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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE MEDICINA PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU Prof. Adjunto PASQUAL BARRETTI Prof.ª Adjunta MARIA CRISTINA PEREIRA LIMA Botucatu 2017

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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DEMESQUITA FILHO”

FACULDADE DE MEDICINA

PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA UNIDADE

FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU

Prof. Adjunto PASQUAL BARRETTI

Prof.ª Adjunta MARIA CRISTINA PEREIRA LIMA

Botucatu

2017

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SUMARIO

1. Introdução ao Plano de Desenvolvimento da Unidade: Faculdade de Medicina de Botucatu

1.1 Princípios norteadores da elaboração do PDU

1.2 Procedimentos para a Construção do PDU

2.Visão e Missão:

3. Síntese da Discussão em cada um dos grupos:

3.1. Graduação em Enfermagem e Medicina

3.2. Pós-graduação e Pesquisa

3.3. Residências e Aprimoramento

3.4. Extensão e Assistência

3.5. Avaliação e Desenvolvimento Pessoal

3.6. Gestão e Relações Interinstitucionais

4. Acompanhamento do PDU

Apêndices:

1. Comissão responsável pela organização da Oficina e elaboração do relatório final

2. Moderadores

3. Lista dos Participantes

4. Planilhas com a síntese dos grupos de trabalho:

4.1. Graduação em Enfermagem e Medicina

4.2. Pós-graduação e Pesquisa

4.3. Residências e aprimoramento

4.4. Extensão e assistência

4.5. Avaliação e desenvolvimento pessoal

4.6. Gestão e relações interinstitucionais

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Introdução ao Plano de Desenvolvimento da Unidade

Faculdade de Medicina de Botucatu

“Se planejar é sinônimo de conduzirconscientemente, não existirá então alternativa aoplanejamento. Ou planejamos ou somos escravosda circunstância. Negar o planejamento é negar apossibilidade de escolher o futuro, é aceitá-lo sejaele qual for.” (Matus, 1996)1

Após as adequações ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), em fevereiro

de 2016, a reitoria da UNESP desencadeou ações a partir das quais deveriam ser construídos

os Planos de Desenvolvimento de cada Unidade (PDU) e, posteriormente, os Planos de

Desenvolvimento Departamental (PDD). Como parte dessa iniciativa, foram realizadas

reuniões em abril de 2016 nas cidades de Araraquara, Bauru e São Paulo, para as quais

foram convidados gestores das unidades próximas a cada um destes campi. Pela Faculdade

de Medicina de Botucatu (FMB), participaram da reunião de Bauru: o diretor administrativo

(Sr. Carlos Antonio Winckler), o diretor acadêmico (Sr. Rivaldo Antonio Piacitelli), o

coordenador do Escritório de Apoio à Pesquisa (Prof. Carlos Magno C.B. Fortaleza), a Profa.

Maria Aparecida Custódio Domingues que integrou a Escola de Gestão, responsável pela

condução dos trabalhos e a vice-diretora (Profa. Maria Cristina P. Lima). Nessas reuniões, foi

discutida a importância do PDI para a Unesp e também foram abordados aspectos

metodológicos e conceituais de planejamento, em particular do Planejamento Estratégico

Situacional (PES). A expectativa era que, a partir destas ações, as unidades da UNESP

discutissem a visão, missão e as metas e ações futuras para cada uma delas.

Este documento sintetiza o PDU da FMB, desde as primeiras ações desenvolvidas, em

resposta à chamada da reitoria, até a formulação final do plano submetido à Congregação.

Inicialmente, apresentam-se os princípios adotados em sua elaboração, seguidos de uma

síntese do processo em cada etapa do seu desenvolvimento e, ao final, são apresentadas as

planilhas construídas nos grupos de trabalho. Este documento foi discutido e aprovado pela

Congregação da FMB em 11 de agosto de 2017.

1.1. Princípios norteadores da elaboração do PDU

1 MATUS, Carlos. Política, planejamento & governo. Brasília: IPEA, 1993

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Para composição da Comissão foram estabelecidos os seguintes critérios:

participação das três categorias (discentes, docentes e servidores técnico-administrativos),

inclusão de professores e alunos de ambos os cursos ministrados na FMB (Enfermagem e

Medicina), profissionais com experiência em gestão, PES e/ou psicodrama e profissionais em

posições estratégicas relacionadas ao ensino, pesquisa e extensão. A lista dos membros

Comissão pode ser verificada ao final deste documento (Apêndice 1).

