unifatos - 46º edição

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Outubro/2012 Ano XI - Edição 46 JAQUES M. BARBOSA Entenda porque os candidatos a vereador com mais votos nem sempre garantem uma vaga na Câmara de Vereadores. Página 8 Eleições 2012 Estresse com as aulas ? Página 6 a O atendimento de suporte emergencial para os acadêmicos é realizado há cinco anos na Univel. Cerca de 150 alunos são acompanhados anualmente. SAÚDE CLAUDIA VERNECK QUER + ENTRETENIMENTO? Páginas 15 e 16 a CULT Tecnologia Você verifica seus e-mails ou faz pesquisas na inter- net só quando che- ga em casa? Pare de sofrer. Confira os aplicativos mais usados nos tablets e celulares. CADERNO Página 5 a Página 12 a Conheça como funciona o trabalho e a logística que ante- cedem as eleições. Página 11 a a Boxe Chinês Saiba mais sobre a arte marcial que se parece com o Kung Fu, mas não é .

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46º Edição

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Outubro/2012Ano XI - Edição 46

JAQUES M. BARBOSA

Entenda porque os candidatos a vereador com mais votos nem sempre garantem uma vaga na Câmara de Vereadores.

Página 8

Eleições 2012

Estresse com as aulas ?Página 6a

O atendimento de suporte emergencial para os acadêmicos é realizado há cinco anos na Univel. Cerca de 150 alunos são acompanhados anualmente.

SAÚDE

CLAUDIA VERNECK

QuEr +EntrEtEnimEnto?

Páginas 15 e 16aCULT

TecnologiaVocê verifica

seus e-mails ou faz pesquisas na inter-net só quando che-ga em casa? Pare de sofrer. Confira os aplicativos mais usados nos tablets e celulares.

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Página 5

aPágina 12

a

Conheça como funciona o trabalho e a logística que ante-cedem as eleições.

Página 11a

a

Boxe ChinêsSaiba mais sobre a arte marcial que se parece com o Kung Fu, mas não é .

2 1ª quinzena Outubro/2012OPINIÃO2EDITORIAL

Jornalismo X DemocraciaEu sou cidadão!Quem nunca disse essa

frase? Falar é fácil, o difí-cil é exercer essa cidadania. Ser cidadão é muito mais do que ter certidão de nas-cimento e título de eleitor. Ser cidadão é lutar por um mundo melhor e mais jus-to, nesta democracia em que vivemos que só não é mais democrática, por fal-ta de interesse dos que re-almente fazem a diferença.E o jornalista, aquele que

todos acham ter o poder nas mãos, precisa, nesta época de eleição arregaçar as mangas e ajudar esse

povo a entender o que pre-cisa ser feito. E explicar a eles que o poder não está nas mãos do jornalista e sim nas mãos do povo. Que só esse povo, com o poder do seu voto, vai po-der fazer a diferença.O jornalismo, nesta hora,

vai ser mais do que nunca a profissão de prestação de serviços. Obtendo infor-mações e simplificando-as para que a população en-tenda como é feita e para que é feita a eleição.Mas o que isso tudo tem

a ver? Tudo! Estamos em ano eleitoral e nessa edição

o Unifatos traz uma re-portagem que pode ajudar muito para que o cidadão decida o seu voto. De uma maneira simples, tentamos explicar qual é a “cara” da política em Cascavel. De que forma a internet aju-da nesse periodo eleitoral. Como é toda a logistica que tem por tás das elei-ções, porque um vereador com 1000 votos vence e outro com 2000 não?Depois de entender como

os nossos representantes são eleitos, os cidadãos co-meçarão a refletir o quan-to são importantes para o

desenvolvimento do nosso país. A ferramenta, caro eleitor, é a comunicação. O cidadão é aquele que busca informações com o jorna-lismo e leva esse conheci-mento a outras pessoas.Ninguém precisa ensinar

alguém a ser cidadão. To-dos são. Muitas vezes o que falta nesse cidadão é a de-mocracia. Ser democrático é uma

atitude que prova que o povo brasileiro sabe o que precisa para ver o país cres-cendo. Assim, saberá tam-bém escolher as melhores pessoas para fazer isso.

Denunciar abusos nas campanhas ajuda sim a in-dicar em qual candidato não votar. Imaginem, se o candidato compra votos, o que é ilegal, já na campa-nha, o que não fará quan-do for eleito? Mas atenção, pior que o candidato que-rer comprar o voto, é você vender o seu.E para que tudo isso

aconteça, é necessário que se aliem jornalistas e o povo para criar a força que não faz o mundo parar. Va-mos em frente, caminhan-do para o progresso!

EXPEDiEntE

ARTIGO

Greves bancárias, do correios, dos motoristas e co-bradores de ônibus... Todos serviços essenciais à população e que, quando insatisfeitos, os colaboradores dessas empresas, parecem simplesmente esque-cer que existe “resto do mun-do”. Paga-se juros, anda-se a pé, não se envia encomendas. Tudo se torna complicado.

Porque uma categoria não está satisfeita com o emprego que escolheu.

Insatisfeito com seu em-prego? Peça a conta. Não pre-judique ninguém por conta da sua sede de “justiça”. Você se esforçou, passou horas estu-dando para ser aprovado em um concurso, ou até mesmo que teve um baita trabalho

para ser aprovado na entrevista daquele banco super conceitu-ado.

Mas nem tudo são rosas! Todo trabalho tem seus per-rengues... O problema é que você tem que saber passar por eles. Se você não acha justo o salário que ganha, nada contra você querer melhorar. Todo cidadão tem direito a se sentir

Jornal Laboratório do Curso de Jornalismo da Univel

Diretora: Viviane da Silva

Coordenadora:Letícia Afonso Rosa Garcia

orientação: Mariana Lioto

Editora: Claudia Verneck

Diagramação:Claudia Verneck

reportagens: Jacques Moreira Barbosa

Jessica CavalcanteKarina VenazziKarine WosniakPriscila Baracho

Renan Guex HaidukSuelen Vicente

Karina Venazzi

Espaço do Leitor

No UNIFATOS, o leitor tem voz. Um espaço para críticas, sugestões, elogios e opiniões.

“Parabéns, o conteúdo do Unifatos sempre trazendo matérias interessante e feito com respon-sabilidade. Espero que a minha sala continue com esse trabalho, daqui a pouco a gente assume essa responsabilidade que está sendo bem representa-

da pelo 3° ano”.Maicon Santos - 1º Jornalismo

“Parabéns o jornal é muito bom, tem conteúdo leve e que realmente interessa para os

seus leitores”Alessandra Simões - Acadêmica da FAG

“O jornal ficou muito legal. Conteúdo inovador, ideias novas e diferentes, pa-

rabéns 3° ano de jornalismo, continuem assim.”

Bruno Ricardo - Estudante

valorizado. Mas procure uma forma

de crescer profissionalmente, mesmo que você só queira um aumento salarial, faça de um modo mais convencional. Co-mece a distribuir currículos, faça visitas, mas, em hipótese alguma, prejudique outros tra-balhadores, muitos, aliás, na mesma situação que você.

O dia em que a Terra parou

acompanhamento para con-seguir continuar fazendo suas atividades normalmente.

