trabalho 1 - td
TRANSCRIPT
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Instituto Politécnico de Beja
Escola Superior de Educação de Beja
Desporto 2014/2015
Controlo do treino em atletas sub-20 de
Hóquei em Patins
Docentes:
Prof. Paulo Paixão
Prof. Luís Murta
Elaborado por:
Carlos Silva, nº 12516
Beja, Dezembro de 2014
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Resumo
O Hóquei em Patins é caracterizado por ser uma das modalidades mais
complexas, na qual se exige importantes níveis técnicos, táticos, psicológicos,
assim como um elevado desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades
físicas.
Hoje em dia, cada vez mais são utilizados métodos de controlo de treino
perfeccionistas e tecnologicamente avançados. Estes métodos podem ser
aplicados no sujeito, não criando desconforto, que permitem assim recolher
uma série de dados relativos de vários aspetos fisiológicos.
Os sistemas energéticos são caracterizados por se dividirem em três
vias: Via Anaeróbia Alática, Via Anaeróbia Lática e Via Aeróbia. As vias
anaeróbias são casos de explosão e de curta duração onde não existe
presença de oxigénio, e nas vias aeróbias, casos com períodos de duração
mais longos, onde é necessário existir a presença de oxigénio.
Este trabalho tem como objetivo criar um exercício técnico para cada
zona alvo-treino, onde desta forma, foram avaliados 6 atletas masculinos, todos
eles jogadores de campo e com idades compreendidas entre os 16 e 18 anos
de idade.
Estes atletas foram submetidos a vários testes físicos de acordo com os
protocolos previamente elaborados, onde após retirar os respetivos dados
conseguimos verificar o estado de treino e classificando-o.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Introdução
No âmbito da disciplina Didática Especifica – Treino Desportivo,
lecionada no 3º ano do curso de Desporto da Escola Superior de Educação,
inserida no Instituto Politécnico de Beja, realizamos este trabalho sobre o tema
“Controlo do Treino” no Clube de Patinagem de Beja.
Este trabalho foi realizado durante o mês de Novembro e tivemos como
objetivos diagnosticar o estado do treino de um grupo de atletas de Hóquei em
Patins através de testes específicos catalogando as suas zonas alvo e verificar
como se encontram. Após os testes prescrevemos exercícios e aplicamo-los
para diferentes objetivos de treino tentando assim melhorar o estado em que se
encontram os atletas.
As razões por termos escolhido esta modalidade foi essencialmente, o
grande gosto pela modalidade de Hóquei em Patins, e por não haver muitos
estudos na modalidade relacionados com esta parte muito importante do treino.
O trabalho foi realizado a alguns atletas Sub-20 do Clube Patinagem de
Beja, sendo 3 atletas avaliados com cardio-frequencimetro (PolarRCX3) e
escala adaptada de Borg e 3 apenas com a escala de Borg.
Este trabalho refere aspetos como, os procedimentos utilizados,
caracterização do grupo, protocolos dos testes realizados, gráficos e todos os
dados obtidos pelos instrumentos de controlo utilizados, análise e reflexão dos
dados, prescrição de exercícios e aplicação.
Após todo o trabalho foi realizada uma reflexão do processo e
aperfeiçoou-se alguns parâmetros para uma nova prescrição aos atletas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
1. Procedimentos utilizados
Com vista à avaliação física dos atletas do Clube Patinagem de Beja no
escalão sub-20 decidimos aplicar um conjunto de testes de acordo com uma
metodologia e para isso criou-se e utilizou-se protocolos, alguns já existentes,
com exercícios em patins sem stick e bola e com stick e bola. Os atletas foram
diagnosticados individualmente nestes exercícios utilizando a escala adaptada
de perceção ao esforço de Borg e cardio-frequêncimetro.
Os protocolos aplicados formam um conjunto de 14 testes, onde 3
testam a força dos membros superiores, inferiores e abdominal e 1 que testa a
flexibilidade, estes testes foram adaptados do livro “Os árduos caminhos para a
vitória” do autor Fernando Luís. Os restantes 10 protocolos testam os sistemas
energéticos. Onde, 5 foram realizados com stick e bola, e os outros 5 foram
realizados sem stick e bola, sendo estes praticamente iguais mudando apenas
em alguns aspetos como condução de bola, passe e/ou receção.
Primeiro realizou-se o teste de potência anaeróbia aláctica, onde o atleta
após uma suposta queda em situação de jogo tem que se levantar e arrancar
rápido até à linha do meio campo. Seguidamente o atleta realizou o exercício
de potência anaeróbia láctica cujo nome é R.A.S.T exercício este adaptado ao
hóquei em patins. Para a capacidade anaeróbia láctica criou-se um exercício
com dois cones a uma distância de 4 metros cada onde o atleta tem que
realizar constantes travagens e arranques em 1 minuto. No dia seguinte os
atletas foram avaliados com o exercício de capacidade anaeróbia aláctica
(realizando uma volta ao ringue à máxima velocidade e por fim a potência
aeróbia durante 7 minutos percorrer máximo de distâncias de 205 metros.
Na semana seguinte realizou-se os mesmos testes mas com bola.
Para o exercício de potência anaeróbia láctica é necessário ter algumas
formulas bem presentes como: Velocidade = distância / tempo; Aceleração =
velocidade / tempo; Força = peso / aceleração; Potência = (peso x 30^2) /
tempo^3); Índice de fadiga = (potência máxima – potência mínima) / tempo total
para das 6 corridas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
E por fim na última semana de trabalho com estes atletas realizou-se a
aplicação da prescrição dos exercícios para estas fontes energéticas aliadas à
técnica de finalização, contabilizando assim o tempo e os golos em cada
exercício específico.
2. Caracterização do grupo
Este trabalho foi realizado no escalão de sub-20 do Clube Patinagem de
Beja com um total de 6 atletas todos eles jogadores de campo e onde estes
atletas têm idades compreendidas entre os 16 e os 18 anos de idade.
Para conseguirmos ter um melhor conhecimento e perceção dos atletas
com que estávamos a lidar foi realizado assim uma ficha de caracterização,
como podemos observar em anexo.
Os atletas foram pesados, medidos (altura e envergadura) e calculou-se
o índice de massa corporal, onde abaixo de 18,5 está abaixo do peso ideal,
entre18,5 a 24,9 está no peso ideal e acima de 24,9 é considerado sobrepeso.
Utilizou-se também a fórmula de Tanaka (208-0,7x idade) para calcular a
FCmáx teórica.
Fig. 1 – Equipa do grupo de trabalho
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Com todos os dados recolhidos podemos então ver as características de cada
um deles na tabela a baixo.
Tabela 1 – Caracterização dos atletas
Os dados apresentados na tabela permitem-nos afirmar que o grupo de
trabalho é constituído por 2 atletas de 16 anos, dois de 17 anos e mais dois de
18 anos de idade. O peso difere entre 55 a 67kg e o IMC (índice de massa
corporal) está em todos dentro dos valores normais esperados exceto o atleta
nº 5 que apresenta valores baixos em comparação com o peso ideal. A
envergadura praticamente coincidiu com a altura dos atletas onde diferenciou
apenas em alguns centímetros, a mais ou a menos. Relativamente à mão
dominante, apenas dois atletas seguram no stick com a mão esquerda, sendo
os outros quatro destros. Foram avaliados três defesas e três avançados com
10 até 14 anos de prática na modalidade. A frequência cardíaca máxima
teórica do grupo corresponde a uma média de 194,43 bpm’s (batimentos por
minuto).
Na tabela abaixo segue-se as médias dos valores obtidos nos diferentes
parâmetros.
Nº Idade Peso (kg)
Altura (m)
IMC Enverg. (cm)
Mão dominante
Posição Anos prática
FC máx.
1 17 62 1,80 19,14 183 Direita Defesa 12 196,1
2 16 56 1,64 20,82 162 Esquerda Avançado 10 186,8
3 18 59 1,69 20,66 167 Direita Avançado 14 195,4
4 17 67 1,83 20,01 183 Esquerda Defesa 12 196,1
5 16 64 1,75 17,96 179 Direita Avançado 10 196,8
6 18 55 1,68 18,81 170 Direita Defesa 14 195,4
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
0
2
4
6
8
CPBeja APAlentejo
Nº Atletas
0
0,5
1
1,5
2
2,5
10º 11º 12º Uni.
Nº Atletas
0
2
4
6
8
Beja
Nº de Atletas
Idade Peso Altura IMC Enverg. Anos prática FC máx.
Média 17 58,67 1,73 19,57 174 12 194,43
Tabela 2 – Médias dos valores obtidos
Nos gráficos abaixo podemos observar outros dados que foram
questionados por nós como a residência, o percurso desportivo, o ano de
escolaridade que frequenta e também algumas informações sobre a
alimentação (ver anexos).
O atleta nº 4 frequenta o 10º
ano, os atletas nº 2 e 5 frequentam o
11º ano, o atleta nº 3 frequenta o 12º
ano. O atleta nº 6 frequenta o 1º ano da
Universidade.
Fig. 2 – Nº de atletas por ano de escolaridade
Todos os atletas residem na
cidade de Beja. O atleta nº 6 frequenta
o ensino superior em Évora onde por
vezes é complicado treinar.
Fig. 3 – Nº de atletas por área de residência
Apenas dois atletas (nº 2 e nº 4)
não fizeram parte das seleções jovens
da Associação de Patinagem do
Alentejo no escalão de Iniciados.
