sobre: as formigas do gÊnero atta em...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO unesp CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA ANÁLISE QUALITATIVA DA METODOLOGIA APLICADA EM MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO SOBRE: AS FORMIGAS DO GÊNERO Atta (HYMENOPTERA) FABIANA SANTOS SILVA 07/2013

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

ANÁLISE QUALITATIVA DA METODOLOGIA APLICADA

EM MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

SOBRE: AS FORMIGAS DO GÊNERO Atta (HYMENOPTERA)

FABIANA SANTOS SILVA

07/2013

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

ANÁLISE QUALITATIVA DA METODOLOGIA APLICADA

EM MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

SOBRE: AS FORMIGAS DO GÊNERO Atta (HYMENOPTERA)

FABIANA SANTOS SILVA

ORIENTADOR: ODAIR CORREA BUENO

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana.

07/2013

i

“Durante os poucos segundos necessários para a leitura desta frase nascerão na Terra 40

seres humanos e, sobretudo, 700 milhões de formigas.”

(Bernard Weber)

ii

AGRADECIMENTOS: Agradeço infinitamente a Deus, pela oportunidade de concluir mais essa etapa.

Aos meus pais Nadiege Maria e Ivanildo, aos meus irmãos Fátima e Luiz Fernando e a

minha sobrinha Heloísa Maria. Obrigada por tudo, amo muito vocês!

Ao meu orientador profº Dr. Odair Correa Bueno. Agradeço pelas preciosas sugestões!

Aos amigos, Gabriel Alan Crein Rodrigues, Fabiana Gonzalez Pontes, Fabrício Caldeira

Reis, Márcio Martins e Carlos Alberto Vicentin. Durante o curso compartilhamos

conhecimento, boas conversas e muitas risadas. Muito obrigada!

Ao amigo Luiz Carlos Reis, agradeço pela generosidade em oferecer caronas até a UNESP

de Rio Claro. Muito obrigada!

Ao amigo Antônio Henrique, agradeço por todo apoio, durante a finalização do curso.

A todos os colegas da 6º turma de Entomologia urbana. Agradeço por todo o conhecimento

compartilhado e amizade.

Aos Professores do curso de Especialização em Entomologia Urbana – UNESP, Dra. Ana

Eugênia de Carvalho Campos e ao MSc. Francisco José Zorzenon. Muito obrigada!

Aos amigos do laboratório de Entomologia Médica da Superintendência do Controle de

Endemias - SUCEN, Dra. Regiane Maria Tironi de Menezes, agradeço pela generosidade e

disponibilidade em me auxiliar durante a realização da monografia. E ao biólogo e

aprimorando, Fernando Luiz de Lima Macedo.

E gostaria de agradecer também a disponibilidade e generosidade de Artur Nishibe

Furegatti, biólogo do Museu de zoologia da UNICAMP. E a Lúcia Schuller, bióloga do

Museu Vivo Bicho Pau. Muitíssimo obrigada!

“Nada de esplêndido jamais foi realizado, exceto por aqueles que ousaram acreditar que

algo dentro deles era superior às circunstâncias”. (Bruce Barton)

iii

SUMÁRIO:

1. RESUMO ............................................................................................................ vii

2. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 1

2.1.1 A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL ........................................................................ 1

2.1.2 OS MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS COMO OPÇÃO PARA A

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL .................................................................................... 2

2.1.3 METODOLOGIAS UTILIZADAS NAS EXPOSIÇÕES, EM MUSEUS DE

CIÊNCIAS NATURAIS. ............................................................................................ 2

3.1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BIOLOGIA DOS FORMICÍDEOS ............ 5

3.1.2. FORMAÇÃO DOS NINHOS ........................................................................... 6

3.1.3. REPRODUÇÃO E METAMORFOSE ............................................................. 7

3.1.4. NUTRIÇÃO ..................................................................................................... 9

3.1.5. AS FORMIGAS E OS SENTIDOS .................................................................. 9

3.1.6. FORMIGAS COMO PRAGAS URBANAS .................................................... 10

3.1.7. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA ............................................ 11

4. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BIOLOGIA DA FORMIGA DO GÊNERO Atta

............................................................................................................................... 13

4.1.1. ORGANIZAÇÃO SOCIAL ............................................................................. 14

4.1.2 FORMAÇÃO DOS NINHOS DO GÊNERO Atta ............................................ 15

4.1.3 NUTRIÇÃO DO GÊNERO Atta ..................................................................... 16

4.1.4 O GÊNERO Atta E SUA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA ............................... 17

5. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 18

6. OBJETIVO .......................................................................................................... 19

7. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 20

7.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ............................................... 20

7.1.2 Museu do Instituto Biológico .......................................................................... 20

7.1.3 Museu Catavento Cultural e Educacional ...................................................... 22

7.1.4 Fundação Parque Zoológico de São Paulo ................................................... 23

7.1.5 Museu de zoologia da UNICAMP .................................................................. 24

7.1.6 CEIS – Centro de estudos de insetos sociais / UNESP ................................ 26

7.1.7 Museu Vivo Bicho Pau .................................................................................. 27

8. VISITA AOS MUSEUS DE CIÊNCIAS ............................................................... 28

8.1.1 CRITÉRIO PARA A ANÁLISE DA METODOLOGIA APLICADA NOS

MUSEUS DE CIÊNCIAS ........................................................................................ 29

iv

9. RESULTADO E DISCUSSÃO ............................................................................ 30

10. CONCLUSÃO ................................................................................................... 54

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................. 55

v

LISTA DE FIGURAS:

Figura 1 - Metodologias utilizadas em Museus de Ciências ............................................ 4

Figura 2- Anatomia externa e interna da formiga ............................................................ 6

Figura 3- Ciclo da Metamorfose Holometabólica ............................................................. 8

Figura 4 - Ocorrência geográfica da formiga do gênero Atta ......................................... 13

Figura 5 - Esquema do sauveiro .................................................................................... 16

Figura 6 - Imagem por satélite da área do Museu do Instituto Biológico ....................... 21

Figura 7 - Imagem por satélite da área do Museu Catavento Cultural e educacional ... 23

Figura 8 - Imagem por satélite da área da Fundação Parque Zoológico de São Paulo 24

Figura 9 - Imagem por satélite da área do Museu de Zoologia da UNICAMP ............... 25

Figura 10 - Imagem por satélite da área do Centro de Estudos de Insetos Sociais-

UNESP .......................................................................................................................... 26

Figura 11- Imagem por satélite do prédio do Museu Vivo Bicho Pau ............................ 27

Figura 12 - Sauveiro Museu do Instituto Biológico ........................................................ 31

Figura 13 - Painel em alto relevo, demonstrando um sauveiro natural. ......................... 31

Figura 14 - Panfleto oferecido pelo Museu do Instituto Biológico aos visitantes. .......... 32

Figura 15- Panfleto oferecido pelo Museu do Instituto Biológico aos visitantes. ...... Erro!

Indicador não definido.

Figura 16 - Réplica gigante da formiga saúva (aumentada 100 vezes) ......................... 34

Figura 17 - Réplica gigante da formiga saúva (aumentada 100 vezes) ......................... 34

Figura 18 - Painel sobre a formiga Saúva ..................................................................... 35

Figura 19 - Ninho da formiga Saúva em formato painel ................................................ 35

Figura 20 - Painel Museu Catavento ............................................................................. 36

Figura 21 - Painel Museu Catavento ............................................................................. 36

Figura 22 - Sauveiro da Fundação Zoológico de São Paulo ......................................... 38

Figura 23 - Sauveiro da Fundação Zoológico de São Paulo ......................................... 38

Figura 24 - Formigas Reprodutoras ............................................................................... 39

Figura 25 - Sauveiro da Fundação Zoológico com o fungo. .......................................... 39

Figura 26 - Sauveiro do Museu de zoologia da UNICAMP. ........................................... 41

Figura 27 - Sauveiro do Museu de Zoologia da UNICAMP. .......................................... 41

Figura 28 - Corpo Frutífero do fungo ............................................................................. 42

Figura 29 - Formigas Reprodutoras ............................................................................... 42

Figura 30 - Formiga em resina plástica comprimento 30 cm ......................................... 43

Figura 31 - Formigas em latão comprimento 15 cm e 47 cm......................................... 43

vi

Figura 32 - Sauveiro do CEIS- UNESP- Rio Claro ........................................................ 45

Figura 33 - Sauveiro preparado para doação. ............................................................... 45

Figura 34 - Sauveiro do CEIS, em momento de monitoria. ........................................... 46

Figura 35 - Sauveiro do Museu Vivo Bicho Pau ............................................................ 48

Figura 36 - Sauveiro do Museu Vivo Bicho Pau. ........................................................... 49

Figura 37 - Monitoria sobre a formiga Saúva, no Museu Vivo Bicho Pau. ..................... 49

Figura 38 - Sauveiro e painéis didáticos sobre a formiga Saúva. .................................. 49

Figura 39 - Respostas dos Museus de Ciências, sobre o questionário aplicado, para

analisar a qualidade da metodologia aplicada. .............................................................. 50

vii

1. RESUMO

A educação é um direito de todo o ser humano, como condição

necessária para desfrutar dos direitos constituídos numa sociedade

democrática. O direito à educação é reconhecido na legislação de

praticamente todos os países e pela Convenção dos Direitos da Infância das

Nações Unidas. A educação não formal é definida como aquela que utiliza

atividades e experiências diferentes para reforçar a aprendizagem dos

discentes, fora da unidade escolar. Os museus antes considerados apenas

armazéns de objetos, atualmente são considerados locais de educação não

formal com qualidade. Alguns museus de ciências naturais do estado de São

Paulo trabalham com o tema insetos, entre eles, as formigas (ordem

Hymenoptera). No Brasil ocorrem 09 espécies de saúvas e apenas 05 são

de importância econômica, essas podem causar danos às plantas cultivadas

em gramados e pomares, e também em plantas de característica

ornamental. Também há registros de danos causados em grandes culturas.