Segundo Valdete, neste pe-ríodo pode obter um grande aprendizado. No atendimen-to ambulatorial, teve contato com diversas doenças, isto fez ela envolver-se, mais pre-cisamente, com patologias do aparelho digestor. Porém, uma das áreas que ela define como muito envolvente é a Nutrição Oncológica. Hoje não está mais nessa área, mas atuou por mais de dois anos na Uopeccan (Hospital do Câncer de Cascavel). Ainda se emociona ao recordar. “A experiência foi de uma dé-cada”. No hospital Valdete se deparou com a fragilida-de dos pacientes. Mas isso a motivava cada vez mais a lutar junto com eles. Lu-tar por condições melhores

3PERFIL 3

Palavras de uma nutricionistaÉ clara a defesa que Valdete faz aos valores atribuídos aos alimentos. Segundo ela, “ter o cuidado com a alimentação é fator determinante da nossa saúde”

Jessica Cavalcante

Exemplo de vida

“Quer continuar

aprendendo para poder fazer parte da equipe que cuida, que motiva e que

acredita em dias melhores”

Valdete Carreira Rodri-gues. Nutricionista. Esposa. Mãe. Professora... Mulher. Poderia ser uma mulher co-mum. Mas optou pelo dife-rencial, quando em 1980, entrou para a Universidade Federal do Paraná no curso de Nutrição. A primeira fa-culdade de Nutrição do Para-ná. Valdete sabia que era seu perfil. Trabalhar com pessoas em situações especiais, cuidar do momento mais importan-te da vida das pessoas, a ali-

mentação. O início da carreira foi

no Hospital Universitário de Cascavel. A pioneira imple-mentou o Serviço de Nutri-ção e Dietética no hospital, a Gastronomia Hospitalar. Mas lecionar também sem-pre foi o seu ponto forte. Como docente iniciou no SENAC, no curso de Técnico em Enfermagem. Em 2002 começou a dar aula no Ensi-no Superior. Atualmente está no curso de Gastronomia na

Univel, com a disciplina de Segurança Alimentar e Die-tética dos Alimentos.

Por muito tempo Val-dete dedicou-se voluntaria-mente ao Núcleo Regional dos Ostomizados. A pessoa ostomizada é aquela que precisou passar por uma ci-rurgia, no corpo se faz uma abertura para a eliminação de fezes ou urina. Estas pessoas geralmente passam a fazer uso de bolsa coletora para as fezes ou urina e precisam de

de alimentação... Lutar por uma qualidade de vida me-lhor... Lutar por tudo. Lutar pela vida. “Sou muito grata a Deus por ter me proporcio-nado momentos marcantes em minha profissão”. O es-forço dela, por vezes, pode não ter sido suficiente, mas lutou incansavelmente por alguns pacientes, que mes-mo partindo, a ensinaram lutar pela vida. Atualmente, Valdete presta atendimento clínico nutricional no con-sultório e, segundo ela tem recebido ótimas notícias , servindo de motivação para acreditar que o câncer tem cura em muitos dos casos.

A trajetória pelos hos-pitais fez Valdete fortalecer a profissão. Apresentou, como fundamental, a atuação pro-fissão do nutricionista para a prevenção e cura de muitas doenças. “Poder dividir com muitos outros profissionais da área da saúde a responsa-bilidade com o tratamento humanizado é algo marcan-te”.

E o aprendizado con-tinua, Valdete nunca para. Quer continuar aprenden-do para poder fazer parte da equipe que cuida, que moti-va e que acredita em dias me-lhores para todos as pessoas que possuem algum tipo de doença.Professora Valdete lecionando para o curso de Gatronomia: Paixão pelo que faz

JESSICA CAVALCANTE

1ª quinzena Outubro/2012

INSTITUCIONAL

VESTIBULAR

Os bastidores de uma fase importante da sua vidaConheça todo o processo do vestibular, peça chave para continuar crescendoKarina Venazzi

O vestibular tem um papel muito importante na vida da maioria das pessoas: ele signi-fica a transição de uma fase em crescimento para a uma etapa a mais. O teste seletivo permite a esse indivíduo in-gressar na graduação e depois resolver o que se quer conti-nuar estudando. O vestibular é difícil, concorrido e muitas vezes são necessárias várias tentativas para que seja possí-vel a aprovação.

É preciso também muita se-

gurança para as provas. Para o grupo da organização que re-aliza o vestibular, é necessário formar uma comissão para a formulação de questões e toda uma logística que seja eficien-te para evitar vazamentos das questões e problemas do gê-nero.

É importante para qualquer cidadão entender como fun-ciona o processo que pode colocá-lo em uma faculdade ou fazer com que ele espe-re até o próximo ano, uma

vez que em Cascavel, não há “Vestibular de Inverno”, que é realizado no meio do ano.

Em conversa com o Profes-sor Nilton Nicolau Ferreira, Diretor de Desenvolvimento da Univel, foi explicado como funciona o teste seletivo na instituição. “É formada uma comissão interna de profes-sores daqui e de outras insti-tuições. Porque, por exemplo, no vestibular há questões de Química, Física e nós não te-mos esses professores aqui”,

salienta.Professor Nilton expli-

ca ainda, que as provas são corrigidas também por uma comissão, mas não neces-sariamente a comissão que elabora as provas. Alguns professores coincidem de es-tar nas duas comissões. “Eles elaboram as questões indivi-

dualmente. Esse processo é realizado, em média, 30 dias antes do vestibular”, explica o professor.

Já a redação, possui sem-pre três temas para que o candidato possa escolher aquele em que terá maior desenvoltura para discorrer. Professor Nilton comentou como é feita a escolha desses temas. “São temas de conhe-cimentos gerais atuais, que a mídia veicula bastante e es-tão sendo discutidos a todo

o momento”.É importante também res-

saltar que as provas são iguais, e têm, portanto, um grau de dificuldade que abrange todos os cursos. Assim, o aluno que presta vestibular para Direito fará a mes-ma prova que o aluno que prestar vestibular para Gestão Ambiental, por exemplo.

Quando perguntado sobre a impressão das provas, profes-sor Nilton diz que é questão de experiência. “Eu participo da comissão do vestibular há 16 anos e não me lembro de nenhum furo que tenha ocor-rido”.

No último vestibular, foram mais 5.500 inscritos para os 16 cursos e foi a maior con-corrência da história da Uni-vel. A expectativa é que neste ano, a instituição supere o nú-mero de candidato.

O vestibular é exigido pelo Ministério da Educação para que o estudante ingresse na faculdade. O mínimo exigido é uma redação, que é o caso do Vestibular Agendado. Na Univel o vestibular se torna concorrido porque ainda há um número maior de alunos procurando os cursos do que vagas.

No último vestibular os candidatos compareceram em peso para fazer a prova

Assessoria

“Eu participo da comissão do vestibular há 16 anos e

não me lembro de nenhum

furo que tenha ocorrido”

4 1ª quinzena Outubro/2012

5ESPORTE

Com a ascensão das ar-tes marciais em nosso país devido ao grande sucesso do MMA, aparecem, cada vez mais esportes diferentes. O UNIFATOS foi até uma academia de boxe chinês em Cascavel. Esta modalidade é pouco conhecida no Brasil e tem traços marcantes de uma arte muito famosa: o Kung Fu.

O boxe chinês, conhe-cido também como Sanshou ou Sandá, veio para o Brasil junto com o Kung Fu. As duas artes marciais são pa-recidas, pois o Sandá é uma mescla de todos os estilos de Kung Fu, porém as gradu-ações são diferentes, todos competem dentro de um sis-

tema rígido de regras e prin-cipalmente cuida da integri-dade física do atleta.

Para o professor e mes-tre em boxe chinês em Casca-vel, Volnei, o esporte é mais completo que uma academia “Quem pratica não está sim-plesmente fazendo uma ativi-dade física, muito além disso. Trabalhamos a parte mental, filosófica e disciplina do ser humano. Pensamos na evo-lução do ser”, relatou. Mas, para quem procura esta arte marcial para não ficar para-do, o Sandá também ajuda muito na saúde do corpo. “Além da força, autoestima, autoconfiança que este es-porte proporciona, o boxe chinês trabalha praticamente

Boxe Chinês: a arte marcial que não prioriza o combateNeste esporte o corpo e a mente trabalham em conjunto para o equilíbrio corporalRenan Guex

NOVIDADE

uma possível entrada do es-porte nas olimpíadas. Por isso não pode haver bagunça, tem que ter seriedade”, con-clui Volnei.

