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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO PACHECO PEREIRA AVALIAÇÃO FORMATIVA COM ENFOQUE NA AUTORREGULAÇÃO DE ESTUDANTES DO PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA CONTAGEM APLICADA A UM CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO SÃO PAULO 2017

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

LUIS FERNANDO PACHECO PEREIRA

AVALIAÇÃO FORMATIVA COM ENFOQUE NA

AUTORREGULAÇÃO DE ESTUDANTES DO PRINCÍPIO

FUNDAMENTAL DA CONTAGEM APLICADA A UM CURSO

SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

SÃO PAULO

2017

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

LUIS FERNANDO PACHECO PEREIRA

AVALIAÇÃO FORMATIVA COM ENFOQUE NA

AUTORREGULAÇÃO DE ESTUDANTES DO PRINCÍPIO

FUNDAMENTAL DA CONTAGEM APLICADA A UM CURSO

SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São Paulo, como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Educação Matemática, sob a orientação da Professora Dra. Solange Hassan Ahmad Ali Fernandes.

SÃO PAULO

2017

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Pereira, Luis Fernando Pacheco Avaliação formativa com enfoque na autorregulação de

estudantes do Princípio Fundamental da Contagem aplicada a um curso Superior de Tecnologia da Informação / Luis Fernando Pacheco Pereira. - São Paulo: Universidade Anhanguera de São Paulo, 2017.

122 f.: il.; 30 cm.

Dissertação (MESTRADO) – Universidade Anhanguera de São Paulo, Mestrado em Educação Matemática, 2017.

Orientadores: Profa. Dra. Solange Hassan Ahmad Fernandes

1. Educação Matemática. 2. Avaliação da aprendizagem 3. Avaliação formativa. 4. Princípio fundamental da contagem. 5. Análise combinatória. I. Fernandes, Solange H. Ahmad Ali. II. Universidade Anhanguera de São Paulo. III. Título.

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Dedico este trabalho a todos os meus alunos,

motivação maior para meu aprimoramento

contínuo. Dedico também a todos os

professores e pesquisadores que buscam o

desenvolvimento social, por meio de

inovações tecnológicas aplicadas aos

processos de ensino e de aprendizagem. Que

esta pesquisa seja um embrião de muitos

projetos inovadores na área da avaliação de

aprendizagem.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade da elevação espiritual; depois agradeço a

Jesus, pelo exemplo a ser seguido; aos meus saudosos pais, que tantas lições de vida me

ensinaram; à minha esposa Eryka Eugênia Fernandes Augusto, meu orgulho e fonte

inesgotável de amor, gratidão e incentivo; aos meus filhos Vinicius e Enzo, pela paciência e

resignação por não terem a minha atenção e companhia enquanto eu construía este trabalho; à

Professora Dra. Solange Hassan Ahmad Ali Fernandes, que me acolheu e me orientou com

muita sabedoria, paciência e amizade; à Professora Dra. Rosana Nogueira de Lima e ao

Professor Dr. José Manuel Moran, pelas generosas contribuições e sugestões; a todo o corpo

docente do programa de Pós-Graduação da Universidade Anhanguera de São Paulo,

excelentes educadores e companheiros nesta jornada; aos colaboradores da secretaria e das

bibliotecas; à Professora Sandra Ferreira da Silva, que me acolheu na carreira acadêmica e me

deu condições para a realização deste mestrado; aos colegas dos programas de mestrado e

doutorado, que compartilharam tanto conhecimento e gentileza e; aos meus amigos e

pesquisadores da Comunidade Praxis, pela incansável dedicação para a melhoria da educação.

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" O principal objetivo da educação é criar homens que sejam capazes de

fazer novas coisas e não de simplesmente repetir o que outras gerações

fizeram, homens que sejam criativos, inventores e descobridores; o segundo

objetivo da educação é formar mentes que possam ser críticas, que possam

analisar e não aceitar tudo que lhes é oferecido" (Piaget, 1969).

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RESUMO

Este trabalho surgiu da observação de que o sistema de avaliação utilizado em cursos

superiores em universidades particulares não tem oferecido ao estudante um feedback que

possibilite domínio adequado de conteúdos matemáticos, sobretudo em cursos superiores de

tecnologia da informação. A partir dessa observação, escolhemos como tema de estudo a

avaliação de aprendizagem, por meio da avaliação formativa, e objetivamos aplicar uma

técnica de avaliação formativa durante a revisão do Princípio Fundamental da Contagem

(PFC), para alunos de um curso superior de graduação em Tecnologia em Análise e

Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Anhanguera de São Paulo, a fim de

analisar as percepções explicitadas pelos participantes quanto ao envolvimento, engajamento,

sensação de melhor desempenho, satisfação com o processo avaliativo e interesse pelo tema.

Nosso propósito era verificar a viabilidade da utilização da Tecnologia da Informação e

Comunicação (Tic) como apoio para a aplicação de uma técnica de avaliação formativa;

verificar se essa aplicação promove maior envolvimento dos alunos e também melhor

compreensão do PFC e avaliar as percepções dos alunos e do professor da disciplina de

Lógica e Matemática Computacional a respeito dessa forma de avaliação como fator de

envolvimento e interesse dos alunos. A metodologia utilizada foi Design Experiments,

adequada para nossa proposta de estruturar um instrumento de pesquisa que atendesse às

necessidades dos alunos. Inicialmente essas necessidades foram apontadas pela literatura e,

posteriormente, o instrumento foi refinado a partir do feedback oferecido pelos alunos. Nossa

base teórica repousa em Perrenoud (1999), que estudou características da avaliação de

aprendizagem e sugeriu novas maneiras de aplicar as avaliações. Hadji (2001) ampliou o

estudo de Perrenoud e desenvolveu elementos práticos para viabilizar a avaliação formativa,

nos quais nos inspiramos para a concepção do instrumento de pesquisa. Esse instrumento é o

sistema web INFORMA de avaliação formativa, desenvolvido por nós e composto por

questões sobre o PFC, com feedbacks para cada alternativa escolhida, resoluções comentadas

e espaços para manifestação dos participantes. O sistema web INFORMA prevê o

estabelecimento de uma política de navegação pelas questões, formando as trilhas percorridas

por cada participante, como resultados dos acertos e erros individuais, permitindo que cada

um deles navegue pelas questões, conforme o seu nível de conhecimento no assunto. A

pesquisa foi aplicada em duas fases, com duas turmas de cursos de Tads. A primeira fase foi

destinada à validação da técnica e do instrumento de pesquisa desenvolvido. Como resultado

dessa fase e seguindo a metodologia Design Experiments, diversas melhorias e correções

foram identificadas e implementadas no sistema. A segunda fase foi destinada à aplicação da

técnica, coleta de dados e análise dos mesmos. Após análise dos comentários, entrevistas e

demais elementos disponíveis, à luz da teoria utilizada, concluímos que a técnica de avaliação

formativa desenvolvida nesta pesquisa foi capaz de engajar os participantes, envolvendo-os

no processo de aprendizagem, despertando interesse pelo tema trabalhado, e permitiu também

que os alunos percebessem eventuais lacunas de conhecimento e buscassem saná-las.

Palavras-chave: Educação Matemática. Aprendizagem Adaptativa. Avaliação de

Aprendizagem. Avaliação Formativa. Princípio Fundamental da Contagem.

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ABSTRACT

This work arose from the observation that the evaluation system used in the higher courses in

private universities has not offered the student feedback that allows adequate mastery of

mathematical contents, especially in higher education courses in information technology.

From this observation, we chose the learning evaluation as a theme of study through

formative evaluation, and aim to apply a formative evaluation technique during the review of

the Fundamental Principle of Counting (FPC), for higher education students of Technology in

Analysis and System Development (TASD) of the Universidade Anhanguera de São Paulo, in

order to analyze the explicit perceptions of participants concerning the involvement,

engagement, feeling of better performance, satisfaction with the evaluation process and

interest in the subject. Our purpose was to verify the viability of the use of the Information

and Communication Technology as support for the application of a formative evaluation

technique; to verify whether this application promotes bigger student involvement and

understanding of the FPC and evaluate the perception of the students and professors of the

Computer Logics and Mathematics subjects concerning this form of evaluation, as a factor of

student involvement and interest.

The methodology was Design Experiments, suitable for our purpose of structuring a tool of

research that meets the needs of the students. Such needs were initially pointed out by the

literature and later the tool was refined based on the subject offered by the students.

Our theoretical basis lays on Perrenoud (1999), who studied learning evaluation

characteristics and suggested new ways of applying them. Hadji (2001) extended Perrenoud's

study and developed practical elements to enable the formative evaluation, in which we

inspired for the conception of the research instrument. This instrument is the web system

INFORMA of formative evaluation, developed by us and composed of questions on the FPC,

with feedbacks for each chosen alternative, commented resolutions and spaces for

demonstration of the participants. The web system INFORMA predicts the establishment of a

navigation policy through the questions, forming the tracks covered by each participant, as

results of the individual hits and misses, allowing each of them to navigate the questions,

according to their level of knowledge in the subject. The research was applied in two phases,

with two classes of TASD courses. The first phase was aimed at validating the technique and

the research instrument developed. As a result of this phase and following the Design

Experiments methodology, several improvements and corrections were identified and

implemented in the system.

The second phase was devoted to the application of the technique, data collection and analysis

of the same. After analyzing the comments, interviews and other elements available, in the

light of the theory used, we conclude that the formative evaluation technique developed in this

research was able to engage the participants, involving them in the learning process, arousing

interest in the theme and also allowed the students to perceive any gaps in knowledge and

seek to heal them.

Keywords: Mathematics Education. Adaptive Learning. Learning Assessment. Formative

Evaluation. Fundamental Principle of Counting.

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LISTA DE FIGURAS

Figura I.1- Aumento de renda declarada versus tempo de curso de graduação superior .........17

Figura 2.1 – Fluxo de questões – como idealizado ..................................................................56

Figura 2.2 – Fluxo de questões – como implementado no sistema ..........................................57

Figura 2.3 – Fluxo de navegação no sistema, parte 1/3 ...........................................................61

Figura 2.4 – Fluxo de navegação no sistema, parte 2/3 ...........................................................63

Figura 2.5 – Fluxo de navegação no Sistema, parte 3/3 ..........................................................64

Figura 3.1 – Trilha do Aluno 03 ..............................................................................................70

Figura 3.2 – Trilha do Aluno 05 ..............................................................................................71

Figura 3.3 – Trilha do Aluno 20 ..............................................................................................72

Figura 4.1 – Trilhas dos alunos 39, 43, 53 e 66 .....................................................................100

Figura 4.2 – Trilhas dos alunos 42, 60 e 63 ...........................................................................101

Figura 4.3 – Trilhas dos alunos 47, 52, 57 e 59 .....................................................................102

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1.1 - Tarefas do formador na avaliação formativa ......................................................36

Quadro 2.1 – Implementação das tarefas do formador na avaliação formativa .......................60

Quadro 3.1 – Relatório Roteiro Completo (parcial) ................................................................68

Quadro 4.1 – Comentários sobre aspectos positivos de motivação .........................................84

Quadro 4.2 – Aspectos positivos sobre a comunicação do sistema com o participante ..........85

Quadro 4.3 – Comentários sobre críticas aos enunciados ........................................................87

Quadro 4.4 – Dificuldades declaradas .....................................................................................89

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LISTA DE TABELAS

Tabela 3.1 – Categorias dos comentários (da primeira fase) ...................................................75

Tabela 3.2 – Componentes matemáticos associados às questões (da primeira fase) ...............76

Tabela 4.1 – Perfil dos participantes ........................................................................................79

Tabela 4.2 – Aspectos, categorias e cores ................................................................................83

Tabela 4.3 – Questões criticadas por nível de dificuldade .......................................................87

Tabela 4.4 – Resultados da questão 22 ....................................................................................88

Tabela 4.5 – Resultados da questão 3 ......................................................................................88

Tabela 4.6 – Críticas por participantes e questões ...................................................................88

Tabela 4.7 – Tentativas utilizadas nas questões referentes aos comentários ...........................90

Tabela 4.8 – Média de tempo por tentativa ..............................................................................92

Tabela 4.9 – Componentes matemáticos associados às questões mais respondidas ................93

Tabela 4.10 – Status das questões do grupo dos Desistentes ...................................................95

Tabela 4.11 – Tempo utilizado nas respostas às questões do grupo dos Desistentes ..............95

Tabela 4.12 – Comentários positivos .......................................................................................96

Tabela 4.13 – Comentários negativos ......................................................................................96

Tabela 4.14 – Questões respondidas por nível de dificuldade .................................................96

Tabela 4.15 – Status das questões do grupo dos Engajados ....................................................98

Tabela 4.16 – Tempo utilizado nas respostas às questões do grupo dos Engajados ................98

Tabela 4.17 – Comentários positivos no grupo Engajados ......................................................99

Tabela 4.18 – Comentários negativos no grupo Engajados .....................................................99

Tabela 4.19 – Alunos do professor entrevistado ....................................................................107

Tabela 5.1 – Sugestão de pontuação ......................................................................................118

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LISTA DE SIGLAS

Afa - Academia da Força Aérea Brasileira

Anped - Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação

Ava - Ambiente Virtual de Aprendizagem

Capes - Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior

Cesgranrio - Centro de Seleção de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio

CIAE - Congresso Internacional em Avaliação Educacional

CSS - Folhas de Estilo em Cascata

DNS - Domain Name System

EAD - Educação à Distância

Enade - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes

Enem - Exame Nacional do Ensino Médio

Enem-Sbem - Encontro Nacional de Educação Matemática, promovido pela Sociedade

Brasileira de Educação matemática (Sbem)

Faap - Fundação Armando Álvares Penteado

Fatec-SP - Faculdade de Tecnologia de São Paulo

FGV - Fundação Getúlio Vargas

FTP - File Transfer Protocol

Fuvest - Fundação Universitária para o Vestibular

GT-08 - Grupo de Trabalho “Avaliação e Educação Matemática” da Sociedade Brasileira de

Educação Matemática (Sbem)

HTML - Hyper Text Markup Language

HTTP – Hyper Text Transfer Protocol

IP - Internet Protocol

LMS - Learning Management System

PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais

Pea - Plano de Ensino e Aprendizagem

PFC - Princípio Fundamental da Contagem

PHP (um acrônimo recursivo para PHP: Hypertext Preprocessor)

Puc-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Sbem - Sociedade Brasileira de Educação Matemática

SGBD - Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados

Sinaes - Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior

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Sipem - Seminário Internacional de Pesquisa em Educação Matemática

SMTP - Simple Mail Transfer Protocol

SQL - Linguagem de Consulta Estruturada

Tads - Tecnologia e Análise e Desenvolvimento de Sistemas

TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TCP - Transaction Control Protocol

TI - Tecnologia da Informação

Tic - Tecnologia da Informação e Comunicação

TRI - Teoria de Resposta ao Item

UDP - User Datagram Protocol

Uel - Universidade Estadual de Londrina

UEMG - Universidade Estadual de Minas Gerais

UFC - Universidade Federal do Ceará

Ufes - Universidade Federal do Espírito Santo

UFPA - Universidade Federal do Pará

UFPE - Universidade Federal de Pernambuco

UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Ufscar - Universidade Federal de São Carlos

Uneb - Universidade Estadual da Bahia

Unicamp - Universidade de Campinas

Unifesp - Universidade Federal de São Paulo

Vunesp - Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista

XML - eXtensible Markup Language

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 17

CAPÍTULO 1 – AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM E AVALIAÇÃO FORMATIVA ...22

1.1 Aprendizagem adaptativa .......................................................................................22

1.2 Avaliação ................................................................................................................24

1.3 Tipos de avaliação ..................................................................................................28

1.4 Avaliação formativa ...............................................................................................30

1.5 Autorregulação .......................................................................................................32

1.6 Operacionalização da avaliação formativa .............................................................33

1.7 Pesquisas precedentes ............................................................................................35

1.7.1 Pesquisas com foco na EAD e no professor ............................................37

1.7.2 Pesquisas com foco em avaliação adaptativa ..........................................41

1.7.3 Pesquisas com foco na construção de testes objetivos parametrizados ...42

1.7.4 Pesquisas com foco no aluno ...................................................................44

CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ................46

2.1 Metodologia Design Experiments ..........................................................................46

2.2 Princípio Fundamental da Contagem (PFC) ..........................................................47

2.3 Caracterização dos participantes da pesquisa .........................................................48

2.4 Aspectos sobre a escolha do instrumento de pesquisa ...........................................49

2.5 Procedimentos metodológicos ................................................................................52

2.5.1 Preparação do ambiente ...........................................................................53

2.5.2 Regras de utilização .................................................................................61

2.5.3 Fases do estudo ........................................................................................64

CAPÍTULO 3 – VALIDAÇÃO DO SISTEMA E DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO

FORMATIVA ..........................................................................................................................67

3.1 Perfil dos participantes ...........................................................................................67

3.2 Coleta de dados ......................................................................................................67

3.3 Análise dos dados ...................................................................................................69

3.4 Redesign .................................................................................................................77

3.5 Conclusões da fase de validação ............................................................................77

CAPÍTULO 4 – APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA ...............78

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4.1 Perfil dos participantes ...........................................................................................78

4.2 Coleta de dados ......................................................................................................80

4.3 Organizando os dados ............................................................................................82

4.3.1 Aspectos positivos dos comentários ........................................................83

4.3.2 Aspectos negativos dos comentários .......................................................86

4.3.3 Aspectos neutros dos comentários ...........................................................91

4.4 Conteúdo matemático .............................................................................................92

4.5 Agrupamentos de participantes ..............................................................................94

4.5.1 Grupo dos Desistentes .............................................................................94

4.5.2 Grupo dos Engajados ...............................................................................97

4.6 Trilhas dos alunos .................................................................................................100

4.7 Comentários das rodadas ......................................................................................103

4.8 Entrevistas com os participantes ..........................................................................104

4.9 Entrevista com o professor ...................................................................................107

4.10 Resultados e relações com as pesquisas precedentes .........................................107

4.11 Conclusões da aplicação da técnica ...................................................................108

CAPÍTULO 5 – REFLEXÕES ..............................................................................................110

5.1 O estudo ................................................................................................................110

5.2 Trajetória ..............................................................................................................113

5.3 Análises ................................................................................................................114

5.4 Conclusões ...........................................................................................................115

5.5 Sugestões ..............................................................................................................116

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................119

ANEXO e APÊNDICES ........................................................................................................122

ANEXO A – Grade Curricular do Curso de Tads e disciplinas relacionadas ao PFC

APÊNDICE A – Questões do sistema INFORMA

APÊNDICE B – Roteiro de entrevista semiestruturada

APÊNDICE C – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

APÊNDICE D – Telas do sistema INFORMA

APÊNDICE E – Relatório roteiro completo

APÊNDICE F – Trilhas dos alunos

APÊNDICE G – Relatório de comentários das rodadas

APÊNDICE H – Entrevista com participantes

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17

INTRODUÇÃO

O ensino de disciplinas que utilizam conceitos matemáticos e de disciplinas

específicas de Matemática em cursos superiores de graduação revela diversas dificuldades.

Nossa experiência docente e relatos de outros professores de cursos superiores de Tecnologia

da Informação e Comunicação (Tic), e de outras áreas de conhecimento, apontam as mesmas

percepções.

Nossa experiência mostra a decepção de alguns alunos ao não conseguirem obter boas

notas, nem terem um retorno individualizado sobre as avaliações feitas, podendo sentir-se sem

condições para melhorar seus conhecimentos. Simultaneamente, outros alunos podem perder

a motivação quando as avaliações são compostas por questões consideradas por eles fáceis ou

mesmo triviais.

Uma possível consequência dessa insatisfação, nos dois casos acima, é a evasão do

curso, gerando menor inclusão ou ascensão social, pois consideramos que na região da

Grande São Paulo, uma parcela significativa dos alunos adquiriria a maior titulação

acadêmica da família. A Figura I.1 mostra que um curso de graduação da Universidade

Anhanguera de São Paulo pode aumentar em 150% a renda de um estudante de cursos

técnicos, como o Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads),

foco da nossa pesquisa.

Figura I.1 – Aumento de renda declarada versus tempo de curso de graduação superior.

Fonte: Material interno da Kroton-Anhanguera.

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18

Acreditamos que uma compreensão mais ampla das disciplinas relativas à

Matemática dos referidos cursos pode gerar expectativa de formar profissionais com

melhor capacitação específica e geral, reduzir o tempo de conclusão dos cursos por parte

dos discentes, promovendo antecipação da inclusão deles no mercado de trabalho e

melhorando sua empregabilidade. Imaginamos que essa compreensão permita também a

elevação das notas nos indicadores externos desses cursos, por meio da obtenção de

melhores resultados nos instrumentos de avaliação institucional, regidos pelo Sistema

Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), como o Exame Nacional de

Desempenho de Estudantes (Enade) e demais instrumentos de avaliação de cursos de

graduação (BRASIL, 2011), gerando benefícios mútuos, tanto para os alunos quanto para a

Instituição de Ensino Superior.

Para Perrenoud (1999), os procedimentos habituais de avaliação, enquanto

componentes dos processos de ensino e de aprendizagem, que privilegiam o processo de

ensino em escala, os objetivos minimalistas e a classificação dos alunos constituem-se em

uma forma ineficiente e ultrapassada de verificação de conhecimento adquirido. Para atender

aos requisitos desse tipo de procedimento, os alunos aplicam-se aos estudos somente nos

momentos que antecedem as avaliações pontuais, frequentemente “colam” e assim não se

preocupam em aprender, mas apenas em cumprir o suficiente para serem aprovados nas

disciplinas e progredirem nos níveis dos cursos.

Em busca de melhorias, procuramos por uma forma diferente de acompanhamento e

de avaliação, que seja capaz de reconhecer e trabalhar a diversidade dos alunos, que seja

aplicada continuamente ao longo do período letivo, em oposição a provas em datas pontuais,

que permita analisar individualmente os caminhos de raciocínio, as tentativas e resultados dos

alunos. Um tipo de avaliação no qual o professor dê retornos individualizados aos alunos,

orientando-os segundo os diversos componentes curriculares, assim como aplicando questões

de níveis diferenciados para cada aluno ou grupo de alunos, pode ser definida como avaliação

formativa, pelo seu caráter de formação e não de classificação apenas (PERRENOUD, 1999).

Levando em consideração o exposto acima, esta pesquisa tem como objetivo aplicar

uma técnica de avaliação formativa durante o ensino do Princípio Fundamental da Contagem

(PFC) para alunos de um curso superior de graduação de Tecnologia em Análise e

Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Anhanguera de São Paulo e analisar as

percepções explicitadas pelos participantes quanto ao envolvimento, engajamento, sensação

de melhor desempenho, satisfação com o processo avaliativo e interesse pelo tema.

Esta pesquisa tem como objetivos específicos:

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19

Verificar a viabilidade de uma técnica de utilização da tecnologia da

informação e comunicação como apoio para a aplicação de uma avaliação formativa;

Verificar se essa aplicação de avaliação formativa promove maior

envolvimento dos alunos e também melhor compreensão do PFC, ao longo da

realização da pesquisa e;

Avaliar as percepções dos alunos e do professor da disciplina de Lógica e

Matemática Computacional a respeito dessa forma de avaliação, como fator de

envolvimento e interesse dos alunos, verificados por meio de eventuais mudanças de

postura de ambos em sala de aula.

Partindo das dificuldades percebidas no ensino de disciplinas que utilizam conceitos

matemáticos e de disciplinas específicas de Matemática em cursos superiores de graduação

em Tads, e com base em Perrenoud (1999), nota-se que é costume de alguns professores não

utilizar os resultados das avaliações para análise de possíveis deficiências nos processos de

ensino e de aprendizagem.

Uma análise dessas avaliações permitiria descobrir lacunas de conhecimento, seja de

temas específicos da disciplina ou de temas que deveriam ter sido assimilados nos níveis

anteriores do sistema de ensino. A execução e divulgação dessa análise propiciaria que alunos

e professores aprimorassem seus métodos, com objetivo de ampliar a aquisição de

conhecimento por parte dos alunos.

Dessa forma, esta pesquisa propõe a aplicação de um tipo de avaliação de

aprendizagem diferenciada, permitindo aos professores analisar os resultados

individualmente, dar retornos aos alunos sobre os resultados obtidos e aplicar as próximas

avaliações com base nos resultados individualizados das avaliações anteriores, desenvolvendo

assim um método de ensino mais focado nos alunos.

A avaliação formativa será aplicada nesta pesquisa como fator de contribuição para

melhora dos processos de ensino e de aprendizagem do PFC, no Curso Superior em

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Anhanguera

de São Paulo. Escolhemos esse curso porque nossa experiência mostra que ele possui uma

profunda relação com esse tema da Matemática. São muitos os problemas ligados ao PFC no

campo de atuação do profissional de Tecnologia da Informação e Comunicação, motivo pelo

qual o tema é abordado de forma explícita em duas disciplinas relacionadas à Matemática:

Probabilidade e Estatística e Lógica e Matemática Computacional. Essas disciplinas são

cursadas nos semestres iniciais, e formam a base para disciplinas técnicas do curso. Essas

disciplinas técnicas relacionam os problemas de contagem aos algoritmos, à forma de

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20

composição de estruturas de dados, à modelagem de bancos de dados relacionais e orientados

a objeto, ao dimensionamento de sistemas de comunicação de dados (redes) e muitos outros.

No Anexo A, apresentamos as disciplinas básicas e técnicas do curso de Tads da Universidade

Anhanguera de São Paulo relacionadas ao PFC.

Diante das dificuldades expostas anteriormente e das possibilidades de aplicação de

métodos diferentes de avaliação de aprendizagem, esta pesquisa aborda o seguinte problema

de pesquisa:

A aplicação de uma técnica de avaliação formativa para o estudo do Princípio

Fundamental de Contagem (PFC) em um curso superior de Tads gera mais interesse e

desenvolvimento por parte dos alunos?

Dessa forma, esta pesquisa está estruturada da seguinte maneira:

O Capítulo 1 aborda a literatura sobre avaliação de aprendizagem e pesquisas

precedentes sobre avaliação formativa.

O Capítulo 2 apresenta a metodologia utilizada, a contextualização do PFC no âmbito

da Análise Combinatória e sua importância na área da Tecnologia da Informação. Além disso,

caracteriza os participantes da pesquisa, detalha os procedimentos metodológicos e também

os aspectos técnicos da implementação do sistema web INFORMA, desenvolvido para esta

pesquisa a fim de viabilizar uma técnica de avaliação formativa, em duas fases.

O Capítulo 3 traz os resultados analíticos e sintéticos da fase de validação do sistema e

da técnica de avaliação formativa desenvolvida. Aponta os aspectos positivos e negativos

encontrados nessa fase de validação e também aponta sugestões para melhorias no

instrumento de pesquisa, implementadas para a próxima fase da pesquisa.

O Capítulo 4 mostra como foi realizada a fase de aplicação da técnica de avaliação

formativa, relata a coleta e a análise dos dados, a forma de organização dos mesmos, aspectos

consonantes e dissonantes com o referencial teórico estudado e os agrupamentos dos

participantes conforme a permanência dos mesmos na pesquisa. Aborda também os

comentários deixados após as rodadas, as entrevistas com os alunos e com um professor da

turma participante. O Capítulo termina apresentando as relações dos resultados desta fase com

as pesquisas precedentes e também as considerações finais sobre a aplicação da técnica de

avaliação formativa.

O Capítulo 5 expõe as reflexões sobre a pesquisa, incluindo um relato sobre toda a

trajetória da mesma, um resumo das análises, as conclusões e algumas sugestões para

continuidade dos estudos sobre o tema.

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Convidamos o leitor a nos acompanhar nesta jornada, desejando que a leitura

proporcione reflexões sobre os métodos de avaliação tradicionais e que este trabalho seja

inspirador para o estabelecimento de novas formas de avaliação de aprendizagem.

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CAPÍTULO 1

APRENDIZAGEM ADAPTATIVA, AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM

E AVALIAÇÃO FORMATIVA

Neste Capítulo, nos dedicamos a apresentar conceitos e exemplos sobre aprendizagem

adaptativa, reduzindo o escopo do estudo para a avaliação de aprendizagem e aprofundamo-

nos na avaliação formativa, ressaltando seus benefícios e entraves, com base na literatura e

em pesquisas precedentes, as quais inspiraram e nortearam o desenvolvimento deste trabalho.

Antes de apresentar aspectos da avaliação de aprendizagem, é importante entender o

contexto no qual se situa a educação, no Brasil e no mundo. O desenvolvimento e a

disseminação das Tics fizeram com que inúmeras empresas e iniciativas tenham surgido nos

últimos anos, na área de aprendizagem à distância. Várias dessas empresas dedicam-se a

apresentar conteúdo a estudantes do ensino médio em busca de preparação para o Exame

Nacional do Ensino Médio (Enem) e para processos seletivos para ingresso em cursos de

graduação. Um dos conceitos utilizados por essas empresas é o da aprendizagem adaptativa,

segundo o qual os participantes são constantemente avaliados e direcionados para conteúdos

nos quais precisem focar mais os estudos, por meios de plataformas adaptativas. Dessa forma,

mediante aplicação de tecnologia da informação e comunicação (Tic), pode-se dizer que o

conteúdo é ofertado de maneira individualizada, permitindo que cada participante caminhe

por uma trilha de aprendizagem individual.

1.1 Aprendizagem adaptativa

Segundo Mognhol e Beltrame (2015), existem diversas plataformas adaptativas

disponíveis, como Smart Sparrow, Dream Box, Grockit, Orion (Wiley University), Scoot Pad,

Knewton, Geekie Games e Khan Academy.

Uma das plataformas mais conhecidas, a Khan Academy, foi idealizada por um

americano, em 2004, para ajudar uma prima a estudar. Após alguns anos produzindo conteúdo

em Matemática e Ciências, ganhou notoriedade e hoje oferece conteúdo e exercícios em

diversos idiomas, abrangendo desde as séries iniciais até a graduação. Khan (2012, p.15)

aponta um crescimento de 400% ao ano e cerca de seis milhões de inscritos, assistindo a três

mil vídeos e resolvendo juntos mais de quinhentos milhões de exercícios.

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Nessa plataforma, cada participante inicia em uma fase, que pode ser escolhida por ele

próprio ou por um professor, assiste a vídeoaulas, lê conteúdo em texto e multimídia, e

responde uma série de questões para poder progredir. Conforme acerta uma sequência de

questões, ganha recompensas na forma de medalhas virtuais, como forma de incentivo e

motivação. Os participantes são direcionados para assuntos e questões mais complexos à

medida que progridem, sendo que os conteúdos são escolhidos por um algoritmo da

plataforma, para reforçar lacunas de conhecimentos específicos ou avançar assuntos para os

quais o participante demostre já ter domínio. Caso o participante esteja sendo monitorado por

um professor, este terá relatórios de evolução de cada aluno e da turma toda, disponíveis na

plataforma (MOGNHOL, 2015).

Para Khan (2012, p.15), essa plataforma se opõe ao “melancólico processo” que

ocorre em salas de aula, ou seja, a memorização mecânica e fórmulas automáticas dirigidas a

uma nota boa na próxima prova e não a algo mais duradouro ou significativo. A plataforma

ajuda os alunos a enxergar as relações entre os conteúdos e a progressão, absorvendo os

conceitos e evoluindo para o domínio do tema.

Khan (2012, p.15) declara que um dos objetivos da plataforma é resgatar o

entusiasmo, a participação ativa e a consequente empolgação pela aprendizagem.

Questionando o sucesso de sua plataforma, Khan (2012, p.18) avalia que os fatores

chave são: o próximo conteúdo sempre é uma nova descoberta pessoal; os exercícios são um

novo desafio, que cada um pode enfrentar em seu próprio ritmo, sem vergonha, estigma ou

necessidade de avançar em um tempo previamente determinado, o conteúdo estará sempre

disponível, e os erros são permitidos.

Considerando estilos de aprendizagem distintos, Khan (2012, p.23) afirma que as

pessoas aprendem em ritmos diferentes. Algumas são capazes de assimilar tudo rapidamente,

enquanto outras avançam a duras penas rumo à compreensão. Assimilar mais rápido nem

sempre significa ser mais inteligente, assim como assimilar mais devagar não significa ser

mais burro. Além disso, entender depressa não significa o mesmo que entender bem. Assim,

conclui que o ritmo da aprendizagem é uma questão de estilo pessoal, não de inteligência.

Outra plataforma bastante utilizada chama-se Geekie Games, uma iniciativa brasileira,

lançada em 2013 e com foco em preparação para o Enem. Da mesma forma que a plataforma

Khan Academy, a Geekie Games permite o cadastro individual de alunos e também o cadastro

de professores e vinculação de alunos a estes e a instituições de ensino ou órgãos

governamentais. Os professores e escolas podem ter acesso a relatórios de desempenho dos

alunos vinculados. Após a criação do perfil, o aluno efetua uma avaliação diagnóstica e, a

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partir dos resultados auferidos, a plataforma monta um roteiro de estudos personalizado, com

base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), a mesma teoria que é utilizada na composição das

questões do ENEM, para cada aluno. Com o plano em mãos, o aluno busca acessar os

conteúdos sugeridos no plano. Encerrando a discussão sobre essa plataforma, ela também

contempla vídeo aulas, conteúdo multimídia e interativo, exercícios resolvidos e avaliações de

desempenho com feedback imediato (GEEKIE GAMES, 2016).

A plataforma americana Dream Box é especializada em Matemática no nível do

Ensino Fundamental, contém recursos de gamificação1, está disponível em inglês e espanhol e

sua utilização é paga (DREAM BOX, 2016).

A plataforma Smart Sparrow é um ambiente que pode ser contratado em diversas

modalidades, desde uma turma até a instituição toda, e o conteúdo deve ser criado e publicado

por cada contratante (SMART SPARROW, 2016).

Conforme dito anteriormente, esta pesquisa atende parcialmente os conceitos das

plataformas adaptativas, especificamente a parte das avaliações de aprendizagem. Assim, a

presente pesquisa teve origem na necessidade evidenciada por meio de experiências pessoais

anteriores e ganhou argumentos mais consistentes por meio das pesquisas sobre avaliação

formativa, as quais buscaram estudos que apresentassem caminhos para uma avaliação mais

formativa e nos revelaram os trabalhos de Hadji e Perrenoud, que são as bases teóricas para o

modelo de suporte à avaliação formativa proposto neste trabalho.

1.2. Avaliação

Perrenoud (1999, p.9) define o processo tradicional de avaliação como uma “tortura

inventada por volta do século XVII” e tornada parte obrigatória do ensino, como praticamos

até os dias atuais, e lamenta o fato de que a avaliação se situa entre duas lógicas, aquela que

está baseada em um modelo de certificação e progressão e a lógica formativa, mais

preocupada com o aprendizado individual do que com o sistema. Essa preocupação incomoda

aqueles que lutam contra o fracasso escolar e querem que as avaliações sejam formativas em

sua essência (PERRENOUD, 1999, p.18).

De acordo com Perrenoud (1999), a diferença entre essas lógicas pode ser descrita

como:

A avaliação tradicional, não satisfeita em criar fracasso, empobrece as

aprendizagens e induz, nos professores, didáticas conservadoras e, nos

alunos, estratégias utilitaristas. A avaliação formativa participa da renovação

global da pedagogia, da centralização sobre o aprendiz, da mutação da

1 É o uso de mecânicas e dinâmicas de jogos para engajar pessoas, resolver problemas e melhorar o aprendizado,

motivando ações e comportamentos em ambientes fora do contexto de jogos

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profissão de professor: outrora dispensador de aulas e de lições, o professor

se torna o criador de situações de aprendizagem “portadoras de sentido e de

regulação”. PERRENOUD, 1999, p. 18)

Perrenoud (1999, p.9) afirma que a avaliação, de maneira geral, pode ser um

instrumento que estigmatiza os alunos, tanto aqueles com desempenho ruim, como aqueles

bem-sucedidos. Frequentemente, o processo de avaliação sofre críticas quanto à falta de

unanimidade, seja pelo extremo da severidade ou pelo extremo da permissividade, ou ainda

pela arbitrariedade, incoerência ou falta de transparência dos critérios ou dos procedimentos

de avaliação.

Acreditamos que os processos de avaliação de desempenho em vigor atualmente,

como provas bimestrais ou trimestrais, contêm as mesmas características e problemas

apontados por Perrenoud em 1999, e deles tiramos boa parte da motivação para a nossa

pesquisa, pois acreditamos que uma forma de avaliação distinta possa reduzir esses

problemas.

Segundo Perrenoud (1999, p.9), avaliar é o processo padrão para decidir a progressão

no curso, a certificação profissional, a proficiência em um assunto ou idioma, e tantas outras

variações, mas é também uma forma de privilegiar aqueles que seguem as normas e regras

estabelecidas, como frequentar as aulas, realizar as tarefas solicitadas, ter bom

comportamento e relacionamento, entre outras atitudes, que estejam em conformidade com o

que um professor espera de um aluno. O problema é que avaliar o aluno com base em suas

atitudes enquanto aluno não tem nenhuma relação com as competências desenvolvidas, nem

com o conhecimento adquirido. A avaliação é uma medida, qualitativa e quantitativa, uma

representação de um valor escolar ou intelectual de uma pessoa, obtida por meio de uma

interação social, na qual cada ator representa papéis de ordem hierárquica distantes, por vezes

com posições antagônicas (PERRENOUD, 1999, p.57).

A visão holística de Perrenoud (1999, p.36) quanto ao êxito e ao fracasso do aluno

trata essas duas possibilidades como representações da realidade. O aluno não deveria ser

considerado um fracassado apenas porque obteve algumas notas baixas, porém esse estigma é

associado a ele, impondo uma desigualdade social.

Hadji (2001, p.64 e 130) também aborda a questão social atrelada à avaliação, segundo

a qual alunos com histórico de notas ruins tendem a permanecer obtendo resultados

semelhantes, chamada espiral de fracasso. A mesma tendência de perpetuação é verificada em

alunos com bons desempenhos anteriores.

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Os professores têm expectativas sobre o desempenho de seus alunos, afinal dedicam

tempo e atenção para o desenvolvimento das ações de ensino. Acreditamos que exista alguma

distorção entre a representação planejada para o processo de avaliação e a real capacidade do

aluno para aprender e utilizar os conhecimentos na vida profissional. Quanto maior essa

distorção, mais imperfeito é o processo de avaliação e mais imprecisa é a rotulação ou mesmo

a decisão sobre progressão ou certificação.

Ainda que os objetivos de ensino estejam bem definidos, Perrenoud (1999, p.55)

considera difícil que os professores consigam refletir esses objetivos nas avaliações de

desempenho, tanto em função de conteúdo quanto em função do instrumento ou do

procedimento de aplicação e de correção, impondo algum grau de arbitrariedade e

subjetividade no processo avaliativo.

Planejar, desenvolver e executar uma avaliação requer muito tempo e dedicação.

Mesmo que não se leve em conta o diagnóstico anterior da turma, supondo que não foi

realizada nenhuma avaliação diagnóstica, o professor deve orientar as questões da avaliação

de acordo com os objetivos e competências desejados, desenvolvendo também uma métrica

para referenciar no momento da correção. Acreditamos que os professores têm consciência

disso e que muitos gostariam de poder realizar essas atividades de maneira mais completa,

mas talvez não o façam porque lhes falta tempo, ou devido à quantidade de alunos por turma

ou à quantidade de horas semanais assumidas.

As avaliações escolares seguem padrões temporais regulares e frequentemente

comparam o desempenho dos alunos entre si, gerando uma classificação definida em função

dos desempenhos de cada classe, cujos parâmetros são ajustados de forma a distribuir os

alunos pela escala de notas adotada. Segundo Perrenoud (1999, p.65), os processos habituais

de avaliação de aprendizagem são caracterizados pela sequência a seguir. Após ter ensinado

uma parte do programa, o professor aplica uma prova para a turma. Conforme os

desempenhos individuais, os alunos recebem uma nota. Esse procedimento se repete para

outros momentos e a nota final é resultante da soma e da média dessas notas intermediárias,

contribuindo para a decisão final de aprovação ou reprovação. Perrenoud (1999, p.66)

considera que esse conjunto de avaliações evidencia uma distribuição de frequências de

desempenhos, às vezes na forma de uma curva normal, levando à comparação dos

desempenhos e à atribuição das notas com maior influência dos desempenhos relativos do que

dos objetivos de aprendizagem almejados.

Para exemplificar, se um professor aplica uma prova e a maior nota observada é seis,

em uma escala de zero a dez, ele pode ajustar os parâmetros, atribuir nota máxima a esse

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aluno e ajustar proporcionalmente os demais alunos. Assim, acreditamos que os melhores

desempenhos em uma turma poderão ter notas maiores que teriam em outra turma, caso essa

outra turma alcançasse melhores desempenhos gerais e esse método de atribuição de notas

demonstra bem o caráter subjetivo do processo avaliativo.

Segundo Perrenoud (1999, p.66) não é ruim proceder a esses ajustes de parâmetros,

pois denota um cuidado do professor para com a turma, ao invés de aplicar um gabarito e

apenas aceitar mecanicamente os resultados sem nenhum tipo de análise. Porém, há que se

considerar quanto tempo o professor dedica a essa tarefa de análise dos resultados e se ele

procede de maneira geral ou individualizada, e também da forma como é feita a devolução

das provas aos alunos.

Para Hadji (2001, p.27), avaliar é medir, dar um número a um acontecimento ou a um

objeto, de acordo com uma regra lógica, o que significa que pode ser atribuída uma descrição

quantitativa a um objeto. A docimologia2 mostra como é difícil estabelecer critérios objetivos

e claros para poder aplicá-los em avaliações e a formação do professor é um dos fatores que

contribuem para a dificuldade no estabelecimento de padrões únicos e menos influenciados

por fatores subjetivos. Assim, mesmo que critérios objetivos sejam definidos previamente por

um professor, estes podem ter sua aplicação intensificada ou relaxada, de acordo com a turma,

atribuindo assim mais uma característica de subjetividade ao processo.

Nossa experiência docente diz que normalmente há pouco (ou nenhum) tempo

previsto no plano de ensino para atividades de feedback de avaliações, corroborando com as

preocupações de Perrenoud sobre o processo de devolução de provas e resultados aos alunos.

A forma como as avaliações são distribuídas ao longo do calendário escolar faz com

que alunos e professores passem por períodos de sobrecarga de trabalho e prazos curtos para

entrega de relatórios, seguidos por períodos de menor carga, sucessivamente. Da parte dos

alunos, isso faz com que a preparação para uma avaliação seja feita pelo mínimo necessário e

pelo máximo possível dentro de uma janela de tempo apertada. De acordo com Perrenoud

(1999, p.68), isso constitui uma “relação pervertida com o saber”, pois a meta a ser atingida é

apenas a média necessária para aprovação. Não há preocupação com o conhecimento

necessário à vida profissional ou cotidiana, apenas com o que é suficiente para atingir a média

(PERRENOUD,1999).

Khan (2012, p.66) critica o modelo de avaliações pontuais, considerando que as

avaliações pouco ou nada dizem sobre o potencial do aluno em aprender a matéria. No

máximo, sugere ser uma fotografia de onde o aluno está. Como os alunos aprendem em 2 Estudo dos exames, em particular do sistema de atribuição de notas.

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ritmos distintos, questiona quanto essa avaliação expressa o que o aluno realmente aprendeu

e, além disso, afirma que as avaliações pontuais não dizem sobre a retenção do conteúdo,

exemplificando que alguns alunos parecem ter a habilidade de guardar as informações na

memória apenas pelo tempo necessário para tirar uma boa nota.

Da parte dos professores, a correção da avaliação, a análise e a entrega de notas, de

muitas disciplinas e turmas simultaneamente, também gera a aplicação do mínimo de análise

necessária dentro do tempo disponível. Alguns professores tentam fazer com que seus alunos

aproveitem melhor as oportunidades de aquisição de conhecimento e de competências

relativas ao curso ou disciplina, que aumentem a carga de estudos e a quantidade de tempo

dedicado ao estudo. Por meio de critérios de avaliação mais rígidos e atribuindo notas mais

baixas, fazem com que seus alunos se preocupem mais com o andamento do curso, porém isso

soa como ameaça ou chantagem e corrompe a relação social entre alunos e professores. Esse

tipo de relacionamento auxilia na justificativa da expressão “relação pervertida com o saber”

(PERRENOUD, 1999, p. 68).

Segundo Hadji (2001, p.21), a avaliação é um componente do processo de ensino, por

meio do qual o professor ajuda os alunos a construírem os saberes e competências necessárias

para cada componente curricular, concluindo que a avaliação tem o objetivo de contribuir

para o êxito do ensino.

Para Hadji (2001, p.9), o objetivo de avaliar é acompanhar os alunos para que eles

evoluam melhor e rumo ao sucesso. O professor deve ser capaz de compreender tanto a

situação dos alunos quanto medir os seus desempenhos, fornecendo indicações esclarecedoras

e permitindo a operacionalização de ferramentas para o êxito dos alunos. O autor acredita que,

no campo da educação e da formação, a atenção e o entusiasmo com a avaliação de

aprendizagem têm sido crescentes. Como resultado dessa crescente atenção, a comunidade

educativa almeja uma avaliação que seja capaz de orientar o aluno para que ele próprio possa

situar suas dificuldades, analisá-las e encontrar maneiras de progredir. Nessa perspectiva

utópica idealista, uma resposta errada seria uma importante fonte de informação, tanto para o

professor quanto para o aluno. Contudo, a realidade mostra que muitos dos professores

encaram o processo avaliativo como um peso ou um tempo perdido. Hadji (2001, p.10)

acredita que ainda há muito que se fazer para mudar esse imobilismo.

