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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA (CAV) CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS VARIAÇÃO TEMPORAL NA DIETA DE SPEOTYTO CUNICULARIA (AVES: STRIGIDAE), NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO (PERNAMBUCO, BRASIL). VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, DEZEMBRO DE 2010.

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Page 1: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA (CAV)

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA

EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

VARIAÇÃO TEMPORAL NA DIETA DE SPEOTYTO CUNICULARIA

(AVES: STRIGIDAE), NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

(PERNAMBUCO, BRASIL).

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, DEZEMBRO DE 2010.

Page 2: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA

EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

VARIAÇÃO TEMPORAL NA DIETA DE SPEOTYTO CUNICULARIA

(AVES: STRIGIDAE), NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

(PERNAMBUCO, BRASIL).

PROJETO APRESENTADO AO CURSO DE

GRADUAÇÃO EM LICENCIATURA EM

CIENCIAS BIOLÓGICAS COMO REQUISITO

PARA INCREMENTO DE CARGA HORÁRIA

COMPLEMENTAR.

AUTOR: CRISTIANO DE SANTANA CARVALHO.

ORIENTADORA:PROF.DRªANGELICA M.K. UEJIMA.

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO, DEZEMBRO DE 2010.

Page 3: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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Catalogação na fonte

Sistema de Bibliotecas da UFPE – Biblioteca Setorial do CAV

C331v Carvalho, Cristiano de Santana

Variação temporal na dieta de Speotyto Cunicularia (Aves: Strigidae),

na cidade de Vitória de Santo Antão (Pernambuco, Brasil) / Cristiano de Santana

Carvalho. - Vitória de Santo Antão: O Autor, 2010.

24 folhas: il.; tab.; figuras.

Monografia (Graduação) – Universidade Federal de Pernambuco. CAV.

Ciências Biológicas, 2010.

Inclui bibliografia.

1. Zoologia. 2. Aves – Dieta. 3. Speotyto Cunicularia. I. Título.

CDD (21.ed.) 590

BIBCAV/UFPE-030/2010

Page 4: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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FOLHA DE APROVAÇÂO

VARIAÇÃO TEMPORAL NA DIETA DE SPEOTYTO CUNICULARIA

(AVES: STRIGIDAE), NA CIDADE DE VITÓRIA DE SANTO ANTÃO

(PERNAMBUCO, BRASIL).

BANCA EXAMINADORA

Prof.Drª Angelica Maria Kazue Uegima

Prof.Drª Daniela Castiglioni

Prof.Drª Simone Rabelo da Cunha

Prof.MSc. Emanuel Souto da Mota Silveira

Vitória de Santo Antão_____de Dezembro de 2010

Page 5: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

5

Dedico este trabalho a todos os

estudantes de escola pública que

lutam com garra em busca de seus

sonhos. Aos meus familiares e a

minha namorada Maria por sempre

me apoiarem tanto nos momentos

bons quanto nas adversidades. A

minha orientadora Angelica por

acreditar em mim.

Page 6: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

6

AGRADECIMENTOS

Aos meus amigos por propiciarem a mim nestes quatro anos em convivemos

momentos de extrema felicidade.

Aos meus Pais por sempre me apoiarem em minhas decisões e por investirem na

minha educação.

Ao professor Gilmar Farias por tudo que me ensinou e por ter acreditado em mim.

A minha orientadora e amiga Angelica por ter me ajudado a crescer

intelectualmente e por ter acreditado em mim em todos os momentos.

A minha namorada Maria pelo seu companheirismo, por todo amor e carinho que

me propicia e por estar comigo nos momentos bons e ruins da minha vida.

Page 7: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Freqüência absoluta de Vertebrados consumidos por S. cunicularia ao

longo do ano e de acordo com as estações chuvosa e seca, na cidade de Vitória de

Santo Antão, Pernambuco. (VNI: vertebrados não

identificados)........................................................................................................... 17.