O objetivo desse trabalho foi realizar uma análise qualitativa da metodologia

aplicada em Museus de Ciências do estado de São Paulo sobre as formigas

do gênero Atta. De todos os 06 Museus analisados, nenhum obteve 100%

de respostas (SIM). Apenas 01 ficou classificado, como melhor modelo, para

exposição da formiga do gênero Atta.

Palavras chave: Educação não formal, museus de ciências, formigas do

gênero Atta.

1

2. INTRODUÇÃO

2.1.1 A EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

Segundo GADOTTI (2005), a educação é um direito de todo o ser

humano, como condição necessária para desfrutar dos direitos constituídos

numa sociedade democrática. Por esse motivo, o direito à educação é

reconhecido na legislação de praticamente todos os países e pela

Convenção dos Direitos da Infância das Nações Unidas.

O Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil esclarece que

repudiar o acesso à educação é repudiar os direitos humanos fundamentais.

Pois esse é um direito de cidadania, sendo sempre proclamado como

prioridade, porém muitas vezes não cumprido (GADOTTI 2005).

De acordo com FÁVERO (2007), depois do fim da Segunda Guerra

Mundial, em 1945, ocorreu uma mudança nos sistemas escolares do

primeiro mundo e o argumento mais aceito foi devido à transformação e

aceleração industrial. A chamada crise na educação exigiu um planejamento

educacional e passaram a valorizar as atividades não escolares

(profissionais e culturais). Sendo assim, nos anos 60, as expressões de

origem anglo-saxônica: informal, formal e não formal, foram introduzidas.

A educação informal, nada mais é, do que o aprendizado cotidiano.

Nela não há local, horários ou currículos, existe uma interação sociocultural,

onde o aprendizado flui naturalmente, sem que os próprios participantes

tenham consciência (MASSARANI et al, 2002).

As atividades que acontecem em sala de aula são denominadas de

educação formal. E a educação não formal é definida como aquela, que

utiliza atividades e experiências diferentes para reforçar a aprendizagem dos

discentes, fora da unidade escolar. (FÁVERO 2007).

Muitos professores afirmam que a educação não formal é um recurso

pedagógico complementar às carências escolares. E que tem como objetivo

tornar o ensino mais interessante para os discentes, aumentando assim, o

interesse dos mesmos aos estudos (BIANCONI & CARUSO 2005).

2

2.1.2 OS MUSEUS DE CIÊNCIAS NATURAIS COMO OPÇÃO PARA A

EDUCAÇÃO NÃO FORMAL

De acordo com LOZANO & SÁNCHEZ-MORA (2008), no século XX,

ocorreu um aumento das ações de divulgação científica e do ensino de

ciências no Brasil, aumentando a construção de vários museus de ciência no

país. E especialmente nas décadas de 1980 e 1990 a divulgação científica

ganhou maior evidência. Atualmente ocorrem muitos incentivos e programas

governamentais e não governamentais voltados à popularização da ciência

em museus no Brasil. Esse momento atual é considerado proveitoso no que

se refere a esses espaços de educação não formal. Por esse motivo, torna-

se primordial o desenvolvimento de pesquisas que possam discutir as

questões, os desafios e as novas possibilidades que surgem para essas

instituições.

Os museus antes considerados apenas armazéns de objetos, vêm

passando por mudanças significativas para o público frequentador. E

atualmente são considerados locais de educação não formal (VALENTE

1995).

Os museus de ciências procuraram novas abordagens para minimizar

o analfabetismo científico e tecnológico. E a interatividade surgiu como uma

ferramenta para melhorar a comunicação entre os visitantes e a ciência

(VALENTE et al, 2005).

2.1.3 METODOLOGIAS UTILIZADAS NAS EXPOSIÇÕES, EM MUSEUS DE

CIÊNCIAS NATURAIS.

Segundo MARANDINO (2002) a exposição é uma das ferramentas

fundamentais para a identidade do museu. O conhecimento das teorias,

metodologias e práticas sobre as exibições são essenciais, pois é através

delas que o museu divulga a instituição, informa o público, muda atitudes e

comportamentos. Com o objetivo de promover espaço para o aprendizado e

reflexão.

3

De acordo com LOZANO & SÁNCHEZ-MORA (2008), as

metodologias utilizadas nas exposições, em museus de ciências se

resumem em 06 etapas:

1. Avaliação de contexto: Pretende identificar as necessidades de

comunicação da ciência e quais os objetivos das exposições.

2. Avaliação de planejamento: Tenta dar coerência aos programas e

seus elementos internamente, especialmente os objetivos, conteúdos,

métodos e critérios de avaliação.

3. Processo de avaliação de exposições e programas: Inclui a fase de

regulamentação, decisão, cumprimento dos objetivos, pesquisa de

conteúdo e metodologia própria para continuar a avaliação.

4. Avaliação dos resultados: Este campo coincide com o propósito do

projeto de avaliação tradicional, incluindo a avaliação dos resultados

de curto e longo prazo, bem como resultados indiretos, inerentes a

qualquer processo de avaliação.

5. A avaliação de todos os participantes do museu: Desde os

implementadores do programa de comunicação da ciência até os

seus receptores, nesse caso frequentadores.

6. A avaliação da eficiência: Indicadores de custo, que permitam que as

decisões econômicas utilizem os recursos disponíveis, de acordo com

as metodologias ideais. Na figura 01 podemos observar o resumo

dessas 06 etapas supracitadas.

4

Figura 1 - Metodologias utilizadas em Museus de Ciências Fonte. LOZANO & SÁNCHEZ-MORA (2008)

Alguns museus de ciências brasileiros trabalham com o tema

INSETOS. E a formiga Atta é um dos insetos expostos nesses museus.

A metodologia utilizada para a exposição da formiga do gênero Atta,

pode seguir alguns desses critérios:

1- Presença do ninho, (sauveiro);

2- Quando não há presença do ninho, painéis ilustrativos o substituem;

3- Exposição do fungo;

4- Castas: operárias fêmeas, rainhas e machos;

5- Vídeos e maquetes;

6- Presença de educadores para monitorar a visita;

7- Presença de som com texto explicativo, substituindo os educadores.

5

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BIOLOGIA DOS FORMICÍDEOS

No reino animal, a sociedade da formiga (Ordem Hymenoptera) é

considerada como uma das mais complexas, sendo comparada à sociedade

das abelhas e das vespas (Ordem Hymenoptera) e a sociedade dos cupins

(Ordem Isoptera).

Esses insetos formam colônias que agrupam até 300 milhões de

indivíduos em um só ninho, onde cada um desempenha sua tarefa

específica em benefício de toda a colônia. (CAETANO et al., 2002; BUZZI,

2002).

De acordo com GULLAN & CRASTON (2005), a ordem hymenoptera

têm aproximadamente 250.000 espécies catalogadas.

O nome latino da formiga deriva do ácido fórmico que é produzido por

algumas espécies da subfamília Formicinae (CAETANO et al., 2002).

As formigas possuem 03 pares de pernas, assim como todos os

insetos, um par de mandíbulas bem desenvolvidas e com elas as formigas

constroem suas galerias no solo, em madeira, ou plantas, se defendem dos

inimigos, carregam os ovos, larvas, cortam folhas e conseguem alimentos; o

tórax é separado do gaster por um pedicelo articulado que pode ter um ou

dois segmentos; possui um par de antenas geniculadas com 4-12

segmentos nas fêmeas e 9-13 nos machos. Seu tamanho pode variar de um

milímetro a 4.5 centímetros de comprimento. As operárias não são aladas e

suas antenas têm os escapos bem desenvolvidos (CAETANO et al., 2002;

CAMPOSFARINHA et al., 1997). Podemos observar a morfologia externa e

interna da formiga, na figura de número 02.

