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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU E PESQUISA MESTRADO EM FARMÁCIA Fabiana Cristina Furquim INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL São Paulo 2016

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

DIRETORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU E PESQUISA

MESTRADO EM FARMÁCIA

Fabiana Cristina Furquim

INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL

MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL

São Paulo

2016

Fabiana Cristina Furquim

INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL

MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL

Trabalho final de curso apresentado, como exigência parcial à banca examinadora da Universidade Anhanguera de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Farmácia.

Orientadora: Dra. Susana Nogueira Diniz Co-orientador: Dr. Helder Cássio de Oliveira

São Paulo

2016

FABIANA CRISTINA FURQUIM

INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL

MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL

Trabalho final de curso apresentado, como exigência parcial à banca examinadora da Universidade Anhanguera de São Paulo, para obtenção do título de Mestre em Farmácia.

São Paulo, 22 de Agosto de 2016

Profa. Dra. Susana Nogueira Diniz Universidade Anhanguera de São Paulo

Doutora em Bioquímica e Imunologia

Profa. Dra. Renata Gorjão Universidade Cruzeiro do Sul

Doutora em Fisiologia e Biofísica

Profa. Dra. Célia Aparecida Paulino Universidade Anhanguera de São Paulo

Doutora em Patologia Experimental e Comparada

AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter me guiado sempre.

À minha família, especialmente à minha mãe, pelo apoio incondicional.

Ao Prof. Dr. Helder Cássio de Oliveira pela oportunidade de desenvolver esse trabalho, orientação, apoio e colaboração científica.

À Prof. Dra. Susana Diniz, pelo acolhimento, apoio, sugestões e colaboração científica.

Ao Dr. Marlon Muniz Marques pela análise dos eletrocardiogramas.

À Direção do Hospital, por permitir a realização da pesquisa.

À todos os técnicos de enfermagem do Hospital Municipal de Tangará da Serra, que contribuíram com a coleta de material para a realização de análises laboratoriais e

realização dos eletrocardiogramas.

Aos auxiliares da Farmácia Interna do Hospital Municipal - Márcia Durães, Efigênia Lana de Oliveira, Silvana Regina de Souza e Carlos César Ferreira Gomes - pela

colaboração com os prontuários e controle de entrada e saída dos pacientes.

À equipe administrativa do Hospital Municipal de Tangará da Serra, pelo apoio e acesso à informações sempre que necessárias.

Ao Prof. Dr. Niraldo Paulino, pelas sugestões apresentadas no exame de qualificação.

Ao Prof. Dr. Ricardo Schaffein Dorigueto, pelas sugestões apresentadas no exame de qualificação.

À todos aqueles que, embora não mencionados nesta página, contribuíram para a realização deste trabalho.

RESUMO

As interações medicamentosas são consideradas um problema de saúde pública. Podem causar efeitos potencialmente danosos aos pacientes, podendo resultar danos permanentes, piora clínica, aumento de hospitalizações e do tempo de internação. A maioria dos estudos sobre interações medicamentosas avaliam somente as potenciais interações medicamentosas, não analisando se as mesmas ocorreram ou não no paciente. Assim, este estudo é o pioneiro no Brasil em analisar a incidência de interações medicamentosas reais em pacientes internados em um Hospital Municipal de baixa complexidade, em Mato Grosso. Foram avaliados 300 pacientes, com idade entre 12 a 95 anos de idade, utilizando-se uma ficha para acompanhamento farmacoterapêutico. Para essa avaliação foi utilizado o software MICROMEDEX® Healthcare Series, que classifica as interações de acordo com a severidade e evidência documental. Após esse primeiro passo, houve um acompanhamento farmacoterapêutico diário, através de anamnese farmacêutica e análise de exames de diagnósticos e laboratoriais, a fim de verificar se as potencias interações descritas pelo software, realmente ocorreram nos pacientes internados. Foram identificadas 2.671 potenciais interações medicamentosas e constatou-se que 28,42% (n=759) dessas interações realmente aconteceram em 87 pacientes (29%), com média de 8,72 interações/paciente. Dentre os pacientes que apresentaram interações, 62,07% (n=54) possuía mais que 60 anos. Nessa faixa etária também foram identificadas 61,27% de todas as interações reais observadas no estudo. E 70% dos pacientes que possuíam mais que 11 medicamentos prescritos, tiveram pelo menos uma interação medicamentosa. Assim, observa-se associação positiva entre idade e número de medicamentos prescritos e a ocorrência de interações medicamentosas (p<0,0001). A maioria dos pacientes que apresentaram interações foi diagnosticada com Doenças do Sistema Circulatório (22,99%), todavia não houve correlação estatisticamente significativa com a incidência de interações, do mesmo modo que com o gênero (p>0,05). A maioria das interações que ocorreram foram de severidade moderada 86,56%. Outro fato curioso constatado foi que a maioria das interações reais observadas tinha documentação fraca, quebrando o paradigma que se o nível de evidência é baixo a interações tem pouca probabilidade de ocorrer, alertando para a necessidade de se considerar todas as possibilidades de interações. Portanto, este estudo demonstra a necessidade da equipe de saúde se atentar para o fato que as interações medicamentosas são de suma importância para o tratamento farmacológico de qualidade aos pacientes internados, que na maioria das vezes estão expostos à polifarmácia, e mostra também a necessidade do fortalecimento da Farmácia Clínica no Brasil.

Palavras-Chave: Interações de medicamentos. Hospitais. Pacientes internados.

Efeitos adversos.

ABSTRACT

Drug interactions are considered a public health problem. It can cause potentially harmful effects to patients and may result in permanent damage, clinical worsening, increased hospital admissions and length of stay. Most studies of drug interactions only evaluate potential drug interactions and not considering whether or not if the same have occurred in the patient. So, this study is the pioneer in Brazil to analyze the incidence of actual drug interactions in patients hospitalized in a local (municipal) hospital of low complexity, in Mato Grosso. We evaluated 300 patients , aged 12-95 years , using a plug for pharmacotherapeutic monitoring. For this evaluation it was used MICROMEDEX ® Healthcare Series, which classifies the interactions according to the severity and documentary evidence. After this first step, there was a daily pharmacotherapeutic monitoring through pharmaceutical anamnesis and analysis diagnostic and laboratory tests in order to verify that potential interactions described by the software, indeed occurred in hospitalized patients. They identified 2.671 potential drug interactions and found that 28,42% (n = 759) of these interactions actually occurred in 87 patients (29%) with a mean of 8.72 interactions / patient. Among the patients who had interactions, 62,07% (n = 54) had more than 60 years. In this age group it was also identified 61,27% of all actual interactions observed in the study. And 70% of patients who had more than 11 prescription drugs had at least one drug interaction. Thus, a positive association was observed between age and number of prescription drugs and the occurrence of drug interactions (p <0,0001). Most patients with interactions was diagnosed with diseases of circulatory system (22,99%), however there was no statistically significant correlation with the incidence of interactions, just as with gender (P> 0,05). Most interactions that occurred are of moderate severity 86,56%. Another curious fact was found that most of the actual interactions observed had weak documentation, breaking the paradigm that the level of evidence is low the interactions are unlikely to occur, warning of the need to consider all the possibilities of interactions. Therefore, this study demonstrates the need for health staff pay attention to the fact that drug interactions are paramount importance for the pharmacological treatment of quality inpatient care, which most often are exposed to polypharmacy, and also shows the need for strengthening of Clinical Pharmacy in Brazil.

Keyword: Drug interactions. Hospitals. Inpatients. Adverse effects.

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Percentual de potenciais interações medicamentosas e interações

Medicamentosas reais.......................................................................................

31

Tabela 2. Pacientes que apresentaram interações reais por faixa etária.......... 32

Tabela 3. Correlação entre o número de medicamentos prescritos e

incidência de interações reais............................................................................

33

Tabela 4. Dez diagnósticos de maior prevalência.............................................. 34

Tabela 5. Dez interações medicamentosas de maior frequência no estudo...... 35

Tabela 6. Interações medicamentosas reais de severidade maior detectadas

no estudo............................................................................................................

37

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AIH - Autorização de Internação Hospitalar

AINES - Antiinflamatórios Não-esteroidais

ALT/TGP - Aminotransferase de Alanine

AST/TGO - Aminotransferase de Aspartate

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

CID - 10 - Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à

Saúde

CNES - Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde

COX-2 - Ciclooxigenase-2

CYP - Citocromos P450

DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

DRC - Doença Renal Crônica

ECA - Enzima Conversora de Angiotensina

FDA - Food and Drug Administration

HIV - Vírus da Imunodeficiência Humana

IDD - Interação Droga-droga

IECA - Inibidor da Enzima Conversora de Angiotensina

IMs - Interações Medicamentosas

MEC - Ministério da Educação

RAM - Reação Adversa à Medicamento

RDC - Resolução da Diretoria Colegiada

SNC - Sistema Nervoso Central

SUS - Sistema Único de Saúde

TAP - Tempo de Protrombina

TTPA - Tempo de Tromboplastina Parcialmente Ativada

UTI - Unidade de Terapia Intensiva

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 10

2 REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................... 12

2.1 Classificação das interações.......................................................................... 14

2.2 Utilização de medicamentos e riscos de interações medicamentosas ......... 16

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 20

4 OBJETIVO........................................................................................................ 22

4.1 Objetivo Geral................................................................................................. 22

4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 22

5 MATERIAL E MÉTODO................................................................................... 23

5.1 Tipo de pesquisa............................................................................................ 23

5.2 Local da pesquisa.......................................................................................... 23

5.3 População ...................................................................................................... 24

5.4 Critérios de inclusão ...................................................................................... 24

5.5 Critério de exclusão ....................................................................................... 24

5.6 Procedimentos éticos .................................................................................... 24

5.7 Critérios de classificação das interações medicamentosas de acordo com

a severidade e evidência clínica documental.......................................................

25

5.8 Procedimentos para a coleta dos dados........................................................ 26

5.9 Análise estatística.......................................................................................... 29

6 RESULTADOS ................................................................................................. 30

7 DISCUSSÃO .................................................................................................... 38

8 CONCLUSÃO................................................................................................... 45

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 46

APÊNDICES ....................................................................................................... 54

ANEXOS.............................................................................................................. 85

1 INTRODUÇÃO

Estudos demonstram que as interações medicamentosas são responsáveis

por problemas terapêuticos significativos, às quais são atribuídas 0,57 a 4,8% das

internações hospitalares (BECKER et al., 2007). Todavia, durante a hospitalização, o

risco de interações aumenta devido à utilização e/ou adição de múltiplos fármacos

(CRUCIOL-SOUZA; THOMSON, 2006; BLIX et al., 2008; MOURA, 2010; ROSAS-

CARRASCO et al., 2011; PASSOS et al., 2012; DOAN et al., 2013; SHARMA;

CHHETRI; ALAM, 2014).

De acordo com a Resolução - RDC nº 47, de 8 de Setembro de 2009, da

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (BRASIL, 2009), interação medicamentosa

é "uma resposta farmacológica ou clínica causada pela interação de medicamento-

medicamento, medicamento-alimento, medicamento-substância química,

medicamento-exame laboratorial e não laboratorial, medicamento- planta medicinal,

medicamento-doença cujo resultado final pode ser a alteração dos efeitos desejados

ou a ocorrência de eventos adversos".

Uma das consequências mais importantes da interação medicamentosa é

uma resposta excessiva à um ou mais agentes que também estão sendo

administrados; assim como a diminuição ou perda da eficácia, a qual pode ser

confundida com fracasso terapêutico ou evolução da doença (HUSSAR, 2000).

As interações farmacológicas também são uma das causas de reações

adversas a medicamentos – RAM (BRASIL, 2010). Estas, por sua vez,

comprometem a qualidade de vida e, eventualmente, sobrevida. Aumentam

manifestações de doença, número de hospitalizações, tempo de permanência no

hospital, consumo de outros medicamentos e custos (HEINECK; CAMARGO, 2012).

Conforme Fonseca (2008), os mecanismos pelos quais as interações

medicamentosas ocorrem podem ser divididos em:

I - Fatores Ligados ao Medicamento: interações farmacocinéticas; interações

farmacológicas; outras.

II - Fatores Ligados ao Paciente: estados patológicos; função renal; função

hepática; níveis séricos de proteínas; pH urinário; ingestão de alimentos;

poluição ambiental; constituição genética; idade.

III - Fatores Ligados à Administração: sequência em que os medicamentos

são administrados; via de administração; tempo de administração; tempo total

de tratamento; posologia; forma farmacêutica.

E quanto ao mecanismo produtor em si, o mesmo autor, as classifica em:

interações físicas ou químicas; interações resultantes de ligações proteicas;

interações em nível de receptor; interações devidas à absorção gastrintestinal;

interações devidas ao aumento ou redução do metabolismo; interações devidas à

alteração da excreção renal; interações resultantes da alteração do pH ou das

concentrações dos eletrólitos.

Embora alguns problemas provocados pelo uso de medicamentos se

desenvolvam inesperadamente e não possam ser previstos, muitos estão

relacionados a conhecidas ações farmacológicas e possivelmente podem ser

antecipados. Entretanto, à medida que a terapia medicamentosa se torna mais

complexa e muitos pacientes são tratados com dois ou mais medicamentos, a

capacidade de prever a magnitude de uma ação específica de qualquer

medicamento prescrito diminui (HUSSAR, 2000).

Nas prescrições hospitalares, a frequência de interações medicamentosas é

um risco permanente, uma vez que muitas apresentam potencial para causar danos

permanentes, deterioração clínica do paciente, aumento das hospitalizações e

tempo de internação. Assim, diminuir o número de combinações de drogas

potencialmente prejudiciais e, portanto, contribuir para um aumento na segurança do

paciente é o grande desafio a ser enfrentado (CEDRAZ; SANTOS JUNIOR, 2014).

Desse modo, considerando os possíveis agravos provocados pelas interações

medicamentosas na prática clínica, o impacto financeiro destas sobre os custos

hospitalares, assim como a necessidade da racionalização farmacoterapêutica no

ambiente hospitalar, o presente estudo verificou a incidência de interações

medicamentosas em pacientes internados na Clínica Médica do Hospital Municipal

Arlete Daisy Cichetti de Brito, em Tangará da Serra - MT, no período de 24 de

Agosto à 26 de Novembro de 2015.

2 REVISÃO DA LITERATURA

A polifarmácia é caracterizada pelo uso desnecessário de pelo menos um

medicamento, ou pela presença de cinco ou mais fármacos em associação.

Determinados autores também consideram polifarmácia como tempo de consumo

excessivo, de no mínimo de 60 a 90 dias. A polifarmácia, praticada em grande

escala, seja por prescrição médica ou automedicação, propicia a ocorrência de

efeitos adversos e interações medicamentosas (SOUZA; SANTOS; SILVEIRA,

2008).

Desse modo, a seleção de medicamentos de modo científico e racional, de

acordo com sua efetividade, segurança e custo, assim como a prescrição

apropriada, a disponibilidade devida, a dispensação adequada e a utilização

apropriada são determinantes para o sucesso terapêutico (BRASIL, 2012).

Segundo Oates (2006), a combinação de fármacos são comumente utilizadas

para otimizar os benefícios terapêuticos, quando seus efeitos favoráveis são aditivos

ou sinérgicos, ou quando os efeitos terapêuticos podem ser obtidos com menor

efeitos adversos específicos de fármacos, como acontece no tratamento da

insuficiência cardíaca, hipertensão grave e câncer. Outro exemplo de interação

benéfica é o uso de um medicamento antiparkinsoniano para reduzir os efeitos

extrapiramidais de antipsicóticos (HUSSAR, 2000).

