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ANO XXXVIII-N . 1885 - DEZEMBRO DE 1942 -PREÇO CR $2.00'* -___________________¦

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A MAIORMaravilha

desteANO!

O mais lindo

livro de historiai

do Mundo!

Am. ______ Êm\ Jt_ __B J^-J^HW1

Sm. lilSQí M?**^ 8$000 )A^à% \

*

miuaraoi

0 mais completo,

HLR1HHHQÜE

do Brasill

ÂVENDA

CO--TIC

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LIÇÕES DE VOVÔMEUS NETINHOS:

^^^K\MOS assistir á passagem,^iW este mês, da mais bonita e

% mais significativa de todasas datas da cristandade: o Natal.

Nao é preciso explicar a vocêsò que essa palavra significa, pois assuas mamas já o terão feito, e nenhu-ma palavra melhor do que a palavramaterna saberá exprimir a grandeb«4eza dessa data em que todo omundo católico recorda a vinda aomundo, para dar os mais sublimesexemplos de humildade, simplicida-de e cordura, du próprio Filho deDeus, feito homem.

À chegada do Natal, entretanto,com a série de dias alegres e festivosque o seguem -- ano-novo, epifania eoutros — recorda-nos que findoumais um ano, e nos leva a fazer umaespécie de exame de conciencia, paraver se foram bem aproveitados osmeses do ano que se acaba, se fomosbons, se fomos estudiosos, se traba-lha mos com interesse para a nossaformação intelectual e física, se fo-mos, emfim, bons filhos, bons estu-dantes, bons companheiros e, prin-

cipalmente, bons fu-luros soldados doBrasil.

O Vovô tem cer-teza de que nenhumdos seus netinhosdeixou de sê-lo.

Certeza de que agora, findo o ano de1942, todos sentirão orgulho do mo-do satisfatório como empregar o seutempo — essa preciosidade que nuh-ca devemos malbaratar nem deixarperder inutilmente.

Só resta, pois, ao velho Vovô, de-sejar a todos vocês umas boas férias,proveitoso descanço, e a todos acon-selha que empreguem da melhor ma-neira o período que se inicia, dedi-cando-se a diversões sadias, a boasleituras, a excursões que lhes pró-porcionem ensinamentos.

Um bom passatempo para asférias, por exemplo, é a leitura sa-dia, agradável, instrutiva e diverti-da do lindo

' Almanaque d'0 Tico

Tico'' deste ano, que já está á ven-da e que proporcionará a todos ho-ras de encantamento e de deleite.

O Almanaque d'O Tico Tico " éorganisado com o máximo carinho,visando os mesmos elevados finsque visa este semanário, e reunindoem suas cento e tantas páginas o quehá de mais curioso, atraente, ale-gre e interessantepara a infância _ ajuventude. jíkwtm

Eisum conselhoamigo que lhes dá,netinhos queridos, ovelho Vovô

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p4° alto daquela montanha cobertade neve, numa humilde vivenda, viviaa pobre senhora Dona Alice e seusquatro filhos: Luis. Carlos, Pedro e

Meriazinha. Longe, bemlonge da cidade e dos sereshumanos! Viviam em com-pleto abandono. Alimen-

tavam-se de vegetaiscomestíveis que colhiam ao seuredor. Tinham como companheiroum urso e um cão de caça, este,talvês, perdera seu dono, algumaventureiro que tentara galgar ocume de tão perigoso monte!Desde que o senhor Ricardo desa-pareceu que aquela gente viviatão isolada. Eles julgavam o se-nhor Ricardo, o chefe daquelafamília, morto.

Mas os dias foram passandoe o Natal chegou. Luis escreveralinda carta ao distribuidor debrinquedos — Papá Noel.

