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AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFICIÊNCIADA CALDA INSETICIDA EM DIFERENTES EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA CONTROLE DE INSETOS E OUTROS ARTRÓPODOS SINANTRÓPICOS DE HÁBITO CRÍPTICO AUTOR: MÁRIO CARLOS DE FILIPI 07/2013 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHOINSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS RIO CLARO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

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AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFICIÊNCIADA CALDA INSETICIDA

EM DIFERENTES EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA CONTROLE

DE INSETOS E OUTROS ARTRÓPODOS SINANTRÓPICOS DE

HÁBITO CRÍPTICO

AUTOR: MÁRIO CARLOS DE FILIPI

07/2013

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA: TEORIA E PRÁTICA

AVALIAÇÃO COMPARATIVA DA EFICIÊNCIA DA CALDA

INSETICIDA EM DIFERENTES EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PARA

CONTROLE DE INSETOS E OUTROS ARTRÓPODOS

SINANTRÓPICOS DE HÁBITO CRÍPTICO

AUTOR: MÁRIO CARLOS DE FILIPI

Orientadora: Dra. Ana Eugênia Carvalho de Campos Co-Orientador: MSc. Francisco José Zorzenon

Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Campus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .

07/2013

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SUMÁRIO

RESUMO

1

INTRODUÇÃO

2

OBJETIVO

8

MATERIAIS E MÉTODOS

9

RESULTADOS E DISCUSSÃO

21

CONCLUSÕES

28

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

29

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RESUMO

Tomando-se como base as técnicas normalmente utilizadas pelas PCOs

no combate a insetos e outros artrópodes de hábitos crípticos, a aplicação de

inseticidas diretamente em frestas é um dos métodos mais utilizados. Foram

comparados três equipamentos de aplicação de defensivos, o pulverizador de

compressão prévia, o spray em lata e o micropulverizador elétrico dotado de

bico atomizador tipo duplo fluido. Os corpos de prova foram construídos em

madeira, padronizados, constituídos de três peças de compensado de pinus,

de modo a conter um espaço oco com um orifício de entrada numa

extremidade e um de saída noutra extremidade. Os equipamentos foram

abastecidos com solução corante e o spray enlatado não foi colorido. Antes da

aplicação nos corpos de prova, foi mensurada a vazão e a pressão de

aplicação de cada um. Após a aplicação, na qual foi medido o tempo que a

calda levou para passar pelo orifício de saída, os corpos de prova foram

abertos e mensurada a dispersão da solução dentro de cada um, Os resultados

foram compilados e analisados pelo teste de Tukey para probabilidade menor

que 1% e indicaram, para as condições deste experimento, o micropulverizador

elétrico como sendo a opção mais econômica para este tipo de tratamento.

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INTRODUÇÃO

Diversos são os equipamentos e técnicas utilizados na aplicação de

produtos domissanitários na execução de serviços de controle de pragas por

empresas especializadas. Para cada praga a ser combatida, um ou mais

métodos de controle devem ser empregados visando a máxima eficácia do

serviço prestado, porém sempre prezando pela preservação da saúde do

cliente e do aplicador, pela integridade do patrimônio a ser tratado bem como a

segurança do meio ambiente, sem esquecer no entanto o ponto de vista

financeiro que é um dos fatores determinantes na escolha de determinada

técnica ou produto. Essas premissas mostram a importância da constante

busca por métodos mais eficazes, menos dispendiosos e principalmente, mais

seguros ao meio ambiente e às pessoas envolvidas no processo.

O ambiente urbano é um complexo de habitats desenvolvido pelo

homem. Casas, vilas, cidades, edifícios, entre outros que caracterizam o

ambiente urbano mudaram irremediavelmente o ambiente natural, eliminando

habitats naturais e suas comunidades de animais e plantas enquanto outros se

expandem e novos se desenvolvem.

Desses novos habitats, alguns foram intencionais – parques, cursos

d’água, arborização nas ruas, gramados, lojas de alimentos – já outros foram

consequência das alterações estabelecidas – água acumulada em valas

próximas de estradas, lixo e aterros sanitários próximos a áreas residenciais,

galerias subterrâneas de água pluvial. Todos eles proporcionaram habitats para

vários tipos de insetos e outros artrópodes, alguns dos quais atingiram a

condição de pragas. (ROBINSON, 2005).

Dentre essas espécies, várias espécies possuem comportamento

críptico, ou seja, vivem ou constroem seus ninhos em frestas, rachaduras,

buracos, sejam naturais ou construídos por eles. Fazem parte desse grupo:

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Barata francesinha ou alemãzinha (Blattella germanica): mede de 12 a

16 milímetros quando adultos. Estes são alados e de coloração castanho-

amarelados. (ZORZENON & JUSTI JR, 2006)

No ambiente urbano, esta espécie vive apenas em intradomicílio, em

locais com umidade, alimento, e possibilidades de abrigo principalmente em

cozinhas ou outras áreas de preparo e armazenagem de alimentos. Os adultos

podem se mover em frestas e buracos com até 1,6 mm, mas parecem preferir

abrigos com 4,8 mm. (ROBINSON, 2005).

Cupins de madeira seca (Cryptotermes brevis): são insetos sociais,

mas diferentes dos cupins subterrâneos, vivem dentro das peças de madeira

que infestam e obtém água através das fibras da madeira e por processos

metabólicos. (SCHEFFRAHN & SU, 1999). Considerado uma das mais

importantes espécies praga da cidade de São Paulo, são facilmente

transportáveis, podendo espalhar a infestação e causar danos severos em

móveis, madeiras estruturais e bibliotecas (FONTES, 1995).

