tecnologia automobilística

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  • 7/27/2019 Tecnologia Automobilstica

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    Sketches desenvo lv idos pe los

    designers da Volkswagen: criatividade

    associada tecnologia

    emisses, elevar os nveis de segurana

    ativa e passiva, fazer melhor uso dos

    materiais e desenvolver novas opes.

    Naturalmente, o objetivo fazer que, cada

    vez mais, nossos produtos ofeream ao

    consumidor melhores itens de conforto,

    convenincia e benefcios prticos.

    O fantstico progresso tecnolgico ocorrido nos

    ltimos anos tem sido o fator mais importante para a

    modernizao do automvel, o qual figura entre os

    produtos que mais tm evoludo.

    Engenheiros de desenvolvimento trabalham com

    dedicao para tornar nossos produtos mais

    confiveis e, ao mesmo tempo, reduzir seus custos

    com manuteno, consumo de combustvel,

    O automvel

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    Nosso intuito agora apresentar-lhe uma srie de

    conhecimentos e informaes sobre esta mquina

    complexa, o automvel.

    Contudo, por razes prticas, iremos nos ater, neste

    curso, apenas aos sistemas indicados nos desenhos

    esquemticos seguintes.

    As abordagens sero vlidas no somente para

    o automvel, mas tambm para os veculos do

    tipo comercial leve.

    Transmisso

    Suspenso

    Dianteira

    Suspenso

    Traseira

    Freios

    Motor

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    Iremos enfocar as configuraes mais comuns:

    veculos com trao dianteira, com motor a gasolina

    ou a lcool, e injeo eletrnica. As variaes em

    relao a isto podero ser abordadas pelo instrutor do

    curso, na medida do interesse dos participantes.

    SistemaEltrico

    Segurana

    Air Bag

    Sistema de

    Direo

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    Atualmente quase todos os automveis so equipados com motores de combusto interna.

    Esses motores utilizam a energia qumica de uma mistura de ar e combustvel, energia essa que se

    transforma em calor, pela combusto; e convertem-na finalmente em trabalho mecnico.

    Os combustveis mais comumente utilizados so a gasolina e o lcool.

    Os motores movidos a diesel e a gs, comuns em veculos comerciais e industriais, no sero tratados

    neste curso.

    Motor

    O desenvolvimento cientfico e tecnolgico, a aplicao de novos materiais e os avanos da eletrnica

    tm permitido a construo de motores mais compactos, mais leves, de funcionamento mais suave,

    com melhor desempenho, econmico e pouco poluente.

    Mais do que nunca, os projetistas tm a misso de conciliar um excelente desempenho, um baixo

    consumo de combustvel, e uma reduzida emisso de gases poluentes, isto para atender

    regulamentao estabelecida pelos rgos governamentais de preservao ao meio ambiente.

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    MOTOR DE 6 CILINDROSEM LINHA

    MOTOR BOXERDE 4 CILINDROS

    MOTOR V-6

    Tipos de motor

    O tipo de motor a ser aplicado depende das

    caractersticas do projeto geral do veculo, tais

    como tamanho e finalidade do veculo,

    performance desejada, espao disponvel para o

    motor etc...

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    Posicionamento do motor no veculo

    Motor longitudinal

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    Motor transversal

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    O motor e seus componentes

    Tampa do Cabeote

    Cabeote

    Bloco do Motor

    Coletor de Escape

    Turbo

    Junta do Cabeote

    Carter

    Polia da rvorede Manivelas

    Coletor deAdmisso

    Anis

    Volante

    Biela

    Pino

    Pisto

    Vlvulas

    Tucho

    rvore do Comandode Vlvulas

    Um motor de combusto interna possui duas partes

    principais: os componentes fixos (bloco, cabeote,

    crter etc.), e os componentes mveis (rvores de

    manivelas, comando de vlvulas, bielas, pistes

    etc.)

    Motor 1.0 Hitork - 16V Turbo

    Motor AP 2000 16V

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    rvore deManivelas

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    Tampa do Cabeote

    Cabeote

    Coletor deEscape

    Pisto

    Biela

    Tucho

    Anis

    Crter

    Bloco do Motor

    rvore de Manivelas

    Volante

    Polia da rvorede Manivelas

    Junta do Cabeote

    Vlvulas

    rvore decomando devlvulas

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    Pino do Pisto

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    Bloco do Motor

    Cabeote

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    o pisto sobe, empurrado pela

    rvore de manivelas, as vlvulas

    esto fechadas e a mistura (ar +

    combustvel) comprimida.

    ocorre uma centelha eltrica na vela

    de ignio, a mistura (ar +

    combustvel) entra em combusto. As

    vlvulas esto fechadas, a presso se

    eleva violentamente, empurrando o

    pisto para baixo e dando um forte

    impulso na rvore de manivelas. Este

    o tempo que produz trabalho.

    o pisto sobe, empurrado pela

    rvore de manivelas, a vlvula de

    escape est aberta. Os gases

    queimados so expelidos para a

    atmosfera, atravs do sistema de

    escapamento.

    Fica liberado o cilindro para a realizao de um novo

    ciclo, e assim os ciclos se repetem sucessivamente,

    para o motor continuar funcionando.

    O ciclo otto do motor de 4 tempos

    4 Tempo: escape

    2 Tempo: compresso

    3 Tempo: combusto

    1 Tempo: admisso

    o pisto desce, puxado pela rvore

    de manivelas, a vlvula de admisso

    est aberta. A admisso da mistura

    (ar + combustvel) ocorre por suco.

    Nos motores de 4 tempos, cada cilindro necessita de 4

    movimentos do pisto, e 2 voltas completas da rvore de

    manivelas, para completar um ciclo de trabalho.

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    Admisso

    Combusto

    Compresso

    Escape

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    Nas pginas anteriores vimos como funciona um

    cilindro, como os 4 tempos se processam de modo

    seqencial, graas ao movimento ou funcionamento

    sincronizado dos componentes: rvore de manivelas,

    pisto, vlvulas e vela de ignio.

    O funcionamento sincronizado de todos os cilindros

    Para completar o nosso entendimento sobre

    um motor de vrios cilindros, basta pensar o

    seguinte: num motor de 4 cilindros, por

    exemplo, cada cilindro executa sua sucesso

    de ciclos, mas de maneira defasada, segundo

    o que se chama de ordem de ignio; se a

    ordem de ignio 1-3-4-2, num determinado

    momento o cilindro 1 estar no tempo de

    combusto; na meia-volta seguinte do rvore

    de manivelas, ser o cilindro 3 que estar no

    tempo de combusto; na prxima meia-volta

    ser o cilindro 4, e assim por diante.

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    O motor diesel de 4 tempos tambm funciona segundo um ciclo; as diferenas em relao ao ciclo

    Otto so:

    No 1 tempo, de admisso. admitido apenas ar;

    No 2 tempo, de compresso, apenas ar comprimido;

    No 3 tempo, de combusto, no h centelha (o motor diesel no tem velas de ignio); o diesel

    injetado na cmara de combusto, em meio ao ar comprimido, e entra em combusto espontnea

    violenta;

    O 4 tempo, de escape, idntico ao do ciclo Otto.

    O ciclo diesel do motor de 4 tempos

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    Os modernos projetos de motores, quase sempre

    mostram vlvulas localizadas no cabeote e uma ou

    mais rvores de comando das vlvulas tambm

    localizadas no cabeote.

    Tuchos do tipo copo convencionais so utilizados para

    transmitir a elevao do came de acionamento para a

    vlvula. Este sistema, alm de ser menos silencioso,

    exige manuteno peridica, visando repor aregulagem ideal da folga das vlvulas.

    Tuchos de compensao hidrulica correspondem a

    outra forma de mecanismo de vlvulas que podem ser

    utilizados.

    Os balancins localizados no cabeote transferem o

    movimento do came indiretamente s vlvulas. Eles

    podem atuar como alavancas e assim aumentar a

    abertura total das vlvulas. Em motores multivlvulas

    (mais do que duas vlvulas por cilindro) utilizando

    balancins, possvel o uso de apenas uma rvore de

    comando por cabeote, ao invs de duas.

    Quando se utiliza balancins para o acionamento das

    vlvulas, estes devem ser pivotados atravs de um eixo

    situado entre a rvore de comando e a vlvula. Se a

    rvore de comando montada no bloco do motor, eno no cabeote, sero necessrias hastes adicionais

    de acionamento para a transferncia do movimento da

    rvore de comando aos balancins. Entretanto, este

    princpio, hoje obsoleto, necessita de um grande

    nmero de partes mveis e por isto menos adequado

    para motores de alta performance.

    Vlvulas no cabeote (OHV Overhead

    Valves), rvore de comando de vlvulas no

    cabeote (OHC Overhead Camshaft) e

    duplo comando no cabeote (DOHC

    Double Overhead Camshaft), so os tipos

    de construes adotadas para o

    mecanismo das vlvulas. Os tuchos de

    vlvulas hidrulicos so usados paramanter constante e adequada a abertura

    das vlvulas. Quando o motor est

    funcionando, o leo lubrificante enviado

    sob presso para um mbolo alojado no

    tucho. Este mbolo atuar realizando o

    ajuste hidrulico, eliminando folgas e

    compensando desgastes, visando manter

    constantemente o ajuste adequado para o

    acionamento das vlvulas. Este recurso,

    alm de tornar o funcionamento do motor

    mais suave, tambm diminui as

    necessidades de manutenes peridicas.

    Quase todos motores de alta potncia dos

    dias atuais, tm rvores de comando no

    cabeote. Esta construo reduz a

    quantidade de peas mveis, reduzindo

    tambm o peso do motor.

    Mecanismo das vlvulas

    Benefcios ao consumidor: os tuchos hidrulicos

    dispensam ajustes peridicos e manual das folgas

    das vlvulas.

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    rvore de comando nobloco, com vlvulasoperadas por hastes deacionamento

    Vlvulas por balancimcom tuchos hidrulicos

    Vlvulas operadaspor tuchos do tipo

    copo

    Motor multivlvulas com

    uma rvore comando nocabeote

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    Atualmente, a razo principal para adotar

    cabeotes de cilindro com muitas vlvulas

    so as emisses mais reduzidas no escape e

    consumo de combustvel otimizado. Motores

    de trs vlvulas por cilindro, tm duas

    vlvulas de admisso e uma de escape.

    Motores de quatro vlvulas tm duas vlvulas

    de admisso e duas de escape, e motores de

    cinco vlvulas por cilindro tm trs vlvulas

    de admisso e duas de escape por cilindro.

    Benefcios ao consumidor : otimizaes nos

    fluxos de mistura proporcionam mais eficincia

    volumtrica e de combusto, resultando emnveis mais reduzidos de emisses.

    rvore de comando de vlvulas/duas ou mais por cilindro

    A funo da rvore de comando de vlvulas no

    momento e na ordem correta , desta forma,

    permitir o fluxo adequado dos gases pelo motor.