6

Figura 2- Anatomia externa e interna da formiga Fonte: http://www.mirex-s.com.br/index.php/formigas/curiosidades

Muitas espécies de formigas têm hábitos que facilitam sua convivência

com os humanos por isso foram distribuídas, através do comércio, por quase

todo o mundo. Entre elas podemos mencionar a formiga Argentina

Linepthema humile (Dolichoderinae) e Monomorium pharaonis (Myrmicinae)

do Egito. Outros gêneros como Crematogaster, Solenopsis e Camponotus,

possuem um grande poder de adaptação e de colonização, sendo

encontradas praticamente em todo o mundo (CAETANO et al., 2002).

3.1.2. FORMAÇÃO DOS NINHOS

As formigas são insetos eusociais (sociais verdadeiros), isto é, vivem

em colônias ou ninhos, dividem o trabalho (castas), ocorre cooperação entre

os membros da colônia e também há sobreposição de gerações (GULLAN &

CRANSTON, 2007).

O ninho é um sistema de passagens ou cavidades que se comunicam

uma com as outras e com o meio exterior. E são construídos em diversos

locais dependendo da espécie como no solo, em plantas, no interior de

7

residências, armários, pisos, entre outros e também ocupam cavidades na

madeira ou em troncos de árvores (CAMPOSFARINHA et al., 1997;

CAMPOS-FARINHA & ZORZENON, 2008).

De acordo com CAETANO et al., (2002) a colônia de formigas é

composta por indivíduos do sexo feminino que formam duas castas:

operárias e rainhas. Na época da reprodução a colônia consta com fêmeas

virgens com asas e machos também alados, que vivem no ninho por um

curto período. A colônia normalmente encontra-se em um único local (ninhos

monodômicos). Mais também existem espécies que formam ninhos em

vários locais, de uma só vez e esses estão interconectados, porém estão

separados por muitos metros (ninhos polidômicos).

Segundo GULLAN & CRANSTON (2007) os ninhos contendo múltiplas

rainhas podem persistir como colônias poligínicas, sendo associados ao uso

oportunista de recursos efêmeros ou duradouros e com distribuição irregular.

A monogenia geralmente surge por meio da dominância de uma única

rainha.

3.1.3. REPRODUÇÃO E METAMORFOSE

Segundo BORROR & DELONG (1969); GALLO et al., (2002), o ciclo

de vida da formiga chama-se holometabolia, ou seja, é a metamorfose

completa. Esse ciclo é composto por ovo, larva, pupa e adulto, sendo que os

machos e as fêmeas (rainhas) são alados e possuem órgãos sexuais bem

desenvolvidos.

SANTOS (1985) afirma que os períodos de desenvolvimento do ovo,

da larva, da pupa e adulto, resultam em uma média de 40 dias, para

formigas operárias e uma média um pouco maior para rainhas e machos. A

predisposição genética que as formigas possuem para a formação de castas

estéreis, ocorre por causa da haplodiploidia, os machos desenvolvem-se a

partir de ovos não fertilizados e são denominados haplóides, enquanto que

as fêmeas desenvolvem-se de ovos fertilizados, consideradas diplóides. O

macho haplóide, forma gametas sem meiose e dessa forma cada um de

seus espermatozóides é geneticamente igual aos demais (KREBS &

DAVIES, 1996).

8

Os “soldados” são formigas que realizam a função de defesa e são

indivíduos robustos, com cabeça grande e na abertura bucal, possuem um

par de fortes mandíbulas. Os machos não formam castas e podem ser raros

e de vida curta, morrendo logo após o acasalamento. Durante a cópula, a

rainha recebe esperma suficiente para durar a sua vida inteira e o armazena

na espermateca (CARRERA, 1980; GULLAN & CRANSTON, 2007).

Nas poucas espécies em que se conhece o comportamento sexual, na

época das chuvas, saem às formas aladas para o voo nupcial e ele ocorre

em um dia e em uma hora determinados. Machos e fêmeas (rainhas) de

diferentes ninhos saem ao mesmo tempo e se reúnem em um local para a

cópula, que acontece em pleno voo. Logo depois de fecundada, a fêmea

volta para o solo e já sem as asas, busca um local para construir um novo

ninho e assim colocar os primeiros ovos, ela alimenta a larva emergida por

trofalaxia estomodeal ou oral, isto é, regurgita alimento líquido de sua

reserva interna. Quando nascem as primeiras operárias, estas abrem a

entrada do ninho e ajudam a rainha na complementação de sua dieta

alimentar, devido à nutrição ter sido apenas oriunda da absorção de seus

músculos alares. (CAMPOS-FARINHA et al., 1997; CAETANO et al., 2002;

GULLAN & CRANSTON, 2007). Na figura número 03, podemos observar o

ciclo da metamorfose completa da formiga.

Figura 3- Ciclo da Metamorfose Holometabólica Fonte: www.askabiologist.asu.edu

9

3.1.4. NUTRIÇÃO

Segundo PANIZZI & PARRA (1991); CAETANO et al., (2002), as

formigas possuem hábitos alimentares diferentes em cada fase de seu

desenvolvimento, por exemplo, na fase larval ocorre à necessidade por

alimentos nutricionais estruturadores como proteínas, exemplo: artrópodes

vivos ou mortos, restos de vertebrados mortos, excrementos de aves e

outros animais, que são coletados pelas formigas operárias. Os adultos já

consomem maior quantidade de açúcares e gordura, normalmente ingerem

açúcar de nectários extraflorais e secreções de outros artrópodes, pois seu

metabolismo precisa de energia. Larvas alimentadas com alto teor de

proteína se desenvolverão em soldados e outras alimentadas com baixa

quantidade de proteína, em operárias. A eficiência do forrageamento das

formigas é muito grande. Calcula-se que uma colônia de formigas européias

(Formica polyctena), consiga coletar aproximadamente 1 Kg de artrópodes

diariamente (GULLAN & CRANSTON, 2007).

Conforme THEWS (1978), as formigas parecem ter um grande apetite,

pois sempre que uma encontra com outra pelo caminho, trocam alimento.

Com essa troca, elas também transmitem informações olfativas, que logo,

todo o formigueiro fica sabendo. Quando as formigas encontram uma

mariposa morta, por exemplo, usam o ferrão para traçar uma trilha olfativa e

a intensidade do odor deixado no caminho, indica o tamanho da presa.

KREBS & DAVIES (1996), confirmam o uso da trilha utilizada pelas

formigas. O odor fica mais forte à medida que mais operárias se juntam, mas

também acaba facilmente se não for renovada, pois o odor é volátil, portanto

a trilha existe enquanto a presa estiver disponível. Essa trilha citada recruta

um grande número de formigas operárias

3.1.5. AS FORMIGAS E OS SENTIDOS

As formigas possuem capacidades mentais, elas são capazes de

perceber sinais físicos, até mais que os vertebrados superiores. As formigas

também podem perceber a luz infravermelha, luz visível e ultravioleta. Essas

capacidades foram observadas através de estudos sobre a orientação das

10

operárias de volta para o ninho. As formigas possuem memória, pois

modificam suas ações futuras, baseando-se em vivências anteriores.

Também sentem o aroma das suas companheiras de ninho, tem habilidade

para orientar-se, entram e saem de complicados labirintos e convivem com

muita destreza na parte interior e exterior dos ninhos. São capazes de

perceber e produzir sons, desde que se origine de um substrato sólido, pois

seu sistema perceptor está localizado nas pernas e não possui percepção

para ouvir sons transmitidos pelo ar (CAETANO et al., 2002).

Possuem o paladar e o olfato desenvolvidos, dessa forma,

reconhecem o alimento com facilidade. A visão não ocorre em todas as

espécies, a exemplo das formigas de correição que são cegas. As que

possuem visão utilizam o sentido com bastante intensidade. Muitas espécies

são capazes de “navegar” utilizando a posição do sol no céu e muitas

também utilizam o próprio corpo como referência, podendo reconhecer e

memorizar voltas para a esquerda ou para a direita, utilizando essa memória

espacial para a orientação (CAETANO et al., 2002).

3.1.6. FORMIGAS COMO PRAGAS URBANAS

Entre 2000 e 2004, a população brasileira aumentou em 10 milhões de

pessoas (IBGE, 2004).

Conforme ZORZENON (2009), esse crescimento desordenado das

populações nos centros urbanos, contribui para que o meio ambiente sofra

negativas alterações. E por causa da conquista do homem sobre o

ambiente, o mesmo se julga dominante e qualquer outro organismo que

compartilhe do mesmo espaço e cause desconforto, será considerado por

ele, como uma praga urbana.

De acordo com ZORZENON (2002), vários animais, incluindo os

insetos, vivem em íntima associação com o ser humano. Esses insetos

estão presentes nas cidades, danificando construções, transmitindo doenças

para animais e o homem. As pragas urbanas são denominadas

sinantrópicas, pois coabitam com o homem. Os recursos colaboradores para

a proliferação e manutenção desses animais no meio urbano são: água,

alimento, abrigo e acesso, todos provenientes do desequilíbrio ambiental

11

causado pela sociedade e que contribui para a baixa qualidade de vida nos

centros urbanos.

