monografia lato sensu_parasitas na piscicultura_pereira 2009

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1 LEONARDO VAZ PEREIRA PARASITAS NA PISCICULTURA DE ÁGUA DOCE Monografia apresentada a Universidade Federal de Lavras, como parte das exigências do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Piscicultura, para obtenção do Título de especialista em Piscicultura. Orientador Prof. Dra. Adriana Mello Garcia. LAVRAS MINAS GERAIS - BRASIL 2008

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Page 1: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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LEONARDO VAZ PEREIRA

PARASITAS NA PISCICULTURA DE ÁGUA

DOCE

Monografia apresentada a Universidade

Federal de Lavras, como parte das exigências

do curso de Pós-graduação Lato Sensu em

Piscicultura, para obtenção do Título de

especialista em Piscicultura.

Orientador

Prof. Dra. Adriana Mello Garcia.

LAVRAS

MINAS GERAIS - BRASIL

2008

Page 2: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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LEONARDO VAZ PEREIRA

PARASITAS NA PISCICULTURA DE ÁGUA

DOCE

Monografia apresentada a Universidade

Federal de Lavras, como parte das exigências

do curso de Pós-graduação Lato Sensu em

Piscicultura, para obtenção do Título de

especialista em Piscicultura.

APROVADA em 5 de fevereiro de 2009.

LAVRAS

MINAS GERAIS - BRASIL

2008

Page 3: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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SUMÁRIO

1. PARASITAS DE ÁGUA DOCE............................................................1

2. MIXOSPORÍDEOS................................................................................5

2.1 Henneguya sp....................................................................................5

2.2 Myxobolus.sp.....................................................................................6

3. PROTOZOÁRIOS..................................................................................8

3.1 Protozoários ciliados...........................................................................8

3.1.1 Ichthyophthirius multifilis ..............................................................8

3.1.2 Trichodina sp..................................................................................9

3.2 Protozoários Flagelados.....................................................................10

3.2.1 Piscinoodinium sp...........................................................................10

3.2.2 Ichthyobodo necator.......................................................................11

4. TREMADOIDES MONOGENÉTICOS............................................12

5. CRUSTÁCEOS.....................................................................................14

5.1 Lernaea sp. e Lamproglena sp..........................................................14

5.2 Argulus sp. e Dolops sp....................................................................15

5.3 Isópodas............................................................................................15

6. PARASITAS DE IMPORTÂNCIA ZOONÓTICA...........................17

7. OUTROS PARASITOS DE MENOR IMPORTÂNCIA..................18

8. DISCUSSÃO.........................................................................................19

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................24

Page 4: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA-1 Henneguya sp...................................................................20

FIGURA-2 Ichthyophthirius multifilis...............................................20

FIGURA-3 Trichodina sp....................................................................21

FIGURA-4 Esporos de Piscinoodinum Pillulare...............................21

FIGURA-5 Ichthyobodo necator.........................................................22

FIGURA-6 Minilernaea floricapitella.................................................22

FIGURA-7 Argulus sp.........................................................................23

Page 5: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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1. PARASITOS DE PISCICULTURA DE ÁGUA DOCE

A aqüicultura, em franco desenvolvimento, vem se impondo como atividade

pecuária, sendo praticada em todos os estados brasileiros, sob diversos tipos de

sistema de produção e com muitas espécies em um país que apresenta o maior

potencial do mundo para a produção de pescado, tendo em vista a vastidão de

território com ricas bacias hidrográficas.

De acordo com dados da FAO 2007, publicados na revista Panorama da

Aqüicultura em 2007, o mundo capturou 94,6 milhões de toneladas de pescado,

sob diversas formas, que representou uma queda de 1,3% entre 2004 e 2005,

enquanto a aqüicultura teve um crescimento de 5,2% no mundo, que traduz o

desenvolvimento da exploração da água como recurso vital para o setor.

O Brasil dono de 12% da água doce disponível no planeta tem o potencial para

produzir 80 milhões de toneladas, que representa o dobro que a China produzia

em 2004 sendo maior produtor mundial. Somente 1% dos 5,5 milhões de

hectares de reservatórios e de 8,4 km de litoral brasileiro, é explorado pela

indústria de pescados, sendo que 90% da produção ainda é extrativista

(PACHECO, 2004).

Desvios no conceito de projetos, crescimento urbano desordenado e poluição,

são hoje preocupações da cadeia produtiva especializada e empresarial.

