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PREÇOS: HO MOtôOO MOS ESTADOS «60O RIO DE JANEIRO, 18 DE JANEIRO DE 1939 N.' 1737 (g࣠//—\\ Tl \ V'Z'ãlZ~^r~-- ' SQsmVl s: 1^\ ;A; i1' 1'-'FA>T 1 ' <zff^mM!M^ / ¦ Duduca tora a Feira de Amostras e observara o parque de recreio ali existente. O divertimento de que mais gostara fôra o "water-shoot", o bote que cai vio- lentamente na água. P4P m[lxm mTwLsam\ i //i i V/ lhl*?^i**>9 V í f Jf. / No dia seguinte, em casa, olhando os patinhos que na- davam num tanque, imaginou construir para êl< ¦m* "water-shoot"» J^r •mmmÊê a^VV __> _< iK W^ '-^xas. ^*ij5itf" E da janela da cosinha até o cen- tro do tanque, Du- duca construiu um deslizador. \~tm WL <s/Ê £t mWSÊ&SÊÊÍ$*~— ¥>C - 2^-^^^^4iP^^ Wzz- 3 ^\*rAV'J% /Jr~-%k h-" \ ^^Í^ML c^ * ar a * -^ **S*ÊA \7 fjt*a*a*HHlC c!^ idM V E pouco depois, cs patinhos mostravam ter gostado da idéia do Duduca, que veiu quebra/ a monotonia daquele triste tanque.;

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PREÇOS:HO MO tôOOMOS ESTADOS «60O

RIO DE JANEIRO, 18 DE JANEIRO DE 1939 N.' 1737

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\ V' Z'ãlZ~^r~-- '

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Duduca tora a Feira de Amostras e observara oparque de recreio ali existente. O divertimento de quemais gostara fôra o "water-shoot", o bote que cai vio-lentamente na água.

P4Pm[lxmmTwLsam\ i // i i V/

lhl*?^i**>9 V í f Jf. /

No dia seguinte, em casa,olhando os patinhos que na-davam num tanque, imaginou

construir para êl<¦m* "water-shoot"» J^r

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E da janela dacosinha até o cen-tro do tanque, Du-duca construiu umdeslizador.

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E pouco depois, cs patinhos mostravam tergostado da idéia do Duduca, que veiu quebra/ amonotonia daquele triste tanque. ;

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O TICO-TICO — 2 — 18 — Janeiro —, 1939

—-^——^^»^m^m

RISCOS DE BORDAR E ARTES APPLICADASApparece no dia 15 de cada mez

JÃRTE DE BORDAR é uma revistamensal de riscos para bordar e artesapplicadas. Contém 28 paginas degrande formato e grande supplementoque vem solto dentro da revista comos mais encantadores esuggestivosriscos para bordados em tamanho deexecução.ARTE DE BORDAR contém riscospara: Sombrinhas, Almofadas, Stores,Kimonos. Monogrammas. Pyjamas,Guarniçôes e Toalhas para altar. Guar-nições para

"lingerie". Roupas Brancas,Roupas para creanças. Guarniçôes paracama e mesa.TRABALHOS: Em "Crochet". Rafia.Lã» Pellica, Panno couro. Feltro, Estanho,Pinturas. Flores, etc.

Assig. sob registro: 6 mezes 16$ -12 mezes 30$

As remessas devem ser feitas em vale pos-tal ou registrado com valor á Soe. AnonymaO MALHO - Travessa do Ouvidor, 34 - RIO

Nas livrarias e ven-dedores de jornaes

Sociedade Anonyma O MALHOTravessa do Ouvidor, 34 — RIO

ítumero ^avulso 3«5> OOO

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Diretor-C_.erer.te ; A de Sou/i. e Silva

j_§[Jf^0g®[_.8 ©b a;©^©Meus netinhos:A data de 20 de janeiro, que será comemo-

rada depois de amanhã, é uma das mais gratasefemérides da historia do nosso país. pois re-

corda a fundação da cidade de S. Sebastião

do Rio de Janeiro, que é hoje a maravilhosa ca-

pitai do Brasil. Quem fundou a cidade, ligan-

do á sua exis-tencia um no-me valorosode soldado »íoiEstacio de Sá,sobrinho d o

governa-dor geralMem de »Sá,

que é hoje ve-nerado como oseu heroi-már-tir pois per-deu a vidaapós os rudescombates d e

que resultou aexpulsão dos franceses que se tinham ins-talado na Guanabara e suas imediações.Estacio de Sá fora mandado ao país recente-mente descoberto justamente com essa missão:retomar aos invasores as terras de que se ti-nham eles apoderado.

Auxiliado pelo tio, pelos reforços e re-cursos que lhe conseguiram os padres Anchie-ta c Manoel da Nobrega. conseguiu, a 20 de

janeiro de 1567, vêr realisada a sua missão.

Mas quiz o clectno quc perdesse a vida nesse

feito.

Ferido no rosto por uma seta dos Tamoios,

morreu um mês após, sendo enterrado na pe-

quenina capela coberta de palha que mandara

erguer sob a invocação do noyie de S. Sebas-

t;ão. Sob a proteção desse nome foi que Esta-

cio de Sá lan-

çou os funda-mentes da no-va cidade queviria a ser umadas mais be-las do con-tinente ameri-cano. sêdc do

governo e ca-

pitai do, país.Não foi fácil,como se viu, aEstacio de Sá,levar a cabosua perigosamissão guer-

rera, e isso justamente é que torna o seu

vulto digno de respeito e da nossa admira-

ção.Seus restos mortais são conservados ain-

da hoje como verdadeira relíquia e cada ano,

ao chegar, a data de 20 de janeiro, se relembra

o nome do prmc.ro Capitão-Mór do Rio de

Janeiro e um dos seus máximos heróis.

VOVÔ

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ESTUDAR E ENRIQUECER ! O PATRIMÔNIO INTELECTUAL NUNCA SE PERDE

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AS PROÊSASDO

CAZUZINHA

Toíó inteligenteDesenho de Swinnerton

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Menino!o

Brasil espera

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'dedicação

em trabalho,

patriotismo

e estudo.

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18 Janeiro — 1939 — 5 O TICO-TICO

' Um caixeiro viajante, achando-secerta noite numa cidadezinha dointerior, foi atacado de forte dôr dedentes que o não deixou dormir.Naturalmente, o pobre diabo esque-ceu-se de tudo, até do maravilhoso"Fontol", que mata as dores, e, pelamanhã dicidiu-se a extrahir o den-te. Sahiu á procura de um dentista,que fizesse "extracção rápida e semdôr".

O dentista do lugar recebeu-ocom muitas mesuras e mandou-oesperar um pouco, emquanto ia pre-parar o seu "gabinete"' . O "gabine-te" era no pateo, á sombra de umafigueira brava, e compunha-se deuma cadeira de barbeiro, das anti-gas, e uma mezinha sobre a qual seachava o material cirúrgico: um ali-cate, uma torquez pequena, vários vi-

Extração rápidae sem dôr

dros com drogas e um rolo de linhacrua.

O "dentista" fez o paciente sentar-se na cadeira e depois de lhe sermostrado o dente que aoia, come-çou a bater com o alicate para aba-lal-o. O cliente suava frio!

flL^^ mt^ f

Vendo que o dente não saia, o "den-tlsta" deixou o alicate e passou paraa Unha. Amarrou-a fortemente nodente e começou a puxar...

O pobre caixeiro foi-se levantai^do, com os olhos esbugalhados. comdores terriveis. Já tinham andadouns quatro metros, quando de re-pente cáe o "dentista" para um la-do e o paciente para outro. O den-te tinha saido!

Bruto! animal, carrasco! Dra-dou entre lagrimas a victima. Vo-cê não é dentista nem aqui nem nodiabo que o carregue!

Táhi. O senhor até que tá comsorte... — respondeu o outro. Olugar costumeiro de sahi os denteé lá naquella parmêra...

OUTRA VEZ ESTÃO OS »-GANGACE.1ROS ASSALTANDOAS FAZENDAS - HEU SITIO

7?7*-\ CORRE PERJSO 3-

tlEU BACAHARTE. E' DOTEM-PO DA GUERRA OO RARA,-CrUAY - NÃO PftESTA KE M

Vpí^PARA MATAR.Baratas

AQUI HA TINTAS E V/ERNI-ZE5 QUE NUNCA MAIS 5_A«^iBA. ISTO PÂ-HE üMAIOEA

'¦^ .'¦-

1 (°) ^1 f~\| A_/

<^~\<j \Í^J ' ***' Vc<y*g£ Pera<so r* x~~"——_,^2gt para motar. _;_l_=____v

TIREM QUE O BARÃO DE R_mPE' ESTA' CHEIO DE I VOU FAZER UtlA SALADA OE TINTAS e 11 -60RA VAE TuOA |£_-__//DINHDCO-UHA "VISITINHA" A« FAZENDA DELE VERNIZES E «O,QUE VAE SAIR DtSSO PARA A Ç>RATE-W'^—-JUSO SEEIAf/^55*^")/ ~P^Pm~~l J^^--7rNer> O PlASO SABE IE1RA. rS? 1¥m%áfè_

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-Z\ VENHAM -VOU

È/ fo)'» plNTAg- O SETE. \

COFRE DEVE SER. AQUELE NO

3íFUNDO r~umi

MEUSOLHGS

^

imiSfl,

Em cada quilômetro quadradodo mar calcula-se que habitamsessenta milhões de seres vivos.E' bom lembrar que a expressão"quilômetro

quadrado" refere-seneste caso, impropriamente, nãosó á superfície das águas, mastambém á sua profundidade —muito variável — visto que hapeixes e outros animais em cama-das mais baixas do oceano.

HABITANTES 00 MAROutros, pelo contrario, parecem

preferir a fuga do elemento li-

quido. E' o que se dá. por exem-3I0, com o molusco denominado"flexa do mar". Este animalzinhonada á flor da água, com impul-sos tão enérgicos que, muitas ve-zes, sáe do mar rapidamente, comose fosse uma seta.

i Chega a dar tais saltos que,freqüentemente, vai cair dentrodas embarcações. Pesca sem tra-balho.

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O TICO-TICO 18 — Janeiro — 1939

Às aventuras do Camondongo Mickey(Desenhos de Walter Disney e M. B. Iwerks. exclusividade para O TICO-TICÒ em todo o Brasil)

-r 7p?T -p <n

V/f ¦/• \\\ fi n

— Por Deus, Mimi, você não pôde sair da frente dejsteespelho, por um instante ?

