monografia lato sensu_parasitas na piscicultura_pereira 2009
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LEONARDO VAZ PEREIRA
PARASITAS NA PISCICULTURA DE ÁGUA
DOCE
Monografia apresentada a Universidade
Federal de Lavras, como parte das exigências
do curso de Pós-graduação Lato Sensu em
Piscicultura, para obtenção do Título de
especialista em Piscicultura.
Orientador
Prof. Dra. Adriana Mello Garcia.
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
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LEONARDO VAZ PEREIRA
PARASITAS NA PISCICULTURA DE ÁGUA
DOCE
Monografia apresentada a Universidade
Federal de Lavras, como parte das exigências
do curso de Pós-graduação Lato Sensu em
Piscicultura, para obtenção do Título de
especialista em Piscicultura.
APROVADA em 5 de fevereiro de 2009.
LAVRAS
MINAS GERAIS - BRASIL
2008
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SUMÁRIO
1. PARASITAS DE ÁGUA DOCE............................................................1
2. MIXOSPORÍDEOS................................................................................5
2.1 Henneguya sp....................................................................................5
2.2 Myxobolus.sp.....................................................................................6
3. PROTOZOÁRIOS..................................................................................8
3.1 Protozoários ciliados...........................................................................8
3.1.1 Ichthyophthirius multifilis ..............................................................8
3.1.2 Trichodina sp..................................................................................9
3.2 Protozoários Flagelados.....................................................................10
3.2.1 Piscinoodinium sp...........................................................................10
3.2.2 Ichthyobodo necator.......................................................................11
4. TREMADOIDES MONOGENÉTICOS............................................12
5. CRUSTÁCEOS.....................................................................................14
5.1 Lernaea sp. e Lamproglena sp..........................................................14
5.2 Argulus sp. e Dolops sp....................................................................15
5.3 Isópodas............................................................................................15
6. PARASITAS DE IMPORTÂNCIA ZOONÓTICA...........................17
7. OUTROS PARASITOS DE MENOR IMPORTÂNCIA..................18
8. DISCUSSÃO.........................................................................................19
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................24
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA-1 Henneguya sp...................................................................20
FIGURA-2 Ichthyophthirius multifilis...............................................20
FIGURA-3 Trichodina sp....................................................................21
FIGURA-4 Esporos de Piscinoodinum Pillulare...............................21
FIGURA-5 Ichthyobodo necator.........................................................22
FIGURA-6 Minilernaea floricapitella.................................................22
FIGURA-7 Argulus sp.........................................................................23
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1. PARASITOS DE PISCICULTURA DE ÁGUA DOCE
A aqüicultura, em franco desenvolvimento, vem se impondo como atividade
pecuária, sendo praticada em todos os estados brasileiros, sob diversos tipos de
sistema de produção e com muitas espécies em um país que apresenta o maior
potencial do mundo para a produção de pescado, tendo em vista a vastidão de
território com ricas bacias hidrográficas.
De acordo com dados da FAO 2007, publicados na revista Panorama da
Aqüicultura em 2007, o mundo capturou 94,6 milhões de toneladas de pescado,
sob diversas formas, que representou uma queda de 1,3% entre 2004 e 2005,
enquanto a aqüicultura teve um crescimento de 5,2% no mundo, que traduz o
desenvolvimento da exploração da água como recurso vital para o setor.
O Brasil dono de 12% da água doce disponível no planeta tem o potencial para
produzir 80 milhões de toneladas, que representa o dobro que a China produzia
em 2004 sendo maior produtor mundial. Somente 1% dos 5,5 milhões de
hectares de reservatórios e de 8,4 km de litoral brasileiro, é explorado pela
indústria de pescados, sendo que 90% da produção ainda é extrativista
(PACHECO, 2004).
Desvios no conceito de projetos, crescimento urbano desordenado e poluição,
são hoje preocupações da cadeia produtiva especializada e empresarial.
Entretanto, os entraves da produção ainda são muitos, que vão desde o
fornecimento de água de boa qualidade até os problemas sanitários, representado
pelo baixo número de produtos registrados para determinados fins.
A intensificação do cultivo favorece o contato entre os animais no meio
aquático, predispondo a propagação dos patógenos. A intensa alimentação
aumenta a carga orgânica nos ambiente e a multiplicação de patógenos, além de
piorar a qualidade do meio ambiente que gera desconforto e redução da
resistência dos peixes. Em sistemas de recirculação de água os problemas
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sanitários tendem a se agravar na distribuição dos patógenos em viveiros ou
tanques (KUBITZA, 2000).