Entretanto, os entraves da produção ainda são muitos, que vão desde o

fornecimento de água de boa qualidade até os problemas sanitários, representado

pelo baixo número de produtos registrados para determinados fins.

A intensificação do cultivo favorece o contato entre os animais no meio

aquático, predispondo a propagação dos patógenos. A intensa alimentação

aumenta a carga orgânica nos ambiente e a multiplicação de patógenos, além de

piorar a qualidade do meio ambiente que gera desconforto e redução da

resistência dos peixes. Em sistemas de recirculação de água os problemas

Page 6: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

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sanitários tendem a se agravar na distribuição dos patógenos em viveiros ou

tanques (KUBITZA, 2000).

Dentre os problemas sanitários, são muitas as parasitoses que causam problemas

produtivos, com uma diversidade de sintomas causados que são influenciados

pela localização desses nos peixes. Muitas dessas parasitoses estão presentes em

peixes nativos, no entanto sem causar muitos danos, mas que quando em

condições de alta densidade populacional e stress podem causar prejuízos

econômicos (PAVANELLI et al, 2002).

Parasitos podem penetrar pelo muco e epitélios, tornando os peixes vulneráveis a

invasão por vírus e bactérias. Bom manejo e de tratamentos profiláticos

propiciam freqüentemente a prevenção de infecções, com a preservação da

camada de muco e menor exposição de epitélio a diversos agentes etiológicos do

meio (PLUMB, 1999).

Apesar dos parasitos terem em geral baixa especificidade, as diferentes espécies

de peixes de interesse comercial, tem diferentes susceptibilidades às parasitoses

como, por exemplo, a Lernea cyprinacea, que pode ser vista em altas infestações

em pacús e baixíssimas infestações em tilápias no mesmo tanque. Nestes estudos

encontraram mais de 90% de infestação de Lernea em Piau (Leporinus), pacu

(Piaractus), carpa (Cyprinus), e tambacú. Em contrapartida encontrou 70% de

ocorrência em curimbatá (Prochilodus), 10% em bagre africano (Clarias), 2%

em surubim (Pseudoplatystoma) e 1% em tilápias (Oreachromis). Dentro de

indivíduos da mesma espécie, sua ocorrência pode ser maior em peixes mais

jovens, mal nutridos, mantido em ambientes com qualidade inadequadas da

água, submetido a tratamentos terapêuticos e outras sobrecargas fisiológicas

(KUBITZA, 2004).

O estudo da fauna parasitária de Oreochromis demonstrou que a tilápia

apresenta elevada resistência ao parasitismo quando comparado com nativos

cultivados no Brasil (LIZAMA, 2007).

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A incidência das doenças pode ter caráter sazonal, relacionados com períodos de

alterações da temperatura e com a atividade metabólica aumentada dos

patógenos (MARTINS et al, 2000; KUBITZA, 2004). Takvorian & Cali (1984)

estudaram a intensidade sazonal de protozoários e demonstraram que os picos

ocorrem no verão quando a temperatura da água atinge os mais altos valores.

Entretanto para alguns monogenéticos como os Gyrodactylidae, a abundância

maior foi nos meses frios do ano (PAVANELLI et al, 2002).

A resposta imunológica dos peixes também é afetada pela temperatura. A faixa

térmica de conforto varia de acordo com as espécies de peixes, como por

exemplo, a faixa térmica ótima para tilápias gira em torno de 27 a 32OC. Em

temperaturas de 16 a 18OC a resposta imunológica é praticamente inibida. Com

o reaquecimento das águas, os parasitos tendem a aumentar sua atividade

metabólica de forma mais rápida que o restabelecimento da imunidade dos

peixes, criando condições favoráveis ao aparecimento de surtos. (KUBITZA,

2000).

Com relação à nutrição e composição alimentar, Martins (1998),

Fujimoto(2001), Cavichiolo et al (2002) demonstraram os benefícios da adição

de vitamina C na ração, na dieta para alevinos de várias espécies de peixe em

evitar a ocorrência de deformidades e diminuir a infestação parasitária (de

monogenéticos), com um desenvolvimento satisfatório. Entretanto estudos

recentes de Borba (2007) em jundiá (Rhandia quelen) demostraram que a

suplementação destes bagres com vitamina C não reduziu a susceptibilidade dos

lotes ao Ichthyophitirius multifilis.