Para quem acha que o esporte é mais popular entre os homens, está muito enga-nado. O número de mulhe-res praticando o boxe chinês é grande e tem aumentado bastante. Mábile começou a praticar o esporte com o in-tuito de competir e acabou se apaixonando pela moda-lidade. “É bom para defesa, raciocínio rápido e lógico. Melhora a qualidade de vida, o convívio com as pessoas e o trabalho em grupo. O boxe chinês envolve tudo. O cor-po e a mente. Por isso, é mui-to mais completo que uma academia. As pessoas acham que o boxe chinês é para autodefesa e para brigar. Eu escolhi para uma filosofia de vida e para competir. Quero ser atleta”, afirma Mábile.

O Brasil está entre os cinco primeiros no ranking mundial de boxe chinês. Para você que procura um esporte novo com fundamento e que melhore a sua saúde, o Sandá é uma boa escolha. Principal-mente para quem deseja se tornar atleta olímpico, a imi-nente entrada do esporte nas olimpíadas engrandece ainda mais a prática e as competi-ções.

todos os músculos do cor-po como p e r n a s , b r a ç o s , condicio-namento cardiorres-piratório, r e f l e x o , queda e projeção”, cita o mes-tre.

O esporte é competido em várias

categorias de ambos os sexos e são divididos por peso entre iniciantes e avançados. Na luta, é proibido o confronto no solo. Os competidores disputam em uma platafor-ma elevada podendo projetar o adversário para fora do ta-blado. Para quem pensa em fazer o esporte como MMA, Volnei não aconselha esta de-cisão. “Está popular a febre do MMA. O Sandá não faz apologia a este esporte, pois é uma prática que não tem dis-ciplina e acarreta em diversas contusões aos praticantes, não preservando a integri-dade física do atleta. Mui-tas pessoas praticam as artes marciais para o bem de sua saúde, mas que saúde você terá disputando o MMA?”,

indaga o professor. Matheus é um dos alunos de boxe chi-nês e não procurou o esporte pela audiência do UFC. “O boxe chinês é interessante pela disciplina. É uma disci-plina bem forte. Temos que seguir certos padrões para poder praticar. Escolhi por ser algo mais sério, mais tra-dicional e ter uma filosofia”, diz, com orgulho do esporte.

O Kung Fu está cotado para fazer parte do progra-ma olímpico entrando já na próxima Olimpíada no Rio de Janeiro. A decisão deve-rá sair ainda neste ano. O esporte já recebe apoio do Comitê Olímpico Brasileiro e Comitê Olímpico Inter-nacional. Em Cascavel, nove atletas de diversas modalida-des do Kung Fu, incluindo o boxe chinês, estão na seleção brasileira do esporte. Somen-te na academia do professor Volnei, mais de 300 atletas praticam o boxe.

E não é somente a prá-tica do Sandá que exige dis-ciplina e rigidez. As aulas são fiscalizadas por um órgão superior. “O esporte é sério. Aqui no nosso estado, a fis-calização das academias e das aulas fica a cargo da federa-ção paranaense. No site da federação existe uma página com os nomes dos senseis qualificados para ensinar. A rigidez está grande devido

Alunos aplicando os ensinamentos do mestre Volnei

CLAUDIA VERNECK

1ª quinzena Outubro/2012

pois no namoro, casamento, filhos, assim sucessivamente. Quem comete excessos em um ou outro quesito, correrá grandes riscos de se desesta-belecer e perder o foco prio-ritário”, afirma.

O trabalho de atendimento

de suporte emergencial, as-sim denominado por Caroli-na, é realizado há cinco anos e não difere pelo período do ano letivo. “Atendemos apro-ximadamente 150 alunos por ano, o que gera em torno de quatro a cinco atendimentos por semana, independente de ser homem ou mulher. Cada um realiza em mé-dia, de duas a cinco sessões. Se for algo que necessita de acompanhamento por maior tempo, encaminhamos para outro profissional”, conclui.

A estudante de Jornalismo que não quis se identificar, relatou ao Unifatos, o sus-to que passou, quando teve crises de ansiedade, que a fez parar no hospital. “Passei

6 SAÚDESAÚDE MENTAL

O acadêmico no divãA Univel oferece o serviço de atendimento psicológico há cinco anos

Karine Wosniak

É quase certeza que você, acadêmico, já sentiu vonta-de de surtar. Se ainda não, provavelmente sentirá uma pressão grande até chegar ao extremo, a ponto de não aguentar mais. São tantos afazeres em sala de aula, mais o cotidiano agitado, casa, namorado, enfim infinitos compromissos que tomam

praticamente as 24 horas do dia. Ainda há quem diga que o dia é curto para tanta coisa.

Calma! Há solução para você não surtar até o final do curso. E se está prestes a real-mente, surtar o jeito é procu-rar uma ajuda psicológica. A Univel oferece este serviço de atendimento inicial, em que auxiliar você a não perder as estribeiras e sair quebrando tudo.

A psicóloga institucional e professora coordenadora do curso de Tecnologia em Recursos Humanos da Uni-vel, Carolina Buosi, conver-sou com o Unifatos sobre as principais doenças psicoló-gicas que afetam a vida aca-dêmica e quando é necessá-rio buscar ajuda psicológica. “Atendo principalmente ca-sos de transtorno de ansieda-de, síndrome do pânico, dé-ficit de atenção, depressão e

dificuldades extremas de concentração. E o motivo gerador destas doenças psicológicas, são causadas por bri-gas entre namorados, familiares e até mes-mo entre os próprios colegas de classe”, ex-plica.

Uma dica impor-tante para não entrar em crise e sair baten-do a cabeça na pare-de, é simples e não tem segredo. Parece difícil, mas é o certo: Manter a calma! Não é impossível e é uma das maneiras mais sensatas de resolver problemas. “Traçar metas e objetivos é o primeiro passo. É necessário, em vários momentos da nossa vida, estabelecer prio-ridades e cumpri-las.

como primeiro fo-car nos estudos, de-

“O médico diagnosticou cri-se de ansiedade, ainda ressaltou

que isso era coisa que dá em viúvas no veló-

rio”.

mal no início de abril, falta--me ar só de lembrar, mas vamos lá. Não tive motivos coerentes para isso, lembro que havia discutido com minha mãe e não tinha co-mido nada à noite. Então, pedi ao meu namorado que comprasse um lanche para eu comer, assim que terminei de comer, senti falta de ar muito forte. Fui à janela para tomar um vento e ver se passava, ajudou. Mas comecei a ficar nervosa, por estar passando mal. Meu coração disparou, as palpitações eram fortes, as mãos tremiam e formiga-va, meu rosto amorteceu. Eu quase infartei de desespero”.

Apesar do susto, no outro dia a estudante seguiu para o trabalho. Os sintomas se repetiram. Seus pais se assus-taram e decidiram levá-la ao hospital. “O médico diag-nosticou crise de ansiedade, ainda ressaltou que isso era coisa que dá em viúvas no velório, pois elas ficam de-sesperadas pelo ocorrido e sentem as mesmas coisas que senti. Achei engraçado! Ele me medicou e fui para casa. No entanto não conseguia me alimentar direito. Fiquei três dias sem comer e toman-do remédios”, lembra.

No entanto, uma melhora significativa não aparecia e a acadêmica, continuava a sen-tir os mesmos sintomas: falta de ar, palpitações e treme-deiras pelo corpo. Durante

Dificuldade de concentração nos estudos, é um sintoma que mais atinge os jovens.

KARINE WOSNIAK

1ª quinzena Outubro/2012

7SAÚDE

tomei a outra metade do re-médio. Sentia muita tontura, fui ao quarto dos meus pais e chamei minha mãe. Disse que não estava bem, ela me mandou tomar o outro me-dicamento. Só lembro até aí. Acordei deitada no chão e meu pai desesperado tentan-do me acordar. Depois voltei a ficar bem”,conta.