Dentre os problemas sanitários, são muitas as parasitoses que causam problemas
produtivos, com uma diversidade de sintomas causados que são influenciados
pela localização desses nos peixes. Muitas dessas parasitoses estão presentes em
peixes nativos, no entanto sem causar muitos danos, mas que quando em
condições de alta densidade populacional e stress podem causar prejuízos
econômicos (PAVANELLI et al, 2002).
Parasitos podem penetrar pelo muco e epitélios, tornando os peixes vulneráveis a
invasão por vírus e bactérias. Bom manejo e de tratamentos profiláticos
propiciam freqüentemente a prevenção de infecções, com a preservação da
camada de muco e menor exposição de epitélio a diversos agentes etiológicos do
meio (PLUMB, 1999).
Apesar dos parasitos terem em geral baixa especificidade, as diferentes espécies
de peixes de interesse comercial, tem diferentes susceptibilidades às parasitoses
como, por exemplo, a Lernea cyprinacea, que pode ser vista em altas infestações
em pacús e baixíssimas infestações em tilápias no mesmo tanque. Nestes estudos
encontraram mais de 90% de infestação de Lernea em Piau (Leporinus), pacu
(Piaractus), carpa (Cyprinus), e tambacú. Em contrapartida encontrou 70% de
ocorrência em curimbatá (Prochilodus), 10% em bagre africano (Clarias), 2%
em surubim (Pseudoplatystoma) e 1% em tilápias (Oreachromis). Dentro de
indivíduos da mesma espécie, sua ocorrência pode ser maior em peixes mais
jovens, mal nutridos, mantido em ambientes com qualidade inadequadas da
água, submetido a tratamentos terapêuticos e outras sobrecargas fisiológicas
(KUBITZA, 2004).
O estudo da fauna parasitária de Oreochromis demonstrou que a tilápia
apresenta elevada resistência ao parasitismo quando comparado com nativos
cultivados no Brasil (LIZAMA, 2007).
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A incidência das doenças pode ter caráter sazonal, relacionados com períodos de
alterações da temperatura e com a atividade metabólica aumentada dos
patógenos (MARTINS et al, 2000; KUBITZA, 2004). Takvorian & Cali (1984)
estudaram a intensidade sazonal de protozoários e demonstraram que os picos
ocorrem no verão quando a temperatura da água atinge os mais altos valores.
Entretanto para alguns monogenéticos como os Gyrodactylidae, a abundância
maior foi nos meses frios do ano (PAVANELLI et al, 2002).
A resposta imunológica dos peixes também é afetada pela temperatura. A faixa
térmica de conforto varia de acordo com as espécies de peixes, como por
exemplo, a faixa térmica ótima para tilápias gira em torno de 27 a 32OC. Em
temperaturas de 16 a 18OC a resposta imunológica é praticamente inibida. Com
o reaquecimento das águas, os parasitos tendem a aumentar sua atividade
metabólica de forma mais rápida que o restabelecimento da imunidade dos
peixes, criando condições favoráveis ao aparecimento de surtos. (KUBITZA,
2000).
Com relação à nutrição e composição alimentar, Martins (1998),
Fujimoto(2001), Cavichiolo et al (2002) demonstraram os benefícios da adição
de vitamina C na ração, na dieta para alevinos de várias espécies de peixe em
evitar a ocorrência de deformidades e diminuir a infestação parasitária (de
monogenéticos), com um desenvolvimento satisfatório. Entretanto estudos
recentes de Borba (2007) em jundiá (Rhandia quelen) demostraram que a
suplementação destes bagres com vitamina C não reduziu a susceptibilidade dos
lotes ao Ichthyophitirius multifilis.