Estudos realizados por Martins et al (2000) e Martins et al (2002), realizando

diagnósticos de problemas sanitários em pisciculturas de pacú, tambaqui,

tambacú, piauçu, matrinxã, tilápia, carpa e bagre, no período de 1993 a 1998,

identificaram que o principal grupo de parasitos encontrados causando danos

econômicos foram os monogenéticos com 36,6% a 78,9% de ocorrência

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seguido de Ichthyophitirius multifilis (de 23,4 a 29,5%), Piscinoodinium

pullulare (18,0%a 43,2%). Copepodideos apresentaram uma ocorrência de

15,2% , adultos de Lernea cyprinacea (9 a 13,0%) e Trichodina sp. com 9,9%a

52 %. Bactérias (20%) e fungos (17%) estiveram presentes em infecções

secundárias. Com relação às espécies analisadas, os autores encontraram que o

peixe mais parasitado foi o Pacú (Piaractus mesopotamicus) com

monogenéticos sendo o principal parasito, Henneguya em segundo e I.multifilis

em terceiro. Tambacú (híbrido) foi a segunda espécie mais parasitada com um

grande número de casos de infecção por monogenéticos, seguido de P. pillulare

e I. multifilis. Tambaqui foi a terceira espécie mais parasitada, mas com um

número bem menor de ocorrências quando comparado às duas primeiras

espécies. Outros parasitos de relativa importância encontrados nas pisciculturas

intensivas foram, Icthyobodo necator, Chilodonella, Myxobolus, Epistylis,

crustáceos como Argulus e Ergasilus. Com menor freqüência e perdas

produtivas pode-se citar ainda alguns nematóides como Eustrongylides,

Rondônia e outros, trematódeos digenéticos e cestódeos proteocephalideos.

A seguir no presente trabalho serão relatados os parasitas de maior importância

econômica, de ocorrência nas pisciculturas emergentes e de alguns de caráter

zoonótico na piscicultura de água doce. Desta forma, ocorrência, sintomatologia

e diagnósticos serão abordados de forma a contribuir com o conhecimento do

parasito e sua relação com o hospedeiro.

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2. MIXOSPORÍDEOS

Até recentemente estes parasitos eram incluídos no grupo dos protozoários, mas

recentemente foram incluídos no grupo dos metazoários, apresentando

afinidades com os Cnidária (SIDDAL et al, 1995). Pertencem à família

Myxobolidae. São endoparasitos histozóicos, intercelulares ou intracelulares e

celozóicos localizados na cavidade de diversos tipos de órgãos, flutuando ou

ligados à superfície epitelial dos mesmos, freqüentemente formando cistos de

dimensões e formatos variáveis (EIRAS et al, 2002).

Sob condições de cultivo intensivo, a infestação por mixobolídeos pode ser

facilitada pelo acúmulo de matéria orgânica e a presença de hospedeiros

intermediários (principalmente vermes oligoquetas) nas unidades de diferentes

tipos de produção.

Martins et al (1999b) realizaram um estudo com quatro espécies de peixes

cultivados sendo eles os pacús, tambacús, tambaquis e carpas e a

susceptibilidade às infecções por mixosporídeos. Os autores observaram que o

pacú foi o peixe mais susceptível encontrando-se uma incidência de 97,3% de

peixes parasitados com Myxobolus colossomatis (em órgãos internos) e

Henneguya piaractus (nas brânquias) sendo parasitado em 79,2% nas brânquias,

66,7% nos rins e 50% no baço. O híbrido tambacú teve 33,3% de incidência de

parasitismo, tambaqui com 5,6% e nenhuma carpa foi encontrada parasitada por

essas duas espécies de mixosporideos.

Os gêneros mais importantes em cultivo intensivos de peixes de água doce que

são o Henneguya e o Myxobolus.

2.1 Henneguya sp.

Apresentam um formato oval alongado, no interior do qual estão alojados dois

esporos ovais ou fusiforme. Do envelope são projetados dois longos processos

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caudais, semelhante a um chicote, conferindo ao parasito uma aparência de

espermatozóide. O tamanho dos esporos varia de 8 a 24 µm e do processo caudal

de 20 a 54 µm (ADRIANO et al, 2005).

Como outros Myxosporídeos, há várias espécies de Henneguya, parasitando

diferentes órgãos, brânquias, intestino, coração, musculatura, rins, fígado, baço,

tegumento, dentre outros, entretanto a grande maioria parasita brânquias, como

relatado por Eiras (2001) em uma sinopse realizada das espécies desse gênero

com características morfométricas, local de parasitismo e hospedeiro.

