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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA REVERSA: UMA NOVA REALIDADE NO INTER-RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Por: Viviane Martins Silva de Souza
Orientador
Prof. Nelsom Magalhães
Rio de Janeiro
2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
LOGÍSTICA REVERSA: UMA NOVA REALIDADE NO INTER-RELACIONAMENTO COM O CLIENTE
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Logística
Empresarial.
Por: Viviane Martins Silva de Souza
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AGRADECIMENTOS
.... Agradeço primeiramente a Deus por
me conceder a oportunidade de chegar
até aqui, a minha família pelo incentivo,
ao meu esposo e filha por me darem
todo o apoio para prosseguir e a todos
os amigos pela força e ajuda a mim
dispensada meus sincero muito
obrigada.
4
DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais, ao meu esposo
Jacson e a minha filha Rafaella que
contribuíram para o meu êxito,
compreendendo minhas ausências,
compartilhando meus ideais e
incentivando-me a prosseguir; com o
sorriso amigo, a palavra de carinho e o
amor dedicado, ofereço o sonho, o
abraço, o beijo e o diploma.
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RESUMO
A logística reversa é um novo conceito que lida com a gerência dos produtos no meio inverso, tal como é o processo de administrar todo o influxo de produtos devolvidos e a informação do ponto de consumo à origem. O desenvolvimento real de estratégias de logística reversa em muitas companhias através do mundo o torna um tema muito interessante de se trabalhar. É esperado que em poucos anos será um elemento crucial em determinar o meio em que produtos serão projetados, serão produzidos e serão distribuídos. A legislação de países economicamente desenvolvidos concede uma grande importância aos produtos reciclados, buscando estabelecer a responsabilidade para o fim de produtos de vida aos fabricantes. Portanto, no futuro a maioria das companhias mundiais terá que pensar sobre como incorporar atividades logísticas reversas em suas operações de negócio.
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METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado a partir de uma grande revisão bibliográfica e a
análise própria a partir das conceituações da logística reversa e diversos
fatores de influência mercadológica e produtiva.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 08 CAPÍTULO I - QUESTÕES DE LOGÍSTICA ............................................................. 10 CAPÍTULO II - A LOGÍSTICA NO SÉCULO XXI ....................................................... 15 CAPITULO III - AS CADEIAS DE ABASTECIMENTO .............................................. 17 CAPÍULO IV - A LOGÍSTICA REVERSA .................................................................. 22 CAPÍTULO V - A LOGÍSTICA REVERSA E O MEIO-AMBIENTE ............................ 48 CAPÍTULO VI - A LOGÍSTICA REVERSA NA INTERNET ....................................... 51 CAPÍTULO VII - CONSELHOS PRÁTICOS PARA A CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE DEVOLUÇÕES ON-LINE ................................................................... 53 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 56 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................ 58 ÍNDICE ...................................................................................................................... 59
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INTRODUÇÃO
Atualmente, a condição logística é melhor caracterizada como complexa,
dinâmica e incerta. A competição ocorre na maioria de mercados de maneira
mais forte do que jamais antes, ciclos de vida de produto encurtaram, e
condições de negócio mudam constantemente. Esses fatores forçaram as
companhias a reformar suas estratégias.
Numerosos novos temas como Fabricação Global, Sociedades Logísticas
de Terceiro Estágio, e-logística e Logística Reversa, tornam-se assuntos que
possuirão um impacto cada vez maior nos negócios de todas as companhias
ainda que sejam de pequeno ou médio porte.
A logística é extremamente necessária para a gerência de uma
companhia como o processo de planejamento, realização e controle eficiente e
de menor custo também na armazenagem de matérias-primas, inventário de
processo, mercadoria devolvida e informação relacionada do ponto de origem
ao ponto de consumo, para adaptar-se aos requisitos do cliente. Mais
simplesmente, é a ciência (e a arte) de assegurar que os produtos corretos
alcançarão o sítio certo na quantidade correta na altura certa e nas condições
corretas e consiga satisfazer a exigência dos clientes. O propósito deste
trabalho é discutir um fator logístico que se caracterize pela linha contrária à
maioria dos conceitos logísticos: a do cliente retornando para o setor de
produção.
As companhias podem profissionalmente crescer bastante com esta
integração, melhorando sua competitividade, por uma melhor estimativa da
exigência, reduções de custos de melhoras de planejamento, e coordenação
de atividades.
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PROBLEMA / HIPÓTESE
A logística reversa é uma nova modalidade cada vez mais explorada
pelas empresas mundiais, no entanto podem oferecer uma maior
adaptabilidade às características e exigências de mercado, além de capacitar
uma grande economia financeira e auxiliar no melhor contato com o cliente.
OBJETIVOS
- Caracterizar a evolução da logística;
- Analisar o conceito de logística reversa;
- Estabelecer as diferenças entre a logística tradicional e a reversa;
- Determinar a influência da logística reversa e o e-commerce.
REFERENCIAL TEÓRICO
Diversas bibliografias puderam ser utilizadas na realização deste trabalho
no sentido de oferecer condições de confiabilidade e projeção em relação ao
tema. Ballou foi essencial para a caracterização das exigências que a logística
contemporânea vem passando que levam à necessidade da implantação da
logística reversa.
Em seguida, outro autor bastante utilizado foi Fleischmann et al, que foi
bastante importante no sentido de determinar as características específicas da
logística reversa. Além disso, diversos outros autores também puderam
oferecer sua contribuição.
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CAPÍTULO I
QUESTÕES DE LOGÍSTICA
A logística e a visão da corrente de abastecimento se converteram em
ferramentas competitivas e estratégicas das companhias para diferenciar-se na
mistura de conceitos chave.
As regras estão mudando, os clientes se decidiram a diminuir o
tamanho das ordens que se solicitam aos provedores, pelo que o transporte se
comprometeu, e se minimizaram o tamanho das entregas mas aumentou-se o
número das mesmas, devido ao fato de que as companhias estão
transformando seus processos devido à soma das pressões externas e a
concorrência, além disso, estão diminuindo seus níveis de inventário para
evitar riscos e liberar capital; neste sentido, estão exigindo um maior
compromisso a seus provedores para integrá-los no processo da corrente de
abastecimento, e estão procurando conhecer com mais certeza as
necessidades reais de seus clientes (BALLOU, 1999).
A Corrente de Abastecimento reflete a necessidade de manejar
eficientemente os três fluxos dentro do processo: materiais, dinheiro e
provavelmente o mais crítico, informação, a qual constitui um elemento
fundamental para assegurar a efetividade e desenvolvimento da empresa.
Toda esta nova pressão dentro das companhias resulta de uma
necessidade de minimizar os custos ao longo da corrente e incrementar os
níveis de satisfação do cliente sob este contexto, a logística e a cadeia de
abastecimento constituem em um conjunto de instrumentos de suporte para a
sustentabilidade do negócio.
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O desenvolvimento da logística através da história foi crucial para a
ampliação de grandes avanços na ciência, a engenharia e a tecnologia. Desde
a construção das pirâmides, a estratégia de grandes batalhas, a construção
dos arranha-céus e a posta em órbita dos transportadores espaciais até as
últimas investigações no espaço sideral sobre os tipos de ambientes que
existem. É por isso que as empresas desde então decidiram utilizar este tipo
de conceitos, ferramentas e tecnologias para levar a cabo seus processos
organizacionais, ter uma fluidez contínua em suas linhas de produção e uma
resposta acertada e oportuna com seus clientes (PEREZ, 2003).
Através de uma pequena investigação levada a cabo constou-se a
rapidez da mudança do palco da logística nas últimas décadas. Surgiram
novas técnicas e conceitos a uma grande velocidade, e a aceitação destas
idéias pelas grandes empresas foi impressionante.
Peter Drucker (1982) em sua obra “O continente negro da economia”
menciona e rebate bastante a questão na falta de visão por parte das
empresas para poder alavancar suas operações através das atividades da
logística (apud CARTER, 1998).
A distribuição física é a fronteira dos negócios de hoje. É a área onde
podem atingir-se resultados administrativos de grande magnitude, e ainda um
território inexplorado.
Para muitas empresas, desafortunadamente isto ainda não é verdade.
Para muitas outras, no entanto, a adoção do conceito de distribuição integrada,
e da administração da logística, contribuiu com muitos benefícios.
Junto com o maior interesse na logística surgiu uma ampliação na
definição do conceito. Os territórios da logística se estenderam desde a
administração das relações com os provedores até a administração da
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demanda através dos intermediários e do cliente final. O conceito de logística
que está sendo adotado pelos encarregados destas áreas poderia definir-se
como segue:
- Logística é o processo de administrar estrategicamente a aquisição, o
traslado e armazenamento de materiais, partes e produtos findos dos
provedores através da organização e seus canais de comercialização,
de tal maneira que as utilidades atuais e futuras se incrementem ao
máximo mediante a entrega de pedidos que é efetiva em custo.
- A logística nunca antes tinha jogado um papel tão importante nos
negócios. Mudanças nos clientes, expectativas novas nas mudanças
geográficas das organizações, continuamente estão transformando a
natureza dos mercados, e de fato estão gerando restrições que
modificam o fluxo de bens e serviços dentro e fora deles (VAN
NUNEN, 1997).
O progresso tecnológico e a abertura de mercados geraram uma nova
forma de reorganizar, adaptar e otimizar as matérias primas, produtos e
serviços semi-findos, repostos e material reciclado.
