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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Mediação de Conflitos: Um Instrumento de Contribuição para
o Desenvolvimento da Autonomia dos Indivíduos.
Por: Daiana da Silva da Conceição
Orientador
Profº Francis Rajzman
Rio de Janeiro
Setembro/2012
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
Mediação de Conflitos: Um Instrumento de Contribuição para
o Desenvolvimento da Autonomia dos Indivíduos.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Mediação de Conflitos com Ênfase em Família.
Por: Daiana da Silva da Conceição.
Dedicatória
Dedico este trabalho a Deus amigo constante em minha vida e que me dá
forças para continuar mesmo nos momentos mais difíceis; ao meu pai pelo
exemplo de luta, perseverança e amor dedicado a mim; aos meus familiares
e amigos que me apoiaram de diversas maneiras durante esta importante
etapa de minha vida.
Agradecimentos
Todos os valores nos quais acredito, aprendi durante o convívio com muitas pessoas. Algumas delas
apenas passaram pela minha vida e logo se foram, algumas outras foram tão importantes que sempre
terão um espaço reservado em minhas boas lembranças, algumas outras seguem e seguirão comigo, por
isso aproveito o momento para agradecê-las.
Agradeço a Deus, pela sua presença constante na minha vida, sem que eu precise pedir, pelo auxílio nas
minhas escolhas e por me confortar nas horas difíceis. Porque todo o dia me dá chances para que eu me
esforce, e me torne um ser humano melhor e mais feliz. É o tipo de felicidade que só faz bem ao
espírito. Meu e Dele. Ele sabe que para quem se esforça o sabor da vitória é mais doce. Que bom que
eu não consigo nada com tanta facilidade! Porque assim, eu consigo valorizar as minhas pequenas
conquistas. Que bom que eu tenho problemas para enfrentar! Porque assim, eu aprendo. Evoluo e
amadureço. Que bom que Deus não se esquece de mim! O Senhor, em sua suprema sabedoria, sabe o
que eu preciso para ser feliz. Preciso de Deus! E do seu profundo amor por mim
Agradeço a minha avó-mãe, Terezinha, que não está mais entre nós, mas, que através de sua vida me
ensinou o amor a Deus, a humildade, a afetividade e o respeito ao ser humano. Sinto sua falta, de saber
que mesmo que eu queira não posso mais encontrá-la para dar-lhe um abraço.
Agradeço ao meu pai, José Arlindo, pelo seu sorriso que até hoje me acolhe, aos seus braços que me
acariciam e seu olhar que conforta. Agradeço por ter sido meu, diariamente, "super homem",
trabalhando incansavelmente para me dar o conforto que tenho sem nunca pedir nada em troca.
Agradeço porque, cuja fé em mim me ensinou a ter fé em mim mesma e, em Deus. Obrigada por todas
as maneiras com que você demonstra o quanto me ama e se importa comigo, por tudo o que você
sempre fez e faz. Eu tenho muito orgulho e sou muito feliz por ter... UM PAI COMO VOCÊ, sou grata
por quem sou e por tudo o que me tornei. Sou grata pelas minhas conquistas e pela oportunidade que
me deste para que eu buscasse o conhecimento como forma de conquistar meus sonhos e de me tornar
uma verdadeira cidadã. TE AMO MUITO!!!
Agradeço as minhas tias e primos sempre presentes na minha vida, por cada tijolinho moldado com
suas experiências, que me foi dado com tanto amor para construir minha própria estrada. Eu os amo
muito!!!!
Sou grata a minha amiga Renata que me compreendeu nos momentos mais complicados de minha vida,
principalmente no desenvolvimento deste trabalho, pelo carinho e atenção; pelas palavras certas nos
momentos certos, pelo silêncio que diz quase tudo, por este olhar que me reprova mudo, por este olhar
que diz:” - Amiga, vai em frente!” Pela pureza destes sentimentos, pela presença em todos os
momentos, por ser feliz, quando me vê contente, por ficar triste quando estou tristonha, por rir comigo
quando estou risonha, por repreender-me, quando estou errada, por me apontar para Deus a todo
instante, por esse amor fraterno tão constante, por tudo isto e muito mais eu digo: DEUS TE
ABENÇÕE MINHA QUERIDA AMIGA RENATA.
Agradeço a minha grande amiga de infância, Juliana Pires, e toda sua família pela cumplicidade, apoio e
incentivo, por estarem presentes em todos os momentos da minha vida e, sempre, na torcida pelo meu
sucesso. Amo vocês!!!!!
Agradeço também aos meus amigos e irmãos em Cristo (Silvinha, Walmir, Suelen, Diego, Adriana,
Anderson, Suedna e Clair) pessoas que têm estendido sobre mim amor e misericórdia ao me ouvir, ao
me exortar, ao se entristecer e se alegrar comigo! Vocês são o bálsamo de Deus. "Em todo o tempo ama
o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão." Provérbios 17.17.
Não posso deixar de agradecer ao meu pastor Claudio e sua família que me cobriu com as suas orações
e que ao longo desse tempo tem sido canal do Espírito Santo em meu crescimento em Cristo.