    Adicionalmente ao sistema convencional, onde os

    tempos de abertura e fechamento das vlvulas so

    fixos , novos conceitos tm sido aplicados aos

    motores utilizando rvores de comando com

    controle varivel.Em um cabeote no qual o fluxo dos gases ocorre

    de forma cruzada, os canais de admisso e escape

    esto em lados opostos. Isto permite menor

    resistncia aerodinmica aos fluxos, facilitando o

    enchimento e a limpeza dos cilindros.

    Nos cabeotes em que o fluxo dos gases ocorre de

    forma convencional, os canais de admisso e de

    escape, esto do mesmo lado. Este lay-out permite

    percursos mais curtos para os gases quando se usa

    um turbocompressor, porm, esta configurao

    ocupa mais espao em um dos lados do motor e

    dificulta o caminho ideal para os fluxos de

    admisso e de escape.

    Em todos os motores de quatro tempos a

    rvore de comando gira a metade da rotao

    do motor. Pode ser acionada diretamente

    pela rvore de manivelas, por engrenagens,

    correntes ou por correia dentada.

    Se o motor tem duas vlvulas por cilindro,isto quer dizer uma vlvula de admisso e

    uma de escape , que podem estar dispostas

    em paralelo ou em V.

    Essas vlvulas so operadas por apenas uma

    rvore de comando.

    A principal razo para se desenhar motores

    multivlvulas foi obter resultados de

    potncia mais elevados. A explicao para

    isto que duas ou mais vlvulas de

    admisso ou de escape proporcionam maior

    eficincia de enchimento dos cilindros,

    resultando em melhor rendimento do motor

    para uma mesma cilindrada.

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    PMS

    o "ponto morto superior", a posio

    mais avanada que o pisto atinge no seu

    movimento para cima.

    PMI

    o "ponto morto inferior", a posio

    mais baixa que o pisto atinge no seu

    movimento para baixo.

    Curso dos pistes

    a distncia entre o PMS e o PMI, expressa emmm.

    Cilindrada

    o volume deslocado por todos os pistes, em

    um ciclo completo do motor.2

    igual p 3,1416 x (raio do cilindro ) curso x

    nmero de cilindros/1000 (medidas em

    milmetros).

    A cilindrada expressa em cm3 ou em litros.Por exemplo, um motor 1.6 tem

    aproximadamente 1,6 litros ou 1600 cm3.

    PMS

    PMI

    Alguns termos comuns

    Taxa de compresso (ou Relao de

    Compresso) a razo numrica entre o

    volume inicial e o volume final dacmara de combusto de um cilindro;

    corresponde reduo de volume da

    mistura, durante o tempo de

    compresso.

    Por exemplo, se a taxa de compresso

    de 9:1, significa que o pisto comprime a

    mistura para um volume 9 vezes menor

    que o volume inicial.

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    Potncia era anteriormente especificada como

    "cavalo fora" (cv ou hp). 1 cavalo fora era o

    equivalente a levantar um peso de 75 kg na altura

    de 1 metro em 1 segundo.

    1 sec

    1 m

    75 Kg

    -1Rotao do motor (min x 100)

    10

    10

    20

    20

    30

    30

    40

    40

    50

    50

    60

    60

    80

    100

    120

    140

    160

    Potnciad

    esenvolvida(kW)

    Torque(Nm)

    Um Watt corresponde quantidade de

    energia necessria para realizar o

    trabalho de um Newton-metro em um

    segundo. (1kW = 1000 watt). Um ser

    humano pode realizar por volta de 1/10

    kW continuamente, ou chegar a um pico

    durante um curto perodo, umas 20

    vezes mais alto.

    1 kW = 1,36 hp

    1 hp = 0,735 kW1 kgf - 9,8 Newton (N)

    Potncia e torque: ambos dependem da

    rotao do motor. O objetivo produzir

    curvas mais suaves e uniformes possvel.

    Entre os dados mais importantes de um motor,

    esto suas curvas de potncia e torque. Como

    potncia entedemos o trabalho realizado (fora

    multiplicado pela distncia de deslocamento)

    dentro de um certo tempo.

    Potncia = Trabalho / tempo

    A potncia tem sido especificada em cavalos vapor

    (cv) ou em hp (ingls - horse power) em funo domtodo comparativo pelo qual se obtinha seus

    valores. Desde 1985, a potncia deve ser

    especificada em quiloWatts (kW) e, a partir do final

    de 1999, os dados atualmente especificados em

    cavalos (cv ou hp), devem deixar de serem

    utilizados.

    No grfico, podemos observar que a potncia

    desenvolvida depende da rotao do motor.

    O torque corresponde a fora atuando em relao a

    um ponto de apoio.

    (Torque = fora x distncia do ponto de aplicao).

    Logo alterando-se a intensidade da fora ou a

    dimenso da alavanca, ocorrem tambm alteraes

    no resultado de torque.

    Espera-se de motores modernos que tenham

    o mais alto torque possvel, mesmo em

    rotaes muito baixas, e que sejam capazes

    de manter estes valores numa ampla faixa de

    rotao do motor. Isto faz com que o motor

    tenha uma grande elasticidade, exigindo

    mnimas trocas de marchas tornando-se

    econmico no uso. A melhor faixa deconsumo especfico de um motor a de

    rotao onde se apresenta seu torque

    Potncia e torque

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    O supercompressor G consiste de uma

    espiral externa, que uma parte fixa na sua

    carcaa, e uma espiral interna, que gira sobre

    uma placa de suporte. O movimento rotativo

    cria cavidades entre as espirais que se abrem

    e fecham. Como resultado, o ar deslocado e

    comprimido para o interior dos cilindros.

    1

    2

    3

    5

    4

    SUPERCOMPRESSOR DEFORMA ESPIRAL

    Entrada do ar aspiradoEspiral externaEspiral internaPinho de acionamentoSada do ar comprimido

    1

    2

    3

    4

    5

    1

    2

    34

    6

    57

    8

    TURBOCOMPRESSOR(ACIONADO PELO ESCAPE)

    Ar comprimido para o motorAr aspirado do filtro de ar

    Cmara do ar admissoRotor do compressorRotor da turbinaCmara dos gases de escapeGs do escape do motorEscape para o silencioso

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    Sistema de aspirao forada

    So sistemas que comprimem o ar aspirado antes

    deste entrar na cmara de combusto, visando

    otimizar a eficincia volumtrica do motor e,

    conseqentemente, o enchimento dos cilindros. Com

    este recurso obtm-se uma potncia mais elevada para

    uma mesma cilindrada do motor.

    O turbocompressor, que o recurso mais usual de

    sobrealimentao de motores, se caracteriza porutilizar a energia dos gases de escape para pressurizar

    a linha de admisso do motor. Para isto, possui duas

    turbinas, solidrias por uma pequena rvore de

    transmisso: a primeira tem um rotor que girado pela

    energia contida nos gases de escape, produzindo

    altssimas rotaes.

    Essas rotaes so transmitidas ao rotor de

    compresso do turbo, onde ocorre a aspirao e

    compresso do ar, a valores de at 1,5 bar acima da

    presso atmosfrica. O recurso tem o inconveniente

    de aquecer o ar. Em geral para minimizar este efeito,um resfriador de ar (intercooler) colocado no circuito

    posicionado entre o turbo e a cmara de combusto.

    Isto necessrio porque o ar mais frio tem um volume

    menor. Graas ao intercooler, maior massa de

    oxignio pode ser forada para dentro do cilindro,

    visando otimizar ainda mais energia nos processos das

    combustes.

    Outro recurso de sobrealimentador que est

    ganhando espao o supercompressor. Este se

    caracteriza por ser acionado mecanicamente pelarvore de manivelas. Existem diversos tipos deste

    sistema, destacando-se o tipo espiral ou

    supercompressor G que, por no utilizar os gases de

    escape para obteno de energia, se torna mais

    compacto e de fcil aplicao.

    34

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    Para se obter um efeito semelhante a aspiraoforada podemos lanar mo dos coletores de

    admisso variveis. As pulsaes que ocorrem no

    coletor, com efeito de suco do pisto durante seu

    movimento de admisso, formam colunas de ar

    pulsantes nos dutos do coletor. Variando o

    comprimento dos dutos de admisso, varia-se,

    conseqentemente, o volume de ar disponvel para

    admisso.

    Com isto, pode-se criar uma fora adicionalque pressuriza mais ou menos ar para o

    interior dos cilindros, melhorando a eficincia

    volumtrica, e que pode ser adequado s

    diversas faixas de rotaes do motor. O

    comprimento dos dutos de admisso so

    variados e controlados por vlvulas que

    oscilam em funo da rotao do motor,

    unindo ou separando sees do coletor.

    Benefcios ao

    consumidor: melhor

    eficincia volumtrica

    nos cilindros,

    produzem elevado

    torque numa faixa

    mais ampla de

    rotaes do motor e

    tambm potnciasmais elevadas. Isto

    resulta em melhor

    aproveitamento na

    densidade de energia

    contida no

    combustvel.

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    O sistema de lubrificao do motor

    O leo lubrificante do motor sofre uma

    perda gradativa de suas propriedades,

    em razo de oxidao e contaminao.

    Por isto, precisa ser trocado a intervalos

    regulares de quilometragem; para

    veculos que rodam muito pouco,

    preciso troc-lo a intervalos regulares de

    tempo, mesmo que a quilometragem de

    uso no tenha sido atingida.

    O filtro de leo tambm vai perdendo

    sua capacidade de filtrar, e precisa ser

    trocado conforme recomendaes do

    Livrete de Manuteno e Garantia.

    Crter

    Retorno do leo para ocrter.

    Filtro de leo

    Lubrificao da rvore demanivelas e dos injetores

    de leo.

    Bomba de leo

    Lubrificao dos cames emancais da rvore decomando de vlvulas e dostuchos.

    Pescador

    Na lubrificao de um motor, o leo que circula exerce

    vrias funes:

    lubrificar, para reduzir o atrito entre as peas que se

    movimentam, e assim:

    facilitar o movimento;

    reduzir o desgaste das peas;

    Tornar mais silencioso o movimento;

    refrigerar as reas crticas, pois transporta o

    calor e o transfere para partes mais frias;

    limpar, pois transporta partculas originadas

    pelo desgaste e resduos produzidos pela

    combusto, que sero separados pelo filtro, ou

    decantados;

    proteger as superfcies das peas contra a

    oxidao.

    36

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    Em razo, principalmente, da combusto da mistura de combustvel,

    gerada uma enorme quantidade de calor, e o motor se aquece,

    especialmente na regio superior da cmara de combusto.

