unifatos 2009 11ª edição

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Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo Univel Ano VIII N°1 1 1ª Quinzena Abril/2009 Empresas fazem exigência ilegal a candidato a emprego Candidatos a vagas de emprego são submetidos a uma exigência ilegal no processo de seleção. As empresas exigem que apresentem certidão de antecedentes criminais, o que é proibido pela Constituição, por se configurar um ato de discriminação. Pág. 04 20 anos de história e ritmo Cascavel se prepara para receber dançarinos de várias regiões do Brasil no Festival de Dança, que será realizado em agosto. Pág. 07 ENTREVISTA Ministério do Trabalho promete punir ações de discriminação Pág. 03 TOLEDO Violência cresce com o tráfico de drogas e desafia órgãos públicos Pág. 06 RUMO AO HAITI Sargento põe na bagagem coragem e embarca para missão de paz Pág. 07 DIVULGAÇÃO

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Page 1: Unifatos 2009 11ª edição

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo – Univel – Ano VIII – N°1 1 – 1ª Quinzena Abril/2009

Empresas fazem exigência

ilegal a candidato a empregoCandidatos a vagas de emprego são submetidos a uma exigência ilegal no processo de seleção. As empresas exigem que apresentem

certidão de antecedentes criminais, o que é proibido pela Constituição, por se configurar um ato de discriminação. Pág. 04

20 anos de história e ritmoCascavel se prepara para receber dançarinos de várias regiões do Brasil no Festival de Dança,

que será realizado em agosto. Pág. 07

ENTREVISTA

Ministério doTrabalhopromete punirações dediscriminação Pág. 03

TOLEDO

Violência crescecom o tráfico dedrogas e desafiaórgãos públicos Pág. 06

RUMO AO HAITI

Sargento põena bagagemcoragem eembarca paramissão de paz Pág. 07

DIVULGAÇÃO

Page 2: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/200902

EXPEDIENTE

Que o trabalho dignifica o homem ninguém contesta, mas, muitas ve-zes, para se chegar a ele a dignidade é posta de lado. A dura rotina dodesempregado se mistura à frustração emocional por estar sem emprego eao medo de não ter o que comer ou alimentar sua família a horas de esperapara preencher fichas de seleção e submeter-se a entrevistas. Não raro,ainda deve expor sua vida particular para provar sua “boa conduta”.

Atestados de antecedentes criminais, de gravidez e até de sanidademental são exigidos sem cerimônia pelas empresas em flagrante desres-peito ao princípio constitucional que proíbe a discriminação sob quaisquerformas e em quaisquer circunstâncias.

Os órgãos de fiscalização se dizem atentos e prontos para punir queminsistir na prática, mas estão presos à falta de estrutura física e de pessoale, assim, ela ocorre de maneira generalizada e livre de qualquer pudor. Issoporque, para alcançar a dignidade do trabalho, vale qualquer sacrifício.

Criado com a função de proteger o trabalhador em plena recessãomundial, em 1930, o Ministério do Trabalho e Emprego garantiu avanços e

A difícil arte de ser trabalhador

Neste ano o governo federal anunciou uma boa notícia aostrabalhadores: a ampliação do Seguro-Desemprego para atésete parcelas. A medida foi adotada em caráter excepcionaldevido à crise financeira mundial, começou a vigorar em mar-ço para recebimento em abril, e deve se estender por poucosmeses. Contempla os setores mais prejudicados. O benefícionormal varia de três a cinco meses, dependendo o tempo emque o trabalhador permaneceu no emprego. As parcelas vãode R$ 465 a R$ 870.

Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, os beneficia-dos são os trabalhadores demitidos a partir de dezembro. A leifoi autorizada pelo Conselho Deliberativo do Fundo de Amparoao Trabalhador, o Codefat. Lupi ainda afirmou que esse benefí-cio poderá subir para dez meses no futuro, caso a crise se agra-ve e mais postos de trabalho sejam fechados.

As pessoas que perderam emprego em 42 setores, dentreeles a indústria têxtil, metalúrgica e mecânica, serão as princi-pais selecionadas para receber mais duas parcelas do seguro.