— Não esqueça que vai~ser uma festa muito elegante e'eu preciso me apresentar perfeita.

—* Além disto, nós não podemos sair, Mimi. sem o meuchapéo novo chegar. Já esta a campainha tocando.

— Deus do céo! O que uma mulher faria si os espelhosnão tivessem sido inventados. —Que esplendida oportunidade...

. . .para pregar outra peça em Minnic. — Ah Mickey IE' o meu chapéo novo. Jesus, onde i que está êle ?

— Cruzes, está horrível, me-donho. pavoroso.

— Ainda esta peior que isso,Deus do céo!

Ah. agora sim, nâo está tão mal.Credo, nunca pensei,^?,

'I »„. que eu parecesse com isso, quando me vi na Joi^_. »-•>

(Continua no próximo-numero"^ .,

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-18 — Janeiro — 1939 — 1 — 0 TICCL-TICO

O livro mais antigo do mundo está em

Naplus, na Palestina. E' o Pentateuco,

ou seja a reunião dos cinco livros sa-

grados de Moisés, que formam a pri-meira parte da Biblia. Acredita-se quefoi escrito em 1451 A. C. isto é, ha

3.390 annos.•

Ha na Alemanha uma cidade, cha-

mada Altenau. que fica situada a 455

metros de altura acima do nivel médio

do mar, onde não existem pardais.Outras espécies de passaros se

adaptam ali e vivem perfeitamentebem, pois o clima de Altenau é ma-

gnifico. Porém os pardais não vivem,

não resistem e isso tem mesmo des-

pertado o interesse dos cientistas, que

querem, á força, descobrir uma causa

para essa curiosidade.•

Rembrandt, o genial pintor, cujos

quadros valem hoje fortunas, morreu

pobre, cheio de dividas e perseguido

por um exercito de credores impiaca-

veis.

Troco miúdoHenrique Sienkiewicz, notável roman-

cista polaco, nasceu em Maio de 1846.

Era filho de uma familia de lítuanos re-

fugiada após os russos terem mvadi-

do seu país. E' ele o autor de um ro-

mance celebre "Puo Vadis", queimortaPzou o seu nome em todo o

mundo. Tambem escreveu outras obras

de mérito.

•Um homem de 47 anos recebeu, em

1915, durante a Grande Guerra, um

tiro em pleno coração. Internado em

um hospital, dele saiu após 17 meses,

cansado dos esforços que os médicos

cirurgiões estavam fazendo para reti-

rar o projétil do órgão atingido. Pois

esse homem, que se chama Arcade

Chocu vive ainda hoje, em Amier.s, na

maior paz, exerce o oficio de tintureiro

e tem tres filhos. Pratica vários espor-tes e é um dos campeões de resistênciaem marcha, da sua cidade.

•Na Republica Argentina se realisam

grandes perfurações para extrair água

para beber. Algumas delas são profun-dissimas, e ha as que atingem a 1.600metros de profundidade.¦

"Uma ocupação constante e pro-veitosa é não somente saudável para ocorpo como tambem para o espirito.Emquanto o preguiçoso se arrasta inu-tilmente através da vida, o homem tra-

balhador é uma fonte do actividades.

A mais humilde ocupação vaie mais do

que a ociosidade".•

O pinheiro maritimo oferece a par-ticularidade de vegetar na areia e detransformaUa em terra vegeta!, com a

queda de suas folhas e a decompôs*-

ção de suas raizes.•

O general San Martin, um dos gran-des vultos da historia da America,nasceu em 1778.

Mostre que é hábil .

Aqui estão tres figuras geométricas que vocês conhe-cem, da escola. Tres trapesios. Pois bem: vamos vêr quem é

que, recortando os tres trapezios cuidadosamente, arma

com eles uma outra figura geométrica: um triângulo equi-latero...

Antes dos nomes de tratamento: excelência, se-nhorià, etc, não se usa crase, exceto antes de senhorae dona. Exemplo: lembranças á senhora fulana. Lem-brancas á dona Luiza, etc.

CARLOS NÂNHAESTriste noticia para todos nós, e, especlalmen-

te para vós, inteligentes leitores e pequenos co-laboradores do O Tico-Tico, é a da morte de Car-los Manhães, o bom e amoroso Vovô que, durantevários anos, todas as quartas-feiras conversava

convosco por estas colunas.Ainda no ultimo numero io ano que passou,

ele vos dizia, á vós. luminosas crysaüdas do íutu-ro, com doce e comovido carinho:"Sem o estudo dedicado, sem o trabalho per-feito, nunca se pôde preparar o Futuro. No pre-paro deste, meus caros netinhos, têm vocês aindade manter perfeita obediência aos pais e aos mes-tres, uma conduta exemplar em todas as ações,um amor á verdade, um espirito permanente defraternidade, uma dedicação extrema á Pátria.

Só assim, meus meninos, poderão vocês con-seguir o dia de amanhã que Vovô deseja ser omais belo e mais feliz de todos".

Guardai essas amorosas palavras na vossamemória e no vosso coração como os céos guar-dam as estrelas. Vovô, cujos olhos piedosos secerraram para sempre, vos teve a vós, nomensde amanhã, como a sua derradeira imagem dascoisas terrenas e o seu coração, que por vós pul-sou de simpatia e de afeto, foi o escrinio preciosoem que ele vos encerrou, como as rosas encerramperfumes.

Relede "TJm rico presente", em cujas linhas_ente-se a sua alma bem formada e limpa, e fa-zei, por vossa vez, da prece christã na pureza dosvossos lábios infantis, o rico presente da sinceri-dade da vossa dôr, depondo-o aos pés do Deus deexcelsa bondade e de infinita misericórdia, paraque se reverta em luz ao espirito de Carlos Ma-nhães, o vosso adorável e inesquecível Vovô.

E da vossa magoa comunga, e nas vossas pre-ces vos acompanha o velho.

LEONCIO CORREIA

I

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O TICO-TICO 18 — Janeiro — 1939

O ENGANO DO BOLONHA

Depois de ter perdido vários empregos, . . , vendem tudo. Perfumes, brinquedos, grava-Bolonha foi trabalhar num bazar de miude- tas, sementes de flores, etc. Chegou o primei-zas. Dessas casas que ... ro freguez

• i~nr<~^r s-—-v /iSSO FA»? NASCER. I j.-J»**>____L__Jf llillfi) 1 U 1 1 / V \ l -^ numa /-TV Vra^a

—srr — —^í ^ ''SP Y // 1 DE azes y ~-.dtà\~:^

Mil/ . I^H^tíIen^tl )^A.jraV>^ llfeM— Tem aí um remédio para fazer nascer cabelos ?

Sim, senhor. Temos um que é uma coisa maravilhosa !Use este pó e chame o cabeleireiro

y• 1

ra»%

P^\üTÍTl

/.- rf-,,?-.

Dez dias depois, o homenzinho entrou pela loja, louco de raiva.Veja só o que aconteceu : disse mostrando a cabeça.— Que lamentável engano; exclama Bolonha. Vae ver que lhe vendi sementes de mar-

garidas ...

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18 — Janeiro — 1939 — 9 —, 0 TICO-TICO

HH__-38s_M-H-_H __W ^¦™',^^'^'7Ps»»««"s«¥Ss_b_Iss_^-^

B A grande avalanche de pedras 18 Al P " resolveu então carre-I aue caiu na qruta. ferira qr^vemente , •- j • j a.H ,y . ', , m qa-lo para o avião, deixando a gruta Bp

_B o Professor, aue, desacordado, nao i i j l i • ju rcuic—u . M_ | onde todos se haviam retugiado.

H liffl—MMMB^MaWWal _¦__§___.; l>3^^^—»¦—ss_[

¦ O planeta Marte parecia então ___ v6_ _.._' __ ,ogar onde p_dess3 I

ESTUDAR E' ENRIQUECER ! O PATRIMÔNIO. INTELECTUAL NUNCA SE PERDE

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O TICO-TICO — 10 18 — Janeiro — 1939

Às proezas de Gafo Felix(Desenho de Pai Sullivan — Exclusividade d'0 TICO-TICO para o Brasil)

êtJÃZí i-gygj V7 ~ÃM

Js^Y^iín ,v», .' ™* c____Yf

— Deus do céo ! Lá vai ela rolando as escadas '.!!! -Pucha. que azar!!! Lá quebrou aquela grande estatueta!!!

— Os braços ficaram quebrados !!! Talvez que eu possaconcerta-los antes do patrão voltar !!!

— Mãos para o ar 11! Oh. meu Deus !!! A cousa encren-cou mais ül Agora é algum ladrão ü!

. ,,¦ ^."¦l-. _¦ ¦*•* **"*"—**' "* **' ' ****** ' '

— Olá, camarada que está ai atraz da escrevaninha ! Es- ,tou dizendo: — Mãos para o ar !íi

— Deus ! E' um inimigo que surge.Que mãos formidáveis ü'

--.1,1 ¦

Não quero me meter com um sujeito colossal como esse ül -: ¦ e.xpulsou-o ! Sem duvida alguma I! Oh. que gato estupendQ.Maravilhoso1!! Vi quando o ladrão fugiu !!! O gato... . , € trabalhador !!! ,.- . .

u" (Continua no próximo número),

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18 _ Janeiro — 1939 r- 11 — 0 TICO-TICO

Tapete mágicoNa província chinesa de Chang-

Tung, ha grandes extensões de terra

cobertas de diamantes do tamanho de

cabeças de alfinetes. Os chineses paraapanhá-los recorrem a este processocurioso: usam um calçado especial ao

qual aderem os diamantes que pisam...Depois, basta-lhes sacudir os sapatos

para se encontrarem possuidores de

razoável fortuna. Estes campos diaman-tiferos pertencem aos frades dum mos-

teiro que vendem as pedras como sim-

pies curiosidades...

O vinagre é a transformação das

bebidas alcoólicas pela ação dum fer-

mento chamado "mycoderme aceti",

que forma na superficie do liquido

uma delgada capa branca. O referido

fermento decompõe o álcool e o açu-

car que se converte em ácido acético;•

Em Java, Bornéu e Sumatra dá-se onome de "amole" a uma loucura de queos indígenas são acometidos repenti-

namente. Durante o acesso correm

freneticamente, matando as pessoas

que encontram no caminho. Diz-se quenão ha remedio para tão horrível mal.

