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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES
Por: Rejane Ribeiro do Espirito Santo
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS NAS
ORGANIZAÇÕES
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão de
Projetos.
Por: Rejane Ribeiro do Espirito Santo
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus, à minha mãe Edna e
à minha amiga Tatiele que me
incentivaram a não desistir.
4
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho à minha mãe Edna,
ao meu irmão Rogério e aos meus
amigos.
5
RESUMO
A monografia em questão relata o conceito do treinamento e do
desenvolvimento de pessoas e seus diversos aspectos e ressalta a importância
de ambos nas organizações.
O tipo de pesquisa utilizada foi a bibliográfica.
O objetivo desta monografia é destacar a importância do treinamento
e do desenvolvimento de pessoas para o alcance dos resultados
organizacionais. O trabalho enfatiza que a empresa que não investe em
programas capacitação da força de trabalho compromete seus resultados.
6
METODOLOGIA
A metodologia utilizada envolve a leitura de livros e textos retirados
da internet. O estudo foi realizado basicamente através de pesquisas
bibliográficas nos livros dos autores Chiavenato (2008), Tachizawa (2001),
Boog (2006). O estudo também se dará através de material coletado da
internet.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A Importância do Treinamento 9
CAPÍTULO II – Principais Aspectos do Desenvolvimento
de Pessoas 20
CAPÍTULO III - A Importância do Treinamento e do Desenvolvimento de
Pessoas para o Alcance de Resultados 31
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 38
8
INTRODUÇÃO
O treinamento e o desenvolvimento de pessoas são programas que
apresentam retorno garantido para as empresas. A capacitação dos
funcionários aliada à visão e a dedicação das pessoas envolvidas são
fundamentais para o sucesso organizacional. Segundo Chiavenato (2008) o
treinamento e o desenvolvimento de pessoas contribuem para o alcance de
resultados.
Atualmente o treinamento e o desenvolvimento de pessoas são
ferramentas fundamentais para as empresas que pretendem superar seus
resultados. Antigamente o treinamento era visto pelos administradores como
um centro de custos entre as muitas rubricas indicavam o apoio à realização
das atividades-fim da organização. Portanto, com a busca incansável pela
excelência, os gastos com o treinamento deixaram de ser comparados aos de
material e consumo passando a figurar entre as rubricas de investimento. Para
fidelizar seus clientes internos e externos a empresa não precisa só investir,
mas capacitar seus funcionários de forma que o atendimento seja diferenciado
em relação à concorrência. As práticas de treinamento e desenvolvimento
proporcionam aprendizado e reciclagem de conhecimento aumentando
significativamente o nível da qualidade do trabalho oferecido pela empresa. As
melhorias são perceptíveis aos clientes, fornecedores e concorrência.
Chiavenato (2008) ressalta que através do treinamento e do
desenvolvimento a pessoa pode compreender informações, adquirir
habilidades, desenvolver atitudes e comportamentos agregando assim valor à
organização.
9
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO
1.1- O CONCEITO DE TREINAMENTO
Chiavenato (2008), informa que o treinamento pode mostrar-se com
diferentes significados. Antigamente, alguns especialistas em Recursos
Humanos achavam o treinamento uma forma de adequar cada pessoa a seu
cargo e desenvolver a força de trabalho da organização a partir do
preenchimento de cargos. Recentemente, o conceito foi ampliado, o
treinamento passou a ser considerado como um meio para alavancar o
desempenho no cargo. Atualmente, o treinamento é considerado uma forma de
desenvolver competências nas pessoas para que se tornem mais produtivas,
criativas e inovadoras, com a finalidade de contribuir melhor para os objetivos
organizacionais e se tornem cada vez mais importantes. Sendo assim, o
treinamento é uma fonte lucrativa ao permitir que as pessoas contribuam
efetivamente para os resultados organizacionais. O treinamento é uma forma
eficaz de agregar valor às pessoas, à organização e aos clientes. O
treinamento valoriza o patrimônio humano das organizações. Em alguns
momentos é o responsável pela formação do capital intelectual das
organizações.
Para Chiavenato (2008), a maioria dos programas de treinamento
está concentrada em transmitir informações sobre a organização, suas
políticas, diretrizes, regras e procedimentos, missão e visão organizacional,
seus produtos e serviços, seus clientes e seus concorrentes. Alguns programas
de treinamento estão focados em desenvolver as habilidades das pessoas,
para capacitá-las melhor em suas atividades. Outros programas visam ao
desenvolvimento de hábitos e atitudes para se relacionar com clientes internos
e externos, como o próprio trabalho, com as subordinadas e com a
organização. Diversos programas estão preocupados em desenvolver
conceitos e elevar o nível de abstração das pessoas para que elas possam
raciocinar, julgar, decidir e agir em termos amplos. Com uma certa frequência,
10
as organizações estão utilizando vários tipos de mudanças de comportamento
ao mesmo tempo em seus programas de treinamento. A partir do momento que
são desenvolvidas habilidades nas pessoas, também estão transmitindo
informações e incentivando o desenvolvimento de atitudes e de conceitos,
simultaneamente. Grande parte dos programas de treinamento procura mudar
as atividades reativas e conservadoras das pessoas para atitudes proativas e
inovadoras para melhorar seu espírito seu espírito de equipe e sua criatividade.
De acordo com Chiavenato (2008), o treinamento tem relação com
o conhecimento. Na Geração da Informação o conhecimento passa a ser o
recurso mais importante. E se o conhecimento é fundamental, a produtividade
do conhecimento é que estabelece o segredo do desenvolvimento. O
conhecimento apenas será produtivo se for aplicado para criar uma diferença
visível; produzir resultados, melhorar processos, agregar valor e gerar riqueza.
Num mundo informatizado onde todos têm acesso à informação, destacam-se
as pessoas capazes de acessá-la, interpretá-la e transformá-la rapidamente. O
treinamento também tem relação com a construção de competências.
Em relação ao treinamento, Tachizawa (2001) relata que visa o
aperfeiçoamento do desempenho funcional, o aumento da produtividade e o
aumento das relações interpessoais. O treinamento prepara as pessoas para o
desempenho do cargo, visando mantê-las atualizadas diante da tecnologia
utilizada nas realizações das tarefas.
Tachizawa (2001) relata que nenhuma organização consegue
manter uma boa produtividade sem profissionais treinados. A força de trabalho
influi de forma decisiva no nível de desenvolvimento ou no declínio de uma
organização.