Formigas urbanas: As formigas têm de 1 a 20 mm de comprimento e a

coloração varia entre marrom amarelado a preto. Caracterizam-se por terem a

cabeça grande, antenas geniculadas, e os segmentos abdominais 2 ou 2 e 3

separados como nós distintos. São insetos sociais muito bem sucedidos que

ocorrem em todas as zonas zoogeográficas e suas colônias são compostas por

indivíduos separados em três castas distintas:

- Operárias: que são fêmeas ápteras e inférteis;

- Rainhas: que são fêmeas reprodutivas que podem ser aladas ou

ápteras;

- Machos: que são normalmente alados.

O ambiente urbano fornece uma variedade de tipos de solo e condições

como áreas ensolaradas e sombreadas, arvoredos, campos e gramados, e

esses locais são ótimos para um grande número de espécies de formigas, além

de ilimitadas são as fontes de alimento, já que arvores ornamentais, arbustos

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normalmente mantém populações de afídeos que fornecem “honeydew”, que é

o alimento básico de muitas formigas.

A formação de colônias ao redor das fundações das construções podem

resultar em danos à sua estrutura e às fachadas, e sua proximidade a

construções normalmente resulta em invasões de formigas forrageando em

busca de alimento, ou o estabelecendo colônias no intradomicílio. Estas

situações são o que baseiam a condição de praga alcançada pela maioria das

espécies de formigas sinantrópicas. (ROBINSON, 2005)

Podem ser listadas como as principais formigas urbanas: Camponotus

spp., Monomorium spp., Paratrechina longicornis e P. fulva, Pheidole spp.

Solenopsis saevissima e Tapinoma melanocephalum. (ZORZENON & JUSTI

JR, 2006).

Percevejos de cama (Cimex spp.): são achatados dorso-ventralmente,

ovalados, ápteros e de até 10 mm de comprimento. Adultos e ninfas se

alimentam de sangue e possuem hábitos predominantemente noturnos,

escondendo-se em frestas e fendas de paredes, tábuas, molas de cama, sob

dobras e molas de colchões, sob papel de parede, guarnições de portas e

rodapés, tomadas elétricas dentre outros locais que possam servir de abrigo.

(ZORZENON & JUSTI JR., 2006)

Não são considerados vetores de doença, mas há uma citação de que

tenham transmitido hepatite B no Senegal. Investigações mostraram que o HIV

foi mantido no Cimex hemipterus por uma semana, entretanto o vírus não se

replicou, não foi encontrado nas fezes e não foi transmitido a outros animais

após sua alimentação. (ROBINSON, 2005).

Traças dos livros (Lepisma saccharina): São insetos ápteros, de no

máximo 1,3 cm de coloração cinza prateado, corpo alongado dorso-

ventralmente, dois ou três filamentos caudais e aparelho bucal mastigador.

De hábito noturno, preferem ambientes escuros e úmidos. São dotados

de grande habilidade, escondem-se rapidamente em frestas de móveis,

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armários, rodapés e caixas, sendo este o maior veículo de dispersão dessa

praga. (ZORZENON & JUSTI JR., 2006)

Consomem tanto materiais ricos em carboidratos como ricos em

proteínas, mesmo proteína animal que são parte importante de sua dieta.

Consomem também de farinhas e outros alimentos similares. Quanto a papel,

preferem os com maior teor de celulose, bem como tecidos de algodão e seda.

(ROBINSON, 2005)

Escorpiões (Tityus spp.): Possuem corpo dividido em cefalotórax,

mesossoma e cauda apresentando um ferrão inoculador que se comunica com

o telson ou vesícula. Medem por volta de 7 cm e possuem quatro pares de

pernas, um par de quelíceras e um par de pedipalpos. São predadores

alimentando-se principalmente de insetos (gafanhotos, baratas, etc.). Na

espécie Tityus serrulatus a reprodução é partenogênica sendo que na natureza

são raras as ocorrências relatadas de machos.

Todas as espécies são venenosas sendo que o T. serrulatus é o mais

importante por provocar mais ocorrências graves, injetando o dobro de

peçonha injetda pelo Tityus bahiensis. (ZORZENON & JUSTI JR., 2006)

A expansão geográfica do T. serrulatus está relacionada à colonização

humana, que se iniciou a 300 anos da região costal do Atlântico para o oeste,

sendo comum que cidades recentemente construídas sejam invadidas em

poucos anos, embora as áreas naturais circunvizinhas sejam desprovidas

desses animais. Ocorrem principalmente nos Estados de Sergipe, Bahia,Minas

Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo. (ROBINSON, 2005)

Das técnicas mais comumente utilizadas para o controle desses animais,

a injeção da calda inseticida diretamente nas galerias, fendas e frestas onde

estes se alojam ou vivem é uma das mais recomendadas. Segundo a Ficha

Técnica de um produto comercial tendo de permetrina como princípio ativo

(BEQUISA, 2001): “[…] contra cupins de madeira seca, injetar diretamente nos

orifícios provocados pelos cupins […]”. Encontra-se também recomendação

para esse tipo de aplicação na Ficha Técnica de um produto tendo

Lambdacialotrina Microencapsulada como ativo (SYNGENTA, 2006): “[…]

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aplicar uniformemente onde as pragas ocorrem e se escondem, formando uma

barreira protetora no piso e paredes ao redor da edificação, principalmente nos

locais escuros e úmidos tais como frestas, pilhas de tijolos, madeira e entulhos

[…]” e também para o produto tendo Thiametoxam como ingrediente ativo “[...]

aplicar uniformemente (100 m²) onde as baratas ocorrem e se escondem, tais

como frestas, cantos, pisos e rachaduras [...]” (SYNGENTA,2008) .