Mesmo com tratamento, a aluna não sentia melhoras e notou que ficava nervosa ao anoitecer. Voltou ao psiquia-tra para relatar o que aconte-cia e o médico informou que estava desenvolvendo síndro-me do pânico. O remédio foi

trocado e continuava sentin-do-se mal. “Estava insatisfei-ta, fui procurar tratamentos alternativos. Um desses foi a microfisioterapia, em que o profissional trata do emo-cional das pessoas. Ele ligou meus sintomas com a mor-te dos meus avós maternos. Ambos faleceram por pro-blemas cardíacos. Meu avô de infarto e minha avó de in-suficiência respiratória, que levou ao infarto. O médico trabalhou com a hipótese de que eu posso ter tido os mes-mos sintomas que minha avó teve, antes de falecer”.

Passados os momentos de

o tempo de internação, uma psicóloga veio conversar com ela e aconselhar tratamentos psicológicos e foi o que ela fez!

“Recebi alta na terça-feira de manhã e a tarde, fui até o consultório de psiquiatria. Ele me “entupiu” de remé-dio e me deu atestado de dez dias. Porém, mesmo to-mando remédios os sintomas persistiam, principalmente à noite. Uma vez lembro que não conseguia dormir e to-mei a metade de um com-primido receitado. Fui dei-tar, mas não podia dormir. Fiquei nervosa. Levantei e

“Estava insatis-feita, fui procu-rar tratamentos

alternativos. Um desses foi a microfisiote-rapia, em que o profissional

trata do emocio-nal das pessoas. Ele ligou meus sintomas com a morte dos meus avós maternos”

sufoco e com a terapia, nun-ca mais passou mal. Ela as-socia as crises de ansiedade com o período conturbado de início de ano na faculda-de. “Foi um bimestre difícil, trabalhos excessivos, provas e cursos podem ter contribu-ído para o surgimento dos sintomas. Hoje continuo com o tratamento psiquiá-trico e os medicamentos e já posso considerar melhoras significativas”, finaliza.

Quem deseja procurar o atendi-mento psicológico deverá agendar horário, pelo telefone (45) 3036-3630 com Andressa. O atendimen-to é realizado nas quintas e sextas--feiras, no período noturno.

Entre janeiro de 2011 e junho de 2012 foram realizadas 408.117 avalia-ções psicológicas somente para candidatos à primeira habilitação. Cerca de 36%, pouco mais de 147 mil pessoas, precisaram comple-mentar o exame individual. Como comparação, o índice de reprovação deste mesmo grupo no exame prático é, em média de 50%.

Detran propõe mudanças nos exames psicotécnicosO objetivo é melhorar o acesso às informações sobre a avaliação dos candidatos

to é garantido pelo Contran (Conselho Nacional de Trân-sito) e deve ainda ser solicita-do à clínica na qual foi aten-dido primeiramente.

No mês de julho deste ano, na matéria “Exame Psicotéc-nico é rodeado de questiona-mentos”, o jornal Unifatos, relatou as reclamações e a indignação dos candidatos, na reprovação do teste psico-técnico.

A novidade é que a par-tir de outubro, as avaliações psicológicas terão novas ade-quações para que não ocor-ra a solicitação de um novo diagnóstico. O objetivo é de tornar o exame mais trans-parente e acessível. Ele é for-mulado pelos profissionais da área da psicologia, creden-ciados ao sindicato dos pro-prietários de CFCs (Centro

de Formação de Condutores) do Paraná. As novas mudan-

ças serão divulgadas nas aulas teóricas de direção, nas auto-escolas e também nas clíni-cas credenciadas ao Detran

HABILITAÇÃO

Karine Wosniak e Suelen Vicente

Avaliações

(Departamento de Trânsito do Paraná), que aplicam os exames aos candidatos.

Pelo modelo atual, depois da realização do teste in-dividual, o psicólogo pode entender ainda que não teve informações suficientes para declarar o candidato apto ou inapto e solicitar uma nova avaliação. O valor cobrado é de R$66,01. A proposta do Detran é justamente fazer a inversão na ordem das ava-liações, a realização dos tes-tes no mesmo dia e o fim do diagnóstico Necessita Nova Avaliação (NNA).

Como apresentado na re-portagem na última edição,

“A novidade é que as avalia-ções psicológi-cas terão novas adequações para que não ocorra a solicitação de

um novo diagnóstico”.

a avaliação psicológica ocor-ria em duas etapas, e muitos candidatos já reprovavam na primeira avaliação: a coleti-va. Hoje, o candidato realiza primeiro o teste coletivo e, obrigatoriamente, é inscrito no sistema NNA, já que ele deve ainda, fazer o teste in-dividual no mesmo dia e sem cobrança de taxas.

A implantação

O Detran começou a im-plantação deste projeto, no dia 1° de agosto. O objetivo é melhorar o acesso às infor-mações sobre as avaliações aos candidatos da primeira habilitação, pois esse direi-

1ª quinzena Outubro/2012

8

Jaques Moreira Barbosa

Eleições 2012

Às vésperas das eleições municipais em todo o país, quando o assunto é a ocupa-ção das cadeiras na Câmara de Vereadores, a população se confunde e não entende quais critérios são usados pela Justiça Eleitoral. E no dia da eleição, com a contagem dos votos e o resultado, muitos eleitores se perguntam: Por que muitas vezes candidatos a vereadores com menos vo-tos são eleitos e outros com mais votos ficam sem uma vaga na Câmara?

Primeiro o eleitor pre-cisa entender que as eleições no Brasil ocorrem por dois tipos de sistemas.

O primeiro é o sistema majoritário que são os cargos de poder executivo, ou seja, na escolha do presidente da

república, governadores e prefeitos só há um candida-to por partido. Logo, o que tiver a maioria absoluta de votos válidos é o eleito.

Já os car-gos de depu-tado federal, estadual e vere-adores, são de-finidos propor-cionalmente à quantidade de votos válidos que cada parti-do ou coligação recebeu para d e t e r m i n a r quem serão os eleitos. Esta re-gra vale para o sistema pro-porcional ou poder legislati-vo, com exceção do cargo de senador que também é eleito o mais votado.

Em conversa com Lu-ciano Katarinhuk, presi-dente da Comissão Eleito-ral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), ele nos explica os motivos que levam muitos candidatos com votos inferiores aos de adversários a conseguirem uma vaga. “Na proporcio-nal do legislativo, que nes-tas eleições é focada para os vereadores, existe o coefi-ciente partidário, também conhecido como coeficien-te eleitoral”.

O coeficiente eleito-ral é um cálculo que define o total de votos que cada

partido ou coligação precisa atingir para eleger um can-didato a vereador. “Ele é a soma dos votos válidos divi-

dido pelo nú-mero de cadei-ras disponíveis na Câmara”.

Para ficar mais simples, K a t a r i n h u k e x e m p l i f i c a com uma esti-mativa destas eleições. “Nes-tas eleições Cascavel terá uma quantida-de de 204.185 mil eleitores, a média de votos

brancos, nulos e justificados é equivalente a menos 20%, ficando com um total de 40.837 mil votos considera-dos não válidos. Então, dos 204.185 mil eleitores dimi-nui-se 40.837 mil, sobrando assim 163.348 mil, esta é a estimativa de votos válidos”. Agora se aplica o coeficiente eleitoral, ou seja, votos váli-dos divididos pelo número de cadeiras na Câmara, que para o ano que vem serão 21 cadeiras. “Logo, 163.348 mil dividido por 21, totalizam 7.778 mil votos”, estima.

Se as eleições ocorres-sem a partir deste exemplo, todo partido ou coligação deveria atingir 7.778 mil vo-tos para ter um representante na Câmara, “Todo vereador, mesmo que bem votado, se

não fizer os 7.778 mil vo-tos, não se elegeu sozinho. Foi preciso o voto dos outros companheiros do partido para formar uma legenda”.

Pela regra do coeficiente partidário se define a maioria das cadeiras. Mas devido à distribuição entre os partidos sempre há uma sobra. Em

Você sabe como um candidato a vereador é eleito?Saiba por que vereadores com menos votos conquistam uma cadeira na Câmara e outros com um número considerável de votos não conseguem se eleger

Luciano Katarinhuk, presidente da Comissão Eleitoral da OAB.