Desde a chamada da reitoria, estava claro que a metodologia mais adequada para o

desenvolvimento dos trabalhos na FMB seria o PES. Além de ter sido um método destacado

nas reuniões de abril de 2016, essa metodologia já havia sido adotada na FMB, em 2005, em

Oficina de Planejamento que envolveu toda a comunidade.

A partir do exposto, a Comissão adotou como princípios norteadores dos trabalhos:

1. Que o PDU deveria derivar de produção coletiva, com ampla participação de toda

comunidade;2. Que os trabalhos deveriam respeitar as diversidades e incluir atores externos à

Unesp, como por exemplo, representantes do Hospital das Clínicas, das fundações, do

poder público municipal e de organizações civis não governamentais;3. Que a metodologia adotada seria a do PES, resgatando o produto das oficinas de

2005 e tendo como ponto de partida, além deste produto, a visão e a missão vigentes.4. Que deveria haver o apoio de moderadores externos e que, se possível, deveriam ser

os mesmos que conduziram a oficina em 2005.5. Que seria disponibilizado na página da FMB todo o material compilado da oficina de

2005, todo material produzido no processo atual e literatura relacionada ao referencial

teórico do PES.6. Que as sucessivas etapas na organização da oficina deveriam ser discutidas com os

membros da Congregação, não só para as contribuições e a aprovação do colegiado,

mas também para fomentar o clima de discussão sobre planejamento na instituição.

1.2. Procedimentos para a Construção do PDU

Foi feito um resgate da Memória da Oficina de planejamento estratégico de 2005. A

oficina realizada em 2005 foi desenvolvida em seis grupos: 1. Graduação em Enfermagem, 2.

Graduação em Medicina, 3. Pós-graduação e Pesquisa, 4. Residência e Aprimoramento, 5.

Assistência e Extensão e 6. Avaliação e Desenvolvimento Pessoal.

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O documento síntese e as planilhas de 2005 foram resgatados e cada uma das metas

propostas na época foram examinadas pela Comissão, tentando verificar quais haviam sido

atingidas total ou parcialmente e quais não obtiveram êxito. A partir dessa leitura, foram

construídas “linhas do tempo” e quadros que sintetizavam o “antes e o depois” – entre 2005

e 2017 – para cada um dos grupos de trabalho. O intuito foi dar visibilidade para a

comunidade sobre os avanços obtidos desde 2005, os objetivos não alcançados e os desafios

presentes.

Diferentemente do cenário em 2005, atualmente o HC consiste em uma autarquia

administrativamente independente da UNESP e ampliaram-se as interfaces da FMB com a

rede de atenção à saúde no município e região, para citar apenas dois pontos importantes

que tornam o contexto distinto. Diante disto, a gestão despontou como um tema importante

e os grupos foram reorganizados:

1. Graduação em Enfermagem e Medicina (foram reunidos em um único grupo)2. Pós-graduação e Pesquisa3. Residências e Aprimoramento4. Extensão e Assistência 5. Avaliação e Desenvolvimento Pessoal. 6. Gestão e Relações Interinstitucionais.

As linhas do tempo e os quadros síntese foram apresentados e discutidos em reunião

aberta da Congregação em 05 de maio de 2017. Nessa reunião, foram feitas as últimas

modificações na composição do grupo que participaria da oficina de PDU. Estavam incluídos

todos os membros oficialmente pertencentes à Congregação e também os membros

convidados.

A oficina foi realizada nos dias 18, 19 e 20 de maio, nas dependências da FMB e contou

com a totalidade da equipe de moderadores externos que conduziu a oficina de PES em

2005 dos moderadores (Apêndice 2) e. Na primeira noite foi feito um trabalho de

aquecimento do grupo e levantamento das expectativas. A seguir, discutiu-se os conceitos

de visão e missão da FMB tendo por ponto de partida os conceitos vigentes e as proposições

da comissão. Por fim, os participantes foram divididos nos grupos de trabalho, descritos

previamente. No dia 18 e 19 de maio as discussões aconteceram nestes grupos e ao final da

manhã do segundo dia, a plenária geral aprovou as planilhas. Cada grupo contou com um

digitador que possuía alguma familiaridade com o tema que seria discutido e que pode

assessorar o grupo em diferentes aspectos, além dos moderadores externos. Graus de

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aprofundamento distintos foram possíveis, tendo em vista as características de cada grupo.