•No dia 25 de Março de 1846 foi

entregue, para estudo, um caracol no

British Museum, de Londres. Por des-

cuido do pessoal da secção, fei o po-bre caracol parar ao sótão do mesmo

edifício, no alto de enorme escada,

talvez de caracol... Quatro anos de-

pois, ao limparem o sótão, encontra-

ram o molusco. Mergulhado em água

morna, o caracol resolveu-se a sair da

casca, tão vivo como em 1846... embo-

ra um pouco mais fraco. Isto originou

vários estudos sobre a vitalidade dos

moluscos.

A palavra "cafre" como os portu-

gueses designaram os indígenas africa-

_

nos, deriva do árabe e significa "in-

fiel".•

A origem do nome da cidade pe-ruana de Arequipa não deixa de ser

curiosa. Durante o período da con-

quista daquele paiz aos indígenas,

apresentaram-se ao inca — o chefe

local — vários capitães que pediamautorização para fundar uma cidade

afim de se estabelecerem na zona

conquistada. E o chefe respondia sole-

nemente: Arequipa; o que no idioma

indígena, o "qulnchua", significava:

Está bem, fiquem!

•Os Estados Unidos da America são

o país do mundo onde ha mais tele-

fones. As estatisticas mais recentes

afirmam que, por cada oito habitantes,

conta-se naquela região um telefone.

A maior catarata do mundo é a do

Niagara que tem uma altura de 170

pés. Só os que tiverem "cataratas" a

não vêem...

O Amazonas é o rio mais caudaloso.

A cova maior é a de Mastodonte,

em Kentucki, na qual se pode navegar e

pescar num lago subterrâneo.

O vale maior é o de Mississipi quemede cinco mil milhas quadradas e se

encontra numa das mais férteis regiões

do mundo.•

O japonês é extremamente asseado.

O mais humilde dos habitantes do Ja-

pão não deixa de lavar-se freqüente-

mente e muda de fato duas vezes pordia.

9

E' este o nome técnico, dado pelosbotânicos á arvore do cacau. Signifi-

ca: alimento dos deuses. E' curioso

lembrar que os frutos do cacau, tal co-

mo os apanham da arvore, não são co-

mestivels, pois têm sabor amargo e são"muito" oleosos.

Paradivertiroirmãosinho

SZYTjLl

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O TICO-TICO — 12 18 — Janeiro 19.39

Zé Macaco tivera uma idéa origi- Ele se fantasiaria de cachorro De facto, depois de envcrgar a nova indumentárianal-que communicou a sua adorada policial. Iria estudar a vida desses canina, meteu-se no meio de vários cachorros policiaesesrjosa. intelügentes cães na intimidade. que o acolheram com muita desconfiança.,,

O caso não era para menos, Onovo " policial " era um intruso!Ademais tinha um aspecto dif-ferente! - -

E tudo se resolveu num formidável" rolo", que deixou o Zé Macacoem petição de miséria!Quando voltou em casa, Zé Macaco

contou a Faustina o des- carregamento de pulgasastre. que o, obrigou a se cocarMas o peior de tudo foi todo o dia, e a Faustinaque elle ficara com um também.

B O PEQUENO SREVO ETIOPEQuando os Reis Magos do Ori-

en*z guiados por uma estrela cin-tikWe, se puzeram a caminho deBethlém para adorar o Messiasrecém-nascido, os homens da co-mitiva do Rei negro notaram queseu séquito estava aumentado demais um servo : Era um pequenoetiope que nos desertos da Librase havia ocultado entre as mantasdos camelos e ali estava dizendo»se resolvido a acompanhar a cara-yana, trabalhando para pagar aalimentação que lhe fornecessem,ou pronto a morrer açoitado peloseu atrevimento se assim o or-denasse o Rei.

Levaram-n'o, então, escoltado, ápresença do sábio monarcha que,depois de saber que o pequenoetiope desejava apenas uma opor-tunidade para ver e adorar o De-sejado das nações, achou graça noseu ardil, permitindo-lhe acompa-panhar a caravana real.

Chegando a Bethlém foi ele es-colhido, por ordem do Rei, paraser um dos servos que teriam de

conduzir o ouro, o incenso e amirra que os Magos do Orientevinham oferecer ao Rei dos. Reisno seu humilde berço de palhas.-

Ali, prostrado, com a face emterra e o coração pulsando namais viva alegria, poude o peque-no servo realizar seu maior sonho,que era ver e adorar o Messias.

Passaram-se os tempos e o pe-queno etiope já era um moço dosseus dezoito ou vinte anos, semnunca haver, entretanto, perdido devista a Sagrada Familia, não seaproximando dela porque, na suatriste condição de escravo, se jul-gava indigno de erguer, tão. alto,os olhos.

Certa vez, em Jerusalém, encon-trou ele a Virgem Maria e SãoJosé, muito aflitos, á procura doMenino, que julgavam perdido nagrande cidade.

O etiope, ajoelhando-se á frenteda

"Virgem Maria, lhe disse :— Perdoai, Senhora, se me atre-

vo a vos embargar o passo e a vos

dirigir a palavra. E' que suponhoconhecer a causa da vossa angustiae poderei vos dizer que o vossoaugusto Filho não está perdido esim perante os sábios Doutores daLei e os Escribas, fazendo-os pas-mar a todos pelo acerto maravi-lhoso das suas respostas ás suasinsidiosas perguntas sobre os maiscomplicados e controvertidos tex-tos dos" Livros Sagrados.

Efetivamente a Virgem Maria éSão José ali encontraram o Me-nino-Jesus, que muito se alegrou aove-los e lhes disse :

— Não havia motivo para te-mores, pois eu estava na casa domeu Pai. Avaliando, porém, vossosreceios, inspirei esse dedicado ser-vo etiope, que me visitou já na po-bre mangedoura de Bethlém, emque nasci, a vos conduzir até aquionde, entre a magnificência e o es-

?lendor do Templo, explicava aos

)outores as sutilezas da Lei Mo-zaica, e onde poderieis, por certo,me encontrar.

EUSTORGIO WANDERLEY,.

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16 CORAÇÃO DE CRIANÇA

s-í Levem estas tortas até onde estiveram descansando, coloquem-nassobre a pedra, cortem-na em fatias e finjam de a estar comendo, quando viremchegar os maldonianos. Quando eles estiverem perto, fujam abandonando atorta. A' pouca distancia ficará esperando Jupan com o mamuth para a volta,

Os velhos partiram com as tortas e muito bem se desobrigaram da tarefa.Quando viram um batalhão de maldonianos se aproximar, fugiram.

Um brutamonte, peludo como um bode, comandava o pelotão. Era omais truculento dos maldonianos, que havia jurado conquistar Fantopol ematar todos os seus habitantes. Chamava-se Bradamuth. Vendo as tortassobre a pedra, resmungou :

Ah ! Ah ! Nem tiveram tempo de comer o petisco. Muito bem. Vamosaproveita-lo. Ha para todos. Vamos avançar nisto.

Atiraram-se sobre a torta, famintos que estavam pela longa caminhada.Breve, das tortas não ficou nem migalha para beneficio das formigas.

Barriga cheia, trataram de descansar um bocado. Depois iriam dar oassalto a Fantopol, que seria tomada de surpresa e seus habitantes mas-sacrados. „ -.

Da outra vez me deram um banho de lodo — resmungava Brada-•nutri, arrotando. Mas agora eles vão me pagar bem caro a ousadia. E aquelemamuth que quasi me torceu o pescoço, vai ter a sua parte.

Breve, ele e os soldados começaram a sentir certas dores nas entranhas,uma torcida que não anunciava nada de bom. Os joelhos iam-se-lhes do-brando e, em breve espaço de tempo, o pelotão inteiro deu meia volta aoscalcanhares e filaram todos direitinho para a Maldonia, tomados de eólicas.O purgativo, aquele pósinho branco que parecia assucar, era o mais famosopurgante, chamado vkabuxo, que certa ocasião Karpinio havia encontradoquando estava sendo empregado por um magaterio. Durante uma semana,pelo menos, os soldados maldonianos não pensariam em ir assaltar Fan-topol, porque a cada instante eram tomados de assalto na barriga.

Eu estava com tanta vontade de provar um bocado daquela torta— disse Xapinassú. De que me livrei ! E' pena que eu não tivesse feitouma igual, quando eles vieram se apoderar das minhas propriedades.

Embora confiante nos seus expedientes, Karpinio não deixava de seprevenir contra qualquer surpresa por parte dos Maldonianos.

UM GRANDE ACONTECIMENTOHeliandro ia se instruindo rapidamente e se tornara um menino robusto

e muito ativo. Apesar da sua pouca idade, não deixava de ajudar a quemquer que fosse. Tornára-se amigo dos enormes animais que prestavam serviçona lavoura e no transporte de grandes pesos dentro da cidade. Bem diziaKarpinio que esses animais um dia pereceriam, devido á maldade dos homensque não compreendem sua utilidade e os matam para comer, que surgiriaoutra raça, mas de menores proporções, uns mansos, outros selvagens, mastodos poderiam ser domesticados pela paciência e pela bondade.

CORAÇÃO DE QRIANÇA 13

triângulo. Cada terreno é separado do outro, ao lado, por um canal que seliga com um grande rio, e estes canais são destinados á irrigação. Do altoda torre de sua casa, mesmo no centro da cidade, cada cidadão pode ver oseu terreno e saber se as arvores estão em flor ou dando frutas e se a hortaestá produzindo ou, emfim, se ha novidades.

OS DOIS MENDIGOS

A' beira de uma estrada, nas cercanias de Fantopol, cujas torres bri-lhavam aos raios de um esplendido sol matinal, achava-se sentado sobre umaso-leira de pedra, um velho maltrapilho, descalço. Trazia a cabeça envoltanum trapo colorido e sobre o trapo, assentado, um chapelão de abas largas.;

-Descansava de longa caminhada, ao lado de um saco onde levava seustrastes, unico bem que possuía, quando viu se aproximar, tropego, mais uramendigo, este mais velho, ainda mais esfarrapado, trazendo um saco ás costase apoiado a um cajado.

Ao avistarem-se houve uma dupla exclamação..— Anias t¦-» Xapinassú !Eram velhos amigos.— Tu, também, Anias, foste vitima daqueles malvados ?