Agradeço também a toda a igreja, igreja essa que amo e que considero como minha própria família, pois
foi onde cresci e onde meu caráter foi formado. Obrigada pelas orações de todos vocês que compõem
essa igreja.
Agradeço as minhas amigas (Aline, Flávia, Luana, e Renata), que conheci na graduação e que levarei
para a vida inteira. Meninas, obrigada pelas horas de diversão, de companheirismo, pelas conversas e
conselhos para realização da vida pessoal e profissional. Estendo a minha gratidão também aos
"anexos", Diogo, Thiago, Bruno e a "nossa" mascote Camillinha, que estão sempre presentes me
fazendo sorrir. Obrigada... simplesmente obrigada!!!!
Não posso deixar de mencionar nesses agradecimentos, Cleiton, uma criatura linda que Deus colocou
em meus caminhos... de início não entendi, bem ao certo, hoje sei que você faz parte da minha vida,
você é alguém que me ensinou a ver a vida com outros olhos, ofereceu-me seu ombro amigo, sem pedir
nada, simplesmente minha amizade. "Cada vez que eu olho pra trás vejo o cuidado de Deus, lembro
com carinho o dia que eu conheci você..." Sou, imensamente, agradecida a Deus por nos colocar juntos quando
eu mais precisava de um anjo e de um amigo. Saiba que és muito especial para mim!!!!!
Agradeço a todos os professores os quais contribuíram para que eu pudesse adquirir conhecimentos e
aprimorá-los durante toda essa jornada.
Agradeço, em especial ao professor Luiz Sérgio, que aceitou carinhosamente o meu convite de
contribuir com seus conhecimentos. Pelas pacientes e criteriosas reflexões e sugestões efetuadas durante
o desenvolvimento deste trabalho e pela disposição demonstrada em todo o processo. Obrigada pela
paciência, atenção e dedicação!
Agradeço ao professor Francis Rajzman, meu orientador, pela grande contribuição para minha
formação profissional no sentido de busca do conhecimento.
Agradeço as colegas de turma que compartilharam os prazeres e dificuldades desta jornada com os quais
convivemos durante tantas horas de sábado e carregamos a marca de experiências comuns que tivemos.
Partamos confiantes em busca de nossos ideais. A partir de agora cada uma trilhará seu caminho. Entre
nós ficará a lembrança de nossos encontros e desencontros, lutas e decepções. Fica a certeza de que cada
uma de nós contribuiu para o crescimento da outra.
Agradeço ao pessoal do Centro Judiciário de Soluções de Conflito e Cidadania do Fórum de Nova
Iguaçu, em especial a coordenadora "Ceiça", pelo carisma e simpatia, mas principalmente pelas palavras
de amizade e incentivo. Obrigada por tudo o que fez por mim!
A todos, sou muito grata, cada um foi fundamental e indispensável para que eu chegasse até aqui.
AMO TODOS VOCÊS!!!!!!!
"TornandoTornandoTornandoTornando----se um consciente se um consciente se um consciente se um consciente criador de escolhas,criador de escolhas,criador de escolhas,criador de escolhas, você você você você começa a gerar ações quecomeça a gerar ações quecomeça a gerar ações quecomeça a gerar ações que sãosãosãosão evolucionárias para você”.evolucionárias para você”.evolucionárias para você”.evolucionárias para você”.
Deepak ChopraDeepak ChopraDeepak ChopraDeepak Chopra
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CJSCC- Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania
N.I – Nova Iguaçu
TJERJ – Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro
LISTA DE FIGURAS
Figura I - 1ª Vara de Família
Figura II – 2ª Vara de Família
Figura III – 4ª Vara de Família
Figura IV – 5ª Vara de Família
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................. 14
CAPÍTULO I
A CONSTRUÇÃO SÓCIO – HISTÓRICA DA FAMÍLIA................... 15
1.1- Notas Introdutórias do Conceito de Família............................. 15
1.2- Novos Arranjos Familiares....................................................... 18
CAPÍTULO II
MEDIAÇÃO FAMILIAR..................................................................... 20
2.1- O que é Mediação?..................................................................... 20
2.2- A Mediação no Contexto Familiar................................................ 22
2.3- Centro de Mediação do Fórum de Nova Iguaçu....................... 23
2.4 – Análise dos processos encaminhados para a mediação........... 26
CAPÍTULO III
Autonomia, um dos Objetivos da Mediação................................. 30
3.1- Conceito de Autonomia.............................................................. 30
3.2- Mediação x Autonomia............................................................... 31
Considerações finais....................................................................... 32
Referencias Bibliográficas.............................................................. 33
Índice................................................................................................. 35
Folha de Avaliação........................................................................... 37
Resumo
A partir da observação durante os encontros de mediações realizadas no fórum de
Nova Iguaçu surge a proposta de trabalhar a questão da mediação focando a
autonomia, um de seus objetivos básicos, como uma possibilidade das partes
envolvidas no conflito participarem de forma ativa na busca de melhores soluções
tornando-se autores de sua própria história, pois ninguém é melhor do que os próprios
para decidirem o que é melhor para si mesmo.