    Para evitar a auto-detonao da mistura e a danificao dos

    componentes do motor, o sistema de arrefecimento faz circular o

    lquido de arrefecimento do motor, que leva o calor das partes

    quentes para o radiador, onde ele perde calor para o ar, e retorna ao

    motor.

    1 MANGUEIRAS

    6 RADIADOR DEARREFECIMENTOResfria o lquido proveniente domotor; parte do calor passa para ostubos, e destes para o ar ambiente.

    3 VLVULA TERMOSTTICAControla o fluxo de gua, em funo

    da temperatura do motor.

    Para melhorar a eficincia do resfriamento, evitar a corroso das partes metlicas em contato com o lquido, e

    a formao de resduos que obstruiriam o sistema, no se utiliza gua simplesmente. Deve ser utilizada uma

    soluo de gua e aditivo apropriado, e deve-se verificar o nvel de lquido semanalmente, completando-o se

    necessrio. Atente para maiores informaes na Literatura de Bordo do seu veculo.

    7 RESERVATRIO DE EXPANSO

    4 ELETROVENTILADORProvoca uma circulao forada de ar,atravs do radiador, em caso deaumento da temperatura do lquido dearrefecimento.

    5 INTERRUPTOR TRMICOControla o funcionamento doeletroventilador, em funo datemperatura do lquido dearrefecimento.

    1

    2

    3

    4 5

    6

    7

    O sistema de arrefecimento

    Circulando de maneira controlada, o lquido de

    arrefecimento do motor mantm o motor numa

    faixa de temperatura ideal para seu bom

    funcionamento.

    37

    2 BOMBA D'GUAFora a circulao do lquido dearrefecimento.

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    Transmisso

    A bicicleta foi o primeiro veculo de trao traseira, um layout que

    rapidamente se tornou comum nos tempos iniciais dos veculos a

    motor e que ainda hoje est em uso, principalmente nos automveis

    de potncias mais elevadas. O acionamento por rvores de

    transmisso (cardans), utilizado para retirar a energia da caixa de

    mudanas e transmiti-la ao eixo traseiro, foi a maneira de enfrentar

    as potncias desenvolvidas e que chegam at trs dgitos. Mesmo a

    transmisso por corrente foi utilizada para manusear os modestos

    cavalos de fora das primeiras carruagens sem cavalos.

    A necessidade de vrias relaes de transmisso foi identificada logo

    nos primrdios dos veculos a motor. Mesmo na virada do sculo, os

    engenheiros estavam perfeitamente cientes de que selecionar e

    engatar diferentes engrenagens poderia ser um processo complexo e

    tedioso. O francs Louis Bonneville exibiu a primeira transmisso

    automtica, em 1900, com relaes de engrenagens selecionadas em

    conformidade com a velocidade. Entretanto, iria levar mais outros 40

    anos, para que a transmisso automtica atingisse a produo em

    srie. O fabricante americano Oldsmobile anunciou seuhidramtico, o primeiro carro de passageiros com transmisso

    automtica, em 1940.

    Outra concluso inicial foi a de que trao nas quatro rodas seria a

    melhor resposta quando se trafegava em terrenos acidentados. O

    primeiro sistema de trao nas quatro rodas eficiente, na prtica, foi

    construdo pelo francs Geogers latil, em 1926. Mais oito anos se

    passaram, antes que os primeiros carros de trao dianteira

    aparecessem, mas foi em 1959 que o Austin Seven, o popular Mini,

    revolucionou o projeto de carro pequeno. Sua concepo de

    motorizao transversal resultou em um compacto trem de fora,

    otimizando o aproveitamento do espao interno.

    A eletrnica tambm abriu caminho para novos

    progressos no sistema de transmisso. Nos

    veculos com transmisso automtica moderna,

    computadores controlam tanto o gerenciamento

    do motor, quanto a seleo das marchas.

    Enquanto os carros mais antigos possuiamtransmisses automticas de trs velocidades,

    hoje, transmisses automticas de quatro ou

    cinco marchas so facilmente encontradas e

    ainda contam com o gerenciamento eletrnico,

    que indica o exato ponto de troca de marcha.

    Os modelos Tiptronic de transmisso

    representam uma etapa adiante do

    gerenciamento eletrnico, e do ao motorista a

    opo de seleo manual ou automtica das

    marchas.

    38

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    Sistema de trao

    Atualmente, 75% dos modelos em produo (veculos de portes pequeno e mdio), utilizam a trao no eixo

    dianteiro.

    O motor, caixa de cmbio, diferencial e semi-rvores de transmisso s rodas, formam uma unidade

    compacta. Em um veculo de trao dianteira, as rodas dianteiras so motrizes (recebem os esforos de

    trao), responsveis pela direo e ainda recebem os intensos esforos de frenagem.

    Caixa de Cmbio

    Motor

    Diferencial

    Embreagem

    Semi-rvores de

    transmisso

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    A transmisso do automvel tem a funo de transmitir para as rodas a

    energia mecnica gerada pelo motor.

    MOTOR

    EMBREAGEM

    Sistema mecnico que permite interromper a transfernciade torque entre o motor e a caixa de mudanas

    JUNTAS HOMOCINTICASPermitem o funcionamento das semi-rvores mesmo com osconstantes movimentos da direo e da suspenso do veculo

    DIFERENCIALSistema de engrenagens que permite srodas de trao que girem em rotaesdiferentes (quando o veculo faz uma curva)

    CAIXA DE MUDANASSistema de engrenagens que permite adequar a velocidade de rotao e o torqueque chega s rodas, de acordo com as condies de uso. Permite tambm inverter osentido do movimento (marcha--r)

    SEMI-RVORESTransmitem o torque do diferencial paraas rodas

    Elementos da transmisso

    40

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    Permite desacoplar o motor da caixa de mudanas, interrompendo assim a transferncia de

    torque, com a finalidade de:

    possibilitar um fcil engate e mudana das marchas

    possibilitar um suave incio do movimento do veculo

    ROLAMENTO DA EMBREAGEM- Quando acionado o pedal de embreagem, orolamento deslocado e empurra o centro da molamembrana, que ento deixa de pressionar a placade presso contra o disco de embreagem.- Enquanto o pedal de embreagem no est sendoacionado, o rolamento nem gira, pois fica afastadoda mola membrana.

    PLACA DE PRESSO- Faz parte do plat.- empurrada contra odisco, pela ao da molamembrana. - quando

    acionado o pedal deembreagem, a placa deixade pressionar o disco.

    PLAT DE EMBREAGEM

    GARFO DA EMBREAGEMQuando acionado, o pedal deembreagem desloca o rolamentocontra a mola membrana.

    EIXO PRIMRIO DA CAIXA DEMUDANAS

    VOLANTE DO MOTOR

    1

    DISCO DE EMBREAGEM- Nas faces h o revestimento (material deatrito).- Seu cubo central se acopla ao eixoprimrio da caixa de mudanas- Enquanto o pedal de embreagem noest sendo acionado, as faces do discoficam prensadas entre o volante do motore a placa de presso.- Estando o motor girando, o atrito nas

    faces permite a transferncia de torque.- Estando o pedal da embreagemacionado, o disco deixa de serpressionado, o atrito nas faces diminui, ea embreagem desliza, sem transferirtorque.

    1 2

    3

    4

    5

    7

    6

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    8

    MOLA MEMBRANA8

    A embreagem

    41

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    Caixa de mudanas manual

    RVORE PRIMRIA

    RVORE SECUNDRIA

    PINHO

    FLANGE

    DIFERENCIALCOROA

    FLANGE

    LUVA DE ENGATECARRETEL

    MECANISMO SELETOR DEMARCHAS

    LUVA DE ENGATEGARFO

    EIXO DE COMUTAO

    DIFERENCIAL(integrado na caixa demudanas)

    CAIXA DEMUDANAS

    ALAVANCA DEMUDANAS

    R

    5 4 3 12

    A caixa de mudanas e o diferencial

    Transmisso transversal

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    RVORE PRIMRIA

    RVORE SECUNDRIA

    PINHO

    LUVA DE ENGATECARRETEL

    5

    4

    4

    12

    R

    CAIXA DE MUDANAS EDIFERENCIAL

    FLANGE

    3

    Transmisso longitudinal

    Caixa de mudanas manual

    43

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    A relao de 3,900 : 1 da 1a marcha significa que o

    motor tem de girar 3,9 voltas, para que a rvoresecundria da caixa de mudanas gire 1 volta. Ento,

    nesta marcha, o cmbio reduz a velocidade e amplia

    o torque. a marcha que tem a relao mais forte,

    mais reduzida. por isso que usamos a 1a marcha

    para sair com o veculo, e para subir ladeiras bem

    fortes.

    Alm do cmbio, temos de considerar o diferencial,

    que tambm reduz a velocidade e aumenta o torque.

    No exemplo, o valor 4,777 : 1 significa que, para cada

    4,777 voltas do pinho, a coroa do diferencial vai girar

    uma volta.

    Afinal de contas, como fica o resultado final?

    1 marcha

    2 marcha

    3 marcha

    4 marcha

    5 marcha

    Marcha-a-r

    Diferencial

    Caixa de mudanas

    3,900 : 1

    2,118 : 1

    1,286 : 1

    0,969 : 1

    0,800 : 1

    3,167 : 1

    4,777 : 1

    Razo de transmisso

    Relao de transmisso (ou razo de transmisso)

    As relaes de transmisso so fatores que expressam

    a proporo entre as velocidades de rotao dos eixos

    de entrada e de sada de uma transmisso.

    Elas dependem dos nmeros de dentes das

    engrenagens do conjunto.

    Veja o exemplo abaixo, vlido para um determinado

    modelo de automvel:

    assim: multiplicando as 2 relaes, teremos a

    proporo entre a rotao do motor e a rotaodas rodas do automvel.

    Ento, em 1a marcha temos: 3,900 x 4,777 =

    18,630, e a relao final em 1a marcha 18,630 : 1.

    Na 5a marcha, a relao final ser 0,800 x 4,777 =

    3,822 : 1 , ou seja, o motor dar menos de 4

    voltas para cada giro da roda. a marcha que

    usamos para andar rpido, ela permite a maior

    velocidade do automvel.

    Mas, seu poder de enfrentar subidas o menor,

    entre todas as marchas.

    Rotao da rvore Secundria

    Rotao do Motor

    Rotao da Coroa

    Rotao do Pinho

    46

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    Nas transmisses automticas, as relaes de

    transmisso para obteno de torque ou

    velocidade, so obtidas tambm atravs de

    engrenagens. Estas formam conjuntos de

    planetrias que so unidas em vriasconfiguraes e acopladas por embreagens

    hidrulicas de discos mltiplos. A escolha da

    relao de transmisso feita em funo de vrios

    fatores, como velocidade,rotao do motor, ou

    atravs de uma unidade de controle, que usa um

    sistema combinado hidrulico-eletrnico.

