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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FACULDADE INTEGRADA AVM A GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA NO BRASIL: DESAFIOS A POLÍTICA DA EDUCAÇÃO. Por: Regina Rosa Rezende Orientador Prof. Mônica Ferreira de Melo Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

A GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA NO BRASIL: DESAFIOS A POLÍTICA DA

EDUCAÇÃO.

Por: Regina Rosa Rezende

Orientador

Prof. Mônica Ferreira de Melo

Rio de Janeiro

2012

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

FACULDADE INTEGRADA AVM

A GRADUAÇÃO EM TEOLOGIA NO BRASIL: DESAFIOS A POLÍTICA DA

EDUCAÇÃO.

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Docência do

Ensino Superior.

Por: Regina Rosa Rezende

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente, por tudo, ao

supremo Deus, quero estender minha

gratidão a toda a equipe AVM como: os

professores, em especial: a professora

e coordenadora do curso Mônica F.

Melo pelo carinho e paciência, a

secretária Jéssica pela gentileza; e a

todos os parentes e amigos que me

acompanharam.

4

DEDICATÓRIA

Venho dedicar este trabalho ao meu

amado esposo Jorge Cabral, meu filho

Douglas Cabral e as minhas queridas e

amadas filhas: Priscilla Rosa. e Angélica

Camilla.

5

RESUMO

Primeiramente, este trabalho vem fazendo referência do processo

histórico constitucional da teologia ao longo dos anos, e que, ao sair de um

quadro de exclusão e ilegalidade, com o seu reconhecimento pelo MEC como

disciplina universitária oficial, avança em relevância, nos espaços acadêmicos.

São identificadas, as atualizações da nova política educacional segundo a

Constituição Federal e a LDB; como também, a problemática surgida em meio

às mudanças ocorridas. Nesta matérias ão informados os procedimentos e

caminhos para a validação do diploma de bacharel em teologia; os processos

para a legalização das instituições de ensino teológico para credenciamento e

recredenciamento; os critérios para avaliação, pelos fiscais do MEC e

consequentemente para, a aprovação ou a reprovação das instituições de

ensino superior e; as vantagens do aluno e das instituições. Encontram-se

inseridas nos capítulos, questões como: A possível ingerência do MEC nos

currículos dos cursos e a suposta existência de favoritismo para algumas

instituições. Esta matéria expõe uma nova realidade, de um novo paradigma,

também para o povo religioso.

6

METODOLOGIA

Por tratar-se de um assunto antigo, porém sendo evidenciado

atualmente, e por ser um tema que exige informações respaldadas na Lei, foi

necessário consultar a Constituição Federal, a Lei De diretrizes e Bases, e

respectivamente os pareceres e opiniões de autoridades relacionadas a este

assunto. Em atividades de pesquisa, encontramos nas fontes bibliográficas, e

revistas, informações que nos ajudaram a ter uma visão do que realmente nos

despertou interesse para falarmos sobre este assunto, e escolher o tema para

ser transmitido nesta matéria. Foi através da consulta web gráfica, em longas

pesquisas, que encontramos recursos com conteúdos ricos e fidedignos, o que

nos levou a informações hodiernas, pois era exatamente, o que procurávamos.

Entretanto, foi, nos sites, principalmente os do MEC, que encontramos

certamente, grande base de informações para esta monografia;

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - DECISÕES FAVORÁVEIS E DÚVIDAS INEVITÁVEIS 12

CAPÍTULO II - LEGALIZAÇÃO DE DIPLOMAS E NORMAS

PARA CREDENCIAMENTO E RECREDENCIAMENTO DOS CURSOS

DE TEOLOGIA 19

CAPÍTULO III – PROCEDIMENTOS PARA A LEGALIZAÇÃO 31

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39

ÍNDICE 40

8

INTRODUÇÃO

Focando a Teologia Acadêmica, iremos analisar alguns desafios do

MEC e, consequentemente, dos representantes desta ciência humana no

Brasil.

Primeiramente, a teologia hoje, está amparada pela Legislação

Brasileira. Atualmente, com a teologia ocupando cada vez mais, o seu lugar

no espaço acadêmico, a busca pela graduação tem aumentado.

Considerando-se o aparecimento de novas instituições religiosas

(denominações), o que é de fato, um fenômeno social, claro e evidente no

Brasil. Entendemos que com isso, surgem novos critérios institucionais, logo a

exigência de graduação para a formação do sacerdote torna-se um referencial

de qualificação para o serviço sacerdotal, o que com certeza, trás um pouco,

de segurança as comunidades religiosas, já que, temos consciência de fatos

ocorridos de contravenções nos meios religiosos, o que não é diferente nos

demais grupos da nossa sociedade.

Em meio as instituições religiosas, surgem os institutos e seminários

teológicos (cursos livres) com seus cursos, a fim de satisfazer as ânsias do

homem em se aprofundar no conhecimento religioso e cumprir as exigências

das instituições.

Levando-se também em conta, que, o homem é um ser pensante, que

vem sendo orientado pelas fontes educacionais do país e pela imprensa e;

respaldados na Lei do país, somos levados a um raciocínio lógico de que as

instituições de ensino devem buscar, se enquadrarem no padrão do MEC, a

fim de, adquirirem autonomia, o que resultará na qualidade do curso oferecido.

Com a teologia em evidência hoje em dia, podemos perceber a

fomentação na busca do ensino teológico por homens e mulheres que

9

exercem cargos eclesiais, a fim de praticarem a vocação oficializada com

diploma.

Secularmente com o fenômeno social do pluralismo religioso ,torna-se

necessário, a instrução para orientação como suporte, garantia de qualificação

e também a valorização do profissional de teologia no campo de trabalho.

Hoje podemos encontrar não poucas instituições, muito bem

administradas, e seus seguidores por sinal, muito bem instruídos

teologicamente, porém com pendências na sua graduação.

Ao longo dos anos, percebemos que foram muitas as dificuldades

encontradas pelas instituições teológicas, principalmente as que funcionam por

uma questão confessional, isto por tratar-se de uma disciplina voltada para o

aspecto religioso. O ensino teológico, vem enfrentado, ao longo dos anos,

muitos desafios. Hoje podemos considerar a teologia como um curso de nível

universitário.

Os cursos de Teologia são muito antigos no Brasil e a maior parte deles

contempla as religiões cristãs. Isto porque as igrejas sempre tiveram

preocupação em formar seus recursos humanos, ou seja, os padres, no caso

da igreja católica, e os pastores, no caso da igreja evangélica. Só que esses

cursos, durante muito tempo, não foram reconhecidos pelo MEC (Ministério da

Educação) como sendo de nível superior, mas eram considerados cursos

livres. O reconhecimento só aconteceu em 1999, quando o MEC estabeleceu a

teologia como uma área do conhecimento e os cursos como uma graduação.