Metodologia
A proposta deste trabalho, de natureza teórica, tem por objetivo argumentar a favor da
importância da mediação de conflitos para o desenvolvimento da autonomia dos
indivíduos tendo como suporte metodológico pesquisa bibliográfica, atividade de campo
realizada no Centro de Mediação do fórum de Nova Iguaçu e pesquisas de sites de
internet, além de materiais apresentados em sala de aula.
14
INTRODUÇÃO
Ao se pensar em conflito tende-se associá-lo como algo negativo e não como uma
possibilidade de crescimento do ser humano. Culturalmente, a palavra conflito está
relacionada a problemas, desentendimentos, porém, a capacidade de resolver os
próprios conflitos significa também crescimento, amadurecimento.
Na humanidade, conflitos existem desde o princípio, tendo a bíblia como referência da
criação do mundo percebe-se que os conflitos começaram com Adão e Eva no Jardim
do Éden, logo após com os filhos destes Caim e Abel que também tiveram
desentendimentos e assim por diante.
Com isso, percebe-se que os conflitos são importantes para a vida dos seres humanos,
pois quando há conflitos, há também a necessidade de busca de soluções e estas
proporcionam desenvolvimento para a sociedade, para a família, para os indivíduos,
impulsionando mudanças significativas para as partes envolvidas.
15
Capítulo 1 – A Construção Sócio – Histórica da Família
“O que gostaria de conservar na família no terceiro milênio
são seus aspectos mais positivos: a solidariedade, a
fraternidade, a ajuda mútua, os laços de afeto e o amor. Belo
sonho”.
(Michelle Perrot)
Neste capítulo será feito um breve relato sobre a construção da história social da família
e suas transformações relacionadas com as mudanças estruturais da sociedade.
Ressaltando que estas transformações estão diretamente ligadas com o funcionamento
da família e a relação entre os seus membros.
1.1- Notas Introdutórias do Conceito de família
De acordo com o dicionário Aurélio, família é definida como “o pai, a mãe e os filhos:
família numerosa. Todas as pessoas do mesmo sangue, como filhos, irmãos,
sobrinho,etc”
A palavra família vem do latim “famulus”1, que significa “escravo doméstico”. Esse
termo surgiu na época da Roma Antiga e era usado para definir um grupo que era
submetido à escravidão agrícola. A definição usada para família ligada por laços de
sangue ou emotivos era a de “família natural” reconhecida como uma estrutura
patriarcal composta por pai, mãe e filhos e todos os agregados, ou seja, a família
patriarcal é uma família extensa, numerosa que vai além do núcleo conjugal, composta
por parentes, escravos, etc.
Na história a família teve sua origem numa relação natural e patriarcal onde o pai era
tido como o chefe da família, logo o poder estava com ele, portanto os membros da
1 Dados retirados do site: pt.wikipedia.org/wiki/Família- Acesso em 02 de fevereiro de 2012 às 21:22h.
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família, mulher, filhos e escravos, eram submetidos a sua autoridade, ou seja, todos
deveriam prestar obediência ao patriarca.
No Brasil, não foi diferente a família foi inicialmente concebida pelo mesmo modelo
patriarcal no qual os homens eram detentores do poder o que os faziam sentir-se donos
de suas esposas, filhos e empregados.
A mulher deveria ser submissa, não tinha o direito de estudar, de trabalhar, de se
manifestar socialmente sem que seu pai ou seu marido permitisse.
O papel das mulheres era restringido aos cuidados com as tarefas domésticas e com os
filhos, a mulher era responsável pelo cuidado com a família e pela organização da casa,
aos homens cabia à tarefa de prover o sustento da família e de proteger e para o
homem ter uma esposa, um lar eram requisitos básicos para alcançar prestígio social.
As famílias eram muito ligadas aos princípios religiosos, portanto a igreja dominava
ditando as regras a serem seguidas influenciando as mesmas durante muitos anos as
impedindo de desenvolverem uma doutrina independente de valores religiosos.
Para Freyre, Vianna e Cândido apud Tayra, o fortalecimento da família patriarcal e a
centralização do poder nas mãos do patriarca devia-se ao fato de que não existia um
Estado forte e a sua queda ocorreria quando esse Estado intervisse assumindo seu
papel.
“O Estado não está na origem da família, mas a
recíproca é verdadeira: a família, semente do corpo
social, pode subsistir sem o Estado, mas este não se
mantém sem aquela. Conforme ensina Leão XIII, “a
família é o berço da sociedade civil, e é dentro desse
círculo doméstico que se prepara, em grande parte, o
destino dos Estados” (Encíclica Sapientia Christiana).
Segundo Bruschini (1979), a família é resultante de três variadas relações constituídas
por descendência, consanguinidade e afinidade, sendo assim, considerado um grupo
social concreto.