Estudos realizados por Martins et al (2000) e Martins et al (2002), realizando
diagnósticos de problemas sanitários em pisciculturas de pacú, tambaqui,
tambacú, piauçu, matrinxã, tilápia, carpa e bagre, no período de 1993 a 1998,
identificaram que o principal grupo de parasitos encontrados causando danos
econômicos foram os monogenéticos com 36,6% a 78,9% de ocorrência
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seguido de Ichthyophitirius multifilis (de 23,4 a 29,5%), Piscinoodinium
pullulare (18,0%a 43,2%). Copepodideos apresentaram uma ocorrência de
15,2% , adultos de Lernea cyprinacea (9 a 13,0%) e Trichodina sp. com 9,9%a
52 %. Bactérias (20%) e fungos (17%) estiveram presentes em infecções
secundárias. Com relação às espécies analisadas, os autores encontraram que o
peixe mais parasitado foi o Pacú (Piaractus mesopotamicus) com
monogenéticos sendo o principal parasito, Henneguya em segundo e I.multifilis
em terceiro. Tambacú (híbrido) foi a segunda espécie mais parasitada com um
grande número de casos de infecção por monogenéticos, seguido de P. pillulare
e I. multifilis. Tambaqui foi a terceira espécie mais parasitada, mas com um
número bem menor de ocorrências quando comparado às duas primeiras
espécies. Outros parasitos de relativa importância encontrados nas pisciculturas
intensivas foram, Icthyobodo necator, Chilodonella, Myxobolus, Epistylis,
crustáceos como Argulus e Ergasilus. Com menor freqüência e perdas
produtivas pode-se citar ainda alguns nematóides como Eustrongylides,
Rondônia e outros, trematódeos digenéticos e cestódeos proteocephalideos.
A seguir no presente trabalho serão relatados os parasitas de maior importância
econômica, de ocorrência nas pisciculturas emergentes e de alguns de caráter
zoonótico na piscicultura de água doce. Desta forma, ocorrência, sintomatologia
e diagnósticos serão abordados de forma a contribuir com o conhecimento do
parasito e sua relação com o hospedeiro.
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2. MIXOSPORÍDEOS
Até recentemente estes parasitos eram incluídos no grupo dos protozoários, mas
recentemente foram incluídos no grupo dos metazoários, apresentando
afinidades com os Cnidária (SIDDAL et al, 1995). Pertencem à família
Myxobolidae. São endoparasitos histozóicos, intercelulares ou intracelulares e
celozóicos localizados na cavidade de diversos tipos de órgãos, flutuando ou
ligados à superfície epitelial dos mesmos, freqüentemente formando cistos de
dimensões e formatos variáveis (EIRAS et al, 2002).
Sob condições de cultivo intensivo, a infestação por mixobolídeos pode ser
facilitada pelo acúmulo de matéria orgânica e a presença de hospedeiros
intermediários (principalmente vermes oligoquetas) nas unidades de diferentes
tipos de produção.
Martins et al (1999b) realizaram um estudo com quatro espécies de peixes
cultivados sendo eles os pacús, tambacús, tambaquis e carpas e a
susceptibilidade às infecções por mixosporídeos. Os autores observaram que o
pacú foi o peixe mais susceptível encontrando-se uma incidência de 97,3% de
peixes parasitados com Myxobolus colossomatis (em órgãos internos) e
Henneguya piaractus (nas brânquias) sendo parasitado em 79,2% nas brânquias,
66,7% nos rins e 50% no baço. O híbrido tambacú teve 33,3% de incidência de
parasitismo, tambaqui com 5,6% e nenhuma carpa foi encontrada parasitada por
essas duas espécies de mixosporideos.
Os gêneros mais importantes em cultivo intensivos de peixes de água doce que
são o Henneguya e o Myxobolus.
2.1 Henneguya sp.
Apresentam um formato oval alongado, no interior do qual estão alojados dois
esporos ovais ou fusiforme. Do envelope são projetados dois longos processos
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caudais, semelhante a um chicote, conferindo ao parasito uma aparência de
espermatozóide. O tamanho dos esporos varia de 8 a 24 µm e do processo caudal
de 20 a 54 µm (ADRIANO et al, 2005).
Como outros Myxosporídeos, há várias espécies de Henneguya, parasitando
diferentes órgãos, brânquias, intestino, coração, musculatura, rins, fígado, baço,
tegumento, dentre outros, entretanto a grande maioria parasita brânquias, como
relatado por Eiras (2001) em uma sinopse realizada das espécies desse gênero
com características morfométricas, local de parasitismo e hospedeiro.
Nas brânquias aparecem como minúsculos cistos geralmente esbranquiçados.