1.2- O FOCO DO TREINAMENTO
Em sua obra Chiavenato (2008) destaca que além do treinamento
preocupar-se com informação, habilidades, atitudes e conceitos, ele está sendo
levado a desenvolver certas competências aspiradas pela organização. O
treinamento por competências baseia-se em um prévio mapeamento das
11
competências essenciais necessárias ao sucesso organizacional. Todas as
competências no nível organizacional, divisional e individual são definidas de
maneira clara para serem entendidas por todos. Com base nesta definição se
estabelece os programas de treinamento para todas as pessoas.
Para Chiavenato (2008), o treinamento constitui um esforço
constante para aprimorar as competências das pessoas e, consequentemente,
o desempenho organizacional. O treinamento é planejado para proporcionar
talentos com conhecimento e habilidades necessárias aos seus cargos atuais.
1.3 - PROCESSO DE TREINAMENTO
Na obra de Chiavenato (2008), o treinamento é um processo cíclico
e contínuo composto por quatro etapas:
• Diagnóstico: Levantamento das necessidades de
treinamento a serem atendidas. As necessidades podem ser
referentes ao passado, ao presente ou ao futuro.
• Desenho: Elaboração do projeto ou programa de treinamento
para acatar às necessidades detectadas.
• Implementação: Cumprimento e condução do programa de
treinamento.
• Avaliação: Averiguação dos resultados obtidos com o
treinamento.
De acordo com Chiavenato (2008), as quatro fases do treinamento
desenvolvem o diagnóstico da situação, a decisão sobre a estratégia para a
solução, a implementação da ação e da avaliação e o controle dos resultados
das ações de treinamento. O treinamento não deve ser confundido com uma
simples questão de realizar cursos e proporcionar informação. Denota atingir o
nível de desempenho almejado pela organização através do desenvolvimento
constante dos indivíduos que nela trabalham. Para que isso aconteça é
necessário criar e desenvolver uma cultura interna satisfatória ao aprendizado
e comprometida com as mudanças na organização.
12
Entretanto, o processo de treinamento deve ser visualizado com
cuidado. Na realidade, ele pode tornar-se um círculo vicioso no sentido de
diminuir as carências de treinamento e voltar ao estágio inicial, pois foi
imaginado para os tempos de permanência da Era Industrial. Em tempos de
mudança e inovação, na nova onda da Era da Informação ele precisa possuir
novas habilidades e competências para garantir a sobrevivência e
competitividade da organização para o futuro.
1.4- DIAGNÓSTICO DAS NECESSIDADES DE TREINAMENTO
Conforme Chiavenato (2008), a fase inicial do treinamento é o
levantamento das necessidades de treinamento que organização apresenta.
Tais necessidades nem sempre são claras e precisam ser diagnosticadas a
partir de alguns levantamentos e pesquisas internas capazes de localizá-las e
descobri-las. Necessidades de treinamento são as carências de preparo
profissional das pessoas, isto é, a diferença entre o que um indivíduo deveria
saber e fazer e aquilo que ela realmente sabe e faz. A necessidade de
treinamento é uma área de informação ou de habilidades que uma pessoa ou
um grupo precisa aprimorar para desenvolver ou aumentar sua eficiência,
eficácia e produtividade no trabalho. A partir do momento em que o treinamento
destaca essas necessidades e carências e as elimina, ele se torna benéfico
para os colaboradores, para a empresa e para o cliente. Caso isso não
aconteça, representará perda de recursos e tempo.
Ainda de acordo com a obra de Chiavenato (2008), o treinamento
dos indivíduos deve ser uma atividade constante. Até mesmo quando as
pessoas apresentam um bom desempenho, alguma orientação e melhoria das
habilidades e competências sempre deve ser introduzida ou incentivada. O
alicerce para os programas de melhoria contínua é a constante capacitação
das pessoas para o crescimento profissional. O treinamento funciona como o
principal caminho para essa mudança.
Segundo Boog (2006) a partir do momento que se identifica
claramente o problema ou a necessidade de treinamento, já se pode considerar
que temos meio caminho andado. Na realidade não é tão simples; é preciso
13
ferramentas avançadas para que possamos chegar ao problema, essa é a
primeira fase ressaltada da norma NBR ISO 10015, Gestão da Qualidade,
Diretrizes para Treinamento, da Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Segue alguns termos e definições:
Competências: aplicação de conhecimento, habilidade e
atitudes (CHA)
Competência crítica de negócios: maneira pela qual a
empresa quer ser reconhecida pela sociedade, tendo como
base sua missão, visão e valores transformados em
Conhecimentos, Habilidades e Atitudes.
Competências humanas: utilizaremos como definição para
competência das pessoas aquela estabelecida por Maria
Tereza Fleury: ‘’saber agir de maneira responsável [...] implica
mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos,
habilidades, que agregam valor econômico à organização e
valor social ao indivíduo”.
LNT: Levantamento de Necessidades de Treinamento.
T&D: Treinamento e Desenvolvimento de Pessoal. (BOOG,
2006, p.7)
Ainda de acordo com Boog (2006), o sistema de Treinamento e
Desenvolvimento de Pessoal é iniciado análise e explicação de variáveis como:
mudanças, objetivos, missão, visão, valores e metas organizacionais. O
envolvimento alta administração, chefia e funcionários é estratégia fundamental
para atingir o sucesso. Refere-se a um ato intencional para proporcionar meios
que possibilitem o desenvolvimento de competências organizacionais e
humanas. Por isso, é necessário investigar e entender quais são os
problemas, as dificuldades, as forças restritivas e as que impulsionam para o
desenvolvimento da organização.
Para Boog (2006), a necessidade de treinamento está entre a
capacidade atual do indivíduo e a capacidade desejada. O principal objetivo é
14
diminuir essa diferença. Desta forma, o primeiro passo é diagnosticar quais são
as reais necessidades de treinamento, para minimizá-las ou eliminá-las.
1.4.1– Método de Levantamento de Necessidades de
Treinamento
De acordo com Chiavenato (2008), existem vários para
levantamento das necessidades de treinamento. Um deles é avaliar o
processo produtivo dentro da organização, localizando fatores críticos como
produtos rejeitados, barreiras, pontos fracos relacionados com o desempenho
de pessoas, custos elevados etc. Outro método é a retroação direta a partir
daquilo que as pessoas acreditam que são necessidades de treinamento na
organização. As pessoas expõem de forma clara e objetiva que tipos de
informação, habilidades, competências ou atitudes que elas necessitam para
executarem melhor suas atividades. O terceiro método para determinar as
necessidades de treinamento diz respeito à visão que organização tem do
futuro. A inserção de modernas tecnologias ou equipamentos, novos produtos
e serviços ou desenvolvimento dos atuais produtos e serviços são sinais de
que novas habilidades e competências deverão ser adquiridas ou construídas
pelas pessoas.
O levantamento de necessidades de treinamento pode ser feito em
quatro níveis de análise, como pode ser visto na obra de Chiavenato (2008,
p.375).
