t - bnmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1935_01548.pdfde armar, esboçada. vou aproveital-a....

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PREÇOS: MO RIOS50Ô rtOS ESTADOS...8600 I ANNO XXX^ RiO DE JANEIRO, 5 DE JUNHO DE 1935 N. 1548 mi P. 1 I. ' \ "" ' " ' ""1-ni // ' «^~ —* \t Aquelle maribondo estava -Sae, porcaria ["-fez o prebo, Mas qual í O inseto estava mesmo pau» querendo morder sacudindo no ar um galho de mesmo renitente... Voava.«.vo- Azeitona. Que bicho cacete!! malto, para afu^enfcai-o . sva _m Forno ddíe, insistindo, teimoso abe'que velo pousar Desesperado, ocoibado so Mas oh! decepção! No alto lhe no alto do enfeitado era- -teve uma lembrança : acha- estava acasale manbon- neo. E, mal pousou, mefreu tar o bicho contra umtron- dos... E o ne-^r-nho se viu o ferrão '. co de arvore..• ioucOtconrío nunca

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  • PREÇOS:MO RIO S50ÔrtOS ESTADOS...8600

    IANNO XXX^ RiO DE JANEIRO, 5 DE JUNHO DE 1935 N. 1548mi

    P.

    1 . ' \ "" '¦ ' " ' ""1 ni

    // ' «^~ —* \t

    Aquelle maribondo estava -Sae, porcaria ["-fez o prebo, Mas qual í O inseto estavamesmo pau» querendo morder sacudindo no ar um galho de mesmo renitente... Voava.«.vo-Azeitona. Que bicho cacete!! malto, para afu^enfcai-o . sva _m Forno ddíe, insistindo,

    teimoso abe'que velo pousar Desesperado, ocoibado so Mas oh! decepção! No altolhe no alto do enfeitado era- -teve uma lembrança : acha- estava acasale manbon-neo. E, mal pousou, mefreu tar o bicho contra umtron- dos... E o ne-^r-nho se viuo ferrão '. co de arvore..• ioucOtconrío nunca

  • .\ç

    O T ICO- T I CO *--2 5 -~ Junlii» 18.3S

    .COM A FITA^VEWHfcLHADE GARANTIA

    _____W__fm^____ A^im—r^^^^^^^mm— .>fe. — SI m» tivesse dito qu» era *3à_4*f |UC lf*é\ 18 BI com "bonete EUCÁLOL, nã»111. «£_«¦• mrtL^m^^mJ^Wt^mW W* precisava puxar tanto! §

    CORRESronPEÍICIA PO DR. 5fl5E TOPOGuilhérmina Correia (São Paulo) — Recebi sua

    carta c enviei o mappa á redacção. O preço de Meu livrodc historias é 20$000. Pode mandar em vale postal.

    Olguinha Duarte (Bahia) Vae ser publicado oseu desenho.

    Mãictts (Recife) — Não posso providenciar apublicação do abaixo assignado por ser muito extensoe lutar O TICO-TiCO com falta de espaço.

    Lvlu Veiga (B. Horizonte) — Já recebi seu re-baio. Vae eer publicado. Não costumo indicar me-eficaraento.

    Satinha Netto (Rio) — As cinco respostas quevocê deu ao professor estavam certas. E isso mesmo foireconhecido pelo mestre.

    Mnnon (Porto Alegre) — Não tem ra.ão paratristeza. A sorte lhe sorrirá. Continue a mandar osconcursos.

    Gustavo Dias (S. Luiz) -— Não Imagina o quevae por aqui dc cartas c cartas; é uni verdadeiro la-byrinlho ! Mas o "Grande Concurso Brasil" tinha, defacto, dc ser assim mesmo,

    Sô os prêmios !Oito Ribeiro (Bahia) —- Os trabalhos enviados

    serão publicados em Meu Jornal.Américo Dias (Nata!) — O meu amiguinho deve

    saber que não é possível publicar de tuna só vez a

    enorme quantidade de trabalhos que nos enviam ascreanças do Brasil. Seu "Amanhecer" vae ser publicado.

    Não me negues (São Paulo) — Recebi a paginade armar, esboçada. Vou aproveital-a.

    Marin;i Prota (Florianoppiis) — Muilo grato áspalavras generosas ditas a esta revista. Não foi sónesse Estado o suecesso do 'Grande Concurso Brasil"»foi em todos os outros.

    ¦ iniiiCJIMil" ** \sfeüw JH

    1 "py*1yfjm

    Impurezas do Sangue?TOME

    EM XIR OE SOGlíEIRflDo Ph. Ch. - JOÃO DA SILVA SILVEIRA

    Assim provam os valiosissimos .attestados cxhl-bidos diariamente, Acompanhados dc photoçjra-plii.is, não só de illustivs médicos como de cura-1dos — (Senhoras, senhoritas, Cavalheiros e cri-ancas ale de tenra idade). !

    o Benbor dará um magnífico presente ao seu filtii-nho comprando o bello livro ".Meu Livro de Historlas%Ap renda em todas aa Urraria».

    TRABALHA SEMPRE. . NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

  • 5 —r Junho —• 1933 — 3 O TICO- T I C O

    Apparecerá no próximo numerod' 0 TICO-TICO a primeira phrase^Vl T|

    "O Tico-Tico" vae iniciar, a partirdo próximo numero, o mais sensacionalConcurso que já se realizou em revistasdo Brasil. Trata-se de um certamen im-

    portantissimo pela idéa que envolve, pelovalor dos seus prêmios e ainda e princi-palmente pela collaboração de entidadesofficiaes, como o Departamento de Edu-cação do Districto Federal, os Departa-

    mentos de Educação dos Estados e a

    Cruzada Nacional de Educação.

    O "Concurso Brasil' destina-se á

    infância de todo o Brasil, principalmenteaos escolares, não excluindo as creanças

    das escolas particulares ou as que estu-

    dam com professores particulares. Visa

    elle dar-lhes uma noção duradoura e ni-

    tida da grandeza do Brasil, dividido nas

    suas unidades federativas, integro na sua

    unidade politica.Pelas suas condições, está este Con-

    curso fadado a interessar vivamente as

    creanças de todo o paiz.

    O MAPPA DO GRANDE CONCURSOBRASIL

    "O Tico-Tico'' está distribuindo,por intermédio dos Departamentos deEducação desta Capital e dos Estados,pelos Directores dos Estabelecimentos deEnsino Particular desta Capital e do In-terior, e ainda, pela Cruzada Nacional deEducação, assim como dentro desta edi-

    ção, os mappas deste grande Concurso.Nelle estão as explicações necessárias pa-ra os concurrentes se habilitarem ao sor-teio dos 1.130 Prêmios, no valor total de52:850$000.

    E' indispensável, pois, que o referi-do mappa seja guardado com o maiorcuidado, visto que nelle serão colladasas vinte e duas phrases sobre os vinte edois Estados do Brasil, inclusive o terri-torio do Acre, apparecendo no próximonumero d' "O Tico-Tico" a primeiraphrase sobre um Estado que o concur-

    rente procurará collar no logar compe-

    tente.

    TRABALHA SEMPRE. NÃO TE VENÇA A PREGUIÇA

  • O T í C O - T I C O 5 — Junho 1935

    UJ ü\JM (MSToTAptE BANA5OCI05 iMSCRIpTOS l>^85(COinpuraácícitt-'odiei 0.7 íicmaio e^uanii tfírafcywn íW>w p-op-elo)I

    A MEKIMAOA oo< ESTADOS OGVE AÇlftJP4ÍDÊ.M MANDAR* A S SUA 5 t N^CRJ pÇ.ÕeS4Ciop.A 15 PACAL-^S D ãPOiS T G.UA hi Oo oj,Nossos Duc&5 PÔR.GM postos a"vehmNAS JVA

  • zShMRedactor-Chefe: Carlos Manhàes — Director-Gerente: A. de tóouza e SiWa

    ^m*~" ¦ "¦'—" ¦-'¦'!¦¦-.—....i —«-v Mi»ii km WÊf / «e—aS an BBL mw ^npn

    Uôuô'Os pára -qu édas

    Meus netinhos:

    Vou falar hoje a vocês deum apparelho muito conhecidoe muito interessante que se de-nomina pára-quedas, muito emevidencia em tempos passadose hoje com menor applicação.E' sabido, meus netinhos, quedepois da conquista do céo poresses formidáveis engenhosque são os aeroplanos e os diri-giveis, o s pára-quedas foramcompletamente abandonados.No emtanto, no tempo cm queos balões faziam suas primeirasexperiências, o s pára-quedaspareciam destinados a salvar avida dos aeronautas. No come-ço do século XIX, no anno de

    .1802, época em que foram fei-

    Jtos os primeiros ensaios dos

    pára-quedas, o problema a re-solver era o seguinte: — Sup-

    ponhamos que o balão arreben-

    ta ou se íncendeia; que se po-dera fazer para diminuir a qué-da da barquinha e salvar a vi-da dos aeronautas?...

    íCoube á Phvsica resolvel-o.

    eis como:O ar offerece resistência a

    todos os cornos aue se movem.Esta resistência é tanto maior

    quanto maior fôr a velocidadedo corpo e seu volume

    Um peso de 100 kilos que ti-vesse a forma de um chapéo dechuva, de 5 metros de diame-tro, cahiria muito lentamente.

    Os pára-quedas foram imagi-nados, meus netinhos, basean-do-se n'esta observação. U m

    |#%^^X

    aeronauta chamado Ganerimcoliocou em baixo do seu balãoum pára-quedas, ao qual havialigado uma barquinha. O pára-quedas fechado tinha a fôrmade um chapéo de chuva japo-noz.

    Quando chegou á altura de500 metros embarcou na bar-quinha, cortando a corda quea ligava ao balão e este, leve demais, atirou-se no espaço, em-

    quanto o pára-quedas desciamuito lentamente.