¦ — Corno vês, meu caro. De tudo quanto eu possuía despojaram-me,deixando-me apenas com a roupa do corpo. Roubaram o fruto de longoscorpo-

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14 CORAÇÃO DE CRI ANCA

anos de trabalho. Só espero que a morte venha dar cabo dos meussofrimentos,

Não fales assim, meu amigo. Vamos procurar abrigo em Fantopol.Sempre ouvi dizer que nessa cidade, que é um palácio só, todos vivem feiizesé satisfeitos, porque todos ali têm bom coração, f

i— Com efeito, Xapinassú. Sempre tive vontade de conhecer essa cidade,mas sabes como são as coisas. Quando a gente está satisfeita não se pre-ocupa de saber se os outros estão bem ou mal e eu não tive curiosidade deconhecer essa cidade, que, entretanto, não estava muito longe das nossas

propriedades.Nossa desgraça foi a de vivermos perto da Maldonia, que não pode

viver em paz com ninguém, Coragem, meu amigo. Reunamos nossas forçase vamos paia Fantopol.

•+~ Eu não posso, Anias. Não posso. Minhas forças estão esgotadascom esta caminhada. Vai, e, se em Fantopol houver quem se interesse pormim, terá tão bom coração para vir me buscar.

Então, espera aí, que eu voltarei para te buscar com alguém que nos

possa ajudar a carregar-te.E Anias, erguendo-se a custo, recolheu o saco ás costas, deu de mão

ao cajado e, procurando esticar o passo, rumou para a cidade, cuja silhuetase desenhava nitidamente no horizonte.

Bogo estava entretido numa conversa particular com o mamouth (ambosentendiam-se muito bem) quando o soldado Jupan, que fora substituído na

guarda á porta principal, veiu anunciar-lhe que á porta estava um velhomaltrapilho que desejava falar ao Rei. Bogo, em pessoa, foi procurar o velho

que esperava, batendo impaciente com a ponta do cajado sobre o lagedo.Que deseja, meu amigo ? — perguntou, levando a mão ao peito.

f — Sou Anias e venho de Rongai. Os guerreiros da Maldonia des-truiram minhas propriedades, roubaram-me tudo e ouvi dizer que eles vêmatacar Fantopol. Venho preveni-los.

Bogo riu e dando uma palmadinha amigável no ombro do velho, disse tEles que venham, saberemos nos defender. Com tantas lições que

lhes demos, ainda não adquiriram juizo. Quanto a ti, meu amigo, terás emnós tantos irmãos quanto somos. Acho que precisas de matar tua fome,precisas de roupa e de descanso. Tudo te será fornecido, e terás a paz na

- tua alma, o que não nos custa nada.! — Conheço a bondade tradicional do povo de Fantopol <— respondeuo velho. Antes que eu aceite tão generoso convite, permita-me que eu volteao encontro de um amigo, cujas forças não mais lhe permitem chegar atéaqui. Ele é tambem, uma vitima dos malvados.

.—. Vá, Anias — disse Bogo e, dirigindo-se a Jupan, disse :Jupan, ajude o nosso novo amigo a montar sobre "Borango" e com

ele trate de trazer o outro velhinho., Estes são ps yerdadeiros.amigos, poisnão se esquecem na desgraça.

CORAÇÃO DE CRIANÇA 15

CERTA FAMOSA TORTA DE FRUTAS _ -

O mordomo Bogo, quando ficou sósinho foi mirar-se num espelho feitocom pedra lustrada e quando viu sua imagem refletida, piscou um olho parasi mesmo, como para dizer : Conheço-te.

Deu uma volta aos calcanhares e foi ao encontro do sábio Karpinio,que estava tomando alguns apontamentos na sola do sapato.

— Karpinio — disse Bogo — a Maldonia vem outra vez nos incomo-dar. Que sugere sua alta sabedoria ?

Karpinio pigarreou ruidosamente e limitou-se a responder :'<— Coitados 1 Devem estar com fome. Vou mandar preparar uma ex-

cellente torta para a recepção.E rebentou em^ostosa gargalhada. Ambos, aproveitando o fato de esta-

rem conversando numa aula de ginástica, foram trepar pelas barras fa-zendo evoluções e exercícios acrobaticos, como se tivessem vinte anos.

Após bôa meia hora de ginástica, Karpinio dirigiu-se á casa do co-mandante Antino, para falar com sua neta, Junira, a esposa do comandante.

—• Minha netinha — disse ao entrar. Prepara uma grande torta defrutas e manda para minha casa.:

A mesma coisa foi ele pedir em diversas casas. Breve havia feito umacoleção regular de tortas, que daria para um banquete. Destampou um potee de seu interior retirou um pó branco que podia ser tomado por assucar.

Os velhinhos haviam já chegado, a cavalo da tromba do mamuth. Bemocolhidos, alimentados e vestidos, deu-se-lhes uma acomodação, o que osdeixou assombrados, pois que nunca haviam sonhado com esse requinte degenerosidade.

Karpinio mandou-os chamar e quando os viu risonhos se porem ã suadisposição, disse,:, ¦/

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18 — Janeiro -,1939 — 15 —.

AVENTURAS DE TINOCO, CAÇADOR DE FERAS

O TICO-TICO

(Desenho de Théo)

Mister Brown não se confor-mava com a falta de um chuveirono acampamento e, confiando na...

i

... habilidade de Tinoco, incum-biu-o de resolver o problema. Ti-noco prometeu-lhe um...

... chuveiro e foi á floresta buscarum dos seus amigos elefantes. En-sinou-lhe rapidamente o que... i

.. .tinha a fazer e depois de algu-mas lições, levou-o á beira do rio,onde o bicho se abasteceu.

O inglês teve o seu chuveiroanimado, embora contasse com umchuveiro mecânico.

Tinoco, porém, havia resolvido òproblema de Mister Brown, que sequeixava da falta de um chuveiro.»,

O escudo e o pa-vilhão do Brasil

O pavilhão nacional da Republi-ca dos Estados Unidos do Brasil foioficialmente adotado a 19 de No-vembro de 1889. O fundo é verde,contorrnando -um losango amarelono centro do qual ha uma espheraazul cortada diametralmente poruma faixa branca com o lema "OR-DEM E PROGRESSO'. Acima dafaixa está uma estrela solitária; eabaixo dela mais vinte estrelas querepresentam os Estados do Brasil.

As cores nacionais são o verde eo amarelo.

A Festa Njicional celebra-se a 7de Setembro.

O ESCUDOE' uma modalidade do que se

usou durante o Império. Consta deuma estrela de cinco pontas, metadeverdes e metade amarelas no sen-tido dos raios que partem de umafaixa circular azul contendo vin-te estrelas. Esta faixa contorna umcirculo interior no qual se encon-tram cinco estrellas dispostas comoo Cruzeiro do Sul. Do lado esquer-do da estrela ha um ramo de café;e do direito, um de tabaco. Coloca-da entre as duas pontas inferioresda estrela, partindo de baixo paracima até alcançar a faixa circular,está colocada uma espada vertical;e entrelaçada em seu punho uma fl-ta com a inscrrição: — "ESTADOSUNIDOS DO BRASIL — 15 DE NO-VEMBRO DE 1889", data da procla-mação da Republica.

Pensamentos sota o livroO livro é o melhor mestre e o me-

lhor amigo. Através do livro é que ohomem adquire os conhecimentos maisbelos e as noções mais úteis, receben-do das paginas que vi as emoçõesinesquecíveis que fazem com que elerespeite e admire a inteligência e o

genio dos seus semelhantes.Sobre o livro muitos homens têm es-

crito pensamentos e frases. Aqui estãoalgumas escolhidas para vocês. Vejamcomo alguns dos homens mais notareisda humanidade consideravam os livrose aprendam, com eles, a venerar esses

preciosos amigos e conselheiros."Um bom livro é a preciosa vida,

sangue de um espirito mestre, entesou-rado e embalsamado com o propósitode uma vida dentro da vide".

MILTON"Não é suficiente a metade da vida

para fazer um bom livro e a outra me-tade para corrigi-lo".

ROUSSEAU"Creio em Deus e nos bors livros".

CAMPBELL ."Toda leitura deve ser acompanha-

da de meditação. E' a única maneira

que se tem de encontrar nos livros o

que outras pessoas não souberam en-contrar. L DE VAY

WJarmm.SE. J.«í Jreítfam

Votava-se no Senado a lei doVentre livre, a 8 de Setembro de1878. Nas tribunas do Senado, re-pletas, apareciam as figuras maiseminentes do mundo diplomático, eentre essas, o ministro dos EstadosUnidos. A discussão do projectofoi brilhante e vigorosa, sob a pre-sidencia de Abaeté. E quando, pelavotação, se verificou a vitória doVisconde do Rio Branco, o povo,que enchia as galerias irrompeu emmanifestações ao grande estadista,lançando-lhe sobre a cabeça bra-çadas de flores.

Terminada a sessão, o ministrodos Estados Unidos desceu ao re-cinto para felicitar o presidente doConselho e os senadores que ha-viam votado o projeto.

E colhendo, com as própriasmãos, algumas flores, das que opovo atirara a Rio Branco, decla-rou :

— "Vou mandar estas flores aomeu paiz, para mostrar como aquise fez deste modo, uma lei que lácustou tanto sangue 1"

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O TICO-TICO

Corridade

18 'Mieiro —v 1939 O TICO-TICO

Explicações do jogo:— Joga-se o dado ecom um botão marca-se o número apresen-tado pelo dado. Se o

jogador cair no quadroem branco, marca nabicicleta, correndo logo

para outra. Exemplo: o

jogador está no número3, joga o dado e sai onúmero 4, passará as-sim para' o número 7

(bicicleta) tem assim odireito de passar para abicicleta 14 e assim su-cessivamente. Se o jo-gador, porém, cair nonúmero 35, corre para

para o n.° 42, porta darua, sai do jogo. Se cairno número 49, levouum tombo, caiu da bi-cicleta e volta a marcarno n.° 1, e se conseguirchegar ao n.° 50 semnovidades, este é o ven-cedor.

O dado acima é pararecortar e colar num

pedaço de madeira

quadrada c o m as di-mensões.

112131415161 18 }|jy 1251261271 129130131132

fi _____¦ wBm\ WmrK i _HB^fiR_RBI^ka""-fl->. A\ £-i » \ f _^_vC_tl_fl_IBf-_''_l \ \ ~m. í Jt*______i__J i- j!_.i"*V.<!li jr I ¦ iluLmt ^\í-'' t'^jt'\'t^r'^mBftÊmmm -É.K9-L "MJH-BW^^ _K_* j? TTr- \ f / j&tti—\ ' t

A SEGUIR: — O ÇARBOSO BATALHÃO DA ESCOLA MILITAR

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ANOV

Orglo dos leitoresd'0 TICO-TICO MED JORNAL

DIRECTOR: — Chiquinho — Colaboradores — Todos que quiserem

N. 3

A creança diz nojcrnal o que quer

CONSELHOSSe queres perseverar

no bem, foge das más com-panhias ; nesse caso, os quefogem são os vencedores.