Todavia, a utilização de múltiplos fármacos também está correlacionada com

a ocorrência de interações medicamentosas, reações adversas, erros de medicação

e aumento do risco de hospitalização. Desse modo, os potenciais benefícios das

associações devem ser contrapostos com o risco de interações medicamentosas

clinicamente relevantes, considerando a disponibilidade de alternativas (HOEFLER;

WANNMACHER, 2012).

A incidência de reações adversas devido à interações medicamentosas é

desconhecida e varia de estudo para estudo dependendo de seu desenho, da

população avaliada e de os pacientes serem ambulatoriais ou hospitalizados,

momento em que geralmente utiliza-se maior número de medicamentos. E

paralelamente ao aumento do número de medicamentos usados, a magnitude das

interações medicamentosas aumenta significativamente em certas populações

(JACOMINI; SILVA, 2011), de acordo com algumas condições tais como: a) estado

de severidade da doença que está sendo tratada: anemia aplástica, asma, arritmia

cardíaca, diabetes, epilepsia, doença hepática, hipotireoidismo ou terapia intensiva;

b) potencial de interações medicamentosas da terapia relacionada: doenças

autoimunes, doenças cardiovasculares, doenças gastrointestinais, infecções,

desordens psiquiátricas, doenças respiratórias e convulsões (BROWN, 2000).

Além do mais, a variabilidade genética influencia a resposta à fármacos e

outros xenobióticos, podendo culminar com respostas inesperadas à determinadas

interações (OSORIO-DE-CASTRO, 2012). O mesmo acontece com o alcoolismo, o

tabagismo, a ingestão de outras drogas (FONSECA, 2008), e variáveis do paciente

tais como idade, dieta, fatores ambientais, função renal e hepática (HUSSAR, 2000).

Segundo evidências, a doença renal crônica pode afetar a atividade de muitas

isoformas das enzimas do citocromo P450 (CYP), através da inibição direta (em

razão da circulação de toxinas urêmicas) e/ou pela redução da expressão do gene

CYP, alterando assim a resposta à drogas e eventos adversos (LADDA; GORALSKI,

2016).

As enzimas do CYP constituem uma enorme superfamília de enzimas que

estão envolvidas no metabolismo de componentes dietéticos e xenobióticos (tais

como fármacos), assim como na síntese dos compostos endógenos como os

esteróides e no metabolismo dos ácidos biliares. O fígado contém as maiores

quantidades de enzimas do CYP metebolizadoras de xenobióticos, o que assegura a

eficiência do metabolismo de primeira passagem dos fármacos. Todavia, elas

também são expressas em todo o trato gastrointestinal e em menor quantidade nos

pulmões, rins e cérebro. E ainda que as essas enzimas apresentem taxas catalíticas

baixas, suas atividades são suficientes para metabolizar fármacos em alta

concentração no organismo. Tal característica incomum de superposição ampla das

especificidades pelos substratos das enzimas do CYP é um dos fatores

responsáveis pelo predomínio das interações entre fármacos (GONZALEZ E

TUKEY, 2006).

E apesar de não ser o foto da presente pesquisa, os medicamentos

administrados por via oral também podem interagir com várias frutas, legumes, ervas

medicinais, alimentos funcionais ou suplementos dietéticos. Podem produzir

alterações nas concentrações plasmáticas de drogas, e assim reduzir sua eficácia

ou levar à toxicidade, podendo até colocar em risco a vida do paciente. Maior risco

estão os pacientes idosos, que utilizam diversas medicações concomitantemente,

transplantados, pacientes com câncer, desnutrição, infecção pelo HIV e aqueles que

receberam alimentação enteral ou parenteral (MOULY et al., 2015).

2.1 Classificação das interações

As interações medicamentosas podem ser classificadas, segundo o

mecanismo de produção, como farmacêuticas/físico-químicas ou incompatibilidades,

quando acontecem durante o preparo dos medicamentos para administração, entre

os componentes ativos e inativos da preparação, entre eles e diluentes ou

reconstituintes, ou equipamentos tais como equipos, seringas e agulhas; ou

terapêuticas, quando ocorrem posteriormente à administração dos medicamentos,

nas diferentes etapas farmacocinéticas e/ou farmacodinâmica, modificando a ação

esperada do fármaco (DESTRUTI, 1995; OSORIO-DE-CASTRO, 2012).

Segundo Destruti (1995), as interações físico-químicas ou incompatibilidades,

podem produzir alterações organolépticas; levar à inativação do medicamento

devido utilização de solvente inadequado; alterar o pH de medicamentos e

consequentemente sua atividade; precipitar a inativação devido ação de

conservantes; e causar fotooxidações.

Já as interações farmacocinéticas podem modificar a absorção, distribuição,

biotransformação e excreção dos fármacos (DESTRUTI 1995; FONSECA, 2008;

RANG; DALE et al., 2011; OSORIO-DE-CASTRO, 2012). Pode afetar a absorção de

fármacos as alterações no pH gastrintestinal; a adsorção, quelação ou outros

mecanismos de formação de complexos; as alterações na motilidade gastrintestinal;

e a má absorção induzida por fármacos. Durante a distribuição, pode haver

competição na ligação à proteínas plasmáticas e hemodiluição com diminuição de

proteínas plasmáticas. Na biotransformação pode ocorrer indução enzimática (por

barbitúricos, carbamazepina, glutetimida, fenitoína, primidona, rifampicina, tabaco,

entre outros) ou inibição enzimática (por alopurinol, cloranfenicol, cimetidina,

ciprofloxacino, dextropropoxifeno, dissulfiram, eritromicina, fluconazol, fluoxetina,

isoniazida, cetoconazol, metronidazol, fenilbutazona, verapamil, entre outros). E a

excreção pode ser alterada por modificações no pH urinário, na secreção tubular

renal, no fluxo sanguíneo renal, na excreção biliar e no ciclo êntero-hepático

(HOEFLER, 2008).

Conforme Oates (2006), a liberação reduzida do fármaco em seu local de

ação, devido à alteração da absorção gastrintestinal de fármacos administrados via

oral e/ou indução da expressão de enzimas hepáticas ou inibição de sua atividade,

pode acarretar a perda de eficácia do medicamento. Por outro lado, as interações

farmacocinéticas também podem aumentar a liberação do fármaco no seu local de

ação através da inibição das enzimas metabolizadoras dos fármacos (principalmente

a CYP3A) ou inibição do transporte de fármacos (pela glicoproteína P). A eliminação

de digoxina, por exemplo, depende, principalmente da glicoproteína P, que por sua

vez, pode ser inibida pelo verapamil, diltiazem, amiodarona, cetoconazol,

itraconazol, eritromicina entre outros, aumentando a concentração plasmática do

digitálico à níveis tóxicos.

Entretanto, as interações farmacodinâmicas são mais previsíveis, devido à

menor influência de variações biológicas ou genéticas (OSORIO-DE-CASTRO,

2012), e ocorrem mais frequentemente que as farmacocinéticas (HUSSAR, 2000),

sendo a idade um fator determinante da resposta (OATES, 2006). Podem produzir

efeitos semelhantes (sinergismo) através dos mecanismos de adição, somação ou

potenciação; ou efeitos opostos (antagonismo), através de mecanismos

farmacológicos, fisiológicos, químicos, físicos; mas também podem alterar a toxidade

dos fármacos; as concentrações eletrolíticas; ou ainda ocorrer nos locais receptores

(DESTRUTI, 1995; HUSSAR, 2000; OSORIO-DE-CASTRO, 2012).

Os antiinflamatórios não-esteroidais indometacina, ibuprofeno, piroxicam e

inibidores da ciclooxigenase 2 podem, por exemplo, antagonizar o efeito anti-

hipertensivo de esquemas que utilizam inibidores da enzima conversora de

angiotensina, antagonistas dos receptores da angiotensina e antagonistas dos

receptores beta-adrenérgicos, produzindo efeito mínimo ou profundo sobre a

pressão arterial. Todavia, não revertem o efeito hipotensor dos inibidores dos canais

de cálcio (OATES, 2006).

Também são exemplos de interações farmacodinâmicas a diminuição da

efetividade de agonistas de receptores beta-adrenérgicos, como é o caso do

salbutamol, pelos antagonistas de receptores beta-adrenérgicos. Assim como a

diminuição da concentração plasmática de potássio por muitos diuréticos,

predispondo à toxidade da digoxina e à toxicidade por antiarrítmicos do tipo III

(RANG; DALE et al., 2011).

2.2 Utilização de medicamentos e riscos de interações medicamentosas

Uma pesquisa realizada em Minas Gerais detectou, entre os medicamentos

mais dispensados em uma UTI adulto, 1,9 interação por paciente e 0,6 interação por

paciente-dia. Os autores ressaltam a necessidade de se considerar que a gestão de

medicamentos pode ter grande impacto econômico, uma vez que representam uma

parcela significativa dos custos de pacientes internados em UTIs (ALMEIDA; GAMA;

AKAMINE, 2007).

E considerando a necessidade de se aumentar a segurança do paciente, um

estudo na base de dados Drugs.com, demonstrou potencial interação

medicamentosa na maioria das prescrições analisadas no Setor de Emergências

Clínicas do Hospital São Paulo, onde foram identificadas 526 potenciais IM em 159

prescrições (79,5%); destas, 109 (21%) foram interações graves; 354 (67%)

moderadas; 63 (12%) leves (OKUNO et al., 2013).

Já outro estudo, também realizado no Brasil, sobre potenciais interações

medicamentosas em indivíduos renais crônicos observou elevado percentual de

interações medicamentosas (IMs) potencialmente graves (16,8% de gravidade maior

e 0,4% contraindicadas), principalmente naqueles em estágio mais avançado da

doença. Os fatores de risco para a ocorrência de IMs foram diagnóstico de diabetes

mellitus, hipertensão arterial sistêmica, presença de obesidade e estágios

avançados da doença renal crônica (MARQUITO et al., 2014).

Os pacientes pediátricos também apresentam significativo risco de potenciais

interações. Um estudo em cinco enfermarias pediátricas do Hospital Materno Infantil

de Brasília verificou que 226 pacientes tinham prescrição de três ou mais

medicamentos. Destes, 88 pacientes (38,9%) apresentaram em sua prescrição uma

ou mais possíveis interações medicamentosas, num total de 150 interações

potenciais, variando entre 1 a 8 possíveis interações por paciente (MEINERS;

BERGSTEN-MENDES, 2001).

Em crianças hospitalizadas, nos Estados Unidos, a polifarmácia é apontada

como um fator de risco para a exposição à potenciais interações medicamentosas.

Um estudo em 42 hospitais, nas UTIs pediátricas, verificou-se que houve média de

exposição de 10 medicamentos/dia e 20 medicamentos cumulativamente durante a

hospitalização. Setenta e cinco por cento dos pacientes foram expostos a potenciais

interacção fármaco-fármaco, as quais foram significativamente associados com

diagnósticos específicos, presença de doenças crônicas complexas, aumento do

número de total de medicamentos distintos utilizados, aumentando a duração da

estadia na UTI, e raça branca (DAI et al., 2016).

Atenção especial também deve dada à população idosa. De acordo com a Lei

nº 8842/94 que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, define-se idoso a pessoa

maior de 60 anos de idade (BRASIL, 1994).

Diversas pesquisas que relacionaram a polifarmácia e o seu efeito sobre a

saúde da população idosa demonstraram que a polifarmácia é um fator

estatisticamente significantes de hospitalização, internamento em lar de idosos,

morte, hipoglicemia, fraturas, mobilidade reduzida, pneumonia e desnutrição

(FRAZIER, 2005).

Nessa faixa etária, as reações adversas à medicamentos são consideradas

um problema clínico que contribui expressivamente para a morbidade e mortalidade.

Elas comumente são responsáveis pelo declínio cognitivo ou funcional, quedas,

sangramento gastrointestinal, insuficiência cardíaca e hipotensão ortostática

(LAVAN; GALLAGHER, 2016).

O risco de reações adversas à medicamentos aumenta com o número de

medicamentos utilizados, devendo também ser considerado o uso de medicamentos

sem prescrição e as terapias à base de plantas. Além de os pacientes idosos

utilizarem mais medicamentos do que qualquer outra faixa etária, as mudanças

relacionadas à idade na fisiologia e manuseio de drogas, além de co-morbidades e

medicamentos associados, provocam alterações na farmacocinética e

farmacodinâmica (STEPNEY; LICHTMAN; DANESI, 2015).

Em Estocolmo, Suécia, a partir do final dos anos 1980 para a década de 2000

observou-se aumento drástico na prevalência de uso de medicamentos e

polifarmácia em idosos de ambos os sexos. Os analgésicos estavam entre as drogas

que tiveram maior aumento, tendo as mulheres utilizado mais medicamentos que os

homens (CRAFTMAN, 2016).

Considera-se que o aumento da multimorbidade e o correspondente aumento

da polifarmácia e de prescrições inadequadas tem exposto 25 à 50% dos pacientes

com 75 anos ou mais à utilização de pelo menos 5 drogas, o que evidência o

potencial da polifarmácia em provocar mais danos do que benefícios à idosos

doentes, devido a interações droga-droga e droga-doença (SÖNNICHSEN et al.,

2009).

Além do mais, um estudo sobre a incidência de potenciais interações droga-

droga em doentes idosos com hipertensão arterial encontrou em 90,6% dos

pacientes, potenciais interações clinicamente significativas, o que assinala a

necessidade de monitoramento de interações medicamentosas nessa população. A

pesquisa também revelou que a maioria dessas interações podem ser monitoradas

clínica e laboratorialmente, requerendo ajustes de doses de um ou ambos agentes,

na terapia com diferentes classes de anti-hipertensivos. Entretanto, em outros casos,

a mudança na terapia medicamentosa deve ser considerada (BACIC-VRCA et al.,

2010).

Em um estudo realizado na Índia (PATEL et al., 2011), em uma Clínica de

Cardiologia, a incidência de potenciais interações medicamentosas foi de 30,67%.

Esse estudo também verificou que a prevalência de potenciais interações

medicamentosas aumentou linearmente com o número de drogas e duração do

internamento, e em pacientes com mais de 80 anos de idade.

Já no Paquistão, um estudo também realizado em um departamento de

cardiologia, 91,6% dos pacientes tiveram pelo menos uma potencial interação droga-

droga, cuja incidência também foi associada à idade avançada, polifarmácia e

aumento de tempo de permanência hospitalar (MURTAZA, 2016).

Além disso, Fusco et al. (2016) relataram que o envelhecimento aumenta a

vulnerabilidade dos rins à danos, devido à modificações importantes nos glomérulos,

estrutura e função túbulo-intersticial e vascular. Os mecanismos pelos quais os

medicamentos podem induzir nefrotoxicidade incluem danos mediados

hemodinamicamente, lesão das células epiteliais tubulares, doença de túbulo-

intersticial, doença glomerular, nefropatia obstrutiva, vasculite e trombose. As

manifestações clínicas da nefrotoxicidade inclui tanto lesão renal aguda (LRA) como

doença renal crônica (DRC).

Desse modo, em idosos, a depuração de muitos fármacos diminui, e a função

renal declina até 50% do nível de adultos jovens. O fluxo sanguíneo hepático e o

metabolismo de fármacos pelo fígado também diminuem, devido à redução das CYP

hepáticas. Em muitos casos, ocorre também o aumento das meias-vidas de

eliminação, em razão dos volumes de distribuição aparentemente maior de fármacos

lipossolúveis e/ou diminuição da depuração metabólica ou renal. Com relação à

alterações farmacodinâmicas, os fármacos que deprimem o SNC provocam efeitos

exagerados em determinadas concentrações; e mesmo que doses sejam

adequadamente reduzidas, as alterações fisiológicas e a perda da flexibilidade

homeostática podem aumentar a ocorrência de efeitos indesejáveis (OATES, 2006).

