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Prefeitura Municipal de Vitria Estado do Esprito Santo

LEI N 6.705Institui o Plano Diretor Urbano do Municpio de Vitria e d outras providncias.

O Prefeito Municipal de Vitria, Capital do Estado do Esprito Santo, fao saber que a Cmara Municipal aprovou e eu sanciono, na forma do Art. 113, inciso III, da Lei Orgnica do Municpio de Vitria, a seguinte Lei:

Art. 1. Em atendimento s disposies do Artigo 182 da Constituio Federal, do Captulo III da Lei n 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade - e do

Ttulo V, Captulo III, da Lei Orgnica do Municpio de Vitria, fica aprovado, de nos termos desta o Lei, mesmo o Plano Diretor do

Municpio

Vitria,

devendo

ser

observado

pelos

agentes pblicos e privados do Municpio de Vitria. Art. 2. O Plano Diretor Urbano,

abrangendo a totalidade do territrio, o instrumento bsico da poltica urbana do Municpio e integra o sistema de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, a Lei de Diretrizes Oramentrias e a Lei do Oramento municipal orientar-se pelos princpios contidas. fundamentais, objetivos gerais e diretrizes nele

TTULO I - DA POLTICA URBANACaptulo I - Dos Princpios FundamentaisArt. Urbana: 3. So princpios da Poltica

Lei n 6.705-05-fls. 2 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I - a funo social da cidade; II - a funo social da propriedade; III - a gesto democrtica da cidade; IV - a eqidade; V - a sustentabilidade da cidade.

1.

A

funo

social

da

Cidade

de

Vitria ser cumprida quando atender s diretrizes da poltica urbana estabelecidas no artigo 2 da Lei Federal n 10.257, de 10 de Julho de 2001 Estatuto da Cidade. Entre elas, cabe ressaltar: I mediante aes que visem a promoo da justia social,

erradicao da pobreza e da excluso

social, a reduo das desigualdades sociais e da segregao scio-espacial; II - o direito cidade, entendido como o direito terra urbana, moradia urbana, digna, ao ao saneamento e aos

ambiental,

infra-estrutura

transporte

servios pblicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras geraes; III preservao cultura e dos o respeito, da a proteo urbana, e a da principais marcos paisagem

da memria social; IV - o acesso ao lazer e a preservao e proteo dos

conservao do meio ambiente,

assegurando a

ecossistemas e recursos ambientais existentes e garantindo a todos os habitantes um meio ambiente ecologicamente equilibrado; V promovendo benefcios recursos a repartio o desenvolvimento do produto um uso sustentvel, social e dos dos s

equnime

alcanados, naturais,

proporcionando que estes

racional

para

estejam

disponveis

presentes e

futuras geraes. 2. A propriedade as funes cumpre sociais sua da funo cidade

social

quando,

respeitadas

definidas anteriormente:

Lei n 6.705-05-fls. 3 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I

-

for

utilizada

em

prol

do

bem

coletivo, da segurana e do bem-estar dos cidados, bem como do equilbrio ambiental; II - atender s exigncias fundamentais deste Plano Diretor; III assegurar o atendimento das

necessidades dos cidados quanto qualidade de vida, justia social e ao desenvolvimento das atividades econmicas; IV - assegurar o respeito ao interesse coletivo quanto aos limites, parmetros de uso, ocupao e parcelamento do solo, estabelecidos nesta lei e na legislao dela decorrente. democrtica, segmentos da 3. a em a A gesto da cidade dos ser

incorporando sociedade I

participao sua

diferentes execuo e e a

formulao,

acompanhamento, garantindo: participao popular descentralizao das aes e processos de tomada de deciso pblicos em assuntos de interesses sociais; II a participao popular nas

definies de investimentos do oramento pblico; III - o desenvolvimento sustentvel; IV - o acesso pblico e irrestrito s poltica urbana;

informaes e anlises referentes

V - a capacitao dos atores sociais para a participao no planejamento e VI a gesto da cidade; participao popular na

formulao, implementao, avaliao, monitoramento e reviso da poltica urbana. 4. O princpio da eqidade ser cumprido quando as diferenas entre as pessoas e os grupos sociais forem respeitados pela legislao e, na implementao da poltica urbana, todas as disposies legais forem interpretadas e

aplicadas de forma a reduzir as desigualdades socioeconmicas no uso e na ocupao do solo deste municpio devendo atender os seguintes objetivos:

Lei n 6.705-05-fls. 4 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I - a construo justa e solidria; II marginalizao regionais; III a justa e a a

de uma sociedade livre, da pobreza, sociais de nus da e e

erradicao das

reduo

desigualdades distribuio

benefcios decorrentes do processo de urbanizao; IV a promoo do bem de todos sem

preconceitos de origem, raa, cor, idade, e quaisquer outras formas de discriminao. 5. O princpio da sustentabilidade da cidade ser atendido de quando as polticas e setoriais as urbanas

incorporarem, fsicas,

forma

integrada e

harmnica,

dimenses as

ambientais,

sociais

econmicas,

respeitando

diferenas sociais e culturais da populao. 6. O Municpio dever dispor de

legislaes, polticas pblicas e programas especficos voltados para a reduo da desigualdade social, que objetivem: I - a garantia de condies dignas de

habitabilidade para a populao de baixa renda; II - o usufruto pleno da economia e da cultura, com a utilizao dos recursos para o benefcio de todos os habitantes, utilizando critrios de eqidade distributiva, complementaridade econmica, respeito cultura e

sustentabilidade ecolgica. III - a repartio dos nus fiscais do modo mais justo possvel, considerando o princpio da capacidade contributiva.

Captulo II - Dos Objetivos GeraisArt. 4. So objetivos gerais do Plano Diretor Urbano do Municpio de Vitria:

Lei n 6.705-05-fls. 5 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I

-

considerar,

no

processo

de

planejamento e execuo das polticas pblicas, a integrao social, econmica, ambiental e territorial do municpio e da Regio Metropolitana; II - construir um sistema democrtico e participativo de planejamento e gesto da cidade; III - garantir a justa distribuio dos benefcios recuperando e e nus decorrentes do processo a de urbanizao, parte da

transferindo

para

coletividade

valorizao imobiliria decorrente de aes do Poder Pblico; IV parcelamento do solo urbano regular a o uso, das ocupao e

partir

caractersticas

naturais e paisagsticas, e da capacidade de suporte do meio fsico, da infra-estrutura de saneamento bsico e da estrutura do sistema virio; V - combater a especulao imobiliria; VI - preservar e conservar o patrimnio de interesse histrico, arquitetnico, cultural e VII preservar paisagstico; visuais

pontos

significativos dos principais marcos da paisagem urbana; VIII - ampliar a oferta de reas para a produo habitacional IX de interesse promover social a com qualidade, e a

dirigida aos segmentos de menor renda; urbanizao

regularizao fundiria das reas irregulares; X - induzir a utilizao de imveis no edificados e no utilizados; XI distribuir eqitativamente os

equipamentos sociais bsicos; XII recursos naturais; XIII - promover o saneamento ambiental em seus diferentes aspectos; XIV ambientais; reduzir os riscos urbanos e preservar os ecossistemas e

Lei n 6.705-05-fls. 6 -

Prefeitura Municipal de Vitria

XV XVI

-

promover

a

reabilitao a

e

o

repovoamento da rea central da cidade; promover acessibilidade universal, facilitando o acesso de todos os cidados a qualquer ponto do territrio, atravs da rede viria e do sistema de transporte coletivo.

Captulo III - Das Polticas Urbanas Seo I - Da Poltica de Desenvolvimento EconmicoArt. 5. So diretrizes da Poltica de Desenvolvimento Econmico: I a justa distribuio de renda em

benefcio da populao carente, de modo que assegure os direitos fundamentais estabelecidos na Constituio Federal; II o desenvolvimento sustentvel

respeitando o meio ambiente; III - a potencializao das oportunidades decorrentes da explorao petrolfera e do gs natural; IV - o fomento micro, pequena e mdia empresas no Municpio; V - a promoo de atividades tursticas.

Subseo I - Do Desenvolvimento TursticoArt. 6. So diretrizes do

Desenvolvimento Turstico de Vitria: I - a consolidao de novas modalidades de turismo; II a implementao de formas de

articulao regionais e metropolitanas para o desenvolvimento de atividades tursticas; III turstica; IV - a constituio de sistema eficiente de informaes tursticas; a ampliao da infra-estrutura

Lei n 6.705-05-fls. 7 -

Prefeitura Municipal de Vitria

V Turstico de Vitria;

-

a

promoo

e

divulgao

do

Plo

VI - a capacitao de recursos humanos para o desenvolvimento turstico.

Seo II - Da Integrao Metropolitana da Grande Vitria Art. 7. So diretrizes da Integrao

Metropolitana da Grande Vitria: I - a participao de representantes da sociedade civil nas instncias de formulao, implementao, avaliao e monitoramento de planos regionais da Grande Vitria; II - a integrao das instncias do Poder Executivo Municipal da em rgos intergovernamentais direta e da com

representantes

administrao

administrao

indireta do Governo Federal, Estadual e Municipal; III - a previso de recursos financeiros especficos no oramento do Municpio de Vitria para a

organizao e planejamento da gesto administrativa da Regio Metropolitana da Grande Vitria.

Seo III - Da Poltica de Proteo do Patrimnio Histrico, Cultural e PaisagsticoArt. 8. A Poltica Municipal de

Patrimnio Histrico, Cultural e Paisagstico visa a preservar e valorizar o patrimnio cultural de Vitria, protegendo suas expresses material e imaterial, tomadas de maneira individual ou em conjunto, desde que portadoras de referncia identidade, ao ou memria dos diferentes grupos da sociedade. 1. Patrimnio material so todas as expresses cientfico documentos, e e transformaes tecnolgico, edificaes e de cunho histrico, as obras, artstico, objetos, s

arquitetnico,

arqueolgico,

paisagstico, espaos

urbanstico, destinados

incluindo demais

manifestaes artstico-culturais.

Lei n 6.705-05-fls. 8 -

Prefeitura Municipal de Vitria

2. Patrimnio imaterial so todos os conhecimentos e modos de criar, fazer e viver identificados como elementos pertencentes cultura comunitria, tais como as festas, danas, e o entretenimento, bem como as manifestaes literrias, musicais, plsticas, cnicas, ldicas, religiosas, entre outras prticas da vida social. Art. 9. So diretrizes da Poltica de Proteo do Patrimnio Histrico, Cultural e Paisagstico: I - fortalecer a cidadania cultural; II compatibilizar o desenvolvimento

econmico e social com a preservao da identidade cultural; III estimular a preservao da

diversidade cultural existente no Municpio; IV estimular o uso, conservao e

restauro do patrimnio histrico, cultural e paisagstico; V - compatibilizar os usos e atividades

com a proteo do patrimnio histrico, cultural e paisagstico; VI adotar medidas de fiscalizao

ostensiva e qualificada para proteo do patrimnio histrico, cultural e paisagstico.