Já na classe dos aerossóis enlatados a injeção em galerias também se

recomenda como visto na página de apresentação do produto aerosol

(CHEMONE, acessado em 21/07/2013): “[…] Inseticida aerossol de odor

discreto e fácil aplicação. Possui extensor com agulha, ideal para injetar o

produto em furos e orifícios de madeiras infestadas. […]”. Também o produto

aerossol (BEQUISA, acessado em 21/07/2013) “[…] Pressione a válvula

direcionando o jato sobre as pragas alvos e seus esconderijos tais como

frestas e fendas, ralos, atrás de móveis e geladeiras […]”

Dos equipamentos possíveis de serem utilizados para esse tipo de

aplicação, estão:

Pulverizador de compressão prévia: cujo funcionamento se baseia na

compressão do tanque já abastecido com a calda, seja de forma manual ou

acoplado a um compressor, até o limite da capacidade do equipamento

(GUARANY, 2010). O ar ali comprimido impulsionará a calda quando do

acionamento do gatilho através da agulha de injeção;

O inseticida aerossol em lata: cujo princípio se baseia na mistura de

dois fluidos sendo armazenado sob alta pressão que é utilizado para impelir

outro para fora da lata. O propelente é um gás liquefeito que tomará a forma de

um líquido quando fortemente comprimido, mesmo se for mantido bem acima

de seu ponto de ebulição. Dentro da lata, parte se mantém na forma líquida,

misturada à calda e parte na forma gasosa. Quando a válvula é aberta, essa

camada de gás pressurizado empurra o produto líquido e também parte do

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propelente líquido para cima do tubo, em direção ao bocal. Quando o líquido

flui pelo bocal, o propelente rapidamente se expande em um gás auxiliando a

borrifar do produto, formando uma finíssima pluma de spray (COMO TUDO

FUNCIONA, 2012).

Micropulverizador elétrico portátil: segundo a página de descrição do

equipamento Micronizer® (MALVA, acessado em: 29/06/2012): “[…] utiliza um

compressor que gera um fluxo de ar direto, em baixa pressão que é dirigido em

duas linhas. A primeira pressuriza um tanque contendo o inseticida e a

segunda passa por um sistema de dutos, até uma pistola de micro-pulverização

de energia gasosa […]”. O funcionamento da pistola de energia gasosa (ou

duplo fluido) se dá quando um fluido - líquido, em baixa vazão - é lançado em

uma corrente de outro fluido com maior velocidade - fluxo de ar, em baixa

pressão - ocorre a fragmentação do fluido mais lento. (MATUO et. al., 2010).

Esse sistema permite a geração de micro-partículas com saída em

agulhas de pequeno diâmetro (2,5 a 3,5 mm). Este mecanismo permite que se

injete dentro de galerias de cupins, de madeira seca, uma névoa fina, o que

proporciona um alto rendimento com baixa vazão. (MALVA, acessado em:

29/06/2012).

Um equipamento micropulverizador similar, comparado aos demais

sistemas de pulverização convencionais, mostrou ser mais eficiente na

deposição das gotas sobre o alvo dado o fato de dado seu sistema de

aplicação possibilitar que as gotas de pequeno tamanho sejam carregadas por

uma corrente de ar (IIMOTO, 1991).

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OBJETIVOS

O objetivo do presente trabalho é comparar três métodos de injeção de

calda inseticida utilizando-se pulverizador de compressão prévia, spray em lata

e micropulverizador elétrico, utilizando-se peças ocas padronizadas de madeira

como corpos de prova e definir qual o mais eficiente, conforme os parâmetros

dispersão da calda no interior do corpo de prova X quantidade de calda

utilizada e as eventuais implicações econômicas.

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MATERIAIS E MÉTODOS

Padrões de medidas:

Para este experimento, foi estabelecido o Sistema Métrico Decimal como

padrão para tomada de medições.

Corpos de prova:

Os corpos de prova foram confeccionados com 03 peças de madeira

compensada de pinus, sendo 02 chapas com medidas iguais a 80 cm de

comprimento, 10 cm de largura e 1 cm de espessura. Uma terceira peça

denominada espaçador com as mesmas medidas externas, vazado com vão

centralizado transversal e longitudinalmente de 6,7cm de largura por 74,5cm de

comprimento.

Antes da montagem, as peças de madeira foram lixadas com lixa para

madeira n° 200 e pinceladas com água sanitária com o objetivo de clarear as

peças, melhorando o contraste com as soluções dos testes.

Cada corpo de prova foi montado de forma que o espaçador ficasse

entre duas chapas formando um espaço vazio confinado. Para a colagem e

vedação das peças ente si foi utilizada cola de silicone. A escolha das peças

para montagem foi feita aleatoriamente.

Após a montagem dos corpos de prova, foi escolhida de forma aleatória

a face por onde seriam efetuadas as aplicações entre as duas faces maiores

expostas das chapas de madeira. Nesta face, agora chamada de tampa, foram

feitos dois furos com broca de aço rápido de 3 mm de diâmetro, em

extremidades opostas da face da chapa, centralizados longitudinalmente e

distando 5 cm da respectiva extremidade. Desta forma, os furos distaram

70 cm entre si. A perfuração foi feita de forma a dar acesso à sonda de injeção

ao interior do espaço vazio sem transpassar a segunda chapa, agora chamada

de base.

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Sondas de injeção:

Para cada um dos equipamentos foi utilizada a mesma sonda injeção

com de 2 mm, 7,5 cm de comprimento com uma saída lateral de 1 mm (um

milímetro) de diâmetro distando 5 mm (cinco milímetros) da ponta. A sonda é

fornecida juntamente com o equipamento Micronizer.

Equipamentos de aplicação comparados:

Pulverizador de compressão prévia: foi utilizado um pulverizador de

compressão prévia marca Guarany, modelo Universal, com capacidade de 5 l

(cinco litros). A lança de aplicação foi retirada do gatilho e ali colocado um bico

no qual se encaixava a sonda de injeção.