1.3. Tipos de Avaliação

Para Perrenoud (1999, p.56), é importante observar que a avaliação orienta o professor

na progressão do programa, motiva os alunos, mantém a ordem, informa a administração,

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certifica os conhecimentos, e por fim, define o direito à progressão. Sob esses múltiplos

aspectos, o autor divide a avaliação em tempos e tipos distintos:

formativa: para regular a formação pedagógica;

cumulativa: para um balanço dos conhecimentos;

prognóstica: para fundamentar uma orientação;

iniciativa: para gerar atividades com os alunos;

repressiva: para prevenir ou evitar excessos e;

informativa: para pais e órgãos reguladores.

Complementando os trabalhos de Perrenoud e buscando definir os tipos de avaliação,

Hadji (2001, p.16/17) apresenta a avaliação implícita, na qual o aluno ausente em uma prova

tem atribuída uma nota zero, como se ele não tivesse adquirido nenhum conhecimento acerca

da disciplina. Outro tipo de avaliação é a espontânea, feita com base apenas em impressões

acerca dos alunos. Poderia se chamar isso de pré-conceito. Um terceiro tipo é a avaliação

instituída, por meio da qual o aluno é submetido a provas de conclusão de curso, cujas

questões versam sobre elementos diversos, considerados essenciais para atestar que o aluno

tem condições de ser certificado. A Matemática no Ensino Médio é um exemplo dessa

institucionalização dos saberes. Segundo o autor, esses tipos não são considerados como

avaliação formativa.

Hadji (2001, p.19) define que, segundo um critério temporal relativo, os tipos de

avaliações situam-se próximos do tempo de formar, ou seja, estão inseridas em cada

componente curricular e a distinção se dá quanto ao momento da aplicação:

Avaliação Prognóstica ou Diagnóstica – ocorre antes da ação de formação. Serve

para auxiliar o professor a conhecer a turma e poder adaptar o plano de ensino. Serve também

para os alunos verificarem deficiências em pontos abordados em disciplinas anteriores e

correlatas. Segundo Hadji (2001, p.19) a palavra prognóstica tem sido mais utilizada do que

o termo diagnóstica, pois “compreendeu-se que toda avaliação podia ser diagnóstica, na

medida em que identifica certas características do aprendiz e faz um balanço de pontos fortes

e fracos”.

Avaliação cumulativa – ocorre ao final da ação de formação e tem a função de

verificar se as aquisições visadas pela formação foram alcançadas. É semelhante em termos

de definição à avaliação institucionalizada, pelo caráter de decisão da concessão do

certificado de proficiência, portanto possui intenção certificativa, sendo sempre terminal e

mais global e generalista.

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Avaliação formativa – ocorre no centro da ação de formação e tem como função

principal a regulação dos processos de ensino e de aprendizagem. Mesmo tendo uma faceta

cumulativa, por mensurar conhecimentos adquiridos até o ponto da aplicação, tem também o

caráter prognóstico, ao permitir aos professores conhecer como seus alunos apreenderam o

que foi abordado, assim como aos alunos perceber quais temas precisam ser mais bem

compreendidos e tudo isso a tempo de implementar os ajustes possíveis. Trata-se de levantar

informações úteis à regulação dos processos de ensino e de aprendizagem (HADJI, 2001,

p.19).

Além dos aspectos acima citados, a avaliação formativa é também, necessariamente,

contínua, para permitir que existam pontos de observação e de ajustes, ao longo do curso.

Por causa da falta de consenso entre as descrições e das definições sobre a avaliação

formativa é que Hadji (2001, p.20) considera a mesma como uma “utopia promissora”.

Para Otsuka (2006), Perrenoud é uma das principais referências na área de avaliação, e

vem mostrando a complexidade do problema da avaliação e defendendo avaliações menos

certificadoras e mais formativas. Já o trabalho de Hadji (2001) se destaca por reunir um amplo

levantamento da área de avaliação e por conseguir recomendar tarefas que possam ajudar na

obtenção de avaliações mais formativas.

Por acreditarmos nos benefícios da avaliação formativa, prosseguiremos apresentando

suas características.

1.4 Avaliação Formativa

A ideia de avaliação formativa foi introduzida por Scriven (1967, apud HADJI, 2001,

p.09), no contexto institucional. Mais tarde, Bloom et al. (1971, apud HADJI, 2001, p.09)

definiram este tipo de avaliação como sendo necessária no processo de construção do

conteúdo programático do curso, com o objetivo de aperfeiçoá-lo (OTSUKA, 2006).

Perrenoud (1999, p.75) propõe uma inovação na didática, por meio da aplicação de

avaliações mais flexíveis, que permitam a representação mais ampla das competências e que

promovam o feedback e o diálogo entre professor e aluno, ocorrendo de forma contínua e

distribuída homogeneamente ao longo do curso, permitindo tempo suficiente para ajustes de

ambas as partes. Essa forma de avaliação deve buscar a regulação da aprendizagem e ser

capaz de informar e orientar o aluno, para que ele próprio possa ter ciência das suas

dificuldades, analisá-las e então colocar em prática processos que propiciem sua melhoria.

Masetto (2000, p. 163, 164) considera que o processo avaliativo deve ser motivador da

aprendizagem e para isso recomenda que se veja a avaliação como um processo de feedback,

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de forma contínua, para que o aluno receba orientações oportunas e claras, para que possa

desenvolver sua aprendizagem. Para isso acontecer, é necessária uma mudança na visão do

professor em relação à diversidade de cada turma. Costuma-se tratar a diversidade como

exceção, rotulando os diferentes. Na realidade, a diversidade é a regra e poucos alunos

poderiam ser agrupados por características semelhantes. Ora, se a regra é a diversidade, então

não há como obter resultados justos por meio de avaliações homogêneas. Alguns alunos terão

melhor desempenho em provas dissertativas, outros em provas de desenvolvimento de

raciocínio lógico, outros em provas dedutivas (PERRENOUD, 1999, p.94). Se o professor

optar por apenas um desses instrumentos por todo o curso, privilegiará alguns e penalizará

outros. Obviamente não há como atender a todos, mas tratar a diversidade como regra e tentar

ajustar os instrumentos e os critérios de correção a esse fato é imprescindível.

Quando os professores utilizam as informações coletadas nas avaliações para ações

formativas, eles se dirigem a um grupo de alunos e as ações tentam abranger as deficiências

do grupo e não deixam em segundo plano as trajetórias individuais dos alunos. A avaliação

formativa propõe uma ruptura com os métodos de avaliação em vigor, na medida em que

desloca o foco da aprendizagem para o aluno, individualmente, buscando reduzir o fracasso

escolar, por meio de processos de ensino e de aprendizagem diferenciados (PERRENOUD,

1999, p. 16).

Segundo Perrenoud (1999, p.16), mesmo parecendo ser consenso ideológico, a

avaliação formativa encontra ainda muitos obstáculos à sua implantação. Alguns dos

obstáculos são o excessivo número de alunos nas salas de aula, a sobrecarga dos programas e

a concepção das didáticas, que não privilegiam a diferenciação. Outro obstáculo é a

convivência entre os modelos tradicionais, que exigem classificação e sistema de notas, com

um modelo formativo, que privilegia o foco no aprendizado individualizado de cada aluno.

Hadji (2001, p.10) acredita que um dos maiores obstáculos à implantação da avaliação

formativa em maior escala é a inércia ou a resistência à mudança por parte dos professores. A

correção depende de imaginar uma nova maneira de ensinar, buscar e implementar um novo

método, uma nova didática e muitos professores não possuem esse perfil.

Devido a todos esses obstáculos, os professores encontram apoio para o imobilismo,

afinal a proposta de mudança não tem resultados garantidos e certamente traz uma carga de

trabalho adicional. Então, por que mudar o que está instituído como padrão e aceito

socialmente? Se por um lado a ideia de que a avaliação deve ser um componente que auxilia o

aluno a aprender não é nova, por outro lado os padrões estabelecidos não mudam de um dia

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para o outro, e isso não deve ser visto como uma desculpa para não tentar mudar

(PERRENOUD, 1999, p.17).

Assim, conclui-se que não basta desenvolver e disseminar a teoria envolvida nas

avaliações formativas, mas é preciso uma mudança de cultura mais ampla, não apenas por

parte dos professores, mas de todo o sistema de ensino, e até mesmo de alunos e pais.

Idealmente, os resultados deveriam ser dirigidos ao aluno, ao invés de ser uma

definição sobre o aluno. Hadji (2001) define isso como colocar a avaliação nas mãos do

aluno, ou avaliação em primeira pessoa. Em uma perspectiva mais ampla, isso permite uma

autonomia por parte do aluno, pela qual cada aluno trilha o seu caminho de aprendizagem,

independente dos colegas de classe e de fatores sociais, sem esquecermos que deve haver uma

predisposição do professor para variar o seu método de ensino de acordo com as necessidades

concluídas a partir da análise das informações coletadas nas avaliações.

Seria adequado, por parte dos alunos, que eles estivessem propensos a receber os

resultados das avaliações e que, de posse dessa informação, quisessem mudar suas atitudes e

estratégias de estudo, de forma a recuperar o conhecimento que deixaram de assimilar, e

assim conseguirem acompanhar melhor o ritmo da disciplina. Porém, essa informação muitas

vezes é ignorada e os alunos preocupam-se apenas com a nota obtida. Alguns preferem até ser

subavaliados, livrando-se assim das cobranças comuns aos mais bem avaliados.

1.5 Autorregulação

A autorregulação seria, para Perrenoud (1999, p.96), um objetivo a ser seguido, pois

ela faz com que os próprios alunos sintam a necessidade de buscar conhecimentos necessários

ao acompanhamento dos cursos, estimulados pelo desejo de sucesso e pelo reconhecimento

dos conhecimentos já adquiridos. Para isso é necessário romper as amarras da “estigmatização

dos alunos ruins”. Estimular alunos rotulados como ruins é muito mais difícil, senão

impossível, do que estimular alunos reconhecidos por seus desempenhos e conhecimentos.

Assim, para que a autorregulação seja implementada é necessário que o professor se

comunique com os alunos, que entenda os pontos fracos de cada um e que os apresente

individualmente e oriente o aluno a como melhorar nesses quesitos, apresentando também os

pontos fortes e usando-os como apoio para a obtenção dos demais aspectos e como estímulo.

A avaliação é formativa sempre que ajuda o aluno a aprender e a se desenvolver e que auxilia

no processo de regulação da aprendizagem, integrando um projeto educacional

(PERRENOUD, 1999, p.103).

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Nesse contexto, a avaliação formativa é informativa, ou seja, é capaz de informar os

participantes sobre o andamento dos processos de ensino e de aprendizagem, e permite sua

regulação, gerando assim uma didática diferenciada e premissa na qual nossa pesquisa está

apoiada, utilizando o ambiente virtual como agente gerador da identificação dos pontos fracos

e fortes de cada aluno, do feedback ao mesmo e da geração de novas avaliações

personalizadas.

1.6 Operacionalização da avaliação formativa

Abordando os aspectos de operacionalização da avaliação formativa, Hadji (2001,

p.22) ressalta que o modelo ideal não é diretamente operacional e sua existência concreta não

pode ser assegurada, estando ele fundamentado na vontade de ajudar, recomendando então

que seja feita, em primeiro lugar, a análise do instrumento a ser utilizado. Esse instrumento

deve permitir que sejam verificados os objetivos pretendidos em termos de aprendizagem e

competências.

O professor deve, então, construir as avaliações com exercícios ou questões que levem

à possibilidade de mensurar esses objetivos. Além da sinergia entre o conteúdo das questões e

os objetivos a serem verificados, o professor precisa planejar os critérios para as verificações

e análises, como os resultados esperados e os mecanismos e procedimentos utilizados pelo

aluno no desenvolvimento da resolução do problema, assim como também as decisões que

podem ser disparadas a partir da análise dos resultados, ressaltando ainda a importância de um

planejamento mais acurado sobre cada instrumento de avaliação (HADJI, 2001, p.77).

Falando sobre avaliação em cursos semipresenciais, Moran (2006, p.535) considera

que o professor pode utilizar ferramentas interativas online para acompanhar o aluno e

“avaliar o nível de entendimento do conteúdo, tirar dúvidas e explicar melhor conceitos mal

assimilados ou trabalhados sem a devida profundidade”. Além disso, a interatividade permite

ao professor perceber a evolução de cada aluno, identificar pontos fortes e dificuldades,

possibilitando reorganizar o curso, inserindo os interesses e as sugestões dos alunos.

Moran (2006, p.536) recomenda que o professor deve preparar-se antecipando as

possibilidades de erros, desde a interpretação dos enunciados, a compreensão do texto, a

capacidade de expressão do aluno, a escolha das ferramentas adequadas, a operacionalização

dessas ferramentas, a utilização de conteúdos de apoio, como álgebra matemática, a utilização

de lógica indutiva e/ou dedutivas e finalmente o resultado alcançado. Assim, a avaliação

formativa possui importância cada vez maior no processo de ensino, permitindo também uma

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34

análise horizontal das questões apresentadas em cada avaliação, buscando verificar a

pertinência de cada questão enquanto componente da avaliação.

Moran (2006, p.537) critica as avaliações pontuais e recomenda inovar e experimentar

novas formas de avaliação, levando a um avanço mais rápido e seguro na busca de modelos

de avaliação que estejam alinhados à necessidade de aprender de forma contínua.

Em uma dimensão mais recente, surge o termo aprendizagem adaptativa, a qual

propõe que o conteúdo e as avaliações se moldem ao ritmo e ao nível de conhecimento de

cada aluno de forma personalizada, com acompanhamento contínuo. A tecnologia que

viabiliza esse tipo de aprendizagem gera relatórios para o professor, orientando-os sobre a

forma de aprender e motivações de cada aluno (MORAN, 2015, p. 35).

Para Hadji (2001, p.20), as características básicas da avaliação formativa são: ser

informativa e reguladora já que, ao fornecer informações aos principais atores do processo

(professores e alunos), permite que estes regulem suas ações: (i) o professor, que é informado

dos efeitos reais de seu trabalho pedagógico, podendo ajustar a sua ação a partir disso; e (ii) o

aprendiz, que tem a oportunidade de tomar consciência de suas dificuldades e, possivelmente,

reconhecer e corrigir seus próprios erros. Segundo Otsuka (2006), esse processo contínuo de

observação-regulação frequentemente tem sido pouco efetivo tanto na educação presencial

quanto a distância, dada a sua complexidade. Para Perrenoud (1999), existem alguns

obstáculos a serem transpostos:

Para garantir uma regulação efetiva das aprendizagens ele (o formador)

deveria dispor de informações pertinentes e confiáveis, interpretá-las

corretamente, em tempo hábil, imaginar constantemente uma intervenção

apropriada e conduzi-la de modo eficaz. (PERRENOUD,1999, p.80)

Para Otsuka (2006) porém, o formador, mesmo que tenha grande disposição para fazer

uma avaliação formativa que contribua efetivamente para melhorar as aprendizagens em

curso, dificilmente dispõe de informações relevantes e confiáveis em tempo hábil para a

interpretação e intervenção, o que compromete a efetividade deste processo.

Perrenoud (1999, p.81) elenca os principais obstáculos de uma regulação eficaz das

aprendizagens:

“Quantidade, confiabilidade, pertinência das informações coletadas por um

professor, por mais motivado, formado e instrumentado que seja";

"Rapidez, segurança, coerência, imparcialidade no processamento dessas

informações no nível da interpretação e da decisão";

"Coerência, continuidade, adequação das intervenções que ele espera serem

reguladoras";

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35

"Assimilação pelos alunos do feedback, das informações, questões e sugestões

que recebem".

A partir de suas investigações sobre as práticas de avaliação, Hadji (2001, p. 75)

recomenda algumas condições para uma avaliação mais formativa, a serem seguidas pelo

professor:

“Condição 1: ter sempre o objetivo de esclarecer os atores do processo de

aprendizagem (tanto o aluno como o professor)”. Esta condição está relacionada à

explicitação dos objetivos que o processo de ensino espera construir e desenvolver;

“Condição 2: recusar limitar-se a uma única maneira de agir, a práticas

estereotipadas”. O professor deve promover a sua própria criatividade e sua imaginação e

assim deverá diversificar a sua prática pedagógica;

“Condição 3: tornar os dispositivos transparentes”. Esta condição se relaciona com a

divulgação dos critérios de avaliação;

"Condição 4: desconfiar dos entusiasmos e dos abusos de poder": Esta condição está

relacionada aos princípios éticos e morais do professor.

Em Hadji (2001, p.11) são apresentadas quatro grandes tarefas que o avaliador deve

concretamente realizar para favorecer processos de avaliação mais formativos: (i)

desencadear (comportamentos a serem observados/interpretados); (ii) observar e interpretar

(esses comportamentos); (iii) comunicar (os resultados de sua análise e sua apreciação final);

(iv) remediar (as dificuldades analisadas). O Quadro 1.1 apresenta um resumo dos objetivos

de cada uma dessas tarefas. Esse conjunto de tarefas foi adotado como base para o modelo de

avaliação formativa proposto nesta pesquisa (apresentado no Capítulo 2), que sistematiza um

processo de avaliação em ambiente web, o qual permite realizar as quatro tarefas relacionadas

por Hadji (2001).

Nota-se que Perrenoud (1999) apresenta uma visão da avaliação sob as óticas

sistêmica e do professor. Hadji (2001) tem uma abordagem mais focada no professor e no

aluno, da qual aproveitamos os aspectos da autonomia do aluno no desenvolvimento desta

pesquisa.

A técnica de avaliação formativa desenvolvida na presente pesquisa, contribui para

minimizar a carga extra de trabalho do professor. Por meio do uso de Tics, permite a

comunicação (feedback mútuo) entre professor e aluno individualmente, atende à diversidade,

permite ao aluno acompanhar continuamente seu desenvolvimento (ao invés de

pontualmente), permite remediar situações de baixo desempenho, minimiza a rotulação,

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permitindo notas mais altas e motivação, mesmo para aqueles com maiores lacunas de

conhecimento, dando chance, orientação e tempo para recuperação dos mesmos.

Quadro 1.1 - Tarefas do formador na avaliação formativa.

Tarefa Objetivos

Desencadear “Desencadear comportamentos a observar/interpretar”

Determinar as questões que devem ser respondidas por meio da avaliação

(O que se deseja observar? Quais os objetivos?);

Determinar as decisões que podem ser tomadas após a avaliação;

Estabelecer espaços de observação;

Escolher os instrumentos de coleta de dados, considerando a sua

pertinência e significância. (HADJI, 1999, p.77 e 94)

Observar/

Interpretar

(analisar)

“Observar/interpretar os comportamentos desencadeados”

Coletar observáveis;

Inferir a presença ou ausência do objeto visado;

Analisar os erros. (HADJI 1999, p.95-107)

Comunicar “Comunicar os resultados de sua análise e sua apreciação final”

Verificar se a mensagem é suficientemente explícita;

Verificar se o código escolhido (nota cifrada, apreciação) é plenamente

acessível ao aluno receptor;

Estabelecer possibilidades de feedback para estar certo de que a

mensagem foi compreendida. (BARLOW 1992 apud HADJI, 2001,

p.109).

Remediar “Remediar as dificuldades analisadas”

Segundo Hadji (2001 p. 121), Remediar é “ajustar a ação, apoiando-se

no feedback”.

Fonte: OTSUKA, 2006.

Assim, apresentamos uma proposta para transformar as avaliações de aprendizagem

em cursos superiores presenciais, por meio de um processo de avaliação viável, apoiado em

Tecnologia da Informação e Comunicação (Tic) que permita gerar feedbacks esclarecedores e

orientadores, para produzir a autonomia e a motivação dos alunos. Nossa proposta é usar a

avaliação formativa como instrumento de acompanhamento mais individualizado, delimitando

melhor as dificuldades de alguns alunos e assim poder tomar medidas de remediação. Porém,

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para que essa prática se torne realmente inovadora, é preciso que seja adotada como regra e

que se constitua um dispositivo pedagógico diferenciado. Não temos a pretensão de propor

mudanças culturais mais amplas, o que acreditamos que acontecerá gradativamente, com o

sucesso de práticas inovadoras de avaliação.

1.7 Pesquisas Precedentes

Este item apresenta a Revisão de Literatura, buscando explicitar trabalhos acadêmicos

relacionados aos temas Avaliação Formativa e Ensino de Matemática em Cursos Superiores

de Tecnologia da Informação.

Foram feitas buscas nos anais de diversas edições do Encontro Nacional de Educação

Matemática (Enem-Sbem) e do Seminário Internacional de Pesquisa em Educação

Matemática (Sipem), ambos promovidos pela Sociedade Brasileira de Educação Matemática

(Sbem), especificamente nos trabalhos no Grupo de Trabalho de Avaliação em Educação

Matemática (GT-08) sem que resultasse em pesquisas que tratassem do tema de Avaliação

Formativa, sob o ponto de vista de regulação do aluno e dos processos de ensino e de

aprendizagem aplicadas no ensino superior. Também foram realizadas buscas nos anais dos

trabalhos do Congresso Internacional em Avaliação Educacional (CIAE), promovido pela

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (Anped), apresentados no

Grupo de Trabalho Educação Matemática (GT-19), igualmente sem resultados relevantes para

esta pesquisa.

Foram feitas buscas no portal de teses da Comissão de Aperfeiçoamento de Pessoal do

Nível Superior (Capes) e no Google Acadêmico3. Alguns trabalhos acadêmicos encontrados

no Google nos levaram às Teses de Doutorado dos autores desses trabalhos, nos quais

encontramos material relevante e útil para esta pesquisa. As referências bibliográficas

relacionadas nos artigos e teses analisadas apontam os principais trabalhos realizados em

nossa área de interesse.

Apresentamos adiante os resumos dessas pesquisas, divididas em quatro grupos, de

acordo com o foco e similaridade das mesmas.

1.7.1. – Pesquisas com foco na EAD e no professor

No primeiro grupo, encontram-se as pesquisas que possuem em comum o foco em

cursos à distância e o foco na melhoria dos processos para o professor.

3 Google Acadêmico ou Google Scholar é uma ferramenta da Google, que permite pesquisar em trabalhos

acadêmicos, literatura científica e artigos científicos.

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Otsuka e Rocha (2002) pesquisaram as vantagens de praticar a avaliação formativa em

cursos à distância, por meio de ambientes virtuais de aprendizagem, particularmente no

TelEduc4, e afirmam que as ferramentas de interatividade podem facilitar muito a coleta de

registros de atividades dos alunos, porém observam que esses registros são em grande

quantidade, e que esse fato dificulta muito o trabalho do professor ao tentar utilizar essa fonte

de informação para avaliar a aprendizagem dos seus alunos, dificultando também o

fornecimento de feedbacks para os alunos sobre pontos a serem melhorados ou elogios.

Partindo dessa dificuldade, elas sugerem a utilização de tecnologias da informação como

agentes de software e técnicas de mineração de dados. Os agentes podem trabalhar junto ao

servidor do sistema, coletando e filtrando informações posteriormente fornecidas ao

professor. Alguns exemplos dessas informações são alunos ou grupos que interagem mais,

assuntos que produzem mais mensagens em fóruns de discussão, percentual de participação

de alunos, padrões de navegação e tempos utilizados em cada atividade. Por meio da

mineração de dados, os agentes também produzem alertas, baseados em padrões de

comportamentos esperados. O TelEduc recebeu implementações para auxiliar os professores

nas tarefas de produzir avaliações com base em atividades, como o InterMap, que gera grafos

de interações entre os participantes de um curso, e o Acessos, que monitora alunos ausentes

das atividades cotidianas do curso. Dessa forma, Otsuka e Rocha (2002) concluem que a

tecnologia da informação pode ajudar os professores a implementar avaliações formativas,

com a possibilidade de aplicação e acompanhamento contínuos, porém não abordam a

importante questão do feedback para cada aluno.

Essa pesquisa mostrou a importância da tecnologia como apoio ao professor e serviu

para que nossa pesquisa incluísse a mensuração dos tempos investidos pelos alunos na

participação de atividades.

Otsuka, Lachi, Ferreira e Rocha (2002) relataram a preocupação de pesquisadores e de

professores quanto à aplicação de mudanças na forma de avaliação, passando de um modelo

baseado em testes pontuais para uma avaliação formativa, tanto em cursos presenciais quanto

à distância. Este novo paradigma de avaliação coloca-a como contínua e parte do processo de

aprendizagem. Além dessa característica, a avaliação composta por componentes adicionais à

prova permite avaliar a capacidade dos alunos de realizar tarefas, de entender e resolver

problemas. Segundo os autores, para os cursos à distância, a relevância do tema avaliação é

ainda maior, pela ausência do contato pessoal do professor com os alunos. Dessa forma, a

4 TelEduc é um LMS desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Campinas (UNICAMP).

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atenção do estudo é voltada para cursos na modalidade Educação à Distância (EAD) e para a

plataforma TelEduc.

Os cursos de ensino superior EAD no Brasil têm avaliação no modelo presencial, mas

podem incluir outras formas de avaliar a aprendizagem, o que abre espaço para desenvolver

avaliações mais contínuas e formativas. O trabalho pode, então, caminhar no sentido de

análise dos registros das participações dos alunos nas diversas atividades propostas no curso,

interações e até mesmo a colaboração pode ser verificada, embora seja mais complexa essa

verificação em um ambiente à distância. Esse conjunto de análises privilegia a captação do

comportamento do aluno e torna possível o feedback e a orientação em tempo hábil.

A avaliação na forma de testes online é muito utilizada em cursos EAD, pela grande

facilidade em automatizar as correções. Esses testes têm como base um banco de questões

com os enunciados, respostas e feedbacks registrados previamente. Porém, os autores

classificam esse tipo de teste fora do modelo de avaliação formativa, apesar da existência de

um de seus componentes: o feedback imediato. Ainda assim, reconhecem que estão sendo

desenvolvidas técnicas para geração de testes mais individualizados, adaptando a geração das

avaliações de acordo com parâmetros relacionados ao nível de conhecimento do aluno.

Em nossa pesquisa usamos uma implementação desse tipo de teste, porém de maneira

contínua, na qual, a cada resposta fornecida pelo aluno, um feedback de orientação foi

apresentado, assim como a resolução da questão. As questões foram apresentadas de forma

individualizada, respeitando o nível de conhecimento dos alunos, baseados em acertos e erros

anteriores. Conforme as definições de Perrneoud (1999) e Hadji (2001), essas características

nos permitem definir essa técnica como uma avaliação formativa.

Na pesquisa conduzida por Ferreira (2003), a abordagem utilizada para a avaliação

formativa aplicada à EAD, em cursos para público adulto, parte do princípio que é

demasiadamente trabalhoso ao professor dar acompanhamento individualizado a cada aluno,

considerando-se o agravante de não estar presencialmente próximo dos alunos e de ter muitos

canais de relacionamento, como fóruns, e-mails, chats e avaliação. A pesquisa promoveu o

desenvolvimento de um gerenciador de avaliação, capaz de reunir automaticamente, a partir

do LMS5 Teleduc, algumas dessas interações, permitindo ao professor uma visão

individualizada e resumida da produção do aluno, sem ter que navegar por cada canal de

relacionamento nem percorrer os históricos para encontrar o aluno que é avaliado. Na

concepção da avaliação formativa, por ser contínua e permitir regulação de ambas as partes, é

5 LMS é a abreviação de Learning Management System. Em português, Sistema de Gerenciamento de

Aprendizagem. No Brasil os LMSs são comumente chamados de AVA ou Ambiente Virtual de Aprendizagem.

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importante que o professor possa incluir como ferramentas de avaliação de aprendizagem

todas as participações do aluno durante o período da disciplina. A pesquisa concluiu que

ferramentas que auxiliem o professor, automatizando tarefas enfadonhas, repetitivas e sujeitas

a erros, que facilitem a obtenção de informações sobre o processo de aprendizagem dos

alunos e facilitem a tarefa de orientar o aluno individualmente são bastante úteis e trazem

muitos benefícios para todos os envolvidos.

Assim como Ferreira (2003), nossa pesquisa também permitiu a geração de visões

individualizadas e resumidas da produção de cada aluno, de maneira automatizada.

Para Bastos, Berardi e Silveira (2004), a criação de uma ferramenta desenvolvida com

a mesma tecnologia utilizada no TelEduc poderia ser uma forma de implementar avaliações

formativas nesse ambiente. Eles idealizaram uma ferramenta capaz de implementar avaliações

do tipo múltipla escolha, verdadeiro ou falso, associação de colunas e dissertativas, com

características de fornecer o gabarito ao aluno após a resposta ter sido registrada.

Embora as ideias da automação de correção e de vários tipos de avaliações sejam

muito relevantes, a divulgação de um gabarito, mesmo explicando a resolução da questão,

sem permitir que o aluno volte à questão e tente novamente, é equivalente ao que se faz em

avaliações pontuais e cumulativas, quando o professor divulga para a classe os resultados das

provas. Dessa forma, concluímos que esse modelo teve pouca contribuição para a nossa

pesquisa.

A avaliação baseada em testes objetivos é beneficiada pela tecnologia da informação,

permitindo armazenar, não apenas um banco de questões, com enunciado, respostas e

feedbacks, mas associar meta dados à cada questão, ou seja, tipo, tópico avaliado, palavras-

chave, peso ou complexidade (ROCHA; OTSUKA; FREITAS; FERREIRA, 2006).

Esses estudos nos inspiraram a inserir o nível de complexidade (Fácil, Médio ou

Difícil) em nosso banco de questões, além da sequência de apresentação das questões em

rodadas e ordem, dentro das rodadas. Em nossa pesquisa, cada rodada equivale a uma

avaliação. Nosso banco de questões permite associar um feedback para cada alternativa, além

da explicação detalhada da resolução da questão. No Capítulo 2, explicamos como essas

informações foram utilizadas e a importância das mesmas na implementação de uma

avaliação formativa.

Rocha, Otsuka, Freitas e Ferreira (2006) mostraram que o LMS TelEduc pode

melhorar as informações de suporte à avaliação formativa por meio de um projeto de sistema

multi-agente. Esse sistema visa atender às demandas dos professores, levantadas por Hadji

(2001) e Perrenoud (1999), no sentido de receber continuamente informações pertinentes e

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confiáveis sobre a participação dos alunos em um curso, ter mecanismos que auxiliem na

avaliação das atividades e na geração de feedback detalhado e consistente. Além disso, deve

atender também às demandas dos alunos, como receber continuamente informações sobre sua

participação no curso, seu progresso e dificuldades.

Nossa pesquisa inspirou-se também nessas demandas, projetando um sistema capaz de

gerar feedbacks contínuos aos alunos sobre seus progressos e dificuldades, permitindo

também ao professor acompanhar, em tempo real, a participação e os resultados parciais de

cada aluno. Como a avaliação tem sua correção automatizada, essa característica também

reduz a carga de trabalho do professor.

Otsuka (2006) realizou um levantamento sobre as funcionalidades de alguns ambientes

virtuais de aprendizagem, relacionadas à avaliação formativa. A ideia de analisar as atividades

de um aluno em cursos à distância, por meio de um LMS segue as bases teóricas de Perrenoud

(1999) e Hadji (2001), e culmina com o desenvolvimento de um modelo de gerenciamento de

avaliações baseado em sistemas multiagentes. Nesta pesquisa, Otsuka (2006) prevê que o

sistema deverá permitir que o professor defina a forma de utilização, quais ferramentas do

LMS serão utilizadas no processo de avaliação formativa, parâmetros e pesos, entre outros.

Os agentes permitem analisar, por exemplo, tempo que o aluno permaneceu “logado” e

posicionado em alguma atividade, quantidade de acessos à uma atividade, palavras chave

utilizadas etc. Para Otsuka (2006), a quantidade de tarefas do professor passa a ser muito

maior quando se implementa uma avaliação de aprendizagem do tipo formativa, justificando a

necessidade de sistemas capazes de automatizar os processos de correção e feedback. O

modelo desenvolvido é capaz de elaborar gráficos que permitem ao professor acompanhar a

pontualidade e assiduidade dos alunos em relação à participação em fóruns e entrega de

trabalhos no ambiente TelEduc, aplicado a cursos semipresenciais de graduação e pós-

graduação.

É possível notar que os modelos desenvolvidos nos trabalhos de Ferreira (2003) e

Otsuka (2006) auxiliam muito o professor e permitem que este identifique divergências entre

as expectativas de resultados nas avaliações e a realidade, e possa atuar preventivamente.

Porém os modelos não preveem o feedback para o aluno, mantendo esta tarefa fora do escopo

desses modelos.

1.7.2. – Pesquisas com foco na avaliação adaptativa

O segundo grupo de pesquisas consultadas possui como foco a avaliação adaptativa de

aprendizagem, no contexto de um modelo que permite a modelagem visual de avaliações.

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A pesquisa de Leão e Reis (2006) relata o desenvolvimento de uma ferramenta

chamada AvaWeb, a qual permite o gerenciamento de questões, a edição gráfica de avaliações

e fornece um ambiente de execução de avaliações para o aluno, utilizando a linguagem visual

da Gramática de Grafos. O modelo proposto tem como base a necessidade da aplicação de

provas e testes ao longo do processo de avaliação de aprendizagem. Os objetivos do modelo

são: prover o ambiente de execução de avaliações para os alunos e dotar o professor de uma

ferramenta em que ele possa cadastrar as questões e elaborar suas avaliações utilizando um

editor gráfico, o qual permita distribuir visualmente essas questões, balanceando-as de acordo

com o resultado esperado pelo aluno (acerto ou erro), gerando assim avaliações

individualizadas para cada aluno.

Como pontos positivos deste modelo, devem ser destacados a possibilidade de associar

níveis de dificuldade às questões, poder sortear as questões em um banco de questões e a

correção automática das questões. Além disso, este modelo tem um componente gráfico para

a construção das avaliações que nos agradou muito, permitindo ao professor encadear as

questões de acordo com os acertos ou erros dos alunos, gerando avaliações personalizadas.

Na continuação do projeto, Leão, Reis e Oieras (2006) detalham mais características

do projeto, com protótipo em testes na Universidade Federal do Pará (UFPA). Além das

características já apontadas, o projeto comporta questões de tipos diferentes, como

dissertativas ou trabalhos, além das questões de múltipla escolha, inicialmente previstas.

Outra característica muito interessante é que o professor pode limitar o tempo para o aluno

resolver a questão.

Infelizmente, não houve continuidade do projeto do AvaWeb, o que nos orientou para

a construção de um modelo próprio, tomando como inspiração a ideia de medir os tempos que

o aluno demora para executar cada questão e o encadeamento das questões mediante acertos

ou erros, gerando avaliações personalizadas em tempo de execução.

1.7.3. – Pesquisas com foco na geração de testes parametrizados

Outro conjunto de pesquisas foca seus objetivos na construção de métodos para a

geração de testes objetivos parametrizados, trazendo importantes contribuições sobre o

potencial de geração de questões distintas em tempo de execução.

Zaina (2002) realizou uma pesquisa com objetivo de desenvolver uma ferramenta

computadorizada para permitir a implantação de um método de avaliação formativa, com

testes objetivos e características muito relevantes, quanto às demandas crescentes para

produção, coleta e análise de avaliações contínuas e com grande quantidade de alunos. A

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ferramenta criada para a pesquisa chama-se AvaliaOnline e permite a criação de testes que

utilizem valores numéricos ou fórmulas nos seus enunciados e nas suas respostas. Um

diferencial do sistema é o sorteio de valores diferentes para o enunciado, a cada vez que a

questão é selecionada para ser apresentada para um aluno. Dessa forma, o sistema possui um

banco de questões com muitas possibilidades ou variações de enunciados e seus respectivos

conjuntos de alternativas, reduzindo a possibilidade de os alunos compartilharem as respostas

entre si (“cola”). O sistema permite também o encadeamento de questões, para que o

professor possa criar possibilidades de percursos diferentes, conforme os resultados parciais

de cada aluno.

O encadeamento de questões permite a personalização dos percursos, de acordo com

acertos ou erros, e é fonte de inspiração para a nossa pesquisa, pois permite a apresentação de

questões de níveis diferentes para os alunos, de acordo com o que ele demonstra ter

conhecimento, porém a questão do feedback, tão importante em processos de avaliação

formativa, não foi tratado no método desenvolvido por Zaina (2002). O sistema que

idealizamos tem o feedback para o aluno como um dos seus principais alicerces.

Zaina, Ruggiero e Bressan (2002) destacam que os testes objetivos implementados em

diversos sistemas de apoio ao ensino são bem aceitos em várias áreas do conhecimento,

principalmente pela correção automática, porém isso não exime o professor da análise do

desempenho de cada aluno e também não fornece indicadores de pontos a serem reforçados

durante o curso ou disciplina. Eles propõem um método de utilização do sistema

AvaliaOnline, no qual o professor pode montar uma avaliação, composta por uma sequência

de questões que busquem avaliar determinados conceitos ou temas específicos, de forma que

ele possa posteriormente, analisar os índices de acertos por questão, e assim regular o seu

processo de ensino. Esta pesquisa nos despertou interesse por abordar um sistema web, sob a

ótica da utilização e dos resultados que se pode obter do mesmo, por meio de uma estratégia

de montagem de uma avaliação. Em comparação à aplicação da mesma estratégia por meio de

provas em papel, o professor teria que investir bastante tempo para avaliar horizontalmente as

questões acertadas ou erradas, além de não permitir o encadeamento e a personalização das

avaliações. No entanto, sentimos falta da abordagem quanto à visão do aluno, ou seja, do

feedback, pois isso não fica claro no método apresentado.

Até o momento as pesquisas encontradas tiveram foco no professor, no processo de

escolha de questões, de montagem de avaliações, de correção e de geração de relatórios para

professores analisarem o processo de ensino. No entanto, acreditamos que o aluno precisa ser

informado sobre seu desempenho, pontos fortes e pontos a melhorar, a tempo de corrigir ou

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melhorar seus resultados. Essas informações deveriam ser disponibilizadas pelos sistemas

automatizados, porém não vimos essa funcionalidade em nenhum deles, nos levando a

continuar a busca por pesquisas que tivessem foco no aluno.

1.7.4. – Pesquisas com foco no aluno

Kalache e Coelho (1974) desenvolveram uma pesquisa com foco no aluno, projetando

o desenvolvimento de um sistema de computador que oferece avaliações compostas por testes

objetivos e com diversos feedbacks durante a resolução das questões. Cada tentativa de

resposta do aluno recebe um feedback, o qual pode ser informativo (pistas), corretivo, com

informações adicionais, uma orientação, a resposta correta e um reforço sobre o assunto.

Essas opções seguem um fluxo lógico e são fornecidas de acordo com erros ou acertos nas

tentativas. Esse método de avaliação formativa também prevê que o professor deva gerar

respostas erradas compatíveis com possíveis erros durante o processo de resolução,

melhorando o nível de apoio que o feedback pode fornecer ao aluno.

Curiosamente, essa pesquisa foi desenvolvida em 1974, e nos parece ter sido muito

avançada para a sua época, na qual não se dispunha de computadores pessoais populares,

redes de comunicação de dados abertas, como a internet, nem pessoal especializado para

operar os equipamentos, em quantidade ou custo viáveis, para a implantação e utilização em

larga escala. Talvez não existisse nem a demanda, já que os cursos à distância da época não

eram baseados em rede de computadores.

A leitura desse material nos mostra que muitos pesquisadores reconhecem a

importância e o valor da avaliação formativa, e demonstram que os ambientes web de apoio à

aprendizagem são ambientes propícios para implantação desse tipo de avaliação. Essas

experiências também mostram algumas lacunas no estudo do tema e a necessidade de

desenvolver mais pesquisas. Uma das lacunas observadas aponta para a demanda de

aprimorar o suporte ao aluno, com qualidade, precisão e tempestividade, pois esse suporte

permitirá maior adesão, motivação e satisfação, melhorando também os resultados dos

processos de ensino e de aprendizagem.

Outra lacuna observada é que a maioria das pesquisas encontradas aponta para

aplicação em cursos à distância, por ser uma modalidade com bastante suporte de TI e por

atender a um número de alunos muito grande, se comparada ao ensino presencial. Nesta

pesquisa, pretendemos viabilizar uma técnica de avaliação formativa, para o ensino

presencial, o que será explorado no Capítulo 2.

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Além disso, as pesquisas relatadas neste capítulo não tratam de disciplinas específicas,

trazendo sugestões aplicáveis a diversas áreas de conhecimento. Dessa forma, pretendemos

desenvolver e sugerir uma técnica que seja bastante aderente ao ensino de Matemática, em

cursos superiores de graduação.

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CAPÍTULO 2

METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo, descrevemos como a metodologia escolhida foi utilizada no

desenvolvimento da pesquisa e também os procedimentos metodológicos necessários para a

aplicação da coleta de dados e posterior análise dos mesmos.

A caracterização e escolha de um grupo de participantes é de suma importância para

que exista aderência e relevância na pesquisa. Por esse motivo, abordamos neste capítulo

alguns aspectos do Princípio Fundamental da Contagem (PFC), sua relevância para o curso de

Tads, cujos alunos foram escolhidos como participantes da pesquisa, e também algumas

características desses alunos, essenciais para a escolha dos instrumentos de pesquisa.

2.1. Metodologia Design Experiments

Pelo fato de não termos encontrado pesquisas recentes no Brasil sobre avaliação

formativa aplicadas ao ensino superior presencial, escolhemos a metodologia denominada

Design Experiments, devido à sua característica de aplicação em estudos para o

desenvolvimento de teorias emergentes. Segundo Cobb, P., Confrey, J., diSessa, A., Lehrer,

R. e Schauble, L. (2003), este tipo de pesquisa é aplicado em um contexto de teste e revisão,

com sucessivas iterações, gerando variações sistemáticas do experimento. Pesquisas

conduzidas de acordo com essa metodologia buscam o entendimento de processos

educacionais que possam ser generalizados.

Cobb et al. (2003) mostram que a pesquisa experimental, ou Design Experiments,

idealmente resulta em amplo entendimento sobre o ambiente, chamado de ecologia da

aprendizagem, que é um grande conjunto de elementos e características inter-relacionadas.

Esse entendimento permite antecipar como esses elementos funcionam juntos, no suporte à

aprendizagem. Como exemplo de elementos, os autores citam o conjunto de questões a serem

apresentadas aos alunos para resolução, os tipos de motivação utilizados, as regras de

convivência e avaliação, as ferramentas envolvidas, além das práticas em sala de aula,

promovidas por professores para coordenar todos os elementos.

A analogia com a ecologia ambiental é utilizada pela semelhança entre processos e

fatores, interagindo entre si, formando sistemas interativos, que influenciam o processo de

aprendizagem. Além de criar projetos, a metodologia tem efetividade por buscar a perfeição,

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47

por meio da melhoria contínua, mostrando quais características funcionam, e sugere como

pode ser adaptado para novos cenários, com características de orientação. Cobb et al. (2003)

citam a pesquisa um-a-um (professor-pesquisador e aluno), na qual o professor conduz uma

série de sessões com um pequeno número de alunos, com objetivo de criar uma versão de

pequena escala da ecologia que se pretende estudar em maior profundidade e detalhamento.

Acreditamos que nossa pesquisa é desenvolvida à luz dessa metodologia, pois estamos

trabalhando com um grupo pequeno de alunos e de maneira bem próxima, como citado no

modelo um-a-um. Na primeira fase da pesquisa, identificamos algumas demandas de

melhorias e outras foram sugeridas pelos participantes. O instrumento de coleta de dados foi

modificado de acordo com essas sugestões, o que gerou uma nova versão, mais completa e

com comunicação mais clara e detalhada.

2.2. Princípio Fundamental da Contagem (PFC)

A escolha do assunto PFC, componente inicial da Análise Combinatória, é apoiada

pela relevância do raciocínio necessário para realizá-la, útil para outros conhecimentos

Matemáticos e para outras áreas do ensino (BORBA, 2013).

Segundo Borba (2010), o raciocínio combinatório é caracterizado pela análise de

situações que envolvem um ou mais conjuntos de elementos, os quais devem ser agrupados de

acordo com regras específicas de escolha e de ordenação. Podemos, assim, definir os

problemas de combinatória como problemas nos quais se espera determinar o número total de

agrupamentos possíveis entre os elementos dos conjuntos, respeitando regras específicas de

escolha e de ordenação.

A quantidade de elementos e a complexidade das regras leva à caracterização de

subáreas de conhecimento da Análise Combinatória. A análise direta, por meio da

enumeração e contagem dos agrupamentos recebe os nomes de Produto Cartesiano, ou

Contagem, ou Problemas de Contagem ou ainda Princípio Fundamental da Contagem (PFC).

Outras subáreas para análise e resolução de Problemas de Análise Combinatória, como as

combinações, arranjos e permutações, as quais utilizam o PFC na elaboração da solução, estão

presentes nas questões da pesquisa, porém não é necessário o uso de fórmulas específicas,

bastando a enumeração ou a contagem, ou seja, a aplicação do PFC.