O Seguro-Desemprego pode ser requerido por todo traba-lhador dispensado sem justa causa, por aqueles cujo contrato detrabalho foi suspenso em virtude de participação em curso dequalificação oferecido pelo empregador. O benefício permite

Seguro-Desemprego em até sete p arcelasDIRETORA-GERAL DA UNIVELVIVIANE DA SILVA

COORDENADOR DO CURSODE JORNALISMOCEZAR ROBERTO VERSA

PROFESSOR ORIENTADORJEFERSON POPIU

EDITORES:CARLA HACHMANN E JULIANA VAZ

PAUTEIRA: IZLA CORREA

REPÓRTERES:CARLA HACHMANN,

CARLA ROSANA, CLEVERSON

PRAXEDES, IZLA CORREA,KELLY MENESES, RODRIGO JAIR,

RODRIGO DIAS ETATIANA SCHICOWSKI

DIAGRAMAÇÃO: TATIANA SCHICOWSKI

E PÂMELA GURTAT

TIRAGEM: 1000 EXEMPLARES

IMPRESSÃO: GAZETA DO PARANÁ

JORNAL LABORATÓRIO DO 3O ANO DO CURSO

DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - JORNALISMO

DA FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS

APLICADAS DE CASCAVEL.FONE: (45) 3036-3636

[email protected]

OS ARTIGOS ASSINADOS SÃO DE INTEIRA

RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES.

uma assistência financeira rápida. O dinheiro pode ser retiradoem qualquer agência da Caixa, nas casas lotéricas e nos termi-nais de autoatendimento. O atendimento é feito com o uso ex-clusivo do Cartão Cidadão.

É extremamente necessário o Seguro-Desemprego paraum trabalhador. Um benefício de grande importância para umpai de família, por exemplo, que, ao ser demitido, não “sai comas mãos abanando” sem ter o salário ao fim do mês, que é osustento de sua família.

Por outro lado, a ampliação desse seguro pode, de certaforma, confortar algumas pessoas, o que consiste em funcio-nários e mais funcionários dando e arrumando motivos paraserem demitidos, uma vez que o seguro beneficia apenas aque-les que sejam demitidos sem justa causa.

Quando foi implantado o programa Bolsa-Família, integra-do à estratégia do fome zero a famílias pobres, ouvia-se muito“Eles precisam é de emprego, pois é o trabalho que forma ocidadão e faz dele um homem digno”.

Essa mesma frase dita por parte da população brasileiranos faz refletir sobre a situação: o cidadão brasileiro precisa seorgulhar do seu salário enquanto funcionário, enquanto estáativo em seu trabalho, e não no papel de desempregado.

Juliana V az, é acadêmica do 3 ano do curso de jornalismo da Univel

estabeleceu direitos essenciais, mas hoje tropeça na falta de estrutura. Comum quadro reduzido de fiscais, o órgão limita sua atuação a denúncias gra-ves, geralmente feitas por meio de alguma instituição judicial, ou a progra-mas pré-definidos pelo governo federal. Mas nem isso é garantia de quetodos os casos sejam apurados.

Com papel relevante ao longo da história, os sindicatos obtiveram méritocom a organização das greves das décadas de 60 e 70 nas grandes capitais,na defesa dos direitos trabalhistas. Ampliaram a legislação e definiram no-vas regras de negociação, minimizando as perdas na relação empregador xempregado. Contudo, não souberam acompanhar a evolução que promo-veram e perdem espaço à flexibilidade das relações trabalhistas. Hoje, sãovozes que ninguém ouve e seu poder de atuação praticamente se concentraa rescisões contratuais e negociação de convenções coletivas.

Já ao trabalhador, diante da perda do poder de fogo dos seus “proteto-res” históricos, cabe se armar de informações para reduzir sua exploraçãoe valorizar seu papel na estrutura social.

OPINIÃOOPINIÃO

EDITORIALEDITORIAL

Page 3: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/2009 03

Ações tent am pôr fim à discriminaçãoENTREVISTAENTREVISTA

Carla Hachmann

Criado em 1930 com o objetivo de garantir os direitos do trabalhador, o Ministério doTrabalho e Emprego tem hoje uma atuação limitada pela sua estrutura de pessoal. As fiscali-zações são restritas às denúncias e às vezes, devido à demora na apuração, elas se perdem.

Há cinco anos no Ministério do Trabalho e há três à frente da Gerência Regional deCascavel, Bruno Wanderley explica um pouco sobre as ações do órgão e diz que o objetivoprincipal é sempre evitar ou cessar qualquer tipo de prejuízo ou dano ao trabalhador.

Ele reforça a ilegalidade da exigência por parte das empresas da certidão de antece-dentes criminais e revela que há outras formas de discriminação usadas e que o Ministériotenta combater, como atestado de gravidez ou restrições à contratação de deficientes físi-cos. Confira a entrevista na íntegra.

Unifatos – O trabalhador tem seus direi-tos assegurados em lei e respaldo do Ministé-rio do Trabalho quando são ignorados. E quan-to aos desempregados, que suporte têm?

Bruno Wanderley – Para quem nunca tra-balhou, realmente não há qualquer lei que o pro-teja. A pessoa tem que procurar os caminhospara obter o emprego e algumas empresas quese propõem a ser intermediárias. Não tem comoatender hoje a essa demanda. Agora, quandoesse desempregado já foi um dia trabalhador efoi dispensado sem justa causa, o Seguro-De-semprego lhe assegura um período, de três acinco meses, recebendo o benefício para quepossa encontrar outra oportunidade.

