ceis por setores institucionais sílvia helena g. de miranda les – esal/usp les 200 outubro/2014

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CEIs por setores institucionais Sílvia Helena G. de Miranda LES – ESAL/USP LES 200 OUTUBRO/2014

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Page 1: CEIs por setores institucionais Sílvia Helena G. de Miranda LES – ESAL/USP LES 200 OUTUBRO/2014

CEIs por setores institucionais

Sílvia Helena G. de MirandaLES – ESAL/USP

LES 200

OUTUBRO/2014

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BIBLIOGRAFIA

• Capitulo 4 – Feijó et al

• IBGE - http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasnacionais/2009/defaulttabzip.shtm

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Introdução• Classificação dos setores institucionais das Contas Nacionais

do Brasil:1. Empresas não-financeiras2. Empresas financeiras3. Administrações públicas4. Famílias5. ISFLSF6. Resto do mundo

• A apresentação por setor institucional: permite visualizar o mecanismo pelo qual as:

– empresas, administrações públicas, famílias e o resto do mundo ....

• Contribuem e participam do processo de:

– geração, apropriação primária, distribuição e uso da Renda Nacional

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Classificação

Setor 1 – Empresas não-financeiras

Produzem bens e serviços através da transformação de insumos (demandados de outros setores) e da contratação de mão-de-obra. Composta por empresas privadas e públicas (ex: Petrobrás)

Setor 2 – Empresas Financeiras

Criam meios de pagamentos e/ou intermediam recursos dos setores superavitários, repassando para os demandantes de recursos financeiros. Subdivide-se em Instituições financeiras (Bacen, sociedades do sistema financeiro, auxiliares financeiros) e Instituições de Seguros (sociedades de seguros, planos de saúde e fundos de pensão)

Setor 3 – Administrações públicasPrestam serviços públicos, não-mercantis, e obtêm recursos via taxação de

serviços ou cobrança de impostos. Administração pública federal, estadual e municipal

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Classificação

Setor 4 – FamíliasTêm função de adquirir bens de consumo; mas inclui unidades de produção

não-empresariais (sem CNPJ, e autônomos)

Setor 5 – Instituições sem fins lucrativos a serviço das famílias

Entidades jurídicas ou sociais criadas com o fim de produzir bens ou serviços sem fins lucrativos (associacoes profissionais, associacoes comunitarias, entidade de defesa de direitos, condominios, cartorios....)

Setor 6 – Resto do mundoTransações econômicas de um país com os demais

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Conta de Operações de bens e serviços e operações correntes com o Resto do Mundo

• Duas primeiras colunas do sistema de Contas Nacionais: não são abertas por setor institucional– Visam descrever a geração do valor adicionado bruto e das

operações externas

• Conta bens e serviços: – lado esquerdo são os recursos: oferta de bens (importação +

produção + IL)

– Lado direito: contrapartida – usos do total economia e resto do mundo (exportação + consumo intermediário)

• Resto do mundo: – lado esquerdo (recurso): importações e

– lado direito (uso): exportações

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Contas correntes (1)1 – Conta de produção - Estimativa do valor adicionado bruto de

cada setor

• Setor 1 – Empr. n-financ.: Produção – receitas com vendas de bens/serviços

• Setor 2 – empr. Financ.: parte do valor de produção é imputado. Produz além das receitas de serviços e aluguéis, diferença entre rendas de propriedades recebidas e juros pagos pela intermediação de recursos de terceiros (esta diferença é o SIFIM)

• Setor 3 – Adm. publ.: produção de serviços de uso coletivo não-mercantis (saúde/educação) – produção estimada pela soma custos produção

• Setor 4 – Familias: contribuição das unidades de produção não incluídas no Setor 1 – rurais, autônomos, microempresas.

• Setor 5 – ISFLSF: assim como Admin. Publica, producao é computada pela otica do custo da producao.

(VPpb + Ip) – CIpc = PIB

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CONTA DE PRODUÇÃOSetores Institucion.

Recurso

Valor produção

Recurso

Imp. s/Prod.

Uso

Cons. interm.

Saldo da conta

PIB/VAB

Total Economia

VPpb IP Cpc PIB*

Empresas não-financ.

VP1pb C1pc PIB1

Empresas financ.

VP2pb C2pc PIB2

Administr.