Por produto cartesiano, entende-se a enumeração e contagem das situações de

agrupamentos geradas a partir de dois ou mais conjuntos de elementos, nos quais a ordem de

formação não importa nos resultados, e de forma que os agrupamentos formados pelos

elementos a, b e c, respectivamente pertencentes a três conjuntos distintos A, B e C, serão

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48

considerados iguais, quando agrupados pela ordem a, b e c ou pela ordem b, a e c, por

exemplo.

Segundo Borba (2013), os problemas de contagem cuja solução se baseia em

enumeração são comumente resolvidos por alunos de diversos níveis e idades, por meio de

estratégias que evoluem ao longo de suas trajetórias: primeiro tentam escrever cada

combinação sem um método ou sequência lógica e oferecem as respostas sem ter certeza se

esgotaram todas as possibilidades, frequentemente encontram-se repetições sendo contadas

em duplicidade, fornecendo igualmente resultados incorretos, porém conforme evoluem em

grau de escolaridade, os alunos passam a utilizar métodos sistemáticos, aumentando o número

de acertos. Borba (2013) relaciona esta evolução à maior maturidade dos alunos e às

experiências escolares e extra-escolares vividas.

Nesta pesquisa, o foco está em alunos de Ensino Superior, que já foram apresentados a

este assunto no Ensino Médio, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)

(BRASIL,1997) em vigor. Assim, espera-se um arcabouço ainda maior de maturidade e

experiências vividas. Contudo, Borba (2013) cita que o processo de compreensão do

raciocínio combinatório é longo, e que pode não estar concluído ao final do Ensino Médio.

2.3. Caracterização dos participantes da pesquisa

Este subitem mostra a importância do tema PFC para os alunos do curso de

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Anhanguera

de São Paulo, os quais foram escolhidos como participantes desta pesquisa.

Segundo o Projeto Pedagógico do Curso Superior de Tads da Universidade

Anhanguera de São Paulo, os objetivos específicos são formar profissionais que possam

atender às necessidades de demanda de mão de obra especializada em Tecnologia da

Informação, sobretudo às relacionadas ao desenvolvimento de aplicações para Sistemas de

Informações em plataforma de microcomputadores interligados em rede, Internet e com a

utilização de Banco de Dados, que possam desempenhar atividades no processo de análise de

sistemas informatizados, compor equipes para gerência de projetos de Sistemas de

Informação e para gerência de projetos de desenvolvimento de software.

Os postos de trabalho a serem ocupados pelos futuros tecnólogos podem ser: Analista

de Sistemas, Desenvolvedor de Sistemas, Desenvolvedor de Sistemas para Web,

Administrador de Sistemas de Informação, Administrador de Banco de Dados, Desenvolvedor

de Banco de Dados, Administrador de Dados, Programador de Aplicações, Consultor de

Microinformática e Administrador de páginas de Internet.

Page 49: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

49

O Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas analisa, projeta, documenta,

especifica, testa, implanta e mantém sistemas computacionais de informação. Esse

profissional trabalha com ferramentas computacionais, equipamentos de informática e

metodologia de projetos na produção de sistemas. Raciocínio lógico, emprego de linguagens

de programação e de metodologias de construção de projetos, preocupação com a qualidade,

usabilidade, robustez, integridade e segurança de programas computacionais são fundamentais

à atuação desse profissional.

Espera-se que o egresso esteja apto a atuar na área de Análise e Desenvolvimento de

Sistemas, como Programador de Aplicações, utilizando as plataformas para

microcomputadores interligados em redes, Internet, Modelagem de Banco de Dados, e

Projetista de Aplicação. As componentes de competências e habilidades desse perfil são

destacadas a seguir.

Capacidade de supervisionar, coordenar, orientar, planejar, especificar, projetar,

modelar os dados, modularizar e implementar ações pertinentes ao desenvolvimento de

algoritmos, selecionar linguagens de programação, ambientes de desenvolvimento e

gerenciadores de bancos de dados, implementação e validação de software e analisar os

resultados.

Especificamente para cursos em Informação e Comunicação, o eixo de conhecimentos

necessários caracteriza-se pela especificação de componentes ou equipamentos, suporte

técnico, procedimentos de instalação, utilização de protocolos e arquitetura de redes,

atualização tecnológica, realização de testes e medições.

No Anexo A, apresentamos a grade completa de disciplinas do curso de Tads na

Instituição onde será aplicada a pesquisa, as ementas das disciplinas mais relevantes em

relação ao tema PFC e os nossos comentários quanto à relevância das mesmas.

2.4. Aspectos sobre a escolha do instrumento de pesquisa

Vivemos em uma época em que mais gerações convivem devido ao aumento da

expectativa e qualidade de vida, à redução da idade de natalidade, à ampliação dos meios de

comunicação e à velocidade do seu fluxo. Isso faz com que essas gerações se influenciem

mutuamente, de forma inédita na história da humanidade (OLIVEIRA, 2010). É fato que a

convivência entre as gerações sempre gera algum conflito, porém esses conflitos nunca foram

tão grandes e crescentes como nesta época, que iniciou com a geração conhecida por baby

boomers6.

6 Baby Boomer é o termo usado para definir as pessoas nascidas entre 1946 e 1964.

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50

Durante a Segunda Guerra Mundial, a geração que viveu as incertezas, as dificuldades

e a grande carência de todos os gêneros foi tolhida de seus sonhos e tornou-se bastante

conservadora, com fortes tendências à preservação de seus bens e de suprimentos.

Com o fim da Guerra, uma sensação de esperança do futuro tomou conta do mundo e,

com isso, a taxa de natalidade cresceu muito e essa geração ficou conhecida como os baby

boomers. Crescendo em um clima de euforia e de crescimento econômico acelerado, ao

atingirem a idade da adolescência, começaram a questionar mais intensamente o modo de

vida de seus pais, que, em geral, não combinava com a ampliação da globalização e com as

inúmeras possibilidades que se apresentavam para eles, reforçadas pela televisão, o novo

fenômeno de mídia massificada (OLIVEIRA, 2010).

Com o aumento das informações, a geração tornou-se mais ávida por notícias, por

conhecer mais sobre o mundo, não apenas por suas regiões nativas, mas principalmente sobre

as novas tecnologias, que surgiam com maior frequência.

Segundo Oliveira (2010), durante a época conhecida como Guerra Fria uma nova

geração chegou ao mundo e ficou conhecida como Geração X. Ainda mais ávida por

informações e por conhecimento, essa geração também intensificou os questionamentos sobre

o modo de vida de seus pais e acompanhou ao vivo e por satélites, a corrida espacial, a

massificação dos computadores e o nascimento da internet e dos telefones celulares.

Os nativos da Geração X mudaram o mundo dos negócios. Empresas nasceram em

garagens se tornaram gigantes em muito pouco tempo. Microsoft, Apple, Oracle, SAP e

Amazon são os exemplos mais clássicos.

A geração seguinte, conhecida como Geração Y, cresceu em um ambiente tomado pela

eletrônica e pela automação. Por conta desses grandes avanços tecnológicos, que foram

disseminados muito mais rapidamente que os anteriores, desenvolveram a capacidade de

consumir mais de uma mídia ao mesmo tempo, ansiosos por mais e mais informação, em

forma de notícias, música, vídeos, jogos, contato com amigos ou pesquisas escolares.

Adaptados ao uso das novas tecnologias, a Geração Y chegou ao mundo corporativo

de forma mais impactante, construindo empresas gigantes ainda mais rapidamente e muitas se

tornaram bilionárias antes mesmo de terem algum faturamento. Google, Facebook, Yahoo e

Skype são alguns exemplos dessas empresas. Essa geração passou a admirar essas empresas

inovadoras e alterou muito a média de tempo de trabalho em uma organização. A Geração Y

logo abandonou os empregos mais tradicionais para lançar-se em aventuras nessas empresas

jovens e promissoras. Ao perceber que outra empresa poderia dar melhores resultados mais

rapidamente, passou a trocar de emprego cada vez mais rápido.

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51

A geração que está hoje nas escolas, sucessora da Geração Y e também chamada de

Nativos Digitais ou de Geração Z, tem dificuldade para entender um mundo sem comunicação

instantânea entre qualquer país, a custos muito baixos e com capacidade multimídia. Possui

um apurado senso de urgência e rápido acesso a grandes volumes de informação. Aspiram

trabalhar em empresas jovens e com alta volatilidade, tornando-se diretores em um par de

anos, ou criarem suas próprias empresas. Suas fontes de notícias estão nas redes sociais e seus

programas preferidos são assistidos on demand e pela web. Feedback é um valor importante

para essa geração. Os jogos eletrônicos desenvolveram essa característica, por meio de scores

e rankings, e a prática frequente dessa atividade leva à necessidade de sempre ter rápidos

retornos sobre seus desempenhos (SIQUEIRA; ALBUQUERQUE; MAGALHÃES, 2012).

Nesse contexto, podemos inferir que a maioria dos alunos que estão nos cursos

superiores neste momento pertencem à Geração Z. Uma perspectiva teórica que ajuda a

definir as características desses estudantes é a dos seres-humanos-com-mídias (BORBA;

VILLARREAL, 2005), segundo a qual o coletivo formado por humanos e mídias interage

para construir conhecimento. Oralidade, lápis-e-papel, computadores e ambientes virtuais de

aprendizagem, entre outros, formam uma unidade na qual o processo cognitivo do

conhecimento se desenvolve. Tikhomirov (1981, apud SOUTO; ARAÚJO, 2013) atribui ao

ambiente informatizado o papel de artefato capaz de transformar o processo cognitivo, por

meio de novas formas de organização de mecanismos de busca, criação e armazenamento de

informações, ou seja, provoca uma reorganização do pensamento, colocando esse artefato

como parte do sistema. Assim, a mediação multimídia oferecida por computadores molda o

ser humano por meio de feedbacks, ao mesmo tempo em que o artefato é moldado no

processo de produção de conhecimento. Essa ideia não é nova, pois o homem vem moldando

o meio ambiente na adaptação de ferramentas para sua sobrevivência na mesma medida em

que ele mesmo é moldado e evolui em seus conhecimentos. Lévy (1993, apud SOUTO, D.;

ARAÚJO, J., 2013) discorre sobre essa dialética na disseminação histórica do conhecimento.

Iniciando por meio da oralidade e da circularidade do pensamento, passando depois pela

escrita e o pensamento linear e, finalmente por meio da informática, que rompe com essa

linearidade, proporcionando a implementação do conceito do hipertexto e do uso simultâneo

de diversas mídias, como imagens estáticas, imagens em movimento, sons, simulações,

animações e muitas outras. Aproximando as duas perspectivas, podemos então inferir que o

aluno de cursos superiores deste momento é um ser-humano-com-mídia, pertencente à

Geração Z.

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52

Para Moran (2000, p.18), a construção do conhecimento na sociedade da informação

se dá pela integração de meios, pela interatividade e pelo relacionamento mais próximo entre

professores e alunos. Os alunos aprendem pelo prazer, quando gostam do assunto e quando

conseguem transformar a aprendizagem em um processo permanente e confiante (MORAN,

2000, p.24).

Contudo, a escola que encontramos atualmente é a mesma que a Geração Baby

Boomer frequentou. Modernizou-se em termos de algumas tecnologias: permite o uso de

projetores multimídia e algumas possuem até lousas digitais e impressoras 3D, porém o

método de ensino permanece o mesmo, desde o século passado (SIQUEIRA;

ALBUQUERQUE; MAGALHÃES, 2012).

As avaliações são pontuais, sem qualquer tipo de consulta e continuam aterrorizando

os alunos, sendo incapazes de verificar e corrigir ou aprimorar o processo de aprendizagem.

Como o processo de avaliação é pontual e não contínuo, o feedback é frequentemente

fornecido quando não há mais tempo hábil para correções ou ajustes. Essa demora é agravada

pelo senso de urgência da geração à qual pertencem esses alunos.

Esta pesquisa apresenta uma técnica de avaliação alinhada às expectativas dos

estudantes atuais, executada por meio de ambientes digitais, no momento que o estudante

quiser e com feedbacks mais imediatos.

2.5. Procedimentos Metodológicos

Este estudo foi desenvolvido com alunos do primeiro e do segundo semestres do curso

de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, da Universidade Anhanguera de

São Paulo, na disciplina Lógica e Matemática Computacional, na qual o Princípio

Fundamental de Contagem (PFC) é um dos componentes da disciplina.

A coleta de dados foi realizada por meio da participação dos alunos na resolução de

questões sobre o PFC, respondidas no sistema web INFORMA, desenvolvido por nós, o qual

implementa uma técnica de avaliação formativa.

Analisamos os dados do uso do sistema pelos participantes e dos comentários

realizados por eles, além da posterior captação em áudio das entrevistas feitas após o término

do ciclo de avaliações. Esse conjunto de procedimentos permitiu levantar, a partir dos

comentários e da fala dos alunos participantes, as percepções declaradas, a satisfação e a

motivação para ampliar o aprendizado do PFC, por meio da aplicação de uma técnica de

avaliação formativa.

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53

2.5.1. Preparação do ambiente:

Apoiados nas ideias da avaliação formativa, segundo Perrenoud (1999) e Hadji (2001),

desenvolvemos para a coleta de dados, um sistema em linguagem PHP (um acrônimo

recursivo para “PHP: Hypertext Preprocessor) e HTML (Hyper Text Markup Language), com

Banco de Dados Oracle-MySQL e hospedamos o mesmo no provedor gratuito Hostinger. O

sistema pode ser acessado no endereço www.informapfc.hol.es, por meio de qualquer

navegador e acesso à internet, inclusive em tablets e smartphones. Essa tecnologia foi

escolhida pela facilidade dos participantes com as ferramentas e aplicativos em formato web.

Pelas mesmas características, o ambiente estará disponível aos pesquisadores durante todo o

intervalo de aplicação da pesquisa, permitindo a visualização em tempo real do andamento da

utilização dos participantes, suas respectivas respostas e percursos parcialmente percorridos.

A tecnologia escolhida permite grande flexibilidade na análise dos dados, por meio de

relacionamentos e cruzamentos de informações, ampliando o potencial de análise dos dados

coletados. Além disso, é gratuito, de fácil desenvolvimento e escalável, isto é, permite

ampliação de escopo e carga, sem troca de plataforma.

Nesse sistema, foi criado um banco de quarenta e duas questões escolhidas com base

em questões aplicadas em processos seletivos anteriores, para ingresso em cursos de Ensino

Superior no Brasil e específicas para o Princípio Fundamental de Contagem (PFC). As

questões tiveram origem em diversas instituições de ensino, particulares e públicas. Nove

questões escolhidas são oriundas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, catorze questões

são oriundas da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), sete da Fundação para o

Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp) e as demais questões foram aplicadas

pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (Puc-SP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Faculdade de Tecnologia de

São Paulo (Fatec-SP), Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), Fundação Getúlio Vargas

(FGV), Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Academia da Força Aérea Brasileira

(Afa), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), Centro de Seleção de Candidatos ao Ensino Superior do Grande Rio

(Fundação Cesgranrio), Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), Universidade

Estadual de Londrina (Uel), Universidade Estadual da Bahia (Uneb) e Universidade Federal

do Ceará (UFC). A escolha das questões, entre 205 disponíveis, deu-se por afinidade com

temas ligados à TI, pela não-repetição de temas e de forma a representar níveis de dificuldade

diferentes.

Page 54: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

54

Cada questão desse banco foi resolvida pelos pesquisadores, e a resposta obtida foi

conferida com a do gabarito divulgado pela instituição de ensino aplicadora. Em seguida, a

resolução foi detalhada de forma didática, sendo que, durante a evolução da resolução, as

alternativas foram substituídas, para apresentar aos alunos participantes opções de resposta

que pudessem resultar de possíveis erros surgidos durante os passos da resolução ou por falta

de atenção na leitura do enunciado, permitindo a elaboração dos feedbacks de orientação.

As questões foram montadas de forma a apresentar quatro alternativas para escolha do

participante, referenciadas por a, b, c e d. Ao montar o banco de questões, seguindo a

metodologia de Design Experiments, tomamos o cuidado de verificar a quantidade de

respostas corretas em cada tentativa. Por termos encontrado alguma concentração, optamos

por alterar a ordem das mesmas e assim promover um balanceamento nas alternativas

corretas. Todas as questões estão relacionadas no Apêndice A.

O ambiente foi idealizado para comportar três graus de dificuldade para as questões,

classificadas como “fácil”, “médio” e “difícil”. Todos os participantes iniciaram a pesquisa

respondendo a uma questão de nível fácil. Conforme o aluno participante acerta ou erra as

questões apresentadas, o nível é modificado por meio da seguinte regra:

Se acerta, sobe um grau de dificuldade;

Se erra, permanece no mesmo grau de dificuldade;

Se erra duas vezes consecutivas, reduz um grau de dificuldade.7

A dinâmica proposta, com a subida de nível em caso de acerto, pressupõe que o

participante se baseou em conhecimento anterior, compreensão dos feedbacks de orientação e

análise da resolução da questão. Se a subida de nível não for adequada naquele momento, o

participante terá mais dificuldade, e poderá ser baixado de nível ao errar as próximas

questões, percorrendo sua própria trilha, de forma automatizada.

O participante não será informado sobre o nível das questões e, caso converse com

outros participantes, poderá pensar que o sistema sorteia questões diferentes para cada

participante. Assim, trilhando seu próprio percurso de aprendizagem, poderá manter-se

acertando as questões e motivado a continuar, mesmo que esteja respondendo questões do

nível fácil. Assim como os participantes que subirem ao nível difícil permanecerão desafiados

(por questões mais elaboradas e que exigirão maior raciocínio) e também motivados.

7 Exceções à regra: se estiver no nível difícil não há como subir mais; se estiver no nível fácil não há como

reduzir mais.

Page 55: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

55

Essa dinâmica está representada nas Figuras 2.1 e 2.2 e foi idealizada para combater o

que Perrenoud (1999) chamou de espiral do fracasso, na qual o aluno que tem notas ruins,

além de ser discriminado e rotulado pelos colegas e professores, desiste de tentar reverter a

situação e abandona a disciplina ou o curso. A Figura 2.1 mostra como foi idealizado o

sistema de questões e a Figura 2.2 mostra como foram atribuídas as questões do banco de

questões às posições do sistema.

Page 56: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

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Figura 2.1 – Fluxo de Questões – como idealizado

Fonte: Elaborado pelo autor

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57

Figura 2.2 – Fluxo de questões – como implementado no sistema.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Acreditamos que o aluno mantém sua motivação quando conquista acertos e percebe

que está evoluindo e que é possível alcançar os objetivos de aprendizagem. Com base nisso, o

sistema procura posicionar os participantes nas questões de cada nível, de forma compatível

com os acertos e erros obtidos pelo próprio participante.

Segundo Perrenoud (1999), uma avaliação é formativa quando permite gerar os

feedbacks para produzir autonomia e motivação por parte dos alunos. Assim, o sistema foi

alimentado com feedbacks de orientação, que foram apresentados aos alunos a cada tentativa

respondida, e que foram concebidos de maneira a orientar o aluno, chamando sua atenção

para dados do enunciado que possam ter sido ignorados, sobre procedimentos de resolução ou

sobre características do PFC, sem que a leitura e interpretação do mesmo seja suficiente para

o participante encontrar a resposta correta. O objetivo do sistema é auxiliar o aluno a refletir

sobre a questão e a aplicação do PFC para a resolução da mesma.

Como o sistema foi desenhado para ser utilizado à distância, não há como saber de que

forma o participante responde às questões, se copia respostas de algum colega, se pesquisa na

internet ou em livros, se dá um palpite sem refletir ou resolver (“chuta”), entre outras

possibilidades. Então, inspirados por algumas das pesquisas precedentes, criamos uma marca

de tempo, para mensurar a quantidade de tempo que o participante utiliza para ler o enunciado

e dar a primeira resposta, em seguida o tempo gasto em ler o feedback e dar a segunda

resposta, idem para a terceira resposta. Esses intervalos serão também alvo de nossa análise,

buscando inferir de que forma o aluno está interagindo com o sistema, se está aproveitando os

feedbacks, refazendo cálculos etc. ou se está apenas marcando outra alternativa e tentando

acertar por eliminação, para seguir para a próxima questão mais rapidamente.

O sistema representa uma série de cinco avaliações, com intervalo previsto de quatro

dias entre cada uma dessas avaliações. Denominamos cada avaliação como rodada. O

intervalo de tempo entre as rodadas foi idealizado para propiciar, durante esses períodos, a

reflexão e a busca de conhecimentos por parte dos participantes, à medida que recebem os

resultados das questões respondidas.

Segundo Perrenoud (1999), a avaliação formativa é contínua e não pontual, permitindo

ajustes em tempo hábil, o que define como regulação. Conforme citamos antes, nesta pesquisa

incentivamos a autorregulação, que é a regulação por parte dos alunos participantes.

Os níveis das questões a serem apresentadas para cada aluno não são influenciados

pelo agrupamento das avaliações em rodadas, ou seja, as regras de mudança de nível serão

aplicadas a cada nova questão, durante toda a sequência de questões.

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Durante a preparação do ambiente, percebemos que várias questões poderiam ser

apresentadas de maneira mais completa. Dessa forma, baseados na metodologia Design

Experiments, fizemos a revisão dos enunciados dessas questões e cerca de 20 questões

tiveram seus feedbacks melhorados e ampliados, para dar melhor entendimento aos

participantes.

Conforme a dinâmica projetada, após a aplicação de todas as rodadas, os alunos foram

convidados para uma entrevista em grupo, com a presença de um professor (observador) da

disciplina de Lógica e Matemática Computacional, para exporem suas impressões e

percepções acerca dessa experiência. Essa entrevista foi conduzida pelos pesquisadores, por

meio de um roteiro de pesquisa semiestruturada e gravada em áudio. Esse roteiro encontra-se

no Apêndice B.

A análise teve como base a implementação das tarefas de um professor na avaliação

formativa, conforme apresentado no Quadro 2.1. Partindo da intencionalidade do professor-

pesquisador em desencadear comportamentos a observar, o instrumento de pesquisa

desenvolvido implementa uma técnica de avaliação formativa, contendo os objetos

matemáticos do estudo, permitindo ao professor obter informações para regulação, por meio

dos registros das atividades e dos comentários dos alunos. Uma vez coletadas essas

informações, buscamos nos comentários dos participantes, a presença dos itens citados no

objetivo da pesquisa, ou seja, as percepções quanto ao envolvimento, engajamento, sensação

de melhor desempenho, satisfação com o processo avaliativo e interesse pelo objeto

matemático do estudo. Além disso, o instrumento permite a identificação de erros no

processo, a verificação da clareza na comunicação e a autorregulação por parte dos alunos.

Como o sistema é constituído por um banco de dados relacional, o qual permite aos

pesquisadores executar análises de dados brutos sob diversas visões, aplicação de filtros e

agrupamentos diversos, o trabalho de investigação foi facilitado e inúmeras possibilidades de

relatórios e cruzamento de dados estão disponíveis.

Um desses relatórios chama-se Roteiro Completo e contém os dados de utilização de

todos os participantes. Por meio desse relatório, é possível identificar os participantes (apenas

pelo código), as questões respondidas, o nível, ordem e rodada das mesmas, os comentários

fornecidos, os tempos utilizados por cada participante em cada tentativa e questão, o número

de tentativas utilizadas e o status final da questão. Com esse relatório, foi possível avaliar

todos os comentários fornecidos, se os níveis das questões, previamente determinados por nós

estão de acordo com os comentários dos participantes e com os índices de acertos ou erros

verificados. O relatório também permitiu a análise do percurso de cada aluno, o tempo médio

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utilizado para resolver cada questão, comparando com o nível da mesma, entre muitas

possibilidades.

Quadro 2.1 – Implementação das tarefas do professor na avaliação formativa.

Tarefas/Objetivos Detalhamento Como foi implementado

Desencadear

comportamentos a

observar/interpretar

Determinar as questões que

devem ser respondidas por

meio da avaliação (O que se

deseja observar? Quais os

objetivos?)

As questões deveriam ser sobre o PFC, trabalhado

no ensino básico. As questões foram obtidas em

provas de seleção para ingresso no ensino superior

e escolhidas de maneira específica sobre o PFC.

Determinar as decisões que

podem ser tomadas após a

avaliação

Cada rodada de avaliação pode ser um ponto de

mudança, mediante análise dos resultados

verificados.

Escolher os instrumentos de

coleta de dados e estabelecer

espaços de observação

A observação é feita por meio dos registros de

utilização no sistema, como tentativas, acertos,

percursos, tempos e comentários.

Observar/interpretar

os comportamentos

desencadeados

(analisar)

Coletar as observações Por meio da análise de todos os comentários,

verificando a relevância de cada um, agrupando-os

em categorias e verificando todos os registros

disponíveis no sistema.

Conferir a presença do objeto

visado

O objeto buscado é um conjunto formado por

conhecimento, motivação e reconhecimento do

valor dos feedbacks e resoluções (satisfação),

durante o processo avaliativo.

Analisar os erros do processo Os erros do processo serão identificados na forma

de críticas e sugestões por parte dos participantes,

na forma de desistências ou na forma de resultados

inesperados, quanto a acertos ou tempos.

Comunicar os

resultados de sua

análise e sua

apreciação final

Verificar se a mensagem é

entendida pelos alunos;

Por meio dos comentários, será possível constatar

se existe essa clareza.

Estabelecer possibilidades de

feedback para estar certo de que

a mensagem foi compreendida

Os feedbacks do professor para o aluno estão

implementados e automatizados pelo sistema. Os

comentários dos alunos fazem o papel de feedback

deles para o professor saber se a sua mensagem foi

compreendida.

Remediar as

dificuldades

analisadas

Ajustar a ação, apoiando-se no

feedback.

Ao aplicar a avaliação na pesquisa, será possível

ajustar as ações a cada rodada, com base nos

comentários deixados pelos alunos.

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota: Baseado em Otsuka (2006)

Os comentários sobre as rodadas estão disponíveis no relatório Resumo das Rodadas e

permite a análise da percepção de evolução do participante, conforme caminha pelas rodadas.

Outros relatórios podem ser confeccionados a partir da junção das informações do

Roteiro Completo com os dados cadastrais dos usuários, ou com as questões completas,

permitindo mais visões e análises aos pesquisadores.

Uma análise importante que se pretende fazer é quanto ao objeto matemático do

estudo: a junção de informações das questões com os resultados obtidos e registros dos

participantes permitirá a observação de eventuais dificuldades na resolução de problemas de

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PFC, de outros componentes matemáticos necessários, e assim fornecer feedback ao

professor, permitindo a regulação do curso ou da disciplina, em tempo de execução.

É importante ressaltar que as informações das avaliações respondidas foram utilizadas

sem permitir a identificação dos participantes, sendo estes tratados sempre por um código

numérico, presente no banco de dados e acessível apenas ao autor. A análise dos dados

coletados na entrevista também manteve absoluto sigilo quanto à identidade dos participantes

e suas falas.

No futuro, acreditamos que esse sistema possa ser aplicado para avaliação de

aprendizagem, permitindo que os alunos com mais dificuldades sejam individualmente

colocados frente às suas dificuldades e que tenham a oportunidade e o tempo adequados para

preencher as suas respectivas lacunas de conhecimento, promovendo a autorregulação por

parte dos alunos. O professor também poderá regular o curso à medida que analisa os

comentários feitos por seus alunos durante cada rodada ou avaliação.

2.5.2. Regras de utilização

O sistema INFORMA possui um conjunto de regras de utilização, projetadas para

garantir que todos os participantes preencham seus dados cadastrais corretamente, que possam

ler e declarar explicitamente a concordância com o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), apresentado no Apêndice C, assim como todo o fluxo de navegação e

participação na pesquisa. Esse fluxo está parcialmente descrito na Figura 2.3. O círculo

contendo o número 1 significa que o fluxo complementa-se por outra(s) parte(s).

Figura 2.3 – Fluxo parcial de navegação no sistema, parte 1/3.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Para que o participante fizesse uso do sistema, era necessário que ele preenchesse uma

ficha cadastral, conforme apresentado na Figura D.2 do Apêndice D, com dados de

identificação e contato, login e senha, curso e semestre, idade, ano de conclusão do Ensino

Médio, nome e tipo da escola onde cursou o Ensino Médio, profissão ou cargo e se trabalha

na área do curso.

Após a validação desses dados, o participante clicou no botão que dá acesso ao TCLE,

de aceite obrigatório para a continuidade da participação. O termo foi apresentado e o

participante pode imprimi-lo ou salvá-lo em formato texto para consulta posterior, conforme

mostra a Figura D.3 do Apêndice D8. O Termo sempre estará disponível e poderá ser acessado

pelo menu principal do sistema. Após ler atentamente o termo, havendo concordância com o

mesmo, o participante clicou no botão “concordo”, dando assim a condição de aceite, para

que o login pudesse ser efetuado e o uso do sistema fosse liberado. A qualquer momento, o

participante poderia desistir de sua participação, bastando para isso acessar o menu principal

do sistema e clicar no botão “Quero cancelar minha participação na pesquisa” e, após uma

confirmação de identidade, conforme mostra a Figura D.5 do Apêndice D, e um clique no

botão “CANCELAR PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA”, o participante bloquearia seu

acesso e participação na pesquisa. Caso queira novamente participar da pesquisa, deverá

entrar em contato pelo endereço de e-mail: [email protected].

A partir do momento em que o participante registrou o aceite do TCLE, está habilitado

a efetuar seu login, conforme apresentado na Figura D.9 do Apêndice D. Uma vez registrado

o aceite do Termo, o participante não precisa acessar novamente as funções de cadastro e

termo, bastando escolher o botão de login e iniciar a avaliação. Todos os participantes

iniciaram por uma mesma questão, de nível fácil. A próxima questão somente poderia ser de

nível fácil ou de nível médio e a terceira questão poderia ser do nível fácil, médio ou difícil.

Para as demais rodadas, as três questões poderão ser de qualquer um dos três níveis,

totalizando assim 42 questões no banco de questões do sistema. Dessa forma, cada aluno

trilhou um percurso diferente de seus colegas, de acordo com a sua própria combinação de

acertos e erros, orientando a apresentação da próxima questão, sempre respeitando seu grau de

familiaridade com o assunto e mantendo-o motivado para continuar participando.

Para cada rodada, foram apresentados os enunciados de cada questão e as quatro

respectivas alternativas para escolha, referenciadas por a, b, c e d, conforme mostra a Figura

D.10 do Apêndice D. O participante escolheu uma das alternativas e o sistema fez a

8 O termo sempre estará disponível para consulta e poderá ser acessado pelo menu principal, porém a

participação do aluno estará condicionada à sequência: preencher o cadastro e aceitar o termo.

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comparação com o gabarito previamente definido pelos pesquisadores. Caso a resposta

escolhida tenha sido incorreta, o sistema apresentou um feedback de orientação (formativo)

específico para a escolha realizada, conforme mostra a Figura D.11 do Apêndice D. A cada

tentativa e a cada questão, os participantes foram informados sobre seus erros e acertos, por

meio dos feedbacks, indicando as lacunas de conhecimento. O aluno teve então mais duas

tentativas para acerto da questão. Para isso o enunciado foi novamente apresentado, assim

como as opções de resposta. Essa dinâmica está representada na Figura 2.4.

Figura 2.4 – Fluxo parcial de navegação no sistema, parte 2/3.

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota do autor: Os números 1 e 2 circunscritos significam que o fluxo completo é composto de várias partes

Caso o participante, ao final das três tentativas não tenha conseguido marcar a resposta

correta, o sistema apresentou a informação que não há mais tentativas disponíveis, conforme

apresentado na Figura D.12 do Apêndice D. Se o participante esgotou as três tentativas ou se

a escolha estiver correta, o sistema informou o participante e apresentou a resolução detalhada

da questão, desenvolvida pelos pesquisadores, contendo a interpretação do enunciado, a

lógica envolvida, as restrições a serem observadas, as particularidades da questão, a

montagem das equações e a evolução matemática das mesmas, até chegar ao resultado

desejado, sempre com o objetivo de orientar o participante e oferecer melhor compreensão

sobre o PFC.

Após a apresentação da resolução, os participantes foram convidados a deixar

comentários (obrigatórios) sobre eventuais dificuldades na resolução da questão, falta de

conhecimentos prévios, familiaridade com o tema, valor e utilidade dos feedbacks e da

resolução detalhada, conforme mostra a Figura D.14 do Apêndice D.

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As questões subsequentes foram disponibilizadas de maneira individualizada, para

cada aluno, associando questões mais fáceis para os alunos que erraram, bem como questões

mais difíceis para os alunos que acertaram, conforme a regra apresentada anteriormente. A

Figura 2.5 mostra o fluxo referente às cinco rodadas de questões. No Apêndice D, estão

reproduzidas as principais telas do sistema e também alguns exemplos de apresentação das

questões e da interatividade nas tentativas, mostrando um erro e um acerto.

Figura 2.5 – Fluxo parcial de navegação no sistema, parte 3/3.

Fonte: Elaborado pelo autor

Ao encerrar cada rodada, o participante foi convidado a deixar comentários

(obrigatórios) sobre aquela oportunidade de reflexão, raciocínio e aprendizado.

2.5.3. Fases do estudo:

A coleta de dados foi planejada para ser realizada em duas fases, sendo a primeira em

junho de 2016 (validação do sistema e de técnica de avaliação formativa) e a segunda, em

agosto de 2016 (aplicação da técnica):

1ª fase: VALIDAÇÃO DA TÉCNICA

A fim de validar todo o sistema, sua dinâmica, interatividade, comunicação e

usabilidade, e também com o objetivo de alterar e melhorar esses itens, caso necessário, foi

planejada uma aplicação completa da avaliação no mês de junho de 2016, com um número

adequado de participantes. Para isso, foi necessário escolher uma turma de alunos que fosse

próxima do autor, para acompanhamento de todo o processo.

Uma vez escolhida a turma, foi realizada a apresentação do ambiente de pesquisa web

INFORMA e das formas de utilização do mesmo, convidando-os em seguida a participar da

fase de validação da técnica de avaliação formativa desenvolvida e implementada por nós,

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utilizando conhecimentos prévios em Matemática, comuns ao PFC e aos programas regulares

dos ensinos Fundamental e Médio.

Os alunos que aderiram à pesquisa efetuaram o preenchimento do cadastro pessoal no

ambiente INFORMA e concordaram com o TCLE, e assim foram habilitados a responder as

cinco rodadas de três questões, disponibilizadas a cada dia, durante uma semana no mês de

junho de 2016.

O sistema foi testado na apresentação dos enunciados das questões e das quatro

respectivas alternativas para escolha. Uma vez que o participante escolheu uma das

alternativas, o sistema fez a comparação com o gabarito, apresentou o feedback de orientação

(formativo) específico para a escolha realizada, informando os participantes sobre seus erros e

acertos e indicando as lacunas de conhecimento. O aluno teve mais duas tentativas para acerto

da questão e, ao final da questão, o sistema apresentou a resolução detalhada da questão.

Após a apresentação da resolução, os participantes obrigatoriamente deixaram seus

comentários sobre a questão, assim como ao encerrar cada rodada.

As questões subsequentes foram disponibilizadas de maneira individualizada, para

cada aluno, conforme a regra de mudança de nível, apresentada anteriormente.

Os comentários obtidos e os resultados dessa fase, podem ser vistos no Capítulo 3 –

Validação da Técnica.

2ª fase: APLICAÇÃO DA TÉCNICA

Durante o mês de agosto de 2016, após a apresentação do ambiente de pesquisa e das

formas de utilização, foram convidados a participar todos os alunos de uma turma de 1º e 2º

semestres de um Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

(TADS) da Instituição de Ensino Superior escolhida para a realização da pesquisa.

Todos os participantes que se cadastraram no ambiente e aderiram formalmente a

pesquisa, mediante o aceite do TCLE, foram habilitados a acessar o ambiente INFORMA e

foram convidados a responder a primeira rodada de três questões. Para isso, utilizaram

conhecimentos prévios em Matemática, comuns ao PFC e aos programas regulares de ensino

Fundamental e Médio.

A interação com o ambiente foi semelhante à descrita na 1ª fase. A cada quatro dias

foi liberada uma nova rodada, contendo três questões sobre o PFC, a qual foi disponibilizada

de maneira individual para cada aluno, associando questões mais fáceis para os alunos que

demonstrassem maiores deficiências de conhecimento prévio, bem como questões mais

difíceis para os alunos que demonstrassem menores deficiências. Cada resultado serviu como

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retroalimentação do nível de conhecimento do aluno, de maneira a permitir a escolha

automatizada de um dos caminhos previamente definidos, disponibilizando assim a próxima

questão para o aluno participante.

Da mesma forma que ocorreu na 1ª fase, os participantes foram convidados a deixar

um comentário (obrigatório) sobre eventuais dificuldades na resolução da questão, falta de

conhecimentos prévios, familiaridade com o tema, valor e utilidade dos feedbacks e da

resolução detalhada. Ao encerrar cada rodada, o participante foi convidado a deixar

comentários sobre aquela oportunidade de reflexão, raciocínio e aprendizado. A análise desses

comentários forneceu informações sobre possíveis deficiências de conhecimento prévio

desses alunos.

Logo em seguida, os alunos participantes abordaram o assunto PFC na Disciplina de

Lógica e Matemática Computacional, de acordo com o Plano de Ensino e Aprendizagem

(Pea) da Disciplina. Após esse momento, os alunos foram entrevistados em grupo, para que

nós esclarecêssemos questões oriundas da observação e análise dos dados coletados no

sistema, durante a avaliação. O roteiro de entrevista semiestruturada encontra-se no Apêndice

B.

O professor também foi entrevistado para relatar se notou diferenças de engajamento e

de interesse por parte dos alunos participantes da pesquisa, em relação a outros alunos não-

participantes, estabelecendo relações com alunos de períodos anteriores, quando possível.

Nesta entrevista não foi usado nenhum roteiro, deixando o professor à vontade para

desenvolver seus comentários.

Na 2ª fase, os relatórios Roteiro Completo, Resumo das Rodadas e outros ofereceram

dados que permitiram análises mais aprofundadas relacionadas à técnica de avaliação

formativa desenvolvida para a pesquisa e ao PFC.

Os comentários obtidos e os resultados dessa fase, podem ser vistos no Capítulo 4 –

Aplicação da Técnica.

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CAPÍTULO 3

VALIDAÇÃO DO SISTEMA E DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO

Este capítulo descreve a aplicação da fase da pesquisa denominada validação da

técnica de avaliação formativa e seus resultados. Descrevemos o processo utilização e

validação do sistema web INFORMA, a coleta dos dados, as análises realizadas e ajustes

detectados e sugeridos, além de resultados e considerações sobre essa fase.

3.1 Perfil dos participantes

Após a apresentação do ambiente de pesquisa e das formas de utilização desse

ambiente, todos os alunos de uma turma de 6º e 7º semestres de um Curso de Bacharelado em

Sistemas de Informação de uma Instituição de Ensino Superior na Grande São Paulo foram

convidados a participar desta fase, utilizando conhecimentos prévios em Matemática, comuns

ao PFC e aos programas regulares de ensino Fundamental e Médio. Obtivemos adesão de

vinte e cinco alunos.

3.2 Coleta de dados

Conforme previsto, os alunos que aderiram a pesquisa fizeram o preenchimento do

cadastro pessoal no ambiente INFORMA e concordaram com o Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (TCLE) e assim foram habilitados a responder as cinco rodadas de três

questões, disponibilizadas a cada dia, durante uma semana no mês de junho de 2016.

Conforme previsto, foram apresentados os enunciados de cada questão e as quatro

respectivas alternativas para escolha. O participante escolheu uma das alternativas e o sistema

fez a comparação com o gabarito. Caso a resposta escolhida tenha sido incorreta, o sistema

apresentou um feedback de orientação (formativo) específico para a escolha realizada,

informando os participantes sobre seus erros e acertos, indicando as lacunas de conhecimento.

O aluno teve então mais duas tentativas para acerto da mesma questão e, ao final das

tentativas, seja por acerto ou por esgotar as três tentativas, o sistema apresentou a resolução

detalhada da questão. Após a apresentação da resolução, os participantes deixaram seus

comentários sobre a questão, assim como ao encerrar cada rodada, conforme exemplificado

no Quadro 3.1.

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Quadro 3.1 –Relatório Roteiro Completo (parcial)

Fonte: Elaborado pelo autor

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69

Esse quadro é um exemplo do relatório Roteiro Completo, o qual mostra os códigos

dos participantes e das questões respondidas, o nível (1, 2 ou 3, representando fácil, médio ou

difícil, respectivamente), ordem (1, 2 ou 3) e rodada (de 1 a 5) de cada questão, os

comentários fornecidos, os tempos utilizados (em segundos) por cada participante, em cada

tentativa e questão, o número de tentativas utilizadas (1, 2 ou 3) e o status final da questão (C

ou E, representando correta ou errada, respectivamente).

As questões subsequentes foram disponibilizadas de maneira individualizada, para

cada aluno, associando questões mais fáceis para os alunos que erraram, bem como questões

mais difíceis para os alunos que acertaram, conforme a lógica apresentada anteriormente.

Como exemplo do relatório Trilha do Aluno, os percursos de alguns participantes encontram-

se representados adiante, nas Figuras 3.1, 3.2 e 3.3, as quais mostram também as tentativas

utilizadas (1, 2 ou 3) e o resultado final (acerto (C) ou erro (E)), para cada questão. A primeira

linha apresenta as questões de nível difícil, a segunda linha mostra as questões de nível médio

e a terceira linha mostra as questões de nível fácil, percorridas pelo participante.

Dando continuidade à utilização do instrumento de pesquisa, após os participantes

encerrarem suas avaliações, os comentários deixados foram analisados, com o objetivo de

identificar as percepções acerca dessa técnica de avaliação.

3.3 Análise dos dados

Observamos que os participantes deixaram um total de 220 comentários válidos, após

passarem por cada questão do sistema. Alguns comentários foram retirados da análise por não

agregarem nenhum significado, como “.” ou “-“, o que resultou no descarte dos mesmos.

Os comentários foram ordenados quanto à semântica, e constatou-se que muitos deles

eram idênticos ou com significado equivalente. Isso permitiu agrupá-los em tópicos,

tomando-se o cuidado de contabilizar a quantidade de ocorrências em cada tópico. Com um

número menor de comentários distintos e de acordo com os objetivos apresentados no Quadro

2.1 (pág. 60), classificamos esses tópicos em dez categorias, comentadas a seguir.

Muitos participantes deixaram comentários sobre os níveis percebidos nas questões,

como “muito fácil” ou “ achei essa bem difícil”. Esse tema dominou os comentários

escolhidos pelos participantes com um total de 62 ocorrências. Fizemos uma comparação

entre esses comentários e cada um dos três níveis classificados previamente, e constatamos

que, na maioria das ocorrências, os comentários estavam adequados à classificação.

Page 70: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

70

Figura 3.1 – Trilha do Aluno 03.

Fonte: Elaborado pelo autor

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71

Figura 3.2 – Trilha do Aluno 05.

Fonte: Elaborado pelo autor

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72

Figura 3.3 – Trilha do Aluno 20.

Fonte: Elaborado pelo autor

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73

Em alguns casos, os participantes geraram comentários irrelevantes, como dizer que

uma questão era fácil, tendo errado a mesma após usar as três tentativas. A Questão 23,

classificada como média dificuldade, obteve cinco comentários dizendo que era fácil e dois

comentários dizendo que era difícil, o que nos levou a decidir pela manutenção da mesma no

nível médio.

Outra comparação feita por nós diz respeito à quantidade de comentários em relação à

cada questão e não houve questões com mais de dois comentários que sugerisse alteração nos

níveis previamente associados. Várias vezes foi verificado algum grau de incoerência, no qual

um participante achou a mesma questão fácil e outro achou difícil. Notamos que, apesar de

um grande número de comentários sobre a dificuldade das questões, houve envolvimento e

engajamento dos participantes para seguir adiante nas avaliações.

A segunda maior concentração de comentários, com vinte e três ocorrências, reuniu-se

em torno de dificuldades para interpretar problemas relacionados ao PFC, fato que nos

preocupou, pois os participantes dessa fase estão mais adiantados no curso e já tiveram essa

disciplina. Como o objetivo desta fase é validar o sistema e sua interatividade, essa

dificuldade relatada não foi investigada neste momento, porém este assunto foi incluído no

roteiro de entrevista, o qual será aplicado na fase de aplicação da técnica e pode ser visto no

Apêndice B.

Encontramos 21 comentários sobre dificuldades para entender enunciados, feedbacks

ou resoluções. Esses comentários serviram para que aprimorássemos a comunicação textual

do sistema, a fim de reduzir essas ocorrências. Em relação aos enunciados, cabe ressaltar que

as questões foram retiradas de processos seletivos de instituições de ensino conceituadas, e

esperávamos que não causassem dificuldades aos participantes. Como sugerido, revisamos os

textos dos enunciados das questões citadas e incluiremos esse tema no roteiro da entrevista

em grupo, prevista para a fase de aplicação da técnica.

O mesmo número de comentários (21) destacava a ajuda fornecida pelas resoluções

detalhadas das questões, para o melhor entendimento do PFC. Esses comentários sugerem que

essa forma de avaliação contínua, e com feedbacks de orientação, produz melhor

compreensão, quando comparada à avaliação cumulativa e pontual, o que vai ao encontro das

ideias de Perrenoud (1999) e Hadji (2001) em relação ao valor da avaliação formativa, e

também está alinhada às nossas expectativas quanto à sensação de melhor desempenho

percebida pelos alunos participantes.

