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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:
TEORIA E PRÁTICA
NECROFAGIA NA TRANSMISSÃO SECUNDÁRIA DE ISCA TÓXICA EM Blattella germanica
PAULO RICARDO DE JESUS
12/2015
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana .
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS – RIO CLARO unesp
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENTOMOLOGIA URBANA:
TEORIA E PRÁTICA
NECROFAGIA NA TRANSMISSÃO SECUNDÁRIA DE ISCA TÓXICA EM Blattella germanica
PAULO RICARDO DE JESUS
ORIENTADOR: Dr. Marcos Roberto Potenza
Monografia apresentada ao Instituto de Biociências do Câmpus de Rio Claro, Universidade Estadual Paulista, como parte dos requisitos para obtenção do título de Especialista em Entomologia Urbana.
12/2015
Dedico este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em minha vida, autor dе mеυ destino, mеυ guia, socorro presente nа hora dа angústia e a minha mãe Maria José de Jesus.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço á Deus, o que seria de mim sem a fé que eu tenho nele.
Agradeço ao Instituto Biológico e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”, pela oportunidade de fazer o curso de Entomologia Urbana.
Agradeço o orientador Professor Marcos Roberto Potenza pela paciência na
orientação е incentivo qυе tornou possível а conclusão desta monografia.
Agradeço ao corpo docente deste curso.
Agradeço a equipe do laboratório de pragas em horticultura, onde realizei minha
pesquisa.
Nenhum trabalho de qualidade pode ser feito sem concentração, auto sacrifício, esforço e dúvida.
Max Beerbohm
RESUMO
As baratas são insetos da ordem Blattodea, de convívio mais comum aos humanos, devido às propícias condições relacionadas à disponibilidade de alimento, abrigo e água. Estes insetos são de hábito noturno, tendo preferência por ambientes quentes, úmidos e escuros. O hábito de regurgitar parte do alimento digerido ao mesmo tempo em que defecam, representa o grande perigo desses insetos em nossos lares. Diversos métodos de controle têm sido propostos e pesquisados dentro da filosofia do manejo integrado de pragas, destacando-se as iscas, armadilhas e os inseticidas. Trabalhos anteriores indicam a mortalidade causada pela transmissão secundária em insetos, aqueles que não ficaram expostos diretamente a iscas tóxicas. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar se o ato de necrofagia entre esses insetos interferem ou não no controle químico. Para isso, foram feitos ensaios com indivíduos da espécie Blattella germanica que foram submetidas a cinco tipos de iscas na formulação gel com os diferentes ingredientes ativos: fipronil, hidrametilnona, imidacloprido e propoxur. Baratas mortas foram oferecidas para outras baratas em ensaios com e sem competição alimentar. Foi observado que houve transmissão secundária para todas as iscas testadas, porém nos testes com competição alimentar o fipronil teve a maior taxa de mortalidade (45%) enquanto o propoxur teve o menor resultado (5%). Já para os testes sem competição alimentar o imidacloprido e propoxur obtiveram mortalidade de 60% e 15%, respectivamente. Foi observado, neste trabalho transmissão secundária da toxina, por meio da necrofagia, entre esses animais, o que pode auxiliar no controle químico desses insetos. Palavras-chave: Competição alimentar, isca gel, barata-alemã.