Tabela 2: Freqüência absoluta de invertebrados presentes na dieta de S.cunicularia

ao longo do ano e entre as estações Chuvosa e Seca no município de Vitoria de

Santo Antão, Pernambuco. (INI: insetos não identificados)......................................18.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Indivíduos de Speotyto cunicularia forrageando (a esquerda); a direita uma

pelota e as estruturas provenientes da triagem desta................................................12

Figura 2: Indivíduos de Speotyto cunicularia refugiados na toca..............................12

Figura 3: Localização de Vitória de Santo Antão no estado de Pernambuco..........14

Figura 4: Variação dos itens alimentares consumidos por Speotyto cunicularia de

acordo com os meses do ano e as estações chuvosa e seca no município de Vitoria

de Santo Antão, Pernambuco....................................................................................18

Figura 5: Variação mensal e entre as estações chuvosa e seca dos invertebrados

consumidos por Speotyto cunicularia no município de Vitoria de Santo Antão,

Pernambuco...............................................................................................................19

Page 8: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

8

Sumário

1. RESUMO .......................................................................................................................................... 8

2. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 9

3. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 11

3.1objetivos específicos .............................................................................................................. 13

4. HIPÓTESES .................................................................................................................................... 5

5. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................................................... 6

6. MATERIAIS E MÉTODOS.......................................................................................................14

6.1. área de estudo........................................................................................................................14

6.2 métodos......................................................................................................................................14

8. RESULTADOS ...........................................................................................................................15

9. DISCUSSÃO ...............................................................................................................................19

10. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................21

11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................22

Page 9: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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Variação temporal na dieta de Speotyto cunicularia (Aves: Strigidae)

na cidade de Vitória de Santo Antão (Pernambuco, Brasil).

Resumo

A coruja buraqueira (Speotyto cunicularia) é endêmica do continente

americano, estando distribuída do sul do Canadá ao sul de Chile e Argentina. Possui

hábitos diurnos e crepusculares e habita áreas com vegetação rasteira, como

campos naturais, savanas e restingas, além de ambientes modificados como

pastagens e também áreas urbanas representados por parques, terrenos e

aeroportos. A espécie possui dieta generalista composta principalmente por anfíbios,

répteis, aves, pequenos mamíferos (representados principalmente por roedores) e

insetos, dentre estes, a ordem Coleoptera é o item mais abundante. Os objetivos

deste trabalho foram identificar os itens consumidos por Speotyto cunicularia e

verificar se estes variam ao longo dos meses e de acordo com as estações chuvosa

e seca. O estudo foi desenvolvido na região urbana da cidade de Vitória de Santo

Antão, Zona da Mata do Estado de Pernambuco, entre outubro de 2009 e outubro de

2010. Os dados foram obtidos através da coleta de regurgitos provenientes de três

indivíduos que ocupavam três tocas próximas entre si, em uma área formada por

uma vegetação rasteira, na qual estavam contidos alguns formigueiros, um pequeno

lago e um Rio. Os resultados mostraram que a dieta de S. cunicularia, não variou ao

longo dos meses, mas houve diferença significativa entre as estações, sendo

consumidos mais itens alimentares durante a estação seca. A dieta desta coruja

consistiu de vertebrados e invertebrados, dentre os primeiros a ordem Anura foi a

mais representativa, já entre os invertebrados, os insetos foram o grupo

predominante, com destaque para a Família Formicidae que foi o item mais

abundante e a Ordem Coleoptera, a qual foi a mais diversa. O fato de Anura entre os

vertebrados e Formicidae entre os invertebrados serem os grupos mais abundantes

entre os itens consumidos por S. cunicularia deve estar relacionado às

características do habitat ocupado por Speotyto cunicularia neste estudo.

Palavras chave: Speotyto cunicularia, Dieta e Variação temporal.

Page 10: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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Introdução

A coruja buraqueira (Speotyto cunicularia) é endêmica do continente

americano, estando distribuída do sul do Canadá ao sul de Chile e Argentina

(NABTE et al., 2008; SANCHES, 2004; SICK, 1997; STARFFOD E FERREIRA, 1996

apud TEIXEIRA E MELO, 2000; YORK et al., 2002). Possui hábitos diurnos e

crepusculares (SICK, 1997) e habita áreas com vegetação rasteira, como campos

naturais, savanas e restingas, além de ambientes modificados como pastagens e

também áreas urbanas representados por parques, terrenos e aeroportos (BRAGA,

2006; JACOBUCCI, 2007).