    O único inconveniente dos

    pára-quedas são as oscillações,

    que podem por vezes atirar oaeronauta no espaço.

    Hoje, alguns dirigivets e ac-roplanos ainda levam como

    parte de seus dispositivos de se-

    gurança os pára-quedas de queacabo de falar a vocês.

    Vovô

    AMA O PRÓXIMO. FRATERNIDADE E' PERFEIÇÃO.

  • O TICO-TICO _-6~ S -— -Junho — f-35

    AVENTURAS DE BROCOIÓ. O MARINHEIRO POPPEYE*m r— n

    _

    — Allô, Magestade! todos osvotos não foram contados! etalvez que se tivessem sido, osnr. não tivesse sido eleito re-ahàente!

    Magestade, lenho uma anecdoia...Conte-me,- Oscar...

    -— Lembra-se da recente eleição?Naturalmente... pois si ganhei!!!

    J

    -- De qualquer forma, va-mos acabar

  • 5 — Junho — 1935 — 7 — O TICO-TICO

    wm\* ^^ ^^^^^Wmmmmm

    ^^^^^^^*^^^^^JHBg|frii^B_B_SHHiBteJfr _íí->

    u~ '_._,, ;. -,. ..

    GRANDE CONCURSOÜSIl 0'fl ÍICfl-TICB

    Mais de50 contos de réis

    em prêmiosEntre os innumeros pre-mios que serão distribui-dos por sorteio no GrandeConcurso Brasil, que estásendo publicado peloO TICO-TICO e officialisa-do pelos Departamentosde Instrucção Publica des-ta Capital e dos Estados,destacam-se os desta pa-gina denominados:

    prêmios TINTA SARDINHAEstes lindos e valiososprêmios foram offerecidospelos fabricantes da TIN-TA SARDINHA, a melhortinta para escrever e aque deve ser preferidapelos leitores d'0 TICO-TICO, para suas cartas eexercicios escolares.

    _..____.' '•¦-.. íííMÍK. ji " :rW -~l*T W-r

    Jv--- ' v^-+--;¦¦•'".'¦ ¦."-.-".'-•¦-'

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  • O TI CO-TICO — 8 — 5 — Junho — 1935

    T^./7rím^^ci^

    Eram duas senhoras que vinham pedir uma esmola para as cre-ancas que vão nascer no anno de 1939. Lamparina então, explicouque Carrapicho. tambem é pobre e não dá esmolas.

    Mas as senhoras não se convenceram e começaram a falar: —Só uma alma feita de cacos de vidro nega uma esmola! E' precisoser muito miserável, indigno da água que bebe quem não. . .

    W ,p I I p"

    . i . soecorre os necessitados ! Lamparina, deante daquella gritaria,foi buscar os dois mil réis que guardara para o cinema e falou: . .,

    — Então, bota ahi na lista dois mil réis de "seu" Carrapicho.E Lamparina continuou: — E agora, as senhoras tambem vão

    mostrar a sua alma caridosa e dar os dois mil réis.

    ¦

    ¦ '¦ —¦'¦¦ i— p.ira oa velhos de cem annos que são orphãos, As duas senho-ras bufaram de raivai e sahiram bruscamente. . .SOCCORRE O POBRE

    . . a «resmungar. Lamparina e Jujuba abriram as torneiras das gar»galhadas.

    A HONRADEZ E' PATRIMQN1QT

  • — Jl >!il> ifin." - 9 O TICO-TICO

    Dizem que Luiz XIV o grande, rei dos franceses de 1643 a1715 lançou a moda dos saltos altos para não parecer'de pequena estatura ante seus subditos

    v-:_f i!i ;' uçao que possue.Com uma piama da tarmliadas Cyperaceas, o papiro (Cy-peiuspapirus) faziam os egip-cios um papel rudimentar cu-ias folhas eram enroladas de-pois de escritas constituindo çchamado «volume »

    DEUS É PAE TRATA BEM OS ANIMAES

  • o r ir»o- i i c o — íü 5 — -luuhr» 1935

    As aventuras do Camondongo Mickey(Desenho de Walter Disney e M B Iwerks. exclu siiüdade pura O TICO-TICO em todo o Brasil)

    — Avancemos? Coragem! Vamosdar uma lição a esses professores' —exclamava Clarabella.

    Mas de dentro de uma armadura ...não hesitou: — entrou a esbordoarpartiu a mtimaçâo* — Parem, senhoras) a armadura falante, que, instantes de*-Clarabella ,. pois, estava reduzida....

    ¦gflfeL» '{¦¦¦• ^^SmaXl

    ...a pedaços, com grande espanto porparte da aggressora que a julgava umvivente.

    Ernquáritó isso, Mickey Mouse agei-tava o seu capacete, para ver se se li-vrava dos seus algozes

    /S.g_aj*f— Hei de fazer um elmo

    a salvo do raio hypnoticoMickey Mouse.

    para ficar! — dizia

    - Fa»a, faça, punaue precisa .....muito, E Mickey Mouse, na bigoroa, aget-mos sahir deste cárcere, onde. lava o seu cimo. o dino no qual elle via a suapenso, ainda iremos soffrer.... própria salvação,

    — Vamos ver onde estarão ps dois'marrecos"! —.falaram os professores.approximando.se do visivex.

    T

    VS2M

    ¦ l^lir^^^^^S^i'222, Ü

    "UM^[- ,aívcz •' •******»* essa excellente op- .. .Vltn,os hypnot.sar esses doij celebres roa:sobre o nosso formidável rafo hy«t*ai_ti- poilumdade. vamos tirar nova iUWicol — Mas vam

    ENCINA AO K.NOliANTK.prova... (Coillillü.*;.

    AMPARA O FRACO.

  • ANNO 1

    Órgão dos leitoresd'0 TICO-TICO MED JORNAL

    DIRECTOR: — Chiquinho — Collaboradores: — todos que quiserem

    N.* 11

    A creança diz nojcrnal o (jue quer

    A GUERRAA guerra!... a guerra si-

    gnifica o. provocamento deum paiz a outro. Assim sedeu cm 1914. Allemanhaprovocou a França, e dahi aguerra. Nessa guerra, isto édo lado da Allemanha, haviaum rapaz allemão com 22annos de edade, o qual per-tencia naquella época aoexercito allemão, e que sem-pre fora um grande pátrio-ta. Sua mãe tambem allemã,achava-se actualmente emParis, em companhia de seufilho, um outro rapaz fran-cez, «pie nascera em Marsc-lha, e que contava 19 annosdc édade, e que chamava-seJean.

    Temia em ter que lutarcontra seu irmão, c por issotentou fugir, para que nãofosse obrigado a ir para ocampo de batalha, mas isso,fôra-lhe inteiramente impôs-sivel, porque 5 minutos au-les de sahir pegaram-o e le-varam-no.

    Seu irmão. Otto, o alie-mão, nunca pensava em en-eontrar seu irmão em cam-po de combate, porque comn edade que elle contava nãoo chamavam, mas pelo con-trario na França pegavamcreanças até de 16 annospara combater; e Otto anda-dava sempre bcniquislo.cantando e ao mesmo tempotriste, pensa ti vo em sua mãeo perigo que ella não estariacorrendo; uma allemã notempo de guerra.

    Arrebentou a guerra; nocampo de batalha a todo omomento via e escutava osestouros das granadas, quedestruíam Vários prédios.

    Passaram-se ,r> semanas, ecom muito custo, os france-7cs s«- encontravam em Rer-lim.

    Passaram-se 4 annos cmeio; 1918-1019, já tudo ti-nha terminado com a victo-Ha d;i França.

    Jean voltou a casa feliz-mente são e salvo, e vendosua mãe que já contava 48annos «le edade, abraçou-a ebeijou, e csta chorava dealegria, mas ao mesmo tem-po de tristeza por não tervoltad,, o se«t filho Otto.

    Passaramse mais 7 annos-e meio e tanto Jean comosu.a progenitora, estavamcompletamente mudados; jánão viviam felizes como ou-trora, viviam pobremente.

    Certo dia appareceu emsua casa um homem mal tra-jado, pedindo-lhes que lhedessem aposento por aquellanoite, pois estava muito frioe era noite muito escura.

    Elles não negaram e man-daram que o tal indivíduoentrasse e sentasse.

    Estava muito mudado epassaram-se tantos annosque Jean e sua mãe não oconheciam mais.

    Emquanto a velha foi ia-zer café para elles, Jean eOtto conversavam sem saberque eram irmãos, mas comum pouco dc desconfiançaJean tendo indagado tudo arespeito dc Otto, soube queeste era seu irmão c disse-lhe.

    Otto, ao saber onde esta-va, correu para abraçar suaprogenitora, mas Jean o im-pediu, dizendo-lhe que esperasse a manhã para fazeruma surpresa á sua mamãe,pois que já era noite e mui-to tarde, e por este motivocra melhor esperar a manhã.

    Depois de muito conver-sarem, Otto tirou o paletot ebotou-o sobre a eadeira efoi dormir.

    A mãe delles revistou õpaletot de Otto e verificouque nelle se achava uniacarteira com muito di-nheiro, e chamou Jean pa-ra dizer-lhe que se elles rou-liassem aquelle dinheiro vol-tariam á vida antiga. MasJean sabendo que se tratavade seu próprio irmão, res-pondeu dizendo-lhe que fos-se dormir, o que ella obede-cendo, apagou a luz e reti-ron-se. 2 horas passaram-see elles pegaram no somno, ca velha, mais que depressaapanhou uinn grande facacravou-a no coração dc Ottoe em seguida apanhou o di-nheiro, e quando ia fugir foiimpedida por Jean, que des-pertou antes do bárbaro cri-me, e contou tudo á sua ve-lha mãe, sendo que esta aosaber que assassinara o seupróprio filho, teve uma syn-cope c cahiu ao solo morta.