ABSTRAT
Cockroaches are insects of the order Blattodea, the most common species living along humans, due to favorable conditions promoted by the availability of food, shelter and water. These insects are nocturnal, with preference for warm, moist and dark environments. The habit of regurgitating part of the digested food while defecating, is the great danger of these insects in our homes. Several control methods have been proposed and studied in the philosophy of integrated pest management, highlighting the baits, traps and insecticides. Previous studies indicate mortality caused by secondary transmission that is, those who were not directly exposed to toxic baits. This study aimed to evaluate if the act of scavenging among these insects interfere or not on the chemical control. Tests were made with the species Blattella germanica that were subjected to five types of baits in form of gel with different active ingredients: fipronil, hydramethylnon, imidacloprid and propoxur. Dead cockroaches were offered to other cockroaches in trials with and without food competition. It was observed secondary transmission for all tested baits, but in testing competition with food fipronil had the highest mortality rate (45%) while the propoxur had the lowest result (5%). As for the competition tests without food imidacloprid and propoxur obtained mortality 60% and 15%, respectively. It was observed in this work secondary transfer of the toxin through cannibalism among these animals, which can aid in the chemical control of these insects. Keywords: Food Competition, gel bait, German cockroach.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 1 – Exemplar de Periplaneta americana................................................13
FIGURA 2 – Exemplar de Blattella germanica.....................................................13
FIGURA 3 – Arena usada no teste.......................................................................21
FIGURA 4 – Arena de teste sem competição alimentar.......................................22
FIGURA 5 – Arena de teste com competição alimentar.......................................23
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Marcas comerciais usadas...................................................................20
TABELA 2 – Mortalidade (7 d) de baratas por meio da necrofagia, ensaios com e
sem competição alimentar, teste inteiramente casualizado.......................................25
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 11
2. REVISÃO LITERÁRIA ........................................................................................ 13
2.1 Biologia e comportamento................................................................................ 13
2.2 Controle de baratas.......................................................................................... 14
2.2.1 Método de prevenção.............................................................................. 14
2.2.2 Método de controle.................................................................................. 15
3. OBJETIVOS ....................................................................................................... 17
4. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 18
4.1 Insetos.............................................................................................................. 18
4.2 Ingrediente ativo............................................................................................... 18
4.2.1 Imidacloprido............................................................................................ 18
4.2.2 Hidrametilnona......................................................................................... 18
4.2.3 Fipronil..................................................................................................... 19
4.2.4 Propoxur.................................................................................................. 19
4.3 Marcas comerciais............................................................................................ 20
4.4 Obtenção de B. germanica mortas pelas diferentes iscas tóxicas................... 20
4.5 Transmissão secundária................................................................................... 21
4.5.1 Bioensaio sem competição alimentar...................................................... 21
4.5.2 Bioensaio com competição alimentar..................................................... 22
4.6 Testes estatísticos............................................................................................ 23
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................... 24
6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 27
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 28
11
1. INTRODUÇÃO
Os espécimes da Ordem Blattaria são conhecidas popularmente por baratas,
cajards, blattes, cockroaches, schabem, tarakan, cucarachas. O nome vem do latim
blatta, nome genérico da barata ou inseto que evita a luz. Têm pouca importância
para a agricultura, entretanto, algumas são muito importantes do ponto de vista
sanitário, devido à sua adaptação aos domicílios e outras construções feitas pelo
homem quando danificam alimentos e roupas e ainda disseminam doenças. Podem
ser aladas, semi-aladas ou ápteras (FRAGA & OLIVEIRA, 2005).
As baratas são insetos da ordem Blattodea, de convívio mais comum aos
humanos, devido às propícias condições relacionadas à disponibilidade de alimento,
abrigo e água. Atualmente existem cerca de 4000 espécies de baratas (THYSSEN et
al., 2004), a maioria silvestre, e apenas 1% destas busca o convívio com o homem
(BUZZI, 2005). São insetos que possuem uma alta capacidade adaptativa ao meio
ambiente, um sistema sensorial e neuro-motor desenvolvido, capacidade de voar e
de correr. Além disso, as baratas têm uma elevada capacidade reprodutiva e ciclo
de vida relativamente curto (EZEMBRO, 2008).
As baratas são de hábito noturno, tendo preferência por ambientes quentes,
úmidos e escuros (THYSSEN et al. 2004). No estágio adulto se estabelecem em
locais como esgotos, galerias de águas pluviais e tubulações elétricas, mas também
aparecem em locais pouco visitados por pessoas e têm grande apreciação por
papelão e materiais de madeiras (GALLO, 2002). Quanto ao regime alimentar são
omnívoras ou oligófagas, aceitando tanto alimento animal quanto vegetal, embora
dêem preferência aos vegetais (FRAGA & OLIVEIRA, 2005).