Fig. 4 – Percurso desportivo dos atletas
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
3. Testes de controlo
Com os treinos da época desportiva 14/15 do Clube Patinagem de Beja
situados no período competitivo, no mesociclo 3, entre os microciclos 11 e 12
treinando 4 vezes por semana com um total de 6 horas, há que diagnosticar o
estado de treino dos mesmos e para isso realizou-se os testes de controlo ao
treino (ver anexos).
Estes testes tiveram diferentes resultados em cada atleta observado
como assim seria de esperar.
Na tabela a baixo podemos observar os resultados obtidos pelos atletas
e as suas classificações nos protocolos de (força de braços, abdominal,
membros inferiores e flexibilidade).
Tabela 3 – Resultados de protocolos
Nesta tabela podemos observar os resultados dos seis atletas nos
protocolos para testar a força de braços, abdominal, membros inferiores e
flexibilidade e as suas classificações de acordo com o autor Fernando Luís,
2004. No que diz respeito aos membros superiores o atleta que obteve melhor
resultado foi o atleta nº 6 realizando 50 extensões de braços e o que obteve
valores mais fracos foi o aluno nº 4 realizando apenas 20 flexões em 1 minuto.
Futuramente trabalhar esta capacidade com o atleta nº 4 tendo em vista a sua
melhoria para desempenhos de rendimento gerais superiores.
Nº 1' Flexões 1' Abdominais F. Inferior Flexibilidade
Com patins Sem patins
1 32x
(Médio) 44x
(Médio) 94cm (Bom)
32cm (Médio)
2 47x
(Muito bom) 32x
(Medíocre) 88cm (Bom)
53cm (Muito bom)
3 36x
(Bom) 81x
(Muito Bom) 89cm (Bom)
30cm (Médio)
4 20x
(Medíocre) 39x
(Medíocre) 107cm
(Muito bom) 41cm (Bom)
5 31x
(Médio) 66x
(Muito bom) 89cm (Bom)
40cm (Bom)
6 50x
(Muito bom) 67x
(Muito bom) 67cm
(Medíocre) 27cm
(Medíocre)
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Em relação aos abdominais o atleta que obteve melhores resultados foi
o atleta nº 3, e o atleta que futuramente vai ter que reforçar esta zona do corpo
é o atleta nº 2 pois foi o que obteve piores resultados realizando apenas 32
repetições em um minuto.
Nas 3 tentativas que os atletas tiveram para realizar o teste da força
inferior o atleta que teve melhor média de saltos foi o atleta nº 4 e o atleta que
teve piores foi o atleta nº8. Geralmente os todos os atletas apresentam um bom
nível. E para finalizar em relação à flexibilidade o atleta obteve uns
surpreendentes 53cm e o atleta nº 6 somente conseguiu 27 demonstrando
assim pouca flexibilidade.
Como os resultados acima visualizados não relatam exatamente o que
se é pretendido fomos do mais geral para o específico realizando vários
protocolos para posteriormente compararmos resultados.
Assim, avaliamos os seis atletas com 5 protocolos sem bola e os
mesmos 5 com bola, (potência anaeróbia aláctica, capacidade anaeróbia
aláctica, potência anaeróbia láctica, capacidade anaeróbia láctica e potência
aeróbia) pois estes são os sistemas energéticos mais utilizados pelos
jogadores de campo de hóquei em patins.
Na tabela abaixo encontram-se os resultados destes testes.
Nº PAA CAA PAL CAL PA PAA CAA PAL CAL PA
Sem stick e bola Com stick e bola
1 3,07s 14,24s 5,21s 38x 9x 3,18s 15,12s 5,34s 30x 8x
2 4,31s 15,70s 5,60s 36x 10x 3,57s 16,05s 5,67s 26x 9x
3 3,39s 14,67s 4,42s 37x 9x 2,75s 14,89s 4,81s 33x 8x
4 3,16s 15,62s 5,48s 35x 9x 3,60s 16,03s 5,25s 30x 9x
5 3,32s 14,87s 4,62s 35x 9x 3,45s 15,00s 5,80s 29x 9x
6 3,05s 14,21s 5,22s 34x 10x 2,97s 14,74s 5,17s 31x 9x
Tabela 4 – Resultados de protocolos II
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Os atletas em geral apresentaram piores resultados com stick e bola do
que nos testes sem stick e bola. Estes valores são compreensíveis pois alguns
exercícios requeriam uma maior capacidade de concentração e coordenação
por parte dos atletas, como receção, condução de bola ou passe, logo
originaram a uma maior duração nos exercícios ou menos repetições em
exercícios com tempo previamente definido.
O exercício que apresenta maiores diferenças é o exercício para a
capacidade anaeróbia aláctica pois há uma troca constante de bola entre o
atleta e o treinador levando assim a uma menor intensidade nos 4 metros.
Pode-se também observar na tabela abaixo as médias entre os
protocolos sem bola e com bola dos atletas.
Tabela 5 – Médias dos protocolos com e sem bola
No geral os atletas com melhores resultados nestes testes foram os
atletas nº 3 e nº 6, sendo eles os mais velhos do grupo e os que praticam a
modalidade á mais tempo. Apesar de o atleta nº 3 ter que evoluir um pouco
mais em potência aeróbia. Os atletas nº 2 e nº 4 terão futuramente que evoluir
em capacidades de maior explosividade apesar de em exercícios que requer
maior capacidade de resistência terem consigo bons resultados. Posto isto,
podemos individualizar o treino aos atletas focando mais num tipo de fonte
energética para assim trabalhar as fibras musculares menos desenvolvidas
levando-os para um nível de maior eficiência.
Nº PAA CAA PAL CAL PA
Medias
1 3,13s 14,68s 5,28s 34x 8,5x
2 3,94s 15,88s 5,63s 31x 9,5x
3 3,07s 14,78s 4,62s 35x 8,5x
4 3,38s 15,83s 5,37s 33,5x 9x
5 3,39s 14,94s 5,21s 32x 9x
6 3,01s 14,48s 5,19s 32,5x 9,5x
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
4. Análise dos dados obtidos
Numa análise mais fisiológica estes resultados foram catalogados em
zonas-alvo de intensidade podendo assim ter uma perceção da resposta
interna do organismo de cada atleta.
O atleta nº 2 obteve a seguinte curva em exercícios realizados sem bola:
O atleta ao realizar esta bateria de testes apresentou uma FCméd. de
149 bpm e atingiu uma FCmáx. de 187 bpm valor este alcançado no exercício
de capacidade anaeróbia láctica. Gastou ainda 78Kcal. Podemos visualizar
acima as voltas na bateria de testes (exercícios realizados e as recuperações)
e a escala de Borg associada a cada volta.
2
3
3
3
2
3
3
4
4
4
4
5
5
5
5
6
6
6
6
7
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Este atleta na volta 6 teve uma distância de 13 metros (marca de grande
penalidade até marca da bola de saída) em 4,31s o que significa que realizou o
percurso a uma velocidade de 3,02m/s. Utilizou essencialmente fibras brancas
ao realizar este exercício.
A partir da volta 8 até à volta 18 o atleta realizou 180 metros com
intervalos de recuperação de 10 segundos de 30 em 30 metros. Posto isto,
podemos analisar a seguinte tabela:
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 8 5,41s 5,55m/s 1,02m/s 54,90N 318,30W 9,71N
Volta 10 5,81s 5,16m/s 0,89m/s 62,92N 256,98W 8,47N
Volta 12 5,71s 5,25m/s 0,92m/s 60,87N 270,72W 8,60N
Volta 14 5,42s 5,53m/s 1,02m/s 54,90N 316,54W 9,71N
Volta 16 5,90s 5,08m/s 0,86m/s 65,12N 245,39W 8,18N
Volta 18 5,40s 5,55m/s 1,03m/s 54,37N 320,07W 9,80N
Tabela 6 – Resultados 1 do teste RAST sem bola
Potência média é de 288W e o índice de fadiga é 2,22. Em relação ao
atrito quando maior é a velocidade maior vai ser a força que o atleta tem que
realizar na travagem (força de atrito madeira/rodas).
Na volta 20 o atleta realizou (36x4m) 144 metros em 1 minuto atingindo
FC altas pois era requerido o máximo de repetições de 4 metros com travagem
e arranque onde sendo uma distância curta o atleta teve constantemente a
realizar força nos membros inferiores quebrando a ciclicidade no movimento
atingindo mais rapidamente a fadiga.
Na seguinte curva podemos observar os testes de capacidade anaeróbia
aláctica e de potência aeróbia.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Numa primeira fase do gráfico podemos observar um pico de FC pois foi
o tempo em que o atleta se encontrou a realizar o exercício de capacidade
anaeróbia aláctica. Após um ligeiro período de recuperação o atleta realizou o
exercício de potência aeróbia onde em 7 minutos o atleta percorreu uma
distância de 2050 metros, pois o atleta realizou 10 vezes a distância de uma
volta completa ao percurso (205 metros).
Neste gráfico o atleta obteve uma FCméd. de 167 bpm e uma FCmáx.
de 188 bpm’s. Gastou ainda 143 Kcal e teve na zona de intensidade 5 durante
5 minutos e 37 segundos. Possíveis benefícios com este exercício de potência
aeróbia podem ser a níveis de melhoria do desempenho máximo e velocidade,
tonificação do sistema neuromuscular e melhoria no consumo máximo de
oxigénio (VO2max) e eficiência.
O atleta nº 2 obteve a seguinte curva em exercícios realizados com bola:
As primeiras duas linhas no gráfico acima foram
acrescentadas e correspondem ao exercício da
capacidade anaeróbia aláctica.