    O leo em uma transmisso automtica,

    alm de lubrificar e arrefecer, tambm

    transmite energia mecnica. O conversor

    de torque exemplo disto: com duas

    turbinas, uma motriz, acionada pelomotor, e outra, movida, que conduz o fluxo

    de torque para a transmisso, utiliza o leo

    como o meio de transmisso da energia

    mecnica. Quando o veculo est parado e

    o motor em marcha-lenta, ocorre um

    deslizamento entre as turbinas do

    conversor, impedindo a transmisso de

    energia. Ao ser acelerado, o leo ganha

    energia hidrulica, sendo conduzido

    turbina da rvore primria, que transmitir

    o torque para a caixa de transmisso.

    Benefcio ao consumidor: dirigir sem a

    preocupao de realizar trocas de marchasproporciona maior concentrao do

    motorista no fluxo de trnsito.

    1

    2

    3

    4

    3 3 3 3 3

    2

    1 4

    Transmisses automticas

    TRANSMISSO AUTOMTICA:

    rvore primriaConversor de torqueEmbreagens de discos mltiplosrvore secundria

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    O AG4 uma verso mais desenvolvida da

    transmisso automtica de 4 marchas j conhecida.

    O avano eletrnico tornou possvel desenhar atransmisso automtica em uma verso que oferece

    mais conforto e simplicidade para o motorista.

    Bloqueando a patinao do conversor de torque

    reduzido o consumo de combustvel, diminuindo

    assim tambm as emisses de gases.

    Embreagens de novo desenho permitem transies

    mais suaves e isentas de trancos.

    A transmisso automtica

    de 4 marchas (AutomatikGetriebe, AG4) para VWe Audi

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    Tambm utilizada nos veculos Audi A4, A6 e A8 esta

    transmisso possui gerenciamento eletrnico para

    troca de marchas interligado com o gerenciamento

    do motor, sistema Dynamic Shift Program (DSP) -programa de troca dinmica das marchas que -

    permite a adequao aos diferentes estilos de dirigir

    beneficiando o consumo ou a potncia do motor.

    Tambm faz parte desta transmisso o sistema

    Tiptronic de tecnologia Porsche que permite a

    seleo de marchas atravs de um leve torque na

    alavanca seletora que comanda a troca das marchas

    nas aceleraes e desaceleraes.

    A transmisso automticade 5 velocidades 01V

    49

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    Poucas invenes tiveram o poder de influenciar os

    destinos da humanidade de forma to profunda.

    Uma delas, a roda, apesar de ser um elemento

    essencial no automvel de Carl Benz, tinha alguns

    milhares de anos de idade. Os registros histricos

    indicam ter sido descoberta na regio da

    mesopotmia, e at hoje, considerada uma obra

    de gnio, sem a qual no teramos nenhum meioprtico de transporte terrestre.

    A partir de sua descoberta, outro grande passo foi

    dado: algum pensador desconhecido combinou

    duas rodas com um eixo, abrindo caminho para o

    primeiro veculo de transporte utilizando rodas.

    Esta descoberta se posiciona como um grande

    desafio para as mentes talentosas em mecnica.

    As rodas inteirias de madeira duraram pouco

    tempo, pois seu peso elevado e a fragilidade dos

    eixos fixos foram uma fonte permanente de

    problemas na ausncia dos rolamentos. Para

    resolver, os celtas criaram a roda raiada que tornava

    os veculos mais velozes e menos toscos - um novo

    paradigma que foi naturalmente do interesse de

    qualquer tribo guerreira.

    Um chassi clssico do Tatrade eixo oscilante

    Suspenso

    Sete mil anos atrs: descoberta fundamental da mesopotmia

    Isto aconteceu h 4000 anos, quando

    surgiram os primeiros veculos puxados por

    cavalos e a marca histrica de 30 Km/h de

    velocidade, atingida por um carro de guerra,

    permaneceu como recorde mundial de

    velocidade de veculo pelos trs e meio

    milnios seguintes at que surgisse a

    mquina a vapor.Os avanos da metalurgia tambm

    significaram progressos na rea de veculos.

    A fabricao de eixos e suportes de metal

    tornou-os muito mais prticos e confiveis.

    Porm, a fixao direta dos eixos s

    estruturas do veculo ainda no era

    suficiente. Aparecia um outro problema.

    Como, por exemplo, suportar alguns

    momentos de viagem, em buracos e

    elevaes e nas toscas estradas da poca.

    Era necessrio um elemento elstico entre

    os eixos e a estrutura do veculo.

    Assim, o desenvolvimento de uma

    tecnologia que permitisse fabricar feixes de

    molas, em 1660, mudou a histria dos

    equipamentos de rolagem,

    50

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    Um feixe de molas clssico, protegido por uma polaina de couro.

    trazendo um pouco mais de conforto s viagens.Com sua utilizao, foi ficando claro que as molas

    no foram projetadas para apenas aumentar o

    conforto, pois influenciavam tambm na segurana

    do veculo. Sem um elemento elstico entre as

    rodas e o chassi, todas as irregularidades eram

    transmitidas diretamente ao veculo, provocando

    saltos e solavancos que reduziam o contato das

    rodas com o solo.

    Muito se tem caminhado no desenvolvimento das

    suspenses e dos orgos de rodagem, mas, temos

    que lembrar de importantes colaboraes dadas no

    incio, por tantos gnios. Umas delas foi o

    pneumtico do cirurgio veterinrio escocs John

    Boyd Dunlop. Dos primeiros pneus de borracha

    macia aos sem-cmara que podem atingir

    velocidades acima de 250 Km/h, percorremos um

    longo trecho de experincias e surpresas. Nas

    precrias estradas da era inicial da motorizao, o

    pior inimigo dos pneumticos eram os cavalos, que

    espalhavam pregos de ferraduras por onde

    passavam. Em 1894, os irmos Michelin usarampneumticos pela primeira vez, em um carro que

    foi construdo para a corrida Paris-Rouen daquele

    ano.

    Mesmo fazendo os fundadores da poderosadinastia francesa de fabricantes de pneus,

    pararem 22 vezes para consert-los, a

    inveno j demonstrava o seu valor.

    A obteno de potncias cada vez maiores

    nos motores levou necessidade de pneus e

    sistemas de suspenso ainda mais

    eficientes. Estas reas de pesquisa e

    desenvolvimento da indstria

    automobilstica, em nome da segurana,

    estaro levando ao uso comum, em futuro

    breve, a utilizao de sistemas ativos que

    usam o gerenciamento eletrnico, para

    assegurar a posio exata das rodas no solo.

    Quanto aos pneus, os fabricantes redobram

    seus esforos para acompanhar estas

    exigncias. Procuram fazer com que seus

    produtos durem cada vez mais, apresentem

    menor resistncia a rolagem, absorvam

    ondulaes, elevem ainda mais o conforto, a

    segurana e o coeficiente de trao e

    frenagens em pistas molhadas, na neve ouno gelo.

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    A coluna de suspenso McPherson to verstil

    que tambm pode ser utilizada em veculos de

    trao traseira.

    Uma verso alternativa desta construo usa o

    amortecedor integrado com o suporte das rodas e

    uma mola de suspenso separada.A suspenso utilizando duplos braos na suspenso

    dianteira tambm pode ser adotada em carros em

    que a trao seja nas rodas traseiras.

    COLUNA DE SUSPENSOMCPHERSON:Brao triangular (bandeja)Coluna do amortecedorMolaSuporte da roda

    3

    2

    4

    1

    1

    2

    3

    4

    53

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    Suspenso

    A suspenso tem a funo de absorver as

    vibraes e choques das rodas,

    proporcionando conforto aos ocupantes do

    veculo e garantindo a manuteno do contato

    das rodas com o solo.

    As molas do tipo feixe de lminas (semi-

    elpticas) so pouco usadas nos carros de

    passeio. Sua elevada capacidade de carga tornasua utilizao mais vavel nos veculos de

    transporte pesado. Atualmente, quando

    utilizado nos veculos de passeio, este tipo de

    molas instalado transversalmente ao veculo.

    O feixe de molas longitudinal apenas

    conveniente para um eixo rgido e adiciona

    Molas em espiral podem variar no passo e

    no dimetro do arame, dando-lhe uma ao

    elstica progressiva. Apresentam entre

    outras vantagens, peso reduzido, mnima

    necessidade de espao e facilidade de

    manuteno. Existem molas em espiral com

    diversas configuraes que objetivam

    diminuir sua altura, atrito entre as espirais e

    efeito progressivo.

    Molas do tipo de barras de toro tambm

    so compactas e pesam pouco. Por

    trabalharem submetidas a esforos de

    toro, devem possuir excelente

    acabamento superficial e de proteo contra

    corroso, visando inibir possibilidades de

    rupturas.

    A barra estabilizadora utilizada para

    reduzir a rolagem da carroaria ao se

    realizar curvas.

    Suspenso com molas semi-elpticas (feixe delminas) longitudinal

    Suspenso com mola espiral apresenta reduzidospeso e espao para aplicao.

    Suspenso com barras de toro.

    Normalmente montada integrada carroaria,

    com suas extremidades em forma de alavancas

    fixadas a cada lado da suspenso. Quando as duas

    rodas no eixo se movem para cima, a barra

    estabilizadora no tem efeito. Porm, se a

    suspenso comprimida apenas de um lado, a

    transferncia de carga a faz atuar como uma mola

    tipo barra de toro e resistir rolagem da

    carroaria.

    partes da sua massa sem amortecimento

    do veculo. J o feixe transversal pode ser

    aplicado fixo a estrutura do veculo,

    diminuindo o peso no suspenso.

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    A vantagem deste sistema de transmisso para as

    rodas de diminuir a transferncia de vibraes e

    rudos do conjunto motopropulsor para a carroceria,

    graas a sua versatilidade em se adaptar aos elevados

    ngulos de trabalho da suspenso four link, no

    permitindo que ocorra o tensionamento nas

    extremidades das articulaes.

    Construda de uma estrela (conhecida como trizeta)

    de trs pivots, a articulao tripide possui um

    formato esfrico em cada pivot, montado dentro de

    rolamentos de agulhas que trabalham em guias

    deslizantes.

    Articulaohomocinticade esferas

    Articulaotripide

    Semi-rvore com articulao tripide

    Isto ocorre porque, a articulao tripide,

    possui um rolamento de agulhas que permite

    o deslizamento da semi-rvore para dentro e

    para fora, corrigindo constantemente sua

    dimenso transversal e pivots, que garantem a

    grande articulao angular. Observe:

    Semi-rvore

    Carcaa

    Guias deslizantes

    Pivot esfrico

    Rolamento de agulhas

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    A suspenso traseira possui as seguintes

    caractersticas construtivas:

    Eixo traseiro interdependente com perfil V

    invertido.