Este novo conceito requer que as partes da corrente de abastecimento,
manufatura e distribuição, cooperem no desenho de programas e na forma de
compartilhar a informação. A rápida aceitação do conceito justo a tempo,
facilitada pela revolução no intercâmbio eletrônico de dados, fez com que as
organizações estejam conscientes das grandes vantagens que podem obter-se
com esta extensão mais ampla do conceito de logística. Já não há nenhuma
justificativa se talvez a teve, para que persista a velha relação antagônica
provedor - comprador. A realização compartilhada da manufatura e a
comercialização conjunta são as tendências paralelas do futuro.
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Uma justificativa importante para tal cooperação é o simples fato que a
eficiência na produção do provedor se refletirá nos custos do cliente. Devido ao
fato de que o custo dos materiais representa uma grande proporção do preço
de venda, talvez até 40% para um fabricante típico, qualquer coisa que possa
fazer-se para reduzir esse custo deve tentar-se (BALLOU, 1999).
Um aspecto muitas vezes ignorado é que o custo dos materiais que
adquire o comprador inclui todos os gastos gerais do provedor, gastos que, a
sua vez estão influenciados em parte por seus custos logísticos. Já que os
gastos gerais do provedor podem representar até 50% de seus custos totais.
Qualquer coisa que o comprador possa fazer para reduzir o custo terá
vantagens para ambas partes.
Os problemas com os sistemas logísticos têm suas raízes em
tendências mais profundas e gerais:
- Em uma ampla gama de indústrias, os ciclos de vida dos produtos se
estão contraindo. A vida dos produtos de áudio, como os sistemas
modulares de som e os rádios para automóveis, por exemplo,
reduziu-se de anos a meses. Em casos extremos, há produtos cuja
vida útil é mais curta do que o tempo de sua produção com o
processo logístico existente.
- Proliferação de linhas de produtos, como cada vez é maior o número
de linhas de produtos que se requer para satisfazer a crescente
variedade de gostos e necessidades dos clientes, os níveis de
inventário tanto dentro como fora da fábrica, inevitavelmente
aumentam. Para a vasta maioria de instalações de produção que
não se apóiam em sistemas de produção assistidos por computador,
os custos por fazer mudanças na linha de encaixe e por produzir em
pequenos lotes crescem um por trás de outro.
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- O equilíbrio do poder na corrente de abastecimentos está mudando
da fabricação ao comércio.
- Em muitas indústrias, o valor agregado aos produtos pela fabricação
se encontra declinado à medida que se multiplicam os custos dos
materiais e de distribuição.
- Muitas empresas estão reestruturando suas instalações produtivas
de maneira global.
- A chegada do processamento e transmissão de grandes volumes de
dados a baixo custo está revolucionando os sistemas logísticos de
controle. Devido a estas novas tecnologias, pode-se estimar as
vendas e planejar os inventários com maior rapidez e com maior
freqüência, já as fábricas podem responder com mais flexibilidade a
condições voláteis do mercado.
Devido a estas tendências, muitos sistemas logísticos atuais,
desenhados para as condições de relativa estabilidade dos anos 60 e
princípios dos 70, voltaram-se perigosamente obsoletos (BEAMON, 1999).
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CAPÍTULO II
A LOGÍSTICA NO SÉCULO XXI
Existem várias áreas específicas nas quais a logística está tendendo a
desenvolver-se, sobretudo se se compara com o que foi desde que se
introduziu como uma ferramenta de apoio nas empresas.
A primeira delas é que há muito interesse no tópico da qualidade e sua
administração, e sobretudo o aspecto logístico que isto implica. Assim como
muitas das grandes corporações se comprometeram com a qualidade, outras
empresas dão prioridade ao desenvolvimento de programas inovadores para
atingir a qualidade em áreas de distribuição logística.
Já seja que se defina a qualidade como “fazê-lo bem à primeira vez”,
ou “zero defeitos”, ou inclusive como um “processo de controle estatístico de
qualidade”, todos estes esforços estão desenhados para conseguir cumprir
com as especificações do cliente. Devido ao fato de que a logística é um área
da empresa orientada à ação, há muitas oportunidades para desenvolver
sistemas logísticos e capacidades que levarão a obter melhores níveis de
cumprimento (FLEISHMANN, 1997).
A segunda se deu no avanço na habilidade para integrar os conceitos
de tempo e espaço. Sempre se levou em consideração estes conceitos para a
tomada de decisões mas de maneira separada, há que fazer um só conceito
de tempo e espaço para conseguir uma eficiência no sistema logístico.
A terceira área de desenvolvimento é a que se relaciona com as
grandes oportunidades que está oferecendo o contexto internacional com esta
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disciplina. Enquanto o mercado internacional pode ver-se como algo opcional,
a busca a nível internacional de provedores e fontes de abastecimento de
matérias primas é, em muitos casos, considerada como um assunto de
necessidade econômica.
Como quarta área, é a mudança de ênfase que se porá na
consideração de “atributos logísticos” mais do que em fazer continuamente
referência direta a “serviços logísticos específicos”. Talvez o transporte seja a
atividade que melhor exemplifique isto, tradicionalmente se identificou a
atividade do transporte com termos muito específicos, como ônus para
caminhão completo, ônus para menos de um caminhão, ônus para um vagão
de transporte ferroviário, ônus de setor de embalagens, entre outros. No futuro
estes termos específicos se descomporão em seus atributos fundamentais e
se procurará o serviço de transporte que apresente o melhor conjunto de
atributos considerados como desejáveis, exista ou não um modo ou um veículo
adequado disponível.
A literatura atual identificou a importância de incluir os diferentes
canais de distribuição na elaboração da rede física de distribuição dos
produtos findos. É fundamental escolher adequadamente os diferentes canais
de distribuição por duas razões:
- Afetação na mistura de mercados que se deve ter, pois as
variáveis que intervêm se vêem afetadas.
- Os canais de distribuição geralmente se vêem
selecionados por períodos de médio a longo prazo.
Isto obriga a que o mercado e os canais de distribuição sejam
considerados simultaneamente (CARTER, 1998).
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CAPÍTULO III
AS CADEIAS DE ABASTECIMENTO
Logística é uma coleção de atividades que são repetidas várias vezes
através e fora de canais, nos quais as matérias primas são convertidas em
produtos findos e que tem um valor agregado aos olhos dos consumidores.
Porque as fontes de matérias primas, as fábricas e os pontos de vendas nem
sempre estão localizadas no mesmo lugar e os passos de manufatura,
atividades de logística são recorrentes antes de que um produto final chegue a
seu mercado meta. Para propósitos práticos, o business logistic para uma
empresa pequena possui um enfoque limitado. Usualmente, o controle destas
atividades pode ser esperado sobre o próximo abastecimento de matéria prima
(físico) e os canais próximos de distribuição.
Estes canais de abastecimento se referem à diferença entre o tempo e
o espaço entre as empresas seguintes de matérias primas e os pontos de
processamento destas. Similarmente a distribuição física se refere à diferença
no tempo e o espaço entre as empresas que estão processando as matérias-
primas e os clientes. Devido à similitude das atividades entre os 2 canais, de
abastecimento físico (mais comumente referido à administração de materiais) e
a distribuição física, considera-se do que são integradas ao negócio da
logística (business logistic), que agora é conhecido como administração das
correntes de abastecimento (supply chain management).
Ainda que é fácil pensar na logística como uma administração do fluxo
de produtos desde os pontos de aquisição até os clientes finais, para muitas
empresas existe uma logística reversa que deve ser administrada também. A
vida de um produto desde o ponto de vista logístico, não deve terminar quando
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este é entregado. Os produtos podem chegar a se encontrar obsoletos,
danificados e sem funcionar, pelo que devem ser regressados a seus pontos
de distribuição para ser consertados ou atirados ao lixo (REALFF, 1999).
Isto é parte da velocidade de resposta que deve dar uma empresa a
um cliente, quando esta não cumpriu com suas expectativas, para isso a
logística reversa deve apoiar-se nos canais da logística para diante, e deve ser
considerada no planejamento e controle de toda a corrente de abastecimento.
Os componentes de uma corrente de abastecimento são: serviço ao
cliente, prognóstico da demanda, comunicações, controle de inventários,
manejo de materiais, processamento de ordens, suporte técnico de partes e
serviço, seleção de localização de fábricas e armazéns, compras,
empacotamento, manejo de produtos defeituosos, reprocessamento e
disposição destes, transporte e tráfico, e armazéns e armazenamento
(BALLOU, 1999).
3.1 – Importância das Correntes de Abastecimento
A Corrente de Abastecimento trata sobre a criação de valor, valor para
os clientes e os provedores, e valor aos acionistas. Este valor está expressado
em termos de tempo e lugar. Os produtos e serviços não o têm pelo simples
fato de sê-lo, a não ser que estejam em posse dos clientes quando (tempo) e
onde (lugar) eles desejam consumi-los. Uma boa administração da logística
está comprovada quando cada atividade da corrente de abastecimento
contribui a adicionar valor ao produto.
Se uma atividade adiciona um pequeno valor, deve-se pensar se deve
existir na corrente. No entanto, o valor adicional de um produto e/ou serviço é
real, quando os clientes têm o desejo e a vontade de pagar mais por este com
tal de tê-lo. Este conceito de correntes de abastecimento chegou a ter uma
grande importância por várias razões:
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- Redução de Custos.
- Confiança e apoio com provedores e distribuidores
(certificações).
- Logística como ponto estratégico de crescimento nos
mercados globais.
- Valor agregado nos produtos e/ou serviços.
- Capacidade de resposta às necessidades dos clientes
(DOWLATSHAHI, 2000).