O sítio de nidificação dessa espécie é escolhido pela disponibilidade de

buracos e presas, textura do solo e possibilidade de ser predada (RODRIGUES-

ESTRELLA E ORTEGA-RUBIO, 1996 apud TEIXEIRA E MELO, 2000). Speotyto

cunicularia pode utilizar como ninho tocas abandonadas por outros animais como

tatus ou pode cavar sua própria toca, que consiste em um túnel terminando em uma

câmara de ovipostura, forrada de capim, esterco ou resíduos encontrados em

ambientes urbanos, como papel (MILSSAP E BEAR, 2000 apud JACOBUCCI,

2007). Speotyto cunicularia põe até quatro ovos, cujo período de incubação é de

aproximadamente 24 dias (SICK, 1997).

A espécie possui dieta generalista composta por anfíbios (GARCIA et al.,

2008), répteis, aves, pequenos mamíferos, que são representados principalmente

por roedores (BELLOCQ, 1987; WILLIFORD et al., 2009) e insetos, dentre estes, a

Ordem Coleoptera geralmente é o item mais abundante (BASTIAN et al., 2008;

CONTRERAS et al., 1994; JACOBUCCI, 2007; MESERVE et al., 1987; MOTTA-

JUNIOR, 2006; MOTTA-JUNIOR E ALHO, 2000; NABTE et al., 2008; TEIXEIRA E

MELO 2000;VIEIRA E TEIXEIRA, 2008; WILEY, 1998; YORK et al., 2002; ZÍLIO,

2006). Porem, Zílio (2006) encontrou peixes e o molusco bivalve Perna perna

presentes na dieta desta coruja e York et al (2002) encontrou como item mais

abundante os representantes da Ordem Ortoptera. A predominância de insetos em

sua dieta pode ser justificada por ser um item alimentar de fácil manipulação e

bastante abundante. Outro fator que explicaria a predominante presença de insetos,

principalmente coleóptera e de roedores na dieta desta coruja é o fato destes grupos

Page 11: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

11

de organismos possuírem o pico de atividade crepuscular e noturno, coincidindo

com o maior período de forrageamento de S. cunicularia (TEIXEIRA E MELO, 2000).

Esta coruja, como a maioria das espécies de aves de rapina, possui o hábito

de regurgitar algumas partes dos itens consumidos que são de difícil digestão, tais

como mandíbula, pêlos e queratina, além de pedaços do exoesqueleto de

artrópodes (TEIXEIRA E MELO, 2000). Assim, é possível identificar praticamente

todos os itens consumidos por ela, analisando o conteúdo das pelotas regurgitadas,

não sendo necessário sacrificar o animal para analisar sua dieta.

A variação temporal na abundância dos indivíduos de uma população ocorre

de acordo com algumas vaiáveis, tais como, temperatura, estações chuvosa e seca,

disponibilidade de recursos alimentares e predação (FORATTINI, 2004). Este fato

nos ajuda a entender o porquê da ocorrência de variação temporal nos itens

alimentares de muitos animais. Em um estudo realizado por Motta-junior e Alho

(2000), foi encontrada variação temporal na alimentação de S.cunicularia, para a

maioria dos grupos de insetos consumidos, porem não houve variação temporal

para o consumo de roedores, os quais representaram a maioria dos vertebrados

consumidos. Contreras et al.(1994), também identificaram variação temporal na

dieta da coruja buraqueira, já Bastian et al. (2008), e Teixeira e Melo (2008), não

encontraram variação temporal na dieta desta coruja.

Segundo dados do INPE (INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS

ESPACIAIS, 2010) a estação chuvosa ocorre na região de floresta atlântica

nordestina entre os meses de Abril e setembro e a estação seca ocorre nos meses

de Outubro a Março.

Ainda não há trabalhos publicados referentes à alimentação e variação

temporal dos itens consumidos por S. cunicularia no Estado de Pernambuco, assim,

este trabalho disponibilizará as primeiras informações referentes a estes parâmetros

alimentares da referida espécie para este Estado.