- Micropulverizador elétrico: foi utilizado o equipamento marca MALVA

modelo Micronizer.

- Conjunto Spray Enlatado+Aerokit: foi utilizado como modelo o

cupinicida spray marca CHEMONE. Ao frasco pressurizado foi acoplado o

equipamento Aerokit marca Ecosense o qual já possui de série um bico com

encaixe compatível com a sonda utilizada.

A escolha do produto CHEMONE foi feita ao acaso, considerando sua

disponibilidade no mercado local.

Solução para ensaio:

As soluções para os ensaios foram compostas de água + corante

alimentar sem concentração determinada, mas capaz de promover contraste

suficiente nas peças de madeira para facilitar a leitura visual. Essas soluções

foram utilizadas apenas no pulverizador de compressão prévia e no

micropulverizador elétrico, sendo adotadas as cores verde para o

micropulverizador e vermelha para o pulverizador de compressão prévia.

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Para o spray, não foi adotada cor dada a impossibilidade de adição de

corante. As determinações referentes a esse equipamento nos corpos de prova

foram feitas abrindo-se imediatamente o corpo de prova e observando-se a

área “molhada” das peças de madeira e marcando o limite dessa área com

lápis.

A diferenciação por cores teve o objetivo apenas de diferenciar os

equipamentos empregados.

Determinação da vazão média:

A vazão média de cada um dos equipamentos foi aferida em mL/ min.

(mililitros por minuto) mediante a instalação da sonda de aplicação e após o

abastecimento dos equipamentos com água. Estes foram devidamente ligados

(caso do equipamento elétrico, até a estabilização da pressão mostrada no

manômetro interno do equipamento) e pressurizados (caso do pulverizador de

compressão prévia, até que a válvula de segurança fosse acionada). Para o

caso de spray de pronto uso, foi acoplada uma lata nova do aerossol ao

Aerokit.

A sonda foi introduzida o máximo possível numa proveta de 250 mL

(duzentos e cinquenta mililitros) marca Uniglass Modelo 185.250 sendo que a

saída de calda foi colocada o mais próximo possível e tangente à lateral interna

da proveta. Ao ser acionada a válvula de liberação da calda, foi acionado um

cronômetro marca Cassio modelo AQF-102W. As válvulas foram mantidas

acionadas por 10 segundos, após os quais o processo foi interrompido e

efetuou-se a leitura da proveta. Para cada equipamento, foram feitas três

repetições.

A vazão média para cada equipamento foi calculada através da média

das três repetições pela seguinte fórmula:

𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 =𝑇 ×(

𝐿1 + 𝐿2 + 𝐿3𝑛 )

𝑡

Onde:

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Qmédia = vazão em mL/min.

L = leitura da proveta em cada repetição

n = número de repetições

t = tempo de cada repetição em segundos

T = tempo em segundos correspondente a um minuto.

Determinação da pressão média de aplicação (potencial de dano

mecânico à peça tratada):

Para a determinação da pressão foi confeccionado um dispositivo

composto de tubos, conexões e terminais em PVC de 19,05 mm de diâmetro,

ao qual foi acoplado um manômetro marca Genebre modelo 3710-07, com

escala de medição variando de 0 a 7 Kg/ cm².

O dispositivo foi confeccionado com uma junção T, sendo que em cada

uma das extremidades foi acoplado uma secção de cano de 3 cm de

comprimento. Numa das extremidades opostas foi colocada uma luva e nela foi

feita uma perfuração de 3 mm de diâmetro, denominado orifício de entrada.

Na outra extremidade oposta foi acoplada uma adaptação à qual é

possível rosquear um terminal. Na extremidade perpendicular foi acoplado um

joelho de ângulo de 90° de forma que a outra extremidade do joelho ficasse

perpendicular ao plano da junção T. À outra extremidade do joelho foi acoplada

uma seção de cano de 3 cm e em seguida foi acoplada uma luva. Nesta luva

foi feita uma perfuração suficiente para a instalação do manômetro, que foi

rosqueado nessa perfuração utilizando-se fita de teflon veda rosca para a

completa vedação do sistema. O manômetro foi colocado de forma que o

mostrador ficasse voltado para o lado do plano formado pela junção T.

Foram ainda utilizados dois terminais rosqueáveis, sendo que um deles

foi perfurado com uma broca de 1,5mm de diâmetro. Quando foram acoplados

ao corpo do dispositivo a fim de aferir os valores de pressão, foi utilizada fita

teflon veda rosca para vedar o sistema. Para a leitura das medições, o

dispositivo é posicionado com o manômetro disposto sobre o plano da bancada

com o mostrador voltado para cima e é adicionado água em quantidade

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suficiente para que apenas o joelho fique cheio, mantendo o sensor do

manômetro submerso. Este detalhe foi necessário uma vez que os dispositivos

testados expelem a calda de forma diferente (líquido apenas ou mistura líquido

+ gás) e dessa forma, a pressão exerceu-se de forma padronizada no sensor

do manômetro para os três sistemas.

A pressão média de cada um dos equipamentos foi aferida em kg/ cm²)

mediante a fixação da sonda de aplicação e após o abastecimento dos

equipamentos com água. Estes foram devidamente ligados (caso do

equipamento elétrico, até a estabilização da pressão mostrada no manômetro

interno do equipamento) e pressurizados (caso do pulverizador de compressão

prévia, até que a válvula de segurança fosse acionada). Para o caso de spray

de pronto uso, foi acoplada uma lata nova do aerossol ao Aerokit. À sonda de

aplicação foi acoplada uma ventosa de borracha de forma que ao inserir a

sonda no dispositivo basta pressionar o gatilho de aplicação contra o

dispositivo para a completa vedação do sistema no momento da medição.