3.2 – Definição da Corrente de Abastecimento
A corrente de abastecimento abarca todas aquelas atividades que
estão associadas com o movimento de bens desde que são matérias primas
até que as tem um usuário, (Supply Chain Management Review). No passado
as empresas não tinham o mesmo nível de concorrência, pois uma onda de
negócios de otimização orbitava ao redor para incrementar a produtividade,
através da industrialização e automatização dos processos de manufatura.
As atividades da corrente de abastecimentos são: compras,
manufatura, logística, distribuição e transporte, bem como a mercadotecnia.
Para que possa ser melhor entendido este conceito, o caso de uma empresa
da indústria da computação pode ajudar: Hewlett Packard e suas impressoras
Desk Jet que utilizou no início dos anos 90 (DOWLATSHAHI, 2000).
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3.3 – Planejamento do Problema e Objetivos
A direção das empresas avança no maior avanço no entendimento de
como o sucesso das companhias depende das interações entre o fluxo de
informação, materiais, finanças, sua força trabalhista e a equipe necessária. A
forma em que estes 5 sistemas interatuam para amplificar-se mutuamente e
causar uma mudança e flutuações, poderia formar a base para antecipar-se
aos efeitos das decisões, políticas, formas organizacionais e seleção de
projetos.
Depois de tanto tempo de ter-se detectado esta interação de sistemas
para ser mais competitivos, e que não se utilizaram adequadamente,
desenvolve-se uma nova técnica que é já uma filosofia de trabalho, a
administração das correntes de abastecimento que são parte da logística de
uma organização.
Sabe-se que esta interação foi cada vez mais complexa e do que não
pode reduzir-se a 5 sistemas que se relacionam entre si, e sim um grupo de
funções dentro da organização, através de seus provedores e de seus clientes,
podendo ser correntes diretas, estendidas ou ser consideradas correntes
últimas. De tal forma que envolve o fluxo sincronizado de produtos, serviços,
recursos financeiros, a informação associada a estes fluxos e todos os dados
necessários de demanda e prognóstico; sem deixar de relacionar-se com todas
aquelas funções ou sistemas da organização tradicional como são: vendas,
produção, logística, tecnologias de informação, finanças e serviço ao cliente,
para levar a cabo o fluxo correto, isto é desde o primeiro provedor até o último
dos provedores, através do primeiro cliente até o último dos clientes, para dar o
valor e satisfação que se requer. Isto é muito importante pois o papel do cliente
e conseguir satisfazer suas necessidades é crítico, para atingir a vantagem
competitiva e a rentabilidade da organização de todos os membros da corrente
dentro e através dela (BALLOU, 1999).
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O papel que jogam as organizações vistas de forma individual e como
elas estão coordenadas através de funções e através de companhias, é o que
se deve examinar, para conhecer as interrelações funcionais dos papéis de
confiança, o compromisso, risco e dependência sobre a viabilidade de
compartilhar as funções internas e sua coordenação. Bem como a
coordenação inter-empresas que inclui: a mudança funcional dentro da
corrente de abastecimentos, o papel de vários tipos de terceiras partes que
provêm, como as relações entre as organizações deveria ser administrada e a
viabilidade de várias estruturas da corrente de abastecimento.
Tudo isto se desenvolveu em organizações grandes, aquelas nas quais
sua corrente de abastecimento é de mais de 3 provedores e do que seus
clientes são mais de 2, além do que são parte de uma corrente ao início, ao
final ou a metade para satisfazer a um cliente final. Sobretudo sublinhar que se
procura que as tecnologias de informação sejam base de arranque destas
correntes. Empresas que por sua natureza de crescimento são competitivas e
portanto procuram permanecer nos mercados oferecendo melhores serviços
aos clientes.
Nota-se uma grande preocupação por parte dos clientes em que os
clientes possam ter suas reivindicações atendidas por parte da empresa,
sendo que a logística faz com que tais quesitos possam ser supridos de modo
mais eficiente (BALLOU, 1999).
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CAPÍTULO IV
A LOGÍSTICA REVERSA
Para definir logística reversa é preciso recordar o significado de
logística, já que praticamente é o mesmo, só que de forma invertida:
- Logística: processo de projetar, implementar e controlar um
fluxo de matéria prima, inventário em processo, produtos findos e
informação relacionada desde o ponto de origem até o ponto de
consumo de uma forma eficiente e o mais econômica possível com o
propósito de cumprir com os requerimentos do cliente final.
- Logística reversa: é o processo de projetar, implementar e
controlar um fluxo de matéria prima, inventário em processo,
produtos findos e informação relacionada desde o ponto de consumo
até o ponto de origem de uma forma eficiente e o mais econômica
possível com o propósito de recuperar seu valor ou o da própria
devolução (FLEISHMANN et al, 1997).
Nos Estados Unidos a logística reversa se converteu em uma
importante ferramenta competitiva, estabelecendo-se uma política de
devoluções totalmente liberal, chegando em alguns casos a níveis extremos.
Ali o incremento de devoluções passou de 40 bilhões de dólares no ano 1992
até atingir a vertiginosa quantidade de 65 bilhões em 2000 (DOWLATSHAHI,
2000).
A maioria dos produtos é usada em sua funcionalidade original. Como
exemplo uma companhia compra um computador de ponta para seu projeto de
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realidade virtual. Depois de uma certa etapa de uso, o produto não é útil ao
operador original. Neste exemplo, os padrões da indústria desenvolveram-se e
esse computador não pode mais apóia-los. Freqüentemente, o produto é
negociado no mercado por um baixo preço uma ou várias vezes. Ainda neste
modelo, isto é denotado pela volta entre o uso original e o negócio. Vale
ressaltar que pelas mudanças repetitivas de posse, o produto ainda é usado
em sua funcionalidade original.
Neste exemplo, o poder máximo do computador é voltado para uso
pessoal ou para divertimento, antes de realmente alcançar o fim-de-fluxo do
retorno de uso. A idéia principal para a logística reversa é promover e apoiar
usos alternativos para o produto. Assim, o teclado do computador pode ser
diretamente reutilizado, sua placa-base pode ser remanufaturada em um
brinquedo eletrônico, ao passo que outras partes (casing) podiam ser
recicladas. De qualquer jeito, com uma nova ou velha funcionalidade o produto
(ou partes dele) entra no mercado outra vez onde também pode continuar por
vários ciclos. Este conceito é denotado pela volta fechada entre outro uso e o
negócio. Certamente, em algum ponto futuro com o tempo, o produto
alcançará outra vez o fim-de-retorno de uso na rede logística reversa.
O estoque, fabricação, distribuição e seus fluxos de cascata
representam a corrente tradicional de estoque. Da perspectiva inversa, os
fluxos para desperdício de produção e retornos comerciais são muito
importantes, porque estes dois combinados com o fim-de-fluxo de retorno de
uso são todos fluxos de entrada na corrente de recuperação. O desperdício de
produção inclui os restos de matérias-primas / intermediários que são perdidos
na produção, tal como em outro exemplo, uma parte de folha de aço que é
pequena o suficiente para ser usada no fabricar de um produto.
Um retorno comercial seria o caso de qualquer produto não vendido
que o fornecedor concordou em recuperar do freguês varejista. Os retornos de
garantia de produtos fracassados explicitamente devem ser computados
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também a partir da logística reversa, mas devem ser adicionados ao córrego
comercial de retorno se os produtos não podem mais ser reparados
(FLEISHMANN et al, 1997).
A primeira etapa no processo logístico reverso é a junção, isso é, todas
estas atividades próprias a serem exemplificadas posteriormente e os
transportes a um lugar, onde serão submetidos no sentido de promover um
exame e processamento. Localizar tais produtos, comprar, transporta-los e os
armazenar em um ponto de depósito, são todas as atividades relacionadas à
coleção. Uma edição importante em coleção é a alta incerteza encontrada no
que concerne às situações de onde produtos usados necessitam ser
colecionados, sua quantidade e sincronização.
O projeto e análise de sistemas reversos de produção foram
desenvolvidos como temas de interesse recente. Pareceres alternativos e
modelos para o problema geral podem ser achados em fontes de diversos
gêneros de maneira teórica e de aspecto variado.
O planejamento de estoque de segurança em uma corrente geral de
estoque com a integração de retorno interno externo de produto e reutilização
também é de grave discussão.
As incertezas podem ter um impacto crítico no projeto de sistemas
reversos de produção. Uma aproximação simples, mas limitada para entender
o impacto de incerteza é a análise cenário/paramétrico tradicional.
Alternativamente, pode-se demonstram a aplicação de programação
convencional de estocástica a produtos a serem reciclados.
Entretanto, suposições nas distribuições de parâmetros são exigidas
para tal aproximação e o objetivo é o maximização do valor esperado. Não
está claro que uma função esperada de valor é o objetivo apropriado para
decisões estratégicas reais em casos como estes. Outros exemplos de aplicar
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programação de estocástica para problemas de distribuição e recuperação de
produto incluem muitas fontes bibliográficas (GUIDE et al, 2000).
4.1 - Conceito
No sentido de se formar uma idéia clara sobre o conceito e significado
da logística reversa, é essencial que se absorva os mais diversos conceitos
encontrados na bibliografia.
Krikke (apud BALLOU, 1999) define a logística reversa a junção,
transporte, armazenagem e processamento de produtos descartados.
Fleischmann et al (1997, p. 02) diz que a logística reversa é “um
processo que inclui as atividades logísticas completamente de produtos usados
não mais necessários para o seu utilizador que busca produtos outra vez
usáveis no mercado”.