O grupo Graduação se reuniu novamente para avançar no detalhamento da planilha, em 14

de junho e contou com a presença da moderadora, que se deslocou a Botucatu para a

atividade. Além dos seis moderadores, 84 sujeitos participaram das discussões e 23

profissionais se envolveram no apoio à oficina (Apêndice 3).

2. Visão e Missão:

A discussão sobre a Visão e a Missão da FMB, realizada na primeira noite da Oficina,

resultou em 50 formulações diferentes destes dois conceitos. A partir do exame e da

compilação destas, foram construídas definições de Visão e Missão que foram apresentadas

à Congregação para manifestação e aprovação. Para melhor visualização, estão transcritas

abaixo as versões anteriores ao PDU e aquelas que resultaram da nova formulação e foram

aprovadas pela congregação.

Missão – versão anterior ao PDU

Ensino: formar profissionais qualificados, éticos e humanizados para atender às

necessidades de saúde da sociedade, com criação e/ou aplicação de novos métodos de

ensino.

Pesquisa: Produção de conhecimento com estímulo à formação de pesquisadores e grupos

de pesquisa, com ética e preocupação com as necessidades da comunidade.

Assistência: prestar atendimento qualificado e hierarquizado as pessoas com doenças atuais

e emergentes, comprometido com a ética e respeito ao ser humano.

Missão – versão aprovada após o PDU

Ensino: Formar profissionais qualificados na perspectiva científica, ética, humanística e da

responsabilidade social, comprometidos com a qualidade de vida e saúde da população, por

meio de princípios pedagógicos transformadores.

Pesquisa: Produzir e difundir conhecimento científico voltado às necessidades da sociedade,

com ética, inovação e qualidade.

Extensão: Construir e desenvolver projetos de interesse social por meio da integração

Universidade, Serviços e Comunidade, centrados no desenvolvimento profissional e no

compromisso intersetorial do SUS.

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Assistência: Prestar atendimento qualificado comprometido com a ética e o respeito ao ser

humano com base nos princípios do SUS, integrando a rede de atenção à saúde.

Gestão: Realizar gestão eficiente e eficaz, de modo participativo, inclusivo e inovador,

alicerçada na equidade, na transparência, no respeito e na valorização das pessoas,

buscando a sustentabilidade social e ambiental.

Visão – versão anterior ao PDU

A Faculdade de Medicina de Botucatu:

- como modelo de escola pública, ágil e autônoma, de ensino, assistência e pesquisa e

formando profissionais preparados para o atendimento de necessidades atuais e futuras de

saúde da população.

- enfrentando novos desafios, incorporando novas tecnologias e desenvolvendo pesquisa de

ponta.

- participando do sistema de saúde vigente e contribuindo para sua melhoria, interagindo

com a sociedade na forma de parceiras e outras iniciativas para tornar-se um modelo viável.

- com recursos humanos conscientes, integrados, participativos e valorizados.

Visão – versão aprovada após o PDU

Ser modelo de escola pública, gratuita, inclusiva e inovadora, formando profissionais críticos

capacitados para atender às necessidades de saúde da população; enfrentando desafios,

incorporando novas tecnologias e contribuindo para o fortalecimento do SUS.

3.Síntese da Discussão em cada um dos grupos:

A seguir são apresentados os principais pontos da discussão de cada grupo de trabalho. Nas

planilhas detalhadas, anexas ao final do documento, podem ser verificados as ações, tarefas,

desdobramentos, prazos, responsáveis e os participantes em cada um dos grupos. É

importante destacar que há aspectos que são transversais e por esta razão são mencionados

em mais de um grupo. Ressalta-se ainda que as planilhas tiveram sua diagramação

padronizada mas não foram modificadas em seu conteúdo e observa-se que alguns prazos

necessitarão de readequação.