Já para quem está começando, há algunsprojetos desenvolvidos ao longo do tempo pelogoverno federal que ajudam na inserção nomercado, como o Menor Aprendiz (que atendeaté 24 anos), e as próprias escolas que têm cur-sos profissionalizantes e podem fornecer essamão-de-obra dispõem do cadastro das empre-sas que necessitam e fazem a intermediação.

Unifatos – Embora ilegal, as empresas in-sistem na exigência da certidão de anteceden-tes criminais. O que o Ministério do Trabalhofaz a respeito?

Bruno - Essa situação é muito difícil de serverificada pela fiscalização, porque aconteceentre quatro paredes, no momento da entre-vista. Agora, se tivermos conhecimento, va-mos atuar com o Ministério Público do Traba-lho para que não ocorra mais a exigência. Alémdessa há outras certidões ilegais, como ates-tado de gravidez, que também é proibido. Nãoé possível discriminar entre sexo, cor, idade,contudo, conforme a atividade, são permitidasalgumas restrições. Um idoso de repente nãoconseguiria fazer algumas atividades, entãonesse caso é tolerado limite de idade. Agora,exigir boa aparência por exemplo, quem decidese a aparência é boa? Qualquer forma de dis-criminação é proibida. Isso é um princípio cons-

titucional. E qualquer tentativa de burlar isso éabuso, passível de punição.

Unifatos – O que motiva as fiscalizaçõesdo Ministério do Trabalho?

Bruno - No nosso caso, 99% da atuaçãotem por base a denúncia. O ideal seria que hou-vesse um quadro suficiente de pessoal parafazermos programas por setores. Mas isso nãoestá ocorrendo em praticamente nenhum lu-gar no Brasil. Temos algumas metas para cum-prir, são programas já determinados pelo go-verno federal. Este ano, por exemplo, prioriza-mos o setor da construção civil, inclusive de-vido aos acidentes que têm ocorrido. Mas sãoprogramas que nem sempre são possíveis deserem cumpridos no todo.

Unifatos – Mas é feita alguma triagem dasdenúncias que chegam?

Bruno - Essa triagem é feita no plantãofiscal de reclamações trabalhistas. Às vezesnão é só uma dúvida, é uma denúncia. Já ten-tamos filtrar no momento da denúncia. Quan-do vem de órgãos externos, como o MinistérioPúblico, a Procuradoria da República, a Jus-tiça do Trabalho, nesses casos não te-mos como ignorar. Às vezesnão tem nada demais, às vezes éum empregadoque saiu comraiva da empre-sa. Outras vezestem fundamen-to a queixa.

Unifatos –Uma das conse-quências da cri-se financeiramundial é o au-mento do de-semprego. Em

períodos como esse, o Ministério do Trabalhotorna sua fiscalização e punição mais branda?

Bruno – A fiscalização é uma atividadevinculada. A lei fala que para cada infraçãoencontrada tem de haver uma auto de infra-ção. Agora, tem que se pautar pelo bom sen-so, é preciso ser ponderado, para não come-ter abusos e injustiças. O primeiro que vale éo princípio de continuidade do emprego, por-que não adianta aplicar multa e o empregadoganhar a conta. Em período de crise, é sempreobservado caso a caso, e às vezes consegui-mos dar um prazo maior, mas negociado coma empresa, que tem que se comprometer aresolver a situação. Algumas infrações têmcomo serem resolvidas sem prejudicar o em-pregado. Tem o FGTS em atraso, por exemplo,mas a empresa se compromete a pagar em umprazo e mostra o pagamento, não houve emtese prejuízo ao empregado. Contudo, outrasinfrações não podem ser igno-radas, principalmente quan-do prejudica o trabalhador.No caso de exceder as ho-ras ou salário estar atrasa-do, a empresa será puni-da. Porque não tem comoreverter o dano ao traba-lhador. A solução tem de serdada de imediato.

Unifatos – Como o Ministério do Trabalhoatua no caso do cumprimento das quotas a de-ficientes físicos?

Bruno - Atuamos em parceria com a Procura-doria do Trabalho, mas eles têm também a atuaçãojudicial. A nossa parte é apenas a fiscalização.

Unifatos – Quais os casos mais graves quejá encontrou nas fiscalizações nas empresas?

Bruno – Às vezes temos denúncia de as-sédio moral, excesso de autoridade do patrão.Já vi, por exemplo, o empregador marcar horapara o trabalhador ir ao banheiro; ou exigir umatarefa sem necessidade. O diretor da empresaque pressiona demais o encarregado que pas-sa tudo para seus subordinados diretos e mui-tas vezes quem é assediado é o próprio encar-regado, que fica entre o empregador e os de-mais empregados.

Unifatos – Já foram encontrados casos desituações degradantes do local de traba-

lho ou condições análogas ao trabalhoescravo em Cascavel?