Não podemos dizer que todos os cursos desta área seguem um padrão, pois

se diferenciam uns dos outros. Temos a existência de um núcleo comum a

todos os cursos, as chamadas áreas básicas. Podemos dizer que a maioria

tem a área de teologia e história, na qual é abordada a questão da teologia

sistemática, a elaboração teológica dos grandes teólogos desde o início do

cristianismo e a história da igreja antiga, medieval e moderna. Outro núcleo é

em torno da Bíblia, durante o qual é estudada sua organização, contexto

10

histórico, línguas em que foi escrita e interpretação textual. Há ainda um

terceiro eixo chamado teologia prática, que é a forma de se aplicar teologia na

realização de um trabalho, geralmente em comunidades ou organizações

religiosas. O aluno aprende sobre a pregação da palavra contida na Bíblia;

outra forma de comunicar o cristianismo é a liturgia, que é a parte celebrativa

dos cultos. A pessoa que se forma em teologia recebe o título de teólogo e

está habilitada a exercer atividades eclesiais, seja na igreja católica ou

protestante.

Em meio aos debates sobre as vantagens do reconhecimento da

teologia como academia; boa parte dos teólogos, professores, líderes

denominacionais, representantes de instituições religiosas e alunos, ainda não

têm opinião consolidada. A gênese da questão foi a adoção do Parecer

241/99. Ali, o Conselho Nacional de Educação (CNE) estabeleceu o caráter

universitário do curso teológico e a possibilidade de sua aceitação como tal. Na

última década, muitas instituições buscaram o aval junto ao MEC. Atualmente,

estão atuantes centenas de cursos de teologia, de diferentes linhas religiosas,

com o selo oficial do MEC. Segundo o site do Ministério da Educação a

quantidade oscila devido ao constante acréscimo ou descredenciamento de

instituições, uma vez que as exigências são renovadas anualmente. Hoje não

há mais opção, a necessidade de credenciamento das faculdades e cursos de

teologia é uma realidade não apenas inevitável, mas obrigatória por lei. Havia

uma demanda que foi atendida pelo governo. A graduação oficializada e o

diploma reconhecido pelo MEC resultaram na valorização do aluno, com isso o

estudante de teologia poderá dar continuidade aos seus estudos em outros

níveis, trazendo melhores condições para servir no grupo e na sociedade.

Tendo consciência de ser a teologia uma ciência, e por fazer parte da

formação acadêmica do Bacharelado em Teologia, deve se enquadrar nos

padrões educacionais da LDB (Lei de Diretrizes e Bases). Neste caso, é de

extrema relevância que o povo religioso esteja realmente trabalhando com

excelência, também neste ângulo.

11

Através deste trabalho, dúvidas serão dirimidas e apresentadas

informações riquíssimas sobre o assunto em pauta. Quanto à política

educacional, nossa intenção é que, através deste material de pesquisa o leitor

venha se interar também das decisões e mudanças que ocorreram ao longo

dos anos, e, como se encontra, atualmente, o processo do reconhecimento da

teologia como disciplina acadêmica, de acordo com os pareceres do MEC.

É de extrema importância que fique claro, que, a intenção deste

trabalho, não é defender ou criticar decisões ou afrontar autoridades

institucionais e educacionais. Pretende-se abordar a problematização nesta

área, respaldando-nos na Lei e órgãos constitucionais.

Quanto às dúvidas sobre os procedimentos para validação dos cursos

de teologia; serão apresentadas as exigências, de acordo com padrões

exigidos pelo Ministério da Educação para credenciamento e recredenciamento

de instituições para autorização, reconhecimento e renovação de

reconhecimento de cursos de graduação em teologia pelo SINAES e demais

instrumentos de regulação da educação superior, e esclarecer, se as regras

são as mesmas para todas as instituições.

12

CAPÍTULO 1

DECISÕES FAVORÁVEIS E DÚVIDAS INEVITÁVEIS

Uma das problemáticas existentes entre o MEC e as instituições de

ensino teológico é o aval para o reconhecimento do diploma de bacharel em

teologia; haja vista que, muitos cursos de instituições, são apenas

considerados como cursos livres, sem o credenciamento com pelo MEC.

1.1 – Reações às Exigências Impostas Pelo MEC Para a Legalização

Com a prevalência dos pareceres do Ministério da Educação, diante das

condições impostas para credenciamento das instituição de ensino teológico, e

conseqüentemente a validação dos diplomas do bacharelado em teologia.

Com certeza! As dúvidas e questionamentos são inevitáveis. Enquanto as

providências para os procedimentos da legalização acontecem; surgem os

comentários de oposição e aprovação. Entretanto, existem questões

relacionadas aos cursos já aplicados ao aluno de teologia, que só serão

resolvidas com o credenciamento da instituição de ensino teológico, o que

abrirá caminho para a validação do diploma e garantirá uma formação de

qualidade para os novos acadêmicos.

O fato do MEC ter reconhecido a teologia como disciplina acadêmica

oficialmente, abriu caminho para novas perspectivas na área teológica, e

despertou sonhos adormecidos de profissionais do ramo, que buscam

validação do diploma do bacharel em teologia, e desejam ingressar em uma

pós graduação, a fim de valorizar uma carreira de longa data.

Podemos perceber que a Teologia e o MEC, passam por um momento

que vai ficar na história. Desafios têm surgido e muitos já foram vencidos. As

perspectivas crescem. Graduados com seus diplomas reconhecidos pelo MEC

13

adentram em cursos de pós-graduação dando continuidade e enriquecendo

seu currículo.

Agora com o processo de reconhecimento oficial e constando na

constituição brasileira, a teologia não é somente para a formação de

sacerdotes, mas para todos os interessados.

Observando-se as problemáticas surgidas, em relação à esse assunto,

outro caso é o que aconteceu em 2009; com a mudança dos critérios, o

governo mudou os critérios para a aprovação de cursos de teologia, foi

aprovado um novo parecer. O antigo parecer de 1999 afirmava que os cursos

de bacharelado em teologia seriam de posição curricular livre, de acordo com a

instituição e sua tradições religiosas. Esse procedimento trouxe complicações,

pois se excluindo a análise da matriz curricular, foram aprovados cursos de

teologia de caráter confessional. Houve então, o desrespeito ao pluralismo

religioso e a universalidade de conhecimento da teologia acadêmica de acordo

com o ensino superior, ferindo o princípio constitucional entre igreja e estado.

Logicamente! Se o curso é exclusivamente confessional, será então para

formação e atuação na religião específica. Depois de o novo parecer o rigor

nas análises aumentou.

Quanto às mudanças que ocorreram nas decisões do MEC, parece-nos

uma questão de qualidade no ensino, considerando o pluralismo da área.

Sendo a teologia hoje, uma graduação acadêmica, é também necessário que

os pareceres sejam cumpridos com igualdade. Para isso necessita-se de

fiscalização, na intenção de oferecer qualidade de infra-estrutura.

Quanto ao corpo docente: É extremamente relevante o aprimoramento

do professor para atuar como tal, considerando que há uma gama de

informações que ainda não fazem parte da bagagem do seu aprendizado.

A ilegalidade e exclusão, eram duas principais problemáticas existentes

a respeito da teologia antes do seu reconhecimento como ciência acadêmica.

Após o reconhecimento, iniciou-se uma demanda de cursos de teologia e logo

14

as instituições de ensino teológico em meio a debates e congressos,

suscitaram, o aval do MEC para a validação do diploma de bacharel em

teologia.

Outro possível comentário, supostamente levantado, é no que se refere

ao fato da intervenção do MEC no currículo disciplinar dos cursos. Pois, é

conhecido que cada instituição tem sua regra constitucional e em se tratando

de igreja, há um estatuto e o critério sacerdotal é de acordo com as doutrinas e

dogmas de linha confessional.