2
3
2
3
3
4
4 5
5
6
6
6
6
7 6
7
6
6
7
8
8
9
9
9
9
9
8
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
O atleta apresentou uma FCméd. de 156 bpm’s e uma FCmáx. de 192 bpm’s.
Gastou ainda 189 Kcal.
Ao realizar estes exercícios o atleta foi sempre questionado em todas as
voltas acerca da escala de Borg como podemos ver em cima.
O primeiro exercício (capacidade anaeróbia aláctica) o atleta esqueceu-
se de marcar volta no cardiofrequencimentro quando iniciou e parou o
exercício, desta forma não aparecer o nº da volta e a sua respetiva descrição.
Este atleta obteve 3 na escala de Borg e um resultado de 16,05s neste
exercício.
Este atleta na volta 2 (potência anaeróbia aláctica) realizou 13 metros
com bola em 3,57s o que significa que realizou o percurso a uma velocidade de
0,84m/s.
A partir da volta 4 até à volta 14 o atleta realizou 180 metros com
intervalos de recuperação de 10 segundos de 30 em 30 metros. Posto isto,
podemos analisar a seguinte tabela:
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 8 5,33s 5,63m/s 1,06m/s 52,83N 332,85W 10,09N
Volta 10 5,70s 5,26m/s 0,92m/s 60,87N 272,15W 8,76N
Volta 12 5,71s 5,25m/s 0,92m/s 60,87N 270,72W 8,76N
Volta 14 6,11s 4,91m/s 0,80m/s 70N 220,96W 7,62N
Volta 16 5,81s 5,16m/s 0,89m/s 62,92N 256,98W 8,47N
Volta 18 5,36s 5,60m/s 1,04m/s 53,857N 327,29W 9,90N
Tabela 7 – Resultados 1 ao teste RAST com bola
Potência média é de 280,16W e o índice de fadiga é 3,29. Em relação ao
atrito quando maior é a velocidade maior vai ser a força que o atleta tem que
realizar na travagem (força de atrito madeira/rodas).
Na volta 16 o atleta realizou (26x4m) 104 metros em 1 minuto realizando
menos 10 repetições do que no exercício sem bola e stick. Atingiu FC altas
pois o atleta teve constantemente a realizar força nos membros inferiores
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
quebrando a ciclicidade no movimento atingindo mais rapidamente a fadiga,
fadiga esta que pode ter resultado em maus passes ou má receção da bola.
No exercício da potência aeróbia com bola o atleta realizou em sete
minutos 1845 metros correspondendo assim a 9 suicídios de 205 metros cada.
Obteve pior resultado do que no exercício sem bola apesar de a FC ter sido
igual ou até mesmo superior
O atleta nº 3 obteve a seguinte curva em exercícios realizados sem bola:
O atleta realizou o exercício de potência anaeróbia láctica alguns
minutos depois dos testes acima pois o sensor do pulsometro não estava a ler
os batimentos por minuto. Na figura abaixo podemos então analisar a curva.
O atleta nº3 nestas duas
curvas obteve uma FCmáx de 187
bpm’s e gastou 98 Kcal.
2
3
3
4 3
8
7
7
8 7
7 6 6
6
6
5
5
3
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Na volta 4 da primeira curva o atleta realizou 13 metros em 3,39
segundos e na volta 6 realizou 37x4metros em um minuto correspondendo a
148 metros originando um aumento da FC.
Relativamente à segunda curva o atleta obteve os seguintes resultados:
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 2 5,49s 5,46m/s 0,99m/s 67,67N 364,41W 11,27N
Volta 4 5,15s 5,82m/s 1,13m/s 59,29N 441,46W 12,87N
Volta 6 5,38s 5,58m/s 1,04m/s 64,42N 387,23W 11,84N
Volta 8 5,35s 5,61m/s 1,05m/s 63,80N 393,78W 11,96N
Volta 10 5,00s 6,00m/s 1,02m/s 65,68N 482,04W 11,62N
Volta 12 5,15s 5,83m/s 1,13m/s 59,29N 441,46W 12,87N
Tabela 8 – Resultados 2 ao teste RAST sem bola
Potência média é de 416,03W e o índice de fadiga é 2,44. Em relação ao
atrito quando maior é a velocidade maior vai ser a força que o atleta tem que
realizar na travagem (força de atrito madeira/rodas).
Numa primeira fase do gráfico podemos observar um pico de FC pois foi
o tempo em que o atleta se encontrou a realizar o exercício de capacidade
anaeróbia aláctica utilizando essencialmente fibras brancas. Após um período
de recuperação o atleta realizou o exercício de potência aeróbia onde em 7
minutos percorreu uma distância de 1845 metros, pois o atleta realizou 9 vezes
a distância de uma volta completa ao percurso (9x205metros).
O atleta obteve uma FCmáx. de 190 bpm’s, gastou 157 Kcal e teve na
zona de intensidade 5 durante 6 minutos e 36 segundos. Possíveis benefícios
com este exercício para o atleta são a melhoria no desempenho máximo e de
velocidade de sprint e tonificação do sistema neuromuscular pois este exercício
exigiu um esforço respiratório e muscular máximo ou quase máximo.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
O atleta nº 3 obteve a seguinte curva em exercícios realizados com bola:
O atleta nesta bateria de testes realizados
com bola obteve uma FCméd. de 128 bpm valor
baixo pois o atleta teve longos períodos de
recuperação e uma FCmáx. de 196 bpm’s.
Gastou 315 Kcal e teve 6 minutos e 37 segundos na zona de intensidade 5.
Na volta 2 o atleta apresenta tempos melhores do que no mesmo
exercício realizado sem bola (cerca de 64 milésimos de segundo) o que
demonstra uma maior entrega neste exercício por parte do atleta devido a estar
presente os objetos bola e stick.
No exercício realizado na volta 4 o atleta demorou um pouco mais tempo
pois a bola pode ter condicionado em alguns momentos na sua progressão
rápida e eficaz de patinagem pela pista.
Das voltas 6 até à 16 realizou-se o exercício de potência anaeróbia
láctica onde podemos observar os seus resultados na tabela abaixo:
7
7
7
8
7
6
6
6
6
6
6
4 5
7
8
6
7
4
3
4
8
8
8
8
9
9
9
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 2 4,57s 6,56m/s 1,43m/s 46,85N 631,78W 16,28N
Volta 4 4,95s 6,06m/s 1,22m/s 54,92N 497,16W 13,89N
Volta 6 4,90s 6,12m/s 1,25m/s 53,06N 512,54W 14,24N
Volta 8 4,87s 6,16m/s 1,26m/s 53,17N 522,07W 14,35N
Volta 10 4,77s 6,29m/s 1,32m/s 50,75N 555,60W 15,03N
Volta 12 4,82s 6,22m/s 1,29m/s 51,94N 538,49W 14,69N
Tabela 9 – Resultados 2 ao teste RAST com bola
O atleta realizou tempos relativamente mais baixos neste teste, sendo
todos eles mais baixos do que os obteve no teste realizado sem bola. A
potência média é de 542,94W pois para realizar 30 metros abaixo dos 5
segundos é realmente necessário imprimir uma grande potência, aceleração.
Por outro lado se a velocidade é maior para parar é necessário exercer mais
força, ou seja, quanto mais rápido o atleta for mais força o atleta precisa de
fazer para travar. Posto isto, o índice de fadiga é obviamente superior ao do
exercício realizado sem bola, tendo este atingido um valor de 4,11. Podemos
também observar que a FC neste exercício esteve praticamente sempre na
zona 4 e 5, e no exercício sem bola na zona 3 e 4 de intensidade.
Na volta 18 o atleta realizou (33x4m) 132 metros em 1 minuto atingindo
FC sub-máximas, pois era requerido o máximo de repetições de 4 metros com
travagem e arranque onde sendo uma distância curta o atleta teve
constantemente a realizar força nos membros inferiores quebrando a
ciclicidade no movimento atingindo mais rapidamente a fadiga.
Da volta 20 até à 27 o atleta realizou o exercício de potência aeróbia
onde em 7 minutos percorreu uma distância de 8 vezes uma distância de 205
metros, ou seja, 1640 metros. Podemos também analisar que o suicídio 4 e 5
foram os que demoraram mais tempo a ser completados.
Este atleta apresenta bons valores com bola o que demonstra o domínio
de qualidade técnica. Pode ter sido também influenciado por uma maior
concentração e/ou pré-disposição em realizar os exercícios com bola.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
O atleta nº 5 obteve a seguinte curva em exercícios realizados sem bola:
O atleta nº5 ao realizar esta bateria de testes apresentou uma FCméd.
de 167 bpm e atingiu uma FCmáx. de 203 bpm valor este alcançado no
exercício de capacidade anaeróbia láctica. Gastou ainda 119Kcal. Podemos
visualizar acima as voltas na bateria de testes (exercícios realizados e as
recuperações) e a escala de Borg associada a cada volta.
Este atleta no exercício de extensões de braços (volta 2) conseguiu
aumentar significativamente a sua FC o que demonstra o grande esforço
realizado ainda que assim muito localizado. Na volta 4 exercício de abdominais
a FC foi constante e na volta 6 (exercício potência anaeróbia aláctica) a FC
aumentou pois realizou uma distância de 13 metros em 3,32 segundos o que
significa que realizou o percurso a uma velocidade de 3,92m/s.
