tcc renan rodrigues santana

48
CEETEPS – Centro Estadual de Educação Tecnologia “Paula Souza” ETEC “ Geraldo José Rodrigues Alckmin” Habilitação: Técnico em Logística CROSS DOCKING Renan Rodrigues Santana TAUBATÉ – SP 2009

Upload: superesponja

Post on 13-Aug-2015

81 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: TCC Renan Rodrigues Santana

CEETEPS – Centro Estadual de Educação Tecnologia “Paula Souza”

ETEC “ Geraldo José Rodrigues Alckmin”

Habilitação: Técnico em Logística

CROSS DOCKING

Renan Rodrigues Santana

TAUBATÉ – SP

2009

Page 2: TCC Renan Rodrigues Santana

Renan Rodrigues Santana

CROSS DOCKING

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Curso Técnico em Logística da

ETEC Dr. José Geraldo Rodrigues Alckmin

como parte dos requisitos para a obtenção do

título Técnico.

Habilitação: Logística

Orientador: Paulo Roberto Martins Fogaça

Taubaté – SP

2009

Page 3: TCC Renan Rodrigues Santana

Ficha Catalográfica

Santana, Renan Rodrigues

Cross Docking

Renan Rodrigues Santana. Taubaté, ETEC Dr. José Geraldo Rodrigues

Alckmin, 2009.

38f.

Orientador: Paulo Roberto Martins Fogaça.

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) – ETEC Dr. Geraldo José

Rodrigues Alckmin, formação em Técnico em Logística.

1. Logística 2. Distribuição 3. Cross Docking

Page 4: TCC Renan Rodrigues Santana

RENAN RODRIGUES SANTANA

CROSS DOCKING

Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado como requisito parcial para obtenção do grau Técnico em Logística da ETEC Dr. Geraldo José Rodrigues Alckmin.

Habilitação: Logística

Data de Aprovação:

____/____/____

Banca Examinadora:

_____________________________________

Prof° Salvador Cardoso

_____________________________________

Profª Vilma Leonor Ribeiro De Nardi Bastos

_____________________________________

Profª Alfredo José de Nardi Bastos

Page 5: TCC Renan Rodrigues Santana

Dedico este trabalho a meus familiares

que desde o inicio me apoiaram e me

darem força nos momentos difíceis;

Dedico também a meus companheiros de

curso que ao meu lado estiveram ao

longo deste curso me incentivando e me

ajudando na hora da necessidade.

Page 6: TCC Renan Rodrigues Santana

Agradeço, Primeiramente a meu

Deus, minha razão maior de viver

sem o qual nada posso; agradeço

também a meus colegas de curso e

ao corpo docente desta escola, em

especial ao meu orientador que

muito me auxiliou na elaboração

desta monografia.

Page 7: TCC Renan Rodrigues Santana

“Nada temas das coisas que hás de

padecer. [...]. Sê fiel até à morte, e

dar-te-ei a coroa da vida”.

Apostolo S. João

Page 8: TCC Renan Rodrigues Santana

RESUMO

O cross docking é o método de distribuição no qual se acelera o fluxo de dos produtos acabados,

eliminando-se algumas etapas tradicionalmente existentes, como, por exemplo, a inspeção de

qualidade, encaminhando-os da produção diretamente para a expedição, o mais rápido possível.

Tem como principais objetivos a redução do lead time do cliente, a redução ou, se possível, a

eliminação de estoques, a redução da movimentação e manuseio do produto acabado e ainda a

satisfação do cliente.

Neste estudo, veremos inicialmente a armazenagem, para que possamos fazer um comparativo

entre os métodos que utilizam este recurso e o cross docking; veremos também a distribuição para

maior compreensão do tema principal deste estudo. Veremos ainda informações relevantes sobre

sua implementação, execução, prós e contras, falaremos um pouco sobre o modal rodoviário e

ainda sobre os benefícios da tecnologia da informação pode trazer para a pratica desta tão

interessante alternativa para distribuição de mercadoria.

Palavras Chave: Logística. Distribuição. Cross Docking.

Page 9: TCC Renan Rodrigues Santana

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................11

OBJETIVO............................................................................................................................................12

JUSTIFICATIVA.................................................................................................................................13

1 ARMAZENAGEM............................................................................................................................14

1.1 DEFINIÇÃO.................................................................................................................................14

1.2 IMPORTÂNCIA..........................................................................................................................14

1.3 VANTAGENS..............................................................................................................................15

1.4 DESVANTAGENS......................................................................................................................15

2 DISTRIBUIÇÃO...............................................................................................................................17

2.1 DEFINIÇÃO.................................................................................................................................17

2.2 IMPORTÂNCIA..........................................................................................................................17

2.3 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO....................................................................................................18

3.1 DEFINIÇÃO.................................................................................................................................19

3.2 QUANDO CONSIDERAR O CROSS DOCKING.....................................................................20

3.3 IMPLEMENTAÇÃO....................................................................................................................21

3.3.1 - “NEGOCIAÇÃO”...................................................................................................................22

3.3.2 “PLANEJAMENTO E DESIGN”.............................................................................................23

3.3.3 “JUSTIFICATIVA ECONÔMICA”.........................................................................................23