Algumas espécies podem lesar o hospedeiro e o efeito depende do número e
localização dos cistos. Em exames histopatológicos de brânquias parasitadas
observa-se hiperplasia epitelial, com preenchimento dos espaços entre as lamelas
secundárias, congestão e teleangiectasia sinusoidal e hiperplasia de células
caliciformes (MARTINS et al, 1999a). Infestações maciças de brânquias podem
levar a uma oclusão da circulação branquial, necrose e disfunção respiratória.
O diagnóstico pode ser feito através do exame de brânquias ao microscópio com
uma leve pressão da lamínula sobre a lâmina para haver ruptura dos cistos e a
liberação dos esporos característicos.
2.2 Myxobolus sp.
Esses organismos são caracterizados por possuírem esporos compostos por
várias valvas, unidas por linha de sutura, gerlamente 2 esporoplasma e 1 a 7
cápsulas polares, contendo um filamento em espiral, geralmente com formato
oval e com dimensões que podem variar de 7 a 19 µm de diâmetro. O
esporoplasma tem um vacúolo iodinófilo, melhor visto em esporo fresco. Seu
ciclo biológico envolve um hospedeiro definitivo, o peixe e um invertebrado
(oligoqueta).
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Diferentes espécies de Myxobolus podem ser encontradas em diferentes órgãos
dos peixes. Myxobolus cerebralis parece ser a espécie mais conhecida e
importante principalmente em trutas (Onchorynchus) (PAVANELLI et al,
2000). Segundo Eiras, et al (2002), peixes com aparência saudável podem ser
portadores de mixosporídeos, e esses podem diminuir a imunidade dos peixes
tornando-os mais susceptíveis às infecções por bactérias , fungos e outros
parasitos.
Adriano et al (2002) identificou Myxobolus porofilus infectando a cavidade
visceral de curimba (Prochilodus lineatus) cultivados no Estado de São Paulo.
Outras espécies de Myxobolus já foram encontrados no Brasil, parasitando
brânquias, cavidade abdominal, rins, tegumento (GIOIA & CORDEIRO, 1996;
MOLNAR et al, 1998; MARTINS et al, 1998; MATOS et al, 2001; CELLERE
et al, 2002; CASAL et al, 2002; EIRAS, 2005).
Os sintomas observados resultam de destruição da cartilagem pelos parasitos
alojados próximo aos tecidos cerebrais, sendo mais importante em peixes jovens.
Lesões de coluna e cauda estão associadas a destruição do tecido cartilaginoso
local e destruição dos nervos ligados à coordenação motora e controle da
pigmentação do corpo.
O Myxobolus cerebralis causa uma doença crônica degenerativa, conhecido
como “doença do rodopio” ou doença da cauda negra que afeta principalmente
trutas, podendo ocorrer em outras espécies também. É considerada grave pelas
altas taxas de mortalidades sendo em alguns países doença de notificação
obrigatória (KUBITZA, 2000).
O diagnóstico de Myxobolus cerebralis, deve ser feito a partir do exame de
cartilagem da cabeça e outras cartilagens do corpo com técnicas específicas para
maceração do tecido. Outras espécies de Myxobolus, geralmente podem ser
analisados de acordo com o local de parasitismo, geralmente entre lâmina e
lamínula fazendo um leve pressão para a ruptura dos cistos.
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3 PROTOZOÁRIOS
São organismos unicelulares, microscópicos, que podem possuir a habilidade de
se multiplicar sem a presença do hospedeiro e se beneficiar do aumento da carga
orgânica da água. Dentre os protozoários mais freqüentes, os ciliados
Ichthyophthirius, Trichodina, os mixosporídeos Henneguya e Myxobolus e
flagelados Piscinoodinium pillulare e Icthiobodo.
3.1. Protozoários ciliados
3.1.1. Ichthyophthirius multifilis
Popularmente conhecido como “ictio”, ou ictiofitiríase ou doenças dos pontos
brancos.
De acordo com Harper (2003) é o a patologia responsável pelas maiores perdas
mundiais na piscicultura de água doce.
O parasita apresenta um ciclo complexo, necessitando de se encistar no ambiente
e passar por um período de maturação. Os peixes acometidos possuem manchas
brancas circulares por todo o corpo, com cerca de 1 mm de diâmetro. Os surtos
são rápidos e a mortalidade gira em torno de 30%. Os portadores assintomáticos
constituem-se no maior problema para os criatórios.
