topicos arqueologia

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HAVIA CÚPULES NO CAMINHO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MARCAS CUPULARES NAS GRAVURAS RUPESTRES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E DA PARAÍBA (INGÁ) Cúpules: o conceito de cúpule apresenta poucas variações. Na arqueologia as cúpules podem ser entendidas como depressões efetuadas na rocha, de aspecto hemiférico, de tamanhos e esboços variados, encontrados em quase todas as partes do mundo, principalmente nas proximidades de locais paleolíticos e de vilas holocênicas (Bradley, 1993; Tilley, 1994). A antiguidade das cúpules é incerta, como também a sua utilidade e significado -- A antiguidade desses grafismos no mundo é variável e bastante discutível, incluindo datações com intervalos entre 700.00 a 290.000 BP em dois sítios localizados em cavernas na Índia. um consenso que houve um grande esforço físico por parte dos autores desses grafismos. No Rio Grande do Norte esses grafismos aparecem nas cinco regiões do Estado; Agreste, Alto-Oeste, Central, Oeste e Seridó. Objetivo: Observar e separar as cúpules segundo seus formatos cenográficos e as técnicas de execução, outro aspecto observado foi o caráter utilitário das cúpules como delimitação de plano espacial. Os diversos olhares sobre as cúpules no Brasil: No inicio do século XX temos no Brasil algumas tentativas de definição da origem desses grafismos a partir de observações que chegaram a duas possíveis conclusões; A. Uma dizia que esses grafismos tinham origens em grupos como egípcios, fenícios, hebreus ou extraterrestre julgando os grupos pré-históricos serem incapazes de tal feito; B. Acreditava que esses grafismos não tinham nenhum sentido “fruto do ócio”.

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Page 1: topicos arqueologia

HAVIA CÚPULES NO CAMINHO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE AS MARCAS CUPULARES NAS GRAVURAS RUPESTRES DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE E DA PARAÍBA (INGÁ)

Cúpules: o conceito de cúpule apresenta poucas variações. Na arqueologia as cúpules podem ser entendidas como depressões efetuadas na rocha, de aspecto hemiférico, de tamanhos e esboços variados, encontrados em quase todas as partes do mundo, principalmente nas proximidades de locais paleolíticos e de vilas holocênicas (Bradley, 1993; Tilley, 1994).

A antiguidade das cúpules é incerta, como também a sua utilidade e significado -- A antiguidade desses grafismos no mundo é variável e bastante discutível, incluindo datações com intervalos entre 700.00 a 290.000 BP em dois sítios localizados em cavernas na Índia.

Há um consenso que houve um grande esforço físico por parte dos autores desses grafismos.

No Rio Grande do Norte esses grafismos aparecem nas cinco regiões do Estado; Agreste, Alto-Oeste, Central, Oeste e Seridó.

Objetivo: Observar e separar as cúpules segundo seus formatos cenográficos e as técnicas de execução, outro aspecto observado foi o caráter utilitário das cúpules como delimitação de plano espacial.

Os diversos olhares sobre as cúpules no Brasil:

No inicio do século XX temos no Brasil algumas tentativas de definição da origem desses grafismos a partir de observações que chegaram a duas possíveis conclusões;

A. Uma dizia que esses grafismos tinham origens em grupos como egípcios, fenícios, hebreus ou extraterrestre julgando os grupos pré-históricos serem incapazes de tal feito;

B. Acreditava que esses grafismos não tinham nenhum sentido “fruto do ócio”.

As cúpules seriam simples gotas de chuva, culto as águas ou sistemas de contagens.

A partir dos anos 60 com a criação do PRONAPA (Programa da Nacional de Pesquisa Arqueológica) temos uma tentativa de padronização nos procedimentos metodológicos visando dar um caráter de cientificidade na pesquisa arqueológica. E a partir da década de 90 as pesquisas aumentam e temos noticias de sítios com a presença das cúpules em grande parte do Brasil.