3.3.4 “IMPLEMENTAÇÃO”.............................................................................................................24

3.4 “FUNCIONAMENTO”................................................................................................................24

3.4.1 MOVIMENTO CONSOLIDADO:...........................................................................................25

3.4.2 MOVIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO:......................................................................................26

3.4.3 MOVIMENTO CONTÍNUO UNITIZADO:............................................................................27

3.5 VANTAGENS..............................................................................................................................27

3.6 DIFICULDADES / DESVANTAGENS......................................................................................29

4 TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL...............................................................................31

4.1 VANTAGENS DO MODAL RODOVIÁRIO NO BRASIL.......................................................31

4.2 PROBLEMAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO.................................................................32

5 A TI NO CROSS DOCKING...........................................................................................................33

Page 10: TCC Renan Rodrigues Santana

5.1 WAREHOUSE MANAGEMENTE SISTEM (WMS)................................................................33

5.2 ELETRONIC DATA INTERCHARGE (EDI OU TROCA ELETRÔNICA DE DADOS).....................33

5.3 CÓDIGO DE BARRAS...............................................................................................................34

5.4 SCANNING..................................................................................................................................34

5.5 RÁDIO FREQUENCIA...............................................................................................................34

5.6 GLOBAL POSITIONING SISTEM (GPS OU SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL)...........35

6 CONCLUSÃO....................................................................................................................................36

7. REFERÊNCIAS.................................................................................................................................37

Page 11: TCC Renan Rodrigues Santana

11

INTRODUÇÃO

No atual mundo globalizado em que vivemos, fica cada vez difícil se colocar em um

lugar de destaque no competitivo mercado mundial. São empresas e mais

empresas dos mais longínquos cantos do Planeta brigando pelo mesmo “lugar ao

sol”. Torna-se cada vez mais importante oferecer um serviço de qualidade, no

menor valor possível, no prazo estipulado pelo cliente e nas condições por ele

requisitadas. Um diferencial competitivo é de suma importância para o

estabelecimento e manutenção de uma empresa numa posição de destaque no

mercado atual.

É nesse contexto que surge o cross docking como uma interessante alternativa

para os problemas logísticos, otimizando as operações de distribuição, cortando o

máximo de despesas possíveis, criando uma relação sólida dentro da cadeia de

suprimentos, tornando clientes e fornecedores parceiros.

O cross docking surge como opção neste mercado tão competitivo oferecendo

grandes melhorias nos seus campos de atuação, mas é oportuno informar que,

como qualquer outra técnica implementada, o cross docking também possui suas

desvantagens e dificuldades que devem ser levadas em consideração quando se

pretende fazer uso desta técnica para maximizar seus resultados e fazer valer a

pena os esforços tomados.

Page 12: TCC Renan Rodrigues Santana

12

OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo, apresentar o cross docking como uma relevante

alternativa para os atuais problemas logísticos, como por exemplo, excesso de

estoque e os problemas a ele ligados, atraso na entrega, eliminação de tarefas

custosas e que não agregam valor ao produto (movimentação interna, inspeção de

qualidade, manuseio excessivo, armazenagem, etc), além de oferecer uma série de

diferenciais competitivos. Visa também salientar pontos importantes referentes ao

planejamento, implementação, execução do cross docking a fim de otimizar-lhe o

uso e prevenir com relação aos seus pontos frágeis.

Page 13: TCC Renan Rodrigues Santana

13

JUSTIFICATIVA

Este trabalho se justifica na necessidade existente, de se possuir um diferencial

competitivo no seu negócio já que vivemos em um mundo globalizado onde se

compete tanto com a empresa vizinha, como com aquela que nem se sonhava

existir lá em Taiwan. O cross docking pode ser este diferencial, e é isso que

mostraremos ao longo desta monografia.

Page 14: TCC Renan Rodrigues Santana

14

1 ARMAZENAGEM

Para melhor entendimento do tema deste estudo decidi explanar sobre dois

assuntos que tem ligação com o tema principal deste Trabalho de Conclusão de

Curso; O primeiro deles é a armazenagem sobre o qual veremos agora alguns

conceitos que facilitaram o bom andamento deste estudo.

1.1 DEFINIÇÃO

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga,

carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados

ou semi-acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas

produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito,

com o objetivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005, p. 189). Pode-se definir a

missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução

para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os fatores

que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos

mesmos (Casadevante, 1974, p. 26).

1.2 IMPORTÂNCIA

A grande importância da Armazenagem dentro de uma empresa se resume

basicamente no caso de um componente que faça parte do produto final ou de

matéria-prima, na garantia do abastecimento da produção no caso de uma grande

variação da demanda à qual não seria possível ao fornecedor atender prontamente

ou ainda, caso haja algum imprevisto como garantia de não parar a linha de

produção da empresa caso ocorra algum imprevisto com o fornecedor como por

exemplo, a quebra de algum equipamento, congestionamento nas estradas que

ligam ambas as empresas e etc. Já no caso de produtos acabados ela pode ser

definida como o meio de garantir a variação da demanda por parte do cliente;

muitas vezes tem-se necessidade de determinada quantidade de produtos a pronta

Page 15: TCC Renan Rodrigues Santana

15

entrega e o único modo de garantir essa demanda é mantendo um estoque de

produtos acabados. Vamos nos reter a esse segundo conceito neste estudo.