Em relação aos feedbacks, eles foram explicitamente elogiados em 20 comentários,

pelo seu valor como orientação para encontrar o raciocínio correto e a resposta correta. Esses

Page 74: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

74

comentários reforçam o que foi dito no parágrafo anterior, mostrando ainda que os alunos são

capazes de reconhecer a ajuda e que a tempestividade das orientações é mais um fator de

motivação e engajamento.

Outro ponto importante, destacado em 20 comentários, refere-se à motivação dos

participantes. Conseguimos perceber que os acertos mantêm os alunos satisfeitos com a

técnica e motivados. Além disso, ao verificar as trilhas ou percursos dos alunos, notamos que

aqueles que navegaram pelas questões mais difíceis na maior parte do tempo, sentiram-se

desafiados e também motivados a continuar participando. Havia algum receio de que os

participantes errassem algumas questões seguidas e acabassem desistindo da participação,

porém os abandonos ocorridos antes do final da avaliação não estavam associados a erros.

Registramos dezesseis comentários que declararam dificuldades em relação à

Matemática. Mais uma vez, essas declarações nos preocupam, por tratar-se de uma turma em

final de curso de bacharelado em Sistemas, que deveria ter mais afinidade e segurança com a

Matemática envolvida em questões sobre o PFC, que exigem apenas as operações aritméticas

básicas (adição, subtração, multiplicação e divisão) e com o conceito do número fatorial, o

qual pode ser substituído pelo PFC. Esse tema será abordado no roteiro de entrevista, da fase

de aplicação da técnica.

Outro ponto que nos incomoda é quanto à possibilidade de acerto sem o conhecimento

adequado ou sem o desenvolvimento da resolução, popularmente conhecido como “chute”.

Como o número de ocorrências declaradas foi de apenas seis, não consideramos que tenha

havido algum prejuízo na interpretação dos resultados gerais e também não consideramos

relevante qualquer sugestão de alteração no sistema ou na dinâmica da avaliação por esta

razão.

Da mesma forma, houve apenas dois comentários sobre acertar a resposta observando

a lógica subjacente, conhecido popularmente como “resolver por eliminação”. Não queríamos

que os alunos usassem esse artifício para resolver as questões, mesmo sabendo que isso iria

acontecer. Porém, considerando que apenas duas vezes foi declarada essa prática, não há

razões aparentes para reduzir o número de tentativas ou alterar qualquer outro parâmetro no

sistema.

Encerrando a análise das categorias dos comentários, houve dois elogios aos feedbacks

e às resoluções detalhadas, como técnica de avaliação que permite aprender mais sobre

Matemática.

A Tabela 3.1 apresenta um resumo das categorias observadas, alguns exemplos dos

comentários dos participantes e a quantidade de comentários encontrados em cada categoria.

Page 75: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

75

Categorias Ocorrên

-cias

Comentários sobre os níveis percebidos. Exemplos: “Foi tranquilo, pura lógica, respondi sem

contas e no ônibus...”, “Questão difícil, não consegui resolver.”.

62

Reconhecimento de dificuldades relacionadas ao PFC. Exemplos: “foi fácil a questão, só me

compliquei em montar a formula”, “o maior problema e descobrir como montar a formula”.

23

Dificuldades para entender enunciados, feedbacks ou resoluções. Exemplos: “Não entendi a

pergunta, e nem a resolução fiquei assim ??????????”, “A solução está de difícil

compreensão.”.

21

Elogios à resolução detalhada das questões e como ajudou a aprender mais sobre o PFC.

Exemplos: “Em relação a esta questão está bem formalizada e em relação a resolução está

muito bem respondida, conseguimos compreender de forma segura.”, “Pergunta difícil, para

compreender tive dificuldades em raciocinar os cálculos, mas em relação a resolução está ótima

para compreensão”.

21

Elogios aos feedbacks e como isso ajudou a encontrar o raciocínio correto e a resposta.

Exemplos: “Gostei dos feedbacks, ajudaram no entendimento da resposta.”, “Nessa questão os

feedbacks foram muito importantes, acertei a resposta através deles.”.

20

Declarações de motivação/desafio. Exemplos “GOSTEI PORQUE TEM CALCULO”,

“Matemática é simplesmente fora de série.”.

20

Reconhecimento de dificuldades associadas à Matemática. (Exemplos: “Entendi facilmente

o enunciado, mas tenho problema na matemática.”, “Estou tendo muita dificuldade na

matemática.”.

16

Declarações explícitas de “chute”. Exemplos: “Essa foi no chute”, “tentei fazer 16 elevado a 3

só, acertei no chute.”.

06

Elogios tanto ao feedback quanto à resolução. Exemplo: “Os feedbacks foram bastante uteis e

sim a resolução ajudou bastante.”

02

Resolução por eliminação das alternativas. Exemplo: “Fui por eliminação, mas sem fazer

contas”.

02

Tabela 3.1 – Categorias dos comentários.

Fonte: Dados da pesquisa

Todas as categorias encontradas nesta fase de validação serão estudadas na fase de

aplicação da técnica, assim como outras categorias, que poderão eventualmente emergir da

análise dos comentários dessa fase.

A observação dos comentários sobre dificuldades em geral nos possibilitou analisar os

componentes matemáticos envolvidos nas respectivas questões e elaborar um resumo desses

objetos, conforme descrito na Tabela 3.2. Nessa tabela estão representadas as questões que

foram declaradas como difíceis ou cujos comentários referiam-se à dificuldade em

Matemática ou cálculos. A primeira coluna mostra o código da questão, a segunda coluna

mostra os objetos matemáticos necessários para a resolução, a terceira coluna mostra quais

elementos sobre o PFC devem ser levados em consideração, a quarta coluna apresenta a

quantidade de comentários sobre dificuldade para a questão, a quinta coluna mostra o nível de

dificuldade atribuído para a questão (Fácil (F), Média (M) ou Difícil (D)) e as duas últimas

colunas mostram a quantidade total de erros e acertos na questão. Como os percursos dos

alunos foram distintos, o número de participantes é diferente em cada questão.

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76

Os objetos matemáticos e os elementos do PFC destacados em negrito são aqueles que

acreditamos ter causado mais dificuldade na resolução da questão. Essa suposição será

verificada por meio da entrevista prevista na fase de aplicação da técnica.

Ques-

tão

Objetos matemáticos PFC (sem o uso de fórmulas

da análise combinatória)

Comen-

tários

Nível Erros Acertos

3 Fatorial,

exponenciação,

multiplicação, divisão.

Com repetição e restrição.

Posição dos elementos importa.

3 D 3 9

7 Adição. Com repetição e restrição.

Posição dos elementos

importa.

6 F 10 15

9 Multiplicação. Sem repetição, posição dos

elementos importa. Resolver

por partes.

4 M 2 5

11 Exponenciação,

porcentagem,

multiplicação e divisão.

Com repetição e sem restrição. 7 D 5 7

19 Adição. Com repetição e restrição.

Posição dos elementos

importa. Resolver por partes.

5 D 2 14

22 Adição, multiplicação. Anagrama. Sem repetição.

Resolver por partes.

8 D 4 11

23 Subtração Com restrições, com

repetição. Subtrair as

repetições.

3 M 3 11

26 Multiplicação, divisão. Sem repetição, com restrições,

posição dos elementos não

importa.

6 D 4 11

27 Fatorial, multiplicação,

divisão, Equação do 2º

grau.

Com restrições e sem

repetição. Dedução do

algoritmo.

4 D 3 9

31 Multiplicação e divisão. Com repetição e posição dos

elementos importa.

5 D 6 5

33 Conjuntos, ímpares,

multiplicação.

Sem repetição, com restrições. 5 D 2 12

36 Multiplicação e

ordenação

Sem repetição e posição dos

elementos importa. Resolver

por partes.

6 D 6 8

40 Fatorial, multiplicação,

divisão, adição. Sem repetição. Com

restrições. Posição não dos

elementos importa. Resolver

por partes.

8 D 7 7

Tabela 3.2 – Componentes matemáticos associados às questões

Fonte: Elaborado pelo autor

A análise das dificuldades declaradas permite a um professor adaptar o andamento do

seu curso, enfatizando a explicação de conteúdos com maior ocorrência de dificuldades,

indicando leituras específicas ou propondo listas de exercícios e atividades, gerando assim um

acompanhamento mais próximo dos alunos. Conforme Perrenoud (1999), esse mecanismo

Page 77: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

77

caracteriza o processo de regulação do curso, trazendo benefícios para a aprendizagem dos

alunos.

Conforme apresentado no Capítulo 2, outras análises poderiam ser feitas, mas

deixamos para realizá-las na fase de aplicação da técnica, pois os objetivos principais desta

fase foram validar o sistema como instrumento para coleta de dados e da técnica de avaliação

formativa. Foram analisados os comentários deixados pelos participantes após cada rodada,

em busca de percepções sobre eventuais dificuldades encontradas em componentes

matemáticos e percepções sobre a técnica de avaliação. Avaliamos também a necessidade de

melhorias na comunicação de enunciados, feedbacks e resoluções.

3.4 Redesign

Após análise desses comentários e dos percursos dos participantes, sob a luz da

metodologia Design Experiments, foram efetuadas correções na identificação interna das

questões, corrigindo um problema de preenchimento no banco de dados de questões. Também

foram inseridos dois exemplos de anagramas, em uma questão que versa sobre esse tema e

que foi criticada por um participante, reproduzida a seguir: “Esta questão foi difícil, não sei

muito sobre anagrama, e ainda não sei como se formou os 120 anagramas e como é que se

chega neste cálculo de 120, mesmo com a resposta não faço ideia de como entender”.

Segundo Cobb et al. (2003), a metodologia Design Experiments prevê ajustes e

melhorias contínuas, à medida que a pesquisa vai sendo desenvolvida. Esta fase serviu para

detectar necessidades de importantes ajustes em relação ao sistema INFORMA.

3.5 Conclusões da fase de validação

A execução desta fase, de validação da técnica, mostrou que o instrumento de pesquisa

desenvolvido está adequado para a aplicação da pesquisa e para o atingimento dos objetivos

da mesma. Algumas melhorias foram identificadas e, assim como algumas correções, foram

implementadas no sistema.

Mesmo não sendo objetivo desta fase, a aplicação desta técnica de avaliação

formativa, para este grupo de participantes, teve um impacto significativo e pôde-se notar, por

meio dos comentários deixados por eles, a ocorrência de motivação, engajamento, satisfação,

autorregulação e, o mais gratificante para nós: aprendizagem em Matemática.

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78

CAPÍTULO 4

APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO

Este capítulo descreve a execução da fase de aplicação da técnica de avaliação

formativa desenvolvida para esta pesquisa e seus resultados. De acordo com o Quadro 2.1,

presente no Capítulo 2 (pág. 60), o qual remete à ideia original de Hadji (2001), adaptado por

Otsuka (2006) e por nós na presente pesquisa, a primeira tarefa do professor na avaliação

formativa é desencadear comportamentos a observar e interpretar. Essa tarefa foi

implementada em nossa pesquisa por meio das questões sobre o PFC, respondidas pelos

participantes no ambiente web INFORMA. Para termos o que observar e interpretar sobre

esses comportamentos, os participantes deixaram comentários após cada questão respondida e

todas as interações no ambiente foram registradas em banco de dados.

Descrevemos o perfil dos participantes desta fase, os dados coletados e como esses

dados foram agrupados para a análise. Submetemos os dados coletados à teoria apresentada

nos Capítulos 1 e 2, a fim de verificar se os mesmos permitem corroborar com as definições

teóricas. Registramos os ajustes e melhorias sugeridos pelos participantes, além de resultados

e considerações sobre essa fase de aplicação.

4.1 Perfil dos participantes

Foram convidados para esta fase cerca de quarenta alunos de uma turma de 1º e 2º

semestres de um Curso de Tads do turno matutino da Instituição de Ensino escolhida para a

aplicação da pesquisa. Convidamos também cerca de cinquenta alunos do curso de Tads e

também do curso de Tecnologia em Gestão de Tecnologia da Informação (TGTI), de primeiro

e segundo semestres, da mesma unidade e do turno da noite. Além disso, convidamos cerca de

sessenta alunos dos mesmos cursos e semestres, de outra unidade da mesma Instituição de

Ensino, obtendo assim maior adesão e mais participantes para a pesquisa. Dos vinte e três

participantes que aderiram à pesquisa, dezesseis são alunos das turmas matutinas convidadas

originalmente; os outros sete participantes são alunos da outra unidade da Instituição de

Ensino.

A Tabela 4.1 apresenta o perfil desses participantes por meio das informações: código

gerado no sistema INFORMA; idade; curso; semestre em que estava matriculado; se cursou o

Ensino Médio em escola pública ou particular; profissão; se atua na área de Tic; quantas

rodadas de questões foram respondidas; se era aluno do pesquisador e se abandonou o curso

superior durante o andamento desta pesquisa. Os agrupamentos denominados Engajados e

Page 79: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

79

Desistentes foram concebidos para distinguir os participantes que completaram quatro ou

cinco rodadas, dos participantes que fizeram apenas uma ou duas rodadas, respectivamente.

Detalharemos essas características adiante, nas seções 4.5.1 e 4.5.2.

Conforme podemos observar na Tabela 4.1, os participantes têm idade entre 17 e 41

anos, com idade média de 24 anos. O Ensino Médio foi realizado em escolas públicas por

dezoito alunos e cinco cursaram o Ensino Médio em escolas particulares. De forma

independente da idade dos participantes, em média, eles concluíram o Ensino Médio em 2010,

com casos de conclusão em 1993 e 1999 e também casos de conclusão recente, pois cinco

participantes concluíram o Ensino Médio em 2015. Em relação à ocupação profissional,

apenas dois participantes declararam trabalhar em áreas afins com o curso de Tads e dez deles

declararam não estar trabalhando no momento da aplicação da pesquisa. Entre as ocupações

declaradas que não estão alinhadas ao curso de Tads, estão funções como motorista, auxiliar

de armazém, assistente de crédito e chefe de patrimônio. Quanto às ocupações declaradas

como afins com a área de TI encontram-se as posições de instrutor de informática e gerente

comercial (em empresa de Tic).

Tabela 4.1 – Perfil dos participantes

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota do Autor: ND significa Não Declarado

Grupo Aluno Idade Curso Semestre

Término

do Ensino

Médio

Ensino

Médio

Público ou

Privado

Profissão, Cargo ou

Função

Atua

em TI

Rodadas

Respondidas

Aluno do

Pesquisador

Saiu do

Curso

Superior

39 37 TADS 1 ND Público Desempregado NÃO 5 SIM NÃO

42 24 TADS 1 2009 Público Assistente de Crédito NÃO 5 SIM NÃO

43 35 TADS 1 2015 Público Vendedora Externa NÃO 5 SIM NÃO

47 19 TADS 2 2014 Público AudioVisual NÃO 5 SIM NÃO

52 27 TADS 1 2010 Privado Téc Telecomunicações NÃO 5 SIM SIM

53 34 TADS 1 1999 Público Chefe de Patrimônio NÃO 5 SIM NÃO

57 29 TADS 2 2004 Público Logistica NÃO 5 SIM SIM

59 25 TADS 1 2014 Privado Aux. Armazém NÃO 5 SIM NÃO

63 41 TADS 1 1993 Público Gerente Comercial SIM 5 NÃO NÃO

66 25 TADS 1 2009 Público ND NÃO 5 SIM NÃO

50 17 TADS 2 2015 Público Estudante NÃO 4 SIM NÃO

60 22 TADS 1 2011 Público Operador Logistico NÃO 4 SIM NÃO

45 24 TGTI 1 2010 Público Motorista NÃO 2 NÃO NÃO

49 20 TADS 2 2012 Privado ND NÃO 2 SIM NÃO

62 23 TADS 2 2009 Público Estágiario NÃO 2 NÃO NÃO

64 21 TGTI 2 2013 Privado Estudante NÃO 2 NÃO ND

65 21 TADS 1 2013 Público Instrutor de TI SIM 2 SIM NÃO

41 20 TADS 1 2013 Público ND ND 1 SIM SIM

44 18 TADS 1 2015 Público ND ND 1 SIM NÃO

51 21 TADS 2 2012 Público Militar NÃO 1 NÃO SIM

56 20 TADS 1 ND Privado ND ND 1 SIM NÃO

68 18 TADS ND 2015 Público Não NÃO 1 ND ND

69 17 TGTI 2 2015 Público ND ND 1 NÃO NÃO

Enga

jad

os

Des

iste

nte

s

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80

4.2 Coleta de Dados

A coleta de dados foi realizada por meio do sistema web INFORMA, desenvolvido

para esta pesquisa e cujo funcionamento e características estão descritas no Capítulo 2. Esse

sistema permite que os alunos interajam com o computador, a fim de receber orientações para

resolução das questões e dar retorno ao professor sobre a sua participação na resolução das

questões apresentadas. Todos os registros de atividades no sistema ficam armazenados em

Banco de Dados e o acesso às informações é simples e flexível, permitindo muitas

associações e correlações entre os dados. Além das informações do perfil de cada participante

e as trilhas percorridas por cada aluno, ficam registradas todas as tentativas e suas respectivas

respostas, os tempos utilizados para responder cada questão e os comentários das rodadas.

A nossa escolha pelo desenvolvimento do instrumento e não pela utilização de algum

ambiente pronto deu-se pela flexibilidade de modelagem, construção e acesso a uma base de

dados específica para nossos objetivos. Essa base de dados, a qual segue o modelo relacional,

permite diversos cruzamentos de informações, e muitas análises podem ser embasadas nos

resultados, permitindo estender as análises além dos objetivos definidos inicialmente para esta

pesquisa.

Após a apresentação do ambiente de pesquisa web INFORMA, e de um breve

treinamento sobre as formas de utilização desse ambiente, os alunos foram convidados a

participar da pesquisa, utilizando conhecimentos prévios em Matemática, comuns ao PFC e

aos programas regulares dos ensinos Fundamental e Médio. Eles preencheram seus

respectivos cadastros pessoais no ambiente INFORMA e concordaram formalmente com o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e assim foram habilitados a responder

as cinco rodadas de três questões, planejadas para serem disponibilizadas a cada quatro dias,

em agosto de 2016.

Durante a liberação das rodadas de questões, percebemos que a adesão e a participação

dos alunos estavam abaixo das expectativas, então reforçamos o convite e a comunicação

sobre a importância da participação na pesquisa, tanto por e-mail quanto durante as aulas, por

diversas vezes. Como resultado dessa baixa adesão e participação dos alunos, o período em

que a pesquisa permaneceu disponível foi aumentado em relação ao previsto, sendo que ao

final do processo, o período de disponibilidade do sistema para a participação dos alunos foi

de 16/08/2016 até 20/09/2016.

Conforme descrito no Capítulo 2, a cada questão respondida no sistema INFORMA,

os participantes foram convidados a deixarem comentários acerca dessa questão. Os

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81

comentários fornecidos pelos vinte e três alunos nessa fase são abordados adiante neste

capítulo, e estão integralmente reproduzidos no Apêndice E – Relatório Roteiro Completo, o

qual apresenta o roteiro de participação dos alunos no sistema, contém o código dos

comentários, data e hora em que o participante abriu a questão, o comentário que o

participante deixou registrado, a quantidade de tentativas utilizadas, o código do aluno, o

código da questão, o status final da questão para esse aluno e o tempo utilizado para marcar

cada uma das respostas. O relatório está ordenado pelo código do aluno e depois pela data e

hora de participação.

As trilhas de aprendizagem de cada aluno participante estão detalhadas no Apêndice F

– Trilhas dos Alunos, as quais estão individualizadas por aluno, apresentam as questões pelas

quais o aluno passou durante sua participação, o respectivo nível de dificuldade de cada

questão, o número de tentativas usadas, o resultado final alcançado em cada questão, o tempo

utilizado entre a abertura da questão e a primeira resposta, o tempo utilizado entre a primeira e

a segunda respostas e o tempo utilizado entre a segunda e a terceira resposta. Adiante

abordamos também essas trilhas, fatores em comum e fatos relevantes.

Além dos comentários associados a cada questão, os alunos participantes também

deixaram seus respectivos comentários, ao final de cada rodada. Esses comentários

encontram-se no Apêndice G – Relatório de Comentários das Rodadas, o qual apresenta o

código do aluno e cada um dos comentários escritos, para cada rodada concluída.

Também conforme previsto, foi realizada uma entrevista com os participantes, cujo

resumo encontra-se no Apêndice H – Entrevista com Participantes e cujos dados serão

discutidos adiante.

O professor das outras turmas também foi entrevistado com o objetivo de informar

percepções acerca do perfil dos alunos e do desempenho acadêmico dos mesmos. Além disso

como a maioria dos participantes da pesquisa eram alunos que o autor conduzia em uma

disciplina, boa parte das informações sobre desempenho e perfil acadêmico foram resultado

de observações pessoais do autor.

Essas entrevistas visam atender ao objetivo de avaliar as percepções declaradas pelos

professores da disciplina de Lógica e Matemática Computacional envolvidos na pesquisa, a

respeito dessa forma de avaliação como fator de envolvimento e interesse dos alunos e

verificado por meio de eventuais mudanças de postura de seus alunos em sala de aula.

Como o instrumento de pesquisa foi implementado na forma de um sistema

informatizado, com um banco de dados relacional, inúmeras informações podem ser obtidas

com grande facilidade, mesclando dados diferentes, associando-os e reagrupando-os, obtendo

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82

assim uma riqueza de detalhes, cuja análise permite extrapolar os objetivos desta pesquisa e

constituem amplo material para trabalhos futuros.

4.3. Organizando os dados

Iniciamos a observação e classificação dos comentários deixados pelos participantes

no instrumento de pesquisa, após responderem cada questão. Coletamos inicialmente 222

comentários, mas alguns foram retirados da análise por não terem nenhum significado, como

“vazio”, “eg” ou “.”. Assim, obtivemos em 209 comentários válidos, os quais foram lidos

individualmente, com o objetivo de identificar as percepções dos participantes acerca desse

método de avaliação. Alguns comentários tiveram que ser interpretados, mediante a

observação de outras características da interação do aluno com a questão, como tempo usado

para responder, quantidade de tentativas e erro ou acerto. Como exemplo de comentário

interpretado, citamos “cairei por causa da dica da raiz positiva”, o qual foi interpretado como

“acertei por causa da dica da raiz positiva”. Dessa forma, a interpretação dos comentários foi

mais precisa e permitiu melhor definição das categorias.

Apoiados no Quadro 2.1, apresentado no Capítulo 2 (pág. 60), o qual norteia nossa

pesquisa quanto aos objetivos pretendidos, atribuímos cores distintas para cada um dos

comentários, associando os mesmos às categorias obtidas na análise realizada na fase de

validação da técnica e do sistema. Tentamos agrupar os comentários de acordo com as dez

categorias geradas naquela fase, porém percebemos que os comentários desta fase tinham

características distintas da amostra obtida na fase de validação. Uma dessas características é

que os participantes se mostraram mais envolvidos durante a realização das atividades. A

partir dessa observação, identificamos aspectos positivos9, negativos

10 e neutros, associados

aos comentários deixados pelos participantes desta amostra, e percebemos que as dez

categorias empregadas na fase anterior estavam presentes, tanto nos comentários positivos

quanto nos negativos.

Assim, com base na metodologia Design Experiments, fizemos um redesign do

instrumento de classificação e criamos sub níveis, iniciando pelos aspectos: positivos,

negativos e neutros dos comentários. Em seguida, apresentamos as categorias presentes em

ambos os aspectos, bem como aquelas que se apresentaram somente em um ou no outro

aspecto. O resultado desse redesign pode ser considerado uma evolução sobre a versão

9 Entendemos como aspectos positivos os comentários que expressam empatia, afinidade ou conforto com o

processo envolvido. 10

Entendemos como aspectos negativos os comentários que expressam antipatia, discordância ou desconforto

com o processo envolvido.

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83

anterior, aplicada na fase de validação da técnica. Cada categoria foi representada por uma

cor, facilitando a identificação das mesmas, conforme apresentado na Tabela 4.2 e no

Apêndice E. A Tabela 4.2 apresenta os aspectos positivos, negativos e neutros, categorias e

suas respectivas cores, descrição da categoria e quantidade de comentários em cada item.

Asp

ecto

s P

osi

tiv

os Cor Categoria Descrição. Quantidade

Verde Matemática Facilidade com conceitos e aplicação da

Matemática na resolução dos problemas.

44

Azul Claro Motivação Motivação e engajamento. Sentimento de desafio

e interesse pelo tema.

28

Vermelho Feedbacks Elogios aos enunciados, feedbacks ou resoluções

das questões, fornecidos pelo sistema.

42

Asp

ecto

s

Neg

ativ

os Marrom Matemática Dificuldades com a aplicação da Matemática. 52

Azul Escuro Feedbacks Críticas aos feedbacks ou à resolução das

questões, fornecidos pelo sistema.

5

Amarelo Questões Críticas aos enunciados das questões. 14

Asp

ecto

s

Neu

tro

s

Cinza Chute Declaração de resolução por tentativa e erro ou

por chute.

14

Sem cor Inconclusivos Comentários inconclusivos/outros 10

Tabela 4.2 – Aspectos, categorias e cores

Fonte: Elaborado pelo autor

4.3.1 Aspectos Positivos dos Comentários

Quanto ao aspecto positivo da aplicação da Matemática na resolução das questões,

representado pela cor verde, quarenta e quatro comentários denotaram facilidade e capacidade

de resolver as questões. Este aspecto está relacionado ao domínio de conceitos e conteúdos

abordados durante o ensino fundamental e médio e demonstra que os participantes têm

condições de aplicar os conceitos matemáticos necessários. Alguns exemplos desses

comentários são “cálculos fáceis de serem feitos” e “questão de fácil resolução lógica”.

Acreditamos que o aluno fica satisfeito consigo mesmo quando obtém êxito ao

responder as questões e segue participando da pesquisa, criando empatia com a mesma. Essa

categoria não trata especificamente da motivação, a qual é, de acordo com Otsuka (2006),

uma das tarefas do professor na avaliação formativa, porém cremos que o aluno, ao deparar-se

com questões possíveis de se responder e ter feedbacks do sistema sobre dicas e acertos, fica

motivado e engaja-se no processo, um dos comportamentos a desencadear, definido por Hadji

(2001).

Já para o aspecto positivo da motivação, representado pela cor azul claro,

encontramos 28 comentários, representados por exemplo como “Valeu muito observar que

todas as perguntas são bem concretas e aqui no meu estudo me ajuda a pensar mais um pouco,

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84

forçando o meu cérebro entender o devido problema a ser entendido” e “Tive dificuldades

nessa questão, mas ajudou com aprendizado. Muito boas as questões até agora para

relembramos coisas do passado e para aprendermos a pensar mais”.

Para Masetto (2000), o processo de avaliação deve ser motivador da aprendizagem. De

acordo com o Quadro 2.1, apresentado no Capítulo 2 (pág. 60), parte do conjunto que forma o

objeto buscado na pesquisa é formado pela motivação, a qual se apresenta nos comentários

dos participantes em vinte e oito ocorrências, agrupadas no Quadro 4.1.

Quadro 4.1 – Comentários sobre aspectos positivos de motivação

Fonte: Elaborado pelo autor

Comentário

Foi difícil a questão, não pensei da forma para chegar nesse resultados, calcule primeiro os apertos dos

homens e depois os apertos das mulheres

Questão difícil , estou a cada questão estou aprendendo mas sobre novos conceitos matemá¡ticos , com

possibilidades e fatorial

fazia tempo que não respondia questões dessa forma, gostei muito pois tive 1 erro o que me fez pensar

um pouco mais e voltar a lembrar como fazer os cálculos

tive dificuldades nessa questão, mas ajudou com aprendizado. Muito boa as questões até agora para

relembramos coisas do passado e para aprendermos a pensar mais

muito boa essa questão ajudou bastante agora vou pensar mais em quantas palavras podemos formar

com apenas uma só

uma questão de raciocínio e de pensar e prestar muita atenção ao enunciado, não tive problemas em

encontrar, e sim a resolução foi exatamente a mesma conta

eu usei a seguinte lógica porém pensei até demais para entender como fazer ela, 1) vamos escolher

esse algarismo das seguintes unidades (1,3,5,7 ou 9) numero escolhido(5) //// 2) depois escolher as

centenas (1 a 9 menos o algarismo já escolhido para as unidades) numero oito foi escolhido ///// 3) pelo

fim iremos escolher a dezenas (0 a 9 menos os 2 algarismos já escolhidos) escolhemos o numero oit

Valeu muito observar que todas as perguntas são bem concretas e aqui no meu estudo me ajuda a

pensar mais um pouco, forçando o meu cérebro entender o devido problema a ser entendido

Necessitando apenas de concentração, esta questão foi de fácil resolução, porém, a única dificuldade

foi a porcentagem, a qual me confundiu um pouco e fez-me tardar a responder.

10

10

preciso estudar mais

eu pensei q fossem casais fixos, mais misturando os casais da 16

Parando um pouco para pensar, na soma cheguei ao resultado

São questões de cálculo lógicos mais temos que pensar bem antes de responder

apos ter respondido errado a questão tentei resolver a questão e quão que tentei no caso da resposta D

apos ter prestado atenção sobre o tempo e porcentagem entrei em um calculo onde 3 h e 12 min era =

75% pois era o 3 tempo maior

Não me lembro muito mais das regras, esta pesquisa esta sendo aproveitada para me auto avaliar

Tentei usar combinatória, e o pricipio multiplicativo de arranjo, mas não cheguei ao resultado correto.

utilizei método de arranjo.

usei o fatorial para fazer o anagrama da palavra sorte.

utilizei metodo fatorial

Tive que pensar mais, usei equacao

logica

numeros primos

interessante as perguntas

interessante

legal

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85

Alguns comentários, como “...a cada questão estou aprendendo mais sobre novos

conceitos matemáticos”, “...gostei muito, pois tive um erro que me fez pensar mais...” e

“...esta pesquisa está sendo aproveitada me auto avaliar” e a quantidade de ocorrências nos

permitiram inferir que essa técnica mantém os alunos satisfeitos e motivados.

Finalizando a análise sobre os aspectos positivos dos comentários, apresentamos a

categoria de feedbacks, resolução ou enunciado das questões, representada pela cor vermelha

no Quadro 4.2.

Quadro 4.2 – Aspectos positivos sobre a comunicação do sistema com o participante

Continua...

Comentário

O feedback me ajudou entender esta questão. Tive dificuldades!

A resolução me ajudou a entender melhor a questão

Mais uma vez a atenção ao enunciado foi importante para resolução.

UTILIZEI DE OUTRA FORMA PARA CHEGAR AO RESULTADO

As dicas ajudaram

A dica ajudou muito, tive uma pequena dificuldade de achar as ultimas sequências

A resolução esta me ajudando a entender mas sobre os cálculos de possibilidade

Nenhuma dificuldade encontrada, os feedbacks ajudaram muito.

Ajudaram

essas questões sempre me fazem errar na primeira tentativa, fiquei com um pouco de dificuldade para entender mas com a

resolução explicativa ficou mais fácil de entender

questão com bom raciocínio lógico e contas, encontre dificuldades para fazer pois não sabia como fazer e o feedback

ajudou a entender como resolver

Cairei (acertei) por causa da dica da raiz negativa.

A questão em si foi fácil, tentei pensar de forma lógica e não consegui lembrar de algum conceito matemático que poderia

ajudar-me. Já que os números que faltavam eram poucos, fiz a conta a mão numa folha de caderno e assim cheguei na

resposta certa, que é 10, porém, por não ter certeza se esta era realmente a resposta correta, optei, primeiramente, pela

resposta com o número 5, ao ver que errei,

Inicialmente tive dificuldade na organização dos elementos para descobrir a quantidade exata de sequências, após esta ser

superada e depois de dois erros, acertei ainda duvidando da resposta, ao ver a resolução, compreendi a sintaxe matemática

da expressão e como o resultado chegava a 8, porém demorei um pouco a entender o porquê deveria dar 8 ( Esta parte -

(2+1+1) ), mas após desenhar organizadam

O exercício foi fácil de entender, não houve dificuldade na compreensão dos conceitos nele apresentados e as dicas

ajudaram na escolha do conceito matemático certo para a resolução do exercício.

A resolução ajudou na compreensão maior sobre o assunto.

Com a resolução do problema, percebi que errei por falta de atenção na primeira tentativa.

A resolução me ajudou pois eu havia escolhido a alternativa negativa, e pela regra devemos colocar raiz positiva.

sim ajudou

Na primeira tentativa onde pediu que se pensasse um pouco antes de responder, na questão em sim não tem um certo

compreendimento a 1a vista, só depois que vem a explicação que o problema se resolve com maior facilidade

A principio me confundiu um pouco, mas lendo com mais atenção pude entender o enunciado

Tive um pouco de dificuldade fiz várias caminhos até chegar no resultado, depois que vi a resolução aprendi outro método

Uma questão de prestar atenção

Raciocínio, um pouco difícil mais, com o auxilio do feeback facilita

Agora com a resolução conseguir entender a soma da questão

A ajuda do feedback tem sido essencial

As somas são um tanto difíceis, eu não estou conseguindo fazer a soma para chegar em um resultado, no entanto cheguei a

resposta correta, na terceira tentativa com a ajuda do feedback

Bom, novamente só conseguir chegar ao resultado correto com a ajuda do feedback, por que não estou conseguindo fazer

as somas, não estou entendendo como montar a conta para chegar ao resultado

Questão difícil também, o que me ajudando nessas questões é o auxilio do feedback

Page 86: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

86

...Conclusão

Fonte: Elaborado pelo autor

Esses comentários são exemplificados por “questão com bom raciocínio lógico e

contas, encontrei dificuldades para fazer pois não sabia como fazer e o feedback ajudou a

entender como resolver”, “A resolução está me ajudando a entender mais sobre os cálculos de

possibilidades” e “a ajuda do feedback tem sido essencial”.

Perrenoud (1999) considera que a avaliação formativa é também informativa, na

medida em que informa todos os envolvidos quanto ao andamento dos processos de ensino e

de aprendizagem e por isso procuramos viabilizar e garantir esse fluxo de informações por

meio do sistema. De acordo com o Quadro 2.1, presente no Capítulo 2 (pág. 60), um dos

objetos visados era o reconhecimento do valor dos feedbacks e resoluções, durante o processo

avaliativo. Observando os comentários dessa categoria, consideramos que conseguimos

encontrar claramente esse objeto.

Considerando que esses comentários foram encontrados quarenta e duas vezes, eles

também nos sugerem que a técnica de avaliação apresentada, contínua e com feedbacks de

orientação, produz melhor compreensão, quando comparada à avaliação cumulativa e pontual,

o que vai ao encontro das ideias de Perrenoud (1999) e Hadji (2001) em relação ao valor da

avaliação formativa, e também está alinhada às nossas expectativas, quanto à sensação de

melhor desempenho percebida por alguns dos participantes. Os comentários também sugerem

que os alunos são capazes de reconhecer que a ajuda e a tempestividade das orientações são

fatores de satisfação.

4.3.2 Aspectos Negativos dos Comentários

Sobre o aspecto negativo representado pela cor amarela, as questões escolhidas foram

alvo de críticas em catorze comentários, apresentados no Quadro 4.3.

Comentário

não havia entendio como poderia chegar ao resultado

exatamente como fiz o calculo foi até bom verificar o resto da conta

pouco difícil pois depois entendi que tenho q subtrair para chegar ao resultado

feedbacks ajudaram muito

a resolução deixou mais clara a forma como é feita

a resolução ajudou a entender como é feito o calculo

explicação excelente

O feedbaks ajudou

os feedbacks ajudaram

os feedbacks ajudaram

O enunciado ajudou a entendimento da questão

Os feedbacks ajudaram

A resolução e os feedbacks ajudaram

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87

Quadro 4.3 – Comentários sobre críticas aos enunciados

Fonte: Elaborado pelo autor

Nota do autor: C significa questão respondida Corretamente e E significa questão respondida com Erro

Para este subgrupo não temos certeza se a crítica é para um enunciado confuso ou mal

elaborado ou se é uma autocrítica pelo não entendimento do mesmo ou pela incapacidade do

participante em elaborar uma forma de resolução. Como exemplos desses comentários temos

“Não consegui entender o enunciado”, “Não entendi a pergunta” e “O enunciado foi difícil de

compreender”.

Relacionamos essa dificuldade a uma das características da Geração Z, no que tange a

terem pouca experiência de leitura, por consumir muito material multimídia e de rápido

acesso, como posts, mensagens curtas em aplicativos de redes sociais e manchetes de matérias

online (SIQUEIRA; ALBUQUERQUE; MAGALHÃES, 2012). Essa prática reduz o

conhecimento do vocabulário e da lógica da linguagem escrita, levando a dificuldades na

interpretação de textos escritos. Olhando mais atentamente para as características desses

comentários e da situação na qual eles ocorreram, percebemos que os mesmos foram feitos

em nove questões, sendo sete do nível difícil, uma do nível médio e uma do nível fácil,

conforme a Tabela 4.3.

Nível: Difícil Médio Fácil

Questões Criticadas: 7 1 1

Tabela 4.3 – Questões criticadas por nível de dificuldade

Fonte: Elaborado pelo autor

Por exemplo, a questão 22, de nível difícil, versa sobre o assunto anagramas e foi uma

das questões que teve três comentários desse tipo. Ela foi resolvida por catorze participantes,

tendo cinco erros e nove acertos, conforme mostra a Tabela 4.4. Como o número de acertos

Comentário Tentativas Aluno Questão Status Nível

Não consegui entender o enunciado. 3 42 22 E Difícil

Foi dificil entender a questão 2 43 19 C Difícil

CONFUSO 2 47 23 C Médio

Confusa 3 47 22 C Difícil

Eu não entendi a pergunta. 3 47 3 E Difícil

eu não também não entendi a pergunta 3 47 31 E Difícil

não entendi a pergunta 3 52 7 E Fácil

não entendi muito a questão 2 52 36 C Difícil

não entendi muito a questão 3 52 3 E Difícil

não entendi muito bem 3 62 27 E Difícil

Eu não entendi essa questão 3 66 22 E Difícil

Eu demorei a entender o enunciado 3 66 19 C Difícil

O enunciado foi difícil de compreender 3 66 33 C Difícil

Não entendi esse enunciado 3 66 3 E Difícil

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foi quase o dobro do número de erros, acreditamos que essas três reclamações se referem à

dificuldade de interpretação do enunciado, e não a um enunciado mal elaborado. Estes

catorze participantes utilizaram vinte e nove tentativas, o que nos sugere que o feedback os

ajudou a chegar na resposta correta.

Questão 22

Nível Erros Acertos Críticas aos enunciados

Difícil 5 9 3

Tabela 4.4 – Resultados da questão 22

Fonte: Elaborado pelo autor

A questão número 3, também do nível difícil, foi alvo de três comentários desse tipo e

tem entre suas alternativas o conceito do número fatorial. Ela foi respondida por nove

participantes e teve seis erros e apenas três acertos, conforme apresentado na Tabela 4.5. Dos

três certos, apenas um participante utilizou um tempo razoável na resolução da questão, pois

os outros dois participantes responderam-na em poucos segundos, mesmo usando duas ou três

tentativas, nos dando a impressão de que “chutaram” a resposta. Supomos estar diante de uma

questão de nível de complexidade maior em relação às demais questões, para esse grupo de

participantes.

Questão 3

Nível Erros Acertos Críticas

Difícil 6 3 3

Tabela 4.5 – Resultados da questão 3

Fonte: Elaborado pelo autor

A questão 19, que recebeu duas críticas quanto ao enunciado, teve dois erros e doze

acertos, sendo que os dois participantes que reclamaram, acertaram a questão. As demais

reclamações se referiram à apenas uma questão cada uma e nenhum fato relevante pôde ser

detectado.

Tomando-se a visão dos participantes, foram apenas seis reclamantes, sendo que dois

deles reclamaram em quatro questões, outro reclamou em três questões e os demais em apenas

uma questão cada, conforme apresentado na Tabela 4.6.

Respondentes que criticaram: 1 1 1 1 1 1

Questões criticadas: 4 4 3 1 1 1

Tabela 4.6 – Críticas por participantes e questões

Fonte: Elaborado pelo autor

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89

Essa análise dá mais força à possibilidade de as reclamações serem reflexo de

limitações de entendimento de alguns participantes ou de estarem relacionadas ao conteúdo

matemático, e não um problema com a clareza do enunciado. Associando esses comentários

ao Quadro 2.1, presente no Capítulo 2 (pág. 60), encontramos mais uma das tarefas

planejadas, que é ajustar a ação, baseada no feedback, o que Hadji (2001) define como

levantar informações úteis à regulação dos processos de ensino e de aprendizagem.

Outro aspecto negativo importante, representado pela cor marrom em cinquenta e dois

comentários, apresentados no Quadro 4.4, aborda as dificuldades declaradas com conceitos e

aplicação da Matemática, cujos exemplos são “estou enferrujado” e “nessa eu encontrei

dificuldades pela extensão da resolução do problema”.

Quadro 4.4 – Dificuldades declaradas

Continua...

Comentário

Não tive a mínima ideia de como conseguir

Foi dificil

Não deu

Sim foi complicado

Um pouco difícil.

EU ACHO UM POUCO DIFÍCIL ASSOCIAR LETRAS COM NÚMEROS

NÃO CONSEGUI IMAGINAR UMA FORMA FÁCIL DE CÁLCULO

NÃO CHEGUEI A ESSE MESMO RACIOCINIO

Tive mas dificuldades de responder essa pergunta, primeiramente entender quantos times joga

Questão dificil, tive difuldades pois estava calculando com a posição da equipe de enfermeiros

Questão dificil, teve que entender primeiro os anagramas

Foi dificil para entender e fazer os calculos

Difícil ,até identificar a quantidade de possibilidades

Foi difícil esta questão também !Fazer os cálculos para encontrar as combinações

Essa questão eu não compreendi corretamento os conceitos matemáticos

Tive dificuldade nos conceitos, não consegui entender muito bem.foi uma pergunta inteligente e meio confusa, porque tinha dois algarismos e pensei que ele pode somar quantas vezes ele

quiser até no 9, mas pensei e vi que era 10.

Foi dificil k

Eu não sei,não entendi nem a pergunta!

sim um pouco difícil

dificil

fácil questão mas não lembrava da formula

sim, houve dificuldade assim como na 1 questão respondida. Parece que falta mais na questão para ajudar na compreensão

da mesma

Novamente falta na questão a quantidade para que possa ser feita o calculo, foi preciso fazer uma breve consulta na

internet para saber quantos times participam de um campeonato de futsal.

Sim, nessa eu encontrei dificuldades pela extensão da resolução do problema

Tenho dificuldade em entender certos exercícios de matemática, talvez pelo o período que fiquei sem estudar.

Sim, na hora de colocar a questão em forma crescente, confundiu um pouco

Não levei em consideração o 16 elevado a 5. Entendi apenas o 16 elevado a 3 que seria dividido por 60 segundos

Mesmo lendo e relendo, não entendo o enunciado, falta prática para mim e preciso relembrar.

Tive dificuldade de Interpretação na pergunta, não entendi muito bem.

um pouco porque faz tempo que não pratico matematica

um pouco porque faz tempo que não pratico matematica

estou enferrujado

essa foi dificil

essa foi dificil tb

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90

...Conclusão

Fonte Elaborado pelo autor

Uma curiosidade encontrada aqui é o comentário negativo “Novamente falta na

questão as informações para que possa ser feito o cálculo”. Ora, o que se pede na questão é

justamente o resultado; se o mesmo fosse fornecido antecipadamente, não faria sentido haver

a questão.

Analisando as questões referentes a esses comentários e as tentativas utilizadas,

percebemos que os participantes utilizaram as três tentativas em 33 oportunidades, duas

tentativas em 10 oportunidades e uma tentativa em apenas 9 oportunidades, conforme mostra

a Tabela 4.7, o que nos sugere que a motivação esteve presente na resolução dessas questões e

também que a vontade de obter êxito e conhecimento foi maior do que as dificuldades

enfrentadas, pois eles poderiam ter simplesmente desistido, diante das dificuldades.

Oportunidades: 33 10 9

Tentativas: 3 2 1

Tabela 4.7 – Tentativas utilizadas nas questões referentes aos comentários

Fonte: Elaborado pelo autor

Entendemos assim que as dificuldades não impediram os participantes de usar todas as

tentativas para acertar. Assim, a crítica parece ser mais uma autocrítica do que uma crítica à

técnica de avaliação e seus componentes. Se os participantes enfrentaram as dificuldades,

permaneceram respondendo as questões e usaram todas as tentativas, podemos interpretar isso

como a ocorrência de um dos objetivos específicos buscados nesta pesquisa, que é promover

maior envolvimento do aluno com o processo de aprendizagem.