    Braos oscilantes longitudinais integrados ao

    corpo de eixo.

    Barra estabilizadora instalada frente do corpo

    do eixo.

    Molas de reduzida altura apoiadas em grande

    volume de borracha e montada em separado da

    coluna do amortecedor.

    Rolamentos das rodas de dupla carreira de

    esferas montado prximo ao centro das rodas.

    Amortecedor monotubo

    Mola helicoidal

    Suspenso traseira

    Estas caracterstica da suspenso traseira do

    Passat atribuem ao produto:

    Maior capacidade de carga til graas a

    separao geomtrica das molas.

    Maior vida til dos rolamentos das rodas

    com reduzido custo de manuteno.

    Estabilidade e segurana nas mais diversas

    condies de trfego.

    Reduzido nvel de rudos e suavidade de

    trabalho.

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    5

    4

    1

    2

    3

    O conceito usual de eixo traseiro utilizado

    inicialmente nos automveis, foi o do eixo rgido de

    trao traseira, acionado por uma rvore de

    transmisso (cardan). Embora atualmente esta

    concepo esteja se tornando restrita a veculos

    comerciais ou fora de estrada, ainda existem muitos

    veculos utilizando esta construo, aplicando muitas

    inovaes neste conceito.

    Entre elas est a utilizao de suspenses

    traseiras independentes, com braos

    articulados oscilantes, que so mais leves e

    ocupam menos espao.

    A utilizao deste tipo de suspenso

    traseira, de braos articulados oscilantes,

    incorporados ao eixo traseiro, asseguram

    mais conforto e estabilidade, porm, tem adesvantagem de ser complexa na sua

    construo, envolver um grande nmero

    de componentes fixos e mveis. Ainda mais

    quando se utiliza duplo braos de

    articulao.

    Nos veculos de trao dianteira, a

    adoo de um eixo traseiro com o corpo

    auto-estabilizante largamente utilizada

    nos projetos mais modernos,

    incorporando um brao oscilante de

    articulao em cada lado, unidos por

    uma barra de toro transversal (corpo

    do eixo). Suas vantagens so a utilizao

    de mnimos espaos e pouco peso, com

    excelente relao entre estabilidade e o

    conforto.

    SUSPENSO TRASEIRA INDEPENDENTECOM BRAOS ARTICULADOS OSCILANTESDiferencialBrao articuladoBarra de PanhardMolaAmortecedor

    2

    1

    3

    4

    5

    2

    3

    1

    SUSPENSO TRASEIRA INDEPENDENTECOM BRAOS ARTICULADOS OSCILANTESBrao oscilanteCorpo do eixo traseiroSuspenso com mola eamortecedor

    2

    1

    3

    Eixo traseiro

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    Mancal doeixo traseiro

    Brao dealavancalongo

    O eixo traseiro com braos oscilantes integrados,

    trabalha com a barra estabilizadora posicionada

    frente do eixo de giro de articulao dos

    braos. Seu mancal de borracha-metal est

    montada numa carcaa de alumnio

    posicionada muito prximo a linha de centro

    longitudinal do mancal de rolamento das rodastraseiras. Esta construo permite reduo nas

    foras atuantes na suspenso graas a reduo

    dos braos de alavanca beneficiando o conforto

    e a reduo do nvel de rudo.

    No eixo traseiro cujos mancais de borracha-

    metal so montados mais internamente ao

    veculo, necessrio que os mancais

    absorvam foras intensas quando o veculo

    faz curvas.

    Se esses mancais so montados mais prximos

    linha de centro longitudinal dos rolamentos

    traseiros das rodas, os braos de alavancas que

    se formam so mais curtos diminuindo as foras

    atuantes no eixo traseiro, permitindo-lheatribuir caractersticas mais suaves de trabalho.

    Braos oscilantes integrados

    Apoio de borrachadas molas

    Eixo de giro

    Barraestabilizadora

    Braooscilante

    Mancal doeixo traseiro

    Brao dealavancacurto

    60

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    Centro de torode eixo traseiro

    Em geral o perfil em V do corpo do eixo

    traseiro posicionado com a abertura

    para a frente do veculo.

    Com esta configurao, o centro

    geomtrico de toro se posiciona atrs

    do perfil. Este centro de toro o ponto

    imaginrio em torno do qual o eixo

    produz o semi-giro durante a compressoe distenso da suspenso. Para contrapor

    este esforo, os mancais de borracha-

    metal devem ser montados na mesma

    linha de centro dos braos exigindo

    grande resistncia do mancal.

    O eixo traseiro de braos oscilantes

    integrados possuem o perfil V aberto

    voltado para baixo fazendo com que, o centro

    de giro torcional, se posicione fora da linha

    de centro do brao oscilante, aliviando a

    carga no eixo e no mancal e proporcionando

    melhor efeito direcional para o eixo traseiro

    ao fazer curvas. Observe:

    Ao fazer uma curva, a roda interna a esta

    produz uma distenso na suspenso

    enquanto que, a roda externa produz uma

    compresso na suspenso devido a

    inclinao da carroceria. Este efeito de

    compresso e disteno da suspenso

    traseira produz, em funo do eixo de

    giro estar posicionado acima do corpo de

    eixo, uma pequena convergncia na rodaexterna curva e uma divergncia na

    roda interna curva favorecendo a

    tomada e dirigibilidade nesta condio.

    Centro de giro posicionamentoacima do corpo do eixo

    O perfil em "V" posicionado para baixotorce ao fazer uma curva proporcionandoefeito direcional ao eixo traseiro.

    Convergncia +

    Divergncia +

    Perfil em "V" invertido do corpo de eixo traseiro

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    Cmara pneumtica

    Cmara hidrulica

    PistoSuspenso hidro-penumtica

    Suspenso hidropneumtica usa uma combinao

    de componentes hidrulicos e pneumticos em

    cmaras distintas. Uma cmara de presso varivel,

    contendo nitrognio, substitui as molas. A outracmara, contendo leo, recebe os movimentos da

    roda e transfere para as cmaras de gs, atuando

    tambm como amortecedor hidrulico.

    1

    2

    3

    1

    2

    3

    Estes efeitos dependem da facilidade de passagemdo fluido atravs de orficios, controlados por

    vlvulas existentes no prprio pisto e na base do

    amortecedor.

    Estas vlvulas fazem a comunicao das cmaras de

    trao e compresso e so chamadas de vlvulas do

    pisto e da base. No movimento de compresso, a

    haste introduzida no tubo de presso. Com isto, ela

    desloca uma quantidade de fluido para o tubo

    reservatrio, atravs da vlvula da base. No

    movimento de trao, o fluido deve voltar ao tubo de

    presso, passando pela vlvula da base. O fluido que

    est na parte superior do pisto forado para a

    parte de baixo, controlado pelas vlvulas do prprio

    pisto.

    63

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    A inclinao do pino-mestre no sentido transversal do veculo em relao a

    linha de centro vertical da roda, determina o raio de rolagem. O raio de

    rolagem positivo aquele em que a projeo do centro do pino-mestre da

    direo at o solo encontra-se do centro do pneu para dentro do veculo.

    O raio de rolagem negativo aquele em que a projeo do centro do pino-

    mestre da direo at o solo encontra-se do centro do pneu para fora do

    veculo.

    +

    _

    A geometria de direo consiste na combinao de ngulos obtidos nas rodas que influem

    diretamente na dirigibilidade do veculo, proporcionando suavidade de trfego, manuteno da

    trajetria, estabilidade em retas e curvas e a maior rea de contato possvel dos pneus com o solo,

    distribuindo igualmente as cargas aplicadas.

    Com o raio de rolagem negativo, os esforos de alavanca da roda

    contra o sistema de direo ocorrem de forma inversa, forando

    a roda para o sentido contrrio derrapagem, mantendo o

    veculo em linha reta.

    Convergncia positiva aquela em que aparte dianteira dasrodas encontra-se maisprxima em relao atraseira.

    Observe que, quanto maior for o raio de rolagem direcional positivo, teremos maior esforode alavanca da roda contra o sistema de direo. Com isso, os efeitos das foras criadaspor impactos nos pneus so multiplicados pela alavanca do raio de rolagem e transmitidosao sistema de direo.

    Frente do veculol1

    l2

    Convergncia das rodas representada

    pelo paralelismo existente entre as rodas

    de um mesmo eixo. Sua principal

    finalidade manter as rodas

    perfeitamente paralelas entre si, quando

    o veculo se encontra em marcha.

    Dependendo das caractersticas

    construtivas do veculo, a convergncia

    pode ser positiva, quando as rodas

    apresentam maior abertura na parte

    posterior, ou negativa, quando as rodas

    apresentam menor abertura na sua parte

    posterior.

    Geometria de direo

    Inclinao dopino mestre

    Inclinao do

    pino mestre

    Raio positivode rodagem

    Raio negativode rodagem

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    Eixo

    Longitudinal

    ForasLaterais

    Frente do veculo

    Cster

    Camber ou cambagem corresponde inclinaolateral das rodas em relao a uma linha reta vertical

    com o solo. A sua principal finalidade compensar a

    flexibilidade da suspenso, mantendo as rodas em

    melhor posio de rolamento, evitando desgaste

    anormal dos pneus, dos componentes da suspenso

    e da direo. A cambagem ser positiva quando a

    parte superior da roda estiver inclinada para o lado

    de fora do veculo, e negativa quando a parte

    superior da roda estiver inclinada para o lado de

    dentro do veculo.

    ESQUERDA:Camber positivo (a rodainclina para fora).

    DIREITA:A roda inclina para dentro,formando o ngulo decamber de valor negativo.

    Cster corresponde a inclinao longitudinal do pino

    mestre da direo. Em uma bicicleta ou num

    carrinho de supermercado, podemos visualizar e

    perceber facilmente o ngulo de cster e seu efeito.

    Observe que quando um automvel est sendo

    conduzido em linha reta, o ngulo de cster assegura

    estabilidade direcional e, ao descrever uma curva,

    facilita o retorno do volante linha reta, realizando

    um efeito de autocentralizao.

    O ngulo de cster assegura estabilidade direcional

    quando o veculo est sendo conduzido em linha

    reta e o retorno da posio do volante ao se

    descrever uma curva.

    As foras laterais que atuam na transferncia

    da trao, as solicitadas pelo sistema de

    direo ou pela prpria fora centrfuga

    gerada pela rotao das rodas, podem

    provocar desgastes irregulares nos pneus. O

    alinhamento das rodas, conforme as

    especificaes dos fabricantes, assegura o

    perfeito contato dos pneus com o solo, bem

    como a distribuio da carga uniformementepela banda de rodagem do pneu.

    65

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    Servo direo eletrohidrulica

    Na direo hidrulica convencional, a

    presso do sistema gerada por uma bomba

    hidrulica acionada constantemente pelo

    motor.