1.3 VANTAGENS

A armazenagem quando efetuada de uma forma racional poderá trazer inúmeros

benefícios os quais se traduzem diretamente em reduções de custos. Se não

vejamos (Casadevante, 1974, p. 28):

Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança;

Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores;

Incremento na produção e maior utilização da tecnologia;

Melhor aproveitamento do espaço;

Redução dos custos de movimentações bem como das existências;

Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros;

Redução de perdas e inutilidades;

Versatilidade contra novas condições.

1.4 DESVANTAGENS

Algumas desvantagens da armazenagem são segundo Krippendorff (1972, p. 24):

Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem

em juros a pagar;

A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguel que se

traduz em rendas;

A armazenagem requer serviços administrativos;

Page 16: TCC Renan Rodrigues Santana

16

A mercadoria armazenada tem prazos de validade que têm de ser

respeitados;

Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de

movimentação.

Page 17: TCC Renan Rodrigues Santana

17

2 DISTRIBUIÇÃO

Este outro assunto é de suma importância para a boa compreensão deste estudo,

pois o cross docking não deixa de ser uma alternativa para maximizar a distribuição

e zerar os níveis de estoque.

2.1 DEFINIÇÃO

Distribuição é um dos processos da logística responsável pela administração dos

materiais a partir da saída do produto da linha de produção até a entrega do

produto no destino final (Kapoor et al., 2004, p. 2). Após o produto pronto ele

tipicamente é encaminhado ao distribuidor; O distribuidor por sua vez vende o

produto para um varejista e em seguida aos consumidores finais. Este é o processo

mais comum de distribuição, porém dentro desse contexto existe uma série de

variáveis e decisões de trade-off a serem tomadas pelo profissional de logística.

2.2 IMPORTÂNCIA

A distribuição tem grande importância dentro da empresa por se tratar de uma

atividade de alto custo. Além disso, ela está diretamente ligada a imagem da

empresa e na confiança que esta terá com relação ao mercado, haja visto que eu

posso até ter a melhor qualidade, o melhor preço e as melhores condições de

pagamento mas se meu produto não chegar na quantidade e no momento

requisitado pelo cliente, minha empresa perderá várias oportunidades e será mal

vista em todas as futuras negociações.

Page 18: TCC Renan Rodrigues Santana

18

2.3 CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO

Segundo Stern (1996), os canais de distribuição são o conjunto de organizações

interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível

para uso ou consumo. Os canais de distribuição selecionados por uma empresa

são de difícil alteração, mantendo-se fixos por muito tempo, pois envolvem outras

empresas, agentes, acordos comerciais, etc. A definição do canal de distribuição,

com os serviços associados a ele, necessita de uma análise criteriosa de suas

implicações sobre as operações logísticas. O processo de distribuição pode ser

direto, sem a participação de terceiros, ou indireto, com a utilização do atacadista

e/ou do varejista. Vários fatores podem orientar a escolha do melhor sistema de

distribuição, como: classificação dos bens, disponibilidade de recursos, potencial de

mercado, concentração geográfica dos clientes, necessidade de estocagem,

complexidade do bem, grau de mudança tecnológica ou mudança de estilo e

perecibilidade.

Page 19: TCC Renan Rodrigues Santana

19

3 CROSS DOKING

Finalmente chegamos ao objeto do nosso estudo; veremos agora itens importantes

como definição, implementação, vantagens e desvantagens, dentre outros.

3.1 DEFINIÇÃO

O cross docking é uma alternativa para de distribuição que visa, além de maximizar

as ações desta operação, eliminar o estoque da empresa na qual ele é

implementado; Pode basicamente ser definido como uma operação no sistema de

distribuição na qual o produto final da empresa é conduzido se não

instantaneamente, o mais rápido possível da linha de produção à expedição, sem

passar por um período de estocagem. Uma outra definição, mais elaborada, é:

cross docking é um processo onde produtos são recebidos em uma dependência,

ocasionalmente junto com outros produtos de mesmo destino, são enviados na

primeira oportunidade, sem uma armazenagem longa. Isso requer alto

conhecimento dos produtos de entrada, seus destinos, e um sistema para roteá-los

apropriadamente aos veículos de saída. Independentemente da definição

escolhida, existem três pontos (pré-requisitos) que, efetivamente caracterizam uma

operação de distribuição como cross docking:

1. O tempo total de permanência da mercadoria nas dependências onde ocorre o

cross docking deve ser levado ao mínimo. Alguns especialistas limitam o tempo

máximo para que se considere cross docking como um dia; alguns prestadores de

serviços logísticos, por outro lado, não cobram taxas de estocagem se o produto

permanecer até três dias. O que se deve ter em mente é que o tempo de

permanência dos produtos é um fator crítico em um cross docking.

2. Após o recebimento, o produto deve ser enviado diretamente ao veículo de saída

ou permanecer em uma área de picking, mas nunca pode ser estocado. Estoque foi

eliminado com o cross docking.