Comentário

foi mais ou menos pq nao sou bom em matematica

essa foi dificil

Essa achei mais complicada pela soma

Achei difícil pelo calculo

Questão de raciocinil, grau de dificuldade um pouco alta

Não consegui entender essa questão, pela soma que apresenta aqui na resolução, a conta feita aqui é de x

Essa estava difícil, não consegui chegar ao resulto correto, por não saber como montar a conta para chegar a resposta

sim tive dificuldade pois não consegui achar o valo correto , mesmo apos as dicas foi dificil

Um pouco mais complicado

fiquei com duvidas

nao consegui

nao consegui

dificil por nao saber a formula

dificil

Não sei a minha dificuldade

Não entendi a questão

Bem dificil

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91

No entanto, essa quantidade de declarações nos preocupam, pois foram feitas por

alunos que deveriam ter conhecimento dos conceitos de Matemática envolvidos nas questões

sobre o PFC, que exigem apenas as operações aritméticas básicas (adição, subtração,

multiplicação e divisão) e o número fatorial, em alguns poucos casos, ou seja, componentes

curriculares estudados no Ensino Médio e no Ensino Fundamental.

Encerrando os aspectos negativos, a categoria de críticas aos feedbacks foi citada por

apenas cinco comentários, como “Mesmo com a explicação da resolução ainda não entendi

como resolver esta questão” e “A resolução ajudou, mas os feedbacks não. E se a resolução

tivesse sido mais detalhada e com exemplos teria ficado mais fácil de entender”.

A pouca quantidade de comentários negativos sobre os feedbacks nos sugere que a

técnica de avaliação formativa projetada foi executada a contento, com muito mais elogios à

forma de comunicação do sistema com o aluno, do que críticas às formas de comunicação

escolhidas. De qualquer forma, avaliamos cada uma das críticas, a fim de melhorar a

comunicação entre professores e alunos, seguindo a orientação de Otsuka (2006) sobre a

comunicação na avaliação formativa: “verificar se a mensagem é suficientemente explícita”.

Conforme Cobb et al. (2003), a revisão e a melhoria contínua dos processos de comunicação

do instrumento de pesquisa fazem parte da metodologia Design Experiments.

4.3.3 Aspectos Neutros dos Comentários

Sobre os comentários dos aspectos neutros, apenas catorze referem-se a assinalar uma

alternativa sem ter passado pela resolução da questão, ou seja, declararam ter “chutado” ou

terem escolhido por eliminação. Como esse subgrupo possui poucas ocorrências, não gerou

preocupação de nossa parte, e acreditamos que a quantidade de tentativas do nosso sistema

está adequada aos objetivos de ampliar o aprendizado do aluno por meio dos feedbacks.

No entanto, apesar do baixo número de declarações sobre utilização de chutes e “por

eliminação”, ao analisarmos os tempos utilizados para responder as questões, notamos que

vários participantes, ao errarem a primeira tentativa, responderam as tentativas seguintes em

intervalos de poucos segundos, mostrando assim que estavam chutando e não estavam

interessados em refletir sobre o feedback nem refazer seus algoritmos e contas. Para verificar

essa característica fizemos uma análise dos tempos individuais, apresentados no Apêndice E –

Relatório Roteiro Completo, e decidimos retirar da amostra vários intervalos de tempo que

não correspondem à nossa expectativa: para a primeira tentativa, retiramos os tempos de

1h08m41s, 1h21m31s e 1h22m19s; para a segunda tentativa, retiramos o tempo de 8h21m e;

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92

para a terceira tentativa, foram retirados os tempos de 32m29s, resultando nas médias

apresentadas na Tabela 4.8.

Tentativa: 1ª 2ª 3ª

Média de Tempos: 2m38s 38s 27s

Tabela 4.8 – Média de tempo por tentativa

Fonte: Elaborado pelo autor

Esse dado mostra que essa técnica possui um valor adicional, ao conseguir identificar

o comportamento dos participantes, reduzindo o efeito de omissões ou mentiras por parte dos

alunos. Utilizamos a média dos intervalos de tempo para mostrar essa possibilidade de

análise, contudo é importante destacar que o sistema permite análise dos intervalos de tempo

utilizados por cada aluno, gerando um acompanhamento individualizado como ferramenta de

avaliação formativa. Essa característica atende ao primeiro objetivo desta pesquisa, referente a

verificar a viabilidade de um sistema informatizado para implementar uma técnica de

avaliação formativa, pois comparada à avaliação tradicional, permite identificar o tempo

investido pelo aluno durante a resolução das questões. A técnica utilizada também permite

mudar o panorama citado por Otsuka (2006), em que dificilmente o professor dispõe de

informações relevantes e confiáveis em tempo hábil para a interpretação e intervenção.

4.4 Conteúdo Matemático

A Tabela 4.9 mostra as questões mais respondidas pelos participantes na fase de

aplicação da técnica, com os assuntos envolvidos em cada questão. Para elaborar esta tabela,

verificamos a quantidade de respondentes para cada questão e filtramos apenas as questões

respondidas por diversos participantes. É importante lembrar que foram preparadas 42

questões no sistema, mas como as trilhas individuais percorridas pelos participantes foram

diferentes, algumas questões não foram respondidas por nenhum aluno, enquanto outras

questões foram respondidas por, no máximo, três alunos. Decidimos então não apresentar

estas questões na tabela, a qual resultou em dezesseis questões e 194 respostas. Considerando

que coletamos 220 comentários válidos nesta fase, esta decisão inclui a maioria das questões

respondidas pelos participantes, tendo cada uma, no mínimo, oito respostas.

A observação dos resultados e comportamentos em geral nos possibilitou analisar os

componentes matemáticos envolvidos nas respectivas questões e elaborar um resumo desses

objetos. A primeira coluna mostra o código da questão, a segunda coluna mostra os objetos

matemáticos necessários para a resolução, a terceira coluna mostra quais elementos sobre o

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93

PFC devem ser levados em consideração, a quarta coluna apresenta a quantidade de vezes que

a questão foi respondida, a quinta coluna mostra o nível de dificuldade atribuído para a

questão (Fácil (F), Média (M) ou Difícil (D)) e, as duas últimas colunas mostram a quantidade

total de erros e acertos na questão. Como os percursos dos alunos foram distintos, o número

de participantes é diferente em cada questão.

Ques-

tão

Objetos matemáticos PFC (sem o uso de fórmulas

da análise combinatória)

Comen-

tários

Nível Erros Acertos

3 Fatorial, exponenciação,

multiplicação, divisão.

Com repetição e restrição.

Posição dos elementos importa.

9 D 6 3

6 Números primos,

ímpares/pares,

multiplicação e divisão

Com restrições e posição dos

elementos não importa.

8 D 2 6

7 Adição. Com repetição e restrição.

Posição dos elementos importa.

23 F 2 21

8 Adição, multiplicação e

divisão. Resolver em

etapas.

Sem repetição dos elementos e

posição dos elementos não

importa

8 D 0 8

9 Multiplicação. Sem repetição, posição dos

elementos importa. Resolver

por partes.

9 M 3 6

11 Exponenciação,

porcentagem,

multiplicação e divisão.

Com repetição e sem restrição. 9 D 1 10

19 Adição. Com repetição e restrição.

Posição dos elementos importa.

Resolver por partes.

14 D 2 12

22 Adição, multiplicação. Anagrama. Sem repetição.

Resolver por partes.

14 D 5 9

23 Subtração Com restrições, com repetição.

Subtrair as repetições.

21 M 7 14

26 Multiplicação, divisão. Sem repetição, com restrições,

posição dos elementos não

importa.

14 D 1 13

27 Fatorial, multiplicação,

divisão, Equação do 2º

grau.

Com restrições e sem repetição.

Dedução do algoritmo.

14 D 3 11

31 Multiplicação e divisão. Com repetição e posição dos

elementos importa.

10 D 4 6

33 Conjuntos, ímpares,

multiplicação.

Sem repetição, com restrições. 12 D 5 7

36 Multiplicação e

ordenação

Sem repetição e posição dos

elementos importa. Resolver

por partes.

9 D 2 7

37 Multiplicação, divisão e

resolver por partes

Sem repetição e posição dos

elementos importa.

8 D 3 5

40 Fatorial, multiplicação,

divisão, adição.

Sem repetição. Com restrições.

Posição não dos elementos

importa. Resolver por partes.

12 D 3 9

Tabela 4.9 – Componentes matemáticos associados às questões mais respondidas

Fonte: Elaborado pelo autor

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94

Essas dezesseis questões foram respondidas corretamente por 145 vezes e foram

respondidas incorretamente apenas 49 vezes. Treze delas são do nível mais difícil, duas do

nível médio e uma do nível fácil.

4.5 Agrupamentos dos participantes

Ao analisarmos o comportamento de participação dos alunos, identificamos dois

grupos distintos, sendo o primeiro grupo composto por onze participantes, que desistiram ou

abandonaram a pesquisa após uma ou duas rodadas, respondendo apenas três ou seis questões,

respectivamente. O segundo grupo é composto por doze participantes, que responderam

quatro ou cinco rodadas, ou seja, doze ou quinze questões, respectivamente. Para facilitar o

entendimento, a partir da agora chamaremos esses grupos de Desistentes e de Engajados,

respectivamente.

Antes de iniciar a descrição dos grupos, pensamos em fazer uma análise comparativa

de cada grupo em relação à quantidade dos comentários associados à cada característica,

porém o número de comentários era muito maior no grupo dos Engajados, pois eles

responderam doze ou quinze questões, enquanto o grupo dos Desistentes respondeu apenas

três ou seis questões. Mesmo utilizando os ajustes adequados, os resultados foram

inconclusivos, tendo sido abandonada esta forma de análise.

4.5.1 Grupo dos Desistentes

O grupo dos Desistentes possui idade média de vinte anos. Dos onze participantes

desse grupo, oito cursaram o Ensino Médio em escolas públicas e, em média, concluíram essa

etapa de escolaridade em 2013. Apenas quatro alunos declararam estar trabalhando, sendo

somente um na área do curso.

Tentamos encontrar alguma característica comum a esse grupo, que pudesse explicar

os motivos da desistência de participação na pesquisa e percebemos que dois alunos

abandonaram o curso de Tads e outros dois alunos não foram identificados por nenhum dos

professores, pois registraram no sistema apenas o primeiro nome e não responderam as

tentativas de contato por e-mail para esclarecimentos, então consideramos que esses alunos

também abandonaram o curso na faculdade. Assim, dos onze alunos desse grupo, quatro

abandonaram o curso de Tads e sete continuam matriculados. Essa característica não explica o

comportamento do grupo.

Quanto aos acertos e erros das quarenta e oito questões respondidas por esse grupo,

notamos que apenas onze foram encerradas com erro. Nessas onze questões, as três tentativas

foram utilizadas. Para as trinta e sete questões certas, foram usadas uma tentativa em quinze

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95

questões, duas tentativas em dezesseis questões e três tentativas em apenas seis questões,

conforme apresentado na Tabela 4.10, a qual apresenta características das participações dos

alunos, segundo os resultados (acerto ou erro), a quantidade de questões respondidas pelo

grupo e a quantidade de tentativas utilizadas. A quantidade de erros não parece ter sido um

fator motivador para a desistência, dado que foram registrados apenas onze erros, contra trinta

e sete acertos, para esse grupo.

Questões Respondidas: Com erro Com acerto

11 37

Tentativas: 3 1 2 3

Questões: 11 15 16 6

Tabela 4.10 – Status das questões do grupo dos Desistentes

Fonte: Elaborado pelo autor

Para esse grupo, o tempo médio despendido para responder as questões acertadas foi

de 2 minutos e 20 segundos para a primeira tentativa, 40 segundos para a segunda tentativa e

22 segundos para a terceira tentativa. Para as questões erradas, esse grupo despendeu em

média 2 minutos e 2 segundos para a primeira tentativa, 44 segundos para a segunda tentativa

e 24 segundos para a terceira tentativa. A Tabela 4.11 mostra esses mesmos dados. O tempo

investido também não foi conclusivo para entender melhor o grupo e os motivos para a

desistência.

Tentativas: Com erro Com acerto

1 2 3 1 2 3

Tempo usado: 2m2s 44s 24s 2m20s 40s 22s

Tabela 4.11 – Tempo utilizado nas respostas às questões do grupo dos Desistentes

Fonte: Elaborado pelo autor

Os comentários deixados pelos participantes desse grupo foram positivos em trinta e

quatro casos, com dez ocorrências sentindo facilidade com a Matemática necessária,

dezessete comentários elogiando os feedbacks ou a resolução das questões e sete declarações

de motivação quanto ao desafio proposto pelas questões da pesquisa, conforme pode ser

observado na Tabela 4.12.

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96

Comentários Positivos Quantidade

Facilidade com a Matemática: 10

Elogios aos feedbacks/resoluções: 17

Motivação: 11

Tabela 4.12 – Comentários positivos

Fonte: Elaborado pelo autor

Os exemplos a seguir mostram alguns desses comentários: “a resolução ajudou a

entender como é feito o cálculo”; “interessante as perguntas”; “Tive um pouco de dificuldade

fiz vários caminhos até chegar no resultado, depois que vi a resolução aprendi outro método”

e “tive dificuldades nessa questão, mas ajudou com aprendizado. Muito boas as questões até

agora para relembramos coisas do passado e para aprendermos a pensar mais”.

Dos nove comentários negativos, seis apontaram dificuldades com Matemática, dois

criticaram os feedbacks e um criticou o enunciado da questão, conforme apresentado na

Tabela 4.13.

Comentários Negativos Quantidade

Dificuldades com a Matemática: 6

Críticas aos feedbacks/resoluções: 2

Crítica ao enunciado: 1

Tabela 4.13 – Comentários negativos

Fonte: Elaborado pelo autor

Foram deixados ainda cinco comentários sem significado útil para a pesquisa, como

“esta questão é razoável” e “entendi”.

Quanto aos níveis das 48 questões respondidas por esse grupo, notamos que treze

foram do nível fácil, dezessete do nível médio e dezoito do nível difícil, conforme a Tabela

4.14. Nove alunos desse grupo pararam de responder após uma questão difícil, acertada por

sete deles, e dois alunos pararam de responder após uma questão média, acertada por um

deles.

Nível Fácil Médio Difícil

Questões respondidas: 13 17 18

Tabela 4.14 – Questões respondidas por nível de dificuldade

Fonte: Elaborado pelo autor

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97

A análise dos níveis das questões respondidas e a quantidade de comentários positivos

no grupo dos Desistentes nos sugere que não houve insatisfação relacionada a erros nem a

questões muito difíceis ou mesmo quanto à qualidade das comunicações do sistema. Seguindo

as recomendações de Otsuka (2003), os objetos que buscávamos desencadear foram

observados, assim como os aspectos da motivação e satisfação com a técnica de avaliação

formativa empregada. Havia um receio de nossa parte que os participantes errassem algumas

questões seguidas e acabassem desistindo da participação, porém os abandonos ocorridos

antes do final da avaliação não estavam associados à erros. Deve haver então outro fator que

desmotivou os participantes desse grupo.

Questionamos então se a característica da idade dos participantes desse grupo poderia

ajudar a entender as desistências e encontramos suporte nas perspectivas de Borba e Villarreal

(2005) ao definirem os membros da Geração Z como “seres-humanos-com-mídia”,

acostumados à aprendizagem conjunta com uso de diversas mídias, com imagens estáticas e

em movimento, sons, simulações, animações e muitas outras. O nosso instrumento de

pesquisa utiliza essencialmente a linguagem textual, não possuindo nenhum dos elementos

gráficos ou multimidiáticos citados acima. Estamos convencidos que, no futuro, o sistema

precisa oferecer uma linguagem mais próxima dessa geração.

4.5.2 Grupo dos Engajados

O grupo dos Engajados possui idade média de 28 anos e apenas dois alunos desse

grupo desistiram do curso. Dos doze participantes desse grupo, dez cursaram o Ensino Médio

em escolas públicas e, em média, concluíram essa etapa em 2008. Nove alunos declararam

estar trabalhando, mas somente um deles trabalha na área do curso. Essas características nos

sugerem um perfil com maior maturidade, pois a idade média é maior do que no outro grupo,

poucos desistiram do curso de graduação e a maior parte está trabalhando. Essa característica

de maturidade pode ser uma das razões para que esse grupo tenha participado da pesquisa de

forma mais efetiva.

Quanto aos acertos e erros das 174 questões respondidas por esse grupo, notamos que

apenas 48 foram encerradas com erro, contra 126 corretas. As três tentativas foram utilizadas

em 39 questões erradas, sendo que os alunos saíram abruptamente do sistema em outras nove

questões, que ficaram com o status de erradas. Houve seis saídas sem nenhuma resposta, uma

saída após a primeira tentativa e duas saídas após a segunda tentativa. Nas questões acertadas,

usaram uma tentativa em 51 questões, duas tentativas em 43 questões e três tentativas em

apenas 32 questões, conforme a Tabela 4.15.

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Com erro Com acerto

Questões Respondidas: 48 126

Tentativas: 0 1 2 3 1 2 3

Questões: 6 1 2 39 51 43 32

Tabela 4.15 – Status das questões do grupo dos Engajados

Fonte: Elaborado pelo autor

Para esse grupo, o tempo médio despendido para responder as questões acertadas foi

de 5 minutos e 31 segundos para a primeira tentativa, 34 segundos para a segunda tentativa e

1 minuto e 27 segundos para a terceira tentativa. Para as questões erradas, apenas um aluno

usou apenas uma tentativa e despendeu 16 minutos e 29 segundos para a resposta; os alunos

desse grupo dependeram em média 16 segundos para a segunda tentativa e 1 minuto e 21

segundos para a terceira tentativa, conforme a Tabela 4.16.

Questões Respondidas: Com erro Com acerto

Tentativas: 1 2 3 1 2 3

Tempo usado: 16min e 29s 16s 1min e 21s 5min e 31s 34s 1min e 27s

Tabela 4.16 – Tempo utilizado nas respostas às questões do grupo dos Engajados

Fonte: Elaborado pelo autor

Os comentários deixados pelos participantes desse grupo foram positivos em 80 casos,

com 34 ocorrências sentindo facilidade com a Matemática necessária, 25 comentários

elogiando os feedbacks ou a resolução das questões e 21 declarações de motivação quanto ao

desafio proposto pelas questões da pesquisa, conforme a Tabela 4.17 e os exemplos: “A dica

ajudou muito, tive uma pequena dificuldade de achar as últimas sequências”; “A resolução

está me ajudando a entender mais sobre os cálculos de possibilidades”; “Questão difícil, estou

a cada questão estou aprendendo mais sobre novos conceitos matemáticos , com

possibilidades e fatorial”; “preciso estudar mais” e; “explicação excelente”. A quantidade de

comentários com aspectos positivos nos sugere que foi possível identificar indícios de

comportamentos que queríamos observar com esta pesquisa, como motivação,

reconhecimento do valor dos feedbacks e satisfação, de acordo com o Quadro 2.1, presente no

Capítulo 2 (pág. 60).

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Comentários Positivos Quantidade

Facilidade com a Matemática: 34

Elogios aos feedbacks/resoluções: 25

Motivação: 21

Tabela 4.17 – Comentários positivos no grupo Engajados

Fonte: Elaborado pelo autor

Dos 62 comentários negativos, 46 apontaram dificuldades com Matemática, apenas

três criticaram os feedbacks e treze criticaram o enunciado da questão, de acordo com a

Tabela 4.18. Essa quantidade de comentários negativos mostra que mesmo não gostando de

alguns aspectos, os participantes seguiram engajados, em um processo de feedback contínuo,

conforme recomendado por Masetto (2000).

Comentários negativos Quantidade

Dificuldades com a Matemática: 46

Críticas aos feedbacks/resoluções: 3

Críticas aos enunciados: 13

Tabela 4.18 – Comentários negativos no grupo Engajados

Fonte: Elaborado pelo autor

Foram deixados ainda catorze comentários declarando que “chutaram” ou que

resolveram por eliminação. Para finalizar, foram deixados dezoito comentários sem

significado útil para a pesquisa, como “segui as 20 maneiras de chegar a 7” e “a questão exige

um pouco de atenção”.

Quanto aos níveis das 174 questões respondidas por esse grupo, notamos que 20 foram

do nível fácil, 31 do nível médio e 124 do nível difícil sendo que dez alunos encerraram suas

participações no nível difícil e dois alunos encerraram suas participações no nível médio.

Uma diferença que notamos entre os dois grupos está relacionada às notas obtidas no

primeiro bimestre da disciplina de Lógica e Matemática Computacional, atribuídas logo após

a aplicação da pesquisa. Entre os alunos que permaneceram no curso, a média dessas notas e

foi de 6,55 para o grupo dos Engajados e de 3,92 para o grupo dos Desistentes. Essa diferença

é bastante significativa e nos sugere que os alunos que participaram da pesquisa até o final

aprenderam mais do que os alunos que abandonaram a pesquisa no início da mesma.

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100

4.6 Trilhas dos alunos

Os relatórios Trilhas dos Alunos compõem o Apêndice F, por meio das Figuras F.1 a

F.23. Observando esses relatórios, inicialmente tomamos como base o grupo Engajados e

agrupamos as trilhas semelhantes para buscar pontos em comum e características relevantes

para os nossos objetivos de estudo.

O primeiro subgrupo é formado pelos alunos 39, 43, 53 e 66, cuja idade média é de 33

anos. Suas trilhas têm em comum poucos erros: foram apenas nove erros em sessenta

questões respondidas, correspondendo a apenas 15% de erros, sendo que dois alunos deste

subgrupo erraram apenas uma questão e nenhuma redução de nível foi aplicada. Todos

encerraram a pesquisa no nível Difícil, dois deles erraram a questão 22 (anagrama) e dois

erraram a questão 3 (número fatorial). De maneira geral, parecem ter utilizado duas ou três

tentativas por diversas vezes e investiram pouco tempo para raciocínio e para a resolução das

questões. A Figura 4.1 apresenta as trilhas deste subgrupo de alunos.

Figura 4.1 – Trilhas dos alunos 39, 43, 53 e 66

Fonte: Elaborado pelo autor

O segundo subgrupo é formado pelos alunos 42, 60 e 63, cuja idade média é de 24

anos. Suas trilhas têm em comum poucos erros, embora em maior número relativo do que o

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101

subgrupo anterior: foram dez erros em quarenta e duas questões respondidas e apenas uma

redução de nível por aluno. Todos encerraram a pesquisa no nível Difícil, dois alunos erraram

a questão 22 (anagrama) e dois eraram a questão 33 (sequência de três algarismos ímpares).

De maneira geral, parecem ter utilizado duas ou três tentativas por diversas vezes e investido

algum tempo para raciocínio e para a resolução das questões. A Figura 4.2 apresenta as trilhas

desse grupo de alunos.

Figura 4.2 – Trilhas dos alunos 42, 60 e 63

Fonte: Elaborado pelo autor

O terceiro subgrupo é formado pelos alunos 47, 52, 57 e 59, cuja idade média é de 25

anos, bem próxima à idade média do subgrupo anterior. Uma característica distinta dos

demais subgrupos é que dois alunos deste subgrupo cursaram o ensino médio em escolas

particulares. As trilhas têm em comum a ocorrência de erros em sequência: foram dezenove

erros em cinquenta e oito questões respondidas e todos sofreram redução até o nível Fácil,

sendo um deles por duas vezes. Dois alunos encerraram a pesquisa no nível Médio e dois no

nível Difícil, dois alunos erraram a questão 3 (número fatorial) e dois erraram a questão 31

(retirada de elementos de uma urna). Utilizaram duas ou três tentativas por muitas vezes,

porém investiram pouco tempo para raciocínio e para a resolução das questões.

De maneira geral, eles não alcançaram os mesmos resultados, em termos de acertos,

em relação aos demais subgrupos. Contudo, esses resultados não foram suficientes para

desmotivá-los e assim eles continuaram participando e respondendo as questões até o final das

rodadas. Este comportamento é um dos objetivos que desejávamos em nossa pesquisa e que

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102

difere do comportamento normalmente observado no método tradicional de avaliação, no qual

os alunos com desempemos aquém dos demais colegas, por vezes desistem de cursar a

disciplina ou permanecem cursando, mas sem interesse ou expectativa de mudança nos

resultados.

Outro fato que merece destaque é que este subgrupo contém dois representantes que

cursaram o ensino médio em escolas particulares e dois alunos que cursaram o ensino médio

em escolas públicas. Esperávamos que os resultados obtidos por alunos oriundos de escolas

particulares fossem superiores, quando comparados aos resultados dos demais participantes,

ao contrário do que observamos aqui. A Figura 4.3 apresenta as trilhas desse grupo de alunos.

Figura 4.3 – Trilhas dos alunos 47, 52, 57 e 59

Fonte: Elaborado pelo autor

O último subgrupo trata das trilhas referentes ao grupo dos Desistentes. Por haver

poucas questões respondidas, a análise não pôde nos mostrar muitos elementos úteis, mas vale

destacar que quase todos encerraram suas participações no nível difícil e houve apenas onze

erros em quarenta e oito questões respondidas, o que sugere que não foi a quantidade de erros

que desmotivou esse grupo, conforme tratamos no item 4.5.1.

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103

4.7. Comentários das rodadas

O Apêndice G apresenta todos os comentários que foram feitos pelos participantes, ao

final de cada rodada. Um dos objetivos desta pesquisa era verificar se a técnica de avaliação,

aplicada nesta pesquisa, provoca maior envolvimento e desenvolvimento acadêmico dos

alunos participantes. Assim, esses comentários foram analisados em busca de percepções

sobre essas características e acreditamos ter atingido esse objetivo.

Alguns comentários relevantes e que confirmam nossa afirmação são:

“Foi muito bom para entender que preciso estudar mais”;

“Foram boas perguntas para aprendizado”;

“Uma forma de aprendizado”;

“Aprendi muito sobre o assunto”;

“...estou evoluindo com esses cálculos que não conhecia”;

“Acredito que com as questões, vou aprender mais...mas certamente conseguirei”;

“acredito que que vou aprender mais a cada rodada, agradeço por poder estar ajudando

e ao mesmo tempo aprendendo”;

“é divertido”;

“muito útil no dia a dia”;

“estou aprendendo a trabalhar mais a lógica”;

“as dicas são esclarecedoras para quem não tem familiaridade com certos conceitos

matemáticos”;

“a resolução das questões ajuda a relembrar e também acrescentar na compreensão

sobre cada assunto”;

“foi bom porque sei que tenho muito a melhorar e estudar, obrigado”;

“prometo melhorar mais...continue mandando esses tipos de questões para melhor fluir

nosso raciocínio”;

“muito boas as perguntas. Preciso praticar muito”;

“a ajuda do feedback tem ajudado bastante”;

“estou mais interessado em como chegar ao resultado”;

“eu acredito que ajuda no conhecimento de uma forma geral” e;

“a rodada foi boa para o aprendizado”.

Uma curiosidade encontrada nesses comentários é “Exercícios que demandam tempo,

eu perco o foco”. Acreditamos que essa declaração esteja relacionada às características de

superficialidade e de imediatismo dos participantes, pertencentes às gerações Y (OLIVEIRA,

2010) e Z (SIQUEIRA; ALBUQUERQUE; MAGALHÃES, 2012).

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104

4.8. Entrevista com os participantes

A transcrição completa da entrevista encontra-se no Apêndice H. Este item apresenta

os pontos mais relevantes para os objetivos desta pesquisa.

Ao organizar as entrevistas, uma das participantes solicitou fazê-la após uma reunião

de trabalho, então a entrevista ocorreu em duas partes, sendo a primeira com três participantes

e a outra com a aluna que solicitou a exceção. Para facilitar o entendimento, agrupamos

ambas as entrevistas de acordo com os assuntos.

As entrevistas foram conduzidas pelo autor, por meio de roteiro semiestruturado

(Apêndice B), em outubro de 2016. Na transcrição dessas entrevistas, os participantes estão

identificados pelos códigos Aluno 1, Aluno 2, Aluno 3 e Aluno 4, preservando assim o sigilo

de suas identidades.

Quanto às dificuldades na aplicação de conceitos matemáticos, os participantes

declararam que as escolas públicas são responsáveis pela má formação dos alunos, com

professores pouco comprometidos, porém reconhecem que o aluno desinteressado também

tem sua parcela de responsabilidade. De forma geral, eles declararam que sentiram mais

dificuldade com a elaboração da resolução, ou seja, com a contextualização.

Estes alunos acreditam que os professores deveriam usar exemplos mais

contextualizados, pois sabem as fórmulas, mas não têm segurança sobre quando aplicá-las.

Outro problema apontado é que problemas reais exigem várias sequências e aplicação de

vários conceitos, mas na sala de aula os conteúdos são sempre únicos e compartimentados.

Um dos participantes declarou desconhecer o conceito de fatorial de um número e

outro declarou dificuldades com a resolução de equações algébricas simples, mais

especificamente com a prioridade de resolução de operadores e parênteses.

Os enunciados não causaram problemas de interpretação, exceto quanto à palavra

“anagrama”. A participação na pesquisa e as questões foram consideradas desafiadoras, como:

“Gosto acho interessante e me divirto com coisas que queimam a cabeça. Tanto que

fui atrás de referências adicionais na internet, por isso demorei mais tempo”;

“Matemática é sempre desafiador e eu gosto, apesar de da dificuldade”;

“Tem perguntas que puxam o interesse pra responder, pra depois conferir se estou

pensando certo” e;

“Gostei bastante e me senti desafiada a todo momento, a toda pergunta. Desafiada a

saber onde encontrar a solução, como aprender”.

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105

Apesar de muitos comentários registrados no sistema tecerem elogios aos feedbacks,

estes foram criticados por dois dos alunos entrevistados, porém a resolução comentada das

questões foi bastante útil para três dos participantes da entrevista.

Sobre a oportunidade de deixar comentários, estes alunos se sentiram contribuindo

para a melhoria do processo, por meio de críticas construtivas. Além de opinar e contribuir, os

alunos se conscientizaram sobre eventuais lacunas de conhecimento e iniciaram processos de

aprendizagem informais durante a realização da pesquisa, como textos e vídeoaulas na

internet, o que Perrenoud (1999) definiu como autorregulação.

Sobre a ocorrência de chute, ou por eliminação, aconteceu ocasionalmente com estes

alunos, mas somente depois de procurar ajuda e tentar acertar uma ou duas vezes.

Como fator de interesse e engajamento, os alunos declararam que foram buscar ajuda

com colegas, com o filho, em livros e cadernos antigos, na biblioteca da faculdade e na

internet.

Sobre a satisfação com essa técnica, quando comparada ao método de avaliação

tradicional, os alunos acreditam que:

“esta é bem melhor, pois anula o efeito de um dia ruim em uma única prova. Além

disso, se a pessoa tiver interesse, a partir de conhecer os resultados de cada prova, vai poder

buscar o que falta e possa ir melhor nas próximas avaliações”;

“Seria muito melhor, pois o conteúdo sendo menor e mais recente, fica mais fácil pra

estudar. As revisões de provas [no método tradicional] não são práticas, então não dá a chance

para o aluno perceber se aprendeu ou não”;

“Eu preferiria, porque os alunos estariam mais incentivados, seriam desafiados muitas

vezes durante o curso e teriam interesse em saber como estão indo. O ideal seria ter avaliação

semanal ou quinzenal, seria um incentivo a mais para o aluno aprender, mesmo sem valer

nada pra nota” e;

“Seria bom, pois muitas vezes o aluno se cala e não indica ao professor que não está

entendendo. Depois vai mal preparado para a prova e coloca a culpa do rendimento baixo no

professor. Com essa técnica, o aluno participa mais, avisando ao professor sobre o que está

entendendo ou não”.

As sugestões para mudar alguma coisa no sistema são relativas ao feedback, deixando-

o mais claro. Na parte da resolução, além de texto, sugerem colocar imagem, com o passo a

passo em vídeo. Outra sugestão fala sobre dois tipos de dicas: uma com um exemplo prático,

do cotidiano e a outra seria com a aplicação de fórmula padrão. Essas sugestões serão

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106

consideradas e implementadas em futuras versões, seguindo a metodologia Design

Experiments.

As opiniões sobre a participação na pesquisa são:

“Foi divertido, interessante, desafiador, lembrei do ensino médio. Gostei bastante de

fazer”;

“Foi bom, desafiador, melhor que o AVA da faculdade, pois tem poucas questões em

cada fase, dessa forma você tem mais tempo pra pensar e se dedicar à avaliação”;

“Acho que o sistema deveria ser implementado em todas as matérias” e;

“Foi um incentivo pra estudar, pois aprendi bastante coisas respondendo. Devia ser

mais aplicada no ensino normal, pois isso incentiva a pessoa a aprender mais. Eu aprendi

coisas que não tive no ensino médio, então pra mim foi muito bom”.

Solicitados para deixar comentários extras, um dos alunos disse que “se motivou

bastante, pois um dos objetivos da pesquisa era ajudar no ensino da matemática” e recomenda

que “isso deveria ser aplicado nas escolas particulares e públicas, para que o aluno possa

opinar o que está faltando, pra melhorar os resultados do ensino em geral”. Outro aluno

acredita que “avaliações contínuas seriam muito melhores, com notas e 0 a 10, ajudando a

compor a nota final, permitindo aos alunos saber como estão indo, e assim poderem se aplicar

mais para a próxima avaliação, dali a uma semana ou quinze dias” Outra sugestão é que “isso

deveria ser mais utilizado aqui na faculdade, porque o aluno aprende mais. Além disso,

ajudaria o professor a ensinar melhor, pois o professor pode saber como a classe está indo e

isso seria bom” A última sugestão é “que tivesse esse sistema em todas as matérias da

faculdade”.

Após o encerramento da entrevista, os alunos deixaram uma sugestão para o sistema

ter recompensas na forma de medalhas ou certificados, conforme o participante fosse

avançando pelas questões.

Amparados por Moran (2006), acerca de utilizar ferramentas interativas online para

acompanhar o aluno, explicar melhor, identificar dificuldades e o nível de entendimento dos

alunos, analisamos as opiniões desses alunos e consideramos que os objetivos da pesquisa

foram atingidos, tanto no quesito de verificar a viabilidade de uso da TIC para implementar

uma técnica de avaliação formativa, quanto na percepção de envolvimento dos alunos e no

desenvolvimento acadêmico dos mesmos.

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107

4.9. Entrevista com o professor

Entrevistamos o professor que leciona a mesma disciplina de Lógica e Matemática

Computacional nas outras turmas convidadas, com o objetivo de sabermos se ele notou

alguma característica diferente nos alunos participantes da pesquisa, antes e após a aplicação

da mesma. Como foram apenas sete alunos, não há dados suficientes para estabelecer

comparações, mas uma coisa importante detectada é que a maioria desses alunos participou da

pesquisa respondendo apenas uma ou duas rodadas e apenas um aluno percorreu as todas as

até o final. Permanecem no curso quatro alunos e três abandonaram o curso de graduação,

conforme a Tabela 4.19.

Tabela 4.19 – Alunos do professor entrevistado

Fonte: Elaborado pelo autor

Talvez o menor relacionamento com o pesquisador, que neste caso não era professor

da turma, e a desistência do curso por parte de alguns deles, tenham sido fatores que

contribuíram para essa baixa participação. É interessante notar que, desse grupo, apenas o

aluno 63 percorreu a trilha até o final. Quanto ao desempenho dos alunos, o professor apenas

informou que o aluno 69 tem bom desempenho acadêmico. Os demais alunos têm

desempenho mediano ou insuficiente, sendo que o aluno 45 discutiu e agrediu um colega em

sala de aula, tendo abandonado o curso após o episódio.

4.10. Resultados e relações com as pesquisas precedentes

Fizemos uma comparação dos resultados das nossas análises com os resultados das

pesquisas precedentes e verificamos que, conforme Otsuka e Rocha (2002) afirmaram, as

ferramentas de interatividade podem facilitar muito a coleta de registros de atividades dos

alunos e suprem a demanda de fornecimento de feedbacks para os alunos.

Bastos, Berardi e Silveira (2004) sugerem o fornecimento automatizado de um

gabarito logo após uma avaliação. Porém, esse envio seria feito após o encerramento da

avaliação, sem que o aluno possa voltar a respondê-la, o que não está de acordo com a ideia

Aluno Idade Curso Semestre Término

do Ensino

Médio

Ensino

Médio

Público ou

Privado

Profissão, Cargo ou

Função

Atua

em TI

Rodadas

Respondidas

Aluno do

Pesquisador

Saiu do

Curso

Superior

63 41 TADS 1 1993 Público Gerente Comercial SIM 5 NÃO NÃO

45 24 TGTI 1 2010 Público Motorista NÃO 2 NÃO NÃO

62 23 TADS 2 2009 Público Estágiario NÃO 2 NÃO NÃO

64 21 TGTI 2 2013 Privado Estudante NÃO 2 NÃO ND

51 21 TADS 2 2012 Público Militar NÃO 1 NÃO SIM

68 18 TADS ND 2015 Público Não NÃO 1 ND ND

69 17 TGTI 2 2015 Público ND ND 1 NÃO NÃO

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108

de Perrenoud (1999) no fornecimento do feedback para o aluno, a tempo de mudar os

resultados. Acreditamos que nossa técnica incorpora alto valor agregado, ao permitir que o

aluno aprenda mais sobre o assunto durante a realização da avaliação, conforme recebe os

feedbacks individualizados.

Neste trabalho, não utilizamos as sugestões das pesquisas que utilizaram elementos

gráficos, como Leão e Reis (2006) e Leão, Reis e Oieras (2006), porém acreditamos que essas

sugestões poderão nortear a próxima fase de desenvolvimento do ambiente web INFORMA,

pois pudemos identificar um ponto a ser melhorado no sistema, inserindo mais elementos

gráficos e multimidiáticos.

Zaina (2002) desenvolveu uma pesquisa visando o desenvolvimento de um método de

avaliação formativa baseado em um banco de questões sorteáveis para compor cada avaliação

gerada. Esse método dificulta a equiparação de avaliações e de percursos diferentes. Por conta

disso, não adotamos esse modelo em nossa pesquisa.

As pesquisas citadas até este ponto tinham foco no professor, em melhorias voltadas

para atender ao processo de ensino, por isso buscamos pesquisas com foco no aluno e

encontramos em Kalache e Coelho (1974) muitas características funcionais afins com nossas

ideias iniciais para o desenvolvimento da técnica de avaliação formativa, como o feedback a

cada tentativa de resposta, a resolução comentada e as trilhas individuais. Infelizmente essa

pesquisa não produziu nenhuma ferramenta de software que pudesse ser utilizada em nossa

pesquisa, o que ratificou a necessidade do desenvolvimento da técnica, porém foi bastante

inspiradora em termos de funcionalidades para a técnica de avaliação.

4.11. Considerações sobre a Aplicação da Técnica

A análise das dificuldades declaradas, assim como a observação das tentativas e

conteúdo matemático das questões, permite a um professor adaptar o andamento do seu curso,

enfatizando a explicação de objetos com maior ocorrência de dificuldades, indicando leituras

específicas ou propondo listas de exercícios e atividades, gerando assim um acompanhamento

mais próximo dos alunos. Conforme Perrenoud (1999), esse mecanismo caracteriza o

processo de regulação do curso, trazendo benefícios para a aprendizagem dos alunos.

Após análise dos comentários dos alunos e dos percursos dos participantes, foram

identificadas diversas possibilidades de melhorias na comunicação com os alunos, por meio

dos enunciados, feedbacks e resoluções das questões, as quais poderão ser implementadas em

uma nova versão do sistema, seguindo as recomendações da metodologia Design Experiments

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109

A aplicação dessa técnica de avaliação formativa e a realização das entrevistas

programadas permitiram concluir que todas as tarefas descritas no Quadro 2.1, apresentado no

Capítulo 2 (pág. 60), foram realizadas a contento, permitindo assim desencadear os

comportamentos a observar, coletar as observações e conferir a presença do objeto visado,

bem como analisar os erros do processo, verificar se a mensagem é entendida pelos alunos e

ajustar a ação, apoiando-se nos comentários deixados pelos participantes.

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110

CAPÍTULO 5

REFLEXÕES

Esta pesquisa foi motivada por inquietações do autor em sua prática docente em

disciplinas relacionadas à lógica e algoritmos para cursos de graduação em Tics. Os cursos de

Tics são permeados por disciplinas que utilizam conceitos matemáticos, cujo conteúdo

deveria ter sido lecionado no ensino fundamental e no ensino médio. Os professores têm

dificuldade em manter um ritmo de aula que atenda tanto a alunos que têm bom desempenho

acadêmico quanto a alunos com dificuldades no aprendizado dessas disciplinas. Apesar do

interesse e motivação, alguns alunos aprendem mais lentamente enquanto outros têm bom

desempenho acadêmico e mostram-se desmotivados quando o professor não consegue evoluir

no ritmo esperado por eles, dirimindo as dúvidas dos alunos em dificuldades ao invés de

avançar com o conteúdo programado.

Outra inquietação é verificar baixo desempenho nas avaliações, ainda que os alunos

não tenham manifestado suas dificuldades ou dúvidas durante as aulas. Porém, o maior

incômodo é não haver tempo hábil para os alunos que tiraram notas ruins saberem o que

precisam aprender, e assim submeterem-se a novas avaliações e poderem melhorar suas notas,

pois o regime de provas, em diversos cursos superiores, prevê apenas dois momentos para

avaliação por semestre.

Neste capítulo apresentamos respostas para nossas questões de pesquisa, apoiados nas

análises dos dados coletados e algumas recomendações para trabalhos futuros.

5.1 O estudo

Pensamos que pode haver alguma maneira de melhorar os resultados desses alunos,

oferecendo conteúdo diferenciado para cada aluno, de acordo com suas necessidades

individuais. Perrenoud (1999) sugere que há uma forma de avaliação mais contínua, com

caráter informativo que respeite a diversidade e permita orientação individualizada, ao mesmo

tempo em que promova engajamento e satisfação e define essa avaliação como formativa.

Considerando as inquietações e buscando melhorias nos processos de avaliação, parte

importante dos processos de ensino e de aprendizagem de Matemática, estabelecemos esta

pesquisa com os objetivos de verificar a viabilidade do uso de Tics para aplicação de uma

forma de avaliação que segue esta proposta; verificar se a aplicação dessa avaliação formativa

promove maior envolvimento e melhores resultados acadêmicos em Matemática, e avaliar as

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111

percepções declaradas pelo professor de Matemática a respeito de alunos que participaram

dessa forma de avaliação.

Com base nesses objetivos, poderemos responder à pergunta de pesquisa: a aplicação

de uma técnica de avaliação formativa no ensino do PFC gera mais interesse e

desenvolvimento, por parte dos alunos de um curso superior de Tic?

Buscando referências acadêmicas para o nosso estudo, recorremos ao banco de teses

da Capes, aos anais de congressos da área de Educação Matemática e à base online do Google

Scholar, além de pesquisas científicas sobre o tema da avaliação de aprendizagem,

preferencialmente aplicadas em cursos presenciais de graduação de Tics e na área de

Matemática. Buscamos também pesquisas relacionadas às plataformas adaptativas e

percebemos que são ambientes complementares ao ambiente presencial de ensino e que a

maioria dessas plataformas é voltada para o ensino médio, preparando alunos para o ingresso

em cursos de graduação. As pesquisas encontradas continham apenas um dos elementos, ou

seja, eram sobre avaliação, mas em outro tipo de curso, nível de ensino ou disciplina. Ainda

assim, alguns autores eram citados e referenciados em muitas dessas pesquisas, especialmente

Perrenoud (1999) e Hadji (2001).

Lendo as obras desses autores, encontramos os conceitos de avaliação formativa, os

quais indicam um tipo de avaliação de aprendizagem que resolve muitos dos problemas

vivenciados por nós, em nossa prática docente. Masetto (2000) recomenda a aplicação das

provas de maneira frequente e com a geração de feedback para cada aluno, individualmente.

A soma dos feedbacks individuais e a maior frequência na aplicação das avaliações permite ao

aluno saber como está seu desempenho, a tempo para buscar preencher eventuais lacunas de

conhecimento, o que Perrenoud (1999) define como autorregulação. Esse tipo de avaliação

também permite ao professor perceber o ritmo de aprendizado de cada aluno e ajustar o

processo de ensino, se necessário.

Hadji (2001) define algumas tarefas do professor na avaliação formativa, como

desencadear comportamentos a observar e interpretar, analisar esses comportamentos,

comunicar os resultados e remediar as dificuldades analisadas. Considerando que essas tarefas

devem ser feitas com frequência semanal ou quinzenal e com análises individualizadas, elas

exigem dedicação adicional e, principalmente, mudança de postura por parte do professor, o

que Hadji (2001) enxerga como um obstáculo à implementação e disseminação da avaliação

formativa.

Moran (2006) também critica a forma tradicional de avaliação e recomenda inovar,

por meio de modelos de avaliação que estejam alinhados à necessidade de aprender dos

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alunos e de forma contínua. Mais recentemente, Moran (2015) aborda os benefícios da

aprendizagem adaptativa, moldável ao ritmo e nível de conhecimento de cada aluno e defende

o uso de Tics para viabilizar essa inovação.

Buscando reduzir os efeitos dos obstáculos apontados por Hadji (2001) e seguindo as

sugestões de Moran (2006, 2015), encontramos pesquisas que desenvolveram sistemas ou

ambientes para a implementação de avaliação formativa, sendo alguns deles no formato

módulos acopláveis ao LMS Moodle ou ao LMS Teleduc. A pesquisa realizada por Otsuka

(2006) nos trouxe elementos práticos, na implementação de uma forma de avaliação

formativa, aplicada o Teleduc, nos inspirando para o desenvolvimento de um sistema que

permita a implementação e uma técnica e avaliação formativa, a ser aplicada em cursos de Tic

de ensino superior, utilizando um conteúdo matemático.

