante o

forrageamento. Nos cupins subterrâneos, os soldados são mandibulados e quando

1

1

perturbados, liberam pela fontanela (um orifício à frente da cabeça) uma volumosa

secreção esbranquiçada e viscosa (COSTA-LEONARDO, 2002) que ajuda a repelir

predadores.

Com relação às pragas urbanas, o cupim subterrâneo Coptotermes gestroi

(Rhinotermitidae) é a principal espécie praga responsável por danos econômicos na

região sudeste do Brasil. C. gestroi, cujo a sinonímia inicial foi Coptotermes havilandi

(KIRTON & BROWN, 2003), é uma espécie nativa do sudeste da Ásia e Indonésia

que foi introduzida no Brasil, hoje presente nos estados de São Paulo, Rio de

Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Ceará, Bahia, Para, Teresina,

Paraná e Santa Catarina (COSTA-LEONARDO, 2002; FERRAZ, 2000). Alguns

estudos realizados anteriormente apontam que essa espécie tenha chegado às

cidades costeiras no sudeste do Brasil via navio, sendo os registros de Rio de

Janeiro em 1923 e Santos em 1934 (ARAUJO, 1958). Um dos principais problemas

para o controle de C. gestroi é que esse cupim constrói ninhos policálicos, ou seja,

do ninho principal, partem túneis que estão conectados a ninhos satélites ou

subsidiários, onde podem ser encontrados reprodutores de substituição, além de

operários e soldados (COSTA-LEONARDO, 2002). Durante uma inspeção são

encontrados geralmente os ninhos satélites sendo estes eliminados, porém não

eliminam o ninho central, podendo ocasionar assim uma rápida reinfestação. Esses

ninhos podem ser subterrâneos ou aéreos, sendo encontrados em andares de

edifícios, poços de ventilação, caixas de eletricidade, árvores ou em espaços

subterrâneos de edifícios (EVANS et al., 2013 ZORZENON, 2004). Os cupins

forrageiros constroem túneis que partem dos ninhos e percorrem uma infinidade de

espaços e frestas nas construções, eles podem forragear a mais de 133 m de

distância do ninho (ARAB et al, 2005). As infestações por C. gestroi também podem

ocorrer longe do solo. Em 1995, foi publicado o registro de um ninho contendo uma

rainha fisogástrica, no 20º andar de um edifício em São Paulo (POTENZA &

ZORZENON, 1996). Tais colônias são formadas por meio das revoadas que

dispersam reprodutores por grandes áreas na cidade.

Entre os métodos de controle de cupins estão barreiras físicas e químicas,

tratamento de madeira e controle através de iscas (COSTA-LEONARDO, 2002). A

barreira física, método não usual no Brasil, impede que os cupins tenham acesso às

edificações, por meio da utilização de materiais impenetráveis entre o solo e a

construção (EWART, 2001). Contudo esse método tem recebido críticas, pois só

2

1

pode ser aplicado no início da construção e não impede que ocorram novas

infestações via aérea durante a revoada (COSTA-LEONARDO et al., 2007). Já, a

barreira química tem sido uma ferramenta importante no controle de cupins

subterrâneos desde 1950. A aplicação de um termiticida no solo, por baixo de uma

estrutura, cria uma barreira para excluir cupins e proteger as estruturas (SU &

SCHEFFRAHN, 1988). Essa técnica têm sido uma das mais usadas em áreas

urbanas com alta infestação de colônias de C. gestroi no estado de São Paulo

(CASARIN, 2007). Apesar disso, a barreira química não impede que ocorram novas

infestações por alados e, só é pertinente quando existe certeza que o lençol freático

ou outro curso de água não será contaminado (COSTA-LEONARDO et al., 2007).

O sistema de controle com iscas tem sido promovido como um método

desejável de controle para cupins, por ser considerado ambientalmente correto, uma

vez que utiliza uma quantidade muito pequena de inseticida. No entanto, para que o

controle com iscas funcione, os cupins devem encontrar e consumir as iscas

impregnadas com o ingrediente ativo e sobreviver durante um tempo suficiente para

voltar ao ninho e transferir o alimento contaminado para toda a colônia. Um

programa bem sucedido de iscagem pode levar até nove meses, sendo considerado

um controle bem mais lento do que o fornecido por outros métodos (EVANS &

GLEESON 2006). Por outro lado, a isca é ambientalmente correta, uma vez que

após o período de controle, as iscas impregnadas com termiticida são retiradas e

substituídas por um monitoramento com estacas, não ocorrendo contaminação do

solo. Existem diversos modelos de iscas comerciais de controle e monitoramento de

cupins contendo diferentes ingredientes ativos (COSTA-LEONARDO, 2002).