Page 20: TCC Renan Rodrigues Santana

20

3. É indispensável um sistema capaz de coordenar as trocas de produtos e

informação. É fundamental coordenação entre os diferentes participantes do cross

docking, especialmente quanto aos tempos em que os veículos chegarão ao

operador de cross docking.

Resumindo, a grande diferença entre o modelo tradicional e o cross docking é que

no modelo tradicional as mercadorias chegavam e eram armazenadas até

solicitadas pelos clientes; a produção era realizada para estoque e empurrada para

o cliente. No cross docking as mercadorias chegam “just in time” na medida que o

cliente já as solicitou ou esta em vias de as solicitar, pelo que são imediatamente

processadas e enviadas, eliminando assim a necessidade de armazenagem.

3.2 QUANDO CONSIDERAR O CROSS DOCKING

Se uma operação de distribuição atende dois ou mais desses critérios, o cross

docking provavelmente é adequado para essa operação.

O local de destino do material é conhecido no ato do recebimento;

O cliente está pronto para receber o material imediatamente;

Éxpede-se para menos de 200 locais diariamente;

O throughput diário no centro de distribuição supera 2.000 volumes (caixas,

paletes, etc);

Recebe-se grandes quantidades de itens individuais;

O inventário chega em suas docas pré-rotulado;

O Centro de distribuição já está no seu limite de capacidade.

Page 21: TCC Renan Rodrigues Santana

21

3.3 IMPLEMENTAÇÃO

A implementação do Cross Docking acaba por ser um pouco dificultosa haja visto

que exige grandes esforços não somente dos fornecedores, mas também do

operador e ainda do cliente. Além das necessidades físicas (o armazém, com as

docas de recebimento e saída), a implementação do cross docking necessita de

uma série de mudanças de cultura, comportamento além de hábitos de produção e

ainda um elo de parceria entre todos os envolvidos. Quando uma empresa

implementa o cross docking não somente ela, mas todos os seus parceiros têm um

instantâneo aumento de custos e esforços; essa relação de parceria é fundamental,

pois apesar de inicialmente haver dificuldades, elas serão todas compensadas com

o passar do tempo.

A qualidade do produto deve ser outro ponto no qual não se admite erros no nesta

operação, pois para o bom andamento do cross docking, o fluxo deve ser direto;

Não há tempo a se perder com o Departamento de Qualidade (que deixa de existir,

pelo menos com relação aos produtos nos quais o cross docking é utilizado). A

inspeção é feita na própria linha de produção sendo, como já dissemos, de suma

importância a garantia da qualidade dos produtos, pois basta um deslize do

fabricante para que se quebre a relação de confiança entre os as partes, tornando

inviável a prática desta operação e, até mesmo as próprias relações comerciais.

O fluxo de informação é outro item relevante na implementação do Cross Docking.

Dados sobre vendas, pedidos, previsão de chegada, entre outros dados, devem ser

compartilhados de forma a facilitar o planejamento de cada elo da cadeia de

abastecimento. Além disso, informações como o tipo de produto e quando será

recebido, em que quantidade e com que destino, são essenciais para o

planejamento das operações dentro das instalações (centros de distribuição ou

armazéns) que utilizam o cross docking.

Além disso, como o sistema cross docking envolve a quebra de cargas

consolidadas, separação de pedidos e mão de obra para realizar tais tarefas, deve

haver espaço suficiente e mão de obra e equipamentos especializados para a

realização dessas tarefas.

Page 22: TCC Renan Rodrigues Santana

22

É importante citar também que, por ser uma operação naturalmente complexa, o

cross docking de ser realizado com produtos cujos respectivos custos unitários

associados à falta dos mesmos em estoque sejam os mais baixos possíveis. Isso

porque caso ocorra alguma falha na distribuição, o impacto na cadeia seja o menor

possível. Recomenda-se manter um pequeno estoque (no máximo algumas horas)

para se minimizar esse risco. A escolha do produto é portanto um fator crucial no

bom funcionamento do cross docking.

Existem ainda alguns pontos que devem ser observados para uma harmoniosa

implementação do cross docking, que são:

A formação de uma equipa multidisciplinar e multifuncional

Desenvolvimento de forma planeada e organizada das mudanças

necessárias.

Implementação de um programa piloto

Implementação e teste das mudanças

Evolução do programa piloto e implementação das mudanças

Implementação

Uma revisão periódica das operações e se necessário repetir todo o

processo.

Segundo uma proposta da Warehouse Education and Research Council a

implementação do Cross Docking pode ser realizada em quatro fases. Veremo-nas

a seguir:

3.3.1 - “NEGOCIAÇÃO”

O primeiro passo a se tomar é identificar os produtos e os fornecedores que são

“candidatos” a operação do Cross Docking “; isso deve ser feito analisando-se o

produto fornecido com relação a curva ABC (curva de importância financeira), curva

Page 23: TCC Renan Rodrigues Santana

23

XYZ (curva de importância relativa), qualidade do produto e também ao próprio

fornecedor, com relação ao seus métodos de fabricação, pontualidade de entrega,

fidelidade aos pedidos, etc

Selecionados os fornecedores que participantes do cross docking, deve-se procurar

alternativas para eliminar / corrigir as falhas no atual processo de distribuição

visando a futura operação. Comunica-se o fornecedor sobre esses pontos discute-

se com ele sobre os mesmos.