    Jean. vendo que estava sóno mundo, resolveu pôr ter-nio á vida com uni tiro tiacabeça.

    Moral: Nunea roube aquem quer que seja.

    BELLA UNIÃO(A' minha irmã Muriinha)

    Oh maniniia vou na vendaUm chocolate comprarPois deu-me hoje de repenteVontade de um lanchar...

    Oh não precisa maninhoDe chocolate compraresVamos lá dentro e terásChocolate pra lanchares..

    Ainda resta chocolate?Vamos então procurarMas só comerei um pedaçoSe para ti ainda ficar

    Piesta muito pouco maninhoMas o que resta podes comer,Pois tenho muitos bon-bonsE falta não me ha de fazer...

    Se sem chocolate vaes ficarAssim cu não acceitareiIrei na venda um comprar,Ou minha vontade conterei...

    Podes comer, já te disse,Não faz falta á tua mana,E depois já comi chocolateDurante toda a semana...

    Bem, Iremos ate o armário,Comer, resolverei depois,isto é, só o comereiSe inda der para nós dois...

    Está deveras muito pequeno,Mas inda dá, cu bem creio,Para saborearmos o; dois,E' partir o chocolate ao

    n.eio. ..

    Bem para satisfazer-te co-hierei

    O chocolate, apôs ser divi-d ido,

    E o bonbon de que te faleiTambem será entre nós re-

    partido. . .

    E o pae que lodo assistiraEncheu se de alegria seu.

    coração,Com movido elle exclamou:

    Que durePara sempre esta bella

    união.. .

    José Cezar Borba

    ANNUNCIOS

    O "Grande Ccncurso Brasil". d'"0 Tico-Tico", <

    j> maior ctrtamen, no geí«cro, até hoje feito no mundo

    Cada numero de "Arte d>

    Bordar" é um preciostmodelo de trabalhos de agulha para as meninas. Sactodos os dias 15 de cadrmez e encontra-se nas livrarias e bancas dc jornaes.

    -*-- j endem-se exemplares ü<V bello livro para infan

    cia "Meu livro de historias". Preço 20SOOO. PediTravessa do Ouvidor, 34 —Rio.

    Moda e Bordado é o mr

    lhor figurino e está ivenda mensalmente nas livrarias e bancas de jornae-

    Uma assignatura annu:-

    d'0 Tico-Tico cust:25$. Tome uma assignatur:Envie a importância par;Trav. Ouvidor. 34 — Rio.

    òvò d'0 Tico-Tico é

  • O T i C O - T 1 C O — 12 -i Junho -)

    SUPPLEMENTO DO "MEU JORNAL"

    Wl Gavetmha do Saber

    Wtkmm^'

    "Meu livro dehistorias" — pre-sente de valor i>a-ra a creança. A'

    venda.

    O primeiro jornalque surgiu em SãoPaulo foi o "PharolPaulistano", que cir-ruloii em 1827.

    Affonso Arinos deMello Franco foi umgrande escriptor pa-(ricio, pertencente á

    A cademiaBrasileirade Letras.Em uni deseus 1i -vros "Bu-rily per-

    dido", ha a mais for-íe expressão de na-í-lonalismo conheci-do. Morreu cm 1917,eni Barcellona, lies-panha.

    Um kangurú' quan-do nasce é do tama-nho do dedo pollegarde uni homem.

    Da nascente á foztem o Rio Amazonasmil e duzentas léguasde curso.

    No anno de 1833,suspeitando da c.onni-vencia de José Boni-faeio de Andrada e

    S i 1 va, opatriarchada Indc-pendência,n a cons-p i r a ç ã ocontra o

    governo, a Regêncian destituiu das func-ções rle tutor do im-perador D. Pedro IIe das princezas e oremei leu para a ilhade Paquctá.

    ILLUSTRAÇÃOBRASILEIRA

    E«TB MEZ.

    Quando, em 184Srebentou em Soroca-ba a Revolução Libe-ral foi acclamadopresidenteda. Pro-vi n cia obrigadeiroR a p h aelTobias deAguiar,(pie teve como com-panheiro de ideal opadre Diogo AntônioFeijó,

    VOX POPUL1 VOXDEI — Esta c umadas phrases latinasque mais a metido sevêem escriptas nosnossos textos. Suatraducção exaita é"A voz do povo é avoz de Deus".

    Empregam-se toda.;as oceasiões que ai-guein quer affirmar averdade de um faetono apoio que lhe dáa opinião do povo.

    O povo anda di-zendo que fulano,aceusado de determi-nado crime é inno-cente, e deve ser sol-to? Então o homem éi n n o cente mesmo,pois é Deus quem es-tá falando pela boceado povo.

    Apesar de anliquis-sinio e muito vulgari-zado, o adagio não 6verdadeiro. B a s taraque os leitorzinhoscresçam m a i s umpouco e observem ascoisrs para verifica-rem que nada existede lão volúvel, de tãovariável, como a opi-niSo do povo.

    A menor anã domundo:

    DoIIefa Black, me-de 71 centímetros dealtura, seu maridomede 82 centímetros.Esse casal tem filhosc tres netos de alturanormal.

    Foi em 10 de De-zembro de 1815 queD. João VI, por umacarta do lei. elevou oBrasil h categoria do

    remo, unido a PoFtu-ga] o Algarves.

    Até o anno de 1725o rio Madeira chama-va-se Caiari,

    Qual o homem maisvelho 'iue já existiu?

    — Malhusaléni, queviveu 9(59 annos cera filho de Menoch.

    A fêmea do sapopode por, de uma sóvez, uma quantidadede ovos mais volumo-sa que ella própria.

    fran cisco Barretode Menezes lem o seunome gloriosamenteligado á terminaçãodo domi-nio hol-landez no3rasil. Foiem 19 deF e vereirode 1C 4 9que, sob seu com-mando, as tropas per-nambucanas, na se-gunda batalha dosGuararapes b a teramas forças inimigascm toda a linha con-correndo d e c i siva-inente para dar fimao domínio hollandezno Brasil.

    Ainda se encon-tra á venda a edi-ção extraordina-ria d'0 Tico Ticodedicada a

    MICKEY MOUSE

    Pedidos â Traves-sa do Ouvidor, 34.

    PREO) 1S500

    üO conselheiro Mar-

    tim Francisco Ilibei-ro de Andrada, queao lado de seus ir-

    mãos Jo-sé Bonifa-cio- e An-ionio Car-los, pres-t o u assi-

    g na 1adosserviços á causa dai n d e pendência doBrasil, era natural deSantos, onde nascerano anno de 1770.Morreu em sua cida-de natal em 18-14.

    ?

    Foi no dia 8 deMaio de 1867 que co-nieçou a Retirada daLaguna, um dos maisdramáticos episódiosJa guerra do Para-guay magistralmentedescripta pelo vis-conde de Taunay.

    A grandeza épicadessa retirada só foiigualada pela de Bar-balho, na guerra hol-landeza e pela famo-sa "Retirada dos DezMil", immorfalizadapor Xenophontc.

    V

    A maior arvore deque se tem noticia éa sequoia, da Califor-hia.

    Aconselhava Xeno-phonlc a el-rei Ciro,que até coiii os cãesde casa devia obser-var esta política: queo castigo lh'o man-dasse dar por ou-Irem; mas o pão porsua mão própria.

    A instituição donutro data do annode 1790.

    lia uma cidade naSuécia, Hafanger, queestabeleceu uma con-tribuição sobre todasas pessoas cujo pesoexceda o limite de se-tenta e cinco kilos.

    A primeira linhatelegraphica do Bra-sil roí inaugurada em'.1 de Maio de 1852.

    ___T Y^B

    » X W"ir-A\

    MODA EBOBDADO

    é ¦> melhor figu-rino que sc ven-

    de no Brasil.

    O ex-lmperador doBrasil, D. Pedro II,nasceu no p a lacioi m p e r i a 1 de SãoChristovão cm 2 deDezembro de 1825.

    D. Pedro II, o ma-gnaniino cx-i'.npera-dor do Brasil, morreu?ni Paris, num quar-to do Ho-

    I e I Bed-f o r t, nodia 5 deDezembrod e 1891.Suas ultimas pala-vras foram inspiradasno grande amor pelasua pátria: — "MeuDeus, faça feliz o meuBrasil!" Do Pantheonde São Vicente de Fó.ra, em Lisboa, foramseus restos inortaestransladados para oBrasil, em 1922, e le-vados para a cidadede Petropolis.

    Dentro do Barsilcabem quasi todosoutros paizes da Ame.rica do Sul.

    José Lopes da SilvaTrovão foi um gran-de tribuno republica-no que subscreveu oin a nifestorepublica-no surgidon o annode 18 7 0.Parlaanen-tar e jor-nalista, Lopes Trovãomorreu pobre, no Riode Janeiro, no annode 1925.

    LeiamO MALHO

    A's quintas-feiras.

    DETTA-TE CEDO. AMA O SOL

  • ,!„nlio — 1935 — 13 O TICO-TI C \

    Poppeye, desenho de. Antônio Magalhães

    Bastos (12 annos).

    :^^/^^^_J^^^'Corrida, desenho de Nelson Ca-

    bral (8 annos)

    0^. A

    _____ Jrr '''i';|'T i \-

    ____Sl^\í,l3i_il«_'. r_

    -3____; ' ¦ ' _/:::.......

    ~"~"". _-— —rxTg «^ "¦«•>

    ¦'-"'¦

    *'.'-

    O escoteiro, desenho deAmaury A. Vieira (7 annos)

    Galera, desenho de Geraldo Silva(1. annos).

    á/V- ^____^#-^-

    Navio, desenho de Celio AI-berto Sholl (7 annos).

    Totó, desenho de .loséLeopoldo d;i Malta

    (9 annos).

    m Í5w¦vm tftRêco-Réco, desenho dcLdian Cabral (!) annos).

    O elegante, desenho_e Dares Passaean-

    tílli (11 annos).