Bruno – Essas fiscalizações sãofeitas por um grupo móvel do Minis-tério do Trabalho. Nem sempre te-mos conhecimento das atuações de-les, justamente para que o sigilo seja

mantido.

CARLA HACHMANN

Page 4: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/200904

Uma prática ilegal, porém comum em Cas-cavel tira o sono da Procuradoria do Trabalho,pois algumas empresas solicitam, na lista dedocumentos para contratação dos futuros fun-cionários, a certidão de antecedentes criminais.

Além de sua exigência ser proibida, ela ain-da tem custo. Desempregado há mais de doismeses, João Tavares da Cunha conta que mui-tas vezes correu na casa de conhecidos e ami-gos para conseguir dinheiro para poder tiraras certidões de antecedentes criminais que aempresa solicitou.

“E o pior é que eu fiz todo o trajeto a pé,pois nem dinheiro tinha para pagar a passa-gem do ônibus, e quando eu providenciei tudo,não consegui o emprego, pois a minha ex-es-posa me ‘chamou’ na Justiça pedindo pensãodos meus três filhos, mas como é que eu voupagar pensão para ela se eu nem tenho empre-go digno para isso? Resultado, perdi o dinhei-ro que eu emprestei dos meus conhecidos etambém a oportunidade de emprego. O meualuguel está atrasado, já começou a faltar co-mida dentro de casa, e infelizmente eu não pos-so fazer mais nada”.

De acordo com a procuradora do Trabalhoem Cascavel, Sueli Teixeira Bessa, há fiscaliza-ção para coibir o pedido. “Estão ocorrendoinvestigações nas empresas que fazem essetipo de solicitação, pois isso se trata de umelemento discriminatório, e a empresa que per-sistir nessa conduta, primeiramente vai respon-

Empresas insistem em prática ilegal Trabalhadores se submetem à exigência inconstitucional para garantir o empregoCleverson Praxedes

ANTECEDENTES CRIMINAISANTECEDENTES CRIMINAIS

der ao Judiciário, assinando umtermo de compromisso, quepode ser seguido de multa e,se ela persistir, responderáuma ação civil pública”.

DENÚNCIAS“Essa prática tem três

‘is’: irregular, ilegal e inad-missível”, afirma o advo-gado Pascoal MuzeliNeto, que reforça a con-duta proibida adotadapelas empresas com asolicitação da certi-dão de anteceden-tes criminais docandidato a fazerparte do qua-dro de funcio-nários.

Ante acontinui-dade daexigên-cia, aProcu-radoriado Tra-balho pede acolaboração dasociedade paraque denuncie aprática. O denunci-ante pode ligarpara o telefone(45) 3322-0104,“que estará con-tribuindo paragarantir o res-peito à igualda-de e os direitosdo trabalha-dor”. Seusdados se-rão man-tidos emsigilo.

TODOS IGUAISO artigo 5º da Constituiçãoda República Federativa doBrasil estabelece que todos

são iguais perante a lei,sem distinção de qualquer

natureza, garantindo aoindivíduo o direito à vida, à

liberdade e à segurança,constituindo-se em EstadoDemocrático de Direito,

buscando promover o bemde todos, sem o preconcei-to de origens, raça, sexo,

cor, idade e quaisqueroutras formas de

descriminação.

CERTIDÃO CUSTA R$ 5Para obter a certidão de antecedentes criminais,

a pessoa deve procurar as três varas criminaisno Fórum. Mediante a solicitação, ele paga uma

taxa de R$ 5, a qual não é prevista nas tarifasjudiciais.

Contudo, um funcionário do Fórum de Cascavel,que pediu para não ser identificado, afirma quea cobrança está prevista no Código de Normas

da Corregedoria. “O dinheiro arrecadado dacobrança dos antecedentes criminais é usado

para a compra de materiais de escritório para opróprio cartório, pois a verba destinada do

Estado ainda não é suficiente. Porém, existe aanulação da cobrança, basta apenas apresentar

um documento que comprove que é beneficiáriode algum projeto do governo, como Bolsa-Famí-

lia, Leite da Criança, que não paga a taxa”, con-tou o funcionário.

Page 5: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/2009 05

CRISECRISE

Emprego volt a a crescer , lentamenteOferta de vagas tem recuperação em março, mas ainda está inferior à registrada ano passado

Carla Hachmann

Deficientes – da exclusão àinclusão

Kelly Meneses

Muitas empresas têm encontrado difi-culdades para desenvolver projetos bemestruturados que cumpram as exigênciasda Lei de Cotas. Elas esbarram nas discrimi-nações ocorridas com frequência no pas-sado. Deficientes eram excluídos pela pró-pria família do ensino e do convívio social,deixando-os às margens da sociedade.