O estágio Trofozóide se alimenta de um nódulo formado no epitélio parasitado
(pele e brânquias), depois que se rompe, o parasita sai do hospedeiro podendo
originar um estágio encapsulado (trofonte). O trofonte pode se dividir por
divisão binária, sendo que um pode produzir até 1.000 terodontes. E sua
ocorrência em cultivos de alevinos de peixes está sempre associada a flutuações
importantes de temperatura (JIMÉNEZ, 2007).
É o protozoário mais comum em piscicultura comerciais com 29,5% de
ocorrência, e novamente tendo o Tambacu e Pacú como os peixes mais
frequentemente parasitados (MARTINS et al, 2000). Peixes jovens são mais
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susceptíveis que adultos, e peixes que se recuperam de altas infestações
apresentam resistência aumentada às reinfestações. Em Martins et al (2002), a
ocorrência do parasito variou entre 23,4 e 29,8% em pisciculturas avaliadas no
estado de São Paulo.
De acordo com Jiménez (2007) a sintomatologia é clássica com adesão de
pequenas manchas brancas na superfície de pele e brânquias, podendo até formar
massas mucosas sobre a pele e obstrução da troca gasosa nas brânquias. E seu
diagnóstico é realizado com a identificação do parasita em raspados com
presença de trofonte ciliados nos cistos, ou pela detecção do núcleo em forma de
ferradura.
3.1.2. Trichodina sp.
São ciliados encontrados com grande freqüência na superfície e brânquias dos
hospedeiros, mas geralmente em baixos números. Possuem forma de prato, ou
disco com anel preenchido por dentículos de forma radial (JIMÉNEZ, 2007).
São muito comuns em peixes que incubam ovos na boca, como tilápias do
gênero Oreochromis. Esses parasitos invadem a boca e infestam as larvas,
causando perdas severas em pós-larvas em incubatórios e no período de reversão
sexual. Martins et al (2000) encontraram uma ocorrência de 9,9%, sendo pacús
os mais freqüentemente parasitados, seguido de tambacús e tilápias. Martins et
al (2002) relatou que o parasito figurou entre os três principais protozoários
encontrados em peixes cultivados no Estado de são Paulo, com uma ocorrência
que chegou a 52,1% no ano de 2000.
Algumas espécies podem infectar trato intestinal, bexiga natatória, mas de forma
geral é uma patologia moderada, com morbidade e mortalidade crônica de
indivíduos jovens com brânquias muito lesionadas, achados de parasitos em
boca e esôfago podem estar associados (JIMÉNEZ, 2007).
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3.2 Protozoários flagelados
3.2.1 Piscinoodinium sp.
É um dos protozoários de ocorrência em peixes tropicais, tem forma ovóide,
mede aproximadamente 13 µm com núcleo amarelado na extremidade. Em seu
ciclo de vida os trofontes possuem forma de saco, piriforme, de coloração
amarelo esverdeada, e são quase arredondados quando estão maduros, é um
patógeno associado a condições de altas densidades e escassa renovação de água
(JIMÉNEZ, 2007). Possuem cloroplastos em seu interior indicando a
possibilidade de realizar fotossíntese. Fixam-se nas células epiteliais do
hospedeiro por um aparato de fixação denominado rizocisto (prolongamentos
em forma de raiz) (KUBITZA, 2004).
São prevalentes em trabalhos realizados em pisciculturas intensivas, com 18%
de ocorrência (MARTINS et al, 2000), e variou entre 35.7% a 43,2% em
Martins et al (2002), causando consideráveis prejuízos econômicos. Os parasitos
podem causar alterações no tegumento e brânquias. Nas brânquias, as lamelas
primárias se apresentam com aumento da produção de muco hemorragias
intersticiais, severa hiperplasia do epitélio e das células caliciformes com
infiltrado inflamatório. Edema subepitelial, degeneração e necrose epitelial focal
também são observados. Aumentam a produção de muco, na superfície do corpo
com equimoses e pequenas úlceras e hemorragias petequiais (MARTINS et al,
2001).
A sintomatologia inclui uma série de fenômenos de ocorrência na grande
maioria dos parasitismos de tegumento e brânquia, como um aspecto aveludado
ou empoeirado do peixe pela produção exagerada de muco, aumento dos
movimentos operculares e boquejamento na superfície do tanque devido
hiperplasia, inflamação, necrose e fusão das lamelas branquiais, bem como
desconforto, letargia, perda de apetite, emagrecimento e escurecimento do
corpo.