Embora, não tenham sido desenvolvidas para as espécies de cupins praga que

ocorrem no Brasil. E, atualmente, apenas uma única marca é eficiente para o

controle de C. gestroi, a qual é adotada pelas empresas brasileiras. Esta possui

como ingrediente ativo, o hexaflumuron, um regulador de crescimento de insetos

(IGRs).

Os IGRs têm ação gradual e cumulativa e por isso parecem ser adequados

para serem incorporados em iscas utilizadas no controle de cupins. Esses

ingredientes ativos apresentam distintos modos de ação e, por isso estão divididos

em duas classes, os juvenóides (substâncias análogas ao hormônio juvenil) e os

inibidores da síntese de quitina (SU & SCHEFFRAHN, 2000). Os juvenoides sao

reguladores do crescimento dos insetos, isto e, mimetizam a ação do hormônio

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1

juvenil em vários processos fisiológicos dos insetos, afetando a embriogenese (efeito

ovicida), a metamorfose e a formação do adulto (MIURA et al., 2003). Em cupins, o

hormonio juvenil e seus analogos sinteticos induzem a diferenciacao de operários

em pre-soldados e intercastas (MIURA et al., 2003).

Insetos expostos a inibidores de síntese de quitina, como os benzoilfenilureias

e triazinaminas, nao são capazes de formar uma cutícula normal, por causa da

incapacidade de sintetizar quitina. Esses produtos inibem a formação da quitina

sintetase a partir de seu zimogeno, por meio da interferência em alguma protease

responsável pela ativação da quitina sintetase (BRASIL, 2007) Assim, esse IGR

provoca uma inibição expressiva da ecdise em cupins subterrâneos (SU &

SCHEFFRAHN, 2000).

Atualmente, existem 14 moléculas consideradas inibidores de síntese de

quitina entre elas, bistrifluron, bupofrezin, chlorfluazuron, cyromazine, diflubenzuron,

flucycloxuron, flufenoxuron, hexaflumuron, lufenuron, novaluron, noviluron,

penfluron, teflubenzuron e triflumuron (WOOD, 2012).

O IGR Flufenoxuron é uma aciluréia que atua no crescimento de insetos

impedindo a deposição de quitina na cutícula do inseto (VALCKE; PALLASKE,1995).

Mohamend (2002) testou diferentes concentrações de flufenoxuron para o cupim

Reticulitermes santonensis (Rhinotermitidae) e, recomendou o produto como

provável candidado ao controle desta espécie. JANEI et al., (2011) também realizou

bioensaios prévios com o inibidor de síntese de quitina Flufenoxurone, considerou-o

adequado para utilização em iscas de controle, embora tenham sugeridos novos

testes para comprovar seu controle efetivo.

O teflubenzuron é um ativo que atua de forma semelhante a outros IGRs,

bloqueando a incorporação de quitina no exoesqueleto dos insetos. Este

agroquímico é utilizado na aquicultura para o controle de ectoparasitas de peixes e

classificado como pouco tóxico para a maioria dos vertebrados (WINKALER, 2008).

Na agricultura, o teflubenzuron é muito eficiente no controle de lagartas nos

primeiros ínstares (MARTINS et al., 2006). Embora, ainda não tenha sido testado

para o controle de cupins.

Diante disso, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a eficiência de

dois reguladores de crescimento, Flufenoxuron e Teflubenzuron incorporados em

iscas, para o controle do cupim subterrâneo Coptotermes gestroi.

4

1

2. MATERIAL E MÉTODOS

2.1. Coleta de Cupins

Para a realização dos ensaios em condições laboratoriais foram utilizados

operários e soldados forrageiros de Coptotermes gestroi provenientes de uma

colônia, localizadas na cidade de Santo Antônio de Posse, SP (22° 36' 22''S, 46° 55'

10''N). Os cupins foram coletados segundo metodologia modificada de Casarin et al.,

(2009), por meio de armadilhas confeccionadas com papelão corrugado de 4m de

comprimento por 22 cm de largura (Figura 1A), enroladas e envolvidas por balde

plástico. Essas armadilhas foram dispostas nos territórios de forrageamento da

colônia (Figura 1B). A cada 20 dias, as armadilhas foram retiradas do campo e

levadas para laboratório da Empresa Basf, sendo os cupins triados e, em seguida,

utilizados nos bioensaios.