3 JUSTIFICATIVA

Muitos problemas relacionados à medicamentos são causados por interações

medicamentosas (HUSSAR, 2000), as quais são consideradas um problema de

saúde pública, pois podem acarretar resultados negativos à saúde dos pacientes

(VARALLO et al., 2013).

Em um estudo com 150 pacientes cardíacos no Nepal a incidência de

potenciais interações medicamentosas foi de 21,3%. Um total de 48 interações

medicamentosas potencialmente perigosas foram identificadas. A

atorvastatina/azitromicina (10,4%), enalapril/metformina (10,4%), enalapril/cloreto de

potássio (10,4%), atorvastatina/claritromicina (8,3%) e furosemida /gentamicina

(6,3%) foram os pares que mais comumente interagiram. A maioria das interações

(62,5%) foram de severidade moderada (SHARMA, CHHETRI; ALAM, 2014).

Outro estudo obteve 80% de prevalência de potenciais interações droga-

droga (IDD) mediada pelo Citocromo P450 (CYP) em 275 pacientes idosos. A

probabilidade de pelo menos uma IDD mediada pelo CYP foi de 50% em pacientes

com 5-9 drogas; 81% com 10-14 fármacos; 92% com 15-19 drogas e 100% nos

pacientes que utilizaram 20 ou mais drogas. A adição de cada medicamento à um

regime de 5 drogas conferiu um risco 12% maior de potencial IDD mediada pelo

CYP, após ajuste para idade e sexo (DOAN et al., 2013).

Rosas-Carrasco et al. (2011) também verificaram que são frequentes a

ocorrência de potenciais interações medicamentosas em pacientes idosos, no

ambiente hospitalar, as quais podem estar relacionadas à causa de morte desses

pacientes.

No Brasil, um estudo sobre potenciais interações medicamentosas realizado

em um Hospital Universitário do Rio de Janeiro/RJ, foi observado uma associação

positiva entre Interações Medicamentosas e mulheres, maiores de 60 anos, tempo

de internação maior que oito dias e número de medicamentos maior que cinco na

mesma prescrição/dia. Os pesquisadores verificaram também uma alta exposição a

medicamentos entre os pacientes estudados, apresentando um perfil de Interações

Medicamentosas moderadas e graves na maioria (PASSOS et al., 2012).

Em uma pesquisa realizada no Hospital Geral de Vitória da Conquista na

Bahia, a média de interações medicamentosas por internação foi de 3,2. A cada 100

prescrições, 40 apresentavam pelo menos uma interação, sendo que

aproximadamente 1/3 eram de gravidade maior. Os dados são preocupantes devido

ao risco que algumas interações apresentam, de desenvolvimento de eventos

adversos à medicamentos. Além disso, os resultados demonstraram também que as

interações medicamentosas estão associadas a desfechos desfavoráveis de

internação, incluindo maior tempo de permanência hospitalar e maior probabilidade

de reinternações (MOURA, 2010).

Um em cada dez pacientes hospitalizados em um Hospital privado de

Araraquara (São Paulo) no ano de 2006 foi, possivelmente, internado devido aos

sinais e sintomas relacionados às interações medicamentosas. A polimedicação foi

um fator de risco para a ocorrência de potenciais interações medicamentosas. A

maioria das manifestações clínicas das potenciais interações medicamentosas foram

sintomas cardiovasculares (44,3%), gastrintestinais (17,2%) e musculoesqueléticos

(13,8%) e 10% das potenciais interações medicamentosas foram consideradas

potencialmente perigosas (VARALLO et al., 2013).

No entanto, é impossível os prescritores saberem todas as possíveis

interações de interesse clínico e seus fármacos precipitantes e afetados (OSORIO-

DE-CASTRO, 2012). E apesar da realização de estudos sobre o potencial de

interações em prontuários ou prescrições médicas, a verdadeira incidência e a

gravidade das interações medicamentosas dificilmente são conhecidas, uma vez que

poucos estudos avaliaram a ocorrência de interações reais, principalmente em

ambiente hospitalar.

4 OBJETIVO

4.1 Objetivo geral

Verificar a incidência de interações medicamentosas em pacientes com idade

acima de 12 anos, internados na Clínica Médica de um Hospital Municipal de

baixa complexidade, em Mato Grosso.

4.2 Objetivos específicos

4.2.1. Averiguar a incidência de potenciais interações medicamentosas em pacientes

internados na Clínica Médica de um Hospital Municipal.

4.2.2 Comparar a incidência de potenciais interações medicamentosas com as

interações medicamentosas reais detectadas nos pacientes, através da observação

de sinais e sintomas descritos na literatura e resultados de exames laboratoriais;

4.2.3 Investigar a associação entre exposição à interação medicamentosa e

características tais como idade e sexo dos pacientes, número de medicamentos

prescritos e diagnóstico clínico;

4.2.4 Correlacionar às interações droga-droga de acordo com sua severidade;

4.2.5 Classificar as interações droga-droga de acordo com a evidência documental;

4.2.6 Identificar e analisar as interações medicamentosas mais prevalentes.

5 MATERIAL E MÉTODO

5.1 Tipo de pesquisa

Foi realizado um estudo de coorte descritivo para verificar a ocorrência de

interações medicamentosas reais nos pacientes internados na Clínica Médica do

Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito no Município de Tangará da Serra-

MT, durante do período de 24 de Agosto à 26 de Novembro de 2015, a partir de

informações obtidas pela pesquisadora junto aos pacientes, através de uma ficha de

acompanhamento farmacoterapêutico.

5.2 Local da pesquisa

O município de Tangará da Serra possui população estimada em 2015 de

94.289 habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -

IBGE (BRASIL, 2016a). O Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito é o único

Hospital com atendimento exclusivo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), possui 43

leitos, dos quais 26 são para atendimento de Clínica Geral, 16 para Clínica

Pediátrica e 1 para a unidade de isolamento, conforme descrito no Cadastro

Nacional de Estabelecimentos de Saúde - CNES (BRASIL, 2016b). Possui também

um pronto atendimento, com demanda espontânea.

É um hospital de baixa complexidade, que no momento da realização da

pesquisa, em razão de reformas e ampliação do prédio, funcionava em imóvel

alocado pela Administração Municipal, ou seja, nas antigas instalações de um

Hospital-Maternidade privado desativado. Nele é realizado o primeiro atendimento

hospitalar em pediatria e clínica médica, assim como outros procedimentos

hospitalares de menor complexidade. Não realiza partos ou outros procedimentos

cirúrgicos.

No setor de internação a equipe médica é composta por: 3 pediatras, 3

clínicos gerais, 3 cardiologistas e 2 ortopedistas. E os pacientes acima de 12 anos,

para fins de atendimento, são considerados adultos.

Em 2015 foram faturadas pelo Hospital uma média 143,5 Autorização de

Internação Hospitalar (AIH) por mês, nas quais estão inclusos os pacientes da

clínica médica pediátrica.

5.3 População

A amostra por conveniência foi composta por 351 pacientes, com idade igual

ou superior a 12 anos, internados na Clínica Médica Geral do Hospital Municipal

Arlete Daisy Cichetti de Brito no período de 24 de Agosto à 26 de Novembro de

2015.

5.4 Critérios de inclusão

Pacientes acima de 12 anos, de ambos os sexos, internados na Clínica

Médica Geral do Hospital Municipal.

5.5 Critérios de exclusão

Pacientes com permanência inferior à 48 horas no setor de internação.

Pacientes com problemas mentais ou incapacitados, ou seja, todos aqueles

que por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário

discernimento para responder aos questionamentos; os que, mesmo por

causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.

Pacientes que já se encontravam internados no início da pesquisa.

5.9 Procedimentos éticos

O estudo foi iniciado posteriormente à obtenção da anuência do administrador

do Hospital e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (parecer n°1.189.659).

Todos os participantes assinaram o termo de livre consentimento, após serem

esclarecidos sobre os objetivos da pesquisa, o risco envolvido e a possibilidade de

saírem da pesquisa quando desejarem, sem sofrerem nenhum tipo de

constrangimento. O termo dos pacientes com idade inferior à 18 anos foram

devidamente assinados pelos seus responsáveis legais. Também foi assegurado o

cumprimento dos aspectos éticos, através do Termo de Compromisso para

Utilização de Dados, conforme preconiza a Resolução do Conselho Nacional de

Saúde (CNS) 466/12.

5.6 Critérios de classificação das interações medicamentosas de acordo com a

severidade e evidência clínica documental.

Ambos os critérios de classificação das interações medicamentosas foram

realizados de acordo o programa de interações medicamentosas do

MICROMEDEX® HealthCare Series, versão 2.0, uma base de dados do Portal

Periódicos CAPES/MEC, que contém informações sobre medicamentos, etiologia,

patologia, epidemiologia, diagnóstico, tratamento, educação do paciente, referências

bibliográficas e literatura relacionada.

SEVERIDADE:

I- Interações contraindicadas: totalmente contraindicada

II- Interações grau maior: interação potencialmente letal

requerendo intervenção médica para minimizar ou

prevenir os sérios efeitos adversos

III- Interações de grau moderada: a interação pode

exacerbar as condições do paciente e/ou requerer

alteração na terapia

IV- Interações de grau menor: a interação pode aumentar

a frequência ou a severidade dos efeitos colaterais e

limitar os efeitos clínicos, porém não requer alteração

na terapia.

DOCUMENTAÇÃO:

I- Excelente: estudos controlados têm demonstrado

claramente a existência da interação

II- Boa: documentações consistentes sugerem que a

interação existe, porém faltam estudos controlados.

III- Fraco: as documentações disponíveis são de fracas

evidências, porém considerações farmacológicas levam

a suspeitar que a interação exista. Ou existem bons

estudos sobre a interação de grupos farmacológicos

semelhantes

IV- Desconhecido: não existe documentação sobre a

interação

5.7 Procedimentos para a coleta dos dados

Para a coleta dos dados, foi utilizada uma ficha de acompanhamento

farmacoterapêutico, composta por 3 partes (A, B e C), anexo I. A primeira parte (A),

construída com base no modelo utilizado por Camargo (2005), foi aplicada no

primeiro dia de internação, e depois preenchida ao longo da internação. Nessa ficha,

constam informações de identificação do paciente (nome, leito, prescritor, idade,

gênero, raça, altura, peso, data de admissão, data de alta ou óbito ou transferência);

assim como dados sobre os diagnósticos médicos e condições clínicas paciente

(problemas ou diagnósticos antigos, ou seja, com mais de 30 dias antes da

internação; procedimentos realizados durante a internação atual pelo médico,

enfermagem ou para fins de diagnóstico; problemas atuais, ou seja, queixas e

diagnósticos no momento da internação; registro de reações adversas (alergias) a

medicamentos; e intercorrências durante a internação). Na segunda parte (B), foram

registrados os medicamentos utilizados, a via de administração, a posologia, o

horário de administração, assim como as potenciais interações medicamentosas,

seus sintomas e possíveis formas de avaliá-las. A terceira parte (C) destinou-se ao

registro das interações medicamentosas observadas ou relatadas pelo paciente e os

resultados dos exames laboratoriais que possam confirmar ou não a ocorrência de

interações medicamentosas reais.

No Hospital onde o estudo foi realizado, as prescrições são digitadas pelos

prescritores no programa Microsoft Word® no setor de enfermagem e

posteriormente impressas; outras são prescritas manualmente, cuja cópia carbonada

é encaminhada à farmácia.

O sistema de distribuição de medicamentos é individualizado e direto e a

administração de medicamentos é realizada por técnicos de enfermagem, sob

supervisão de um enfermeiro.

Foram consideradas potenciais interações medicamentosas àquelas

disponíveis no software MICROMEDEX® Healthcare, sendo que as interações reais

são aquelas que foram detectadas nos pacientes, através da obserção dos sinais e

sintomas descritos na literatura e realização de testes laboratoriais. Desse modo,

foram avaliadas interações farmacocinéticas e farmacodinâmicas.

As potenciais interações foram registradas na ficha de acompanhamento

farmacoterapêutico, assim como os sintomas a serem observados, os exames a

serem analisados e/ou solicitados.

Diariamente, a equipe de enfermagem registra em uma ficha anexa ao

prontuário de cada paciente, os sinais vitais, os quais são verificados/aferidos no

mínimo quatro vezes ao dia, tais como: pressão arterial, frequência cardíaca,

frequência respiratória e temperatura. O dextro/glicemia capilar e o nível de

saturação de oxigênio também são anotados nessa ficha, sendo realizado sempre

que solicitado pelo prescritor e/ou necessário. Esses dados foram utilizados na

investigação de interações reais, assim como os resultados dos exames solicitados

pelos prescritores.

Também foram solicitados outros exames, sempre que necessário para a

verificação da ocorrência das potenciais interações descritas pelo software

MICROMEDEX® Healthcare, tais como: eletrocardiograma, que foi avaliado por um

dos cardiologistas do Hospital; laboratoriais - tais como uréia, creatinina, sódio,

potássio, glicemia de jejum, lipidograma, hemograma, tempo de protrombina (TAP),

tempo de tromboplastina parcialmente ativada (TTPA), aminotransferase de

aspartate (AST ou TGO) e aminotransferase de alanine (ALT ou TGP), entre outros.

Desse modo, foram comparados/avaliados os resultados dos exames

clínicos-labatoriais dos pacientes no início da utilização de determinados fármacos

em associação, com potencial interação droga-droga, assim como no decorrer do

uso, durante todo o período de internação.

As prescrições também foram avaliadas quanto à dose e ao tempo de uso

dos fármacos, para que se possa distinguir sinais e sintomas de intoxicação

medicamentosa após a utilização de altas doses ou pelo consumo a longo prazo; de

reações adversas à medicamentos (RAM), as quais se manifestam após a

administração de doses normalmente utilizadas, ou seja, quando se emprega doses

terapêuticas.

As interações medicamentosas foram classificadas segundo a severidade e

evidência documental, e em seguida, tabuladas.

Os fármacos dipirona, tenoxicam, bromazepam, deslanosídeo e fenoterol, que

apesar de não constarem no sítio de checagem de interações, mas que estavam

disponíveis de forma detalhada em outro sítio do software MICROMEDEX®

Healthcare, também foram avaliados. Entretanto, essas interações recebem

denominação diferente quanto à documentação, sendo classificadas como:

Estabelecida, Provável ou Teórica. Em nosso estudo, essas denominações foram

substituídas analiticamente por Excelente, Boa e Fraca, respectivamente.

Os diagnósticos dos pacientes em estudo foram descritos e agrupados

conforme os capítulos estabelecidos pela classificação CID 10 - Classificação

Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde - que é uma

publicação oficial da Organização Mundial de Saúde (OMS), décima revisão, versão

2008, volume I, conforme abaixo relacionado (BRASIL, 2016c).

Capítulo I - Algumas doenças infecciosas e parasitárias (A00-B99)

Capítulo II - Neoplasias [tumores] (C00-D48)

Capítulo III - Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns

transtornos imunitários (D50-D89)

Capítulo IV - Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (E00-E90)

Capítulo V - Transtornos mentais e comportamentais (F00-F99)

Capítulo VI - Doenças do sistema nervoso (G00-G99)

Capítulo VII - Doenças do olho e anexos (H00-H59)

Capítulo VIII - Doenças do ouvido e da apófise mastóide (H60-H95)

Capítulo IX - Doenças do aparelho circulatório (I00-I99)

Capítulo X - Doenças do aparelho respiratório (J00-J99)

Capítulo XI - Doenças do aparelho digestivo (K00-K93)

Capítulo XII - Doenças da pele e do tecido subcutâneo (L00-L99)

Capítulo XIII - Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo

(M00-M99)

Capítulo XIV - Doenças do aparelho geniturinário (N00-N99)

Capítulo XV - Gravidez, parto e puerpério (O00-O99)

Capítulo XVI - Algumas afecções originadas no período perinatal (P00-P96)

Capítulo XVII - Malformações congênitas, deformidades e anomalias

cromossômicas (Q00-Q99)

Capítulo XVIII - Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de

laboratório, não classificados em outra parte (R00-R99)

Capítulo XIX - Lesões, envenenamento e algumas outras conseqüências de

causas externas (S00-T98)

Capítulo XX - Causas externas de morbidade e de mortalidade (V01-Y98)

Capítulo XXI - Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com os

serviços de saúde (Z00-Z99)

Capítulo XXII - Códigos para propósitos especiais (U00-U99)

5. 8 Análise estatística

Os dados foram tabulados e analisados utilizando-se o programa da Microsoft

Excel e o software de estatística Instat, onde foram calculadas as médias e as

frequências das variáveis em estudo, assim como realizado o teste do qui-quadrado.