BUENO & CAMPOS-FARINHA (1999), afirmam que todos os insetos

possuem um papel importante nos ecossistemas. Eles são considerados

pragas por causa dos prejuízos econômicos causados. Sendo que o próprio

homem é responsável pelas transformações do ambiente e a consequente

perda dos habitats de muitos animais. As espécies de formigas

economicamente importantes são: as formigas cortadeiras (Atta - Saúvas e

Acromyrmex - Quenquéns), que se distribuíram nas Américas, formigas

lavapés, carpinteiras e também as tramp species (formigas andarilhas),

estas vivem em associação com o homem. Podem causar sérios problemas

quando ocorrem em estabelecimentos comerciais (fábricas de alimentos,

escritórios, restaurantes, instituições de pesquisas) e dentro das moradias,

podem danificar aparelhos eletroeletrônicos (aparelhos de som, televisores,

microcomputadores, etc). Tornam-se um grande risco quando surgem em

hospitais, pois as formigas são vetoras mecânicas de microrganismos

patogênicos. A poliginia é um dos fatores que facilitam a dispersão e

infestação das formigas domésticas, as suas populações unicoloniais

mudam o ninho de local com frequência, possuem altas taxas reprodutivas,

as colônias são fragmentadas e sem a presença da rainha, porém

temporariamente. Pois as formigas operárias utilizam a estratégia de

carregar algumas larvas para a nova colônia, surgindo em breve uma nova

rainha.

Os ninhos são de tamanho pequeno, assim como as formigas

operárias. Fatores como uso frequente de inseticidas, além de perturbações

mecânicas colaboram com a fragmentação da colônia (BUENO & CAMPOS-

FARINHA, 1999).

3.1.7. IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA E ECONÔMICA

Conforme GULLAN & CRANSTON (2007), os insetos são muito

importantes para os ecossistemas, pois reciclam nutrientes por meio da

degradação de troncos de árvores e serrapilheira, participam da

decomposição de cadáveres, polinizam plantas, servem de alimento para

12

vertebrados insetívoros e também são agentes transmissores de

microrganismos patogênicos para animais e vegetais. Muitos insetos são

considerados como “espécies-chave” nos ecossistemas, pois a sua ausência

poderia levar ao colapso do mesmo (GULLAN & CRANSTON, 2007).

As formigas estão presentes em todos os ecossistemas terrestres,

exceto os polares e as regiões marinhas. O número de indivíduos é um dos

maiores. Representam cerca de 40% da biomassa de invertebrados em

alguns ecossistemas (CAETANO et al., 2002).

Parte desse percentual de formigas colabora com a manutenção do

solo, isto é, fazem quase o mesmo papel da minhoca, pois ajudam a aerar a

terra e a decompor substâncias orgânicas. Diversas outras espécies de

formigas são predadoras de pragas agrícolas e dessa forma tornaram-se

essenciais para o equilíbrio dos ecossistemas terrestres (CAMPOS-

FARINHA et al., 1997).

Os gêneros Atta (Saúva) e Acromyrmex (Quenquéns) são os de maior

importância econômica, pois para manterem seu fungo simbionte, precisam

cortar grandes quantidades de vegetais, destruindo plantações. Uma colônia

adulta de Atta laevigata é capaz de cortar aproximadamente 5 kg de matéria

vegetal, diariamente. Calcula-se que o dano econômico causado pelas

formigas cortadeiras no continente americano, alcance o número de 5

bilhões de dólares anualmente (CAETANO et al.,2002).

13

4. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA BIOLOGIA DA FORMIGA DO GÊNERO

Atta

A formiga do gênero Atta está incluída na tribo Attini. Essa tribo possui

13 gêneros e aproximadamente 220 espécies. Ocorrem em regiões tropicais

do México, América central e América do sul. Algumas espécies ainda

podem ocorrer na região sul dos Estados Unidos

(HOLLDOBLER & WILSON, 2009). Na figura número 04, podemos verificar

a distribuição da formiga Atta na América central e América do sul.

Figura 4 - Ocorrência geográfica da formiga do gênero Atta Fonte: http://www.mirex-s.com.br/index.php/formigas/classificacao-e-ocorrencia

Segundo KELLER & GORDON (2009) e HOLLDOBLER & WILSON

(2009) a formiga do gênero Atta, começou a cultivar fungos a partir de

material vegetal coletado, há 50 milhões de anos, bem antes do Homo

sapiens sapiens, que descobriu, como plantar e colher apenas há 10.000

anos. Por esse motivo, os entomologistas consideram que a agricultura foi

criada por essas formigas.

14

De acordo com AUTUORI (2010), as formigas cortadeiras são insetos

sociais, os ninhos são subterrâneos e cultivam um fungo, para se

alimentarem. O material vegetal cortado por elas é utilizado para substrato

da cultura do fungo.

Existe uma relação de simbiose entre a formiga cortadeira e o fungo,

ou seja, as duas espécies são beneficiadas, pois as formigas colaboram com

a reprodução assexuada dos fungos e os fungos com a alimentação das

formigas, uma relação simbiótica obrigatória (KELLER & GORDON, 2009).

Segundo KELLER & GORDON (2009), as formigas cortadeiras

possuem em seu exoesqueleto uma bactéria do gênero Pseudonocardia,

essa bactéria é responsável pela proteção das formigas, contra fungos

parasitas. Dessa forma é possível observar que além da relação entre a

formiga e o fungo existe a presença da bactéria, reforçando o sucesso dessa

simbiose.

4.1.1. ORGANIZAÇÃO SOCIAL

CASTAS:

As formigas operárias (fêmeas) vivem de 2 a 6 meses, não possuem

asas e são estéreis. Desempenham todas as funções da colônia: escavação,

limpeza do ninho, forrageamento, alimentação das larvas, rainha(s) e outras

operárias e a defesa da colônia (UFSM, 2013).

Casta dos reprodutores: Rainhas e Machos

Rainhas - responsáveis pela postura dos ovos; aladas antes de

começar o ninho; são os maiores indivíduos da colônia; grande longevidade

(a rainha pode viver até 20 anos). Machos - alados, menores que as rainhas;

sua função é unicamente reprodutiva e têm vida curta (UFSM, 2013).

No sauveiro encontramos diferentes castas de formigas

(determinadas a partir dos trabalhos realizados).

a) Soldados: são formigas desenvolvidas (11 a 15 mm), com a

presença de fortes mandíbulas. Sua função é proteger o formigueiro

15

dos inimigos naturais. Ou quando o material vegetal é muito duro, os

soldados auxiliam as formigas operárias (UFSM, 2013).

b) Cortadeiras ou carregadeiras (operárias): são as formigas de

tamanho médio (4 a 7 mm), que têm a função de cortar o material vegetal

e carregar os pedaços para dentro do ninho (UFSM, 2013).

c) Jardineiras: são as formigas de menor porte (2 mm). Têm a função de

cultivar o fungo, adubando-o, transplantando e podando as partes sem

valor (UFSM, 2013).

4.1.2 FORMAÇÃO DOS NINHOS DO GÊNERO Atta

Na superfície do solo, o ninho apresenta terra solta e orifícios titulados

de olheiros. (MARICONI, 1970).

O ninho da formiga saúva é um ninho subterrâneo e um dos mais

complexos da classe Insecta (CAETANO et al., 2002).

O volume que um ninho adulto atinge, pode chegar a uma marca de

20 metros de diâmetro e 05 metros de profundidade. Possui uma galeria

central e dessa originam-se múltiplas galerias pequenas que levam para

onde a formiga cultiva o fungo. Outras galerias têm ligação com a superfície,

tendo a função de regular a entrada de ar no formigueiro (por volta de 0,5

graus centígrados) e assim manter a umidade interna do ninho. Uma câmara

grande de lixo é construída na parte inferior e a fermentação desse

composto orgânico produz calor e dióxido de carbono (CAETANO et al.,

2002).

Um sauveiro pode abrigar até 5.000.000 formigas. Na fase adulta,

pode consumir cerca de 1 tonelada de folhas por ano. E ao longo do ciclo

reprodutivo, esse mesmo formigueiro vai gerar quase 1.000 outros sauveiros

e aproximadamente 4,8 bilhões de formigas operárias, um número

considerável de insetos cortadores de folhas (MIREX, 2013). A figura

número 05 representa a formação do sauveiro.

16

Figura 5 - Esquema do sauveiro Fonte: UFSM, 2013.

4.1.3 NUTRIÇÃO DO GÊNERO Atta

As formigas do gênero Atta cortam plantas e carregam o material

vegetal para dentro do ninho subterrâneo. Cultivam um fungo a partir das

folhas. (MARICONI, 1970).

As formigas dos gêneros Atta, Acromyrmex e Trachymyrmex, fazem

corte de material vegetal e a partir da saliva ou de excreções acrescentam

enzimas digestivas que formam uma pasta vegetal. Essa pasta é colocada

sobre o fungo, funcionando como um meio de cultura para o mesmo

desenvolver-se. Esse fungo simbionte é cultivado com o objetivo de

alimentar as larvas; e as operárias alimentam-se na maioria das vezes, do

açúcar presente na seiva das folhas. (CAETANO et al., 2002).