    O cavallo, desenhode Moacyr Rodri-

    guez (9 annos).

    f *fc*'^^

    O elephante, desenhode .losé Leopoldo (da

    Matta (9 annos).

    Nesta pagina collaboram todos os pequenos desenhistas do Brasil. Os originaes, dese-

    nhados em papel branco, sem pauta, com tinta chineza nankim, devem ser enviados á re-dacção d'0 TICO-TICO, onde serão examinados, antes de publicados, por um jury compostode artistas de nomeada, um professor do Departamento de Educação Municipal e um reda-ctor deste jornal. As composições que o jury d'0 TICO-TICO classificar em 1.° logar illus-trarão, em cores, a nossa capa.

    TODO LABOR E' HONRADO. HONRA A PÁTRIA.

  • TICO-TICO 14-, 5 _ Junho — 19;J5

    EXERCÍCIO escolarDESENHOS PARA COLORIR

    ójáé lSí_.

    m TI LU v U

    O p i n t "pássaro,Çg quatro desenhos desta pagina devem ser coloridos a lápis de côr ou aquarella. Constituem taes desenhosmotivos para os nossos leitores se aperfeiçoarem na bella arte que é o desenho.

    ' ' '" - - Tf •¦ ni * r '•"•¦" ¦ -

    i/V, fi'*-—--"-"SV _^ 7W V v' y^Z~J ^y^\\\\ w+k í t^^^V\\\vr,-'*'"-o\ -íí5 x ____>^ ^^~^V * \\\ ' - ^ y ___£¦ "^_*^ _____»¦ "" ^^-^v\v %v. t\ / VO-—T

    '¦" ' v ^ águia >\ raposa

    ESTUDAR E' ENRIQUECER $ PREMIA 0 ESFORÇADO.

  • Aventuras ile Tíiiocci, < ;h atlor ile feras

    Depois que o inglez lhe contou a historia doleão fugido, Tinoco ficou ancioso para contar-lhetambém uma peta.

    Um dia conversavam em fatores e elle ar-ranjou s opportunidade. Uma vez, disse Tinoco, euencontrei um fakir encantador de serpentes que...

    '.. .me presenteou com uma flauta mágica que era

    uma maravima.. Toda serpente que encontrava fi-

    cava attrahida pelo som da flauta...

    ...De uma feita cahi em um precipício e depois^

    de muito gritar por soecorro comecei a tocar a

    flauta para distrahir...

    .Foram tantas as serpentes que appareceram

    qu< eu formei uma grande corda com a qual con-

    segui safar-me do buraco...

    TROTEGE O IKACO

    ...E a flauta, perguntou mister Brown?! Tive

    que jogaf-a fora, do contrario encheria a cidade

    deserpentes.

    ACONSELHA AO INSENSATO

  • cy__0 DA~^~\\\\m

    -'' ¦— _¦____—

    NH_Í_ AVAIMTA

    muito

    quasi

    aoao

    Lánorte,chegar ao Polo,havia outr'ora aopulenta cidadeStovan, hoje co-

    berta pelas ondas. Ali as riquezas exaggeradas tinham

    corrompido o coração dos habitantes, que se julgavam su*

    períores ao mundo inteiro.

    Entre ns pessoas rr.ais ricas, havia uma senhora que,de tão má, tinha o appellido de Maldita. Ella possuía emStovan numerosos palácios que, entretanto, mal chegavam

    para guardar os seus immcnsos thesouros. Centenas de•navios de sua propriedade andavam pelo mar.

    Com tudo, essa mulher nunca estava satisfeita c cen-curava constantemente os seus officiaes ou maltratava osseus criados.

    Um dia. que ellà se sentia mais aborrecida do quenunca, chamou o capitão de seus navios e disse-lhe :

    — Para que me serve ser tão rica ? Nada me agrada,nada me satisfaz. Arma o meu maior navio que singra osrnares e não voltes aqui sem me trazeres o que houver de

    mais lindo no mundo.

    O capitão mandou íçar as velas immediatamente, masestava preoecupado porque não sabia para que lado haviade partir. Pensou muito; depois resolveu ir a Portsinouth,

    que é um dos portos mais Importantes da Inglaterra.Chegando ahi, annunciou que desejava comprar o trigomais bonito que apparccesse.

    Em pouco tempo trouxeram-lhe tal quantidade dc trigo

    que o capitão, cm dois dias, apesar de escolher muito, en-cheu o navio das mais bellas espigas que jamais tinhavisto.

    Quando o navio voltou a Stovan, a Senhora Malditaadmirou-se de vel-o rcappareccr tão depressa. Mandou en-tão um mordomo perguntar-lhe que thesouro fabuloso en-contrara, para regressar tão rapidamente.

    O capitão veiu-lhe dizer ;— Senhora ! O que encontrei de mais lindo no mundo

    inteiro, foi o trigo que alimenta o povo c dá força c bcllascores a toda a gente.

    --» Capitão, disse a Senhora Maldita, os meus paláciossão de ouro, mármore, porphyro, e tu me trazes como the-souro, trigo ? Vae immediatamente atirar todo o carrega-•mento ao mar. Eu própria irei assistir a operação.

    O capitão, sahiu, mas, não tendo coragem dc atirar ás

    ondas o precioso trigo, mandou chamar todos os pobres da

    cidade á praia, deante da qual estava fundeado o navio. Elle

    esperava que o apparato daqucllcs infelizes commovessea Senhora Maldita. »

    Mas, dahi a pouco chegou a Senhora em um carro dç^

    prata. A multidão de pobres famintos atirou-se, de joelho

    i ii i in i .. M' -¦-¦»¦-- .. . -..in- —-——¦, i ¦ i-.._. *

    "" "*-¦ ¦•''¦

    deante delia pedindo-lhe, por compaixão, que, em vez de atirarao mar o trigo, desse-o para matar-lhe a fome.

    —• Capitão ! — cumpra as minhas ordens.O official ficou immovel. Mas os marinheiros obedeceram

    c, quando toda aquella riqueza desappareceu nas ondas aosolhos dos infelizes que não tinham o que comer, o capitão, não

    podendo conter a sua cólera, exclamou ;

    vx_5i___Br__?)"X _¦ -_tr*Jj I i _KJ3\\

    cia riqueza que hoje ínuti-

    ¦— Senhora!cruel e de co-ração de ferro.Treme pelo teufuturo. Ha jus-tiça no céo ! Ha dcvir um dia em queterás fome e la-mentarás _. perdaIizaste.

    A Senhora Maldita, furiosa, respondeu : -— Quem ? Eu ! Ficar igual a uns miseráveis que.se ajoelham a meus pés ? Olha, esse momento so chegará

    no dia em que eu tornar a ver este annel.E, tirando do dedo uma àlliança de ouro, atirou-a tam"

    bem ao mar. no logar mais profundo.Passaram-se alguns mezes Um dia. imui Criada da

    Senhora Maldita indo fazer compras, vir?, no mercado.uma tainha tão bonita, que até parecia um milagre, unipeixe assim. Mas qual não foi o seu espanto, quando.no palácio, abrindo a tainha, viu dentro delia, umannel de ouro ?

    A criada correu logo a mostrar o seu achado ã Senhora,E esta, ao ver o annel. que atirara ao mar. ficou pallidade espanto.

    Na tarde desse mesmo dia. chegou ao palácio uramensageiro, coberto de pó

    Vinha annunciar que todos os navios da Senhora Mal--/fa voltavam da Índia carregados de thesouros e tínhamnaufragado num temporal.

    No dia seguinte um incêndio horrivel destruiu todosos palácios da Senhora, na cidade e nos arredores.

    Assim foi se cumprindo a pivdição do official e, empouco tempo, a Senhora Maldita ficou na mais Completamiséria.

    Teve que pedir esmolas pelas ruas c aquelles que ellaoutrora desprezara. Vingavam-se agora, maltratando-a tantoque. cm pouco tempo, a infeliz chorava na praia, esmagada,lamentando a perda do trigo..

    Então o mar agitar.dn-.se de súbito começou a atirará praia todas as espigas, que a Senhora Maldita recolheuuma a uma.

    Vendendo-as. constituiu um pequeno pecúlio, com queviveu modestamente o resto de seus dias.

    Só então ella comprehendeu o valor do alimento do_pobres.

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    Outra carta enigmática offerece-mos hoje aos nossos prezados ami-gui nhos. 6' fácil e os meninos devemdecifrai-a e envial-a á redacçâod'0 TICO-TICO, porque os decifra-iorcs que assim o fizerem entrarão«tu sorteio para o prêmio — um bel-o livro de historias infantis. As dc-cifrações devem estar na* redacçâo

    dr0 TICO-TICO até o tiúnho.

    29 .te Ju-

    Damos a seguir o resultado d- car-ta enigmática publicada e« 13 deMaré o:"Prender uma avezinh» eture asgrades dc uma gaiola para ter o pra-zer de ouvil-a cantar, é mais que nmacto dc selvageria, é um cri-ae".

    recebidas 2.149 soluções

    Mus-

    r-oramcertas.

    Foi premiada, com uni livrolindo, a da concurrente:

    , ARINA DA SBLTA

    de 11 annos de edade e hhresi Aurora n/ 3, em SãoEstado do Rio de Janeiro.

    Ioi'ri :'lth eus.

    CÂS.flê© P® PE©fò®SOEm um collegio Tio subúrbio eram

    collegas o Juca, o Paulo e o Pedroso.Estes dois tinham pae c mãe. Só-mente o Juca era orphãõ, morandoem companhia da velha avózinha,viuva de um veterano da ffuerra doParaguay.

    Eram Os tres meninos muita ami--gos e aconteceu que o Pedroso fal-lou tres dias seguidos ao collegio oque fez com que os dois amigos fos-sem visitai-o.

    Chegando á residência delle sou-beram que o collega eslava atacadotlc variolas e a familia não permittiavisitas para evitar o contagio.