Nas brânquias aparecem como minúsculos cistos geralmente esbranquiçados.

Algumas espécies podem lesar o hospedeiro e o efeito depende do número e

localização dos cistos. Em exames histopatológicos de brânquias parasitadas

observa-se hiperplasia epitelial, com preenchimento dos espaços entre as lamelas

secundárias, congestão e teleangiectasia sinusoidal e hiperplasia de células

caliciformes (MARTINS et al, 1999a). Infestações maciças de brânquias podem

levar a uma oclusão da circulação branquial, necrose e disfunção respiratória.

O diagnóstico pode ser feito através do exame de brânquias ao microscópio com

uma leve pressão da lamínula sobre a lâmina para haver ruptura dos cistos e a

liberação dos esporos característicos.

2.2 Myxobolus sp.

Esses organismos são caracterizados por possuírem esporos compostos por

várias valvas, unidas por linha de sutura, gerlamente 2 esporoplasma e 1 a 7

cápsulas polares, contendo um filamento em espiral, geralmente com formato

oval e com dimensões que podem variar de 7 a 19 µm de diâmetro. O

esporoplasma tem um vacúolo iodinófilo, melhor visto em esporo fresco. Seu

ciclo biológico envolve um hospedeiro definitivo, o peixe e um invertebrado

(oligoqueta).

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Diferentes espécies de Myxobolus podem ser encontradas em diferentes órgãos

dos peixes. Myxobolus cerebralis parece ser a espécie mais conhecida e

importante principalmente em trutas (Onchorynchus) (PAVANELLI et al,

2000). Segundo Eiras, et al (2002), peixes com aparência saudável podem ser

portadores de mixosporídeos, e esses podem diminuir a imunidade dos peixes

tornando-os mais susceptíveis às infecções por bactérias , fungos e outros

parasitos.

Adriano et al (2002) identificou Myxobolus porofilus infectando a cavidade

visceral de curimba (Prochilodus lineatus) cultivados no Estado de São Paulo.

Outras espécies de Myxobolus já foram encontrados no Brasil, parasitando

brânquias, cavidade abdominal, rins, tegumento (GIOIA & CORDEIRO, 1996;

MOLNAR et al, 1998; MARTINS et al, 1998; MATOS et al, 2001; CELLERE

et al, 2002; CASAL et al, 2002; EIRAS, 2005).

Os sintomas observados resultam de destruição da cartilagem pelos parasitos

alojados próximo aos tecidos cerebrais, sendo mais importante em peixes jovens.

Lesões de coluna e cauda estão associadas a destruição do tecido cartilaginoso

local e destruição dos nervos ligados à coordenação motora e controle da

pigmentação do corpo.

O Myxobolus cerebralis causa uma doença crônica degenerativa, conhecido

como “doença do rodopio” ou doença da cauda negra que afeta principalmente

trutas, podendo ocorrer em outras espécies também. É considerada grave pelas

altas taxas de mortalidades sendo em alguns países doença de notificação

obrigatória (KUBITZA, 2000).

O diagnóstico de Myxobolus cerebralis, deve ser feito a partir do exame de

cartilagem da cabeça e outras cartilagens do corpo com técnicas específicas para

maceração do tecido. Outras espécies de Myxobolus, geralmente podem ser

analisados de acordo com o local de parasitismo, geralmente entre lâmina e

lamínula fazendo um leve pressão para a ruptura dos cistos.

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3 PROTOZOÁRIOS

São organismos unicelulares, microscópicos, que podem possuir a habilidade de

se multiplicar sem a presença do hospedeiro e se beneficiar do aumento da carga

orgânica da água. Dentre os protozoários mais freqüentes, os ciliados

Ichthyophthirius, Trichodina, os mixosporídeos Henneguya e Myxobolus e

flagelados Piscinoodinium pillulare e Icthiobodo.

3.1. Protozoários ciliados

3.1.1. Ichthyophthirius multifilis

Popularmente conhecido como “ictio”, ou ictiofitiríase ou doenças dos pontos

brancos.

De acordo com Harper (2003) é o a patologia responsável pelas maiores perdas

mundiais na piscicultura de água doce.

O parasita apresenta um ciclo complexo, necessitando de se encistar no ambiente

e passar por um período de maturação. Os peixes acometidos possuem manchas

brancas circulares por todo o corpo, com cerca de 1 mm de diâmetro. Os surtos

são rápidos e a mortalidade gira em torno de 30%. Os portadores assintomáticos

constituem-se no maior problema para os criatórios.