Pediu uma bicicleta, igualzi-nha à que vira numa revista ve-lha que estava num dos cantos

-MB mr^

R VOLTAda sua choupana e um patim paraaprender o esporte da neve — sjcis— Carlos não sabia escrever masdisse algumas palavras ao ouvido deLuis que ,_s acrescentara em suaformosa carta. O seu pedido erá umtrenó, nada mais. Pedro chegou juntoà mamãe e lhe pediu que escrevessea Papá Noel. O menino notou comque tristeza a sua mãezinha escreviae temendo algo balbuciou: — Mãezi-nha, diga a Papá Noel que sou feliz,muito feliz. Não quero presentes, játenho uira esplendorosa luz de felici-dade. E' í minha mãezinha. D. Aliceabraçou-o ternamente enquanto, dis-farçadamente, enxugava uma furtivalágrima que corria por sua face. Ma-riazinha, mimoso botão de rosa, nãosabia o que pedir. Solicitou a opiniãode sua mamãe. D. Alice reuniu osfilhos e, serenamente, falou:

— Nesta montanha que habitamostão longe da cidade! cheia de misté-rios, a neve ser.ipre caindo e a subida

é tão difícil, que, meus dilé-tos filuos, acho impossivel re-cebermos a visita de PapáNoel. Vocês, provavelmente,

não ganharão brinque-dos. Depois que seu pa-pai morreu vivemos semcomunicação com outraqualquer pessoa e nãotemos ninguém para en-tregar as cartas.

Prontamente, Luisi-nho. o mais velho, sem-pre ativo e pronto aqualquer chamado ouDedido de sua mãesinhaalegou: — Eu levarei.Deixe-me descer a mon-tanha.

— Não, filhinho, éperigot.0. Tenho medode perde-lo...

O TICO-TICO

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DO PAPAI Conto de NATAL • gina araujo

O' mãezinha, eu saberei encontraro caminho e depois sou crescido...

Seu pai era um homem fortee valente, entanto... — Desceremostodos juntos. — Não, filho, ficaremosaqui mesmo. Não quero que aconteçanada a vocês, minhas ricas e únicasjoias.

Mas, esperemos alegres o Natal,dia de Jesus, e deixemos Papá Noellá embaixo. Êle está velhinho, não

pôde galgar a montanha — Mariazi-nha, na sua ingenuidade infantil,bradou vivas: — Êle vem de avião.

Fühinha, si fosse possível...Compreenda, meus filhos, saudemosa noite de Natal, louvando a Deus o

nosso amor e fé em seu poder e bodade.

As crianças em suas modestas caminhas, ajoelhadas, as mãos postas,rezam. A mãezinha delas as acompa-nha. Reina um minuto de silencio.

Chegou a noite com o seu mantonegro salpicado de estrelas, envol-vendo toda aquela zona em profunda

. escuridão. As crianças dormiam e ase|Jfora num canto chorava.

Surgiu o dia de Natal! A neve quecobria a montanha desapareceu. Tudolímpido, resplandescente!

Em frente à modesta vivenda umlargo campo. Parecia a chegada daPrimavera. Nunca aquela paisagemse apresentara com tão singular as-pecto. D. Alice e as crianças estavamadmiradas!

Mas. . . eis que, escutam um ruidode avião. E Mariazinha grita radiante:— E' Papá Noel! E' Papá Noel!

Suavemente o avião aterriza —Todos correm ao seu encontro e oh!surpreza! era o senhor Ricardo, ochefe daquela família, o papai da-quelas crianças.

A emoção foi tão profunda quetodos riam e choravam ao mesmotempo.

O senhor Ricardo nãomorrera, apenas perdera o

caminho da montanha, devido à in-tensidade da neve e ao frio rigoroso.

Agora, neste dia tão lindo de Na-tal, eles estáo todos reunidos, entrebeijos e abraços, saudades e muitassaudades. E, breve, muito breve, es-tarão todos na cidade, longe, bemlonge daquela montanha...

A completa felicidade fora retri-buida^ àquela família com um lindo

presente de Natal — a volfa do papai.

j.

^^'^ám ___ll. __________

\ m\Â^ÊL-^mmmU\ I14_É . s_í__MH í^\i sPSMU V ____i___r^___-A-^— • \ _______? <?__' __r__s_~. ___. 'Ç___'___i _____ -

I .__¦__*, AÍ-Sa^. ^V^

\mm^r ^^"^r***^^^*^»*^^ \Sw\^*r ^r x _. * •

5 Dezembro — 1942

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-Ivciif uras ilc Tinoco. caçador ile feras-por Theo-V-KA/W

J^M'%£mIrnJ / Ám\ /^ \m%Wl JIm /o \

\*^Y?3^EhA>^<=^\Tinoco quando tonta suas historias perde anoção da realidade. Outro dia ele...