    O Juca, entretanto, disse não termedo do contagio, pois havia sidovaccinado quando pequenino e re-vaccinado ao entrar para o collegioc creio que o Pedroso leve variolasporque a familia delle é contra avaccina e não consentiu quo o me-liico da Hygiene o vaccinasse.

    Quando o Pedroso ficou bom po-rém com o rosto cheio de marcasilas variolas disse que ficara doenteIorque "linha de acontecer" c nãojorque não fosse vaccinado. Era fa-íalista. . .

    passaram-se alguns dl-n e o Jucaadoeceu lambem.

    O Paulo declarou que iria visital-o,¦10 quo o Pedroso retrucou:

    Não faça isto. Soube que a mo-lestia delle é muito contagiosa... EuJá não vou!...

    •— Mas você não deve ter medo decontagio, pois só adoecerá ™si tiverde ser"...

    1— Seja como for, eu não irei tá...Pois cu irei, affirmou o Paulo.

    E quando sahiu do collegio foivisitar o amigo.

    chegar á pobre casinha do JucaiMcvJTrTrou-o prostrado sobre uma ca-ma, ardendo em febre, prostrado poruma forte gryppe e a velhinha, suaavó em outra xama também grave-mente doente da mesma enfermida-dc.

    Uma vizinha que os soecorria,adoecera também, de sorte que am-bos os doentes estavam abandonados.

    O Paulo, deante disso, foi procurarum medico e uma enfermeira afim

    jwi ' '

    t" '''b" "f-vJvlV " "

    de cuidar da velhinha e do seu col-lega.

    Devido aos cuidados ficaram bonsos doentes e muito agradecida* aoPaulo.

    Dias depois adoeceu novamente «Pedroso, atacado de gryppe. Quandoa avózinha do Juca soube disso, de-e.larou:

    De nada valeu o medo que elleteve de nós, quando chegando á por-ta de' nossa casa e o Juc_ lhe pediu

    um copo d'agua pelo amor de Deus,elle fugiu, receioso da gryppe...

    Elle fez isto?! pergjmtou, ad-mirado, o Paulo.

    Fez, sim.Não vale mais a pena falar nis-

    so, vovó, disse o Juca.Elle, coitado, não tem culpa de ser

    fraco....Pois, para seu castigo, de hoje

    em deante, não o chamarei mais dePedroso...

    Vou lhe trocar a inicial P, para M.Em logar de Pedroso, elle ficará sen-do o que sempre foi: medroso.

    Todos riram da lembrança do Juca«¦ em pouco tempo todos os collegassó o chamavam de medroso ao invezdc Pedroso.

    Foi o castigo da sua covardia •deshumanidade.

    E. Wandertiu

    -8STUDAR E' ENRIQUECER. TRABALHO E' UTILIDADE.

  • 5 — ,)imli o — 1935 — 19 O TICO-TICO

    AS PROEZAS DO GATO FELIX{Desenho de Pat Sollíran - _\ '_._m___. dO TICO-TICO para o _>_.._!

    J ..I. / ..«.¦¦¦ ¦ ' -,V:-' . N

    cz: --. - > i - . 'f- ^t%^ ~*"!tÜ^M_HÍ MC**^—¦ '"" ¦¦-____.¦ JL? -—-.''-_..¦¦ i ¦¦¦ i -..--¦ .-,.¦_

    />^n^__a.g^.— |

    Gato l

  • O TICO-TICO 20 - 5 — «Junho — 1933

    ^~y\ ç.à^THífc- coho C\? i/y*x4í°W\3K'\ ^£j$Y hT^^\fwm

    —— ¦ —— —»¦¦¦¦* ""-*!"" ¦ »¦ ¦!¦ -4 ..-,.„.„.,

    ASSIM DISFARÇADO O CRtMtNoÇOMÃO DESCONFIA DEMlM

    -^£^tA y^~£-\ ESTtH/^f_ 1/

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    VOU S_£rUll-0 E NO MOMENTO "

    .{ [QUET e' QUE VOCZ ÇUER.1 ^ fiYl \ LEVANTE ASJUSTO DOu-LHE VOZ OG Vj_^0_J____V_U___j— I) LV))\ pATAS oü

    uHsu«s^isfr Yd IWL^k^"ÍL^-A-^^v flft^ rrNNS 'íi^r^7 \\>T^,t^^^f^^_B _L Á$?

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  • OS ROMANCES D"'O TICO-TIOU"

    Alto lá! gritou o Sr. Smollett. Gray não me disse nada e nada lheperguntei, e, além disso, gostaria mais de vel-os, elle e vocês todos, voar pelosares, em chammas, com a Ilha também. Sabe agora a minha maneira de pen-bar a respeito, amigo!

    Este movimento de bcm-humor acalmou um pouco Silver. Começava, aprincipio, a irritar-se, mas agora voltava á calma habitual.

    E' possível, disse elle. Não pretendo explicar o que os gentis-honienspodem julgar leal ou desleal, segundo o caso. E como vejo que prepara o ca-chimbo, capitão, vou tomar a liberdade de fazer o mesmo

    Encheu, então, o cachimbo e acce*ndeu-o, e os dois homens ficaram a fu-mar durante algum tempo sentados, face a face, ora olhando um para o outro,ora parando de fumar, e inclinando-se para a fronte, para cuspir.

    Era um espectaculo curioso aquelle,Por conseguinte, começou Silver, vejamos. Dé-me a carta para encon-

    trar o logar do thesouro «e deixe de atirar em pobres marinheiros e de que-brar-lhes a cabeça emquanto dormem. Faça isso, e dar-lhe-el a escolher: ouvoltará para bordo comuosco, quando o thesouro estiver embarcado, e eu miencarregarei, sob palavra de honra, de o desembarcar em qualquer outra par-te, são e salvo, nalguma praia, ou, se não desejar isso, — tenho alguns homensum pouco grosseiros e que alimentam velhos rancores — e isso talvez o in-quiete, pôde ficar aqui, se é esse o seu desejo: dividiremos as provisões, tantopor cabeça e prometterei sob palavra de honra, como já disse, prevenir o pri-meiro barco que encontrar, para que o venha buscar aqui. Ha de conoordarque isso é falar claro, não é exacto Não pôde esperar coisa melhor, é impôs-sivel... E espero, disse elle, elevando a voz, que todos os homens aqui da ca-bana ouçam as minhas palavras, pois o que digo com relação a um, digo emíelação a todos.

    O capitão Smollett levantou-se e sacudiu a cinza do cachimbo, batendo-ono concavo da mão esquerda.

    E' tudo? perguntou.E' minha ultima palavra, com os diabos! respondeu John. Se recusar

    Isso, só terá noticias minhas pelas balas.Muito bem, retrucou o capitão, agora você vae me ouvir: se vocês qui-

    zerem vir aqui, um a um, sem armas, eu me comprometto a pol-os a ferros efazel-os julgar todos logo que chegarem á Inglaterra. Se não quizerem, cha-:no-me Alexandre Smollett, servi sob o pavilhão do meu soberano, fal-os-ei en-torrar, todos... Vocês não podem encontrar o thesouro. Não podem condu-zir o barco. Não ha entre vocês um homem capaz de conduzir o barco. Nãop.odein combater-nos. Gray, que está ali, pôde escapar de cinco amotinados.O barco está ancorado, mestre Silver, estão numa Ilha deserta, devem com-prehender bem. E' o que tenho a dizer, e são as ultimas palavras que obteráde mim, pois, juro, metter-lhe-ei uma bala no dorso na próxima vez que o eu-contre. Raspe-se, rapaz, Saia rápido daqui, faça favor, e vivamente como uniralo.

    ILHA DO THESOURO 97

    Voltou-se para nós e falou:Guarda do doutor: a seus pos-

    tos! Doutor Livesey, occupe-se do ladonorte, faça favor; Jim, do lado de leste,e Gray. do oeste. Outra guarda, atten-ção. Carreguem as armas. Muito cui-dado, meus amigos.

    Voltou-se, de novo, para os amoli-nados:

    >-— E que querem vocês?Desta vez quem respondeu foi- o

    outro homem:O capitão Silver, seniior, pede

    para vir a bordo, para tratar-se de umaccordo, gritou elle..

    O capitão Siiver? Não conheijo.Quem é? exclamou o capitão.

    E ouvimos que dizia, falando com-sigo mesmo:

    Capitão, hom'essa! palavra, ex-tranha promoção!

    Long John respondeu, em pessoa:Sou eu, senhor. Esses pobres

    rapazes escolheram-me para este posto,após a sua deserção-, senhor. E frisouparticularmente a palavra "deserção"

    Consentimos em nos submetter se en-trarmos em accordo, eis tudo. só o quepeço é a sua palavra da fionra, capitãoSmollet, grantindo a minha retiradadesta paliçada são e salvo e um minutopara me afastar o sufficiente, ficandoao abrigo de qualquer bala.

    Amigo, disse o capitão Smollet. não tenho o menor desejo ae conver-fiar com você. Se quer falar-me, pôde vir, eis tudo. Se houver qualquer cilada,essa virá da parte de vocês; e que Deus os proteja!

    Isso basta, capitão, gritou Long John, alegremente, uma palavra suibasta. Sei reconhecer um gentil-homem, pôde acreditar-me.

    Pudemos ver o homem que trazia a bandeira branca' tentar reter Silver,'Isso não era de admirar, ante a resposta do capitão. Mas Silver poz-se a

    rir alto e deu-lhe uma palmada no hombro, como se a idéa de temer qualquercoisa fosse absurda.

    Avançou para a paliçada, atirou a muleta por cima do tapume, levantoua perna, e, com muita força e habilidade, conseguiu escalar a estacada e des-,cer do outro lado.

    O capitão Smollet içou a bandeiraingleza.