Foi considerado valores de p<0,05 como significantes.

6 RESULTADOS

Durante o período de estudo, foram selecionados 351 pacientes, destes, 51

foram excluídos, devido à baixa permanência (período de internação inferior à 48

horas), presença de problema mental ou incapacidade para responder aos

questionamentos ou exprimir sua vontade, assim como os pacientes que já se

encontravam internados no início da pesquisa.

Participaram da pesquisa, pacientes de 12 a 95 anos (com idade média de

53,6 anos), sendo 51,33% (n=154) do sexo masculino e 48,67% (n=146) do sexo

feminino. O período de internação variou de 2 a 35 dias, com média de 4,5 dias.

Foram avaliadas 1.325 prescrições médicas, as quais continham 158

medicamentos, que se repetiram 8.919 vezes; entretanto, apenas 149

medicamentos foram realmente administrados durante o período de estudo,

perfazendo uma média de 5,46 medicamentos administrados por prescrição. Os

medicamentos utilizados de maior prevalência foram: dipirona (8,03%), ranitidina

(6,77%) e ceftriaxona (5,37%), conforme gráfico 1.

Gráfico 1. Prevalência dos vinte fármacos mais utilizados.

Após exclusão dos medicamentos que não foram administrados, identificou-

se 2.937 potenciais interações medicamentosas (tabela 1). Dentre essas, 9,06%

(n=266) não puderam ser avaliadas devido à necessidade de exames diagnósticos

0

100

200

300

400

500

600

Val

or

Ab

solu

to

Fármacos Prevalentes

não disponíveis, tais como dosagem de determinados fármacos no plasma. Assim,

foram avaliadas 2.671 potenciais interações e constatou-se que 28,42% (n=759) das

interações realmente aconteceram em 87 pacientes (29%), com média de 8,72

interações/paciente, durante o período de internação. Foram observados 105 tipos

de interações, que se repetiram 759 vezes.

Tabela 1. Percentual de Potenciais Interações Medicamentosas e Interações

Medicamentosas reais.

Severidade/ Documentação

Potenciais

Interaçõesa Interações

Reais

n % n n

IDD Contra- Indicada 13 0,44 0 %

Excelente 0 0 0 0

Boa 0 0 0 0

Fraca 13 0,44 0 0

IDD importante (maior) 784

26,69

95 0

Excelente 134 4,56 17 12,52

Boa 209 7,12 3 2,24

Fraca 441 15,01 75 0,40

IDD Moderada 1978 67,35 657 9,88

Excelente 284 9,67 123

86,56

Boa 865 29,45 282 16,21

Fraca 829 28,23 252 37,15

IDD Mínima 162

5,52

7 33,20

Excelente 59 2,01 0

0,92

Boa 95 3,24 7 0

Fraca 8 0,27 0 0,92

Total 2937 100 759 100

aOs medicamentos com a nomenclatura "à critério médico" ou "se necessário" que não foram administradas aos pacientes foram exclusos. IDD - Interação droga-droga.

Ainda na tabela 1, verifica-se que das interações que ocorreram, 12,52% são

de severidade maior, 86,56% moderada, 0,92% mínima. Nenhuma severidade

contra-indicada foi observada. Dentre as interações medicamentosas reais de

severidade moderada, 37,15% apresentaram documentação boa, 33,20% fraca e

16,21% excelente.

Dos pacientes que apresentaram alguma interação, 62,07% (n=54) possuíam

acima de 60 anos. Nessa faixa etária também foram identificadas 61,27% de todas

as interações reais observadas no estudo, com p<0,0001 no teste do qui-quadrado,

o que confirma a associação positiva entre a ocorrência de interações reais e a

idade (tabela 2).

Tabela 2. Pacientes que apresentaram interações reais por faixa etária.

Idade Pacientes

(Total)

Pacientes c/ Interações

Reais

Nº Interações Reais

n % n % n %

1. 2. 3. 4. 5. 6.

12|-- 18 07 2,33

01

1,15

02 0,26

18|-- 24 20

6,67

0 0 0 0

24|-- 60 145

48,33

32 36,78

292

38,47

60|-- 128

42,67

54 62,07

465

61,27a

Total 300 100 87 100 759 100

a p<0,0001, qui-quadrado.

Também observou-se correlação positiva entre o número de medicamentos

prescritos e a ocorrência de interações reais com p<0,0001, uma vez que 70% dos

pacientes que possuíam mais que 11 medicamentos prescritos, tiveram pelo menos

uma interação medicamentosa (tabela 3).

Tabela 3. Correlação entre o número de medicamentos prescritos e incidência

de interações reais.

N° Médio Medicamentos/ Prescrição

Pacientes (Total)

Pacientes C/ Interações

Reais

Nº Interações Reais

n % n % n %

01|-- 05 96 32 15 17,24

65 8,57

05|-- 11 184 61,33 58 66,67

415 54,67

11|-- 20 6,67 15 16,09

279 36,76b

b p<0,0001, qui-quadrado.

Todavia, não houve diferença significativa entre a incidência de interações

reais e o gênero masculino (56,52%), e/ou feminino (43,48%), p>0,05 (teste do qui-

quadrado).

A maioria dos pacientes que apresentaram interações reais foi diagnosticada

com Doenças do Sistema Circulatório (22,99%). E maior proporção de interações

reais por paciente, foi observada naqueles diagnosticados com Doenças infecciosas

e parasitárias e Doenças do aparelho circulatório, concomitantemente (tabela 4).

Muitos pacientes apresentavam em seu prontuário, definidos pelo prescritor, dois ou

mais diagósticos, os quais foram mantidos. Desse modo, existem diagnósticos em

associação; assim como outros que se repetem.

Tabela 4. Dez diagnósticos de maior prevalência.

Diagnóstico Pacientes (Total)

Pacientes c/

Interações Reais

Nº Interações Reais

n % n % n %

Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas

38 12,67 14 16,09

130 17,13

Doenças do aparelho circulatório

50 16,67 20 22,99

103 13,57

Neoplasias 21 7 08 9,20

90 11,86

Doenças infecciosas e Parasitárias/Doenças do aparelho circulatório

2 0,67 01 1,15

69 9,09

Doenças do aparelho respiratório

45 15 09 10,34

45 5,93

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho circulatório

3 1 03

3,45

38

5,01

Doenças do aparelho respiratório / Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

1 0,33 01

1,15

36 4,74

Doenças do aparelho geniturinário/Doenças do aparelho circulatório

8 2,67 03 3,45

34

4,48

Doenças do aparelho respiratório/ circulatório / geniturinário

1 0,33 01 1,15

30 3,95

Doenças infecciosas e parasitárias

14 4,67 03 3,45

22 2,90

Os diagnósticos foram agrupados em capítulos, conforme estabelecidos pela classificação CID 10, versão 2008.

As dez interações medicamentosas observadas com maior frequência no

presente estudo estão descritas na tabela 5 em ordem decrescente de ocorrência,

as quais apresentam, em sua maioria, severidade moderada.

Tabela 5. Dez Interações Medicamentosas de maior frequência no estudo.

Interação Severidade Documen-

tação Interação Detalhada

Fenoterol + Insulina Regular

Moderada Fraca A adição de fenoterol em pacientes que faziam uso de insulina regular aumentou os níveis glicêmicos na maioria deles.

Dipirona - Captopril

Moderada Excelente

Na maioria dos pacientes que utilizavam captopril e que passaram a usar dipirona, observou-se aumento dos níveis pressóricos, principalmente naqueles com insuficiência renal.

Dipirona - Losartana

Moderada Boa Pacientes que utilizavam losartana e que passaram a usar dipirona, observou-se aumento dos níveis pressóricos.

AAS - Furosemida

Moderada Boa

Pacientes que utilizavam concomitantemente AAS e furosemida, apresentaram elevação dos níveis pressóricos.

Tenoxicam - Captopril

Moderada Excelente

A adição de antiinflamatórios não-esteroidais em paciente que utilizavam captopril diminuiu o efeito anti-hipertensor do inibidor da enzima conversora de angiotensina, na maioria deles.

Ciprofloxacino - Insulina Regular

Maior Fraca

Todos os pacientes que utilizavam insulina regular concomitantemente à ciprofloxacino passaram a apresentar elevação dos níveis glicêmicos.

AAS - Enalapril

Moderada Excelente

A maioria dos pacientes que utilizavam concomitantemente AAS e enalapril, apresentaram elevação dos níveis pressóricos.

AAS - Captopril

Moderada Excelente

A maioria dos pacientes que utilizavam concomitantemente AAS e captopril, apresentaram elevação dos níveis pressóricos.

Dipirona - Furosemida

Moderada Boa Em pacientes que utilizavam furosemida e que passaram a usar dipirona, observou-se aumento nos níveis pressóricos.

AAS - Carvedilol

Moderada Boa

Na maioria dos pacientes que utilizavam concomitantemente carvedilol (bloqueador beta-adrenérgico) e AAS observou-se aumento dos níveis pressóricos.

Nenhum paciente apresentou interações contra-indicadas, mesmo havendo

quatro potenciais Interações Medicamentosas de Severidade Contra-indicada e com

Documentação Fraca, obervadas no estudo.

Das nove Potenciais Interações Medicamentosas de Severidade Maior e

documentação excelente, apenas duas ocorreram, sendo elas entre: losartana e

captopril; e losartana e enalapril. Essas interações estão associadas ao difícil

controle pressórico em muitos pacientes.

Dentre as dez Potenciais Interações Medicamentosas de Severidade Maior e

Documentação Boa, observou-se a ocorrência de interações entre a nifedipina e a

prednisona, apenas.

Na tabela abaixo (tabela 6) estão descritas todas as interações

medicamentosas reais de Severidade Maior detectadas no presente estudo, em

ordem decrescente de ocorrência. Independetemente da documentação, as

interações de severidade contraindicadas e maior requerem atenção especial, em

razão dos sérios efeitos adversos que podem provocar, e potencial letalidade.

Tabela 6. Interações Medicamentosas Reais de severidade maior detectadas no estudo.

Interação Severidade Documen-

tação Interação Detalhada

Ciprofloxacino - Insulina Regular

Maior Fraca Todos os pacientes que utilizavam insulina regular concomitantemente à ciprofloxacino apresentaram elevação dos níveis glicêmicos.

Ciprofloxacino - Metformina

Maior Fraca Pacientes que utilizaram concomitantemente fluoroquinolonas e antidiabéticos apresentaram elevações dos níveis glicêmicos.

Ciprofloxacino - Insulina NPH

Maior Fraca Pacientes que utilizaram concomitantemente fluoroquinolonas e antidiabéticos apresentaram elevações dos níveis glicêmicos.

Captopril - Losartana

Maior Excelente

O uso concomitante de inibidores da enzima de conversão da angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II acarretaram alterações na função renal (elevação dos níveis de sódio,

potássio, uréia e/ou creatinina), principalmente em

pacientes com insuficiência renal.

Enalapril - Losartana

Maior Excelente

O uso concomitante de inibidores da enzima de conversão da angiotensina e bloqueadores do receptor da angiotensina II acarretaram alterações na função renal (elevação dos níveis de sódio, potássio, uréia e/ou creatinina), principalmente em

pacientes com insuficiência renal.

Ciprofloxacino - Glibenclamida

Maior Fraca Pacientes que utilizaram concomitantemente fluoroquinolonas e antidiabéticos apresentaram elevações dos níveis glicêmicos.

Ciprofloxacino - glimepirida

Maior Fraca Pacientes que utilizaram concomitantemente fluoroquinolonas e antidiabéticos apresentaram elevações dos níveis glicêmicos.

Metronidazol - Ondansetrona

Maior Fraca

Em uma paciente que utilizava metronidazol e que passou a utilizar ondansetrona ocorreu prolongamento do intervalo QT no eletrocardiograma.

Nifedipina - Prednisona

Maior Boa Dois pacientes que utilizavam nifedipina concomitantemente à prednisona apresentaram elevação dos níveis pressóricos.

Petidina - Tramadol Maior Fraca

Um paciente que usou tramadol e petidina desenvolveu síndrome da serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, alterações do estado mental).

Amiodarona - Ranitidina

Maior Fraca Um paciente em uso de amiodarona que passou a utilizar também ranitidina apresentou bradicardia (aumento da exposição à amiodarona).

Fenoterol + Propranolol

Maior Fraca Uma paciente em uso de propranolol e fenoterol passou a apresentar broncoespasmo (antagonismo farmacológico).

Amitriptilina - tramadol

Maior Fraca

Em uma paciente, o uso concomitante de amitriptilina e tramadol resultou em síndrome da serotoninérgica (hipertensão, hipertermia, alterações do estado mental).

Morfina - Tramadol Maior Fraca

Em um paciente com uso prolongado tramadol, a adição de morfina provocou depressão do SNC (diminuição da frequência respiratória e cardíaca, hipotensão, sonolência).

Insulina Regular - Levofloxacino

Maior Fraca Um paciente que utilizou concomitantemente fluoroquinolona (levofloxacino) e insulina regular apresentou alterações dos níveis glicêmicos.

7 DISCUSSÃO

O presente estudo se destaca por ser o primeiro, no Brasil, a avaliar as

interações reais em pacientes hospitalizados prospectivamente, através de

acompanhamento diário dos mesmos, durante todo o período em que

permaneceram internados, uma vez que a maioria dos estudos avaliam potenciais

interações medicamentosas. Desse modo, as informações obtidas não se restringem

a banco de dados ou pesquisas em prontuários, ou à determinados grupos de

fármacos ou pacientes.

Em outros países, somente 02 estudos identificaram interações

medicamentosas reais em pacientes internados, sendo que um avaliou de forma

prospectiva (GOSNEY; TALLIS, 1984); e outro foi uma reanálise de dados coletados

por Hug et al. em 2009, os quais avaliaram os eventos adversos que ocorreram com

pacientes internados entre janeiro de 2005 à agosto de 2006 em seis hospitais da

comunidade de Massachusetts. Desse modo, Wright et al. em 2012 realizaram uma

reanálise desses dados com intuito de identificar se esses eventos adversos eram

atribuíveis à interações medicamentosas (WRIGHT et al., 2012).

No presente estudo constatou-se que 87 pacientes (29%) apresentaram pelo

menos uma interação medicamentosa e que 28,42% (n=759) das potenciais

interações medicamentosas realmente se desenvolveram nesses pacientes. Esses

dados corroboram com os da pesquisa de Gosney & Tallis (1984) que avaliaram 573

pacientes idosos internados, e que constatou que 23,7% tiveram pelo menos uma

interação medicamentosa real durante o período de internação. Já a reanálise dos

dados de Hug et al. (2009), realizada por Wright et al. em 2012, detectou 11,4% de

interações reais durante a análise dos eventos adversos encontrados. Todavia, a

pesquisa original foi retrospectiva e o objetivo principal era avaliar eventos adversos

e, portanto, essas interações medicamentosas reais encontradas podem estar

subestimadas uma vez que nenhum deles avaliou o paciente diariamente, com o

foco nos sintomas das potenciais interações medicamentosas.