Evita a ociosidade, poisa ventura do céo não é paraos preguiçosos.

Sê sempre obedienteaos teus superiores ; a obe-diencia é um caminho curtopara chegar á perfeição.

Nunca faltes aos teusdeveres ; estuda, trata doteu espirito.

Sê modesto ; a modcs-tia é a melhor guarda da pu-reza.

VeraB. Nascimento

SILENCIOEra 23 horas.O silencio dominava tudo

a esta hora.Sai da casa de meu primo

José Lobo, onde eu estavaa apreciar o "Matador", apa-rêlho de radio, de sua pro-priedade, que está instaladonum canto da sala de sua re-sidencia.

Andei, só, porque, apesardo medo, é perto e vim. pas-sar perto da casa do meuamiguinho, M. J. de Assu-mar, porém, aí, se apoderoude mim unr pânico, pois ou-vi um barulho surdo, e . ..dei com a janela do meuamigo aberta, parecia que êleadvinhava a" minha passa-gem, ali, àquela hora e . . .que surpresa, pois surgiu, denovo, a borboieta azul, pare-ccndo encher de prazer, dealegria, esta localidade, na-quela hora de melancolia,que tornou poética aquelasilenciosa hora.

A. Assis Neiva(13 anos)

A NOSSA MÃEA nossa mãe é como um

farol que aquece e ilumina.Foi ela quem nos deu o

sêr e nos ama verdadeira-mente.

Sem mãe, não podemos vi-ver, porquanto nos faltaráaquela amizade que é moti-vo forte de nossa existência.

Feliz de quem tem suamãe 1 Qual fulgurante es-trêla. nos esclarece com sualuz de bondade e carinho.

Bemdito o seu amor. Êle,como o sol, nos aquece c ilu-mina I

A felicidade que temos foiela quem nos deu com «eustrabalhos e desvêlos.

AOS COLABORADORES

O snr. Redator-Chefe, Chiquinho, pedeaos seus amigos que desejarem colaborar no"Meu Jornal" que enviem trabalhos peque-nos, com um máximo de 32 linhas, afim deque possa haver lugar para todos nas colu-nas do orgão-of icial da garotada.

Alguns filhos ignoram asriquezas de um coração demãe. São meninos máos,que não sabem apreciar omaior tesouro de afagos ecaricias que possuem.

Devemos, agradecidos,amar com muito amor e res-peilo a nossa mãezinha, a-fim de recompensarmos osseus cuidados e sofrimentos.

Therezinha de Jesus R.Mendonça — (10 anos) —

O BURROHa muito tempo, quasi no

principio do mundo, a cida-de de Animalvile resolveudedicar-se a0 esporte.

Assim, fundaram um chi-be; nele havia todas as espe-cies de esportes: natação,bola ao cesto, foot-ball, base-bali, corridas, ginástica, etc.

Certo dia, houve um matchde foot-ball, afluindo para ostadium todos os animais re-sidentes naquela cidade._

Porém, na hora do iniciodo jogo, foi verificado o se-guinte : o macaco, goal-kee-per do "Arranca Canelas F._.". não estava ali. Inda-garaYn, e souberam estar êlecom bronquite aguda. Fica-ram todos desesperados,pois sem êle não se podiadar inicio ao jogo. Trata-ram logo de arranjar um su-bstituto. Mas não haviaquem pudesse substitui-lo ;nisto, o burro passou porali, e pegaram-o para ficarno lugar do mono.

Mas eu nunca joguei is-so na minha vida 1 — pro-testava êle. Nem sei co-mo é I

Mas você tem que jo-gar 1 É o seguinte : vocêfica ali naquele lugar ; osoutros jogam lá. Mas vocênão deve deixar passar a bo-Ia. Compreendeu ?

Sim . . . mas . . .Nem- mas, nem meio

mas . Vá para lá. senão vo-cê apanha 1

. O bicho, resignado, colo-cou-se no goal.

Logo de início, marca-ram os contrários váriosgoals. O burro não tinhageito de se atirar, e pegara bola. Furioso, virou-se,e quando a bola veiu, êledeu com as duas patas jun-tas na bola, fazendo uma óti-ma defesa. Entusir mado,pôz-se a jogar assim, e sem-pre acertava, não deixandopassar nenhuma bola. Tor-nou-se campeão.

E tanto se acostumou, quequando uma pessoa vai portraz dele, êle pensa que a ca-beca desta é uma bola, e jo-ga-lhe as duas patas juntas I

Oswaldo Costa de Lacerda

Uma desobediênciaUma bela manhã primave-

ril, Rosinha resolveu pas-seiar.

Rosinha está linda ; vestevestido de seda, branco, or-nado de uma larga faixa en-camada, disposta em gracio-so laço. Calça sapatos emeias de côr clara.

Leva nos braços sua bo-neca.

Como não sái sem a per-missão de mamãe, foi pedi-Ia.

Sua extremosa mãezinha,apesar de muito lhe querer,não deixou-a ir.

Rondando daqui e dali, edisfarçando, eis que Rosi-nha, num momento de des-cuido da vigília maternal,ganha a alameda.

Ao chegar á entrada dafloresta, eis, que se lhe de-para um bando de gansos,que talvez assustados com aalgazarra que cies faziam,fez o mesmo.

Assustada, Rosinha põe-sea correr, apertando nos bra-ços, Colombina, a boneca.

Ao pular uma vala que ha-via no caminho, falseia o pé,metendo-o no lodo. Ao re-tirá-lo. meu Deus, que tris-

teza ! Nem se percebia se osapato é branco ou preto.

Chegando em casa, contaá sua mamãe o sucedido, eesta, para castigá-la, priva-ada sobremesa e, mais ainda,dos passeios em "cabriolet",passeios de que tanto Rosi-nha gosta.

Eis o castigo de uma des-obediência.

Regina Bunese

O BOM COLEGANuma linda tarde, quando

vinha da escola, João viutres de seus colegas a caçoa-rem de Carlos, porque suaroupa, apesar de muito lim-pa, estava remendada.

Carlos estava sentado nacalçada, chorando, e aca-nhado, porque aqueles me-ninos se divertiam com asua pobreza.

João sabia que o Carlosera filho de uma pobre viu-va e que seu pai morrera naguerra. Era esta a razãoporque êle não se vestia tãobem quanto os outros, usan-do muito raramente uma rou-pa nova.

João ficou aborrecido comaquela falta de delicadezados seus colegas e como eraum menino decidido, falouseveramente em defesa deCarlos, repreendendo-os comenergia.

Os outros, bastante enver-gonhados, acabaram com aszombarias. E dando uma pro-va de que estavam arrepen-didos, procuraram fazer ami-zade com Carlos.

Emir de Oliveira Silva

VIVA! VIVA! 1939Ai está o Ano - Novo 1 Co»

mo é bom sentir a sua chega-da na hora festiva que pas-sa. Em todas as almas, seabre a porta verde da espe-rança e as alamedas do fu-turo desenham-se promisso-ras com perspectivas deslum-brantes.

Vamos palmilhar essa es-trada luminosa com a fé emum destino sempre melhor eem um futuro cada ve^ maisrisonho.

Ao transpor os umbrais de1939, eu envio a todos osamiguinhos do Brasil, a mi-nha mensagem de amisade eos melhores votos de _Jôas-Festas e "Feliz An0 Novo",através das páginas de OTICO - TICO, o verdadeiroAmigo das crianças.

Salve, 1939 1 Salve 1Adhemar Xavieb

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SUPLEMENTO DO "MEU JORNAL

I«I_^Tf^iPv^I^í^^==- dq.j_ c£ .r^íía^SuSífrT?^ I U A*V\W<^C>^'__£__:^^^_t_-;____E_i-_Íl -__r1—S¦ <t» Kif-^g^rTVv rf_MwCyj^^JLrr/T******r**^ít«o-ft<¦ a ./'t|g|gl»><'L. Ir~~****

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GAVETINHÃSABE ___•» _Fl" _•_. i*-! **-íQD V__Jr^» "W

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PAMtdiotoAnmioftijó-* Padre Diogo Antônio Feijó *-

Foi um dos grandes vultos doBrasil - Império, patriota exaltado eque na qualidade de Ministro da Jus-tiça reprimiu, com rara energia, osmovimentos de insurreição que se es-boçaram. Mais tarde, êle próprio, to-mou parte em uma* revolta, sendopreso. Foi um exemplo de probi-dade, energia e civismo. Nasceu em

— 1784 e morreu em 1843. —

A agua é indispen-savel ao organismodo homem, para suaintegridade anatomi-ca, e funcionamentodos tecidos. Facili-ta a digestão dos ali-mentos e contribuepara a regularisaçãodo calor interno.

OOOEnquanto se dorme

deve penetrar o ar. u r o no aposento.Quem pôde dormircom as janelas doquarto abertas, devefazê-lo, porque esta»ra armazenando saú-de. As crianças quedormem em quartosarejados resistem me-lhor aos resfriados,bronquites e afeçõespulmonares. Desper-tam bem dispostas ealegres e conservamo bom humor.

As quintas • feirasCircula

IO MALHO

O Estado do Paráexporta considerávelquantidade de madei-ra dos seus pinhei-rais.

OOODepois da refeição

em casa de cerimo-nia, quem é educadodeixa o guardanaposem dobrar, do ladodireito do prato.

OOOA água oxigenada

é um ótimo desinfe-tante para ferimentost chagas.

OOOPara afugentar os

ratos, dá excelenteresultado o empregode cantora, cujo chei-ro eles não suportam.

OOOO mel de abelhas

não é semente ali-mento. Ê, tambem,um remédio de pri-meira ordem. Pôde,ainda, substituir oaçúcar, para adoçaro I-ite. o chá, o cafée, em geral, todas asbebidas, oferecendo¦vantagens de nature-za medicinal.

OOOTome mate. _. um

produto bem brasilei-ro e é estimulante

dos melhores. Re-anima as forças e étônico para os mus-culos e nervos.

OOOUm processo bem

simples para dar lus-tre aos calçados con-siste.em friccioná-locom casca de laran-ja, deixando secar osumo. Logo depois,passar nos sapatosuma escova macia, oque dará um bombrilho.

OOOAinda que tenhas

razão, não te apaixo-nes em demonstrarisso. Tem calma econserva o domíniopróprio.