Dowlatshahi (2000, p. 144) explica a logística reversa como “um
processo em que um fabricante sistematicamente aceita produtos previamente
despachados ou partes do ponto para consumo para possível reciclagem,
remanufaturamento ou disposição”.
Daniel Guide et al (2000, p. 126) diz que a logística reversa “é a tarefa
de recuperar produtos descartados que podem incluir embalagem e materiais
de despacho e apoio visando carrega-los a um ponto central de armazenagem
para reciclagem ou remanufatura”.
Kroon & Vrijens (apud BALLOU, 1999, p .132 ) diz que a logística
reversa
é as habilidades logísticas de gerência e atividades envolvidas em reduzir, administrar e liquidar desperdício arriscado ou não-arriscado de embalagem e produtos. Inclui a distribuição inversa,
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que causa um fluxo de mercadoria e informação na direção oposta de atividades logísticas normais.
Finalmente, Rogeres e Tibben-Lembke (apud BALLOU, 1999, p. 133)
definem a logística reversa como
o processo de planejamento, realização, e controle o eficiente, e de custo cada vez menor de matérias-primas, em - inventário de processo. [...] mercadoria devolvida e informação relacionada do ponto de consumo ao ponto de origem para recapturar valor ou disposição adequada.
Considerando os elementos destas definições, escolheu-se para
nortear este trabalho que a melhor seria a dada por Rogeres e Tibben-Lembk
com um sistema completo, e que incorpora as características principais do
conceito de logística reversa.
Um problema comum quando se discute sobre logística reversa, é a
confusão existente entre a logística contrária e a verde. A ameaça que
realmente existe devido à escassez e deterioração de recursos naturais fez
com que as companhias se tornassem mais cientes sobre a necessidade
(obrigação, em alguns países) de desenvolver alternativas verdes ou meios
ecológicos no sentido de fazer negócios. A logística reversa comumente
corrompe com o conceito de logística verde.
Que a reformulação de embalagem no sentido de usar menos, material
ou reduzir a energia e poluição de transporte são atividades importantes é
inegável, mas podem ser melhor colocados no conceito de ”logística verde”. Se
nenhuma mercadoria ou materiais está sendo enviado com atraso, a atividade
provavelmente não é uma atividade logística reversa. A confusão permanece
no fato que a maioria das atividades logísticas reversas residem dentro da área
da logística verde (REALFF, 1999).
4.2 – Diferenças entre Logística Tradicional e Reversa
27
4.2.1 - Teoria da Situação e Estrutura da Rede Logística
Diferentemente da rede logística tradicional, há mais fatores envolvidos
na corrente logística reversa. Aqui, a corrente de estoque está composta por
todos os membros da rede logística tradicional mais demais pontos, que tanto
agem como exigem fatores, tais como os mercados secundários, pontos de
pouso, organizações de caridade, e muitos mais. Têm uma característica
especial, desde que eles não possuem uma exigência previamente
estabelecida, pelo contrário, eles limitaram a capacidade em relação de
contrastes diferentes. No caso dos aeroportos, por exemplo, o governo regula
a quantidade de produtos que as companhias podem enviar.
Quando um produto será devolvido? Onde deve ser despachado? É a
maioria da estratégia de cient escolher para aumentar ao máximo a
produtividade? Estas são as perguntas mais comuns que ocuparam os
pesquisadores em projeto logístico reverso de rede. O nível alto de incerteza
complica o projeto da rede logística reversa. Esta incerteza vem do fato de que
a companhia nunca sabe antecipadamente quando, onde e como os produtos
serão devolvidos, e as quantidades e qualidades, podem apresentar variações
altas. Ambas, quantidade e qualidade dos produtos devolvidos, são
determinantes para uma estrutura conveniente de rede desde que, por
exemplo, produtos de alta qualidade podem justificar custos mais altos de
transporte (e assim uma estrutura mais centralizada de rede), ao passo que
transporte extenso de produtos de baixo valor é não rentável. Além do mais,
mercados-fins para produtos recuperados não podem ser bem determinados,
expondo planejamento de rede neste contexto a mesma incerteza
(FLEISCHMANN et al, 1997). Além do mais, dependendo da quantidade de
produtos devolvidos pode ser necessário operar com vários sistemas de
instalações de pontos de armazenagem das instalações de distribuição usados
na rede logística tradicional. Guide et al (2000) declara alguns elementos que
fazem o processo logístico reverso diferente do tradicional:
28
- Sistemas logísticos tradicionais são principalmente
sistemas de arranque, enquanto em logística reversa é uma
combinação de empuxo e arranque desde que há clientes em ambos
os lados da corrente, a saber o devolvedor e o reutilizador. Na
logística tradicional, somente mercados consumidores necessitam
ser servidos e a corrente logística inteira, incluindo fornecedores (o
‘equivalente’ de distribuidor), ajusta se a ele. Em conseqüência da
responsabilidade estendida de produtor, a quantia de desperdício
fornecido ao sistema logístico reverso (o empurrão) não pode estar
introjetada com o tempo e deve ser combinado com a exigência (o
arranco). A disposição pode servir como uma saída de emergência
para desperdício indesejável, mas a quantia de disposição é limitada
pela legislação, em muitos países.
- O retorno segue um fator necessário de processamento
gráfico em que produtos devolvidos são transformados em produtos
secundários, componentes e materiais. No envio logístico, esta
transformação acontece em uma unidade de produção, que serve
como uma fonte na rede (GUIDE et al, 2000).
Em processos logísticos reversos de transformação tende a ser
incorporado na rede de distribuição, cobrindo o inteiro processo de produção
(disposição) para a exigência (= reutilização). Além do mais desde que
somente uma fração de retorno é valioso, é possível que em um projeto
deficiente, operações são espalhadas sobre um número alto de escalão.
Modelos logísticos tradicionais normalmente focalizam em um ou dois
esquadrões.
4.2.2 - Controle de Inventário e Remanufatura
Dentro desta classificação inclui-se a remanufatura, planejamento de
produção, controle de inventário, programação de trabalho e todas as áreas
29
relacionadas com a produção. Um número de fatores, incluindo a etapa de
ciclo-de-vida de um produto e o índice de mudança tecnológica, relacionando-
se a qualidade e quantidade das devoluções. Esta característica tem um
impacto marcado na gerência de exigência, e controle de inventário. O nível
alto de incerteza surge devido às características em termos de quantidade e
qualidade dos produtos retornados, sendo que ainda se complicou a tarefa de
planejamento de produção, e aumenta a complexidade do processo de
controle de inventário.
Entender esta complexidade, é uma boa questão para analisar a razão
pelas quais as pessoas devolvem os produtos. Rogeres e Tibben-Lembke
(1998), descrevem as causas principais pelas quais as pessoas retornam os
produtos. É importante que não observar somente os clientes podem devolver
os produtos, mas também revendedores e distribuidores. O processo de
receber os produtos devolvidos, encerra alguma necessidade de
gerenciamento de revisão e controle no sentido de determinar qual é o estado
real do produto, e somente depois desse processo, é possível determinar a
melhor estratégia de dispor o produto, para reduzir os custos. Fleischmann et
al (1997) declara algumas diferenças o controle logístico reverso e o tradicional
em relação ao inventário:
- Na logística reversa, em conseqüência do fluxo de retorno,
o nível de inventário entre novos componentes de reabastecimentos
não é mais necessariamente diminuindo mas pode aumentar
também. Esta perda de significante de monotonicidade complica
significantemente os modelos matemáticos subjacentes.
- Um possível ponto inicial para uma análise mais próxima
deste aspecto, são modelos equilibrados de dinheiro abrangendo em
fluxos de longo curso.
- Há duas alternativas para preencher plenamente a
exigência que impõe um jogo adicional de decisões a serem
30
tomadas. Ordens externas e recuperação devem ser coordenadas.
Daniel, V. et al (2000) determinam sete características dos sistemas
industriais recuperáveis que complicam a gerência, planejamento, e
controle de funções de corrente de estoque. São:
• A sincronização incerta e a quantidade de
devoluções;
• A necessidade de equilibrar exigências com
devoluções;
• A necessidade de desmontar os produtos
devolvidos;
• A incerteza em materiais recuperado de itens
retornados;
• O requisito para uma rede logística reversa;
• A complicação de material restrições combinadas;
• Os problemas de tumultos estocásticos para
materiais para reparar e operações de manufatura e por vezes
altamente variáveis de processamento.
Como mencionado anteriormente, é possível utilizar diferentes partes
de produtos devolvidos no sentido de gerar um produto específico durante o
processo de remanufatura, assim como também mistura-lo com outras partes.
Isto complica um pouco o processo produtivo.
4.2.3 - Planejamento de Controle de Material
Sistemas de planejamento de controle de material tradicionais não são
praticáveis para situações de recuperação por várias razões. Um dos
problemas principais é o mal-emparelhamento de estoque e exigência, devido
à liberação simultânea de componentes desejados e indesejáveis na
desmontagem de produtos devolvidos.
31
Um segundo problema importante é o potencial de negócio entre os
componentes de reutilização de retorno e a aquisição externa. Em produtos
remanufaturados, novos produtos são fabricados para usar três tipos de
componentes:
- Componentes que sempre são recobrados de produtos
devolvidos (a quantidade é desconhecida).
- Componentes que sempre são comprados novos
- Componentes que tanto faz serem comprados novos ou
recobrados a partir de produtos devolvidos, dependendo de
disponibilidade e custos (CARTER, 1998).
