universidade candido mendes avm - pós-graduação · o objetivo deste trabalho é unificar em só...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Diogo Dinarte do Souto
ORIENTADOR:
Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro
2016
DOCUMENTO P
ROTEGID
O PELA
LEID
E DIR
EITO A
UTORAL
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
AVM – FACULDADE INTEGRADA
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA EM FINANÇAS E GESTÃO CORPORATIVA.
Rio de Janeiro
2016
3
AGRADECIMENTOS
Ao Professor Luis Eduardo Maciel pela competência, incentivo,
disponibilidade, paciência, dedicação e atenção para me orientar neste
trabalho.
Aos meus amigos e familiares pela energia positiva.
Aos colegas do Banco do Brasil, em especial, aos colegas da
agência Caju e Estilo Guanabara e a todos os demais funcionários que
colaboraram em minha passagem pela empresa.
A todos os professores do curso que tornaram possível meu
crescimento, tanto do ponto de vista intelectual, quanto do ponto de vista
profissional, em especial a professora Aleksandra Sliwowska pelas críticas,
elogios e sugestões.
4
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e minha irmã pelo apoio incondicional para que fosse
possível a conclusão do curso.
5
RESUMO
Atualmente, poucos são os estudos acadêmicos que são voltados para
análise de fundos de investimentos sob a ótica não só do analista técnico no
assunto. Nesse estudo, a tentativa foi a busca de uma análise um pouco mais
abrangente e que possa ser entendível até mesmo para um acionista que não
tenha conhecimentos tão aprofundados em economia, estatística e finanças,
mas que tenha noção sobre o assunto. O presente trabalho se disponibiliza a
trazer uma nova leitura, mais didática e com exemplos simples para que seja
aberto um novo universo de leitura dos fundos de investimento, seja com
relação ao seu risco e retorno, seja sob maneiras como aplicar (se pré-fixado,
índice de preço, DI, cambial, Multimercado e etc.) para uma melhor tomada de
decisão em investimentos financeiros.
6
METODOLOGIA
A metodologia que foi empregada consistiu na pesquisa qualitativa e
exploratória, em tabelas com certa dose de linguagem narrativa e pesquisa em
bases públicas com base na metodologia teórica, buscando informações em
sites especializados e tendo como objetivo: Evidenciar que a utilização de
ferramentas estatísticas e matemáticas podem mitigar riscos e até mesmo
segregar quais os tipos de fundos uma pessoa física possa aplicar de acordo
com sua qualificação de risco, baseada em seu API; Elaborar um market share
junto as principais instituições financeiras visando averiguar as similaridades
entre os fundos dessas diferentes instituições e a composição da carteira e
criar de maneira didática compilações a respeito das principais instituições
reguladoras dos fundos de investimentos e mecanismos de controle dos fundos
de investimento.
7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 8
2. FUNDOS DE INVESTIMENTOS ............................................................................ 10
2.1. CONCEITOS BÁSICOS .............................................................................. 10
2.1.1. TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ............................................... 16
2.1.2. DADOS DO MERCADO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ................... 21
3. COMPARAÇÃO ENTRE FUNDOS DAS PRINCIPAIS INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS .............................................................................................................. 25
4. ANÁLISE PRÁTICA DO MERCADO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO ............. 33
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 37
8
1. INTRODUÇÃO
Nesse trabalho busquei reunir um arcabouço teórico e prático, unindo
informações teóricas retiradas de autores renomados e prática coletando dados
do site da Anbima reunindo os fundos e seu histórico de valores aplicados, site
de comparação de fundos para efeitos de rentabilidade, risco e retorno.
Além disso, fundos de investimentos são alternativas interessantes para
diversificação de investimentos. Como grande vantagem, vale destacar que
deve ser gerido profissionalmente, pois são regulados pela Anbima e pela
CVM. E seus gestores devem possuir qualificação adequada, tendo em vista a
necessidade de atingimento de objetivos sem exceder a relação de risco e
retorno que envolvem a composição da carteira do fundo.
Dependendo da composição do fundo podemos ter uma diversificação
grande de investimento e em outros nem tanto tendo em vista a normatização
imposta pelos órgãos reguladores. Como destaque, temos fundos cambiais,
renda fixa, referenciados, FIDC, ações e etc.
O valor de suas cotas é atualizado diariamente e é calculado pelo valor
da cota no dia da data da venda vezes a quantidade adquirida no início do
fundo (lembrando da questão do come-cotas, que será abordada no texto).
Geralmente se adquire títulos públicos federais e CDB, mas operações
compromissadas, títulos cambiais entre outros também podem ser adquiridos
dependendo do tipo de fundo que o investidor seleciona.