- Determinação da Pressão média de aplicação em sistema fechado:

Para cada um dos equipamentos testados foi colocado o terminal

rosqueável sem perfuração na adaptação com rosca utilizando-se fita teflon

veda rosca para a completa vedação do sistema. Em seguida foi feita a

inserção da sonda no orifício de entrada sendo exercida uma pressão com as

mãos para que a ventosa mantenha o sistema vedado. A válvula foi então

acionada e mantida assim até que o ponteiro do mostrador estabilizasse num

valor da escala. Foram realizadas três repetições para cada equipamento.

A pressão média em sistema fechado para cada equipamento foi

determinada pela seguinte fórmula:

𝑃. 𝐹.𝑚é𝑑𝑖𝑎 =(𝐿1 + 𝐿2 + 𝐿3)

𝑛

Onde:

P.F.média = Pressão média em sistema fechado

L = Leitura do manômetro em cada repetição

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n = número de repetições

- Determinação da Pressão média de aplicação em sistema aberto:

Para cada um dos dispositivos foi colocado o terminal rosqueável

perfurado na adaptação com rosca utilizando-se fita teflon veda rosca para a

completa vedação do sistema. Em seguida foi feita a inserção da sonda no

orifício de entrada sendo exercida uma pressão com as mãos para que a

ventosa mantenha o sistema vedado e a única abertura possível fosse a

perfuração do terminal. A válvula foi então acionada e mantida assim até que o

ponteiro do mostrador estabilizasse num valor da escala. Foram realizadas três

repetições para cada equipamento.

A pressão média em sistema fechado para cada equipamento foi

determinada pela seguinte fórmula:

𝑃. 𝐴.𝑚é𝑑𝑖𝑎 =(𝐿1 + 𝐿2 + 𝐿3)

𝑛

Onde:

P.A.média = Pressão média em sistema aberto

L = Leitura do manômetro em cada repetição

n = número de repetições

Os valores foram comparados entre si foi considerado com menor

potencial de dano à peça tratada em cada condição apresentada (sistema

aberto ou fechado) aquele tratamento que obteve a menor leitura do

manômetro nas medições realizadas, desde que os valores tivessem diferença

estatisticamente significativa.

Determinação da eficiência média de dispersão da calda:

Para os tratamentos, os corpos de prova foram escolhidos

aleatoriamente para cada um dos equipamentos.

Para cada um dos corpos de prova, entre os dois orifícios foi

aleatoriamente determinado o orifício de saída. Sobre esse orifício foi fixado

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com grampeador comum um quadrado de 1 cm (um centímetro) de lado de

papel toalha. A fixação do papel foi feita com dois grampos em lados opostos,

de forma que o papel ficasse rente à superfície de madeira cobrindo o orifício,

porém sem obstruí-lo.

Os equipamentos foram preparados mediante a instalação da sonda de

aplicação e após o abastecimento dos equipamentos a solução colorida. Estes

foram devidamente ligados (caso do equipamento elétrico, até a estabilização

da pressão mostrada no manômetro interno do equipamento) e pressurizados

(caso do pulverizador de compressão prévia, até que a válvula de segurança

fosse acionada). Para o caso de spray de pronto uso, foi acoplada uma lata

nova do aerossol ao Aerokit.

A aplicação foi então realizada mantendo-se o corpo de prova sobre a

bancada na posição horizontal com os orifícios de entrada e saída voltados

para cima. A sonda de aplicação foi introduzida no orifício de entrada até tocar

o fundo, de forma que a mesma permanecesse perpendicular ao plano ficasse

perpendicular ao plano do corpo de prova e o orifício da sonda alinhado

longitudinalmente, apontado para a direção do orifício de saída.

Ao ser acionada a válvula de liberação da calda, foi acionado o

cronômetro. Quando se constatou visualmente que o papel toalha tornara-se

molhado, o corpo de prova foi considerado saturado e imediatamente a

aplicação e a cronometragem foram interrompidas, procedendo-se a leitura do

cronometro.

Foram realizadas 10 (dez) repetições desse procedimento para cada um

dos equipamentos.

O Volume médio em mL de solução aplicado por cada equipamento até

a saturação dos corpos de prova foram determinadas através da seguinte

fórmula

𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜 =𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑜×(𝐿1 + 𝐿2 + 𝐿3 + 𝐿4 + 𝐿5 + 𝐿6 + 𝐿7 + 𝐿8 + 𝐿9 + 𝐿10)

𝑛

Onde:

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Vmédio = Volume médio de solução para saturar o corpo de prova utilizada pelo

equipamento

Qmédio = Vazão média do equipamento

L = Leitura do cronometro ao final da cada repetição convertida em minutos

n = número de repetições

Os valores foram comparados entre si foi considerado o mais eficiente

aquele tratamento que, na média, utilizou menos solução para concluir o

procedimento de aplicação, desde que os valores tivessem diferença

estatisticamente significativa.

Determinação do resíduo médio visível da calda:

Os corpos de prova de cada um dos tratamentos foram desmontados e

as áreas molhadas pela calda nas superfícies da base foram medidas e

expressas em % (porcentagem) da área total.

Exceto para os corpos de prova em que foi feita a aplicação com o spray

enlatado os quais foram abertos imediatamente após a aplicação e foi feita a

marcação da superfície molhada com lápis, as áreas molhadas foram

determinadas pelo tingimento da superfície pelo corante.

A medição dessas áreas foi feita por transparência sobrepondo papel

vegetal milimetrado sobre a peça seca e marcando o contorno dessa área

sobre o papel. Pela contagem das divisões do papel, obtém-se a área em cm².