Seo IV - Da Poltica de Meio Ambiente e da Paisagem

Lei n 6.705-05-fls. 9 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art. 10. So diretrizes da Poltica de Meio Ambiente: I - desenvolvimento e democratizao do meio ambiente urbano saudvel, com respeito s normas ambientais e proteo dos Direitos Humanos; II - reduo dos riscos scio-ambientais; III - ampliao da educao ambiental; IV - preservao da paisagem e dos pontos visuais notveis do municpio; V - preservao, conservao, recuperao e uso sustentvel dos ecossistemas e recursos naturais; VI ampliao, conservao e gesto

democrtica das reas verdes; VII VIII reduo dos ao nveis uso de poluio de

visual, sonora, do ar, das guas e dos solos; estmulo de fontes energia com menor potencial poluidor.

Subseo I - Das Diretrizes

da Poltica de Saneamento

AmbientalArt. 11. So diretrizes da Poltica de Saneamento Ambiental: I saneamento bsico, de universalizao abastecimento de dos gua servios potvel de em

quantidade suficiente para atender as necessidades bsicas de consumo, de coleta e tratamento de esgotos; II - estmulo ao reuso da gua para fins industriais e outros que no o consumo humano; III - reduo da gerao, ampliao da coleta seletiva e reciclagem de resduos slidos; IV pluvial; V - elaborao do plano de contingncia para situaes crticas de poluio do ar. melhoria no sistema de drenagem

Lei n 6.705-05-fls. 10 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Seo V - Da Poltica de Terras PblicasArt. 12. So diretrizes da Poltica de Terras Pblicas: I a implantao de equipamentos

sociais, de espaos destinados s atividades de lazer e cultura e de Habitao de Interesse Social, considerando atual e projetada, bem como a disponibilidade a demanda de infra-

estrutura,

de acessos adequados,

de atendimento por transporte

coletivo e demais critrios pertinentes; II - a viabilizao de parcerias com a iniciativa privada e com associaes de moradores na gesto dos espaos pblicos; III - a integrao dos espaos pblicos com o entorno, promovendo, junto aos rgos competentes, os tratamentos urbansticos e de infra-estrutura adequados; IV - a reduo do dficit habitacional e melhoria das condies de habitao do Municpio de Vitria; V - a promoo da regularizao fundiria e da urbanizao das Terras Pblicas ocupadas por populao de baixa renda, garantindo o reassentamento das famlias removidas por estarem ou em situao por de risco, de em reas de de interesse

ambiental

necessidade

obra

urbanizao,

preferencialmente em local mais prximo possvel; VI - a destinao prioritria dos bens pblicos dominiais no utilizados para assentamento da populao de baixa renda, para reas verdes e/ou instalao de

equipamentos coletivos; VII - o estabelecimento de programas que assegurem que toda e qualquer propriedade pblica atenda a funo social da cidade e da propriedade; VIII - gerenciamento e monitoramento do uso de logradouros pblicos do subsolo e espao areo e suas superfcies por redes de infra-estrutura e mobilirio urbano, de

Lei n 6.705-05-fls. 11 -

Prefeitura Municipal de Vitria

conformidade com o disposto na Lei Orgnica do Municpio de Vitria.

Seo VI - Da Poltica de HabitaoArt. 13. So diretrizes da Poltica de Habitao: I - democratizao do acesso terra e moradia digna pelos habitantes da cidade, com melhoria das de habitabilidade, preservao ambiental e

condies

qualificao dos espaos urbanos priorizando as famlias de baixa renda; II democrticos recursos na fortalecimento implementao e de processos dos formulao, controle

pblicos

destinados

poltica

habitacional,

estabelecendo canais permanentes de participao das comunidades e da sociedade civil organizada nos processos de tomada de deciso; III utilizao de tecnologias e

processos que garantam a melhoria da qualidade construtiva e reduo dos custos da produo habitacional; IV - vinculao da poltica habitacional s polticas sociais; V - diversificao das formas de acesso habitao de interesse social; VI articulao entre a Poltica Habitacional e Fundiria garantindo o cumprimento da funo social da terra urbana de forma a produzir lotes urbanizados e novas habitaes em locais adequados do ponto de vista

urbanstico e ambiental, proporcionando a reduo progressiva do dficit habitacional.

Subseo I - Empreendimentos Habitacionais de Interesse SocialArt. 14. anos, os parmetros Social aps para EHIS No prazo mximo de 4 (quatro) Habitacionais em de

Empreendimentos

Interesse

sero do

regulamentados Conselho

legislao do Plano

especfica,

aprovao

Municipal

Lei n 6.705-05-fls. 12 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Diretor Urbano Interesse necessrio.

- CMPDU e Conselho Municipal de Habitao de CMHIS, podendo sofrer alteraes caso

Social

Art. 15 Para fins do disposto nesta Lei, sero considerados Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social EHIS os seguintes empreendimentos efetuados com a participao do poder pblico, localizados em Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS e em reas objeto de programas de I - Loteamentos de Interesse Social para a populao de baixa renda - LIS; II - Conjuntos Habitacionais de Interesse Social unifamiliares e multifamiliares para a populao de baixa renda - CHIS; III - Imveis Vagos Requalificados para o Uso Habitacional de Interesse Social IRIS; IV - Unidades Habitacionais Isoladas ou melhorias habitacionais, inseridas em programas pblicos UHI. Art. 16. Para fins do disposto nesta lei ser considerada de baixa renda a famlia que tiver renda

revitalizao urbana:

familiar menor que 5 (cinco) salrios mnimos, at que seja regulamentado o padro de consumo previsto na Lei n 5.823, de 30 de dezembro de 2002. Art. 17. Qualquer que seja o tipo de

empreendimento a ser executado, devero ser garantidas condies adequadas de infra-estrutura, bem como o acesso a servios, equipamentos pblicos e reas de lazer. 1 Sero consideradas condies bsicas de infra-estrutura: I - sistema de drenagem pluvial em todas as vias, escadarias, rampas e reas pblicas;

Lei n 6.705-05-fls. 13 -

Prefeitura Municipal de Vitria

II esgotamento sanitrio; III abastecimento de gua; IV eltrica;

-

soluo -

adequada

de

tratamento para

e o

soluo

adequada

-

fornecimento

adequado

de

energia

V - proteo contra eroso nos taludes; VI pavimentao adequada do sistema

virio, incluindo faixa de passeio. 2. O Poder Executivo Municipal dever elaborar, aps a definio da legislao especfica, ouvido o CMPDU e o CMHIS, um Guia de Orientao para Realizao de

Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social GOREHIS, a ser largamente e para distribudo, normas para que definir, entre de de outras, as

diretrizes existentes Social.

requalificao

edificaes Interesse

Empreendimentos

Habitacionais

Seo VII - Da Poltica de Regularizao FundiriaArt. 18. A regularizao fundiria trata de processos de interveno pblica sob os aspectos jurdicos, urbansticos, territoriais, culturais, econmicos e scio-

ambientais, que objetivam legalizar a permanncia de populaes em reas urbanas ocupadas em desconformidade com a Lei,

implicando em melhorias no ambiente urbano do assentamento, buscando o resgate da cidadania e da qualidade de vida da populao beneficiria. Art. 19 . As reas irregulares ocupadas por populao de mdia e alta renda podero sofrer processos de regularizao cidade, de jurdica, com mediante a contrapartida a ser em favor da em

acordo

regulao

estabelecida

legislao especfica. Art. 20. So diretrizes da Poltica de Regularizao Fundiria:

Lei n 6.705-05-fls. 14 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I

-

garantia

do

direito

moradia

populao de baixa renda; II - a segurana jurdica da posse como forma de garantir a permanncia das pessoas nos locais que ocupam; III incluso social por meio de programas ps-regularizao fundiria; IV - promoo de condies adequadas de habitabilidade; V - participao da populao beneficiada em todas as etapas do processo de regularizao fundiria. Pargrafo nico. regularizao fundiria, o rgo Durante o processo de dever realizar

competente

audincia pblica para esclarecimentos e discusso sobre quais instrumentos de regularizao sero utilizados pela populao beneficiada.

Art.

21.

O

Poder

Executivo

Municipal

dever articular os diversos agentes envolvidos no processo de regularizao, como representantes do Ministrio Pblico, do Poder Judicirio, do Cartrio de Registro de Notas e Imveis, dos Governos Estadual e Municipal, da Secretaria do Patrimnio da Unio, bem como dos grupos sociais envolvidos visando

equacionar e agilizar os processos de regularizao fundiria. Art. 22. O Poder Executivo dever

viabilizar, mediante convnio ou outro instrumento cabvel, a gratuidade do primeiro registro dos ttulos de concesso de direito real de uso, cesso de posse, concesso especial para fins de moradia, direito de superfcie, compra e venda, entre

outros, no Cartrio de Registro de Imveis quando se tratar de populao de baixa renda.

Lei n 6.705-05-fls. 15 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Subseo I - Dos Instrumentos de Regularizao FundiriaArt.23. A regularizao fundiria, sob o aspecto jurdico, poder ser efetivada atravs de como: I - concesso de Direito Real de Uso, de acordo com o Decreto-lei n 271, de 20 de fevereiro de 1967; II - concesso de Uso Especial para Fins de Moradia, nos termos da Medida Provisria 2.220, de 2001; III - Autorizao de Uso, nos termos da Medida Provisria 2.220, de 2001; IV Cesso de Posse para Fins de Moradia, nos termos da Lei 6.766, de 1979; V - Usucapio Especial de Imvel Urbano; VI - Direito de Preempo; VII - Direito de Superfcie; VIII - doao de imveis para entidades pblicas; IX - aforamento, em reas de marinha; X imveis; XI assistncia tcnica urbanstica, contrato de compra e venda de instrumentos

jurdica e social gratuitas; XII Social; XIII fixados em Lei Federal. Art. 24. O Executivo outorgar quele outros instrumentos jurdicos Zonas Especiais de Interesse

que, at 30 de junho de 2001, residia em rea urbana de at 250m (duzentos e cinqenta metros quadrados), de propriedade pblica, por 5 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposio, ttulo de Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia em relao referida rea ou edificao, desde que no seja

proprietrio ou concessionrio de outro imvel urbano ou rural, de acordo com o artigo 1 da Medida Provisria n 2.220, de 2001.