O objetivo deste trabalho é unificar em só local, informações teóricas e
análises práticas para auxiliar o investidor na tomada de decisão sobre onde
investir seu recurso, sem deixar de comentar os aspectos legais citados na
instrução normativa 529 da CVM. Questões como tributação, classificações e
características teóricas serão explanadas ao longo do trabalho para melhor
compreensão do leitor.
O trabalho ficará divido em 4 seções: Conceitos básicos onde serão
descritos os aspectos teóricos relativos aos fundos de investimento. Tipos de
fundos de investimento onde será comentado as diferentes características que
o fundo de investimento pode apresentar. Dados do mercado de fundos de
9
investimento onde será descrito com base em relatórios da Anbima a
movimentação dos fundos de investimento no ano de 2016 até o mês de junho,
relatando quais fundos apresentaram aumento de volume ou decréscimo. No
último tópico antes da conclusão, será realizada uma comparação entre fundos
das principais instituições financeiras abordando a rentabilidade e observando
suas principais características, sempre analisando os fundos das maiores
instituições financeiras nacionais. E como conclusão termos a análise a
respeito da importância da indústria dos fundos e a análise do cenário nacional,
visando auxiliar a tomada de decisão dos investidores.
10
2. FUNDOS DE INVESTIMENTOS
2.1. Conceitos básicos
Fundos de investimentos e fundos de investimento em cotas
Conforme Instrução Normativa 529 da CVM, a principal diferença entre
fundos de investimento e fundos de investimento em cotas está na política de
investimento.
Fundos de Investimento: compram ativos como títulos públicos, CDB’s,
ações, debêntures e etc.
Fundos de Investimento em cotas: compram cotas de fundos. São uma
espécie de investidor (cotista) de fundos de investimento.
Condomínio (Fundo de Investimento = Condomínio)
Comunhão de recursos sob a forma de condomínio onde os cotistas têm
o mesmo interesse e objetivos ao investir no mercado financeiro e de capitais.
A base legal dos fundos de investimento é o condomínio, e é desta base
que emerge o seu sucesso, pois, o capital investido por cada um dos
investidores cotistas, é somado aos recursos de outros cotistas para, em
conjunto e coletivamente, ser investido no mercado, com todos os benefícios
dos ganhos de escala, da diversificação de risco e da liquidez das aplicações.
Cota
As cotas do fundo correspondem a frações ideais de seu patrimônio, e
sempre são escriturais e nominativas. A cota, portanto, é menor fração do
Patrimônio Líquido do fundo.
As palavras dados, informação e conhecimento são frequentemente
utilizadas nas empresas de forma indiscriminada, sendo necessário definir as
diferenças existentes entre dados, informação e conhecimento e a forma como
estas palavras serão consideradas neste trabalho.
Valor da cota = Patrimônio líquido / Número de cotas
11
Registro dos Fundos
O pedido de registro deve ser instruído com os seguintes documentos e
informações: Regulamento do fundo; os dados relativos ao registro do
regulamento em cartório de títulos e documentos; prospecto, exceto para
fundos destinados a investidores qualificados; declaração do administrador do
fundo de que firmou os contratos com terceiros para prestação de serviços
junto ao fundo, quando for o caso; nome do auditor independente;
Inscrição do fundo no CNPJ; formulário padronizado com as
informações básicas do fundo, conforme modelo disponível na página da CVM
na rede mundial de computadores, devidamente preenchido e lâmina
elaborada de acordo com a legislação, no caso de fundo aberto que não seja
destinado exclusivamente a investidores qualificados.
Segregação entre Gestão de Recursos Próprios e de Terceiros
(Chinese Wall) –
Barreira de Informação: As instituições financeiras devem ter suas
atividades de administração de recursos próprios e recursos de terceiros
(Fundos), totalmente separadas e independentes de forma a prevenir
potenciais conflitos de interesses.
Assembleia Geral de Cotistas (Competências e Deliberações)
É a reunião dos cotistas para deliberarem sobre certos assuntos
referentes ao Fundo. Compete privativamente à Assembleia Geral de cotistas
deliberar sobre: As demonstrações contábeis apresentadas pelo administrador;
a substituição do administrador, do gestor ou do custodiante do Fundo; a fusão,
a incorporação, a cisão, a transformação ou a liquidação do Fundo; o aumento
da taxa de administração; (a redução de taxa de administração não necessita
de assembleia); a alteração da política de investimento do Fundo; a emissão de
novas cotas, no Fundo fechado; a amortização de cotas, caso não esteja
prevista no regulamento e a alteração do regulamento.
Convocação
12
A convocação da Assembleia Geral deve ser feita por correspondência
encaminhada a cada cotista, com pelo menos 10 dias de antecedência em
relação à data de realização.
A presença da totalidade dos cotistas supre a falta de convocação.