Sua importância médico-sanitária é bastante discutida na literatura, pois
podem servir de veículo de bactérias e vírus patogênicos, bem como de hospedeiros
para helmintos, protozoários e fungos. O hábito de regurgitar parte do alimento
digerido, ao mesmo tempo que defecam, representa o grande perigo desses insetos
em nossos lares. Entre as doenças causadas por microorganismos transportados
pelas baratas são: a lepra, a disenteria, as gastro-enterites e outras (FRAGA &
OLIVEIRA, 2005). Dentre as espécies consideradas como vetores de agentes
patogênicos, as mais importantes são: Supella longipalpa (Barata de faixa marrom);
Blatta orientalis (Barata oriental); Blatella germanica (Barata alemã) e Periplaneta
12
americana (Barata americana) (THYSSEN et al. 2004; LOPES et al. 2006; LOPES,
2005).
As iscas tóxicas são utilizadas para controlar baratas B. germanica, que
podem facilmente ser integradas em programas de gerenciamento de pragas
urbanas. O uso de iscas resulta em menor contaminação ambiental (CORNWELL,
1976; DENT, 1991; GORHAM, 1991). Iscas recentes envolvem a mistura de
inseticidas de ação relativamente lenta (RUST et al., 1995). O ingrediente ativo pode
atuar por meio da ingestão direta ou absorção cuticular. Para serem eficientes, as
formulações em gel devem ser palatáveis, atraentes, fáceis de consumir e tóxicas
(APPEL, 1990). Iscas alimentares entram em concorrência com todas as outras
fontes de alimentos locais incluindo insetos mortos (SILVERMAN & SELBACH,
1998).
A transmissão secundária da isca pode ocorrer por meio de necrofagia ,
individuo que se alimenta de cadáveres ou de substâncias em decomposição,
canibalismo , animal que se alimenta de indivíduos da mesma espécie e por
coprofagia , ato de se alimentar de fezes (SILVERMAN et al. 2001; DICIONÁRIO
ESCOLAR DA LÍNGUA PORTUGUESA, 2008).
Trabalhos anteriores indicam a mortalidade causada pela transmissão
secundária em insetos, ou seja, aqueles que não ficaram expostos diretamente a
iscas tóxicas. Kopanic & Schal (1999) mostraram a ação de coprofagia Gahlhoff et
al. (1999) demonstraram o papel do canibalismo de baratas mortas contaminadas.
As baratas que tiveram acesso a uma isca podem contaminar outros membros de
seu agregado (SILVERMAN et al. 2001). Fatores como o aumento de temperatura,
população muito densa e recursos alimentares limitados tendem a aumentar esse
comportamento (WILLE 1920, GUTHRIE & TINDALL 1968).
Portanto, é importante saber se o ato de necrofilia feito por esses animais,
agrega no controle químico, ou esse comportamento é indiferente em vista do
controle químico propriamente dito.
13
2. REVISÃO LITERÁRIA
2.1 Biologia e Comportamento
As espécies Periplaneta americana (barata americana ou de esgoto) (Fig. 1) e
Blattella germanica (baratinha alemã) (Fig. 2), são as de maior importância no meio
urbano. O ciclo de vida de P. americana varia entre 180 a 1095 dias, sendo que uma
fêmea coloca em sua vida uma média 225 ovos dispostos em várias ootecas
(agrupamento de ovos depositados em uma espécie de invólucro rígido, feito pela
própria barata para proteção). Esta espécie de porte médio e coloração
avermelhada, aloja-se preferencialmente em tubulações de esgotos, caixas de
gordura (inspeção), embaixo de pias e locais escuros e úmidos em geral. A espécie
B. germanica, de porte bem menor e de cor variando entre o cinza claro ao marrom
amarelado, é extremamente prolífera (260 ovos/fêmea) e de ciclo de vida bem mais
curto (200 a 300 dias). Este inseto se aloja principalmente em locais quentes e
úmidos, atrás de fogões, geladeiras, frestas, armários de cozinha, entre outros
(ZORZENON, 2002).