Já a pesquisa realizada por Marusic et al. (2013), que avaliaram interações

medicamentosas reais em pacientes idosos que receberam alta de uma clínica de

medicina interna da Croácia e que foram acompanhados em sua residência,

verificou-se que dos 190 pacientes, apenas 9,5% (n=21) tiveram pelo menos uma

interação medicamentosa. Esse número inferior à presente pesquisa, provavelmente

se deve ao fato de que a presente pesquisa fora realizada em pacientes internados,

que na maioria das vezes fazem uso de maior número de medicamentos em relação

à pacientes que tiveram alta.

Na presente pesquisa observou-se que 62,07% (n=54) dos pacientes acima

de 60 anos apresentaram pelo menos uma interação, sendo que 61,27% de todas

as interações reais ocorreram nessa faixa etária. Esses dados corroboram com

várias pesquisas realizadas em idosos. Em 1984, uma pesquisa realizada em

Liverpool (Reino Unido), com 573 pacientes idosos internados, constatou que 23,7%

tiveram pelo menos uma interação medicamentosa durante o período de internação

(GOSNEY; TALLIS, 1984).

Isso fica claro quando se observa pesquisas de potenciais interações, como a

de Reimche, Forster & Walraven (2013), os quais constataram que o fator de maior

influência sobre a incidência de interação medicamentosa é a idade (incidência

ajustada> 75 anos vs <30 anos, 2,25; IC de 95%, 2,15-2,35). Nabovati et al. (2014)

em estudos sobre potenciais interações medicamentosas em pacientes internados e

ambulatoriais no Irã, também chegaram a mesma conclusão.

Um estudo realizado em um Hospital do sul da Índia, na enfermaria de

oncologia, a idade também foi um fator relevante na incidência de interações

potenciais, possivelmente pela existência de co-morbidades, que levam à prescrição

de um maior número de medicamentos (KANNAN et al., 2011).

Sabe-se que o idoso apresenta um sistema enzimático hepático, processo de

absorção e distribuição e função renal comprometidos o que facilita o surgimento de

uma interação medicamentosa; outro fator associado ao idoso é a polifarmácia

(PASSOS et al., 2012), uma vez que o número de medicamentos prescritos possui

uma correlação positiva com a interação medicamentosa, como foi observado no

presente estudo, em que 70% dos pacientes que possuíam mais que 11

medicamentos prescritos tiveram pelo menos uma interação medicamentosa. Esses

dados são corroborados por Kannan et al. (2011), Hadjibabaie et al. (2013),

Reimche, Forster & Walraven (2013), que determinaram que o número de

medicamentos é um fator de risco para a incidência de interações potenciais.

Apesar de não ser estatisticamente relevante a relação entre as interações

medicamentosas e os diagnósticos apresentados pelos pacientes, 22,99% (n=20)

das interações medicamentosas reais encontradas foram em pacientes que

apresentavam patologias do sistema circulatório, dado semelhante foi encontrado no

estudo de Lima & Cassiani (2006) que verificou que 26,6% das potenciais interações

medicamentosas encontradas em pacientes internados em Unidade de Terapia

Intensiva estavam relacionadas com patologias do sistema circulatório, também

estatisticamente não significante.

No presente estudo foram identificadas 105 interações medicamentosas reais

que se repetiram 759 vezes, sendo que 86,56% eram de severidade moderada e

12,52% de severidade maior. Resultado análogo foi descrito por Moura et al. (2009),

em um trabalho realizado em um Hospital Geral Brasileiro com características

semelhantes ao deste estudo, e que detectou que 78% das potenciais interações

medicamentosas eram severidade moderada. Já Passos et al. (2012), cujo estudo

também foi realizado em um Hospital Brasileiro Universitário, verificou que 57% das

interações eram moderadas e 33% graves. Kannam et al (2011) encontrou 56,80%

de interações moderadas e 9,86% de severidade grave. Todavia, todos esses

estudos supracitados avaliaram potenciais interações e não interações reais, o que

compromete a comparação com o presente estudo.

A interação entre o fenoterol e a insulina regular foi a mais frequente no

presente estudo, e está associada ao aumento dos níveis glicêmicos na maioria dos

pacientes insulino dependentes. Os agonistas dos receptores β-2 adrenérgicos, tais

como o ipratrópio, podem causar hiperglicemia devido à capacidade das

catecolaminas de estimular a gliconeogênese e a glicogenólise (DAVIS, 2006).

Entretanto, a maioria das dez interações medicamentosas reais de maior

prevalência é de severidade moderada, e está relacionada com desequilíbrio dos

níveis pressóricos e glicêmicos, semelhante ao estudo Cruciol-Souza & Thomson

(2006), que avaliaram potenciais interações em um Hospital Universitário Brasileiro,

e concluíram que 19,2% e 3,4% das reações adversas advindas de interações

medicamentosas estavam relacionadas à hipertensão e hipoglicemia,

respectivamente.

Devemos salientar que apesar de gravidade moderada, foi necessária a

intervenção médica de ajuste de dose para diminuir as reações adversas advinda

dessas interações medicamentosas.

Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) estiveram

envolvidos em quatro dessas interações. E segundo Jackson (2006a), os AINES,

incluindo o ácido acetilsalicílico, podem diminuir a resposta anti-hipertensiva dos

inibidores da ECA. Já os diuréticos poupadores de potássio e os suplementos de

potássio podem aumentar a hiperpotassemia induzida pelos inibidores da ECA e

pelos antagonistas dos receptores da angiotensina II, assim como a presença de

insuficiência renal. Os IECA também podem aumentar os níveis plasmáticos de

digoxina e lítio, assim como desencadear reações de hipersensibilidade ao

alopurinol. Além disso, sua biodisponibilidade pode ser reduzida com uso de

antiácidos (JACKSON, 2006b).

Já os diuréticos de alça, também presente nas dez interações de maior

frequência, interagindo com AINES (os quais diminuem a resposta diurética e a

toxidade do salicilato quando altas doses de salicitatos são administradas), também

podem interagir com diversos medicamentos, tais como: a) aminoglicosídeos (por

sinergismo da ototoxidade de ambos); b) anticoagulantes (aumento da atividade

anticoagulante); c) glicosídios digitálicos (aumento de arritmias induzidas por

digitálicos); d) lítio (aumento dos níveis plasmáticos de lítio); e) propranolol (aumento

dos níveis plasmáticos de propranolol); f) sulfoniluréias (hiperglicemia); h) diuréticos

tiazídicos (sinergimo da atividade diurética de ambos); i) anfotericina B (aumento do

risco de nefrotoxicidade, toxicidade e desequilíbrios eletrolíticos), entre outros

(JACKSON, 2006b).

Segundo o mesmo autor, assim como os diuréticos de alça, os tiazídicos

podem diminuir a tolerância à glicose, e precipitar diabetes mellitus latente,

provavelmente por redução da secreção de insulina, assim como alterações no

metabolismo da glicose. A hiperglicemia parece estar relacionada com a depleção

de potássio, que por sua vez, também compromete o efeito anti-hipertensivo e a

proteção cardiovascular proporcionada pelos tiazídicos em hipertensos. Os

diuréticos tiazídicos podem reduzir a atividade de anticogulantes, de agentes

uricosúricos, de sulfoniluréias e da insulina; assim como aumentar os efeitos dos

anestésicos, dos glicosídios digitálicos, do lítio, dos diuréticos de alça e da vitamina

D. Corticosteróides e anfotericina-B aumentam o risco de hipopotassemia induzida

por diuréticos tiazídicos. E os AINES, inibidores não-seletivos ou seletivos da

ciclooxigenase-2 (COX-2), e sequestradores de ácidos biliares (os quais reduzem a

absorção dos tiazídicos), diminuem a eficácia dos diuréticos tiazídicos. Os salicilatos

também podem diminuir a eficácia diurética da espironolactona, a qual, por sua vez,

pode alterar a depuração de glicosídios cardíacos.

Essas interações alerta para a necessidade de monitorização clínica e

laboratorial constante desses pacientes, os quais podem requerer ajustes de doses

e/ou mudança na terapia.

A dipirona foi o medicamento de maior frequência de administração e

responsável por 03 das 10 interações medicamentosas de severidade moderada,

todas relacionadas ao difícil controle pressórico. No estudo de Mazzola et al. (2011),

realizado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a dipirona também foi o

medicamento mais frequente nas prescrições, assim como no estudo de Paiva e

Moura (2012) sobre potenciais interações em pacientes pediátricos hospitalizados.

Desse modo, os AINES podem atenuar a eficácia dos inibidores da ECA ao

bloquear a produção de prostaglandinas vasodilatadora e natriuréticas, tendo em

vista que uma das ações dos inibidores da enzima conversora de angiotensina é

evitar a degradação de cininas que estimulam a produção de prostaglandinas. Essa

associação também pode provocar hipopotassemia, a qual pode desencadear

bradicardia que resulte em síncope, principalmente em idosos e pacientes com

hipertensão, diabetes mellitus ou doença cardíaca isquêmica. Os AINES também

podem aumentar a frequência ou gravidade de ulcerações gastrintestinais, quando

combinados com corticosteróides, assim como o risco de sangramento em pacientes

que utilizam varfarina. Muitos AINES, inclusive os salicilatos, podem deslocar outros

fármacos do seu local de ação devido sua forte ligação à proteínas plasmáticas, tais

como a varfarina, sulfoniluréias ou metrotexato (BURKE; SMYTH; FITZGERALD,

2006).

Em relação às interações de gravidade maior com evidência documental boa

foi observada a interação entre prednisona e nifedipina, onde a primeira é um indutor

do citocromo (CYP 3A4) e, portanto, diminui os níveis de sanguíneos de nifedipina

(FDA, 2013a).

Conforme Oates (2006) também são fármacos indutores das enzimas CYP

hepáticas: rifampicina, fenobarbital, fenitoína, carbamazepina, efavirenz, nevirapina,

erva-de-são-joão, os quais reduzem os níveis plasmáticos de substâncias

metabolizadas preferencialmente por essas substâncias tais como ciclosporina,

varfarina, verapamil, dexametasona, metilprednisolona, anticoncepcionais orais de

baixas doses e inibidores da protease do HIV.

Das 15 interações de gravidade maior, 06 eram em relação ao grupo

quinolona (05 com ciprofloxacino e 01 com levofloxacino) com anti-hiperglicêmicos.

O sintoma mais prevalente foi a hiperglicemia, que apesar de ter mecanismo

desconhecido, estudos demonstram que o grupo das quinolonas podem elevar a

glicemia (FDA, 2013b).

Segundo Davis (2006), diversos fármacos podem alterar a resposta dos

pacientes diabéticos a seus esquemas terapêuticas, e provocar hipoglicemia ou

hiperglicemia. Os estados de hipoglicemia induzidos por fármacos mais comuns são

causados por insulina, agentes hipoglicemiantes orais, etanol, antagonistas dos

receptores beta-adrenérgicos (por inibição dos efeitos das catecolaminas sobre a

gliconeogênese e a glicogenólise; ou mascaração dos sintomas mediados pelo

sistema simpático de queda de glicemia) e pelos salicilatos (aumentam a

sensibilidade das células β do pâncreas à glicose e potencializa a liberação de

insulina). Diversos fármacos sem nenhuma ação hipoglicemiante direta, podem

potencializar as ações das sulfoniluréias. Contrariamente, outros fármacos podem

causar hiperglicemia em pacientes normais ou comprometer o controle metabólico

em diabéticos. A epinefrina, glicocorticóides, antipsicóticos atípicos, inibidores da

protease e outros anti-retrovirais, exercem efeitos diretos sobre os tecidos periféricos

que anulam as ações da insulina. Já a fenitoína, clonidina e bloqueadores dos

canais de cálcio, inibem a secreção de insulina diretamente; e os diuréticos inibem a

secreção de insulina indiretamente através da depleção de potássio.

Interações medicamentosas reais entre o captopril e a losartana, e entre o

enalapril e a losartana, as quais apresentam documentação excelente, também

fazem parte da dez interações de severidade maior. O duplo bloqueio do sistema

renina-angiotensina-aldosterona, provocado pelo uso concomitante de um inibidor

da enzima conversora de angiotensina e de um antagonista do receptor de

angiotensina II, está relacionado à um aumento da incidência de efeitos adversos,

tais como hipotensão, síncope, hipercalemia e alterações nas função renal, incluindo

insuficiência renal severa (LOSARTANA POTÁSSICA, 2015).

Adicionalmente, perfazem as dez interações de severidade maior: a) o uso

concomitante de metronidazol com outros medicamentos que prolongam QT, tais

como a ondansetrona, os quais podem provocar prolongamento do intervalo QT,

arritmias e torsades de pointes, devido aos efeitos aditivos (ARMAHIZER et al.,

2013); b) a co-administração de tramadol com agentes serotoninérgicos, tais como a

petidina, que aumenta o risco de síndrome serotoninérgica, também devido à efeitos

sinérgicos (TRAMAL, 2013); c) o uso de ranitidina, um substrato da CYP3A4, inibi o

metabolismo da amiodarona (mediado pela CYP3A4) e aumenta sua exposição

(ATLANSIL, 2014); d) o uso concomitante de tramadol e antidepressivos tricíclicos,

pode aumentar o risco de convulsões e síndrome serotoninérgica (efeitos aditivos);

assim como pode inibir a formação do metabólito ativo do tramadol (um substrato da

CYP2D6) por inibidores da CYP2D6, como a amitriptilina, podendo resultar em

analgesia reduzida e toxicidade opiácea devido ao aumento das concentrações de

tramadol (CONZIPTM, 2013; TRAMAL, 2013); e) e o uso concomitante de morfina

com outros depressores do SNC, tais como o tramadol, pode resultar em depressão

respiratória, hipotensão e sedação profunda, e conduzir ao coma ou à morte

(DIMORF, 2013).

No presente estudo, a demonstração de que a maioria das interações

encontradas possui nível de evidência considerada fraca, serve de alerta para os

prescritores e avaliadores clínicos da importância de se considerar todas as

possibilidades de interações medicamentosas.

Além disso, muitas interações podem provocar danos permanentes aos

pacientes, a piora de sua condição clínica e/ou o aumento do período de internação,

muitos dos quais podem ser previstos e/ou minimizados, aumentando a qualidade e

a segurança do serviço prestado. E não devemos desconsiderar também o impacto

financeiro dessas interações medicamentosas sobre os custos hospitalares.

Desse modo, a presente pesquisa ressalta a necessidade do

desenvolvimento da Assistência Farmacêutica Hospitalar, e mais especificamente da

de Farmácias Clínicas, com ações pautadas no sentido de prevenir e/ou minimizar a

ocorrência de interações medicamentosas. Adicionalmente, as equipes de saúde do

município serão capacitadas sobre a importância das interações medicamentosas,

no sentido de ampliar o conhecimento sobre os riscos, benefícios e manejo das

interações medicamentosas, incluindo treinamentos para a utilização de softwares

como "Drugs.com" e "Medscape", que possibilita a verificação de interações de

forma gratuita.

8 CONCLUSÃO

Na presente pesquisa, foram avaliadas 2.671 potenciais interações

medicamentosas, dentre as quais 28,42% (n=759) foram constatadas a sua

ocorrência através de exames clínico-laboratoriais, em 87 pacientes (29%).

A relação entre interações medicamentosas e os fatores idade e número de

medicamentos prescritos se demonstraram estatisticamente significantes,

sendo que 61,27% de todas as interações observadas ocorreram em

pacientes acima de 60 anos; e que 70% dos pacientes que possuíam mais

que 11 medicamentos prescritos, tiveram pelo menos uma interação

medicamentosa.