Análise organizacional. A partir do diagnóstico de toda a
organização, para verificar os aspectos da missão, da visão e
dos objetivos estratégicos que o treinamento deve atender.
Análise dos recursos humanos. A partir do perfil das
pessoas, determinar quais os comportamentos, atitudes,
conhecimentos e competências necessários, para que as
pessoas possam contribuir para o alcance dos objetivos
estratégicos da organização.
Análise da estrutura de cargos. A partir do exame dos
requisitos e especificações dos cargos quais são as
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habilidades, destrezas e competências que as pessoa deverão
desenvolver para desempenhar adequadamente os cargos.
Análise do treinamento. A partir dos objetivos e metas que
deverão ser utilizados como critérios para avaliação da
eficiência e eficácia do programa de treinamento.
(CHIAVENATO, 2008, p.374)
1.4.2 – Mapeamento das Competências
Segundo Chiavenato (2008) a partir do momento que o treinamento
é focado em competências e se baseia na brecha existente entre competências
disponíveis e existentes e as competências necessárias à organização, à
unidade organizacional ou ao trabalho da pessoa. O treinamento significa a
forma pela qual se tenta preencher os espaços vazios e nivelar as
competências existentes com as competências necessárias à organização.
1.4.3 – Desenho do Programa de Treinamento
Chiavenato (2008) descreve que o desenho do projeto ou da
programação de treinamento é a segunda etapa do processo. Trata-se do
planejamento das ações de treinamento e deve ter um objetivo: após o
diagnóstico das necessidades de treinamento ou o mapeamento do gap entre
as competências disponíveis e as necessidades é necessário agrupar
atendimento a essas necessidades em um programa integrado e coerente.
Ainda de acordo com Chiavenato (2008), a programação do
treinamento deve ser associada com as necessidades estratégicas da
organização. É necessário avaliar as reais necessidades da organização e dos
indivíduos e estabelecer critérios precisos para estabelecer o nível de
desempenho desejado. Além disso, a organização deve estar disposta a
oferecer espaço e oportunidades para que as pessoas possam desenvolver as
novas competências e conhecimentos adquiridos no treinamento. A forma mais
adequada de conciliar o investimento com o retorno é o treinamento voltado
para resultados, por difícil que seja identifica-lo e quantifica-lo, definir os
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objetivos e resultados para o treinamento e compará-los futuramente é
indispensável.
1.4.4 - Técnicas de Treinamento
Segundo a obra de Chiavenato (2008), existem algumas técnicas de
treinamento, entre elas estão:
• Leituras. Esta é a técnica mais utilizada para transmitir
informação. Uma das vantagens da leitura é que o instrutor
expõe aos alunos uma quantidade de informações dentro de
um período determinado de tempo. A desvantagem da leitura
é que treinando apresentam uma postura passiva, existe
pouca oportunidade para esclarecer dúvidas ou verificar se os
alunos compreenderam o material de leitura. As limitações em
questão fazem com que a leitura tenha pouco valor para
promover mudanças de atitudes ou comportamentais.
• Instrução programada. Técnica utilizada para transmitir
informação em programas de treinamento. A instrução
programada é uma técnica de aprendizagem que não utiliza a
figura de um instrutor humano. Algumas partes da informação
que requeiram respostas relacionadas são apresentadas
individualmente aos alunos. Os participantes podem
determinar suas respostas sabendo se compreenderam a
informação obtida. A aprendizagem programada tem
vantagens e desvantagens. Uma das vantagens é que pode
ser computadorizada e os alunos absorvem o conhecimento
em suas casas, sabendo rapidamente se estão certos ou
errados. A principal desvantagem é que não indica as
respostas aos participantes.
• Treinamento em classe: treinamento em sala de aula. Os
indivíduos são reunidos em uma sala de aula e são assistidos
por um instrutor, professor ou gerente que transmite o
conteúdo do treinamento. Este é o tipo de treinamento mais
17
utilizado pelas organizações. As empresas costumam divulgar
as horas de treinamento per capta para avaliação do indivíduo
em classe.
• Computer–based training (CBT): treinamento realizado com
o apoio da tecnologia da informação (TI). Pode ser realizado
através de CD’s, DVD’s ou com ajuda de multimídias
(gráficos, animação, filmes, áudio e vídeo).
• E-learning: trata-se do uso de tecnologias da internet para
integrar uma ampla variedade de soluções que aumentam o
desempenho e o conhecimento das pessoas. Possui também
o nome de web-based training (WBT) ou online training. E-
learning baseia-se em três fundamentos:
1- Proporciona uma rede (network) que possibilita a análise,
o armazenamento, a distribuição e compartilhamento
instantâneo de conteúdo de instrução ou de informação.
2- Pode ser enviado ao usuário final através do computador,
utilizando tecnologia padrão da internet.
3- Enfoca o aspecto amplo da aprendizagem, isto é, vai além
dos paradigmas tradicionais do treinamento. Não se limita
a entrega de instrução.
1.5 - AVALIAÇÃO DO PROGRAMA DE TREINAMENTO
De acordo com Chiavenato (2008) é necessário avaliar se o
programa de treinamento atingiu o seu objetivo. A fase final é a avaliação do
programa de treinamento para verificar sua eficácia, isto é, verificar se o
treinamento realmente atendeu às necessidades da empresa, das pessoas e
dos clientes. Os programas de treinamento demandam custos, os custos
incluem materiais, tempo do instrutor, perdas de produção enquanto os
indivíduos estão sendo treinados e não desempenhado seus cargos, espere-se
um retorno considerável sobre o investimento. O programa de treinamento
deve ser avaliado se realmente atende as necessidades para as quais foi
18
desenhado. Seguem abaixo as principais medidas para avaliação do
treinamento:
• Custo: valor investido no programa de treinamento.
• Qualidade: atendimento das expectativas.
• Serviço: atendimento das necessidades dos participantes.
• Rapidez: de que forma o programa se ajustou aos novos
desafios oferecidos.
• Resultados: quais resultados foram atingidos pelo programa.
Ainda de acordo com Chiavenato (2008), a avaliação do programa
de treinamento ajuda a verificar se o objetivo do treinamento foi atingido.
Kirkpatrick (1998), citado por Chiavenato (2008) relaciona quatro níveis de
resultados na avaliação do treinamento:
• Reação: avalia a satisfação dos participantes quanto à
experiência do treinamento. Se o instrutor atraiu a atenção do
grupo, se o participante gostou dos exercícios, se a sala de
aula estava adequada e se treinamento poderá ser
recomendado.
• Aprendizado: mede o treinamento em relação ao nível de
aprendizagem e se o participante assimilou novas habilidades
e conhecimentos e se houve transformação de atitude e
comportamento como resultado do treinamento.