Podem convocar a Assembleia Geral administrador do fundo, cotista ou grupo
de cotista que detenham no mínimo 5% das cotas emitidas do fundo. A
Assembleia Geral é instalada com a presença de qualquer número de cotistas;
Assembleia geral ordinária (ago) e Assembleia geral extraordinária (age).
AGO é a Assembleia convocada anualmente para deliberar sobre as
demonstrações contábeis do Fundo. Deve ocorrer em até 120 dias após o
término do exercício social. Esta Assembleia Geral somente pode ser realizada
no mínimo 30 dias após estarem disponíveis aos cotistas as demonstrações
contábeis auditadas relativas ao exercício encerrado.
Em casos excepcionais de iliquidez dos ativos componentes da carteira
do fundo, inclusive em decorrência de pedidos de resgates incompatíveis com
a liquidez existente, ou que possam implicar alteração do tratamento tributário
do fundo ou do conjunto dos cotistas, em prejuízo destes últimos, o
administrador poderá declarar o fechamento do fundo para a realização de
resgates, sendo obrigatória a convocação de Assembleia Geral Extraordinária,
no prazo máximo de 1 (um) dia, para deliberar, no prazo de 15 (quinze) dias, a
contar da data do fechamento para resgate, sobre as seguintes possibilidades:
Substituição do administrador, do gestor ou de ambos; reabertura ou
manutenção do fechamento do fundo para resgate; possibilidade do
pagamento de resgate em títulos e valores mobiliários; cisão do fundo e
liquidação do fundo.
Direitos e Obrigações dos Condôminos
O cotista deve ser informado sobre o objetivo do fundo; a política de
investimento do fundo e dos riscos associados a essa política de investimentos;
as taxas de administração e de desempenho cobradas, ou critérios para sua
fixação, bem como das demais taxas e despesas cobradas; as condições de
emissão e resgate de cotas do fundo e quando for o caso, da referência de
13
prazo de carência ou de atualização da cota; os critérios de divulgação de
informação e em qual jornal são divulgadas as informações do fundo e em
alguns casos a contratação de terceiros como gestor dos recursos; de que as
aplicações realizadas no fundo não contam com a proteção do Fundo
Garantidor de Credito (FGC); a rentabilidade obtida no passado não representa
garantia de rentabilidade futura; para avaliação da performance do fundo de
investimento, é recomendável uma análise de período de, no mínimo, 12
meses.
O cotista deve ter acesso ao Regulamento e ao prospecto do fundo; ao
valor do patrimônio líquido, valor da cota e a rentabilidade no mês e no ano
civil; a composição da carteira do fundo (o administrador deve colocá-la
disposição dos cotistas).
O cotista deve receber mensalmente extrato dos investimentos e
anualmente demonstrativo para Imposto de Renda com os rendimentos obtidos
no ano civil, número de cotas possuídas e o valor da cota.
Obrigações dos cotistas
O cotista deve ser informado e estar ciente de suas obrigações, tais
como a possível necessidade ser chamado a aportar recursos ao fundo nas
situações em que o PL do fundo se tornar negativo de pagar taxa de
administração, de acordo com o percentual e critério do fundo e de observar as
recomendações de prazo mínimo de investimento e os riscos que o fundo pode
incorrer; Comparecer nas Assembleias gerais; Manter seus dados cadastrais
atualizados para que o administrador possa lhe enviar os documentos; Assinar
o termo de adesão, atestando que recebeu o prospecto e o regulamento do
fundo e está ciente da política de investimento do fundo bem como todos os
riscos envolvidos.
Informações Relevantes (Disclaimers)
Divulgar, diariamente o valor do patrimônio líquido e da cota.
Mensalmente, remeter aos cotistas um extrato com as seguintes informações;
nome do Fundo e o número de seu registro no CNPJ; nome, endereço e
14
número de registro do administrador no CNPJ; nome do cotista; saldo e valor
das cotas no início e no final do período e a movimentação ocorrida ao longo
do mesmo; rentabilidade do Fundo auferida entre o último dia útil do mês
anterior e o último dia útil do mês de referência do extrato; data de emissão do
extrato da conta e o telefone, o correio eletrônico e o site.
Anualmente, colocar as demonstrações financeiras do Fundo, incluindo
o Balanço, à disposição de qualquer interessado que as solicitar.
Inclusões feitas pela instrução CVM 522
Remeter aos cotistas dos fundos não destinados exclusivamente a
investidores qualificados a demonstração de desempenho do fundo, até o
último dia útil de fevereiro de cada ano; divulgar, em lugar de destaque na sua
página na rede mundial de computadores e sem proteção de senha, o item 3
da demonstração de desempenho do fundo relativo:
a) aos 12 (doze) meses findos em 31 de dezembro, até o último dia útil
de fevereiro de cada ano; e
b) aos 12 (doze) meses findos em 30 de junho, até o último dia útil de
agosto de cada ano.