Contudo, a inclusão das pessoas comdeficiência foi acelerada pela legislação.Foi criada em 1991 e regulamentada pordecreto em 1999, a Lei 8.213, que tornaobrigatória, para empresas com mais de100 funcionários, a reserva de 2% a 5%das vagas para deficientes, conforme seuquadro de pessoal.

Cascavel tem superado as expectati-vas, estando em terceiro lugar no Estado,perdendo para Curitiba e Londrina. Em todoterritório nacional o Ministério Público doTrabalho apertou a fiscalização nas em-presas, quanto ao cumprimento da cota.

Antônio Koslowski, responsável pelaintermediação de mão-de-obra de pesso-as com deficiência, da Agência do Traba-lhador, atua há cinco anos na área e enal-tece os avanços. “No começo íamos emtodas as empresas oferecer os serviçosdos deficientes. Hoje, graças à lei, as em-presas vêm até nós”.

PRECONCEITOLourival Bernardo de Moura tem 27

anos e mora no Bairro Brazmadeira, emCascavel. Ele conta que já sofreu muitopreconceito, mas nem por isso deixou deviver e garante: é feliz.

“ Mesmo com meu problema semprefui uma criança sapeca, jogava bola, saiacom os amigos. Eu me divertia bastante”.

Ele terminou o ensino médio e agorasonha com a graduação. “Meu sonho écursar faculdade de Administração ou deInformática, mas está difícil, pois com omeu salário não posso pagar”.

Embora esteja empregado, o precon-ceito ainda é presente. “Eu sofri muitocom o preconceito e de alguma forma ain-da sofro, pela falta de reconhecimento aomeu trabalho”, desabafa, mas garante:“Sou feliz, pois todos os dias passamospor provações e podemos superá-las”.

Para quem chegou a ofertar em um dia 400vagas de emprego, comemorar a abertura de715 durante um mês inteiro não é tarefa fácil.Contudo, é sinal de recuperação, embora ain-da lenta, dos reflexos da crise financeira mun-dial no mercado de trabalho de Cascavel.

A Agência do Trabalhador observa os nú-meros de março com otimismo. Segundo Mari-se Aparecida Lemes Sotille, chefe da unidadeem Cascavel, mês passado houve crescimentode 18% na oferta de vagas em relação a janeiro:715 contra 605. O número de encaminhamentoscresceu 16%, de 2.285 a 1.966 observados noprimeiro mês do ano. Já em fevereiro os núme-ros foram piores, devido à menor quantidade dedias úteis. Houve apenas 551 vagas e 1.623 can-didatos encaminhados.

Marise diz que parte da redução abruptade ofertas de emprego deve-se também aoperíodo do ano, mas não livra a crise mundi-al do resultado. “Sentimos muito a demis-são porque no setor agroindustrial houveredução de jornada, devido à queda nas ex-portações”, explica.

Também houve aumento na solicitaçãode Seguro-Desemprego. Em janeiro, foramfeitos 1.649 pedidos, contra 1.262 em feve-

reiro e 1.942 no mês seguinte.Segundo dados da Secretaria Estadual do

Trabalho e Promoção Social, no primeiro tri-mestre do ano a maioria dos pedidos de Segu-ro-Desemprego foi feita por homens: 58,67%.

Também observou-se que 31,25% têm EnsinoMédio completo, contra apenas 16% com oprimeiro grau incompleto. Já quanto à faixa etá-ria a maioria tem menos de 40 anos: 29,42% de18 a 24 anos e 27,22% de 30 a 39 anos.

Agência do Trabalhador de Cascavel

Perfil dos requerimentosSeguro-Desemprego no 1º

trimestre em Cascavel

*Fonte: Secretaria Estadual doTrabalho e Promoção Social

Começo de mês, contas para pagar, família para sustentar, essa é umarealidade que envolve todos os brasileiros. Não bastassem essas entreoutras responsabilidades, vêm com elas o medo de perder o empregoou até mesmo a dificuldade de conseguir um.Por um lado os empregadores dizem que o acúmulo de desemprega-dos hoje no Brasil é devido à falta de mão-de-obra. Cada vez mais asempresas estão precisando de mão-de-obra qualificada para suasnecessidades. Do outro lado, os trabalhadores discordam. Afirmamque é culpa das empresas que não dão oportunidades.Segundo Rosana Faverolo, 29, técnica bancária e atualmente desem-pregada, as dificuldades aumentam quando se trata de experiência.“Hoje já não basta mais ter um diploma na mão, isso não te asseguraum emprego. As empresas querem experiência no cargo pretendido”.Uma alternativa para essa exigência de experiência são os estágios,cuja oferta vem crescendo aos estudantes. Contudo, nem sempre essaé uma saída. Para Rosana, ainda tem muita coisa a ser organizadopara que tudo seja feito corretamente. “Eu já cansei de ver empresastratando estagiários como se fossem ‘escravos’, acham que só porqueestão ali por ‘necessidade’ é que devem fazer de tudo na empresa”.