3.1. Graduação em Enfermagem e Medicina

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Participaram do grupo de trabalho vinte docentes e três discentes (Apêndice 4.1). Destacou-

se como ponto positivo a proposta de trabalhar com os dois cursos de graduação de forma

unificada e integrada, reconhecendo as demandas dos diferentes momentos das

reestruturações curriculares, estando o projeto da medicina em etapa de aprovação e

implantação e o projeto da enfermagem na etapa de construção. Foram elencados cinco

macroproblemas, sendo que “Falta de recursos humanos, especialmente de professores” e

“Necessidade de ampliação e melhoria das estruturas dos cenários de prática” foram

encaminhados para serem discutidos no grupo de gestão. Dos três macroproblemas

selecionados para serem trabalhados pelo grupo, o segundo foi subdividido em cinco, devido

as especificidades e necessidades dos momentos distintos dos currículos.

1. Políticas universitárias que pouco valorizam a carreira docente voltada para a

graduação, cujo objetivo destacado é construir um plano de carreira que valorize atividade

docente no ensino de graduação respeitando as peculiaridades da área da saúde.2. Dificuldades na construção, regulamentação e implementação das mudanças

curriculares2.1. Morosidade na regulamentação e implementação das mudanças curriculares, cujo

objetivo está em aprovar o novo currículo pelos órgãos colegiados e retomar a

discussão dos passos para implantação do novo currículo (medicina). 2.2.Dificuldades na Articulação insuficiente para viabilizar as mudanças, cujo objetivos

são ampliar a participação dos diferentes atores na mudança curricular e implementar

a educação interprofissional em diferentes cenários. 2.3. O currículo praticado tem lacunas para a formação de profissional generalista e

não atinge plenamente as necessidades da população, cujo objetivo é ter formação

ética, não fragmentada, com relações horizontalizadas e que fomente a formação de

egressos generalistas que atendam às necessidades da população, coerentes com as

Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs).2.4. As estratégias para ampliar a participação docente nas inovações metodológicas

no ensino aprendizagem são insuficientes: metodologias ativas, ensino em rede,

interdisciplinaridade e processo avaliativo, cujo objetivo é ter professores qualificados

e motivados na aplicação de metodologias ativas de ensino, aprendizagem e avaliação,

atuando em rede e de forma interdisciplinar2.5. Dificuldade para avançar na reestruturação curricular do curso de Enfermagem,

cujo objetivo é reestruturar e implantar um novo Projeto Político Pedagógico do curso

de Graduação em Enfermagem a luz das novas DCNs.

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3. Formação pouco centrada no aluno nos aspectos técnico científicos, ético

humanísticos, afetivos e sociais, cujo objetivo é a construção de ambiente acadêmico que

favoreça a participação discente e atenda às necessidades dos alunos.

3.2.Pós-graduação e Pesquisa

Doze participantes discutiram pós-graduação e pesquisa (Apêndice 4.2) e

identificaram como pontos fortes aspectos ligados à infraestrutura, à existência do Escritório

de Apoio à pesquisa, à renovação nas coordenações da PG, entre outros. Como

macroproblemas e objetivos relacionados foram listados:

1. Dificuldade de financiamento. Objetivos: aumentar a captação de recursos;

2. Dificuldade de apoio. Objetivo: Ampliar e desenvolver apoio operacional aos projetos,

ampliar apoio à administração dos projetos e incentivar políticas de pesquisa dentro dos

departamentos.

3. Falta de Integração. Objetivos: promover redes de colaboração em pesquisa, promover

integração do hospital com as unidades e os departamentos.

4. Excesso de Regulamentação: revisar procedimentos regulatórios do CEP/CEUA, reduzir ou

otimizar etapas de fluxo de submissão dos projetos e otimizar etapas regulatórias em favor

de projetos estratégicos.

5. Baixa motivação para as atividades de pesquisa e dificuldade de renovação de quadros.

Objetivos: estimular programas de PG a nível de excelência; identificar, recrutar, desenvolver,

formar novos talentos, consolidar a inclusão da pesquisa na grade curricular da enfermagem

e medicina e nos programas de residência e aprimoramento.

3.3.Residências e Aprimoramento

Quatorze pessoas participaram do grupo de trabalho (Apêndice 4.3). Destacaram-se

como pontos positivos o trabalho em equipe, a qualidade da formação, a consolidação dos

Programas de Residências e do Aprimoramento e a proposta de ações integradas das ações

que envolvem a formação dos diversos profissionais envolvidos. Atualmente, a Residência

Médica encontra-se na fase de reconhecimento e registro de suas atividades pela

Universidade e o Aprimoramento Profissional ainda em fase de reivindicação do

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reconhecimento pela Instituição, entendido apenas enquanto especialização lato sensu.