Regras Gerais sobre Divulgação de Informação
a) As informações divulgadas pelo administrador relativas ao fundo
devem ser verdadeiras, completas, consistentes e não induzir o investidor a
erro;
b) Todas as informações relativas ao fundo devem ser escritas em
linguagem simples, clara, objetiva e concisa;
c) A divulgação de informações sobre o fundo deve ser abrangente,
equitativa e simultânea para todos os cotistas;
d) As informações fornecidas devem ser úteis à avaliação do
investimento;
e) As informações relativas ao fundo não podem assegurar ou sugerir a
existência de garantia de resultados futuros ou isenção de risco para o
investidor;
15
f) Informações factuais devem ser diferenciadas de interpretações,
opiniões, projeções e estimativas. Informações factuais devem vir
acompanhadas da indicação de suas fontes.
g) As regras se aplicam ao prospecto, à lâmina e a qualquer outro
material de divulgação do fundo;
h) Caso as informações divulgadas apresentem incorreções ou
impropriedades que possam induziro investidor a erros de avaliação, a CVM
pode exigir: a cessação da divulgação da informação; e a veiculação, com igual
destaque e por meio do veículo usado para divulgar a informação original, de
retificações e esclarecimentos, devendo constar, de forma expressa, que a
informação está sendo republicada por determinação da CVM.
Segregação de Funções e Responsabilidades
16
2.1.1. Tipos de fundos de investimento
Fundo de Curto Prazo
Segundo a anbima, pode ser definido como:
“Fundos que buscam retorno através de investimentos em títulos
indexados à CDI/Selic ou em papéis prefixados, desde que indexados e/ou
sintetizados para CDI/Selic; de emissão do Tesouro Nacional (TN) e/ou do
Banco Central; e com prazo máximo a decorrer de 375 dias e prazo médio da
carteira de, no máximo, 60 dias. É permitida, também, a realização de
operações compromissadas, desde que sejam indexadas à CDI/Selic;
lastreadas em títulos do TN ou do BC e com contraparte classificada como
baixo risco de crédito. No caso específico da contraparte ser o BC, é permitida
a operação prefixada com prazo máximo de sete dias, desde que corresponda
a períodos de feriados prolongados; ou de 60 dias, desde que indexada à
CDI/Selic.
Adicionalmente estes fundos, podem oferecer serviços de aplicação e
resgate automáticos de forma a remunerar saldo remanescente em conta
corrente, observado o disposto na Deliberação nº 43 de 8 de outubro de 2010
Fundo Referenciado DI
Segundo a anbima, pode ser definido como:
“Fundos que objetivam investir, no mínimo, 95% do valor de sua carteira
em títulos ou operações que busquem acompanhar as variações do CDI ou
Selic, estando também sujeitos às oscilações decorrentes do ágio/deságio dos
títulos em relação a estes parâmetros de referência. O montante não aplicado
em operações que busquem acompanhar as variações destes parâmetros de
referência deve ser aplicado somente em operações permitidas para os Fundos
Curto Prazo. Estes fundos seguem as disposições do art. 94 da Instrução CVM
nº 409².”
Fundo Renda Fixa
Segundo a anbima, pode ser definido como:
17
“Fundos que buscam retorno por meio de investimentos em ativos de
renda fixa (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso de derivativos),
admitindo-se estratégias que impliquem risco de juros e de índice de preços do
mercado doméstico. Excluem-se estratégias que impliquem exposição de
moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.). Devem manter, no
mínimo, 80% de sua carteira em títulos públicos federais, ativos com baixo
risco de crédito ou sintetizados, via derivativos, com registro e garantia das
câmaras de compensação. Admitem alavancagem³.”
Fundo Cambial
Segundo a anbima, pode ser definido como:
“Fundos que aplicam pelo menos 80% de sua carteira em ativos - de
qualquer espectro de risco de crédito - relacionados diretamente ou
sintetizados, via derivativos, à moeda norte-americana ou à europeia. O
montante não aplicado em ativos relacionados direta ou indiretamente ao dólar
ou ao euro deve ser aplicado somente em títulos e operações de Renda Fixa
(pré ou pós-fixadas a CDI/Selic). Não admitem alavancagem³.”
Fundo Multimercado
São fundos que podem alocar seus recursos em diversas modalidades
de investimentos, dando assim mais liberdade aos gestores dos fundos para
diversificar a carteira. Esses Fundos podem investir em DI, Selic, índices, taxa
de juros, moedas, ações, etc, inclusive é possível investir até 20% do
patrimônio em ativos financeiros no exterior.