Page 12: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

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Revisão Bibliográfica

Segundo Pough et al. (2008), a Classe Aves é formada por 22 ordens,

divididas em 197 famílias e 9631 espécies. Dentre as ordens, Passeriformes é a

mais abundante, sendo formado por 5681 espécies, o que representa

aproximadamente 59% de todas as espécies de aves existentes. O grupo Aves

apresenta ampla distribuição geográfica, estando distribuída por todos os

continentes. Este grupo tem como característica diagnóstica a presença de penas e

é um dos únicos grupos de organismos vivos que tem a capacidade de voar, assim

como morcegos e insetos (RUPPERT, 2005)

As aves estão presentes nos vários ecossistemas brasileiros e, de acordo,

com o tipo de ambiente onde vivem podem ser agrupadas em quatro categorias.

Aves silvícolas (vivem em ambientes de mata fechada). Aves aquáticas (vivem em

ambientes de água doce ou salobra, como rios, lagos e banhados). Aves marinhas,

as quais dependem do mar para obter alimento ou das ilhas para se reproduzirem e

aves limnícolas (aves que freqüentam córregos de água como manguezais e

lagunas, alimentando-se de pequenos organismos retirados do fundo lodoso com o

bico (SICK, 1997).

De acordo com o hábito alimentar, podemos agrupar as aves em: frugívoras,

alimentando-se de frutos. Granívoras, que se alimentam de grãos e sementes.

Insetívoras, a qual a principal fonte de alimento é insetos. Nectarívoras, aquelas que

usam como a principal fonte alimentar o néctar das flores. Carnívoras, Aves que se

alimentam de carne de animais vivos. Piscívoras, os grupos que tem como fonte

alimentar principal, peixes. Necrófagas, que se alimentam de carne de animais

mortos e onívoras, Aves que possuem hábitos generalistas apresentando uma

alimentação bastante diversificada (SICK, 1997).

As corujas são Aves pertencentes à ordem Strigiformes, possuindo

duas famílias, Tytonidae que é representada por apenas uma espécie (Tyto alba) e a

família Strigidae, a qual é formada por 185 espécies, dentre estas, Speotyto

cunicularia (Pough 2008). As corujas possuem distribuição cosmopolita, ocorrendo

até em regiões polares. Possuem hábitos noturnos, com exceção de Speotyto

cunicularia e Asio flameus que apresentam hábitos diurnos. (SIGRIST, 2007; SICK,

1997). São predadores noturnos vorazes em sua grande maioria, possuindo uma

Page 13: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

adaptação na plumagem, que é extremamente macia, propic

silencioso, ideal para a vida crepuscular

que tanto poderiam trair a coruja em sua caçada quanto atrapalhar a orientação

acústica da própria Ave.

localizar suas presas (SIGRIST

Figura 1: Indivíduos de

uma pelota e as estruturas provenientes da triagem desta.

Figura 2: Indivíduos de

adaptação na plumagem, que é extremamente macia, propic

silencioso, ideal para a vida crepuscular-noturna, já que elimina efeitos ultra

que tanto poderiam trair a coruja em sua caçada quanto atrapalhar a orientação

acústica da própria Ave. Elas dispõem de excelente audição e boa visão para

SIGRIST, 2007).

Indivíduos de Speotyto cunicularia forrageando (a esquerda

e as estruturas provenientes da triagem desta.

: Indivíduos de Speotyto cunicularia refugiados na toca.

13

adaptação na plumagem, que é extremamente macia, propiciando um vôo

noturna, já que elimina efeitos ultra-sônicos

que tanto poderiam trair a coruja em sua caçada quanto atrapalhar a orientação

ispõem de excelente audição e boa visão para

a esquerda); a direita

refugiados na toca.

Page 14: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

14

A coruja buraqueira, Speotyto cunicularia possui uma plumagem

freqüentemente cor de terra, um tamanho de aproximadamente 23 centímetros

(Figura 1). O seu canto é caracterizado por um grito forte e rouco. Os filhotes

ameaçam intrusos com um chocalhar que se assemelha bastante ao barulho emitido

pelo guizo da cascavel, o que pode amedrontar um predador. Um indivíduo pode

ocupar varias tocas, refugiando-se em uma delas quando aparece um predador

maior (Figura 2). (SICK, 1997).

Objetivo Geral

Verificar quais são os organismos consumidos por Speotyto cunicularia,

analisando se há ocorrência de variação temporal destes itens.

Objetivos Específicos

1: verificar quais organismos compõem a dieta de S. cunicularia.

2: analisar a influência das estações chuvosa e seca na dieta de S.cunicularia.