A partir da volta 8 até à volta 18 o atleta realizou 180 metros com
intervalos de recuperação de 10 segundos de 30 em 30 metros. Posto isto,
podemos analisar a seguinte tabela:
3
3
6
4
3
4
3
4 4
5
5
6
7
7
8
8
8
9
7
9
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 2 5,25s 5,71m/s 1,09m/s 58,71N 398,06W 11,85N
Volta 4 5,66s 5,30m/s 0,94m/s 68,08N 317,66W 10,22N
Volta 6 5,67s 5,29m/s 0,93m/s 68,81N 315,99W 10,11N
Volta 8 5,59s 5,36m/s 0,96m/s 66,66N 329,75W 10,44N
Volta 10 5,86s 5,12m/s 0,87m/s 73,56N 286,23W 9,46N
Volta 12 5,49s 5,46m/s 0,99m/s 64,64N 348,10W 10,77N
Tabela 10 – Resultados 3 ao Teste RAST sem bola
O atleta obteve uma potência média de 332,63W e o índice de fadiga é
de 3,34. Podemos também observar que a FC neste exercício esteve
praticamente sempre na zona 4 e 5, o que espelha a dificuldade do exercício
em termos físicos.
Na volta 20 o atleta atingiu e ultrapassou a sua FCmáx teórica ao
realizar 35 repetições de 4 metros.
Numa primeira fase do gráfico podemos observar um pico de FC pois foi
o tempo em que o atleta se encontrou a realizar o exercício de capacidade
anaeróbia aláctica (dar uma volta completa ao ringue). Após um período de
recuperação o atleta realizou o exercício de potência aeróbia onde em 7
minutos percorreu uma distância de 1845 metros, pois o atleta realizou 9 vezes
a distância de uma volta completa ao percurso (9x205metros). No exercício de
potência aeróbia o atleta ultrapassou a sua FCmáx. teórica e manteve-se por
algum tempo acima dos 200 bpm’s atingido valores muito próximos do seu
VO2máx provocando uma grande acumulação de lactato e nível de fadiga, em
relação à escala de Borg o atleta manteve-se sempre entre o 8 e o 10.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
O atleta nº 5 obteve a seguinte curva em exercícios realizados com bola:
Podemos visualizar acima as voltas na bateria de testes (exercícios
realizados e as recuperações) e a escala de Borg associada a cada volta.
Na volta número 2 o atleta elevou a sua FC pois realizou o exercício
destinado à potência anaeróbia aláctica, ou seja, exercício breve e muito
explosivo utilizando assim essencialmente as fibras brancas (rápidas).
Na volta número 4 o atleta realizou o exercício destinado à capacidade
anaeróbia aláctica onde o atleta atingiu a zona 5 de intensidade. Neste
exercício em que consistia realizar uma volta completa ao ringue no menor
5
5
3
4
6
5
7
5
6
6
6
7 7
7
8
8
8
8
8
7
8
8
9
9
9
10
10
10
7
O atleta nº5 ao realizar esta bateria
de testes apresentou uma FCméd. de 181
bpm’s e atingiu uma FCmáx. de 209 bpm’s.
Gastou ainda 286Kcal e teve uma carga de
treino de 91.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
tempo possível o atleta classificou a perceção ao esforço como 6 numa escala
de 0 a 10.
Na volta 6 o atleta realizou um minuto de travagens e arranques com
receção e passe ao primeiro toque 29 vezes, ou seja, percorreu 116 metros
atingindo o valor 7 na escala de Borg e valores de FC máximos.
Da volta 8 até à 18 o atleta realizou 180 metros com intervalos de
recuperação de 10 segundos de 30 em 30 metros. Posto isto, podemos
analisar a seguinte tabela:
Tempo Velocidade Aceleração Força Potência F. Atrito
Volta 8 5,52s 5,43m/s 0,98m/s 65,30N 342,45W 10,66N
Volta 10 5,69s 5,27m/s 0,93m/s 68,81N 312,67W 10,12N
Volta 12 6,29s 4,77m/s 0,76m/s 84,21N 231,45W 8,27N
Volta 14 5,84s 5,13m/s 0,88m/s 72,72N 289,19W 9,57N
Volta 16 5,87s 5,11m/s 0,87m/s 73,56N 284,78W 9,46N
Volta 18 5,61s 5,34m/s 0,95m/s 67,37N 326,23W 10,33N
Tabela 11 – Resultados 3 ao Teste RAST com bola
Posto esta informação, o atleta obteve uma potência média de 297,79W
e o índice de fadiga é de 3,18. Podemos também observar que a FC neste
exercício esteve praticamente sempre na zona 4 e 5, de valores entre o 5 e o 8
na escala de perceção ao esforço adaptada de Borg.
Da volta 20 até à 28 o atleta realizou a prova de potência aeróbia onde
atingiu os valores máximos de FC ultrapassando o valor da FCmáx teórica
(196,8 bpm’s). Este dado demonstra a dificuldade em que o atleta teve em
realizar o exercício proposto onde nos suicídios nº 3, 4, 5, 8 e 9 consegue-se
ver a linha acima das 200 bpm’s o que quer dizer que o atleta apresenta uma
grande capacidade de aguentar esforço de alta intensidade durante um tempo
razoável acumulando grande quantidade de lactato nos músculos envolvidos.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Os outros três atletas que realizaram estes exercícios sem o
cardiofrequencimetro atribuíram as seguintes classificações segundo a escala
adaptada de Borg de perceção ao esforço. Estes valores não são muito fáceis
de os atletas atribuírem pois como nunca foram questionados acerca desta
escala eles não têm a noção, para contrariar isto, toda a metodologia da escala
de Borg foi explicada antecipadamente aos atletas.
Na tabela abaixo podemos então observar os valores nos diferentes
exercícios com e sem bola/stick relacionados com a escala de Borg:
Tabela 12 – Diferentes testes e escala de Borg
Em relação a estes dados obtidos pela tabela podemos concluir que os
valores da escala de Borg não diferem praticamente nada nos três atletas nos
diferentes exercícios, o atleta numero 4 provavelmente atingiu uma maior
FCmáx que os outros dois no exercício de potência aeróbia com bola pois após
o término do teste e quando foi questionado como se sentia ele não conseguia
falar e após alguns segundos avaliou como 10. Em relação ao exercício de
capacidade aeróbia láctica sem bola o atleta nº1 foi o que realizou mais
repetições de todos os outros e avaliou a intensidade do esforço como 9. Em
relação aos outros três testes o atleta nº6 foi o que obteu melhores resultados
e avaliou o seu desempenho em relação com a escala de Borg sempre 1 valor
mais alto que os outros dois atletas.
Nº PAA CAA PAL CAL PA PAA CAA PAL CAL PA
Sem stick e bola Com stick e bola
1 3,07s 14,24s 5,21s 38x 9x 3,18s 15,12s 5,34s 30x 8x
E.Borg 4 5 7 9 10 4 5 7 8 9
4 3,16s 15,62s 5,48s 35x 9x 3,60s 16,03s 5,25s 30x 9x
E.Borg 4 5 7 8 10 4 5 7 9 10
6 3,05s 14,21s 5,22s 34x 10x 2,97s 14,74s 5,17s 31x 9x
E.Borg 5 6 8 8 10 5 6 8 8 9
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
No que diz respeito aos cálculos do exercício de potência anaeróbia
láctica os três atletas apresentaram os seguintes resultados nos seis sprints
sem e com bola como podemos observar na tabela abaixo:
Tabela 13 – Tabela RAST com e sem bola
Após esta tabela podemos tirar algumas conclusões sobre os três atletas
que não utilizaram polar neste teste sem e com bola. O atleta número 1 e o
atleta nº 6 foram mais rápidos que o atleta número 4 neste exercício, onde
futuramente o atleta nº 4 terá que trabalhar esta fonte energética mais que os
outros dois para assim compensar esta diferença que também pode-se dizer
que não é muita mas por vezes pode ser o suficiente para ser determinante em
algumas situações de jogo.
Atleta 1
Tempo (s) Velocidade (m/s) Aceleração
(m/s)
Força (N) Potência (W) F. Atrito (N)
s/ c/ s/ c/ s/ c/ s/ c/ s/ c/ s/ c/
1º 4,92 4,98 6,10 6,02 1,24 1,21 50 51,24 468,53 451,79 13,07 12,75
2º 5,45 5,41 5,50 5,55 1,01 1,03 61,39 60,19 344,70 352,40 10,65 10,86
3º 5,31 5,38 5,65 5,57 1,06 1,04 58,49 59,62 372,69 358,33 11,17 10,96
4º 5,08 5,43 5,91 5,52 1,16 1,02 53,45 60,78 425,64 348,52 12,23 10,75
5º 5,10 5,15 5,88 5,83 1,15 1,13 53,91 54,87 420,65 408,51 12,12 11,91
6º 5,39 5,21 5,57 5,39 1,05 1,03 59,05 60,19 356,34 394,56 11,07 10,86
Atleta 4
1º 5,45 4,96 5,50 6,05 1,01 1,22 66,34 54,92 372,50 494,16 11,50 13,90
2º 5,46 5,26 5,49 5,70 1,01 1,08 66,34 62,04 370,45 414,34 11,50 12,30
3º 5,63 4,89 5,33 6,13 0,95 1,25 70,53 53,60 337,90 515,69 10,82 14,24
4º 5,40 5,44 5,56 5,51 1,03 1,01 65,05 66,34 382,94 374,56 11,73 11,50
5º 5,36 5,34 5,60 5,62 1,04 1,05 64.42 63,81 391,58 395,99 11,85 11,96
6º 5,67 5,64 5,29 5,32 0,93 0,94 72,04 71,28 330,80 336,10 10,59 10,71
Atleta 6
1º 4,96 5,02 6,05 5,98 1,22 1,19 45,08 46,22 405,65 391,28 11,41 11,13
2º 5,03 4,93 5,96 6,09 1,18 1,24 46,61 44,35 388,95 413,10 11,03 11,59
3º 5,03 4,96 5,96 6,05 1,18 1,22 46,61 45,08 388,95 405,65 11,03 11,41
4º 5,04 5,10 5,95 5,88 1,17 1,15 47,01 47,83 386,64 373,15 10,94 10,75
5º 5,30 5,19 5,66 5,78 1,07 1,11 51,40 49,55 332,48 354,08 10,00 10,38
6º 5,10 5,17 5,88 5,80 1,15 1,12 47,83 49,11 373,15 358,20 10,75 10,47
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
5. Prescrição de exercícios
Foram realizados 15 exercícios para as diversas zonas alvo de treino, à
exceção da Capacidade Aeróbia, 3 exercícios para cada uma. Estes mesmos
exercícios foram aplicados em situação de treino, no entanto, apenas serão
analisados mais especificamente 5 deles, um de cada zona alvo-treino.