• Desempenho: avalia o impacto no trabalho através das
novas habilidades adquiridas. Tais mudanças de
comportamento devem ser avaliadas através de observação,
avaliação 360º ou pesquisas com os colaboradores. Caso não
existam mudanças comportamentais então o treinamento não
está funcionando ou há algo errado no programa de
treinamento.
• Resultado: mede a força do treinamento nos resultados do
negócio da organização. O programa de treinamento pode
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reduzir os custos operacionais, aumentar a lucratividade,
reduzir a rotatividade ou o tempo de ciclo.
• Retorno do investimento: também conhecido como ROI
(return on investment). Valor que o treinamento agregou à
empresa em relação ao retorno sobre o investimento.
Ainda de acordo com a obra de Chiavenato (2008), o treinamento é
uma fonte de lucratividade. Enriquece o patrimônio humano da organização. O
treinamento é um processo de melhoria do comportamento das pessoas no
atingimento dos objetivos organizacionais. O treinamento é um processo
composto por etapas como: diagnóstico, desenho, implementação e avaliação.
O programa de treinamento é conduzido por meio de técnicas para disseminar
informação, como leituras, instrução programada, bem como através de
treinamento no cargo e em classe. A avaliação do treinamento pode se basear
em dados concretos, medição dos resultados, economias de custo, melhoria da
qualidade ou economias de tempo. Pode ser realizada em três níveis:
organizacional, Recursos Humanos e no nível dos cargos. A teoria de
resultados tem sido a mais utilizada.
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CAPÍTULO II
PRINCIPAIS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO DE
PESSOAS
2.1 - O Conceito de Desenvolvimento de Pessoas
Segundo Tachizawa (2001), o desenvolvimento de pessoas
representa um conjunto de atividades e processos onde o objetivo é explorar o
potencial de aprendizagem e a capacidade produtiva do ser humano nas
organizações. Envolve à aquisição de habilidades e novos conhecimentos e à
modificação de comportamentos e atitudes. Propõe definir métodos e
procedimentos que possibilitem aumentar o desempenho profissional e elevar
os níveis de motivação para o trabalho. Um plano de desenvolvimento de
pessoas cria nos indivíduos uma perspectiva de crescimento e colabora para a
melhoria de resultados.
De acordo com Tachizawa (2001), algumas empresas brasileiras
consideram o desenvolvimento de pessoas fator determinante para o seu
futuro, razão pela qual fazem parte do seu plano estratégico a intenção de
investir em programas que proporcionem um bom clima organizacional e a
certeza de retorno financeiro.
Chiavenato (2008) enfatiza que desenvolver pessoas é dar-lhes
formação básica para que aprendam novas atitudes, soluções, ideias,
conceitos e que modifiquem seus hábitos e comportamentos e se tornem mais
eficazes naquilo que fazem. Formar é muito mais do que simplesmente
informar, pois representa a evolução da personalidade humana. As
organizações estão percebendo isso.
2.2 – Uma Onda de Reorganizações
De acordo com Chiavenato (2008) as décadas de 1980 e 1990
foram caracterizadas por uma grande onda de reorganizações nas maiores
organizações do mundo. Comentou-se muito em reengenharia, rightsizng,
21
restruturações, fusões, terceirização (outsourcing) e quarteirização. Algumas
empresas deixaram de lado o organograma tradicional e passaram a inovar em
termos de estrutura organizacional e de organização do trabalho. Não o fizeram
pela vaidade de ostentar uma estrutura moderna, mas pela necessidade de se
tonarem mais ágeis, flexíveis e inovadoras. Algumas delas comprimiram a
hierarquia e cortaram níveis intermediários, fazendo com que as pessoas que
se relacionam com o cliente externo se tornassem os elementos mais
importantes da organização. Em vez de servirem verticalmente à hierarquia, o
pessoal da linha de frente passou a servir horizontalmente ao cliente, tendo a
organização como retaguarda ou como ferramenta de trabalho. Na onda das
reestruturações e reorganizações, as pessoas deixaram de ser recurso
produtivo ou mero agente passivo da administração para se tornar o agente
ativo e proativo do negócio. Ativos tangíveis como capital financeiro,
instalações, maquinário, que podem ser comprados em qualquer lugar do
mundo como commodites perderem espaço para ativos intangíveis como
conhecimentos, habilidades e competências que devem ser adquiridos aos
poucos.
2.3 – Gestão do Conhecimento Corporativo
Chiavenato (2008) em sua obra descreve que conhecimento
significa informação estruturada e capaz de gerar e agregar valor. O
conhecimento é mais do que uma pessoa ou grupo de pessoa sabe e conhece,
continuamente agregado a partir de fontes internas e externas por anos. O
conhecimento precisa ser administrado. A Gestão do Conhecimento é o
processo através do qual as organizações geram valor a partir de seu capital
ou ativos intelectuais. Geração de valor implica em compartilhar e aproveitar os
ativos intelectuais entre colaboradores, gerentes e dirigentes. Representa o
esforço para descobrir e aprender novas e melhores práticas e soluções. O
conhecimento é visto como a base do capital intelectual das organizações. O
capital intelectual representa a declaração de conhecimentos gerados pela
organização e expressos conforme abaixo:
• Tecnologia: patentes, processos, produtos, e serviços.
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• Informação: conhecimento de clientes, fornecedores,
concorrência, entorno, oportunidades e pesquisa.
• Habilidades desenvolvidas pelos colaboradores.
• Solução de problemas em equipe, comunicação, gestão
de conflitos, desenvolvimento de inteligência.
(CHIAVENATO,2008, p.398)
De acordo com a obra de Chiavenato (2008) Gestão do
Conhecimento refere-se à identificação do que se sabe ou do que se deve
saber dentro da organização. Significa criar, capturar, arquivar, organizar,
sistematizar, disseminar e aplicar o conhecimento, informação e expertise entre
os colaboradores com interesses e necessidades similares para criar inovação
e gerar retorno. A Gestão do Conhecimento está vinculada à decisão sobre a
qual é o conhecimento crítico que importa à organização e que serve aos seus
propósitos e proporciona resultados. Apesar da base tecnológica (hadware e
software) a Gestão do Conhecimento é muito mais sobre pessoas, relações de
trabalho e comunicação. Na realidade, é uma filosofia administrativa que une
boas práticas em Gestão do Conhecimento proposital com uma cultura de
aprendizagem organizacional para melhorar o desempenho do negócio.