17

4.1.4 O GÊNERO Atta E SUA IMPORTÂNCIA ECONÔMICA

De acordo com MIREX (2013), um sauveiro adulto, com três anos de

idade, pode chegar ao número de 10 milhões de formigas. Anualmente são

capazes de cortar uma tonelada de folhas. Para sustentar esse formigueiro,

seriam necessárias 161 árvores de Pinus ou 86 árvores de Eucaliptos.

Segundo KELLER & GORDON (2009), em países tropicais, o

consumo de vegetação por formiga cortadeira, ultrapassa a de qualquer

outra espécie animal, não excluindo mamíferos. Na América Latina, Atta

cephalotes e Atta sexdens podem destruir até 10% das colheitas, o que as

torna campeãs em devastação. Os prejuízos atribuíveis às formigas da tribo

Attini podem alcançar milhares de milhões de dólares por ano.

18

5. JUSTIFICATIVA

A formiga do gênero Atta (Hymenoptera: Formicidae) é de grande

importância ecológica e econômica. Alguns museus de Ciências Naturais do

estado de São Paulo trabalham com o tema. Dessa forma, verificou-se a

necessidade de analisar a qualidade da metodologia aplicada nos museus,

com relação à educação não formal, fazendo uso da formiga do gênero Atta.

19

6. OBJETIVO

Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise qualitativa da

metodologia aplicada em museus de Ciências Naturais do estado de São

Paulo, com relação à bionomia da formiga do gênero Atta, na educação não

formal, oferecida a população em geral e a estudantes que visitam estas

Instituições.

20

7. MATERIAL E MÉTODOS

7.1.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Para responder ao objetivo proposto foram escolhidos os museus:

(Museu do Instituto Biológico, Museu Catavento cultural e educacional,

Fundação Parque Zoológico de São Paulo, Museu de Zoologia da Unicamp,

Centro de Estudos de Insetos Sociais - UNESP e Museu Vivo Bicho Pau).

Esses museus foram escolhidos, porque trabalham e oferecem

exposições com a temática Formiga Atta.

7.1.2 Museu do Instituto Biológico

Desde 1924, pesquisadores do Instituto Biológico colecionavam peças

das áreas de entomologia agrícola, fitopatologia e de anatomia patológica.

Todas essas informações eram repassadas para as novas gerações. Dessa

forma criou-se a história do Museu do Instituto Biológico (REBOUÇAS, M.M.

& BACILIERI, S, 2005).

Em 1940 foi construído um casarão, esse era destinado à estadia dos

diretores do Instituto Biológico (IB). E em 1981, Vicente do Amaral, que era

diretor do IB, propôs a implantação do Museu no casarão, sendo essa idéia

originada de Oswaldo Giannotti. Essa estrutura foi mantida até o ano de

1996 (REBOUÇAS, M.M. & BACILIERI, S, 2005).

E em abril de 1998, criou-se o Museu do Instituto Biológico, todas as

coleções (anatomia patológica, patologia vegetal e pragas agrícolas e o

histórico), foram transferidas para o Casarão. Que passou a agendar visitas

para escolas e público interessado (REBOUÇAS, M.M. & BACILIERI, S,

2005).

No ano de 1999, o casarão passou por uma reforma em sua

infraestrutura e no ano de 2000, a mesma é concluída. E no ano de 2002,

junto a FAPESP, mais um projeto é aprovado para a melhoria do casarão e

o governador do Estado de São Paulo, Dr. Geraldo Alckmin participou da

reinauguração do Museu do Instituto Biológico (REBOUÇAS, M.M. &

BACILIERI, S, 2005).

Nos anos de 2008 e 2009 foi realizada uma exposição, no pátio do IB,

21

chamada Planeta Inseto. E até esse momento essa exposição recebeu

cerca de 60.000 visitantes (REBOUÇAS, M.M. & BACILIERI, S, 2005).

Em 2013 pretende-se expandir a Exposição Planeta Inseto e também

a montagem do Museu Histórico. O Museu está localizado na rua: Amâncio

de Carvalho, 546 – Vila Mariana, São Paulo/ SP – Brasil (REBOUÇAS, M.M.

& BACILIERI, S, 2005). (Coordenadas geográficas: S 23º 35’ 08,21 “WO 46º

38’ 51,36”).

Figura 6 - Imagem por satélite da área do Museu do Instituto Biológico Fonte: www.earth.google.com

22

7.1.3 Museu Catavento Cultural e Educacional

O prédio que atualmente é o Catavento foi construído entre 1911 e

1924, durante 13 anos, quando São Paulo tinha aproximadamente 100 mil

habitantes. O acabamento do prédio foi feito por tijolos aparentes e vários

elementos decorativos. Incluindo as varandas, a área total é de

aproximadamente 8.000m². O Palácio das Indústrias recebeu inúmeras

exposições, pois esse era o seu principal objetivo. Mas com o rápido

desenvolvimento da cidade de São Paulo, passou a ser utilizado como

delegacia de polícia, com prisões no claustro, depois Assembléia Legislativa

e sede da Prefeitura de São Paulo. E felizmente para o aproveitamento e

educação não formal da população paulistana, o Governo do Estado de São

Paulo ofereceu um fim nobre e apropriado ao prédio. Retornando assim à

sua finalidade original, as exposições, com a criação do Catavento Cultural.

Inaugurado em 26 de março de 2009 no Palácio das Indústrias, atualmente é

um dos mais importantes centros de visitação educacional e recebe

diariamente cerca de 2000 visitantes. O Catavento Cultural e Educacional

atingiu 1,5 milhão de visitantes no dia 16 de abril de 2013. O Museu

Catavento Cultural e educacional está localizado no Palácio das Indústrias,

s/n - Parque Dom Pedro II - Brás, São Paulo/ SP - Brasil. (CATAVENTO,

2013). (Coordenadas geográficas: S 23º 32’ 38,68 “WO 46º 37’ 40,42”)

23

Figura 7 - Imagem por satélite da área do Museu Catavento Cultural e educacional Fonte: www.earth.google.com

7.1.4 Fundação Parque Zoológico de São Paulo

No mês de junho de 1957, foi criado o zoológico de São Paulo. E sua

inauguração aconteceu em, 16 de março de 1958. Nesse mesmo ano, a

entrada no Jardim Zoológico era gratuita. Mas a partir da criação da

Fundação Parque Zoológico de São Paulo, no ano de 1959 a entrada

começo a ser cobrada. Dessa forma a Fundação adquiriu personalidade

jurídica, autonomia financeira, administrativa e científica. (ZOOLÓGICO,

2013).

Desde sua abertura em 1958, o Zoológico de São Paulo já recebeu

mais de 85 milhões de visitantes. (ZOOLÓGICO, 2013).

O sauveiro da Fundação Zoológico de São Paulo foi inaugurado no

mês de agosto de 1980 e idealizado pelo entomologista Dr. Mário Autuori,

ele também foi o primeiro diretor da Fundação. É possível observar no

sauveiro as câmaras, os túneis e o comportamento social dessa espécie de

formiga (GALVÃO, 2012).

A Fundação Zoológico de São Paulo está localizada na Avenida

Miguel Estéfano, 4241 - Água Funda - São Paulo / SP – Brasil.

24

(ZOOLÓGICO, 2013). (Coordenadas geográficas: S 23º 39’ 03,16 “WO 46º

37’ 14,81”)

Figura 8 - Imagem por satélite da área da Fundação Parque Zoológico de São Paulo Fonte: www.earth.google.com

7.1.5 Museu de zoologia da UNICAMP

O Museu de Zoologia da Universidade Estadual de Campinas “Prof.

Adão José Cardoso” é vinculado ao Instituto de Biologia e, até o ano de

2007, era conhecido como Museu de História Natural. Oficialmente criado

em 31 de julho de 1992 (UNICAMP, 2013).

Atualmente está em uma nova fase, com o propósito de se

transformar em um museu dinâmico. Ampliando o acervo, que é composto

por coleções didáticas, de empréstimos e científicas (UNICAMP, 2013).

Está sendo realizada a catalogação das coleções científicas em um

banco de dados on-line, gerenciado pelo “Centro de Referência em

Informação Ambiental”, trabalho conjunto entre o Museu e o Centro de

Computação da UNICAMP (UNICAMP, 2013).

Um dos principais aspectos desta nova fase, além da ampliação do

acervo por meio de intercâmbio de material científico com reconhecidos

museus nacionais e internacionais é de incentivar o depósito de outras

25

coleções, inclusive particulares, junto ao acervo do museu. E sobre a

quantidade de visitantes no Museu de Zoologia da UNICAMP, é estimado

aproximadamente 8.000 visitantes, desde a inauguração em 2010

(UNICAMP, 2013).