Os fundos multimercados deverão possuir políticas de investimentos que
envolvam vários fatores de risco, sem ter um foco de concentração em
qualquer modalidade de investimento. Isso significa que esses fundos poderão
montar uma posição alta da carteira total do fundo em ações em um
determinado período, por exemplo, e se desfazer totalmente dela depois de
algum tempo. Por causa disso, esses fundos são considerados de alto risco. A
busca pelo retorno se dá no longo prazo, através de deslocamentos
estratégicos entre diversos tipos de investimentos. Vale ressaltar que esses
18
fundos podem fazer uso de derivativos tanto para fazer hedge quanto para
fazer alavancagem, e podem cobrar taxa de performance.
O grande diferencial dos fundos multimercados é a sua flexibilidade,
podendo diversificar a alocação dos recursos em diversas modalidades de
investimentos disponíveis.
FIDC
Segundo a anbima, pode ser definido como:
“Fundos que buscam retorno por meio de investimento em carteiras de
recebíveis pulverizada (direitos ou títulos), originadas e vendidas por diversos
cedentes que antecipam recursos através da venda de duplica das, notas
promissórias, cheques e quaisquer outros títulos passíveis de cessão e
transferência de titularidade. Enquadram-se nesta categoria os fundos
utilizados como veículo no fornecimento de recursos ou antecipação de
receitas para pessoas físicas e jurídicas através de firmas de assessoria
financeira, cooperativas de crédito, fomento mercantil e factoring.”
FIP
O acesso às aplicações em FIP é restrito a investidores qualificados, ou
seja: instituições financeiras, companhias seguradoras e sociedades de
capitalização, entidades abertas e fechadas de previdência complementar,
pessoas físicas ou jurídicas que possuam investimentos financeiros em valor
superior a R$300 mil, fundos de investimento destinados exclusivamente a
investidores qualificados e administradores de carteira autorizados pela CVM.
O fundo tem efetiva influência na definição da política estratégica e da
gestão através da indicação de membros do Conselho de Administração nas
empresas das quais tem participação. É caracterizado, principalmente, pela
participação ativa nas empresas ou negócios em que se investe. A maioria dos
FIPs investem em empresas fechadas, praticando aquilo que também é
conhecido como private equity (a atividade de investimentos em empresas já
formadas, mas que necessitam de um aporte de capital para se expandirem,
para lançarem um novo projeto, ou desenvolverem determinado novo negócio).
19
ETF
Exchange Traded Fund (ETF) é um fundo de investimento em índice,
com cotas negociáveis em bolsa. O ETF busca obter desempenho semelhante
à performance de um determinado índice de mercado e, para tanto, sua
carteira replica a composição desse índice.
Isso significa que ao investir em um ETF você está investindo, ao
mesmo tempo, em uma carteira de ações de diferentes companhias.
FUNDO DE PREVIDÊNCIA
Segundo a anbima, pode ser definido como:
Renda Fixa: Fundos que buscam retorno por meio de investimentos em
ativos de renda fixa (sendo aceitos títulos sintetizados através do uso de
derivativos), admitindo-se estratégias que impliquem em risco de juros e de
índice de preços do mercado doméstico. Excluem-se estratégias que
impliquem risco de moeda estrangeira ou de renda variável (ações etc.). Não
admitem alavancagem³.
Ações: Fundos que devem possuir, no mínimo, 67% da carteira em
ações à vista, bônus ou recibos de subscrição, certificados de depósito de
ações, cotas de fundos de ações, cotas dos fundos de índice de ações,
Brazilian Depositary Receipts, classificados como nível II e III. Neste tipo
devem ser classificados os fundos que se destinam a somente receber
aplicações de outros fundos de previdência aberta. Não admitem
alavancagem³.
Tributação de Fundos de Investimentos
Os fundos de investimento tem cobrança de imposto de renda que
decresce ao longo do tempo, com exceção do fundo de ações que possui
cobrança fixa.
Além disso, a periodicidade da cobrança de IR é semestral e cobrada
nos meses de maio e novembro denominado de “come cotas” ou nos resgates.
Este sistema funciona da seguinte forma: a aplicação do desconto semestral do
IR reduz o valor total da aplicação do investidor, mas não reduz o valor
20
individual da cota do fundo. Como tem o valor de sua aplicação reduzido em
função da cobrança de IR, ele terá uma quantidade menor de cotas do que
tinha antes da tributação.