Conscientes de que o Ministério da Educação é responsável pelo

sistema federal de ensino, o que abrange as instituições públicas federais, e as

criadas e mantidas pela iniciativa privada. É importante destacar que o MEC

não determina os currículos dos cursos de graduação; isso é uma atribuição

das próprias instituições de ensino. O que existe são as Diretrizes Curriculares

Nacionais, aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) que

apresentam as características gerais dos cursos, com as competências e

habilidades que os estudantes devem adquirir ao longo da graduação. Essas

diretrizes servem como parâmetro para a formulação dos currículos pelas

instituições.

A posição oferecida pelo status de nível superior veio derrubar, até

mesmo um aspecto que, historicamente, causava calafrios em qualquer

cristão: a influência do Estado sobre assuntos da Igreja. Afinal, desde

Constantino I, o imperador romano que inseriu o cristianismo na esfera de

poder a partir de 313 a.D., a miscigenação de governo religioso e eclesiástico

tem provocado desastres teológicos, contaminação da fé e esfriamento

espiritual. Porém, a possível ingerência do Ministério da Educação sobre os

currículos dos cursos religiosos, não deveria incomodar tanto o pessoal da

área. Tal conflito torna-se desnecessário, pois eles passam pela avaliação de

uma equipe de especialistas altamente credenciados para tanto.

15

Atualmente, para ter validade nacional, o diploma de graduação tem que

ser revalidado por universidade brasileira, pública, que tenha curso igual ou

similar, reconhecido pelo governo.

Entendemos que o reconhecimento vai ao encontro dos desejos das

igrejas que mantêm instituições de ensino sérias e idôneas. Essa legitimação

oficial divulga a teologia no mundo acadêmico e atesta a seriedade, a

integridade e a confiabilidade de um curso. Além disso, confere aos ministros

religiosos um diploma que lhes abre portas de acesso muito interessantes,

profissionalmente falando. Por essa razão, Devemos ver com bons olhos as

exigências do governo para a adequação das escolas. Acreditamos que a

questão da confessionalidade, não é o que preocupa o MEC, mas a qualidade

das escolas e dos cursos oferecidos. Percebe-se entre alguns representantes

evangélicos, em diálogo sobre ajustes e aperfeiçoamentos com o ministro,

Fernando Haddad e, segundo ele, “as autoridades do setor têm se mostrado

receptivas”.

Em artigo publicado ( Ciberteologia Revista de Teologia & Cultura - Ano

II, n. 15 28/04/2011 – Paulinas), o professor de teologia e ex-vice-reitor

comunitário da PUC-SP João Décio Passos afirma que:

“o Parecer 118/09 significa um avanço técnico em relação

aos anteriores”. Segundo o especialista, a norma fornece

parâmetros objetivos, que superam os de natureza

unicamente formal até agora em vigor. Passos esclarece:

“é a exigência de um "perfil científico" dos bacharelados,

de maneira análoga ao que já se observava nas

graduações em ciências humanas”. Passos defende que

cabe ao Ministério da Educação a função de legislar, mas

sem entrar no mérito das opções de fé a que se

relacionam.

16

O governo não reconhece um seminário, e sim o curso de

teologia. Para isso, o seminário precisa criar uma

faculdade dentro de sua estrutura. Até o momento, de fato,

não há interferência direta do governo no conteúdo do que

tem sido ministrado nas salas de aula dos seminários. O

Parecer 241/1999 é taxativo: Os cursos de bacharelado em

teologia sejam de composição curricular livre, a critério de

cada instituição, podendo obedecer a diferentes tradições

religiosas. Noutras palavras, quem define de fato os

critérios a serem seguidos são as próprias instituições de

ensino, salvaguardando assim sua visão institucional e

denominacional. Se uma escola é de linha pentecostal,

continuará sendo pentecostal. E nenhum seminário batista,

por exemplo, precisa temer ter de se tornar presbiteriano.

1.1.1 - A Atual Posição da Teologia acadêmica

Com a institucionalização, o ensino religioso chegou as portas do

Estado, e agora virou pauta de discussões e leis governamentais. As aulas de

teologia, dignamente estão sendo ministradas nas sofisticadas e modernas

salas de aula das universidades credenciadas pelo MEC. Atualmente a

teologia ocupa seu espaço na academia secular. Após o reconhecimento da

teologia pelo governo federal; centenas de cursos de educação religiosa se

submeteram às exigências estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC),

e ganharam status de instituições de nível superior.

Em anonimato acadêmico nos cursos livres e sem o reconhecimento

mequiano, a teologia era aplicada nas faculdades religiosas e seminários e

apresentada como critério e indicada como ciência para formação e

capacitação de professores, sacerdotes, educadores e seguidores da religião.

Atualmente, a fim de corresponderem a tais exigências, várias instituições

continuam em busca do credenciamento, o que tem sido motivo de mudanças

17

e melhorias. Embora em meio a argumentos e questionamentos; com pontos e

contra pontos, as coisas estão mudando.

Percebemos que a teologia passa, ainda, por um momento histórico no

contexto acadêmico. Apesar, de desafios ainda surgirem, muitos já foram

vencidos. As perspectivas crescem; graduados com seus diplomas

reconhecidos pelo MEC adentram em cursos de pós-graduação dando

continuidade a carreira e enriquecendo seus currículos.

Como avaliador para cursos de teologia do Instituto Nacional de Estudos

e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), somado ao de diretor da

Faculdade Teológica Sul-Americana de Londrina (PR), o pastor presbiteriano

Jorge Henrique Barro em visão privilegiada sobre o assunto. Com a

experiência de quem já avaliou muitas escolas teológicas por meio do INEP,

autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação, Barro tem opinião

favorável ao reconhecimento governamental

"Esse processo traz muitos benefícios para a escola. Ele

afirma que, a oficialização melhora as condições técnicas

do curso, como: o projeto pedagógico, o plano de

desenvolvimento institucional, o nível do corpo docente, a

biblioteca, o corpo técnico-administrativo e o próprio

alunato. Uma escola que passa por esse teste certamente

cresce e se desenvolve com mais consciência

educacional. Passa a ser uma escola dirigida por gente

mais preparada para inseri-la no contexto federativo de

ensino”. (Revista Cristianismo Hoje Online

Fonte:http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?notici

a=9600 acessado 21/7/2010):

18

É justamente na questão da inserção da Igreja e de suas instituições de

ensino no mundo que o presidente da Associação de Seminários Teológicos

Evangélicos (Aste), pastor Manoel Bernardino Filho, vê os maiores avanços

com as novas legislações. Além do aperfeiçoamento técnico de escolas e

alunos, ele também enxerga benefícios sociais no processo: "o

reconhecimento é por que a igreja é uma comunidade que precisa viver a

cidadania, cujos membros devem estar inseridos de modo sadio na

sociedade".

As escolas em que o diploma não são reconhecidos tendem a serem

questionadas e até mesmo desqualificadas pelos alunos.