O Museu de zoologia da Unicamp está localizado na Rua: Monteiro

Lobato, 255 – Campinas / SP- Brasil. (UNICAMP, 2013). (Coordenadas

geográficas: S 22º 49’ 12,02 “WO 47º 04’ 05,14”).

Figura 9 - Imagem por satélite da área do Museu de Zoologia da UNICAMP Fonte: www.earth.google.com

26

7.1.6 CEIS – Centro de estudos de insetos sociais / UNESP

O Centro de Estudos de Insetos Sociais (CEIS) foi criado no ano de

1989, por pesquisadores de insetos sociais (ordens Hymenoptera e

Isoptera). Além de auxiliar na continuidade e melhoria das condições dos

projetos, ainda contribuiu para o enriquecimento da produção científica e

ainda intercâmbio com empresas e centros de pesquisas nacionais e

internacionais (CEIS, 2013).

O CEIS está localizado em uma área de 5.000 m2 em um local que

abriga as salas dos pesquisadores, laboratórios, administração. Nesse local

de 1350 m2 o CEIS foi construído com recursos FAPESP e reitoria da

UNESP (CEIS, 2013).

O CEIS passou a oferecer visitas monitoradas para grupos em 1999.

Em 2010 foram 586 alunos visitantes de ensino médio e fundamental. E 02

doações de ninho. Em 2011 foram 528 alunos visitantes de ensino médio e

fundamental. E apenas 01 doação de ninho, registrado. Em 2012 foram 475

alunos visitantes de ensino médio e fundamental. Foram 16 doações de

ninho. O CEIS está localizado na Avenida: 24-A, 1515 - Bela Vista - Rio

Claro/ SP- Brasil. (CEIS, 2013). (Coordenadas geográficas: S 22º 23’ 45,23

“WO 47º 32’ 49,16”).

Figura 10 - Imagem por satélite da área do Centro de Estudos de Insetos Sociais- UNESP Fonte: www.earth.google.com

27

7.1.7 Museu Vivo Bicho Pau

Segundo ABC EXPURGO (2013), em 2002 a Empresa ABC Expurgo

criou o Museu Vivo Bicho Pau. Com o objetivo de oferecer educação

ambiental, com a temática praga urbana, para crianças e adolescentes.

Destinado também a estudantes que desejam aprender um pouco mais

sobre entomologia urbana e formas de controle integrado.

Nesses últimos dez anos, 10 mil crianças já visitaram o Museu. O

Museu Vivo Bicho Pau está localizado na Alameda Dom Pedro de Alcântara,

618, São Bernardo do Campo / SP- Brasil (ABC EXPURGO, 2013).

(Coordenadas geográficas: S 23º 42’ 21,69 “WO 46º 32’ 14,62”).

Figura 11- Imagem por satélite do prédio do Museu Vivo Bicho Pau Fonte: www.earth.google.com

28

8. VISITA AOS MUSEUS DE CIÊNCIAS

As visitas aos museus começaram a ser realizadas no mês de

setembro de 2012. O primeiro museu a ser visitado foi o Museu do Instituto

Biológico. A primeira visita ocorreu em um sábado do mês de setembro de

2012 e a segunda visita foi realizada em um domingo do mês de setembro

de 2012, quando foi possível observar um grupo que estava agendado.

O segundo museu visitado foi o Museu Catavento Cultural

Educacional. A primeira visita ocorreu em um domingo de setembro de 2012

e a segunda visita ocorreu em uma terça-feira do mês de dezembro de 2012,

com um grupo agendado.

O terceiro museu visitado foi o laboratório da CEIS (Centro de estudo

de insetos Sociais), na UNESP em Rio Claro – SP. A visita foi realizada,

numa sexta-feira do mês de dezembro de 2012. E a monitoria foi realizada

por estagiários e mestrandos da Universidade e também pelo professor

Odair Corrêa Bueno.

A quarta visita foi feita no Sauveiro da Fundação Zoológico de São

Paulo, em um domingo do mês de janeiro de 2013, apenas com público

esporádico.

As informações do Museu de Zoologia da UNICAMP foram obtidas

através de conversas por e-mail, com o biólogo e monitor educacional Artur

Nishibe Furegatti. Ele respondeu ao questionário e explicou o funcionamento

da Exposição sobre as saúvas. E posteriormente foi realizada uma visita ao

Museu.

As informações do Museu Vivo Bicho Pau, da Empresa ABC

Expurgo foram obtidas através de conversas por e-mail com a bióloga

e mestre em saúde pública Lúcia Schuller. Ela respondeu ao questionário

e explicou o funcionamento da exposição sobre as saúvas. E através do site

e do blog da Empresa foi possível ler o histórico e descobrir um pouco mais

sobre as atividades oferecidas pelo Museu. Posteriormente foi realizada uma

visita ao museu

29

8.1.1 CRITÉRIO PARA A ANÁLISE DA METODOLOGIA APLICADA NOS

MUSEUS DE CIÊNCIAS

Para analisar a qualidade dos serviços prestados pelos museus de

Ciências Naturais do Estado de São Paulo, no que se refere à bionomia do

gênero Atta e educação não formal oferecida à população, foi utilizada

metodologia de Lüdke & André (1986). Esses afirmam que o estudo de caso,

deve ser aplicado quando o pesquisador tiver o interesse em analisar um

assunto ou situação, e estaria dividido em três fases de desenvolvimento:

exploratória, delimitação do estudo e coleta de dados, análise sistemática

dos dados.

Aplicando a metodologia supracitada: a fase exploratória neste estudo

consistiu na pesquisa realizada em sites e por telefone, para averiguar os

museus de Ciências Naturais do estado de São Paulo, mais adequados para

a realização da pesquisa. A delimitação do estudo e a coleta de dados

consistiram na confecção do questionário e adaptação do mesmo e

visitação. A análise consistiu na comparação sistemática dos dados, ou seja,

respostas, por museus visitados.

As visitas foram realizadas aos finais de semana. E em cada uma

delas, 01 ou 02 grupos foram observados. Assim como, o ambiente do

museu, o conteúdo, a interação do público com o educador e o material

didático disponível.

O questionário ou inquérito foi preparado, conforme as características

dos estudos de casos das autoras supracitadas. Esse questionário foi

adaptado para o tema formiga do gênero Atta (Hymenoptera) em museus de

ciências naturais do estado de São Paulo e foi aplicado pela própria autora

da pesquisa. Os respondentes foram os responsáveis pelas exposições nos

seus respectivos museus de Ciências Naturais.

Na comparação das respostas, sim ou não, para as questões

formuladas (tabela x), aos respondentes, entre os museus dois a dois,

utilizou-se o teste exato de Fischer, que é utilizado quando a amostra é

muito pequena, ou seja, 20<N<40, e a menor frequência esperada for menor

que 5. Para análise foi utilizado o programa estatístico BioEstat versão 5.0.

30

9. RESULTADO E DISCUSSÃO

A seguir apresentamos os resultados e discutimos a qualidade dos

museus de Ciências naturais aqui pesquisados a partir do inquérito aplicado

aos respondentes dos respectivos Museus estudados (tabelas 1 a 6).

Tabela 1. Inquérito feito ao respondente do Museu do Instituto Biológico, e suas respectivas respostas.

Perguntas

Respostas

1- A exposição no museu sobre as

formigas do gênero Atta visa à

descoberta do discente sobre o assunto?

Sim, o museu do Instituto Biológico, possui

uma exposição permanente sobre os

insetos sociais. E inclusive sobre as Saúvas.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, os monitores, estudantes de Ciências

Biológicas, deixam claro, durante a visita, a

importância ecológica das formigas.

Sim, há a presença de ninhos de Saúvas,

dentro do Museu e podemos observar como

é a estrutura do ninho e organização (figura

12).

4- Há materiais didáticos para pessoas

com deficiência visual?

Sim. Existe uma parede com o ninho da

saúva em alto relevo, (figuras 13 e 14),

porém, sem a linguagem em braile.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para

pesquisas escolares, sobre o assunto

formigas do gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Não. O site do Instituto Biológico, quando se

refere ao museu, apenas comenta sobre o

histórico e a Exposição Planeta Inseto.

Sim, a exposição itinerante foi vista por

44.951 pessoas. Essa exposição, no

formato itinerante, também participa de

eventos e atende escolas além das paredes

do Museu.

31

Figura 12 - Sauveiro Museu do Instituto Biológico Foto. Fabiana Santos

Figura 13 - Painel em alto relevo, demonstrando um ninho de Atta. Foto. Fabiana Santos

32

Figura 14 - Painel em alto relevo, demonstrando um ninho de Atta. Foto. Fabiana Santos

33

Tabela 2. Inquérito feito ao respondente do Museu Catavento Cultural e Educacional, e sua respectiva

resposta.

Perguntas Respostas

1- A exposição no museu sobre as formigas

do gênero Atta visa à descoberta do

discente sobre o assunto?