    No novo sistema de direo a bomba

    hidrulica acionada por um motor eltrico

    independente do motor do veculo.

    Unidade debomba motor

    Sensor de ngulode direo

    Mecanismo deservodireo

    CAIXA DE CORREO COMPINHO E CREMALHEIRAPinhoCremalheira

    1

    2

    1

    2

    Direo

    66

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    Benefcio ao consumidor: um sistema de direo

    hidrulica progressivo agrega ainda mais conforto

    e segurana ao motorista, j que mesmo em altasvelocidades garante a sensibilidade ao volante.

    CAIXA DE DIREO COMESFERAS CIRCULANTESRosca sem fimPorta esferasCremalheirasSetor de direo

    1 2

    3

    4

    1

    2

    3

    4

    32

    3 1

    DIREO HIDRULICABomba

    Caixa de direoCircuitos de alta e baixa presso

    1

    2

    3

    Este sistema responsvel por variar, de acordocom os comandos do motorista, a direo do

    veculo. O volante de direo o elemento que

    recebe os comandos rotativos direcionais do

    motorista e o transmite, atravs de uma rvore de

    transmisso, caixa de direo. As caixas de

    direo do tipo pinho e cremalheira transformam

    o movimento rotativo do volante, que recebido

    por um pinho, em linear, na cremalheira. Este

    sistema muito utilizado por ser precioso, suave e

    apresentar reduzida necessidade de manuteno.

    Caixas de direo com esferas circulantes utilizam

    uma corrente de esferas para transmitir o

    movimento do volante de direo. Esse tipo de

    caixa de direo muito utilizado por veculos de

    transporte de carga, por ser capaz de operar foras

    maiores e tambm menos sensvel a choques.

    O sistema de direo servo - assistida

    hidraulicamente tem o objetivo de reduzir o

    esforo do motorista, utilizando como fora

    complementar a presso hidrulica gerada por

    uma bomba que acionada pelo motor do veculo.

    Os sistemas mais atuais de direo hidrulica so

    chamados de progressivos porque proporcionam o

    auxlio hidrulico em funo do atrito do pneu

    com a estrada, otimizando a sensibilidade do

    volante.

    O sistema de direo hidrulica

    progressiva proporciona maior

    segurana na conduo, em qualquer

    velocidade. Nos sistemas hidrulicos

    convencionais, quanto maior a rotao

    do motor, mais leve se apresenta o

    volante de direo, eliminando a

    sensibilidade do sistema. Nos sistemas

    progressivos, medida que o atrito dospneus com o solo diminuem, um

    conjunto de vlvulas permitem menor

    circulao do leo, diminuindo o auxlio

    hidrulico e permitindo maior

    sensibilidade ao sistema.

    67

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    O Sistema de freios

    60

    80100 1

    FREIO DIANTEIROA disco

    RESERVATRIO DOFLUIDO DE FREIO

    SERVO-FREIO

    Aplica o vcuo do motor para auxiliar no acionamento do

    cilindro mestre; assim, melhora a eficincia da frenagem, e

    poupa o esforo do motorista, que far no pedal do freio apenas

    1/3 da fora necessria.

    CILINDRO MESTRE

    De duplo circuito

    - um componente hidrulico que pressuriza o fluido de freio,

    que ir acionar os freios das rodas.

    - um circuito para as rodas dianteira esquerda e traseira

    direita

    - outro circuito para as demais rodas

    - caso haja vazamento de fluido em um dos circuitos, o outro

    ainda opera, garantindo 50% da fora de frenagem.

    Obs: Esta configurao de circuitos cruzados utilizada

    quando a suspenso dianteira dotada de Raio Negativo

    de Rolagem. Caso contrrio usa-se um circuito para as rodas

    dianteiras e outro para as rodas traseiras.

    Exemplo: Linha Kombi

    68

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    60

    180

    FREIO TRASEIROA tambor ou a disco

    ALAVANCA DO FREIO DEESTACIONAMENTO

    ("Freio de mo")

    INDICADOR DE BAIXO NVELDE FLUIDO DE FREIO

    REGULADOR DA FORA DE FRE NAGEMAumenta a capacidade de frenagem do freio traseiro,proporcionalmente carga transportada pelo veculo.

    PEDAL DO FREIOAciona o cilindro mestre e controla aao do servo-freio.

    69

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    Freio a disco

    PINA DO FREIODispositivo hidrulico que, quandoacionado, pressiona as pastilhas defreio contra as 2 faces do disco.

    DISCO DE FREIOGira preso ao cubo da roda;A frenagem ocorre graas ao atrito entreo disco e as pastilhas de freio.

    PASTILHAS DE FREIOElementos de atrito que, quandoacionado o freio, so pressionadascontra o disco pela pina de freio.

    Tanto as pastilhas de freio quanto os discos sofrem desgaste e, por isso, requerem uma

    verificao peridica.

    Quando as pastilhas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de pastilhas substitudo.

    Nesta ocasio, os discos de freio podem ser retificados, se necessrio, a menos que atinjam

    o valor limite de espessura; neste caso, precisam ser substitudos tambm.

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    SAPATA DE FREIO

    Armao acionada pelo cilindro do freio, qual fixada a guarnio.

    Tanto as guarnies (lonas) quanto os tambores sofrem desgaste, e por isto requerem

    uma verificao peridica.

    Quando as lonas de freio atingem o limite de desgaste, o jogo de lonas substitudo.

    Nesta ocasio, os tambores de freio so inspecionados e, se necessrio, retificados

    ou substitudos, de acordo com o seu desgaste.

    CILINDRO DE FREIO DA RODADispositivo hidrulico que, quando acionado,pressiona as sapatas e as lonas de freio contra asuperfcie do tambor.

    TAMBOR DE FREIOGira preso ao cubo da roda; a frenagem ocorregraas ao atrito entre o tambor e as lonas de freio

    GUARNIO (lona de freio)Elemento de atrito que reveste a sapata e que,quando acionado o freio, pressionada contrao tambor.

    Freio a tambor

    71

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    SISTEMA ANTIBLOQUEIO DE FREIOS

    O sistema ABS tem estas caractersticas:

    melhora a eficincia dos freios, reduz a distncia

    de parada,

    mantm a dirigibilidade durante a frenagem,

    pois evita a ocorrncia de travamento nas rodas;

    assim, no deixa ocorrer deslizamento ederrapagem ao se realizar uma frenagem de

    emergncia,

    mesmo nas situaes nas quais ocorram

    diferenas nos coeficientes de atrito nas rodas.

    Uma unidade de gerenciamento eletrnico

    (unidade de comando ABS) monitora, atravs de

    sensores, a rotao das rodas.

    Se qualquer uma delas diminui sua

    rotao repentinamente, significa que

    est prestes a travar.

    Diante disto, a unidade de gerenciamento

    comanda as vlvulas solenides para

    reduzir a presso de frenagem naquela

    roda, at que esta saia da situao de

    bloqueio.Passada esta fase, eleva a presso

    novamente, at o limite de travamento.

    Isto feito em questo de milissegundos,

    sucessivamente, tantas vezes quantas

    forem necessrias.

    ABS

    1

    2

    3

    4

    1

    2

    3

    4

    Lmpadaindicadora dosistema ABS

    Unidade decomando eUnidadehidrulicaincorporados

    Sensores derotao dasrodasdianteiras

    Sensores deRotao dasrodas traseiras

    O sistema ABS

    Anti-lock Brake System

    72

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    SENSORES DE ROTAO TRASEIROS- fixos na suspenso, 1 para cada roda.- emitem sinal conforme a rotao da roda.

    SENSORES DE ROTAO DIANTEIROS- fixos na suspenso, 1 para cada roda.- emitem sinal conforme a rotao dajunta homocintica ou da roda.

    UNIDADE DE COMANDO ABS- recebe os sinais dos 4 sensores e

    calcula a velocidade de rotao de cadauma das rodas.- ao ser acionado o freio, comanda ofuncionamento das bobinaseletromagnticas, de acordo com arotao de cada roda.- aciona a eletrobomba hidrulica quandonecessrio.

    UNIDADE HIDRULICA- mediante a ao das bobinas

    eletromagnticas, abre ou fecha asvlvulas hidrulicas de entrada e sada defluido para os cilindros de cada roda.- assim, regula a presso de frenagem emcada roda, evitando o bloqueio.

    ELETROBOMBA HIDRULICA eACUMULADOR DE BAIXA PRESSO

    - o acumulador recebe o fluido queretorna dos circuitos.- a bomba impele o fluido, do acumuladorpara o cilindro-mestre do freio (nestemomento, o pedal do freio trepidasensivelmente).

    INTERRUPTOR DA LUZDE FREIO

    73

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    tern Ci oW nit tn aco tC

    terContact4 861 TR T5 S6/ 75 68 01

    1

    8

    7

    6

    32

    5

    4

    9

    13

    14

    12 11 10

    nIe

    daM

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    R56/591

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    tern Ci oW nit tn aco tC

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    XXXXXXXXXXXXXXX

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    XXXXXXXXXXXXX

    XXXXXXXXXXX

    XXXXXXXXX

    XXXXXXXXXXXXXX

    XXXXXXXXXXXXXXXXXX

    XXXXXXXXXXXXXXXXXX

    XXXXXXXXXXXXXXXX

    XXXXXXXX

    XXXXXX

    XXXXX

    XX

    XXXXXX

    XXXXXX

    X

    MAX.LO

    ADRATIN

    G

    530KG(1.100

    LBS)

    XXXX

    XXXX

    XXXX

    X

    XXXX

    XXX

    XXXXXX

    XXXX

    XXXX

    XXXXX

    As rodas so rgos de forma circular, destinados a girar em volta de um eixo. Os

    componentes principais so o pneu e o aro. Os pneus so guarnies de borracha,

    inflados por ar, que revestem o aro da roda. O ar contido no pneu auxilia para que

    exista bom contato com o solo, maciez e estabilidade de rodagem. O aro o

    responsvel por manter o pneu firmemente fixado roda. Os pneus so marcados

    com vrios cdigos, de acordo com padres americanos ou europeus. Estescdigos fornecem informaes sobre a textura, tamanho, capacidade de carga, data

    de produo, velocidade mxima de utilizao e fabricante. Atualmente os

    automveis modernos utilizam pneus radiais que so construdos com dois

    ncleos (tales) em forma de anel, unidos por uma carcaa radial, que situa

    lateralmente. Os flancos e outras camadas de suporte envolvem a carcaa e do a

    ela a rigidez necessria.

    A banda de rodagem do pneu a parte que entra em contato com o solo. O

    desenho ou textura da banda que possibilita a trao, segurana e conforto ao

    rodar. So moldadas numa srie de barras e sulcos que formam as arestas de trao

    que se agarram firmemente superfcie da estrada, drenam gua e outros

    materiais.