3: Avaliar a variação temporal da dieta ao longo do ano.

Hipóteses

Espera-se que a dieta de Speotyto cunicularia seja composta tanto por

vertebrados, quanto por invertebrados, havendo um maior consumo de insetos,

dentre estes a ordem Coleoptera será o grupo mais consumido.

Haverá uma variação dos itens consumidos por Speotyto cunicularia ao longo

do ano e de acordo com as estações chuvosa e seca.

Page 15: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

15

Materiais e métodos

Área de estudo:

O município de Vitória do Santo Antão, 8°7’35’’S, 35º18’27’’W, está situado na

Região da Zona da Mata Sul (SECTMA 2002) do Estado de Pernambuco (figura 3).

Possui uma área de 372km² e população de 121.269 habitantes sendo 99.344

habitantes vivendo na zona urbana.

Figura 3: Localização de Vitória de Santo Antão no estado de Pernambuco.

O estudo foi desenvolvido na região urbana da cidade, em uma paisagem

formada por vegetação rasteira, composta principalmente por gramíneas, poaceas,

ciperáceas e alguns locais sem vegetação, além disto, havia a presença de um

pequeno lago que estava localizado a aproximadamente 40 metros das tocas

ocupadas por Speotyto cunicularia e do Rio Tapacurá que se localiza a

aproximadamente 60 metros da área de coleta. Também havia alguns formigueiros

bem próximos as tocas.

Métodos:

O estudo foi realizado entre Outubro de 2008 e Outubro de 2009,

sendo desenvolvido por meio da analise dos regurgitos de três indivíduos de

Page 16: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

16

Speotyto cunicularia que ocupavam três tocas com aproximadamente 30 metros de

distância entre si. As pelotas foram coletadas semanalmente durante os 13 meses.

As pelotas de todos os indivíduos foram coletadas próximas as tocas e

armazenadas juntas em pequenos potes plásticos, a partir daí, a análise dos

regurgitos foi realizada pela lavagem destes em água corrente com o auxílio de uma

peneira e uma pinça, em seguida foram armazenadas em um recipiente com papel

toalha para secagem e posteriormente ocorreu a triagem dos itens consumidos.

Prosseguido com a identificação destes itens através da analise de mandíbula,

pêlos, penas e estruturas ósseas (vertebrados) e através da analise de élitros,

pernas, antenas e tagmas (artrópodes). Os grupos encontrados foram quantificados

da seguinte forma: cada vertebrado foi considerado um indivíduo contando-se os

pares simétricos de mandíbula e quando não existiam os pares simétricos, cada

hemi-mandíbula foi considerada como sendo um indivíduo. Nas coletas em que

apareceram ossos, mas não apareceram estruturas ósseas que caracterizassem

algum grupo de vertebrado, estes itens foram contabilizados como sendo de um

individuo de vertebrado não identificado (VNI). Os insetos foram quantificados a

partir de pares de élitros e cabeças. Os insetos que não puderam ser agrupados em

nenhuma ordem desta classe, foram contabilizados como sendo insetos não

identificados (INI). Todos os grupos foram classificados no menor nível taxonômico

possível, com a ajuda de especialistas em cada grupo e comparando-os com os

organismos armazenados no laboratório de zoologia da UFPE.

Para verificar se ocorre variação temporal significativa dos itens consumidos

por S. cunicularia e se estes itens diferem entre as estações chuvosa e seca foi

utilizado o teste estatístico GLM (Modelo linear generalizado). Logaririmizou-se as

freqüências de observação para garantir a homogeneidade entre as variantes.

Resultados

Em 13 meses de coleta de dados, foram encontrados 246 regurgitos, nos

quais estavam presentes como itens consumidos por Speotyto cunicularia, tanto

vertebrados quanto invertebrados. Os vertebrados foram representados por 71

indivíduos, pertencentes a quatro classes. Já os invertebrados tiveram 2288

indivíduos consumidos pertencentes ao filo arthropoda que consistiam quase que

Page 17: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

17

exclusivamente da Classe Insecta, com destaque para a Família Formicidae (com

988 ocorrências na estação chuvosa, e 747 na estação seca) e para a Ordem

Coleoptera (com 173 ocorrências na estação chuvosa e 247 na estação seca).