Serão analisados dados retirados do cardiofrequencímetro utilizado num
atleta, em cada um dos exercícios, de forma a refletirmos se o exercício foi
adequado para a zona de intensidade em que se queria trabalhar.
Exercícios para a Zona Potência Anaeróbia Aláctica
Exercício Analisado
O exercício tem como duração 4 segundos
no máximo, pois o tempo compreendido na zona
de intensidade potência anaeróbia aláctica vai dos
1 aos 5 segundos. Trata-se de um treino
específico e individual que pretende praticar a
dominante de finalização, a uma intensidade
submáxima.
Relativamente ao exercício em
si, trata-se de um exercício de
explosão e de rápida execução, onde
o atleta tem que se deslocar de um
cone ao outro (3 metros), e à meia-
volta rematar enrolado tentando
colocar a bola num dos ângulos
dispostos pela baliza de rede. Será executado 6 vezes, com pausas de 10
segundos.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Resultados obtidos
Para correlacionar este exercício com uma parte mais fisiológica, o atleta nº 5
realizou este exercício com o cardiofrequencimetro. Desta forma conseguimos
então analisar a curva dos batimentos cardíacos por minuto que se segue:
O atleta aumentou significativamente a sua FC ao realizar este exercício
mas não muito devido às pausas de 10 segundos e utilizou essencialmente
fibras rápidas. Nas 6 tentativas que o atleta dispunha para concretizar golo
apenas marcou por duas vezes, uma do lado esquerdo e outra do lado direito.
Observações:
Ao realizar este exercício era suposto a FC ter subido um pouco mais
mas devido às circunstâncias de a exigência de técnica no remate enrolado ser
de alguma dificuldade principalmente para colocar a bola na baliza, este atleta
e todos os outros não o conseguiram.
Exercícios Alternativos/possíveis prescrições
O exercício tem como duração 4 segundos
no máximo, que pretende praticar a dominante de
finalização, a uma intensidade alta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Relativamente ao exercício em si, trata-
se de um exercício de explosão e de rápida
execução, onde o atleta tem que passar pelo
lado de fora do cone e ir finalizar no outro lado
da área. Será executado 10 vezes, com
pausas de 10 segundos.
O exercício tem como duração 5
segundos no máximo, que pretende praticar a
dominante de finalização, a uma intensidade alta.
Relativamente ao exercício em si,
trata-se de um exercício de explosão e de
rápida execução, onde o atleta e o seu colega
têm de passar a bola um ao outro entre os
cones, assim que se chegue à área, um dos
atletas encosta o guarda-redes ao 1º poste e
passa para o 2º onde o seu colega de primeira terá de finalizar. Será executado
6 vezes, com pausas de 10 segundos.
Exercícios para a Zona Capacidade Anaeróbia Aláctica
Exercício Analisado
O exercício tem como duração 15
segundos no máximo, pois o tempo
compreendido na zona de intensidade
capacidade anaeróbia aláctica vai dos 3 aos
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
30 segundos. Trata-se de um treino específico e individual que pretende
praticar a dominante de técnica, a uma intensidade alta.
Relativamente ao exercício em si,
trata-se de um exercício de explosão e de
rápida execução, onde o passa a bola entre a
tabela e cone, vira na diagonal, passa a bola
por baixo do stick, dá a volta à baliza e faz
picadinha. Será executado 2 vezes, com uma
pausa de 30 segundos.
Resultados obtidos
No que refere ao exercício da capacidade anaeróbia aláctica a curva dos
batimentos por minuto nesse exercício não demonstra uma grande subida
como podemos observar abaixo:
Devido ao exercício ser muito complexo em termos de técnica os atletas
não conseguiram imprimir uma intensidade adequada. Este exercício foi
realizado nos dois corredores (direito e esquerdo) onde no corredor direito o
atleta demorou 13,80 segundos a realizar o exercício e no corredor esquerdo
demorou apenas 11,51s. Não marcou qualquer golo nas duas tentativas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Observações:
A densidade do exercício ultrapassou os 30 segundos previamente
definidos e chegou até ao 1 minuto, esta demora deu-se devido ao treinador
estar a colocar os cones no outro lado do campo para o atleta realizar o
exercício. Futura melhoria é colocar logo os cones nos dois corredores para o
atleta não falhar no tempo de recuperação.
Exercícios Alternativos/possíveis prescrições
O seguinte exercício tem como dominante
a técnica. Pretendemos trabalhar na zona da
capacidade anaeróbia aláctica, desta forma o
exercício tem uma duração de 10 segundos com
uma pausa de 30, repetindo o processo durante
10 minutos, 15 x.
O exercício deve ser executado numa
intensidade alta, trabalhando também
velocidade específica. Consiste em contornar
os cones da forma graficamente
representada, e ao chegar ao cone na linha
da área executar um remate.
O seguinte exercício tem como dominante
a técnica e velocidade de reação. Pretendemos
trabalhar na zona da capacidade anaeróbia
aláctica, desta forma o exercício tem uma
duração de 15 segundos com uma pausa de 30,
repetindo o processo durante 4’10 minutos, 10 x.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
O exercício deve ser executado numa
intensidade alta, trabalhando também
velocidade específica. Consiste em contornar
o primeiro cone pelo lado de dentro, deslocar-
se até ao meio do campo e passar para o seu
colega que está à espera do passe,
devolvendo-a de seguida, o atleta ao receber a bola passa por trás da baliza,
vai até ao cone no início da área e finaliza.
Exercícios para a Zona Potência Anaeróbia Láctica
Exercício Analisado
O exercício tem como duração 40
segundos no máximo, pois o tempo
compreendido na zona de intensidade potência
anaeróbia láctica vai dos 5 aos 45 segundos.
Trata-se de um treino específico e individual que
pretende praticar a dominante de velocidade de
execução, a uma intensidade alta.
Relativamente ao exercício em si,
trata-se de um exercício de explosão e de
rápida execução, onde o atleta leva a bola
do meio-campo, finta os cones e sticks,
finaliza, depois repete o processo mais 2
vezes.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Resultados obtidos
No terceiro exercício (potência anaeróbia láctica) realizado pelo atleta nº
5 nesta bateria individualizada obtemos a seguinte curva de esforço:
Após este pico assinalado acima podemos afirmar que o exercício foi
realizado com alguma intensidade pois realizou três sprints aproximadamente
de 15 metros com a bola controlada contornando cones e consequente
finalização. O atleta teve resultados de 33,76s demonstrando uma grande
agilidade em ultrapassar os obstáculos com a bola controlada, porém no que
diz respeito à finalização o atleta não conseguiu concretizar nenhuma das três
tentativas.
Observações:
Esta duração do exercício corresponde ao intervalo de tempos
requeridos para trabalhar este sistema energético pois o atleta obteve 33,76s e
o limite máximo para esta fonte é até aos 45s. Se o treinador preferir mais
intensidade tem que diminuir a dificuldade dos obstáculos facilitando assim a
tarefa aos atletas em termos técnicos.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Exercícios Alternativos/possíveis prescrições
O seguinte exercício tem como duração 40
segundos, pretende-se na trabalhar na zona da
potência anaeróbia láctica, a uma intensidade alta.
Tem como dominante a velocidade específica e o
remate.
No que diz respeita à execução do
exercício, deve ser realizado de forma
explosiva, devido à zona de intensidade
que se quer trabalhar, consiste em
rematar aleatoriamente nos 4 pinos
laterais, ao rematar, volta ao meio-campo
para ir buscar outra bola, e assim sucessivamente. Relativamente ao cone
central, o atleta irá executar nessa área o ultimo remate enrolado, após
rodopiar à volta do mesmo.
Este segundo exercício, tem como
objectivo trabalhar o remate e a velocidade,
dura 40 segundos, havendo uma pausa de 20
segundos, sendo este executado 4x a uma
intensidade alta.
Este exercício consiste em arrancar
do meio campo sem bola, sendo esta
passada pelo treinador, tendo o atleta que
rematar de primeira, ao rematar, volta ao
meio campo e repete-se novamente até
terminarem as seis bolas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Exercícios para a Zona Capacidade Anaeróbia Láctica
Exercício Analisado
O exercício tem como duração 1
minuto, pois o tempo compreendido na
zona de intensidade capacidade anaeróbia
láctica vai dos 30s aos 3 minutos Trata-se
de um treino específico e individual que
pretende praticar a dominante de
capacidade de reação de remate, a uma
intensidade alta.