Necrofagia é o consumo de animais mortos, alguns dos quais podem ter
morrido intoxicados por inseticidas impregnados em iscas. A necrofagia é importante
na ecologia nutricional das baratas uma vez que elas obtêm nutrientes essenciais
que são obtidos de insetos mortos, mas que não são encontrados em outros
alimentos na natureza (SCHAL et al. 1984)
Membros da mesma espécie podem servir como fontes de nutrientes de
inúmeras maneiras, que vão desde os comportamentos associados ao cuidado
Figura 1 – Exemplar da espécie Periplaneta
americana. (Fonte: waynesword.com)
Figura 2 – Exemplar da espécie Blattella
germanica. (Fonte: 123RF.com)
14
parental até o canibalismo. Como exemplo de cuidado parental, as ninfas das
baratas no gênero Perisphearus são mantidas e protegidas sob o abdômen da mãe
onde se alimentam de secreções (ROTH, 1981). Outra forma de troca nutricional
ocorre quando os machos de B. germanica (L.) depositam um espermatóforo na
genitália da fêmea, que é a seguir consumido por ela após ser expelido, tendo
importância na produção da ooteca (MULLINS & KEIL, 1980). Baratas da família
Blattellidae consomem frequentemente ootecas cujas ninfas não eclodiram, e
membranas embrionárias, servindo assim como uma fonte de nutrientes (GORTON
et. al., 1979, ROTH & WILLIS,1960). Adicionalmente, baratas alimentam-se de
fezes, que presumidamente servem como uma fonte da proteína dietética,
particularmente quando a comida é escassa (COCHRAN, 1986), exúvias de baratas
são frequentemente consumidas pelas próprias baratas (WILLIS et al. 1958).
2.2 Controle de baratas
2.2.1 Métodos de prevenção
As seguintes recomendações propiciam um controle preventivo das baratas
ou a diminuição da infestação, no caso de já se encontrarem no ambiente:
1 - Verificação dos locais onde há acúmulo de lixos recolhendo-os ou
fechando-os hermeticamente, devendo manter a casa sempre limpa e o terreno em
volta sempre capinado. Remover diariamente todo o lixo em sacos plásticos,
principalmente restos alimentares. Lavar periodicamente a lixeira, mantendo-a seca
e bem fechada;
2 - Conservação dos alimentos de modo a impedir o alcance das baratas.
Doces, pães, biscoitos devem ser guardados em vasilhas bem fechadas ou na
geladeira;
3 - Limpeza periódica (quinzenal) de caixas de gordura, mantendo-as sempre
bem fechadas;
4 - Eliminação dos abrigos rebocando-se ou vedando com silicone frestas e
outras fendas e eliminação de mesas e armários de madeira das áreas de
alimentação. As frestas de armários de cozinha, em cima e abaixo da pia, devem ser
vedadas e deve ser feita limpeza periódica do interior destes armários;
15
5 - Limpeza diária do fogão e embaixo da geladeira e manutenção da
bancada da pia bem seca e limpa durante a noite;
6 - Revisão de mercadorias e o descarte total de todas as embalagens de
papelão ou de madeira usadas para o transporte de alimentos (insetos adultos ou
seus ovos são disseminados desta maneira);
7 - Eliminação / inspeção dos locais de acesso, tais como: conduítes elétricos,
canalizações de águas pluviais, interruptores de luz, saídas de telefones, etc. Manter
bem justas as tampas, trocando os espelhos de tomadas ou interruptores
quebrados.