Com relação a tabela de desconto de IR sobre a rentabilidade temos
três tipos de tabela. Uma para fundos de curto prazo, outra para fundos de
longo prazo e por último para fundos de ações. Abaixo segue a tabela para
cada tipo de fundo:
Fundo de longo
prazo
Até 180
dias
De 181 dias a
360 dias
De 361 dias a
720 dias
Acima de
720 dias
Alíquota 25% 20% 17,5% 15%
Fundo de curto prazo Até 180 dias De 181 dias a 360 dias
Alíquota 22,5% 20%
Fundo de açoes Fixo
Alíquota 15%
IOF REGRESSIVO
Segue abaixo o modelo de tabela para tributação de IOF em fundos de
investiemnto. Lembrando que a tributação só é válida até o 29 dia. Após essa
data o fundo de investimento é tributado apenas com IR:
21
2.1.2. Dados do mercado de fundos de investimento
Captação por Categoria Captação líquida (R$ Milhões)
Tipo
Jan/2016
Aplicações
Resgates
Captação Líquida
Renda Fixa
286.235,30
272.640,49 13.594,81
Ações
2.917,18
3.921,16 -1.003,98
Multimercados
21.804,79
27.208,91 -5.404,12
Cambial
505,72
638,70 -132,97
Previdência 744,08
22
11.746,43 11.002,35
ETF
342,28
64,57 277,71
FIDC
13.573,28
13.618,17 -44,88
FIP
609,41
64,65 544,76
Total
337.734,39
329.158,99 8.575,40
Captação por Categoria
Tipo
Fev/2016
Aplicações
Resgates
Captação Líquida
Renda Fixa
278.962,83
273.300,77 5.662,05
Ações
1.289,75
2.922,84 -1.633,09
Multimercados
25.990,54
29.459,36 -3.468,81
Cambial
768,61
422,06 346,55
Previdência
11.914,56
9.732,36 2.182,20
ETF
451,29
33,09 418,20
FIDC
14.101,66
15.627,87 -1.526,22
FIP
1.392,75
610,81 781,95
Total
334.871,99
332.109,16 2.762,84
Captação por Categoria
Captação líquida (R$ Milhões)
Tipo
Mar/2016
Aplicações
Resgates
Captação Líquida
23
Renda Fixa
304.104,46
282.224,83
21.879,62
Ações
1.547,21
3.070,24
-1.523,04
Multimercados
30.514,50
28.320,30 2.194,21
Cambial
948,05
995,07 -47,03
Previdência
13.742,85
10.927,24 2.815,61
ETF
331,58
267,15 64,43
FIDC
14.641,13
15.478,87 -837,74
FIP
924,01
135,21 788,80
Total
366.753,78
341.418,92 25.334,86
Captação por Categoria
Tipo
Abr/2016
Aplicações
Resgates
Captação Líquida
Renda Fixa
273.660,08
274.680,12
-1.020,04
Ações
1.664,20
2.714,98
-1.050,77
Multimercados
29.028,60
26.925,00 2.103,60
Cambial
308,29
928,66 -620,38
Previdência
15.662,67
11.685,45 3.977,21
ETF
354,69
213,67 141,01
FIDC
13.474,41
12.623,73 850,69
FIP
1.836,25
5,30 1.830,95
24
Total
335.989,19
329.776,92 6.212,27
Captação por Categoria
Captação líquida (R$ Milhões)
Tipo
Mai/2016
Aplicações
Resgates
Captação Líquida
Renda Fixa
279.023,30
285.847,24 -6.823,94
Ações
1.642,42
1.976,58 -334,16
Multimercados
24.393,06
22.889,73 1.503,33
Cambial
156,96
639,93 -482,97
Previdência
14.689,88
10.151,24 4.538,63
ETF
44,32
491,63 -447,31
FIDC
11.903,83
13.684,72 -1.780,89
FIP
1.377,68
82,74 1.294,94
Total
333.231,44
335.763,82 -2.532,38
Captação por Categoria
Tipo Acumulado em 12 Meses
Aplicações Resgates Captação Líquida
Renda Fixa
3.409.378,70
3.416.990,74
(7.612,04)
Ações
33.580,67
49.153,35
(15.572,68)
Multimercados
385.714,41
407.418,08
(21.703,67)
Cambial
8.195,45
8.772,50
(577,05)
25
Previdência
206.939,31
166.976,38
39.962,94
ETF
3.258,33
3.211,70
46,63
FIDC
172.180,89
168.850,65
3.330,23
FIP
26.395,27
5.232,70
21.162,57
Total
4.245.643,03
4.226.606,09
19.036,93
http://portal.anbima.com.br/informacoes-tecnicas/boletins/fundos-de-
investimento/Pages/default.aspx
Analisando as tabelas acima, foi possível notar que há uma certa
deteriorização do montante alocado em fundos de investimento. Contudo, vale
notar que o alto valor da taxa Selic e a ausência de cobertura do FGC (Fundo
Garantidor de Crédito) pode ter sido o fator crucial para que o valor alocado em
Renda Fixa fosse migrado para CDB, LCA, LCI e no ano de 2016e outra parte
para o mercado de ações tendo em vista a guinada sofrida pelo índice da Bolsa
de Valores de São Paulo.