3.3.2 “PLANEJAMENTO E DESIGN”

Nesta fase é que se define o Cross Docking, o modo o qual será realizado, e etc; O

cross docking ideal possui uma rede de transporte, equipamentos e operações para

dar suporte ao fluxo de produtos do fornecedor ao consumidor. Deve prover,

sempre que necessário, embalagem, montagem de kits, ordenação e outros

serviços. Esses pontos devem ser observados ao se executar esta fase. busca-se

então alternativas mais econômicas para as já encontradas e define-se a melhor

para cada ponto.

3.3.3 “JUSTIFICATIVA ECONÔMICA”

O Cross Docking, como qualquer alternativa para distribuição só é interessante se,

além de otimizar a distribuição, oferecer uma vantagem financeira sobre as

alternativas. Nesta fase se faz a análise dos investimentos, criando modelos sobre

os custos integrados (transporte, movimentação, equipamentos, qualificação da

MOD, etc) e determina-se o retorno com relação ao capital investido; Deve-se levar

em conta também os custos de fabricação dos produtos já que sua produção vai se

adequar as necessidades do cliente, deixando um pouco de lado a produção em

massa que costuma ser adotada para redução de custos e ainda inviabilizando a

compra de grandes quantidades de matéria-prima. Define-se também o lucro

desejado para determinação do preço final do produto para o consumidor final.

Page 24: TCC Renan Rodrigues Santana

24

3.3.4 “IMPLEMENTAÇÃO”

O próximo passo é elaborar um plano de implementação procurando respeitar ao

máximo os pontos definidos na fase “planejamento e design”. Feito isso deve-se

implementar inicialmente um programa-piloto, em uma escala bem menor do que a

do projeto inicial, por um curto período de tempo para análise dos resultados na

prática, utilizando-se como parâmetros para comparação, o sincronismo entre os

membros participantes, a qualidade do produto, o nível de atraso obtido, os

impactos deste atraso na cadeia de suprimentos e etc.

Constatado o sucesso da fase de teste, implementa-se o Cross Docking em grande

escala, conforme o planejado mas utilizando a fase de teste para se ver onde ainda

existem problemas procurando sempre a perfeição.

O último passo é a elaboração de procedimentos e padrões para o monitoramento

periódico e ampliação do programa.

3.4 “FUNCIONAMENTO”

O cross docking, como já vimos, é a transferência ou movimento dos produtos ou

mercadorias do ponto de recebimento ou recepção, diretamente para o ponto de

expedição e entrega, com tempo em estoque limitado ou se possível nulo. Na

verdade, o cross docking é uma ferramenta bastante antiga, o que mudou foi o

modo como ela é empregada. Ele tem sido utilizado tradicionalmente para atender

pedidos pendentes. Se há um pedido pendente, em aberto para um produto que

acabou de sair da linha de produção ele não é estocado, mas movimentado para a

doca de expedição. Atualmente ele está sendo visto como uma alternativa

estratégica da armazenagem.

Vários especialistas divergem sobre as formas existentes para a realização do

cross docking, então tivemos de adotar destas teses, não descartando as outras

Page 25: TCC Renan Rodrigues Santana

25

tendo-as como incorretas ou errôneas , mas por essa adotada ser a mais rica e

completa. Segundo ela, existem três tipos de cross docking:

3.4.1 MOVIMENTO CONSOLIDADO:

Nesta modalidade, a empresa fornecedora encaminha os produtos acabados da

produção diretamente para a expedição; os caminhões que saem da expedição

saem com sua capacidade máxima (Full Truck Load ou FTL) aproveitando assim

todo o seu potencial de transporte eliminando desperdícios de espaço. Eles se

dirigem para um armazém onde as cargas são desunitizadas (quebradas) e

passam para veículos menores, cada um para seu cliente com suas respectivas

quantidades requisitadas. Essa modalidade permite um pequeno período de

armazenagem ainda na fábrica (e por esse motivo é chamada de híbrida) já que os

caminhões saem com sua capacidade plenamente utilizada e é interessante

principalmente em cidades que impõem restrições quanto ao tamanho dos

veículos.

Figura 1 – Movimento Consolidado

Page 26: TCC Renan Rodrigues Santana

26

3.4.2 MOVIMENTO DE DISTRIBUIÇÃO:

Os produtos ao serem recebidos são desunitizados e combinados entre si para

serem distribuídos em cargas completas para os respectivos clientes. É realizado

por mais de uma fábrica manufatureira e exige a presença de um Centro de

Distribuição; Permite pequeno período de armazenagem para posterior

consolidação da carga destinada a cada cliente.

Figura – 2 Movimento de Distribuição

Page 27: TCC Renan Rodrigues Santana

27

3.4.3 MOVIMENTO CONTÍNUO UNITIZADO:

Considerado a forma verdadeira de Cross Docking, a mercadoria chega nos

caminhões já unitizada e preparada para cada cliente e flui diretamente das docas

de recebimento para as docas de embarque o mais rápido possível.

Figura 3 – Movimento Contínuo Unitizado

A opção escolhida tem muito a ver com o custo da operação. Dependendo de como

a carga é carregada, o expedidor pode facilitar ou dificultar o cross docking para o

operador.