Dessa forma, optamos pela criação de um ambiente online para servir como

instrumento de pesquisa no qual os alunos de um curso superior de Tic responderam questões

sobre o PFC recebendo feedbacks de orientação a cada resposta, e deixando comentários para

o professor da disciplina. Também criamos um conjunto de regras para conduzir os alunos,

individualmente, por questões de três níveis de dificuldade. Essa técnica representa, para nós,

uma maneira de implementar a avaliação formativa, pois contém seus elementos principais,

como a frequência de aplicação, a comunicação em ambos os sentidos e a individualização

das trilhas percorridas por cada aluno.

Como não encontramos pesquisas recentes desenvolvidas para o estudo da avaliação

formativa, aplicadas ao mesmo nível de ensino e conteúdo Matemático, acreditamos estar

tratando de uma área de conhecimento em construção. Isso reforça nossa opção pela

metodologia Design Experiments. Segundo Cobb et al. (2003), essa metodologia

frequentemente se aplica no desenvolvimento de teorias emergentes.

Além disso, nossa opção pelo desenvolvimento de um ambiente novo, ao invés da

utilização de um LMS pronto, trouxe para a pesquisa elementos relativos à estabilização de

um sistema, incluindo ajustes de regras internas, de lógicas de funcionamento, correção de

mensagens para o usuário e revisão fluxos de navegação, além de melhorias no conteúdo

relacionado às questões, suas respostas, feedbacks e resoluções comentadas. A metodologia

Design Experiments se aplica muito bem ao desenvolvimento do ambiente, aos seus ajustes e

melhorias contínuos, de forma que cada melhoria ou correção é percebida no próximo passo

de aplicação da pesquisa. Neste caso, dividimos a pesquisa em duas fases: a fase de validação

da técnica e a fase de aplicação da técnica. As sugestões dos participantes da primeira fase

foram implementadas para a aplicação da segunda fase.

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113

5.2 Trajetória

Para a primeira fase da pesquisa, convidamos todos os alunos de uma turma de 6º e 7º

semestres de um curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, de uma Universidade

particular localizada na Grande São Paulo, obtendo vinte e cinco adesões. Durante uma

semana do mês de junho de 2016, os participantes responderam as questões presentes nas

cinco rodadas, as quais foram gradativamente liberadas a cada dia.

Os comentários deixados por esses vinte e cinco participantes, ao final de cada questão

respondida, foram analisados com base no Quadro 2.1, presente no Capítulo 2 (pág. 60), a fim

de verificar se a técnica desenvolvida é coerente com as tarefas do professor na avaliação

formativa, ou seja, se foi capaz de desencadear os objetos a serem analisados, de permitir a

verificação da qualidade da troca de informações entre professor e alunos durante a avaliação,

de propiciar a identificação de pontos a serem melhorados e permitir a remediação, em tempo

hábil para seus efeitos serem notados.

Durante a análise dos comentários, observamos algumas ocorrências idênticas e outras

equivalentes entre si. Fizemos então um agrupamento desses comentários, e classificamos os

mesmos em dez categorias. Essa classificação nos permitiu identificar de forma mais clara a

quantidade e relevância de cada tipo de opinião, como as críticas construtivas, os elogios à

técnica, a sensação de motivação, as dificuldades com o conteúdo matemático e outras.

Também foram analisadas as desistências, em busca dos possíveis motivos, a

adequação do nível previamente definido para as questões, a quantidade de tentativas, a

interação dos participantes com o sistema, as regras de mudança de nível, o entendimento dos

enunciados feedbacks e resoluções, bem como das mensagens do sistema e sua navegação.

Seguindo a metodologia Design Experiments, proposta por Cobb et al. (2003), os

pontos falhos foram corrigidos e disponibilizamos o sistema para a segunda fase da pesquisa.

Na segunda fase, todos os alunos de uma turma de 1º e 2º semestres de um curso de

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas da mesma Universidade foram

convidados a participar da pesquisa. Como a adesão inicial foi baixa, convidamos os alunos

de outra turma do mesmo semestre e curso, de outro Campus da mesma Universidade,

gerando assim um total de vinte e três participantes. A realização da fase de respostas ocorreu

entre agosto e setembro de 2016, sendo que as rodadas de questões foram liberadas

semanalmente.

Os comentários coletados nessa fase foram analisados com base no Quadro 2.1,

presente no Capítulo 2 (pág. 60), a fim de verificar se a técnica desenvolvida desencadeou os

objetos a serem analisados, se é possível verificar a qualidade da troca de informações entre

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professor e alunos durante a avaliação, se despertou interesse e envolvimento por parte dos

alunos, se promoveu maior desenvolvimento acadêmico e se propiciou a identificação de

pontos a serem melhorados, tanto por parte dos alunos quanto por parte da técnica aplicada.

Durante a análise dos comentários, observamos que algumas ocorrências tinham um

caráter positivo, como simpatia, afinidade ou envolvimento, enquanto outros comentários

tinham caráter negativo, como discordância, desconforto ou descontentamento. Assim,

levando em conta essas características, agrupamos esses comentários em positivos e

negativos, e depois identificamos a repetição das várias categorias em cada grupo. Utilizamos

cores diferentes para cada categoria, a fim de facilitar nossas análises. Essa classificação por

cores nos permitiu identificar de forma mais clara a quantidade e relevância de cada tipo de

opinião, como as críticas aos enunciados ou aos feedbacks, os elogios à comunicação

(feedbacks e resoluções), a motivação, as dificuldades com o conteúdo matemático e várias

outras.

Notamos também que cerca de metade dos participantes havia respondido 12 ou 15

questões, enquanto a outra metade havia desistido após responder apenas 3 ou 6 questões.

Decidimos por dividir esses participantes em dois grupos para analisá-los separadamente.

Denominamos esses grupos como Desistentes e Engajados, respectivamente. Inicialmente

fizemos uma comparação das características internas em cada grupo, a fim de identificar

motivos da desistência ou da persistência.

Além dos comentários deixados pelos participantes a cada questão, também foram

analisados os comentários deixados após responderem cada rodada de questões.

Após as análises, convidamos os alunos para uma entrevista, a afim de esclarecer

alguns pontos acerca dos comentários coletados. Essa entrevista ocorreu em outubro de 2016

com quatro participantes.

5.3 Análises

Sobre a permanência dos alunos do grupo que denominamos como Engajados, nossa

argumentação relaciona-se à idade ou maturidade dos participantes. Acreditamos que os

participantes mais maduros entenderam melhor a proposta, se motivaram mais a aprender ou

relembrar conteúdos que acreditam ser relevantes para sua trajetória acadêmica e profissional.

Por sua vez, o grupo dos Desistentes, sendo em média mais jovem, pode não ter se sentido

confortável com um sistema baseado essencialmente em texto, sem a presença de vídeos ou

animações.

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115

Analisando os comentários deixados pelos participantes, foi possível identificar os

objetos que buscávamos desencadear, como motivação, envolvimento, desenvolvimento

acadêmico e elogios à forma de comunicação viabilizada pelo ambiente.

De acordo com Perrenoud (1999), a avaliação formativa permite que os alunos tenham

feedbacks individualizados sobre os resultados de suas avaliações. Com esses feedbacks, eles

podem perceber suas eventuais lacunas de conhecimento e podem buscar suprir essas lacunas

a tempo, gerando melhores resultados nas próximas avaliações. Esse comportamento é

chamado de autorregulação (PERRENOUD, 1999). A entrevista conduzida com os

participantes confirmou que a autorregulação foi desencadeada, pois diversos comentários

deixados por eles já haviam sugerido esse comportamento.

Além disso, a entrevista apontou diversas críticas construtivas e melhorias no sistema

e também na técnica de avaliação formativa implementada por nós. Seguindo a metodologia

Design Experiments, proposta por Cobb et al. (2003), os pontos falhos foram relacionados,

para serem corrigidos e implementados na eventual continuidade desta pesquisa.

5.4 Conclusões

Muitos elogios foram observados, quanto à aplicação de uma técnica de avaliação

formativa, por meio dos feedbacks orientadores e das resoluções comentadas. Porém, cerca de

metade dos alunos abandonou a pesquisa sem motivo explícito ou declarado. A observação

individual desses alunos desistentes não detectou um padrão, pois eles não estavam errando

muitas questões e nem erraram a última questão respondida. Alguns alunos deixaram o curso,

o que pode explicar o abandono da pesquisa, porém a maioria deles continua no curso. Neste

caso, acreditamos que o sistema não foi adequadamente planejado para manter motivado o

nosso público, formado por Nativos Digitais ou Geração Z, acostumado a ambientes digitais

multimidiáticos, com muitos recursos visuais e auditivos, como vídeos, animações e podcasts.

Quanto ao primeiro objetivo da pesquisa, estamos convencidos que a utilização das

Tics viabilizou a implementação da técnica de avaliação formativa projetada, pois sem esses

recursos seria inviável aplicar as questões, obter as respostas por escrito, aferir os tempos

utilizados pelos alunos, conferir cada resposta para divulgar o respectivo feedback ou a

resolução comentada, registrar o status da questão, coletar os comentários dos alunos por

escrito, escolher e entregar a próxima questão, e assim sucessivamente, sendo todas essas

tarefas aplicadas individualmente e simultaneamente.

Quanto ao segundo objetivo da pesquisa, a quantidade de elogios à técnica, o

envolvimento dos participantes Engajados, o interesse em aprender mais, verificado nas

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116

entrevistas, os resultados de aprendizagem declarados por eles, como “a cada questão estou

aprendendo mais sobre novos conteúdos matemáticos”, e até a comparação entre as notas dos

dois grupos (Engajados e Desistentes), nos indica que o objetivo de verificar se a técnica de

avaliação formativa promove maior envolvimento e desenvolvimento acadêmico, foi

atendido.

O terceiro objetivo não pôde ser verificado de maneira idônea, pois o professor que

esteve envolvido com a maior parte dos participantes que responderam todas as rodadas foi o

próprio pesquisador. Esse fato pode ter influenciado a percepção dessa técnica de avaliação

como fator de envolvimento e interesse dos alunos. O outro professor envolvido na pesquisa

teve um número menor de alunos participando e a maioria deles abandonou a mesma com

apenas uma ou duas rodadas respondidas.

Após considerar os objetivos específicos, acreditamos que o objetivo principal desta

pesquisa, que é “aplicar uma técnica de avaliação formativa durante o ensino do Princípio

Fundamental da Contagem (PFC) para alunos de um curso superior de graduação de

Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (Tads) da Universidade Anhanguera

de São Paulo e analisar as percepções dos participantes quanto ao envolvimento,

engajamento, sensação de melhor desempenho, satisfação com o processo avaliativo e

interesse pelo tema”, foi atendido.

Dessa forma, a partir dos indícios e argumentos apontados, sentimo-nos seguros para

responder positivamente à pergunta de pesquisa, que “a aplicação de uma técnica de avaliação

formativa para o estudo do Princípio Fundamental de Contagem (PFC) em um curso superior

de Tads gera mais interesse e desenvolvimento por parte dos alunos”.

Podemos então concluir que a aplicação dessa técnica de avaliação formativa

despertou, nos alunos participantes, maior motivação, engajamento e satisfação, pois esses

participantes sugeriram que esse tipo de avaliação contínua, com feedbacks e resoluções,

fosse incluído no sistema formal de ensino. Além disso, os alunos participantes puderam

identificar as eventuais lacunas de conhecimentos, permitindo aflorar o que Perrenoud (1999)

definiu como autorregulação. Por fim, o mais gratificante para nós: eles declararam que essa

forma de avaliação permitiu que aprendessem mais sobre Matemática.

5.5 Sugestões

Seguindo a metodologia Design Experiments, após análise desses comentários e dos

percursos dos participantes, foram identificadas diversas possibilidades de melhorias.

Page 117: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

117

O sistema deve receber a implementações de diversas funcionalidades, como os

relatórios individualizados para cada aluno, contendo as questões, as alternativas, a sequência

de respostas do aluno, as respostas comentadas e o status final da questão, mostrando também

eventuais recompensas conquistadas em cada questão. Esse relatório poderá ter formato de

trilha de aprendizagem do aluno, mostrando quais componentes matemáticos estão envolvidos

na resolução de cada questão, porém sem explicitar os níveis das questões respondidas. Esse

importante instrumento permitirá ao aluno perceber eventuais dificuldades e o orientará

quanto aos componentes que precisa dominar, gerando assim informações mais completas,

para produzir a autorregulação do aluno.

Além disso, poderia ter relatórios para os observadores externos e para o professor,

também em formato de trilha por aluno, e também relatórios de acompanhamento por questão

e rodada. Todos os relatórios citados poderão ser impressos em papel ou em formato Adobe

Acrobat pdf11

.

O sistema deve reforçar a obrigatoriedade de deixar comentários, de forma que o aluno

não possa prosseguir utilizando o sistema sem deixar o respectivo comentário, idem para a

questão que não tiver sido respondida pelo aluno. Ele deverá retornar à mesma questão para

respondê-la ao acessar o sistema novamente.

Para evitar as saídas abruptas do sistema, poderia haver um botão de saída, de forma

que o participante possa decidir quando parar, pausando o sistema e retornando

posteriormente no mesmo ponto onde parou.

O sistema de recompensas poderia dar pontos ou medalhas à medida que o aluno vai

acertando as questões, identificando e acumulando os pontos. Uma sugestão de pontuação,

para participantes que concluem a questão, incluindo seus comentários, é apresentada na

Tabela 5.1. O sistema poderia classificar os alunos conforme suas pontuações e o professor

poderá gerar o relatório desse ranking, divulgar e aplicar as premiações cabíveis, conforme

sua decisão.

Acreditamos também que o modelo de dados do sistema deve ser ampliado, para que o

professor explicite os componentes matemáticos envolvidos com cada questão, facilitando o

processo de identificação de eventuais lacunas de aprendizagem e de regulação.

1111

O Adobe Acrobat pdf é um sistema de criptografia e autenticação que permite gerar relatórios protegidos

contra perda de integridade do conteúdo do arquivo digital.

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118

Ocorrência Momento Pontuação

Acertando uma questão fácil na primeira tentativa 6 pontos

Acertando uma questão média na primeira tentativa 8 pontos

Acertando uma questão difícil na primeira tentativa 10 pontos

Acertando uma questão fácil na segunda tentativa 4 pontos

Acertando uma questão média na segunda tentativa 6 pontos

Acertando uma questão difícil na segunda tentativa 8 pontos

Acertando uma questão fácil na terceira tentativa 2 pontos

Acertando uma questão média na terceira tentativa 4 pontos

Acertando uma questão difícil na terceira tentativa 6 pontos

Tabela 5.1 – Sugestão de pontuação

Fonte Elaborado pelo autor

A regulação do curso, por parte do professor, poderá ser facilitada por meio da análise

do relatório de resultados de uma turma, na visão dos componentes matemáticos envolvidos

em uma avaliação, complementado pelos feedbacks fornecidos pelos alunos para cada questão

e para cada rodada.

Como já dissemos, a entrevista com os participantes permitiu coletar importantes

sugestões, como implementar as resoluções das questões em formato de vídeo, contendo

todos os passos realizados, seguindo o alinhamento das expectativas esperadas para a Geração

Z. De acordo com a metodologia Design Experiments, a implementação dessa sugestão seria

uma ótima contribuição para a evolução do instrumento de pesquisa.

Page 119: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

119

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121

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Page 122: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

122

ANEXOS E APÊNDICES

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ANEXO A

GRADE CURRICULAR DO CURSO DE TADS E DISCIPLINAS

RELACIONADAS AO PFC

Este anexo apresenta a grade curricular vigente do curso de Tads (Tabela An.1) e as ementas

das disciplinas que possuem relação direta com o PFC, conforme comentado abaixo de cada

ementa.

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RELAÇÃO DE DISCIPLINAS DO

CURSO DE TADS

Carga Horária (Horas/Aula)

Teoria Prática Compl.

Ou-

tras

To-

tal

1 ª série

Atividades Complementares 0 0 60 0 60

Desenvolvimento Pessoal e Profissional 20 0 0 20 40

Ferramentas para Sistema Web 0 60 0 20 80

Organização de Computadores 60 0 0 20 80

Probabilidade e Estatística 40 0 0 20 60

Sistemas Operacionais 40 20 0 20 80

2 ª série

Análise Estruturada de Sistemas 40 20 0 20 80

Atividades Complementares 0 0 60 0 60

Construção de Algoritmos 60 0 0 20 80

Programação Estruturada I 20 40 0 20 80

Responsabilidade Social e Meio Ambiente 20 0 0 20 40

Teoria Geral de Sistemas 40 0 0 20 60

3 ª série

Direito e Legislação 20 0 0 20 40

Fund. de Análise Orientada a Objetos 40 20 0 20 80

Lógica e Matemática Computacional 40 0 0 0 40

Programação Estruturada II 20 40 0 20 80

Projeto Multidisciplinar I 0 0 0 160 160

Sistemas de Bancos de Dados 40 20 0 20 80

4 ª série

Estrutura de Dados 40 20 0 20 80

Linguagem de Programação Comercial 20 40 0 20 80

Programação Orientada a Objetos 20 40 0 20 80

Programação em Bancos de Dados 0 40 0 20 60

Projeto Multidisciplinar II 0 0 0 160 160

Sistemas de Informação 20 0 0 20 40

5 ª série

Desenvolvimento de Software Seguro 20 0 0 20 40

Engenharia de Software e Gcia. de Projetos 40 20 0 20 80

Linguagem p/ Organização e Transferência de

Dados p/ Web 40 20 0 20 80

Programação em Dispositivos Móveis 0 40 0 20 60

Projeto Multidisciplinar III 0 0 0 160 160

Redes de Computadores 60 0 0 20 80

Tabela An.1 – Grade Curricular do Curso de Tads.

Fonte: documento interno da Universidade Anhanguera (2014)

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A seguir apresentamos as ementas das disciplinas acadêmicas desse curso que possuem maior

relação com o tema PFC, ou seja, disciplinas nas quais os alunos terão melhor

aproveitamento, conforme souberem aplicar o PFC nos projetos e desafios das mesmas.

Abaixo de cada ementa, destacamos como o PFC pode influenciar a disciplina.

1ª série:

Ferramenta para Sistema Web - Introdução ao conceito de hipertexto. A história e a

evolução das linguagens de marcação. A linguagem HTML. Ambientes para programação em

HTML. Folhas de Estilo em Cascata (CSS). Introdução a programação com JavaScript.

Conceitos de design e usabilidade para Web.

Em programação de sistemas web, deve-se ter em pauta a otimização de rotinas repetitivas. A

compreensão das possibilidades de repetição de um trecho de código e os impactos dessas

repetições, leva à otimização das rotinas, do uso das variáveis, das estruturas de dados e

também leva à escolha das instruções mais adequadas.

Probabilidade e Estatística - Distribuição de frequências, gráficos, medidas de desvio,

coeficiente de correlação. Análise Combinatória: Arranjo; Permutação; Combinação

Simples e com Repetição. Probabilidade Conjunta e Probabilidade Condicional. Variáveis

Aleatórias contínuas e discretas. Medidas de posição e dispersão. Distribuição de

Probabilidade. Amostras e Distribuições Amostrais.

A probabilidade e a estatística são naturalmente a extensão do estudo do PFC e da análise

combinatória. Neste caso, o tema PFC é um dos assuntos abordados na disciplina. Entender

bem o PFC leva à melhor compreensão dessa disciplina e da aplicação prática da mesma no

mercado corporativo.

2ª série

Construção de Algoritmos - Introdução: noção de algoritmo, dado, variável, comandos e

programa. Análise de um problema e princípios de resolução. Algoritmos. Descrição de um

algoritmo. Desenvolvimento de algoritmos: técnica top-down. Formas de representação de

algoritmo: gráfica e pseudo-linguagem. Construções básicas: atribuição, leitura e escrita.

Estruturas de controle: sequência, seleção e iteração. Laços de Repetição. Estruturas de dados

(vetores e matrizes).

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Nesta disciplina, a compreensão das repetições em um procedimento e as restrições impostas

por casos especiais leva à melhores algoritmos, independente da linguagem a ser escolhida

para codificação.

Programação Estruturada I - Introdução: noção de algoritmo, dado, variável, comandos e

programa. Formas de representação de algoritmo: gráfica e pseudo-linguagem. Tipos de

dados: Escalares. Construções básicas: atribuição, leitura e escrita. Análise de um problema e

princípios de solução. Desenvolvimento de algoritmos: técnica top-down. Estruturas de

controle: seleção e iteração. Vetores, cadeia de caracteres e registros. Linguagem de

programação C e transcrição de algoritmos.

Em programação de computadores, deve-se levar em conta a otimização de rotinas, de

memória utilizada, de espaços de armazenamento para o programa e para os dados

manipulados. A compreensão das diferentes maneiras de utilização desses recursos e seus

impactos, leva a construções mais eficientes.

3ª série

Fundamentos de Análise Orientada a Objetos - Conceitos fundamentais de modelagem e

programação orientada a objetos. Análise de requisitos orientada a objetos e modelagem de

dados. Projeto de software orientado a objetos.

Os conceitos de orientação a objetos possuem como base a criação de instâncias temporárias

dos mesmos a cada utilização, de forma que um único módulo pode ser chamado e utilizado

por muitos usuários simultaneamente. O estudo da quantidade de recursos alocados a cada

instância produz mais eficiência.

Lógica e Matemática Computacional - Teoria geral de Conjuntos. Princípio Fundamental

da Contagem (PFC). Fatoriais, Arranjos, Permutações e Combinações. Relações e funções:

conceitos, operações e propriedades. Lógica proposicional.

Esta é a disciplina que contém mais tópicos relativos ao PFC, porém ela pode ser aplicada no

1º ou no 2º. Semestre, embora figure na grade somente no 3º. Semestre.

Programação Estruturada II - Conceito de recursão e sua aplicação. Arquivos, registros,

ponteiros e sua aplicação. Vetores e matrizes. Depuração e documentação de programas.

Laboratórios de programação.

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Idem ao descrito para a Programação Estruturada I.

Sistemas de Banco de Dados - Conceitos fundamentais de Banco de Dados. Arquitetura dos

Sistemas Gerenciadores de Banco de Dados (SGBD). Características típicas de um SGBD.

Modelos de Banco de dados: conceitual, lógico e físico. Modelo entidade-relacionamento.

Modelos de Banco de Dados: abordagem relacional, hierárquica e de rede. Normalização no

modelo de dados relacional. Linguagens de consulta. Segurança e Recuperação.

Os projetos e a modelagem de Bancos de Dados são bastante influenciados pelo PFC, pois a

recuperação das informações depende da combinação de dados presentes em estruturas

diferentes (tabelas) e a compreensão da quantidade de combinações possíveis leva à projetos e

modelos melhores.

4ª série

Estrutura de Dados - Introdução à estrutura de dados. Alocação estática de memória.

Pilhas. Filas. Alocação dinâmica de memória. Listas. Algoritmos recursivos. Árvores.

Grafos.

Algoritmos recursivos utilizam memória adicional a cada repetição e está diretamente

relacionado ao PFC. Buscas em árvores, podem ser bastante onerosas para o sistema, dada a

quantidade de maneiras de caminhamento nas mesmas e, grafos são estruturas que permitem

muitas maneiras diferentes de conectar dois nós. Esta é uma das disciplinas na qual a

aplicação do PFC é mais evidente.

Linguagem de Programação Comercial - Introdução à plataforma Microsoft dotNET.

Apresentação da sintaxe dos comandos e da estrutura da linguagem C#. Tipos de

aplicações (Console,Windows e Web). Conhecimento do ambiente de programação

(IDE do Visual Studio). Conexão com banco de dados. Integração com eXtensible

Markup Language (XML). Desenvolvimento de aplicações comerciais.

Idem à Programação Estruturada e Sistemas de Banco de Dados.

Programação Orientada a Objetos - Metodologia de programação Orientada a

Objetos: classes, atributos e métodos (estáticos e da classe), objetos,

encapsulamento, herança e polimorfismo. Concepção e implementação de

programas orientados a objetos.

Idem à Fundamentos de Análise Orientada a Objetos.

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Programação em Banco de Dados - Linguagem de Consulta Estruturada (SQL):

comandos de inserção, alteração, consulta e estrutura. Stored Procedures e

Triggers. Processamento e otimização de consulta. Gerenciamento de transações.

Controle de concorrência. Recuperação de falhas. Segurança e integridade de

dados. Análise comparativa dos SGBDs comerciais. Tópicos avançados: banco de

dados distribuídos, datawarehouse, datamining.

Idem à Sistemas de Bancos de Dados.

5ª série

Redes de Computadores - Conceitos básicos de Rede de Computadores e da Internet.

Arquitetura em camadas e camadas de protocolos. Exemplo de redes de

computadores. A camada física: componentes, cabeamento metálico, óptico,

comunicação wireless. Sistemas padronizados de telecomunicação e comunicação

de dados. A camada de enlace e a subcamada de acesso ao meio, técnicas de

detecção de erros. A camada de rede: roteamento e endereçamento Internet

Protocol (IP). A camada de transporte (Transaction Control Protocol (TCP) e User

Datagram Protocol (UDP). A camada de aplicação: protocolos Hypertext Transfer

Protocol (HTTP), Simple Mail Transfer Protocol (SMTP), Domain Name System

(DNS), File Transfer Protocol (FTP). Segurança em redes.

A escolha de determinadas arquiteturas ou topologias de redes leva à probabilidade de

conflitos advindos da escolha. Os tipos de tecnologia escolhida, meios de transmissão,

suscetibilidade à ruídos e interferências, gera erros e taxas de confiabilidade e desempenho

diferentes. A segurança dos dados que trafegam por redes depende de mecanismos de

proteção cuja concepção baseia-se em estatística, disciplina sucessora do PFC, como exposto

anteriormente.

Neste anexo, explicamos como o PFC é importante para o curso de Tads e assim justificamos

a motivação da nossa escolha por esse tema da Matemática, aplicado a esse curso.

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APÊNDICE A

QUESTÕES DO SISTEMA INFORMA

Este apêndice contém as 42 questões que foram inseridas no sistema INFORMA, com seus

respectivos enunciados, alternativas, respostas corretas, feedbacks e resoluções.

Além desses elementos essenciais, estão listados os elementos de classificação de nível, sendo

1 para o nível fácil, 2 para o nível médio e 3 para o nível difícil, assim como o

posicionamento das questões no sistema, referenciando a rodada à qual a questão foi

associada, entre 1 e 5, e também à ordem da questão dentro da rodada, entre 1 e 3.

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Questão: 1

Enunciado: Maria deve criar uma senha de 4 dígitos para sua conta bancária.

Nessa senha, somente os algarismos 1,2,3,4 e 5 podem ser usados e, um mesmo

algarismo pode aparecer mais de uma vez, porém Maria é supersticiosa e não quer

o número 13 em sua senha, isto é, o algarismo 1 seguido imediatamente pelo

algarismo 3. De quantas maneiras distintas Maria pode escolher sua senha?

Opção A: 625

Opção B: 550

Opção C: 120

Opção D: 551

Resposta Correta: D

Feedback A: Observe as restrições do enunciado.

Feedback B: Verifique se alguma exceção foi contada mais de uma vez.

Feedback C: Observe que os algarismos podem se repetir.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Todas as combinações com os 5 algarismos são 5 x 5 x 5 x 5 = 625.

Desse total, devem ser retiradas todas as combinações que tiverem o número 13.

Esse número pode aparecer nas duas primeiras posições, nas posições centrais ou

nas posições do final. Cada uma dessas 3 possibilidades gera 25 combinações para

ocupar as demais posições. Então, temos que descontar 75 combinações do total

geral. Deve-se notar também que a combinação 1313 foi contabilizada duas vezes

no subtotal anterior, então devemos deixar de subtrair 1 combinação. Resumindo,

teremos 625 - 75 + 1 = 551

Nível: 2

Rodada: 5

Ordem: 2

Questão: 2

Enunciado: O número de maneiras diferentes que 3 pessoas podem sentar-se em

uma fileira de 6 cadeiras vazias, de modo que, entre duas pessoas próximas

(seguidas) sempre tenha exatamente uma cadeira vazia, é:

Opção A: 6

Opção B: 12

Opção C: 27

Opção D: 54

Resposta Correta: B

Feedback A: Reveja todas as possibiidades.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: O Sr.(a) está contando a mesma pessoa mais de uma vez, porém não

estão sendo consideradas as duas formas básicas de dispor as pessoas ente as seis

posições, respeitando o enunciado. Refaça.

Feedback D: As pessoas estão sendo contadas mais de uma vez. Se uma pessoa

está ocupando um lugar, não pode estar em outro lugar, simultaneamente. Refaça.

Resolução: As pessoas devem estar dispostas da forma: PXPXP ou XPXPXP,

onde X é uma cadeira vazia e P é uma pesoa. Então devemos listar as

possibilidades nos dois casos, para as três posições e depois somar as duas. Assim,

temos 3 x 2 x 1 = 6 para o primeiro caso (XPXPXP) e 3 x 2 x 1 = 6 para o segundo

caso (PXPXPX). Somando-se os dois casos, temos 12 possibilidades diferentes.

Nível: 1

Rodada: 4

Ordem: 3

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Questão: 3

Enunciado: Ao utilizar o caixa eletrônico de um banco, o usuário digita a sua

senha numérica, em uma tela, na qual os dez algarismos (0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9) são

associados a cinco botões, aleatoriamente, de modo que cada botão represente dois

algarismos, indicados sempre em ordem crescente, logo abaixo de cada botão. O

número de maneiras diferentes de apresentar os dez algarismos nessa tela é:

Opção A: 10 elevado a 10

Opção B: 10! (10 fatorial)

Opção C: 10! / 2

Opção D: 10!/ (2 elevado a 5)

Resposta Correta: D

Feedback A: Observe se os algarismos podem se repetir em cada botão.

Feedback B: Leia o enunciado por completo. Os botões representa 2 algarismos.

Feedback C: Observe melhor a eliminação das repetições.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Sem ordenação na apresentação, teríamos 10 x 9 x 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3

x 2 x 1 = 10!. Porém, temos a restrição de ordem crescente em cada botão, o que

retira metade das possibilidades para cada botão (por exemplo: entre 7,5 e 5,7

somente o 5,7 será permitido). Como são 5 botões, teremos essa eliminação

ocorrendo 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 2 elevado a 5. Portanto, nossas 10! possbilidades

iniciais (sem ordenação) devem ser divididas por 2 elevado a 5.

Nível: 3

Rodada: 4

Ordem: 1

Questão: 4

Enunciado: Para mostrar aos seus clientes alguns dos produtos que vende, um

comerciante reservou um espaço em uma vitrine para colocar exatamente três

latas, lado a lado. Se ele vende seis tipos diferentes de cervejas, de quantas

maneiras distintas poderá expô-las na vitrine?

Opção A: 120

Opção B: 216

Opção C: 6

Opção D: 720

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Observe que não devem haver repetições dos tipos de cerveja na

vitrine.

Feedback C: São seis tipos diferentes, pense melhor.

Feedback D: São apenas três latas na vitrine. Pense bem.

Resolução: Basta pegar a quantidade de produtos para a primeira posição da

vitrine, multiplicar pela quantidade de produtos restantes para a segunda posição e

então multiplicar pela quantidade de produtos restantes para a terceira posição.

Assim, 6 x 5 x 4 = 120

Nível: 1

Rodada: 2

Ordem: 2

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Questão: 5

Enunciado: Deseja-se criar uma senha para os usuários de um sistema, começando

por 3 letras, escolhidas entre as 5 opções A,B,C,D e E, seguidas de quatro

algarismos numéricos, escolhidos entre 0,2,4,6 e 8. Entre as letras, pode haver

repetição, mas os algarismos devem ser distintos. O número total de senhas

possíveis, é

Opção A: 7200

Opção B: 37500

Opção C: 78125

Opção D: 15000

Resposta Correta: D

Feedback A: Revise o enunciado e observe que as letras podem se repetir. Então

são (5 x 5 x 5) opções para as letras.

Feedback B: Revise o enunciado, checando o que pode se repetir. Talvez tenha

havido uma troca entre o que pode ou não se repetir entre os dois tipos de

elementos (letras e algarismos numéricos).

Feedback C: Revise o enunciado e observe que os algarismos não pode se repetir,

então formam (5 x 4 x 3 x 2) possibilidades.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: São 5 letras para ocupar 3 posições e 5 números distintos para ocupar 4

posições. Assim, teremos (5 x 5 x 5) x (5 x 4 x 3 x 2) = 15000. Observe que foi

utilizado o Princípio Fundamental da Contagem (PFC), considerando não repetir

alguns elementos.

Nível: 1

Rodada: 5

Ordem: 3

Questão: 6

Enunciado: Considere o conjunto formado pelos números primos entre [2 e 23]. O

número de diferentes produtos ímpares que podemos obter, com 4 fatores tomados

desse conjunto, é:

Opção A: 4096

Opção B: 70

Opção C: 1024

Opção D: 1680

Resposta Correta: B

Feedback A: Oberve melhor o enunciado quanto à repetição

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Observe a repetição e a ordenação dos algarismos.

Feedback D: Observe se a ordem dos fatores altera o produto.

Resolução: 1o passo: Encontrar os números primos: 2,3,5,7,11,13,17,19,23. São 9

números. 2o. passo: Perceber que o número 2 é o único par e não pode ser usado

na multiplicação. Sobram então 8 números. Teremos 8 x 7 x 6 x 5 = 1680. Porém,

devemos descontar as duplicidades, que são 24, pois para cada posição de

algarismo, podem haver 6 repetições de resultados. Como são 4 algarismos,

teremos 6 x 4 = 24. Assim, dividindo-se 1680 por 24 temos: 70

Nível: 3

Rodada: 5

Ordem: 3

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Questão: 7

Enunciado: Suponha que Moacir esqueceu o número do telefone do seu amigo.

Ele pode fazer apenas mais duas chamadas antes de acabar o seu crédito. Ele

vasculhou seus cadernos e encontrou o número quase completo, porém os dois

últimos algarismos estavam apagados. Ele se recorda que a soma desses dois

algarismos é 9. Então, qual o número de combinações ele teria que tentar?

Opção A: 100

Opção B: 90

Opção C: 5

Opção D: 10

Resposta Correta: D

Feedback A: Observe as restrições (a soma é 9)

Feedback B: Observe as restrições (a soma é 9 e os algarismos podem se repetir).

Feedback C: Há mais possibilidades. Pense melhor, pois (0 e 9) é diferente de (9 e

0), ou seja, a posição dos algarismos é importante na formação do número de

telefone.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: A soma dos dois últimos algarismos é 9, então eles só podem ser 0 e 9,

1 e 8, 2 e 7, 3 e 6, 4 e 5, 5 e 4, 6 e 3, 7 e 2, 8 e 1 ou 9 e 0. Então são 10

possibilidades.

Nível: 1

Rodada: 1

Ordem: 1

Questão: 8

Enunciado: Em um escritório, onde trabalham 6 mulheres e 8 homens, pretende-se

formar uma equipe de trabalho com 4 pessoas, com a presença de pelo menos uma

mulher. O número de formas distintas de se compor essa equipe é:

Opção A: 931

Opção B: 1001

Opção C: 5016

Opção D: 209

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Observe a composição diferenciada de mulheres na equipe.

Feedback C: A posição dentro da equipe não faz nenhuma diferença e as

duplicidades devem ser descontadas.

Feedback D: O número de possibilidades para cada composição intermediária (1

mulher, 2 mulheres, 3 mulheres e 4 mulheres) não é sempre igual.

Resolução: A equipe pode ser formada por 1 mulher e 3 homens. Nesse caso

teremos 6 (mulheres) x 8 x 7 x 6 (homens nas demais posições) = 1334, porém

devem ser descontadas as duplicidades na formação dos homens, que são 6 para

cada mulher. Então teremos 1344 / 6 = 336. A equipe pode ser formada por 2

mulheres, então teremos (6 x 5 / 2) x (8 x 7 / 2) = 420. Para a equipe formada por

3 mulheres, teremos (6 x 5 x 4 / 6) x 8 (homens) = 160. Finalmente, para a equipe

de 4 mulheres, teremos 6 x 5 x 4 x 3 / 24 = 15. Somando-se todas as possibilidades

das equipes, teremos 336 + 420 + 160 + 1 = 931

Nível: 3

Rodada: 5

Ordem: 2

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Questão: 9

Enunciado: A palavra PROVA pode ter suas letras embaralhadas, formando outras

palavras de cinco letras. Se essas palavras forem todas listadas em ordem

alfabética, qual palavra ocuparia o 75o. lugar nessa lista?

Opção A: PROVA

Opção B: VAPOR

Opção C: RAPOV

Opção D: RAOVP

Resposta Correta: C

Feedback A: A posição 75 está mais adiante

Feedback B: a posição 75 está bem antes dessa palavra

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Quase! Reveja seu algoritmo

Resolução: No total, teremos 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120 combinações diferentes. Em

ordem alfabética, as primeiras 24 começam com a letra A, as próximas 24 com a

letra O, as próximas 24 com a letra P. A próxima palavra, que ocupa a posição 73

será RAOPV. A 74 será RAOVP e a 75 será RAPOV.

Nível: 2

Rodada: 1

Ordem: 3

Questão: 10

Enunciado: Dois rapazes e duas moças irão viajar de ônibus, ocupando as

poltronas 1 a 4, sendo as de números 1 e 2 juntas e as de número 3 e 4 juntas. O

número e maneiras distintas de ocupação dessas 4 poltronas, garantindo que, em

duas poltronas juntas, sempre viaje um rapaz ao lado de ma moça, é:

Opção A: 16

Opção B: 2

Opção C: 8

Opção D: 4

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Devem haver mais possibilidades. Refaça.

Feedback C: Verifique se todos trocam de posição nas possibilidades analisadas.

Feedback D: Observe que o número da poltrona deve ser considerado nas

possibilidades.

Resolução: Considere a 1a. posição ocupada pela moça M1. As possibilidades são

os dois rapazes sentarem-se ao lado dela e, para cada rapaz, o casal das outras

poltronas trocar de lugar entre si formando 4 possibilidades. Agora tomemos as

possibilidades para a moça ocupando as posições 2, 3 e 4. Cada uma delas gerará

mais quatro possibilidades, totalizando então 16 maneiras diferentes.

Nível: 2

Rodada: 4

Ordem: 2

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Questão: 11

Enunciado: Um hacker está tentando invadir um site e, para isso, utiliza um

programa que consegue testar (16 elevado a 3) senhas diferentes por minuto. A

senha é composta por 5 caracteres hexadecimais (entre 0 e 9 e entre A e F) .

Sabendo que o programa testa cada senha uma única vez, e que já testou 75% das

senhas possíveis, o tempo decorrido desde o início de sua execução, é de:

Opção A: 2 horas e 45 minutos

Opção B: 1 hora e 4 minutos

Opção C: 4 horas e 16 minutos

Opção D: 3 horas e 12 minutos

Resposta Correta: D

Feedback A: Não há restrição sobre usar o meso algarismo mais de uma vez.

Feedback B: Calcule quanto é o tempo total para a descoberta da senha e

considere que já foram testadas 75% das senhas.

Feedback C: Observe o tempo total para a descoberta da senha e depois calcule

75% desse tempo.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Temos 5 posições na senha e 16 algarismos diferentes, o que totaliza

16 x 16 x 16 x 16 x 16 = 16 elevado a 5. O programa testa 16 elevado a 3 senhas

por minuto, então para sabermos o tempo total temos uma relação de 16 elevado a

5 senhas possíveis dividido por 16 elevado a 3, o que resulta em 16 x 16 = 256

minutos. Dividindo-se por 60, para ter uma base em horas, teremos o tempo total

de 4 horas e 16 minutos. Como já foram testadas 75% das senhas, o tempo

decorrido é de 3 horas e 12 minutos.

Nível: 3

Rodada: 4

Ordem: 3

Questão: 12

Enunciado: Considerando uma cerimônia oficial, na qual todos se cumprimentam

com apertos de mãos uma única vez, se 990 cumprimentos foram realizados, qual

o número mínimo de pessoas presentes?

Opção A: 64

Opção B: 44

Opção C: 46

Opção D: 48

Resposta Correta: C

Feedback A: Há apenas um cumprimento entre cada duas pessoas. Refaça

Feedback B: Já foram 990 cumprimentos. Pense mellhor.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Não há como saber o total. A pergunta é sobre o mínimo. Leia

novamente o enunciado.

Resolução: Cada pessoa troca cumprimentos com (n-1) pessoas. Podemos

generalizar com a equação: C = (n x (n-1) / 2. Se 990 cumprimentos já foram

trocados, então teremos: (n x n) - n = 2 x 990. Resolvendo a equação do segundo

grau, termos duas raízes: 45 e -44, de onde se conclui que só podemos aproveitar o

45. Das opções oferecidas, não podemos dizer se chegará a 64 e nem mesmo a 48.

Se com 990 cumprimentos já obtivemos 45 pessoas, então o número mínimo

também não pode ser 44, o que nos leva à alternativa C (46 pessoas).

Nível: 2

Rodada: 5

Ordem: 1

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Questão: 13

Enunciado: Um instrutor de academia deve alocar, em um único suporte, pesos

que somem 16kg. Ele possui 4 unidades de 1kg, 4 unidades de 2kg, e 4 unidades

de 5kg. O número de maneiras diferentes de abastecer o suporte, colocando

sempre os maiores pesos em primeiro lugar, é:

Opção A: 5

Opção B: 3

Opção C: 6

Opção D: 4

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Pense melhor nas somas possíveis, considerando que os maiores

pesos devem ser colocados primeiro.

Feedback C: Não há pesos suficientes para tantas combinações, pois os pesos de

mesmo valor são idênticos entre si e não devem gerar contagens adicionais.

Feedback D: Pense mais nas somas possíveis. Faça um esboço com as maneiras

diferentes, pois alguma(s) combinação(ções) não deve(m) ter sido considerada(s).

Resolução: Começando pelos maiores pesos: 5,5,5,1. Em seguida: 5,5,2,2,2.

Depois: 5,5,2,2,1,1. Depois: 5,5,2,1,1,1,1. Finalmente: 5,2,2,2,2,1,1,1. Concluindo,

são 5 maneiras diferentes.

Nível: 1

Rodada: 4

Ordem: 1

Questão: 14

Enunciado: Um tipo de código usa apenas dois símbolos: 0 e 1. Considerando

esses símbolos como letras, pode se formar palavras. Por exemplo, 0, 1, 00, 10,

101 e 111 são algumas palavras formadas, por uma, duas e três letras desse

código. O número máximo de palavras, com cinco letras ou menos, que podem ser

formadas com esse código, é:

Opção A: 32

Opção B: 63

Opção C: 10

Opção D: 62

Resposta Correta: D

Feedback A: As palavras não são apenas de cinco letras. Podem ser de 4, 3, 2 e 1.

Feedback B: O Sr.(a) não está fazendo a conversão de binários para decimais.

Pense melhor.

Feedback C: O número de palavras é bem maior. Refaça.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: As palavras de 5 letras possíveis são formadas por cinco combinações

das duas letras. Então são 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32 possibilidades. As de 4 palavras

são formadas da mesma maneira, ou seja, 2 x 2 x 2 x 2 = 16. As de 3 letras, 2 x 2 x

2 = 8. As de 2 letras, 2 x 2 = 4. A de uma letra, 2. Somando-se todas, teremos 32 +

16 + 8 + 4 + 2 = 62.

Nível: 2

Rodada: 4

Ordem: 3

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Questão: 15

Enunciado: Três empresas devem ser contratadas para realizar quatro trabalhos

distintos em um condomínio. Cada trabalho será atribuído a uma única empresa e

todas elas devem ser contratadas. De quantas maneiras distintas podem ser

distribuídos os trabalhos?

Opção A: 18

Opção B: 36

Opção C: 72

Opção D: 81

Resposta Correta: B

Feedback A: Verifique melhor todas as possibilidades, considerando

(separadamente) cada empresa pegando dois trabalhos.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Verifique as regras do enunciado.

Feedback D: Verifique as regras do enunciado. As 3 empresas devem ser

contratadas, então uma mesma empresa não pode ser repetir mais de duas vezes.

Resolução: Como são 4 trabalhos, alguma empresa sempre realizará mais de um

trabalho. Considerando que as empresas sejam A, B e C, as possibilidades são: A

pegando dois trabalhos (AAXX, AXAX, XAXA, XAAX, AXXA, XXAA). Para

cada uma dessas combinações, temos duas possibilidades para B e C, somando 12

maneiras diferentes. Para a empresa B pegando dois trabalhos, teremos também 12

maneiras e o mesmo para a empresa C pegando dois trabalhos. Somando as três

variações, o total será de 36 maneiras diferentes.

Nível: 2

Rodada: 4

Ordem: 1

Questão: 16

Enunciado: A quantidade de números inteiros compreendidos entre 300 e 500 que

podemos formar, usando os algarismos 3, 4 e 5 apenas, é:

Opção A: 4

Opção B: 18

Opção C: 27

Opção D: 12

Resposta Correta: B

Feedback A: Há mais possibilidades, pois os algarismos podem se repetir em

todas as posições. Refaça.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: O intervalo é entre 300 e 500. Reveja todas as possibilidades, pois

não há tantas assim.