FIGURA 01. A- armadilha de papelão corrugado de 4m de comprimento por 22 cm de

largura enroladas. B- armadilhas de papelão corrugado dispostas em território de

forrageamento da colônia.

A B

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1

2.2 Ingredientes Ativos

Os ingredientes ativos que foram avaliados no presente trabalho, para

controle da espécie Coptotermes gestroi, foram caracterizados com informações

obtidas pelas monografias depositadas no BRASIL-MINISTÉRIOS DA SAÚDE

(2012) e pela empresa BASF S.A.

Nome comum: FLUFENOXUROM (flufenoxuron)

Nome químico: 1-[4-(2-chloro-α,α,α-trifluoro-p-tolyloxy)-2-fluoro phenyl]-3-(2,6-

difluorobenzoyl)urea

Formula molecular: C21H11ClF6N2O3

Formula estrutural:

Grupo Químico: Benzoiluréia

Classificação toxicológicas: Classe IV

Nome comum: TEFLUBENZUROM (teflubenzuron)

Nome químico: 1-(3,5-dichloro-2,4-difluorophenyl)-3-(2,6-difluoro benzoyl)urea

Formula molecular: C14H6Cl2F4N2O2

Formula estrutural:

Grupo Químico: Benzoiluréia

Classificação toxicológicas: Classe IV

6

1

2.3 Preparação de soluções com ingredientes ativos

Os ingredientes ativos Teflubezuron e Flufenoxuron utilizados neste trabalho

foram fornecidos pela empresa BASF S.A.

Teflubezuron foi diluído em água em três concentrações padrões 100

(0,01%), 1.000 (0,1%) e 10.000 ppm (1%). Já o Flufenoxuron foi diluído em metanol

e testado nas concentrações 10 e 25 ppm (Tabela 1), com base nos resultados

prévios encontrados na literatura (JANEI et al., 2011).

TABELA 1 – Ingredientes ativos e seus respectivos solventes e concentrações que

foram utilizadas nos testes de toxicidade de C. gestroi.

Ingredientes ativos Solventes Concentrações

padrão

Teflubenzuron Água 100 ppm

1.000 ppm 10.000 ppm

Flufenoxuron Metanol 10 ppm 25 ppm

Para a impregnação do papelão corrugado (25cm²), foi utilizado um volume

de solução suficiente para a imersão do mesmo durante 30 segundos, conforme

metodologia de Casarin (2007). Os controles foram realizados com papelão

corrugado imerso em água (Controle 1) e no solvente (Controle 2). Após a imersão,

os papeis corrugados foram secos em capela por 24 horas para total evaporação do

solvente (Figura 2)

FIGURA 02 – A- Papelão corrugado imerso em solução. B- Papelão corrugado (25cm²)

secos em capela por 24 horas para evaporação do solvente.

A B

7

1

2.4 Bioensaio de alimentação forçada

Nesse teste foram utilizados dois recipientes plásticos de 250 ml conectados

por meio de um cano plástico de 9 cm de comprimento e 1 cm de diâmetro, onde

foram colocado 1 grama de operários (aproximadamente 300 indivíduos) + 10 % de

soldados. Um dos recipientes serviu para abrigar a população forrageira (Recipiente

Ninho) e o outro recipiente para avaliar o consumo do papel filtro impregnado

(Recipiente Alimentação). O recipiente ninho tinha uma matriz de 50 gramas de areia

esterilizada e umedecida com 3 ml de água destilada. Já, o recipiente alimentação

continha 35 gramas de areia esterilizada e umedecida com 3 ml de água destilada

(Figura 3) (Metodologia modificada, Casarin et al. 2009).

FIGURA 03. Recipientes ninho e alimentação utilizados no bioensaio.

Para cada concentração dos ingredientes ativos testados foram realizados

nove repetições e nove controles. Após 14, 21 e 28 dias três unidades experimentais

de cada concentração foram avaliadas, juntamente com três controles. Os indivíduos

sobreviventes e o papel consumido foram pesados. O bioensaio foi conduzido em

sala ambiente à temperatura de 28ºC e 90% de umidade.