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3.2.2 Ichthyobodo necator
Apresentam dimensões diminutas, sendo um dos menores ectoparasitos
encontrados em peixes. Possuem formatos ovóides com dimensões de 10 a 15
µm de comprimento por 5 a 10 µm de largura, se fixando ao hospedeiro por uma
estrutura semelhante a um disco adesivo (citostoma). Possuem dois flagelos
livres de comprimento desigual. Sua reprodução se dá por divisão binária e à
temperatura de 15 a 25OC, várias gerações podem ocorrer em poucas horas.
Abaixo de 8OC formam cistos, que são formas de resistência que podem voltar a
atividade quando a temperatura da água se eleva novamente. Há indícios de não
resistência a temperaturas acima de 30OC (Pavanelli et al, 2002).
Parasita sem especificidade Apesar de ser encontrado em pisciculturas
comerciais, também conhecido por Costia é um parasito relatado com freqüência
relativamente baixa, em comparação com outros protozoários. No trabalho de
Martins et al (2000), Pacú e Tambacú foram as espécies de peixes mais
frequentemente parasitadas. Também são mais freqüentes em peixes submetidos
a stress ambiental (qualidade de água inadequada, deficiências vitamínicas, altas
densidades de estocagem dentre outros).
São freqüentemente observados aderidos ao tegumento (geralmente entre as
escamas), nadadeiras e brânquias. Promovem lesão dos tegumentos e as mais
graves são as de brânquias com inflamação das lamelas e desequilíbrio
osmoregulatório e sintomas menos específicos como letargia, perda de peso e
natação irregular (JIMÉNEZ, 2007).
Em função da sintomatologia não ser patognomônica, o diagnóstico definitivo só
pode ser dado por meio de raspados da superfície do tegumento ou exame de
brânquias entre lâmina e lamínula com a visualização do parasito, pois possuem
movimentos irregulares e rotativos.
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4. TREMATÓDEOS MONOGENÉTICOS
Os monogena são em sua maioria ectoparasitos que se encontram nas brânquias,
narinas e tegumento. Um número bastante pequeno se localiza no estômago,
cavidade visceral, ovidutos e canais urinários. São parasitos de dimensões
relativamente pequenas (de 1mm a 3 cm), sendo hermafroditas de ciclo direto
(EIRAS et al, 2002). Existem muitas espécies diferentes (aproximadamente
1.500) e quase que parasitas espécie-específicos, especialitas acreditam que a
especificidade se perde nos sistemas de aqüicultura (JIMÉNEZ, 2007). A
maioria dos monogenóides se alimentam de muco e células epiteliais. Acredita-
se que tem especificidade por seus hospedeiros e estima-se que cada espécie e
peixe possua cerca de 5 espécies de monogenéticos (KUBITZA, 2004)..
As espécies mais importantes são das duas principais famílias que parasitam
peixes cultivados de água doce: Dactylogyridae e Gyrodactylidae. São
considerados os parasitos de maior importância na piscicultura intensiva, e o de
maior ocorrência em problemas sanitários dessas. Girodactilideos são vivíparos,
e pode observar um embrião dentre de seu corpo e os dactilogirídeos são
ovíparos (JIMÉNEZ, 2007).
Nos levantamentos realizados sua ocorrência variou de 36,6% a 78,9%, em
criações de peixes do Estado de São Paulo (MARTINS et al, 2000; MARTINS
et al, 2002). São indicadores de pobre qualidade sanitária, deteriorização da
qualidade de água, como por exemplo: altas taxas de povoamento ou estocagem,
altas concentrações de amônia, nitrito, baixas concentrações de oxigênio
dissolvido, situações que se reproduzem com facilidade nos sistemas produtivos
(JIMÉNEZ, 2007).
A presença de monogenéticos em brânquias pode causar hiperplasia celular, com
hipersecreção de muco e dependendo da espécie e abundância, fusão de lamelas
branquiais, ruptura de capilares sanguíneos prejudicando a respiração e o
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equilíbrio osmorregulatório dos peixes. No tegumento causam irritação e
prurido. Os animais apresentam letargia, escurecimento do tegumento, sinais de
asfixia, com respiração na superfície da água e com o opérculo bem aberto
(KUBITZA, 2004).