Todavia, não houve associação estatisticamente significativa entre interação

medicamentosa e o sexo do paciente, e/ou com o diagnóstico clínico.

A dipirona foi o medicamento de maior frequência de administração.

Nenhum paciente apresentou interações contra-indicadas.

Das nove Potenciais Interações Medicamentosas de Severidade Maior e

documentação excelente, apenas duas ocorreram, sendo elas entre:

losartana e captopril; e losartana e enalapril.

Dentre as dez Potenciais Interações Medicamentosas de Severidade Maior e

Documentação Boa, observou-se a ocorrência de interações entre a

nifedipina e a prednisona, apenas.

As dez interações reais que ocorreram com maior frequência foram: fenoterol

e Insulina regular; dipirona e captopril; dipirona e losartana; ácido

acetilsalicílico e furosemida; tenoxicam e captopril; ciprofloxacino e insulina

regular; ácido acetilsalicílico e enalapril; ácido acetilsalicílico e captopril;

dipirona e furosemida; ácido acetilsalicílico e carvedilol.

A maioria das interações observadas apresentou severidade moderada e

estavam relacionadas com desequilíbrio dos níveis pressóricos e glicêmicos,

as quais geralmente exigem intervenção médica de ajuste de dose para

diminuir as reações adversas advinda dessas interações.

E a maior frequência de interações medicamentosas com evidência

documental fraca alerta para a necessidade de se considerar todas as

possibilidades de interações.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - SOLICITAÇÃO DE ANUÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO DE

PESQUISA

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Mestrado Profissional em Farmácia - Produtos

Naturais e Sintéticos Bioativos

SOLICITAÇÃO DE ANUÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA

São Paulo, 11 de Maio de 2015

De: Fabiana Cristina Furquim - discente do curso Mestrado Profissional de

Farmácia da Universidade Anhanguera de São Paulo

Para: Dr. Paulo Milton Righetto Junior - Chefe do Departamento de Saúde do

Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito

Prezado Senhor,

Solicito autorização institucional para o desenvolvimento da pesquisa

“INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL

MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL”, no Hospital Municipal Arlete Daisy

Cichetti de Brito, sob sua Coordenação, situado à Rua 03, nº 2055-S, Bairro Vila

Alta-II, CEP: 78300-000, conforme as determinações do projeto.

A presente pesquisa objetiva verificar a incidência de interações

medicamentosas em pacientes internados na Clínica Médica do Hospital Municipal

Arlete Daisy Cichetti de Brito no período de Agosto à Novembro de 2015. Está sob

orientação do Prof. Dr. Helder Cássio de Oliveira.

Ao mesmo tempo, pedimos autorização para que o nome desta instituição

possa constar no relatório final bem como em futuras publicações na forma de artigo

científico. Ressaltamos que os dados coletados serão mantidos em absoluto sigilo de

acordo com a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/12 que trata da

Pesquisa envolvendo Seres Humanos. Salientamos ainda que tais dados sejam

utilizados tão somente para realização deste estudo. Na certeza de contarmos com a

colaboração e empenho desta Diretoria, agradecemos antecipadamente a atenção,

ficando à disposição para quaisquer esclarecimentos.

Atenciosamente,

Fabiana Cristina Furquim Farmacêutica CRF/MT 4004

APÊNDICE B - TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Mestrado Profissional em Farmácia - Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos

São Paulo, 11 de Maio de 2015

TERMO DE COMPROMISSO PARA UTILIZAÇÃO DE DADOS

Na qualidade de pesquisadora, eu Fabiana Cristina Furquim (discente do

curso Mestrado Profissional de Farmácia da Universidade Anhanguera de São

Paulo), declaro conhecer e cumprir as Resoluções Éticas Brasileiras, em especial a

Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) 466/12. Estou ciente de minha

responsabilidade na pesquisa intitulada "INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES

MEDICAMENTOSAS EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE MATO GROSSO,

BRASIL", e do meu compromisso no resguardo e segurança das informações

coletadas.

Fabiana Cristina Furquim Farmacêutica CRF/MT 4004

APÊNDICE C - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

Mestrado Profissional em Farmácia - Produtos

Naturais e Sintéticos Bioativos

PESQUISA: INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM UM

HOSPITAL MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL.

PESQUISADORA: FABIANA CRISTINA FURQUIM (65) 3311-5114 (RAMAL 27)

O Sr. (a) ____________________________________________________,

está sendo convidado(a) a participar desta pesquisa, cujo objetivo é identificar os

sintomas de interações medicamentosas nos pacientes internados no Hospital

Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito, no período de agosto à novembro de 2015.

Desse modo, o presente estudo pretende verificar a ocorrência de reações

prejudiciais e não desejadas, assim como possíveis alterações nos efeitos desejados

de medicamentos, os quais podem ocorrem quando se utiliza dois ou mais

medicamentos.

A sua participação no referido estudo será no sentido de responder

diariamente aos questionamentos da pesquisadora, quando necessário.

Ao participar desta pesquisa o Sr. (a) não terá nenhum benefício direto.

Entretanto, esperamos que este estudo traga informações importantes sobre a

incidência e possíveis prejuízos provocados pelas interações medicamentosas

descritas ou não na literatura, para que se possa desenvolver mecanismos que

promovam maior segurança quanto ao tratamento farmacológico prescrito para

pacientes hospitalizados.

A participação nesta pesquisa não traz complicações legais. Os

procedimentos adotados obedecem aos Critérios da Ética em Pesquisa com Seres

Humanos conforme Resolução n° 466/12 do Conselho Nacional de Saúde. Nenhum

dos procedimentos usados oferece riscos à sua saúde e dignidade. Todavia,

resultados positivos ou negativos dessa pesquisa somente serão obtidos após a sua

realização.

Todas as informações coletadas neste estudo são estritamente confidenciais.

Somente a pesquisadora e o seu orientador terão conhecimento dos dados.

O Sr. (a) tem liberdade de se recusar a participar e ainda se recusar a

continuar participando em qualquer fase da pesquisa, sem qualquer prejuízo para o

Sr. (a), e sem precisar haver justificativa. Sempre que quiser poderá pedir mais

informações sobre a pesquisa, através do telefone da pesquisadora do projeto e, se

necessário através do telefone do Comitê de Ética em Pesquisa (11) 2967-9059.

O Sr. (a) não terá nenhum tipo de despesa para participar desta pesquisa,

bem como nada será pago por sua participação.

Após estes esclarecimentos, solicitamos o seu consentimento de forma livre

para participar desta pesquisa. Portanto preencha, por favor, os itens que se

seguem.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Consentimento Livre e Esclarecido

Tendo em vista os itens acima apresentados, eu, de forma livre e esclarecida,

manifesto meu consentimento em participar da pesquisa. Declaro que recebi cópia

deste termo de consentimento, e autorizo a realização da pesquisa e a divulgação

dos dados obtidos neste estudo.

Tangará da Serra-MT, ___ de _____________ de 2015.

_______________________________ ______________________________

Participante Testemunha

Fabiana Cristina Furquim Helder Cássio de Oliveira

Pesquisadora Co-orientador

APÊNDICE D - FICHA DE ACOMPHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO - A

Paciente: Leito: Prescritor:

Data Nasc.: Idade: Sexo: Raça: Altura: Peso:

Diagnóstico: Data Intern.: Data alta/Desfecho:

Data Procedimentos realizados durante a

internação atual (médico, de enfermagem,

diagnóstico)

Data de

início dos

sintomas

Problemas atuais (queixas e

diagnósticos no momento da

internação)

Problemas ou Diagnósticos

antigos (mais de 30 dias antes

da internação)

Registro de Reações Adversas

(alergias) a medicamentos

Data Intercorrências durante a Internação

APÊNDICE E - FICHA DE ACOMPHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO - B

Prescrição Médica

(medicamentos/via/posologia)

Horário

Administração

Potenciais Interações Medicamentosas Sintomas e como avaliar.

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

APÊNDICE 6

Data Exames Solicitados / Alterações na prescrição e motivo

APÊNDICE F - FICHA DE ACOMPHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO - C

Medicamento

Sintomas de Interações Medicamentosas Relatadas / Observadas Resultados de Exames Laboratoriais

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

12.

Observações:

APÊNDICE G - RESULTADOS

TABELA 1. Interações Medicamentosas de acordo com a Severidade e Evidência Clínica Documental.

Severidade/

Documentação

Potenciais

Interações

Potenciais

Interações*

Interações

Reais

Interações

Não

Ocorreram

Interações

Não

Avaliadas

IDD Contra-

Indicada 13 13 0 13 0

Excelente 0 0 0 0 0

Boa 0 0 0 0 0

Fraca 13 13 0 13 0

IDD importante

(maior) 1106 784 95 647 42

Excelente 247 134 17 89 28

Boa 285 209 3 206 0

Fraca 574 441 75 352 14

IDD Moderada 3352 1978 657 1144 177

Excelente 673 284 123 115 46

Boa 1356 865 282 527 56

Fraca 1323 829 252 502 75

IDD Mínima 163 162 7 108 47

Excelente 60 59 0 59 0

Boa 95 95 7 48 40

Fraca 8 8 0 1

7

Total 4634 2937 759 1912 266

* Os medicamentos com a nomenclatura "à critério médico" ou "se necessário" que não foram administradas aos pacientes

foram exclusos.

Tabela 2. Correlação entre interações reais e a idade dos pacientes.

Idade N° Total Pacientes

N° Pacientes C/ Interações

Percentual Interações

Reais

12|-- 18 2,33% (n=7)

1,15% (n=1)

0,26% (n=2)

18|-- 24 6,67% (n=20)

0 0

24|-- 60 48,33% (n=145)

36,78% (n=32)

38,47% (n=292)

60|-- 42,67% (n=128)

62,07% (n=54)

61,27% (n=465)

Total 300 87 759

Tabela 3. Correlação incidência de interações reais e o sexo dos pacientes.

Sexo

N° Total Pacientes

N° Pacientes C/ Interações

Reais

Percentual Interações

Reais

Masculino 154 43 56,52% (n=429)

Feminino 146 44 43,48% (n=330)