Lei n 6.705-05-fls. 16 -

Prefeitura Municipal de Vitria

1.

facultado

ao

Poder

Pblico

assegurar o exerccio do direito de Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia, individual ou coletiva, em local diferente daquele que gerou este direito na hiptese do imvel ocupado estar localizado: I - em rea de risco cuja condio no possa ser equacionada e resolvida por obras e outras

intervenes; II - em rea de uso comum do povo; III urbanizao; IV - em rea de comprovado interesse da defesa nacional, da preservao ambiental e da proteo dos ecossistemas naturais; V - situado em via de comunicao. previsto no pargrafo 2. Para atendimento a moradia do poder direito estar em rea destinada a projeto de

anterior,

localizada prxima ao local que deu origem ao direito de que trata este artigo ou em outro local desde que haja manifesta concordncia do beneficirio. 3. Extinta a Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia, o Poder Pblico recuperar o domnio pleno do lote. 4. dever do Poder Pblico promover as obras de urbanizao nas reas onde concedeu ttulo de

Concesso de Uso Especial para Fins de Moradia. Art. 25. Havendo interesse pblico na

regularizao do imvel, o Municpio poder outorgar a concesso de direito real de uso. Art. 26. A concesso de direito real de uso poder ser concedida de forma individual ou coletiva quando no for possvel individualizar os lotes.

Lei n 6.705-05-fls. 17 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Pargrafo nico.

A concesso de direito

real de uso s er gratuita para a populao de baixa renda e onerosa para a populao de mdia e alta renda. Art. 27. Na utilizao da autorizao de uso, o Poder Executivo Municipal dever respeitar, quando de interesse da comunidade, as atividades econmicas vinculadas moradia promovidas pelo prprio morador, como pequenas

atividades comerciais, indstria domstica, artesanato, oficinas de servios e outros, de acordo com as definies do Plano de Desenvolvimento Local das ZEIS 1 e 2. Art. 28. O Executivo Municipal poder

promover Planos de Urbanizao em condomnios de baixa renda decorrentes de usucapio coletiva para a melhoria das condies habitacionais e de saneamento ambiental, nos termos da Lei Federal n 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, desde que as reas necessrias para implementao das vias e dos equipamentos pblicos sejam doadas ao Poder Pblico. Pargrafo nico. Os Planos de

Urbanizao somente podero ser executados aps aprovao pelos condminos Municpio. Art. 29. Cabe ao Executivo garantir dos projetos das obras e doaes das reas ao

assessoria tcnica urbanstico-arquitetnica, jurdica e social gratuitas populao de baixa renda, buscando promover a

incluso social, jurdica, ambiental e urbanstica, na garantia da moradia digna, particularmente para a propositura das aes de usucapio especial de imvel urbano e para aquelas que visam regularizao fundiria e qualificao dos assentamentos

existentes. Art. regularizao especfica. fundiria 30. sero Os procedimentos em para a

regulamentados

legislao

Lei n 6.705-05-fls. 18 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Subseo II - Dos Terrenos de MarinhaArt. 31. Nos programas de regularizao

fundiria dos Terrenos de Marinha, ocupados por populao de baixa, mdia e alta renda, podero ser utilizados, dentre os instrumentos previstos na legislao federal, os seguintes

instrumentos, que no excluem outros previstos em programas habitacionais: I - concesso de Direito Real de Uso, de acordo com o Decreto-lei n 271, de 20 de fevereiro de 1967; II - concesso de Uso Especial para Fins de Moradia, nos termos da Medida Provisria 2.220, de 2001; III - Autorizao de Uso, nos termos da Medida Provisria 2.220/2001; IV cesso de Aforamento, onerosa ou

gratuita nos termos fixados em lei especfica; V social. Pargrafo nico. Os instrumentos acima arrolados sero gratuitos quando outorgados para populao de baixa renda e onerosos quando outorgados para populao de mdia e alta renda. Art. 32. Toda e qualquer inscrio de assistncia tcnica, jurdica e

ocupao de terreno de marinha pela Unio depender de aprovao prvia do municpio, que analisar as necessidades relativas ao planejamento urbano do municpio. Art. 33. A Unio, ao promover o processo de regularizao de fundiria nestas de reas, dever cumprir do os

requisitos

regularizao

parcelamento

solo

disciplinados por esta Lei.

Seo VIII - Da Poltica de Mobilidade Urbana

Lei n 6.705-05-fls. 19 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art. 34. So diretrizes da Poltica de Mobilidade Urbana: I - integrao metropolitana dos diversos sistemas coletivo; II - priorizao do transporte coletivo no sistema virio; III - adoo de polticas tarifrias para a promoo da incluso social; IV transporte coletivo; V - promoo da segurana, educao e paz no trnsito; VI melhorias nas condies de melhorias no atendimento ao de mobilidade urbana, priorizando o transporte

circulao e de segurana dos pedestres e ciclistas, garantindo um percurso seguro, livre de obstculos e acessvel a todos os cidados; VII - apoio e incentivo s viagens no motorizadas; VIII priorizao das caladas e

ciclovias em detrimento de estacionamentos nas vias pblicas; IX ampliao e adequao do sistema

virio, especialmente em intersees e trechos com grande nmero de acidentes; X compatibilizao entre a

hierarquizao viria e as formas de urbano;

uso e ocupao do solo

XI - consolidao dos eixos Vila VelhaVitria-Serra e Vila Velha-Cariacica-Centro de Vitria com

tratamento preferencial ao transporte coletivo; XII - desestmulo ao trfego de passagem em vias locais; XIII - adoo de medidas de fiscalizao, ostensiva e eletrnica, para controle de velocidade e induo da obedincia legislao do trnsito;

Lei n 6.705-05-fls. 20 -

Prefeitura Municipal de Vitria

XIV

-

uso

de

tecnologias

limpas

no

transporte coletivo e txis; XV - promover estudos para a adoo de outras modalidades de transporte coletivo.

TTULO II - DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTO URBANACaptulo I - Composio e ObjetivosArt. 35. Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento e Gesto Urbana - SMPGU, instituindo estruturas e processos democrticos e participativos que visam a permitir o desenvolvimento de um processo contnuo, dinmico e flexvel de planejamento e gesto da poltica urbana. Art. 36. So objetivos do Sistema

Municipal de Planejamento e Gesto Urbana: I - instituir canais de participao da sociedade na gesto municipal da poltica urbana; II buscar a transparncia e a

democratizao dos processos de tomada de deciso sobre assuntos de interesse pblico; III - instituir um processo permanente e sistemtico de discusses pblicas para o detalhamento,

atualizao e reviso dos rumos da poltica urbana municipal e do seu instrumento bsico, o Plano Diretor; IV - atuar na formulao, implementao, avaliao, monitoramento e reviso das polticas, programas, projetos e aes concernentes ao planejamento e gesto urbana com suas respectivas estratgias e instrumentos.

Lei n 6.705-05-fls. 21 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art. Planejamento e Gesto

37. Urbana

O

Sistema composto

Municipal pelos

de

rgos

responsveis pelo planejamento e gesto do territrio urbano do Municpio de Vitria e utiliza os seguintes instrumentos: I - instrumentos de Gesto: a) Conferncia Municipal de Poltica

Urbana Encontro da Cidade; b) Assemblias Territoriais de Poltica Urbana; c) Frum da Cidade; d) Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano - CMPDU; e) Urbano - FMDU; f) Sistema de Informaes Municipais SIM; g) Oramento Participativo OP; II popular: a) audincias; b) debates; c) consultas pblicas; d) iniciativa popular de Projetos de Lei; e) iniciativa popular de planos, instrumentos de participao Fundo Municipal de Desenvolvimento

programas e projetos de desenvolvimento urbano; f) plebiscito; g) referendo popular. Pargrafo nico. Fica assegurada a

participao da populao no processo de gesto democrtica da poltica urbana.

Captulo II - Dos Instrumentos de Gesto

Art.

38.

assegurado

aos

cidados

do

Municpio de Vitria o direito de receber dos rgos pblicos informaes e esclarecimentos, bem como de examinar os autos e

Lei n 6.705-05-fls. 22 -

Prefeitura Municipal de Vitria

documentos, assim como apresentar Art. 39.

alegaes escritas. O Executivo submeter,

anualmente, ao CMPDU, relatrio de avaliao da poltica urbana articulada com o plano de ao para o ano seguinte. Pargrafo nico. Aps a anlise efetuada dar publicidade ao

pelo CMPDU, o Poder Executivo Municipal

relatrio referido no caput deste artigo por meio de jornal de grande circulao local e o enviar Cmara Municipal. Seo I - Do Encontro da Cidade

Art. 40. O Encontro da Cidade ocorrer, ordinariamente, a cada dois anos, e, extraordinariamente, quando convocado pelo CMPDU ou pelo chefe do Poder Executivo necessidade de alterao do PDU em virtude de quando da comprovao

tcnica de efeitos nocivos aos princpios e valores tutelados nesta Lei.

Pargrafo

nico.

Os

Encontros

sero

abertos participao de todos, sendo reservado o direito a voto ao eleitor do Municpio de Vitria. Art. dentre outras atribuies: I - apreciar e propor as diretrizes da poltica urbana do Municpio de Vitria; II - sugerir ao Poder Executivo Municipal adequao das aes estratgicas destinadas implementao dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos urbanos; III - debater os relatrios de avaliao da poltica urbana, apresentando crticas e sugestes; IV recomendar aes pblicas 41. O Encontro da Cidade dever,

prioritrias para o binio seguinte;

Lei n 6.705-05-fls. 23 -

Prefeitura Municipal de Vitria

V sugerir propostas de alterao da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no momento de sua

modificao ou reviso.

Art. 42. O funcionamento, organizao e o regimento interno do Encontro da Cidade sero regulamentados por ato do Poder Executivo.

Seo II - Das Assemblias Territoriais de Poltica Urbana

Art. 43.

As Assemblias Territoriais de

Poltica Urbana se realizaro sempre que necessrio, com o objetivo de ouvir a populao das diversas regies da cidade sobre as questes urbanas relacionadas quela territorialidade para o fim de: I tomada Urbano; II indicar, mediante eleio, os de decises do - ampliar o debate e dar suporte Conselho Municipal do Plano Diretor

candidatos representao popular no CMPDU; III auxiliar na elaborao, implementao e monitoramento das polticas urbanas. Pargrafo nico. A forma de convocao e

o funcionamento das Assemblias Territoriais de Poltica Urbana sero regulamentadas por ato do Poder Executivo Municipal. Seo III - Do Forum da Cidade

Art. Cidade, rgo consultivo

44. do

Fica Poder

institudo Executivo,

o

Frum

da os

reunindo

seguintes Conselhos Municipais relacionados poltica urbana: I - Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano CMPDU; II - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente COMDEMA;

Lei n 6.705-05-fls. 24 -

Prefeitura Municipal de Vitria

III - Conselho Municipal de Transporte COMUTRAN; IV - Conselho Municipal de Habitao de Interesse Social CMHIS; V COMTUR. Pargrafo nico. O Frum da Cidade ser Conselho Municipal de Turismo

convocado, total ou parcialmente, de acordo com a temtica a ser discutida, necessria pelo a Executivo de Municipal, matrias sempre que se fizer

discusso

relacionadas

poltica

urbana, de interesse comum dos conselhos setoriais.