O percentual médio foi estabelecido pela seguinte fórmula:

%𝐴𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 100×(

(𝑎1 + 𝑎2 + 𝑎3 + 𝑎4 + 𝑎5 + 𝑎6 + 𝑎7 + 𝑎8 + 𝑎9 + 𝑎10)𝑛 )

𝐴

Onde:

%Amédio = percentual médio de cobertura visível em relação à superfície total

a = área da cobertura visível

n = número de repetições

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A = área total possível de ser coberta no corpo de prova.

Determinação da eficiência residual média:

O índice de eficiência é determinado pela razão entre os dados obtidos

de quantidade de solução aplicada para a saturação do corpo de prova e o

percentual de superfície visivelmente molhada para cada equipamento

conforme a seguinte fórmula:

𝐸𝑅 =𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜

%𝐴𝑚é𝑑𝑖𝑜

Onde:

ER = eficiência residual

Vmédio = Volume médio (mL) de solução para saturar o corpo de prova utilizada

pelo equipamento

%Amédio = percentual médio de cobertura visível em relação à superfície total

Os valores foram comparados entre si e foi considerado o mais eficiente aquele

tratamento no qual se utilizou de menos solução para cobrir visivelmente 1% da

superfície da madeira, desde que os valores tivessem diferença

estatisticamente significativa.

Determinação de eficiência econômica (dispersão e residual):

Essa determinação foi feita indiretamente e para isso considerou-se a

utilização de calda inseticida composta de água+cipermetrina com diluição do

produto comercial concentrado por litro de água recomendada pelo fabricante

para o pulverizador de compressão prévia e para o micropulverizador.

A cotação de preços do produto comercial foi feita em três

estabelecimentos escolhidos aleatoriamente no município de São Paulo sendo

que em cada um pesquisou-se o maior e o menor preço. Para estabelecer o

preço/ litro de calda, usou-se a diluição recomendada pelo fabricante e o preço

de cada produto de cada fabricante. Para estabelecer o preço/litro médio a se

considerar nos cálculos, estabeleceu-se primeiro o preço médio/litro por

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estabelecimento e depois o preço médio/litro entre os estabelecimentos. Da

mesma forma a cotação de preço dos produtos em spray foi realizada, ou seja,

média do maior e menor preço em cada estabelecimento e média entre os

preços médios dos estabelecimentos. Os preços foram convertidos para

Dólares Americanos, conforme a cotação comercial (U$ 1,00 = R$ 2,25) do dia

24/07/2013.

O cálculo do custo do litro calda utilizada no micropulverizador e no

pulverizador de compressão prévia foi estabelecido pela seguinte fórmula:

𝑈$/𝑙𝑀é𝑑𝑖𝑜 =((𝑃1 + 𝑝1)

2 +(𝑃2 + 𝑝2)

2 +(𝑃3 + 𝑝3)

2 )

𝑛

Onde:

U$/lmédio = valor médio do litro de calda formulada

P = maior preço por litro de produto comercial em cada estabelecimento

p = menor preço por litro de produto comercial em cada estabelecimento

n = número de estabelecimentos pesquisados

Foi considerado como zero o custo da água necessária para a

composição da calda.

O cálculo do custo do litro calda a ser utilizada para o spray enlatado foi

estabelecido da seguinte forma:

𝑈$/𝑙𝑀é𝑑𝑖𝑜 =((𝑃1 + 𝑝1)

2 +(𝑃2 + 𝑝2)

2 +(𝑃3 + 𝑝3)

2 )

𝑛×3,33

Onde:

U$/lmédio = valor médio do litro de calda formulada

P = maior preço por lata de 300 mL de produto comercial em cada

estabelecimento

p = menor preço por lata de 300 mL de produto comercial em cada

estabelecimento

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n = número de estabelecimentos pesquisados

Para a determinação da eficiência econômica o custo da calda inseticida

será aplicado em duas situações:

Saturação do corpo de prova. Volume da solução de teste utilizado por

cada equipamento para saturar o corpo de prova. Dessa forma, determinou-se

qual o tratamento mostrou-se mais econômico para saturar o corpo de prova

através da seguinte fórmula:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑚é𝑑𝑖𝑜 =𝑅$/𝑙𝑚é𝑑𝑖𝑜×𝑉𝑚é𝑑𝑖𝑜

1000

Onde:

Customédio = Custo da aplicação o suficiente para saturar o corpo de prova

R$/lmédio = valor médio do litro de calda formulada

Vmédio = Volume (mL) médio de solução para saturar o corpo de prova utilizada

pelo equipamento

Os custos obtidos para cada tratamento foram comparados entre si foi

considerado o mais econômico aquele tratamento que custou menos para

saturar o corpo de prova, desde que os valores tivessem diferença

estatisticamente significativa.

Eficiência residual. Dessa forma determinou-se qual tratamento foi

mais econômico no quesito tratamento residual, aplicando-se a seguinte

formula:

𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑚é𝑑𝑖𝑜 =𝑅$/𝑙𝑚é𝑑𝑖𝑜×𝐸𝑅𝑚é𝑑𝑖𝑜

1000

Onde:

Customédio = Custo da aplicação para uma 1% de área com resíduo visível

R$/lmédio = Valor médio do litro de calda formulada

ER média = Eficiência residual média

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Os custos obtidos para cada tratamento foram comparados entre si foi

considerado o mais econômico aquele tratamento que custou menos para

deixar resíduo em 1% da área do corpo de prova, desde que os valores

tivessem diferença estatisticamente significativa.

Avaliação estatística dos resultados:

Os resultados médios obtidos para cada tratamento, dentro de cada um

dos parâmetros avaliados foram analisados estatisticamente pelo teste de

Tukey, com probabilidade <0,01.