17
Para o autor, o conceito de família está relacionado a diferentes correntes teóricas,
como a funcionalista que a vislumbra como uma organização socializadora responsável
pela formação de personalidade dos seres humanos. Já na teoria marxista, a família é
considerada um fator determinante para a produção e reprodução da vida sendo
inserida nesse contexto tanto a produção dos meios de existência quanto à produção
dos próprios indivíduos.
Com o decorrer do tempo, esse conceito vem sendo modificado tanto em sua relação
com a sociedade quanto em sua gênese.
A compreensão de Philippe Ariès (1973) é de que o surgimento da família moderna
está relacionado a mudanças ocorridas ao tratamento fornecido às crianças e à vida
privada no final do século XVII e no século XVIII. Nestes séculos não havia muita
diferença, crianças e adultos eram praticamente tratados da mesma forma, ou seja, os
eventos eram coletivos no qual misturavam-se todos na comunidade.
No passado, havia também a família burguesa ou nuclear que era caracterizada por
relações familiares rígidas quanto a divisões dos papéis sexuais. O marido provia o
sustento da família o que lhe dava o poder, sendo este autoridade dominante. A
responsabilidade da esposa era somente cuidar dos filhos, da casa e do marido do qual
dependia.
Ariès, afirma que no início dos tempos modernos, a educação infantil foi um marco no
que diz respeito à transformação da família, sendo então muito importante para a sua
modernização.
Nesse momento começa a surgir o conceito de infância, no qual as crianças passam a
ser o centro das atenções tendo suas atividades separadas das dos adultos, vivendo
assim o sentimento de infância. “O cuidado dispensado às crianças passou a inspirar
sentimentos novos, uma afetividade nova que a iconografia do século XVII exprimiu
com insistência e gosto: o sentimento da família.” (Ariès, 1981, p.194).
Historicamente, a família foi considerada como um núcleo indispensável, sendo assim,
considerada como uma instituição mais importante para o desenvolvimento dos
indivíduos, bem como, para a construção de relações desiguais entre os mesmos.
18
Culturalmente, o modelo que mais foi absorvido tornando-se o modelo de referência foi
o modelo de família nuclear burguesa. A partir, do século XX, a família começa a passar
por um processo de transformação, ou seja, a família vem acompanhando as mudanças
econômicas, religiosas e sócio-culturais adquirindo assim funções e configurações
diversas. Hoje, século XXI, conhecemos então a chamada família pós-moderna.
1.2- Novos arranjos familiares
As distintas composições de família tem colocado em questão a hegemonia da família
nuclear. Têm surgido novas configurações de famílias além das compostas por pai,
mãe e filhos. Hoje, temos as famílias monoparentais podendo ser femininas ou
masculinas, famílias sem filhos, famílias formadas por recasamentos nos quais
convivem os filhos de ambos os cônjuges.
De acordo com Carvalho e Almeida apud Borges, muitos foram os fatores que
provocaram as mudanças na família, como por exemplo, o aumento do número de
separações e divórcios; redução do tamanho de famílias o que provoca um aumento do
numero de casais maduros e sem filhos, famílias chefiadas por mulheres ou homens
sem cônjuges.
Essas mudanças estão associadas a evolução científica e tecnológica que repercutiram
profundamente nas representações da família, sobretudo no que se refere aos papéis que
homens e mulheres vêm desempenhando na esfera da família contemporânea.2 Hoje, a
palavra “sexo” não está mais relacionada a reprodução e nem a casamento.
2 As mudanças nos papéis de homens e mulheres dentro do âmbito familiar estão relacionadas às alterações econômicas e sociais (morais). Como consequência, passaram a ser constituídas distintas formas de conjugalidade a partir do momento em que o matrimônio deixou de ser o meio social para procriação e deu-se autonomia a sexualidade, ou seja, o casamento deixa de ser necessário como condição para o sexo. O trabalho feminino também influenciou esse panorama de forma marcante, desde que entrou em conflito com o estatuto sexual de dominação masculina. A possibilidade de as mulheres terem maior patrimônio educacional e profissional permitiu uma maior liberdade quanto à possibilidade de fundar ou não uma família. (FERREIRA, 2002).
19
“Num primeiro momento ocorreu a separação da sexualidade e da reprodução, o
número de filhos começa a ser visto ou planejado. No segundo a reprodução
dissociou-se do casamento – não há mais filhos ilegítimos e terceiro a sexualidade
dissociou-se do casamento reconhecendo-se direitos a uniões consensuais.”
(FUKUI, 1998, p.02).
.
Na atualidade, ao contrário dos que muitos dizem a família não está acabando e sim
pluralizando, não existe apenas um modelo de família, convivemos com variadas
organizações familiares.
“(...) muita gente pensa entre suspiros nostálgicos, que a família está acabando. Mas
a verdade é outra. O que mudou foi seu perfil e o traçado de suas relações. Neste
final de milênio a família se apresenta numa combinação multiforme. É uma
família que retrata a diversidade de paradigmas e nos expõem á complexidade da
ausência de uma verdade única que nos oriente. É uma família que cada um de
nós cria, vive, constrói, desfruta, e às vezes, padece.” ( BRUN, 1999).