Fleischmann et al (1997) declara os seguintes argumentos, as
operações de reparo necessárias para converter certas coisas devolvidas de
produto a um estado semi-novo dependente da condição real do produto. Isto
pode variar de exemplo a exemplo e pode, em geral, somente ser decidido
depois de um número de provas e operações de desmontagem.
Portanto, em contraste com a fabricação tradicional nenhuma
seqüência determinada de passos de produção existe na remanufatura. Isto
expõe o planejamento na remanufatura a uma incerteza muito mais alta. Um
nível alto de coordenação é exigido na remanufatura devido à
interdependência entre as partes diferentes e as exigidas.
A desmontagem de um produto devolvido não é uma fonte de
aquisição para um componente específico mas libera várias partes
simultaneamente. Além do mais, problemas de capacidade podem surgir se
várias partes exigem a mesma facilidade de reparo.
Problemas análogos podem ser encontrados para equipamento
comum a uma nova produção e repara. A dependência entre componentes
32
simultaneamente obtíveis por desmontagem e a escolha entre múltiplas fontes
de estoque (diferentes produtos devolvidos) não pode ser manipulado
adequadamente por um nível de cima para baixo em um sentido de
aproximação como em MRP tradicional. Antes de realmente processar
produtos devolvidos deve-se estabelecer as formas de reutilização específicas
para cada componente do produto desmontado.
Para produtos de estruturas complexas isto envolve a seleção de um
nível apropriado de desmontagem de opções de processamento para os
componentes liberados, levando em conta considerações técnicas assim como
econômicas.
4.3 - Motivos
A logística reversa gere a volta das mercadorias na corrente de
fornecimento, da forma mais efetiva e econômica possível.
A Logística reversa se encarrega da recuperação e reciclagem de
vasilhames, embalagens e resíduos perigosos; bem como dos processos de
volta de excessos de inventário, devoluções de clientes, produtos obsoletos e
inventários estacionais. Inclusive se adianta ao fim de vida do produto, com o
objetivo de dar-lhe saída em mercados com maior rotação.
Diretorias comunitárias, ademais, obrigam ou vão obrigar
proximamente à recuperação ou reciclagem de muitos produtos tais como
bens de consumo, vasilhames e embalagens, componentes automotivos,
material elétrico e eletrônico-, o que vai implicar, nos próximos anos, em uma
importante modificação de muitos processos produtivos e, além disso, uma
oportunidade como novo mercado para muitos operadores de transporte,
armazenagem e distribuição (PEREZ, 2003).
A conseqüência de todo o anteriormente descrito é clara: nos próximos
anos a logística reversa vai se caracterizar como uma importante revolução no
33
mundo empresarial e, muito provavelmente, se converterá em um dos
negócios com maior crescimento no início do terceiro milênio.
Uma atividade com um enorme potencial de crescimento que foi
definida como a última fronteira para a redução de custos nas empresas, além
de converter-se em uma importante e inovadora fonte de oportunidades.
Segundo Ballou (1999, p. 149), é necessário que os sócios e
fabricantes que participem dentro de um projeto se vejam envolvidos na
organização para descobrir formas de reduzir custos à hora por exemplo de
devolver produtos. Em sua opinião a logística inversa é um fluxo de material na
corrente de fornecimento. "Nos Estados Unidos ao contrário da Europa, não
existe uma devolução dos produtos ao final de sua vida útil. Nos Estados
Unidos, as pessoas os devolvem porque não funcionam ou não lhes agradam
quando os compram" manifestou.
O autor indicou que o interesse das companhias é o fluxo inverso do
produto e não a reciclagem. "Em estudos realizados, observou-se que as
companhias que fazem sua logística de forma externa terão custos mais baixos
que as que a realizam de maneira interna" (BALLOU, 1999, p. 149) comentou.
4.4 – Vetores Coligados
Existem pelo menos três vetores para seu impulso:
- Considerações de custo-benefício: produtos melhores com
custo de produção mais baixo, recuperação do valor de vasilhames,
empacotamentos, embalagens e unidades de manejo recicláveis.
- Requerimentos legais: derivados da proteção à saúde e do
ambiente, de considerações por custos de processamento de
resíduos, entre outros.
34
- Responsabilidade social: geralmente impulsionado por
organizações não governamentais e associações de consumidores
que apoiados em seu poder de compra, procuram produtos mais
seguros e ambientalmente não prejudiciais; obviamente as
assinaturas nunca perdem dinheiro, há por trás um posicionamento
mercadotécnico em um segmento denominado "premiun" orgulhoso
de consumir de maneira "correta" (CARTER, 2000).
4.5 – Causas da Necessidade e Alcance
Quanto à necessidade da logística reversa, tem-se que as causas são
as seguintes:
- Mercadoria em estado defeituoso;
- Retorno de excesso de inventário;
- Devoluções de clientes;
- Produtos obsoletos;
- Inventários estacionais.
Desde a perspectiva da logística empresarial, a logística reversa está
integrada pelos processos de gestão de:
- Volta de produtos que foram rejeitados por agentes no
canal de comercialização ou pelo consumidor final, bem como
"surplus" de inventários por fim do ciclo de vida (por exemplo: por
mudança de temporada, caducados por data de vencimento, entre
outros).
- Volta para a reutilização de vasilhames (acondicionamento
do produto), empacotamentos (acondicionamento do lote comercial),
embalagens (acondicionamento do produto embalado e empacado
35
no veículo do modo técnico de transporte principal na corrente de
transporte) e unidades de manejo (para o produto findo na corrente
de distribuição física, para o movimento e posicionamento de partes
no processo de fabricação, para a gestão de provedores em
estratégias kan-ban).
- Reutilização de materiais (com base em estratégias
específicas certos materiais podem recuperar-se para seu reuso; por
exemplo os solventes nos processos de extração, de azeites
vegetais comestíveis, os gases inibidores de maturação em
containeres e frigoríficos específicos para frutas).
- Reacondicionamento de produto rejeitado (mediante
processos de reabilitação e acondicionamento, um produto rejeitado
pode ser novamente colocado no mercado).
- Manejo de resíduos e/ou refugos a reciclar, como os
resíduos e refugos de materiais do processo de fabricação, os
vasilhames (se as regulamentações fomentam a devolução destes
desde os consumidores aos pontos de venda), os empacotamentos
e as embalagens (em geral consolidados nos pontos de venda ao
consumidor final), que freqüentemente são enviados a terceiros para
ser submetidos a processos de reciclagem.
- Manejo de resíduos e/ou refugos perigosos, que podem ser
enviados a recicladores ou a lugares específicos para seu
processamento para diminuir sua periculosidade (por exemplo: com
tratamentos físicos, químicos, biológicos, desde o moído e a
granulação, passando pela compactação até a incineração) e
posteriormente realizar sua disposição final (desde recheado
sanitário ao encapsulado para confina-lo em instalações ad-hoc).
- Manejo de resíduos e/ou refugos para destruição e
disposição final.
36
- Manejo de materiais reciclados substitutivos que reduzem
o uso de materiais virgens, que implica em inovações em desenho
de produtos, novas estratégias de "sourcing" e desenvolvimento de
provedores, bem como uma re-engenharia da logística de
abastecimento (FLEISHMANN et al, 1997).
Quanto ao alcance da logística reversa:
- Clientes;
- Hipermercados;
- Cash and Carriers (O dinheiro em efetivo e portadores);
- Supermercados;
- Cliente Final.
37
4.6 – Processos em Logística Reversa
Os processos em logística reversa são enfocados em direção a cinco
objetivos chaves: procura de compras, redução de insumos virgens;
reciclagem; substituição de materiais, e gestão de resíduos.
Em cada um dos processos da logística empresarial pode-se identificar
os cinco enfoques assinalados:
- Procura e compras: Implica na procura, desenvolvimento
de provedores e a aquisição de matérias primas, componentes,
materiais para vasilhame, empacotamento, embalagem e unidades
de manejo que sejam "não poluidoras do ambiente".
- Redução de insumos virgens: Implica: a) atividades de
engenharia de produto, e b) re-treinamento dos recursos humanos,
com o propósito de: valorizar atividades de reutilização de materiais
em sobra, preferir materiais de origem reciclada, escolher
recipientes, embalagens, unidades de manejo, empacotamentos e
vasilhames reutilizáveis e recicláveis, impulsionar a cultura do
"retorno".
- Reciclagem: É necessário desenvolver políticas de
reciclagem respeitando o desempenho ou padrões do produto:
utilizar materiais de origem reciclada, e recicláveis; explorar
inovações tecnológicas que permitem utilizar materiais reciclados;
financiar estudos para reduzir o uso de matérias primas virgens.
- Substituição de materiais: O incremento da taxa de
inovação em processos de reciclagem deve impulsionar a
substituição de materiais, em particular dos mais pesados por outros
mais leves que apresentem um igual ou superior desempenho (como
é o caso na indústria automotriz onde os plásticos estão substituindo
em massa partes de metal e vidro nos automóveis, bem como o
38
alumínio ou os materiais "compostos" nos novos chassis dos
caminhões diminuem a tara facilitando um aumento da unidade de
ônus para igual peso por eixo).
- Gestão de resíduos: As políticas de procura de materiais
devem avaliar a taxa de resíduos na utilização de materiais; o
manejo de resíduos é um custo não desprezível; também pode ser
necessário ter políticas de aceitação de amostras, se as exigências
de gestão dos resíduos destas, ou simplesmente sua disposição por
rejeição, é custosa (CARTER, 2000).