...fez ver a mister Brown que era tambem cam-peão em alpinismo c que nunca. .\

¦ ____________ /S^jVy v__ „__^____H_______ c C^J

encontrara qualquer montanha ou pico que não

pudesse escalar. Certa vez, dis$e ele,.... .. escalei um pico inacessível, ma» quando ai-cancei o ponto mais alto deixei escapar...

. o cjancho e a corda, ficando isola'4-' sem-«sibi iz A'-. TICO-TICO

Mas, acrescentou nosso herói, desci agarradoa uma águia que passava por perto . . .

DeiembVo — I9-H2

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~(D ~AWím_

>r \\ jA:i/WJ?fT t—^Ci—-4_/

_^mimr®

AQUELE dia o Manéco fazia oito anos, ecomo fosse o seu maior desejo ter um ternode calças compridas, o seu papai resolveu fa-zer-lhe a vontade.

Fòi então à alfaiataria do Salim, e com-prou um terno de brim, que o turco garan-

tiu ser uma especialidade.Na verdade o terno ficou como uma luva, mas,

após uma lavagem, encolheu tanto que quando ogaroto foi vesti-lo quasi não poude. Seu pai entãoresolveu ir à alfaiataria para reclamar. E assim quelá chegou foi logo dizendo:

Então, "seu" Salim! aquele terno que osenhor vendeu é uma boa droga!

Droga?! Barquê?! — perguntou espantadoo turco.

Porque é, retrucou o pai do Manéco. E fi-que sabendo; ou dá outro em troca, ou devolve o di-nheiro! »

Não bode faz isso, sanhurr! !_rica brijuizo!Que é que tem terno?

Que é que tem? a fazenda é tão ordináriaque com uma só lavagem encolheu tanto que o meufilho não pode vestir a roupa.

O turco arregalou os olhos. Cocou a cabe-ça, alisou os bigodes. E depois concluiu:

Fazenda muito boa, sanhurr! Bra fica tudocerto sanhurr chega em gasa, faz um lavagem bemdemorada na sua beguêna, êle encolhe e está tudoagabado...

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~\^ò (ffi^SCOELHO NETO

R sombra d'uma £aia, no parque, enquanto o príncipe,que era um menino, corria perseguindo as borboletas,abriu o velho preceptor o seu Virgílio e esqueceu-se

de tudo, enlevado na harmonia dos versos admiráveis.Os melros cantavam nos ramos, as libélulas esvoaçavam nosares e éle não ouvia as vozes das aves nem dava pelos in-setos e, se levantava os olhos do livro era para repetir, Comentusiasmo, um hexametro sonoro.

Saiu, porém, o príncipe a interrompê-lo com um comen-tário pueril sobre as pequenas formigas que tanto se afadi-gavam conduzindo uma folhinha seca; e disse:

Deus devia tê-las feito maiores. São tão pequeninasque cem delas não bastam para arrastar aquela folha que eulevanto da terra e atiro longe com um sopro.

0 preceptor, que não perdia ensejo de educar o seu im-perial discípulo, aproveitando as lições e os exemplos danatureza, disse-lhe:

Lamenta V. A. que sejam tão pequeninas as formi-gas... Ah! meu príncipe, tudo é pequeno na vida: a uniãoé que faz a grandeza. Que é a eternidade? Um conjunto deminutos. Os minutos são as formigas do Tempo. São rápidose a rapidez com que passam fá-los parecer pequeninos, mas

. são eles que, reunidos, formam as horas, as horas fazem osdias, os dias compõem as semanas, as semanas completam osmeses, os meses prefazem os anos e os anos, Alteza, são oselos dos séculos.

Que é um grão de areia ? Terra: uma gota dágua?Oceano; uma centelha? Chama; um grão de trigo? Seara;uma formiguinha? Força.

Quem dá atenção à passagem de um minuto? E' umarespiração, um olhar, um sorriso, uma lágrima, um gemido.juntai, porém, muitos minutos e tereis a vida.

Ali vai um rio a correr — as águas passam aceleradas,ninguém as olha. Que fazem elas, na corrida? regam, re-frescam, desalteram,' brilham, cantam e lá vão, mais ligeirasque os minutos.