Independente de sua composição a família sempre será à base de qualquer sociedade
por mais que sejam constituídas de formas diferentes e está além de tudo isso, a família
é considerada o espaço onde se há amor, afeto, compreensão, solidariedade, é o lugar
onde os sujeitos se constroem em sua essência.
20
Capítulo 2 – Mediação Familiar
“(...) a mediação familiar tem o poder de operar mudanças ou
transformações, abrindo inúmeras portas e caminhos para que cada pessoa
envolvida no processo de mediação escolha o percurso mais conveniente a si e ao
seu adversário, na situação conflitiva naquele momento.” Stella Breitman e Alice
Costa Porto
O capítulo 2 versa sobre o conceito de mediação e a sua importância no contexto de
conflitos familiares sendo a mesma considerada como a melhor forma de solucioná-los,
tendo em vista o reestabelecimento da comunicação não violenta.
Para realizar este trabalho foi feita uma pesquisa qualitativa no Centro de Mediação do
fórum de Nova Iguaçu com todos os processos encaminhados para a mediação entre
os meses de Setembro de 2010 e Julho de 2012.
.
2.1- O que é Mediação?
A mediação é um meio de resolução de conflitos no qual um terceiro imparcial atua
como um facilitador na promoção do diálogo entre as partes envolvidas permitindo com
que as mesmas construam soluções para os seus próprios problemas.
“A mediação é um processo orientado a conferir às pessoas nele envolvidas
a autoria de suas próprias decisões, convidando-as à reflexão e ampliando
alternativas. É um processo não adversarial dirigido à desconstrução dos
21
impasses que imobilizam a negociação, transformando um contexto de
confronto em contexto colaborativo. É um processo confidencial e voluntário
no qual um terceiro imparcial facilita a negociação entre duas ou mais partes
onde um acordo mutuamente aceitável pode ser um dos desfechos
possíveis.” (Almeida apud Breitman e Porto , 2001, p. 46).
A dinâmica da mediação é cooperativa pautada na relação ganha-ganha, estimulando
uma convivência pacífica entre as partes, permitindo que todos os envolvidos no
conflito saíam satisfeitos sem que haja um perdedor ou um ganhador. Na mediação, de
uma certa forma, todos ganham.
Na humanidade, a mediação existe desde as sociedades mais primitivas, na qual as
pessoas nelas inseridas resolviam seus próprios conflitos, ou seja, a mediação, ao
longo da história sempre existiu, pois sempre se fez necessárias pessoas capazes de
evitar conflitos mais calorosos entre povos de culturas, línguas e religiões diferentes,
estabelecendo assim o respeito e a comunicação entre os mesmos. Tal técnica era
utilizada por imperadores e sacerdotes em busca de alianças entre os povos.
“A concepção da mediação teria sido originada com Confúcio, na
China, quatro séculos antes do início do calendário cristão, como meio
mais adequado para a solução dos conflitos. No mundo ocidental sua concepção
pode ser verificada na conciliação cristã, com repercussões desde o Direito
Romano.”3
Como método de resolução de conflitos, a mediação é regida por princípios
próprios, dentre os quais podemos destacar:
Voluntariedade - A mediação só ocorre se as partes aceitarem o processo
comprometendo-se em tentar buscar solução para o conflito que pretendem
resolver
3 Citação retirada do site: http://jus.com.br/revista/texto/6863/mediacao-para-a-paz - Acesso em 04 de
março de 2012 às 23:06h.
22
Imparcialidade do Mediador – O mediador é, um terceiro imparcial ele não toma
partido e nem orienta, nenhuma das partes, nem tem qualquer interesse próprio
nas questões envolvidas no conflito.
Confidencialidade – Tudo o que é discutido no processo de uma Mediação é de caráter
sigiloso.Não podendo, o mediador, servir de testemunha em qualquer ação que oponha
as partes em tribunal sobre alguma questão que foi tratada em Mediação, nem aquilo
que foi tratado pode ser usado em processo judicial. Este princípio garante às partes a
total confiança para, sem constrangimentos, lidarem com as suas necessidades e
interesses.
Autonomia da vontade das partes – Ao iniciarem uma mediação, os mediadores
conscientizam as partes de que elas são as autoras do processo de mediação sendo
assim responsáveis pelo sucesso ou insucesso, sendo de total responsabilidades das
mesmas todas as decisões tomadas durante todo o período da mediação
Cooperação entre as partes – Os mediados são, impreterivelmente, responsáveis
por trabalharem de maneira conjunta e, sobretudo, por manterem o respeito entre
si.
2.2- A Mediação no Contexto Familiar
A mediação familiar normalmente ocorre quando membros de uma mesma família não
concordam em certos aspectos sejam de cunhos financeiros, emocionais, entre outros,
não sabendo agir nesses contextos. Como por exemplo, quando um casamento chega
ao fim, muitas vezes surgem dúvidas, questionamentos que causam conflitos nas
partes envolvidas. Quem ficará com a guarda dos filhos? Como será a divisão dos
bens?