O estágio Trofozóide se alimenta de um nódulo formado no epitélio parasitado

(pele e brânquias), depois que se rompe, o parasita sai do hospedeiro podendo

originar um estágio encapsulado (trofonte). O trofonte pode se dividir por

divisão binária, sendo que um pode produzir até 1.000 terodontes. E sua

ocorrência em cultivos de alevinos de peixes está sempre associada a flutuações

importantes de temperatura (JIMÉNEZ, 2007).

É o protozoário mais comum em piscicultura comerciais com 29,5% de

ocorrência, e novamente tendo o Tambacu e Pacú como os peixes mais

frequentemente parasitados (MARTINS et al, 2000). Peixes jovens são mais

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susceptíveis que adultos, e peixes que se recuperam de altas infestações

apresentam resistência aumentada às reinfestações. Em Martins et al (2002), a

ocorrência do parasito variou entre 23,4 e 29,8% em pisciculturas avaliadas no

estado de São Paulo.

De acordo com Jiménez (2007) a sintomatologia é clássica com adesão de

pequenas manchas brancas na superfície de pele e brânquias, podendo até formar

massas mucosas sobre a pele e obstrução da troca gasosa nas brânquias. E seu

diagnóstico é realizado com a identificação do parasita em raspados com

presença de trofonte ciliados nos cistos, ou pela detecção do núcleo em forma de

ferradura.

3.1.2. Trichodina sp.

São ciliados encontrados com grande freqüência na superfície e brânquias dos

hospedeiros, mas geralmente em baixos números. Possuem forma de prato, ou

disco com anel preenchido por dentículos de forma radial (JIMÉNEZ, 2007).

São muito comuns em peixes que incubam ovos na boca, como tilápias do

gênero Oreochromis. Esses parasitos invadem a boca e infestam as larvas,

causando perdas severas em pós-larvas em incubatórios e no período de reversão

sexual. Martins et al (2000) encontraram uma ocorrência de 9,9%, sendo pacús

os mais freqüentemente parasitados, seguido de tambacús e tilápias. Martins et

al (2002) relatou que o parasito figurou entre os três principais protozoários

encontrados em peixes cultivados no Estado de são Paulo, com uma ocorrência

que chegou a 52,1% no ano de 2000.

Algumas espécies podem infectar trato intestinal, bexiga natatória, mas de forma

geral é uma patologia moderada, com morbidade e mortalidade crônica de

indivíduos jovens com brânquias muito lesionadas, achados de parasitos em

boca e esôfago podem estar associados (JIMÉNEZ, 2007).

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3.2 Protozoários flagelados

3.2.1 Piscinoodinium sp.

É um dos protozoários de ocorrência em peixes tropicais, tem forma ovóide,

mede aproximadamente 13 µm com núcleo amarelado na extremidade. Em seu

ciclo de vida os trofontes possuem forma de saco, piriforme, de coloração

amarelo esverdeada, e são quase arredondados quando estão maduros, é um

patógeno associado a condições de altas densidades e escassa renovação de água

(JIMÉNEZ, 2007). Possuem cloroplastos em seu interior indicando a

possibilidade de realizar fotossíntese. Fixam-se nas células epiteliais do

hospedeiro por um aparato de fixação denominado rizocisto (prolongamentos

em forma de raiz) (KUBITZA, 2004).

São prevalentes em trabalhos realizados em pisciculturas intensivas, com 18%

de ocorrência (MARTINS et al, 2000), e variou entre 35.7% a 43,2% em

Martins et al (2002), causando consideráveis prejuízos econômicos. Os parasitos

podem causar alterações no tegumento e brânquias. Nas brânquias, as lamelas

primárias se apresentam com aumento da produção de muco hemorragias

intersticiais, severa hiperplasia do epitélio e das células caliciformes com

infiltrado inflamatório. Edema subepitelial, degeneração e necrose epitelial focal

também são observados. Aumentam a produção de muco, na superfície do corpo

com equimoses e pequenas úlceras e hemorragias petequiais (MARTINS et al,

2001).

A sintomatologia inclui uma série de fenômenos de ocorrência na grande

maioria dos parasitismos de tegumento e brânquia, como um aspecto aveludado

ou empoeirado do peixe pela produção exagerada de muco, aumento dos

movimentos operculares e boquejamento na superfície do tanque devido

hiperplasia, inflamação, necrose e fusão das lamelas branquiais, bem como

desconforto, letargia, perda de apetite, emagrecimento e escurecimento do

corpo.