Foram elencados 4 macroproblemas, a saber:

1. Formação do residente e aprimorando não prioriza integralidade do cuidado e prática em

rede de atenção, cujo objetivo destacado é ampliar e descentralizar os cenários de

aprendizagem e oferecer aos residentes e aprimorandos uma prática interprofissional

mediante integração entre programas de Residência Médica, Multiprofissional e

Aprimoramento Profissional.

2. Integração insuficiente entre os programas de residências e aprimoramento, cujo objetivo

é promover ações de gestão e ensino integradas entre os Programas de Residência e

Aprimoramento.

3. Falta de um processo avaliativo formativo que retroalimente o processo da aprendizagem

dos “alunos”, cujo objetivo é aprimorar os processos de avaliação e adequar o seu registro e

capacitação de preceptores para esse processo.

4. Não incorporação na estrutura da Universidade dos Programas de Residências e do

Aprimoramento Profissional, cujo objetivo é proporcionar maior valorização da carga horária

docente nos Residência Médica, Multiprofissional e Aprimoramento Profissional, criando

mecanismos para o seu registro; desenvolver formação pedagógica dos preceptores

envolvidos no processo e possibilitar um canal de diálogo entre coordenadores de

programas e gestores dos cenários de prática.

3.4. Extensão e Assistência

Um dos primeiros aspectos que chamou a atenção nas discussões iniciais foi que a

Extensão Universitária não aparecia nas definições de visão e missão estabelecidos para a

FMB em 2005. Em seu lugar, embora a sobreposição não seja perfeita e haja controvérsias,

aparecia apenas a Assistência. Os pontos positivos, destacados pelos nove participantes

(Apêndice 4.4) incluíram a existência de projetos de extensão exitosos, a estrutura da

universidade e da FMB, a existência de ações na comunidade e a disposição para

desenvolver projetos de extensão, entre outros.

Os principais problemas elencados foram:

1. Dificuldade em identificar demandas da sociedade e compatibilizar com a capacidade da

FMB, cujo objetivo destacado foi ampliar a identificação das demandas da comunidade e o

potencial da FMB para atender as demandas.

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2. Falta de reconhecimento e valorização dos projetos e atividades de Extensão na UNESP,

cujo objetivo é valorizar a extensão por meio da de inserção no ensino de Graduação, no

ingresso e na avaliação docente.

3. Falta de recursos financeiros para a Extensão, cujo objetivo proposto é aumentar a

captação de recursos para os projetos de extensão.

3.5.Avaliação e Desenvolvimento Pessoal.

Os nove participantes identificaram um macroproblema: “Gestão de Pessoas

insuficiente, não isonômica, com baixa normalização e descontinua, sem foco no

desenvolvimento de pessoas” (Apêndice 4.5). A partir deste macroproblema foram

identificados três problemas, com os seguintes objetivos:

1. Política de carreira seletiva e pouco abrangente com sistema de avaliação falho. Os

objetivos enunciados para este problema são: Propor e construir, em parceria com a

administração central, políticas de carreiras para docentes e técnicos administrativos;

Aperfeiçoar os sistemas de avaliação docente e técnico administrativo; Promover o

desenvolvimento de pessoas a partir dos desafios provenientes do planejamento da FMB e

metas das áreas.

2. Reposição de pessoal insuficiente e diversidade de vínculos: CLT, autárquico, efetivo e

FAMESP implicam em diferentes direitos e obrigações para servidores com as mesmas

atribuições. Quanto aos objetivos foram listados: Otimização dos processos de trabalho

(capacitação, melhorias e desenvolvimento dos sistemas institucionais) e Revisar lotação do

corpo funcional baseado no trabalho real;

3. Insuficiência de ações para promoção da saúde do trabalhador, de condições de trabalho

saudáveis e de sustentabilidade ambiental. Objetivos: Garantir condições de higiene e

conforto no trabalho, em todos os setores FMB; Instituir programas de promoção da saúde

do trabalhador e condições de trabalho saudáveis, considerando as peculiaridades dos

processos de trabalho, perfil sanitário da população trabalhadora e pautados em critérios

técnico-científicos e Erradicar a violência no trabalho no âmbito da FMB.