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Na última elei-ção, o sexto

candidato que recebeu 2.287 votos, não se

elegeu, enquan-to o 32º coloca-do, com 1.206

votos, ficou com uma das 15 ca-

deiras.

ESPECIAL 1ª quinzena Outubro/2012

9ESPECIAL

Cascavel, a expectativa é que sobrem duas cadeiras. Neste caso os vereadores escolhidos para ocupar as cadeiras res-tantes são definidos a partir

Você sabe como um candidato a vereador é eleito?Saiba por que vereadores com menos votos conquistam uma cadeira na Câmara e outros com um número considerável de votos não conseguem se eleger

da “sobra” dos votos de cada partido ou coligação. Por exemplo, se um partido fez 10 mil votos, somando todos os seus vereadores, automati-camente elege-se o vereador mais votado neste partido e ainda tem uma sobra de 2.222 votos. O partido que tiver a maior sobra, consegue “puxar” mais um para ocupar

Análise

A “lógica” é a representatividadeParece não fazer sentido, mas as regras foram definidas para facilitar o acesso de “peixes pequenos”.

Para Katarinhuk, a de-finição dos vereadores eleitos pelo coeficiente eleitoral é uma forma democrática de escolher os candidatos. Isto privilegia que todos possam ter direito à participação na política. O “Zé Ruela” se fi-liou a um partido menor, lançou a sua candidatura e com 1.100 votos conseguiu se eleger. Se ele estivesse no mesmo partido que o “Sil-vio Santos”, considerado um medalhão e com garantia de muitos votos, provavelmente ficaria de fora.

Katarinhuk conside-ra justo este cálculo para se chegar aos vereadores elei-tos, por dois tipos de pensa-mentos: proporcionalidade e

representatividade. “O can-didato que recebeu três mil votos teve uma preferência popular e de legitimidade, mas mesmo assim não ocu-pou a câmara perdendo para seu adversário que foi eleito com 1.100 votos. Se olhar-mos pela lógica, quem tem mais votos deveria ocupar o cargo, porém manteria aque-la máxima, onde aquele que está no poder, tende a perma-necer por lá”. Ele diferencia isto entre o candidato que está começando na política e o que já está no poder. “A pessoa que começa uma car-reira política tem que entrar em um partido que os seus colegas tenham uma quan-tidade de votos semelhantes, com chances maiores de se

eleger e assim representar a sua comunidade”.

Considerando que o cargo de vereador é a pri-meira etapa na qual qualquer cidadão pode começar a sua carreira política, Katarinhuk explica que há muitos candi-datos desinformados, desde a filiação ao partido até este cálculo do coeficiente elei-toral. “A maioria dos candi-datos pensa assim: eu acho que vou me filiar com aquele partido ou coligação, por-que tem poucos candidatos e é mais fácil me eleger”. So-mente os candidatos bem as-sessorados têm conhecimen-to deste cálculo. “Quando um candidato começa a fazer estes cálculos, ele vai buscar um partido e construir uma

base, a maioria dos candida-tos não tem sequer noção de qual o papel do vereador e muito menos desta matemá-tica política”.

Isso acaba afetando a ideologia na escolha de qual partido se filiar, entrando em contradição com a filosofia do candidato. “Por exemplo, eu não me filio ao PSDB porque eu entendo que a ide-ologia do partido se amolda ao que eu penso, acredito e o que vou fazer em favor da minha comunidade, mas sim porque é mais fácil se ele-ger”. A ideologia partidária é jogada às “traças”quando o candidato procura fazer estas contas matemáticas para ver onde ele pode se eleger com mais facilidade.

as cadeiras restantes na Câ-mara.

A partir deste resultado é que surgem as surpresas de candidatos eleitos como conta Katarinhuk, “É aí que acontecem as aberrações, por quê? Porque enquanto numa chapa, um candidato a verea-dor é eleito com 1.100 votos, na outra coligação um candi-

dato que fez 2.050 mil votos não se elege, porque no parti-do em que está filiado tem os candidatos que chamamos de medalhões, que fazem mui-tos votos”. Portanto a legen-da , as coligações e as pessoas filiadas definem quem entra ou fica de fora da Câmara de Vereadores.

o que é um medalhão?

São os vereadores com uma porcentagem de votos altos nas eleições. Estes candi-datos, em Cascavel, fazem em média 2.500 votos ou mais, mantendo assim os seus elei-tores “fiéis” e conquistando novos votos.

Jaques Moreira Barbosa

1ª quinzena Outubro/2012

10 ESPECIAL

Conscientização dos novos eleitoresO interesse por política, transformou a internet em fonte de informação

A informação online ajuda a população a se inte-ressar por política e, assim, a comunidade começa a fis-calizar mais. A OAB vem desenvolvendo um trabalho junto com os colégios, di-recionado principalmente para o 2° e 3° ano do Ensino Médio. O objetivo é buscar conscientizar e formar cida-dãos críticos para que eles sejam multiplicadores destas informações. “No Colégio Eleodoro, nós tivemos pales-tras para mais de 300 jovens, são adolescentes que irão vo-tar pela primeira vez, a ideia é que esses 300 alunos sejam

multiplicados por cinco, ou seja, eles informarão as suas famílias, seus vi-zinhos e amigos”, explica Luciano Katarinhuk, presi-dente da Comissão Eleitoral da OAB. Os adolescentes estão muito mais atualizados sobre o tema. “Nós ti-vemos perguntas de alto nível, que-rendo saber sobre a aplicação da Lei da Ficha Limpa, a responsabilidade do plano de gover-no de cada candidato, sobre o DivulgaCand, quer dizer, perguntas extremamente in-

O site Divul-gaCand dispo-nibiliza dados de todos os

candidatos que concorrem à

eleição, com in-formações como gastos na cam-

panha, etc.

Em geral, os eleitores brasileiros votam no candidato e não no partido. Isto porque existe um sentimento de segurança em confiar o seu voto em uma pessoa e não no partido.

“Eu sempre votei no candidato, porque pra mim o partido independe, desde que eu acredite no candidato, eu voto nele”. Maria Selma da Silva - 1º ano de Direito

“Eu voto no candidato, porque existe a desconfiança de que votar no partido tenha influências e divergências ideoló-gicas, ocasionando estes ‘esquemas de corrupção’ que vemos na política”.Marco Aurélio - 3ºano de Ciências Con-tábeis

“Geralmente voto em branco, mas quando voto em alguém recebo in-dicações dos meus amigos, e voto no candidato”.João Manuel Castello - Estudante

Partido ou candidato?

teligentes”. O site disponibiliza da-

dos de to-dos os can-didatos que concorrem à eleição, com infor-mações de gastos na campanha, q u a n t o s candidatos concorrem por cidade, etc. Possi-b i l i t a n d o assim uma p e s q u i s a

minuciosa pelo candidato preferido. Vale lembrar que ainda há um contraste entre

os novos eleitores que se in-teressam e têm mais conheci-mento sobre política e há as pessoas idosas que mantêm uma tradição em exercer a sua função como eleitor, por isso tem uma forma muito particular de se falar com eles.

A designer Daniela No-gueira de Oliveira, 19 anos, vai votar pela primeira vez. Ela diz que os jovens têm um interesse maior por po-lítica, mas este assunto só é comentado nas proximida-des das campanhas eleitorais. “Os jovens se interessam por política somente na época de eleições, porque não têm costume de dialogar sobre isto”. Nestas eleições Daniela

já escolheu o seu candidato a prefeito. Ela fez isso anali-sando o plano de governo e as propostas na área de edu-cação. Mesmo não assistin-do o horário eleitoral devi-do ao seu trabalho, Daniela acompanha os telejornais e isso contribuiu para que ela eliminasse opções de voto, principalmente por causa de denúncias de corrupção. Ela não pretende votar em bran-co para o cargo de vereador e pretende pesquisar no site DivulgaCand. “Vou pesqui-sar no site porque são muitos candidatos e também para analisar a história política deles”. Ela também vota no candidato e não no partido.