Tabela 4. Tipos de Interações Medicamentosas

Tipos de Interações N=341

Severida-de

Documen-tação

N° Potenciais Interações

N° Interações

Reais

N° Interações

Não Ocorre-

ram

N° Medica-mentos

Não Utilizados

N° Potenciais Interações

Não Avaliadas

Fenoterol - Insulina Regular

Moderada Fraca 102 50 7 45 0

Dipirona - Captopril Moderada Excelente 365 42 18 305 0

Dipirona - Losartana Moderada Boa 167 30 33 104 0

AAS - Furosemida Moderada Boa 49 26 22 1 0

Tenoxicam - Captopril Moderada Excelente 67 24 5 38 0

Ciprofloxacino - Insulina Regular

Maior Fraca 60 21

38 1

Dipirona - AAS Maior Excelente 84 0 28 56 0

AAS - Enalapril Moderada Excelente 32 21 10 1 0

AAS - Captopril Moderada Excelente 48 20 8 20 0

Dipirona - Furosemida Moderada Boa 126 19 34 73 0

AAS - Carvedilol Moderada Boa 37 18 17 2 0

Captopril - furosemida Moderada Boa 64 0 41 23 0

Captopril - Hidroclorotiazida

Moderada Boa 62 0 27 35 0

AAS - Ranitidina Menor Excelente 60 0 59 1 0

Ciprofloxacino - Metformina

Maior Fraca 31 17 13 1 0

Dipirona - Anlodipino Moderada Boa 44 16 2 26 0

Ciprofloxacino - Insulina NPH

Maior Fraca 17 16 1 0 0

AAS - Insulina Regular Moderada Fraca 48 0 18 27 3

Dipirona - Enoxaparina Maior Boa 47 0 15 32 0

Insulian Regular - Prednisona

Moderada Fraca 24 15 1 8 0

Bromazepam - Tramadol

Maior Fraca 45 0 36 9 0

Lamivudina - Sulfametoxazol +

Trimetamina Menor Boa 45 0 45 0 0

Dipirona - Hidroclorotiazida

Moderada Boa 76 13 24 39 0

Metoclopramida - Tramadol

Maior Fraca 42 0 24 18 0

Hidrocortisona - Metformina

Moderada Fraca 13 13

0 0

Dipirona - Enalapril Moderada Excelente 40 12 11 17 0

Fenoterol - Metformina

Moderada Fracaa 18 12 6 0 0

Furosemida - Insulina Regular

Moderada Fraca 18 12 1 5 0

Captopril - Metformina Moderada Fraca 33 0 20 13 0

Furosemida - Insulina NPH

Moderada Fraca 14 12

2 0

AAS - Clopidogrel Maior Fraca 32 0 29 3 0

Tenoxicam - Losartana Moderada Boa 28 11 15 2 0

AAS - Espironolactona Moderada Boa 22 11 8 3 0

Tenoxicam - Hidroclorotiazida

Moderada Boa 20 11 9 0 0

Dipirona - Amitriptilina Maior Excelente 31 0 22 9 0

Carvedilol - Insulina NPH

Moderada Boa 13 11 0 2 0

Captopril - Losartana Maior Excelente 73 10 16 47 0

Dipirona - Espironolactona

Moderada Boa 40 10 3 27 0

tenoxicam - Furosemida

Moderada Boa 12 10 1 1 0

Dipirona - Varfarina Moderada Fracaa 27 0 14 13 0

Dipirona - Heparina Maior Fracaa 26 0 11 15 0

Furosemida - Hidrocortisona

Moderada Fraca 26 0 16 10 0

Glimepirida - Insulina Regular

Moderada Fraca 25 0 18 7 0

Fenoterol + Glimepirida

Moderada Teórica 10 10 0 0 0

Tenoxicam - Nifedipina Moderada Boa 10 10 0 0 0

Fenitoína - Sulfametoxazol +

Trimetropima Moderada Boa 24

24 0 0

Clopidogrel - Sinvastatina

Moderada Excelente 23 0 21 2 0

Fluconazol - Omeprazol

Moderada Excelente 23 0 0 0 23

Insulina NPH - Losartana

Moderada Fraca 46 9 34 3 0

Hidroclorotiazida - Insulina Regular

Moderada Fraca 20 9 1 9 1

Captopril - Espironolactona

Maior Boa 22 0 16 6 0

Glibenclamida - Insulina Regular

Moderada Fraca 22 0 17 5 0

AAS - Cilostazol Maior Fraca 21 0 20 1 0

Amitriptilina - Azitromicina

Maior Fraca 20 0 20 0 0

Amitriptilina - Sulfametoxazol +

Trimetropima Maior Boa 20 0 20 0 0

Fenoterol + Insulina NPH

Moderada Fraca 9 9 0 0 0

Hidroclorotiazida - Insulina NPH

Moderada Fraca 9 9 0 0 0

AAS - Hidroclorotiazida

Moderada Boa 24 8 15 1 0

Digoxina - Furosemida Moderada Boa 19 0 17 2 0

Insulina Regular - Espironolactona

Moderada Fraca 11 8 1 2 0

Enalapril - Furosemida Moderada Boa 18 0 17 1 0

Insulina Regular - Propranolol

Moderada Boa 10 8 0 2 0

Glimepirida - Hidrocortisona

Moderada Fraca 8 8 0 0 0

Hidroclorotiazida - Prednisona

Moderada Fraca 18 0 17 1 0

Diazepam - Omeprazol

Menor Boa 7 7 0 0 0

Dipirona - Clopidogrel Maior Boa 17 0 8 9 0

Enalapril - Losartana Maior Excelente 7 7 0 0 0

Insulina Regular - Fenoterol

Moderada Fraca 7 7 0 0 0

Ciprofloxacino - Metronidazol

Maior Fraca 16 0 12 0 4

Enalapril - Hidroclorotiazida

Moderada Boa 16 0 16 0 0

Fluconazol - Sulfametoxaol +

trimetropima Maior Fraca 16 0 16 0 0

Atenolol - Insulina Regular

Moderada Boa 15 0 3 12 0

Captopril - Glimepirida Moderada Fraca 15 0 10 5 0

Carvedilol - Digoxina Moderada Boa 15 0 13 2 0

Enalapril - Espironolactona

Maior Boa 15 0 12 3 0

Dipirona - Nifedipino Moderada Boa 30 5 1 24 0

Anlodipino - Sinvastatina

Maior Boa 14 0 13 1 0

Digoxina - Espironolactona

Maior Boa 14 0 12 2 0

Dipirona - Fluoxetina Maior Boa 14 0 8 6 0

Efavirens - Fenitoína Moderada Fraca 14 0 0 0 14

Fluconazol - Isoniazida,

pirazinamida, rifampicina

Moderada Excelente 14 0 0 0 14

Fluconazol - Losartana Moderada Boa 9 5 4 0 0

Fenitoína - Ranitidina Menor Boa 14 0 0 0 14

Ciprofloxacino - Anlodipino

Moderada Fraca 8 5 3 0 0

Fenoterol - Glibenclamida

Moderada Fraca 6 5 1 0 0

Ciprofloxacino - Sinvastatina

Maior Boa 13 0 13 0 0

Clonazepam - Petidina Maior Boa 13 0 11 2 0

Dipirona - Diltiazem Moderada Boa 13 0 13 0 0

Dipirona - Cilostazol Maior Fraca 13 0 0 13 0

Insulina Regular - Terbutalina

Moderada Fraca 6 5 0 1 0

Atenolol - Nifedipina Moderada Boa 12 0 12 0 0

Dapsona - Rifampicina Moderada Fraca 12 0 0 0 12

Efavirenz - Isoniazida, pirazinamida, rifampicina

Maior Excelente 12 0 0 0 12

Enoxaparina - Varfarina

Maior Fraca 12 0 12 0 0

Fluconazol - Fenitoína Moderada Boa 12 0 12 0 0

Ciprofloxacino - Glibenclamida

Maior Fraca 5 5 0 0 0

Tenoxicam - Enoxaparina

Maior Boa 12 0 12 0 0

Furosemida - Metformina

Moderada Fraca 5 5 0 0 0

Hidróxido de Alumínio-Captopril

Moderada Fraca 11 0 0 11 0

Captopril - Glibenclamida

Moderada Fraca 11 0 8 3 0

Glibenclamida - Propranolol

Moderada Boa 5 5 0 0 0

Ciprofloxacino - Dexametasona

Moderada Excelente 11 0 11 0 0

Dipirona - Atenolol Moderada Boa 31 4 4 23 0

Hidroclorotiazida - Hidrocortisona

Moderada Fraca 11 0 11 0 0

AAS - Insulina NPH Moderada Fraca 22 4 16 2 0

Losartana - Rifampicina

Moderada Boa 11 0 11 0 0

Rifampicina - Sinvastatina

Moderada Boa 11 0 11 0 0

Atazanavir - Tenofovir Maior Excelente 10 0 0 0 10

Ciprofloxacino - Prednisona

Moderada Excelente 10 0 10 0 0

Dipirona - Levofloxacino

Moderada Fraca 10 0 1 9 0

AAS - Atenolol Moderada Boa 18 4 14 0 0

Enalapril - Metformina Moderada Fraca 10 0 8 0 2

Omeprazol - Propranolol

Moderada Fraca 15 4 9 0 2

Carvediolol - Metformina

Moderada Boa 11 4 1 0 6

Fluconazol - Metronidazol

Maior Fraca 10 0 10 0 0

Fluoxetina - Tramadol Maior Boa 10 0 7 3 0

Ciprofloxacino - Glimepirida

Maior Fraca 11 4 7 0 0

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina -

Fenitoína

Maior Boa 10 0 10 0 0

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina -

Fenitoína

Moderada Boa 10 0 10 0 0

Mefformina - Rifampicina

Moderada Excelente 10 0 7 0 3

Omeprazol - Rifampicina

Moderada Fraca 10 0 0 0 10

Rifampicina - Tramadol

Moderada Fraca 10 0 8 2 0

Ritonavir - Tenofovir Moderada Boa 10 0 0 0 10

Insulina Regular - Prometazina

Moderada Fraca 4 4 0 0 0

AAS - Glimepirida Moderada Boa 9 0 9 0 0

AAS - Prednisona Moderada Boa 9 0 0 0 9

Atenolol - Clonidina Maior Fraca 9 0 9 0 0

Clonazepam - Fluconazol

Moderada Fraca 9 0 8 1 0

Dipirona - Flunarizina Moderada Boa 9 0 0 9 0

Metronidazol - Ondansetrona

Maior Fraca 4 4 0 0 0

Captopril - Insulina NPH

Moderada Fraca 28 3 11 14 0

Losartana - Espironolactona

Moderada Fraca 17 3 14 0 0

Espironolactona - Varfarina

Moderada Fraca 9 0 9 0 0

Aminofilina - Fluconazol

Maior Boa 8 0 8 0 0

Aminofilina - Terbutalina

Menor Boa 8 0 0 0 8

Carvedilol - Insulina Regular

Moderada Boa 16 3 1 11 1

Atazanavir - Metronidazol

Maior Fraca 8 0 8 0 0

AAS - Nifedipina Moderada Boa 13 3 10 0 0

Ciprofloxacino - Nifedipino

Moderada Fraca 8 0 0 0 8

Ciprofloxacino - Varfarina

Maior Boa 8 0 8 0 0

Deslanosídeo - Carvedilol

Moderada Boa 8 0 8 0 0

Enalapril - Insulina Regular

Moderada Fraca 8 0 4 4 0

Nifedipina - Prednisona

Maior Boa 12 3 9 0 0

Metronidazol - Ritonavir

Maior Fraca 8 0 8 0 0

Aminofilina - Diazepam

Moderada Boa 7 0 7 0 0

Anlodipino - AAS Moderada Boa 8 3 5 0 0

Anlodipino - Atenolol Moderada Boa 7 0 7 0 0

AAS - Heparina Maior Fraca 7 0 7 0 0

Captopril - Clorpromazina

Moderada Boa 7 0 0 7 0

Cilostazol - Clopidogrel

Maior Fraca 7 0 7 0 0

Dexametasona - Fluconazol

Moderada Fraca 7 0 6 1 0

Anlodipino - Cetoprofeno

Moderada Boa 5 3 0 2 0

Hidroclorotiazida - Cetoprofeno

Moderada Boa 4 3 0 1 0

Cetoprofeno - Losartana

Moderada Boa 4 3 0 1 0

Tenoxicam - Amitriptilina

Maior Excelente 7 0 7 0 0

Glimepirida - Propranolol

Moderada Boa 3 3 0 0 0

AAS - Hidrocortisona Menor Boa 6 0 0 0 6

Glimepirida - Espironolactona

Moderada Fraca 3 3 0 0 0

Atazanavir - Omeprazol

Maior Fraca 6 0 0 0 6

Azitromicina - Metronidazol

Maior Fraca 6 0 6 0 0

Ciprofloxacino - Fluoxetina

Maior Fraca 6 0 6 0 0

Clopidogrel - Omeprazol

Maior Excelente 6 0 5 1 0

Digoxina - Omeprazol Moderada Boa 6 0 5 1 0

Fenoterol - Carvedilol Maior Fraca 6 0 5 1 0

Hidroclorotiazida - Metformina

Moderada Fraca 3 3 0 0 0

Insulina NPH - Prometazina

Moderada Fraca 3 3 0 0 0

Propranolol - Metformina

Moderada Boa 3 3 0 0 0

Isoniazida - Rifampicina

Maior Boa 6 0 3 3 0

Omeprazol - Ritonavir Maior Excelente 6 0 0 0 6

Prednisona - Rifampicina

Moderada Boa 6 0 0 0 6

Pirazinamida - Rifampicina

Maior Boa 6 0 3 3 0

Amitriptilina - Ciprofloxacino

Maior Fraca 5 0 5 0 0

Amitriptilina - Fluoxetina

Maior Fraca 5 0 5 0 0

Espironolactona - Metformina

Moderada Fraca 3 3 0 0 0

Cianocobalamina (B12) - Omeprazol

Menor Boa 5 0 0 0 5

Ferro - Omeprazol Moderada Boa 5 0 0 0 5

Captopril - Insulina Regular

Moderada Fraca 221 2 22 192 5

Ciprofloxacino - Hidrocortisona

Moderada Excelente 5 0 5 0 0

Deslanosídeo - Hidroclorotiazida

Maior Excelente 5 0 5 0 0

Digoxina - Sinvastatina Moderada Boa 5 0 0 1 4

Insulina Regular - Losartana

Moderada Fraca 94 2 65 27 0

Enalapril - Insulina NPH

Moderada Fraca 5 0 5 0 0

Petidina - Tramadol Maior Fraca 35 2 23 10 0

Insulina NPH - Metformina

Moderada Fraca 20 2 18 0 0

Dipirona - Propranolol Moderada Boa 10 2 0 8 0

Insulina Regular - Glibenclamida

Moderada Fraca 5 0 4 1 0

Rifampicina - Glibenclamida

Moderada Boa 5 0 5 0 0

Amiodarona - Ranitidina

Maior Fraca 7 2 5 0 0

Tenoxicam - Varfarina Moderada Fraca 5 0 5 0 0

AAS - Fluoxetina Maior Boa 4 0 4 0 0

AAS - Metoprolol Moderada Boa 6 2 4 0 0

Atenolol - Clorpromazina

Moderada Fraca 4 0 2 2 0

Glibenclamida - Insulina NPH

Moderada Fraca 5 2 3

0

Captopril - Morfina Maior Fraca 4 0 0 4 0

Clorpromazina - Fluoxetina

Maior Fraca 4 0 2 2 0

Clorpromazina - Tramadol

Maior Fraca 4 0 1 3 0

Dexametasona - Efavirenz

Maior Fraca 4 0 0 2 2

Diazepam - Fluoxetina Menor Boa 4 0 0 0 4

Digoxina - Metformina Moderada Fraca 4 0 0 0 4

Fluconazol - Ondansetrona

Contra-indicada

Fraca 4 0 4 0 0

Fluoxetina - Heparina Maior Boa 4 0 4 0 0

Furosemida - Morfina Moderada Fraca 4 0 2 2 0

Tenoxicam - Enalapril Moderada Excelente 5 2 3 0 0

AAS - Glibenclamida Moderada Boa 4 2 2 0 0

Itraconazol - Ranitidina Moderada Fraca 4 0 0 0 4

Aminofilina - Clonazepam

Moderada Boa 3 2 0 1 0

Enalapril - Isoniazida, pirazinamida, rifampicina

Moderada Boa 3 2 1 0 0

Morfina - Espironolactona

Moderada Fraca 4 0 3 1 0

Alprazolam - Nifedipina

Moderada Fraca 3 0 3 0 0

Furosemida - Propranolol

Moderada Fraca 3 2 1 0 0

Cianocobalamina (B12) - Ácido

ascórbico Menor Boa 3 0 0 0 3

Atazanavir - Fluconazol

Contra-indicada

fraca 3 0 3 0 0

Azitromicina - Fluconazol

Maior Fraca 3 0 3 0 0

Bromazepam - Codeína

Maior Fraca 3 0 3 0 0

Bromazepam - Petidina

Maior Fraca 3 0 3 0 0

Ciprofloxacino - Ferro Moderada Fraca 3 0 0 0 3

Ciprofloxacino - Sevelamer

Moderada Excelente 3 0 0 0 3

Clonazepam - Morfina Maior Boa 3 0 3 0 0

Clonidina - Insulina NPH

Moderada Fraca 3 0 1 2 0

Enalapril - Glibenclamida

Moderada Fraca 3 0 3 0 0

Tenoxicam - Anlodipino

Moderada Boa 3 2 0 1 0

Anlodipino - Prednisona

Moderada Fraca 2 2 0 0 0

Sulfato Ferroso - Omeprazol

Moderada Boa 3 0 0 1 2

Fluconazol - Rifampicina

Moderada Excelente 3 0 0 3 0

Fluconazol - Ritonavir Contra-indicada

Fraca 3 0 3 0 0

Fluconazol - Tramadol Maior Fraca 3 0 1 2 0

Fluoxetina - Metoclopramida

Contra-indicada

Fraca 3 0 3 0 0

Insulina Regular - Metildopa

Moderada Fraca 2 2 0 0 0

Insulina Regular - Metformina

Moderada Fraca 77 1 53 23 0

Clonidina - Insulina Regular

Moderada Fraca 33 1 2 30 0

Heparina - Varfarina Moderada Boa 3 0 3 0 0

Dipirona - Carvedilol Moderada Boa 31 1 2 28 0

Hidrocortisona - Levofloxacino

Moderada Excelente 3 0 3 0 0

Fenoterol - Propranolol Maior Fraca 10 1 9 0 0

Metformina - Nifedipina

Menor Boa 3 0 3 0 0

Midazolam - Ranitidina Moderada Fraca 3 0 0 2 1

Prometazina - Tramadol

Maior Fraca 3 0 3 0 0

Amitriptilina - Tramadol

Maior Fraca 6 1 3 2 0

Ranitidina - Varfarina Moderada Boa 3 0 3 0 0

Glibenclamida - Rifampicina

Moderada Boa 6 1 5 0 0

Dipirona - Metoprolol Moderada Boa 5 1 0 4 0

Tenoxicam - Fluoxetina

Maior Boa 3 0 3 0 0

Captopril - Cetoprofeno

Moderada Excelente 4 1 0 3 0

Aminofilina - Anlodipino

Maior Boa 2 0 0 2 0

Amiodarona - Azitromicina

Maior Fraca 2 0 2 0 0

Amiodarona - Clonazepam

Moderada Boa 2 0 2 0 0

Amiodarona -Losartana

Moderada Fraca 2 0 2 0 0

Amiodarona - Metoprolol

Maior Excelente 2 0 2 0 0

Amiodarona - Rivaroxabana

Moderada Fraca 2 0 0 2 0

Amiodarona - Sinvastatina

Maior Excelente 2 0 2 0 0

Enalapril - Rifampicina Moderada Boa 3 1 0 2 0

Hidróxido de Alumínio - Ciprofloxacino

Moderada Boa 2 1 0 1 0

AAS - Fenitoína Menor Fraca 2 0 0 0 2

AAS - Prednisolona Moderada Boa 2 0 0 0 2

Azitromicina - Carbamazepina

Menor Fraca 2 0 0 0 2

Carbamazepina - Prednisona

Maior Fraca 2 0 2 0 0

Carvedilol - Glibenclamida

Moderada Boa 2 0 2 0 0

Clorpromazina - Ondansetrona

Maior Fraca 2 0 2 0 0

Dexametasona - Isoniazida,

pirazinamida, rifampicina

Moderada Boa 2 0 2 0 0

Dexametasona - Fenitoína

Moderada Excelente 2 0 2 0 0

Digoxina - Hidroclorotiazida

Maior Excelente 2 0 2 0 0

Digoxina - Propranolol Moderada Boa 2 0 2 0 0

Escitalopram - Tramadol

Maior Fraca 2 0 0 2 0

Fentanila - Midazolma Maior Fraca 2 0 1 1 0

Fentanila - Ranitidina Maior Fraca 2 0 1 1 0

Fluconazol - Prednisona

Moderada Boa 2 0 0 0 2

Hidrocortisona - Fenitoína

Moderada Fraca 2 0 2 0 0

Insulina Regular - Levotiroxina

Moderada Fraca 2 0 0 2 0

Anlodipino - fenitoína Moderada Fraca 2 1 0 1 0

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina - Prednisona

Moderada Boa 2 0 0 0 2

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina - Prednisona

Menor Fraca 2 0 0 0 2

Levotiroxina - Varfarina

Moderada Boa 2 0 2 0 0

Petdina - Morfina Maior Boa 2 0 0 2 0

Metformina - Ranitidina

Moderada Fraca 2 0 0 0 2

Midazolam - Omeprazol

Moderada Fraca 2 0 1 1 0

Morfina - Tramadol Maior Fraca 2 1 0 1 0

Ondansetrona - Tramadol

Moderada Excelente 2 1 0 0 1

Fenitoína - Sinvastatina

Moderada Boa 2 0 1 1 0

Varfarina - Ceftriaxona Moderada Boa 2 0 2 0 0

Paracetamol- Fenitoína

Moderada Boa 1 0 0 1 0

Salbutamol- budesonide/formoterol

Moderada Fraca 1 0 1 0 0

Salbutamol-terbutalina Moderada Fraca 1 0 1 0 0

Hidróxido de Alumínio-Propranolol

Moderada Boa 1 1 0 0 0

Aminofilina - Midazolam

Moderada Boa 1 0 0 1 0

Anlodipino - Carvedilol Moderada Boa 1 0 1 0 0

Anlodipino - Metoprolol Moderada Boa 1 0 1 0 0

AAS - Diclofenaco Moderada Fraca 1 0 1 0 0

AAS - Enoxaparina Maior Boa 1 0 1 0 0

Atazanavir - ranitidina Maior Fraca 1 0 0 0 1

Azitromicina - Levofloxacino

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Bromazepam - Diazepam

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Captopril - Digoxina Moderada Boa 1 0 0 0 1