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3.2.2 Ichthyobodo necator

Apresentam dimensões diminutas, sendo um dos menores ectoparasitos

encontrados em peixes. Possuem formatos ovóides com dimensões de 10 a 15

µm de comprimento por 5 a 10 µm de largura, se fixando ao hospedeiro por uma

estrutura semelhante a um disco adesivo (citostoma). Possuem dois flagelos

livres de comprimento desigual. Sua reprodução se dá por divisão binária e à

temperatura de 15 a 25OC, várias gerações podem ocorrer em poucas horas.

Abaixo de 8OC formam cistos, que são formas de resistência que podem voltar a

atividade quando a temperatura da água se eleva novamente. Há indícios de não

resistência a temperaturas acima de 30OC (Pavanelli et al, 2002).

Parasita sem especificidade Apesar de ser encontrado em pisciculturas

comerciais, também conhecido por Costia é um parasito relatado com freqüência

relativamente baixa, em comparação com outros protozoários. No trabalho de

Martins et al (2000), Pacú e Tambacú foram as espécies de peixes mais

frequentemente parasitadas. Também são mais freqüentes em peixes submetidos

a stress ambiental (qualidade de água inadequada, deficiências vitamínicas, altas

densidades de estocagem dentre outros).

São freqüentemente observados aderidos ao tegumento (geralmente entre as

escamas), nadadeiras e brânquias. Promovem lesão dos tegumentos e as mais

graves são as de brânquias com inflamação das lamelas e desequilíbrio

osmoregulatório e sintomas menos específicos como letargia, perda de peso e

natação irregular (JIMÉNEZ, 2007).

Em função da sintomatologia não ser patognomônica, o diagnóstico definitivo só

pode ser dado por meio de raspados da superfície do tegumento ou exame de

brânquias entre lâmina e lamínula com a visualização do parasito, pois possuem

movimentos irregulares e rotativos.

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4. TREMATÓDEOS MONOGENÉTICOS

Os monogena são em sua maioria ectoparasitos que se encontram nas brânquias,

narinas e tegumento. Um número bastante pequeno se localiza no estômago,

cavidade visceral, ovidutos e canais urinários. São parasitos de dimensões

relativamente pequenas (de 1mm a 3 cm), sendo hermafroditas de ciclo direto

(EIRAS et al, 2002). Existem muitas espécies diferentes (aproximadamente

1.500) e quase que parasitas espécie-específicos, especialitas acreditam que a

especificidade se perde nos sistemas de aqüicultura (JIMÉNEZ, 2007). A

maioria dos monogenóides se alimentam de muco e células epiteliais. Acredita-

se que tem especificidade por seus hospedeiros e estima-se que cada espécie e

peixe possua cerca de 5 espécies de monogenéticos (KUBITZA, 2004)..

As espécies mais importantes são das duas principais famílias que parasitam

peixes cultivados de água doce: Dactylogyridae e Gyrodactylidae. São

considerados os parasitos de maior importância na piscicultura intensiva, e o de

maior ocorrência em problemas sanitários dessas. Girodactilideos são vivíparos,

e pode observar um embrião dentre de seu corpo e os dactilogirídeos são

ovíparos (JIMÉNEZ, 2007).

Nos levantamentos realizados sua ocorrência variou de 36,6% a 78,9%, em

criações de peixes do Estado de São Paulo (MARTINS et al, 2000; MARTINS

et al, 2002). São indicadores de pobre qualidade sanitária, deteriorização da

qualidade de água, como por exemplo: altas taxas de povoamento ou estocagem,

altas concentrações de amônia, nitrito, baixas concentrações de oxigênio

dissolvido, situações que se reproduzem com facilidade nos sistemas produtivos

(JIMÉNEZ, 2007).

A presença de monogenéticos em brânquias pode causar hiperplasia celular, com

hipersecreção de muco e dependendo da espécie e abundância, fusão de lamelas

branquiais, ruptura de capilares sanguíneos prejudicando a respiração e o

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equilíbrio osmorregulatório dos peixes. No tegumento causam irritação e

prurido. Os animais apresentam letargia, escurecimento do tegumento, sinais de

asfixia, com respiração na superfície da água e com o opérculo bem aberto

(KUBITZA, 2004).