2.4 – Tipos de Conhecimento
Segundo Chiavenato (2008) o conhecimento pode ser explícito,
quando é objetivo, claramente descritível e possível de ser codificado em
documentos, práticas e treinamento. Documentação, modelos de negócios,
projetos, procedimentos, métodos são exemplos de conhecimento explícito
(conhecimento que se pode comunicar e transmitir). Existe também o
conhecimento tácito, subjetivo, difícil de comunicar, registrar, documentar ou
ensinar aos outros.
Chiavenato (2008) destaca em sua obra que a Gestão do
Conhecimento tem como base a gestão da informação que proporciona o
hadware e software necessários para capturar, organizar, formalizar,
disseminar e compartilhar a informação para a educação corporativa.
23
2.5 – Criatividade e Inovação
Conforme Chiavenato (2008) as organizações mecanísticas exigiam
um comportamento burocrático, repetitivo e reprodutivo das pessoas. O foco se
concentrava na eficiência: fazer as coisas de acordo com as regras, métodos e
procedimentos da organização. As pessoas não podiam pensar, apenas
executar e seguir as ordens dadas. Atualmente as organizações orgânicas
estão impondo um novo padrão de comportamento das pessoas: um
comportamento criativo e inovador. Não basta a eficiência nem a repetição
continuada na execução das tarefas, se o mundo mudou, as empresas também
estão mudando na mesma direção e cada vez mais rápido. Isso proporciona
modificações em produtos, e serviços, métodos e processos, equipamentos e
tecnologia, estrutura organizacional e cargos e, sobretudo, comportamento das
pessoas. A criatividade é a base de tudo.
Chiavenato (2008) destaca que criatividade significa a aplicação da
engenhosidade e imaginação para proporcionar uma nova ideia ou uma nova
solução para um problema. Em situações complexas e mutáveis de trabalho,
os gestores precisam utilizar todas as vantagens da participação, envolvimento
e empoderamento (empowermente) das pessoas para estimular a criatividade
individual e grupal. A criatividade é a base da mudança construtiva e o seu
aspecto mais importante é a inovação. A inovação é o processo de criar novas
ideias e coloca-las em prática. É o ato de concentrar novas ideias para
aplicações concretas na situação. Nas organizações, essas aplicações
concretas podem ocorrer em duas formas: inovação de processos, com a
criação de novas maneiras de fazer as coisas; e inovação de produtos, que
resulta na criação de produtos ou serviços novos.
Para Chiavenato (2008) a administração da inovação, tanto
processos quanto de produtos ou serviços inclui o apoio intensivo à invenção.
A invenção se relaciona com o desenvolvimento de novas ideias. Os gerentes
estão sendo solicitados a criar novos ambientes de trabalho que estimulam a
criatividade e o surgimento de novas ideias através das pessoas. A aplicação
se refere à utilização das invenções para tirar vantagem de seu valor. Os
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gerentes devem garantir que o potencial comercial de ideias de novos produtos
ou serviços seja realizado.
2.6 – Gestão da Mudança
De acordo com Chiavenato (2008) os programas de mudança
organizacional não funcionam porque se limitam a mudanças no trabalho e não
na atitude e comportamento das pessoas. A mudança do comportamento
individual é o primeiro passo para posteriormente ter condições de mudar o
comportamento organizacional. Para isso, é necessário que as pessoas
visualizem claramente o que deve ser mudado e concordem com isso para
depois alcançar a mudança. A partir daí pode-se então mudar a estrutura
organizacional que envolve as pessoas como os sistemas de reconhecimento e
recompensas, arquitetura e modelagem do trabalho, cultura organizacional,
tudo em sintonia com o novo tipo de comportamento.
Chiavenato (2008) relata que grande parte das organizações
entende erroneamente que a gestão de mudanças significa fazer pequenas
alterações tópicas em assuntos problemáticos para eliminar situações ou erros.
Gestão da mudança organizacional tem um significado amplo, ela atua em
todos os níveis organizacionais e em todas as áreas do negócio.
2.7- Desenvolvimento de Pessoas
Em sua obra Chiavenato (2008) relata que o desenvolvimento de
pessoas está mais relacionado com a educação e com a orientação para o
futuro do que o treinamento. O desenvolvimento está focalizado no
desenvolvimento pessoas do empregado e visa à carreira futura e não somente
o cargo atual. Todas as pessoas, independente de suas diferenças individuais,
podem e devem se desenvolver. Na abordagem tradicional, o desenvolvimento
gerencial era reservado apenas para uma pequena parcela de pessoas,
apenas os níveis mais elevados. Com a redução de níveis hierárquicos e a
formação de equipes de trabalho, os funcionários passaram a ter maior
participação nos objetivos de seus cargos e maior preocupação nos objetivos
de seus cargos e maior preocupação com a qualidade e com os clientes.
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Atualmente, as organizações estão exigindo novas habilidades, conhecimento
e competências de todas as pessoas. O desenvolvimento passou a envolver
todos os funcionários.
2.7.1 – Métodos de Desenvolvimento de Pessoas
Segundo Chiavenato (2008) existem muitos métodos para o
desenvolvimento de pessoas. Há técnicas de desenvolvimento de habilidades
pessoais no cargo (como rotação de cargos, posição de assessoria e
atribuições de comissões) e fora do cargo (como cursos e seminários,
exercícios de simulação e treinamento fora da empresa). Seguem abaixo os
principais métodos de desenvolvimento de pessoas no cargo atual:
• Rotação de cargos. É a movimentação das pessoas em
várias posições na organização no esforço de desenvolver
suas habilidades, conhecimentos e capacidades. A rotação
de cargos pode ser vertical ou horizontal. Rotação vertical
significa uma promoção provisória da pessoa para uma nova
posição mais complexa. Rotação horizontal funciona como
uma transferência lateral de curto prazo para absorção de
conhecimento e experiências com a mesma complexidade.
A rotação de cargos permite o aumento das experiências
individuais e estimula o desenvolvimento de novas ideias, ao
mesmo tempo em que proporciona oportunidades para uma
avaliação de desempenho mais ampla do funcionário.
• Posições de assessoria. Proporciona oportunidade para
que uma pessoa com elevado potencial trabalhe
provisoriamente sob a supervisão de um gerente bem-
sucedido em diferentes áreas da organização, trabalhando
como assistente de staff ou em equipes de assessoria direta.
• Aprendizagem prática. Técnica de treinamento em que o
treinamento se dedica a um trabalho de tempo integral para
analisar e resolver problemas em certos projetos ou em
26
outros departamentos. Normalmente é aplicada em conjunto
com outras técnicas.
• Atribuição de comissões. Oportunidade para a pessoa
participar de comissões de trabalho compartilhando da
tomada de decisões, aprender pela observação dos outros e
pesquisar problemas específicos da organização.