Carbamazepina - Hidrocortisona

Moderada Fraca 1 0 0 0 1

Carvedilol - Clonidina Moderada Fraca 1 0 0 1 0

Carvedilol - dobutamina

Moderada Boa 1 0 0 1 0

Clopromazina - Haloperidol

Maior Fraca 1 0 0 1 0

Cimetidina - Petdina Maior boa 1 0 1 0 0

Cimetidina - Metronidazol

Moderada Fraca 1 0 0 0 1

Cimetidina - Morfina Maior Boa 1 0 0 1 0

Ciprofloxacino - Fenitoína

Moderada Boa 1 0 0 0 1

Ciprofloxacino - Prometazina

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Clonazepam - Ritonavir

Moderada Boa 1 0 0 0 1

Clonidina - Metoprolol Maior Fraca 1 0 0 1 0

Clopidogrel - Enoxaparina

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Clopidogrel - Heparina Maior Fraca 1 0 1 0 0

Diazepam - Fentanila Maior Fraca 1 0 1 0 0

Diazepam - Fenobarbital

Maior Boa 1 0 1 0 0

Diclofenaco - Fluoxetina

Maior Boa 1 0 1 0 0

Digoxina - Metoclopramida

Moderada Boa 1 0 0 1 0

Dobutamina - Insulina Regular

Moderada Fraca 1 0 0 1 0

Enoxaparina - Heparina

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Fenoterol - Atenolol Maior Fraca 1 0 1 0 0

Fentanila - Tramadol Maior Fraca 1 0 1 0 0

Fluconazol - Midazolam

Moderada Excelente 1 0 0 0 1

Fluconazol - Prednisolona

Moderada Fraca 1 0 0 0 1

Fluconazol - Prometazina

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Furosemida - Glimepirida

Moderada Fraca 1 1 0 0 0

Furosemida - Fenitoína

Menor Fraca 1 0 1 0 0

Furosemida- Sildenafila

Moderada Fraca 1 0 0 1 0

Glimepirida - Prednisona

Moderada Fraca 1 0 1 0 0

Glibenclamida - Espironolactona

Moderada Fraca 1 1 0 0 0

Hidroclorotiazida - Prednisolona

Moderada Fraca 1 0 1 0 0

Hidrocortisona - isoniazida,

pirazinamida, rifampicina

Moderada Fraca 1 0 0 0 1

Insulina Regular - Levofloxacino

Maior Fraca 1 1 0 0 0

Insulina Regular - Metoprolol

Moderada Boa 1 0 0 1 0

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina - Prednisolona

Moderada Boa 1 0 0 0 1

Isoniazida, Pirazinamida, Rifampicina - Prednisolona

Menor Fraca 1 0 0 0 1

Levofloxacino - Prednisona

Moderada Excelente 1 0 1 0 0

Levotiroxina - Omeprazol

Moderada Boa 1 0 0 0 1

Petidina - Fenitoína Moderada Boa 1 0 0 0 1

Metformina - Prednisona

Moderada Fraca 1 0 1 0 0

Metronidazol - Prometazina

Maior Fraca 1 0 1 0 0

Midazolam - Fentanila Maior Fraca 1 0 1 0 0

Nimodipino - Fenitoína Maior Boa 1 0 0 1 0

Omeprazol - Varfarina Moderada Boa 1 0 0 0 1

Ranitidina - Fentanila Maior Fraca 1 0 0 1 0

Rifampicina - Metformina

Moderada Excelente 1 0 0 0 1

Risperidona - Sertralina

Maior Fraca 1 0 0 1 0

Tenoxicam - Carvedilol Moderada Boa 1 0 0 1 0

Tenoxicam - Flunarizina

Moderada Boa 1 1 0 0 0

Tenoxicam - Glimepirida

Moderada Boa 1 0 1 0 0

TOTAL 4634 759 1912 1697 266

Tabela 5. Medicamentos prescritos e administrados nos pacientes.

Medicamentos n = 158

N° Medicamentos

Prescritos

N° Medicamentos Administrados

n=149

N° Medicamentos Prescritos (se necessário)

N° Medicamentos Prescritos (se necessário)

Não utilizados

Dipirona 1006 581 726 414

Ranitidina 493 490 37 1

Ceftriaxona 392 389 0 0

Ipratrópio 290 290 0 0

Fenoterol 281 281 0 0

Omeprazol 271 258 2 1

Tenoxicam 240 236 4 1

Losartana 227 223 0 0

Ciprofloxacino 213 212 0 0

Tramadol 297 202 163 87

Furosemida 201 194 4 1

Bromoprida 538 178 380 329

Insulina Regular 384 172 384 212

Captopril 413 167 318 245

Hidrocortisona 160 150 0 0

AAS 143 140 0 0

Sinvastatina 137 135 0 0

Clindamicina 124 124 0 0

Dimenidrato 192 114 87 68

Bromazepam 102 101 0 0

Hidroclorotiazida 101 100 4 0

Azitromicina 97 97 0 0

Metformina 96 96 0 0

Metronidazol 93 93 0 0

Espironolactona 76 73 0 0

Insulina NPH 76 74 0 0

Clonazepam 71 65 4 4

Enalapril vo 70 67 2 2

Carvedilol 67 65 0 0

Anlodipino 64 58 1 0

Prednisona 60 60 0 0

Metoclopramida 103 67 75 39

Oxacilina 58 58 0 0

Fluconazol 57 55 0 0

Heparina 56 56 0 0

Escopolamina +Dipirona 52 43 24 9

Paracetamol 51 17 20 18

Enoxaparina 50 45 0 0

Dimeticona 48 48 0 0

Acebrofilina 46 38 0 0

Sulfametoxazol + Trimetropima

46 45 0 0

Nifedipna 44 44 1 0

Atenolol 43 43 0 0

Clonidina 42 20 33 22

Imipenem 42 42 0 0

Dexametasona 35 33 1 0

Lamivudina + Tenofovir + Efavirenz

38 38 0 0

Clopidogrel 34 32 0 0

Vitaminas do Complexo B 34 31 0 0

Cefepima 33 33 0 0

Amitriptilina 31 30 0 0

Glibenclamida 31 31 0 0

Varfarina 30 30 0 0

Cefalotina 28 28 0 0

Diazepam 28 27 0 0

Hidróxido de alumínio 27 26 0 0

Glimepirida 26 26 0 0

Propatilnitrato 26 26 0 0

Digoxina 23 21 0 0

Cilostazol 22 21 0 0

Loratadina 21 20 0 0

Rifampicina, isoniazida, pirazinamida, etambutol

21 21 0 0

Amiodarona 19 18 0 0

Deslanosídeo 19 19 0 0

Fenitoína 19 18 0 0

Terbutalina 19 19 0 0

Formoterol + Budesonida 18 16 0 0

Escopolamina 18 17 1 1

Haloperidol 18 15 2 1

Propranolol 18 18 0 0

Anfotericina B. 17 17 0 0

saccharomyces boulardii 17 17 0 0

Cetoprofeno 16 3 0 0

Morfina 16 11 11 4

Óleo Mineral 16 15 0 0

Ácido Ascórbico 15 14 0 0

Ambroxol 15 15 0 0

Ampicilina 14 14 0 0

Fluoxetina 14 14 0 0

Diltiazem 13 13 0 0

Prometazina 13 13 0 0

Dapsona, rifampicina, clofazimina

12 12 0 0

Levofloxacino 12 12 0 0

Albendazol 11 11 0 0

Ondansetrona 11 10 0 0

Aminofilina 10 10 0 0

Amoxicilina + Clavulanato 10 10 0 0

Atazanavir 10 10 0 0

Cimetidina 10 10 0 0

Flunarizina 10 10 0 0

Levotiroxina 10 10 0 0

Metoprolol 10 10 0 0

Petidina 54 50 40 10

Prednisolona 10 10 0 0

Ritonavir 10 10 0 0

Tenofovir + Lamivudina 10 10 0 0

Ácido Tranexâmico 9 9 0 0

Hidralazina 9 9 0 0

Diclofenaco 8 8 0 0

Entecavir 8 8 0 0

Clopromazina 7 5 0 0

Acetilcisteína 6 5 0 0

Fitomenadiona 6 6 0 0

Norepinefrina 6 5 1 1

Rivaroxabana 6 4 0 0

Vancomicina 6 6 0 0

Ácido Fólico 5 5 0 0

Dobutamina 5 3 2 2

Nistatina 5 5 0 0

Sulfato Ferroso 5 3 0 0

Beclometasona inalatória 4 4 0 0

Benzilpenicilina Cristalina 4 1 0 0

Carbamazepina 4 4 0 0

Cloxazolam 4 4 0 0

Dexclorfeniramina 4 4 0 0

Itraconazol 4 4 0 0

Lactulose 4 4 0 0

Midazolam 4 3 0 0

Pramipexol 4 4 0 0

Salbutamol 4 3 0 0

Seleginina 4 4 0 0

Alprazolam 3 3 0 0

Bamifilina 3 3 0 0

Cefalexina 3 3 0 0

Codeína + Paracetamol 3 3 0 0

Coenzima-Q 3 3 0 0

Diosmin + Hesperidina 3 3 0 0

Domperidona 3 3 0 0

Fentanila 3 3 0 0

Hemax 3 3 0 0

Levodropropizina 3 0 0 0

Metildopa 3 3 0 0

Sevelamer 3 3 0 0

Albumina Humana 2 2 0 0

Benzilpenicilina Benzatina 2 1 0 0

Combiron 2 0 0 0

Enema Glicerina 2 2 0 0

Epinefrina 2 2 0 0

Eritropoitina 2 2 0 0

Escitalopran 2 2 0 0

Hidroxizine 2 2 0 0

Amoxicilina 1 1 0 0

Cloranfenicol 1 1 0 0

Fenobarbital 1 1 0 0

Fleet enema 1 0 0 0

Ibuprofeno 1 1 0 0

Ivermectina 1 1 0 0

Legalon (Carduus marianus) 1 0 0 0

Mononitrato de Isossorbida 1 0 0 0

Nimesulida 1 0 0 0

Nimodipino 1 0 0 0

Noripurum 1 1 0 0

Pantoprazol 1 1 0 0

Risperidona 1 1 0 0

Ritmoneuran (Passiflora alata, Erythrina mulungu, Leptolobium elegans, Adonis vernalis)

1 1 0 0

Sertralina 1 0 0 0

Sildenafila 1 0 0 0

Tiamina 1 1 0 0

Total 8919 7237 2327 1472

Tabela 6. Correlação entre diagnóstico clínico e interações medicamentosas.

Diagnósticos N° Total

Pacientes

N° de Pacientes com

Interações Reais

Nº Interações Reais

Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas

38 14 130

Doenças do aparelho circulatório 50 20 103

Neoplasias e co-morbidades 21 8 90

Doenças infecciosas e Doenças do aparelho circulatório

2 1 69

Doenças do aparelho respiratório 45 9 45

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho circulatório

3 3 38

Doenças do aparelho respiratório / Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

1 1 36

Doenças do aparelho geniturinário/Doenças do aparelho circulatório

8 3 34

Doenças do aparelho respiratório/ circulatório/ geniturinário

1 1 30

Doenças infecciosas e parasitárias 14 3 22

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho geniturinário

1 1 18

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças da pele e do tecido subcutâneo

1 1 17

Doenças do aparelho geniturinário 26 4 16

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte

13 2 15

Doenças da pele e do tecido subcutâneo 16 1 14

Doenças do aparelho geniturinário/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

1 1 13

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho circulatório/ Doenças da pele e do tecido subcutâneo

1 1 11

Doenças do aparelho respiratório/ Doenças do aparelho circulatório

5 3 10

Doenças do aparelho geniturinário/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho circulatório

2 2 9

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho

1 1 9

respiratório

Doenças do aparelho respiratório / Doenças do aparelho circulatório/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

1 1 8

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

4 1 6

Doenças do aparelho digestivo/ Doenças do aparelho geniturinário

1 1 5

Doenças do aparelho digestivo 27 2 4

Doenças do aparelho circulatório/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários.

1 1 4

Doenças infecciosas e parasitárias/ Doenças do aparelho digestivo

3 1 3

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

5 0 0

Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo

2 0 0

Doenças do aparelho circulatório e Doenças do aparelho digestivo

1 0 0

Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

1 0 0

Doenças infecciosas e parasitárias/ Doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos e alguns transtornos imunitários

1 0 0

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte/ Doenças geniturinárias

1 0 0

Doenças infecciosas e parasitárias/ Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho circulatório

1 0 0

Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte / Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas/ Doenças do aparelho geniturinário/ Doenças infecciosas e parasitárias

1 0 0

Total 300 87 759

ANEXOS

ANEXO A - CARTA DE ANUÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DE PESQUISA

Prefe i tura Munic ipal de Tangará da Serra Secretar ia Munic ipal de Saúde

Hosp i ta l Munic i pa l Arlete Daisy Cichetti de Brito Fone (65) 3311-5114

CARTA DE ANUÊNCIA PARA REALIZAÇÃO DE PESQUISA

Tangará da Serra/MT, 12 de Maio de 2015

Eu, Paulo Milton Righetto Junior, RG nº1995590-1, SSP/MT, CPF nº

032.221.251-04, Coordenador do Hospital Municipal Arlete Daisy Cichetti de Brito,

situado à Rua 03, nº 2055-S, Bairro Vila Alta II, na cidade de Tangará da Serra – MT,

venho pelo presente documento autorizar a Farmacêutica e discente do curso

Mestrado Profissional de Farmácia da Universidade Anhanguera de São Paulo

Fabiana Cristina Furquim, do curso de Farmácia da UNIC Tangará da Serra-MT, a

realizar a pesquisa intitulada “INCIDÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS

EM UM HOSPITAL MUNICIPAL DE MATO GROSSO, BRASIL” no estabelecimento

de saúde acima citado, conforme me foi solicitado. Autorizo também que o nome

desta instituição possa constar no relatório final bem como em futuras publicações

na forma de artigo científico. Para tanto, assino e dou fé.

Paulo Milton Righetto Junior

Chefe do Departamento de Saúde

ANEXO B - APROVAÇÃO DA PESQUISA NO COMITÊ DE ÉTICA