Relativamente ao exercício em si,
trata-se de um exercício de explosão e de
rápida execução, onde o atleta com bola,
dá a volta à baliza, e ao chegar ao
primeiro cone executa um remate
enrolado, de seguida recebe outra bola, e instantaneamente terá que se
deslocar até ao outro cone e executar o mesmo movimento, repetindo-se este
processo por todos os cones (repetindo o processo 3 vezes).
Resultados obtidos
No que diz respeito a este exercício de capacidade anaeróbia láctica o
atleta realizou-o obtendo como de esperar a FCmáx obtida nesta bateria de
testes, como podemos ver na curva abaixo:
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Após esta volta assinalada em cima conseguimos ver que este exercício
foi o que teve uma maior duração de todos pois o que é normal devido a ser o
sistema com ausência de oxigénio com maior intervalo de tempo levando assim
a alguma fadiga muscular. O atleta realizou a prova em 49,54 segundos e
marcou dois golos em 15 tentativas.
Observações:
Este exercício poderia ter sido realizado com uma maior duração onde
em vez de atleta realizar apenas 3 vezes 5 remates se realiza-se 4 vezes 5
remates obtendo assim um total de 20 remates. Pois este sistema energético
pode ser treinado até aos máximos 3 minutos de prática. Ainda assim o atleta
atingiu um nível satisfatório de intensidade onde também a complexidade do
exercício não o ajudou pois era requerido alguma concentração levando a uma
diminuição de intensidade.
Exercícios Alternativos/possíveis prescrições
Com a duração de 1 minuto, este
exercício pretende trabalhar a zona da
capacidade anaeróbia láctica. Tem como
dominante a finalização e velocidade
específica, sendo executado a uma
intensidade média/alta.
No que toca ao exercício, consiste em
fintar os cones, executando um rodopio no
último antes do meio-campo, e fazendo o
mesmo no outro cone colocado na outra
linha lateral do campo, o atleta parte para a
baliza com o objetivo de fintar o Gr e
finalizar.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Com a duração de 1 minuto, este exercício tem como
dominante a velocidade de reação, será executado 4
x, a uma intensidade média/alta. Consiste num 3 x3 +
Gr, sendo considerado como Forma Fundamental II.
O exercício será executado da
seguinte forma: nos primeiros 50
segundos 2 elementos de cada equipa
têm como objetivo aguentar-se com a
posse de bola, no entanto apenas podem
dar 3 toques seguidos, aumentando a
intensidade do exercício. Após os 50 segundos vão estar dois elementos, um
de cada equipa, de cada lado do campo, que iram receber a bola de um colega
da sua equipa e assim partir com os seus colegas para o contra-ataque.
Exercício para a Zona Potência Aeróbia
Exercício Analisado
Este exercício tem a duração de 5 minutos, e
querendo nós trabalhar na zona potência aeróbia,
impusemos uma intensidade média. Tem como
dominante o jogo coletivo, mas mais especificamente, a
velocidade de reação, passe e desmarcação, técnica
individual e coletiva, e finalização.
No que diz respeito ao exercício
em si, trata-se de um 2x2 + Gr, em meio
campo, sem interrupções e com várias
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
bolas por perto de forma a não haver tempo morto, é pedido marcação homem-
a-homem. Adotou-se a variável de apenas 3 toques seguidos com bola e 30
segundos para rematar à baliza, com o objetivo de tornar o exercício dinâmico
e com uma intensidade elevada.
Resultados obtidos
No que diz respeito a este exercício de potência aeróbia o atleta
realizou-o em situação de jogo, como podemos ver na curva abaixo:
Após este dado conseguimos ver que este exercício foi o que teve uma
maior diferença em termos de FC pois é complicado o atleta estar sempre em
movimento de alta intensidade. O atleta atingiu uma FCmáx de 173 bpm’s,
marcou 1 golo e realizou 2 assistências para golo.
Observações:
No futuro utilizar a rede na baliza em vez do guarda-redes, útil em
situação de remate e a bola ficar presa no guarda-redes por alguns segundos e
ter que ser marcado golpe-duplo (situação de tempo morto) ou diminuir o
tempo para rematar à baliza são umas das estratégias de melhoria ao
exercício.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Exercícios Alternativos/possíveis prescrições
Este exercício tem a duração de 10
minutos, e querendo trabalhar na zona de
potência aeróbia, tem como intensidade desejada
média. Tem como dominante a pose de bola.
O exercício consiste num 3 x 3 em
meio campo, onde os atletas não podem
dar mais de 5 toques na bola, estando
sempre em movimento de forma a criarem
linhas de passe.
O exercício seguinte pretende trabalhar a
dominante de jogo colectivo, a uma intensidade
moderada, mas não baixa, de forma a haver
dinâmica no exercício. Será executado durante 12
minutos sem pausas.
O exercício apresentado, trata-se de
um jogo em campo inteiro de 4 x 4, com Gr
nas duas balizas, com o objetivo de treinar
o contra-ataque.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Em relação aos restantes atletas os resultados foram os seguintes:
PAA CAA PAL CAL PA
Golos Tempos Golos Tempo Golos Tempo Golos Assist. Golos
Atleta 1
Ld- 1/Le-2
Ld-7.96s Le-8.15s
Ld-Nada Le-1
36.69s 1 59.43s Nada - -
Atleta 2
Ld- 1/Le-0
Ld-11.14s Le-12.10s
Ld-1 Le-Nada
39.17s Nada 55.81s 1 1 1
Atleta 3
Nada Ld-8.45s Le-8.95s
Ld-Nada Le-Nada
36.01s 1 53.22s 1 1 2
Atleta 4
Ld- 2/Le-0
Ld-10.27s Le-10.71s
Ld-Nada Le-1
36.77s 1 51.25s 2 2 2
Atleta 5
Ld- 1/Le-1
Ld-13.80s Le-11.51s
Ld-Nada Le-Nada
33.76s Nada 49.54s 2 2 1
Atleta 6
Nada Ld-10.48s Le-9.81s
Ld-1 Le-Nada
34.47s Nada 52.83s 1 - -
No que diz respeito ao exercício de potência aeróbia só foi realizado
com 4 atletas onde o atleta nº 1 e 6 não fizeram parte deste exercício.
Podemos também observar que no exercício de capacidade anaeróbia láctica o
atleta mais rápido foi o atleta nº 5 e foi o conseguiu concretizar mais golos a
par do atleta nº 4. Em relação ao exercício de potência anaeróbia láctica o
atleta nº 6 foi o mais rápido mas não consegui concretizar falhando assim na
finalização. No exercício de capacidade anaeróbia aláctica o atleta nº 1 foi o
mais rápido demonstrando assim grande técnica e agilidade ao passar pelos
obstáculos e apesar de só ter marcado um golo não deixa de ter sido um
exercício bem conseguido por este atleta. Por fim no exercício de potência
anaeróbia aláctica o atleta nº 1 foi o que esteve melhor na finalização
marcando 3 golos.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
6. Reflexão
Após a aplicação dos exercícios aos atletas, um para cada zona de
intensidade a trabalhar, conseguimos chegar a algumas conclusões:
Relativamente ao exercício de Potência Anaeróbia Aláctica, sendo este
um exercício de rápida execução, o objetivo foi realizar uma
movimentação muito vulgar num jogo de hóquei em patins. Todos os
atletas conseguiram realizá-lo dentro do tempo estipulado, que vai dos 1
aos 5 segundos, pois trata-se de um exercício explosivo e curto, desta
forma analisou-se a parte técnica. No que diz respeito à resposta
fisiológica do atleta na realização do exercício, pode-se afirmar que teve
um aumento cardíaco não muito elevado, devido à duração do exercício,
no entanto chegou a um aumento de 22 bpm’s, passando dos 138 para
os 160 bpm’s. Não houve aspetos negativos por parte do treinador na
explicação e preparação do exercício, mas sim aspetos positivos,
havendo constantemente um incentivo ao melhoramento.
No que toca ao exercício prescrito para a zona de intensidade de
Capacidade Anaeróbia Láctica, observou-se uma reação muito positiva
por parte do atleta, mostrando vontade na realização do exercício,
também devido ao constante feedback prestado. Sendo um exercício de
“capacidade”, a pausa entre as repetições acaba por ser maior que no
caso da potência, no entanto, e vindo de uma recuperação ativa, os
bpm’s do atleta sofreram um aumento significativo logo na 1ª realização,
aumentando cerca de 40 bpm’s. Na 2ª realização, o aumento não foi tão
acrescido, no entanto notou-se um aumento do ritmo cardíaco. Sendo
uma zona onde se trabalha dos 10 aos 30 segundos, e a fonte
energética solicitada é a fosfocreatina e o ATP-CP, conclui-se que o
exercício prescrito foi bem preparado e realizado, observando-se no
gráfico com o aumento repentino da frequência cardíaca num curto
espaço de tempo. No entanto, sendo um exercício de capacidade, as
repetições deveriam ser mais, algo a melhorar na próxima oportunidade.
Quanto ao exercício prescrito para a zona de intensidade Potência
Anaeróbia Láctica, que vai dos 3 aos 45 segundos, foi prescrito um
exercício de alta intensidade, intensidade esta observada no aumento
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
repentino da frequência cardíaca, que se encontrava no zona 2 e
chegou ao fim da zona 4, início da zona 5, passando dos 140 bpm’s
para os 180. No entanto, e mesmo observando-se uma positiva reação
cardíaca por parte do atleta, nós, ao estramos a exercer potência,
poderíamos intensificar um pouco mais o exercício, mas, pelo contrário,
iriamos entrar mais para uma preocupação mais física do que técnica,
sendo a técnica o objetivo a treinar.