3. COMPARAÇÃO ENTRE FUNDOS DAS PRINCIPAIS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
26
FUNDOS DE INVESTIMENTO REFERENCIADO DI (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
27
RENDA FIXA (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
28
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
É possível notar que tanto em fundos DI quanto em fundos renda fixa o
rendimento comparado das grandes instituições fiannceiras é bem similar.
Vale notar que para fundos de renda fixa podemos ter fundos atrelados
aos seguintes indicadores: CDI, IRF-M e IMA-B.
IRF-M: Segundo o site da ANBIMA o indicado IRF é oriundo da média
ponderada diária de retorno dos títulos do tesouto (LTN e NTN), que são
basecamente títulos prefixados ofertados no site do Tesouto Direto e que pode
ser adquirido através de DTVM e grandes intituições financeiras.
IMA-B: Indicador financeiro cujo cálculo é a média ponderada dos
retornos diários da letra do tesouro NTN-B (IPCA).
29
Essa é uma grande vantagem, pois é possível obter altos retornos ou
perdas, pois esses títulos são voláteis e não apenas atrelados a um indicador
que segue a taxa básica de juros do Brasil.
É possível obter retornos extraordinários, ou retornos pífios. O estudo
mais profundo será efetuado no próximo cápitulo, no qual será feita leitura de
índices ecônimicos que são fornecidos nos informes de fundos de
investimentos, no qual pode ser feita leitura de volatilidade, risco/retorno,
histórico de rentabilidade entre outros.
MULTIMERCADO (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
30
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
Já fundos multimercado podem aplicar em diversos tipos de
investimentos, juros, moedas estrangeiras, debêntures, letras do tesouro,
créditos no exterior.
Com isso é possível inferir que seu risco é grande e se compararmos os
diferentes fundos é possível observar a grande oscilação entre os fundos
expostos.
FUNDOS DE CURTO PRAZO (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
São de risco muito baixo e consequentemente, tem uma rentabilidade
bem menor que o s fundos DI e Renda Fixa. Indicados para ser o “cheque
31
especial” das aplicações, ou seja, o dinheiro para utilização em um prazo
inferior a 30 dias.
FUNDOS CAMBIAIS (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
Atrelados normalmente no mercado nacional ao Dólar ou ao Euro. Pode
funcionar como hedge cambial (segurança contra oscilações) para empresas
exportadoras ou importadoras e até mesmo para pessoas que desejam viajar
para determinado país e deseja blindar seu capital contra oscilações.
32
FUNDOS DE AÇÕES SETORIAIS (JUNHO 2016)
Fonte: http://minhaseconomias.com.br/blog/investimentos
33
4. ANÁLISE PRÁTICA DO MERCADO DE
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Um dos princípios básicos das finanças é a relação risco-retorno.
Quanto maior o retorno, mais riscos foram encontrados para atingir esse
objetivo. Não é algo linear, um axioma, mas na maior parte das vezes é o que
pode ser constatado.
No caso dos fundos de investimentos é válida a leitura em um longo
espaço de tempo, tendo em vista que momentos bons e ruins foram passados
e o retorno médio talvez seja interessante comparando com alguma aplicação
“risk free”.
Outra visão seria a análise dos melhores e piores momentos
enfrentados ao longo do tempo para inferir o quão confortável poderíamos nos
sentir para entrarmos ou sairmos de uma determinada posição.
Fortuna (2005) cita diversas vezes o indicador criado pelo prêmio Nobel
de economia William Sharpe em 1990, denominado Índice Sharpe.
Esse índice expressa a relação risco/retorno e informa se o fundo
apresenta uma rentabilidade plausível/compatível com seu risco. Os fundos
que apresentarem maiores retornos e menores riscos serão os melhores
qualificados sob a ótica desse indicador.
Ele é o resultado de uma divisão. O numerador é a média aritmética dos
retornos excedentes oferecidos pelo fundo durante determinado tempo. O
denominador é o desvio padrão desses retornos.
Retorno excedente é a parcela do rendimento oferecido pelo fundo que
ficou acima ou abaixo da rentabilidade de um indexador adotado livremente,
normalmente o CDI.
Desvio padrão é o padrão de oscilação desses retornos. Como foi dito
no início, o Índice Sharpe indica a relação retorno/risco. Assim você pode
comparar o Sharpe de quantos fundos desejar para tomar sua decisão de
investimento.
34
Abaixo segue o histórico retirado do site Verios de 30/06/2010 a
18/07/2016 comparando o indicador CDI, um fundo de Renda Fixa, um DI, um
indexado ao IMA e outro indexado ao IRF.