Os dados de sobrevivência foram analisados pelo teste paramétrico Anova e

o teste a posteriori Tukey com o nível de significância de 5%. Com relação aos

dados de consumo foi aplicado o teste não paramétrico Kruskal-Wallis e o teste a

posteriori Dunn’s entre os controles água, solvente e todos os tratamentos. Todos os

testes foram realizados utilizando o programa Statistica for Windows 6.0

(STATSOFT, INC. 2001).

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1

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados de sobrevivência e consumo dos cupins subterrâneos

Coptotermes gestroi, com relação ao ingrediente ativo teflubenzuron estão descritos

a seguir. Como o solvente foi usado apenas água, o qual foi comparado aos demais

tratamentos.

De acordo com os resultados obtidos na primeira observação dos bioensaios,

com 14 dias, não houve diferença estatística entre os valores de sobrevivência e

consumo, com relação ao controle. No entanto, na concentração de 10.000 ppm, foi

observado uma maior mortalidade quando comparado ao controle e as demais

concentrações (Tabela 2, Figura 04; Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05).

Na segunda etapa de observações, após 21 dias, ocorreu uma maior

mortalidade nos tratamentos quando comparado ao controle, com relação à

sobrevivência dos forrageiros (Tabela 2, Figura 05; Anova, programa GLM; Tukey

HSD, p > 0,05). Nas concentrações de 100 e 10.000 ppm, não houve diferença

estatística em relação ao controle (p < 0,05), sendo 11,9% e 2,7%, respectivamente

(Tabela 2, figura 05). No entanto, na concentração de 1.000 ppm, a sobrevivência

dos cupins foi maior que o controle, não havendo diferença estatística (p > 0,05;

Anova, programa GLM; Tukey HSD). Já, a porcentagem de consumo não foi

estatisticamente diferente entre controle e tratamentos (Tabela 2, Figura 05; Kruskal

Wallis U e Dunn’s, p > 0,05).

Na última etapa de observação, após 28 dias, ocorreu grande mortalidade em

todas as concentrações testadas. A concentração de 100 ppm resultou em uma

pequena sobrevivência de 13,8% (Tabela 2), sendo a relação de sobrevivência e

consumo, a melhor entre as testadas, embora não tenha ocorrido diferença

estatística quando comparado ao controle (Tabela 2, Figura 06; Consumo = Kruskal

Wallis U e Dunn’s, p > 0,05; Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p

> 0,05 ). Já na concentração de 1.000 ppm, a sobrevivência foi de apenas 5,0%,

embora o consumo tenha sido extremamente baixo (Tabela 2, Figura 06; Anova,

programa GLM; Tukey HSD, p < 0,05). A concentração de 10.000 ppm obteve

mortalidade total, embora o consumo também tenha sido próximo a zero (Tabela 2,

Figura 06; Anova, programa GLM; Tukey HSD , p < 0,05; Consumo = Kruskal Wallis

U e Dunn’s, p > 0,05).

9

1

TABELA 2 - Porcentagens média* (± EP) de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após

14, 21 e 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Tefluenzuron nas diferentes

concentrações e controle.

Concentração

(ppm)

14 21 28

Sa Cb Sa Cb Sa Cb

Controle 79,4 ± 6,1a 1,3±0,2a 54,6 ± 7,7a 0,8±0,1a 54,0 ± 6,0a 1,6±0,3a

100 73,4 ± 7,5a 1,9±0,5a 11,9 ±5,3a 9,6±0,8a 13,8 ± 1,3a 0,4±0,0a

1.000 85 ± 1,1a 3,2±0,2a 84 ± 0,3a 11,3±0,0a 5,0 ± 0,3b 0,0±0,0a

10.000 50,4 ± 8,8a 0,6±0,1a 2,7 ± 0,7a 0,0±0,0a 0,0 ± 0,0b 0,0±0,0a

Porcentagem média* = 3 repetições por período (9 repetições no total); Letras diferentes comparadas com o

controle: indicam diferenças significativas (b= p < 0,05; c = p < 0,01 em relação ao controle) Sa =

Sobrevivência (p < 0,05; Anova, programa GLM; Tukey HSD) e Cb = Consumo (p < 0,05; Programa Kruskal-

Wallis, a posteriori Dunn’s.

FIGURA 04 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron.

10

1

FIGURA 05 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 21 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron.

FIGURA 06 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Teflubenzuron.