8 - Limpeza periódica dos ralos da cozinha, área de serviço e banheiros que
devem ser do tipo abre e fecha para impedir a passagem de insetos quando em
desuso;
9 - Vedação de borracha em todas as portas que dão para o exterior das
edificações.
Os habitats preferenciais das baratas são perto das fontes de calor e abrigos
como motores de geladeira, freezer, fogões, fornos, coifas, estufas e outros
maquinários, locais com pouca ou nenhuma luminosidade. Portanto, deve-se
sempre examinar armários, gabinetes, guarnições de portas, prateleiras, quadros de
energia elétrica, forros, sob pias e bancadas, depósitos, ralos, caixas de inspeção
em cozinhas, rede de tubulações, lixeiras, nos pés e sob os balcões e mesas.
Verificar as borrachas de portas de freezers e geladeiras, gabinetes e armários cujas
fórmicas estejam soltas ou o compensado esteja muito úmido e dilatado (VON
ZUBEN, 2006).
2.2.2 Métodos de controle
Diversos métodos de controle têm sido propostos e pesquisados dentro da
filosofia do manejo integrado de pragas, destacando-se as iscas, armadilhas e os
inseticidas (BRANESS, 1990; BRANESS et.al., 1991).
Iscas tóxicas são muitas vezes utilizadas para controlar B. germanica, e eles
podem facilmente ser integradas em programas de gestão de pragas urbanas
(CORNWELL 1976; DENT 1991; GORHAM 1991). O uso de iscas resulta em menor
contaminação ambiental e maior facilidade de aplicação. Desenvolvimentos recentes
na tecnologia desses produtos apontam que as iscas envolvem a mistura de
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inseticidas de ação relativamente lenta em uma base alimentar (RUST et al., 1995).
O ingrediente ativo pode agir por meio da ingestão direta ou absorção cuticular
(GEORGHIOU & SAITO, 1983).
Principais ingredientes ativos usados em isca gel para baratas:
Imidacloprido - Pertence à classe dos neonicotinoides. Atua nas sinapses do
inseto e interrompe a transmissão do impulso nervoso ao ligar-se aos receptores
nicotínicos pós sinápticos. Este processo ocorre em todo o sistema nervoso levando
o inseto à óbito em um pequeno espaço de tempo (TOMIZAWA & CASIDA, 2003).
Hidrametilnona - É um inibidor metabólico que atua na cadeia transportadora
de elétrons, no interior da mitocôndria, bloqueia a produção de ATP provocando
diminuição no consumo de oxigênio pela célula. O efeito é lento, característico da
molécula, que interrompe o metabolismo causando inatividade, paralisia e morte do
inseto (BLOOMQUIST, 2013).
Fipronil - Pertence à classe dos fenilpirazóis que opera no sistema nervoso
central do inseto inibindo o receptor do ácido gama aminibutírico (GABA). O sistema
receptor-GABA, responsável pela inibição da atividade neural anormal, previne o
estímulo excessivo dos nervos. Quando a função desse sistema regulador é
bloqueada pelo fipronil ocorre hiperexcitação neural e consequentemente a morte do
inseto (PAN, 2005).
Propoxur - O Metilcarbamato de fenila (propoxur) tem ação letal rápida sobre
os insetos, como os organofosforados, também inibe a Acetilcolinesterase, embora,
nesse caso, a reação envolvida seja a carbamilação. Apesar de atuar de forma
muito similar nos sistemas biológicos, apresenta duas diferenças principais em
relação aos organofosforados. Primeiramente, alguns carbamatos são potentes
inibidores da Aliesterase (uma Esterase alifática, cuja função exata é desconhecida)
e apresentam seletividade pronunciada contra as AChE de certas espécies. A
segunda diferença é que a inibição da AChE pelos carbamatos é reversível (WARE,
2000).
Para uma isca gel ser eficiente ela deve ser, palatável, atraente, fácil de consumir e
tóxica em pequenas quantidades consumidas (APPEL, 1990). A isca gel é a
concorrência com todas as outras fontes de alimentos locais (SILVERMAN &
SELBACH, 1998), incluindo outros insetos mortos (COCHRAN, 1982).