A designer Daniela Nogueira de Oliveira comenta que os jovens se interessam por política nos anos eleitorais

JAQUES M. BARBOSA

Jaques Moreira Barbosa

números

204.185 eleitores em Cascavel

52,6% mulheres

47,3% homens

18,6% dos eleitores têm menos de 24 anos

7 candidatos a prefeito

407 candidatos a vereador

19,3 candidatos por vaga na Câmara

1ª quinzena Outubro/2012

11ESPECIAL

A logística por trás das eleiçõesConheça um pouco sobre o trabalho dos funcionários do Fórum Eleitoral de Cascavel para que tudo funcione corretamente no dia da eleição

No dia de 7 de outubro, quando vamos votar entre as 08 e às 17 horas, não nos damos conta do quão minu-cioso precisa ser o trabalho da Justiça Eleitoral para que tudo funcione dentro da nor-malidade. As urnas precisam de muitos testes e centenas de mesários precisam ser trei-nados.

Os mesários são con-vocados judicialmente, mas desde 2004 o TSE (Tribu-nal Superior Eleitoral), vem realizando uma campanha de mesários voluntários nas faculdades, universidades e anúncios pela cidade, para que o cidadão entenda as vantagens e o compromisso com a Justiça Eleitoral. Se-gundo a servidora Rubiane Barros Barbosa Kreuz, que trabalha na zona eleitoral 143, cerca de 40% dos me-sários são voluntários. “Os cadastrados são feitos pela internet, por telefone ou no Fórum. A maioria são estu-dantes e o restante nós temos que pegar pelo cadastro elei-toral, aleatoriamente”. Na es-colha do mesário convocado, o sistema faz um batimento por idade, sexo, escolarida-de. “Até as pessoas convoca-das chegam aqui às vezes e reclamam. Mas é aleatório”. O mesário convocado pelo cadastro eleitoral irá traba-lhar na zona eleitoral onde ele vota.

O edital que oficializou os mesários foi publicado no início de agosto, mas ainda é

possível se apresentar como voluntário. “Mesmo que es-tiver faltando uma semana para as eleições, o cidadão que desejar trabalhar deve vir ao Fórum e nós o cadas-tramos. Se por acaso aconte-cer de faltar alguém em uma seção a gente coloca ele, ou então eu deixo ele de reserva porque neste ano nós teremos a possibilidade de haver dois turnos”. O segundo turno é inédito e o TSE trabalha com esta hipótese. O custo de um mesário na eleição é estipula-do pelo TSE em todo o Brasil no valor de R$20,00, pagos como vale alimentação.

Em Cascavel são 715 urnas e 599 seções eleitorais. Há 715 urnas porque o Fó-rum trabalha com urnas de reserva, porque pode aconte-cer substituição destas urnas no dia da eleição. “A urna é um computador, se ela tra-var ou tiver algum tipo de problema, é preciso trocá-la. Existem técnicos treinados para isso”. Os técnicos são pessoas contratadas tercei-rizadas pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral), para tra-balhar por um período de 40 dias.

No dia da eleição são distribuídos quatro mesários em cada seção eleitoral, po-rém a lei autoriza começar a eleição com apenas três, quando o local possui uma pequena quantidade de elei-tores. Mas se for um colégio com um número alto de elei-tores, o juiz determina por meio de uma ordem judicial para que se convoque alguém da fila, formando o número

necessário para a seção elei-toral.

Para os técnicos das ur-nas que são 18 nas quatro zonas eleitorais e os seis téc-nicos de informática, há uma escala de trabalho no dia da eleição. Se houver alguma fa-lha o mesário ou o auxiliar de eleição informam ao Fórum que desloca o técnico para solucionar o problema.

Transporte

O transporte das urnas é realizada pelos Correios e começa na sexta feira antes da eleição levando as urnas para as zonas rurais de Cas-cavel, Lindoeste e Santa Tere-za do Oeste. Lá ficam com o secretário de prédio ou com a própria diretora do colégio em uma sala segura. Antes das urnas fazerem este trajeto são necessárias vistorias para certificar de que a urna vai ficar em local seguro. No sá-bado, os Correios distribuem as urnas da cidade.

Biometria

A biometria não será uma substituição do Título de Eleitor em papel, é apenas um item de segurança adi-cional. No Paraná, somente em Curitiba e uma cidade próxima à capital terá o siste-ma biométrico em 2012. Em Cascavel, o recadastramen-to biométrico está marcado para 2013 e 2014. Nas cida-des de Maringá e Londrina já começa em março do ano que vem.

Nestas eleições, as ur-nas nunca foram utilizadas,

é o modelo 2010. “As novas urnas chegaram para nós no começo de 2012, em janei-ro, e passaram por todo um processo de revisão, certifica-ção, ficaram todas expostas para fazer testes exaustivos na bobina, na impressão, com votação simulada, tudo isso para que chegue no dia 7 de outubro e elas estejam bem reguladas”,comenta Rubiane.

No dia 30 de setembro, ocorre o que é chamado de cerimônia de carga e lacra-ção das urnas, ou seja, as 715 urnas receberão o sistema de dados dos candidatos e de-pois são lacradas. Outra no-vidade nestas eleições é que o sistema será inserido por pendrives, e não mais por disquetes. Encerrando assim todo o trabalho do Fórum

Eleitoral antes do dia mais importante para a democra-cia no Brasil, o dia da eleição.

números

715 urnas

599 seções

18 técnicos de urnas

6 técnicos de informática

4 mesários por seção

R$ 47,9 mil em vale alimentação

A servidora Rubiane fala sobre o trabalho e a logística realizada pelo Fórum Eleitoral de Cascavel antes do dia da eleição

JAQUES M. BARBOSAJaques Moreira Barbosa

1ª quinzena Outubro/2012

Chega de ter que espe-rar até a hora de estar em casa para ler e-mails ou pesquisar a dúvida que ficou do conteú-do. Com os avanços tecnoló-gicos, a informação imediata tem sido atração para alunos.Mas tudo isso também é um pouco assustador para quem nunca utilizou tanta tecnolo-gia.

Há alguns anos, pouco se ouvia falar em aplicati-vos tanto para aparelhos de celular, quanto para iPad,

computadores,mas hoje já é possível saber quais os mais procurados e como utilizar esse tipo de conteúdo como aplicativos para redes sociais, jogos ou ferramentas.

O mercado dos aplicati-vos tomou conta da socieda-de de uma forma avassalado-ra, em escolas, faculdades, no trabalho ou até mesmo para entretenimento. Para quem ainda não conhece, os apli-cativos servem para facilitar a sua vida, com sua infinita variedade.

Existem vários meios de utilizá-los. Há aqueles que já não vivem sem, outros que não veem importância em usá-los, mas que acham extraordinário para as novas gerações.

Pablo Sarcosvisck, 15 anos ,está na 1º ano do En-sino Médio de uma escola da rede privada e sente o maior orgulho em dizer que pode baixar aplicativos o tempo todo para acessar conteúdos que o ajudam a melhor en-tender aquilo que os profes-sores explicam.Ele costuma revisar atividades que não fi-caram bem claras em sala de aula.

Pablo também utiliza seus aplicativos para entrete-nimento, baixa jogos e disse que até consegue conciliar melhor o tempo com a famí-lia, pois com tanta variedade em seu aparelho, não precisa ficar o tempo todo no com-

12 TECNOLOGIA

Conteúdo na palma da mão

Preciso de ar, água e... aplicativos!