Públicas

VP3pb C3pc PIB3

Famílias VP4pb C4pc PIB4

Instituições

s/fins lucrativos

VP5pb C5pc PIB5

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OBSERVAÇÃO

• A MAIOR PARTE DO VALOR DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS É IMPUTADA: estimativas indiretas, ou seja, pelo diferencial de juros, ou juros imputados = parcela denominada Serviços de Intermediação Financeira Indiretamente Medidos (SIFIM) na CEI = chamada de dummy financeira na TRU

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Contas correntes (2)

2 - Conta de Renda

2.1. Conta de distribuição 1aria. Renda – Geração de Renda

- Componentes do valor adicionado são lançados a usos

- Administração pública: excedente operacional lìquido é nulo; considera apenas depreciação - consumo de capital fixo (EOB3)

- Impostos sobre produtos não são identificados por setores institucionais; sendo identificados apenas os Outros impostos, líquidos de subsídios, sobre a produção (impostos sobre folhas de pagamento, taxas incidentes sobre atividades)

PIB – [(W+Wnr) + (Im – Sb)] = EOB

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CONTA DE GERAÇÃO DE RENDA

Setores institucion. Recurso

PIB

Uso

Remuner.

Uso

Outros impostos líquidos s/ativ.

Saldo da Conta de Excedente Operac.Bruto

Total economia PIB W + Wnr (Im – Sb) EOB

Imp.s/prod. e import. Ip Ip

Empr.não-finac. PIB1 (W + Wnr)1 (Im – Sb)1 EOB1

Empresas financ. PIB2 (W + Wnr)2 (Im – Sb)2 EOB2

Administrações públicas

PIB3 (W + Wnr)3 (Im – Sb)3 EOB3*

Famílias PIB4 (W + Wnr)4 (Im – Sb)4 EOB4**

ISFSF PIB5 (W + Wnr)5 (Im – Sb)5 EOB5

* Nota = equivale ao consumo de capital fixo (depreciação)** Inclui remuneração de autônomos

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Contas correntes2 - Conta de Renda

2.1. Conta de distribuição 1aria. Renda – Alocação de Renda

• Ajustes entre setores institucionais referentes ao pagamento e recebimento de rendas de propriedade (remun. Capital).

• Passa para conceito de Renda nacional e de Renda Primária dos setores institucionais (RPrB) = somatório das rendas primárias (recurso) + saldo dos rendimentos referentes à remuneração do capital

EOB + (W+ Wr) + (Im-Sb) + RLP = RNB

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CONTA DE ALOCAÇÃO DE RENDA

Setores instituc. Recurso

EOB

Recurso

Remun.

Recurso

Outros imp. líquidos s/prod.

Saldo rendas líquidas de propried. (recebim. – pagamentos)

Saldo da Conta

RNB

Total economia EOB (W + Wr) (Im – Sb) RLP RNB

Empr.não-finac. EOB1 RLP1 RPrB1

Empresas financ.

EOB2 RLP2 RPrB2

Administrações públicas

EOB3 (Im – Sb)3 RLP3 RPrB3

Famílias EOB4 (W + Wr)4 RLP4 RPrB4

ISFLSF EOB5 RLP5 RPrB5

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RENDIMENTOS DE PROPRIEDADE (RLP)

• Juros efetivos – de contratos (inclusive juros da dívida pública)

• Juros imputados (creditados para remunerar ativos das famílias)

• Rendas recebidas por aluguéis de terras

• Rendas dos proprietários de ativos intangíveis

• Dividendos e outros rendimentos distribuídos pelas empresas

• Participação dos empregados nos lucros

• Prêmios líquidos de seguros e indenizações de seguros contra danos

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CONTAS CORRENTES2 - Conta de Renda -2.1. Conta de distribuição 2aria. Renda

• Ajuste das rendas primárias pelas transferências entre setores institucionais– Contribuições sociais (publ. e privadas) são destinadas pelas

famílias às empresas seguro (empr. Financ.) e administrações públicas

– Benefícios sociais: pagos por estes setores às famílias

• Impostos pagos por todos os setores às administrações públicas– RDB1 + RDB2 + RDB5= Renda Bruta disponível empresas– RDB1 + RDB2 + RDB5+ RDB4 = Renda Disponível Privada– RDB3 = Renda Disponível do governo ou Renda Líquida do

Governo (RLG)RNB + Tr = RDB

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DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DE RENDA

Setores instituc.