3.5 VANTAGENS

O cross docking, indo ao encontro da redução de custos através da redução das

operações de movimentação e redução dos níveis de estoque, trabalha com

pedidos de ordens dos clientes em menores quantidades sendo entregues com

maior frequência procurando a qualidade e satisfação do cliente. As vantagens são

mútuas para cliente e fornecedor donde se destacam as seguintes:

Page 28: TCC Renan Rodrigues Santana

28

Redução de custos com transporte: Como o transporte é realizado

freqüentemente e FTL, os veículos usam plenamente sua SKU;

Aumenta a velocidade do fluxo de produtos e circulação de estoques: como

todos nós já sabemos, todo material para do em estoque gera custos de

armazenagem, custos de movimentação e custos de oportunidade;

Reduz custos de manuseio: outra das vantagens que se obtém com a

implementação desta técnica é a redução do manuseio dos produtos, reflexo da

expedição quase que imediata dos produtos acabados;

Permite consolidação eficiente dos produtos: Devido ao já conhecimento dos

destinos de cada um dos produtos chegados e devidamente identificados, fica

bastante simplificada a operação da separação e consolidação dos pedidos;

Da suporte as estratégias do Just In Time: Como a mercadoria chega em

pequenos lotes e de maneira bastante frequente e nos horários requisitados pelo

cliente, esta ferramenta se enquadra como uma interessante alternativa na

implementação do JIT;

Reduz necessidade de espaço: Devido a frequente entrega de pedidos em

pequenos lotes nos períodos requisitados, tanto o fornecedor como o cliente

reduzem seus respectivos estoques, tornando desnecessário um grande espaço

destinado a armazenagem;

Reduz danos aos produtos por menor manuseio;

Reduz furtos dos produtos: Com a redução dos estoques, o número de

produtos suscetíveis a furto cai também;

Reduz obsolescência (e problemas com prazos de validade) dos produtos:

Por eles permanecerem por um mui curto período de tempo na empresa, esses

problemas deixam de ser responsabilidade do fornecedor;

Diminui o número de papéis concernentes ao estoque: Como o estoque

daquele produto foi consideravelmente reduzido (se não eliminado), a necessidade

de inventário, e consequentemente o de papéis para esses inventários também

caem grandemente.

Page 29: TCC Renan Rodrigues Santana

29

3.6 DIFICULDADES / DESVANTAGENS

A desvantagem que se pode identificar, segundo Schaffer (1998), estaria nos

custos e esforços que os outros membros da cadeia de suprimentos teriam que

absorver para que o sistema Cross Docking alcance o sucesso. Esses esforços

estariam voltados para a implementação de melhorias em seus sistemas com o

objetivo de fornecer a base necessária para o funcionamento efetivo do Cross

Docking. O cross docking, para funcionar perfeitamente, alem do fluxo acelerado de

cargas necessita também de um complexo e eficiente fluxo constante de

informações entre todos os participantes; o fluxo de informações nesta operação é

quase tão importante quanto o de produtos pois é ele quem, sincronizando todos os

membros participantes da cadeia, vai tornar viável a escolha desta prática.

Entretanto, convencer os membros da cadeia a absorver estes custos e esforços

não é uma tarefa fácil, pois deve-se ter em mente a cooperação entre todos dentro

da cadeia produtiva para atingirem o sucesso.

Além dos problemas já citados, existem também uma série de problemas ligados a

má operação do cross docking; veremos esses problemas a seguir:

Dificuldade de determinar os produtos candidatos: o cross docking, apesar

de poder ser utilizado para todos os tipos de produtos, apresenta dificuldades para

ser implementado com alguns tipos de mercadorias. Ele é melhor executado

quando utilizado com produtos cujo custo unitário associado á falta do mesmo em

estoque seja o mais baixo possível. Produtos com perecibilidade alta também são

bons candidatos ao cross docking, já que acaba por não ser uma alternativa muito

interessante a estocagem dos mesmos;

Requer sincronização entre os fornecedores e demanda: Como já dissemos,

a sincronização e o fluxo de informação são a espinha dorsal de sustentação do

cross docking; caso não haja sincronização prefeita entre todos os membros

participantes, a eficiência do mesmo estará seriamente comprometida;

Sindicatos temem perda de empregos: Como o cross docking tende a

reduzir ou até mesmo eliminar estoques, existe uma forte resistência por parte dos

Page 30: TCC Renan Rodrigues Santana

30

sindicatos à implementação desta operação. É necessária uma conscientização,

não somente dos funcionários como também destes órgãos de que os benefícios

do cross docking estão ligados muito mais com a redução dos estoques e com a

otimização da distribuição do que com o corte de funcionários; é necessário

também se fazer o planejamento da mão-de-obra que ocasionalmente venha a ficar

ociosa na fábrica, sendo a demissão de funcionários a última das alternativas a

cogitadas;

Dependências inadequadas ou retornos sobre investimentos insuficientes

para justificar a compra, reforma ou construção de um CD apropriado: O cross

docking necessita de um espaço bem estruturado para ser executado com

eficiência; muitas vezes acaba por não ser viável a aquisição, reforma ou compra

de um CD para sua implementação. Uma alternativa é procurar um Operador

Logístico que terceirize esta operação, todavia é sempre importante salientar que a

fase de estudo e planejamento deve ser bem elaborada para verificar a viabilidade

do cross docking. É melhor deixá-lo de lado e partir para outra opção do que se

lamentar futuramente por ter escolhido a opção menos adequada.