A logística reversa é sem dúvida uma filosofia que qualquer empresa
deve agregar a seu meio, devido a todos os fatores mencionados e ante a
globalização que se instala cada vez mais, é importante ter um planejamento
estratégico de logística reversa.
4.7 – Atividades da Logística Reversa
- Retirada de mercadoria
- Classificação de mercadoria;
- Reacondicionamento de produtos;
- Devolução a origens;
- Destruição;
- Processos administrativos;
- Recuperação, reciclagem de vasilhames e embalagens e
resíduos perigosos.
39
4.8 – Elementos de Direção
Identificou-se 10 elementos chave em prol de uma adequada direção
em logística reversa
- Filtrado primeiramente: Trata-se de controlar a mercadoria
defeituosa ou que não cumpra com os requisitos de devolução.
- Ciclos de tempo. As devoluções são sempre processos
excepcionais, pelo que é muito difícil reduzir os ciclos de tempo
relativos às decisões quanto à aceitação de um pedido devolvido.
Trata-se de definir um bom mecanismo de tomada de decisões, isto
é, que fazer com cada possível devolução (revenda, reparação,
eliminação) Também aqui entraria a decisão de como recompensar
ao pessoal da empresa que consiga encurtar ao máximo este ciclo
de tempo.
- Sistemas de informação da logística inversa. Não existe
um software desenhado especialmente para este propósito, assim
que a eleição lógica será, ou bem o desenvolvimento de um sistema
sob medida, ou a implementação e modificação de um que já se
possua (opção mais econômica). Este sistema deverá ser o
suficientemente flexível como para manejar a enorme variedade de
casos diferentes que possam ocorrer nas devoluções, e o
suficientemente complexo como para funcionar bem através dos
possivelmente numerosos departamentos da empresa. Um software
de logística inversa com maiores chances de êxito deverá reunir
informação significativa que de fato possa ajudar no seguimento,
tanto das próprias devoluções como dos custos que impliquem as
mesmas, e criar uma base de dados com informação relativa às
razões de cada devolução, entre as que se encontram:
40
• Reparação / Serviço;
• Reparação em fábrica: Devolve-se ao provedor para
sua reparação;
• Manutenção;
• Erro do vendedor ao enviar;
• Erro do cliente ao pedir;
• Erro primeiramente. Erro no sistema de processo de
pedidos;
• Erro de envio. Enviou-se material equivocado;
• Envio incompleto;
• Quantidade equivocada;
• Envio duplicado;
• Pedido duplicado por parte do cliente;
• Não pedido pelo cliente;
• Incompleto. Falta um componente ou parte;
• Por defeitos ou danificado;
• Danificado;
• Não funciona;
• Defeituoso. Não funciona bem;
• Caducado;
• Danificado durante o envio. Será reclamado à
companhia de transporte;.
• Outros.
- Centros de devolução centralizados. Os centros de
devolução centralizados (CDC) são instalações dedicadas a manejar
devoluções rapidamente e eficientemente. Aqui os produtos serão
ordenados, processados e enviados a seus respectivos destinos. Os
CDC vêm sendo utilizados a muitos anos, mas ultimamente se viram
incrementados pelas seguintes razões:
41
• Consegue-se aumento nos benefícios.
• Melhora-se enormemente o processo de
devoluções.
• Mentaliza-se e forma ao pessoal quanto a este
respeito.
• Se vêem reduzidos os níveis em inventário.
• Lógica satisfação do cliente (BALLOU, 1999).
- Devoluções "ZERO". Em um programa típico de devolução
ZERO o provedor comunica a seus clientes que NÃO se aceitará
devoluções. Em lugar disto, o provedor facilitará ao cliente um
desconto sobre a fatura do pedido geral, e então, dependendo do
provedor, o cliente, ou bem destruirá o produto, ou disporá
livremente dele de outra maneira.
- Reparação e reforma. Existem 4 categorias: Reparação,
reforma, uso parcial e reciclagem. As duas primeiras categorias
implicam em um acondicionamento e / ou atualização do produto
devolvido. O usado parcial se baseia na recuperação estrita de só
aqueles elementos ou partes ainda funcionais.
- Recuperação de bens. É a classificação e disposição dos
produtos devolvidos, isto é, excedentes, caducados, obsoletos,
desfeitos... realizada de maneira que aumentem os benefícios e
diminuam os custos. O objetivo principal será o de recuperar tanto
valor econômico (e ecológico) como seja possível, reduzindo por sua
vez as quantidades finais de desfeitos. Essencialmente pode-se
reconstruir, revender, reciclar, re-empacotar ou destruir estes
produtos devolvidos. A decisão determinará o desenho da instalação
de processamento, o tipo de formação para os empregados e os
procedimentos específicos quanto à manipulação dos produtos
devolvidos. Os eletrodomésticos, por exemplo, poderiam ser
consertados e postos novamente à venda em armazéns de
42
desconto, e os produtos perecíveis ou farmacêuticos que caducam
seriam destruídos.
- Negociação. Esta é uma parte importante em um processo
de logística reversa bem definido. Dado um fluxo de produtos "para
diante" os preços são estabelecidos por diretores de marca ou
especialistas em marketing. No processo inverso encontrar-se-á, em
mudança, com uma fase de "pechincha", onde o valor do produto
devolvido será negociado sem o emprego de guias prévias sobre
estabelecimento de preços. Estas negociações costumam ser
"flexíveis".
- Direção financeira. A imensa maioria das empresas precisa
melhorar seus processos de contabilidade internos. O fato é que, a
enorme quantidade de problemas contáveis que implica em uma
devolução afasta ainda mais aos já arredios diretores de armazém.
Cabe aqui um exemplo disto: Mercadoria que é devolvida ao
provedor devido a excedentes de estoque ou porque não foi vendida.
Devolve-se através do canal normal de logística reversa. No entanto
o sistema de contabilidade, por exemplo, estabelecerá
automaticamente um preço desconto sobre estes produtos, já que
vêm pelo canal de devoluções, e se lhes supõe caducos, avariados,
defeituosos... Existem programas adequados que podem brindar um
suporte direto a estas atividades contáveis, recolhendo e fornecendo
a informação necessária.
- "Out sourcing". Contratando o processo inverso fora. Cada
vez mais empresas estão contratando firmas externas
especializadas em logística. Com freqüência, estas firmas realizam
os processos de logística inversa mais eficientemente e melhor, além
de permitir que a empresa continue se ocupando de vender mais e
melhor. Mesmo assim não se pode abdicar de toda a
responsabilidade a estas firmas. O nível de sucesso em um
programa de logística reversa é proporcional ao nível de controle
43
sobre o mesmo. Se não se conhece todos os procedimentos e
meandros da logística reversa, poder-se-á encontrar-se limitado ao
que uma possível negligência destas firmas possa arcar à empresa
(PEREZ, 2003).
4.9 - Desenvolvimento
Inicialmente, deve-se planejar as prioridades da empresa em relação
ao que esta espera da logística reversa, através da tabulação das prioridades e
razões.
Em seguida, a empresa deve-se questionar pelas necessidades. Deve-
se sempre fazer a seguinte pergunta: Por que tenho a necessidade de
implementar este tipo de logística em minha empresa?
Caso seja por razões ambientais, a empresa deve sempre organizar um
estudo de como implementar um efetivo programa de reciclagem.
Se o motivo principal for o oferecimento de um serviço melhor ao
cliente, as devoluções de pedidos deveriam estar desenhadas como parte
integral dos sistemas de relações com o mesmo.
Caso o motivador inicial seja por questões econômicas, desenha-se
programas para a recuperação e reconstrução de produtos devolvidos.
Como etapa seguinte, a empresa deve definir quais recursos esta vai
implementar. Um programa de logística reversa não pode ser encarado como
uma simples participação do trabalho de ninguém. É uma tarefa de alta
prioridade, e requer recursos próprios.
A partir disto, a empresa deve se perguntar sobre quanto tempo está
44
disposta a empregar para dirigir o programa adequadamente. Isto é essencial
para a definição dos projetos em relação às obrigações que assumirá.
Demais definições passam a ser consideradas como conseqüências
das anteriores. A empresa passará a definir que parte ou porção do orçamento
empresarial será empregado, além do levantamento dos recursos humanos
disponíveis que possibilitarão a implantação para tal fim.
A logística reversa será um exercício tático ou pelo contrário uma
estratégia autêntica, dependendo da atuação da empresa diante da seriedade
do programa. A diferença entre ambas reside em que na estratégica o diretor
ou gerente participará ativamente.
Tendo presente que o nível de benefícios potenciais será diretamente
proporcional à quantidade investida no programa de logística reversa, a
empresa passará a definir qual seria um nível aceitável de benefícios sobre o
investimento prévio, sendo a resposta variável de acordo com as expectativas
tabuladas com as respostas anteriores (PEREZ, 2003).
Outra questão bastante profunda é sobre quem se encarregará de
dirigir e supervisionar o processo, já que ainda que se decidisse contratar uma
empresa externa para tal fim sempre será necessária uma supervisão do
sistema.
Caso a resposta à questão acima seja decidir pela contratação do
processo com terceiros, deve-se estabelecer claramente quais partes do
processo realizarão estes.
A próxima meta a partir das definições já explicitadas é a escolha de
como a empresa se comunicará com seus clientes. Uma parte chave é a de
decidir como e daí comunicar aos clientes.
45
Quando um cliente chame para exigir uma devolução, com quem
tratará diretamente? Estabelecer-se-á um centro de contatos interno na
empresa ou contratar-se-á uma terceirização? Enviar-se-á em algum momento
os clientes ao fabricante para gerir a devolução?