As análises de variâncias foram realizadas pela função “análise de

dados” através da ferramenta “ANOVA fator único” do programa Microsoft

Excel 2007.

A diferença média significativa foi calculada pela fórmula

𝑑. 𝑚. 𝑠. = 𝑞√𝑄𝑀𝑅

𝑟

Onde

d.m.s = diferença média significativa

q = dado tabelado

QMR = quadrado médio do resíduo (calculado pela ferramenta ANOVA e

exibido na tabela de análise de variância na coluna “MQ”, linha “Dentro dos

Grupos”).

r = Número de repetições

Foram considerados significativamente diferentes, os dados cujas diferenças

entre si fossem maiores do que a d.m.s. calculada.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A vazão média, caracterizada em mL/min., apresentou diferença

significativa (p<0,01) entre os três equipamentos (Tabela 1) destacando o

micropulverizador elétrico como tendo a menor vazão, seguida pelo spray em

lata e pelo pulverizador de compressão prévia.

Tabela 1: Avaliação da vazão dos equipamentos em mL/min., média de três repetições.

Comp. Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 636,00 180,00 78,00

Rep.2 630,00 176,25 76,50

Rep.3 633,00 176,25 78,00

Média 633,00a 177,50b 77,50c

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

A pressão média exercida no objeto tratado, caracterizada em kg/cm²,

apresentou diferença significativa (p<0,01) entre os três equipamentos para um

sistema fechado (Tabela 2), e foi nula para um sistema aberto quando

utilizados os equipamentos micropulverizador e pulverizador de compressão

prévia (Tabela 3).

Tabela 2: Avaliação da pressão exercida por cada equipamento em kg/cm²

num objeto a ser tratado em um sistema fechado de galerias.

Comp. Prévia

Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 4,20 6,00 2,30

Rep.2 4,30 6,10 2,20

Rep.3 4,20 5,80 2,30

Média 4,23a 5,97b 2,27c

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

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Tabela 3: Avaliação da pressão exercida por cada equipamento em kg/cm²

num objeto a ser tratado em um sistema aberto de galerias.

Comp. Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 ---- 2,90 ----

Rep.2 ---- 2,70 ----

Rep.3 ---- 2,70 ----

Média ---- 2,77 ----

Os resultados observados concordam com a descrição de

funcionamento de cada um dos equipamentos. A maior vazão mostrada pelo

pulverizador de compressão prévia se justifica uma vez que o equipamento

expele apenas o líquido enquanto o spray enlatado e o micropulverizador

elétrico expelem uma mistura de gás e líquido.

Já a maior pressão e média vazão mostrada pelo spray em lata se dá

em função do propelente se tratar de um gás liquefeito, submetido a alta

pressão dentro da lata e à sua violenta expansão dada pela sua mudança da

fase líquida para a gasosa quando submetido à pressão atmosférica.

Os resultados de vazão e pressão observados no micropulverizador se

dão em função do principio de funcionamento do bico tipo duplo fluido descrito

por MATUO et. al. 2010.

A eficiência média de dispersão da calda (consumo de calda até a

saturação dos corpos de prova) de cada um dos equipamentos (Tabela 4),

expressa em mL, não mostrou diferença significativa (p<0,01) entre o spray em

lata e o micropulverizador elétrico, porém, ambos foram significativamente mais

eficientes do que o pulverizador de compressão prévia.

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Tabela 4: Eficiência média de dispersão da calda (consumo de calda em

mililitros até a saturação dos corpos de prova).

Comp Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 521,49 4,88 5,21

Rep.2 449,75 8,34 5,40

Rep.3 578,25 3,49 5,39

Rep.4 599,77 3,17 5,79

Rep.5 415,99 3,37 4,73

Rep.6 486,04 3,64 4,87

Rep.7 498,28 5,62 5,49

Rep.8 526,55 3,52 5,64

Rep.9 510,41 5,68 5,72

Rep.10 535,83 5,27 4,86

Média 513,05a 4,70b 5,30b

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

As diferenças observadas se dão, novamente, em função do princípio de

funcionamento de cada equipamento. Uma vez que o pulverizador de

compressão prévia expele somente o líquido, esse líquido e deposita no fundo

do corpo de prova e somente se consegue a saturação dessa peça quando

toda a cavidade é inundada pelo líquido. Já o micropulverizador e o spray em

lata expelem uma mistura de gás e líquido em pequenas partículas que

permanecem em suspensão dada a turbulência gerada pelo fluxo de gás,

saturando espaço vazio do corpo de prova com um volume bem menor de

líquido, em concordância com o observado por IIMOTO, 1991.

A avaliação do resíduo médio visível da calda, expresso em percentual

da área total determinada pelo espaçador na base do corpo de prova (Tabela

5), apresentou diferença significativa (p<0,01) para os três equipamentos.

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Tabela 5: Resíduo médio visível expresso em percentual da área total

determinada pelo espaçador na base dos corpos de prova.

Comp. Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep. 1 100,00 29,33 28,29

Rep. 2 100,00 31,23 29,37

Rep. 3 100,00 24,85 30,45

Rep. 4 100,00 28,07 28,88

Rep. 5 100,00 25,00 28,43

Rep. 6 100,00 25,60 29,13

Rep. 7 100,00 27,98 29,48

Rep. 8 100,00 27,67 28,89

Rep. 9 100,00 26,68 30,01

Rep. 10 100,00 27,22 29,32

Média 100,00a 27,36b 29,22c

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

O fato de o pulverizador de compressão prévia deixar residual em 100%

da área se deu pelo fato de os corpos de prova tratados com esse

equipamento tenham ficado completamente inundados pela calda. Já o

percentual alcançado pelos outros dois equipamentos se deu sempre nas

extremidades mais próximas dos pontos de aplicação, provavelmente dada a

conformação da pluma formada pelo processo de aplicação de ambos os

equipamentos que concentra maior quantidade de calda próximo à saída da

sonda e dispersa quanto mais longe o ponto de aplicação.