Feedback D: Talvez tenha sido considerada a não-repetição em duas posições,

porém a repetição pode ocorrer em todas as posições. Refaça.

Resolução: Listar os algarismos possíveis nas três posições, sendo que o da

primeira posição (centena) só poderá ser 3 ou 4. Assim, são duas possibilidades

para a primeira posição, multiplicado por 3 possibilidades para a segunda posição

e novamente multiplicado por 3 possibilidades para a terceira posição. Assim, 2 x

3 x 3 = 18

Nível: 1

Rodada: 4

Ordem: 2

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Questão: 17

Enunciado: Se os telefones de uma certa vila devem ter seus dígitos começando

com 3345-4XXX e todos múltiplos de 5, então o número máximo de telefones que

a vila pode ter, é:

Opção A: 1000

Opção B: 180

Opção C: 200

Opção D: 144

Resposta Correta: C

Feedback A: Observe as condições de restrição, pois o último algarismo deve

representar um múltiplo de 5.

Feedback B: Os algarismos podem se repetir em todas as posições. Talvez tenha

sido considerada a repetição em alguma posição apenas. Refaça a contagem.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Todos os algarismos podem se repetir. Talvez tenha sido considerado

que não possa haver nenhuma repetição Refaça.

Resolução: O último algarismo só pode ser 5 ou 0. Os demais podem ser qualquer

um, entre 0 e 9. Então, teremos 10 x 10 x 2 = 200

Nível: 1

Rodada: 5

Ordem: 1

Questão: 18

Enunciado: Quantos números naturais menores que 10 elevado a 5 têm exatamente

dois algarismos iguais a 3?

Opção A: 5040

Opção B: 7290

Opção C: 10000

Opção D: 729

Resposta Correta: B

Feedback A: Os algarismos podem se repetir, desde que somente 2 algarismos

sejam 3. Refaça

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: São apenas 2 algarismos iguais a 3. Refaça.

Feedback D: Considere as posições diferentes para os algarismos 3.

Resolução: 10 elevado a 5 é igual a 100.000. Os menos que 100.000 têm somente

5 algarismos. Se queremos somente dois algarismos iguais a 3, então os demais

não poderão ser 3, então podem ser qualquer um entre 9 opções. Assim, teremos 9

x 9 x 9 = 729 combinações para cada posição dos dois algarismos 3 nas 5

posições. Os dois algarismos 3 poderão ocupar 10 diferentes posições e então

teremos 729 x 10 = 7290 combinações diferentes.

Nível: 2

Rodada: 5

Ordem: 3

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Questão: 19

Enunciado: Lançando-se quatro dados,um a um, sucessivamente, o número de

maneiras distintas de se obter a soma 7, é:

Opção A: 3

Opção B: 116

Opção C: 20

Opção D: 12

Resposta Correta: C

Feedback A: Observe que a ordem dos resultados é geradora de possibilidades

distintas, pois os dados são lançados um de cada vez.

Feedback B: Observe que os dados não podem ter 0 como resultado.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Observe melhor as possibilidade de posições diferentes entre os

dados.

Resolução: Cada dado representa um elemento na soma, com valor de 1 a 6. Os

dados que apresentarem valores 5 ou 6 não farão parte da nossa contagem, pois

como os outros seriam no mínimo 1, teríamos somas maiores que 7. Assim, restam

apenas as possibilidades formadas por 1,2,3 e 4, mas ainda devem ser descontadas

as somas maiores que 7, como por exemplo 3+3+X+X ou 3+4+X+X ou

4+4+X+X. Na verdade, restam bem poucas combinações. Começando por obter

um número 4 em um dos dados, podemos ter apenas 1,1 e 1 nas demais e o

número quatro pode ocupar 4 posições, formando assim 4 maneiras diferentes.

Outras possibilidades serão formadas com 3 e 2 nos dados, restando 1 e 1 para os

demais. Como esses 2 e 3 podem ocupar as quatro posições formam-se 12

possibilidades distintas. Por fim, tomando-se a ocorrência de 2,2 e 2, temos 1

como outra possibilidade e esse 1 pode ocupar as quatro posições, gerando mais 4

possibilidades. Somando os três casos, temos 4 + 12 + 4 = 20 maneiras distintas.

Nível: 3

Rodada: 2

Ordem: 3

Questão: 20

Enunciado: De acordo com o CONTRAN, os veículos no Brasil são identificados

por uma placa com 3 letras e 4 algarismos numéricos, como ABC1234, JKL6789 e

XYZ0123. O número de placas distintas que podemos formar com as letras e os

algarismos dispostos em sequência, como nos exemplos, é:

Opção A: 192

Opção B: 168

Opção C: 260

Opção D: 36

Resposta Correta: B

Feedback A: O raciocínio está correto, mas observe melhor a combinação de letras

e de números em sequência.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: As sequências possíveis não são iguais à quantidade de elementos.

Feedback D: Há combinações de números para cada combinação de letras. Pense

melhor.

Resolução: Tomando-se as letras em sequência, temos 26 letras, gerando 24

sequências diferentes. Fazendo-se o mesmo com os números, temos 10 algarismos

e 7 sequências diferentes. Juntando os dois componentes, temos 24 x 7 = 168.

Nível: 2

Rodada: 3

Ordem: 2

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Questão: 21

Enunciado: Uma prova de matemática é constituída por 16 questões do tipo

múltipla escolha, tendo cada questão 5 alternativas distintas. Se todas as 16

questões forem respondidas ao acaso, o número de maneiras distintas de se

preencher o cartão de respostas será:

Opção A: 16 elevado a 5

Opção B: 80

Opção C: 5 elevado a 16

Opção D: 16 x 15 x 14 x 13

Resposta Correta: C

Feedback A: Reveja o enunciado e sua interpretação. São 16 questões e, para cada

uma delas há 5 opções de letras, que podem se repetir.

Feedback B: Pense melhor todas as possibilidades e faça exemplos. Não basta

multiplicar 16 por 5.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Veja atentamente o enunciado e a quantidade de maneiras diferentes

possíveis. Comece considerando as opções de cada questão, faça um desenho da

prova.

Resolução: Cada questão sozinha pode ter cinco maneiras diferentes. Como são 16

questões, deve-se multiplicar 5 x 5 x 5 x ... x 5, dezesseis vezes, o que equivale a 5

elevado a 16.

Nível: 2

Rodada: 2

Ordem: 3

Questão: 22

Enunciado: Com as seis letras da palavra "FUVEST" podem ser formadas 6! = 720

"palavras" (ou anagramas) diferentes de seis letras distintas, como "UEVTSF" ou

"SUTFEV". Se essas "palavras" forem colocadas em ordem alfabética, como um

dicionário a 250a. "palavra" começa com:

Opção A: EV

Opção B: FU

Opção C: SF

Opção D: SE

Resposta Correta: D

Feedback A: Refaça as contas para ver quantas combinações existem para cada

letra, em cada posição. A primeira letra "E" só acontece nas primeiras 120

posições

Feedback B: Refaça as contas para ver quantas combinações existem para cada

letra, em cada posição. A primeira letra "F" só aparece nas posições 121 a 240.

Feedback C: Refaça as contas para ver quantas combinações existem para cada

letra, em cada posição. Para a primeira letra sendo "S", a segunda letra muda

somente a cada 24 posições.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Cada letra ocupando a primeira posição permite a formação de 120

anagramas. Assim, com a letra inicial E, temos de 1 a 120. Com a letra F, de 121 a

240. Com a letra S, de 241 a 360. Tomando-se então a partir da 241a. posição

(com S no início), a segunda letra permite 24 combinações, então a letra E vai da

241a. posição até a 255a. posição. Portanto, a posição 250 tem as letras SE no

início.

Nível: 3

Rodada: 2

Ordem: 2

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Questão: 23

Enunciado: Considere todas as trinta e duas sequências, com cinco elementos cada

uma, que podem ser formadas com os algarismos 0 e 1. Quantas dessas sequências

possuem pelo menos três zeros em posições consecutivas?

Opção A: 6

Opção B: 12

Opção C: 8

Opção D: 32

Resposta Correta: C

Feedback A: Os algarismos podem se repetir. Refaça.

Feedback B: Verifique se está considerando algo em duplicidade.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Observe melhor o enunciado e as restrições solicitadas.

Resolução: As sequências com três zeros juntos podem ser 000XX, X000X ou

XX000, sendo que X pode ser 0 ou 1. Assim, são 4 possibilidades para cada uma

das 3 situações. Além disso, devem ser considerados que as sequências formadas

por 4 zeros ou por 5 zeros devem ser retiradas da soma, pois já foram contadas na

etapa do XX000. Então descontaremos 2 possibilidades para a ocorrência de 5

zeros (zeros à esquerda, zeros ao centro e zeros à direita) assim como uma

possibilidade com 1 à esquerda e mais uma possibilidade com 1 à direita. Assim,

são 4 + 4 + 4 - (2 + 1 + 1 ) = 8

Nível: 2

Rodada: 1

Ordem: 2

Questão: 24

Enunciado: Uma turma de 30 alunos resolve formar uma comissão de três pessoas

para tratar de um assunto delicado com um professor, sendo que um desses alunos

deverá ser o representante da turma. De quantas maneiras a comissão pode ser

formada?

Opção A: 30 x 29 x 28

Opção B: 29 x 28 / 2

Opção C: 30 x 29 x 1

Opção D: 29 x 29 x 1

Resposta Correta: B

Feedback A: Observe melhor as restrições do enunciado.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Após inserir o representante de turma na comissão, ainda sobram 30

alunos?

Feedback D: Não pode haver repetição de membros.

Resolução: Se o representante deve estar em todas as formações possíveis, resta

saber como serão ocupadas as duas vagas restantes. Além disso, a ordem dos

participantes não influencia os resultados, isto é, abc = bca = cab = ... . Assim, 1 x

29 x 28 / 2

Nível: 1

Rodada: 3

Ordem: 3

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Questão: 25

Enunciado: Durante a copa do mundo, que foi disputada por 24 países, as

tampinhas de uma marca de refrigerante traziam palpites sobre os países que se

classificariam nos três primeiros lugares. Se, em cada tampinha, os países são

distintos, quantas tampinhas diferentes poderiam existir.

Opção A: 13824

Opção B: 2304

Opção C: 12144

Opção D: 2024

Resposta Correta: C

Feedback A: Os times não podem ocupar mais de um lugar na mesma tampinha.

Refaça.

Feedback B: Um time não pode aparecer na mesma tampinha mais de uma vez.

Além disso, posições diferentes entre os mesmos times são significativas e devem

ser consideradas.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: O(a) Sr.(a) começou certo, mas as posições 1o., 2o. e 3o. são

significativas, então não deve eliminar os times que aparecerem juntos mais de

uma vez, pois estarão ocupando posições diferentes.

Resolução: Basta multiplicar 24 (países) para uma das posições, por 23 (países

restantes) para a outra posição e então multiplicar por 22 (países restantes), para a

terceira posição. Assim, 24 x 23 x 22 = 12144

Nível: 1

Rodada: 2

Ordem: 3

Questão: 26

Enunciado: O setor de emergência de uma unidade de saúde tem 3 médicos e oito

enfermeiros. A direção deverá formar equipes de plantão, constituídas por um

médico e três enfermeiros. O número de equipes diferentes possíveis, é:

Opção A: 256

Opção B: 3024

Opção C: 1008

Opção D: 168

Resposta Correta: D

Feedback A: Observe a repetição de enfermeiros na equipe.

Feedback B: Observe as restrições para formar as equipes.

Feedback C: Observe se as posições dos enfermeiros e médico são importantes nas

diferentes equipes.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Para a posição do médico, temos 3 possibilidades. Para os enfermeiros,

temos 8 x 7 x 6 possibilidades, porém para cada uma delas, a posição do

enfermeiro na equipe não importa, então devemos descontar essas repetições que

acontecem seis vezes para cada formação. Então teremos, no total: 3 x 8 x 7 x 6 / 6

= 168 equipes diferentes.

Nível: 3

Rodada: 2

Ordem: 1

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Questão: 27

Enunciado: Considere um campeonato de Futsal, no qual cada time joga contra

todos os demais times. Nessa fase, foram realizados 78 jogos. Quantos eram os

times?

Opção A: 13

Opção B: 16

Opção C: 12

Opção D: 24

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: O resultado depende de cálculos. A resposta nem sempre é óbvia.

Feedback C: A raiz negativa deve ser desprezada, neste caso.

Feedback D: O resultado depende de cálculos. A resposta nem sempre é óbvia.

Resolução: Se forem 5 times, cada time joga contra outros 4, sem repetição, ou

seja, o jogo A x B não se repete com B x A. Então teremos 5 x 4 / 2 = 10 jogos.

Podemos generalizar com n x (n-1) / 2. Para este caso, temos 78 jogos, então: n x

(n-1) / 2 = 78. => (n x n) - n = 156 => (n x n) - n - 156 = 0 => Resolvendo a

equação de 2o grau, temos as raízes +13 e -12. Assim, devemos desprezar a raiz

negativa e, para o nosso caso, a resposta é 13.

Nível: 3

Rodada: 1

Ordem: 3

Questão: 28

Enunciado: Num grupo de 5 pessoas, duas são irmãs. O número de maneiras

distintas que elas podem ficar em fila, de maneira que as duas irmãs fiquem

sempre juntas, é igual a:

Opção A: 48

Opção B: 120

Opção C: 24

Opção D: 12

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Observe as restrições para as irmãs.

Feedback C: Mesmo juntas, elas podem ocupar posições diferentes.

Feedback D: Há mais posições que elas podem ocupar. Reveja.

Resolução: São 5 pessoas, então há 5 lugares na fila. As irmãs podem ocupar os

lugares 1,2 ou 2,1 ou 2,3 ou 3,2 ou 3,4 ou 4,3 ou 4,5 ou 5,4. Para cada opção

dessas, há seis combinações possíveis para os demais componentes na fila.

Somando-se tudo, teremos 8 x 6 = 48 maneiras diferentes.

Nível: 1

Rodada: 5

Ordem: 2

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Questão: 29

Enunciado: Um shopping center possui quatro portas de acesso, cinco escadas

rolantes que ligam o térreo ao primeiro andar e três elevadores que ligam o

primeiro andar ao segundo andar. De quantas maneiras diferentes uma pessoa

pode acessar o segundo andar, a partir do lado de fora do shopping center?

Opção A: 36

Opção B: 15

Opção C: 12

Opção D: 60

Resposta Correta: D

Feedback A: Observe quantos elementos temos para cada dispositivo (portas,

escadas, elevadores).

Feedback B: Observe o ponto de partida da pessoa.

Feedback C: As maneiras não se somam para se encontrar o total. Pense melhor.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Basta considerar todos os dispositivos mencionados, portanto são 4

portas vezes 5 escadas vezes 3 elevadores = 60

Nível: 1

Rodada: 1

Ordem: 3

Questão: 30

Enunciado: Para ter acesso a um arquivo eletrônico, o usuário deve executar duas

operações: digitar uma senha composta de três algarismos numéicos distintos e, se

a senha digitada for aceita, digitar uma segunda senha, composta por duas letras

distintas, escolhidas em um alfabeto de 26 letras. O número máximo de tentativas

necessárias para ter acesso ao arquivo, se o usuário não conhece as senhas é:

Opção A: 1370

Opção B: 1650

Opção C: 468000

Opção D: 1676

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: O Sr.(a) considerou que algum elemento poderia se repetir. Observe

o enunciado que nem as letras nem os algarismos podem se repetir.

Feedback C: Observe que a liberação da 2a. parte depende do acerto da 1a. parte,

então as combinações em cada parte não devem ser multiplicadas, para se chegar

ao total.

Feedback D: O Sr.(a) está considerando que tudo pode se repetir, mas o correto é

que nem algarismos nem letras podem se repetir.

Resolução: A primeira parte consiste em digitar 3 algarismos distintos, então

temos 10 x 9 x 8 = 720 combinações. A segunda parte é liberada para digitação

somente após acertar a primeira parte. Então, temos 26 (letras) x 25 = 650.

Somando-se as duas partes, temos 720 + 650 = 1370

Nível: 1

Rodada: 3

Ordem: 1

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Questão: 31

Enunciado: Uma urna contém nove votos fechados, dados por ministros do STF.

Três desses votos mantém uma investigação em foro regional e seis votos passam

a investigação para foro privilegiado. Considerando que, uma vez revelados, não

há nenhuma diferenciação entre os votos semelhantes (entre os regionais e entre os

privilegiados), existem K maneiras diferentes de retirar os votos da urna, tomando-

se um de cada vez. Qual o valor de K?

Opção A: 9! (9 fatorial)

Opção B: 3! x 6! (!=fatorial)

Opção C: 84

Opção D: 9 elevado a 3

Resposta Correta: C

Feedback A: Observe que os votos de mesma posição são todos idênticos ente si,

então deve ser feita uma análise com simulação de retiradas.

Feedback B: Como os votos de mesma posição são idênticos, não é preciso retirar

todos os votos para saber o que virá, após um certo ponto. Simule algumas

retiradas para auxiliar o raciocínio.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Não se pode avaliar isoladamente cada voto regional em cada uma

das 9 posições de retirada.

Resolução: Um voto regional pode ser retirado em qualquer uma das 9 tentativas.

O 2o. voto regional pode ser retirado em qualquer uma das 8 tentativas restantes.

O 3o. voto nas 7 restantes. Como não há diferenciação entre os votos semelhantes,

temos 3! repetições para cada retirada, que devem ser descontadas. Assim,

dividindo-se as possibilidades totais pelas possíveis repetições, temos (9 x 8 x 7) /

(3 x 2 x 1) = 84

Nível: 3

Rodada: 4

Ordem: 2

Questão: 32

Enunciado: Um político em campanha observou que, para ir da cidade de São

Paulo até Mauá, há três rodovias e duas ferrovias e que, para ir de Mauá até

Franco da Rocha, há duas rodovias e duas ferrovias. O número de percursos

diferentes que o político pode percorrer para ir de São Paulo até Franco da Rocha,

passando por Mauá, e utilizando ambos os meios, mas em qualquer ordem, é:

Opção A: 10

Opção B: 20

Opção C: 6

Opção D: 4

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Observe as restrições do enunciado: deve-se utilizar ambos os meios

de transporte.

Feedback C: Tente outras alternativas no percurso. O Sr.(a) está considerando

apenas as rodovias.

Feedback D: Tente outras alternativas no percurso.

Resolução: Para ir de São Paulo até Mauá há 3 alternativas rodoviárias e, para ir

de Mauá até Franco da Rocha, há 2 alternativas ferroviárias, totalizando 6 opções

diferentes. Para ir de São Paulo até Mauá há 2 alternativas ferroviárias e, para ir de

Mauá até Franco da Rocha, há 2 alternativas rodoviárias, totalizando 4 opções

diferentes. Somando as duas formas de deslocamento, temos 10 opções diferentes.

Nível: 1

Rodada: 1

Ordem: 2

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Questão: 33

Enunciado: A quantidade de números inteiros, positivos e ímpares, formados por

três algarismos distintos, escolhidos dentre os algarismos 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9, é:

Opção A: 360

Opção B: 320

Opção C: 504

Opção D: 405

Resposta Correta: B

Feedback A: Pense melhor nas restrições: são números de 3 algarismos.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Observe as restrições: ímpares e de 3 algarismos.

Feedback D: Observe que não pode repetir os números.

Resolução: Tomando-se a restrição dos ímpares, a unidade só pode ser ocupada

pelos algarismos 1,3,5,7 e 9. São 5 possibilidades. Tomando-se a restrição da

centena (os números devem ser de 3 algarismos), então teremos 9 opções, porém

um algarismo já foi usado na unidade, então sobram 8 possibilidades. Agora

tomamos a dezena, a qual pode ter qualquer um dos demais algarismos, ou seja, 8

possibilidades. Dessa forma, teremos 8 x 8 x 5 = 320 números.

Nível: 3

Rodada: 3

Ordem: 2

Questão: 34

Enunciado: Uma senhora idosa foi retirar dinheiro em um caixa automático, mas

se esqueceu da senha. Ela lembrava que não havia o algarismo 0, que o primeiro

algarismo era 8, que o segundo algarismo era par, que o terceiro era menor que 5

e, finalmente, o quarto e último algarismo era ímpar. Qual o maior número de

tentativas que ela precisa fazer, para acertar a senha.

Opção A: 100

Opção B: 150

Opção C: 80

Opção D: 720

Resposta Correta: C

Feedback A: Na primeira posição, "menor que 5" não inclui o algarismo 5.

Feedback B: Observe que "menor que 5" não inclui o algarismo 5 e que o zero

está fora das combinações.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: O algarismo 8 é fixo na primeira posição. Não use 8 como a

quantidade de opções para essa posição.

Resolução: O primeiro algarismo será fixado em 8. O segundo é par, então só pode

ser 2,4,6,8, pois o 0 não entra (4 possibilidades). O terceiro é menor que 5, então

só pode ser 1,2,3 ou 4 (4 possibilidades). Finalmente, o quarto é ímpar, então só

pode ser 1,3,5,7 ou 9 (5 possibilidades). Então teremos 1 x 4 x 4 x 5 = 80

tentativas, no máximo.

Nível: 2

Rodada: 2

Ordem: 1

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Questão: 35

Enunciado: Uma secretária possui 9 camisas, 7 calças e 4 pares de sapatos, os

quais podem ser combinados de muitas maneiras. Se, em cada dia, ela usar uma

combinação diferente, sem repetir, quantos dias ela poderá mostrar uma

combinação diferente, até que seja obrigada a repetir alguma combinação?

Opção A: 20 dias úteis

Opção B: 252 dias úteis

Opção C: 729 dias úteis

Opção D: 504 dias úteis

Resposta Correta: B

Feedback A: Há mais possibilidades. Repense seu algoritmo.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Verifique a quantidade de cada peça do vestuário.

Feedback D: Um par de sapatos conta-se uma vez, não duas.

Resolução: Toma-se a quantidade de camisas, multiplica-se pela quantidade de

calças e depois multiplica-se pela quantidade de sapatos. Assim, 9 x 7 x 4 = 252

Nível: 1

Rodada: 2

Ordem: 1

Questão: 36

Enunciado: Todas as variações que se pode conseguir, alterando a ordem das letras

da palavra SORTE, podem ser listadas e colocadas em ordem alfabética, como em

um dicionário. A última letra da palavra que ocupa a 86a. posição dessa lista é:

Opção A: O

Opção B: T

Opção C: R

Opção D: S

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Refaça suas contas e reveja o posicionamento da ordem alfabética. A

primeira letra é trocada a cada 24 posições, a 2a letra troca a cada 6 posições e a

3a, a cada 2 posições.

Feedback C: Refaça suas contas e reveja o posicionamento. Esta letra é a 2a. na

86a. posição. Pense melhor.

Feedback D: Esta letra está longe de ser a opção correta, pois é a 1a. letra na 86a.

posição.

Resolução: A ordem inicial das letras é EORST. Cada letra fixa na primeira

posição permite 4 x 3 x 2 x 1 = 24 combinações diferentes. Então termos na 25a.

posição da lista a letra O na primeira posição, Na 49a, posição a letra R. Na 73a.

posição teremos a letra S, seguida da lera E, que aparecerá na 2a posição por 6

posições. Na 79a. posição teremos SO. Na posição 85 teremos SR, seguidos de

EOT. Na posição 86 teremos SRETO, o que nos leva à resposta correta, que é a

letra O no final.

Nível: 3

Rodada: 3

Ordem: 3

Page 148: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Questão: 37

Enunciado: Em uma certa comunidade, dois homens se cumprimentam com um

aperto de mão na chegada e um outro na saída. Um homem e uma mulher somente

apertam as mãos na chegada e entre as mulheres nunca apertam as mãos. Em um

evento, onde participam 37 pessoas, quantas eram mulheres, sabendo que foram

trocados 720 apertos de mão?

Opção A: 37

Opção B: 20

Opção C: 19

Opção D: 17

Resposta Correta: D

Feedback A: Tente desenvolver um sistema de equações para o enunciado.

Feedback B: O número pedido é somente de mulheres.

Feedback C: Observe melhor o desenvolvimento do sistema de equações.

Feedback D: Parabéns.

Resolução: Cada pessoa troca cumprimentos com (n-1) pessoas sem repetição.

Podemos generalizar com a equação: C = n x (n-1) / 2. Se tivermos H homens se

cumprimentando duas vezes, teremos H x (H-1). Além disso, se tivermos H

homens e M mulheres se cumprimentando na forma H->M e apenas uma vez,

teremos um total de H x M cumprimentos. Segundo o enunciado, o total de

cumprimentos é de 720, então teremos: (H x (H-1) / 2) + (H x M) = 720. Sabemos

também que o total de pessoas é 37, então H + M = 37. Tomando as duas

equações, simplificando-a e substituindo M por (H - 37) na primeira equação,

teremos: H x (H - 1) + H x (37 - H) = 720 => 36 x H = 720 => H = 20. Se H = 20,

então M = 17.

Nível: 3

Rodada: 5

Ordem: 1

Questão: 38

Enunciado: Em uma cidade, há 2 linhas de ônibus, uma na direção norte-sul, e

outra na direção leste-oeste. Cada ônibus tem um código formado por três

algarismos, escolhidos entre 1,2,3,4 e 5 para a linha norte-sul, e 6,7,8 e 9 para a

linha leste-oeste. Não são permitidos 4 algarismos iguais. Se A é o total de códigos

para a linha norte-sul e B o total de linhas para a linha leste-oeste, então A/B é

igual a:

Opção A: 125/64

Opção B: 2

Opção C: 2,5

Opção D: 1

Resposta Correta: B

Feedback A: Verifique melhor as restrições: não podem haver 3 algarismos iguais.

Feedback B: Parabéns.

Feedback C: Apenas os números de 3 algarismos iguais, devem ser retirados da

soma total.

Feedback D: Verifique se isso atende mesmo ao enunciado, pois temos 5

algarismos para serem usados na linha A e 4 para serem usados na linha B.

Resolução: Para a linha norte-sul (A), o total de combinações, antes de aplicar as

restrições, é 5 x 5 x 5 = 125. Retirando agora os números que tenham 3 algarismos

iguais (111,222,333,444 e 555), sobram 120 combinações. Para a linha leste-oeste

(B), temos 4 x 4 x 4 = 64. Retirando agora as repetições (666,777,888 e 999),

sobram 60 combinações. Assim, A/B = 120 / 60 = 2

Nível: 2

Rodada: 3

Ordem: 3

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Questão: 39

Enunciado: Considere a identificação das placas de veículos no Brasil: 3 letras

(entre 26) e 4 dígitos (entre 10). O número total de combinações possíveis é

aproximadamente:

Opção A: 78.600.000

Opção B: 27.600

Opção C: 175.800.000

Opção D: 7,8 x 10.000.000.000

Resposta Correta: C

Feedback A: Pode repetir letras e números. Refaça.

Feedback B: Não basta somar letras com números.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: Respeite os espaços de letras e números.

Resolução: Neste caso, as opções de letras e números devem ser todas

multiplicadas. Assim, temos 26 x 26 x 26 x 10 x 10 x 10 x 10 = 175.760.000

Nível: 1

Rodada: 3

Ordem: 2

Questão: 40

Enunciado: Considere os algarismos 2,3,5,7 e 9. A quantidade total de números

distintos que se obtém multiplicando-se dois ou mais destes algarismos, sem

repetição, é:

Opção A: 26

Opção B: 320

Opção C: 160

Opção D: 84

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Deve-se desconsiderar as repetições. Ex. 2 x 3 é igual a 3 x 2.

Feedback C: Não basta dividir por 2, pois as repetições não ocorrem somente com

2 algarismos.

Feedback D: Deve-se dividir pela quantidade de repetições e não pelo número de

algarismos utilizados.

Resolução: As possibilidades incluem usar 2,3,4 ou todos os algarismos. Se forem

2 algarismos, teremos 5 x 4 = 20. Devemos dividir essas possibilidades pelas

repetições, que são 2 para cada algarismo utilizado, então teremos 10

possibilidades. Para multiplicação de 3 algarismos, teremos 5 x 4 x 3 = 60.

Devemos dividir essas possibilidades pelas repetições, que são 6 para cada

algarismo utilizado, então teremos 10 possibilidades. Para 4 algarismos, teremos 5

x 4 x 3 x 2 = 120. Devemos dividir essas possibilidades pelas repetições, que são

24 para cada algarismo utilizado, então teremos 5 possibilidades. Finalmente, para

5 algarismos, teremos 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = 120. Devemos dividir essas

possibilidades pelas repetições, que são 120 para cada algarismo utilizado, então

teremos mais 1 possibilidade. Somando todas as anteriores, teremos então: 10 + 10

+ 5 + 1 = 26 números distintos.

Nível: 3

Rodada: 3

Ordem: 1

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Questão: 41

Enunciado: Num programa transmitido diariamente, uma emissora de rádio toca

sempre as mesmas dez músicas, mas nunca na mesma ordem. Para esgotar todas

as prováveis sequências dessas músicas, serão necessárias, aproximadamente:

Opção A: 100 séculos

Opção B: 10 séculos

Opção C: 100 anos

Opção D: 10 anos

Resposta Correta: A

Feedback A: Parabéns.

Feedback B: Sempre de forma arredondada, calcule as ordens diferentes das

músicas, que não podem se repetir dentro de cada dia, e depois passe para a base

anual.

Feedback C: Calcule de forma aproximada a quantidade de maneiras distintas, em

dias. Então passe para base anual, também de forma aproximada (1 ano tem

aproximadamente 400 dias).

Feedback D: Passe o total de dias para a base anual, utilizando aproximações.

Verifique atentamente a quantidade de zeros na aritmética e a quantidade de anos

em um século (100 anos).

Resolução: Basta multiplicar a quantidade de músicas para cada posição na ordem

diária. Assim, temos 10 x 9 x 8 x 7 x 6 x 5 x 4 x 3 x 2 x 1 = aproximadamente

4.000.000 de dias. Dividindo-se por 400 dias (aproximadamente um ano), teremos

10.000 anos, ou seja, 100 séculos.

Nível: 2

Rodada: 2

Ordem: 2

Questão: 42

Enunciado: Um número capicua é um número que se pode ler indistintamente em

ambos os sentidos, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, como

por exemplo o número 5335. Em um hotel, o número de quartos é igual ao número

de capicuas pares de três algarismos. Quantos eram os quartos do hotel?

Opção A: 250

Opção B: 160

Opção C: 40

Opção D: 36

Resposta Correta: C

Feedback A: Repense. O algarismo 0 não pode ocupar as posições da esquerda.

Feedback B: Não há combinações capicuas em número tão alto. Reveja seus

conceitos.

Feedback C: Parabéns.

Feedback D: O número pode ter 3 algarismos iguais. Reveja seu algoritmo.

Resolução: Se o número é de 3 algarismos, é capicua e é par, então os algarismos

externos só podem ser 2,4,6 ou 8. Assim, as combinações podem ser 2X2, 4X4,

6X6 ou 8X8, onde X pode variar de 0 a 9. formando 10 combinações para cada

possibilidade, ou seja, 10 + 10 + 10 + 10 = 40

Nível: 2

Rodada: 3

Ordem: 1

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APÊNDICE B

ROTEIRO DE ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

Procedimentos iniciais:

Agradecer aos participantes sobre a participação na fase de avaliação e pela

disponibilidade de tempo e interesse em participar da entrevista, realçando a

importância dos esclarecimentos, para a qualidade da pesquisa.

Explicar novamente o contexto da pesquisa, a pergunta de pesquisa e os objetivos da

mesma.

Reafirmar o caráter sigiloso quanto à identidade dos participantes.

Obter permissão para utilizar o aceite do Termos de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE), realizado na etapa de avaliação, para participação nesta

entrevista e para gravação digital do áudio apenas para fins de transcrição e melhor

compreensão dos pesquisadores.

Esclarecer que a entrevista não tem como objetivo a aferição de conhecimentos e que

sua participação não influencia de nenhuma forma o desempenho acadêmico os

participantes.

Caracterização dos participantes:

Preenchimento de folha com dados pessoais (nome, e-mail e assinatura)

Roteiro:

Das questões apresentadas, algumas exigiram a utilização de conceitos matemáticos

aprendidos no Ensino Fundamental ou Médio. Vários comentários apontaram para

dificuldades nesses conceitos, de forma genérica. Vocês poderiam destacar alguns

desses conceitos que tenham causado dificuldades?

O Número fatorial, utilizado em algumas questões, gerou alguma dificuldade?

Como foi a compreensão dos enunciados das questões? Eles continham palavras

difíceis?

A montagem das resoluções, ou seja, o equacionamento matemático dos problemas foi

fácil?

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As questões eram desafiadoras, ou seja, vocês se sentiram desafiados a resolvê-las?

Os feedbacks recebidos a cada tentativa, deixaram vocês mais confiantes? Por que

ajudava a aprender ou por que eliminava as alternativas erradas?

Vocês prestavam atenção nas resoluções, comparando com o que haviam feito ou não

se importaram, afinal já tinham acertado a questão?

Como se sentiram ao deixar os comentários sobre as questões, ao expor suas

dificuldades ou críticas ao trabalho de um professor? Com mais poder ou mais

vulneráveis?

Vocês foram sinceros?

Alguns declararam que “chutaram” ou que resolveram por eliminação. Isso aconteceu

com vocês? Quanto?

Vocês colaram ou pediram algum tipo de ajuda?

Como seria se esse método de avaliação pudesse ser utilizado oficialmente nos cursos,

com avaliações contínuas, a cada semana ou a cada 15 dias?

O que pensariam em mudar?

No geral, como foi participar da experiência?

Para encerrar, existe alguma colocação adicional ou curiosidade que desejam

registrar?

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APÊNDICE C

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE).

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APÊNDICE D

TELAS DO SISTEMA INFORMA

Neste apêndice estão reproduzidas 16 telas e mensagens do sistema.

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Figura D.1 – Menu principal Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.2 – Cadastro do Aluno

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.3 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.4 – Mensagem de conformação de não-concordância

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.5 – Confirmação de identidade para desistência

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.6 – Informe de confirmação de desistência

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.7 – Bloqueio de acesso ao sistema, se aluno solicitou cancelamento

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.8 – Mensagem de validação dos dados digitados

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.9 – Tela de entrada e verificação de identidade

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.10 – Apresentação de questão e opções de resposta

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.11 – Apresentação de feedback e nova tentativa

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.12 - Apresentação de resolução e solicitação de comentários, após 3 tentativas incorretas

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.13 – Apresentação de resolução e solicitação de comentários, após acerto

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.14 – Solicitação de comentários para a rodada

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura D.15 – Menu do módulo de administração do sistema

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura D.16 – Tela do cadastro de questões

Fonte: Elaborado pelo autor

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APÊNDICE E

RELATÓRIO ROTEIRO COMPLETO

Este apêndice apresenta o relatório do roteiro de participação dos alunos no sistema,

contendo o código do comentário, data e hora em que o participante abriu a questão, o

comentário, a quantidade de tentativas utilizadas, o código do aluno, o código da questão, o

status da questão e o tempo utilizado para marcar a primeira, a segunda e a terceira respostas.

O relatório está ordenado pelo código do aluno e depois pela data e hora de

participação.

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo

(continua)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

308 22/08/2016 12:36

Não tive dificuldades, só esqueci de incluir o 0 mas

no final consegui acertar 1 39 7 C 0:02:47

312 22/08/2016 12:40

O feedback me ajudou entender esta questão. Tive

dificuldades! 3 39 23 E 0:05:30 0:00:18 0:00:19

315 22/08/2016 12:47 A resolução me ajudou a entender melhor a questão 2 39 9 C 0:01:16 0:00:11

442 08/09/2016 20:51 Eu chutei, não tinha a mínima ideia de como resolver 2 39 26 C 0:03:52 0:00:40

443 08/09/2016 20:57

Mesmo com a explicação da resolução ainda não

entendi como resolver esta questão 3 39 22 E 0:01:25 0:00:50 0:00:26

444 08/09/2016 21:01 Essa já não foi tão dificil 1 39 19 C 0:00:48

445 08/09/2016 21:04 Fui fácil 1 39 40 C 0:02:37

446 08/09/2016 21:08 Não foi muito dificil 1 39 33 C 0:02:41

448 08/09/2016 21:14 Não tive a mínima ideia de como conseguir 3 39 3 E 0:00:38 0:00:11 0:00:04

447 08/09/2016 21:14 NULL 0 39 36 E

449 08/09/2016 21:15 Foi dificil 1 39 31 C 0:00:35

450 08/09/2016 21:16 Não deu 3 39 11 E 0:01:44 0:00:42 0:00:15

514 20/09/2016 15:39 Sim foi complicado 2 39 37 C 0:04:45 0:00:18

515 20/09/2016 15:45 Infelizmente eu chutei 3 39 8 C 0:01:53 0:00:09 0:00:05

516 20/09/2016 15:48 NULL 3 39 6 E 0:00:41 0:00:12 0:00:09

277 16/08/2016 15:06 Não houve dificuldades na resolução desse exercício. 1 41 7 C 0:01:28

278 16/08/2016 15:08

A resolução ajudou, mas os feedbacks não. E se a

resolução tivesse sido mais detalhada e com

exemplos teria ficado mais fácil de entender. 3 41 23 E 0:12:25 0:00:19 0:02:05

279 16/08/2016 15:28 O feedbacks foram de pouca ajuda. 3 41 9 C 0:00:51 0:00:28 0:00:29

280 16/08/2016 22:15 Sem dificuldades. 1 42 7 C 0:02:06

281 16/08/2016 22:18 A questão exige um pouco de atenção. 2 42 23 C 0:03:35 0:00:20

282 16/08/2016 22:23 . 3 42 27 E 0:01:56 0:00:05 0:00:03

322 23/08/2016 20:58

Mais uma vez a atenção ao enunciado foi importante

para resolução. 2 42 26 C 0:02:46 0:00:04

323 23/08/2016 21:02 Não consegui entender o enunciado. 3 42 22 E 0:01:29 0:00:03 0:00:03

324 23/08/2016 21:04 Um pouco difícil. 3 42 19 C 0:00:39 0:00:03 0:00:03

424 06/09/2016 17:17 QUESTÃO DE FÁCIL RESOLUÇÃO LÓGICA 1 42 40 C 0:00:30

425 06/09/2016 17:19 NÃO É MUITA QUESTÃO DIFÍ•CIL MAS EXIGE ATENÇÃO. 3 42 33 E 0:00:53 0:00:05 0:00:04

426 06/09/2016 17:21

EU ACHO UM POUCO DIFÍCIL ASSOCIAR LETRAS COM

NÚMEROS 3 42 36 E 0:00:41 0:00:06 0:00:06

427 06/09/2016 17:23

NÃO CONSEGUI CHEGAR A ESSE MESMO RACIOCÍ•NIO

MAS CHEGUEI A RESPOSTA CORRETA 3 42 15 C 0:00:42 0:00:04 0:00:04

428 06/09/2016 17:25

IMAGINEI LENDO O ENUNCIADO UMA FÓRMULA

9X9+3 1 42 31 C 0:00:43

429 06/09/2016 17:26

UTILIZEI DE OUTRA FORMA PARA CHEGAR AO

RESULTADO 2 42 11 C 0:01:39 0:00:04

478 14/09/2016 12:56

NÃO CONSEGUI IMAGINAR UMA FORMA FÁCIL DE

CÁLCULO 3 42 37 E 0:17:13 0:00:04 0:00:03

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

(continua)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

479 14/09/2016 13:14 RESPOSTA PREVISIVEL 2 42 8 C 0:02:29 0:00:03

480 14/09/2016 13:17 NÃO CHEGUEI A ESSE MESMO RACIOCINIO 3 42 6 E 0:00:14 0:00:02 0:00:06

283 16/08/2016 23:10 As dicas ajudaram 1 43 7 C 0:06:21

284 16/08/2016 23:20

A dica ajudou muito, tive uma pequena dificuldade

de achar as ultimas sequências 1 43 23 C 0:21:40

285 16/08/2016 23:43

Tive mas dificuldades de responder essa pergunta,

primeiramente entender quantos times joga 1 43 27 C 0:15:18

325 23/08/2016 23:22

Questão dificil, tive difuldades pois estava calculando

com a posição da equipe de enfermeiros 1 43 26 C 1:08:41

326 24/08/2016 00:36

Questão dificil, teve que entender primeiro os

anagramas 1 43 22 C 0:15:20

327 24/08/2016 00:54 Foi dificil entender a questão 2 43 19 C 0:09:29 0:03:43

411 04/09/2016 19:31 Foi dificil para entender e fazer os calculos 1 43 40 C 0:04:27

412 04/09/2016 19:37 Difícil ,até identificar a quantidade de possibilidades 1 43 33 C 0:14:13

413 04/09/2016 19:53

Foi difícil esta questão também !Fazer os cálculos

para encontrar as combinações 1 43 36 C 0:03:45

451 08/09/2016 23:31

A resolução esta me ajudando a entender mas sobre

os cálculos de possibilidade 1 43 3 C 0:08:10

452 08/09/2016 23:44

Essa questão eu não compreendi corretamento os

conceitos matemáticos 3 43 31 E 0:11:57 0:01:29 0:31:58

453 09/09/2016 00:31

Foi difícil para entender a logica do problema e fazer

o calculo matemático,mas estou evoluindo com esses 3 43 11 C 0:07:39 0:25:02 0:02:22

466 13/09/2016 21:03

Foi difícil a questão, não pensei da forma para chegar

nesse resultados, calcule primeiro os apertos dos

homens e depois os apertos das mulheres 1 43 37 C 0:07:31

467 13/09/2016 21:18

Questão difícil , estou a cada questão estou

aprendendo mas sobre novos conceitos

matemá¡ticos , com possibilidades e fatorial 1 43 8 C 0:07:01

468 13/09/2016 21:27

Após identificar que o n.2 não fazia parte da conta,

ficou mas fácil a interpretação da conta 1 43 6 C 0:02:54

286 17/08/2016 00:11

Nenhuma dificuldade encontrada, os feedbacks

ajudaram muito. 1 44 7 C 0:00:40

287 17/08/2016 00:13

Tive dificuldade nos conceitos, não consegui

entender muito bem. 3 44 23 E 0:00:55 0:00:22 0:00:15

288 17/08/2016 00:16 Ajudaram 1 44 9 C 0:00:48

289 18/08/2016 15:00

fazia tempo que não respondia questões dessa

forma, gostei muito pois tive 1 erro o que me fez

pensar um pouco mais e voltar a lembrar como fazer

os cálculos 2 45 7 C 0:01:13 0:00:16

290 18/08/2016 15:02

tive dificuldades nessa questão, mas ajudou com

aprendizado. Muito boa as questões até agora para

relembramos coisas do passado e para aprendermos

a pensar mais 3 45 23 E 0:00:33 0:00:15 0:00:06

291 18/08/2016 15:05

muito boa essa questão ajudou bastante agora vou

pensar mais em quantas palavras podemos formar

com apenas uma só 2 45 9 C 0:00:57 0:00:09

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

(continua)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

346 24/08/2016 20:22

uma questão de raciocínio e de pensar e prestar

muita atenção ao enunciado, não tive problemas em

encontrar, e sim a resolução foi exatamente a mesma

conta 1 45 26 C 0:01:20

347 24/08/2016 20:25

essas questões sempre me fazem errar na primeira

tentativa, fiquei com um pouco de dificuldade para

entender mas com a resolução explicativa ficou mais

fácil de entender 2 45 22 C 0:01:43 0:00:19

348 24/08/2016 20:29

questão com bom raciocínio lógico e contas, encontre

dificuldades para fazer pois não sabia como fazer e o

feedback ajudou a entender como resolver 3 45 19 C 0:01:24 0:00:06 0:00:05

295 19/08/2016 17:13

foi uma pergunta inteligente e meio confusa, porque

tinha dois algarismos e pensei que ele pode somar 3 47 7 C 0:01:28 0:00:26 0:00:47

296 19/08/2016 17:18 CONFUSO 2 47 23 C 0:01:26 0:00:23

297 19/08/2016 17:20 PENSEI EM HORAS NESSE CASO 2 47 27 C 0:01:11 0:00:13

384 27/08/2016 22:05 Nenhuma 1 47 26 C 0:01:31

385 27/08/2016 22:07 Confusa 3 47 22 C 0:00:55 0:00:31 0:00:24

386 27/08/2016 22:09 Foi dificil k 2 47 19 C 0:00:47 0:00:06

420 05/09/2016 14:40

Bom,na verdade eu chutei.Então não tinha a minima

ideia de como eu cheguei ao se resultado,mais agora

entendi um pouco devido ao ler o seu resultado. 2 47 40 C 0:02:46 0:00:50

421 05/09/2016 14:46

eu usei a seguinte lógica porém pensei até demais

para entender como fazer ela, 1) vamos escolher esse

algarismo das seguintes unidades (1,3,5,7 ou 9)

numero escolhido(5) //// 2) depois escolher as

centenas (1 a 9 menos o algarismo já escolhido para

as unidades) numero oito foi escolhido ///// 3) pelo

fim iremos escolher a dezenas (0 a 9 menos os 2

algarismos já escolhidos) escolhemos o numero oit 1 47 33 C 0:02:37

422 05/09/2016 14:53

Valeu muito observar que todas as perguntas são

bem concretas e aqui no meu estudo me ajuda a

pensar mais um pouco, forçando o meu cérebro

entender o devido problema a ser entendido 3 47 36 C 0:00:56 0:00:26 0:00:46

434 08/09/2016 16:57 Eu não entendi a pergunta. 3 47 3 E 0:00:48 0:00:13 0:00:14

436 08/09/2016 16:59 eu não também não entendi a pergunta 3 47 31 E 0:00:42 0:00:31 0:00:20