Rodrigo Dias

Emprego, dinheiro, sossego...

Page 6: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/200906

Criada em 1951, a cidade de Toledo tem hojequase 110 mil habitantes que vivem acuadoscom o crescimento recente da criminalidade. Nosúltimos dois anos, o registro de homicídios cres-ceu e escancarou um problema até então poucopercebido: o tráfico de drogas.

Segundo o delegado-chefe da 20ª Subdi-visão Policial, Pedro Luiz Fontana Ribeiro, otráfico de drogas vem alterando sua rota e asprincipais vias utilizadas são as cidades deGuaíra, Toledo e Assis Chateaubriand. Em con-sequência, o uso de arma de fogo vem cres-cendo, elevando os casos de homicídios, quena maior parte estão relacionados com o tráfi-co, como acerto de contas, briga por pontosde venda e furtos cometidos por usuários.

Em um ano, os assassinatos cresceram 39%em Toledo. Em 2007 foram registrados 41 homi-cídios. No ano seguinte, foram 57. O coeficientede 2008 é de 49,50 mortes para cada grupo de100 mil habitantes, acima do anotado em Casca-vel, que ficou em 40,6. Em 2007, o índice ficouem 35,61 mortes para cada 100 mil pessoas.

REPRESSÃOO trabalho de repressão também aumen-

tou, mas a estrutura não acompanha a crimina-lidade. A delegacia de Toledo tem capacidadepara abrigar 30 detentos, mas no dia em que areportagem a visitou, havia 140 encarcerados.

A Secretaria de Segurança Pública tem in-sistido em operações com policiais de unida-des especiais para apertar o cerco aos margi-nais. Outra ação para reforçar a segurança par-tiu de investimento dos cofres municipais. APrefeitura de Toledo implantou um sistema demonitoramento eletrônico em pontos específi-cos da cidade para reforçar o trabalho da Guar-da Municipal. A central possui oito câmerasde segurança e suas imagens são grava-das 24 horas por dia. As câmeras pos-suem um alcance de 500 metros e umângulo de 360 graus. Sua utilizaçãotem contribuído com o trabalho dapolícia, pois já foram flagradoscasos de homicídio, depredaçãodo patrimônio público e roubos.

O guarda municipal IsaiasFernandes, responsável pela vi-gilância do Lago, principal car-tão-postal do Município, rela-ta que “o trabalho executadoestá surtindo efeito e já é pos-sível notar que os delitos co-metidos anteriormente nes-se espaço público diminuíram”.

TOLEDOTOLEDO

Criminalidade preocup a autoridadesEm dois anos, índice de homicídios superou grandes cidades e deixa população acuadaTatiana Schicowski

A exemplodas grandes ci-dades, o número

de adolescentesem conflito com a lei

em Toledo tem cresci-do. Conforme o diretor

do Cense (Centro de Socioedu-cação), Ricardo José Deves, a instituiçãopossui 24 adolescentes entre 14 e 18 anosem regime privativo de liberdade, e aproxi-madamente 200 em regime semiaberto, que éa liberdade aditiva em prestação de servi-ços à comunidade, totalizando 224 adoles-

centes assistidos por terem infringido a lei.Os jovens internados estão matriculados

no ensino regular. Alguns fazem atividade edu-cativa, cursos que o sistema fornece. Escolasde informática privadas, em parceira com o cen-tro, auxiliam na formação de cursos. Eles fre-quentam também aulas de ensino religioso eatividades educativas em período integral.

A instituição mantém o programa Proe-duc, de educação em unidades, no qual pro-fessores da Secretaria do Estado de Educa-ção fazem um curso específico para trabalharnas unidades de reabilitação com um conteú-do e uma didática diferenciada, primando pela

Adolescentes no crimemelhora da autoestima, por meio da participa-ção da vida escolar.

Há ainda o Adolescente Aprendiz, progra-ma federal implantado em 1997, que, em parce-ria com empresas, fornece vagas de trabalho ajovens entre 16 e 18 anos. O contrato de traba-lho prevê registro em carteira, com carga de 40horas semanais, das quais a metade é traba-lhada e o restante usado para a qualificaçãoprofissional do adolescente, cujo custo é ban-cado pela empresa empregadora.

Conforme o coordenador do Cense, Toledopossui 20 vagas, todas preenchidas, e outros 15adolescentes aguardam por uma oportunidade.