OOOEmilio Zola foi um

dos mais afamadosescritores franceses.Seus romances eramrealistas ao extremo.Era um grande idea-lista e possuía espi-

MEU LIVRO DE

HISTORIAS

presente de valor

para as criançasA venda

rito altamente com-bativo. Deixou li-vros que ainda hojesão lidos com o má-ximo interesse e seunome é dos mais res-peitados da literaturade todos os tempos.

OOOA superfície da Ir-

1 a n d a é de 84-394quilômetros quadra-dos e sua populaçãoé de 5 milhões de ha-bitantes.

OOOA tuberculose se

contrae por contagiodireto, contagio porvia inbalatoria. istoé, respirando ar con-taminado de bacilose por via digestiva,isto é, comendo ali-mentos tambem con-tagiados.

OOOQuando Benjamin

Franklin, o grandoinventor norte-ameri-cano (que descobriuo pâra-raios) chegouá Filadélfia, tinha 17anos, trazia roupasenormes e carregava

um enorme pão. Mui-tos riram â sua passa-gem. Anos depois,era um dos mais fa-mosos cidadãos daAmerica do Norte edo Mundo.

OOOA instrução é como

um capital que nãose gasta nunca e pro-duz sempre grandesjuros.

OOOAs dores que cau-

sam as picadas de a-belha são prontamen-te aliviadas com a a-plicação de uma so-lução de bicarbonatode sódio. Mas . . .é preferível deixar asabelhas trabalharemem paz, para nâo serpreciso experimentaressa medicação.

OOOAs crianças devem

lembrar-se de quesuas mamães e seuspapais sofrem enor-mes sustos, quandolhes sucedem desas-três. E, com o pen-samento neles, devemfazer tudo pára quenada de mal acon.teça.

OOOCom tempo e tra-

balho a folha da amo-reira se transformaem seda — (Prover-bio argentino).

OOOO ar puro, seco e

rarefeito, das monta-n h a s, estimula asfunções respiratóriase provoca o aumentodos glóbulos verme-lhos do sangue. Par-te das férias a gentemiúda devia ir pas-sar nas montanhas.

OOOAs civiliza-

ções existentes nocontinente ameriea-no, antes da chegadade Cristóvão Colom-bo, em 1492, sãc cha-madas "civilizaçõespré- colombianas".Elas compreendemtrês grandes impe-rios : o dos aztécas,o dos mayas e o dosquichúas.

OOOHomero cantou em

versos imortais adestruição de Tróia.

OOOHomero foi o autor

da "Odisséa" e da

ILLUSTRAÇAOBRASILEIRA

Mcnsario de luxo

"Ilíada", considera-das obras primas da«letras universais.

OOORecorde sempre,

com veneração os no-mes de José Bonifa-cio, D. Pedro II. Deo-doro da Fonseca, Du-que de Caxias, Almi-rante Barroso, Almi-rante Tamandaré, eoutros vultos da nos-sa História. Forameles os super-homensdo Brasil.

OOOO petróleo e o áci-

do fenico afugentamas formigas.

OOONão rasgue os

exemplares de O TI-CO-T1CO. Colecione-os. Guarde-os paraos seus irmãos meno-res. Ou, si não temirmãos pequeninos,dê-os a q u a|l q u e rcriança pobre que se-ja capaz de apreciaruma revista infantil.

OOOA cada direito que*?e adquire, corres-

ponde sempre ue de-ver. Só os insensa-tos pretendem fugira essa regra geral,querendo desfrutardireitos sem aceitaros deveres que lhescorrespondem.

OOOHa cidades, na re-

gião da Terra que fi-cam em baixo da li-nha do Equador, ondechove diariamente, dhoras certas. Nesseslugares, em geral, aspessoas costu-mam marcar seuspasseios, visitas e en-contros para "antesda chuva" Ou "depoisda chuva".

MODA E BORDA-DO é o melhor fl-{jurino que *e ven-de co Brasil.

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O TICO-TICO - 20 — 18 — Janeiro — 193ÍI

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\>|^rBoGEtt» ACo>AP...Jt.f\DO

CoWêça * iWVAsSb pitokba:....

APONTAMENTO E NOTAFreqüentemente se ouve dizer "to-

mar apontamentos" e "tomar notas",ou "tirar apontamentos" e "tirar no-tas".

Entre esses substantivos assim em.

pregados ha uma diferença bastantenitida, e quem os emprega indiferen-temente cái em erro.

"Apontamento" é aquilo que de-verá fazer parte de um trabalho, deuma obra literária, histórica ou didá-tica.

"Nota" é a observação que se fazsobre ^ima palavra, uma frase, escritaou pronunciada, para sobre ela fun-dar um conceito, escrever algumacoisa. 4

O orador reúne "apontamentos"

para desenvolver e fundamentar o seudiscurso e toma "nota" das afirmações

do antagonista para rebaté-las. Essessinônimos se confundem quando sãoempregados com o sentido do "lem-

branca".

ESCASSÉS E PENÚRIA

Ha maior falta do necessário na "'pe-

nuria" do que na "escassés".

Quando ha escassés de trigo, esse

gênero sobe de preço, mas quando ha"penúria" de trigo a fome entra emcasa do pobre.

Quem vivo na "escassés" não se

póde dizer tão pobre como quem vivena "penúria".

PERPENDICULAR E VERTICAL

sPerpendicular" exprime de modo

geial a posição de uma linha com re-

lação a outra linha ou a um plano, com

que fôrma dois ângulos retos, seja

qual fôr a direção deste plano ou linha.

Vertical exprime particularmente uma

direção perpendicular á superfície da

terra ou, por outras palavras, ao planodo horizonte, que é sempre "horizon-

tal".A linha ou fio-a-prumo ét ao mesmo

tempo, "perpendicular" e "vertical".

Uma linha que com esta encontrasse

formando um angulo reto, seria apenas"perpendicular". A superfície das

águas tranqüilas será "perpendicular"

ao fio-a-prumo, mas não é uma linha"vertical".

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18¦_ Janeiro — 1939 — 21 — O TICO-TICO

cmE JDRnnL

toU-ÍTrlO TIPO DE CORRO DE Q£_-!LTO.DO EXEKCITD MORTE RiME .ICOI-C, .TRPWSPOE DUBLO U_i- OB5Tir.CUl.i__,EQUIPBDQ' COM DUA5 METEnLHPDO RR5FtMTI f.ÉREP5 _ DMCQ DE Til? O ULTI-.._n*PiDO.DES£fJVOLV_" 130 Jí_ PDRHORA.

P-TRDLEDBTE DEBPIXD DflEua/..ÇiSTmüfíffLfiçacii cdrpch-rt/o.v tsasrouQU_TR_ MILI Í_E5 DE _D__"JRE_._Eh MON-THSSMDETORREâ PRRÍ» EXTRAÇÃO DDPETRÓLEO NO LPSD MOfífí£ff/3ât MA _5«___f._7.___,AI_f_RE ti WLUCRO DE CITO

fll-HftES PD_J «!___.¦p

atlPETfíNIfí.OUOVO GIGPNTE D 05MORES, snÍNDODOS E5Tn_ElR05DEBlRKENHEPD NA. //V__/?rE_A,_'.D_5L0-CO 33 NILTD_ELRD05 CDI.<1<_S ME-TROSEE£__.P!.IMEMTO SOBRE 3TDELPRSURB. WÕO TEM CHPMÍI._'.

A ESPHYn/GS DD ESYPTO EUM DOS M_5BMTI5DS EMAIDRE5 MONUMENTO-DOMUNDD.DPTRWDOEuREREq-ftDDE 5MIL R1.05 RTRRS. ____ATOO 05 ARQUEI.-LDGD5 H.Ú5TRE5,REPR0DÚ5 0 5EÍ1BLR/.-TE AUSTERO DE UM GLORIOSO FrtfíKfia.

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AESTRTUA £?_EIL_M'í.ROM_MDQ, NOPDRTD DE /VE). YDRX-i~5TI3J.!C2 UMIÜOS.E'ü. PüERB FR_M__-/*.M__£ -'ISMETROSDE Fl-I-lRfl. CCMSTRiJIDO COM PEDAÇOSDECOBRE BRTÍD-, PESO DUSEMTR5 TD-NELADAS.SEU Í3UT0R XXW&SSBW,./__?/.r

5Y3K£Y-RU5T!}PUf}. r.lLHA!?£5 DEPESSOAS ESTRO SEN^DQ C.50BR.1SR-D.._3 POR UM VIOLENTE. TUFRO MU-MERD5DS EDIFICI05 E5TRD 5EM-do destruídos, tddí. nc/dpiieBDFRE 05 EFEITOS DR TEMPE5Tf.DE

MnNiLa-nu5Ti?niiP. numerosos br*?-C05, ENTRE E.E5 y__.7.-DELUXO.S. OLRNÇHOOS EM PEDPÇD5 fl'5 PORIRBEM CDNSE-JUEiMCIF. DO TET«Tf*lVEL TU-F"5_.-M_ ILHfl XiBSfffíffr?, EMLDNT ,RM-££ /_MIL .ESSDPS BEM.TETO.

5IM...PARECE UM VA_at.MP.-INR FOTDGTJRFICR G/SPNTE PRRR FDTDGPRFHRCDM BMPLIPÇPD DIRE-TB, D TECIDO DEMRBEIRP5 £ MlMERflES DE_TIKinHC5 OUM ESTUDO MINUCI-SO. 50 R CHPPR,¦MEDE TRES METRD5 QURDRF.__.__S.