Relativamente ao exercício prescrito para a zona de intensidade
Capacidade Anaeróbia Láctica, que vai dos 30 segundos aos 3 minutos,
foi prescrito um exercício técnico onde o atleta estaria constantemente
em movimentação, rematando num cone, e depois noutro e assim
sucessivamente, e estando sempre a serem fornecidas novas bolas
após os remates, levou ao atleta estar constantemente concentrado de
forma a não falhar a realização do mesmo. No espaço de 1 minuto, o
atleta sofreu um aumento cardíaco bastante superior comparando com
os restantes exercícios, pois após uma recuperação, onde o seu ritmo
cardíaco baixou bastante, o atleta apresenta um aumento repentino e
bastante elevado, passando dos 120 bpm’s para acima dos 180 bpm’s,
entrando na zona 5.
No que toca à zona de intensidade Potência Aeróbia, onde já se
pretende trabalhar mais a vertente resistência, o exercício prescrito
consegue estar dentro dos requisitos, tendo havido uma manipulação
das variáveis de forma a dar intensidade ao exercício. Desta forma,
houve uma boa reação cardíaca do atleta, como se observa no gráfico,
onde os valores não chegaram ao topo, tendo havido frequentes subidas
e descidas do ritmo cardíaco. Devido a este facto, da próxima, há-que
ter em atenção outras variáveis do exercício que pudessem criar mais
intensidade, pois estando a trabalhar potência, o atleta deveria chegar a
valores cardíacos mais elevados.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
7. Conclusão
Com a realização deste trabalho conseguimos aperfeiçoar e testar todos
os aspetos teóricos abordados nas aulas de Treino Desportivo, pondo toda a
teoria em prática. Por um lado e sendo este o objetivo da matéria lecionada,
aprendemos a controlar o treino, aprendendo a trabalhar com a fisiologia dos
atletas, e que aspetos positivos estes instrumentos nos dão no controlo do
treino, por outro lado, a forma como se deve prescrever os exercícios a
realizar, como devem os atletas reagir dentro de cada zona de intensidade, e
principalmente como devemos aplicar os exercícios corretos para as zonas de
intensidade que queremos trabalhar.
É de realçar o empenho dos atletas, que independentemente da idade
continuam dispostos a aprender e ao mesmo tempo a ensinar, foi muito
positivo a forma como se dedicaram a cada um dos exercícios aplicados.
Aprendemos também como melhorar aspetos menos positivos, como o
controlo das variáveis dos exercícios, pois por vezes, somente a realização do
exercício não consegue corresponder à pergunta que nos questionamos antes
de o aplicar.
Foi um trabalho bastante positivo em termos de enriquecimento da
matéria lecionada, o controlo do treino, sendo esta uma área bastante
importante na realização de um bom trabalho enquanto funcionário de uma
instituição, pois é necessário cada vez intervir, com estes dados lecionados,
dados estes que infelizmente não são conhecimento de todos os funcionários
das instituições, com isto refiro treinadores, adjuntos, entre outros. Pois é
necessário haver um bom controlo de treino de forma a produzir evolução nos
atletas a trabalhar, de forma a trabalhar todos os diferentes aspetos
importantes no desenvolvimento de um atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 1 - Exercício para avaliar força de braços
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a força dos membros superiores.
Objetivo
Realizar o máximo de elevações de braços de forma correta em 1 minuto.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
Colocar-se na posição inicial da flexão de braços (prancha) – apoio nas mãos e pés, cotovelos em extensão. Mantendo uma linha direita desde os pés aos ombros, baixar o tronco até 5 centímetros do solo, de modo a que os cotovelos façam um ângulo de 90 graus. Quando voltar à posição inicial conta uma repetição. Manter esta execução e completar o número máximo de repetições. O teste termina ao fim de 1 minuto. Registe o número total de flexões de braços completadas.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares e recomendações para a sua idade e género na tabela abaixo.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 2 - Exercício para avaliar força intermédia - abdominal
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a força do abdominal – força
intermédia.
Objetivo
Realizar o máximo número de repetições de abdominais de forma correta em 1
minuto.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
Colocar-se na posição inicial de decúbito dorsal com os joelhos semi-flectidos, a sola dos pés apoiada no solo e mãos atrás da cabeça. Mantendo uma linha direita da coluna, elevar o tronco do solo. Quando voltar à posição inicial conta uma repetição. Manter esta execução e completar o número máximo de repetições. O teste termina ao fim de 1 minuto. Registe o número total de abdominais completados.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares e recomendações para a sua idade e género na tabela abaixo.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 3 - Exercício para avaliar força inferior - explosiva
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a força dos membros inferiores.
Objetivo
Realizar três saltos na vertical batendo com a palma da mão numa parede.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
Colocar-se na posição inicial de pé em frente a uma parede com a devida escala marcada. Mantendo uma linha direita desde os pés aos ombros, fletir os joelhos (agachamento) e saltar verticalmente tocando com a palma da mão na escala. Quando voltar à posição inicial conta uma repetição. O teste termina ao fim de três tentativas. Registe o número atingido nas três tentativas completadas.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares e recomendações para a sua idade e género na tabela abaixo.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 4 - Exercício para avaliar flexibilidade
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a flexibilidade dos atletas.
Objetivo
Realizar um engrupar do corpo para assim verificar a flexibilidade.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
Colocar-se na posição inicial com joelhos fletidos (coqueras) e braços em extensão com mãos unidas - apoio na sola dos pés onde se encontra o zero da escala. Tentar chegar com as mãos o mais longe possível (para trás). Atingir o maior número possível e manter 3 segundos. Registe o número que o atleta obteve.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares e recomendações para a sua idade e género na tabela abaixo.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 5 - Exercício para avaliar agilidade em patins (adaptado de Little e
Williams) (Este protocolo não foi realizado aos atletas)
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a agilidade em patins dos atletas.
Objetivo
Realizar um percurso em patins contornando obstáculos no menos tempo
possível.
Material
Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
A agilidade foi avaliada num teste de 20m com mudanças sucessivas de
direção ao fim de cada fração de 4m (ver representação gráfica na Figura1).
No teste de agilidade, os atletas realizaram duas repetições com a primeira
curva à esquerda e duas repetições com a primeira curva à direita.
Foi considerado o melhor resultado de cada par de tentativas.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares de cada atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 6 - Exercício para avaliar potência anaeróbia aláctica em patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a potência anaeróbia
aláctica dos jogadores de campo com patins.
Objetivo: O teste consiste em realizar 1 sprint de máxima velocidade em 13
metros de distância no menor tempo possível. Potência anaeróbia aláctica nos
jogadores de campo.
Material: Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. Com o peito na marca da grande penalidade, em posição de decúbito
ventral, é marcada uma distância final na linha de meio campo.
2. Ao apito o atleta levanta-se para a posição bípede.
3. Seguidamente realizar 1 sprint.
4. Termina teste quando o atleta ultrapassa a linha de meio campo.
5. É retirado o tempo no final da prova.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois comparados entre
atletas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 7 - Exercício para avaliar capacidade anaeróbia aláctica em patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a capacidade anaeróbia
aláctica dos jogadores de campo com patins.
Objetivo: O teste consiste realizar 1 sprint de máxima velocidade à volta do
ringue passando por de trás das duas balizas e não pisando os limites da área
no menor tempo possível.
Material: Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. O atleta coloca-se na posição bípede em cima da linha do meio campo.
2. Ao sinal o atleta arranca à máxima velocidade.
3. Passa por de trás das balizas sem pisar as linhas da área.
4. Termina o teste quando o atleta ultrapassa novamente a linha de meio
campo.
5. É retirado o tempo no final da prova.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois comparados entre
atletas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 8 - Exercício para avaliar potência anaeróbia láctica em patins
R.A.S.T. (Zacharogiannis et al., 2004) (Adaptado ao Hóquei em Patins)
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a resistência anaeróbia
dos jogadores de campo com patins.
Objetivo: O teste consiste em 6 corridas de máxima velocidade (sprint) em 30
metros de distância no menor tempo possível com 10’’ de densidade. Potência
anaeróbia láctica no jogadores de campo e índice de fadiga.
Material: Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância é marcada a partir da linha de meio campo, com 15 metros
em cada meio campo.
2. Os sprints são realizados a partir da posição de parado.
3. Ao sinal do treinador realizar o exercício.
4. Ao fim de 10 segundos de descanso executar outra vez o exercício.
5. São retirados sempre os tempos aos 15 e 30 metros.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois calculados através das
fórmulas específicas do teste.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Cálculos: Velocidade = (distância/tempo); Aceleração = (velocidade/tempo);
Força = (peso/aceleração);
Potência =
O cálculo da potência das seis corridas é então determinado:
• Potência Máxima: o valor mais alto;
• Potência Mínima: o valor mais baixo;
• Potência Média: a soma de todos os seis valores de potência, dividido
por seis;
• Índice de fadiga: (potência máxima – potência mínima) / tempo total para
as 6 (seis) corridas de curta distância.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 9 - Exercício para avaliar capacidade anaeróbia láctica
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a resistência anaeróbia
dos jogadores de campo em patins.
Objetivo: O teste consiste em realizar sequências de travagens e arranques de
máxima velocidade em um minuto numa distância de 4 metros.
Material: Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância de 4 metros é marcada com a fita métrica colocando dois
sinalizadores.