Dificuldades com relação aos problemas do transporte rodoviário: O cross

docking é um sistema de distribuição que utiliza o modal rodoviário como meio de

transporte; sendo assim, ele acaba absorvendo todos os problemas provenientes

desse modal, problemas os quais estudaremos também no decorrer deste estudo.

A execução falha do cross docking pode acarretar em um julgo desigual entre as

partes da relação e, consequentemente no desgaste da relação. Volto a enfatizar a

fase de estudo e planejamento é de suma importância para o bom andamento da

relação cliente / fornecedor.

Page 31: TCC Renan Rodrigues Santana

31

4 TRANSPORTE RODOVIÁRIO NO BRASIL

Não é novidade para ninguém que o modal rodoviário é o principal sistema de

transporte do país, ele conta com uma rede de 1.355.000 KM por onde passam

cerca de 56% de todas as cargas em nosso país.

É certo que por essa alarmante desigualdade na distribuição do transporte de

mercadorias em nosso país que esse modal sofre tanto com problemas de infra-

estrutura, excesso de veículos, acidentes dentre outros problemas que veremos a

seguir. As empresas que pretendem implementar o cross docking devem levar em

conta também estes problemas, pois podem causar grandes transtornos na

realização do cross docking. Mas o modal rodoviário também trás algumas

vantagens se comparados com outros modais; veremos a ambas a seguir:

4.1 VANTAGENS DO MODAL RODOVIÁRIO NO BRASIL

- É o principal modal na matriz de transportes no Brasil – em muitas regiões é a

única opção existente;

- Tem enorme capilaridade comparado aos demais. Atualmente, representa

aproximadamente 60% da matriz de transportes no Brasil;

- Área de abrangência – atinge praticamente todo o país. Hoje há estradas em

praticamente todo o território nacional;

- Modal confiável a um custo de frete bastante interessante;

- Garantia dos prazos de entregas;

- Transporte dedicado;

- Facilidade de acesso ao local de carga e descarga (indústria ou Centro de

Distribuição), oferecendo, assim, uma única movimentação de carga / descarga.

Page 32: TCC Renan Rodrigues Santana

32

4.2 PROBLEMAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO

Mau Estado das Estradas: Dos 1.355.000 quilômetros de estradas

existentes em nosso território somente 212.000 quilômetros estão pavimentados

Isso sem contar os buracos e remendos mal feitos também; a situação está

complicadíssima, pois quase não existem estradas pavimentadas e as que existem

ainda estão todas esburacadas...

Roubo de Cargas: Atualmente, inacreditáveis R$ 1 bilhão são levados por

bandidos especialistas em roubo de cargas;

Pesada Carga Tributária: Consome cerca de 31% do faturamento das

empresas, além dos 61 impostos existentes no Brasil, as empresas ainda gastam

cerca de 1% de seu faturamento para garantir o cumprimento das 93 obrigações

fiscais acessórias;

Avançada Idade da Frota: A frota nacional conta atualmente com 1.800.000

veículos de carga dos quais 76% possuem mais de 10 anos e deste, 800.000

possuem mais de 20 anos fazendo da idade média da nossa frota ser de 18,8 anos;

Engarrafamentos: No Cross Docking a é essencial que os produtos cheguem

no momento previamente estipulado e isso fica difícil (principalmente nas grandes

metrópoles) com os constantes engarrafamentos causados, senão pelo excesso de

veículos, pelos acidentes constantes registrados em nossas estradas.

Page 33: TCC Renan Rodrigues Santana

33

5 A TI NO CROSS DOCKING

Informações exatas sobre a mercadoria, sobre os fornecedores e os clientes são

críticas para o gerenciamento efetivo de um armazém ou CD que se utiliza do

sistema Cross Docking. O uso dessas informações permite que a instalação possa

planejar seus procedimentos e operações, antes que as mercadorias sejam

recebidas. Dessa forma, organizando seus equipamentos e mão-de-obra, o

recebimento e a transferência das mercadorias para a expedição passam a ser

realizados de forma mais sincronizada e ágil, sem perda de tempo.

As principais ferramentas e práticas da tecnologia de informação que são

essenciais para o Cross Docking são: o WMS, o EDI, o código de barras, o

scanning, a rádio frequência e o GPS;

5.1 WAREHOUSE MANAGEMENTE SISTEM (WMS)

O WMS é um sistema de software que possui um alto nível de controle e

acuracidade do inventário; Agrega a tecnologia do código de barras e da radio

frequência para administrar atividades diretas do Cross Docking, agilizando e

facilitando as operações de identificação e separação de pedidos. A maioria dos

sistemas de informação tem que ser capaz de atuar em tempo real, otimizando o

fluxo de informação;

5.2 ELETRONIC DATA INTERCHARGE (EDI ou troca eletrônica de dados)

o EDI é um meio de intercâmbio de documentos e informações entre empresas, em

formato padrão, via PC. EDI permite que o computador do vendedor mande

informações para o computador do centro de distribuição orientando as atividades

de cross docking. Como já dissemos, o fluxo de informações é parte essencial para

Page 34: TCC Renan Rodrigues Santana

34

o bom funcionamento do cross docking, já que ele é quem vai sincronizar os

participantes da operação, otimizando assim seu funcionamento;

5.3 CÓDIGO DE BARRAS

Antes de começar o cross docking, as companhias devem etiquetar suas unidades

de transporte ( por exemplo: paletes) com código de barra. Para que o cross

docking tenha sucesso é necessário também a identificação do SKU (stock-keeping

unit) do produto e a quantidade do produto no pacote.