Nov_VMENTE MBNIFE5TR-SE O VE5UVIO,5ITURD0 EM NRPDLEE-ITfJUR. NO AND73 BNTE5 DE CRISTO, ELE DESPERTOUI -ESPERBDBMÉWTE. 5EPULTRND0 30BLRWJ5 E CII.5B5 fl. __l_fl_E5 DE PDM-pElA.HEREULRND É 5TRRJ_.IE5

Colossal!-—ALMANAQUE D'0 TIC O-T ICO para 1939 — Ac venda

em todo o Brasil

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O TIÇO-TICO 18 — Janeiro 1039

* rj £ impossível continuac assim R_sn?__,E,' pcaaso -pagar Icono Eeue hei-oe.

rVFlTVr7"lrVT7Y\l^r\1 TENHO QUE FATER ECOMOHIA - A CONTA PE &AZ£ LU2-E.' p-—-—^, TOri UM R___eiRO(7 \ / / 1 i Wl DO* MIL REIS POR DIAE UMA /^S£_a£^jisSA?t^üJ £^£^2^V / ÔT «&13ANPE pçsre-^" ^ffO\, .*-7 -> ¦ ~~L^<^V

Dr>VE HAVEC?_ VOCÊ ESTA SEMPRE A ME-1 11—1340.0 SA_IST_ Que. e. iStd^A CONTA pa I PATRÃO £0!4 0Om£u OROeNADO.iAC5U1ALÊUH i„rn:ponnprp - QUE E' H-Hfr ÇONCEI31UU ° r— LAVàC&RA^DE. HOoE En DrAKTt. E. O 5R FVOMtTcU A5 TT" V^LIVRO &OBIÍE. SUE VOCÊ. GUETÍ' c—i JÍ&?£L5 ^\ NãO MANOAga MAIS LAVAfc FESTAS j—-___./ ÍO fl)ECONOMIA J- ~\r« rf7°(õ--0 „) /* XAROUPA c*—t ^V

[ORA,PIPOCAS.' 1 I RSrpÃo.cJA SAIU O ALMANACH L I pAS5E pg^l | ESTOü''PRONTÍSSIMO* NcH UM VINTÉM

É1

TsJ JUSTAMENTE DOTICO-T1CO- 'TA O SEU .. \ / CA PCA l^SOl P'R& COMPRaa ^CASCAS De N02ES*Jj^IHOJE QUE -p^vRETRATO.SAOl ^

TE*T r/-A ««A O MATAL.

y£T J'\£Ü PENSAVA /

y7,jrfoooj ^^vUg^ Ó-©Í3 b-7'

j A sirene dum carro de policiasoou nas ruas de Londres. Dirigiu-se á casa do milionário, que haviasido arrombada de noite. A policiachegou tarde demais, pois os assai-tantes haviam levado o mais pre-cioso tesouro de Londres : o dia-mante Kobet. Ficou encarregado dedescobrir o ladrão, o detetive DanDuffi.i A noite caiu, è Duffi resolveudar um passeio antes de jantar.Ao virar uma esquina, viu uns treshomens que conversavam. Entreeles, destacava-se Kildare Amolim,o das muletas. Ao passar perto dogrupo, ouviu do aleijado :

— Deixe-o comigo!Duffi franziu a testa e resolveu

seguir Kildare. Este entrou numedifício e dirigiu-sé ao sétimo an-dar. Não notava que era seguidopor Dan. Kildare entrou no aparta-mento 150. Dan marcou a porta edirigiu-se para lá. Pensou, comseus botões, que seria muito arris-cado entrar sem mais nem menosno quarto, e por isso resolveu es-cutar pelo buraco da fechadura.Ouviu uma voz dc mulher, quedisse :;

II diiie "Mil"—' Não ! A policia ainda o pren-

dera !i E logo escutou um grito damesma mulher. Entrou no quarto,empunhando uma automática, eviu Kildare querendo estrangular amoça. Dan retrucou, ameaçadora-mente :

¦— Largue a moça e levante osbraços, senão receberá uma dosede chumbo !

Kildare obedeceu e ficou encos-tado á parede. Porém, quando DanDuffi desviou o olhar para a moça,Kildare, num momento rápido, apa-gou a luz e apanhando uma muleta,pulou para a escada de incêndio edesceu para a rua. Dan atirou,mas errou o tiro e quando olhoupara baixo Kildare tinha desapare-cido. Acendeu então a luz, e olhan-do para a muleta que estava nochão, disse :

S—s Se ele era paralitico duma

perna, por que não levou a mu*leta?

A moça interveiu :, — Eu conheço Kildare ha mui-to tempo, e ele não é paralitico ::só depois do roube do diamante, éque se disfarçou, não sei porque!

Dan pegou a muleta e apoiou-se casualmente nela.

Ouviu-se um "tréc", e o páo es-talou. Exclamou Duffi :

Pelo barulho, essa muleta éôca. E acabou de quebra-la, com oque rolou de dentro uma pedrafaiscante, que ofuscava os olhos.Pegando-a, Dan gritou :

O diamante "Kobet" ! Agoracomprehendo : Kildare roubou ajóia, e para que ninguém a encon-trasse, escondeu-a dentro desta mu-leta. E quando fugiu levou a outra,pensando estar nela o diamante !1 E dirigindo-se ao telefone, disseao chefe de policia :

1 —* Achei o diamante; estava comKildare, pode mandar algumas pa-trulhas prende-lo.

O chefe respondeu :Você é um genio, Dan!

Maurício Caillet Calmom

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Oj __f.( *¦ }¦ Jlr^r y% 0^tyM. OCO nhos, vamos esperar que o Hü**^ \\\\\\M^M- r "^

PWP-i-^-^^MV , ( M %}&!?- milho

fique bem cozido e, W^J^P^^^^^S^

fazem um bom co- I .L C Gwlfffi^ A>v JÍ ' A 10*^. '"'fM~>-W,*-,zido. ) k y^^w^w^yjwwÉ^^s^- jê* i v\ w yy^y^y

„ ¦«Trmffi-jjg^^p* ) -^ ->a I

Atí menino--. ) fr> I JtJ^Ei— vamos COIllcr. Querem JB^ÊB_\ _______\_m_m, \ HJ 1? Quando tiverem fome. /-ií^^^algumas espigas ? W^ ^PlWIPfW^W'^^' H ' y " " " ' e- verd-.de, e'e parece ™:'<™ ry%^^^^^.

V ^ yyyy^y \ ' ^ y*^L V

"'V mm J m Ele < um bom homem, |

Quizesse me comer. \ J^-^^^tW^^^ á^T <2

Não ha quem desconheça a gran-de qualidade do sal, no temperodas comidas, sendo, aliás, ele-mento indispensável no preparo deuma refeição... O sal, entretanto,tem inúmeras outras qualidades.Vamos dar a seguir algumas :

Ele é, antes de tudo, bom anti-

sético, desde o momento que con-serva a carne. Duas colherzinhas decafé de sal de cozinha num copo deagua morna constituem excelentevomítivo. Uma colherzinha de cafécom sal num copo de agua friaalivia eólicas e ajuda a digestão.

Agua com sal, fervida, é exce- dosai

lente para canseira da vista, verme-lhidão, dôr, etc. Neste caso, pode-se fazer uso da agua e sal de ma-nhã e á noite. Agua com sal lavaótimamente os dentes, endurece e

Uma compressa de agua e sal ésalutar em qualquer chaga.

Um saquito de sal quente aplica-do em dôr nevrálgica acalma-a. Asdores nevrálgicas e artriticas dospSis e do corpo, em geral, podem

avermelha as gengivas, impedindo ser curadas com banho de aguaque a acidez carie a dentadura. morna e sal — pela manha.

3-

ii*9

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OH—no

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O TICO-TICO 18 — Janeiro ¦— 1939

GHHém-Çbecátí

O Exophlalmus é um peixe que prefere a com-panhia dos pássaros nas arvores, a estar

'

em seu ambiente natural.

Na MONGÓLIA de vez em quan-do ha tempestades terríveis deneve vermelha como se chovesse

sangue I

OanãoLEACHpossuia braçostão compridosque podia na-turalmente a I-cançar o chãoquando de pé !

A£ Darwin conta que ha na MALÁSIA um jp^S./_% pequeno pássaro vermelho que late I*1; 'W^,

i\faTmv^l^»amw^ \Y% JíK v? ^s misferi°sos e sempre _||||í| fiwl^W^^Aammm^k ^""^^-^g

W^teíV \Ê*i y~^~ interessantes fa- ||~#<|\pí"W^^^^ \m\ \|fl •;•'"'.' ' ; '^^

~^__\j (&//%- J^í quires têm as idéias mais WÀffih /'í/¥\v$§fa. ^P ci§| ¦;tl!",';;;-l§

é^yW% -— "~ "*" ex+ravagantes- Alguns

^^^^^W^%W/A^% 1'

""* ' ^^1^ deles que se supõem san- ^^^^f /^^^ ||| p^" fjllilll (

^_^^^^ggEjm^^^T7^^^^MBI lares e aí vivem anos a %g~ JE=|||§Ér j~ j___^40 ^**^^^_^») ' fio alimentando-se fru- §2fe ^E^^^ÊíSh

V» Cji^9 a^_2 fl f| f| fí< (*: C% Ct =[ff í

Jl-Slí* «f_!*—ílililil.Illllll^^MHa uma "SERPENTE DE VIDRO" que se frag-

menta ao menor choque I

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18 — Janeiro -— 1939 •-¦25—.

\lf

O TICO-TICO~-jh

//

!@1 Paiendo vir á sua presença o ,

Joven cavalheiro, c rei contou-lhe ariist oria do seu remo infeliz, mvaüdidc

pelos gigantes malvados - pelosanões feiticeiros

4-

y] Ouando o joven. Al

jj.m ia saindo, uma escrava do palácio, ajo»lhando-se. pediu - lheque salvasse sua jovenama a princeza. qu.»Acabava de ser raptada pelos gigantes

V

No dia teguinte. Ald-m. o |oven

guerreiro, levantou-se disposto adar combate aos malvados invaio-res.

Pôs-se a caminho o |oven e teveOcasião de reparar nas depredações

que os vandalicos invasores haviamcometido por toda parte.

Dias seguidos de incessante caminhar, levaram Aldim As florestasmisteriosas que circundavam o rei-no.

' ^ (Continua no próximo número*.

.O

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O Mistério dos Diamantes amarelos - A;narrativa do velho sábio — por Aloysiota.- PABTEl

f '

Depois de uma longa pausa, o velho sábio pareceu reanimar-se, mas quando tenlou (a-

lar, suas palavras se embaralhavam traduzindo uma . .. . . terrível confusão de idéias. Os fatos mais absurdos e desencontrados eram enumeradosaos borbotões sem nenhuma lógica . . .

f 8 .flflk. ^•T^S^i fe- e^^É' f*"^ ^*SS_< ~~ZP^ ~Ap^È-\ \W mmwA

Mi \

I Bartley e Jones estavam seriamente preocupados e nâo podiam chegar a um acordo so-

bre a personalidade do pobre velho . "Sena um louco 7" — "Sena . .L __.i __—. .. . ,,, .,

um impostor 7" Assim discutiam quando um ruido de pessoa» correndo. a.traiu o atençãode Bartley que foi investigar o que havia,

(Continua no próximo numero)

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OIH

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48 — Janeiro — 1.39 — 27 O TICO-TICO

fúAlíUo,T__T?____,oaü_; ^_c__bo r>e DE^-cc-acaia^GueTet-HO lUHA UMPAM02 D_:*n_.Noc__eScux_: aue. vo:

T*OS->_-HT__3çj- ^&~v__?_Ce O

i>_:aDio-s*.-_.t.T-i eu souUM "ENFA.*V PROOIGE."VOU e_T_r_v__ -_-.rr-_ •_,

DO-1-e....m.., ¦¦ fí-fJ/^IÍ^S^^X I I II ^\ //

MlSt-mCOEDIA' VEM A _______ -C^^-f^X*-, ^ _3 ,

Todos os habitantes daquele po-voado, á beira da mata, falavam deum palácio encantado que havia noalto de uma colina e no mais in-trincado ponto da escura selva,dizendo-se mesmo, que nesse pa-lacio, guardando-lhe a entrada, es-tava, sempre vigilante, um enormedragão de olhos de fogo.