A eficiência residual média de cada equipamento (Tabela 6) não

apresentou diferença significativa (p<0,01) entre o spray em lata e o

micropulverizador, porém esses dois equipamentos apresentaram diferença

significativa para o pulverizador de compressão prévia.

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Tabela 6: Eficiência residual média de cada equipamento, em mL/unidade

percentual de área.

Comp. Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 5,21 0,17 0,18

Rep.2 4,50 0,27 0,18

Rep.3 5,78 0,14 0,18

Rep.4 6,00 0,11 0,20

Rep.5 4,16 0,13 0,17

Rep.6 4,86 0,14 0,17

Rep.7 4,98 0,20 0,19

Rep.8 5,27 0,13 0,20

Rep.9 5,10 0,21 0,19

Rep.10 5,36 0,19 0,17

Média 5,12a 0,17b 0,18b

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

Mesmo conseguindo deixar um residual visível em 100% da área

determinada pelo espaçador na base do corpo de prova, o pulverizador de

compressão prévia mostrou-se menos eficiente do que os outros dois

dispositivos, uma vez que o volume de liquido utilizado foi muito superior do

que os demais.

A eficiência econômica potencial para a dispersão de calda, expressa

em U$/volume de calda utilizado para saturar o corpo de prova (Tabela 7), não

apresentou diferença significativa (p<0,01) entre o pulverizador de compressão

prévia e o spray em lata porém o micropulverizador mostrou-se

significativamente mais econômico do que os demais equipamentos.

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Tabela 7: Eficiência econômica potencial para a dispersão de calda, expressa em U$/volume de calda utilizado para saturar o corpo de prova.

Comp. Prévia Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 0,05916 0,08452 0,00059

Rep.2 0,05103 0,14446 0,00061

Rep.3 0,06560 0,06045 0,00061

Rep.4 0,06805 0,05481 0,00066

Rep.5 0,04720 0,05840 0,00054

Rep.6 0,05514 0,06301 0,00055

Rep.7 0,05653 0,09733 0,00062

Rep.8 0,05974 0,06096 0,00064

Rep.9 0,05791 0,09836 0,00065

Rep.10 0,06080 0,09118 0,00055

Média 0,05812a 0,08135a 0,00060b

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

Mesmo com volumes significativamente diferentes utilizados para saturar

os corpos de prova, não houve diferença econômica potencial significativa

entre o pulverizador de compressão prévia e o spray em lata. Isto se deve à

grande diferença de custo entre o litro de calda utilizado no pulverizador (Valor

médio de U$ 0,1133) e o valor do litro para o spray em lata (Valor médio de U$

17,32) o que acabou compensando a diferença entre os volumes. Uma vez que

o micropulverizador utiliza a mesma calda do pulverizador de compressão

prévia, porém saturando os corpos de prova com um volume significativamente

menor. Em comparação com o maior custo encontrado, esse equipamento

apresentou custo potencial 99,3% menor.

Para a área de resíduo visível, houve diferença econômica potencial

significativa (p<001) entre os três equipamentos, sendo que o

micropulverizador apresentou-se como tendo um menor custo para cada 1% de

área com resíduo (Tabela 8).

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Tabela 8: Eficiência econômica potencial expressa em U$/ 1% de área com

resíduo visível.

Comp. Previa Spray em Lata Micropulverizador

Rep.1 0,000592 0,002882 0,000021

Rep.2 0,000510 0,004626 0,000021

Rep.3 0,000656 0,002433 0,000020

Rep.4 0,000680 0,001953 0,000023

Rep.5 0,000472 0,002336 0,000019

Rep.6 0,000551 0,002461 0,000019

Rep.7 0,000565 0,003479 0,000021

Rep.8 0,000597 0,002203 0,000022

Rep.9 0,000579 0,003686 0,000022

Rep.10 0,000608 0,003350 0,000019

Média 0,000581a 0,002941b 0,000021c

Médias seguidas de mesma letra, minúscula na linha, não diferem entre si ao nível de 1% de probabilidade pelo teste Tukey

O spray em lata mostrou maior custo potencial em função do alto custo

do litro da calda utilizada, e da menor área com resíduo visível, já o

micropulverizador utilizou um menor volume em relação a área com resíduo,

com uma calda de custo bastante inferior (99,3% menor) ao do spray em lata.

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CONCLUSÕES

Para as condições deste experimento, ante os resultados obtidos pode-se concluir que:

A menor vazão e menor pressão de funcionamento do micropulverizador elétrico se justificam pelo seu princípio de funcionamento conforme descrito por Matuo et. al., 2010 como baseado na interação de um gás em baixa pressão e um líquido em baixa vazão.

A pequena vazão e a baixa pressão de funcionamento do equipamento micropulverizador em relação aos demais equipamentos testados, lhe conferem menor risco de danos materiais entre os três aparelhos quando utilizado em tratamentos inseticidas em peças sensíveis ou de valor histórico.

O aerossol seja ele enlatado ou gerado por um micropulverizador elétrico é mais eficiente na utilização da calda inseticida do que a pulverização convencional, em concordância com IIMOTO, 1991. Porém, do ponto de vista do residual deixado na peça tratada, o micropulverizador elétrico mostrou-se mais eficiente.

Do ponto e vista econômico, a utilização do micropulverizador elétrico mostrou-se relevantemente mais vantajosa (99% mais barata) do que os demais equipamentos, principalmente dado ao volume maior de calda utilizado pelo pulverizador de compressão prévia e pelo alto valor da calda utilizada pelo spray em lata.

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