Tabela 1: Freqüência absoluta de Vertebrados consumidos por S. cunicularia

ao longo do ano e de acordo com as estações chuvosa e seca, na cidade de Vitória

de Santo Antão, Pernambuco.(VNI: vertebrados não identificados).

Ano Mês Estação Reptilia Rodentia Anura Aves Didelphi- Morphia

Chiroptera VNI Total

2008 Outubro Seca 0 0 0 0 0 0 4 4

2008 Novembro Seca 0 1 0 0 0 0 3 4

2008 Dezembro Seca 3 1 2 0 0 0 1 7

2009 Janeiro Seca 2 0 2 0 0 0 1 5

2009 Fevereiro Seca 1 4 4 1 1 0 1 12

2009 Março Seca 2 1 2 1 0 0 1 7

2009 Abril Chuvosa 0 0 1 0 0 0 1 2

2009 Maio Chuvosa 2 1 1 0 1 0 2 7

2009 Junho Chuvosa 0 0 2 0 0 1 0 3

2009 Julho Chuvosa 1 0 3 0 0 0 1 5

2009 Agosto Chuvosa 2 0 0 0 0 0 3 5

2009 Setembro Chuvosa 1 0 0 1 0 0 1 3

2009 Outubro Seca 1 4 2 0 0 0 0 7

Total

15 13 19 03 02 01 19 71

Os vertebrados foram representados pelas classes Mammallia, Reptilia, Aves

e Amphibia e pelo grupo de VNI (vertebrados não identificados). A classe Mamallia

teve como representantes as ordens Chiroptera (um indivíduo) pertencente à família

Vespertilionidae, Didelphimorphia com dois indivíduos (Didelphidae) e Rodentia que

foi à ordem mais abundante com 12 indivíduos, pertencentes às famílias Cricetidade

(10 indivíduos) e Muridae (2 indivíduos).(tabela 1).

A Classe Amphibia teve representantes apenas da Ordem Anura e foi o grupo

de vertebrados mais abundante. A classe Reptilia foi representada apenas pela

Ordem Squamata (Iguania), sendo o segundo grupo de vertebrado mais abundante.

A Classe Aves apareceu três vezes na coleta, sendo um indivíduo pertencente à

ordens Passeriformes.(tabela 1).

Page 18: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

18

Tabela 2: Freqüência absoluta de invertebrados presentes na dieta de

S.cunicularia ao longo do ano e entre as estações Chuvosa e Seca no município de

Vitoria de Santo Antão, Pernambuco. (INI: insetos não identificados).

Ano

Mês Estação Formicidae Ortoptera Araneae Coleoptera INI Total

2008 Outubro Seca 192 2 0 24 4 222

2008 Novembro Seca 75 6 0 23 30 134

2008 Dezembro Seca 129 2 0 16 22 169

2009 Janeiro Seca 106 2 0 21 21 150

2009 Fevereiro Seca 33 2 0 46 8 89

2009 Março Seca 122 0 0 51 7 180

2009 Abril Chuvosa 61 0 0 13 0 74

2009 Maio Chuvosa 355 0 1 61 0 417

2009 Junho Chuvosa 122 0 0 22 0 144

2009 Julho Chuvosa 249 0 0 35 0 284

2009 Agosto Chuvosa 141 1 0 21 4 167

2009 Setembro Chuvosa 60 0 0 21 1 82

2009 Outubro Seca 90 1 0 76 9 176

Total 1735 16 1 430 106 2288

Os invertebrados foram representados por Araneae, a qual apareceu apenas

uma vez durante os meses de coleta e os demais itens desse grupo consistiam em

insetos, os quais tiveram como representantes a Família Formicidae, e as Ordens

Coleoptera e Ortoptera, alem destes houve a ocorrência do grupo insetos não

identificados (INI), este ultimo consistia em duas morfoespécies aparentemente

pertencentes a mesma ordem.

Em relação a quantidade de insetos consumidos, Formicidae foi o item mais

abundante com 1735 (77%) indivíduos pertencentes a 30 morfoespécies. Coleoptera

foi o segundo item mais abundante, o qual foi representado por 375 (16,7%)

indivíduos, além disto, este grupo foi o mais diverso com 75 morfoespécies. O

terceiro grupo mais abundante foi INI, sendo representado por 128 (5,7%) indivíduos

e duas morfoespécies, Ortoptera apareceu apenas 12 (0,54%) vezes , sendo entre

os insetos o quarto grupo mais abundante e o terceiro mais diverso, o qual tinha

como representantes três morfoespécies (Tabela 2).