Sabemos que o curso de teologia sempre foi de ordem confessional,

entretanto, temos visto, nos dias de hoje uma rama de instituições teológicas

sob aval do MEC, e outras que estão se organizando para legalização a fim de

obterem reconhecimento do MEC. Isso é mais do que qualidade de trabalho,

mas podemos chamar de valorização e enriquecimento curricular profissional

do cidadão brasileiro. Com certeza o ensino teológico, terá maior relevância e

será aplicado com mais excelência.

19

CAPÍTULO 2

LEGALIZAÇÃO DE DIPLOMAS E NORMAS PARA

CREDENCIAMENTO E RECREDENCIAMENTO DOS CURSOS DE

TEOLOGIA

Com o curso de teologia considerado um curso de nível universitário,

fato que fomentou a busca da legalização pelas instituições, muitos

seminários registrados estão com processo de vinculação ao MEC.

2.1 – O Amparo da Lei Brasileira como Curso Superior

No tocante a Constituição,o Governo tem respeitado a separação entre

Igreja e Estado, por isso o MEC considera o ensino teológico dentro dos cursos

da área de "Ensino Livre". A instituição deve estar destinada à formação de

Ministros Religiosos. O curso em questão deve ser nível superior, pressupondo

que seus alunos tenham concluído os dois cíclos do curso de nível médio (1º e

2º graus completos).

No dia 15 de Março de 1999 foi aprovado, pelo Conselho Nacional de

Educação, o Parecer n.º 241/99 que abre jurisprudência para o

reconhecimento dos Cursos de Teologia. O DECRETO-LEI n.º 1.051/69

autoriza a validação dos estudos “aos portadores de diplomas de cursos

realizados em Seminários Maiores, Faculdades Teológicas ou instituições

equivalentes de qualquer confissão religiosa” (Art. 1º). “Como o ensino militar o

ensino religioso foge as limitações dos sistemas vigentes”(Par. 286/81). Tais

cursos são ditos “livres”, não necessitando de prévia autorização para

funcionamento, nem de posterior reconhecimento do Conselho de Educação

Competente. A jurisprudência do Conselho Federal de Educação tem sido no

sentido de declarar-lhes a equivalência, de acordo com regras amplas e

20

flexíveis, é o que se depreende da leitura da Lei n.º 1.821/53, do Decreto n.º

34.330/53, dos pareceres do CFE, n.º 279/64 (doc. 31, p. 69) e n.º 884/65

(doc. 92, p. 60 ) e n.º 3.174/77 (Doc. 204, p. 17), entre outros.

O curso de teologia é amparado pela lei brasileira como “Curso Superior”).

Com a nova LDB (Lei 9.394/96) e as novas mudanças no Conselho Federal de

Educação os cursos de teologia só estão tendo amparo para fins de exercício

eclesiástico (pastorado ou semelhante) e concurso público para Capelania

(Militar). O Art.50, da lei 9.394, de 20/12/96 (LDB), diz

"As instituições de educação superior, quando da

ocorrência de vagas, abrirão matrículas nas disciplinas de

seus cursos a alunos não regulares que demonstrarem

capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo

seletivo prévio" (http://wwwseminarionovasdepaz

acessado 21/05/2011),

Durante muito tempo menosprezado pela academia secular, o ensino

teológico ganhou no Brasil tônus oficial, com o reconhecimento do Ministério

da Educação. Podemos afirmar que um dos grandes obstáculos para graduar

líderes, valorizar esforços e reconhecer valores, é a falta de diálogo social com

a educação. O nosso país está crescendo em várias áreas, é inaceitável que

ainda haja desinteresse dos órgãos educacionais e das autoridades religiosas,

nesta área tão importante e que implica, também, na excelência do trabalho

nas instituições.

Desde que o Ministério da Educação (MEC), através do Conselho

Federal de Educação, passou a reconhecer o caráter universitário do curso de

teologia, em 1999, a possibilidade de ter a vocação premiada com um diploma

carimbado pelo governo tem feito a diferença. O resultado tem sido a

motivação de prosseguir nos estudos que venham a guindar a carreira, dentro

ou fora do ambiente religioso. Após concluir a graduação, surge a intenção de

fazer mestrado e doutorado, e o reconhecimento do MEC facilita muito o

processo, os aspirantes ao ministério sacerdotal, necessitam de formação

21

acadêmica para o exercício da atividade, já que, em muitas religiões, a

graduação teológica é uma exigência para isso. Por outro lado, em igrejas

onde tal formação não é caminho obrigatório para o púlpito, a visão ainda

parece ser mais missional.

Para boa parte dos estudantes, o reconhecimento do curso como de

nível superior abre portas até então impensáveis para graduados em teologia,

a possibilidade de acesso a cargos públicos restritos a portadores de diplomas

de terceiro grau, o corpo docente vê a questão sob outra ótica. Para

professores como Lourenço Stélio Rega, diretor da Faculdade Teológica

Batista de São Paulo, a oficialização da disciplina interfere até no perfil dos

alunos. Segundo ele, antes dificilmente alguém procurava cursos teológicos

com outro objetivo que não fosse atender a uma vocação:

“Atribuo isso talvez à oficialização do curso, pois antes era

comum aconselhar um jovem a fazer primeiro uma

faculdade oficializada. Hoje, não há mais necessidade”.

Rega diz que agora, mesmo entre os que se dizem

vocacionados, a média de idade tem se alterado. “Temos

mais alunos jovens”, aponta. Fato é que quem se

matricula hoje em um curso de teologia tem procurado

qualidade e perspectivas. “Ao nivelarmos pura e

simplesmente essa área de formação com as demais,

passamos a admitir a teologia como campo profissional,

O MEC não é empecilho para nenhuma instituição,

muitas instituições continuam como seminários e, mesmo

oferecendo cursos livres, possuem e atendem ao rigor

pedagógico-educacional. Entretanto, levar o ensino da

teologia a sério, em termos profissionais, não significa

perder de vista o que chama de razão da existência dos

seminários teológicos.” (Revista Cristianismo Hoje Online

Fonte:

22

http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=9600

, acesso 21/07/2010.)

O processo de obtenção do credenciamento, começa com a entrada da

documentação da instituição junto ao Ministério da Educação (MEC), o que

pode ser feito pela internet. Uma vez vencida a fase documental, o Instituto

Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) envia

uma comissão verificadora, que procede a uma investigação com visitas às

instalações e a análise de uma lista com mais de cem itens. O MEC examina,

por exemplo: a estrutura física da instituição, a existência e tamanho de

biblioteca, a qualificação dos docentes e a funcionalidade, uma verificação

estritamente técnica, e não confessional. As comissões que vão às escolas

solicitantes são compostas por professores protestantes e católicos, ligados

necessariamente a instituições que já tiveram seus cursos teológicos

oficializados. A avaliação do curso é feita pela visita de uma comissão de

especialistas à instituição. Esses especialistas analisam o projeto pedagógico,

a composição e formação do corpo docente e a infraestrutura da faculdade,

utilizando instrumentos de avaliação específicos. Dependendo da avaliação o

curso pode ou não ser autorizado.”

Entre os entusiastas da oficialização, o professor Jorge Henrique Barro,

avaliador para cursos de teologia do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais Anísio Teixeira (Inep), destaca-se por defender que:

“quem ganha com o processo são os seminários, seus

alunos e as igrejas. Esse processo traz muitos benefícios.