O prejuízo causado no hospedeiro está diretamente relacionado ao local de
parasitismo, com a espécie de parasito, com o número de indivíduos presentes e
com perdas na alimentação. E de acordo com Jiménez (2007) sua caracterização
é baseada na reprodução e porções superiores do corpo, como aparelhos
fixadores e número de ocelos.
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5. CRUSTÁCEOS
São dois os grupos de maior importância no parasitismo em pisciculturas
intensivas: os Copepoda cujo principal representante é a Lernea e os Branquiura
com os gêneros Argulus e Dolops. São microscrustáceos, facilmente observados
a olho nú ou com o auxilio de um lupa para melhor caracterização. Os parasitas
isópodas compõe um Gênero de crustáceos que também tem impactos na
aqüicultura, retardam crescimento e matam (JIMÉNEZ, 2007), sendo parasitas
emergentes em cultivo. A disseminação destes crustáceos pode ser feita por
venda e transporte de animais infestados, como por interações de animais de
vida livre com os diferentes sistemas de cultivo.
5.1 Lernaea sp. e Lamproglena sp.
Tem o corpo alongado de aproximadamente 1 cm, esbranquiçado, na forma de
palito de fósforo, dividido em cabeça que se insere na musculatura e nas
brânquias dos hospedeiros, tronco e complexo genital. O ciclo biológico
apresenta vários estágios de vida livre na fase planctônica (LUQUE, 2004). As
formas infectantes são os copepoditos, porém só a fêmea (5º estágio de
copepodito) já fecundada é que começa a se alongar e forma o processo cefálico
característico que se aprofunda na musculatura do peixe. É a partir do estágio de
copepodito que já procura um novo hospedeiro. Diversos animais podem carrear
náuplios e copepoditos de diferentes pisciculturas e introduzir a doença em
locais que ainda não existem (KUBITZA, 2000).
Entretanto é na fase de copepodito VI que atingem a maturidade sexual, e após a
cópula o macho morre e a fêmea se fixa ao peixe durante sua fase metamórfica
com maior ocorrência no verão (CECCARELLI, 1988; MARTINS, 1998), se
fixa fortemente à musculatura do peixe, deixando livre a região posterior com
dois sacos ovígeros que podem gerar de 500 a 700 novos náuplios (KUBTIZA,
15
2004). Outra espécie da mesma família (lamproglena sp.) e com potencial
patogênico encontrada em tilápias no Rio de janeiro (ALVES et al., 2000) e São
Paulo entretanto o achado de Lamproglena sp. demonstra que estes ambientes
são pouco ou não-poluídos. Sendo este parasito um importante indicador de
qualidade da água dentro das propriedades (LIZAMA, 2007).
5.2 Argulus sp. e Dolops sp.
Argulus e Dolops são branquiúros de morfologia muito semelhante,
popularmente conhecidos como piolhos de peixe, tendo o corpo achatado e
oval, medindo em média 1 cm de diâmetro, com pernas natatórias, que permitem
uma movimentação intensa tando pelo corpo do hospedeiro como na água,
podendo permanecer livres na água por um longo período. Na face ventral, o
Argulus possui duas ventosas de fixação que se fixa no hospedeiro. O gênero
Dolops ao invés de ventosas possue ganchos de fixação (KUBITZA, 2000).
Os parasitos introduz a probóscide, que contém um estilete perfurante, pelo
tegumento e se alimenta de sangue. Inoculam enzimas digestivas que além de
serem tóxicas possui efeito citolítico causando lesões ulcerativas, com efeitos
inflamatórios, hipersecreção de muco (PAVANELLI et al, 2002). As lesões
permitem a instalação de infecções secundárias.
5.3 Isopodas
Mais de 4000 descritas e aproximadamente 450 destas parasitam peixes em seu
ciclo de vida, possuem corpo plano dorso-ventralmente, com a cabeça fundida
ao primeiro segmento torácico (cefalotorácico), com um par de apêndices
torácicos modificados em peças bucais. O abdomem possui seis pares de
apêndices que termina no pleotelson (JIMÉNEZ, 2007). Comum em todos os
ambientes aquáticos e terrestres, seus hospedeiros variam como peixes,
16
moluscos e outros crustáceos como caranguejos e até outros isópodas. Tendem a
se alimentar de sangue e exsudatos de lesões. O local do parasitismo parece
determinar a gravidade do quadro. São parasitos emergentes na piscicultura e
muitos estudos são realizados com animais silvestres no ambiente dulcícola e
marinho.