É possível verificar que em determinados momentos os fundos
não indexados podem oferecer rentabilidade infinitamente superior aos fundos
indexados. Isso pode ser levado a momentos de ascensão e queda de taxa de
juros, descontrole inflacionário e, assim, uma possível oportunidade do
investidor maximizar seus ganhos desde que saiba ler esses períodos e
adentrar no fundo e até mesmo sair e realizar lucro.
https://verios.com.br/apps/comparacao
35
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
Assim, temos que os fundos de investimentos são uma poderosa forma
de multiplicação dos recursos de seus cotistas. Um grande diferencial é o fato
de o montante ser aplicado sobre a forma de condomínio (em conjunto), o que
faz com que mesmo tendo disponibilidade de resgate a qualquer hora, sempre
haverá recursos suficientes para grandes aplicações de forma a maximizar os
ganhos.
Os fundos de investimento seguem regulamentação da CVM para
alocação e composição de acordo com o tipo de fundo. Contudo, para o
investidor o que vale fundamentalmente é a relação risco/retorno que vai
alinhar o perfil do investidor e fazer com que o mesmo escolha um perfil
conservador, moderado ou agressivo. O gestor compõe vários tipos de fundos,
mas a escolha sempre caberá ao cotista de acordo com seu perfil.
A gestão de um fundo é feita respeitando o Chinese Wall e é feita por
uma grande equipe. Sua qualidade, formação técnica, postura ética e de
integridade perante ao cotista é o que garante o sucesso do fundo.
A instituição administradora é quem dará nome ao fundo e garantirá as
obrigações administrativas, legais e operacionais, controlando através de
planilhas se o fundo está ficando desenquadrado ou não em relação ao que lhe
é permitido junto às normas criadas por Anbima e CVM. A instituição gestora é
responsável pela política e decisões de investimento. Já a responsável pelo
registro, liquidação e exercício de direitos e obrigações dos ativos que
compões o fundo é a custodiante. E por último, a responsável por captar
recursos junto aos investidores é a distribuidora. O administrador é o
responsável por zelar perante ao cotista caso aja questionamentos jurídicos
com relação ao fundo.
Os fundos, normalmente, cobram taxas de administração que é um
percentual diário sobre o patrimônio do fundo. No entanto, dependendo do tipo
de fundo ele pode cobrar taxa de ingresso, saída e performance. Taxa de
ingresso e saída nada mais é que um mecanismo de manter o cotista por um
longo período de tempo com o saldo aplicado no fundo, penalizando o mesmo
36
em caso de retiradas antes do tempo. Já taxa de performance nada mais é que
o pagamento do cotista junto ao fundo caso seu gestor consiga exceder o
indicador balizador de performance do fundo, podendo ser o CDI, IRF, IMA,
Dólar, Euro, Ibovespa e etc.
Habitualmente, os fundos são classificados a grosso modo de como
fundos de renda fixa ou renda variável, e também em fundos abertos e
fechados. De acordo com legislação CVM Nº 555 os fundos de investimento e
fundos de investimento em cotas são divididos em: Fundos de Renda Fixa,
Fundos de Ações, Fundos Multimercado e Fundo Cambial.
Os fundos de investimento de curto prazo e longo prazo são tributados
em IR em dois momentos. No ato do resgate (parcial ou total) e no momento do
come cotas (último dia útil do mês de maio e novembro). A diferença básica de
curto para longo prazo é o valor mínimo de IR e conseqüentemente o valor de
IR que é debitado no resgate e no come cotas. O fundo de curto prazo é
tributado em 20% de IR no come cotas e o de longo prazo em 15%.
A marcação a mercado é algo que ocorre em todos os países que
trabalham com fundos de investimento. Ele é um mecanismo de proteção para
sabermos o valor real e atualizado dos papéis que compõem uma carteira.
Para os acionistas, além da legislação básica, temos de ter em conta um
pouco de base técnica e noções de matemática financeira, estatística e até
mesmo de ferramentas de softwares de cálculo para acompanharmos os dados
do fundo para que seja mitigado riscos. Outro modo de acompanhamento são
os prospectos, lâminas de informações básicas, informes mensais para que
seja avaliada a constância de comportamento e as variações de risco e retorno
dos fundos para uma gestão adequada de seu patrimônio aplicado.
37
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BANCO DO BRASIL S.A. Curso de certificação em investimentos.
Universidade Corporativa do Banco do Brasil. Brasília - DF
DAMODARAN, Aswath e BERNSTEIN, Peter. Administração de
Investimentos. Porto Alegre: Bookman 2004.
FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro Produtos e Serviços. Rio
de Janeiro: Qualitymark, 2005
GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira.
São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2004.
Newlands JR., Carlos Arthur. Sistema Financeiro e Bancário.Rio de
Janeiro: El Servier Editora, 2010.
http://www.anbima.com.br/ima/arqs/ima_cartilha.pdf
https://verios.com.br/apps/comparacao