A oficialização melhora as condições técnicas do curso,

como o projeto pedagógico, o plano de desenvolvimento

institucional, o nível do corpo docente, a biblioteca, o

corpo técnico-administrativo e o próprio corpo discente.

Uma escola que passa por esse teste certamente cresce

e se desenvolve com mais consciência educacional.

Passa a ser uma escola dirigida por gente mais preparada

23

para inseri-la no contexto federativo de ensino. As

pessoas ligadas à educação teológica precisam ser mais

coerentes.O que se percebe é que os comentários sobre

uma suposta ingerência do MEC revelam, por um lado,

muita ignorância no assunto, por parte de gente que

nunca leu os pareceres e portarias relativas ao ensino da

teologia. E, em segundo lugar,trata-se de uma justificativa

barata para não entrar nesse processo junto ao MEC. O

Parecer 241/1999 garante o estabelecimento de

composição curricular livre, levando em consideração

suas tradições religiosas.” (Revista Cristianismo Hoje

OnlineFonte:http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp

?noticia=9600, acesso 21/07/2010.)

O principal efeito do processo de oficialização é uma formação com

mais qualidade. Ao reconhecer a área de teologia, o MEC a coloca no sistema

nacional e federativo. As primeiras escolas teológicas reconhecidas foram as

católicas, especialmente as Pontifícias Universidades (PUCs). Além delas, já

há cursos oficializados entre presbiterianos, metodistas, luteranos e

assembleianos. Sendo a teologia uma área do conhecimento já reconhecida

pelo MEC, os direitos e as regras advindas da oficialização são iguais para

estabelecimentos de ensino ligados a todos os credos. Os seminários que já

conquistaram o reconhecimento têm servido de laboratório. Por um lado,

atender às exigências oficiais é custoso e exige muito investimento. Por outro,

não se verificou uma corrida de novos alunos. Os dirigentes não detectaram

aumento no número de matrículas por conta da novidade, e nem houve

redução. Todavia, um efeito é notório: em muitas instituições, houve um

sensível incremento na qualidade do ensino e na qualificação do corpo

docente, o que é positivo para os alunos e, por tabela, para as igrejas, que

receberão, obreiros melhor preparados.

24

2.1.1 – Procedimentos Para a Validação de Diplomas

A respeito da validação de diploma: A legislação também, já abre portas

para que mesmo os alunos formados em teologia por cursos de instituições

não credenciados ao MEC obtenham a validação de seu diploma. Isso é

possível caso o seminário onde tenham efetuado seus estudos possua

requisitos mínimos de disciplinas e horas-aula. É preciso, para isso, que o

interessado preste prova de ingresso junto a uma instituição que tenha o

reconhecimento oficial e, uma vez aprovado, frequente um curso chamado

validação em teologia oferecido pelas Universidade como: Presbiteriana

Mackenzie de S. Paulo, pela Faculdade Sulamericana de Teologia em

Londrina, pelo Instituto Metodista Bennett do Rio de Janeiro, além de outros).

Em geral, essa extensão tem duração de um ano e pode ser feita de maneira

presencial ou à distância, com uma frequência mínima à instituição. Em ambos

os casos são exigidos trabalhos, provas, avaliações, estágios e outros

requisitos, sempre com notas e médias mínimas iguais às estabelecidas para

os cursos oficializados. Na prática, o que esse processo de validação promove

é uma adequação do curso não-reconhecido, segundo os padrões exigidos

pelo Ministério da Educação.

Há, também um equívoco sobre supostos privilégios para

uma ou outra instituição: A posição oficial do Ministério da

Educação (MEC) é a favor da equidade entre as diversas

confissões religiosas. O diretor de Regulação e

Supervisão da Educação Superior do MEC, professor

Paulo Roberto Wollinger, nega que haja privilégios para

uma ou outra instituição em função de sua fé: "As regras

são as mesmas para todas as instituições, independente

da linha religiosa", afirma. Ele também repudia a idéia de

que o MEC determine os currículos dos cursos de

graduação. “As regras para credenciamento e

recredenciamento de instituições, bem como de

autorização, reconhecimento e renovação de

25

reconhecimento de cursos de graduação são definidas

pela Lei para credenciamento e recredenciamento do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

(Sinaes) e demais instrumentos de regulação da

educação superior. Essas regras são as mesmas para

todas as instituições, independente da linha religiosa”.

(www.cristianismohoje.com.br)

2.1.1.1 – As Referências dos Pareceres, Quanto aos Critérios Gerais

para a Autorização e o Reconhecimento dos Cursos da Graduação de

Bacharel em Teologia.

O Parecer CNE/CES nº 241/1999, homologado em despacho ministerial

publicado no DOU, Seção 1, de 5/7/1999, estabelece, pela primeira vez na

história da educação superior brasileira, critérios gerais para a autorização e o

reconhecimento dos cursos de graduação em Teologia, na modalidade

bacharelado. Esses cursos funcionavam como “cursos livres” e os respectivos

diplomas tinham validade somente para o âmbito da denominação religiosa

que os ministrava.

O Parecer nº 241/1999 dispõe que:

a) Os cursos de bacharelado em Teologia sejam de composição

curricular livre, a critério de cada instituição, podendo obedecer a diferentes

tradições religiosas.

b) Ressalvada a autonomia das universidades e centros universitários

para a criação de cursos, os processos de autorização e reconhecimento

obedeçam a critérios que considerem exclusivamente os requisitos formais

relativos ao número de horas-aula ministradas, à qualificação do corpo docente

e às condições de infraestrutura oferecidas.

26

c) O ingresso seja feito através de processo seletivo próprio da

instituição, sendo pré-condição necessária para admissão a conclusão do

ensino médio ou equivalente.

d) Os cursos de pós-graduação stricto ou lato sensu obedeçam às

normas gerais para este nível de ensino, respeitada a liberdade curricular.

A partir dessas normas, o bacharelado em Teologia passou a ter

“existência oficial”, ou seja, foi inserido no sistema federal de ensino, sujeito às

normas desse sistema para credenciamento institucional e para a autorização,

reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos.

Não há diretrizes curriculares nacionais (conteúdo e duração) para os

bacharelados em Teologia. É recomendável que esse bacharelado tenha, pelo

menos, a carga horária de 2.400h, a duração mínima dos bacharelados com

DCN fixadas pelo MEC (Turismo, Química, Física etc.).

O diploma dos cursos de Teologia reconhecidos, têm validade nacional.

Não habilitam, todavia, para o exercício do magistério, em qualquer nível. Para

essa finalidade, o portador desse diploma deve realizar estudos

complementares, para o magistério na educação básica, ou em nível de pós-

graduação (especialização, mestrado ou doutorado), para o magistério em

cursos superiores, dependendo do nível desses cursos.

O Parecer CES/CNE nº 63/2004, homologado em despacho ministerial

publicado no DOU, Seção 1 de 1º/4/2004, estabelece algumas regras para que

os estudos em cursos superiores feitos em seminários maiores, faculdades

teológicas ou instituições equivalentes, de qualquer confissão religiosa, como

“cursos livres”, possam ser aproveitados nos bacharelados de Teologia,

autorizados ou reconhecidos, a seguir transcritas:

a) comprovação do certificado do ensino médio ou equivalente;

27

b) ingresso no curso através do processo seletivo do curso de

Teologia ou da Instituição como um todo;

c) que esses cursos tivessem a duração de, pelo menos, 1.600 horas;

d) que os interessados comprovassem a conclusão dos cursos; e

e) apresentação do conteúdo programático das disciplinas em que

pretendem o aproveitamento.