Normalmente, essas comissões são de natureza temporária
atuando como forças-tarefas desenhadas para resolver um
específico problema, propor soluções alternativas e
recomendações sobre sua implementação. Atribuições
temporárias são interessantes de desafiadoras, pois
aumentam a exposição da pessoa aos outros membros da
organização, proporcionam oportunidades de crescimento.
• Participação em cursos e seminários externos. Forma
tradicional de desenvolvimento através de cursos formais de
leitura e seminários. Os conhecimentos poderão ser
adquiridos através de cursos ou seminários, com a ajuda de
consultores e fornecedores. Discretamente as organizações
estão utilizando a tecnologia da informação para proporcionar
aprendizagem a distância, em que o facilitador pode estar em
outro local, enquanto a sua apresentação é transmitida
simultaneamente para vários lugares, como a
videoconferência.
• Exercício de simulação. Os exercícios de simulação
incluem estudos de casos, jogos de empresas e simulação
de papéis. O estudo de casos proporciona discussões
estimulantes entre os participantes, bem como as
oportunidades para que a pessoa desenvolva suas
habilidades analíticas. Os jogos de empresas e os exercícios
de dramatização colocam a pessoa no papel de ator ou
participando de problemas gerenciais.
• Treinamento (outdoor) fora da empresa. Treinamento
externo, muitas vezes relacionado com a busca de novos
27
conhecimentos, atitudes e comportamentos que não existem
dentro da empresa. O treinamento fora da empresa
normalmente é oferecido por organizações especializadas
em Treinamento e Desenvolvimento e que oferecem
esquemas integrados, cujo foco primário é ensinar aos
indivíduos a importância de trabalhar em uma equipe.
• Estudo de casos. Método de desenvolvimento no qual a
pessoa confrontar-se com uma descrição escrita de um
problema organizacional para ser analisado e resolvido. Esta
técnica permite diagnosticar um problema real e apresentar
alternativas de solução, desenvolvendo habilidades de
análise, comunicação e persuasão.
• Jogos de empresas. É também conhecido como
management games ou business games. São técnicas de
desenvolvimento nas quais equipes de funcionários ou de
gerentes competem umas com as outras tomando decisões
computadorizadas a respeito de situações reais ou
simuladas.
• Centros de desenvolvimento internos. Conhecido também
como in-house development centers. São métodos baseados
em centros localizados na empresa para expor os gerentes e
as pessoas a exercícios reais para desenvolver e melhorar
as habilidades pessoais. As universidades corporativas
trabalham desta forma.
• Coaching. O gerente pode integrar vários papéis como líder
renovador, orientador e impulsionador para tornar-se um
coach. O coaching é o conjunto de todas estas atribuições.
Chiavenato (2008) ressalta que existem também dois métodos de
desenvolvimento de pessoas fora dos cargos que são: tutoria e
aconselhamento.
• Tutoria ou metoring. Assistência que executivos da cúpula
oferecem a pessoas que desejam subir a níveis mais
28
elevados dentro da organização. A progressão na carreira
que as pessoas sejam favorecidos por pessoas com
posições dominantes na organização e que estabelecem os
objetivos corporativos, prioridades e padrões.
A Tutoria ocorre quando um executivo exerce um papel ativo
em orientar uma pessoa em sua carreira. Nesse sistema de
suporte, o mentor guia e orienta o candidato e responde por
ele nos círculos mais altos da organização. A ferramenta em
questão apresenta vantagens, como aprender fazendo, nas
oportunidades de intensa interação e rápida retroação no
desempenho de tarefas. A tutoria pode ocorrer em qualquer
nível da organização. Contudo, um indivíduo pode ser um
excelente executivo sem que seja necessário um ambiente
de aprendizagem e de suporte.
• Aconselhamento de funcionários. Assessoramento do
gerente no desempenho das atividades das pessoas. O
aconselhamento se aproxima da abordagem de tutoria, mas
difere em u aspecto: ocorre quando surge algum problema
de desempenho e o foco da discussão é relacionado com o
processo de disciplina. Quando o indivíduo apresenta um
comportamento inconsistente com o ambiente de trabalho
(ausências, atrasos, irritação, insubordinação) ou é incapaz
de desempenhar o cargo adequadamente, o gerente deve
intervir. O processo de aconselhamento de funcionários
exige do gerente grande habilidade de ouvir e persuadir.
2.7.2 – Desenvolvimento de Carreiras
De acordo com Chiavenato (2008) o desenvolvimento de pessoas
está diretamente relacionado com o desenvolvimento de suas carreiras.
Carreira é uma sucessão ou sequência de cargos ocupados por uma pessoa
ao longo de sua vida profissional. A carreira pressupõe desenvolvimento
profissional gradativo e cargos mais elevados e complexos. O desenvolvimento
de carreira é um processo formalizado que focaliza o planejamento da carreira
29
futura dos empregados que têm potencial para ocupar cargos mais elevados. O
desenvolvimento de carreiras ocorre quando as organizações conseguem
integrar o processo com outros programas de Gestão de Pessoas, como
avaliação de desempenho, treinamento e desenvolvimento e planejamento de
Gestão de Pessoas.
Segundo Chiavenato (2008) os primeiros planos de desenvolvimento
de carreiras adotados pelas organizações eram formalizados e estavam
voltados para as necessidades organizacionais, como um planejamento prévio
e preparação antecipada dos funcionários para expansão, novos mercados e
outras mudanças organizacionais. Algumas empresas estão atribuindo a
responsabilidade pela administração de carreira aos seus próprios funcionários,
proporcionando-lhes todos os recursos possíveis para que eles façam escolhas
adequadas e sejam bem-sucedidos. Esse tipo de atitude gerou alguns
problemas nas organizações achatadas, onde as oportunidades de se
movimentar verticalmente na hierarquia são bem menores do que as
organizações tradicionais e burocráticas. Os empregados precisam de alguma
orientação para desenvolver suas carreiras, dentro ou fora das organizações.
Chiavenato (2008) ressalta em sua obra as principais ferramentas
utilizadas pelas organizações para o desenvolvimento de carreiras:
• Centros de avaliação. Utilizam a mesma técnica de seleção
de talentos humanos, como entrevistas, exercícios dirigidos,
simulações e jogos de empresas para o desenvolvimento de
carreiras.
• Testes psicológicos. Os mesmos testes utilizados na
seleção de pessoal servem para ajudar os colaboradores a
compreender melhor suas competências e habilidades.
• Avaliação do desempenho. Fonte de informação para o
desenvolvimento de carreira.
• Projeções de promovabilidade. Julgamentos feitos pelos
gerentes quanto ao avanço potencial de subordinados.
Essas projeções ajudam a organização a identificar pessoas
30
que apresentam grande potencial de avanço e ajudam os
colaboradores a aprimorar seus conhecimentos.