Sim, o Museu Catavento Cultural e Educacional,

possui uma exposição na SALA DA VIDA. E nessa

sala, podemos observar vários assuntos sobre

Ciências naturais. E inclusive sobre insetos e

especialmente sobre a formiga do gênero Atta.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, existem vários painéis referentes ao tema

(figuras 17, 18, 19 e 20) e os monitores durante

as explicações comentam sobre a importância

ecológica.

Sim, há a presença de uma réplica gigante da

formiga Saúva (figuras 15 e 16). E vídeos

didáticos, sobre a formação do ninho,

reprodução e alimentação.

4- Há materiais didáticos para pessoas com

deficiência visual?

Não. Os monitores do museu, quando recebem

visitantes nessas condições, utilizam

principalmente a voz. E assim os deficientes

visuais, utilizam sua audição para entender o

conteúdo. E os vídeos para escutar as

explicações, porém os vídeos não foram

criados com intenção de atender esse público

especial.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para pesquisa

escolares, sobre o assunto formigas do

gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Não. O site do Museu Catavento, não

disponibiliza e não produz material sobre a

formiga do Gênero Atta. Apenas disponibiliza

Links de outras Instituições para pesquisa.

Não.

34

Figura 15 - Réplica gigante da formiga saúva (aumentada 100 vezes) Foto. Fabiana Santos

Figura 16 - Réplica gigante da formiga saúva (aumentada 100 vezes) Foto. Fabiana Santos

35

Figura 17 - Painel sobre a formiga Saúva Fabiana Santos

Figura 18 - Ninho da formiga Saúva em formato painel Foto. Fabiana Santos

36

Figura 19- Painel Museu Catavento Foto. Fabiana Santos

Figura 20 - Painel Museu Catavento Foto. Fabiana Santos

37

Tabela 3. Inquérito feito ao respondente do Museu da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, e sua

respectiva resposta.

Perguntas Respostas

1- A exposição no museu sobre as formigas

do gênero Atta visa à descoberta do

discente sobre o assunto?

Sim, a Fundação Parque Zoológico de São

Paulo, possui uma exposição permanente.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, durante a visita é possível escutar um

texto gravado, que fala da importância da

formiga Atta e a sua biologia.

Sim, há a presença de um Sauveiro e de um

painel definindo a morfologia da rainha e do

macho (figuras: 21, 22, 23 e 24).

4- Há materiais didáticos para pessoas com

deficiência visual?

Não. Apenas o som. E nesses casos, a

Fundação Zoológico de São Paulo, recomenda

que seja agendada a visita, para que os

estagiários (estudantes de Ciências Biológicas)

façam a monitoria.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para pesquisa

escolares, sobre o assunto formigas do

gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Sim, existe dentro do site da Fundação

zoológico, um link chamado abrindo o bico, que

fica no rodapé da página. Onde é possível

fazer pesquisas escolares.

Não.

38

Figura 21 - Sauveiro da Fundação Zoológico de São Paulo Foto. Fabiana Santos

Figura 22 - Sauveiro da Fundação Zoológico de São Paulo Foto. Fabiana Santos

39

Figura 23 - Formigas Reprodutoras Foto. Fabiana Santos

Figura 24 - Sauveiro da Fundação Zoológico com o fungo. Foto. Fabiana Santos

40

Tabela 4. Inquérito feito ao respondente do Museu de Zoologia da Unicamp, e sua respectiva resposta.

Perguntas Respostas

1- A exposição no museu sobre as formigas

do gênero Atta visa à descoberta do

discente sobre o assunto?

Sim, o Museu de Zoologia da UNICAMP,

possui uma exposição permanente, no

laboratório de zoologia.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, os monitores, estudantes de Ciências

Biológicas esclarecem durante a visita, a

importância ecológica das formigas.

Sim, existe um formigueiro da saúva limão com

três panelas em uma arena, (02 com fungo e

01 lixeira), figuras: 25 e 26. Frutificação do

fungo (cogumelo fixado/desidratado), figura 27.

E formigas fixadas, figura 28.

4- Há materiais didáticos para pessoas com

deficiência visual?

Sim, há modelos de formigas em plástico e em

latão, figuras 29 e 30.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para pesquisa

escolares, sobre o assunto formigas do

gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Não, não há nenhuma informação, sobre as

Saúvas. Apenas explicação sobre a exposição.

Não.

41

Figura 25 - Sauveiro do Museu de zoologia da UNICAMP. Foto: Artur Nishibe Furegatti

Figura 26 - Sauveiro do Museu de Zoologia da UNICAMP. Foto: Artur Nishibe Furegatti

42

Figura 27 - Corpo Frutífero do fungo

Foto: Artur Nishibe Furegatti

Figura 28 - Formigas Reprodutoras Foto: Artur Nishibe Furegatti

43

Figura 29 - Formiga em resina plástica comprimento 30 cm

Foto: Artur Nishibe Furegatti

Figura 30 - Formigas em latão comprimento 15 cm e 47 cm. Foto: Artur Nishibe Furegatti

44

Tabela 5. Inquérito feito ao respondente do Centro de estudo de insetos sociais (CEIS), e sua respectiva

resposta.

Perguntas Respostas

1- A exposição no museu sobre as formigas

do gênero Atta visa à descoberta do

discente sobre o assunto?

Sim, o Centro de estudo de insetos sociais

(CEIS) possui uma exposição permanente.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, os monitores, estudantes de Ciências

Biológicas, deixam claro durante a visita, a

importância ecológica das formigas.

Sim, há presença de um Sauveiro, figura 31 e

32.

4- Há materiais didáticos para pessoas com

deficiência visual?

Não. Porém os monitores (estudantes de

Ciências Biológicas), explicam de forma

diferenciada a vida da Saúva. E a visita deve

ser marcada com antecedência e com a

especificação da necessidade especial do

participante.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para pesquisa

escolares, sobre o assunto formigas do

gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Não, não há nenhuma informação, sobre as

Saúvas. Apenas explicação sobre o trabalho

desenvolvido no CEIS.

.

Não. Mas faz doações a outras instituições de

pesquisa, escolas, museus, usinas de cana-de-

açúcar. E também, para feiras de ciências. E

colabora com o Planeta Inseto do Instituto

biológico de São Paulo com a doação de

formigueiros, figura 33.

45

Figura 31 - Sauveiro do CEIS- UNESP- Rio Claro Foto. Gabriel Crein

Figura 32 - Sauveiro do CEIS, em momento de monitoria. Foto. Odair Correa Bueno

46

Figura 33 - Sauveiro didático para doação. Foto. Odair Correa Bueno

47

Tabela 6. Inquérito feito ao respondente do Museu Vivo Bicho Pau e sua respectiva resposta.

Perguntas Respostas

1- A exposição no museu sobre as formigas

do gênero Atta visa à descoberta do

discente sobre o assunto?

Sim, pois, os visitantes se admiram quando

descobrem que as formigas comem o fungo e

não as folhas. E as crianças gostam muito de

ver a movimentação das formigas dentro do

formigueiro.

2- O museu retrata a importância desse

inseto para o meio ambiente?

3- Há materiais didáticos, como ninhos

(formigueiro), ou outros, quais?

Sim, há painéis que mostram como a formiga

se situa no ambiente, como as colônias são

compostas, as principais espécies e sua

importância.

Sim. É mantido um ninho artificial com cerca de

12 panelas onde as formigas depositam

alimento, lixo, fungo. Figura 34 e 35.

Geralmente elas deixam algumas panelas

vazias onde colocamos a alimentação (folhas).

Há também painéis na parede em anexo

falando sobre estrutura do ninho, componentes,

espécies, figuras 36 e 37.

4- Há materiais didáticos para pessoas com

deficiência visual?

Não.

5- Os museus de ciências naturais

pesquisados possuem sites para pesquisa

escolares, sobre o assunto formigas do

gênero Atta?

6- O museu faz exposição itinerante?

Sim. Possui um site e um blog. Existem alguns

vídeos referentes ao assunto, disponíveis no

site e no blog, que podem auxiliar na pesquisa

escolar.

Não. Foi realizada apenas uma, pois o custo é

muito alto e não há patrocínio. Todo o custeio

do Museu é bancado pela Empresa ABC

Expurgo.

48

Figura 34 - Sauveiro do Museu Vivo Bicho Pau Foto. Museu Vivo Bicho Pau

Figura 35 - Monitoria sobre a formiga Saúva, no Museu Vivo Bicho Pau. Foto. Museu Vivo Bicho Pau

49

Figura 36 - Sauveiro do Museu Vivo Bicho Pau. Foto. Museu Vivo Bicho Pau

Figura 37 - Sauveiro e painéis didáticos sobre a formiga Saúva. Foto. Museu Vivo Bicho Pau

50

0

1

2

3

4

5

6

MIB FPZSP MZU CEIS MVBP MCCE

Museus

Fre

qu

ên

cia

d

e r

esp

osta

s

Sim Não

Figura 38 – Frequência de respostas favoráveis ou não a qualidade do atendimento

obtido a partir do inquérito realizado nos Museus de Ciências Naturais.