Seo IV - Do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano

Art. 45. Permanece institudo o Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano - CMPDU, rgo consultivo em matria de natureza urbanstica e de poltica urbana, presidido pelo titular da Secretaria por Municipal de Desenvolvimento capazes e da

Cidade,

composto

pessoas

maiores,

idneas,

representantes do Poder Pblico e da Sociedade Civil, com base territorial no municpio, de acordo com os seguintes critrios:

Lei n 6.705-05-fls. 25 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I - 8 (oito) representantes titulares e 8 (oito) representantes suplentes do Poder Pblico distribudos do seguinte modo: a) representantes da SEDEC; b) representantes da SEHAB; c) representantes da SEMMAM; d) representantes da SEMOB; e) representantes da SETRAN; f) 1 (um) titular e 1 (um) suplente 1 (um) titular e 1 (um) suplente 1 (um) titular e 1 (um) suplente 1 (um) titular e 1 (um) suplente 1 (um) titular e 1 (um) suplente 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da PROJUR/SEGES (um como titular e outro como suplente); g) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Cmara Municipal de Vitria - CMV; h) representantes do IJSN. II - 8 (oito) representantes titulares e 8 (oito) representantes suplentes da sociedade civil 1 (um) titular e 1 (um) suplente

distribudos do seguinte modo: a) 2 (dois) titulares e 2 (dois)

suplentes representantes das entidades profissionais ligadas ao planejamento urbano; b) representantes das 1 (um) titular e 1 (um) suplente a 2 infra(dois)

entidades c) 2

profissionais (dois)

ligadas e

estrutura urbana; titulares suplentes representantes das entidades empresariais do mercado imobilirio e construo civil; d) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes das entidades empresariais do comrcio;

Lei n 6.705-05-fls. 26 -

Prefeitura Municipal de Vitria

e) f)

1 1

(um) (um)

titular titular

e e

1 1

(um) (um)

suplente suplente

representantes das entidades empresariais da indstria; representantes das Universidades; III - 8 (oito) representantes titulares e 8 (oito) representantes a) suplentes 1 (um) de moradores e 1 da regio, suplente

distribudos do seguinte modo: titular (um)

representantes da Regio Administrativa 1; b) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Regio Administrativa 2; c) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Regio Administrativa 3; d) e) 1 1 (um) (um) titular titular e e 1 1 (um) (um) suplente suplente

representantes da Regio Administrativa 4; representantes da Regio Administrativa 5; f) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Regio Administrativa 6; g) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Regio Administrativa 7; h) 1 (um) titular e 1 (um) suplente

representantes da Regio Administrativa 8.

1.

Os

representantes

arrolados

no

inciso I sero indicados diretamente pelo Poder Pblico, atravs do titular da pasta.

2. As entidades arroladas no inciso II deste artigo devero estar constitudas no mnimo h dois anos e devero indicar seus representantes atravs de reunio

previamente convocada para este fim.

3.

Os membros do CMPDU arrolados no

inciso III sero indicados mediante a realizao de Assemblias Territoriais de cada Regio Administrativa.

Lei n 6.705-05-fls. 27 -

Prefeitura Municipal de Vitria

4.

Os

representantes

arrolados

nos

incisos II e III no podero ser escolhidos dentre os servidores pblicos do Municpio de Vitria.

5. As deliberaes do CMPDU relativas alterao da legislao podero sofrer veto do Poder

Executivo.

6. A composio do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano, estabelecida neste artigo, ser

nomeada, atravs de Decreto do Executivo Municipal, no prazo mximo de 90 (noventa) dias, a contar da vigncia desta Lei.

Art. 46. O mandato dos membros do CMPDU, com exceo dos arrolados no inciso I do artigo 45, ser de 2 (dois) anos. Art. 47. Compete ao CMPDU: I - acompanhar a implementao do Plano Diretor, analisando e deliberando sobre questes relativas a sua aplicao; II - analisar, propor e aprovar eventuais alteraes da Lei do Plano Diretor antes de serem submetidas aprovao da Conferncia Municipal de Poltica Urbana Encontro da Cidade; III - ajustar os limites entre as zonas de uso, nos casos previstos no artigo 70; IV - analisar a implantao de usos e

aprovar projetos e obras nas Zonas de Proteo Ambiental - ZPA 3, conforme disposto no artigo 76; V - apreciar a instituio de 1, 2 e 3, conforme disposto no artigo 99; novas ZEIS

Lei n 6.705-05-fls. 28 -

Prefeitura Municipal de Vitria

VI - apreciar os Planos Especficos para as Zonas de Equipamentos Especiais, conforme disposto no artigo 111; VII - aprovar alteraes da classificao viria; VIII - aprovar as alteraes de projetos de alinhamento; IX aprovar o enquadramento de

atividades no previstas nesta Lei; X - analisar as alteraes do valor e

local de ocorrncia dos afastamentos; XI - analisar os acessos de veculos das edificaes constantes do Anexo 12; XII - analisar a diminuio do nmero de vagas para estacionamento de veculos em equipamentos pblicos; XIII - aprovar os estudos de viabilidade de ocupao em reas onde o parcelamento do solo no

permitido; XIV - analisar e aprovar todos os atos relativos ao tombamento e identificao de edificaes de

interesse de preservao; XV - aprovar e acompanhar a execuo de planos e projetos de interesse do desenvolvimento urbano,

inclusive os planos setoriais; XVI - analisar e aprovar projetos de lei de interesse da poltica urbana, antes de seu encaminhamento Cmara Municipal; XVII gerir os recursos oriundos do

Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano; XVIII acompanhar e fiscalizar o cumprimento dos programas e execuo dos projetos custeados pelo Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano; XIX implementao dos acompanhar e monitorar a

instrumentos urbansticos; XX - aprovar e acompanhar a implementao

das Operaes Urbanas Consorciadas;

Lei n 6.705-05-fls. 29 -

Prefeitura Municipal de Vitria

XXI - zelar pela integrao das polticas setoriais; XXII sobre as omisses e discutir da e encaminhar solues

contradies

legislao

urbanstica

municipal;

XXIII - convocar, extraordinariamente, a Conferncia Municipal de Poltica Urbana - Encontro da Cidade; XXIV pblicos; XXV interno; XXVI - aprovar os Estudos de Impacto de Vizinhana; XXVII - discutir e aprovar, juntamente elaborar e aprovar o regimento convocar audincias e debates

com o CMHIS, os parmetros para Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social, bem como o Guia de Orientao para realizao de EHIS; XXVIII XXIX deliberar sobre com as o

regulamentaes decorrentes desta Lei; identificar, juntamente CMHIS, ZEIS 3 e edificaes vazias, para fins de implantao de EHIS que sero objeto de lei especfica; XXX apreciar recursos de reviso da

Comisso Tcnica de Avaliao de Impacto Urbano - CTA para Empreendimentos Especiais, conforme disposto no artigo 141; XXXI - analisar a dispensa de vaga de

estacionamento em terreno que no possua testada para via de circulao de veculos; XXXII estabelecer as diretrizes para anlise e avaliao por parte da CTA. Art. 48. As reunies do CMPDU sero

realizadas com um quorum mnimo de metade mais um de seus membros. 1. As decises do Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano - CMPDU, no mbito de sua competncia,

Lei n 6.705-05-fls. 30 -

Prefeitura Municipal de Vitria

devero ser consideradas como Resolues, sujeitas homologao do Prefeito Municipal. 2. As decises do CMPDU sero tomadas com aprovao da maioria simples dos membros presentes.

3. Nos casos previstos nos incisos II e IV do artigo 47, as decises do CMPDU, excepcionalmente, sero tomadas com aprovao de 2/3 dos membros presentes. Art. desenvolvimento de seus 49. trabalhos, O CMPDU, poder durante o

instituir

cmaras

tcnicas e grupos de trabalho especficos. Art. 50. O Poder Executivo Municipal

garantir o suporte tcnico e operacional necessrio ao pleno funcionamento do CMPDU.

Seo V - Do Fundo municipal de Desenvolvimento Urbano

Art. 51. Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, formado pelos seguintes recursos: I - recursos prprios do Municpio; II - transferncias intergovernamentais; III privadas; IV - transferncias do exterior; V - transferncias de pessoa fsica; VII - receitas provenientes da utilizao de bens pblicos - edificaes, solo, subsolo, e espao areo no afetados por programas Habitacionais de Interesse Social; VIII valores devidos das medidas transferncias de instituies

mitigadoras e/ou compensatrias determinadas pelos Estudos de Impacto de Vizinhana; IX - receitas oriundas de programas de regularizao fundiria custeadas por este fundo;

Lei n 6.705-05-fls. 31 -

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X - contribuio de melhoria decorrente de obras pblicas realizadas com base neste Plano Diretor; XI rendas provenientes da aplicao financeira dos seus recursos prprios; XII edilcias e urbansticas; XIII - doaes; XIV destinadas por Lei. Art. 52. O Conselho Municipal do Plano Diretor Urbano ser I responsvel pela gesto as do Fundo e de os outras receitas que lhe sejam - multas provenientes de infraes

Desenvolvimento Urbano, competindo-lhe especificamente: estabelecer diretrizes

programas de alocao dos recursos do Fundo, de acordo com as destinaes previstas no artigo 53; II - encaminhar e aprovar, anualmente, a proposta de oramento do Fundo e de seu plano de metas; III - aprovar as contas do Fundo antes de seu envio aos rgos de controle interno; IV - dirimir dvidas quanto aplicao das diretrizes e normas relativas ao Fundo nas matrias de sua competncia; V condies operacionais; VI dar publicidade s decises, s definir normas, procedimentos e

anlises das contas do Fundo e aos pareceres emitidos atravs de jornal de grande circulao ou de publicao em dirio oficial; VII - fiscalizar a execuo das medidas mitigadoras e/ou compensatrias estabelecidas nos estudos de impacto de vizinhana.

Lei n 6.705-05-fls. 32 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art.

53.

Os

recursos

do

Fundo

de

Desenvolvimento Urbano devero ser aplicados na consecuo das finalidades previstas neste Plano Diretor Urbano, especialmente: I - implantao de equipamentos sociais comunitrios; II - proteo e recuperao de reas e imveis de interesse histrico, cultural e paisagstico; III projetos urbansticos; IV consistente que montagem a de uma de base de dados e elaborao e implementao de

possibilite V -

gerao

informaes do

indicadores para o monitoramento,

planejamento e gesto urbana; sistemtica mercado

avaliao

imobilirio; VI - regularizao fundiria complementar e suplementar ao Fundo Municipal de Habitao; VII desenvolvimento urbano; VIII - criao de espao pblico de lazer e rea verde; IX execuo das medidas mitigadoras ordenamento e direcionamento do

definidas nos Estudos de Impacto de Vizinhana EIV; X diagnstico, elaborao e/ou

implementao de outros planos e projetos no previstos nos incisos acima que objetivem o atendimento das diretrizes e aes estratgicas das polticas urbanas expressas nesta Lei.