• Planejamento de sucessão. É o preparo das pessoas para
preencher posições mais complexas na medida em que se
tornam vagas. Os funcionários recebem novos encargos
para prepará-los para assumir crescentes
responsabilidades.
De acordo com Chiavenato (2008) o desenvolvimento de pessoas
enfatiza os cargos a serem ocupados futuramente na organização e as novas
habilidades e competências que serão requeridas. Através do treinamento e do
desenvolvimento a pessoa pode assimilar informações, aprender habilidades,
desenvolver atitudes e comportamentos diferentes e desenvolver conceitos
abstratos.
31
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO
DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS PARA O ALCANCE
DE RESULTADOS
3.1- Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Custo ou
Investimento?
Segundo Felippe (2011) o treinamento procura adequar cada
profissional ao seu cargo e criar condições de aperfeiçoamento da força de
trabalho na organização. A aprendizagem caracteriza-se pela mudança
comportamental e ela, essencialmente, surge como resultado dos esforços de
cada indivíduo. O treinamento, então, é visto como suplemento para a
aprendizagem, no sentido de tornar factível, conhecimentos, atitudes e
habilidades que beneficiarão tanto aos funcionários quanto organização.
Há uma diferença discreta, entre treinar e desenvolver pessoas e esta é
temporal e relacionada ou não à carreira e o crescimento dos profissionais
(desenvolvimento, no primeiro caso e treinamento, no segundo caso). O
treinamento tem foco no presente e busca o desenvolvimento do cargo atual e
de habilidades relacionadas ao desempenho imediato do cargo. O
desenvolvimento de pessoas visa geralmente os cargos a serem ocupados,
bem como novas habilidades, atitudes e capacidades que serão requeridas.
Assimilar informações, aprender habilidades, desenvolver atitudes, desenvolver
conceitos é função do treinamento e do desenvolvimento, além de mudar a
atitude das pessoas para torná-las mais ativas e satisfeitas com a organização.
O processo de treinamento é cíclico e sistemático e
necessariamente dividido em quatro etapas. Estas, por sua vez complexas e
peculiares a cada contexto da empresa, devem ser conduzidas com eficácia,
do contrário os resultados não serão alcançados. Primeiro é feito o diagnóstico
a fim de levantar as necessidades de treinamento. A próxima etapa é a
elaboração do próprio treinamento para atender à diagnose da primeira fase;
32
feito isso o próximo passo é a aplicação do programa. Finalmente, a etapa que
define o processo, pois consiste na análise dos resultados obtidos.
Tachizawa (2001) destaca que antigamente o treinamento era visto
pelos administradores como um centro de custos entre as muitas rubricas
indicavam o apoio à realização das atividades-fim da organização. Portanto,
com o advento da qualidade total e a busca incansável pela excelência, os
gastos com o treinamento deixaram de ser comparados aos de material e
consumo passando a figurar entre as rubricas de investimento.
Dias (2011) destaca em seu artigo que investir em treinamento e
desenvolvimento é uma das formas que as organizações encontram para
capacitar suas equipes e consequentemente garantir o seu sucesso no ramo
da atividade. Capacitar o grupo contribui para a qualidade dos serviços
prestados além de aprimorar as tomadas de decisões.
Em sua obra Tachizawa (2001) descreve que as organizações dão
prioridade ao treinamento de executivos, o que vai de encontro à tendência da
organização do futuro, ou mesmo da corporação virtual, de conferir maior
autoridade aos seus colaboradores. Atualmente os funcionários têm maior
necessidade de educação básica e de treinamento para se qualificar para o
trabalho. Cumpre oferecer-lhes um treinamento contínuo nas novas tecnologias
aplicadas ao trabalho. Por isso o desenvolvimento das pessoas na organização
deve privilegiar não apenas as que exercem papel de direção e supervisão,
mas também os que trabalham nos vários setores da cadeia produtiva.
Principais objetivos do treinamento:
• preparar as pessoas para a execução imediata das diversas
atividades da organização;
• proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento
pessoal, não somente no cargo atualmente ocupado, mas
também em outros que o funcionário possa vir a oferece ;
• mudar as atitudes das pessoas, com o objetivo de criar entre
elas um clima mais favorável, aumentando-lhes a motivação e
33
tornando-as mais receptivas às técnicas de supervisão e
gestão.
Segundo Dias (2011) para fidelizar seus clientes internos e externos
a empresa não precisa só investir, mas capacitar seus funcionários de forma
que o atendimento seja diferenciado em relação à concorrência. As práticas de
treinamento e desenvolvimento proporcionam aprendizado e reciclagem de
conhecimento aumentando significativamente o nível da qualidade do trabalho
oferecido pela empresa. As melhorias são perceptíveis aos clientes,
fornecedores e concorrência.
3.2 – Avaliação dos Resultados
De acordo com Tachizawa (2001) a avaliação tem a finalidade
constatar como foi executado o treinamento e qual foi resultado obtido, seja em
termos organizacionais e de recursos humanos, seja de tarefas e operações.
Refere-se a comparação dos objetivos pretendidos com os resultados
efetivamente alcançados. A avaliação deve considerar alguns aspectos:
• determinar até que ponto o treinamento proporcionou as
modificações de comportamento desejadas;
• verificar se o treinamento mantém relação com o
cumprimento das metas estabelecidas.
Tachizawa (2001) ressalta que existem três formas de avaliação dos
programas de treinamento
• Avaliação do aprendizado. É a forma de avaliação mais
conhecida. Trata-se de verificar o quanto foi assimilado
durante o processo de aprendizagem. Tendo em vista que
nos ambientes empresariais não seja comum aplicar provas,
sempre deverá existir uma forma de avaliar o que foi
efetivamente assimilado, através de exercícios ou
questionários.
• Avaliação de reação. Baseia-se no conhecimento da opinião
do grupo treinado sobre o curso nos mais diversos aspectos,
34
desde a adequação do conteúdo até a eficiência das
atividades de apoio, passando pelo desempenho do docente
e a qualidade dos recursos utilizados. Este tipo de avaliação
tem a vantagem de deixar os participantes mais à vontade
para formular críticas, pois normalmente não é necessário
identificar-se.
• Avaliação dos resultados do treinamento. É a verificação
de até que ponto o treinamento produziu as melhorias
esperadas e se os resultados obtidos contribuíram
efetivamente para os objetivos da organização. Os
resultados podem ser medidos de três formas: realizando
entrevistas com os participantes e seus supervisores após o
curso; comparando a produtividade alcançada antes e
depois do treinamento; e analisando os diversos indicadores
referentes à situação dos recursos humanos na organização
(níveis de absenteísmo e de turnover, punições impostas
aos empregados e resultados de avaliação de
desempenho).