  • 9S OS :i ROMANCES D'"0 TICO-TICO"

    Confesso que estava tão . interessado no*aua,.se'passava, que pouco valiacomo sentinella.

    Com effeito, já havia abandonado a minha setteira de leste e me collo-»cara atraz do capitão; que então se sentara sobre a soleira, a cabeça entre asmãos e olhar fixo na agua que sahia da velha caldeira, enterrada na areia,

    Assobiava, baixinho, a caução: "Venham, meninas e rapazes!"Silver teve bastante difficuldade em subir a nossa collina. Por caus* au

    declive do terreno, dos tocos de arvores e da areia movediça parecia, assim de«muleta, tão impotente como um barco com vento pela proa.

    Mas persistia, silencioso, no seu esforço e chegou, afinal, em frente aocapitão, a quem saudou respeitosamente.

    Vestira-se o mais elegantemente possível. Cma grande sobrecasaca azul,guarnecida com botões de metal, cahia-lhe até os joelhos, e trazia collocadopara traz, na cabeça, um bello chapéo agaloado'

    ¦— Ahi E' você? disse o capitão, erguendo a cabeça; é melhor que sasento.

    Não Ini"Vae deixar entrar, capitão7 disse, pesarosamente, Long John.Faz muito frio esta manhã, para a gente sentar-3e fora. na areia.

    Como assim, Silver? redarguiu o capitão, Se você tivesse querido con-Ünuar a ser um homem de bem, podia sentar-se na sua cozinha. Foi você. quemdesejou isto. Ou você é o meu cozinheiro de bordo, c então será bem tratado,ou é o capitão Silver, um amotinado e um pirata e, nesse caso, poderá ir pen-tear macacos, até que o enforquem.

    -— Bem. bem, capitão! respondeu o cozinheiro sentando-se, como lhe in-dicavam, na areia. Deverá auxiliar-me depois a erguer-me. Estão aqui muitobem installados. Ah! Ali está Jim! Desejo-lhe bom dia, de coração, Jim! Dou-tor, apresento-lhe as minhas homenagens. Palavra, todos estão aqui reunidos,como uma família feliz, por assim dizer.

    — Se tem alguma coisa a dizer, rapaz, diga-a immediatamente, retrucouo capitão.

    Tem razão, capitão Smollet. continuou Silver. O dever e o dever, certa-mente. Pois bem, escute. Fez um bello trabalho hontem, á tarde, não tenhoduvida em declarar que foi um bello trabalho. Ha um dos senhores que sabeservir-se muito bem do fuzil, e não negarei tambem, absolutamente, que ai-guns dos meus homens ficaram assustados. Talvez, até, todos o estivessem,talvez mesmo até eu, talvez seja mesmo por isso que venha aqui, para uos en-tendermos. Mas guarde bem isto, capitão, não se repetirá mais esse caso, comos diabos! Saberemos poupar o chumbo e tambem um pouco o rhum. Talvez pen-se que todos tínhamos bebido um pouco de mais. mas posso garantir-lhe que euestava em perfeito estado. Somente, um pouco cansado, e se tivesse despertadoum segundo antes, tinha-os agarrado com a bocea na botija, estou certo disso.Ainda nâo estava morto aquelle, quando o contractei, oh! não eslava.

    Então? disse o capitão Smollet com a maior ealmi..

    ILHA DO THESOURO »9

    Tudo o que dizia Silver era um enigma para elle. mas ninguém'poderiaimaginar isso, ouvindo-o falar.

    Quanto a mim, tive uma idéa. As ultimas palavras de Ben Gunn vieram-r;,e á mente. Comecei a acreditar que elle tivesse visitado os piratas quandoestes estavam deitados, bebedos. ao redor do fogo, e calculei com satisfaçãoque apenas tinhamos quatorze inimigos a combater.

    Pois bem, vou dizer tudo. continuou Silver. Queremos o tnesouro, eo teremos, è essa a nossa vontade! Querem salvar a vida, presumo, pois a te-rão salva! Têem uma carta da ilha, não é exacto?

    E' bem possível, respondeu o capitão.Sim, tem-na. sei. continuou Long John. E' inútil ser tão discreto com-

    migo, isso não serve- de nada. pode crer-me. O que queria dizer-lhe é que que-remos a carta. De outra maneira... não sou eu que lhe quero mal...

    -— Isso não adeanta nada commigo. rapaz! interrompeu o capitão. Sabe-mos exactamente o que vocês queriam fazer, a rS« Usamos, porque agoia,você vê, não o farão mate

    E o capitão o olhou com calma e começou a encher o cachimbo.Se Abe Gray... principiou Silver.

    Partiram quatro tiros ao mesmotempo.

  • .Iiuihu — 'i9í>i> .- 23 — O TICO-TICO

    TICO-TICO As apparencias enganam

  • O TICO-TICO 2_ -« Junho — lí).};>

    Jup ! Jup ! Curral! Curral!O animal comprehendeu, deixou-

    ;e escorregar veloz até á praia eiesappareceu no escuro, sem des-

    pertar por fôrma alguma a attençãodos degredados.

    Fizeste bem, Nab; fizestebem, respondeu Cyrus Smith: mas£e não nos prevenisses talvez aindativesses feito melhor 1

    • Estas palavras de Cyrus Smithreferiam-se ao estado de Harbert,cuja convalescença o transporte ti-nha, ao que parece, compromettidogravemente.

    Nab terminou assim a sua nar-rativa.

    Os degredados não tinham appa-recido na praia. Provavelmente, co-mo não conheciam o numero doshabitantes da ilha, suppunham queGranite-House estaria defendidopor forças importantes. Deviamlembrar-se de que, quando o bri-gue atacara, tinham sido recebi-dos por um tiroteio seguido, tan-to dos rochedos de baixo comedos de cima, tiroteio este a quelhes não convinha expor-se denovo. O plató da Vista Grande,todavia, estava-lhes patente e nãoera enfiado pelos fogos de Gra-nlte-Hou.se. Logo que ali se acha-ram, foram atrás dos seus instin-ctos de. devastação, e saqueando,incendiando, fazendo o mal sópor amor do mal, e só de lá sa-hirnm uma hora antes dc chega-rem os colonos, que elles naturalmenle suppunham presos nccurral.

    0 SEGREDO DOQAPITAQ NEMO(Continuação das Vinte Mil Le-

    quas Submarinas, de JÚLIOVERNE) - (51)

    Os dias que se seguiram toramos mais tristes de quantos os co-lonos tinham passado na ilha! Oestado de fraqueza de. Harbertcrescia a olhos vistos e fazia crerque em breve se declararia no moçoalguma doença grave, conseqüênciado profundo abalo physiologico quesoffrera. Gedeão Spilett presentiajá que a gravidade do caso viria aser tal que, talvez a elle lhe fosseimpossível dominal-a.

    Effectivamente, Harbert estavanuma espécie de torpor quasi con-tinuo, e até começavam a manifes-tar-se nelle alguns symptomas dedelírio. As bebidas frescas eram osúnicos remédios de que os colonospodiam dispor. A febre não eraainda muito forte, mas não tardoua manifestar-se sob a fôrma decrescimentos regulares.

    Gedeão Spilett conheceu-os.,A pobre creança, cujos dedos,

    nariz e orelhas perderam de todoa côr, teve primeiro arrepios leves,depois outros maiores e tremoresde frio. O pulso estava fraco e ir-

    ____K ^V^SV^***^ V^^l^,^-^f^J7^^i__l_l____l*r*\l fj ^\yr^A^^S^\ ._^-í/_L*._.fl*Z(£_\mmmmmWr%\ /f^jrfíAWW*]

    '_í!fU iWlmmv^êkii I^M,£__/l] vrr*w jímYmYGüS.*i \y£*p_ y&~y*rW/-Ai^_»»—_-Si___^w—""^¦*

    seguiu-se outro de calor; o rosto doenfermo recobrou a côr, a pelle co-loriu-se, o pulso accelcrou-se-lhe;depois veiu um suor abundante, emseguida ao qual pareceu diminui,a febre. A sezão durou ao todoumas cinco horas.

    Gedeão Spilett não largara a ca-beceira de Harbert. que decidida-mente estava atacado de intermit-tentes, o caso era mais que averi-guado, e estas febres era necessa-rio atalhal-as antes que tomassemcaracter mais grave.

    — E para as atalhar era neces-sario um febrifugo — disse .GedeãoSpilett a Cyrus Smith.

    Effectivamente a casca de sal-gueiro tem sido com fundamento

    regular, a pelle secca; tinha muita considerada como um suecedaneoe continua sede. A este período da quina-, assim como a do casta-

    nheiro da índia, as folhas deazevinho, a serpentaria, etc, As-fim, ainda que o remédio indi-cado não fosse tão efficaz comoa quina, força era experimentar,a applicação delle empregando-ono estado natural, visto que nãohavia meio de extrahir delle orespectivo alcalóide, isto é, a sa-licina.

    Cyrus Smith foi logo cortar,por suas próprias mãos, de umtronco de uma espécie dc sal-gueiro negro, uma porção décasca e trouxe-a para Granitc-House, onde a reduziu a pó,que naquella mesma noite fize-ram tomar a Harbert,

    [(Continue no próximo nu-mero.)

  • O TICO-TICO — 26 ¦- — Junho — I9.jr,

    IFAPSfiiâ E 1Ê MÂCAC®

    Com estas noites frias de inverno, o casal Zé Macaco se entrega á leitura. Faustina gosta muito de livros que falem

    em almas do outro muncto e de fantasmas. Zé Macaco ouve, mas alardeia com toda coragem que não acredita nessas

    cousas. Uma noite depois de acabada a leitura, Zé Macaco ficou sozinho na sala, quando estava distrahido ouviu bater

    com energia na porta do quarto. Elle que "não tem medo" disse com tom enérgico: "Entre!" E.., . que horror! Um fan-

    lasma preto se apresentou a elle! Zé Macaco quasi morreu de susto, si promptamente a Faustina não se desabrisse e mos-

    trasse que era brincadeira. . .