O mediador atua auxiliando nessas questões promovendo o diálogo com vistas a
solucionar esses conflitos da melhor maneira possível favorecendo assim uma
reorganização da vida familiar após a separação.
Como coloca, Stella Breittman e Alice Costa Porto:
23
“O processo de mediação familiar é uma alternativa mais saudável para essas situações. Seu objetivo não é reconciliar um casal em crise, antes estabelecer uma via de comunicação que evite os dissabores de uma batalha judicial, é uma forma de auxílio ao casal separado, para que possa negociar seus desacordos, direcionando seu divórcio ou sua separação de maneira que possam seguir se ocupando de seus filhos, pois a relação parental jamais será extinta: O casal conjugal deixará de existir, mas continuarão sendo pais para sempre.”
Sabe-se que os conflitos familiares são muitos desgastantes, pois envolvem
emoções, sentimentos, causam mágoas. A mediação no âmbito familiar proporciona um
espaço onde as pessoas têm a oportunidade de dialogarem sobre as suas aflições, é
um momento em que com a ajuda de um terceiro imparcial (mediador), as partes em
litígio podem expressar uma para outra o que sentem, quais são as suas reais
necessidades, pois é muito comum quando as pessoas estão em conflitos não
conseguirem ouvir uma a outra e não identificarem que têm pontos em comum, é o que
chamamos de “comunicação violenta”, não pelo fato de xingar o outro e sim pelo fato de
não ouvir o outro, a necessidade do outro. Uma das bases da mediação é a escuta
ativa.
As pessoas em conflitos, muitas vezes, estão tão ressentidas que acabam ficando
presas em suas posições, ou seja, em o que querem e não no porque e para que
querem que são os verdadeiros interesses e necessidades. Daí a importância do
mediador que auxilia as partes a identificarem interesses comuns.
2.3- Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do fórum de Nova
Iguaçu
O Centro Judiciário de Solução de Conflitos (CEJUSC) do Fórum de Nova Iguaçu é
resultante de uma iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJERJ)
e que vem desenvolvendo mediações de âmbitos familiares desde Setembro de 2010.
A implantação do Centro de Mediação ocorreu devido ao comprometimento da Drª Ana
Célia Montemor Soares Rio Gonçalves, meritíssima juíza de direito, que foi a primeira
24
juíza diretora do CEJUSC do fórum de N. I. , atualmente, juíza diretora do CEJUSC da
Comarca da Capital.
Hoje, O Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do fórum de Nova Iguaçu
está sob a responsabilidade da Drª Mônicca de Hollanda Daibert, meritíssima juíza de
direito e diretora deste Centro. E de sua coordenadora Maria da Conceição Porto de
Oliveira Silva (Ceiça) que atua desde a sua implementação.
Os mediadores atuantes deste Centro foram capacitados pelo curso de formação de
mediadores do próprio Tribunal de Justiça.
O Centro iniciou seus trabalhos com apenas dois mediadores e hoje, conta com 13
mediadores.
O fórum de Nova Iguaçu possui cinco Varas de Famílias, porém, apenas quatro
encaminham processos para a mediação o que já é considerado pelos mediadores um
avanço, pois na fase inicial havia uma grande resistência, dos juízes, em mandarem
processos para a mediação, talvez por ser algo novo e por desconhecerem os
benefícios que a mediação proporciona.
O CEJUSC está localizado na Rua Drº Mário Guimarães, nº 968 , Bairro da Luz, N.I. –
RJ. e tem a sua estrutura física composta por 3 salas onde são realizadas as
mediações, cada uma conta com uma mesa redonda e 7 cadeiras – 4 destinadas para
as partes e mediadores e 3 para os observadores. Tem 2 banheiros - 1 para o público
masculino e 1 para o público feminino, além de uma área de recepção administaritiva
que possui 2 sofás de dois lugares, cada, o que torna o ambiente bem acolhedor,
permitindo com que as partes sintam-se a vontade.
Possui também bebedouro, 2 computadores, 1 impressora, telefone e fax, 1 TV, 1DVD,
onde são passados vídeos sobre a mediação, 1 geladeira, 1 microondas, 1 cafeteira e 1
forno elétrico o que proporciona para os mediadores um ambiente de trabalho mais
produtivo, pois sabemos que a maioria das pessoas passam seu tempo no ambiente de
trabalho.
25
Segundo Dutra,
“ao se construir um ambiente de trabalho saudável, isso se refletirá na vida do
indivíduo, possibilitando transformações profundas na qualidade dos serviços
prestados à sociedade, contribuindo, nesse processo, para a construção de um
mundo mais belo, saudável, alegre e mais justo, dando-se aos indivíduos o devido
reconhecimento.” ( Dutra, Benecdito)4
Cabe ressaltar que o CEJUSC da Comarca de N.I. deu início a mediações pré-
processuais que são encaminhadas da defensoria pública,
“Se o conflito de interesses ainda não foi judicializado, o caso poderá ser submetido à
Mediação, mediante solicitação das partes, ou dos advogados, diretamente ao Centro de
Mediação mais próximo, com a indicação precisa dos nomes e telefones e/ou endereço
das pessoas desavindas, para que se possibilite o convite ao comparecimento.