17
3. OBJETIVOS
Avaliar a transmissão secundária de iscas tóxicas contendo imidacloprido,
hidrametilnona, fipronil e propoxur na mortalidade de Blattella germanica pelo
comportamento de necrofagia, com e sem a presença de alimento.
18
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Insetos
Foram utilizados baratas da espécie B. germanica, alimentadas com ração
padrão e criadas no Instituto Biológico – SP.
4.2 Ingredientes ativos incorporados nas iscas uti lizadas
4.2.1 Imidacloprido
• Ingrediente ativo ou nome comum: imidacloprido (imidacloprid)
• Sinonímia: NTN 33893
• Nº CAS (Chemical Abstract Service): 138261-41-3
• Nome químico: 1-(6-chloro-3-pyridylmethyl)-N-nitroimidazolidin- 2
ylideneamine
• Fórmula bruta: C9H10ClN5O2
Grupo químico: Neonicotinóide
Classe: Inseticida
Classificação toxicológica: Classe III
4.2.2 Hidrametilnona
• Ingrediente ativo ou nome comum: hidramethylnone (hydramethylnon)
• Sinonímia: Amidinohydrazone; CPRD 13581; AC 217 300; CL 214 300
• Nº CAS (Chemical Abstract Service): 67485-29-4
• Nome químico: 5,5-dimethylperhydropyrimidin-2-one4-trifluoromethyl-α-
(4-trifluoromethylstyryl) cinnamylidenehydrazone
• Fórmula bruta: C25H24F6N4
Grupo químico: Amidinohidrazona
Classe: Inseticida
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Classificação toxicológica: Classe III
4.2.3 Fipronil
• Ingrediente ativo ou nome comum: fipronil (fipronil)
• Sinonímia: MB 46030
• Nº CAS (Chemical Abstract Service): 120068-37-3
• Nome químico: (RS)-5-amino-1-(2,6-dichloro-α,α,α-trifluoro-p-tolyl)-4-
trifluoromethylsulfinylpyrazole-3-carbonitrile
• Fórmula bruta: C12H4Cl2F6N4OS
Grupo químico: Pirazol
Classe: Inseticida, formicida e cupinicida
Classificação toxicológica: Classe II
4.2.4 Propoxur
• Ingrediente ativo ou nome comum: prpoxur (propoxur)
• Sinonímia: PHC, DMS 33, IMPC
• Nº CAS (Chemical Abstract Service): 114-26-1
• Nome químico: 2-isopropoxyphenyl methylcarbamate
• Fórmula bruta: C11H15NO3
Grupo químico: Metilcarbamato de fenila
Classe: Inseticida
Classificação toxicológica: Classe II
Informações contidas nos documentos fornecidos pela ANVISA (Agência
Nacional de Vigilância Sanitária) (ANVISA, 2015).
20
4.3 Marcas comerciais
A tabela 1 apresenta as marcas comerciais e seus ingredientes ativos
utilizados nesse trabalho.
Tabela 1 – Marcas comercias usadas nos testes de mortalidade de
Blatella germanica.
Marca comercial Empresa Ingrediente ativo - p/p
Maxforce Prime Bayer Imidacloprido - 2,15%
Siege Basf Hidrametilnona - 2%
Goliath Basf Fipronil – 0,05%
Blatter Bequisa Propoxur – 3%
4.4 Obtenção de B. germanica mortas pelas diferentes iscas tóxicas
Foram utilizados grupos de dez machos e dez fêmeas em jejum de 24 horas.
Cada grupo foi estabelecido em uma arena (Fig. 3) com 0,5g de gel inseticida, um
abrigo e água. O gel foi disponibilizado durante duas horas e a seguir retirado. Após
a mortalidade as baratas mortas foram oferecidas á bioensaios com e sem
competição alimentar.