438 08/09/2016 17:01

Eu acabei confundindo a Letra,estava gravado no

sistema quando eu coloquei eu sem querer mudei 3 47 14 E 0:00:27 0:00:09 0:00:06

499 17/09/2016 00:48 eu chutei,mais fui pensando na lógica e não fiz conta! 1 47 17 C 0:00:42

500 17/09/2016 00:49 Eu não sei,não entendi nem a pergunta! 3 47 1 E 0:01:00 0:00:32 0:00:08

501 17/09/2016 00:52 Não sei. Fez no chutei ! 2 47 18 C 0:01:33 0:00:18

299 20/08/2016 02:00

Não tive dificuldade, calculei a soma dos dois

últimos numero e encontrei 10 opções. 1 49 7 C 0:04:59

300 20/08/2016 02:07 As sequências são: 00000, 00001, 00010, 00011, 01000, 1 49 23 C 0:05:26

301 20/08/2016 02:14 Cairei (acertei) por causa da dica da raiz negativa. 3 49 27 C 0:11:31 0:00:55 0:00:40

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

(continuação)

Fonte: Elaborado pelo autor

331 24/08/2016 13:17 Fácil. 2 49 26 C 0:02:41 0:03:44

332 24/08/2016 13:23 Facil 2 49 22 C 0:02:09 0:00:07

333 24/08/2016 13:27 Facil 3 49 19 C 0:00:54 0:00:14 0:00:40

374 26/08/2016 23:59

A questão em si foi fácil, tentei pensar de forma

lógica e não consegui lembrar de algum conceito

matemático que poderia ajudar-me. Já que os

números que faltavam eram poucos, fiz a conta a mão

numa folha de caderno e assim cheguei na resposta

certa, que é 10, porém, por não ter certeza se esta era

realmente a resposta correta, optei, primeiramente,

pela resposta com o número 5, ao ver que errei, 2 50 7 C 1:21:31 0:00:26

375 27/08/2016 01:34

Inicialmente tive dificuldade na organização dos

elementos para descobrir a quantidade exata de

sequências, após esta ser superada e depois de dois

erros, acertei ainda duvidando da resposta, ao ver a

resolução, compreendi a sintaxe matemática da

expressão e como o resultado chegava a 8, porém

demorei um pouco a entender o porquê deveria dar 8

( Esta parte -(2+1+1) ), mas após desenhar

organizadam 3 50 23 C 1:22:19 0:08:49 0:32:29

376 27/08/2016 04:28

O exercício foi fácil de entender, não houve

dificuldade na compreensão dos conceitos nele

apresentados e as dicas ajudaram na escolha do

conceito matemático certo para a resolução do

exercício. 2 50 27 C 0:12:15 8:21:41

377 27/08/2016 13:43 NULL 0 50 26 E

407 02/09/2016 14:50 NULL 0 50 22 E

410 03/09/2016 22:53 NULL 1 50 19 E 0:16:29

457 12/09/2016 01:28

As dicas não ajudaram. Ao verificar a resolução,

percebi que consegui efetuar somente parte do

raciocínio, sendo este as seguintes multiplicações: 5 x

4 = 20, 5 x 4 x 3 = 60, 5 x 4 x 3 x 2 = 120, 5 x 4 x 3 x 2 x 1 =

120. Eu tinha em mente que a questão era sobre

análise combinatória, porém não consegui aplicar os

conceitos devidamente e tenho dificuldade neste

conceito matemático. 3 50 40 E 0:11:27 0:00:45 0:10:26

458 12/09/2016 02:01 NULL 0 50 33 E

459 12/09/2016 02:01

Esta questão foi fácil, não houve dificuldade em

conceitos matemáticos. Somente um pouco de erro

de interpretação do texto da questão em "A/B", pois

inicialmente pensei que deveria somente subistituir

os valores, devido a isto, acertei somente na segunda

tentativa. 2 50 38 C 0:04:30 0:02:02

460 12/09/2016 02:01 NULL 0 50 13 E

461 12/09/2016 02:29

Foi uma questão de fácil resolução, não houveram

dificuldades, apenas o uso de um lápis e uma folha

de papel para facilitar a visão do problema

desenhando-o para assim soluciona-lo. 1 50 10 C 0:05:49

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

462 12/09/2016 02:46

Necessitando apenas de concentração, esta questão

foi de fácil resolução, porém, a única dificuldade foi a

porcentagem, a qual me confundiu um pouco e fez-

me tardar a responder. 1 50 11 C 0:14:44

303 22/08/2016 01:11

A resolução ajudou na compreensão maior sobre o

assunto. 1 51 7 C 0:02:59

304 22/08/2016 01:15

Com a resolução do problema, percebi que errei por

falta de atenção na primeira tentativa. 2 51 23 C 0:03:21 0:01:14

305 22/08/2016 01:22

A resolução me ajudou pois eu havia escolhido a

alternativa negativa, e pela regra devemos colocar

raiz positiva. 2 51 27 C 0:03:44 0:00:08

306 22/08/2016 12:36 não entendi a pergunta 3 52 7 E 0:00:17 0:00:22 0:00:23

309 22/08/2016 12:37 10 1 52 32 C 0:00:41

310 22/08/2016 12:38 10 2 52 9 C 0:00:43 0:00:10

481 14/09/2016 13:18 para min não ajudou muito 3 52 26 C 0:00:19 0:00:15 0:00:13

482 14/09/2016 13:19 sim ajudou 2 52 22 C 0:00:20 0:00:12

483 14/09/2016 13:20 sim um pouco difícil 3 52 19 C 0:00:21 0:00:13 0:00:07

484 14/09/2016 13:22 facil 1 52 40 C 0:00:14

485 14/09/2016 13:23 sim questão fácil 1 52 33 C 0:00:13

486 14/09/2016 13:23 não entendi muito a questão 2 52 36 C 0:00:32 0:00:16

487 14/09/2016 13:24 não entendi muito a questão 3 52 3 E 0:00:10 0:00:04 0:00:11

488 14/09/2016 13:25 NULL 2 52 31 E 0:00:17 0:00:12

489 14/09/2016 13:26 dificil 3 52 14 E 0:00:16 0:00:06 0:00:07

490 14/09/2016 13:27 fácil questão mas não lembrava da formula 3 52 17 E 0:00:20 0:00:14 0:00:04

491 14/09/2016 13:29 facil 2 52 28 C 0:00:48 0:00:09

492 14/09/2016 13:30 ok facil 2 52 18 C 0:00:12 0:00:08

307 22/08/2016 12:36

Na primeira tentativa onde pediu que se pensasse

um pouco antes de responder, na questão em sim

não tem um certo compreendimento a 1a vista, só

depois que vem a explicação que o problema se

resolve com maior facilidade 3 53 7 C 0:02:19 0:00:49 0:00:15

313 22/08/2016 12:42

sim, houve dificuldade assim como na 1 questão

respondida. Parece que falta mais na questão para

ajudar na compreensão da mesma 1 53 23 C 0:00:41

314 22/08/2016 12:46

Novamente falta na questão a quantidade para que

possa ser feita o calculo, foi preciso fazer uma breve

consulta na internet para saber quantos times

participam de um campeonato de futsal. 2 53 27 C 0:01:00 0:02:46

328 24/08/2016 03:21

A principio me confundiu um pouco, mas lendo com

mais atenção pude entender o enunciado 3 53 26 C 0:00:29 0:00:08 0:00:07

329 24/08/2016 03:23

Sim, nessa eu encontrei dificuldades pela extensão

da resolução do problema 2 53 22 C 0:00:15 0:00:06

330 24/08/2016 03:24

sim, nessa foi mais pela lógica, quantidade de dados

e as probabilidade de acerto 2 53 19 C 0:00:14 0:00:16

469 14/09/2016 05:08

Bom, fui por tentativa e acerto. Até chegar na

resposta correta 1 53 40 C 0:00:26

470 14/09/2016 05:10

Tenho dificuldade em entender certos exercícios de

matemática, talvez pelo o período que fiquei sem

estudar. 3 53 33 E 0:00:12 0:00:04 0:00:04

471 14/09/2016 05:11

Essa tambem a uma certa demora para resolver

exercicios que demandam tempo para a resposta 1 53 36 C 0:00:05

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

(continua)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

472 14/09/2016 05:13

Sim, na hora de colocar a questão em forma

crescente, confundiu um pouco 3 53 3 C 0:00:09 0:00:04 0:00:02

473 14/09/2016 05:14

Essa infelizmente foi no chute, não consegui de

nenhuma forma entender a questão em si 1 53 31 C 0:00:24

474 14/09/2016 05:15

Não levei em consideração o 16 elevado a 5. Entendi

apenas o 16 elevado a 3 que seria dividido por 60

segundos 3 53 11 C 0:01:03 0:00:23 0:00:04

475 14/09/2016 05:18

Novamente no chute, não consegui resolver em

forma de equação 2 53 37 C 0:00:17 0:00:08

476 14/09/2016 05:19

Não cheguei a conclusão correta, acertando a ultima

na tentativa e erro 3 53 8 C 0:00:22 0:00:04 0:00:03

477 14/09/2016 05:20

Mesmo lendo e relendo, não entendo o enunciado,

falta prática para mim e preciso relembrar. 1 53 6 C 0:00:10

316 22/08/2016 18:50

Não tive dificuldades, fiz exatamente como a

resolução a cima, mas de cabeça. 1 56 7 C 0:03:16

317 22/08/2016 18:57

Tive dificuldade de Interpretação na pergunta, não

entendi muito bem. 3 56 23 E 0:01:51 0:00:56 0:00:29

318 22/08/2016 19:02

Tive um pouco de dificuldade fiz várias caminhos até

chegar no resultado, depois que vi a resolução

aprendi outro método 1 56 9 C 0:01:31

319 23/08/2016 14:23

um pouco porque faz tempo que não pratico

matematica 2 57 7 C 0:02:03 0:00:14

320 23/08/2016 14:27

um pouco porque faz tempo que não pratico

matematica 3 57 23 E 0:00:20 0:00:15 0:00:06

321 23/08/2016 14:28 estou enferrujado 3 57 9 E 0:00:43 0:00:06 0:00:10

414 05/09/2016 01:59 nao encontrei dificuldades 1 57 35 C 0:01:31

415 05/09/2016 02:01 preciso estudar mais 3 57 41 E 0:01:06 0:00:14 0:01:03

416 05/09/2016 02:04 essa foi facil 1 57 21 C 0:01:28

417 05/09/2016 02:07 essa foi dificil 3 57 40 E 0:00:45 0:00:17 0:00:08

418 05/09/2016 02:08 NULL 0 57 33 E

419 05/09/2016 02:10 essa foi dificil tb 3 57 38 E 0:01:54 0:00:07 0:00:25

463 12/09/2016 03:39 foi mais ou menos pq nao sou bom em matematica 3 57 13 C 0:00:59 0:00:33 0:00:17

464 12/09/2016 03:42

eu pensei q fossem casais fixos, mais misturando os

casais da 16 3 57 10 C 0:00:50 0:00:26 0:01:02

465 12/09/2016 03:45 essa eu chutei 2 57 11 C 0:00:29 0:00:06

502 18/09/2016 02:18 essa eu chutei 3 57 37 C 0:01:53 0:00:27 0:01:26

503 18/09/2016 02:22 essa foi dificil 2 57 8 C 0:00:24 0:00:14

504 18/09/2016 02:23 essa chutei tb 2 57 6 C 0:00:23 0:00:28

334 24/08/2016 16:08 Uma questão de prestar atenção 3 59 7 C 0:01:25 0:00:13 0:00:10

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

(continua)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

335 24/08/2016 16:11

Raciocínio, um pouco difícil mais, com o auxilio do

feeback facilita 3 59 23 E 0:00:24 0:00:12 0:00:04

336 24/08/2016 16:13 Essa achei mais complicada pela soma 3 59 9 E 0:00:24 0:00:07 0:00:05

337 24/08/2016 16:15

Agora com a resolução conseguir entender a soma da

questão 2 59 35 C 0:01:34 0:00:05

338 24/08/2016 16:17 A ajuda do feedback tem sido essencial 3 59 41 E 0:00:22 0:00:06 0:00:03

339 24/08/2016 16:19 Achei difícil pelo calculo 3 59 21 C 0:01:20 0:00:05 0:00:03

406 02/09/2016 14:49 Questão de raciocinil, grau de dificuldade um pouco 2 59 40 C 0:00:36 0:00:04

408 02/09/2016 14:51

Parando um pouco para pensar, na soma cheguei ao

resultado 1 59 33 C 0:00:16

409 02/09/2016 14:53

São questões de cálculo lógicos mais temos que

pensar bem antes de responder 2 59 36 C 0:00:26 0:00:04

454 10/09/2016 15:06

Não consegui entender essa questão, pela soma que

apresenta aqui na resolução, a conta feita aqui é de x 3 59 3 E 0:00:54 0:00:08 0:00:10

455 10/09/2016 15:10

As somas são um tanto difíceis, eu não estou

conseguindo fazer a soma para chegar em um

resultado, no entanto cheguei a resposta correta, na

terceira tentativa com a ajuda do feedback 3 59 31 C 0:01:23 0:00:06 0:00:12

456 10/09/2016 15:14

Bom, novamente só conseguir chegar ao resultado

correto com a ajuda do feedback, por que não estou

conseguindo fazer as somas, não estou entendendo

como montar a conta para chegar ao resultado 3 59 11 C 0:01:01 0:00:35 0:00:11

496 16/09/2016 10:48

Essa estava difícil, não consegui chegar ao resulto

correto, por não saber como montar a conta para

chegar a resposta 3 59 37 E 0:00:33 0:00:11 0:00:06

497 16/09/2016 10:50

Questão difícil também, o que me ajudando nessas

questões é o auxilio do feedback 2 59 8 C 0:00:38 0:00:14

498 16/09/2016 10:52 NULL 1 59 6 C 0:00:18

340 24/08/2016 16:39

não ouve dificuldades porem o conceito utilizado foi

soma de algarismos igual a 9 e formas de chegar até 9

obs: (quase esqueci do numero 0 ) 1 60 7 C 0:07:41

341 24/08/2016 16:50

foi seguido varias seguência até chegar a 8 . porem

não era a resposta pois chutei 12 3 60 23 C 0:11:58 0:00:48 0:00:58

342 24/08/2016 17:06

tive dificuldade em chegar ao resultado entretando

cheguei perto mas n achei tive q chutar 3 60 27 C 0:07:47 0:00:15 0:00:28

343 24/08/2016 17:17 sem dificuldade utilizei o mesmo conceito 1 60 26 C 0:02:11

344 24/08/2016 17:21 NULL 2 60 22 E 0:00:53 0:00:21

345 24/08/2016 17:23 segui as 20 maneiras de chegar a 7 3 60 19 C 0:00:32 0:00:10 0:00:18

430 08/09/2016 16:42 não havia entendio como poderia chegar ao resultado 3 60 40 E 0:00:28 0:00:47 0:01:05

431 08/09/2016 16:45

sim tive dificuldade pois não consegui achar o valo

correto , mesmo apos as dicas foi dificil 3 60 33 E 0:01:46 0:00:15 0:00:13

432 08/09/2016 16:49

exatamente como fiz o calculo foi até bom verificar o

resto da conta 1 60 38 C 0:03:42

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

433 08/09/2016 16:55

apos ter respondido errado a questão tentei resolver

a questão e quão que tentei no caso da resposta D 2 60 3 C 0:00:54 0:00:20

435 08/09/2016 16:58

pouco difícil pois depois entendi que tenho q subtrair

para chegar ao resultado 3 60 31 C 0:01:04 0:00:10 0:00:06

437 08/09/2016 17:00

apos ter prestado atenção sobre o tempo e

porcentagem entrei em um calculo onde 3 h e 12 min

era = 75% pois era o 3 tempo maior 1 60 11 C 0:01:01

350 25/08/2016 01:42 feedbacks ajudaram muito 2 62 7 C 0:01:00 0:00:31

351 25/08/2016 01:45 a resolução deixou mais clara a forma como é feita 2 62 23 C 0:04:08 0:01:59

352 25/08/2016 01:54 não entendi muito bem 3 62 27 E 0:04:31 0:03:26 0:00:05

353 25/08/2016 02:04 calculos faceis de serem feitos 2 62 26 C 0:06:10 0:00:35

354 25/08/2016 02:11 Um pouco mais complicado 2 62 22 C 0:01:57 0:00:11

355 25/08/2016 02:14 a resolução ajudou a entender como é feito o calculo 3 62 19 E 0:00:42 0:02:08 0:00:57

356 26/08/2016 12:36

Não me lembro muito mais das regras, esta pesquisa

esta sendo aproveitada para me auto avaliar 3 63 7 C 0:01:55 0:00:16 0:00:05

357 26/08/2016 12:40 facil 1 63 23 C 0:01:37

358 26/08/2016 12:41 facil 1 63 27 C 0:01:41

359 26/08/2016 12:44 logica 1 63 26 C 0:03:18

360 26/08/2016 12:47 fiquei com duvidas 2 63 22 C 0:01:33 0:00:06

361 26/08/2016 12:49 explicação excelente 2 63 19 C 0:00:50 0:00:06

505 18/09/2016 23:00

Tentei usar combinatória, e o pricipio multiplicativo

de arranjo, mas não cheguei ao resultado correto. 3 63 40 C 0:04:17 0:00:41 0:00:09

506 18/09/2016 23:08 utilizei método de arranjo. 2 63 33 C 0:01:21 0:00:28

507 18/09/2016 23:11 usei o fatorial para fazer o anagrama da palavra sorte. 2 63 36 C 0:03:51 0:00:39

508 18/09/2016 23:18 nao consegui 3 63 3 E 0:02:24 0:00:04 0:00:02

509 18/09/2016 23:21 nao consegui 3 63 31 E 0:01:09 0:00:43 0:01:02

510 18/09/2016 23:24 utilizei metodo fatorial 1 63 14 C 0:01:39

511 18/09/2016 23:27 Tive que pensar mais, usei equacao 2 63 37 C 0:00:37 0:05:57

512 18/09/2016 23:34 logica 2 63 8 C 0:00:38 0:00:13

513 18/09/2016 23:35 numeros primos 2 63 6 C 0:00:16 0:00:09

364 26/08/2016 21:17 O feedbaks ajudou 2 64 7 C 0:00:44 0:01:02

369 26/08/2016 21:19 Nao encontrei dificudade 1 64 23 C 0:03:24

370 26/08/2016 21:23 dificil por nao saber a formula 2 64 27 C 0:04:40 0:00:36

371 26/08/2016 21:30 dificil 3 64 26 C 0:03:11 0:00:06 0:00:08

372 26/08/2016 21:34 os feedbacks ajudaram 2 64 22 C 0:00:48 0:00:09

373 26/08/2016 21:35 os feedbacks ajudaram 2 64 19 C 0:01:12 0:00:06

362 26/08/2016 21:16 sem muita dificuldade 3 65 7 E 0:00:33 0:00:11 0:00:02

363 26/08/2016 21:17 interessante as perguntas 2 65 32 C 0:00:04 0:00:05

365 26/08/2016 21:17 sem comentarios 3 65 9 E 0:00:03 0:00:03 0:00:04

366 26/08/2016 21:18 interessante 3 65 34 E 0:00:04 0:00:03 0:00:03

367 26/08/2016 21:18 legal 1 65 4 C 0:00:02

368 26/08/2016 21:18 eg 3 65 21 E 0:00:05 0:00:03 0:00:02

378 27/08/2016 14:39 Não tive dificuldade em achar a resposta 2 66 7 C 0:00:16 0:00:14

379 27/08/2016 14:40 O enunciado ajudou a entendimento da questão 1 66 23 C 0:01:02

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Quadro E.1 – Relatório Roteiro Completo (continuação)

Fonte: Elaborado pelo autor

Cod Data/Hora Comentário #T Alu Que Stt T1 T2 T3

380 27/08/2016 14:42 Nenhuma dificuldade 3 66 27 C 0:03:05 0:00:20 0:00:40

381 27/08/2016 14:50 Não tive dificuldade com o essa questão 1 66 26 C 0:41:01

382 27/08/2016 16:02 Eu não entendi essa questão 3 66 22 E 0:01:38 0:00:14 0:00:23

383 27/08/2016 16:05 Eu demorei a entender o enunciado 3 66 19 C 0:01:32 0:01:01 0:00:13

394 31/08/2016 19:53 O enunciado estava fácil de entender 1 66 40 C 0:01:44

395 31/08/2016 19:56 O enunciado foi difícil de compreender 3 66 33 C 0:00:53 0:00:22 0:00:32

396 31/08/2016 20:01 Não sei a minha dificuldade 3 66 36 C 0:00:56 0:00:18 0:00:11

439 08/09/2016 20:25 Não entendi esse enunciado 3 66 3 E 0:00:48 0:00:14 0:00:15

440 08/09/2016 20:27 Foi fácil compreensão 1 66 31 C 0:00:17

441 08/09/2016 20:29 A conta foi fácil de resolver 1 66 11 C 0:00:34

493 14/09/2016 16:14 Não entendi a questão 3 66 37 E 0:00:09 0:00:34 0:00:17

494 14/09/2016 16:15 Eu achei fácil 2 66 8 C 0:00:32 0:00:15

495 14/09/2016 16:16 Não estava difícil 1 66 6 C 0:00:26

397 31/08/2016 22:08 Os feedbacks ajudaram 1 68 7 C 0:00:38

398 31/08/2016 22:10 A resolução e os feedbacks ajudaram 1 68 23 C 0:01:01

399 31/08/2016 22:12 Entendi 3 68 27 E 0:00:41 0:00:15 0:00:13

402 01/09/2016 19:54 Essa questão é rasuavel 1 69 7 C 0:01:06

403 01/09/2016 19:55 Essa questão tem um pouco de dificuldade 1 69 23 C 0:00:40

404 01/09/2016 19:57 Bem dificil 3 69 27 C 0:02:38 0:01:35 0:00:10

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APÊNDICE F

TRILHAS DOS ALUNOS

Neste apêndice estão reproduzidas 23 trilhas dos alunos participantes da fase de

aplicação da técnica e as mesmas encontram-se adiante, nas Figuras F.1 a F.23.

Para cada trilha individual, apresenta-se as questões pelas quais o aluno passou

durante sua participação, os respectivos níveis de dificuldade, o número de tentativas, o

resultado final alcançado em cada questão, o tempo utilizado entre a abertura da questão e a

primeira resposta, o tempo utilizado entre a primeira e a segunda respostas e o tempo utilizado

entre a segunda e a terceira resposta.

Page 176: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.1 – Trilha do Aluno 39.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 177: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.2 – Trilha do Aluno 42.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 178: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.3 – Trilha do Aluno 43.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 179: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.4 – Trilha do Aluno 47.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 180: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.5 – Trilha do Aluno 52.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 181: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.6 – Trilha do Aluno 53.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 182: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.7 – Trilha do Aluno 57.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 183: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.8 – Trilha do Aluno 59.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 184: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.9 – Trilha do Aluno 63.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 185: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.10 – Trilha do Aluno 66.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 186: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.11 – Trilha do Aluno 50.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 187: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.12 – Trilha do Aluno 60.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 188: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.13 – Trilha do Aluno 45.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Figura F.14 – Trilha do Aluno 49.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 190: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.15 – Trilha do Aluno 62.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 191: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.16 – Trilha do Aluno 64.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 192: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.17 – Trilha do Aluno 65.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 193: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.18 – Trilha do Aluno 41.

Fonte: Elaborado pelo autor

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41

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Page 194: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.19 – Trilha do Aluno 44.

Fonte: Elaborado pelo autor

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44

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Page 195: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.20 – Trilha do Aluno 51.

Fonte: Elaborado pelo autor

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51

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Page 196: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.21 – Trilha do Aluno 56.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 197: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.22 – Trilha do Aluno 68.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 198: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Figura F.23 – Trilha do Aluno 69.

Fonte: Elaborado pelo autor

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Page 199: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

APÊNDICE G

RELATÓRIO DE COMENTÁRIOS DAS RODADAS

Este apêndice apresenta o relatório de comentários das rodadas, deixados pelos alunos

no sistema, contendo o código do aluno e os respectivos comentários, para cada rodada que o

aluno concluiu.

O relatório está ordenado pelo código do aluno.

Page 200: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Quadro G.1 – Relatório de Comentários da Rodadas

(continua...)

Fonte: Elaborado pelo autor

Alu Comentário Rodada 1 Comentário Rodada 2 Comentário Rodada 3 Comentário Rodada 4 Comentário Rodada 5

39 Tive dificuldade na segunda

questão

São bem parecidas mas

não são fáceis

NULL Sim encontrei muita dificuldade.

Essas combinações são

experiências novas para mim

Foi muito bom para

entender que preciso

estudar mais

41 Os feedbacks podem ser mais

uteis e as explicações da

resolução mais detalhadas. De

modo geral, é um projeto

interessante.

NULL NULL NULL NULL

42 Acredito que poderei aprender

mais sobre o assunto.

Achei um pouco difícil. FORAM BOAS PERGUNTAS

PARA APRENDIZADO

ESSAS QUESTÕES ESTAVAM MAIS

FÁCEIS QUE AS ANTERIORES

UMA FORMA DE

APRENDIZADO

43 Aprendi muito sobre o assunto ,

a 3a questão foi a mais difícil na

minha opinião

Acreditando estar

aprendendo sobre o

assunto ,pois todas

foram dificil

Estou aprendendo muito sobre

o assunto ,pois não tinha

conhecimento sobre esses

calculos

Todas as questões foram difícil,

primeiramente para mim

entender os conceitos ,mas estou

evoluindo com esses cálculos que

não conhecia, pois estava sem

estudar a muito tempo essas

contas.

Todas as questões não

são fácil ,tenho muito

que aprender sobre

esses novos conceitos

matemáticos, pois faz

alguns pouco tempo que

retomei os estudos

44 Acredito que com as questões

vou aprender mais, tenho

dificuldade com algumas coisas

de matemática mas certamente

conseguirei.

NULL NULL NULL NULL

45 diferenças apenas em como

você lê a questão mas o

raciocínio é mais lógico, e sim

acredito que vou aprender mais

a cada rodada, agradeço por

poder estar ajudando e ao

mesmo tempo aprendendo

sim teve diferença

entre as questões

encontrei mais

dificuldades nessa

rodada do que na outra,

e sim cada bateria de

questões estou

aprendendo mais

NULL NULL NULL

46 Gostei me fez pensar muito NULL NULL NULL NULL

47 ACREDITO SIM,POR QUE VC ESTÁ•

TRABALHANDO O RACIOCÍ•NIO

LOGICO E DIVERTIDO,PORÉM

NESSE ULTIMO COMENTO QUE

USEI AS HORAS (POR QUÊ

QUANDO É 3 DIAS SÃO 72 HORAS

E VI QUE ERA 78 JOGOS) VI E SE

COLOCASSE 24 IRIA ERRA,FIZ O

TESTE E ERREI E DEPOIS

COLOQUEI 13 ACERTEI

gostei,muito util no

meio dia dia

Achei difícil,porém o conteúdo

aos poucos foi me

relembrando da escola no

ensino médio. Vi que relendo

os exercícios de novo e de

novo,algum momento iria

entender, e não vou mentir

mais olhei algumas vezes na

internet para entender como

você chegou a aquele

resultado. Por que,quando lia

a resolução,algumas era meio

confusa. E por fim,acabei

entendendo alguns relatórios

que depois ficou mais fácil.

Elas foram dificil,porém a ultima

foi a unica que entendi

Eu estou aprendo a

trabalhar mais a

lógica,muito mesmo.

Mais tem algumas que

não consigo nem pensar

por que dá até dor de

cabeça. Devido a quase

me mata aqui no papel,ai

que aparece a dor de

cabeça!

50 A maior dificuldade foi aplicar

os conceitos matemáticos nas

questões e não foi difícil resolve-

las.

NULL Dicas mais exclarecedoras para

quem não tem familiaridade

com certos conceitos

matemáticos. Pessoalmente,

está rodada foi mais difícil,

pois tenho um pouco de

dificuldade com análise

combinatória. Achei estas

questões um pouco

semelhantes com as da rodada

passada devido ao fato de

vericar o número de posições e

combinações, por exemplo.

Esta rodada não foi tão difícil

quanto a anterior, muito pelo

contrário, foi bem mais fácil, as

dicas foram praticamente

inutilizadas e as dificuldades

foram interpretação de texto e

porcentagem. Não acredito estar

aprendendo, mas sim

relembrando conceitos

matemáticos já estudados

anteriormente.

NULL

Page 201: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

Quadro G.1 – Relatório de Comentários da Rodadas (conclusão)

Fonte: Elaborado pelo autor

APÊNDICE H

ENTREVISTA COM PARTICIPANTES

Este apêndice apresenta o resumo de duas entrevistas, uma delas realizada com três

participantes da pesquisa, com 36 minutos de duração; e outra realizada com uma participante

da pesquisa, com 14 minutos de duração. Ambas foram conduzidas pelo autor, por meio de

roteiro semi-estruturado (Apêndice B), em outubro de 2016. Os participantes estão

Alu Comentário Rodada 1 Comentário Rodada 2 Comentário Rodada 3 Comentário Rodada 4 Comentário Rodada 5

49 Achei fácil. Facil NULL NULL NULL

51

Eu tive um pouco de dificuldade

com as questões por não ter

praticado recentemente esse

tipo de resolução matemática, e

a resolução das questões

ajudam a relembrar e também

acrescentar na compreensão

sobre cada assunto. NULL NULL NULL NULL

52 legal

sim achei difícil e as

dicas não me ajudou

muito rodada facil achei dificil as dicas

rodada dificil pois faz

tempo que não estudo

53

Como falado nos demais

comentários, não são difíceis,

mas a pergunta fica faltando

elementos para que possa ser

resolvida de imediato, através

de calculo.

Encontrei mais

dificuldade nas duas

primeiras, exatamente

pela extensão da

resolução

Nessa rodada, a dificuldade

ficou me uma questão mesmo,

mas ainda tenho muito o que

relembrar. Exercicios que

demandam tempo perco o

foco.

Dificuldades em todas serão as

mesmas, há muito tempo não

pratico determinados tipos de

exercicios em matematica

Novamente, para mim há

sim dificuldade em

entender a matéria, após

anos sem estudar

esquecemos. Mas com a

introdução e explicação

com certeza posso ter

resultados mais

satisfatorios

56

Achei que foi mais exercício

para aquecer a cabeça algumas

questão mais fácil outras mais

difícil mas tranquilo de fazer NULL NULL NULL NULL

57

foi bom porque sei que tenho

muito a melhorar e estudar obg

essa foi mais questoes

de logica essa foi mais complicada

prometo melhorar mais....

continue mandando esses tipos de

questões para melhor fluir nosso

raciocino

muito boa as perguntas..

preciso praticar muito

60

cada questao tem um nivel de

dificuldade , sim estou mais

entereçado de como chegar ao

resultado e como

nessa unidade de

questões achei mais

dificil do q a unidade

passada

as duas primeiras questões

desse tópico achei difícil pois

não consegui entender a

questão e como iria resolver.

ja a 3 era mais logica então

mais simples

essas questões estão dia cordo

com calculo de logica muito mais

interativas que as anteriores NULL

61 NULL NULL NULL NULL NULL

62

Uma questão ficou meio

confusa, as outras foram ok.

Um pouco mais

complicados que o

anterior NULL NULL NULL

63 a disposição

aguardando a proxima

rodada

estarei a disposição para as

proximas

essa tive dificuldade de lembrar as

regras estarei a disposição

64 dificil facil NULL NULL NULL

65 Interessante a rodada

interessante e bem

dificil NULL NULL NULL

66

Eu acredito que ajuda no

conhecimento de uma forma

geral

Eu achei as questões um

pouco mais difícil

A rodada foi boa para o

aprendizado

Não tive dificuldade para resolver

as questões A rodada estava fácil

67 nenhum comentario nenhum comentario NULL NULL NULL

68

As duas primeiras estava fácil a

última eu me perdi mais depois

eu entendi NULL NULL NULL NULL

69 Foram questões bem rasuaveis NULL NULL NULL NULL

Page 202: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

identificados pelos códigos Aluno 1, Aluno 2, Aluno 3 e Aluno 4, preservando assim suas

identidades. Para facilitar a leitura, agrupamos as duas entrevistas:

Das questões apresentadas, algumas exigiram o uso de conceitos matemáticos: além de

formatar o exercício sob o ponto de vista lógico, vocês precisaram de outros conceitos

matemáticos aprendidos anteriormente, para conseguir resolver as questões. Vários

comentários deixados, referiam-se às dificuldades em conceitos matemáticos, mas não diziam

quais. Então, quais as dificuldades encontradas por vocês, relativas aos conceitos

matemáticos?

Aluno 2 – A base das escolas públicas é diferente em cidades diferentes. Eu tive uma

boa base, mas sei que muitas escolas não fazem isso.

Aluno 1 – Acho que depende do aluno, não somente da escola. No caso da escola

pública, ela não mostra como aplicar e não prepara o aluno para problemas reais. É minha

maior dificuldade.

Aluno 3 – Sobre o método de ensino, alguns professores vão apenas pra ganhar

dinheiro e não para ensinar, e outros nem vão trabalhar. Então o aluno fica prejudicado e não

consegue aplicar esses conceitos na vida. Eu passei por esse tipo de ensino.

Aluno 4 – Parei de estudar aos 17 anos, faltando o segundo e o terceiro ano. Depois de

muito tempo, voltei a estudar e fiz supletivo, mas a carga horária era muito pequena e o

professor se dispersava muito. Assim, ao me deparar com algumas questões, foi um choque.

Havia muitos conceitos novos e pedi ajuda até para o meu filho de 16 anos, consultei livros na

biblioteca da faculdade e fiz buscas na internet. Sobre a pergunta, de conceitos básicos, não

me faltou nada. O problema foi com conteúdo do ensino médio.

De forma geral, o que vocês acharam mais difícil? Foi a aplicação, ou

contextualização?

Aluno 1 – Sim, na análise combinatória por exemplo. Não basta saber arranjo,

combinação etc., e não saber aplicar.

Interessante você falar sobre as fórmulas, pois elas não eram necessárias aqui.

O número fatorial causou problema?

Aluno 2 – Não, a única questão é chegar em um número aproximado. Para provas do

tipo teste, isso é suficiente, mas em provas que o professor exige valor exato isso complica

muito. Outra questão se refere ao método de ensino, no qual o professor apresenta em sala

Page 203: UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO LUIS FERNANDO …€¦ · Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática da Universidade Anhanguera de São

problemas que usam números inteiros e quando elaboram a prova pedem números não

inteiros, o que atrapalha muito nos cálculos.

Aluno 1 – A minha dificuldade é quando precisamos aplicar vários conceitos

matemáticos juntos, em ordem. Os problemas dados em sala de aula nunca são tão complexos

ou eles tratam de conceitos separadamente, de acordo com o assunto que está sendo abordado.

Saber quais conceitos precisam ser usados para resolver um problema mais complexo é uma

coisa que nunca é vista em aulas.

Aluno 4 – Precisei de auxílio, pois não conhecia o conceito de número fatorial.

Houve alguma dificuldade com a interpretação de enunciados?

Aluno 1 – Não, apenas uma questão gerou alguma dúvida ou ambiguidade, pela

proximidade de caracteres.

Aluno 2 – Não, o maior problema foi resolver as equações respeitando a ordem de

prioridade dos operadores algébricos, parênteses etc.

Aluno 3 – Nenhum problema de interpretação.

Aluno 4 – As questões estavam claramente especificadas. Recorri ao dicionário para a

palavra “anagrama”.

Sobre o PFC, vocês tiveram dificuldades para interpretar, montar e resolver a questão?

Aluno 1 – Sim, a maioria resolvi por minha conta, por pensamento lógico e não por

aplicação de fórmulas de análise combinatória.

Aluno 2 – Pra mim a dificuldade foi de criar um modelo lógico. Não consigo pegar

fórmula e aplicar no dia a dia.

Aluno 3 – Pra mim foi tudo intuitivamente e mentalmente. Não usei matemática. Não

fiz no caderno. Mentalmente resolvi tudo.

Mas aí você fez e checou nos resultados ou foi por eliminação?

Aluno 3 – Foi por eliminação, sem pegar caderno e por aproximação. Errei algumas,

mas muitas acertei assim.

As questões eram desafiadoras ou fizeram apenas para agradar o professor?

Aluno 1 – Gosto acho interessante e me divirto com coisas que queimam a cabeça.

Tanto que fui atrás de referências adicionais na internet, por isso demorei mais tempo.

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Aluno 2 – Achei fácil pois tive no ensino médio, mas tinha esquecido muita coisa,

então fui na internet para rever as fórmulas. Matemática é sempre desafiador e eu gosto,

apesar de da dificuldade.

Aluno 3 – Tem perguntas que puxam o interesse pra responder, pra depois conferir se

estou pensando certo.

Aluno 2 – Primeiro olho os resultados e elimino as mais distantes. Depois de resolver

se achar algum valor aproximado, escolho esse.

Aluno 4 – Gostei bastante e me senti desafiada a todo momento, a toda pergunta.

Desafiada a saber onde encontrar a solução, como aprender.

E sobre os feedbacks, o que acharam?

Aluno 1 – Poucos me ajudaram. A maioria não serviu.

Aluno 2 – Alguns eram até legais mas deveriam ser mais específicos

Aluno 3 – Alguns não tem sentido, pois o que você está pensando é outra coisa e

embaralha a mente. Outros são enigmáticos e complexos, uma questão oculta dentro da

questão, mas tem uns que ajudam a resolver.

Aluno 2 – Alguns ajudaram.

Aluno 4 – Os feedbacks foram úteis e sempre procurei encontrar onde eu estava

errando.

Esses feedbacks então não serviram para orientar os caminhos possíveis?

Aluno 3 – Alguns serviram para orientar, outros apenas desviaram do caminho que eu

estava e me confundiram

Aluno 2 – Ajudaram sim, pois as vezes eu estava indo por um caminho e continuava

insistindo nesse caminho, mas depois de ver os feedbacks e perceber que o caminho é outro,

ajudou bastante

Aluno 1 – De forma geral, deram mais confiança ao reduzir as possibilidades de

caminhos e de respostas.

Depois de encerrar a questão, aparecia a resolução da mesma. Vocês leram e usaram

essas resoluções?

Aluno 3 – Eu passava direto para a próxima sem ler.

Aluno 1 – Li até entender e conferi com o meu resultado. Passei para o papel para

verificar e refazer cada uma. Achei formas diferentes de resolver o problema.

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Aluno 4 – Consegui resolver algumas questões de imediato e outras eu conferi com a

resolução para saber se a forma como eu resolvi estava correta ou para aprender a resolver,

porque eu quero aprender.

E sobre os comentários, como se sentiram? Expostos? Desconfortáveis? Criticando

alguém?

Aluno 3 – Quanto à exposição, não vejo problema, porque o aluno está sob um

nickname. Quanto à crítica, acho que ajuda a melhorar o sistema.

Aluno 2 – O feedback do usuário ajuda o professor a saber o que o aluno precisa, mas

o lado ruim é que todo sistema tem erro e não é legal criticar o analista/programador. Não

quero criticar o trabalho de outrem.

Aluno 1 – Como é uma pesquisa, eu vi como uma oportunidade de melhorar a forma

de ensino da matemática, o que foi ruim, ou bom, os problemas encontrados e as dificuldades

pessoais, desde que de forma educada.

Aluno 4 – No começo foi difícil, eu me senti dentro de uma sala de aula, me senti

exposta, mas entendo que é necessário dar o retorno ao professor, para que ele possa conhecer

melhor meu estágio de conhecimento. No geral, me senti bem, deixando os comentários.

Sobre a ocorrência de chute, ou por eliminação, aconteceu muito ou pouco com vocês?

Aluno 2 – Aconteceu bastante. Fui na internet, não entendo por texto, prefiro visual,

não conseguia formular as respostas e acaba indo por eliminação, das mais distantes e/ou pelo

chute.

Aluno 1 – Chutei apenas uma ou duas vezes. Tentei e cheguei em um resultado antes

de responder todas.

Aluno 3 – Usei alguns chutes, depois de muita tentativa de resolver.

Aluno 4 – Teve algumas questões que eu chutei, pois nem lendo os feedbacks eu

consegui, então na 3ª tentativa eu chutei, mas não tinha visto o conteúdo no ensino médio.

Algumas eu usei eliminação. Por exemplo uma delas eu procurava por um valor ais baixo e

eliminei as outras para acertar.

Sei que olharam na internet, mas foram buscar ajuda com colegas, livros ou outras

fontes?

Aluno 1 – Acessei o tempo todo a internet, vídeo-aulas e textos.

Aluno 2 – Para mim foi mais internet, apesar de estar junto com amigos, mas nenhum

deles sabia resolver. A internet é mais eficiente que procurar em livros.

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Aluno 3 – Procurei na internet e também em cadernos da escola (ensino médio) que

tinha em casa. Muita coisa dos cadernos me ajudou.

Aluno 4 – Busquei ajuda na biblioteca da faculdade, em livros do meu filho e também

com ele, além da internet.

Se essa técnica fosse usada nas disciplinas da escola, a cada semana ou quinzenal,

como seria?

Aluno 1 – Mais contínua? Penso que é bem melhor, pois anula o efeito de um dia ruim

em uma única prova. Além disso, se a pessoa tiver interesse, a partir de conhecer os resultados

de cada prova, vai poder buscar o que falta e possa ir melhor nas próximas avaliações.

Aluno 2 – Para mim seria muito melhor, pois o conteúdo sendo menor e mais recente,

fica mais fácil pra estudar. As revisões de provas não são práticas, então não dá a chance para

o aluno perceber se aprendeu ou não.

Aluno 3 – Eu preferiria, porque os alunos estariam mais incentivados, seriam

desafiados muitas vezes durante o curso e teriam interesse em saber como estão indo. Além

disso, conteúdos antigos não são retidos facilmente. O ideal seria ter avaliação semanal ou

quinzenal, seria um incentivo a mais para o aluno aprender, mesmo sem valer nada pra nota.

Aluno 4 – Seria bom, pois muitas vezes o aluno se cala e não indica ao professor que

não está entendendo. Depois vai mal preparado para a prova e coloca a culpa do rendimento

baixo no professor. Com essa técnica, o aluno participa mais, avisando ao professor sobre o

que está entendendo ou não.

Você sugere mudar alguma coisa no sistema?

Aluno 1 – Eu mudaria o feedback, tentasse deixar mais claro ou mais próximo do que

o aluno enxerga. Na parte da resolução, além de texto, eu colocaria imagem, com o passo a

passo em vídeo.

Aluno 2 – Eu colocaria dois tipos de dicas: uma com um exemplo prático, do cotidiano

a segunda seria aplicação de fórmula padrão.

Aluno 3 – Mudaria o feedback para vídeo, pois explica melhor do que um texto. Ao

invés de um vídeo narrado, mostrando como fazer, passo a passo.

E no geral, como foi participar da pesquisa?

Aluno 1 – Foi divertido, interessante, desafiador, lembrei do ensino médio. Gostei

bastante de fazer.

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Aluno 2 – Foi bom, desafiador, melhor que o Ava da faculdade, pois tem poucas

questões em cada fase, dessa forma você tem mais tempo pra pensar e se dedicar à avaliação.

Aluno 4 – Acho que o sistema deveria ser implementado em todas as matérias.

Aluno 3 – Foi um incentivo pra estudar, pois aprendi bastante coisas respondendo.

Devia ser mais aplicada no ensino normal, pois isso incentiva a pessoa a aprender mais. Eu

aprendi coisas que não tive no ensino médio, então pra mim foi muito bom.

Espaço para comentários livres:

Aluno 1 – Uma coisa que e motivou bastante, é que um dos objetivos da pesquisa era

ajudar no ensino da matemática. Penso que isso deveria ser aplicado nas escolas particulares e

públicas, para que o aluno possa opinar o que está faltando, pra melhorar os resultados do

ensino em geral. Fiquei muito animado em poder participar desse projeto.

Aluno 2 – Avaliações contínuas seriam muito melhores, com notas e 0 a 10, ajudando

a compor a nota final, permitindo aos alunos saber como estão indo, e assim poderem se

aplicar mais para a próxima avaliação, dali a uma semana ou quinze dias.

Aluno 3 – Isso deveria ser mais utilizado aqui na faculdade, porque o aluno aprende

mais. Além disso, ajudaria o professor a ensinar melhor, pois o professor pode saber como a

classe está indo e isso seria bom.

Aluno 4 – Queria sugerir que tivesse esse sistema em todas as matérias da faculdade.

Após o encerramento da entrevista, os alunos 1, 2 e 3 fizeram uma sugestão para o

sistema, que seria dar recompensas na forma de medalhas ou certificados, conforme o

participante fosse avançando pelas questões.