Alcançado o acordo, sua homologação será procedida, mediante requerimento de
distribuição por dependência, no próprio Juízo do Diretor do Centro de Mediação.”
Porém, ainda é algo muito recente, porém está surtindo um efeito muito grande, pois
acredita-se que essas mediações podem evitar mais processos para o judiciário e
estimular as pessoas a resolverem seus próprios conflitos.
4 Administrador de empresas, escritor e palestrante- Disponível em:
http://www.ogerente.com.br/novo/colunas_ler.php?canal=9&canallocal=30&canalsub2=98&id=676-
Acesso em 22/09/2012.
2.4 – Análise dos processo
Gráficos Representativos ent
(Resultado x Número de cas
Figura I - 1ª Vara de Família
Como podemos ver no gr
mediação resultaram em term
tido um impacto positivos.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
cessos encaminhados para a mediação.
entre os meses de setembro de 2010 e Julho
e casos)
mília
no gráfico, a maioria dos processos encam
m termo de entendimento, o que nos mostra que
TermEnte
Acor
Desi
Sem
Imed
26
Julho de 2012.
ncaminhados para a
a que a mediação tem
Termo de Entendimento
Acordo parcial
Desistência
Sem Início
Imediável
Figura II – 2ª Vara de Famíl
O mesmo também acontece
destinados para a mediação
muito reduzido o número de
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Família
ontece com a 2ª Vara de Família, a maior parte
diação finalizaram em termo de entendimento.
ro de processos que são encaminhados.
Termo de
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Desistên
Sem Iníci
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27
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Figura III – 4ª Vara de Famí
Como mostra a figura, a 4ª
mediação resultando também
Figura IV – 5ª Vara de Famí
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
Família
a 4ª Vara de Família é a que mais encaminha p
mbém em sua maioria em termo de entendimen
Família
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28
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esistência
em Início
ediável
29
No que diz respeito à 5ª Vara de Família, percebe-se através do gráfico que ainda há
uma resistência, sendo encaminhados assim poucos processos para a mediação.
30
CAPÍTULO III
Autonomia, um dos Objetivos da Mediação
“A realidade dos conflitos familiares contém um
indistinto emaranhado de conflitos legais e emocionais,
e quando não são resolvidos pelos
protagonistas,transformam-se em disputas
intermináveis nas mãos de terceiros deixando sérias
marcas na sociedade.” Maria Nazareth Serpa
A proposta deste capítulo é discutir os benefícios da mediação no que diz respeito ao
aprendizado que as partes têm ao terem o poder de construírem soluções para seus
conflitos, sendo assim, autores de suas próprias histórias não delegando a um terceiro
externo.
3.1- Conceito de Autonomia
O significado da palavra autonomia provém do grego autonomia : autos – significando
“por si mesmo”, “por ele mesmo”, “ele mesmo” ou “o mesmo” e nomos – significando
“lei”, “uso” ou “compartilhamento” (SEGRE, SILVA, SCHRAMM)5
Historicamente esse conceito vem sendo construído em diversos contextos de nossa
sociedade e que tem em suas expressões as mais variadas sejam elas de
características políticas, econômicas ou culturais.
De acordo com Kant, para alcançarmos uma vida feliz devemos ser seres autônomos e
isso só é possível a partir do momento em que obedecemos às leis que damos a nós
mesmos o que nos leva a considerar que a autonomia que a autonomia é uma base
para a felicidade e realização dos homens.
5 SEGRE, Marco; SILVA, Franklin Leopoldo; SCHRAMM, Fermin R. O contexto semântico e filosófico de princípio de autonomia.
31
3.2- Mediação x Autonomia
A mediação é um meio de emancipar os indivíduos já que permite com que os mesmos
tonem –se responsáveis e capazes de construírem suas próprias histórias de forma
livre, pois diferentemente dos juízes, dos árbitros e dos conciliadores o mediador não
tem o poder de decisão, o mesmo age, apenas, como um facilitador propiciando as
partes a refletirem e se autodeterminarem sobre a possibilidade de conscientemente
decidirem suas vidas.
“A diferença entre a mediação e a conciliação, reside no conteúdo de cada instituto.
Na conciliação, o objetivo é o acordo, ou seja, as partes mesmo adversárias, devem
chegar a um acordo para evitar um processo judicial. Na mediação as partes não
devem ser entendidas como adversárias e o acordo é consequência da real
comunicação entre as partes. Na conciliação, o mediador sugere, interfere, aconselha.
Na mediação, o mediador facilita a comunicação sem induzir as partes ao acordo.”
(SALES,2004, p.38)
A mediação considera o sujeito como um ser ativo que busca compreender o
mundo que está a sua volta e que procura solucionar questionamentos que este mundo
provoca.