Seo VI - Do Sistema de Informaes Municipais SIM

Art.

54.

O

Sistema

de

Informaes

Municipais - SIM tem como objetivo fornecer informaes para o planejamento, o monitoramento, a implementao e a avaliao da poltica urbana, subsidiando a tomada de decises ao longo do processo.

Lei n 6.705-05-fls. 33 -

Prefeitura Municipal de Vitria

1.

As

bases

informacionais

do

SIM

devero, quando possvel, abranger todos os municpios da Regio Metropolitana da Grande Vitria e ser georeferenciadas. 2. O SIM dever reunir e manter

atualizadas as seguintes bases informacionais: I - os cadastros completos de todos os setores do governo municipal; II todos os indicadores sociais,

econmicos e ambientais produzidos pelos rgos de pesquisa federais, estaduais e municipais;

III - os resultados de todas as anlises realizadas por tcnicos do governo municipal e por consultorias contratadas; IV municipal. 3. O SIM dever produzir um anurio todos os dados do oramento

com os indicadores do seu acervo a ser divulgado publicamente.

4.

Ato

do

Poder

Executivo

regulamentar as atribuies e responsabilidades de cada rgo da Administrao Municipal com relao ao SIM.

Art.

55.

O

Sistema

de

Informaes

Municipais dever obedecer aos princpios: I da simplificao, economicidade,

eficcia, clareza, preciso e segurana, evitando a duplicao de meios e instrumentos para fins idnticos; II democratizao, publicizao e

disponibilizao das informaes, em especial as relativas ao processo de implementao, controle e avaliao do Plano Diretor Urbano. Seo VII - Do Oramento Participativo Art. 56.O Poder Executivo incluir a

realizao de debates, audincias e consultas pblicas sobre as propostas do plano plurianual, lei de diretrizes oramentrias e

Lei n 6.705-05-fls. 34 -

Prefeitura Municipal de Vitria

do oramento anual como condio obrigatria para sua aprovao.

CAPTULO III - DOS INSTRUMENTOS DE PARTICIPAO POPULARSeo I - Audincia, Debates e Consultas PblicasArt. 57. A Audincia Pblica uma

instncia de discusso onde a administrao pblica informa e esclarece dvidas sobre aes, planos e projetos, pblicos ou privados, relativos poltica urbana, de interesse dos cidados direta e indiretamente atingidos pela deciso administrativa, convidados a exercerem o direito informao e o direito de manifestao sobre estes mesmos projetos sendo obrigatria, sob pena de nulidade do ato, nos casos de aprovao nos casos de EIV. Art. 58. O debate uma instncia de

discusso onde a administrao pblica disponibiliza de forma equnime, tempo e ferramentas para a exposio de pensamentos divergentes sobre aes, planos e projetos, pblicos ou

privados, relativos poltica urbana de interesse dos cidados.

Pargrafo nico.

Os debates podero ser

requeridos at 10 dias aps a realizao da audincia pblica, pelo CMPDU ou mediante apresentao de requerimento de

associaes constitudas h mais de um ano, que tenham dentre suas atribuies a defesa dos interesses envolvidos na discusso ou assinado por, no mnimo, 30% do nmero de participantes da audincia supracitada, contendo nome legvel e nmero do ttulo de eleitor. Art. 59. A consulta pblica uma

instncia na qual a administrao pblica poder tomar decises vinculadas ao seu resultado. A consulta pblica obrigatria, sob pena de nulidade do ato, nos casos de Operao Urbana Consorciada e nos casos de relevante impacto para a cidade na paisagem, cultura e modo de viver da populao e adensamento

Lei n 6.705-05-fls. 35 -

Prefeitura Municipal de Vitria

populacional. 1. A consulta pblica dever ser

precedida de audincia e debate pblico para viabilizar a plena compreenso dos fatos pelos votantes. Art. 60. A convocao para a realizao de audincias, debates e consultas pblicas ser feita no

perodo de 15 dias que a antecederem, por meio de propaganda nos meios de comunicao, assegurado o mnimo de 3 inseres em jornal de grande circulao e a fixao de edital em local de fcil acesso na entrada principal da sede da Prefeitura

Municipal. 1. As reunies pblicas devero

ocorrer em local acessvel aos interessados e, quando realizada em dias teis, aps as 18h00. 2. municpio de Vitria. 3. Ao final de cada reunio ser Ter direito a voto o eleitor do

elaborado relatrio contendo os pontos discutidos, que ser anexada ao processo administrativo correspondente a fim de

subsidiar a deciso a ser proferida.

Seo II - Da Iniciativa Popular

Art.

61.

Fica

assegurada

a

iniciativa

popular na elaborao de leis, planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano. 1. A iniciativa popular para a

elaborao de leis dever atender ao disposto no artigo 92 da Lei Orgnica do Municpio de Vitria.

2. Para

a

iniciativa

popular

de

planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano ser necessria a manifestao de no mnimo 5% (cinco por cento) dos

Lei n 6.705-05-fls. 36 -

Prefeitura Municipal de Vitria

eleitores do municpio, regio ou bairros, dependendo da rea de influncia dos mesmos.

Seo III - Do Plebiscito e ReferendoArt. 62. O plebiscito caracterizado por ser uma consulta de carter geral que visa decidir previamente sobre fato especfico, deciso poltica, programa ou obra

pblica, a ser exercitado no mbito da competncia municipal, relacionada aos interesses da comunidade local. Pargrafo nico. O recebimento do

requerimento do plebiscito importar em suspenso imediata da tramitao do procedimento administrativo correspondente ao

pedido, at sua deciso.

Art. 63. O referendo a manifestao do eleitorado sobre matria legislativa de mbito municipal

decidida no todo ou em parte. Art. 64. O plebiscito e o referendo de iniciativa popular devero obedecer ao disposto no artigo 94 da Lei Orgnica do Municpio de Vitria.

TTULO III - DO ORDENAMENTO TERRITORIALCaptulo I - Disposies Gerais

Art.

65.

So

objetivos

do

ordenamento

territorial do Municpio de Vitria: I propriedade, com a interesse coletivo; atender funo social da

subordinao do uso e

ocupao do solo ao

Lei n 6.705-05-fls. 37 -

Prefeitura Municipal de Vitria

II urbano

-

condicionar

a

ocupao

do

espao

proteo e respeito ao meio ambiente, aos recursos cultural e a

naturais e ao patrimnio arqueolgico, histrico, paisagstico;

III - incentivar, qualificar ou coibir

ocupao do espao urbano, compatibilizando-a com a capacidade de infra-estrutura, com o sistema de mobilidade proteo ao meio ambiente e paisagem; IV - incentivar a apreciao da paisagem e o usufruto do patrimnio natural como elemento representativo da imagem de Vitria; V - conter a expanso da ocupao urbana em reas de proteo ambiental; VI - minimizar os custos de implantao, manuteno e otimizao da infra-estrutura urbana e servios pblicos essenciais; VII reconhecer as reas de ocupao urbana e com a

irregular, para efeito do planejamento urbano; VIII - controlar o impacto das atividades geradoras de trfego pesado ou intenso nas reas j adensadas e nos principais eixos virios; IX - estimular a coexistncia de usos e atividades de pequeno porte compatveis com o uso residencial, evitando a segregao dos espaos e deslocamentos desnecessrios. Art. 66. Para a ordenao do uso e da ocupao do solo considera-se como rea urbana todo o territrio municipal, de acordo com o permetro delimitado no Anexo 1.

Captulo II - Do Zoneamento

Lei n 6.705-05-fls. 38 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art.

67.

O

zoneamento

o

instrumento

destinado a regular o uso e a ocupao do solo para cada uma das zonas em que se subdivide o territrio do municpio, tendo como objetivos: I - fazer cumprir as funes sociais da cidade e da propriedade urbana, tendo em vista o estado da urbanizao, as condies de implantao da infra-estrutura de saneamento bsico, do sistema virio e do meio fsico; II - atribuir diretrizes especficas de uso e ocupao do solo para as zonas.

Art. 68. Ficam estabelecidas as seguintes Zonas, cuja localizao e limites so os constantes do Anexo 2: I - Zonas de Proteo Ambiental ZPA 1, 2 e 3; II - Zona de Ocupao Preferencial ZOP; III - Zona de Ocupao Controlada ZOC;

IV - Zona de Ocupao Limitada ZOL; V - Zona de Ocupao Restrita ZOR; VI - Zona de Parque Tecnolgico ZPT; VII - Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS 1, 2 e 3; VIII - Zona de Equipamentos Especiais ZEE 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8.

Art. reas de Ocupao de

69.

Ficam tambm estabelecidas as originadas pela implantao de de

Especial,

conjunto

edificaes

com

caractersticas

ocupao

prprias, cuja delimitao consta do Anexo 2, como ZOR/11, ZOL/11,ZOL/18 e ZOL/20. Art. 70. Quando os limites entre as zonas no for uma via de circulao, estes podero ser ajustados, verificando em estudo tcnico a necessidade de tal procedimento com vistas a obter: melhor preciso, adequao ao stio onde se propuser a alterao face a ocorrncia de elementos naturais e outros fatores biofsicos condicionantes, assim como para

Lei n 6.705-05-fls. 39 -

Prefeitura Municipal de Vitria

adequao s divisas dos imveis e ao sistema virio.

Pargrafo nico.

Os ajustes de limites,

a que se refere o caput deste artigo, sero efetuados por ato do Executivo Municipal, precedidos por aprovao do CMPDU. Art. 71. No caso em que a via de

circulao for o limite entre zonas, este ser definido pelo eixo da via. Pargrafo nico. Quando o limite de

zonas no for uma via de circulao, devero ser consideradas como limite as linhas de divisas de fundos dos terrenos

lindeiros

via onde se localizam. Art. 72. Para efeito de implantao de

atividades, nos casos em que a via de circulao for o limite entre zonas de uso, os imveis que fazem frente para esta via podero se enquadrar em qualquer dessas zonas, prevalecendo, em qualquer caso, os ndices de controle urbanstico estabelecidos para a zona de uso na qual o imvel estiver inserido. Pargrafo situa o imvel, dever nico. Para efeito de

aplicao do disposto neste artigo, a face da quadra onde se ter a maior parte de sua extenso abrangida pelo limite entre as zonas. Art. 73. Os proprietrios de lotes que possuam testadas para logradouros situados em zoneamentos

diversos, podero optar pela utilizao dos parmetros de uso e ocupao de apenas um desses zoneamentos, desde que possua inscrio imobiliria no logradouro correspondente ao zoneamento escolhido.