    Tamanho (exemplo ilustrado185/65 R14)- 185 mm de largura- relao entre a largura ealtura do pneu = 65 %(Altura do pneu 65 % dasua largura).R = pneu radial- Dimetro do aro 14polegadas (1 polegada =25,4 mm).

    Cdigo de capacidade decarga

    (86 significa 530 kg)

    Smbolo de limite develocidadeQ at 160 km hS 180 km hT 190 km hH 210 km hV 240 km hZ acima de 240 km hW 270 km h

    Pneus sem cmara de arso mais leves, trabalhamcom temperaturas inferiorese so mais fceis de montar.

    Os trs ltimos dgitos nonmero de teste da normaDOT indicam a data defabricao: 105 significa:Semana 10, 1995.

    Construo:O talo do pneu feito emarame de ao, a carcaa deraiom e algodo ou fibrasinttica (nylon) e a cinta,em geral, em cordonis de

    ao.

    1 - Fabricante

    1a - Tipo / Modelo do pneu

    2,3 - Tamanho, capacidade de carga ecategoria de velocidade

    4 - Sem cmara de ar

    5 - Pas de fabricao

    6,7 - Capacidade mxima de carga e pressodo pneu a frio (de acordo com os padres dosEUA)

    8 - Estrutura dos flancos

    9, 13 - Certificado de teste de acordo comdiretrizes do EUA

    10-12 - Categorias para resistncia abraso,capacidade de frenagem e resistncia ao calor.

    14 - Nmero teste DOT

    CAMADAS DOSPNEUS RADIAISTalesCarcaa radialCintas estabilizadorasFlancoBanda de rodagem

    5

    4

    2

    3

    1

    2

    3

    4

    5

    1

    Rodas e Pneus

    74

    O CONTRAM determinaque os pneus sejamsubstitudos quando odesgaste da banda derodagem atingir osindicadores exixtentes nofundo dos sulcos. Os pontosonde existem os indicadoresde desgaste da banda de

    rodagem so identificadospela sigla TWI (Tread WearIndicators).

    Indicadores deDesgaste dos Pneus

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    Os pneus radiais so assim chamados

    porque os cordonis que formam as lonas

    da carcaa esto dispostos no sentido doraio do pneu. Isto significa que encontram-

    se em ngulos de 90 na direo de

    trabalho, perpendiculares ao seu centro.

    Esta construo permite carcaa flexionar

    com pouca frico entre os cordonis. Em

    cima da carcaa radial, e abaixo da banda

    de rodagem, existem cintas que asseguram

    a estabilidade lateral do pneu, j que

    evitam a deformao da banda de

    rodagem. O resultado da combinao da

    carcaa radial com estas cintas, um pneu

    com flancos flexveis e uma forte e estvel

    banda de rodagem, garantindo, em

    quaisquer condies, elevada rea de

    contato do pneu com o solo.

    Os aros de roda so elementos rgidos que

    ligam o pneu ao veculo. Sua funo

    manter o pneu firmemente fixado roda,

    evitando o deslizamento (detalonamento),

    transmitir os esforos de trao e frenageme receber dos pneus os esforos de atrito e

    irregularidades do solo, transmitindo-os

    suspenso. Geralmente produzidos em ao

    prensado mas, em muitos casos, oferecidos

    com rodas de ligas de alumnio ou

    magnsio, que, por serem mais leves,

    reduzem o peso no suspenso,

    proporcionando ainda mais estabilidade e

    conforto. Rodas de ligas leves so

    comumente produzidas em moldes de

    fundio, mas as de qualidade elevada so

    forjadas. As rodas devem ser resistentes,

    leves, facilitar o fluxo de ar para os freios,

    absolutamente balanceadas e tambm

    devem apresentar design agradvel.

    Existem pneus nosquais a configuraoda banda de rodagemdetermina o seusentido de giro. Essespneus so chamadosde direcionais.

    Trao a capacidadede transmitir foraslongitudinais paraempurrar o veculopara frente.

    Aquaplanagem refere-se ao efeito de

    deslizamento do pneusob uma lmina degua. Este fato extremamenteperigoso, pois, nestacondio, ocorre acompleta perda dedirigibilidade doveculo, devido aausncia de contato dopneu com o solo.

    Rodas de ligas levesfeitas de alumnio so

    30% mais leves que asrodas de aoprensado.

    O aro da roda dividido, de fora paradentro em vriaszonas: borda, ombro,hump e vo. Adistncia de umaborda a outra alargura do aro. A roda descrita da seguinteforma: 6J x 14 H2: 6 =largura do aro empolegadas; J = formada borda; 14 =dimetro do aro empolegadas; H2 = doisressaltos. Um encaixepara cada talo.

    Os humps soressaltos ou nervurasprximas aos ombrosdos aros das rodas,que tm a funo dereter firmemente opneu no aro,

    impedindo que haja odetalonamento dopneu em curvasacentuadas, realizadasem velocidadeselevadas.

    Um pneu de alta velocidade, categoria Z, com uma

    textura de banda direcional. As largas ranhuras

    longitudinais dispersam rapidamente a gua da

    superfcie, a rea mais larga, blocos da banda,

    assegura maior estabilidade.

    Benefcio ao

    consumidor: os

    pneus radiais

    asseguram

    elevadasegurana de

    trfego porque

    apresentam, nas

    mais diversas

    condies de

    trfego, total

    estabilidade no

    contato do pneu

    com o solo e

    elevada

    capacidade na

    drenagem da

    gua, conforto e

    silncio.

    Sulcos cruzados

    melhoram a adernciado pneu e ranhuraslargas dispersamfacilmente a gua.

    Benefcios ao consumidor: rodas de

    ligas de alumnio so mais leves

    proporcionando ainda mais seguranae conforto, pelo reduzido peso no

    suspenso.

    Aro da rodaCubo de fixao da rodaFlange da rodaOmbros"Hump" de fixao do talodo pneu no aro(pequeno ressalto)Vo do aro

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    5

    43

    2

    6

    1

    75

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    Possui um layout descentralizado, isto , os

    componentes do sistema esto situados em diferentes

    locais de montagem dentro do veculo.

    Exemplo das localizaes de montagem dos

    componentes so mostradas no desenho abaixo:

    Isto necessrio devido ao aumento da

    quantidade de componentes

    eltricos/eletrnicos usados nos veculos.

    Placa de rels comsuporte auxiliar de rels

    Estao de acopla-mento, na caixa dgua

    Estao de acoplamento,coluna B

    Estao de acoplamento,coluna A

    Suporte de rels,compartimento domotor

    Caixa de fusveisprincipal

    Estao de acoplamento,coluna B

    Suporte de fusveis

    Estao de acoplamento,coluna A

    O sistema eltrico do veculo

    76

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    Em funo da oferta modular, houve comunizao

    dos chicotes considerando as variveis de

    acabamento. A consequncia disso foi a reduo do

    nmero de chicotes e o aumento de combinaes

    (SEQ) para 1500 tipos de opcionais.

    As principais vantagens para a Volkswagen so:

    Menor nmero de peas para estoque e logstica Melhor controle de qualidade na produo Maior confiabilidade na montagem

    Exemplo do Gol, Parati e Saveiro

    Chicote deInjeo

    Chicote dasportas

    Chicote datampa

    Chicotedianteiro

    CentralEltrica

    Chicote doPainel

    Chicotetraseiro

    A principal vantagem para o cliente:

    possvel a partir de um veiculobsico, instalar uma grande quantidade de

    acessrios sem alterar as caractersticas

    originais do veculo, sem perder a garantia

    e nem comprometer a segurana contra

    curtos circuitos.

    A principal vantagem para o

    concessionrio:

    Existe maior possibilidade deinstalao de acessrios em menor tempo,

    sem alterao do chicote e sem risco de

    instalaes improvisadas.

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    Basicamente existem 7 tipos de chicotes principais,

    sendo cada um com uma srie de variveis.

    1. Chicote dianteiro

    As variantes de tipos de chicotes (n) so :

    Motor

    Ar-condicionado

    ABS

    Farol duplo ou simples

    2. Chicote de injeo

    As variantes de tipos de chicotes so:

    Motor

    Combustvel

    3. Os acabamentos de alarme e ar-condicionado

    fazem parte do chicote.

    Chicote do painel

    As variantes so:

    Alarme

    Ar-condicionadoMotorizao

    Neste caso houve uma reduo de 53 para 14 tipos de

    chicotes, por meio da construo modular.

    Os chicotes do painel vm de srie preparados para

    receber ABS, equipamento de som, farol de neblina,

    desembaador, limpador e lavador dos vidros, pra-

    sol iluminado, espelhos eltricos e abertura eltrica

    do porta-malas.

    Chicotes

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    4. Chicote traseiro

    Neste caso existem 4 tipos por modelo (Gol, Parati),

    sendo que as variantes de chicote so:

    Alarme

    Limpador e lavador do vidro traseiro

    Abertura eltrica do porta-malas

    Travamento centralLanterna de neblina traseira

    Os acabamentos comunizados so idnticos ao do

    chicote do painel.

    5. Chicote da tampa traseira

    Existem 3 tipos de chicotes para cada modelo (Gol e

    Parati) sendo que a variante com ou sem alarme.

    6. Chicote da porta dianteira

    Existem 9 tipos de chicotes, sendo as variveis:

    Alarme

    Som

    Espelhos eltricos

    Travamento central

    Vidro eltrico

    7. Chicote da porta traseira

    Este chicote o mesmo, tanto do lado

    esquerdo como do direito, e atende tanto o

    Gol como a Parati.

    Outros

    Por serem circuitos exclusivos e fechados, os

    seguintes sistemas possuem o seu prprio

    chicote:

    ABS

    Air Bag

    Alarme keyless (com controle remoto)

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    Para simplificar as ligaes entre os chicotes,

    existem instalados conectores entre eles nas

    colunas A esquerda e direita.

    Para adaptador de rels

    Para painel de instrumento

    Travar os conectoresaps encaixe

    Para conexodoor off

    Para caixa de roda LEE

    Para central eltrica

    Para adaptador de rels

    Parateto

    Para central eltrica

    Para interruptor luzde cortesia (Porta LE)

    Para assoalho

    Para pnl. Trans.

    43Para placa massacoluna ALE

    1

    2

    3

    1

    2

    1

    2

    3

    4

    Chicote painel de instrumentos

    Chicote dianteiro

    Chicote traseiro

    Chicote ABS

    Conectores entre chicotes

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    1

    2

    3

    4

    Chicote painel de instrumentos

    Chicote dianteiro

    Chicote traseiro

    Chicote ABS

    Para painel deinstrumentos

    Chicote traseiro

    Chicote ABS

    Para interruptor dasvlvulas de pr-aquecimento

    Para interruptor de luz

    de cortesia (porta LE)

    Para assoalho

    1

    2

    3

    4

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    Os rels esto instalados na posio vertical,

    diminuindo assim a possibilidade de falta de

    contato devido as vibraes.