Quereis saber o valor de um minuto, disso que nãoSentis como não avaliais a força da formiga? Entrai de mer-gulho nágua e tende-vos no fundo — todo o vosso organismo,antes que passe um minuto, estará protestando, a pedir oar aue lhe falta. Ora! o ar de um minuto, que é isso? direis.é a vida, Alteza.

Vedes a formiguinha que vaiprocurando migalhas na terra —

se a encontra e pôde carreá-laleva-a, se é superior à sua pró-pria forca, recorre à companheiraque passa; outras chegam, ajun-

tam-se em chusmàe ei - Ias fazendocom facilidade otrabalho que seriaimpossível a umasó. Se a formigadesanimasse nuncairia provisão ao for-y%\ X-

u ** ^sOift Tirn.Tirn °

migueiro. Assim vós, meu Príncipe, pretendeis um conheci-mento, ides ao livro que o contém e inclinai-vos sobre êle.No primeiro instante tudo vos parece obscuro; desanimais,aborrecei-vos. Se lançardes de vós o livro ficareis sempreem ignorância, mas se persistirdes, apelando para todas asforças do vosso engenho, pouco a pouco ireis removendo asdificuldades e chegareís ao caminho franco da certeza. '

(Termina no fim do número).

Dezembro — 194/

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,p." ¦. ¦¦',' J*y-^y~>-\ '"" ''^

I COLORIDOS PARACOPIAR

^COMFANHANDO cuida-dosamente os modelos,

pôde o leitor, com seus lápisde côr, ou sua caixa de tintas,reproduzir os coloridos delesnos quadros maiores.

Terá, assim, realisado umbom exercício que de muito lheservirá, e ficará possuindo doisbonitos quadrinhos.

^^fl ^^^^A ~r^*fi*jm^.-zc**'i^r~

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Dezembro — 1942 O TICO-TICO

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"Pi A r. APvPV^v SABES .r^CHOQUE, QUE CUSTA ACRED1TAR_S0' R

)\ \ \\\\ T í\ A&ORAvOUTPABAlHAR EM OUVIR FALAR;DE FORAj *./-,// 1 U / NUMA FABRICA DE nn

"TEABAlHO VOCÊ DA»' L fc/l

lli 1 ^WMvSERÁ.' VERDADE,

MESMO?ATE QUALQUER.DIA.RS. RACHO-

ORA.VEJAH '.ESSE VACàABUt-iDO CONSEG^TRABAUJO

Ê EU .QUES(f (Í2 ESTUDEI,

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EU SOU SUPERIOR AO PAHDAWEM ESTUDOS , I NTEJ.IGENCIA. VOarp^kj/xbJÍ^X im EY1PRBWÍNA MESMAS An FABRICAE UhPJA^t /Íj^ERE.!

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HAVERÁ UtllU&AfcPARA MIU NESSA FABRICADE Avjfòs «sou nurro

•SA P(2ER.CADO

IvOLTEDAQUlAUMAS_.k£ semana e

TECA'LUGAIL-

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VOU estudarl comAFINCO PARA HOSTRAíM1NM A J/W/x C l EHCIA

OH'.FERRO - íiÇy^/ UM PIA

ESTOU AQUI ,5a I EU SOU 0 GERENTE-DIRETOR. .RARA O L-.VOU LHE APRE-

ErlFCKo) ÔENFAR AO\í" m\\ *<•*_ m_?n- DIRETOR

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x"maParEc0/ //^õdípEtõrT^QUEM E.'ESS£»Suje rnqTj-'

O TICO-TICO 10 Dezembro 1942

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O Corneteíro do RegimentoT\ noite era de um luar sereno e