Page 19: TCC Cristiano De Santana Carvalho - UFPE

19

Não ocorreu diferença significativa dos itens consumidos por Speotyto

cunicularia ao longo do ano. Porem houve diferença significativa em relação às

estações chuvosa e seca (Gl= 5; F= 48.25 e P< 0,001)(Tabela 1). A ordem Ortoptera

foi mais abundante durante a estação seca e INI foi mais abundante durante a

estação chuvosa (figura 3). Os demais itens não variaram durante as estações.

Figura 4: Variação dos itens alimentares consumidos por Speotyto cunicularia de

acordo com os meses do ano e as estações chuvosa e seca no município de Vitoria

de Santo Antão, Pernambuco.

Dentre os vertebrados, Rodentia esteve presente em todos os meses da

estação seca e em apenas dois meses da estação chuvosa. Anura esteve presente

em quase todos os meses do trabalho, estando presente tanto na estação seca

quanto na chuvosa. Didelphimorphia esteve presente nos meses de Fevereiro e

Maio, aparecendo uma vez em cada estação. Chiroptera foi registrado apenas no

período chuvoso. Squamata foi representado entre os meses de Dezembro de 2009

e Março de 2010, em Maio de 2010 e entre Julho e Outubro de 2010, em ambas as

estações. O grupo Aves ocorreu nos meses de fevereiro, Março e Setembro de 2010

(Figura 4).

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

Se

ca

Se

ca

Se

ca

Se

ca

Se

ca

Se

ca

Ch

uvo

sa

Ch

uvo

sa

Ch

uvo

sa

Ch

uvo

sa

Ch

uvo

sa

Ch

uvo

sa

Se

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OutubroNovembroDezembroJaneiroFevereiroMarço Abril Maio Junho Julho AgostoSetembroOutubro

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quantidade de itens consumidos

Reptilia Rodentia

Anura Aves

Didelphimorphia Chiroptera

VNI

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Figura 5: Variação mensal e entre as estações chuvosa e seca dos

invertebrados consumidos por Speotyto cunicularia no município de Vitoria de Santo

Antão, Pernambuco.

Entre os invertebrados, Formicidae e Coleoptera estiveram presentes durante

os 13 meses de coleta, sendo mais abundantes durante a estação chuvosa.

Araneae esteve presente no mês de maio (estação chuvosa), Ortoptera apareceu de

Outubro de 2009 a fevereiro de 2010 e nos meses de Agosto e Outubro de 2010. INI

foram representados na dieta de Speotyto cunicularia de Outubro de 2009 a Março

de 2010 e de Agosto a Outubro de 2010. Ambos foram bem mais abundantes

durante a estação seca (Figura 5).

Discussão

O fato de estarem presentes na dieta de Speotyto cunicularia todos os grupos

de vertebrados terrestres e os invertebrados consistirem quase que exclusivamente

da Classe Insecta, reforçam os resultados encontrados por (CONTRERAS et al.,

1994; MESERVE et al., 1987; MOTTA-JUNIOR 2006; MOTTA-JUNIOR & ALHO,

2000; NABTE et al., 2008; TEIXEIRA E MELO, 2000;VIEIRA E TEIXEIRA 2008;

WILEY 1998; YORK et al. 2002; ZÍLIO 2006) que afirmaram que a dieta de S.

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Formicidae Ortoptera

Araneae Coleoptera

INI

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cunicularia é composta por Anfíbios, repteis, aves, mamíferos e insetos, sendo este

grupo predominante na alimentação desta espécie.

A baixa freqüência de vertebrados na dieta de S. cunicularia pode estar

associada a menor disponibilidade destes itens no ambiente em relação aos

invertebrados. A abundância de insetos no ambiente deve ter possibilitado a captura

de um aporte energético satisfatório, frente à não utilização de vertebrados que deve

ser um recurso teoricamente de maior exigência energética para sua captura e

manipulação. Além disso, a manipulação de presas por esta coruja como a retirada

das penas de aves, e o consumo de apenas algumas partes das presas são

comportamentos que levam dificuldade da detecção de vertebrados nas pelotas

(Zílio, 2006).

Speotyto cunicularia possui uma dieta generalista, ou seja, dentre os

possíveis itens que podem ser utilizados em sua alimentação predomina o que

ocorre em maior abundância no seu habitat (BASTIAN et al. 2008, NABTE et al.,

2008, SANCHES, 2004; TEIXEIRA E MELO, 2000, YORK et al., 2002). Este fato

pode ser utilizado como explicação para a abundância da Família Formicidae dentre

os itens consumidos, já que nas proximidades das tocas onde foram coletados os

regurgitos, há a ocorrência de alguns formigueiros.

Segundo Ruppert et al (2005), a Classe Insecta é a mais diversa em número

de espécies, possuindo por volta de 1.000.000 de representantes. Dentro desta

Classe, a Ordem Coleóptera é a mais representativa em diversidade, este fato é

corroborado nos resultados encontrados no trabalho, pois Coleoptera foi muito mais

diverso que os outros grupos de organismos consumidos, mesmo sendo muito

menos abundante que a Família Formicidae.

Um fato que pode explicar a maior ocorrência da Ordem Anura entre os

grupos de vertebrados consumidos deve estar relacionado às características do

ambiente habitado pela coruja buraqueira neste estudo. Como já foi mencionado,

nas proximidades das tocas onde foram coletados os regurgitos, há a presença de

um pequeno lago e do rio Tapacurá. Anuros são animais que habitam locais úmidos

(POUGH, 2008), assim este grupo de vertebrados deveria ser mais abundante nas

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proximidades das tocas destas corujas que os outros grupos de vertebrados

consumidos.

Segundo Reis et al (2006), a família Cricetidae é a mais diversificada dentre

as famílias de roedores do Brasil, com 117 espécies em 36 gêneros, todos

agrupados em uma única Subfamília neotropical, Sigmodontinae. Sendo S.

cunicularia uma ave generalista, a grande diversidade deste grupo de roedores

talvez explique o porquê de esta família ter sido bem mais representativa que a

família Muridae.

A variação dos recursos consumidos entre as estações seca e chuvosa deve

ter ocorrido devido a uma alteração na disponibilidade destas presas, como a

espécie possui hábito generalista deve ter ocorrido o consumo destes itens de

acordo com a variação de disponibilidade no ambiente. Uma ilustração disso é o

consumo de roedores mais marcado na estação seca, provavelmente é um período

de redução da disponibilidade de insetos e assim, energeticamente deve ser mais

eficiente investir energia na captura e manipulação de presas maiores nesta época.

O consumo de morcego, que não é um item comum pra esta espécie de

coruja, pode ter sido facilitado pelo tamanho, pois se trata de uma espécie de

pequeno porte. Além disso, o consumo de um item isolado ao longo de vários

meses, pode retratar oportunismo do predador, então, sugere-se que além de hábito

generalista, Speotyto cunicularia possa ser oportunista.

Considerações finais

Os resultados aqui apresentados corroboram vários aspectos retratados em

literatura sobre a dieta de Speotyto cunicularia. Na região de estudo, esta espécie

sugere ter hábito alimentar generalista, mostrado pelos resultados expostos,

especialmente pela variação dos itens alimentares de acordo com a estação do ano.

A variação de itens consumidos ao longo de diferentes estações não é uma

estratégia que espécies especialistas podem executar. Assim, provavelmente a

variação temporal observada na dieta de Speotyto cunicularia neste estudo seja

conseqüência de seu hábito generalista, consumindo o item que estiver disponível,

dentro da sua habilidade de caça. O trabalho também mostra resultados que

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sugerem hábito alimentar oportunista, mas para confirmar esta possibilidade, devem

ser realizados estudos ao longo de prazos maiores na região.

Este trabalho disponibilizará as primeiras informações referentes a

alimentação de S. cunicularia, tanto para o estado de Pernambuco quanto para o

Nordeste, assim, os resultados deste trabalho iniciam o conhecimento da dinâmica

biológica da região e pode colaborar dessa forma com a elaboração de propostas

efetivas de conservação futuramente.

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