21
Figura 3 - Arena do teste para aquisição de indivíduos mortos.
Fonte: Próprio autor (2015).
4.5 Transmissão secundária
4.5.1 Bioensaio sem competição alimentar
A fim de determinar a mortalidade de baratas por meio da transmissão
secundária, isto é, pela necrofagia de baratas mortas intoxicadas por iscas tóxicas
com diferentes ingrediente ativos, sem competição com o alimento padrão, foi
realizado o seguinte experimento.
Cada tratamento consistiu de 20 insetos (10 fêmeas e 10 machos) em jejum
alimentar de 24 horas, e ficaram na arena durante sete dias e após esse período foi
contato quantos indivíduos foram mortos pelo consumo dos cadáveres. Após este
período eles receberam como alimento cinco indivíduos de B. germanica mortos
pela ingestão da isca gel, retirados no ensaio para mortalidade (item 4.4). Os
ÁGUA
G E L
ABRIGO
22
bioensaios foram realizados com cinco repetições cada e uma amostra controle (Fig
4).
Figura 4 - Arena de teste sem competição alimentar.
Fonte: Próprio autor (2015).
4.5.2 Bioensaio com competição alimentar
Para avaliar a mortalidade secundária em ambiente de competição alimentar,
os bioensaios foram realizados como anteriormente descrito (item 4.5.1), porém foi
oferecido juntamente com os cadáveres 0,5g de ração padrão, (Fig. 5). Após o sete
dias foi avaliado a quantidade de indivíduos mortos pela necrofagia.
ÁGUA
ABRIGO
CADÁVER
23
Figura 5 - Arena de teste com competição alimentar.
Fonte: Próprio autor (2015).
4.6 Testes estatísticos
Para as análises estatísticas foi aplicado o teste de comparação de médias
(Teste de Tukey nível de probabilidade de 5%). Esse teste tem como base a
DMS (diferença mínima significativa), representada no geral por ∆ e
calculada pela seguinte fórmula:
Onde:
q∆ = é o valor da amplitude, em função do número de tratamentos e do
número de grau de liberdade do resíduo, ao nível α de probabilidade;
s = é a estimativa do desvio padrão residual (erro experimental);
r = número de repetições.
CADÁVER
ÁGUA
ABRIGO
RAÇÃO
24
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi observado que houve transmissão secundária para todas as iscas
testadas, porém nos testes sem competição alimentar o imidacloprido teve a maior
taxa de mortalidade (60%) enquanto em testes com competição alimentar o fipronil
teve o melhor resultado (47%) (Tab. 2).
Para Silverman et al. (1991) e Ree et al. (1995) o comportamento de
necrofagia entre as baratas permite a transferência de uma substância tóxica de
adultos para ninfas e que esse comportamento desempenha um papel importante na
gestão de pragas, no presente trabalho foi avaliado a transmissão secundária de
adulto para adulto contribuindo assim com o parecer dos autores a cima.
Em condições de laboratório, a taxa de mortalidade após a transmissão
secundária de fipronil sem competição alimentar (51%) não fez uma diferença
significativa em relação á taxa de mortalidade no ensaio com competição alimentar
(47%). Demonstrando assim que o produto a base de fipronil se mostrou eficiente no
controle químico de baratas no comportamento de necrofagia tanto com e sem
competição alimentar. Nos testes sem competição alimentar todos os produtos
demonstram uma diferença significativa sob suas respectivas amostras controle
(Tab. 2).
25
Tabela 2 – Mortalidade (7 d) de baratas por meio da necrofagia, ensaios com e sem
competição alimentar, teste inteiramente casualizado. São Paulo, 2015.
Obs.: Foram usados 20 insetos por amostra em 5 repetições. São comparações calculadas a partir
da mortalidade total, registrado no término do período do ensaio. Letras iguais indicam que, no nível
de 5% de significância, não há diferença entre as médias.
*C.v % - Coeficiente de variação.
TRATAMENTO
MÉDIA
MORT.