Seo I - Das Zonas de Proteo Ambiental

Art. 74. As Zonas de Proteo Ambiental ZPA definidas em funo das necessidades de proteo integral e dos diferentes graus de uso sustentvel permitidos so compostas por ecossistemas de interesse para a preservao, conservao e

Lei n 6.705-05-fls. 40 -

Prefeitura Municipal de Vitria

desenvolvimento de atividades sustentveis.

Art. Proteo Ambiental:

75.

So

objetivos

das

Zonas

de

I - proteger os ecossistemas e recursos naturais e o patrimnio cultural como condicionamento da

ocupao do espao urbano, promovendo a recuperao daqueles que se encontrem degradados; II - incentivar, qualificar ou conter a ocupao do espao urbano, compatibilizando-a com a capacidade de infra-estrutura, do sistema virio e com a proteo ao meio ambiente, regulando os usos, a ocupao e o desenvolvimento de atividades compatveis com a conservao de ecossistemas,

recursos naturais e atributos relevantes da paisagem urbana; III - garantir a conservao de praias com acessos democrticos e condies ideais para o lazer e recreao; IV - controlar a ocupao urbana em reas de interesse e fragilidade ambiental; V - referenciar a elaborao de Plano de Manejo para as unidades de conservao do municpio; VI preservar amostras significativas

das diversas formaes ecolgicas e dos recursos naturais; VII - conservar os recursos hdricos; VIII - assegurar a qualidade ambiental; IX - conservar as belezas cnicas; X proporcionar a recreao, educao

ambiental e espaos propcios ao desenvolvimento de atividades de turismo sustentvel; XI - proteger a diversidade natural.

Art. 76. As Zonas de Proteo Ambiental classificam-se em trs categorias: I - ZPA 1 - reas destinadas proteo integral dos ecossistemas e dos recursos naturais, garantindo a reserva gentica da fauna e flora e seus habitats, podendo ser utilizadas para fins de pesquisa cientfica, monitoramento,

Lei n 6.705-05-fls. 41 -

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educao ambiental e o uso indireto dos recursos naturais, no envolvendo o consumo, coleta, dano ou destruio dos mesmos; II ZPA 2 reas destinadas conservao dos ecossistemas naturais e dos ambientes criados, com uso sustentvel dos recursos naturais, podendo ser

utilizadas para fins de pesquisa cientfica, monitoramento e educao ambiental, turismo, recreao e esportes, desde que estas atividades no causem danos aos ambientes naturais ou em recuperao; III ZPA 3 reas com atributos

ambientais relevantes, destinadas recuperao e conservao dos recursos naturais e paisagsticos, cujo uso e ocupao do solo devem ser controlados de forma a assegurar a qualidade ambiental, cientfica, podendo ser utilizadas e para fins de pesquisa recreao,

monitoramento

educao

ambiental,

realizao de eventos culturais e esportivos e atividades de apoio ao turismo.

1. Nas Unidades de Conservao, que integram a ZPA 1, devero ser observados os usos e zoneamento estabelecidos nos respectivos planos de manejo.

2.

Nos Parques Naturais Municipais,

alm dos usos definidos pela ZPA 1, permitida a recreao orientada em reas previamente destinadas e naquelas identificadas nos respectivos planos de manejo.

3.

O

uso

sustentvel

dos

recursos

naturais referido no inciso II deste artigo envolve a captura, cata, coleta, pesca, extrao, desde que seguindo as normas legais correlatas e os estudos ambientais que indiquem a forma de utilizao e a capacidade de suporte do ambiente.

4.

Nas

ZPA

1

e

2

somente

sero

permitidas a instalao de equipamentos e estruturas permanentes ou a ampliao daqueles j existentes, quando tiverem o objetivo de dar suporte s atividades definidas nos incisos I e II, sendo que quaisquer outros usos ou intervenes devero ser submetidos

Lei n 6.705-05-fls. 42 -

Prefeitura Municipal de Vitria

anlise e autorizao prvia do rgo Ambiental Competente e autorizao prvia do COMDEMA.

quaisquer atributos outros usos

5. ou

Nas

ZPA

3,

a

implantao respeitar anlise

de os e

intervenes ser

dever

ambientais,

devendo

submetidos

autorizao prvia do rgo ambiental competente e autorizao prvia do COMDEMA e CMPDU. Art. I proteo integral; II - as seguintes ilhas do Municpio de Vitria: do Soc, dos ndios, Rasa, das Andorinhas, da Galheta de Dentro, da Galheta de Fora, Pedra da Baleia, dos Prticos, dos Itaitis, dos Igaraps, da Maria Cator, das Cobras, Pedra dos Ovos, das Pombas, do Urubu, das Tendas e Ilha do Meio. Art. 78. Integram a Zona de Proteo 77. as Integram Unidades a de Zona de Proteo de

Ambiental 1 as seguintes categorias: Conservao

Ambiental 2 as seguintes categorias: I Mata Atlntica e ecossistemas

associados manguezal, restinga, apicum e vegetao rupestre; II Praias, tanto marinhas quanto

estuarinas, exceto as identificadas no inciso I do artigo 79; III - Costes Rochosos; IV - Parques Urbanos; V rea de Preservao Permanente,

estabelecida na legislao em vigor; VI - Afloramentos Rochosos; VII reas Verdes Especiais

estabelecidas na legislao em vigor; VIII - As Ilhas do Fato, da Plvora e do Cal. Art. 79. Integram a Zona de Proteo

Ambiental 3 as seguintes categorias:

Lei n 6.705-05-fls. 43 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I

-

as

seguintes

praias:

a

Praia

de

Camburi compreendida entre o Rio Camburi e o Per de Iemanj, e a Praia da Curva da Jurema; II Ilha da Fumaa, excluindo-se as

reas de Preservao Permanente; III reas que possuem atributos e

fragilidades ambientais, e que sofrem presso para ocupao inadequada e de risco. 1. Nas ZPA 3 ser permitida a

implantao de projetos e obras de urbanizao voltados aos objetivos da mesma, desde que no alterem a linha de costa e que no criem obstculos hidrodinmica, salvo quando necessrio para recompor a linha da costa sob processo erosivo. 2. Os projetos e as obras citados no 1 deste artigo dependero obrigatoriamente de parecer favorvel do rgo ambiental competente e aprovao do COMDEMA e do CMPDU. 3. Podero ser admitidas estruturas

mveis sobre as praias, desde que sejam destinadas atividades de pesquisa, culturais, esportivas, tursticas e de lazer,

devendo seus projetos serem previamente analisados e aprovados pelo rgo Ambiental do Municpio.

Art. 80. Na linha de costa, subseqente ou no s praias, somente ser permitida a implantao de

projetos e obras que no a alterem e que no criem obstculos hidrodinmica, salvo quando necessrio para recomposio de

processo erosivo. Pargrafo nico. Quaisquer intervenes

devero ser submetidas anlise e autorizao prvia do rgo ambiental competente e autorizao prvia do COMDEMA e do CMPDU. Art. 81. dever ser elaborado Plano No prazo de mximo de dois anos, Costeiro do

Gerenciamento

Municpio.

Lei n 6.705-05-fls. 44 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Seo II - Da Zona de Ocupao PreferencialArt. 82. A Zona de Ocupao Preferencial - ZOP composta por reas em transformao urbana acelerada e por grandes reas desocupadas. Art. Ocupao Preferencial: I - induzir, sob a II preservar coordenao visuais de do Poder marcos Pblico, os processos de transformaes urbanas; 83. So objetivos da Zona de

significativos da paisagem urbana; III estimular o uso mltiplo, com

interao de usos residenciais e usos no residenciais.

Seo III - Zona de Ocupao ControladaArt. 84. A Zona de Ocupao Controlada ZOC composta por reas com uso misto, residencial e no residencial, e com infra-estrutura completa de saneamento

bsico, redes de abastecimento de gua, coleta e tratamento de esgoto.

Art. Ocupao Controlada:

85.

So

objetivos

da

Zona

de

I - controlar o incremento da ocupao urbana compatibilizando-a infra-estrutura urbana instalada; II - melhorar as condies de mobilidade urbana, em especial nos pontos problemticos do sistema virio; III preservar visuais de marcos

significativos da paisagem urbana.

Seo IV - Zona de Ocupao LimitadaArt. 86. A Zona de Ocupao Limitada

ZOL composta por reas com predomnio do uso residencial, com grande demanda por infra-estrutura de coleta e tratamento de esgoto e com sistema virio apresentando limites ao incremento

Lei n 6.705-05-fls. 45 -

Prefeitura Municipal de Vitria

da ocupao urbana. Art. Ocupao Limitada : I compatibilizar o adensamento 87. So objetivos da Zona de

construtivo com as caractersticas do sistema virio e com as limitaes na oferta de infra-estrutura de saneamento bsico; II preservar os locais de interesse

ambiental e visuais de marcos significativos da paisagem urbana; III estender a infra-estrutura de

saneamento bsico e os melhoramentos urbanos aos locais com precariedade e reas de risco; IV - melhorar as condies de mobilidade urbana em especial nos pontos problemticos do sistema virio; V - ampliar a oferta de reas verdes e de lazer; VI proteo ambiental; VII - promover a regularizao fundiria. conter a ocupao em reas de

Seo V - Zona de Ocupao RestritaArt. 88. ZOR composta por reas com A Zona de Ocupao Restrita restries no incremento da

ocupao urbana impostas pelo sistema virio local caracterizado por vias sem sada ou com grande declividade, e pela localizao em ilha costeira e nas reas do entorno do Canal da Passagem.

Art. Ocupao Restrita: I -

89.

So

objetivos

da

Zona

de

compatibilizar

o

adensamento

construtivo com as caractersticas do sistema virio II preservar os locais de interesse

ambiental e visuais de marcos significativos da paisagem urbana; III - garantir o acesso s praias.

Seo VI - Zona

do Parque Tecnolgico

Lei n 6.705-05-fls. 46 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art.90. A Zona do Parque Tecnolgico ZPT caracteriza-se como a rea onde sero instaladas empresas industriais e de prestao de servios, para a formao do Parque Tecnolgico de Vitria. Art. 91. So objetivos da Zona do Parque Tecnolgico: I - estimular a implantao de empresas de base tecnolgica; II transformaes urbanas; III ambiental urbana. e visuais de reservar os locais de da interesse paisagem coordenar os processos de

marcos

significativos

Seo VII - Zonas Especiais de Interesse Social

Art. 92. As Zonas Especiais de Interesse Social ZEIS a so pores do de territrio e renda baixa onde dever ser dos e

promovida

regularizao habitacionais

urbanstica

fundiria existentes

assentamentos

consolidados e o desenvolvimento de programas habitacionais de interesse social nas reas no utilizadas ou subutilizadas.

Art.

93.