O prejuízo causado no hospedeiro está diretamente relacionado ao local de

parasitismo, com a espécie de parasito, com o número de indivíduos presentes e

com perdas na alimentação. E de acordo com Jiménez (2007) sua caracterização

é baseada na reprodução e porções superiores do corpo, como aparelhos

fixadores e número de ocelos.

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5. CRUSTÁCEOS

São dois os grupos de maior importância no parasitismo em pisciculturas

intensivas: os Copepoda cujo principal representante é a Lernea e os Branquiura

com os gêneros Argulus e Dolops. São microscrustáceos, facilmente observados

a olho nú ou com o auxilio de um lupa para melhor caracterização. Os parasitas

isópodas compõe um Gênero de crustáceos que também tem impactos na

aqüicultura, retardam crescimento e matam (JIMÉNEZ, 2007), sendo parasitas

emergentes em cultivo. A disseminação destes crustáceos pode ser feita por

venda e transporte de animais infestados, como por interações de animais de

vida livre com os diferentes sistemas de cultivo.

5.1 Lernaea sp. e Lamproglena sp.

Tem o corpo alongado de aproximadamente 1 cm, esbranquiçado, na forma de

palito de fósforo, dividido em cabeça que se insere na musculatura e nas

brânquias dos hospedeiros, tronco e complexo genital. O ciclo biológico

apresenta vários estágios de vida livre na fase planctônica (LUQUE, 2004). As

formas infectantes são os copepoditos, porém só a fêmea (5º estágio de

copepodito) já fecundada é que começa a se alongar e forma o processo cefálico

característico que se aprofunda na musculatura do peixe. É a partir do estágio de

copepodito que já procura um novo hospedeiro. Diversos animais podem carrear

náuplios e copepoditos de diferentes pisciculturas e introduzir a doença em

locais que ainda não existem (KUBITZA, 2000).

Entretanto é na fase de copepodito VI que atingem a maturidade sexual, e após a

cópula o macho morre e a fêmea se fixa ao peixe durante sua fase metamórfica

com maior ocorrência no verão (CECCARELLI, 1988; MARTINS, 1998), se

fixa fortemente à musculatura do peixe, deixando livre a região posterior com

dois sacos ovígeros que podem gerar de 500 a 700 novos náuplios (KUBTIZA,

Page 19: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

15

2004). Outra espécie da mesma família (lamproglena sp.) e com potencial

patogênico encontrada em tilápias no Rio de janeiro (ALVES et al., 2000) e São

Paulo entretanto o achado de Lamproglena sp. demonstra que estes ambientes

são pouco ou não-poluídos. Sendo este parasito um importante indicador de

qualidade da água dentro das propriedades (LIZAMA, 2007).

5.2 Argulus sp. e Dolops sp.

Argulus e Dolops são branquiúros de morfologia muito semelhante,

popularmente conhecidos como piolhos de peixe, tendo o corpo achatado e

oval, medindo em média 1 cm de diâmetro, com pernas natatórias, que permitem

uma movimentação intensa tando pelo corpo do hospedeiro como na água,

podendo permanecer livres na água por um longo período. Na face ventral, o

Argulus possui duas ventosas de fixação que se fixa no hospedeiro. O gênero

Dolops ao invés de ventosas possue ganchos de fixação (KUBITZA, 2000).

Os parasitos introduz a probóscide, que contém um estilete perfurante, pelo

tegumento e se alimenta de sangue. Inoculam enzimas digestivas que além de

serem tóxicas possui efeito citolítico causando lesões ulcerativas, com efeitos

inflamatórios, hipersecreção de muco (PAVANELLI et al, 2002). As lesões

permitem a instalação de infecções secundárias.

5.3 Isopodas

Mais de 4000 descritas e aproximadamente 450 destas parasitam peixes em seu

ciclo de vida, possuem corpo plano dorso-ventralmente, com a cabeça fundida

ao primeiro segmento torácico (cefalotorácico), com um par de apêndices

torácicos modificados em peças bucais. O abdomem possui seis pares de

apêndices que termina no pleotelson (JIMÉNEZ, 2007). Comum em todos os

ambientes aquáticos e terrestres, seus hospedeiros variam como peixes,

Page 20: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

16

moluscos e outros crustáceos como caranguejos e até outros isópodas. Tendem a

se alimentar de sangue e exsudatos de lesões. O local do parasitismo parece

determinar a gravidade do quadro. São parasitos emergentes na piscicultura e

muitos estudos são realizados com animais silvestres no ambiente dulcícola e

marinho.