Os ovos e as formas larvais são condicionados enquanto algumas formas juvenis
tem vida livre, algumas espécies iniciam a vida como macho e tornam-se
hermafroditas e outras espécies os sexos são separados (JIMÉNEZ, 2007).
Diferentes sistemas de cultivo em tanques-rede a transmissão pode ser facilitada,
entre os animais de vida livre e cultivados. Isópodas da espécie Philostomella
cigarra foram encontradas em estudos em Minas Gerais parasitando
Oreochromis e o carnívoro Cynopotamus humeralis em reservatório de
hidrelétrica (FIGUEIREDO et al, 2008).
17
6. PARASITOS DE IMPORTÂNCIA ZOONÓTICA
Dentre os cestódeos podem-se destacar os proteocafalídeos, cujos peixes são
hospedeiros definitivos, se localizando no intestino. Apesar de alguns
proteocefalíeos terem potencial para romper a parede intestinal, a grande maioria
determina perdas em ganho de peso, que podem ser pequenas individualmente.
Trabalhos realizados na Noruega determinaram uma perda de 10% no ganho de
peso em peixes salmonídeos parasitados por cestóides, que em grande criações
isso pode determinar perdas vultuosas (BRISTOW & BERLAND, 1991). Os
peixes podem albergar larvas plerocercóides ou cisticercóides de cestódeos em
diversas partes do corpo, como musculatura e cavidade corporais, geralmente de
dimensões mais reduzidas que as metacercárias de trematódeos. Algumas são de
grande importância zoonótica como as larvas pleurocercóides de
Diphyllobotrium cujo hospedeiro definitivo é o homem.
18
7. OUTROS PARASITOS DE MENOR IMPORTÂNCIA.
Dentre os nematóides podemos destacar alguns que tem importância zoonótica e
econômica como larvas de Eustrongylides, que geralmente estão presentes na
cavidade abdominal e musculatura. São de grandes dimensões e causam uma
fibrose em seu redor principalmente quando presente na muscultatura que fazem
com que o filé perca seu valor comercial. São parasitos de aves piscívoras, que
podem ser importantes em alguns sistemas de criação. Nematóides da família
Atractidade, Rondônia rondoni tem apresentado grande intensidade de
parasitismo, principalmente em pacús, aparentemente pouco patogênicos, mas
apresentam a possibilidade de causar obstrução intestinal (DIAS et al, 2004).
Nematódeos do gênero Camallanus foram relatados em peixes, sendo que a
espéice C. cotti tem como característica ovipor diretamente pelo ânus do peixe,
perfurando a porção distal do reto e provocando hiperemia e edema tecidual
(LUQUE, 2004).
19
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em pisciculturas intensivas, pode-se perceber que os parasitos de maior
importância são aqueles que possuem geralmente ciclos diretos e de rápida
evolução. Entretanto em condições mais específicas de criação, principalmente
em viveiros, a participação de aves piscívoras e moluscos e mesmo de outras
espécies de peixe dentro dos viveiros podem determinar condições favoráveis ao
aparecimento de parasitos de ciclos indiretos como os trematódeos digenéticos,
cestodas e nematódeos, parasitos esse de maior importância de ocorrência na
pesca extrativista, que podem utilizar os peixes de cultivo tanto como
hospedeiros definitivos como intermediários.
20
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: Henneguya sp. Fonte: MARTINS et al, 2001.
FIGURA 2: Ichthyophthirius multifilis. FONTE: CLEMENTE, 2000.
21
FIGURA 3: Trichodina magna. FONTE: MARTINS & GHIRALDELLI, 2008.
FIGURA 4: Esporos de Piscinoodinum Pillulare. Fonte: LÁSZLÓ et al, 2002.
22
FIGURA 5: Ichthyobodo sp. FONTE: Disponível < http://www.northlincskoisociety.co.uk/Health.htm>
FIGURA 6: Minilernaea floricapitella. FONTE: THATCHER & HUERGO, 2005.
23
FIGURA 7: Argulus sp. FONTE: Disponível em
<http://biomicro.sdstate.edu/Hildrethm/zoo467/LabMaterials/Lab1&2.htm>
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