Eis essa decisão na íntegra:

Para efeito da integralização dos créditos para a conclusão do curso

superior de Teologia nos cursos de Teologia devidamente reconhecidos pelo

MEC o portador de certificado oriundo dos cursos livres de Teologia, egressos

de Seminários Maiores, Faculdades Teológicas ou Instituições congêneres

deverão cursar, no mínimo, 20% (vinte por cento) da carga horária exigida para

a obtenção do diploma de Curso Superior Teologia, bacharelado.

Devo alertar, contudo, que o Parecer CES/CNE nº 296/1999,

homologado em despacho ministerial publicado no DOU, Seção 1, de

9/3/2000, não mais permite o aproveitamento desses estudos em outros

cursos superiores e nem isenta do processo seletivo os candidatos a esses

cursos, como previa o Decreto-lei nº 1.051, de 1969, considerando esse

decreto-lei implicitamente revogado pela Lei nº 9.394, de 1996.

O Decreto-lei nº 1.051, de 1969, editado pelo regime militar, estabelecia

o seguinte:

Art 1º Os portadores de diploma de cursos realizados, com a duração

mínima de dois anos, em Seminários Maiores, Faculdade Teológicas ou

instituições equivalentes de qualquer confissão religiosa, são autorizados a

requerer e prestar exames, em Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, das

28

disciplinas que, constituindo parte do currículo de curso de licenciatura, tenham

sido estudadas para a obtenção dos referidos diplomas.

Art. 2º Em caso de aprovação nos exames preliminares, de que trata o

artigo anterior, os interessados poderão matricular-se na faculdade, desde que

haja vaga, independentemente de concurso vestibular, para concluir o curso,

nas demais disciplinas do respectivo currículo.

O citado Parecer nº 296/1999 determina a não validade desses

dispositivos nos seguintes termos: Por oportuno, voto também por esclarecer

às instituições interessadas que o Decreto-Lei nº 1.051/69, que permitia, na

hipótese de existência de vagas, forma de ingresso privilegiada em cursos de

licenciatura para os que houvessem concluído estudos em Seminários

Maiores, Faculdades Teológicas ou instituições equivalentes, dispensando-os

do antigo exame vestibular e permitindo-lhes prestar apenas exames

preliminares, foi revogado pelo art. 92 da Lei 9.394/96, a qual também

determina, em seu arts. 43, 49 e 50 que todo o ingresso em cursos superiores

de graduação, exceto no caso das transferências ex officio, seja feito mediante

processo seletivo prévio.

2.1.1.1.1 - O Suporte do e-MEC; as IES e o SINAES

O e-MEC foi criado para fazer a tramitação eletrônica dos processos de

regulamentação. Pela internet, as instituições de educação superior fazem o

credenciamento e o recredenciamento, buscam autorização, reconhecimento e

renovação de reconhecimento de cursos. Em funcionamento desde janeiro de

2007, o sistema permite a abertura e o acompanhamento dos processos pelas

instituições de forma simplificada e transparente. São modalidades de atos

autorizativos: credenciamento e recredenciamento de instituições de educação

superior e de autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento de

cursos de graduação.

29

Em outubro de 2011, foram cadastrados no e-MEC 134 cursos

superiores de Teologia (bacharelado), autorizados ou reconhecidos pelo MEC,

abrangendo as mais variadas confissões religiosas, do catolicismo ao

umbandismo, passando por diversas denominações evangélicas, espiritismo e

messianismo.

Para iniciar suas atividades, as instituições de educação superior devem

solicitar o credenciamento junto ao MEC. De acordo com sua organização

acadêmica, as IES são credenciadas como: faculdades, centros universitários

e universidades.

Inicialmente a IES é credenciada como faculdade. O credenciamento

como universidade ou centro universitário, com as respectivas prerrogativas de

autonomia, depende do credenciamento específico de instituição já

credenciada, em funcionamento regular e com padrão satisfatório de

qualidade. O primeiro credenciamento da instituição tem prazo máximo de três

anos, para faculdades e centros universitários, e de cinco anos, para as

universidades. O recredenciamento deve ser solicitado pela IES ao final de

cada ciclo avaliativo do SINAES, junto à Secretaria competente. Para iniciar a

oferta de um curso de graduação, a IES depende de autorização do Ministério

da Educação. A exceção são as universidades e centros universitários que, por

terem autonomia, independem de autorização para funcionamento de curso

superior. No entanto, essas instituições devem informar à Secretaria

competente os cursos abertos para fins de supervisão, avaliação e posterior

reconhecimento. (art. 28, § 2° do Decreto nº 5.773, de 9 de maio de 2006). O

reconhecimento deve ser solicitado pela IES quando o curso de graduação

tiver completado 50% de sua carga horária. O reconhecimento de curso é

condição necessária para a validade nacional dos respectivos diplomas.

Assim como nos processos de autorização, o Conselho Federal da

Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de Saúde têm

prerrogativas para manifestar-se junto ao Ministério da Educação no ato de

30

reconhecimento dos cursos de graduação de direito, medicina, odontologia e

psicologia.

A renovação do reconhecimento deve ser solicitada pela IES ao final de

cada ciclo avaliativo do SINAES junto à Secretaria competente.

São modalidades de atos autorizativos: credenciamento e

recredenciamento de instituições de educação superior e de autorização,

reconhecimento e renovação de reconhecimento de cursos de graduação

31

CAPÍTULO 3

CAMINHOS PARA A LEGALIZAÇÃO

3.1- O Reconhecimento dos Diplomas dos Cursos Livres de Teologia em

todo o Brasil.

Não poderíamos deixar de comentar sobre a regulamentação do Ensino

à Distância, e que, está amparado pelo DECRETO n.º 2.494, de 10/02/1998,

que regulamenta o Art. 80 da LDB (Lei n.º 9.394/96). Art. 1º “Educação à

Distância é uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com

mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados

em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados,

e veiculados pelos diversos meios de comunicação. Ao concluir o curso, o

aluno poderá registrar-se como teólogo. Pedindo filiação ao Conselho Regional

de Teologia do Brasil – CREATE. De acordo o Ministério do Trabalho, Portaria

Mtb. 1.334/94 e Decreto-Lei n.º 76.900/75 - Teólogo - CBO Cód. 1.96.40 -

profissional de Nível Superior Em 19 de fevereiro de 2004 a Câmara de

Educação Superior do Ministério da Educação e Cultura (MEC) aprovou o

Parecer nº. 0063/2004 o qual definiu regras para o reconhecimento

(convalidação) dos diplomas dos Cursos Livres de Teologia em todo o Brasil.

Dentre outras considerações, o Parecer estabeleceu que para realizar

esta Convalidação, o candidato deveria preencher os seguintes pré-requisitos:

a) Comprovação do certificado do ensino médio ou equivalente;

b) Ingresso no curso através do processo seletivo do curso de Teologia como

um todo;

32

c) Que esses cursos tivessem a duração de, pelo menos, 1.600 horas;

d) Que os interessados comprovassem a conclusão do curso "superior" em

Teologia;

e) Que os interessados apresentem o conteúdo programático das disciplinas

em que pretendem o aproveitamento.

f) Que os interessados façam uma integralização de créditos de 20% da carga

horária de algum curso de Teologia que seja devidamente reconhecido pelo

MEC.