O código de barras é uma composição de uma informação por meio de gráficos de

dígitos numéricos ou alfanuméricos, utilizando-se da combinação de barras

paralelas, que são legíveis a scanners de mão. As tarefas de identificação e

separação de pedidos se tornariam extremamente morosas, cansativas e

imprecisas sem a utilização desta tecnologia;

5.4 SCANNING

O scanning é o processo de ler informações contidas nos códigos de barras por

meio de leitores ópticos do tipo Scanner; eles agem em conjunto com os códigos

de barra e viabilizam a utilização dos mesmos.

5.5 RÁDIO FREQUENCIA

Trata-se de um método de identificação automática através de sinais de rádio,

recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos

chamados de tags RFID.

Uma tag ou etiqueta RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser

colocado na embalagem ou produto. Ele contém chips de silício e antenas que lhe

permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora. Além

Page 35: TCC Renan Rodrigues Santana

35

das tags passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora,

existem ainda as tags semipassivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes

permite enviar o próprio sinal. São bem mais caras que as tags passivas.

As ondas de radio frequência são capazes de identificar, localizar e determinar a

condição dos itens, promovendo uma redução do tempo necessário para

contabilizar, localizar, monitorar e controlar a distribuição.

5.6 GLOBAL POSITIONING SISTEM (GPS ou Sistema de Posicionamento

Global)

É um sistema de informação eletrônica que fornece via rádio a um aparelho

receptor móvel a localização do mesmo com referencia as coordenadas terrestres.

Com os frequêntes problemas de trânsito como engarrafamentos e acidentes, é

indispensável para determinar o caminho mais rápido para seu destino.

Page 36: TCC Renan Rodrigues Santana

36

6 CONCLUSÃO

O cross docking é, sem dúvida alguma, uma excelente alternativa para quem visa

otimizar seu sistema de distribuição, firmar uma relação de parceria com seus

fornecedores e / ou clientes e ainda reduzir custos relacionados a armazenagem,

pois trás alguns dos conceitos do JIT que são grande parte do sucesso da Toyota

e de tantas outras fábricas ao redor do mundo. O cross docking não é uma idéia

nova; o modo como vem sendo usado é que é: tradicionalmente ele era utilizado

para atender a pedidos pendentes nos quais os produtos eram encaminhados, da

produção para expedição o mais rápido possível.

Ao final deste estudo, chegamos a conclusão de que, desde que bem estudado,

planejado, arquitetado e executado, o cross docking tem tudo para ser o futuro

padrão nas relações de distribuição, haja visto que suas vantagens e prós em muito

superam as dificuldades para sua implementação e execução e que o retorno sobre

o montante investido costuma ser válido pois além dos muitos benefícios que ele

gera para o fornecedor, tem também vários atrativos para o cliente, que também

terá seu estoque reduzido a medida em que o produto chega freqüentemente, em

pequenas quantidades. Numa relação onde ambas as partes ganham, tanto a

saúde dos negócios quanto a da relação cliente fornecedor tende a ser perfeitas.

Page 37: TCC Renan Rodrigues Santana

37

7. REFERÊNCIAS

MOURA, A. Reinaldo. Armazenagem: Do Recebimento à Expedição em

Almoxarifados ou Centros de Distribuição. Série Manual de Logística Volume 2,

IMAM, 2005.

ACKERMAN, Ken. 350 Dicas para Gerenciar Seu Armazém. Volume 3 IMAN, 2004.

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR11_0487.pdf - 26/08/09 -

23h45min.

http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR0112_0148.pdf - 26/08/09 -

23h46min.

http://www.ilos.com.br/site/index.php?

option=com_docman&task=cat_view&gid=10&Itemid=44&mosmsg=Voc%EA+est

%E1+tentando+acessar+apartir+de+um+dom%EDnio+n%E3o+autorizado.+

%28www.google.com.br%29 - 26/08/09 – 23h53min.

http://www.guialog.com.br/Y615.htm 26/08/09 - 23h54min

http://www.skywalker.com.br/artigos/corpo.php?id=207 - 26/08/09 23h58min.

http://intertemas.unitoledo.br/revista/index.php/Juridica/article/view/543/538

- 08/10/09 - 19h39min.

http://www.administradores.com.br/producao_academica/

logistica_e_distribuicao_uma_abordagem_conceitual_dos_temas_nos_dias_de_hoj

e/405/ - 08/10/09 20h02min.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Crossdocking - 08/10/09 20h16min.