Sabemos que no mundo em que vivemos os indivíduos não são totalmente
livres, pois há limitações, ao nascermos pertencemos a uma determinada família que
tem uma cultura a qual não escolhemos e isso nos leva a perceber que o exercício pela
autonomia é constante em toda a nossa vida exigindo assim, uma permanente luta é
algo que conquistamos, a cada dia, já que desde o início de nossas vidas estamos
“acostumados” a depender do outro.
32
Considerações Finais
O papel da mediação é, portanto, permitir com que as pessoas envolvidas num conflito
tenham de forma livre e responsável autoconhecimento e entendimento para
conduzirem suas próprias vidas sem que haja interferência de terceiros parciais.
Diante disto, o objetivo da mediação não é como muitos acreditam um meio de
desafogar o judiciário, isso é apenas uma consequência e não a sua principal função.
A proposta da mediação é propiciar a emancipação dos sujeitos de direitos por
meio de uma autonomia crítica, estimulando assim a capacidade de solucionarem
diversas questões de suas vidas sem se submeterem a decisão impostas por outrem.
A autonomia crítica é o poder do homem de se compreender e compreender o
mundo à sua volta, ou seja, é o poder de avaliar a si e o mundo, estabelecendo
relações a partir de seus pré-conceitos.
A autonomia de ação é o poder de estabelecer dado comportamento, portanto,
determinada pela compreensão de mundo, isto é, pela autonomia crítica. (NAVES,
2003, p. 84)
Por fim, a mediação propõe desenvolver de forma geral autonomia dos mediados
levando-os a reflexão e a conscientização de seus atos e de suas consequências.
Nessa perspectiva, a influência da participação dos atores nas decisões de suas
vidas através da mediação, não implica, como muitos pensam numa quebra de poder e
sim constroem possibilidades da distribuição do poder.
33
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Tânia. Séc. XXI: a mediação de conflitos e outros métodos não-adversariais
de resolução de controvérsias. In: Resultado: Revista de Mediação e Arbitragem
Empresarial. Brasília: CBMAE, março/abril/2006. Ano II Nº 18, p. 9-11.
AZEVEDO, André Gomma (org.). 2009. Manual de Mediação Judicial (Brasília/DF:
Ministério da Justiça e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD).
ARRIÈS, Philippe. História Social da Criança e da Família. Ed.Guanabara, 2ª ed. , Rio
de Janeiro, 1981.
BREITMAN, Stella; PORTO, Alice C. Mediação familiar: uma intervenção em busca da
paz. Porto Alegre: Criação Humana, 2001
BRUN, Gladys. “Pais e Filhos & Cia. Ilimitada”, Rio de Janeiro. Record, 1999.
FERREIRA, Aurélio. Novo dicionário Aurélio da língua Portuguesa. 3. ed. Rio de
Janeiro: Positivo, 2004.
ROSENBERG, Marshall, B. Comunicação Não Violenta – Técnicas Para Aprimorar
Relacionamentos Pessoais e Profissionais. Agora, 2006.
SALES, Lilia Maia de Morais; VASCONCELOS, Mônica Carvalho. A família na
contemporaneidade e a mediação familiar
TERUYA, Marisa Tayra. A Família na historiografia brasileiras. Bases e Perspectivas
Teóricas.
VEZZULA, Juan Carlos. Mediação: guia para usuários e profissionais. Florianópolis:
Instituto de Mediação e Arbitragem do Brasil, 2001.
34
Sites:
www.pt.wikipedia.org/wiki/Família- Acesso em 02 de fevereiro de 2012 às 21:22h.
http://jus.com.br/revista/texto/6863/mediacao-para-a-paz - Acesso em 04 de março de
2012 às 23:06h.
http://www.pucrs.br/edipucrs/online/autonomia/autonomia/capitulo1.html Acesso em 22 de
setembro de 2012 às 21:43h
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Índice
Folha de rosto 02
Dedicatória 03
Agradecimentos 04
Epígrafe
Lista de abreviaturas e siglas
Lista de figuras
Resumo
Metodologia 09
Sumário 10
Introdução
CAPÍTULO I
A CONSTRUÇÃO SÓCIO – HISTÓRICA DA FAMÍLIA
1.1-Notas Introdutórias do Conceito de Família
1.2 -Novos Arranjos Familiares
CAPÍTULO II
MEDIAÇÃO FAMILIAR
2.1- O que é Mediação?
2.2- A Mediação no Contexto Familiar
36
2.3- Centro de Mediação do Fórum de Nova Iguaçu
2.4 – Análise dos processos encaminhados para a mediação
CAPÍTULO III
Autonomia, um dos Objetivos da Mediação
3.1- Conceito de Autonomia
3.2- Mediação x Autonomia
Considerações finais
Referencial Bibliográfico
Índice
Folha de Avaliação
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Folha de Avaliação
Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes – AVM Faculdade Integrada.
Título da monografia: Mediação de Conflitos: Um Instrumento de Contribuição para o
Desenvolvimento da Autonomia dos Indivíduos.
Autor: Daiana da Silva da Conceição
Data da entrega:
Avaliado por: Francis Rajzman.
Conceito:
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