    Os rels possuem a mesma cor da etiqueta na

    central eltrica.

    Quando o veculo no tem temporizador no

    limpador de pra-brisa, na posio 1, instalada

    uma barra de ligao nmero 2BA937817.

    A tabela a seguir identifica os rels

    Pos. Funo Rel nmero

    Limpador do pra-brisa

    Indicador de direo/advertncia

    Limpador do vidro traseiro

    Temporizador acion.elt.vidros

    Funo X

    Buzina dupla

    Disjuntor trmico (ref.)

    Travamento centralAr-condicionado

    Vermelho

    Amarelo

    Laranja

    Rosa

    Preto

    Marrom

    Marrom

    325 955 531.1 (B+154)377 955 531 (B+158)

    Cor

    ZBC 953227

    ZBD 955 529

    377 959 753

    191 937 503

    542 937 503.D

    377 959 789377 937 503.A

    1

    2

    3

    4

    5

    6

    7

    89

    1 2

    Preto

    3

    4 56

    8

    9

    Central eltrica

    Rels

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    Teclas do painel

    Os comandos esto centralizados abaixo dos

    difusores de ar.

    No lado esquerdo existe a tecla de comando dos

    espelhos e o interruptor das luzes.

    O interruptor das luzes incorpora o comando para os

    faris de neblina. Para remov-lo basta pression-lo

    para dentro e girar para o 1 estgio.

    No lado direito temos as seguintes teclas na

    seqncia:

    1 - Vidro dianteiro esquerdo

    2 - Vidros traseiros junto com o bloqueio

    3 - Pisca alerta

    4 - Desembaador temporizado por 20 minutos

    5 - Abertura do porta-malas

    6 - Vidro dianteiro direito

    Conforme ilustrao abaixo:

    1

    45

    6

    2

    3

    12

    345

    6

    84

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    A eletrnica foi, com certeza, a face mais visvel

    da evoluo da indstria automobilstica nos

    ltimos anos. Chips e sensores j monitoram

    vrias partes dos carros, como motor, freios,

    vidros, ar-condicionado, sistemas antifurto e de

    informao.

    O uso da eletrnica trouxe, entre outras

    vantagens, mais segurana e conforto, alm debaratear o custo do veculo. Os sistemas

    eletromecnicos ainda so mais caros, como por

    exemplo a introduo da injeo eletrnica, que

    decretou o fim do carburador e melhorou o

    desempenho do motor.

    O uso da eletrnica em automveis no Brasil

    aumentou significamente a partir da dcada

    de 90. O reflexo do seu avano est no

    aumento da quantidade de fios e cabos

    eltricos nos modelos considerados tops de

    linha: de 800 metros em 1992 paraaproximadamente 2 mil metros em 2000.

    Para reduzir a quantidade de fiao

    empregada nos chicotes e aumentar a

    segurana de veculos como o Bora, por

    exemplo, muitas funes eltricas foram

    adaptadas a um sistema de transmisso em

    srie de dados, que funciona junto a um

    controlador eletrnico de rede (CAN-bus).

    Unidade de Controle do Ar-

    condicionado

    Unidade de Controle Porta

    do AcompanhanteUnidade de Controle Porta

    Traseira Direita

    Unidade de Controle

    Central Sistema Conforto

    Unidade de Controle

    Rede de Bordo

    Unidade de Controle do

    Painel de Instrumentos

    Unidade de Controle

    Porta Traseira Esquerda

    Unidade de

    Controle Porta

    do Motorista

    Rede CAN-bus

    Transmisso de Dados

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    Piloto automtico - O motorista pode fazer uma

    viagem sem pisar no acelerador: basta escolher a

    velocidade que deseja dirigir durante todo o

    percurso e ela se manter constante.

    Ar-condicionado eletrnico - Tambm denominado

    Climatronic, permite manter uma temperatura

    agradvel e regular dentro do veculo. Uma vez

    ajustada a temperatura (recomendvel a 22), o

    Climatronic ir trabalhar automaticamente atravsde sensores que alteram a velocidade e distribuio

    de fluxo interno de ar.

    Vidros eltricos com fechamento automtico e

    antiesmagamento - Um interruptor de

    segurana no painel de controle no lado do

    motorista (dispositivo de segurana de crianas

    bloqueia o acionamento dos vidros traseiros).

    No sistema antiesmagamento, sensores evitam

    que o vidro se feche quando houver alguma

    barreira - um dedo, por exemplo. O sistema

    ativado dentro de uma faixa de 4 a 200 mm a

    partir da vedao superior das portas.

    Controle eltrico da altura dos faris - garante

    que os faris, independentemente da carga do

    veculo, estejam sempre regulados. Sensores

    nos eixos medem o peso nas molas traseiras e, a

    partir desta informao, o sistema

    automaticamente corrige a inclinao dos

    faris. Quando a carga retirada, os faris

    voltam inclinao habitual.

    Este dispositivo ainda no est disponvel para

    o Brasil.

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    Espelho retrovisor antiofuscante:

    contra a luz alta nos olhos.

    Chips

    LED

    Fotodiodo

    Superfcie do

    pra-brisa

    LED

    LED

    Fotodiodo

    Superfcie do

    pra-brisa

    LED

    A invaso dos chips nos automveis tambm

    est mudando radicalmente sua manuteno.

    Agora mais fcil diagnosticar problemas em

    poucos minutos, com a conexo dos carros a

    modernos equipamentos. Pode-se fazer um

    check-up do veculo quase sem abrir o

    compartimento do motor.

    Sensor de chuva - Localizado na base do

    espelho retrovisor interno, aciona

    automaticamente os limpadores quando

    detecta a presena de gotculas sobre o pra-

    brisa. O sensor mede a intensidade da luz

    refletida na gua e envia um sinal para o rel

    do temporizador, regulando a velocidade do

    limpador do pra-brisa de acordo com anecessidade.

    Espelho retrovisor antiofuscante - Previne

    o ofuscamento da viso do motorista pela

    luz dos veculos que vm atrs. A unidade

    de controle mede a intensidade da luz

    incidente pela frente e pela traseira do

    veculo, atravs dos fotossensores e aplica

    uma voltagem ao revestimento condutivo

    que ir alterar a cor do eletrlito. Quanto

    maior a voltagem, mais escuro o eletrlito,

    diminuindo a intensidade da luz refletida

    sobre os olhos do motorista. Quando a

    marcha r for acionada, a funo

    antiofuscamento desativada,

    permitindo, por exemplo, a sada de uma

    garagem escura para a luz do dia, sem

    atrapalhar a visibilidade pelo retrovisor.

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    ACC

    SENSOR COMBINADO- presso no coletor;- temperatura do ar.

    SENSOR HALL- rotao e posio do virabrequim.

    SENSOR DE TEMPERATURA DO MOTOR

    - temperatura do bloco.

    SENSOR DA POSIO DA BORBOLETA- posio da borboleta de acelerao.

    SONDA LAMBDA- teor de oxignio nos gases de escape.

    SENSOR DE DETONAO- vibrao do bloco, em razo de pr-combusto.

    SINAL DO AR CONDICIONADO AC- ar condicionado ligado.

    TRANSFORMADOR DE IGNIO eESTGIO DE POTNCIA- produz corrente para a emisso decentelha no momento correto.

    VLVULAS INJETORAS- pulverizam combustvel nomomento e pelo tempo corretos.

    REL DA BOMBA DE COMBUSTVEL- energiza a bomba que fornececombustvel pressurizado para as

    vlvulas injetoras.

    UNIDADE DE COMANDO- recebe informaes dossensores;

    - processa clculos;- emite sinais de comandopara os atuadores;- mantm registro de dados ehistrico de falhas do sistema.

    CONECTOR DEDIAGNSTICOS- permite conexo deequipamento de diagnstico.

    CORRETOR DA ROTAO DEMARCHA LENTA- controla a posio da borboleta deacelerao em regime de marchalenta.

    REL PARA PLENA POTNCIA- atua na embreagem do compressordo ar condicionado.

    VLVULA DE LIMPEZA DO FILTRODE CARVO ATIVADO- controla o fluxo de vapores decombustvel acumulados, para seremqueimados pelo motor.

    (G71)

    (G42)

    G40

    G39

    G61

    G62

    G88

    G69

    F60

    L30

    N157

    N152

    N30, N31,

    N32, N33

    J17

    G6

    N80

    V60

    J365

    J16

    Unidade deComando J382

    Conector deDiagnstico

    Gerenciamento eletrnico do motor (motor 1.0 - 8V e 16V)

    Sensores Atuadores

    88

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    Sensor hall

    O sensor Hall est incorporado no distribuidor de

    ignio, sendo acionado diretamente pela rvore do

    comando de vlvulas.

    Sua funo identificar a rotao do motor, o P.M.S.

    de todos os cilindros e qual o cilindro 1.

    O rotor do Hall possui quatro janelas, a

    correspondente ao cilindro 1, a 3 maior que as

    outras, esta diferena corresponde a 6 na rvore de

    manivelas, identificando o ciclo de ignio no

    cilindro 1.

    Este sinal utilizado pela unidade J220,

    determinando:

    Tempo de injeo (ti);

    Ponto de ignio;

    Marcha-lenta;Recuperao dos vapores do filtro de carvo

    ativado.

    Na ausncia deste sinal, o motor no entra em

    funcionamento.

    Sensor Combinado

    Sensor de presso no coletor (G71) e da temperatura

    do ar (G42) integrados.

    Estes dois sensores encontram-se montados num

    nico componente, fixado na lateral do coletor de

    admisso.

    Sensor de presso no coletor de admisso (G71)

    O sinal enviado para a unidade de comando (J220) a

    cada 1ms, informa a carga que o motor est

    submetido, a variao da tenso eltrica que de 0 a 5

    volts. Este sinal um dos principais para o clculo do :

    Tempo de injeo (ti);

    Ponto de ignio;

    Ao ligar a ignio, o sensor informa a

    presso atmosfrica para correo dos

    mapas em funo da densidade do ar

    (altitude).

    O sinal enviado para a unidade a cada

    1ms.

    Faltando esta informao a unidade J220,

    utilizar o sinal da posio da borboleta

    de acelerao (G88), mantendo a mistura

    enriquecida.

    Sensor de temperatura do ar (G42)

    O sinal mede a temperatura do ar que

    est sendo admitido pelo motor, atravs

    de um termistor, que varia sua resistncia

    eltrica em funo da temperatura.

    Com coeficiente negativo de temperatura

    (NTC) este sinal compe o clculo do:

    Tempo de injeo (ti);

    Ponto de ignio;

    Faltando esta informao a unidade J220,

    utilizar um valor fixo de 20C.

    89

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    Sonda lambda (G39)