    —— —**——t^~ t ii ii ¦ I. . *l E* FEIO SER ORGULHOSO JO LIVRO E' UM AMIGO

  • 5 — Junljo — 1935 w:9K O TICO-TICO

    ————

    I^Jà QQiGEM DO

    Ujj 'il i\\m ; |y p-N-Sjfllíi í(\ ¦=¦ (B v^Êlll ,\ l itUH itll BMP H "Imim i'il^"T* ¦ w rf¦!tiM II mA'W^mm^ÊHJMlj I fi $í fWiI^M^sart AV^»H

    tílej^**t*mrtbb// /th mm mmmífE

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    K^n^ jMMmMÊM ¦/*! f15 P* ' * * n«1^v /¥i f—^W^ i I I i I n BB

    ¦¦¦ ¦ >«m.»-i ii i, ,

    QUININO

    Os nossos leitoresinhos devem conhecer, pelo menosde nome. o quinino, um remédio muito amargoso, más quecura as febres e outras moléstias.

    Pois fiquem sabendo que o quinino tira-se de uma ar-vore que dá exactamente nos logares em que ha muitas fe-bres. Parece que a natureza quiz collocar o remédio juntodo mal. As primeiras plantas do quinino foram descobertasaqui na America do Sul e de um modo muito curioso. Osindios do Peru conheciam as arvores e os seus excellentes.effeitos, mas quando os hespanhóes, commandados pelotapitão Pizarro, fizeram a conquista daquellas terras, osindios peruanos, que pertenciam a grande tribu dos incas,vendo que muitos de seus inimigos morriam de febre porjião conhecerem as vantagens do quinino, resolveramguardar segr/edo desse remédio.

    }4 Assim — pensavam elles — os hespanhóes mor-rem todos e não tomam, conta de nossa'íerra.

    Mas aconteceu que, pouco depois, o rei de Hespa-' nha nomeou o governador do Peru o conde de Chinchone a mulher desse fidalgo, que era uma senhora muito bóa-,fez se estimar pelos indios. .1

    Um dia essa senhora adoeceu com febre. Uma in-dia, agradecida ás suas bondades, resolveu sàlval-a e,para isso, veiu ás escondidas deitar um pouco de quininono caldo que a doente devia tomar dahi a pouco. Quandoella estava fazendo isso appareceu o governador, que,pensando que ella queria envenenar a condessa, mandoumatal-a.

    A india poderia salvar-se. explicando que aquillo eraum remédio, mas como todos os indios haviam jurado mm-ca revelar o segredo do quinino aos hespanhóes. preferiuficar calada e submetter-se á sentença.

    Mas o chefe dos incas, vendo que ella não queriatalar para não faltar ao seu compromisso, veiu, pessoal-mente com seus dois irmãos, trazer ao ponde Chinchonum pote cheio de quinino, explicou os bons effpitos da-queÚe remédio, tirado de uma arvore, para curar febres.

    Então o governador mandou consultar, vnriips mbdi- '.

    cos c verificando a verdade, pediu perdão a india.Assim, graças á bondade de duas mulheres, o mun-

    do não ficou privado de um medicamento excellente, queo odto dos homens queria manter desconhecido.

    |,Desentio de Cícero Valladares

    TUA PALAVRA VALE TUDO. SÊ GENEROSO

  • 5 — tiunlio um *m-¥í-* O TICO-TICO

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    A seguir, publica, em 25 numeres 'segui-

    do?. 25 trichromias dos mais famoscu

    quadros de pintores brasileiros, acompa-

    nhadas, cada uma dc urn coupon. Quemnão quizer concorrer ao concurso, con-

    tentar-.se-á em formar um magnfico ai-

    Iv.im de arte. com essas esplendidas tr,'-

    chromias.

    Quem quizer concorrer, guardará o"Álbum" e enviará os coupons, colloca-

    dos no mappa anteriormente distribuídos,recebendo em troca um coupon numera- Bicycleta ingleza. no valor de *100$000,

    'Splendid Concentnj ,

    do, com o qual concorrera ao sorteio de para moça. menina, rapaz ou menino. Acabamento finíssimo,magníficos prêmios, no valor de 27 con- forte construcçãó. todas as partes solidamente chromadas.

    tos de reis. Aqui reproduzimos a pbo'*-.- Adquirida no "Estabelecimento Mestre 6 Blatgc, onde se

    graphia dc alguns desses prêmios. acjia exposta.

    mf*mr\Am**aa*a*^/^^\a*l**am^^

  • Õ TICO-TICO — 28 — 5 — Junho — líXJS

    Nosso./"um ^t—-TW—ü^•_w*mw^+mm^a*raamma i ¦'"'- '

    RESULTADO DO CONCURSO N. 35

    _m^mL'jLL_maWSÍB.______.%_^m*\>\> |n|/iB'iÍ|n1t|i|!;|a1i.B^.

    Solução exacta do concurso

    Solucionistas: — Syldéa dos San-tos Fernandes, Syléa dos Santos Fer-nandes, Joaquim Torres Lopes, Neu-za Carvalheira, Maria dc LourdesMagalliãcs, Erb ;Faller, Hcraclyto A.Cavalleiro, Clecy Porto Cardoso, Ma-rita Passos, Celina Croria Alonso, LéaNovaes, Sebastião d'Angelo Casta-;nheira, Rodolpho Louzada Gusmão,.Gilza Sylvio Chaves Leal, Elza Perej;.ra da Silva, Zulmar Chaves, Carmeli»ta Wanderley Paes Barreto, Maria Li-lio Prado Abreu, Ornar Alves dc Car-valho, Nilza Alves Pessoa Martins,Julieta Eugenia Braga, Mary BentinRamos, Carlos Alberto, Quirino Fer-'reira de Castro Cotti, Cilinha Galvão,'Sônia Souza, José Rezende, João Bos-co Lemos Ferreira, Hedwiges Helina»To,-ge, Luiz Oswaldo Diniz Campos,Leonor Nogueira Soares, José Rober-to Longo, João Baptista dc Castro(Rodrigues Filho, João Benedicto Bi-beiro, Amazonas Parodi. DarcylaíDaisy Pinheiro da Silva, Yolanda B.(Freire, José Francisco P. Amaral,Maria Auxiliadora, Sylvio Ney Guer-ra Bibeiro, Laerte Pereira da Motta,Cinira Pinheiro, Nicia da Cunha Ve-lho, Nilza Teixeira, Dilma Bocha,

    PÍLULAS> jfy>| i

    }3E9i3S_9-.(PÍLULAS DE PAPAINA E PEDO-i

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    as assignaturas começam sempreno dia 1 do mez em que forem to-niadas e serão acceitas annual oasemestralmente. TODA A CORRES-PONDENCIA como toda a remessado dinheiro, (que pôde ser feita porvale postal ou carta com valor de-clarado), deve ser dirigida a S. A.O Malho, Travessa do Ouvidor, 34— Rio. Telephone: 23-4422.

    CARMELITA' WANDERLEY PAESBARRETO

    residente á rua 23 de Maio n.° 45 —Victoria, Estado do Espirito Santo.RODOLPHO LOUZADA GUSMÃO

    residente á rua* Grajahu' n.'Andarahy, nesta Capital.

    15G —

    RESULTADO DO CONCURSO N. 36

    Respostr.3 certas:

    1» _ Cal — Sal.2« — Fã — Sá.3\_ Pão — Cão4* — Thesouro —5* — Para.

    Thesoura.

    320.000:000$000Pelo'ultimo balanço que a "Sul

    America" publicou, referente ao exer-cicio dfl 1934, verifica-se que aCompanhia já pagou a segurados ea seus beneficiários mais de320.000:000?000. Qua;,'. todo essedinheiro deve ter sido convertido emabrigo, yéstuario, alimento, de senho-raj} ou também na educação de me-nores que perderam o protector.Tem-se deste modo uma prova doelevado objectivo do seguro de vidacomo instituição destinada a alüviaros momentos difíiceis na vida deuma familia.

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    Hertz P. do* Santos, Carmen Maria,Paulo Sizenando Teixeira, HelenaRouband, Aloysio Rose e Silva, Gi-selda C. Rocha, José da Costa.' k t

    Foram premiados com um lindo II-yro dc historias para creanças os se-guintes concurrentes:

    SÔNIA SOUZA

    .residente á rua Canierino n.° 12, nes-ta Cajpilal

    Solucionistas: — Drancc Mattosdc Amorim, Amazonas Parodi, Cili-nha Galvão, João Benedicto Bibeiro,Darcyela D&isy Pinheiro da Silva,Gilva Borges, Neuza Vieira, MarcelloPernambuco, Yolanda Barros Freire,Regina Lima Bezerra, Juliana da Ro-cha Coelho, Geraldo Nunes da Silva,Wilkar Pereira, Laerte Pereira daMotta, Dulce Maia Nunes, CarmenMaria, Nicia da Cunha Velho, DavidWiedner Netto, Arina da Silva, Ayr-ton Rocha, Heloisj da Fonseca Ro-drigues Lopes, Sylvio Ney Guerra Ri-beiro, Otto C. Rezende, Ilcrtz P. dosSantos, Celso Ribeiro, Orlando Vete-rei Helena Rouband, Arnaldo Hecht,'Heloisa Maria Stanzione Madruga,Paulo Sizenando Teixeira, Nilza Pau-Ia Pessoa Martins, Dantcn César Ba-ptista, Hercules de Souza Lopes, Os-Waldo Cândido de Souza, Syldéa dosSantos Fernandes, Julieta EugeniaBraga, Sônia Souza, Dircóa LourdesPacheco, Betty Benthu Ramos, Syléados Santos Fernandes, José Rezende,'Samuel da Costa Grillo, Neuza Car-valhelra, Paulo Herlcenhoff, ErmcJin-da Gonçalves da Cunha, Erb FcIIer,'Hcraclyto A. Carvalho, Célia J. Ri*beiro, Moacyr de Novaes Duarte, Ar-mando Dotningues, Clecy Porto Car-doso, Ney Ribeiro Passos, Léo Cama-

    Escove seus dentes, mas não limite_ isso sua hygiene buccal. Faça «maligeira massagem sobre as gengivas,escovando-aj de cima, para baixo e debaixo para cima.