O ingrediente ativo teflubenzuron mostrou ser efetivo no controle de cupins

subterrâneos da espécie C. gestroi, nas diferentes concentrações avaliadas.

Contudo, concentrações entre 1.000 e 10.000 ppm devem ser testadas, para

encontrar a melhor relação mortalidade versus consumo. Segundo COSTA-

LEONARDO & THORNE (1995), a concentração ideal de um ingrediente ativo para

utilização em iscas de controle, não deve influenciar a alimentação dos cupins,

11

1

garantindo assim que uma quantidade suficiente do ingrediente ativo seja ingerida e

espalhada pelos indivíduos da colônia antes de sua efetiva ação inseticida.

O teflubenzuron é utilizado no controle de diversos outros insetos, e muitos

trabalhos já foram publicados provando sua efetividade. Segundo Martins et al

(2006), teflubenzuron foi eficiente no controle de lagartas da espécie Spodoptera

frugiperda (LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) nos primeiros ínstares, demonstrando um

poder residual acumulativo para lagartas. Estudos realizados por Sowa e Marks

(1975) e Verloop e Ferell (1977) concluiram que a acumulação dos IGRs é restrita

aos artrópodes, e que não ocorre uma bioacumulação na cadeia alimentar aquática

ou terrestre. Para Silva et al (2011), o ativo teflubenzuron também apresentou

resultados satisfatórios no controle da lagarta da maçã, Heliothis virenses

(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE) e para a lagarta curuquerê, Alabama argillacea

(LEPIDOPTERA: NOCTUIDAE).

Willians et al (1997), executou um trabalho em campo visando o controle de

formigas da espécie Solenopsis invicta com o ingrediente ativo teflubenzuron em

diferentes concentrações, e obteve reduções significativas no número de colônias

tratadas quando comparada às colônias controles, nas concentrações de 0,01125%,

0,0225% e 0,045%, reduzindo em 75% as colônias após 6 semanas de tratamento

Assim, pode-se concluir que o ingrediente ativo teflubenzuron pode ser efetivo para

o controle do cupim subterrâneo C. gestroi. Contudo, mais estudos devem ser

realizados para obter uma concentração ideal deste produto a ser utilizada nas

iscas.

Para o ingrediente ativo flufenoxuron foi necessário usar metanol como

solvente, assim os resultados do controle 1 (água) e controle 2 (metanol) foram

comparados entre si. Como não houve diferença estatística entre os controles

(Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn’s, p > 0,05, Sobrevivência = Anova, programa

GLM; Tukey HSD, p > 0,05), foi utilizado apenas o controle 2 (solvente metanol) para

comparar os resultados de taxa de mortalidade e consumo com os demais

tratamentos. Esses resultados indicam que o solvente não influenciou a taxa de

mortalidade dos operários tratados com os diferentes ingredientes ativos.

De acordo com os resultados obtidos na primeira observação dos bioensaios,

com 14 dias, não houve diferença estatística entre os valores de sobrevivência e

consumo, quando comparados ao controle (Tabela 3, Figura 07; Consumo = Kruskal

12

1

Wallis U e Dunn’s, p > 0,05, Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p

> 0,05).

Após 21 dias, na segunda etapa de observações também não houve

diferença estatística entre os valores de sobrevivência e consumo, com relação ao

controle (Tabela 3, Figura 08; Consumo = Kruskal Wallis U e Dunn’s, p > 0,05,

Sobrevivência = Anova, programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Contudo, a

concentração de 25 ppm obteve uma sobrevivência de apenas 25,6%, o que

demonstra uma redução na sobrevivência quando comparada aos demais

tratamentos. Adicionalmente, o consumo do papelão, na concentração de 25 ppm foi

maior que no controle solvente, o que demonstra que o produto foi atrativo para os

cupins (Tabela 3, Figura 08; Kruskal Wallis U e Dunn’s, p > 0,05).

Na última etapa de observação, após 28 dias, as concentrações de 10 e 25

ppm apresentaram resultados de sobrevivência de 1,0% e 0,6% respectivamente e

foram estatisticamente diferentes do controle, 43,3% (Tabela 3, Figura 09; Anova,

programa GLM; Tukey HSD, p > 0,05). Para a análise de consumo não foi

observado diferenças estatísticas em relação ao controle. Embora, na concentração

de 25ppm ocorreu um consumo maior quando comparado aos controles água e

solvente, o que indica que o produto não é deterrente, ou seja, os operários não

perceberam o ingrediente ativo e não interromperam a alimentação, contudo, não

houve diferença estatística (Tabela 3, Figura 09; Kruskal Wallis U e Dunn’s, p >

0,05).