FOTOS:DIVULGAÇÃO

Polícia e prefeitura adotammedidas de repressão

Page 7: Unifatos 2009 11ª edição

1ª QUINZENA ABRIL/2009 07

CULTURACULTURA

Festival de Dança: 20 anos de históriaEvento atrai profissionais de várias regiões do Brasil todos os anos para Cascavel

Edivandro Francisco Granja de Andradeé sargento no Exército e atleta de Cascavel.Seu senso de responsabilidade, sua condutapessoal e sua fluência na língua inglesa lherenderam um convite inusitado: vai integrar aMinustah, a Missão das Nações Unidas paraa Estabilização do Haiti. A força de paz é co-mandada pelo Brasil.

Ele parte em maio para o país da AméricaCentral, que tenta se reconstruir após uma in-surgência e guerra civil, eclodida em 2004.

O sargento foi selecionado para a missãopor possuir, além de sua capacitação militar,habilitação na língua inglesa, fruto de sua de-dicação extracaserna, na qual dedicou suashoras de lazer para obter um bom nível de co-nhecimento nesse idioma.

Foi designado pelo comando do Exércitoa integrar, na função de intérprete, o 11º Con-tingente do Exército Brasileiro na Missão dePaz da ONU (Organizações das Nações Uni-das) que o Brasil, por meio do Exército Brasi-leiro, mantém no Haiti. Sua ida ao país banha-

Rodrigo Jair Diefenthaler

Atlet a ruma ao Haiti em missão de p az ReorganizaçãoO Haiti é um país pobre quebusca, com a ajuda de outrospaíses, se reorganizar políti-ca e socialmente, após asdisputas realizadas pró eantigoverno, agravadas apartir de 2001.Devido a um intenso confli-to civil deflagrado desdeentão, em 2004 o Conselhode Segurança da ONU emitiua Resolução 1.592, quesolicita a criação da forçainternacional para assegurara ordem e a paz no Haiti.Para isso, a ONU mantém láuma missão de estabilização,da qual o Brasil mantém ocomando, devido ao seumaior contingente.

Edivandro se prepara para embarcar mês quevem para a ilha do Caribe

do pelo Mar do Caribe será em maio, apósrealizar os devidos treinamentos neste mêsem Campinas. A previsão é de que sua mis-são seja encerrada em dezembro.

EXPECTATIVASNa Missão de Paz, o sargento Edivandro

tem como objetivo contribuir com trabalho depacificação que o Exército mantém naquele país.Ele não esconde que suas expectativas para obom desempenho na missão são as melhores:“Tenho boas expectativas em ter um bom de-sempenho na realização das minhas tarefas epoder contribuir com a missão. Estou ciente deque será bastante difícil, entretanto também serágratificante, pois sei que poderei contribuir commeu trabalho e minha dedicação, e, com a ajudade Deus e de meus companheiros, para a voltada normalidade ao Haiti”, revela, e acrescenta.“Sei que esse processo é longo e que depois demim e dos meus companheiros do 11º contin-gente virão outros para dar prosseguimento aostrabalhos da Minustah”.

DIVULGAÇÃO

A Capital do Oeste será a Capital da Dan-ça em agosto. É quando está programada a20ª edição do Festival de Dança, promovidopela Secretaria de Cultura de Cascavel.

“O festival é o único da região oeste doParaná que sobrevive e mantém suas ca-racterísticas”, conta Claudete Maria Schn-cir, coordenadora de Música.

Claudete frisa a importância do festi-val para a cidade e para os participantes,que são observados por professores quevêm de Curitiba.

Este ano o festival será realizado em agos-to (data sujeita a alteração) e faz parte docalendário anual da Secretaria Municipalde Cultura, que tem como foco principal aconstrução de conhecimento, na pe-dagogia e na formação dosbailarinos. O fes-tival foi cri-ado em1989 com oobjetivo deabrir as portas para

os dançarinos e mexer com o cenáriode dança do Estado.

O evento ganhouforça e trouxe para acidade grandes no-mes da dança,como VladimirKarakulev, AnaBotafogo, Bal-let de Borton(EUA), bolsistasdo Bolshoi(da Rús-s ia )

solistas do Stuttgar t Ballet (daAlemanha).

Hoje o festival movimentamais de 25 mil pessoas, entregrupos, participantes e públi-co. A programação é diver-

sificada, composta por apre-sentações, atividades didáticas,

palestras, oficinas, de forma aatingir públicos e interesses di-ferentes.

Maycon Andrade vai participarpela primeira vez do festival e revela

sua ansiedade para o grande dia. “Ofestival é uma forma de divulgar e for-talecer as manifestações folclóricasbrasileiras”.

Há três anos, a Prefeitura de Cas-cavel decidiu unificar seis festivais

FESTIVAL PERÍODOMúsica 5 a 11 de julhoDança 15 a 23 de agostoCinema 18 a 27 de setembroTeatro 17 a 25 de outubro

Carla Rosana

DIVULGAÇÃO

culturais da cidade no Fica (Festival Inter-nacional de Cascavel). Durante um mês,eram realizados alternadamente os Festi-vais de Música, Interpretação, Folclore, Ci-nema, Teatro e Dança.