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    DR. OCTAVIO DA VEIGADircclor do Instituto rasleur do Rio de .1»-neiro. Medico da Creche da Casa dos Expôs»tos. Do consultório de Hygiene-' Infantil (D.N. 3. P.). Consultório Rua Rodrigo Silva,14 — 5.» andar 2.", 4." c 6.' dc 4 ís 6 horas.Tel. 22 2604 — Residência: Rua A.fredo Cha-

    »cs, 46 (BoiafoRo) — Tel. 260327

    TORTA-TE COM DIGNIDADE. GO CONDOE-TE DO INFELIZ,

  • —- Junho 1935 — 29 —> O TICO-TICO

    ra Lima, Celina Gloria Alonso, DelzaVasconcellos, Joé Novaes, Viniciod'Angèlo Castanheira, Leonor No-gueira Soares, Marina Di Mônaco,Henrique Jorge Novaes, José Rober-to Longo, Terebé Gonçalves, HelitonMotta Haydt, Leonor Jorge. NerecyRodrigues Machado.

    Foram premiados com um lindo li-vro de historias para creanças os se-guintes eoncurrentes:

    SAMUEL DA COSTA GRILLO

    residente á Estrada 3o Norte n." 10G— Ramos, nesta Capitai,

    TEREBE* GONÇALVESresidente á Alameda Barão de Limei-«ra n.° 767 — S. Paiilc.

    CONCURSO?/ ATRAZADOS

    N.° 22

    Maria de Lourdiy Costa, Maria He-lena da Silva Freire, Samuel da Cos-ta Grillo, Maria da Penha de MattosDuque Estrada, Dilson Alves Vianna,Carmen Maria, Armando Elisio, Gil-do Wilhelm. José Raul Passos.

    N." 30

    Omar Alvos de Carvalho, Nice Lei-te Dayrell, Marii Helena da SilvaFreire, Paulo Eiró Gonçalves.

    N.° 31

    Paulo Sizenando Teixeira, Mariada Penha de Matíos Duque Estrada,Maria Helena da Silva Freire, José

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    Somente os leitores do Districto Federal e Nicthcroy podem concorrer.Para os assistentes do interior ha outro concurso, com o premio diário de300Ç000.

    Alves Villela, Marilia Souza Machado,Heliton Motta Haydt, Giselda C. Ro-cha.

    N.° 3-

    Carmen Maria, Maria Helena daSilva Freire, Valderice Motta, FábioProença Doyle.

    N." 33

    Ceysa de Barros Correia, YolandaBarros Freire, An aro Gonçalo Ame-ricano, Maria Helena da Silva Freire,Homero B. Brasileiro, Iiza d'Almei-da Porto, João Bosco Lemos Ferrei-ra, Heliton Motta Haydt. Luiz Oswal-do Diniz Campos.

    N.° 34João Bosco Lemos Ferreira, Alva-

    ro Gonçalo Americano, Sebastião deCastro, Circe Mefgaço de Oliveira,Maria Helena da Silva Freire, Geysade Barros Correia, Nerecy RodriguesMachado, Nelly Proença Doyle.

    LEIAM

    0 Í1ALH0LIMPEZA DO CORPO. HYGIENE DO ESPIRITOs*

  • O TICO-TICO — 30 —

    CONCURSO N. 45

    Pura os leitores desta Capital e dos Estados

    /_S_Zpj_h _j*¥W_fr

    ^Il~-Í____________li3| SIM UA rrj-rnjjH

    ffli____F—¦lír—[~Jmw^|i||pU__pillL. Bp

    Oulro concurso fácil de palavrascruzadas. As "chaves" são as se-

    guintes:

    Jlorizonlaes:

    ——

    5 —8 —0 —

    10 —12 —18 —1li -.21 —22 2:' —

    30

    3132333435

    Ac rei li Ia.Lado.Futuro.Para o radio.Antônio Agnello.Entrega.Fructas..Mario Ribeir»;Cursos d'agua.Pedaço em circulo...Do baralho.RatinhoVerbo.Não é noite.Segura.Onde se transporiam doert-

    les.Pronome.Quasi Pavuna.Nota.Ernesto Lemcui.Nome.

    27 — Estima.28 — Aniphibio.2'J — Raul Soares.31 — Ernesto Irmão.32 — Instrumento agrícola.33 — Buido.

    As soluções devem ser enviadas áredacçao d'0 TICO-TICO, separadasdas de outros quaesquer concursos eacompanhadas não só do vale quetem o numero 45, como também daassignatura, edade e residência doconcurrente. Para este concurso, queserá encerrado no dia 7 de Julhovindouro, daremos como prêmios deI", 2" c 3" logares, por sorte, entre assoluções certas, tres livros illuslradosde historias infantis.

    VALEPADA 6CONCURSO

    Verlieaes:

    — Lançar as partas_ Bio

    "do Brasil.

    — Tecido._ Raiva.

    — Enxerga. »¦)— Quasi sino.

    11 — Amistoso,12 — Pedro Xolasco.14 — No carro.15 — Quasi anil.1C, — Rompe.17 — Nobre lurco.1» — Quando so fia ..20 — Signal dr- Soccorro.2'» — Que prediz o futuro.

    NÃO FALES SEM MEDITAR.

    CONCURSO N. 4 C

    Para os leitores desta Capital e dosl'.sl(til"s ]>ro.iiinot

    Perguntas*

    1» — Vamos, meninos, ás pressas!Digam, com toda firmeza,Qual c a eòv que ás avessas

    E' uma mulher portugueza?(2, syllabas),

    Carltnhos Veiga

    _» — Qual a peça i<mota musica!?

    (2 syllabas)

    rido e de uma

    Jiiluiho Mendes

    5« _ Qual é o rio da Europa quecom a inicial trocada c peça de ves-tuario?

    (3 syllabas).Anuindo Camtyps

    4" — Qual é o cão que não ladra«e não morde?

    Judith Prates

    5* — Elle está no mar.Ela eslá nos pés.

    Que é?(2 syllabas)

    Celeste Vieira

    Eis organizado o novo concurso,com cinco perguntas fáceis. As so-•lucõe.s devem ser enviadas á redac-ção d'0 TICO-TICO, separadas dasdc outros quaesquer concursos cacompanhadas das declarações denome, edade c residência do cohcur-rente e do vale n.° 46.' Para este con-curso, que será encerrado no dia 20

  • — .IiuiIio — 19S5 -31 O TICO-TICO

    ^W. ^Sm Enlre os inúmeros prêmios 1 M^^JÉS^^raj llp^jr^i^/)1tsXtoi^mmBBBBBay^m c'ue serao distribuídos no I \^//\\\>^

    '*» *&ll\X\y m^jg^pmmmmmmMm*- "Grande Concurso Brasil" ^ ^W=s=^ ^dé^^ M

    VáL^r^ ^^KjS^

    que esfá sendo organizado 8^ jM

    a» fi&S* *^\

    ^B cil'azado pelo Departamento iaW. • ^gÁB 8W

    !/\ '\ ^Ê de Educação desta capital ?Ab>b^bbbbbbbbbP^

    ¦ >^t^s\^ j^rk^^^ e de vários outros Estados, ^dl^^^aE^.

    I ií^^\/i^0Í»\'s Jpih^s^lfísh destacam-se as dez magnifi- ^^^ ^^B

    I ifc^ffiaLTK iFt^^j) cas bicicletas inglesas ^r „^ ^^

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  • AS AVENTURAS DO CHIQUINHO BENJAMIM E OS MICRÓBIOS* ¦¦-'¦¦: :

    '

    } Só lavando as mãos!"\ ' ; >. % d* % % 1

    Chiquinho encontròu-se na ruacom um enfermeiro de uma Casa deSaúde. Conversou com o homem e de-pois despediu-se sem lhe apertar a mão.Benjamim estranhou aquelle gesto.Porque Chiquinho não apertou a mão

    \içtrr*t(*mrao homem;

    . . . Seria por orgulho? — Não meuamigo, disse Chiquinho, no aperto demão póde-se contrahir muitas doençase por ísso devemos lavar as mãos sem-pre que pudermos! E, para começar oexemplo, assim que chegaram em ca-sa foram lavar as mãos. . .

    .. . com grande admiração do Benja-mim. Depois almoçaram e lavaram abocea, escovando os dentes. — Vocêsagora com essa mania de micróbios,tão falados e nunca vistos, vivem comopatos dentro d'agua. — Vou levar-teao laboratório. ...

    |0h bicharada npjenta! [?_____ __^_j ,_.,._,»„¦¦-:,,.., ¦-.,¦¦,—., ¦ n in ii i ¦!»¦¦. „ iifpi,. i i.f—i- —¦ .— -.,¦ ¦— ...... i ..-,...,¦—... ¦ .¦¦¦¦ .. ....—.- —. — ii ¦_, "**¦*«*•-

    ... do Dr. Sá Pato para veres o que são micróbios. Nomesmo dia foram ao laboratório do amigo do Chiquinho,e o Dr. preparou o microscópio e collocou na placa umpouco de saliva do Benjamim. Este espiou no óculo equasi desmaiou.

    — Nunca pensei que tivesse na bocea tanto bichofeio! Nessa noite Benjamim teve um pesadelo", estavasendo atacado pelos micróbios que se tornaram ferozesmacrobios. E assim, tornou-se o mais asseiado dos trescompanheiros. .

    ADORA TEUS PAES ENRIQUECE TEU ESPIRITO