2. O atleta coloca-se à frente de um sinalizador e ao sinal arranca rápido
até ao outro sinalizador.
3. Trava e regressa à posição inicial.
4. Realizar estas sequências de arranques e travagens durante um minuto
o máximo de vezes possíveis.
5. Acaba o exercício ao fim de um minuto e assinala-se quantas repetições
de 4 metros o atleta realizou.
Classificação: Depois de completar o teste compare os resultados que obteve
com as médias intervalares de cada atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 10 - Exercício para avaliar potência aeróbia em patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a potência aeróbia dos
jogadores de campo em patins.
Objetivo: O teste consiste em realizar o maior número de sequências de
travagens e arranques (suicídios) durante sete minutos numa distância pré-
definida.
Material: Fita métrica, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância é pré-definida e marcada com sinalizadores, onde o atleta ao
realizar 8 trajetos de distância progressiva equivalem a uma volta ao
percurso.
2. Percurso: O atleta coloca-se à frente de um sinalizador no limite inferior
da área e ao sinal arranca rápido até ao outro sinalizador que se
encontra o limite superior da mesma, trava e regressa à posição inicial,
realiza a mesma ação até à linha de meio campo, voltando novamente à
posição inicial, regressa à linha superior da outra área, trava e regressa
e por fim realiza a mesma ação até ao limite inferior da área contrária e
regressa à posição inicial.
3. Realizar estas sequências de arranques e travagens durante sete
minutos o máximo de vezes possíveis.
4. Acaba o exercício ao fim de sete minutos e assinala-se quantas
repetições completas o atleta realizou este percurso.
Classificação: Depois de completar o teste compare os resultados que obteve
com as médias intervalares de cada atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 11 - Exercício para avaliar agilidade em patins (adaptado de Little
e Williams) (Este protocolo não foi realizado aos atletas)
Finalidade
Este exercício tem como objetivo avaliar a agilidade em patins dos atletas com
o controle de bola no stick.
Objetivo
Realizar um percurso em patins contornando obstáculos no menos tempo
possível conduzindo uma bola com o stick.
Material
Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias
Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste para a pessoa se
ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução
A agilidade foi avaliada num teste de 20m com mudanças sucessivas de
direção ao fim de cada fração de 4m (ver representação gráfica na Figura1).
No teste de agilidade, os atletas realizaram duas repetições com a primeira
curva à esquerda e duas repetições com a primeira curva à direita.
Foi considerado o melhor resultado de cada par de tentativas.
Classificação
Depois de completar o teste compare os resultados que obteve com as médias
intervalares de cada atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 12 - Exercício para avaliar potência anaeróbia aláctica em patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a potência anaeróbia
aláctica dos jogadores de campo com patins conduzindo uma bola.
Objetivo: O teste consiste em realizar 1 sprint de máxima velocidade em 13
metros de distância no menor tempo possível. Potência anaeróbia aláctica nos
jogadores de campo com bola.
Material: Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. Com o peito na marca da grande penalidade, em posição de decúbito
ventral, e uma bola colocada à sua frente é marcada uma distância final
na linha de meio campo.
2. Ao apito o atleta levanta-se para a posição bípede.
3. Seguidamente realizar 1 sprint conduzindo a bola.
4. Termina teste quando o atleta ultrapassa a linha de meio campo.
5. É retirado o tempo no final da prova.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois comparados entre
atletas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 13 - Exercício para avaliar capacidade anaeróbia aláctica em
patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a capacidade anaeróbia
aláctica dos jogadores de campo com patins com bola.
Objetivo: O teste consiste realizar 1 sprint de máxima velocidade controlando
uma bola à volta do ringue passando por de trás das duas balizas e não
pisando os limites da área no menor tempo possível.
Material: Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. O atleta coloca-se na posição bípede em cima da linha do meio campo
com uma bola.
2. Ao sinal o atleta arranca à máxima velocidade.
3. Passa por de trás das balizas sem pisar as linhas da área.
4. Termina o teste quando o atleta ultrapassa novamente a linha de meio
campo.
5. É retirado o tempo no final da prova.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois comparados entre
atletas.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 14 - Exercício para avaliar potência anaeróbia láctica em patins
R.A.S.T. (Zacharogiannis et al., 2004) (Adaptado ao Hóquei em Patins)
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a resistência anaeróbia
dos jogadores de campo com patins com bola.
Objetivo: O teste consiste em 6 corridas de máxima velocidade (sprint) em 30
metros de distância no menor tempo possível com 10’’ de densidade. Potência
anaeróbia láctica no jogadores de campo e índice de fadiga.
Material: Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância é marcada a partir da linha de meio campo, com 15 metros
em cada meio campo.
2. Os sprints são realizados a partir da posição de parado.
3. Ao sinal do treinador realizar o exercício com bola.
4. Ao fim de 10 segundos de descanso executar outra vez o exercício.
5. São retirados sempre os tempos a cada 30 metros.
Classificação: Todos os tempos são registados e depois calculados através das
fórmulas específicas do teste.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Cálculos: Velocidade = (distância/tempo); Aceleração = (velocidade/tempo);
Força = (peso/aceleração);
Potência =
O cálculo da potência das seis corridas é então determinado:
• Potência Máxima: o valor mais alto;
• Potência Mínima: o valor mais baixo;
• Potência Média: a soma de todos os seis valores de potência, dividido
por seis;
• Índice de fadiga: (potência máxima – potência mínima) / tempo total para
as 6 (seis) corridas de curta distância.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 15 - Exercício para avaliar capacidade anaeróbia láctica
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a resistência anaeróbia
dos jogadores de campo em patins e com uma sequência de passes.
Objetivo: O teste consiste em realizar sequências de passes, travagens e
arranques de máxima velocidade em um minuto numa distância de 4 metros.
Material: Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância de 4 metros é marcada com a fita métrica colocando dois
sinalizadores.
2. O atleta coloca-se à frente de um sinalizador e ao sinal passa a bola ao
treinador e arranca rápido até ao outro sinalizador.
3. Trava e recebe e passa outra vez ao treinador regressando à posição
inicial novamente.
4. Realizar estas sequências de arranques, travagens e passes durante um
minuto o máximo de vezes possíveis.
5. Acaba o exercício ao fim de um minuto e assinala-se quantas repetições
de 4 metros o atleta realizou.
Classificação: Depois de completar o teste compare os resultados que obteve
com as médias intervalares de cada atleta, tanto do nº de travagens como do
nº de passes.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 16 - Exercício para avaliar potência aeróbia em patins
Finalidade: Este exercício tem como objetivo avaliar a potência aeróbia dos
jogadores de campo em patins e com bola.
Objetivo: O teste consiste em realizar o maior número de sequências de
travagens e arranques (suicídios) conduzindo sempre uma bola durante sete
minutos numa distância pré-definida.
Material: Fita métrica, bola, sinalizadores e cronómetro.
Providências Prévias: Realizar uma mobilização geral antes de qualquer teste
para a pessoa se ambientar ao exercício que se seguirá e precaver lesões.
Execução:
1. A distância é pré-definida e marcada com sinalizadores, onde o atleta ao
realizar 8 trajetos de distância progressiva com bola controlada
equivalem a uma volta ao percurso.
2. Percurso: O atleta coloca-se à frente de um sinalizador no limite inferior
da área com bola e ao sinal arranca rápido até ao outro sinalizador que
se encontra o limite superior da mesma, trava e regressa à posição
inicial, realiza a mesma ação até à linha de meio campo, voltando
novamente à posição inicial, regressa à linha superior da outra área,
trava e regressa e por fim realiza a mesma ação até ao limite inferior da
área contrária e regressa à posição inicial.
3. Realizar estas sequências de arranques e travagens durante sete
minutos o máximo de vezes possíveis sem perder o controlo da bola.
4. Acaba o exercício ao fim de sete minutos e assinala-se quantas
repetições completas o atleta realizou este percurso.
Classificação: Depois de completar o teste compare os resultados que obteve
com as médias intervalares de cada atleta.
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 17 – Ficha de caracterização do atleta
CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA
Caracterização do Atleta
Nome: ___________________________________________________________________
Idade: ________________ Residência: __________________________
Peso:____________ Altura: _____________ IMC: _______________
Envergadura:__________________ Mão dominante: _____________________________
Anos de prática: _______________________ Posição:_____________________________
Percurso desportivo:____________________________________________________________
Ano de escolaridade: ________________________________________
Beja, ___ de Novembro de 2014
Carlos Sousa da Silva – Controlo do Treino em atletas sub-20 em Hóquei em Patins
Anexo 18 – Autorização
AUTORIZAÇÃO
Exmo(a). Sr(a). Encarregado de Educação,
No âmbito da disciplina Didática Especifica – Treino Desportivo, lecionada na Escola
Superior de Educação do Instituto Politécnico de Beja, estou a realizar com outro
colega um trabalho sobre “controlo do treino” no Clube de Patinagem de Beja.
Para a realização do mesmo, preciso de realizar a recolha de imagens em formato
digital (vídeo/fotografia) durante os treinos.
Para tal solicito que preencha o destacável.
Obrigado.
O treinador
Carlos Silva
Eu,____________________________________________________________________
___________________________________encarregado de educação do atleta
______________________________________________________________________,
do Clube de Patinagem de Beja, autorizo as filmagens e fotos dos treinos para uso
exclusivo da disciplina Didática Especifica – Treino Desportivo lecionada na Escola
Superior de Educação de Beja.
SIM NÃO
Beja, ___ de Novembro de 2014
Assinatura:____________________________________________