TABELA 3 - Porcentagens média* (± EP) de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14, 21 e 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron nas diferentes concentrações e controle.

Concentração

(ppm)

14 21 28

Sa Cb Sa Cb Sa Cb

Controle – água 97,6 ± 1,0a 0,5±0,0a 77,9 ± 1,4a 0,3±0,2a 64,3 ± 1,3a 0,9±0,0a

Controle – metanol 89,1 ± 0,7a 0,3±0,3a 57,3 ± 1,6a 0,3±0,2a 43,3 ± 0,6a 0,3±0,2a

10 77,3 ± 2,8a 0,5±0,1a 55,8 ± 2,6a 0,7±0,2a 13,3 ± 1,1c 1,0±0,3a

25 76,7 ± 1,5a 0,3±0,2a 25,6 ± 6,7a 1,1±0,1a 4,0 ± 1,8c 0,6±0,3a

Porcentagem média* = 3 repetições por período (9 repetições no total); Letras diferentes comparadas com o

controle: indicam diferenças significativas (b= p < 0,05; c = p < 0,01 em relação ao controle) Sa =

Sobrevivência (p < 0,05; Anova, programa GLM; Tukey HSD) e Cb = Consumo (p < 0,05; Programa Kruskal-

Wallis, a posteriori Dunn’s.

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FIGURA 07 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 14 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron.

FIGURA 08 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 21 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron.

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FIGURA 09 - Porcentagens média de sobrevivência e de consumo de C. gestroi após 28 dias expostos ao tratamento com o ingrediente ativo Flufenoxuron.

Segundo JANEI et al. (2011), não houve diferença significativa entre os

controles água destilada, solvente e as diferentes concentrações de flufenoxuron

utilizadas até o 20º dia, com relação a sobrevivência,. Os resultados corroboram

com os apresentados neste trabalho, embora aos 21 dias, a sobrevivência na

concentração de 25 ppm tenha sido de apenas 25,6%.

Habibpour (2010) verificou diferentes concentrações (100, 500, 1.000 e

5.000 ppm) de flufenoxuron em ninfas e operários do cupim Microcerotermes

diversus (Família: Termitidae) Os resultados mostraram claramente que o

flufenoxuron possui uma ação lenta e efetiva com 100% de mortalidade após 28

dias, em operários de M. diversus, nas concentrações acima de 100 ppm. No

presente estudo, a concentração de 25ppm causou 95% de mortalidade após 28

dias, dados que corroboram com outros estudos que também mostraram ação lenta

de inibidores da síntese de quitina como Bistrifluron e hexaflumuron (Su e Scheffrahn

1993; Kubota et al. 2006).

Segundo Ahmed & Fahan (2006), testes de tunelamento, com Microtermes

obesi (Família: Termitidae), em concentrações maiores entre 500 e 1000 ppm,

apresentaram repelência aos cupins que não forragearam no solo contaminado. No

entanto, concentrações menores que 250 ppm não apresentaram repelência.

MOHAMED (2002) avaliou operários de Reticulitermes santonensis

alimentados com papéis de filtro tratados com diferentes concentrações de

flufenoxuron. Os melhores resultados obtidos foram para as concentrações de 2, 10

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e 20 ppm flufenoxuron, o que resultou em uma sobrevivência de de 55%, 48% e

35%, respectivamente, após 42 dias. No presente trabalho, o efeito de flufenoxuron

para a espécie C. gestroi mostrou ter uma ação mais efetiva em um tempo menor,

sendo obtido 13,3% e 4% de sobrevivência, após 28 dias, nas concentrações de 10

e 25 ppm, respectivamente.

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4. CONCLUSÕES

- O inibidor de síntese de quitina teflubenzuron reduziu a sobrevivência do cupim

subterrâneo C. gestroi e, por isso mostra-se adequado para utilização em iscas de

controle. Contudo, mais estudos devem ser realizados para obter uma concentração

ideal deste produto a ser utilizada nas iscas.

- Para o inibidor de síntese de quitina flufenoxuron, a concentração de 25 ppm foi

efetiva contra o cupim subterrâneo C. gestroi, após 28 dias. O que demonstra ser

uma concentração interessante para futuros testes de campo.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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