3.1.1 - Procedimentos para a Revalidação, segundo a Legislação atual:

a) Entrar com um requerimento de revalidação em uma instituição pública

de ensino superior do Brasil. De acordo com a regulamentação, apenas as

universidades públicas podem revalidar diplomas:

“São competentes para processar e conceder as revalidações de

diplomas de graduação as universidades públicas que ministrem curso de

graduação reconhecido na mesma área de conhecimento ou em área afim.”

(Art. 3º Res. nº 1, de 29 de janeiro de 2002)

b) Deverão ser apresentados, além do requerimento, cópia do diploma

a ser revalidado, instruído com documentos referentes à instituição de origem,

duração e currículo do curso, conteúdo programático, bibliografia e histórico

escolar.

c) O aluno deverá pagar uma taxa referente ao custeio das despesas

administrativas. O valor da taxa não é prefixado pelo Conselho Nacional de

Educação e pode variar de instituição para instituição.

33

d) Para o julgamento da equivalência, para efeito de revalidação de

diploma, será constituída uma Comissão Especial, composta por professores

da própria universidade ou de outros estabelecimentos, que tenham

qualificação compatível com a área do conhecimento e com o nível do título a

ser revalidado.

e) Se houver dúvida quanto à similaridade do curso, a Comissão poderá

determinar a realização de exames e provas (prestados em língua portuguesa)

com o objetivo de caracterizar a equivalência.

f) O requerente poderá ainda realizar estudos complementares, se na

comparação dos títulos, exames e provas ficar comprovado o não

preenchimento das condições mínimas.

g) O prazo para a universidade se manifestar sobre o requerimento de

revalidação é de 6 meses, a contar da data de entrada do documento na Ifes.

O Brasil não possui nenhum acordo de reconhecimento automático de

diplomas; portanto, as regras são as mesmas para todos os países.

3.1.1.1 - A Validade do Diploma Obtido Através da Educação á

Distância

A Norma máxima sobre educação no Brasil é a Lei nº 9.394/1996 (Lei

de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN).

Esta lei, em seu art. 80 versa o seguinte: “o Poder Público incentivará o

desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos

os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.” Tal dispositivo

legal foi regulamentado através do Decreto nº 5.622/2005.

Sobre validade de diploma de nível superior, na LDBEN só há registro

num único artigo, que transcrevo na íntegra abaixo:

34

“Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando

registrados, terão validade nacional como prova da formação recebida por seu

titular.”

“§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias

registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão

registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.”

Já o referido Decreto Federal regulamentador da Educação a Distância

no País exprime o seguinte posicionamento sobre a validade de diploma EaD:

“Art. 5º Os diplomas e certificados de cursos e programas a distância,

expedidos por instituições credenciadas e registrados na forma da lei, terão

validade nacional.”

“Parágrafo único. A emissão e registro de diplomas de cursos e

programas a distância deverão ser realizados conforme legislação educacional

pertinente.”

Como se vê, em nenhum dos principais instrumentos legais que versam

sobre Educação a Distância (EaD) em nosso País – a Lei 9.394/1996 e o

Decreto Federal nº 5.622/2005 – há distinção entre educação presencial ou a

distância como critério para valorar mais ou menos um diploma, seja ele de

qualquer nível escolar.

Assim, com base na legislação educacional vigente, conclui-se que os

requisitos mínimos para que um diploma de nível superior tenha validade

nacional são estes: instituição de ensino superior credenciada para educação a

distância no MEC; curso superior reconhecido; e diploma registrado.

35

CONCLUSÃO

O reconhecimento da teologia como disciplina acadêmica, veio

colaborar para a aplicação pedagógica da inclusão. Percebíamos a

desigualdade existente entre os religiosos mais influentes e os menos

favorecidos e quase anônimos. Essa situação vivida por tantas instituições

teológicas resultou em evidências de exclusão. Atualmente as instituições

teológicas tem se preocupado em se enquadrar no padrão do MEC. As

instituições de ensino teológico se acham na situação de trabalhar o currículo

do curso, acrescentando disciplinas antes consideradas desnecessárias, mais

que com certeza cooperam para uma formação mais completa do cidadão.

Acreditamos que também o que repercutiu no meio acadêmico religioso foi a

questão do quesito infra estrutura; onde muitos tiveram que analisar as

condições de recursos para o ensino da teologia.

Até mesmo no que trata da aceitação e reconhecimento da graduação

do aluno, como do docente na área. Pensamos que não só as instituições

religiosas e de ensino teológico, mas também o país estão desenvolvendo a

inclusão religiosa. Já que é sabido da necessidade de um relacionamento mais

ecumênico entre os povos religiosos.

Quanto às instituições de ensino teológicos, o acompanhamento da

problemática ao longo dos tempos de crise teológica, trouxe para o século XXI

um avanço que veio satisfazer ambas as parte: Igreja x estado. O Estado de

acordo com a LDB e os pareceres do MEC, quanto a teologia acadêmica, tem

reconhecido o valor desta disciplina e integrado os graduados do bacharel em

teologia ao mercado de trabalho, concedendo através de processos de curso

de integralização; Isto é resultado do aval do MEC concedido as universidades

que foram aprovadas no que se refere as exigências dos pareceres da LDB. A

questão do reconhecimento dos cursos de teologia segue uma tendência

mundial, embora por meio de modelos diferentes. Nos Estados Unidos, são

36

agências de cunho evangélico autorizadas pelo governo - como a Association

of Theological School (ATS) e a Association of Biblical High Education (ABHE),

que dão a chancela aos seminários, mediante exigências severas. Em grande

parte da Europa ocidental, como na Alemanha, a teologia é curso superior

reconhecido, sempre ligado a uma universidade. Já no restante da América

Latina, acontece o mesmo processo de oficialização que ocorre atualmente no

Brasil. Pode-se dizer que o movimento iniciado no final dos anos 1990 é

irreversível e atinge todo o continente. Os nossos centros de educação

teológica precisam de um novo paradigma de educação teológica. Uma

teologia de caráter mais cristã, existencialista e libertadora. Um modelo

filosófico humano, pedagógico. Um paradigma que reconheça e defina sua

visão de homem, de humanidade, de alteridade. Sistema educacional onde a

missão do professor é orientar; ele é um arquiteto cognitivo, um engenheiro de

teologias e orientador. Nesse modelo, o aluno é o sujeito de sua formação

teológica, livre para escolher e orientar-se. O aprendente é orientado a

apreender a dinâmica do mundo e construir ele mesmo a teologia para o seu

tempo, contexto, realidade e comunidade. Ele não é prisioneiro da teologia,

mas autônomo para pensá-la. O estudante de teologia deveria recusar-se a

aceitar um modelo teológico que o aprisiona em vez de libertá-lo! Esse

paradigma não deve ser elaborado no gabinete, na solitária, nos subterrâneos

de nossas igrejas, mas em diálogo dialético-dialógico. Um paradigma que não

proíba o pensar, e que não tenha medo de pensar a si mesmo!