PORCENT.
MORT. (%)
Fipronil sem competição alimentar 10,20a 51,0
Controle sem competição alimentar 1,20 b 6,0
Fipronil com competição alimentar 9,40a 47,0
Control e com competição alimentar 1,20 b 6,0
*C.v.% 29,32
Imidaclopidro sem competição alimentar 12,00a 60,0
Controle sem competição alimentar 1,00 b 5,0
Imidaclopidro com competição alimentar 1,80 b 9,0
Controle com competição alimentar 0,60 b 3,0
*C.v.% 48,59
Hidrametiolnona sem competição alimentar 4,00a 20,0
Controle sem competição alimentar 0,20 b 1,0
Hidrametiolnona com competição alimentar 2,80ab 14,0
Controle com competição alimentar 0,20 b 1,0
*C.v.% 100,54
Propoxur sem competição alimentar 2,80a 14,0
Controle sem competição alimentar 1,40ab 7,0
Propoxur com competição alimentar 0,20 b 1,0
Controle com competição alimentar 0,60 b 3,0
*C.v.% 80,00
26
Em trabalhos de Durier & Rivault (2000), em seus ensaios de necrofagia com
adultos de B. germanica sem competição alimentar foi obtido um resultado de 25,5%
e 42,5% para os testes a base de hidrametilnona e fipronil respectivamente. Esses
resultados vão ao encontro com os do presente trabalho, onde baratas que se
alimentaram de cadávares de baratas mortas por iscas ingeridas a base de
hidrametilnona e fipronil, tiveram 20% e 51% de mortalidade, respectivamente.
Kopanic & Schal (1997) discutem que a transmissão secundária de hidrametilnona é
menos eficiente que a própria ingestão da isca.
Nos ensaios realizados por Gahlhoff, Miller & Koehler (1999), oferecendo
ninfas mortas por hidrametilnona e fipronil para adultos de B. germanica sem
competição alimentar, resultaram em 41,95% e 21%de mortalidade respectivamente.
Essa diferença ocorreu devido o modelo experimental que é distinto do presente
trabalho, pois esses autores ofereceram ninfas mortas para os adultos enquanto
neste trabalho foi oferecido adultos mortos para adultos.
Essas diferenças de mortalidade de baratas que se alimentaram de
cadáveres de baratas intoxicadas por diferentes iscas podem ser inerentes aos seus
modos de ação. Além disso, a composição da isca pode afetar o nível de
transmissão secundária por dispersão do ingrediente ativo (SILVERMAN et al.,
1991).
A propagação passiva de micro quantidades de inseticidas géis por meio da
necrofagia feita por baratas é um trunfo importante para o controle de pragas com
iscas de baixa dosagem, tais como fipronil (KAAKEH et al., 1997; VALLES et al.
1997) ou com iscas que são de ação lenta como hidrametilnona (KOEHLER &
PATTERSON 1991).
A necrofagia ocorre mesmo quando há comida, água e abrigo (APARICIO,
1996). Fontes limitadas de alimentos tendem a aumentar o canibalismo em baratas
(WILLE, 1920; GUTHRIE & TINDALL, 1968). Portanto, condições sanitárias devem
minimizar as fontes alternativas de alimento forçando assim o canibalismo entre
esses insetos, colaborando desta forma no manejo de pragas.
27
6. CONCLUSÃO
• Houve transferência secundária entre os ingredientes ativos auxiliando na
dinâmica do manejo integrado de baratas;
• Baratas que se alimentaram de cadáveres de baratas mortas por iscas a base
de fipronil tiveram maior mortalidade àquelas que se alimentaram de iscas com
outros ingredientes ativos nos testes com presença de alimento padrão.
• A transmissão secundária foi mais significativa nos ensaios realizados sem
competição alimentar, mostrando assim que mesmo que a necrofagia seja um
comportamento natural entre esses insetos, eles se interessam mais pelo
alimento disponível no ambiente;
28
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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