Legenda: MIB - Museu do Instituto Biológico, FPZSP - Fundação Parque Zoológico de São Paulo, MZU - Museu de zoologia da

UNICAMP, CEIS - Centro de estudos de insetos sociais - UNESP, MVBP - Museu Vivo Bicho Pau, MCCE - Museu Catavento

Cultural e educacional. SIM: Respostas favoráveis à qualidade do atendimento nos Museus de ciências; Não: Respostas

desfavoráveis á qualidade do atendimento nos Museus de ciências.

Observa-se na figura 38, que o Museu do Instituto Biológico foi o que

apresentou o maior numero de respostas favoráveis com relação à

qualidade do atendimento. Em uma segunda posição empatados ficaram

registrados os Museus da Fundação Parque Zoológico, Museu de Zoologia

da Unicamp e Museu Vivo Bicho Pau e em terceira posição ficaram

empatados Museu Catavento Cultural e educacional e o Centro de Estudos

de insetos sociais. Todavia ao retirarmos a questão de nº 6 do inquérito, que

trata de exposições itinerantes, o MIB fica empatado com as exposições dos

Museus de Zoologia da UNICAMP, da Fundação Parque Zoológico de São

Paulo e do Museu Vivo Bicho Pau.

51

Com a observação dos resultados registrados para esse trabalho

corroboramos com CASCAIS e TERÁN (2011), que analisando o Circuito da

Ciência – Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas do

Amazonas - INPA em Manaus-AM, cujo objetivo é popularizar a ciência, com

exposições, palestras, oficinas educativas e trilhas para estudantes do

ensino fundamental, afirmaram que: “A educação não formal é de extrema

importância para a formação crítica dos estudantes, assim como, o

relacionamento com os outros e a interação com o ambiente diferente do

costumeiro, colaborando assim, com a autonomia do estudante”.

No presente trabalho foi possível observar a participação de

estudantes e público espontâneo em Museus de Ciências. Os estudantes

envolvidos na atividade não formal, nesse caso, na exposição sobre a

formiga do gênero Atta, puderam observar a organização social dessa

formiga, assim como, as castas, a alimentação e a importância econômica e

ecológica desse inseto. Levando muitos desses estudantes e curiosos a

descobrir um novo mundo, através da formiga saúva. Dessa forma pode-se

afirmar que em todos os museus analisados, o conteúdo e as informações

comentadas pelos monitores estavam coerentes e despertaram a

curiosidade dos participantes.

Também foi possível verificar, que todos os Museus de Ciências estavam

equipados com materiais didáticos. Todos eles tinham o ninho da formiga do gênero

Atta, mesmo que artificial. Mas em alguns pode-se observar excessos. Como no

Museu Catavento, a quantidade de painéis e informações tornava cansativa a leitura e

o interesse em continuá-la (poluição visual). Já na Fundação Parque Zoológico de

São Paulo, as informações eram transmitidas através de uma caixa de som, e o som

tornava-se abafado pela quantidade de pessoas no ambiente (falando alto). Ou seja, é

necessário que ocorra um equilíbrio, nem excesso de informações e nem falta.

JACOBUCCI (2008) descreve que, o Museu de História Natural de

Londres (Natural History Museum) oferece exposições dinâmicas e interativas. O

público é convidado a tocar em objetos, botões, assistir vídeos, ver painéis, brincar.

Seu prédio é do ano de 1881 e para quem não o conhece a primeira impressão é de

ser apenas um antigo prédio, porém para quem entra e participa das exposições,

experimenta uma experiência inesquecível. É um lugar de encantamento de

descobertas e interatividade.

52

O site do Museu de História Natural de Londres é um modelo que deve ser

seguido por todos os museus de ciências, pois é possível fazer pesquisas escolares

sobre diversos temas de ciências naturais.

Neste trabalho, verificou-se que os sites dos Museus de Ciências precisam

melhorar, pois nem todos oferecem informações para pesquisas escolares. Apenas os

Museus: Museu Vivo Bicho Pau e da Fundação Zoológico de São Paulo oferecem

site para que os estudantes possam pesquisar sobre o conteúdo visitado em sua

própria casa ou escola.

Também foi observado que dos 06 museus de Ciências Naturais analisados,

apenas dois apresentam materiais para pessoas com deficiência visual. O Museu do

Instituto Biológico e o Museu de Zoologia da UNICAMP. De acordo com o

FUNDAÇÃO DORINA NOWILL (2013) o trabalho realizado pelos mesmos é

voltado para a produção de livros em braille, falado ou digital. Também

prestam consultorias nos espaços culturais para adaptação de suas

exposições e conteúdo. Um exemplo são as legendas em Braille, a letra

ampliada, os painéis em letra ampliada e, áudios-guias, recursos muito

utilizados atualmente.

LOURENÇO (2011) registrou que, a divulgação do trabalho do Museu de

Zoologia da USP - MZUSP na mídia tem atraído o público com necessidades

especiais. Devido a isso o MZUSP passou a utilizar também materiais

confeccionados para esse público e recebeu colaboração do CNPq. Os materiais

confeccionados são: catálogo em braile e tinta, maquetes, planta baixa de exposição,

modelos de animais em tamanho natural, áudio guia e objetos de manipulação em

exposições de longa duração. O Instituto Dorina Nowill para cegos, também

colaborou com a confecção desses materiais didáticos. Portanto, o público com

deficiência visual que visita este museu pode contar com uma variedade de materiais

didáticos para o aprendizado com qualidade, pois esses materiais foram produzidos

por Instituições especializadas.

Com relação a levar o conhecimento para fora da Instituição, ou seja,

do Museu, pode-se observar que, apenas o Museu do Instituto Biológico leva

conhecimento além de sua casa, como por exemplo, para estações do Metrô

e para escolas públicas. Segundo FERREIRA et al., (2007) a possibilidade

de fazer uma exposição itinerante amplia o processo de democratização da

cultura científica e insere novo público, principalmente aquele da periferia

das cidades e interior.

53

LOURENÇO (2011) afirma que, o brasileiro não tem o hábito de

frequentar museus espontaneamente e isso é um desafio que precisa ser

enfrentado pelos educadores, com comprometimento e inovações

pedagógicas, para todos os públicos. Muito possivelmente, esse seja o

desafio que todos os museus analisados nessa pesquisa e todos os outros

precisam enfrentar. Para que a frequência da população aumente nas visitas

aos museus, deve-se levar em consideração: adaptação das exposições,

tornando-as interativas e com significado; a recepção de todo tipo de

público, incluindo o especial; a possibilidade de fazer uma pesquisa mais

detalhada sobre o tema, em site oferecido pelo próprio Museu; atualmente a

internet é uma ferramenta que pode colaborar e muito para a divulgação do

trabalho dos Museus de Ciências, atraindo assim, mais público.

Tabela x - Diferença entre a probabilidade de ocorrência de respostas

Sim ou Não, adquiridas por meio da análise de Fischer na comparação

das respostas dos Museus, dois a dois.

MIB MCCE FPZSP MZU CEIS MVBP

MIB 0,2727 0,6573 0,6573 0,2727 0,6573

MCCE 0,2727 0,5 0,5 0,7165 0,5

FPZSP 0,6573 0,5 0,7273 0,5 0,7273

MZU 0,6573 0,5 0,7273 0,5 0,7273

CEIS 0,2727 0,7165 0,5 0,5 0,5

MVBP 0,6573 0,5 0,7273 0,7273 0,5

p>0.05 estatisticamente não significante.

Pela análise de qui-quadrado de Fischer, verifica-se que não houve

diferença significante quando se compara a frequência de respostas SIM e

NÃO registradas pelos respondentes dos Museus comparados dois a dois. O

que nos leva a considerar que todos os Museus apresentam o mesmo nível

de qualidade quando se trata de expor seu trabalho à população que

frequenta suas dependências buscando informações ou visita o site quando

for o caso.

54

10. CONCLUSÃO

De todos os 06 Museus analisados, nenhum obteve 100% de

respostas (SIM). Apenas 01 ficou classificado, como melhor modelo, para

exposição da formiga do gênero Atta. O Museu do Instituto Biológico, pois,

das 06 perguntas realizadas, 05 respostas foram afirmativas.

2ª Para melhorar suas qualificações algumas inclusões precisam ser

realizadas nos Museus aqui estudados:

a) Informações sobre a formiga do gênero Atta para pesquisas

escolares, no Museu do Instituto Biológico;

b) Materiais didáticos para pessoas com deficiência visual e exposição

itinerante para melhorar a qualidade do atendimento, na Fundação

Parque Zoológico de São Paulo e o Museu Vivo Bicho Pau;

c) Exposição itinerante e um site para pesquisas escolares no Museu de

Zoologia da UNICAMP;

d) Incluir um site para pesquisas escolares, materiais didáticos para

pessoas com deficiência visual e exposição itinerante, para a

exposição do Centro de Estudos de Insetos Sociais – UNESP e do

Museu Catavento Cultural.

.

55

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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