Dois distintivos podem ser lembrados como conclusão a esta reflexão: a

separação em relação ao Estado e a autonomia da igreja local. Todos os

cristãos destacam bem a importância de não serem controlados pelo Estado.

Sabemos que em alguns países do mundo a religião é estatal, ou seja, o

Estado assume uma religião e de certa forma espera que todos os seus

cidadãos sigam aquela determinada religião. No passado, vários países,

inclusive europeus também viam a religião desta forma. Porém, a partir do

século XV e XVI algumas denominações evangélicas começaram a destacar a

separação entre a igreja local e o Estado. Mas é claro que esta marca não

impede uma igreja de ter seu Estatuto registrado em cartório, ser cadastrada

37

no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e em uma série de outros

órgãos das três esferas governamentais (federal, estadual e municipal), até

mesmo para se obter parcerias para a prática de ações sociais, como escolas

e creches. Consideremos o outro distintivo, a autonomia da igreja local. Muitas

igrejas aceitam e defendem este distintivo, mas isto não as impedem de se

relacionarem com outras igrejas e instituições. Várias igrejas evangélicas

tornam-se filiadas a convenções ou associações com pelo menos o intuito de

desenvolver trabalhos em comum e encontros fraternais. Estas associações

não se tornam órgãos superiores às igrejas que continuam autônomas em

suas decisões.

Da mesma forma, uma instituição de educação teológica, seja um

instituto, seminário ou faculdade de confissão protestante não deve deixar de

buscar o seu reconhecimento junto ao MEC se isto lhe for possível, pois estas

instituições não estarão ferindo os distintivos, inclusive o de separação do

Estado. Ou seja, assim como uma igreja Protestante é cadastrada em órgãos

do Estado, uma instituição de ensino também pode se cadastrar no órgão

governamental denominado MEC. Assim como o Estado não “domina” as

igrejas protestantes, o MEC também não “domina” as escolas teológicas.

Assim como o Governo não interfere nas igrejas, o MEC também não

“interfere” nas instituições de ensino de confissão religiosa. Enfim, o

reconhecimento do MEC não é submissão cega ao Estado e nem aceitar uma

intervenção estatal na formação teológica de líderes.

Ser filiado, cadastrado, reconhecido por uma outra instituição não quer

dizer que haverá um domínio, uma ação controladora sobre aquela que se

filiou. Entendemos tratar-se de uma relação de associado e não de

subordinação.

Portanto, as escolas teológicas devem aprimorar a qualidade de seu

ensino. As instituições de teologia devem continuar com o foco de preparar

pastores, missionários, evangelistas, professores e líderes eclesiásticos sem

abrirem mão das convicções da fé bíblica e devem saber que o MEC não

38

interfere na contratação de docentes e muito menos na matriz curricular.

Sendo assim, os formados em instituições teológicas reconhecidas com o MEC

não assumem nenhum tipo de compromisso com o Estado que impeçam a

confessionalidade.

Nem todas as escolas teológica podem buscar reconhecimento devido a

investimentos necessários no corpo docente e em estrutura física, mas é

irregular oferecer um diploma de bacharel em teologia sem que a escola tenha

seu reconhecimento junto ao MEC. Pode se oferecer um certificado de

conclusão de curso de teologia livre, mas uma vez que já existem escolas

reconhecidas pelo MEC que oferecem o diploma de bacharel em Teologia, as

escolas não reconhecidas não podem emitir este documento.

Também precisamos destacar a importância de mantermos a qualidade

acadêmica e confessional de nossas escolas. Algumas instituições teológicas

devido a busca pelo reconhecimento do MEC passaram a contratar

professores considerando apenas suas qualificações acadêmicas e não

confessionais. Se para obter o reconhecimento governamental a instituição

terá que perder sua linha doutrinária, então não vale a pena, caso contrário,

devem sim buscar o reconhecimento do MEC. Isto é sinal de qualidade

acadêmica.

Portanto, as escolas de teologia devem dentro de suas possibilidades

obterem o reconhecimento do MEC, mas não abrindo mão da sua confissão

doutrinária.

Num momento de tanta relatividade como o que estamos vivendo, por

que não estabelecer escolas, dentro da lei vigente para tal e que mostrem por

seu enquadramento, que obedecem a critérios de estrutura e qualidade para

aquilo a que se dispõem a fazer? Enfim, por que não, ter uma biblioteca

adequada; um corpo docente que além de temente a Deus, domine áreas

específicas do saber por meio de cursos que fez?

39

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, Elizabeth de Melo Bonfin. Reforma Universitária: suas causas

e conseqüências In. TUBINO, Manoel José Gomes. Universidade Ontem e

Hoje. São Paulo: IBRASA, 1984.

BARRO, A. C. (org.). Educação teológica transformadora. Londrina:

Descoberta, 2004. p.137-160.

BARTOLI, J. Teologia e profissionalização: o teólogo como profissional.

In: FABRI DOS ANJOS, M. (Org.). Teologia: profissão. São Paulo: Loyola,

1996. p. 59-71.

LOPES, E. P. Fundamentos da teologia da educação cristã. São Paulo:

Mundo Cristão, 2010.

O CREDENCIAMENTO DOS CURSOS DE TEOLOGIA NO BRASIL..., p. 208-232 - Antônio Maspoli de Araújo Gomes

40

WEBGRAFIA E REVISTA

http://www.mec.gov.br/

http://portal.mec.gov.br/

http://www.projetoamor.com/

http://www.cristianismohoje.com.br/

http://emec.mec.gov.br/

http://www.fflch.usp.br/

http://www.senado.gov.br./

http:// g1globo.com/

http://www.creio.com.br/2008/noticias01.asp?noticia=9600

http://wwwseminarionovasdepaz.

REVISTA: Ciberteologia - Revista de Teologia & Cultura - Ano II, n. 15

REVISTA: Ciberteologia - Revista de Teologia & Cultura - Ano V, n. 26

41

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 1

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I- DECISÕES FAVORÁVEIS E DÚVIDAS

INEVITÁVEIS 12

1.1 – Reações às exigências impostas pelo MEC 12

1.1.1 – A atual posição da Teologia Acadêmica 16

CAPÍTULO II- A VALIDAÇÃO DO DIPLOMA E AS

NORMAS PARA CREDENCIAMENTO E

RECREDENCIAMENTO DOS CURSOS

DA TEOLOGIA 19

2.1 – O Amparo da Lei Brasileira 19

2.1.1 - Procedimentos para a Validação de Diplomas 23

2.1.1.1 – As Referências dos Pareceres, quanto

A Critérios Gerais para a autorização e

reconhecimento dos Cursos de Bacharel em Teologia 25

2.1.1.1.1 – O Suporte do e-MEC; as IES e o SINAES 28

CAPÍTULO III- CAMINHOS PARA A LEGALIZAÇÃO 31

3.1 – O Reconhecimento dos Diplomas dos Cursos

Livres 31

3.1.1 – Procedimentos para a Revalidação, segundo a

Legislação Atual 32

42

3.1.1.1 – A Validade do Diploma obtido através da

Educação à Distancia 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA 39

WEBGRAFIA E REVISTA 40

ÍNDICE 41