Os ovos e as formas larvais são condicionados enquanto algumas formas juvenis

tem vida livre, algumas espécies iniciam a vida como macho e tornam-se

hermafroditas e outras espécies os sexos são separados (JIMÉNEZ, 2007).

Diferentes sistemas de cultivo em tanques-rede a transmissão pode ser facilitada,

entre os animais de vida livre e cultivados. Isópodas da espécie Philostomella

cigarra foram encontradas em estudos em Minas Gerais parasitando

Oreochromis e o carnívoro Cynopotamus humeralis em reservatório de

hidrelétrica (FIGUEIREDO et al, 2008).

Page 21: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

17

6. PARASITOS DE IMPORTÂNCIA ZOONÓTICA

Dentre os cestódeos podem-se destacar os proteocafalídeos, cujos peixes são

hospedeiros definitivos, se localizando no intestino. Apesar de alguns

proteocefalíeos terem potencial para romper a parede intestinal, a grande maioria

determina perdas em ganho de peso, que podem ser pequenas individualmente.

Trabalhos realizados na Noruega determinaram uma perda de 10% no ganho de

peso em peixes salmonídeos parasitados por cestóides, que em grande criações

isso pode determinar perdas vultuosas (BRISTOW & BERLAND, 1991). Os

peixes podem albergar larvas plerocercóides ou cisticercóides de cestódeos em

diversas partes do corpo, como musculatura e cavidade corporais, geralmente de

dimensões mais reduzidas que as metacercárias de trematódeos. Algumas são de

grande importância zoonótica como as larvas pleurocercóides de

Diphyllobotrium cujo hospedeiro definitivo é o homem.

Page 22: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

18

7. OUTROS PARASITOS DE MENOR IMPORTÂNCIA.

Dentre os nematóides podemos destacar alguns que tem importância zoonótica e

econômica como larvas de Eustrongylides, que geralmente estão presentes na

cavidade abdominal e musculatura. São de grandes dimensões e causam uma

fibrose em seu redor principalmente quando presente na muscultatura que fazem

com que o filé perca seu valor comercial. São parasitos de aves piscívoras, que

podem ser importantes em alguns sistemas de criação. Nematóides da família

Atractidade, Rondônia rondoni tem apresentado grande intensidade de

parasitismo, principalmente em pacús, aparentemente pouco patogênicos, mas

apresentam a possibilidade de causar obstrução intestinal (DIAS et al, 2004).

Nematódeos do gênero Camallanus foram relatados em peixes, sendo que a

espéice C. cotti tem como característica ovipor diretamente pelo ânus do peixe,

perfurando a porção distal do reto e provocando hiperemia e edema tecidual

(LUQUE, 2004).

Page 23: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

19

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em pisciculturas intensivas, pode-se perceber que os parasitos de maior

importância são aqueles que possuem geralmente ciclos diretos e de rápida

evolução. Entretanto em condições mais específicas de criação, principalmente

em viveiros, a participação de aves piscívoras e moluscos e mesmo de outras

espécies de peixe dentro dos viveiros podem determinar condições favoráveis ao

aparecimento de parasitos de ciclos indiretos como os trematódeos digenéticos,

cestodas e nematódeos, parasitos esse de maior importância de ocorrência na

pesca extrativista, que podem utilizar os peixes de cultivo tanto como

hospedeiros definitivos como intermediários.

Page 24: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

20

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Henneguya sp. Fonte: MARTINS et al, 2001.

FIGURA 2: Ichthyophthirius multifilis. FONTE: CLEMENTE, 2000.

Page 25: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

21

FIGURA 3: Trichodina magna. FONTE: MARTINS & GHIRALDELLI, 2008.

FIGURA 4: Esporos de Piscinoodinum Pillulare. Fonte: LÁSZLÓ et al, 2002.

Page 26: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

22

FIGURA 5: Ichthyobodo sp. FONTE: Disponível < http://www.northlincskoisociety.co.uk/Health.htm>

FIGURA 6: Minilernaea floricapitella. FONTE: THATCHER & HUERGO, 2005.

Page 27: Monografia Lato Sensu_parasitas Na Piscicultura_Pereira 2009

23

FIGURA 7: Argulus sp. FONTE: Disponível em

<http://biomicro.sdstate.edu/Hildrethm/zoo467/LabMaterials/Lab1&2.htm>

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