Recurso

RNB

Saldo Imposto Renda e Patrimônio

Saldo contrib.

Sociais (CS)

Saldo beneficio

Sociais (BS)

Saldo de outras transf. (Tr)

Saldo da conta RDB

Total da Economia

RNB 0 0 0 Tr RDB

Empr.não-finac.

RPrB1 IRP1 Tr1 RDB1

Empresas financ.

RPrB2 IRP2 CS2 BS2 Tr2 RDB2

Administr. públicas

RPrB3 IRP3 CS3 BS3 Tr3 RDB3

Famílias RPrB4 IRP4 CS4 BS4 Tr4 RDB4

ISFLSF RPrB5 IRP5 Tr5 RDB5

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CONTA DE USO DA RENDA• Consumo final: apenas para famílias e administrações

públicas

• Poupança privada da economia total = S1 + S2 + S4

• Consumo final das famílias (ou Despesa de consumo final) = gasto total (em dinheiro e em espécie com consumo final) + transferências sociais em espécie (ex: educação, saúde gratuitos)

• Contas Nacionais: registram a parcela do Ajustamento pela Variação das participações líquidas das famílias em fundos de pensão, FGTS e PIS/PASEP como ajuste à renda disponível dos setores institucionais.

RDB – C = Sr

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CONTA DE USO DA RENDA

Setores instituc.

Recurso

RDB

Uso

Cons. final

Ajustamento pela var. das particip. líq. das famílias nos fundos pensão, FGTS, PIS

Uso Recurso

Saldo da conta

Poupança Bruta

Total da Economia

RDB C A

A

Sr

Empr.não-finac.

RDB1 S1

Empresas financ.

RDB2 A2 S2

Administr. públicas

RDB3 C3 A3 S3

Famílias RDB4 C4

A

S4

IFSFL RDB5 C5

S5

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Conta de acumulação – Conta de Capital

• Explicita a relação entre a poupança bruta (recurso) e formação de capital (uso)

• Poupança agregada financia o investimento ou o resto do mundo e a poupança de cada unidade institucional pode se destinar a financiar outras unidades institucionais

• Transferências de capital => representam variação do patrimônio líquido resultnte das operaçõe financeiras como contrapartida de empréstios e dívidas contraídas

• Saldo negativo: quando o montante gerado pelas unidades superavitárias é < investimento agregado, há necessidade de financiamento externo

Sr – (FBCFpc + VE) = +- Sext.

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CONTA DE CAPITAL

Setores instituc.

Recurso

Poupança Bruto (1)

Uso

Formação Bruta (2)

Uso

VE (3)

Saldo da conta transferências liquidas de capital (4)

Capacidade/necessid.

Liq. Financiam.

[1+4]-[2+3]

Total da Economia

Sr FBCFpc VE B +-Sext

Empr.não-finac.

S1 FBCF1 VE1 B1 +-Sext1

Empresas financ.

S2 FBCF2 0 B2 +-Sext2

Administr. públicas

S3 FBCF3 0 B3 +-Sext3

Famílias S4 FBCF4 VE4 B4 +-Sext4

ISFLSF S5 FBCF5 B5 +-Sext5

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• A necessidade de financiamento das administrações públicas = déficit do governo (nas Contas Nacionais):– Método “acima da linha”: diferença entre recursos e usos- Sext3 = Déficit nominal do governo = (RDB3 - C3 + Ajustamento pela

variação da particip. líquidas das famílias em fundos de pensão, FGTS, PIS/PASEP) – FBCF3 + Saldo das transferências líquidas de capital

- Este método explicita o que provocou o déficit

• No Brasil: conceito oficial de déficit público é do Banco Central - método “abaixo da linha” = através do endividamento líquido do governo, mostrando como o déficit do governo é financiado = evidenciado na conta Financeira

• Ambos devem ter os mesmos saldos, mas com sinais trocados.

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Para próxima semana

1) Entrar no IBGE => Contas Econômicas Integradas (arquivo zipado)

2) Utilizar as contas por agentes institucionais para o ano de 2007 a 2009

3) Comparar a poupança de cada agente institucional para o período e entre os agentes

4) Comparar a necessidade ou capacidade de financiamento de cada agente institucional

5) Contribuições sociais pagas e benefícios sociais recebidos