Indiferentemente se se implementa este serviço na própria empresa
como se é contratado uma outra empresa terceirizada, será preciso tanto uma
política como procedimentos muito claros e bem definidos, assim como os
textos ou roteiros necessários para que o pessoal do centro de contatos os
usem adequadamente. Quem se encarregará de desenvolver estas
ferramentas?
Deve-se incluir instruções escritas no envio original, devido ao fato de
que se isto não ocorresse, o cliente poderia acabar devolvendo o pedido aos
escritórios de faturação, e não ao armazém ou fabricante correspondente.
Existem empresas que incluem instruções detalhadas de
empacotamento e etiquetagem pré-impressas. Deve-se definir se isto também
ocorrerá na empresa. Podes evitar maiores danos ao produto devolvido se o
cliente recebesse claras instruções de como empacotar sua devolução,
enquanto, caso contrário, os pedidos devolvidos poderão acabar totalmente
inservíveis para sua possível revenda (BALLOU, 1999).
Aconselha-lhe também uma boa empresa de transportes.
Outra definição essencial é se a empresa facilitará estas instruções com
cada pedido, ou mediante fax, e-mail entre outros, uma vez que o cliente
deseje devolver algo, ou seja, um sistema de informação.
Que tipo de e-mail será utilizado para que a empresa se comunique
com seus clientes e em que pontos do processo de devolução? Será e-mail
manuais ou automáticos (auto-resposta)?
46
Da mesma forma, como se tratará e comunicar-se-á a questão dos
gastos de envio é outra questão sobremaneira importante, sobre risco de
falhas de comunicação que poderão gerar desentendimentos ainda maiores.
Muito com freqüência, será a empresa a que se faça cargo dos gastos de
envio para uma devolução (sobretudo se esta é por causa de um erro
ocasionado pela mesma).
A desvantagem é que, tipicamente, será o cliente o que estime o peso,
eleja transportador com o que, possivelmente, a empresa não tenha acordos
de descontos, convertendo-se tudo isto em cargos extras para a empresa.
Uma via para evitar isto é a de ter ao pessoal do centro de contatos pelo
cliente os processos de envio das devoluções, especificando transportadora,
peso de produto e descrição da mercadoria no momento do telefonema
solicitando uma devolução.
4.10 – Fatores para o sucesso
4.10.1 - Administração e Controle
Os processos da logística reversa devem ser "mapeados" quanto à
estrutura inter funcional para ser compreendidos ao longo de toda a corrente
de fornecimentos e ser posicionados no contexto relacional de direção correto.
Quanto aos Indicadores de desempenho, é necessário estabelecer um
custeio baseado em atividades para medir o desempenho da logística reversa.
Todo programa, assim como cada uma das ações destes deve ser medido; a
prática permitirá valorizar mais rápido e facilmente qualquer proposta
inovadora.
4.10.2 - Aspectos Financeiros
47
Implantar uma logística reversa implica na necessidade de atribuir
recursos financeiros suficientes para:
- auditar os processos logísticos ao longo de toda a corrente
de fornecimentos;
- realizar estudos de desenho industrial compatível com o
ambiente de vasilhames, empacotamentos, embalagens e unidades
de manejo;
- financiar equipamento específico para recuperar e reciclar
materiais, e
- estabelecer alianças estratégicas.
Desta feita, tem-se a necessidade de planejamento anterior, no sentido
de possibilitar o levantamento de custos. Basicamente, estes são conectados à
operabilidade que se deseja oferecer ao processo de logística reversa, de
modo que atenda às necessidades da empresa e também dos clientes.
48
CAPÍTULO V
A LOGÍSTICA REVERSA E O MEIO-AMBIENTE
Pode-se aplicar a logística reversa em um terreno tão conhecido como
polêmico, sobretudo atualmente como a reciclagem de materiais
ambientalmente perigosos.
Algumas companhias estão observando que um sistema de logística
reversa bem implementado pode, além da consecução de grandes economias
quanto a custos, conseguir que suas empresas ganhem como co-fator a fama
de "boas cidadãs comprometidas com o meio-ambiente".
Vale aqui o oferecimento de um exemplo. Um conhecido fabricante de
produtos de cosmética costumava desperdiçar cerca de 60 milhões de dólares
provenientes de devoluções. O fabricante tratou deste problema
desenvolvendo processos que reduziram o volume de produtos destruídos à
metade. O processo se baseou em um escaneamento das caixas de material
devolvido no momento da entrada em seus armazéns, conhecendo assim as
datas de caducidade dos produtos devolvidos, e calculando se estes podiam
voltar a ser vendidos, ou presenteados como mostras.
Durante o primeiro ano, esta empresa de cosméticos foi capaz de
avaliar em mais 24% de suas devoluções, distribuir mais 150% com
devoluções e de poupar 475.000 dólares em somente um ano em custos
gerais. A empresa destruiu mesmo assim cerca de 27% dos produtos
devolvidos por causa da caducidade. O fabricante espera num futuro próximo
poder baixar esta cifra a somente 15%. Tudo isto devido somente a um
adequado sistema de logística reversa (REALFF, 1999).
49
Desenvolver uma estratégia é algo essencial. O desenvolvimento de
uma boa estratégia reversa implicará em um grande esforço bem como o
emprego de consultores externos.
5.1 – Celulares e Pilhas
A implantação da telefonia móvel de forma generalizada, as rápidas
mudanças na tecnologia, a obsolescência deliberada, o econômico que resulta
adquirir um terminal novo são razões que fazem com que a vida média útil de
um celular seja muito reduzida: ronda os dois anos no melhor dos casos. Isto
supõe que o celular que se vende hoje é um resíduo seguro em alguns poucos
meses.
Estas grandes quantidades de resíduos devem ser recicladas ou
levadas a lixeiras especiais em que lhes dê um tratamento para que seus
efeitos sejam o menos nocivos possível para o meio ambiente. A composição
destes aparelhos é muito complexa: contém matérias primas escassas mas
valiosas que compensa recuperar, bem como componentes tóxicos (mercúrio,
níquel, cádmio). Neste caso, a corrente logística reversa (desde os
consumidores aos fabricantes) pode-se dividir em duas partes bem
diferenciadas.
Por um lado às atividades de recolhida dos telefones móveis desde os
consumidores até a empresa de reciclagem, que são levadas a cabo pelos
fabricantes e operadores do setor da telefonia móvel. E por outro lado, o resto
de atividades, levadas a cabo pela empresa de reciclagem (inspeção,
processamento, vertido e distribuição).
Uma vez recolhidos os telefones móveis, de qualquer forma que seja,
estes são transmitidos para as autorizadas que remetem os mesmos para as
plantas industriais que reciclam estes materiais. Nestas plantas os telefones
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móveis, junto com outros aparelhos eletrônicos, submetem-se a um processo
no que se procura recuperar os componentes aproveitáveis e tratar
adequadamente os potencialmente perigosos (REALFF, 1999).
Este processo se divide em duas partes:
- A primeira fase do processo consiste em uma separação
cuidadosa dos componentes potencialmente perigosos (C.P.P.), tais
como condensadores, circuitos impressos e plásticos que contêm
PCB´s, compostos de mercúrio, acumuladores de níquel/cádmio,
entre outros. Estes componentes potencialmente perigosos são
entregues a gestores autorizados para seu correto tratamento.
- Posteriormente se procede à classificação dos diferentes
tipos de plásticos, metais e vidros. Cada tipo implica em um
processo específico de revalorização e tratamento que permite
recuperá-lo e devolvê-lo ao ciclo produtivo.
Da mesma forma, o mesmo processo de logística reversa é utilizado
no Brasil e no mundo para o reaproveitamento ou proteção do ambiente pelo
recolhimento de pilhas e cartuchos de impressoras.
51
CAPÍTULO VI
A LOGÍSTICA REVERSA NA INTERNET
O seguinte é um exemplo da falta de políticas de devoluções que
apresentam algumas das empresas On-line (em linha, internet).
No mundo "On-line", as devoluções no mercado eletrônico estão
incrementando-se incrivelmente.
No entanto, ainda muitos sites bastante importantes ainda não
oferecem o devido valor à logística reversa. Isto se deve basicamente a quatro
razões:
- Falta de importância. A maioria dos mercados on-line estão
demasiado ocupados estabelecendo Web’s fantásticas para atrair a
seus clientes potenciais.
- Desconhecimento. Há demasiados fatores que as
empresas On-line não conhecem quando começam suas operações
na rede. Não sabem quanto volume manejarão ou como irão
manejá-lo, pelo que costumam iniciar tudo manualmente
(DOWLASHTAHI, 2000).
Então, em caso que a web tenha sucesso, se verá extravasada por
pedidos e devoluções em uma muito difícil situação.
- Falta de experiência. A maioria das empresas em Internet
não procedem do mundo off-line, isto é, não venderam nada antes,
ou têm muito pouca experiência em relação a volumes muito
52
pequenos (não é o mesmo uma loja de roupa de claro âmbito local
que uma página web de roupa de âmbito, no mínimo, nacional)
- Múltiplas fontes de fornecimento. O varejista On-line
costuma vender artigos de desde múltiplos fabricantes e provedores,
quem em muitos casos enviarão diretamente seus produtos aos
clientes finais. Como é lógico, cada fabricante ou distribuidor possui
sua própria política de devoluções (se a tiver), adicionando ainda
mais complexidade a este respeito.