Suelen Vicente

De um lado, pessoas que não vivem sem aplicativos. De outro, pessoas que ficam de cabelo em pé com esse tipo de conteúdo

os 10 baixados:

1º lugar: WhatsApp Messenger-bate papo

2º lugar: Pinguim Fugitivo-jogo

3º lugar: iRadar Brasil-GPS

4º lugar: Camera+-editor de fotos

5º lugar: Minhas despesas-finanças

6º lugar: Televisão ao vivo-TV móvel

7º lugar: Veja Comer & Beber-restaurantes

8º lugar: iBeer-jogo

9º lugar: Palavras Cruzadas-jogo

10º lugar: HELLKID-jogo

Aplicativos pagos

Aplicativos grátis

1º lugar: Facebook-rede social

2º lugar: Skype-bate papo

3º lugar: Windows Live Messenger-bate papo

4º lugar: Viver-

5º lugar: Instagram-fotos

6º lugar: Twitter-rede social

7º lugar: Google Translate-tradutor

8º lugar: Google Earth-mapas

9º lugar: Buscar meu iPhone-localizador

10º lugar: Facebook Messenger-bate papo

Os 5 + curiosos

1º lugar: iSnort-simulador para usuários de drogas

2º lugar: My Vibe-massageador sexual

3º lugar: iPoo-visão de raio-x

4º lugar: Zit Picker-jogo

5º lugar: Milk The Cow-simulador de ordenhadeira

1ª quinzena Outubro/2012

putador. Ele também diz estar mais próximo do pai. “Meu pai não tinha paciência de ficar comigo na frente de uma tela, hoje em dia vamos para praça, ou onde quiser e podemos jogar juntos, estou até dando uma mãozinha para ele com os conteúdos de banco, porque sei que irá poupar muito seu tempo e o que sobra podemos aprovei-tar mais juntos”.

Tiago Frigo tem 19 anos, está cursando Ciências Contábeis, e usa seu iPad nos estudos e também para diver-são. Porém, seu aparelho não veio com opções de aplica-tivos, mas para ele não teve problema algum. Ele baixou todos os aplicativos que pre-cisava para colocar seus tex-tos e também para fazer seus cálculos na faculdade.

“Não houve problema algum para baixar os aplicati-

vos que eu queria, muitos de-les nem precisei pagar”. Isso porque alguns aplicativos custam para serem baixados. São pagos com cartão de cré-dito, cadastrado na hora da compra e cobrados em dóla-res. Entretanto, os aplicativos gratuitos têm a mesma qua-lidade HD que um pago. Só há necessidade de pagar por um aplicativo se o gratuito não atender as suas necessi-dades.

13TECNOLOGIA

Preciso de ar, água e... aplicativos! De um lado, pessoas que não vivem sem aplicativos. De outro, pessoas que ficam de cabelo em pé com esse tipo de conteúdo

“ Meu pai não tinha paciência de ficar para-

do na frente do computador,

hoje em dia va-mos para praça, ou onde quiser

e podemos jogar juntos”

Bicho Papão

Com pouca diferença de idade desta nova geração, Amarildo de Miranda,32, já terminou seus estudos e diz não estar tão familiarizado com esse tipo de conteúdo. Conta que em sua época de escola celular era proibido em sala de aula: “Hoje em dia, no ato da matrícula o aluno ganha um aparelho para usar em sala, isso chega ser engraçado”, avalia rindo.

Mesmo não sendo tão adepto das novas tecnologias, ele percebe como este tipo de conteúdo tem ajudado com a falta de tempo, no entanto uma de suas preocupações é a mesma que tem deixado em dúvida muitos pais que não sabem se devem presentear os filhos com esses aparelhos. “Percebo que esta nova gera-ção tem esquecido um pouco dos livros, das pesquisas, tem deixado de lado a leitura que

é tão importante para qual-quer pessoa”, enfatiza Ama-rildo.

Nadir Lina tem um filho de dez anos e diz que sente falta de ver o filho com livros em mãos para pesquisar tra-balhos dados por professores, pois o menino prefere pes-

quisar na internet, que não exige tanta busca. “Procuro sempre orientá-lo deixando claro pra ele que nem sempre este conteúdo é confiável”.

Saber como utilizar e fazer bom aproveitamento desses aplicativos também faz parte do desenvolvimento

não só tecnológico, mas tam-bém da consciência de cada pessoa que o utiliza. Existem várias opções para cada uma de suas necessidades, por isso é importante saber do que você realmente precisa e o que procura para que possa ser útil no seu cotidiano.

O meio virtual proporciona várias soluções para todos as atividades do dia-a-dia, o que diferencia uns dos outros é a inovação

KARINA VENAZZI

1ª quinzena Outubro/2012

14 EDUCAÇÃO

Mercado de trabalho

Currículo que ‘lattes’... Não morde

Imagina a dor de cabeça que deve ser gerenciar bases de dados de currículos, gru-pos de pesquisa e instituições de todo o Brasil... Imaginou? Pois esse era o problema que o CNPq (Conselho Nacional do Desenvolvimento Cientí-fico e Tecnológico), respon-sável por essa tarefa, enfrenta-va. Como solução, em agosto de 1999, criou a Plataforma Lattes, onde é possível o ca-dastramento de currículos, o Currículo Lattes.

Em resumo, o CV-Lat-tes é uma espécie de “rede

social” do universo acadê-mico. A ferramenta registra informações profissionais de estudantes de graduação, pós-graduação, professores, pesquisadores, cientistas, profissionais autônomos, funcionários de empresas, governos e organizações civis.

É importante saber que o Currículo Lattes é bem mais que mais uma listagem das experiências profissionais anteriores, para isso você já conta com o Currículo Vitae. Segundo o professor Vilmar Souza, orientador de pro-jetos de extensão da Unio-este, “a principal diferença

Como fazer um Lattes?

Priscila Baracho

Qualquer um pode ela-borar o próprio currículo. Para isso, basta entrar o site do CNPq e acessar a Plata-forma Lattes . Os currículos disponíveis na plataforma podem ser usados somente pelo dono ou habilitados a serem acessados por qualquer

entre os dois é que o Lattes inclui muito mais detalhes a repeito de seus trabalhos, ele responde como foi a experi-ência exercitada na função, e não simplesmente o cargo ocupado”.

Segundo o professor, devido a esse grau de deta-lhamento, o Currículo Lattes é bem mais extenso que o Vitae. Para se ter uma noção, espera-se que para um pro-fissional que está entrando agora no mercado de traba-lho, tenha uma ou duas pági-nas no seu Currículo Lattes. O de um profissional com alguma experiência, de duas

pessoa por meio de um siste-ma de buscas.

Agora você deve estar se perguntando: o que devo colocar no meu? Um bom Lattes começa com disponi-bilização de informações pes-soais e termina com as refe-rências. “O Currículo Lattes representa, praticamente, sua vida toda, por isso é melhor colocar os pontos mais for-tes antes dos fracos”, afirma o professor Vilmar, “ou seja, se suas experiências profis-sionais são mais fortes que suas formação educacional, coloque este ponto em evi-dência”.

a quatro páginas, e até umas sete páginas para um profis-sional experiente. Mas por mais experiente que o profis-sional seja, o Lattes não deve exceder dez páginas.

Alunos de Contábeis publicam artigos no 3º Encicon

Entre os dias 19 e 22/09 aconteceu em Cascavel, o 3º Encontro de Estudantes de Ciências Contábeis – Enci-con, com o objetivo de de-senvolver o debate e levar professores, acadêmicos e profissionais da área a refletir sobre a importância da con-tabilidade na atual conjuntu-

ra empresarial. O encontro é realizado pelo Sindicato dos Contabilistas de Cascavel e Região Oeste do Paraná (Sincovel) e demais institui-ções de ensino superior que oferecem o curso..

Os alunos de Ciências Contábeis participaram com a publicação de artigos, sen-do que 50% dos participan-tes do Encicon eram alunos

do curso da Univel. Para o acadêmico Clau-

demir Krik, que participou com o artigo “Contribuição da auditoria interna na pre-venção de fraudes e erros nas organizações agroindus-triais”, os congressos devem ser vistos como atividades educacionais fora da sala e oferecem aos participantes a convivência com outros ce-

nários, que, somadas ao co-tidiano, se transformam em aprendizagem.

“Em cada curso de gra-duação, os alunos precisam realizar horas de atividades complementares e este foi um dos pontos motivadores da minha participação, res-saltou o acadêmico.