Muitas pessoas que se aventura-vam até alí não voltavam mais,principalmente crianças desobedien-tes, cujas mães recomendavam quenão se adiantassem pelo interior damata, pois poderiam ser vitimas dodragão.

Entre os meninos mais desobedi-entes estava o Juvenal, filho deuma pobre viuva, que passava avida fazendo carvão para venderno povoado.

O Juvenal, além de desobedi-ente, era vadio e preguiçoso : nãoajudava sua mãe em cousa alguma.Ela, entretanto, o amava muito e lheperdoava, sempre as desatenções edesobediências.

Certo dia, em quê o menino se[dispunha a caçar passarinhos na

fl dragão encanta..mata com uma "atiradeira"

quefizera, sua mãe o aconselhou :

Meu filho, não mates os po-bres pássaros, que são a alegriada mata, enchendo-a com a har-monia dos seus trinados. Não devesir, tambem para perto do "palácio

encantado", pois podes ser devoradonelo dragão...

Não creia nisso, minha mãe.Essa história de palácio encantadoe dragão é fantasia do povo paraatemorisar as crianças tolas.

Seja como fôr, meu filho;não deves te internar pela mata.nem caçar os inofensivos passari-nhos. ..

Ora: minha mãe; isso é umadistração como outra qualquer...disse o desobediente menino, rindoe deixando a cabana em que mo-rava, a caminho da selva.

Passaram-se as horas, estava jáa tarde alta e o menino peralta nãovoltava. Sua mãe se mostrava apre-ensiva, quando um companheiro dofilho, chega a correr, dizendo aue

ele tinha cahido num charco e es-tava se debatendo alí.

A pobre senhora corre até oponto onde se achava o filho e,realmente, o encontra quasi a seafogar no charco.

Estava apenas com a cabeçafora do lamaçal Sua mãe, apanhouuma vara comprida, foi até á mar-gem do charco e, deitando-se nochão, para não ser tragada tambempelo tremedal, estendeu a vara aofilho que, com a maior dificuldade,conseguiu desvencilhar um braçopreso á lama viscosa, e agarrou aponta da vara com a ânsia dosnáufragos.

Após longos esforços conseguiuela salvar o filho.

Esse transe angustioso lhe serviude lição, pois desde esse dia o Ju-venal se tornou obediente e traba-lhador, auxiliando sua bondosa mãenos trabalhos do fabrico do carvão.

Ficou tmbem "desencantado odragão" que não era outra cousasenão o charco, onde mergulhavamos incautos e desobedientes que iamaté ali e não voltavam mais.

TRANCOSO

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O TICO-TICO — 28 18 — Janeiro — 1939

OAs ruas„ apinhadas de transeun- J^^l^^T

tes, tinham um aspéto jamais visto ftW^Éij"Pernambuco e Eugenia continuavam na taverna. „»_.„,,, »\\V^>, . . j por Pernambuco \\ \apreciando o movimento da populosa cidade onen- __— v_<-m

De repente, toda a população Wm/l ^' c'ue uma ^orm'c'avel esquadri- »]§?caiu em silencio e no rosto de to- ~^Jf/f

lha de aviões inimigos iniciava o bom- TSÊêf Ldos um ar de espanto revelava senta- y^fr bardeio aéreo da cidade. fW Jcional ocurrencia- bPIP' JContinúa no próximo número). I M

í

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IS — Janeiro — 1939 29 0 TICO-TICO

Nos/os'^^' ¦¦iT>r- t m i-'-.ii u ii i- t- nu ¦!!.._ in-ii'ii ¦——-—i ¦•rir

CONCURSO\o 6

OFERECEMOS hoje um interes-

sante concurso que consisteem recortar os pedaços que acimaaparecem e com eles reconstruíremò retrato e um grande vulto da cam-panha abolicionista. Colem, depois,cm uma folha de papel e assinem dopróprio punho, indicando tambem aidade, c residência (rua, número, ei-dade e Estado), mandando á nossaredação, Travessa do Ouvidor, n". 34— Rio — até o dia 25 de Fevereiro,quando se encerrará. A solução serápublicada no "O TICO-TICO" dodia 8 de Março, assim como a rela-

VALEK9 6

ção dos premiados. Aos que sc ins-creverem neste concurso «serão con-feridos cinco (5) prêmios, distribui-dos por sorteio. Ao pé da página,com a solução, deverá vir colado oVale n.° 6, que aqui publicamos. Osprêmios são mandados pelo Correio.

Resultado do Concurso ir 97Enviaram soluções certas, deste

concurso, 209 leitores, tendo sidopremiados no sorteio os seguintes,cada um com um lindo livro de his-tórias :

MARLENE SANTOS NOGUEIRAResidente á rua Vilela Tavares, nú-

mero 381, Meyer, nesta Capital.

HAROLDO EURICO DE CAMPOSResidente á rua Capitão Messias,

n.° 72 — S. Paulo, capital.

MARIA DE LOURDES BRUSQUE

Residente á rua Marquês de Caxias,n. 176, Rio Grande — Estado do RioGrande do Sul.

Resultado do Concurso n. 98Enviaram soluções certas, deste

concurso, 210 solucionistas, sendosorteados os seguintes, que forampremiados com um livro de história :,

TOMÁS LUÍS GOMES

Residente á ladeira do Aquidaban,n.° 7, S. Salvador, Baia.

DIVA MARTINS

Residente á rua Azevedo Lima, nú-mero 132. fundos, Tijuca, nesta Ca-pitai.

Respostas certas :1.* — Verão2.* — Maria3." — Burro, burrg4." — Êle5.* — Lia.

OOOA página "Nossos Concursos", como

vocês estão vendo, sofreu uma pe-quena alteração. Em vês de doisconcursos semanais, côm prasos deencerramento diferentes, oferecemoscada semana um só, com cinco prè-mio*, mas com praso bastante longo,para que possam nele tomar parte osleitores dos Estados, mesmo os mais.afastados. Em vez de problemas depalavras somente, daremos outros,como o de tipos diferentes, permi-tindo, assim, que leitores que nãogostam de palavras-cruzadas, tambemtenham a sua oportunidade.

E agora vamos concorrer com von-fade e animação, enquanto esperamosa grande surpreza que, brevemente,0 TICO - TICO oferecerá, em mate-ria de concurso . . .

A revista "O MALHO"mantém uma secção de"Jogos e Passa tempos"com 10 prêmios cada se-

mana, constituídos deromances.

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O TICO-TICO ,0 — 18 — Janeiro vm

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ÍCHAMí ÂAIfENÇAODO SEU PAPAI

PARA O FORMIDÁVEL E ORIGINAL CONCURSO FOTO-

GRAFICO QUE

O MALHOVAI LANÇAR NA SUA EDIÇÃO DE AMANHÃ, OFERE-

CENDO MAGNÍFICOS PRÊMIOS DE ALTO VALOR. LEM-

BRE-LHE QUE COMPRE nO MALHO" E TOME

PARTE NESSE GRANDE CERTAMEN.

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D E S I N T R E S SFÁBULA DE TRILU SSA

Uma vez certa mosca distraídacaiu na marmeladae ali ficou retida.Tentou fugir, mas... nada!Bateu as azas, num esforço ingente

para voar, porém inutilmente,

porque, a cada minuto que passava,mais segura ficava.

Uma aranha que, no altodo teto, estava a remendar a teia,viu todo o sobresaltoda mosca aflita, e teve a sua idéia...

Um fio desprendeue, por ele, desceu.

— "Que infeliz mosca!" — piedosamentedisse. "Devo salvá-la, incontinente,do tamanha aflição!Porque, se a tiro desse doce quente,salvo-a,

{morte tão triste assim sempre deploro...)faço uma bôa açãoe, depois a devoro...

No mundo ha muita gente sem entranhas

que usa a filosofia das aranhas...

Tradução de GALVÃO DE QUEIROZ

OS QUATRO GRAUS DO SABERO que sabe, e sabe que sabe, é um sábio; segue-o.O que sabe, e não sabe que sabe, está dormindo; acorda-o.O que não sabe, e não sabe que não sabe, é um néscio; foge dele.O que não sabe e sabe que não sabe, é uma criança; ensina-a.

(PROVÉRBIO ÁRABE)

O TICO-TICOPnoPRir.DADE da S. A. O MALHO

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j As assinaturas corneçam sempre nojj dia 1 do mês em que forem tomadas eS serão aceitas anual ou semestralmente.

j TODA A CORRESPONDÊNCIA co-I mo toda a remessa de dinheiro, (que

pode ser feita por vale postal ou cartacom valor declarado), deve ser dirigida

|á S. A. O Malho, Travessa do Ouvi-dor. 34 — Rio. Telefone: 23:4422.

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18 — Janeiro — 1939 31 0 TICO-TICO

Sombra e LuzRevista mensal illustrada de Ocultis-

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í 11

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que o desenvolvimento mental só sefaz bem, quando é satisfatório o des-envolvimento do corpo.

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Ctventuraò do ^üítiquinko•" ' l__5jü_

Chiquinho propcz ao Benjamin. Precisavam treinar para quando Foram combinar com o professorfazerem um pouco de exercício mi- estivessem na idade de ir para as que, com a maior satisfação, aceitou»litar. ~ fileiras. a idéia.

.— .. ..... .—.. -,

Entrarem logo nos exercicios e ... hombro durante toda a ma-nesse dia tiveram que marchar de nhã. Depois foi o trabalho de ca-espingarda ao . . var trincheiras i

Logo a seguir, subir e descermorros, e simular ataques e contra-,ataques. Depois puieram as . . .

'. . . mascaras contra gazes. Enfim todo o rosário de exercicios militaresmodernos. Compreenderam então que o serviço militar não era brio-quedo, e que si por desgraça houvesse uma guerra o trabalho . , ,

e a luta seriam árduos. Retempe»rados pelo exercício salutar, quenart»ser bons soldados, mas na^|>axj^