So

objetivos

das

Zonas

Especiais de Interesse Social: I - efetivar o cumprimento das funes sociais da cidade e da propriedade conservao e recuperao ambiental; II - induzir os proprietrios de terrenos vazios a investir em programas habitacionais de interesse social de modo a ampliar a oferta de terra para a produo de moradia digna para a populao de baixa renda; III urbanstica e fundiria dos promover a regularizao ocupados pela assegurando a preservao,

assentamentos

populao de baixa renda;

Lei n 6.705-05-fls. 47 -

Prefeitura Municipal de Vitria

IV - eliminar os riscos decorrentes de ocupaes em reas inadequadas ou, quando no for possvel, reassentar seus ocupantes; V urbanos e comunitrios; VI dos seus ocupantes. Pargrafo nico. O reassentamento de que - promover o desenvolvimento humano ampliar a oferta de equipamentos

trata o inciso IV deste artigo dever, necessariamente, se dar em local mais prximo possvel de suas moradias de acordo com os princpios estabelecidos no Estatuto da Cidade. Art. 94. As Zonas Especiais de Interesse Social classificam-se em trs categorias: I ZEIS 1 reas pblicas ou

particulares com assentamentos irregulares e/ou clandestinos ocupados precrios pela do populao ponto de de baixa renda, significativamente e habitacional, vista urbanstico

predominantemente localizados em encostas com altas declividades e topos de morros, com acessibilidade inadequada, riscos demandas por servios urbanos e equipamentos comunitrios; II particulares com ZEIS 2 reas ou pblicas ou e

assentamentos

irregulares

clandestinos

ocupados por populao de baixa renda, com atendimento parcial das demandas por infra-estrutura, III particulares edificados ou ZEIS no, 3 no servios imveis urbanos pblicos e ou

equipamentos comunitrios;

utilizados,

dotados

parcialmente de infra-estrutura e servios urbanos, necessrios implantao de EHIS, com respectivos equipamentos comunitrios e urbanizao complementar adequados, que sero objeto de parcelamento, edificao ou utilizao compulsrios.

Lei n 6.705-05-fls. 48 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art. 95. O reconhecimento como ZEIS de loteamentos irregulares ou clandestinos no eximir os agentes executores ou proprietrios, das obrigaes e responsabilidades civis, administrativas e penais previstas em Lei. Art. 96. No podero ser declarados como ZEIS 1 e 2 os assentamentos habitacionais totalmente

localizados: I - sob pontes e viadutos; II - sobre oleodutos e troncos do sistema de abastecimento de gua, coleta e tratamento de esgotos; III - sob redes de alta tenso; IV - em reas que apresentam alto risco segurana de seus ocupantes, de acordo com parecer tcnico elaborado por rgo municipal competente.

Pargrafo Municipal obrigadas e a as concessionrias

nico. de as

O servio reas

Poder pblico afetas

Pblico esto suas

manter

desobstrudas

s

atividades, sob pena de responsabilidade no reassentamento das famlias residentes h mais de 5 anos, preferencialmente em local prximo. Art. 97.A demarcao de novas ZEIS 3 no poder localizar-se em reas de risco e de proteo ambiental. Art. 98. So critrios para o

reconhecimento de uma rea como ZEIS 1 e 2: I - ser a ocupao de baixa renda; II - no possuir infra-estrutura completa de saneamento bsico; III ser passvel de urbanizao e

regularizao fundiria, de acordo com avaliao tcnica que verificar a existncia dos padres mnimos de salubridade e segurana, bem como a situao fundiria; IV apresentar problemas quanto

acessibilidade e mobilidade urbana.

Lei n 6.705-05-fls. 49 -

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Art. 99. A instituio de novas ZEIS 1, 2 e 3 dever ser feita atravs de lei especfica, respeitando os critrios descritos nos artigos 96, 97 e 98 desta Lei e aps discusso no Encontro da Cidade e deliberao do Conselho

Municipal do Plano Diretor Urbano. 1. A iniciativa legislativa para o

reconhecimento e instituio de novas ZEIS 1, 2 e 3 do Poder Executivo Municipal, condicionada ao atendimento dos critrios estabelecidos nos artigos 96, 97 e 98 desta Lei. 2. O reconhecimento e instituio de novas ZEIS 1 e 2 poder ocorrer por solicitao de Associao de Moradores ou pelo proprietrio da rea, atravs de requerimento encaminhado ao rgo municipal competente.

Art.

100.

Para

cada

Zona

Especial

de

Interesse Social 1 e 2 ZEIS 1 e 2 ser elaborado um Plano de Desenvolvimento integradas que Local, visam entendido ao como um conjunto global de da aes rea,

desenvolvimento

elaborado em parceria entre o Poder Pblico e os ocupantes da rea, abrangendo aspectos urbansticos, socio-econmicos, de regularizao fundiria, de infra-estrutura, jurdicos,

ambientais e de mobilidade e acessibilidade urbana.

Art. todas as ZEIS 1 dos e 2,

101.

Devero ser constitudos, em Gestores e de do todas compostos Poder as dos por

Conselhos moradores e

representantes Municipal, elaborao, que

atuais

Executivo etapas Planos de de

devero

participar

implementao

monitoramento

Desenvolvimento Local.

Pargrafo Executivo Municipal dever

nico.

Decreto a

do

Poder dos

regulamentar

constituio

Conselhos Gestores das ZEIS 1 e 2 determinando suas atribuies, formas de funcionamento, modos de representao eqitativa dos moradores locais e dos rgos pblicos competentes. Art. 102. O Plano de Desenvolvimento

Lei n 6.705-05-fls. 50 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Local dever abranger o seguinte contedo: I contendo, urbanstica no e mnimo: fundiria, a leitura da realidade local anlise da anlise fsico-ambiental,

caracterizao

socio-econmica

populao e dimensionamento das demandas coletivas dos moradores locais; II conservao e usos diretrizes dos para preservao, recursos de

sustentveis III -

ecossistemas, para a

naturais e belezas cnicas existentes no local; estratgias gerao

emprego e renda; IV - planos intersetoriais de ao social e promoo humana; V - plano de urbanizao; VI - plano de regularizao fundiria; VII as fontes de recursos para a

implementao das intervenes.

1. Os Planos de Desenvolvimento Local das ZEIS 1 e 2, de carter multisetorial, devero ser avaliados

pelas Secretarias que atuam em cada um dos setores envolvidos no plano. 2. As entidades representativas dos

moradores de ZEIS 1 e 2 podero apresentar propostas para o Plano de Desenvolvimento Local de que trata este artigo.

3.

Para

o

desenvolvimento

e

implementao dos Planos de Desenvolvimento Local das ZEIS 1 e 2, o Poder Executivo Municipal disponibilizar assessoria

tcnica, jurdica e social gratuita populao de baixa renda.

Lei n 6.705-05-fls. 51 -

Prefeitura Municipal de Vitria

Art.

103.

Na

elaborao

do

Plano

de

Urbanizao e do Plano de Regularizao Fundiria, integrantes do Plano de Desenvolvimento Local, devero seguintes diretrizes: I - promoo do desenvolvimento humano; II articulao intersetorial nos ser observadas as

programas e aes pblicas de promoo humana; III diretamente beneficiria; IV - controle do uso e ocupao do solo urbano; V integrao dos acessos e traados participao da populao

virios das ZEIS malha viria do entorno ; VI respeito s tipicidades e

caractersticas da rea nas formas de apropriao do solo; VII observncia s necessidades de

preservao, conservao e usos sustentveis dos ecossistemas, recursos naturais e belezas cnicas existentes.

1.

Entende-se

como

Plano

de

Urbanizao o conjunto de aes integradas que visam a atender as demandas da regio por infra-estrutura urbana, soluo para reas de risco, equipamentos comunitrios, reas de lazer, sistema virio e de transportes, estabelecendo diretrizes para a elaborao dos respectivos projetos. Regularizao Fundiria 2. o Entende-se conjunto de como aes Plano de

integradas,

abrangendo aspectos jurdicos, urbansticos e scio-ambientais, que visam legalizar as ocupaes existentes em desconformidade com a lei, mediante aes que possibilitem a melhoria do

ambiente urbano e o resgate da cidadania da populao residente no assentamento. Art. 104. Os Planos de Urbanizao para cada ZEIS 1 e 2 devero conter, no mnimo:

Lei n 6.705-05-fls. 52 -

Prefeitura Municipal de Vitria

I passveis de ocupao II urbansticas necessrias e

as

zoneamento que os devem projetos

definindo ser e

as

reas por

resguardadas as

questes ambientais e/ou de risco. intervenes da rea,

recuperao

fsica

incluindo, de acordo com as caractersticas locais, sistema de abastecimento de gua e coleta de esgotos, drenagem de guas pluviais, coleta regular de resduos slidos, iluminao

pblica, adequao dos sistemas de circulao de veculos e pedestres, eliminao de situaes de risco, tratamento adequado das reas verdes e pblicas, instalao de equipamentos ao uso

comunitrios habitacional;

servios

urbanos

complementares

III acompanhamento intervenes; IV V social

o

proposta perodo e

das de

aes

de das para

durante

implantao cronograma de

oramento dos

implantao das intervenes; definio ndices controle

urbanstico para uso, ocupao e parcelamento do solo; VI definio das reas mnimas e

mximas dos lotes para os novos parcelamentos.

Pargrafo

nico.

As

entidades

representativas dos moradores de ZEIS 1 e 2 podero apresentar propostas para o Plano de Urbanizao de que trata este artigo. Art. 105. O Plano de Urbanizao das ZEIS 1 e 2 determinar os padres especficos, e dever ser

estabelecido por Decreto do Poder Executivo Municipal, ouvido o CMPDU. Pargrafo nico. Uma vez regulamentados

os padres urbansticos das ZEIS 1 e 2 por ato do executivo conforme estabelecido no caput deste artigo, os mesmos somente podero ser alterados e modificados mediante aprovao do CMPDU atravs de lei especfica.

Lei n 6.705-05-fls. 53 -

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Art.

106.

Os

Planos

de

Regularizao

Fundiria para cada ZEIS 1 e 2 devero conter, no mnimo: I propriedade fundiria; II populao beneficiada; III definio dos instrumentos cadastramento scio-econmico da identificao da titularidade da

jurdicos a serem utilizados para a titulao e a forma de repasse das unidades; IV a forma de disponibilizao de

assistncia tcnica, social e jurdica gratuita populao de baixa renda; V projeto de parcelamento para a

regularizao fundiria contendo a subdiviso das quadras em lotes, quadro de reas demonstrando a rea total a ser

regularizada, as reas destinadas ao sistema virio, praas e equipamentos comunitrios, bem como o dimensionamento, reas e confrontaes de todos os lotes, por quadra; VI implementao das aes. estimativa de custos para a

Art. 107. Os projetos para regularizao fundiria ser nas ZEIS 1 e 2 ficam pelo dispensados rgo das exigncias municipal

urbansticas para loteamento estabelecidas nesta lei, devendo devidamente aprovados tcnico

competente.