A partir deste ano, a administração mu-nicipal decidiu individualizar novamenteos eventos e montou uma pré-programa-

ção para quatro deles.As principais atividades devem ser

realizadas no Centro Cultural GilbertoMayer, mas também deverá haver exibiçõese oficinas em outros locais. Interessados po-dem obter mais informações na Secretariade Cultura de Cascavel, no prédio da Biblio-teca Pública, na Rua Paraná. Confira as da-tas pré-agendadas:

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1ª QUINZENA ABRIL/200908

Os alunos do 4º ano do curso de Comuni-cação Social - Jornalismo da Univel realizaramuma visita técnica na noite do dia 6 à TV Oes-te, afiliada da RPC - Rede Globo. “A visita tevea finalidade de apresentar a redação da TVOeste aos alunos”, destacou o professor eeditor da emissora Luiz Haab.

“Mesmo sendo acadêmicos prestes a con-cluir o curso, muitos deles não tinham o co-

EXTRACLASSEEXTRACLASSE

Futuros jornalist as visit am TV OesteContato com emissora permite conhecimento da rotina de trabalho do órgão de comunicação

Pós-graduação da Univel disponibiliza novas turmasPioneirismo e qualidade nos cursos.

Estes são adjetivos atribuídos à pós-gra-duação da Univel que se tornou referênciaem Cascavel e na região oeste do Paraná. AUnivel foi a primeira instituição particularde Cascavel a oferecer cursos de pós-gra-duação. A tradição e o know-how da pósforam adquiridos graças à qualidade deseus cursos, ministrados pelos melhores

docentes trazidos dos grandes centros do Paíse das parcerias com a FGV (Fundação GetúlioVargas) e Inbrape. Já são mais de 5 mil especi-alistas formados na Univel.

Em 2009, a Univel disponibiliza novas tur-mas de pós-graduação. Em parceira com o In-brape (Instituto Brasileiro de Pesquisas e Es-tudos Socioeconômicos), a instituição ofere-ce os cursos de MBA em Administração Fi-

nanceira, Contábil e Controladoria, turma 13;MBA em Marketing, Propaganda e Vendas,turma 15; MBA em Recursos Humanos, turma12; MBA em Administração Pública, turma 2 eo novo curso de MBA em Comércio Exterior.

Em convênio com a FGV, disponibiliza oscursos de MBA em Gerenciamento de Projetos,turma 2, e MBA em Gestão Empresarial, turma 12.

A instituição oferece também os seus própri-

os cursos de MBA Executivo em EstratégiasEmpresariais, turma 10; Direito Civil e Proces-sual Civil, turma 9; Direito e Planejamento Tri-butário, turma 3, Direito e Processo do Traba-lho, turma 5, e os novos cursos de MBA emFormação de Auditores Ambientais, MBA emNegócios da Construção Civil e Direito Previ-denciário. Informações pelo telefone (45)3036-3600 e no site www.univel.br.

nhecimento da função dos jornalistas na reda-ção e a estrutura operacional necessária para,por exemplo, levar um telejornal para o ar”,observa o professor.

A estudante Patrícia Sonsin avaliou a visi-ta de forma positiva. “Qualquer iniciativa quea faculdade, por intermédio da coordenaçãodo curso, realiza e que leve o aluno a conhecero mercado de trabalho que lhe espera é válida.

Mutirão daCidadania

O Saju (Serviço de Atendi-mento Jurídico) da Univel

participou do 2º Mutirão daCidadania, realizado pela

Legião da Boa Vontade, sába-do, dia 4. As atividades foram

realizadas no Calçadão daAvenida Brasil, em Cascavel.

O Saju realizou esclarecimen-tos jurídicos nas áreas civil,criminal previdenciário e de

família. Os atendimentosforam realizados pelos advo-gados do Saju e alunos do 4º

ano de Direito da Univel.No mutirão, a LBV

disponibilizou os atendimen-tos em comemoração ao DiaInternacional da Saúde. Den-tre as atividades, foram reali-zadas massagens, orientações

diversas na área de saúde eemissão de documentos. Aotodo, foram realizados cerca

de 3 mil pessoas.

Essa é uma forma de aproximar o futuro jorna-lista da realidade da profissão”, avaliou.

O coordenador do curso de Jornalismo daUnivel, Cezar Roberto Versa, acompanhou a vi-sita. “É muito importante que os alunos tenhamesse contato com os veículos de comunicação,porque eles passam a conhecer a rotina de umaredação. É uma forma de visualizar a teoria queé dada em sala de aula”, afirma o professor.

O professor e jornalista Luiz Haab mostrou os estúdios da emissora para os estudantes de Jornalismo da Univel

LUCIANO NEVES

Page 9: Unifatos 2009 11ª edição

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