Em claro contraste com a falta de interesse por parte dos varejistas, o
cliente final se encontra muito interessado em como devolver um pedido
determinado, e se poderá de fato fazê-lo. Em pesquisas realizadas por todo o
mundo, percebe-se que a simples ausência de uma clara política de
devoluções já é razão mais do que suficiente para a perda de clientes
potenciais.
Nas mesmas pesquisas também se detectou que 59% dos
consumidores preferiam a devolução de seu dinheiro, 27% o intercâmbio por
outro produto igual ou de similares características, 11% um crédito pelo valor
da devolução em futuras compras e os 3% restantes diversas preferências
(CARTER, 2000).
53
CAPÍTULO VII
CONSELHOS PRÁTICOS PARA A CRIAÇÃO DE UM
SISTEMA DE DEVOLUÇÕES ON-LINE
É preferencial que se comece desde o final, tentando primeiro
desenhar os sistemas tomando a logística reversa como a principal prioridade.
Não importa quão atrativa seja a página web; se não existe uma clara política
de devoluções, provavelmente o cliente não voltará.
Preparar uma apresentação clara também é outro quesito bastante
importante. Não se pode pretender vender, por exemplo, roupa em Internet, e
dar-se conta de que os clientes estão solicitando vários tamanhos com o fim de
ver posteriormente qual lhes senta bem, e devolver o resto utilizando o sistema
de devoluções. A melhor forma de manter um baixo nível em devoluções é a
de assegurar uma boa qualidade tanto nas imagens como na informação que
facilitar aos clientes (tamanhos, cores, tabelas de equivalência entre outros).
A compra impulsiva costuma terminar em devolução impulsiva. A nova
e agressiva política "One Click" (processo pelo qual o cliente, possuidor já de
uma conta em uma web determinada, realiza um pedido com somente um click
do mouse), torna demasiado fácil comprar um produto impulsivamente, e isto
pode originar "arrependimento" por parte do cliente fazendo com que este
devolva o pedido nada mais recebê-lo. Para evitar isto, torna-se interessante
incluir uma opção de cancelamento de pedido disponível durante um tempo
mínimo de uma hora posterior à compra (CARTER, 2000).
54
Deve-se informar ao cliente que deve fazer. Se se envia o pedido sem
instruções claras do como devolver uma compra, estar-se-á forçando ao cliente
a voltar à web para averiguar o que fazer a respeito. Assim, a empresa deve
sempre acompanhar os pedidos com instruções detalhadas sobre este tema.
Assim, o principal fator no sistema de logística reversa on-line é a
informação. As probabilidades de devolução aumentarão quanto mais tempo
passe desde o momento da compra até a recepção do pedido por parte do
cliente. Além de prover com um seguimento on-line do pacote, também deve-
se manter os clientes informados de possíveis atrasos na entrega de seu
pedido.
É interessante Implementar ferramentas de auto configuração. As
web’s que permitem configurar os produtos on-line diminuem dramaticamente
as devoluções. Brindar os clientes com a possibilidade de configurar seus
produtos, pacotes, ofertas fará com que diminua notavelmente a possibilidade
de devolução de um pedido. Dell Computers, uma empresa americana com
grande fatia do mercado reporta que aqueles clientes que configuraram seus
PC’s on-line devolveram muitos menos pedidos do que aqueles visitados por
vendedores tradicionais off-line.
Incluir ferramentas on-line faz com que seus clientes se sintam mais
confiantes quanto aos produtos e com menores riscos de devoluções. Algumas
companhias de transporte possuem ferramentas on-line gratuitas que
permitem à empresa integrar na página web da mesma e facilitar
enormemente as devoluções de pedidos. Quando um cliente solicita uma
devolução, o sistema proverá a este com uma etiqueta de devolução que
imprimirá desde sua impressora local e colará no pacote a devolver.
A empresa deve também se aproveitar de seu armazém off-line. Se a
empresa é "Click & Mortar", isto é, se possui um armazém físico além da web
site, oferecer a possibilidade de que o cliente efetue sua devolução em uma de
55
suas lojas ou centros físicos torna-se bastante interessante, prático, mais
barato e direto. Além da comodidade oferecida ao cliente, este se encontrará
no terreno da empresa (CARTER, 2000).
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CONCLUSÃO
A logística reversa é tema recente, do qual se possui pouco
conhecimento ou se desconhece totalmente sobre este. Atualmente são muito
poucas as empresas que se utilizam deste sistema de forma adequada. No
entanto, cada vez mais as empresas estão precisando se preocupar com as
diversas exigências do mercado que levam a estas apostar em sistemas de
logística reversa.
A logística reversa ajuda a preservar o meio ambiente mediante
reciclagem de materiais que põem em perigo os ecossistemas terrestres. Isto
se deve não somente a um fator de moralidade ecológica empresarial mas
também está ligada a dois outros fatores: a mentalidade dos clientes e as
diversas normativas cada vez mais exigentes em relação à responsabilidade
empresarial dos seus produtos.
Para implementar um sistema de logística reversa de maneira eficiente
se deve produzir uma mentalização e colaboração total entre todos os agentes:
provedor, recursos humanos, distribuição, transporte, e usuário final.
A logística reversa não foi objetivo prioritário dentro das empresas e é
agora quando se está entendendo que é um fator de negócio muito importante.
Cada vez mais, o mercado se direciona para compras rápidas,
envolvendo clientes exigentes coligados a um sistema de vendas que não
oferece tempo para decisões demoradas, desta feita, torna-se bastante maior
a evolução das devoluções. Da mesma forma, o perecimento maior dos
produtos, seja em níveis de tecnologia seja por produtos menos resistentes
fazem com que estes sejam maiormente passíveis de devolução.
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Isto é principalmente válido para o mercado on-line, onde vende-se
cada vez mais com um distanciamento físico imenso por parte dos clientes e
do varejo, de modo que deve-se preocupar com sistemas de devolução e
trocas.
Como vantagens, as financeiras são imensas, no sentido de
economizar quanto à distribuição e reaproveitamento dos produtos devolvidos,
além dos maiores números de vendas propiciadas pelo maior contato com os
clientes devido ao atendimento às suas necessidades e expectativas.
58
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BALLOU, R. H. Business Logistics Management. 4 th edition. New York: Prentice-Hall, Inc., 1999.
BEAMON, B. M. Designing the green supply chain. Logistics Information Management, 12(4), p. 332–342, 1999.
CARTER, C. R.; ELLRAM L. M. Reverse logistics: a review of the literature and framework for future investigation. Journal of Business Logistics,19(1), p. 85-102, 1998.
DOWLATSHAHI S. Developing a theory of reverse logistics. Interfaces, 30(3), p. 143-155, 2000.
FLEISCHMANN, M. et al. Quantitative models for reverse logistics: a review. European Journal of Operational Research, n. 103, p. 1–17, 1997.
GUIDE, Daniel J. et al. Supply-chain management for recoverable manufacturing systems. Interfaces, 30(3): p. 125-45, 2000.
PÉREZ, A.; RODRÍGUEZ, M. A.; Y SABRIÁ, F. Logística Inversa. São Paulo: LogisBook. 2003.
REALFF, M. J.; AMMONS, J. C.; NEWTON, D. Carpet Recycling: determining the reverse production system design. Polymer-Plastics Technology and Engineering, 38(3), p. 547-567, 1999.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO ................................................................................................. 01
AGRADECIMENTO ................................................................................................. 03
DEDICATÓRIA ......................................................................................................... 04
RESUMO ................................................................................................................. 05
METODOLOGIA ....................................................................................................... 06
SUMÁRIO ................................................................................................................ 07
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 08
CAPÍTULO I - QUESTÕES DE LOGÍSTICA ............................................................. 10
CAPÍTULO II - A LOGÍSTICA NO SÉCULO XXI ....................................................... 15
CAPITULO III - AS CADEIAS DE ABASTECIMENTO .............................................. 17
3.1 - Importância das correntes de abastecimento ................................................ 18
3.2 - Definição da corrente de abastecimento ........................................................ 19
3.3 - Planejamento do problema e objetivos .......................................................... 20
CAPÍULO IV - A LOGÍSTICA REVERSA ................................................................. 22
4.1 - Conceito ......................................................................................................... 25
4.2 – Diferenças entre Logística Tradicional e Reversa ......................................... 27
4.2.1 - Teoria da Situação e Estrutura da Rede Logística .................................. 27
4.2.2 - Controle de Inventário e Remanufatura ................................................... 29
4.2.3 - Planejamento de Controle de Material ..................................................... 31
4.3 - Motivos ........................................................................................................... 32
4.4 – Vetores Coligados ......................................................................................... 34
4.5 - Causas da Necessidade e Alcance ............................................................... 34
4.6 - Processos em Logística Reversa ................................................................... 37
4.7 – Atividades da Logística Reversa ................................................................... 38
4.8 – Elementos de Direção ................................................................................... 39
4.9 - Desenvolvimento ............................................................................................ 43
4.10 – Fatores para o sucesso ............................................................................... 46
4.10.1 - Administração e Controle ....................................................................... 46
4.10.2 - Aspectos Financeiros ............................................................................. 47
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CAPÍTULO V - A LOGÍSTICA REVERSA E O MEIO-AMBIENTE ............................ 48
6.1 – Celulares e Pilhas ......................................................................................... 49
CAPÍTULO VI - A LOGÍSTICA REVERSA NA INTERNET ....................................... 51
CAPÍTULO VII - CONSELHOS PRÁTICOS PARA A CRIAÇÃO DE UM
SISTEMA DE DEVOLUÇÕES ON-LINE ................................................................... 53
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 56
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................................ 58
ÍNDICE ...................................................................................................................... 59
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: