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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL CRISTIANO ROBERT DA SILVA SOUZA ESTUDO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO NO CRUZAMENTO DAS AVENIDAS JOÃO DURVAL X GETÚLIO VARGAS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA Feira de Santana 2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANADEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

CRISTIANO ROBERT DA SILVA SOUZA

ESTUDO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO NO CRUZAMENTO DAS AVENIDAS JOÃO DURVAL X

GETÚLIO VARGAS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA

Feira de Santana2008

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANADEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

CRISTIANO ROBERT DA SILVA SOUZA

ESTUDO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO NO CRUZAMENTO DAS AVENIDAS JOÃO DURVAL X

GETÚLIO VARGAS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA

Orientadora: Profa: Janeide Vitória de Souza

Monografia apresentada à disciplina Projeto Final II, como parte do requisito para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia Civil.

Feira de Santana2008

2

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CRISTIANO ROBERT DA SILVA SOUZA

ESTUDO DO TRÁFEGO DE VEÍCULOS APÓS A IMPLANTAÇÃO DO VIADUTO NO CRUZAMENTO DAS AVENIDAS JOÃO DURVAL X

GETÚLIO VARGAS NA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA

Monografia apresentada ao Departamento de Tecnologia da Universidade Estadual

de Feira de Santana, como requisito para conclusão do curso de Engenharia Civil da

referida instituição.

Aprovada em____de Setembro de 2008.

Comissão examinadora:

________________________________________

Profa Msc. Janeide Vitória de Souza (DTEC/UEFS-BA)

________________________________________

Prof. Msc. Areobaldo de Oliveira Aflitos (DTEC/UEFS-BA)

________________________________________

Prof. Dr. Genival Correa de Souza (DTEC/UEFS-BA)

3

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“Lá bem no alto do décimo segundo andar do ano

vive uma louca chamada Esperança, e ela pensa

que quando todas as sirenas, todas as buzinas,

todos os reco-recos tocarem, atira-se. E ela será

encontrada miraculosamente incólume na

calçada, outra vez criança...”

Mário Quintana.

4

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Dedico o presente trabalho à minha família, minha

querida esposa Cyntia, meus pais Célcia e

Valfredo, a dedicada tia Delza e meu irmão Gian,

pela compreensão e incentivo para seguir avante

nesta jornada, apoiando os momentos difíceis

destes cinco anos.

5

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AGRADECIMENTOS

A Deus por ter me dado a oportunidade e os meios para que aqui chegasse.

A minha família, especialmente minha esposa Cyntia, meus pais Valfredo e

Celcia, minha tia Delza e meu irmão Giancarlos que com a graça de Deus me

incentivaram a enfrentar as adversidades que se apresentaram nestes períodos.

A todo corpo docente que ao longo do curso transmitiram seus

conhecimentos, e aos demais funcionários que contribuíram nesta longa

caminhada.

A Profa. Janeide Vitória de Souza, minha profunda gratidão e

reconhecimento pela oportunidade de realizar um sonho pelo empenho e

orientação deste trabalho, pelo apoio e incentivo recebidos ao longo desta jornada.

Aos companheiros de curso em especial a meus grandes amigos: Éderson

Fabrício e Heric Stefanelli, que sem dúvida alguma influenciaram em minha

carreira.

A todos aqueles que, mesmo não sendo citados nominalmente, colaboraram

direta ou indiretamente para a realização deste trabalho.

6

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE GRÁFICOS

LISTA DE ABREVIATURAS

RESUMO

ABSTRACT

09

11

12

13

14

151-INTRODUÇÃO 16

2-JUSTIFICATIVA 17

3-OBJETIVOS

3.1 – Objetivo Geral

3.2 – Objetivos Específicos

19

19

194-METODOLOGIA 204.1-Período de coleta 20

4.2-Instrumento de coleta de dados 21

4.3-Tratamento de dados 21

5-REFERENCIAL TEÓRICO 22

5.1- Breve histórico de Feira de Santana e o crescimento da cidade 22

5.2- Circulação e classificação viária das Avenidas em estudo 235.3 - A interseção das avenidas João Durval x Getúlio Vargas, os

pontos de ligação com outras grandes avenidas de Feira de Santana e

a implantação do viaduto.

27

5.4 – Veículos que trafegam as conseqüências do fluxo e as

características do tráfego nas avenidas João Durval e Getúlio Vargas.

5.4.1 – Fatores que afetam a velocidade de fluxo livre

5.4.2 – Fatores que afetam o fluxo de tráfego

5.4.3 – Tipos de tráfego

30

42

44

465.5 - Controle do tráfego por meio de sinais e marcações no

cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio Vargas

5.6 - O tráfego de veículos em áreas urbanas

6 – RESULTADOS E DISCUSSÕES

7 – CONCLUSÕES

47

53

55

62RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

63

64

7

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ANEXOS 67

8

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LISTA DE FIGURAS

Pág.

Figura 1 Mapa elaborado com os oito sentidos na região do viaduto do

cruzamento das av. João Durval x Getúlio Vargas.

20

Figura 2 Vista geral da cidade de Feira de Santana, demonstrando a

verticalização da cidade e o crescimento de vias de trafego

laterais (foto).

23

Figura 3 Vista panorâmica da interseção das avenidas João Durval com a

Getúlio Vargas em níveis diferentes (foto).

27

Figura 4 Desenho do Viaduto do cruzamento das avenidas João Durval x

Getúlio Vargas. Adaptado do site

http://www.feiradesantana.ba.gov.br.

29

Figura 5 Viaduto do cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio

Vargas (foto).

29

Figura 6 Sentido lateral do viaduto B2 (Av.João Durval/bairros zona sul

para Av.Getúlio Vargas/ bairros zona leste (foto).

33

Figura 7 Sentido lateral do viaduto D2 (Av. João Durval/Shopping

Iguatemi para Av. Getúlio Vargas/centro (foto).

33

Figura 8 Caracterização dos níveis de serviço no cruzamento das

avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas (Nível 1A).

Caracterização dos níveis de serviço no cruzamento das

avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas (Nível 1B e

Nivel 1C).

Caracterização dos níveis de serviço no cruzamento das

avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas (Nível 1D e

Nivel 1E).

38

39

40

Caracterização dos níveis de serviço no cruzamento das

avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas (Nível 1F).

41

Figura 9 Presença de pilares do viaduto no canteiro central da avenida

Getúlio Vargas (foto).

43

Figura 10 Número de faixas da avenida Getúlio Vargas (foto). 44

Figura 11 Rampa ascendente do viaduto (foto). 45

9

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Figura 12 Presença de veículos pesados no viaduto do cruzamento das

duas avenidas (foto).

46

Figura 13 Esquema de sinalização semaforizada: Semáforo na Avenida

Getulio Vargas (equivalente ao sentido A1 – Av. Getúlio

Vargas/centro para bairros zona leste (foto).

48

Figura 14 Semáforo na saída lateral da Avenida João Durval (equivalente

ao sentido D2 – Av. João Durval/Shopping Iguatemi para Av.

Getúlio Vargas/Centro (foto).

49

Figura 15 Esquema de sinalização vertical por placas nas Avenidas Getúlio

Vargas e João Durval Carneiro acesso lateral (foto).

49

Figura 16 Esquema de sinalização vertical por placas nas Avenidas Getúlio

Vargas e João Durval Carneiro acesso lateral (foto).

50

Figura 17 Esquema de sinalização horizontal por faixas de sentido duplo

no viaduto (foto).

50

Figura 18 Esquema de sinalização horizontal por faixas na Avenida Getúlio

Vargas (foto).

51

Figura 19

Figura 20

Passeio lateral para pedestres sobre o viaduto (foto).

Croqui elaborado com os valores em UVP em cada sentido

53

60

10

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LISTA DE TABELAS

Pág.

Tabela 1 A hierarquia das vias e a classificação viária correspondente: 26

Tabela 2 Média do fluxo de veículos observados nos dias 31/07/08 e 06/08/08

nos diferentes sentidos de trafego do cruzamento das avenidas Getulio

Vargas e João Durval Carneiro

60

11

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LISTA DE GRÁFICOS

Pág.

Gráfico 1 Fluxo de veículos na Avenida Getulio Vargas nos sentidos A1 e

C1.

57

Gráfico 2 Fluxo de veículos na Av. João durval nos dois sentidos B1 e D1

( viaduto)

57

Gráfico 3 Fluxo de veículos nas saídas laterais da Avenida Jpão Durval

Carneiro em direção à Avenida Getulio Vargas.

58

Gráfico 4 Média do fluxo de veículos observados nos dias 31/07/08 e

06/08/08 nos diferentes sentidos de tráfego do cruzamento das

avenidas Getúlio Vargas e João Durval Carneiro.

61

12

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LISTA DE ABREVIATURAS

A1 Sentido de tráfego na Av. Getúlio Vargas /Centro em direção a Av.

Getúlio Vargas/Bairros zona lesteA2 Sentido de tráfego na Av. Getúlio Vargas/Centro em direção a Av.

João Durval/Bairros zona sul.B1 Sentido de tráfego na Av. João Durval/bairros zona sul em direção

a Av. João Durval/Shopping Iguatemi.B2 Sentido de tráfego na Av. João Durval/bairros zona sul em direção

a Av. Getúlio Vargas/Bairros zona lesteC1 Sentido de tráfego na Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste em

direção a Av. Getúlio Vargas/Centro.C2 Sentido de tráfego na Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste em

direção a João Durval/Shopping IguatemiCTB Código de Trânsito BrasileiroD1 Sentido de tráfego na Av. João Durval/Shopping Iguatemi em

direção a Av. João Durval/Bairros zona sulD2

HCM

Sentido de tráfego na Av. João Durval/Shopping Iguatemi em

direção a Av. Getúlio Vargas/Centro

Highway Capacity ManualPGT Pólos Geradores de Trafego VMH Volume Médio HorárioVMD Volume Médio Diário

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RESUMO

O estudo de tráfego de Feira de Santana é um fator importante para a população

local e regional, devido ao grande crescimento do número de veículos que trafegam

pela cidade. Dados atuais apontam que Feira de Santana apresenta-se em contínuo

processo de crescimento e desenvolvimento urbanistico, desde a sua fundação,

sendo hoje considerada cidade de grande porte. Diante da demanda do espaço

viário de Feira de Santana, destaca-se a avenida Getúlio Vargas, uma das principais

da cidade, onde o fluxo de veículos é cada vez maior devido ao crescimento dos

polos geradores de tráfego. Assim, o aumento do fluxo de veículos está associado

com a expansão da cidade e seu crescimento demográfico e econômico. A

implantação de viadutos em pontos estratégicos da cidade aparece como uma

solução estrategica para melhoria do tráfego, sendo que atualmente o primeiro e

único em operação localiza-se no cruzamento das avenidas João Durval Carneiro

com a Getúlio Vargas. O objetivo do nosso trabalho foi avaliar o fluxo em diferentes

horários após a implantação do viaduto no cruzamento das avenidas João Durval

Carneiro com a Getúlio Vargas, atraves da determinação da UVP (Unidade de

Veículos Padrão) que foi realizada em dois dias da semana considerados dias de

trafego tipicos nos horarios considerados de elevado fluxo de veiculos, nos oito

diferentes sentidos do cruzamento dessas avenidas. Os dados foram tabulados e

analisados através do programa Excel. Nossos resultados demonstram que a

Avenida Getúlio Vargas pode ser considerada como via de grande capacidade,

apresentando maior circulação de veiculos comparada com a avenida João Durval

Carneiro. Alem disso, a avenida de grande fluxo, apresentou dificuldade na

realização de manobras e de mudança de faixas nos horarios de pico.

Palavras chave: Tráfego, Fluxo de Veículos e Avenidas.

14

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ABSTRACT

The traffic study of Feira de Santana is an important factor for the local and regional

population because of the growth of vehicles number that travel through the city.

Current data indicate that Feira de Santana appears to be in continuous process of

growth and urban development, since its foundation, been today considered a big

city. Facing Feira de Santana road space demand, highlighting Getúlio Vargas

Avenue, a major city avenue, where the flow of vehicles is increasing due to the

growth of traffic generators poles. Thus, increasing vehicles flow is associated with

the city expansion and its economic and population growth. The deployment of

viaducts at strategic points appears as a strategic solution for traffic improvement,

whereas currently the first and only in operation located at the intersection of João

Durval Carneiro and Getúlio Vargas avenues. The aim of our study was assess the

vehicles flow at different hours after the deployment of the viaduct at the intersection

of Joao Durval Carneiro with Getúlio Vargas avenues, by determining the SVU

(Standards Vehicle Unit) which was held in two days of the week considered normal

traffic days at times considered typically high vehicles flow in eight different directions

of the avenues intersection. Data were tabulated and analyzed through the Excel

program. Our results show that the Getúlio Vargas Avenue can be considered as a

large capacity, providing greater movement of vehicles compared to the avenue João

Durval Carneiro. Furthermore, the large capacity avenue presented dificultly in

carrying out manoeuvres and change tracks.

Key words: Traffic, Vehicles Flow and Roads.

15

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1- INTRODUÇÃO

A qualidade crescente dos veículos produzidos no país, aliada ao significativo

aumento dos importados nos últimos anos, tem implicado numa extraordinária

elevação de seu desempenho, com repercussão não só nas velocidades finais por

eles alcançadas (estas controladas pelos limites de velocidade das vias), como

principalmente nas acelerações e retomadas de velocidade, o que veio a exigir

reflexos cada vez mais apurados e menos tempo para tomada de decisões no

tráfego urbano (DNER, 1999).

Hoje em dia, o elevado número de veículos se tornou um grande problema

dentro das grandes cidades. Além de causar muito incômodo com seus altíssimos

níveis de ruídos, causam intensa poluição atmosférica, e acima de tudo, grandes

transtornos aos centros urbanos, tais como, congestionamentos, dificuldades para

estacionar entre outros.

A possibilidade de acomodar o tráfego de veículos é a consideração principal

no projeto das vias urbanas. A capacidade de uma via depende do comportamento

do tráfego e dos volumes que podem ser acomodados com diversas configurações

da pista e com as condições de operação.

Especificamente, a capacidade é o número máximo de veículos por unidade

de tempo que podem passar em determinada pista com as condições ai

encontradas.

Um determinado itinerário em geral consiste em diversos trechos de vias.

Além do uso de faixas de trânsito diretas, podem-se encontrar no itinerário áreas

com entrecruzamentos de veículos, pistas de ligação, extremidades de pista, pistas

auxiliares e cruzamentos. Esses vários componentes devem oferecer características

de operação em harmonia com o nível de serviços das faixas de trânsito diretas que

formam a estrutura básica do itinerário todo ou do trecho de itinerário considerado.

O tráfego do cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio Vargas é muito

intenso devido a um grande fluxo de veículos nos períodos da manhã e final da

tarde. Desta forma uma avaliação da capacidade de tráfego e nível de serviço é

muito importante para que seja analisada posteriormente e tomada as devidas

providencias para minimizar as conseqüências do grande número de veículos que

circulam nas ruas de Feira de Santana, enfocando aqui o cruzamento das avenidas

João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas.

16

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2- JUSTIFICATIVA

A verticalização das áreas centrais de Feira de Santana, a ocupação da

periferia e o crescimento nos níveis de motorização aumentaram consideravelmente

a demanda pelo espaço viário, bem como pela região da avenida Getúlio Vargas e

da avenida João Durval Carneiro. Tal questão fica ainda mais critica, quando se

percebe o aumento da urbanização e a implantação cada vez maior de complexos

de grande porte, como escritórios, shopping centers, hipermercados, hotéis entre

outros. Esses empreendimentos são chamados de Pólos Geradores de Trafego

(PGT), que atraem ou produzem grande numero de viagens, causando reflexos

negativos na circulação viária em seu entorno e, em certos casos, prejudicando a

acessibilidade de toda região, alem de agravar as condições de segurança de

veículos e pedestres (DENATRAN, 2001).

Segundo EJZEMBERG (1996) o crescimento das cidades gera um aumento

do fluxo de tráfego das vias em geral. A intensidade dos fluxos de veículos e

pedestres nas vias determina o tipo de uso do solo. Além disso, em vias onde o fluxo

de veículos aumenta gradativamente devido ao crescimento da cidade, observa-se

também as alterações no uso dos imóveis que podem passar de residenciais para

estabelecimentos comerciais.

O princípio da continuidade das vias, explica que as vias que conduzem os veículos a

distâncias mais longas têm maior atração do tráfego com volumes altos, o qual é denominado

tráfego de passagem, que utiliza basicamente as vias denominadas coletoras, as quais

absorvem os veículos provenientes das vias de trânsito local. Distribuindo esse tráfego às vias

arteriais, que tem grande extensão e conduzem o tráfego de uma região para outra da cidade.

As vias descontínuas “repelem” o tráfego de passagem, atraindo somente o tráfego local,

basicamente residencial. Conclui-se que o controle do uso do solo urbano está diretamente

ligado ao princípio de continuidade das vias.

O tráfego urbano tem um comportamento mais ou menos uniforme, tendo

predominância de veículos leves e ônibus. O seu crescimento está associado com a

expansão da cidade e o crescimento demográfico e econômico da localidade. Por

outro lado, o tráfego viário de Feira de Santana possui características diversas, onde

existe uma grande incidência de veículos pesados, até à forma de deslocamento dos

mesmos. Seja pelo fato de manter um fluxo contínuo contra o fluxo interrompido das

cidades, ou seja, pela velocidade bastante superior. Dessa forma, no tráfego viário

17

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determinam-se taxas de crescimento genéricas para toda uma região (um Estado,

por exemplo); identificam-se os tipos de tráfego com suas origens e destinos e os

projeta de acordo com as taxas de crescimento encontradas para essas origens e

destinos (KRAUS, 1997).

O cruzamento das duas avenidas apresenta-se hoje neste cenário,

comportando elevado fluxo de veículos oriundos do trafego local da cidade, situado

em uma região de ampla expansão comercial e residencial; do trafego regional por

ser a primeira maior cidade do interior da Bahia; e do trafego nacional por

representar um grande entroncamento rodoviário sendo eixo das grandes rodovias

que ligam os estados do nordeste ás regiões sul e sudeste do país. Desta forma a

implantação do viaduto no cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e João Durval

Carneiro visa minimizar o impacto do elevado fluxo de veículos no trafego e na

população local, sendo uma obra de grande benfeitoria para uma cidade em

constante processo de desenvolvimento.

Contagens feitas do número de veículos, antes da construção do viaduto no

cruzamento das avenidas João Durval com a Getúlio Vargas, pela prefeitura,

contagens essas realizadas durante 15 minutos no dia 07 de março de 2007, no

período das 14h45min às 15h00min, não são satisfatórios, pois não se pode fazer

uma avaliação de fluxo e nível de serviço do tráfego em apenas 15 minutos

conforme anexo 1.

18

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3- OBJETIVOS

3.1 - Objetivo geral

Investigar o fluxo de veículos em diferentes horários após a implantação do

viaduto no cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e João Durval Carneiro visando

analisar o fluxo e o nível de serviço do tráfego, para proporcionar dados relevantes

para um possível estudo comparativo no futuro.

3.2 - Objetivos específicos

- Estabelecer o volume médio horário de veículos que trafegam nos horários

de pico, em cada sentido do cruzamento das avenidas João Durval Carneiro x

Getúlio Vargas após a construção do viaduto, através da realização de pesquisa in

loco;

- Determinar quantitativamente o fluxo do tráfego de veículos nas duas

avenidas;

- Analisar os níveis de serviço das avenidas em estudo;

- Propor ações para trabalhos futuros.

19

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4- METODOLOGIA

4.1- Período de coleta

Foi realizada uma pesquisa quantitativa de contagem volumétrica classificada

de veículos nos dias 31 de julho de 2008 e 06 de agosto de 2008 nos períodos da

manha entre 7:00 e 8:30, tarde entre 12:00 e 14:00 e à noite entre 17:30 e 19:00.

Nesses períodos a contagem foi realizada em intervalos de 15 minutos,

simultaneamente nos 8 diferentes trechos abaixo referidos ver figura 1.

A1- Av. Getúlio Vargas/Centro para Av. Getúlio Vargas/Bairros zona leste.

A2- Av. Getúlio Vargas/Centro para Av. João Durval/Bairros zona sul.

B1- Av. João Durval/bairros zona sul para Av. João Durval/Shopping Iguatemi.

B2- Av. João Durval/bairros zona sul para Av. Getúlio Vargas/Bairros zona leste.

C1 - Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste para Av. Getúlio Vargas/Centro.

C2 - Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste para João Durval/Shopping Iguatemi

D1 - Av. João Durval/Shopping Iguatemi para Av. João Durval/Bairros zona sul

D2- Av. João Durval/Shopping Iguatemi para Av. Getúlio Vargas/Centro

Figura 1 – Mapa elaborado com os oito sentidos na região do viaduto do cruzamento das av. João Durval x Getúlio Vargas.

AB

C DAv. João Durval / Shopping Iguatemi

Av. Getúlio Vargas / Av. Getúlio Vargas /

1

2

1

2

12

12

20

Av. João Durval/Bairros Zona Sul

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4.2 - Instrumento de coleta de dados:

Foram determinadas as medidas de UVP (Unidade de Veículos Padrão) que

trafegaram nas vias em todos os sentidos, o que corresponde ao numero de veículos

contados multiplicado pelo fator de transformação dos veículos contados em UVP.

Esse fator equivale a 1,0 para automóveis passeio e taxi ; para ônibus corresponde a

2,25; para caminhão 2,0 e para motocicleta 0,25 (NBR1340, ABNT, 1990). Os dados

foram tabulados de acordo com o Modelo I de Pesquisa de contagem de veículos,

indicada pela NBR1340 (ABNT, 1990). Também foi determinado o Volume Médio

Horário em um Dia de Semana (VMH) que é determinado pelo número total de

veículos trafegando durante uma hora do dia. Para todos esses casos a unidade é

veículos/hora (vph). Os dados foram coletados nos dois sentidos das duas avenidas.

Também foi estabelecido critério de definição de tipo de veículo considerando

a classificação da NB-1349 Pesquisa de contagem classificada de veículos em via

Publica (ABNT, 1990), seguindo a tabela Modelo I estabelecida por esta norma

(Anexo 1).

4.3 - Tratamento dos dados:

Após a contagem dos veículos esses resultados foram convertidos em UVP,

tabulados nessa unidade de referência, e analisados através de tabelas e gráficos

com o auxílio do programa Excel.

21

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5- REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 – Breve histórico de Feira de Santana e o crescimento da cidade

O município de Feira de Santana, fundado em 1833, originou-se da fazenda

Santana dos Olhos D’água, de propriedade do português Domingos Barbosa de

Araújo e Ana Brandão, que construíram uma capela, sob as invocações de São

Domingos e Santana, em torno do qual surgiu a povoação. Ali instituiu-se uma feira,

que se tornou um centro de permuta comercial e, por isto, pouso obrigatório de

tropas e viajantes (http://skyscrapercity.com/showthread.php?t=459170). Em 1873

passou a ser cidade, encontra-se situado na região do semi-árido do Estado da

Bahia, distante 108 quilômetros da capital, Salvador (QUEIROZ et al., 2004). A

economia da cidade gira em torno do comércio, industria e pecuária, além de ser

hoje um dos pólos de maior desenvolvimento regional do Brasil em educação

superior, transformando-se em um centro de ensino superior, através de suas ações

acadêmicas.

Segundo o censo demográfico de 2007, Feira de Santana apresenta uma

população maior que 571.997 habitantes (http://www.ibge.gov.br/cidadesat/2007).

Dados atuais apontam que Feira de Santana apresenta-se em contínuo

processo de crescimento e desenvolvimento desde a sua fundação, sendo hoje

considerada cidade de grande porte (http://www.ibge.gov.br/cidadesat/2007).

Entretanto o grande crescimento demográfico, urbanístico e a verticalização,

(Figura 2) gera o aumento do fluxo de tráfego das vias em geral, tanto dos fluxos de

veículos e de pedestres nas vias, resultando em transformações no uso dos imóveis,

que vão passando lentamente de residenciais para estabelecimentos comerciais e

de serviços. Esse fato compromete a qualidade de vida dos moradores, que acabam

procurando outros locais para residir, ao mesmo tempo que a concentração de

veículos e pedestres passa a ser interessante para atividades comerciais

(EJZEMBERG, 1996).

Assim uma adaptação da circulação viária parece necessária para atender as

novas características do fluxo de veículos nesses locais, como tem ocorrido

progressivamente na cidade de Feira de Santana, mais especificamente na região

do cruzamento das Avenidas Getúlio Vargas e João Durval Carneiro.

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Figura 2 – Vista geral da cidade de Feira de Santana, demonstrando a verticalização da cidade e o crescimento de vias de trafego laterais (foto).

5.2 – Circulação e classificação viária das Avenidas em estudo

As utilizações normais das vias pelo tráfego são o leito viário, destinado aos veículos;

e os passeios ou calçadas para os pedestres. Alguns fatores podem levar a se alterar essas

regras, instituindo medidas que visam minimizar os efeitos desses fatores, como por exemplo,

a saturação das vias pelo fluxo de automóveis, o fluxo intenso de pedestres, o controle de

poluição, a preservação de áreas residenciais e a preservação de áreas de patrimônio histórico

(CUPOLILLO, 2006).

A circulação nas vias ocorre de diferentes formas:

• Em Sentido duplo: através da circulação natural de todas as vias, não requerendo

sinalização estabelecendo sua circulação. Tem como vantagens básicas a melhor

acessibilidade aos seus imóveis e melhor acesso ao serviço de ônibus, os quais podem

circular em ambos os sentidos da mesma via facilitando os usuários. As desvantagens

são de riscos de colisões frontais, conflitos nas conversões à esquerda e maior

dificuldade na travessia dos pedestres.

• Em Sentido único: onde são determinadas devido a saturação da via como mão dupla,

causando problemas de segurança e fluidez do tráfego, as vias de mão dupla são

transformadas em mão única, sendo escolhido um sentido para sua operação e

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sinalizadas para esse fim. Tem como vantagens a eliminação de riscos de colisão

frontal, maior segurança na travessia de pedestres, aumento da capacidade viária

proporcionando maior fluidez. As desvantagens principais são o aumento da

velocidade podendo aumentar os acidentes em determinados horários e menor

acessibilidade.

• Em Vias ou faixas reversíveis: quando se tem determinados fluxos predominantes

numa mesma direção em apenas alguns períodos do dia (CUPOLILLO, 2006).

As vias de fluxo podem ainda ser classificadas de acordo com o tipo de fluxo em Vias

de fluxo ininterrupto (nos quais não há restrição a passagem do fluxo de tráfego, como nas

pontes e viadutos, vias expressas e estradas) ou em Vias de fluxo interrompido (nos quais

existem cruzamentos em nível e que há a necessidade de se controlar os fluxos que se cruzam

através de dispositivos de controle, placas “Pare” e “Dê a preferência” que estabelecem as vias

preferenciais ou semáforos) (MONTEIRO, 2004).

Na área urbana, são predominantes as vias de fluxo interrompido, as quais requerem

tratamentos na administração dos fluxos que se cruzam nas inúmeras intersecções em nível.

Ejzemberg (1996) ao tratar da análise da circulação e fluxos de tráfego aponta que o

tratamento e controle das intersecções é o principal fator determinante da capacidade do

sistema viário, além de influir significativamente na segurança. No aspecto fluidez, os

cruzamentos (intersecções) podem causar efeitos de restrição à passagem do fluxo de tráfego

(perda de capacidade), em vias que supostamente suportariam a demanda de tráfego. Como

exemplo, um semáforo pode reduzir de menos da metade a até um terço da capacidade de uma

via, se comparado com a sua capacidade num trecho fora da intersecção. Na ótica da

segurança, grande parcela dos acidentes ocorre concentradamente nas intersecções.

O volume veicular pode ser determinado por medidas de demanda bastante

utilizadas na engenharia de trafego. São elas:

• Volume anual: que determina o índice de periculosidade (estudos de

segurança no trânsito); a estimativa de receita de pedágios; e o estudo das

tendências de volume.

• Volume Médio Diário (VMD): que representa distribuição do tráfego no

sistema viário, através da comparação da demanda atual em uma via a fim de

promover uma programação de melhorias viárias.

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• Volume Horário: que determina o estudo de capacidade das vias através de

projetos de alteração de geometria e do estabelecimento de controle de

tráfego (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

O fluxo de veículos sofre ainda variações temporais de volume veicular que

podem ser determinados de acordo com:

• Variação diária – picos e entre - picos;

• Variações semanais – dias úteis, fim de semana, feriados e feriados

prolongados;

• Variação anual – férias escolares, compras;

• Os motivos da variação de volume podem ser característicos da cidade –

litorâneas, industriais, dormitório (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

Diante dos estudos de tráfego as vias são classificadas a partir de suas

características funcionais e físicas em quatro tipos segundo o Código de Trânsito

Brasileiro (CTB) (Tabela 1) (AASHTO, 1994; DNER, 1998)

• Expressas ou de transito rápido;

• Arteriais;

• Coletoras;

• Locais.

Segundo o CTB as expressas são aquelas caracterizadas por acessos

especiais, com transito livre, sem intersecções em nível e sem travessia de

pedestres em nível (velocidade máxima = 80 km/h.)

As arteriais são aquelas caracterizadas por intersecções em nível, geralmente

controlada por semáforo, com acessibilidade às vias secundárias e locais,

possibilitando o trânsito entre as regiões da cidade (velocidade máxima = 60 km/h).

Coletoras são aquelas destinadas a coletar e distribuir o trânsito que tenha

necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito rápido ou arterial, possibilitando o

trânsito dentro das regiões da cidade (velocidade máxima = 40 km/h).

Locais são aquelas caracterizadas por intersecções em nível não

semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restritas (velocidade

máxima = 20km/h) (AASHTO, 1994; DNER, 1999).

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Tabela 1: A hierarquia das vias e a classificação viária correspondente:

Função Classificação

Deslocamentos de longa distância Expressas ou de trânsito rápido

Circulação entre as vias/bairros Arteriais

Acesso às edificações Coletoras

Ambiente urbano Locais

Assim, podemos descrever a classificação viárias da avenida Getúlio Vargas

como sendo uma via arterial, semaforizada, com duas pistas de sentidos opostos de

mão única com 3 faixas cada pista, possuindo sinalizações verticais e horizontais

com canteiro central. E a avenida João Durval Carneiro (viaduto), como sendo uma

via arterial, com uma pista de mão dupla, possuindo sinalizações verticais e

horizontais, fazendo interseção com a avenida Getúlio Vargas em Nível diferente

conforme figura 3.

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Figura 3 – Vista panorâmica da interseção das avenidas João Durval com a Getúlio Vargas em níveis diferentes (foto).

5.3 – A interseção das avenidas João Durval x Getúlio Vargas, os pontos de ligação com outras grandes avenidas de Feira de Santana e a implantação do viaduto.

Existem em Feira de Santana 4 avenidas principais que se cruzam, são as

avenidas Presidente Dutra x Maria Quitéria, Presidente Dutra x João Durval, Maria

Quitéria x Getúlio Vargas e João Durval x Getúlio Vargas.

Dentro desse cenário gostaria de destacar o cruzamento das avenidas João

Durval x Getúlio Vargas, como um dos pontos de interseções com áreas de manobra

elementares de ângulos retos, mais críticos em relação ao elevado fluxo de veículos,

principalmente na Avenida Getúlio Vargas, por ser essa uma via que permite o

acesso a bairros antes classificados como residenciais e que hoje já apresentam

características comerciais.

O trafego no cruzamento das duas avenidas, tem apresentado grandes

complicações nos últimos anos com o aumento do fluxo de veículos. Segundo o

DNIT (2006), o aumento do fluxo de veículos é natural em função do próprio

crescimento econômico do estado e da micro-região, tornando o tráfego pelas

avenidas cada vez mais complexas.

Um dos grandes desafios que administradores e planejadores de municípios

em ascendente processo de crescimento enfrentam nos dias atuais, consiste em

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melhorar a qualidade de vida nas cidades. Um desses desafios refere-se a atender

às exigências da população quanto às suas necessidades de circulação dentro do

perímetro urbano. Para isso, é necessário gerenciar e investir no sistema viário e de

transportes, de modo a facilitar a circulação de pessoas e mercadorias e a minimizar

o impacto gerado pelo maciço uso de veículos. Em outras palavras, é necessário

reduzir os custos operacionais, as poluições sonoras e atmosféricas decorrentes da

intensidade de tráfego de veículos e, principalmente, os problemas sociais e

psicológicos advindos do trânsito, devidos aos congestionamentos (MOURA et al.,

2002).

O caso das obras de infra-estrutura de transporte não é uma exceção. Por

suas características, o seu impacto sobre a comunidade é mais abrangente. Os

benefícios são notáveis não só para os usuários diretos do sistema de transporte,

mas também para a sociedade como um todo. Os efeitos ambientais também

ultrapassam o marco estreito da via, influenciando a qualidade de vida,

principalmente nos ambientes urbanos (TAMAYO, FERNANDES & CURY, 2005). As

obras de infra-estrutura de transporte são geralmente custosas, os quais requerem

um investimento inicial elevado, o que faz com que, em muitas ocasiões, seja difícil

sua execução pelo setor público. Além disso, a recuperação do investimento desta

obra não é imediata, com prazos que podem levar vários anos.

Por definição, viaduto é uma obra viária que se sobrepõe a uma via pública

(rua, avenida, praça) para facilitar o trânsito. Viadutos urbanos e passarelas são

componentes da infra-estrutura urbana, atendendo prioritária e exclusivamente à

circulação de veículos, servindo de transposição de fundos de vales, cruzamentos de

vias, etc (http://www.vazio.com.br/ensaios/viadutos.htm).

Um estudo de tráfego após a implantação do viaduto no cruzamento das

avenidas João Durval Carneiro x Getúlio Vargas (Figuras 4 e 5) é um dos objetos de

nosso estudo.

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Figura 4 - Desenho do Viaduto do cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio Vargas. Adaptado do site http://www.feiradesantana.ba.gov.br.

Figura 5 - Viaduto do cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio Vargas (foto).

A escolha de um tipo especifico de interseção depende de diversos fatores,

como a classe das vias envolvidas, a capacidade, a segurança e a topografia da

região onde se localiza a interseção (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

Em caso de vias expressas, como as avenidas João Durval Carneiro e Getúlio

Vargas, quando existe a exigência de controle total ou parcial de acesso, adota-se a

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Interseção em níveis diferentes, no caso de obras como viadutos (COSTA &

FIGUEIREDO, 2007).

As interseções podem receber 5 tipos de tratamentos, que dependem

principalmente do volume de tráfego em cada aproximação, da disponibilidade física

e dos recursos disponíveis. Quais sejam:

• Colocação de uma placa “PARE”;

• Colocação de sinalização semafórica;

• Canalização dos movimentos;

• Combinação destes tratamentos;

• Separação dos fluxos em níveis diferentes com viadutos (KOHLSDORF,

1995).

No caso da interseção das avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio

Vargas recebe uma combinação de tratamentos, ou seja, possui uma separação do

fluxo em níveis diferentes, com um viaduto na avenida João Durval cruzando por

cima da avenida Getúlio Vargas, na qual possui sinalização semafórica e colocação

de placas “PARE”, nas saídas laterais do viaduto.

5.4 - Veículos que trafegam, as conseqüências do fluxo e as características do tráfego nas avenidas João Durval e Getúlio Vargas.

Moderação de Tráfego é o termo que designa a aplicação através da

engenharia de tráfego, de medidas físicas e de regulamentação, desenvolvidas para

controlar a velocidade e induzir os motoristas a um modo de dirigir mais apropriado à

segurança e ao meio ambiente (BHTRANS, 1999).

A atribuição de tráfego é uma parte do processo que atribui um dado número

de viagens a um determinado sistema ou rede viária. É usada para estimar o volume

de tráfego nas vias de ligações do sistema viário para um determinado ano futuro ou

para simular condições atuais. O processo de atribuição de tráfego requer como uma

descrição completa do sistema viário existente e futuro (BRUTON, 1979).

Um dos principais atributos de um bom sistema viário é sua confiabilidade.

Esta condição depende muito das condições de circulação dos veículos. A

velocidade média dos veículos depende principalmente das condições físicas das

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vias, da relação entre volume e capacidade e do número de interrupções, como

semáforos (VASCONCELOS, 2000).

O aumento do uso do automóvel trouxe problemas graves de

congestionamento em muitas partes de paises em desenvolvimento. Um estudo feito

em dez cidades brasileiras em 1997 mostrou que o congestionamento provocado

principalmente pelos automóveis prejudica muito o desempenho de outros tipos de

veículos (VASCONCELOS, 2000).

O uso indiscriminado das vias públicas para o tráfego de veículos, ou seja,

fora de uma adequada hierarquização viária, tem propiciado nos grandes centros

urbanos, notadamente em suas áreas mais adensadas, degradação ambiental,

aumento do número de acidentes envolvendo pedestres, retardamentos no fluxo de

tráfego, bem como diversos outros problemas (MONTEIRO, 2004). O Código

Nacional de Trânsito Brasileiro estabelece que a velocidade máxima permitida nas

áreas urbanas é de 60 km/h (vias arteriais), 40 km/h (vias coletoras) e 20 km/h (vias

locais), estando estas sujeitas à especificação por parte do órgão gestor

correspondente. Muitas vezes, estas velocidades não são respeitadas, gerando

acidentes graves.

As condições das vias têm grande impacto nas condições do trânsito, para

viagens a pé e para meios motorizados. A qualidade das calçadas é essencial para a

segurança e conforto dos pedestres (VASCONCELOS, 2000).

O tipo de pavimento também é muito importante para utilização de veículos. A

largura da via é fundamental para sua capacidade. As áreas periféricas são

especialmente carentes a este respeito, uma vez que a urbanização ocorre de forma

precária, com vielas assumindo função de vias de tráfego (VASCONCELOS, 2000).

Os problemas de tráfego surgiram junto com o aparecimento do automóvel e

cresceram, à medida que aumentaram o uso desse tipo de veículos em todas as

modalidades e o uso do solo, principalmente com o crescimento vertical das cidades,

sem atenção aos problemas que estavam sendo criados para o tráfego e

estacionamento de veículos (FRAENKEL, 1980).

A frota de veículos urbanos deve receber atenção quanto à sua condição de

trafegabilidade, sendo bastante diversificada e vai de caminhões a bicicletas. A

diversidade das cargas exige diferentes tipos de veículos para acomodar e

transportar de forma apropriada e dentro de padrões que garantam suas

propriedades, características físicas e qualidade (NUNES, 2007).

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Os estudos de tráfego permitem a determinação de características

fundamentais para o projeto de vias. Esta engenharia visa um melhor entendimento

do comportamento dos fluxos de tráfego e das suas principais características. Uma

maior fluidez para as correntes de tráfego significa acima de tudo reduzir as demoras

impostas aos usuários do sistema estudado, com a obtenção de um melhor uso para

as vias existentes (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

Os caminhões de carga, com dimensões e funcionalidade adaptadas ao

tráfego urbano são uma tendência na região de Feira de Santana, visando minimizar

interferências no tráfego e condições de estacionamento de carga e descarga. Alem

desses, pedestres, bicicletas, motocicletas, carros de passeio, ônibus e caminhões

de diferentes portes que trafegam pelas rodovias da malha rodoviária de Feira de

Santana compõem o fluxo de veículos nas avenidas João Durval Carneiro e Getúlio

Vargas.

Algumas das conseqüências que se analisa com o uso de transporte no

perímetro urbano, seria o dimensionamento da via, que são, normalmente,

projetadas para veículos automotores, uma vez que os outros veículos têm

dimensões diferentes e para isso usa-se um fator de equivalência, pois as vias, na

maioria das vezes, possuem dimensões estreitas, e com curvas de raio de giro muito

fechadas, aonde caminhões de maior porte, que chegam de rodovias possuem

grande dificuldade de trafegar (NUNES, 2007).

Como demonstrado nas figuras 4 e 5, as avenidas João Durval Carneiro e

Getúlio Vargas apresentam dois sentidos, sendo sentidos duplos com uma única

pista e sentidos duplos com duas pistas separadas por um canteiro central,

respectivamente, assim os inúmeros veículos que trafegam nesse local, se tornam

cada vez maior, resultando em problemas conjuntos como o grande número de

congestionamentos, paradas excessivas, trânsito lento, fluxo desordenado de

motocicletas e bicicletas, bem como o aumento do índice de acidentes nos acessos

ao cruzamento. Ainda existem mais quatro sentidos que são os laterais do viaduto,

conforme as figuras 6 e 7.

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Figura 6 – Sentido lateral do viaduto B2 (Av.João Durval/bairros zona sul para Av.Getúlio Vargas/ bairros zona leste (foto).

Figura 7 – Sentido lateral do viaduto D2 (Av. João Durval/Shopping Iguatemi para Av. Getúlio Vargas/centro (foto).

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Esses aspectos têm tanta importância, que nas grandes metrópoles já vem

sendo criadas medidas para que ocorra uma diminuição do trânsito desses veículos

em horários comerciais, ou a execução de obras públicas que resultem na melhoria

do sistema viário e do trafego local de veículos.

A avaliação econômica de um projeto público deste porte e o impacto sócio-

econômico-ambiental gerado por este projeto é uma das etapas mais importantes de

sua execução, tanto para as agências construtoras e operadoras, quanto para a

sociedade em geral. Muitas vezes, os resultados da avaliação determinam a

construção ou não do empreendimento e em todos os casos a seriedade e precisão

destes e a sua interpretação correta e criativa levam à execução e gerenciamento

com sucesso do projeto (PORTUGAL & GOLDNER, 2003).

Para fins de construção de obras de infra-estrutura rodoviária é necessário

examinar todos os tipos de veículos em circulação, selecionando-os em classes e

estabelecendo a representatividade dos tamanhos dos veículos dentro de cada

classe. A grande variedade de veículos existentes conduz à escolha, para fins

práticos, de tipos representativos, que em dimensões e limitações de manobra,

excedam a maioria dos de sua classe. Esses veículos são definidos como veículos

cujo peso, dimensões e características de operação servirão de base para

estabelecer os controles do projeto de vias e suas interseções (EJZEMBERG, 1996).

Diante das características de tráfego existem a demanda veicular e a oferta

veicular. A demanda são os veículos que desejam passar em determinada via que

tem como variável o volume ou fluxo, que são o número de veículos contados em

uma seção, em um período de tempo.

A demanda pode ser a união do volume com as filas, a fila pode ser zero, isto

é, todos os veículos que desejam passar passam (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

Com as filas ocorre à demanda reprimida, ocorrendo o crescimento das filas

acontece à sobre demanda, que posteriormente provoca o congestionamento.

São medidas que podem restringir a demanda:

• Rodízio de veículos (como é feito em São Paulo);

• Restrições de acesso em certas áreas da cidade;

• Restrições à frota (por ano de fabricação);

• Melhorias no transporte coletivo;

• Faixa solidária;

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• Pedágio Urbano;

• Indiretamente: conjuntura econômica (alto preço dos combustíveis, por

exemplo) (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

Os estudos de tráfego, utilizando conceitos da Engenharia de Tráfego

permitem a determinação de características fundamentais para o projeto de uma via.

Esta engenharia visa melhor entendimento do comportamento dos fluxos de tráfego

e das suas principais características (COSTA & FIGUEIREDO).

As características principais do fluxo de tráfego são:

• Velocidade – é a medida de movimento do tráfego veicular ou de

componentes especificados do tráfego, expressada em quilômetros por hora;

• Volume – é o número de veículos que atravessam ou ultrapassam uma

determinada seção transversal de uma via na unidade de tempo. O volume de

tráfego não é uniforme durante todo o tempo, porém sofre variação, que pode

ser:

1. Anual – Variação de ano para ano. Esta variação é quase sempre no

sentido crescente, principalmente em países em desenvolvimento;

2. Sazonal – Variação de estação para estação durante o ano;

3. Mensal – Variação de mês para mês, no decorrer do ano;

4. Semanal – Variação de semana para semana, durante o mês;

5. Diária – Variação de dia para dia, durante uma semana;

6. Horária – Variação nas diferentes horas do dia;

7. Intervalos de hora – Variação em períodos de minutos (COSTA &

FIGUEIREDO, 2007).

• Densidade – é o número de veículos que, em certo momento, ocupam uma

dada extensão de uma via. É normalmente expressa em veículos por

quilômetro (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

As características de tráfego incluem um conjunto de condições sob as quais

o fluxo máximo ocorre.

A capacidade de uma rodovia corresponde ao maior número de veículos que

podem ser acomodados em uma via, enquanto que o nível de serviço corresponde à

qualidade de operação da via, o que reflete de certa forma, o nível de fluidez da

corrente de tráfego, a possibilidade de realizar manobras de ultrapassagem ou de

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mudança de faixa, e o grau de proximidade entre veículos. De uma forma geral,

quanto menor o fluxo de veículos, melhor a qualidade de operação. Por outro lado,

quanto mais o fluxo se aproxima da capacidade, pior será o nível de serviço, pois

maior é a probabilidade de ocorrerem congestionamentos (DEMARCHI & SETTI,

1997).

O HCM classifica os componentes de um sistema viário em duas categorias,

de acordo com o tipo de controle de tráfego adotado: os de fluxo ininterrupto ou

contínuo de tráfego e os de fluxo interrompido (FRAENKEL, 1980).

Os componentes de fluxo contínuo são aqueles nos quais não são utilizados

dispositivos, tais como semáforos, que interrompem periodicamente a corrente de

tráfego, e as condições de tráfego observadas decorrem exclusivamente das

interações entre veículos e das características geométricas e ambientais da via

Exemplos desses componentes podem ser encontrados na maior extensão das vias

de pista dupla ou simples de uma rede viária (FRAENKEL, 1980).

Nos componentes que apresentam fluxo interrompido, são utilizados

dispositivos de controle, tais como semáforos e placas de parada obrigatória, que

forçam a parada completa ou redução significativa da velocidade dos veículos.

Exemplos desses componentes são as vias urbanas, interseções semaforizadas,

faixas de acesso em uma via principal (MONTEIRO, 2004).

Deve ser notada que a classificação de um componente do sistema de

transporte como sendo de fluxo contínuo ou de fluxo interrompido refere-se

basicamente à utilização ou não de dispositivos de controle do tráfego. Assim, uma

via que apresenta um intenso congestionamento com a interrupção completa do

fluxo veicular por um determinado instante é classificada como um componente em

que o fluxo é contínuo, pois a redução de velocidade ou parada completa dos

veículos ocorre em função da intensidade do fluxo de tráfego, não em função da

utilização de um sistema de controle de tráfego (DERMARCHI & SETTI, 1997). As

avenidas João Durval Carneiro e Getúlio Vargas são vias que apresentam fluxo

interrompido, possuindo semáforos e placas de sinalização, que indicam paradas

obrigatórias.

Uma classificação em função do tipo de via mostra que as avenidas João

Durval Carneiro e Getulio Vargas são vias de pista dupla arteriais, são aquelas

caracterizadas por intersecções em nível, geralmente controlada por semáforo, com

acessibilidade às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito entre as regiões

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da cidade (velocidade máxima = 60 km/h). Nessas vias, a entrada ou saída dos

veículos é feita de forma controlada somente nos locais em que existem faixas

exclusivas para acesso ou interconexões em desnível com outras vias (DERMARCHI

& SETTI, 1997).

O fluxo de tráfego é afetado por diversos fatores que influenciam no seu

desempenho, fazendo-o variar desde as condições mais favoráveis às mais

precárias, ocorrendo assim os níveis de serviços, que é uma medida qualitativa do

efeito de um número de fatores que incluem:

• Interrupções do tráfego;

• Liberdade de manobra;

• Conforto e conveniência do motorista;

• Segurança;

• Custos operacionais do veiculo.

Para propósito de análise da operação da via, não é suficiente apenas

determinar sua capacidade, pois nesta situação a via encontra-se numa condição em

que a interação entre veículos é grande, a mobilidade de cada veículo é

comprometida e o fluxo é instável. Em outras palavras, dificilmente uma via seria

projetada para operar nessas condições, mas sim para operar em condições que

atendam a um determinado nível de qualidade (DERMARCHI & SETTI, 1997).

Para identificar qual o volume de tráfego que pode transitar pela via de forma

que certo nível de qualidade da operação seja mantido, o HCM utiliza o conceito de

nível de serviço, uma medida da qualidade das condições operacionais na via, que

procura refletir a percepção dos usuários em função de diversos fatores, tais como

velocidade e tempo de viagem, liberdade de manobras, interrupções do tráfego,

segurança, conforto e conveniência. Um mesmo nível de serviço é mantido até que

um volume máximo, denominado volume de serviço, seja atingido

Segundo o HCM, os níveis de serviço em uma rodovia de A a F, sendo que o

nível A representa as melhores condições de tráfego e o nível F representa

situações de congestionamento. O limite entre os níveis E e F representa a situação

correspondente à capacidade da via. Portanto, os níveis de serviço A a E

correspondem ao regime de fluxo livre, enquanto que os regimes congestionado e de

descarga da fila correspondem ao nível de serviço F (DERMARCHI & SETTI, 1997).

A Figura 8 mostra situações que representam cada um dos níveis de serviço

em um mesmo segmento de uma via de pista dupla, definidos conforme critérios do

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HCM. Nas vias de pista dupla, os níveis de serviço variam de A a F com o aumento

do volume e densidade de tráfego e redução da velocidade. Em vias de pista

simples, variações nos níveis de serviço são acompanhadas por redução na

velocidade média de operação e aumento na porcentagem de tempo que os veículos

trafegam em pelotões, aguardando por oportunidades para realizar manobras de

ultrapassagem.

Nível A

38

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Nível B

Nível C

39

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Nível D

Nível E

40

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Nível F

Figura 8. Caracterização dos níveis de serviço no cruzamento das avenidas João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas (fotos).

As avenidas João Durval Carneiro e Getúlio Vargas possuem tráfego existente

atual, que é o tráfego que utiliza a via no ano em que se faz o estudo. A

determinação do tráfego existente de uma via é efetuada através de contagens

volumétricas (http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2004.php).

As contagens de tráfego são feitas com o objetivo de conhecer-se o número

de veículos que passa através de um determinado ponto de uma via, durante certo

período, podendo-se determinar o Volume Médio Diário (VMD), a composição do

tráfego, etc. Tais dados servem para a avaliação do número de acidentes,

classificação das vias e fornecem subsídios para o planejamento viário, projeto

geométrico de vias, estudos de viabilidade e projetos de construção e conservação.

Permite ainda aglomerar dados essenciais para a obtenção de séries

temporais para análise de elementos como a tendência de crescimento do tráfego e

variações de volume (http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2004.php).

A capacidade de uma via depende de quanto às condições físicas e de

tráfego, prevalecentes na referida via distanciam-se das condições consideradas

ideais. Para efeito de análise, define-se como condições ideais:

41

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Condições Físicas da avenida Getúlio Vargas

• Largura da faixa de tráfego igual a 3,50 metros;

• Existência de canteiro central (separador);

• Altura livre mínima sobre a via de 5,20 m (gabarito vertical);

• Não existem faixas especiais de aceleração, desaceleração

no cruzamento;

• Pavimento asfáltico em boas condições de uso.

Condições Físicas da avenida João Durval (viaduto)

• Comprimento do viaduto 150m

• Largura da pista 8m

• Largura de cada sentido 4m

• Largura do passeio para pedestres 1,40m

• Pavimento asfáltico em boas condições de uso.

Condições de Tráfego

• Tráfego composto na sua maioria de veículos de passeio;

• Existência de controle total de acesso;

• Fluxo descontínuo possui interferências laterais de veículos e pedestres.

5.4.1 - Fatores que afetam a Velocidade de Fluxo Livre:

Largura das Faixas de Tráfego

Dentre os fatores que afetam a velocidade de fluxo livre, que é o fluxo onde

não possui interrupções, os principais são a largura das faixas, ou ainda a presença

de obstáculos na lateral da pista afeta diretamente a velocidade de fluxo da via. Os

muros e barreiras fazem com que os veículos posicionem-se mais próximos à faixa

central da via, causando eventualmente maior interação com os veículos

posicionados nas outras faixas (DERMARCHI & SETTI, 1997).

Tipo de Separação entre Pistas

Em vias de pista dupla convencionais, a presença de pilares de viadutos no

canteiro central (Figura 9) ou a inexistência de separação física entre pistas, também

afetam a velocidade de fluxo livre.

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Figura 9 - Presença de pilares do viaduto no canteiro central da avenida Getúlio Vargas (foto).

Número de Faixas de Tráfego

Nas vias urbanas, a velocidade de fluxo livre também é influenciada pelo

número de faixas de tráfego (Figura 10), pois quanto maior o número de faixas, mais

facilmente os motoristas podem se posicionar para evitar os efeitos dos veículos

mais lentos, que costumam se posicionar nas faixas mais à direita (DEMARCHI &

SETTI, 1997).

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Figura 10 - Número de faixas da avenida Getúlio Vargas (foto).

5.4.2 - Fatores que afetam o Fluxo de Tráfego

Fator de Hora-Pico

O fator de hora-pico representa a variação do fluxo de tráfego durante o

período de 1 h em que é observado o maior volume de tráfego. Observações em

campo demonstram que, em geral, a taxa de fluxo para um período de 15 min de

pico não são mantidas para todo o período da hora pico. Dessa forma, o

dimensionamento de qualquer componente do sistema de transporte deve levar em

conta a variação do fluxo de tráfego, evitando assim que a demanda do período de

pico supere a capacidade definida para o componente em questão (DERMARCHI &

SETTI, 1997).

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Desempenho dos Automóveis em Aclives

Em geral, o impacto das rampas ascendentes é pouco significativo se a

corrente de tráfego é formada somente por automóveis, de forma que a análise para

vias de pista dupla despreza esse fator. Somente para via de pista simples

considera-se que os automóveis sofram redução em suas velocidades, reduzindo a

capacidade de escoamento da via segundo a figura 11 (DERMARCHI & SETTI,

1997).

Figura 11 – Rampa ascendente do viaduto (foto).

Presença de Veículos Pesados

Os veículos pesados (caminhões e ônibus) e veículos recreacionais

(automóvel + reboque) causam impactos na operação das vias (ver Figura 12), pois

as maiores dimensões desses veículos, quando comparados aos automóveis, influi

diretamente no número de veículos que uma faixa de tráfego comporta em uma

determinada condição de tráfego. Além disso, o desempenho inferior dos veículos

pesados produz maior interação entre veículos na corrente de tráfego, obrigando os

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automóveis, que possuem melhor desempenho, a mudarem de faixa ou realizarem

manobras de ultrapassagem mais constantemente. Quando os automóveis mudam

de faixa, eventualmente surgem espaços vazios entre dois veículos pesados que

trafegam em uma mesma faixa, produzindo uma sub-utilização do espaço viário

(DEMARCHI & SETTI, 1997).

Figura 12 - Presença de veículos pesados no viaduto do cruzamento das duas avenidas (foto).

5.4.3 – Tipos de tráfego

Nos estudos de tráfego para definição da categoria de uma via a ser implantada ou

melhorada, o tráfego pode ser considerado de três tipos:

• Tráfego Normal;

• Tráfego Desviado;

• Tráfego Gerado.

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O primeiro e o segundo são parcelas do tráfego existente e são pertinentes

somente a vias ou caminhos existentes na área de estudo, e o terceiro é estimado,

tanto para a primeira implantação como para o melhoramento das vias atuais. O

tráfego do cruzamento das avenidas João Durval com Getúlio Vargas é considerado

existente ou normal, que é obtido mediante contagens diretas do tráfego nas vias

existentes (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

O tráfego desviado é aquele que existe e usava anteriormente outras vias. É

atraído, passando a utilizar a nova via ou a via melhorada, como melhor opção,

obtendo ganhos, como menor tempo de percurso, menor distância, mais conforto e

conveniência (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

O tráfego gerado é o que se estima seja gerado ou desenvolvido em função

do desenvolvimento que a nova estrada ou o melhoramento de uma estrada

existente deverá provocar na sua zona de influência. Este tráfego é difícil de ser

calculado e pode ser estimado através de estudos do uso do solo e sócio-

econômicos da área de influência da via (COSTA & FIGUEIREDO, 2007).

5.5 – Controle do tráfego por meio de sinais e marcações no cruzamento das avenidas João Durval x Getúlio Vargas

Como visão preliminar, pode-se identificar duas linhas diferentes de evolução

na informatização ou automação do controle semafórico. Por um lado, pode-se

destacar a concepção e implantação de sistemas de controle computadorizado

centralizados (que pode ser relacionada com a tradição inglesa, em particular), que

são aqueles nos quais o computador comanda diretamente a programação dos

semáforos, informando a cada instante qual a situação luminosa que deve acontecer

(ZSASZ, 1992). De outro, pode-se destacar também a sofisticação das ferramentas

de automação dos semáforos com base em informação imediata e local, que

corresponde ao controle do tráfego (que pode ser relacionada com a tradição norte-

americana), em que se medindo o fluxo através de detectores, é possível melhorar o

desempenho e manter a programação ótima, acompanhando a flutuação aleatória e

microscópica do tráfego, ciclo a ciclo (ZSASZ, 1997).

O controle do tráfego viário no cruzamento das duas avenidas é exercido

através dos seguintes dispositivo transmissores de mensagem aos motoristas:

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• Placas (sinalização vertical);

• Marcações na pista (sinalização horizontal);

• Semáforos (sinalização luminosa).

Cada um dos dispositivos acima constitui um sistema isolado com

características próprias, contribuindo em conjunto para assegurar o controle do

tráfego. No primeiro sistema, as placas são colocadas verticalmente na borda da

plataforma, contendo inscrições resumidas ou símbolos convencionais. No segundo

as marcações são feitas na própria pista de tráfego, através de pinturas de faixas ou

palavras curtas. No terceiro os sinais servem para orientar o motorista quando ele

deve parar na faixa de pedestre (SOARES, 1975).

Após a implantação do viaduto no cruzamento das avenidas foi mantida a

sinalização semaforizada tanto na Avenida Getulio Vargas, como na Avenida João

Durval Carneiro (Figuras13 e 14). Essas vias também apresentam sinalização

vertical (Figuras 15 e 16).

Figura 13 - Esquema de sinalização semaforizada: Semáforo na Avenida Getulio Vargas (equivalente ao sentido A1 – Av. Getúlio Vargas/centro para bairros zona leste (foto).

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Figura 14 - Semáforo na saída lateral da Avenida João Durval (equivalente ao sentido D2 – Av. João Durval/Shopping Iguatemi para Av. Getúlio Vargas/Centro (foto).

Figura 15 - Esquema de sinalização vertical por placas nas Avenidas Getúlio Vargas e João Durval Carneiro acesso lateral (foto).

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Figura 16 - Esquema de sinalização vertical por placas nas Avenidas Getúlio Vargas e João Durval Carneiro acesso lateral (foto).

Figura 17 - Esquema de sinalização horizontal por faixas de sentido duplo no viaduto (foto).

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Figura 18 - Esquema de sinalização horizontal por faixas na Avenida Getúlio Vargas (foto).

Qualquer que seja o dispositivo de sinalização empregado deverá ele

transmitir a mensagem aos motoristas, obedecer às seguintes condições: despertar

a atenção do usuário, revelar uma intenção simples e clara à primeira vista, permitir

um tempo adequado para uma reação fácil, impor certo respeito e satisfazer a certa

necessidade (DEMARCHI & SETTI, 1997).

Para assegurar a realização dessas condições, tornam-se necessários os

seguintes requisitos básicos: um bom projeto, uma boa colocação, uma conservação

permanente e uma uniformidade adequada (SOARES, 1975).

Os movimentos nos cruzamentos das Avenidas João Durval com a Getúlio

Vargas são controlados por um ou mais dos seguintes métodos, que deverão

assegurar os veículos um mínimo de retardamento compatível com a segurança e a

economia:

• Sinal de parada em quatro sentidos – É de grande utilidade no ponto de

vista de segurança e esta instalada no cruzamento da Av. João Durval com

a Getúlio Vargas (Figuras 13 e 14).

• Sinalização vertical e horizontal nas duas avenidas – Além dos sinais de

parada, tanto a sinalização vertical por meio de placas e a horizontal por

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meio de faixas pintadas no pavimento estão colocadas nas duas avenidas

(Figuras 15 a 18).

O atraso em interseções semaforizadas pode ser definido, de forma genérica,

como a demora causada aos veículos, em razão do tempo perdido no período de

vermelho, assim como devido aos tempos de aceleração e desaceleração inerentes

à formação e destruição da fila no cruzamento. Numa perspectiva mais ampla para o

usuário, o atraso é uma medida de desconforto e frustração para motoristas e

passageiros, além de estar relacionado com consumo de combustível e tempo de

viagem perdido, sendo, portanto, um dos indicadores mais adequados para avaliar o

desempenho da programação semafórica. Teply (1989) chama atenção, no entanto,

que o atraso só será uma ferramenta útil ao engenheiro de tráfego se calculado,

medido e utilizado de maneiras compatíveis e consistentes. Nas conclusões do seu

trabalho, o autor destaca ainda que o atraso veicular não pode ser medido em

campo de forma 100% precisa, com a realidade sendo normalmente subestimada

pelos métodos de levantamento. Também não se deve esperar uma concordância

exata dos valores levantados com os simulados por modelos analíticos.

Como a diferença entre o tempo de viagem realmente experimentado na

travessia do cruzamento semaforizado e um tempo de referência decorrente de uma

situação na qual não existisse controle semafórico e o veículo estivesse se

deslocando em velocidade de fluxo livre. Na análise operacional dos cruzamentos

semaforizados, esta variável é caracterizada de duas formas distintas: o atraso

parado e o atraso total (de controle). O primeiro consiste no atraso sofrido apenas

pelos veículos penalizados com parada na interseção semafórica. O segundo

consiste no atraso sofrido tanto pelos veículos parados, como por aqueles veículos

em manobras de aceleração/desaceleração, em função do desmanche ou formação

da fila (FRAENKEL, 1980).

Com a implantação do viaduto, o trânsito fluirá com maior facilidade na

avenida João Durval Carneiro, enquanto na avenida Getúlio Vargas o trânsito

continua o mesmo, pois foi mantido o semáforo, que serve tanto para a travessia de

pedestres, diminuindo o tempo de travessia, mesmo o viaduto possuindo passeio

para pedestres (Figura 19), como de saídas laterais do viaduto por veículos com

acesso a avenida Getúlio Vargas não terem uma pista de aceleração.

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Figura 19 – Passeio lateral para pedestres sobre o viaduto (foto).

5.6 – O tráfego de veículos em áreas urbanas

Os problemas de trânsito e as modificações provocadas pelo tráfego no meio

ambiente das áreas urbanas das cidades do país, notadamente nas grandes

metrópoles, muitas vezes são conseqüências da falta de política de planejamento ou

da não implementação das ações planejadas. Ao longo dos anos, com o crescimento

vertiginoso da frota de veículos motorizados, o surgimento das edificações que

passaram a atrair as pessoas e induzir o crescimento das viagens, bem como outras

alterações menos significativas (KRAUS, 1997).

Sabe-se que a geração permanente de engarrafamentos e

congestionamentos, provoca aumentos dos tempos de viagens, consumo de

combustíveis e redução da produtividade das atividades urbanas. Por exemplo, na

Região Metropolitana de São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de

Tráfego de São Paulo - CET/SP, estima-se uma perda em torno de 2 milhões de

horas por dia nos deslocamentos das pessoas, em decorrência principalmente

desses problemas (CET/SP, 1998). A gerência do tráfego envolve medidas que

podem ser aplicadas para a reorganização do sistema viário, por meio de ações

voltadas para todos os sistemas de transportes (KRAUS, 1997).

Segundo GUNNARSSON (1990), o mais importante objetivo do

gerenciamento do tráfego é a melhoria da segurança e do meio ambiente, que pode

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ser conseguido por intermédio de medidas visando à redução do tráfego automotivo

em determinadas áreas das cidades. Essas medidas incluem o controle do tráfego

de passagem, controle de estacionamentos, pedágios em rodovias, melhoria do

serviço público de transporte, dentre outras.

Ainda segundo GUNNARSSON (1990), a maioria dos acidentes de trânsito

em áreas urbanas das grandes cidades ocorre em ruas e vias onde pedestres e

ciclistas trafegam juntamente com os veículos motorizados. Assim, é necessária a

reorganização da rede viária, particularmente nas áreas residenciais e nos centros

dessas cidades, visando melhorar a segurança do tráfego, do meio ambiente local e

a qualidade de serviço do transporte público para os usuários em geral.

Segundo a Conferencia das Nações Unidas sobre o meio ambiente e

desenvolvimento (SENADO FEDERAL, 1997), o tráfego de veículos, principalmente

o de automóveis, devido a sua maior concentração nas áreas urbanas das grandes

cidades do país, tem provocado o aumento da poluição atmosférica e sonora,

podendo causar prejuízos à saúde dos usuários e de seus moradores, bem como ao

meio ambiente das áreas adjacentes, como a degradação de áreas de preservação

ambiental e do patrimônio histórico e arquitetônico. Tem-se, como exemplo extremo,

conforme a ABDETRAN (1997), que na cidade de São Paulo o número de dias com

índices intoleráveis de concentração de poluentes chega a atingir 10% do total.

O agravamento das condições de circulação na cidade de São Paulo,

decorrente de sucessivos engarrafamentos recordes, trouxe à baila a questão de

transportes e tráfego nas metrópoles brasileiras. Congestionamentos em grandes

cidades são praticamente inevitáveis. É um problema insolúvel - ou, na melhor das

hipóteses, apenas gerenciável. Em São Paulo, a situação atual era previsível e foi

apenas adiada pelo comportamento modesto da economia até 2006. Queda nas

velocidades médias e aumento contínuo na frota circulante já eram observados há

10 anos (WAISMAN, 2008).

Em Feira de Santana o aumento da frota de veículos é muito grande, gerando

um fluxo de veículos cada vez maior, principalmente no cruzamento das avenidas

João Durval Carneiro com a Getúlio Vargas que com o passar do tempo esse

número vai crescer ainda mais, podendo gerar atrasos devido a congestionamentos.

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6- RESULTADOS E DISCUSSÕES

O fluxo de veículos que trafegam nas Av. Getulio Vargas e João Durval

Carneiro é intenso em todos os sentidos em dias da semana considerados dias

típicos, sendo observado nos dias 31 de julho de 2008 e 06 de agosto de 2008 com

tempo instável, um total de 25.478uvp e 26.594,5uvp respectivamente conforme

anexo 2.

Durante o período de contagem de veículos, a soma dos valores médios

observados em dois dias foi de 8.093,63uvp e 6.216,75 uvp que trafegaram na Av

Getulio Vargas nos sentidos A1 (Av. Getúlio Vargas/centro para bairros da zona

leste) e C1 (Av. Getulio Vargas/bairros zona leste para centro) e de 3.212,62uvp e

3.136,63 uvp trafegaram na Av João Durval nos sentidos B1 (Av. João Durval/bairros

da zona sul para shopping Iguatemi e D1 (Av. João Durval/shopping Iguatemi para

bairros da zona sul conforme tabela 2. Pudemos observar que o fluxo de veículos

que trafegam na Av. Getulio Vargas nos diferentes sentidos, sendo maior no sentido

A1 (Av. Getúlio Vargas/centro para bairros da zona leste), sugerindo que os veículos

utilizem outras vias de retorno para o sentido oposto, C1(Av. Getulio Vargas/bairros

zona leste para o centro).

Como demonstrado no gráfico 1 o maior fluxo do sentido A1 (Av. Getúlio

Vargas/centro para bairros da zona leste) ocorre no período de 18h00min às

19h00min, enquanto no sentido C1 (Av. Getulio Vargas/bairros zona leste para o

centro) o maior fluxo é observado entre 7h00min e 8h00min e no gráfico 2 o maior

fluxo de veículos no sentido B1 (Av. João Durval/bairros da zona sul para o Shopping

Iguatemi) foi entre 18h00min e 19h00min e no sentido D1 (Av. João Durval

Carneiro/Shopping Iguatemi para os bairros da zona sul) foi entre 17h30min e

18h00min. Observando o gráfico 3, que são os sentido laterais do viaduto, podemos

dizer que no sentido A2 (Av. Getúlio Vargas/centro para Av. João Durval/ bairros

zona sul), o intervalo de horário de maior fluxo foi entre as 17h30min e 18h00min, o

sentido B2 (Avenida João Durval/bairros zona sul para Av. Getúlio Vargas/bairros

zona leste), o intervalo de horário de maior fluxo foi entre 18h00min e 19h00min, o

sentido C2 (Av. Getúlio Vargas/bairros da zona leste com a João Durval/Shopping

Iguatemi), o intervalo de horário de maior fluxo foi entre 18h00min e 19h00min, o

sentido D2 (Av. João Durval/Shopping Iguatemi para a Av. Getúlio Vargas/centro), o

intervalo de horário de maior fluxo foi entre 12h00min e 13h00min. Esses valores dos

gráficos foram calculados primeiro através das médias de cada dia no período de 15

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minutos, através dessas médias, calculou-se outras médias para chegar nos

intervalos de horas existente nos gráficos.

Os volumes médios horários nos seus picos máximos em cada sentido

conforme anexo 2, são::

• Sentido A1 = intervalo de pico das 18h00min as 19h00min =

2.035,25uvp;

• Sentido A2 = intervalo de pico das 17h30min as 18h30min = 69,12uvp;

• Sentido B1 = intervalo de pico das 18h00min as 19h00min = 812,50uvp;

• Sentido B2 = intervalo de pico das 18h00min as 19h00min = 248,87uvp;

• Sentido C1 = intervalo de pico das 07h00min as 08h00min =

1.651,62uvp;

• Sentido C2 = intervalo de pico das 18h00min as 19h00min =

435,37uvp;

• Sentido D1 = intervalo de pico das 17h30min as 18h00min =

450,25uvp;

• Sentido D2 = intervalo de pico das 12h00min as 13h00min =

337,75uvp.

Para avaliar o fluxo de veículos da via, foi feita uma contagem média de

veículos durante o período de uma hora. Em certos casos, deve-se aplicar medidas

de moderação de tráfego, Segundo Kraus (1997), existem cinco categorias de

medidas de moderação de tráfego, dentre elas destaca-se as alterações nas vias

que são medidas de estreitamentos mais longos conseguidos através da sinalização

horizontal.

Na avenida Getulio Vargas, hoje, a via apresenta 10,5m de largura, divididas

em 3 faixas de 3,50m cada. Provavelmente uma medida de moderação como a

diminuição das faixas seria satisfatório, uma vez que observamos o elevado fluxo de

veículos sendo que uma possível ampliação de faixas pode facilitar o fluxo nessa via

(KRAUS, 1997).

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Gráfico 1: Fluxo de veículos na Avenida Getúlio Vargas nos sentidos A1 e C1

200

250

300

350

400

450

500

550

Horários

UVP

A1 C1 Média

A1 325,19 291,19 455,13 354,59 468,44 511,33

C1 362,78 309,19 281,81 343,16 324,88 250,65

Média 343,99 300,19 368,47 348,87 396,66 380,99

07:00 08:00 08:00 08:30 12:00 13:00 13:00 14:00 17:30 18:00 18:00 19:00

O gráfico 2 demonstra o fluxo de veículos sobre o viaduto nos sentidos B1 e

D1. Nos sentidos B1 e D1 nos horários de maior fluxo observamos 203,12uvp e

225,13uvp. Esses resultados confirmam que para essa trajetória, a implantação do

viaduto, atende satisfatoriamente o fluxo de veículos.

Gráfico 2: Fluxo de veículos na Avenida João Durval nos Sentidos B1 e D1(VIADUTO)

100,00

120,00

140,00

160,00

180,00

200,00

220,00

240,00

Horários

UVP

B1 D1 Média

B1 142,34 120,94 175,59 134,03 175,19 203,12

D1 197,38 187,94 193,63 152,09 225,13 212,56

Média 169,86 154,44 184,61 143,06 200,16 207,84

07:00 08:00 08:00 08:30 12:00 13:00 13:00 14:00 17:30 18:00 18:00 19:00

O gráfico 3 demonstra fluxo de veículos que trafegam nas Avenidas João

Durval e Getulio Vargas nos sentidos A2, B2, C2 e D2, onde pudemos observar

diferentes fluxos nos quatro sentidos

57

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Gráfico 3: Fluxo de veiculos nas saidas laterais da Avenida João Durval Carneiro em direção ä Avenida Getúlio Vargas

10

30

50

70

90

110

130

Horário

UVP

A2 B2 C2 D2

A2 20,75 27,69 26,47 24,25 34,56 32,59

B2 46,44 43,38 46,63 44,25 57,38 62,22

C2 59,22 67,50 78,94 77,56 95,25 108,84

D2 71,88 67,94 84,44 69,66 80,69 74,81

07:00 08:00 08:00 08:30 12:00 13:00 13:00 14:00 17:30 18:00 18:00 19:00

Estudos preliminares realizados em março de 2007 pela prefeitura Municipal

de Feira de Santana no horário das 14:45 as 15:00 no sentido C1, contou 363

automóveis com índice de equivalência igual a 1 resultando em 363uvp, 7 ônibus

com índice de equivalência 1,5 resultando num total de 11uvp e 8 caminhões com

índice de equivalência 1,5 resultando um total de 12 uvp (Anexo 3). Esses números

geram um total de 386uvp. No sentido A1, contaram 314 veículos com índice de

equivalência igual a 1 resultando em 314uvp, 7 ônibus com índice de equivalência

1,5 resultando num total de 11uvp e 6 caminhões com índice de equivalência 1,5

resultando um total de 9 uvp. Esses números geram um total de 334 uvp. No sentido

B1 foram contados com os mesmos índice de equivalência, resultando 234uvp. O

sentido D1, usando os mesmos índices de equivalência anteriores, resultou num

total de 160uvp. Salientando, que os índices utilizados para esses dados não estão

de acordo com os índices sugeridos pela NB1349.

Além disso, o intervalo de tempo utilizado de 15 minutos e a não definição de

pico de movimento na via, mostram-se insatisfatórios para determinação do fluxo da

via. De acordo com o DNER (1998), soluções definitivas nas travessias de grandes

centros requerem medidas radicais como, por exemplo, a separação física de todos

os fluxos, a construção de vias marginais, viadutos, passarelas e passagens

subterrâneas, além da implantação de iluminação pública. Faz-se necessária uma

sensível redução da velocidade do tráfego de passagem, com o propósito de

assegurar as condições de segurança, além de medidas que proporcionem a

separação entre o fluxo de pedestres e o de ciclistas, de forma a evitar o conflito com

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o tráfego da rodovia, além do controle de acessos, estacionamentos e paradas

indevidas de veículos.

A acessibilidade, de acordo com Silva (2004), pode ser conceituada em três

áreas diferentes do transporte: a Engenharia de tráfego, a Economia e o

Planejamento dos transportes. Na engenharia de tráfego a acessibilidade é

caracterizada como a facilidade de proporcionar acesso e deslocamento. No

planejamento de transportes, a acessibilidade representa a oportunidade de acesso

às atividades desejadas. Na economia dos transportes a acessibilidade passa a

funcionar como uma característica intrínseca à localização e importante fator na

determinação do valor da terra, onde cada local, ao possuir uma possibilidade de

acesso própria, acaba condicionando sua ocupação e utilização de forma

diferenciada.

Diante do fluxo de veículos de uma via, considerando então o sentido A1,

como o de maior fluxo e o sentido A2 o de menor fluxo, enquanto que o nível de

serviço de uma via corresponde a qualidade de operação da via, observando-se nos

momentos de contagem na sua maioria o nível de fluidez da corrente de tráfego foi

bastante favorável, houve constantemente possibilidades de realizarem manobras de

ultrapassagem ou de mudança de faixa exclusivamente na avenida Getúlio Vargas e

algumas variações do grau de proximidade dos veículos. De uma forma geral a

maioria dos sentidos são de qualidade, mas o sentido A1, de maior fluxo, apresentou

um nível de serviço baixo principalmente no horário das 18h00min, provocando filas,

devido ao retorno das pessoas para suas residências e o sentido C1, apresentou

maior volume no horário das 07h30min, devido a saída das pessoas de suas

residências para o trabalho, escola, dentre outros.

Esse estudo de tráfego será uma abertura para novos trabalhos na área e

estudos novos de tráfego na região dos outros viadutos que ainda estão em

construção.

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Tabela 2. Média do fluxo de veículos observados nos dias 31/07/08 e 6/08/08 nos diferentes sentidos de trafego do cruzamento das avenidas Getulio Vargas e João Durval Carneiro.

Figura 20 – Croqui elaborado com os valores em UVP em cada sentido.

Sentido 31/jul 6/ago MÉDIA

A1 8329,00 7858,25 8093,63

A2 538,50 543,00 540,75

B1 2976,50 3448,75 3212,62

B2 974,75 1024,50 999,63

C1 5888,75 6544,75 6216,75

C2 1566,00 1681,50 1623,75

D1 3726,75 2546,50 3136,63

D2 1477,75 1523,00 1500,38

60

A

D2 1500,38uvp

B

C2 1623,75 uvp D1 3136,63uvp

Av. João Durval / Shopping Iguatemi

A1 8093,63uvp

Av. Getúlio Vargas /

B2 999,63uvp

Av. Getúlio Vargas / Bairros Zona Leste

C1 6216,75 uvp

DC

Av. João Durval / Bairros Zona Sul

B1 3212, 62uvp A2 540,75uvp

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0100020003000400050006000700080009000

A1 A2 B1 B2 C1 C2 D1 D2

Sentidos de tráfego

Gráfico 4: Media do fluxo de veiculos observados nos dias 31/07/08 e 06/08/08 nos diferentes sentidos de trafego do cruzamento das avenidas Getulio Vargas e João

Durval Carneiro

31/jul/08 06/08/08" Média

O gráfico 4 mostra a contagem de veículos de cada sentido, e sua média, nos dois dias para ser feita uma comparação entre os dias.

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7 – CONCLUSÕES

• Foi encontrado o maior valor de volume médio horário nos sentidos: A1(Av.

Getúlio Vargas/Centro para bairros zona leste) das 18h00min as 19h00min,

com 2035,25 uvp; e C1(Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste para o centro)

07h00min as 08h00min, com 1651,62 uvp;

• A análise de fluxo de tráfego demonstrou que a Av. Getulio Vargas é a

principal em relação à Av João Durval Carneiro, considerando os horários de

pico analisados;

• Entre os sentidos das vias estudadas, observou-se que a maioria deles

apresenta nível de serviço de qualidade, porém, o sentido A1, que possui

maior fluxo no horário das18h00min as 19h00min e C1 nos horários das

07h00min as 08h00min apresentam nível de serviço de baixa qualidade,

resultado da formação de filas e dificuldade de mudança de faixas;

• Por a avenida Getúlio Vargas possuir um fluxo muito intenso nos horários de

pico, deve ser feita uma redistribuição de faixas, ou seja, o aumento de uma

faixa para que o trânsito possa fluir normalmente;

• Devido ao maior fluxo de veículos, estar na avenida Getúlio Vargas, o viaduto

deveria ser construído no sentido inverso, sobre essa avenida e não sobre a

João Durval;

• Diante do gráfico 4, percebe-se que não houve uma grande diferença de fluxo

de veículos. Por esse motivo, dois dias foram suficientes para fazer este

estudo;

• Com o estudo de tráfego realizado, há uma proposta para trabalhos futuros.

Fazer um novo estudo de tráfego, para que seja feita uma análise

comparativa com este trabalho.

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RECOMENDAÇÕES PARA ESTUDOS FUTUROS

Neste estudo foi realizada a medida do fluxo de veículos no cruzamento das

Avenidas João Durval Carneiro e Getulio Vargas, demonstrando resultados que

refletem o acelerado crescimento da cidade de Feira de Santana. Como um trabalho

incipiente, sugere-se que outras avaliações do fluxo de veículos sejam

desenvolvidos em outros locais da cidade, de maneira profunda como proposto por

esse estudo, como forma de identificar outras variáveis que não foram aqui incluídas

e que se mostrem importantes na análise do tráfego da cidade.

Como já comentado nas limitações desse estudo, é de extrema importância

que sejam disponibilizados dados mais completos para que se possa desenvolver,

com maior aprofundamento, análises sobre a capacidade e os níveis de serviço do

trânsito de Feira de Santana. Somente através desses estudos poderão aparecer

sugestões coesas para a melhoria do tráfego de Feira e um crescimento ordenado

do transito na cidade.

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ANEXOS

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ANEXO 1 – Ficha de contagem de tráfego de veículos adaptada da NB-1340.

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ANEXO 2

CONTAGEM CLASSIFICADA DE VEÍCULOS

Data: 31/07/08Sentido A1 Av. Getúlio Vargas/Centro com Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste

Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVPDas As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑

07:00 07:15 236 1,0 2 1,0 7 2,25 14 2,0 67 0,25 298,5007:15 07:30 265 1,0 8 1,0 13 2,25 8 2,0 81 0,25 338,5007:30 07:45 254 1,0 15 1,0 7 2,25 7 2,0 86 0,25 320,2507:45 08:00 296 1,0 17 1,0 12 2,25 9 2,0 145 0,25 394,2508:00 08:15 291 1,0 19 1,0 10 2,25 8 2,0 98 0,25 373,0008:15 08:30 234 1,0 9 1,0 7 2,25 5 2,0 48 0,25 280,75

TOTAL 2005,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 434 1,0 15 1,0 8 2,25 8 2,0 117 0,25 512,2512:15 12:30 441 1,0 17 1,0 4 2,25 9 2,0 120 0,25 515,0012:30 12:45 443 1,0 19 1,0 14 2,25 13 2,0 85 0,25 540,7512:45 13:00 340 1,0 15 1,0 9 2,25 6 2,0 55 0,25 401,0013:00 13:15 296 1,0 9 1,0 5 2,25 4 2,0 85 0,25 345,5013:15 13:30 281 1,0 12 1,0 13 2,25 2 2,0 72 0,25 344,2513:30 13:45 285 1,0 24 1,0 8 2,25 12 2,0 91 0,25 373,7513:45 14:00 301 1,0 9 1,0 12 2,25 9 2,0 95 0,25 378,75

TOTAL 3411,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 323 1,0 1 1,0 10 2,25 14 2,0 100 0,25 399,5017:45 18:00 441 1,0 2 1,0 9 2,25 9 2,0 89 0,25 503,5018:00 18:15 474 1,0 5 1,0 7 2,25 13 2,0 126 0,25 552,2518:15 18:30 477 1,0 15 1,0 7 2,25 11 2,0 141 0,25 565,0018:30 18:45 399 1,0 14 1,0 6 2,25 8 2,0 108 0,25 469,5018:45 19:00 358 1,0 12 1,0 9 2,25 4 2,0 98 0,25 422,75

TOTAL 2912,50

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Sentido A2 Av. Getúlio Vargas/Centro com Av. João Durval/bairros zona sulIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 13 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 7 0,25 14,7507:15 07:30 16 1,0 1 1,0 0 2,25 3 2,0 2 0,25 23,5007:30 07:45 17 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 8 0,25 19,0007:45 08:00 18 1,0 1 1,0 1 2,25 0 2,0 7 0,25 23,0008:00 08:15 21 1,0 0 1,0 1 2,25 0 2,0 7 0,25 25,0008:15 08:30 25 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 1 0,25 25,25

TOTAL 130,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 21 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 5 0,25 23,2512:15 12:30 18 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 9 0,25 21,2512:30 12:45 38 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 3 0,25 39,7512:45 13:00 15 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 5 0,25 21,2513:00 13:15 14 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 5 0,25 20,2513:15 13:30 17 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 5 0,25 21,2513:30 13:45 21 1,0 2 1,0 0 2,25 0 2,0 6 0,25 24,5013:45 14:00 27 1,0 0 1,0 0 2,25 3 2,0 5 0,25 34,25

TOTAL 205,75Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 35 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 6 0,25 36,5017:45 18:00 27 1,0 0 1,0 0 2,25 1 2,0 9 0,25 31,2518:00 18:15 19 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 14 0,25 23,5018:15 18:30 28 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 10 0,25 33,5018:30 18:45 38 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 10 0,25 43,5018:45 19:00 32 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 8 0,25 34,00

TOTAL 202,25

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Sentido B1 Av. João Durval/bairros zona sul com Av. João Durval/IguatemiIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 67 1,0 2 1,0 1 2,25 4 2,0 14 0,25 82,7507:15 07:30 145 1,0 10 1,0 2 2,25 1 2,0 54 0,25 175,0007:30 07:45 111 1,0 5 1,0 4 2,25 7 2,0 42 0,25 149,5007:45 08:00 132 1,0 2 1,0 1 2,25 3 2,0 62 0,25 157,7508:00 08:15 116 1,0 4 1,0 1 2,25 13 2,0 38 0,25 157,7508:15 08:30 80 1,0 6 1,0 1 2,25 3 2,0 17 0,25 98,50

TOTAL 821,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 188 1,0 0 1,0 1 2,25 2 2,0 62 0,25 209,7512:15 12:30 162 1,0 0 1,0 1 2,25 3 2,0 53 0,25 183,5012:30 12:45 104 1,0 3 1,0 2 2,25 2 2,0 29 0,25 122,7512:45 13:00 100 1,0 5 1,0 1 2,25 9 2,0 33 0,25 133,5013:00 13:15 116 1,0 0 1,0 1 2,25 3 2,0 29 0,25 131,5013:15 13:30 109 1,0 9 1,0 1 2,25 8 2,0 43 0,25 147,0013:30 13:45 106 1,0 10 1,0 1 2,25 8 2,0 36 0,25 143,2513:45 14:00 105 1,0 0 1,0 2 2,25 0 2,0 33 0,25 117,75

TOTAL 1189,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 90 1,0 6 1,0 2 2,25 5 2,0 48 0,25 122,5017:45 18:00 102 1,0 3 1,0 1 2,25 3 2,0 56 0,25 127,2518:00 18:15 112 1,0 2 1,0 2 2,25 6 2,0 59 0,25 145,2518:15 18:30 208 1,0 3 1,0 1 2,25 7 2,0 65 0,25 243,5018:30 18:45 111 1,0 4 1,0 1 2,25 8 2,0 46 0,25 144,7518:45 19:00 142 1,0 15 1,0 1 2,25 5 2,0 55 0,25 183,00

TOTAL 966,25

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73

Sentido B2 Av. João Durval/bairros zona sul com Av. Getúlio Vargas/bairros zona lesteIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 42 1,0 0 1,0 2 2,25 1 2,0 6 0,25 50,0007:15 07:30 33 1,0 2 1,0 2 2,25 3 2,0 8 0,25 47,5007:30 07:45 25 1,0 0 1,0 2 2,25 1 2,0 10 0,25 34,0007:45 08:00 32 1,0 0 1,0 2 2,25 1 2,0 12 0,25 41,5008:00 08:15 41 1,0 0 1,0 2 2,25 3 2,0 13 0,25 54,7508:15 08:30 37 1,0 0 1,0 2 2,25 0 2,0 7 0,25 43,25

TOTAL 271,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 56 1,0 0 1,0 3 2,25 2 2,0 10 0,25 69,2512:15 12:30 39 1,0 0 1,0 2 2,25 2 2,0 3 0,25 48,2512:30 12:45 29 1,0 3 1,0 3 2,25 0 2,0 6 0,25 40,2512:45 13:00 26 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 7 0,25 27,7513:00 13:15 28 1,0 2 1,0 2 2,25 1 2,0 12 0,25 39,5013:15 13:30 34 1,0 0 1,0 1 2,25 2 2,0 12 0,25 43,2513:30 13:45 48 1,0 1 1,0 2 2,25 1 2,0 20 0,25 60,5013:45 14:00 37 1,0 0 1,0 1 2,25 3 2,0 10 0,25 47,75

TOTAL 376,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 43 1,0 0 1,0 0 2,25 2 2,0 17 0,25 51,2517:45 18:00 53 1,0 1 1,0 1 2,25 1 2,0 19 0,25 63,0018:00 18:15 41 1,0 0 1,0 1 2,25 1 2,0 20 0,25 50,2518:15 18:30 42 1,0 0 1,0 3 2,25 1 2,0 13 0,25 54,0018:30 18:45 49 1,0 1 1,0 1 2,25 0 2,0 14 0,25 55,7518:45 19:00 45 1,0 2 1,0 0 2,25 1 2,0 16 0,25 53,00

TOTAL 327,25

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74

Sentido C1 Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste com Av. Getúlio Vargas/CentroIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 115 1,0 5 1,0 8 2,25 4 2,0 24 0,25 152,0007:15 07:30 405 1,0 3 1,0 8 2,25 12 2,0 59 0,25 464,7507:30 07:45 330 1,0 5 1,0 12 2,25 11 2,0 65 0,25 400,2507:45 08:00 135 1,0 7 1,0 10 2,25 3 2,0 50 0,25 183,0008:00 08:15 225 1,0 3 1,0 4 2,25 7 2,0 60 0,25 266,0008:15 08:30 195 1,0 0 1,0 9 2,25 3 2,0 41 0,25 231,50

TOTAL 1697,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 234 1,0 15 1,0 9 2,25 5 2,0 60 0,25 294,2512:15 12:30 267 1,0 19 1,0 8 2,25 11 2,0 72 0,25 344,0012:30 12:45 183 1,0 13 1,0 7 2,25 6 2,0 46 0,25 235,2512:45 13:00 227 1,0 17 1,0 7 2,25 3 2,0 57 0,25 280,0013:00 13:15 245 1,0 12 1,0 7 2,25 10 2,0 70 0,25 310,2513:15 13:30 237 1,0 12 1,0 6 2,25 4 2,0 95 0,25 294,2513:30 13:45 354 1,0 7 1,0 9 2,25 11 2,0 83 0,25 424,0013:45 14:00 270 1,0 6 1,0 6 2,25 8 2,0 86 0,25 327,00

TOTAL 2509,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 291 1,0 18 1,0 8 2,25 7 2,0 105 0,25 367,2517:45 18:00 218 1,0 8 1,0 9 2,25 2 2,0 104 0,25 276,2518:00 18:15 252 1,0 14 1,0 10 2,25 6 2,0 125 0,25 331,7518:15 18:30 197 1,0 6 1,0 6 2,25 5 2,0 130 0,25 259,0018:30 18:45 161 1,0 8 1,0 13 2,25 4 2,0 73 0,25 224,5018:45 19:00 171 1,0 6 1,0 9 2,25 1 2,0 97 0,25 223,50

TOTAL 1682,25

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Sentido C2 Av. Getúlio Vargas/bairros zona leste com João Durval/IguatemiIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 35 1,0 1 1,0 1 2,25 2 2,0 16 0,25 46,2507:15 07:30 47 1,0 0 1,0 0 2,25 5 2,0 19 0,25 61,7507:30 07:45 55 1,0 0 1,0 1 2,25 3 2,0 14 0,25 66,7507:45 08:00 57 1,0 3 1,0 1 2,25 0 2,0 18 0,25 66,7508:00 08:15 66 1,0 5 1,0 1 2,25 0 2,0 18 0,25 77,7508:15 08:30 35 1,0 5 1,0 1 2,25 1 2,0 19 0,25 49,00

TOTAL 368,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 43 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 16 0,25 47,0012:15 12:30 78 1,0 5 1,0 1 2,25 0 2,0 24 0,25 91,2512:30 12:45 62 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 11 0,25 67,7512:45 13:00 67 1,0 3 1,0 1 2,25 0 2,0 26 0,25 78,7513:00 13:15 71 1,0 1 1,0 2 2,25 1 2,0 20 0,25 83,5013:15 13:30 70 1,0 2 1,0 0 2,25 1 2,0 25 0,25 80,2513:30 13:45 70 1,0 3 1,0 0 2,25 1 2,0 21 0,25 80,2513:45 14:00 68 1,0 2 1,0 0 2,25 0 2,0 14 0,25 73,50

TOTAL 602,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 50 1,0 0 1,0 2 2,25 1 2,0 25 0,25 62,7517:45 18:00 80 1,0 2 1,0 2 2,25 4 2,0 20 0,25 99,5018:00 18:15 99 1,0 1 1,0 1 2,25 0 2,0 43 0,25 113,0018:15 18:30 100 1,0 0 1,0 0 2,25 1 2,0 34 0,25 110,5018:30 18:45 78 1,0 3 1,0 3 2,25 2 2,0 30 0,25 99,2518:45 19:00 87 1,0 5 1,0 4 2,25 2 2,0 22 0,25 110,50

TOTAL 595,50

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Sentido D1 Av. João Durval/Iguatemi a Av. João Durval/bairros zona sulIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 85 1,0 1 1,0 2 2,25 3 2,0 35 0,25 105,2507:15 07:30 180 1,0 11 1,0 4 2,25 6 2,0 75 0,25 230,7507:30 07:45 170 1,0 11 1,0 3 2,25 8 2,0 95 0,25 227,5007:45 08:00 210 1,0 12 1,0 4 2,25 7 2,0 105 0,25 271,2508:00 08:15 155 1,0 19 1,0 6 2,25 5 2,0 89 0,25 219,7508:15 08:30 141 1,0 9 1,0 4 2,25 7 2,0 37 0,25 182,25

TOTAL 1236,75Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 225 1,0 0 1,0 2 2,25 5 2,0 54 0,25 246,5012:15 12:30 150 1,0 3 1,0 0 2,25 4 2,0 50 0,25 177,7512:30 12:45 130 1,0 4 1,0 1 2,25 1 2,0 34 0,25 141,7512:45 13:00 148 1,0 4 1,0 3 2,25 2 2,0 45 0,25 174,5013:00 13:15 100 1,0 1 1,0 1 2,25 1 2,0 36 0,25 120,5013:15 13:30 110 1,0 4 1,0 2 2,25 2 2,0 38 0,25 121,5013:30 13:45 160 1,0 2 1,0 2 2,25 6 2,0 49 0,25 172,2513:45 14:00 150 1,0 1 1,0 0 2,25 7 2,0 27 0,25 158,50

TOTAL 1313,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 129 1,0 4 1,0 1 2,25 8 2,0 57 0,25 165,5017:45 18:00 151 1,0 3 1,0 3 2,25 10 2,0 52 0,25 193,7518:00 18:15 204 1,0 5 1,0 2 2,25 3 2,0 67 0,25 236,2518:15 18:30 175 1,0 6 1,0 2 2,25 7 2,0 80 0,25 219,5018:30 18:45 151 1,0 5 1,0 1 2,25 3 2,0 59 0,25 179,0018:45 19:00 150 1,0 8 1,0 1 2,25 5 2,0 50 0,25 182,75

TOTAL 1176,75

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Sentido D2 Av. João Durval/Iguatemi a Av. Getúlio Vargas/CentroIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 40 1,0 1 1,0 3 2,25 3 2,0 8 0,25 55,7507:15 07:30 50 1,0 3 1,0 2 2,25 3 2,0 29 0,25 70,7507:30 07:45 64 1,0 5 1,0 1 2,25 0 2,0 20 0,25 76,2507:45 08:00 59 1,0 2 1,0 3 2,25 2 2,0 27 0,25 78,5008:00 08:15 61 1,0 1 1,0 1 2,25 2 2,0 19 0,25 73,0008:15 08:30 45 1,0 4 1,0 0 2,25 1 2,0 24 0,25 57,00

TOTAL 411,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 81 1,0 7 1,0 2 2,25 1 2,0 32 0,25 102,5012:15 12:30 63 1,0 3 1,0 1 2,25 9 2,0 18 0,25 90,7512:30 12:45 52 1,0 1 1,0 2 2,25 1 2,0 17 0,25 63,7512:45 13:00 65 1,0 8 1,0 2 2,25 3 2,0 32 0,25 91,5013:00 13:15 50 1,0 2 1,0 4 2,25 2 2,0 22 0,25 70,5013:15 13:30 50 1,0 1 1,0 2 2,25 1 2,0 16 0,25 61,5013:30 13:45 57 1,0 4 1,0 0 2,25 1 2,0 25 0,25 69,2513:45 14:00 41 1,0 2 1,0 1 2,25 0 2,0 17 0,25 49,50

TOTAL 599,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 61 1,0 8 1,0 1 2,25 2 2,0 30 0,25 82,7517:45 18:00 60 1,0 10 1,0 1 2,25 3 2,0 33 0,25 86,5018:00 18:15 55 1,0 4 1,0 0 2,25 6 2,0 21 0,25 76,2518:15 18:30 57 1,0 4 1,0 4 2,25 1 2,0 29 0,25 79,2518:30 18:45 61 1,0 3 1,0 2 2,25 1 2,0 18 0,25 75,0018:45 19:00 59 1,0 1 1,0 1 2,25 0 2,0 21 0,25 67,50

TOTAL 467,25

TOTAL DO DIA 25478,00

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CONTAGEM CLASSIFICADA DE VEÍCULOS

Data: 06/08/08Sentido A1 Av. Getúlio Vargas/Centro com Av. Getúlio Vargas/Bairros zona leste

Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVPDas As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑

07:00 07:15 189 1,0 5 1,0 5 2,25 5 2,0 56 0,25 229,2507:15 07:30 223 1,0 13 1,0 4 2,25 9 2,0 77 0,25 282,2507:30 07:45 304 1,0 24 1,0 5 2,25 8 2,0 80 0,25 375,2507:45 08:00 289 1,0 12 1,0 9 2,25 12 2,0 68 0,25 362,2508:00 08:15 249 1,0 8 1,0 6 2,25 9 2,0 78 0,25 308,0008:15 08:30 159 1,0 7 1,0 5 2,25 5 2,0 63 0,25 203,00

TOTAL 1760,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 171 1,0 0 1,0 5 2,25 10 2,0 68 0,25 219,2512:15 12:30 444 1,0 11 1,0 7 2,25 6 2,0 86 0,25 504,2512:30 12:45 420 1,0 9 1,0 7 2,25 13 2,0 44 0,25 481,7512:45 13:00 422 1,0 11 1,0 3 2,25 7 2,0 52 0,25 466,7513:00 13:15 241 1,0 17 1,0 5 2,25 10 2,0 63 0,25 305,0013:15 13:30 265 1,0 13 1,0 7 2,25 9 2,0 70 0,25 329,2513:30 13:45 288 1,0 19 1,0 6 2,25 16 2,0 75 0,25 371,2513:45 14:00 321 1,0 10 1,0 9 2,25 10 2,0 71 0,25 389,00

TOTAL 3066,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 434 1,0 12 1,0 8 2,25 3 2,0 126 0,25 501,5017:45 18:00 399 1,0 16 1,0 9 2,25 3 2,0 112 0,25 469,2518:00 18:15 430 1,0 11 1,0 5 2,25 7 2,0 101 0,25 491,5018:15 18:30 429 1,0 12 1,0 4 2,25 7 2,0 133 0,25 497,2518:30 18:45 508 1,0 16 1,0 10 2,25 4 2,0 142 0,25 590,0018:45 19:00 391 1,0 13 1,0 17 2,25 5 2,0 120 0,25 482,25

TOTAL 3031,75

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80

Sentido A2 Av. Getúlio Vargas/Centro com Av. João Durval/Bairros zona sulIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 15 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 8 0,25 17,0007:15 07:30 20 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 5 0,25 21,2507:30 07:45 18 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 4 0,25 24,0007:45 08:00 14 1,0 1 1,0 0 2,25 3 2,0 10 0,25 23,5008:00 08:15 25 1,0 2 1,0 1 2,25 1 2,0 8 0,25 33,2508:15 08:30 22 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 9 0,25 27,25

TOTAL 146,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 22 1,0 0 1,0 0 2,25 1 2,0 9 0,25 26,2512:15 12:30 27 1,0 0 1,0 0 2,25 2 2,0 3 0,25 31,7512:30 12:45 20 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 6 0,25 26,5012:45 13:00 21 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 3 0,25 21,7513:00 13:15 13 1,0 2 1,0 0 2,25 1 2,0 6 0,25 18,5013:15 13:30 22 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 3 0,25 22,7513:30 13:45 21 1,0 3 1,0 0 2,25 0 2,0 4 0,25 25,0013:45 14:00 21 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 6 0,25 27,50

TOTAL 200,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 37 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 7 0,25 41,7517:45 18:00 25 1,0 3 1,0 0 2,25 0 2,0 3 0,25 28,7518:00 18:15 39 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 6 0,25 41,5018:15 18:30 21 1,0 0 1,0 0 2,25 1 2,0 7 0,25 24,7518:30 18:45 24 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 8 0,25 26,0018:45 19:00 33 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 4 0,25 34,00

TOTAL 196,75

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81

Sentido B1 Av. João Durval/Bairros zona sul com Av. João Durval/Shopping IguatemiIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 58 1,0 3 1,0 1 2,25 3 2,0 18 0,25 73,7507:15 07:30 134 1,0 6 1,0 2 2,25 5 2,0 63 0,25 170,2507:30 07:45 99 1,0 8 1,0 1 2,25 6 2,0 71 0,25 139,0007:45 08:00 146 1,0 5 1,0 1 2,25 12 2,0 54 0,25 190,7508:00 08:15 98 1,0 3 1,0 0 2,25 7 2,0 43 0,25 125,7508:15 08:30 67 1,0 8 1,0 1 2,25 8 2,0 34 0,25 101,75

TOTAL 801,25Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 160 1,0 12 1,0 2 2,25 2 2,0 56 0,25 194,5012:15 12:30 165 1,0 9 1,0 1 2,25 5 2,0 67 0,25 203,0012:30 12:45 189 1,0 8 1,0 1 2,25 6 2,0 66 0,25 227,7512:45 13:00 105 1,0 8 1,0 1 2,25 2 2,0 43 0,25 130,0013:00 13:15 123 1,0 11 1,0 2 2,25 2 2,0 34 0,25 151,0013:15 13:30 112 1,0 5 1,0 0 2,25 3 2,0 43 0,25 133,7513:30 13:45 107 1,0 0 1,0 2 2,25 3 2,0 44 0,25 128,5013:45 14:00 99 1,0 0 1,0 1 2,25 4 2,0 41 0,25 119,50

TOTAL 1288,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 178 1,0 4 1,0 2 2,25 8 2,0 75 0,25 221,2517:45 18:00 189 1,0 6 1,0 2 2,25 4 2,0 89 0,25 229,7518:00 18:15 170 1,0 7 1,0 1 2,25 8 2,0 70 0,25 212,7518:15 18:30 203 1,0 6 1,0 2 2,25 6 2,0 100 0,25 250,5018:30 18:45 196 1,0 7 1,0 3 2,25 10 2,0 78 0,25 249,2518:45 19:00 160 1,0 4 1,0 1 2,25 7 2,0 63 0,25 196,00

TOTAL 1359,50

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Sentido B2 Av. João Durval/Bairros zona sul com Av. Getúlio Vargas/Bairros zona lesteIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 26 1,0 2 1,0 2 2,25 2 2,0 6 0,25 38,0007:15 07:30 42 1,0 2 1,0 1 2,25 1 2,0 3 0,25 49,0007:30 07:45 45 1,0 1 1,0 4 2,25 2 2,0 6 0,25 60,5007:45 08:00 40 1,0 3 1,0 2 2,25 0 2,0 14 0,25 51,0008:00 08:15 27 1,0 1 1,0 2 2,25 3 2,0 12 0,25 41,5008:15 08:30 28 1,0 0 1,0 2 2,25 0 2,0 6 0,25 34,00

TOTAL 274,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 51 1,0 0 1,0 1 2,25 0 2,0 6 0,25 54,7512:15 12:30 45 1,0 0 1,0 3 2,25 3 2,0 7 0,25 59,5012:30 12:45 28 1,0 0 1,0 1 2,25 1 2,0 11 0,25 35,0012:45 13:00 23 1,0 5 1,0 2 2,25 2 2,0 7 0,25 38,2513:00 13:15 31 1,0 0 1,0 2 2,25 0 2,0 9 0,25 37,7513:15 13:30 28 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 9 0,25 33,2513:30 13:45 34 1,0 1 1,0 1 2,25 1 2,0 11 0,25 42,0013:45 14:00 42 1,0 0 1,0 2 2,25 1 2,0 6 0,25 50,00

TOTAL 350,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 46 1,0 1 1,0 0 2,25 0 2,0 10 0,25 49,5017:45 18:00 52 1,0 1 1,0 2 2,25 2 2,0 17 0,25 65,7518:00 18:15 74 1,0 2 1,0 1 2,25 2 2,0 11 0,25 85,0018:15 18:30 61 1,0 0 1,0 3 2,25 1 2,0 16 0,25 73,7518:30 18:45 52 1,0 2 1,0 5 2,25 1 2,0 14 0,25 70,7518:45 19:00 45 1,0 3 1,0 1 2,25 0 2,0 20 0,25 55,25

TOTAL 400,00

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Sentido C1 Av. Getúlio Vargas/Bairros zona leste com Av. Getúlio Vargas/CentroIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 105 1,0 2 1,0 8 2,25 4 2,0 25 0,25 139,2507:15 07:30 412 1,0 5 1,0 9 2,25 3 2,0 44 0,25 454,2507:30 07:45 480 1,0 1 1,0 8 2,25 4 2,0 100 0,25 532,0007:45 08:00 498 1,0 5 1,0 11 2,25 6 2,0 148 0,25 576,7508:00 08:15 389 1,0 5 1,0 5 2,25 1 2,0 76 0,25 426,2508:15 08:30 269 1,0 6 1,0 8 2,25 5 2,0 40 0,25 313,00

TOTAL 2441,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 152 1,0 3 1,0 4 2,25 3 2,0 57 0,25 184,2512:15 12:30 281 1,0 6 1,0 10 2,25 6 2,0 69 0,25 338,7512:30 12:45 218 1,0 7 1,0 5 2,25 4 2,0 55 0,25 258,0012:45 13:00 251 1,0 19 1,0 6 2,25 6 2,0 62 0,25 311,0013:00 13:15 249 1,0 16 1,0 7 2,25 8 2,0 66 0,25 313,2513:15 13:30 249 1,0 12 1,0 9 2,25 6 2,0 73 0,25 311,5013:30 13:45 279 1,0 20 1,0 6 2,25 7 2,0 79 0,25 346,2513:45 14:00 346 1,0 11 1,0 8 2,25 9 2,0 103 0,25 418,75

TOTAL 2481,75Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 239 1,0 17 1,0 12 2,25 3 2,0 110 0,25 316,5017:45 18:00 267 1,0 12 1,0 11 2,25 7 2,0 87 0,25 339,5018:00 18:15 212 1,0 4 1,0 10 2,25 8 2,0 95 0,25 278,2518:15 18:30 167 1,0 8 1,0 6 2,25 5 2,0 56 0,25 212,5018:30 18:45 189 1,0 9 1,0 9 2,25 6 2,0 51 0,25 243,0018:45 19:00 176 1,0 14 1,0 5 2,25 8 2,0 58 0,25 231,75

TOTAL 1621,50

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Sentido C2 Av. Getúlio Vargas/Bairros zona leste com João Durval/Shopping IguatemiIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 38 1,0 2 1,0 1 2,25 3 2,0 18 0,25 52,7507:15 07:30 44 1,0 3 1,0 1 2,25 7 2,0 23 0,25 69,0007:30 07:45 57 1,0 5 1,0 1 2,25 2 2,0 21 0,25 73,5007:45 08:00 32 1,0 0 1,0 0 2,25 1 2,0 12 0,25 37,0008:00 08:15 67 1,0 1 1,0 0 2,25 4 2,0 19 0,25 80,7508:15 08:30 45 1,0 7 1,0 1 2,25 2 2,0 17 0,25 62,50

TOTAL 375,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 69 1,0 2 1,0 0 2,25 2 2,0 24 0,25 81,0012:15 12:30 65 1,0 2 1,0 1 2,25 3 2,0 17 0,25 79,5012:30 12:45 78 1,0 3 1,0 0 2,25 3 2,0 12 0,25 90,0012:45 13:00 77 1,0 7 1,0 0 2,25 4 2,0 17 0,25 96,2513:00 13:15 62 1,0 4 1,0 1 2,25 1 2,0 13 0,25 73,5013:15 13:30 55 1,0 7 1,0 1 2,25 2 2,0 15 0,25 72,0013:30 13:45 65 1,0 6 1,0 0 2,25 2 2,0 18 0,25 79,5013:45 14:00 66 1,0 3 1,0 1 2,25 0 2,0 27 0,25 78,00

TOTAL 649,75Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 88 1,0 3 1,0 0 2,25 3 2,0 30 0,25 104,5017:45 18:00 95 1,0 3 1,0 2 2,25 2 2,0 31 0,25 114,2518:00 18:15 87 1,0 4 1,0 1 2,25 2 2,0 46 0,25 108,7518:15 18:30 95 1,0 3 1,0 0 2,25 1 2,0 34 0,25 108,5018:30 18:45 95 1,0 3 1,0 2 2,25 1 2,0 39 0,25 114,2518:45 19:00 91 1,0 4 1,0 1 2,25 1 2,0 27 0,25 106,00

TOTAL 656,25

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Sentido D1 Av. João Durval/Shopping Iguatemi a Av. João Durval/Bairros zona sulIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 97 1,0 0 1,0 0 2,25 0 2,0 27 0,25 103,7507:15 07:30 157 1,0 7 1,0 3 2,25 2 2,0 78 0,25 194,2507:30 07:45 185 1,0 6 1,0 5 2,25 4 2,0 81 0,25 230,5007:45 08:00 161 1,0 6 1,0 2 2,25 10 2,0 97 0,25 215,7508:00 08:15 137 1,0 4 1,0 1 2,25 13 2,0 65 0,25 185,5008:15 08:30 123 1,0 9 1,0 1 2,25 9 2,0 48 0,25 164,25

TOTAL 1094,00Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 199 1,0 1 1,0 4 2,25 8 2,0 59 0,25 239,7512:15 12:30 190 1,0 4 1,0 1 2,25 8 2,0 57 0,25 226,5012:30 12:45 146 1,0 7 1,0 2 2,25 5 2,0 36 0,25 176,5012:45 13:00 135 1,0 8 1,0 2 2,25 5 2,0 33 0,25 165,7513:00 13:15 119 1,0 7 1,0 1 2,25 5 2,0 55 0,25 152,0013:15 13:30 135 1,0 12 1,0 0 2,25 7 2,0 51 0,25 173,7513:30 13:45 138 1,0 7 1,0 2 2,25 4 2,0 57 0,25 171,7513:45 14:00 120 1,0 6 1,0 2 2,25 2 2,0 48 0,25 146,50

TOTAL 1452,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 222 1,0 7 1,0 3 2,25 4 2,0 83 0,25 264,5017:45 18:00 225 1,0 8 1,0 3 2,25 7 2,0 92 0,25 276,7518:00 18:15 229 1,0 10 1,0 3 2,25 6 2,0 56 0,25 271,7518:15 18:30 158 1,0 5 1,0 3 2,25 2 2,0 60 0,25 188,7518:30 18:45 190 1,0 5 1,0 6 2,25 10 2,0 65 0,25 244,7518:45 19:00 150 1,0 4 1,0 2 2,25 2 2,0 61 0,25 177,75

TOTAL 1424,25

Page 86: Universidade Estadual de Feira de Santana - civil.uefs.brcivil.uefs.br/DOCUMENTOS/CRISTIANO ROBERT DA SILVA SOUZA.pdf · cristiano robert da silva souza estudo do trÁfego de veÍculos

86

Sentido D2 Av. João Durval/Shopping Iguatemi a Av. Getúlio Vargas/CentroIntervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑07:00 07:15 42 1,0 1 1,0 0 2,25 3 2,0 22 0,25 54,5007:15 07:30 58 1,0 1 1,0 1 2,25 2 2,0 25 0,25 71,5007:30 07:45 75 1,0 0 1,0 2 2,25 3 2,0 35 0,25 94,2507:45 08:00 55 1,0 0 1,0 2 2,25 4 2,0 24 0,25 73,5008:00 08:15 60 1,0 0 1,0 0 2,25 3 2,0 25 0,25 72,2508:15 08:30 46 1,0 3 1,0 2 2,25 6 2,0 16 0,25 69,50

TOTAL 435,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑12:00 12:15 65 1,0 2 1,0 0 2,25 3 2,0 34 0,25 81,5012:15 12:30 57 1,0 4 1,0 1 2,25 2 2,0 25 0,25 73,5012:30 12:45 65 1,0 3 1,0 3 2,25 4 2,0 20 0,25 87,7512:45 13:00 75 1,0 1 1,0 0 2,25 2 2,0 17 0,25 84,2513:00 13:15 43 1,0 2 1,0 2 2,25 0 2,0 9 0,25 51,7513:15 13:30 64 1,0 1 1,0 0 2,25 1 2,0 28 0,25 74,0013:30 13:45 76 1,0 1 1,0 2 2,25 4 2,0 22 0,25 95,0013:45 14:00 63 1,0 7 1,0 2 2,25 1 2,0 37 0,25 85,75

TOTAL 633,50Intervalo Autos Táxis Ônibus Caminhões Motos>50cc UVP

Das As Total UVPa Total UVPt Total UVPo Total UVPc Total UVPm ∑17:30 17:45 67 1,0 4 1,0 2 2,25 0 2,0 33 0,25 83,7517:45 18:00 54 1,0 2 1,0 1 2,25 1 2,0 38 0,25 69,7518:00 18:15 66 1,0 4 1,0 2 2,25 0 2,0 32 0,25 82,5018:15 18:30 48 1,0 5 1,0 2 2,25 1 2,0 29 0,25 66,7518:30 18:45 60 1,0 5 1,0 2 2,25 0 2,0 26 0,25 76,0018:45 19:00 57 1,0 5 1,0 2 2,25 0 2,0 35 0,25 75,25

TOTAL 454,00

TOTAL DO DIA 26594,50