3.3 – Alcance dos Resultados Organizacionais
Em seu artigo Felippe (2011) ressalta que treinamento e
desenvolvimento são programas de retorno garantido para as empresas, na
medida em que estas devem estar constantemente se adequando às
exigências de um mercado em constante processo de mudança. O primeiro
ponto a ser considerado antes de se buscar um programa do gênero é definir o
objetivo do treinamento. Aliado a isso, a visão e a dedicação das pessoas
envolvidas são fundamentais para o sucesso.
De acordo com Tachizawa (2001) no nível organizacional deve-se
verificar se o treinamento proporcionou melhorias em relação à eficácia,
imagem externa, clima de trabalho e relacionamento com os empregados. Em
relação ao desempenho das pessoas, além dos indicadores deve-se analisar
35
se houve aumento da produtividade, melhoria da qualidade dos produtos e
serviços, e redução dos índices de acidentes.
Dias (2011) descreve em seu artigo que apesar do lucro ser o foco
das principais empresas, e realmente é importante, é preciso tomar cuidado
para não comprometer a relação empresa e empregado, pois este último
contribui eficazmente para o bom atendimento e desta forma interfere no
resultado da empresa. Sendo assim os empresários devem estar cada vez
mais atentos ao capital humano nas organizações.
Lanza (2006) o capital humano dentro de uma organização
apresenta papel vital para o seu sucesso. É ele o diferencial competitivo para
enfrentar os problemas do mercado e enfrentar com competência seus
concorrentes.
Felippe (2011) destaca que alinhar o corpo de trabalho ao seu
objetivo principal e focar esforços para atingi-los faz parte da avaliação
estratégica do negócio. Possuindo todas as informações acerca de
Treinamento e Desenvolvimento fica mais claro entender as possíveis falhas.
Alinhamento estratégico é planejar, analisar alterações, aplicar, avaliar, colocar
seu capital humano engajado em todo o processo de gestão do negócio. O
funcionário deve sentir-se como parte influente para o bom desempenho da
empresa, contribuindo para atingir metas globais. Desta forma, o processo de
aprendizagem deve ser contínuo e alinhado às estratégias da unidade isolada
e sim como parte do sistema no processo de aprendizagem que proporcionará
o desenvolvimento do seu capital humano, bem como da organização. Sendo
assim, fica mais fácil detectar falhas, medir a lucratividade do investimento em
treinamento e desenvolver estratégias que facilitem as tomadas de decisões.
A análise dos resultados da organização obviamente virá comprovar
que os valores aplicados em treinamento representam investimentos, visam à
consolidação de sua imagem e à ampliação de mercado. Deve-se destacar que
o treinamento eficaz é aquele que gera resultados satisfatórios para a
organização, proporcionando aos funcionários sucesso profissional e pessoal.
Através do treinamento as pessoas apresentam mudança de comportamento.
36
Os funcionários, com visão de futuro, passam a contribuir mais com a
organização para que os objetivos e as metas sejam atingidos.
37
CONCLUSÃO
Atualmente as organizações estão descobrindo a verdadeira
importância do treinamento e do desenvolvimento de pessoas.
As empresas estão percebendo que investir na capacitação dos
seus empregados proporciona o sucesso organizacional. Quando um
organização investe em programas de treinamento e desenvolvimento de
pessoas ela está contribuindo para sucesso da empresa. A capacitação a da
equipe garante a qualidade nos serviços prestados, além de aprimorar as
tomadas de decisões. As práticas de treinamento e desenvolvimento
proporcionam aprendizado e reciclagem de conhecimento aumentando
consideravelmente o nível da qualidade do trabalho oferecido pela empresa.
Quando os funcionários são treinados as melhorias são perceptíveis aos
clientes, fornecedores e concorrência.
Portanto, o treinamento e desenvolvimento de pessoas são
fundamentais para que as organizações atinjam resultados satisfatórios. O
empregado também se sente motivado ao saber que a sua empresa possui um
programa de capacitação. O capital humano deve ser cada vez mais valorizado
nas empresas.
38
BIBLIOGRAFIA
BOOG, Gustavo G. Manual de Treinamento e Desenvolvimento: processos e
operações/coordenação. Rio de Janeiro: Afiliada, 2006.
CHIAVENATO, Idalberto Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Campus, 2008.
DIAS, Ricardo Lourenço. A Importância do Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas na Reestruturação do RH http://www.webartigos.com/articles/61387/1/A-IMPORTANCIA-DO-TREINAMENTO-E-DESENVOLVIMENTO-DE-PESSOAS-NA-REESTRUTURACAO-DO-RH/pagina1.html#ixzz1SjmiNimx
. 21-7, 2011
FELIPPE, Maria Inês. Treinar e Desenvolver é Preciso.
http://www.mariainesfelippe.com.br/artigos/artigos.asp?registro=45. 29-7, 2011
LANZA, Fernanda Viana. Treinando e Desenvolvendo Pessoas.
http://www.artigos.com/artigos/sociais/administracao/treinamento/treinando-e-
desenvolvendo-pessoas-1172/artigo/. 27-7, 2011
TACHIZAWA, Takeshy, Gestão com Pessoas: uma abordagem aplicada às
estratégias de negócios. Rio de Janeiro: FGV, 2001.
39
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO 9
1.1 – O Conceito de Treinamento 10
1.2 – O Foco do Treinamento 10
1.3 – Processo de Treinamento 11
1.4 – Diagnóstico das Necessidades de
Treinamento 12
1.4.1 – Método de Levantamento das Necessidades
Treinamento 14
1.4.2 – Mapeamento de Competências 15
1.4.3 – Desenho do Programa de Treinamento 15
1.4.4 – Técnicas de Treinamento 16
1.5 – Avaliação do Programa de Treinamento 17
CAPÍTULO II
PRINCIPAIS ASPECTOS DO DESENVOLVIMENTO DE PESSOAS
2.1- O Conceito de Desenvolvimento de Pessoas 20
2.2 – Uma de Onda de Reorganização 20
2.3 – Gestão do Conhecimento Corporativo 21
2.4 – Tipos de Conhecimento 22
2.5 – Criatividade e Inovação 23
2.6 – Gestão da Mudança 24
2.7 – Desenvolvimento de Pessoas 24
2.7.1 – Métodos de Desenvolvimento de Pessoas 27
2.7.2 – Desenvolvimento de Carreiras 28
40
CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO TREINAMENTO E DO DESENVOLVIMENTO
DE PESSOAS PARA O ALCANCE DE RESULTADOS
3.1 – Treinamento e Desenvolvimento de Pessoas Custo ou
Investimento? 31
3.2 – Avaliação dos Resultados 33
3.3 – Alcance dos Resultados Organizacionais 34
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 39