Participaram também no Encontro, com publica-

ção de artigos, os alunos Ca-rolina Taborda Ribas Valduga com o trabalho “Análise do Sistema de Informação Con-tábil Gerencial – Um estudo de caso em uma concessio-nária de veículos”; Adrielly de Oliveira Dalcol, Jéssica Souza de Farias e Mayara Ja-nepler Moreira, com o artigo “Análise da Rentabilidade do Cultivo do Morangueiro”.

O encontro envolveu os acadêmicos de Ciências Contábeis da região

Assessoria

1ª quinzena Outubro/2012

Priscila Baracho

o Doador - Lois Lowry

15CULT

CULTCA

DER

NO

Nas entrelinhas...

Imagine um mundo dominado pela harmonia. Onde tudo, absolutamente tudo é igual. Seria perfeito não é mesmo? Será? Lendo “O Doador” podemos ter um panorama de como se-ria viver em uma sociedade onde tudo é padronizado, sem cor, com pessoas gene-ticamente modificadas para atingir a perfeição, incapa-zes de sentimentos, seguin-do rígidas leis de convivên-cia. Em um futuro distante, essa é a história de uma criança que resolveu lutar contra os valores da socie-dade perfeita em que vivia. Jonas é um menino que está prestes a receber a desig-nação da profissão que irá

exercer para o resto da vida. Quando recebe a missão de ser treinado para ser o pró-ximo “doador”, nem ele, ou o resto da sua família e amigos, sabe o que isso quer dizer. Com o tempo, Jonas vai descobrindo a farsa e os sacrifícios que são pagos para viver em uma socieda-de perfeita, e o maior deles é não possuir lembranças. Ao ser o doador, o menino tem consigo o poder de mu-dar tudo e todos, um peso grande demais para uma criança. O livro nos mostra que até a mais perfeita har-monia esconde esqueletos no armário, e que sempre há um preço a se pagar por tudo.

Crônica

O DESCASO PEDE SOCORROEra para ser um dia normal, um dia bom de domingo, mas o descaso com

a vida humana, a desvalorização com a saúde de alguém, acabou tirando minha paz.

Saí da igreja onde ouvi a palavra de Deus falando que muito além da defi-ciência física, a pessoa pode ter deficiência da alma. Falar coisas ruins que ferem principalmente o sentimento, deixando a vida sem valor algum.

Na saída da igreja vi uma mulher que passava mal e toda uma comuni-dade que corria para ajudá-la. Após quase 15 minutos, e várias tentativas de contato com o atendimento do Samu, lá vem um pequeno carro com apenas um atendente. Aquela mulher ainda estava desmaiada na rua e algumas pessoas tentavam dar o atendimento a ela.

Aquele homem que veio dirigindo parou e perguntou o nome da paciente e a família respondeu. Ele pacienciosamente desceu do carro, sendo que tudo que esperávamos era rapidez. Qual a diferença do nome da paciente? Se não fos-se a Maria e fosse o José, um paciente no estado como aquele, ele não prestaria atendimento? Nem os primeiros socorros?

Independente de João ou José, Maria ou Sebastiana, ele mesmo assim con-tinuou sem dar a mínima atenção para aquele caso. Não sabemos quais são as recomendações dadas a eles, mas o mínimo que poderia fazer naquele momento era dar os primeiros socorros, sentir a pulsação da pessoas, verificar se ainda havia vida.

Com toda sua calma perguntou o que a paciente tinha. Como iríamos saber? Ela sentia dores abdominais e desmaiou.

Crianças chorando, gente pedindo ajuda, telefone tocando, mãos que aba-navam a paciente... e ele nada! Apenas abriu as portas de trás da pequena am-bulância e ainda teve a audácia de pedir que as pessoas que ali estavam a colo-cassem no carro. Ele nem mesmo tocou na paciente para ver se ela estava viva.

Até mesmo a morta do veículo foi fechada antes que o marido da paciente tivesse entrado para acompanhá-la. O motorista volta em lentidão, entra na pe-quena ambulância, faz uma curva brusca naquela rua toda cheia de pedras e pó e ainda sai bufando e reclamando que as pessoas em volta eram mal educadas.

O que é isso meu Deus? Sabemos que as pessoas vivem cheias de proble-mas. Para aquele socorrista, atendente, sei lá como devo chamar, talvez não fosse um dia bom, porém, era sua oportunidade de fazê-lo melhor, ajudando alguém. E ele poderia tratar muitos outros da mesma forma.

Que descaso! Somos nós que pagamos seu salário e mesmo se não fosse, foi essa profissão que escolheu para sua vida. E deveria realizá-la da melhor forma, pois são vidas e com a vida não se brinca.

A mim restou apenas anotar a sua placa, pois nem crachá ele usava. E fazer todo procedimento de reclamações informado pelo 192.

E depois, com toda indignação, voltar para minha casa e escrever esta situ-ação, para que possamos pedir muito mais pela saúde, pois não era parente meu e nem seu, mas poderia ser. Como ficaria essa situação?

Não podemos nos calar diante a um descaso como este.Por Suelen Vicente

1ª quinzena Outubro/2012

16 CULT

Em “Os Vingadores” Loki (irmão psi-copata de Thor) com a pretensão de se tornar o soberano da terra, se une a uma raça alienígena, os chitauri, para dominar o mundo. Ele rouba um cubo cósmico, que o confere poderes inima-gináveis e traz seu exército alienígena para iniciar a dominação. Neste ponto você se pergunta: e agora, quem pode-rá nos defender? É aí que Nick Fury, um super espião, líder da s.h.i.e.l.d., uma agência de super espiões (ah vá!), co-loca em ação a iniciativa Vingadores: um modesto time formado pelo Ho-mem de Ferro, Capitão América, Viúva Negra, Thor, Gavião Arqueiro e Hulk. O que não dá muito certo é a batalha de egos entre eles. Campeão de bilheteria e batendo recordes de arrecadação, o filme levou os fãs a loucura. E apesar de convencional, é um tempo bem em-pregado entre explosões, humor escan-chado e efeitos especiais.

“O Espetacular Homem Aranha” foi o caso em que o estúdio jogou todo o trabalho feito na trilogia anterior e decide começar tudo de novo. A nova franquia traz um ar mais teen ao he-rói aracnídeo. No filme, Peter Parker é abandonado pelos pais e entregue para ser criado pelos tios, Mary e Ben. Já adolescente, e perdidamente apai-xonado pela colega de classe Gwen Stacy, encontra uma misteriosa pasta do pai. O conteúdo o faz buscar o dou-tor Curt Connors, alter-ego do vilão Lagarto. Tudo isso enquanto é caçado pelo chefe da polícia, e pai da sua na-morada, condenado por ser um justi-ceiro. De cara o filme chama atenção pela remodelagem de roteiro e produ-ção, com efeitos visuais de tirar o fôle-go nas sequências de “voo” nas teias, e ainda mais por introduzir a primeira namorada de Parker (e mais querida da maioria dos fãs), Gwen.

Flagras!

Todos os vencedores

do prêmio

FOTOS: ACESSORIA

o Espetacular Homem Aranhaos Vingadores

orÇAmEntoUS$ 300 milhões US$ 215 milhões

ArrECADAÇÃoUS$ 1,5 bilhões US$ 400 milhões

ELEnCoRobert Downey Jr., Samuel L. Jackson, Scarlett Johan-

son, Mark Ruffalo, Chris Evans, Chris HemsworthAndrew Garfield, Emma Stone, Rhys Ifans, Sally Field e Martin Sheen

Priscila Baracho

DIVU

LGAÇ

ÃO

DIVU

LGAÇ

ÃO

Vencedores do IV Congresso de Teorias e Práticas Jornalísticas

Jessica,Alan, Denis, Viviane, Arthur, Mayara e Cleverson

Arthur e Denis do 4 ano com a direto Viviane da Silva

1ª quinzena Outubro/2012