3.6.Gestão e Relações Interinstitucionais.

Este grupo contou com a participação de representantes das duas Fundações

(FAMESP e Fundação UNI), o secretário de saúde, o superintendente do Hospital das Clinicas

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e o diretor da Faculdade de Medicina, entre outros (Apêndice 4.6). Os quatorze participantes

destacaram como pontos fortes: o reconhecimento social, a capacidade técnica e

administrativa e a capacidade política. Foram identificados os principais macroproblemas e

para cada um deles foram estabelecidos objetivos específicos:

1. A inadequação do modelo de gestão, cujos objetivos são: implementar modelo de gestão

participativa, sustentável, eficiente, eficaz e inovadora e implantar a Faculdade de

Enfermagem da UNESP – Botucatu;

2. A baixa integração institucional interna e externa, cujos objetivos são: integrar as

instituições parceiras e áreas internas num projeto comum e ampliar o protagonismo

institucional no ambiente externo;

3. O financiamento insuficiente para o projeto, cujo objetivo é garantir recursos necessários

para o projeto.

4. Acompanhamento do PDU

Um componente importante do Planejamento Estratégico Situacional é o

acompanhamento das ações propostas e a devolutiva, para toda a comunidade, sobre os

avanços e as dificuldades encontradas. Esta medida amplia a participação dos diferentes

atores aumentando a visibilidade não só sobre o PDU mas também sobre o alcance dos

objetivos e metas propostas. Com esta finalidade a Direção da FMB comporá um Grupo para

Acompanhamento do PDU que deverá se reunir a cada três meses, analisar as metas e ações

estabelecidas e apresentar uma síntese deste processo para a Congregação.

A realização da Oficina do PDU contou com ampla participação da comunidade local e

externa e sua realização não seria possível sem o comprometimento dos diversos atores em

sua preparação e ao longo de toda a oficina. Para que o PDU não se torne letra morta é

importante que as instituições e atores envolvidos mantenham-se integrados e

comprometidos no desenvolvimento das ações propostas.

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APÊNDICES

1. COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO DA OFICINA E DA ELABORAÇÃO DO

RELATÓRIO FINAL

Denise FecchioDoutora em Imunologia (USP) e Pós-Doutora no Serviço de Imunologia (Universidade deSherbrooke, Canada). Pesquisador do Departamento de Patologia (FMB-Unesp).Coordenadora Programas de Pós-Graduação (FMB-Unesp).

Eliana Goldfarb CyrinoFormada na Faculdade de Medicina de Jundiaí. Mestre em Medicina Preventiva e Social,FMUSP, e em Educação para Profissionais da Saúde, University of Illinois. Doutora emPediatria, FMB/UNESP. Professora do Departamento de saúde Pública da FMB. Editora daRevista Interface-Comunicação, Saúde e Educação. Trabalhou na SGTES, Ministério da Saúde.Hoje é supervisora do Centro de Saúde Escola de Botucatu.

Eliane SakoGraduada em Letras (Unifac de Botucatu). Especialista em Administração e Gestão doConhecimento (Uninter Botucatu). Foi Diretora Técnica Acadêmica da Faculdade deMedicina no período de juho/1998 a março/2012 e participou da Oficina de PlanejamentoEstratégico de 2005. Atualmente, é responsável pelo Gabinete da Faculdade de Medicina.

Jacqueline Costa Teixeira CaramoriNefrologista, Doutorado e Livre Docência (FMB-Unesp). Coordenadora do Curso deGraduação de Medicina. Especialização em Educação para Profissionais de Saúde – FAIMERBR, Universidade Federal Ceará.

Kátia Aparecida Biazotti Graduada em Administração de Empresas (Faculdade de Ciências Econômicas eAdministrativas de Botucatu). Especialista em Administração Hospitalar (Unesp) e emPsicodrama (IBAP-Bauru). Coordenadora da CRH Coordenadoria de Recursos Humanos daPro Reitoria de Planejamento Estratégico e Gestão -PROPEG - Reitoria Unesp.