Art. 108. Os projetos de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social - EHIS descritos nos incisos I e II do artigo 15 devero ser elaborados a partir das diretrizes urbansticas expedidas pelo rgo municipal competente conforme estabelecido nos artigos 199, 200 e 201 desta Lei.

Pargrafo Habitacionais devero, de Interesse

nico.

Os

Empreendimentos nas ZEIS 3 no

Social atender

localizados populao

prioritariamente,

residente

Municpio de Vitria.

Lei n 6.705-05-fls. 54 -

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Seo VIII - Da Zona de Equipamentos EspeciaisArt. 109. As Zonas de Equipamentos

Especiais ZEE so compostas por reas que englobam atividades com caractersticas especiais, que exercem ou possam exercer impactos econmicos, urbansticos, ambientais e funcionais, no Municpio de Vitria. Art. Especiais classificam-se em: I - ZEE 1 - rea do aeroporto de Vitria; II ZEE 2 reas industriais da 110. As Zonas de Equipamentos

Companhia Vale do Rio Doce - CVRD e Companhia Siderrgica de Tubaro - CST; III ZEE 3 reas do campus universitrio da Universidade Federal do Esprito Santo UFES Goiabeiras; IV ZEE 4 reas do campus

universitrio da Universidade Federal do Esprito Santo UFES Marupe; V - ZEE 5 reas do Centro Federal de Ensino Tecnolgico do Esprito Santo - CEFETES; VI - ZEE 6 rea do Porto de Vitria; VII ZEE 7 rea do campus

universitrio da FAESA localizado na Av. Serafim Derenzi; VIII - ZEE 8 rea delimitada pela Av. Amrico Buaiz e Ruas Marlia Resende Scarton Coutinho e Renato Nascimento Daher Carneiro. Art. 111. Os responsveis pelos

equipamentos implantados nas ZEE 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8 devero elaborar planos especficos para a ordenao das formas de uso e ocupao do solo de suas reas, e apresent-los ao Poder Executivo Municipal, no prazo de 18 meses, a partir da data de vigncia desta Lei.

Pargrafo nico. Os planos especficos de que trata o caput deste artigo devem envolver usurios e a

Lei n 6.705-05-fls. 55 -

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populao em geral e ser aprovados por Decreto do Executivo, ouvido o CMPDU, tendo como objetivos bsicos: I - acessibilidade rea; II equipamentos com a cidade; III - elaborar plano de ocupao global da zona com previso de futuras expanses; IV compatibilizar o incremento na promover a integrao dos

ocupao urbana com as caractersticas do sistema virio e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana; V - garantir a preservao das reas de interesse histrico ambiental e paisagstico, garantindo, na insero dos equipamentos/edificaes na zona de interveno, uma integrao harmoniosa destes com o entorno e a manuteno de visuais de marcos da paisagem natural/construda; VI - promover o aproveitamento adequado das reas vazias sem prejuzo do interesse paisagstico; VII otimizar a infra-estrutura

instalada da zona para atendimento da demanda do empreendimento e integrar a mesma com o entorno; VIII - assegurar o direito ao uso e fruio gratuita dos espaos livres de uso pblico e, nos casos em que couber, a vivncia da orla martima.

Captulo III - Das reas Especiais de Interveno UrbanaArt. 112. Considera-se reas Especiais de Interveno Urbana aquelas que, por suas caractersticas

especficas, demandem polticas de interveno diferenciadas, visando, entre outros objetivos, a garantir a proteo do

patrimnio cultural e da paisagem urbana, a revitalizao de reas degradadas ou estagnadas, o incremento ao desenvolvimento econmico e a implantao de projetos virios. Pargrafo nico. A delimitao das reas Especiais de Interveno Urbana a constante do Anexo 3.

Lei n 6.705-05-fls. 56 -

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Art. interveno urbana:

113.

So

reas

especiais

de

I - rea do Centro Histrico; II - rea da Ilha de Santa Maria; III - rea da Enseada do Su; IV - rea de Santa Luiza; V - rea do Canal da Passagem; VI - rea da Orla da Praia de Camburi; VII - rea de Goiabeiras; VIII - rea da Baa Oeste.

Art. 114. So objetivos bsicos da rea do Centro Histrico: I compatibilizar o incremento na

ocupao urbana com as caractersticas do sistema virio e com a disponibilidade futura de infra-estrutura urbana; II preservar os locais de interesse

ambiental e a configurao da

paisagem urbana;

III - promover a reabilitao urbana a partir de melhorias na infra-estrutura de saneamento bsico, drenagem, iluminao, espaos pblicos, reas verdes e nas condies de mobilidade e acessibilidade urbana, especialmente nos locais com maior precariedade; IV incentivar o aproveitamento de

edifcios no utilizados para a produo de novas habitaes de interesse social; V preservar o patrimnio histrico-

cultural promovendo usos compatveis, incentivando e orientando a recuperao dos imveis de interesse de preservao; VI - fomentar a visitao da rea; VII - fomentar a Revitalizao Econmica da rea, promovendo o desenvolvimento social e humano; VIII urbanas. introduzir novas dinmicas

Lei n 6.705-05-fls. 57 -

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Art. 115. So objetivos da rea da Ilha de Santa Maria: I requalificar o conjunto edificado urbano e otimizar a utilizao da infra-estrutura; II - fomentar a Revitalizao Econmica da rea, promovendo o desenvolvimento social e humano; III - introduzir novas dinmicas urbanas compatveis e, em especial, a produo de Habitao de Interesse Social; IV valorizar as potencialidades

paisagsticas e preservar os locais de interesse ambiental; V - promover a regularizao fundiria; VI - promover o aproveitamento da rea martima ao lado da Ilha da Fumaa para atividades nuticas.

Art. Enseada do Su: I

116.

So

objetivos

da

rea

da

- promover o aproveitamento adequado

das reas vazias sem prejuzo do interesse paisagstico; II - reestruturar e otimizar o sistema virio e a infra-estrutura instalada; III valorizar as potencialidades

paisagsticas e preservar os locais de interesse ambiental; IV assegurar o direito ao uso e

fruio gratuita dos espaos livres de uso pblico e a vivncia da orla martima; V - aumentar a integrao entre espaos pblicos e privados; VI garantir o visual da Baa de

Vitria, em especial do Convento, da Prainha de Vila Velha e do Morro do Moreno, principalmente a partir do eixos virios e demais espaos pblicos.

Lei n 6.705-05-fls. 58 -

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Art. 117. So objetivos da rea de Santa Luiza: I reestruturar e otimizar o Sistema Virio promovendo a melhoria da mobilidade urbana; II - promover o aproveitamento adequado das reas subutilizadas, visando a otimizao da infra-

estrutura; III - introduzir novas dinmicas urbanas compatveis; IV - fomentar a implantao de atividades voltadas ao lazer e recreao na rea da Pedreira da Gameleira.

Art. 118. So objetivos da rea do Canal da Passagem: I - garantir o acesso fsico e visual e a vivncia da orla martima; II - estimular atividades tursticas e de lazer; III garantir a possibilidade de

navegao para embarcaes de pequeno porte.

Art. 119. So objetivos da rea da Orla da Praia de Camburi: I - compatibilizar a ocupao de maneira que no prejudique a utilizao das praias; II -estimular atividades tursticas e de lazer; III - promover melhor aproveitamento dos piers existentes, por meio da criao de reas de contemplao e atracadouros. Art. Goiabeiras: I - fomentar a implantao de atividades de base tecnolgica, no poluidoras, sem prejuzo atividade das paneleiras, preservao da paisagem e do meio ambiente; 120. So objetivos da rea de

Lei n 6.705-05-fls. 59 -

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II - complementar a infra-estrutura, em especial o sistema virio, garantindo a melhoria da mobilidade urbana; III estimular atividades tursticas,

culturais e de lazer ligadas atividade das paneleiras, sem prejuzo preservao da paisagem e do meio ambiente; IV -promover a regularizao fundiria.

Art. 121. So objetivos da rea da Baa Oeste: I - promover novos acessos Baa Oeste e complementar as infra-estruturas, em especial o sistema virio, garantindo a melhoria da mobilidade urbana e da acessibilidade universal; II potencialidades valorizar e e incrementar dando as uso

paisagsticas

preservar,

sustentvel, os locais de interesse ambiental; III - promover, assegurar o direito ao uso e fruio gratuita e gerir com uso sustentvel os espaos livres de uso pblico e a vivncia da orla martima; IV - promover a produo de Habitao de Interesse Social; V compatveis; VI - estimular a criao de emprego e - introduzir novas dinmicas urbanas

renda a partir de atividades tursticas, de lazer, pesqueira e do uso sustentvel do manguezal; VII promover, financiar e gerir o

desenvolvimento social e humano; VIII fundiria. promover a regularizao

Captulo IV - Do Sistema Virio Bsico

Art.

122.

A

Hierarquizao

Viria

do

Municpio atender seguinte classificao: I vias de ligao - vias arteriais metropolitanas: so que funcionam na coleta e intermunicipal

Lei n 6.705-05-fls. 60 -

Prefeitura Municipal de Vitria

distribuio dos fluxos de veculos que circulam pelos centros metropolitanos com maior concentrao de atividades; II - vias arteriais municipais: so vias de ligao intra-municipal que funcionam na coleta e

distribuio dos fluxos de veculos que circulam pelos centros com maior concentrao de atividades do Municpio de Vitria; III complementares s vias vias coletoras: com funo so vias e

arteriais

coletora

distribuidora dos fluxos de veculos que circulam pelos bairros, centros de bairros e de vizinhana; IV - vias locais principais: so vias de acesso ao bairro que distribuem os fluxos de veculos pelas vias locais do prprio bairro; V - vias locais: so vias do bairro que servem, predominantemente, s necessidades de circulao dos moradores no acesso aos seus imveis; VI - vias de pedestres: so vias para

circulao exclusiva de pedestres separada do trfego geral de veculos. 1. Para efeito desta Lei, considera-se rede estrutural bsica as vias arteriais metropolitanas, as vias arteriais municipais, as vias coletoras e as locais principais.

2.

A

hierarquizao

viria

do

municpio, conforme classificao estabelecida no caput deste artigo, a constante do Anexo 4 desta Lei. Art. 123. A classificao viria

estabelecida nesta lei poder ser alterada, por lei municipal, em funo de recomendaes baseadas em estudos relativos ao sistema virio e circulao de veculos, bicicletas e pedestres, aps aprovao do CMPDU e discusso no Encontro da Cidade. Art. 124. O Poder Executivo Municipal

dever, no prazo de 2 (dois) anos a contar da vigncia desta lei, elaborar o Plano Virio Municipal contendo os projetos bsicos de complementao e adequao viria, bem como a

Lei n 6.705-05-fls. 61 -

Prefeitura Municipal de Vitria

definio de novos alinhamentos para a rede estrutural bsica, devendo conter, no mnimo, as intervenes virias consideradas na simul