Maria Aparecida Custódio Domingues Graduada em Medicina (FMB-Unesp). Mestre em Patologia (FCM-Unicamp). Doutora emPatologia (FMB-Unesp). Professora assistente doutora do Departamento de Patologia (FMB-Unesp). Em 2011 implantou a acreditação internacional do Colégio Americano de Patologiano Departamento de Patologia da FMB-Unesp. Cooperou e participou do grupo gestor daEscola UNESP de liderança e Gestão. Atualmente é assessora da Pró-reitoria de Graduaçãoda UNESP.

Maria Cristina Pereira Lima

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Graduada em Medicina (FMB-UNESP), Psiquiatra e Livre docente em Saúde Mental (UNESP).Psicodramatista pelo Instituto Sedes Sapientae, pós-doutorado na Universidade de Toronto.Bolsista em Produtividade pelo CNPq (Nível 2). Atualmente é vice-diretora da Faculdade deMedicina de Botucatu.

Maria Odete SimãoGraduada em Serviço Social pela Faculdade de Ciências e Letras de Botucatu. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo - USP. Supervisora do Programa de ServiçoSocial em Saúde Mental. Coordenadora dos Programas de Aprimoramento Profissional e do Curso de Especialização em Ciências da Saúde – PAP.

Marli Teresinha Cassamassimo DuarteGraduada em Enfermagem e Obstetrícia (UFSCar). Mestre em Saúde Pública e doutora emDoenças Tropicais (FMB-Unesp). Professora assistente do Departamento de Enfermagem daFMB-Unesp. Coordenadora do Curso de Graduação em Enfermagem. Aluna do Curso deProcessos Educacionais em Saúde no Hospital Sírio Libanês e membro do grupo de pesquisaSaúde da Mulher, do Adolescente e da Criança (SAMUCA).

Paola M. CantatoriAluna do 4o ano do Curso de Enfermagem

Pedro Luiz Toledo de Arruda LourençãoProfessor assistente doutor do Departamento de Cirurgia e Ortopedia, na Disciplina deCirurgia Pediátrica. Atualmente é Coordenador do Conselho de Residência Médica daFaculdade de Medicina de Botucatu.Responsável pelo curso de cirurgia pediátrica do 4º ano de graduação em medicina e peloestágio optativo em cirurgia pediátrica do 5º ano de graduação em medicina, Supervisor doPrograma de Residência Médica em Cirurgia Pediátrica. Professor dos Programas de Pós-graduação em Bases Gerais da Cirurgia e de Medicina.

Renan AntonioAluno do 4° ano de medicina da FMB, cientista político graduado pela UnB e pós graduando emSaúde Pública pela Faculdade de Saúde pública da USP. Rubia de Aguiar AlencarGraduada em Enfermagem (FMB-Unesp). Mestre em Enfermagem (EERP-USP) e Doutora emCiências pelo Programa Inter unidades em Enfermagem (Escola de Enfermagem da USP).Professora Assistente Doutora no Departamento de Enfermagem da FMB-Unesp. Aluna doCurso de Processos Educacionais em Saúde no Hospital Sírio Libanês. Vice coordenadora doCurso de Graduação em Enfermagem e Coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico doCurso de Enfermagem (FMB-Unesp).

Sumaia Inaty SmairaGraduada em Medicina (FMB-Unesp). Doutora em Saúde Mental (FMRP-USP). ProfessoraAssistente Doutora do Departamento de Neurologia, Psicologia e Psiquiatria (FMB-Unesp).Coordena o Serviço de Apoio Psicológico ao Estudante (SEAPES). Vice coordenadora doConselho de Curso de Graduação em Medicina e Supervisora do Programa de Residência

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Médica em Psiquiatria. Especialização em Educação para Profissionais de Saúde – FAIMERBR, Universidade Federal Ceará.

2. Moderadores da Oficina do PDU-FMB

Adail de Almeida RolloTeresa de Jesus MartinsCarlos Alberto Gama PintoGilberto Luiz ScarazattiMárcia Aparecida do AmaralRenata Lúcia GiganteAdail de Almeida Rollo

3 Participantes da Oficina

4. Planilhas com a síntese dos grupos de trabalho:

4.1 Graduação

4.2 Residências e aprimoramento4.3 Extensão e assistência4.4 Pós-graduação e Pesquisa4.5 Avaliação e desenvolvimento pessoal4.6 Gestão e relações interinstitucionais