¦*^- lindo. A soldadesca, à portadas barracas que pontilhavam o cha-padão, feriam, apertada contra ocoração, a viola amiga e desferiamtrovas dolentes e melancólicas. Evo-cação dos entes queridos — mães,esposas, filhas — que nos lares dis- .tantes e órfãos de risos, àquela horade recolhimen-to e de cisma,suplicavam hu-m i 1 demente aDeus, à suainfinita miseri-cordia, protegesse aos que, por ex-tranhas e remotas terras, andavam

pelejando em defesa da Pátria

querida. E ante os olhos dessesrudes e bravos caboclos a cenacomovedora se desenhava : em mo-desto altar, todo enfeitado de flô-

res, forrado de uma toalha muito

branquinha, Nossa Senhora sorriadocemente para o mulherio que,mãos em rogativa, faziam-n'a men-sageira divina dos seus rogos aoSenhor de todos os mundos... E aviola soluçava e as lágrimasorvalhavam as trovas que bro-tavam dos lábios dos guer- \Vreiros. ..

f*\ toque da alvorada, que^¦^ lembra o toque das ma-tinas na torre das igrejas, der-ramou-se, vibrante e sonoro, cha-padão afora, envolvendo o ambien-te em ondas de harmonia marcial.

O sol, dourado e orgulhoso, alar-deava a sua glória num explen-dor apoteótico de luz. Súbito, o pri-meiro rancho da soldadesca ganhouum ritmo singular de aceleração.Ouvira-se o toque de — Sentido ! Ogeneral, erecto no seu brioso alazão,

binóculo à altura dos olhos, sonda-va o arredor. Andava pelo ar um

'presságio estranho. Eis que êle vê,lá ao longe, como uma vaga imensae tumultuosa, o inimigo avançandoem marcha acelerada. O clarim deuos toques do ordenança e, era pouco,a divisão, em linha de combate, seaprestava para a luta. Os dois exér-

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citos se aproximam. Encontram-sefrente a frente. A fuzilaria pipoca,a artilharia estrondeia, os cavalos seempinam, árdegos e arrogantes, mis-turando os reÜnchos frenéticos àsinfonia sinistra das armas de guer-ra. Nuvens de fumaça desusam àflor do solo. As vozes de comando,

incisivas e enérgicas, animam oicombatentes. Já tombam algunsbravos; já os ares se enchem de

gemidos e de pragas; já a mortedistende as asas fuscas, em chocan-te contraste com as louçanias danatureza, gritadas pelo verde vivo;da vegetação luxuriante...

f~\ Corneteiro do regimento da^¦^ vanguarda da divisão arran-cava do clarim, furiosamente so-prado, notas de formidável clan-

gor marcial- E avança como tocadode uma força misteriosa. Avança, eespalha notas armipotentes que seespalham em ondas frementes comoépicos cantos de antecipada vitória.

Quando, em delirante entusiasmo,concitava os brios dos irmãos doluta, uma bala inimiga despedaça-lhe o braço — braço de herói a ser-viço da Pátria — e o corneteiro, es-vaindo-se em sangue, arquejante,terrivel, sublime, passa o instru-mento para a mão esquerda e, es-tendido no chão, os olhos postos nocéu como na ante-visão de Deus,continua a missão sagrada de trans-mitir ordens do seu denodadocomandante, até o toque de — ces-sar fogo ! — ante a fuga desorde-nada do inimigo derrotado, tomadode pânico indescritível..."KTA tarde desse dia de glória e¦*¦" de tristeza, o cabo corneteiro,promovido a sargento, dava à Pátriao derradeiro alento de vida, como odera, inteira e incondicional, natnas horas trágicas do perigo.

Foi sepultado com honras mill-tares, em terra estranha, esse hu-milde e valoroso defensor do Brasil,pranteado por seus chefes, choradopelos seus camaradas. E ficou nosfastos militares como uma Hçio .como um símbolo: lição de honraprofissional, símbolo de devotam»-to à Pátria.

LEONCIO CORREIADo/em bro — 1942 11 — O TICO-TICO

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A ROSA DE NATALCy T AVIA uma vez um

/—I infeliz que vivia• JL num bosque lon-

ginquo e imenso'com a mulher e os filhos.Tendo cometido inúmerosdelitos, viu-se condenadoa permanecer ali, na-quela solidão, afastadode todo o contacto comseus semelhantes, porque

receiava ser julgado para pagar assuas faltas.

Morava numa pobre cabana e seualimento, e da familia, eram as rai-zes e os frutos silvestres, que falta-vam sempre que chegava o Inverno.Nessa estação, então, a mulher iapenosamente ao povoado mais próxi-mo, afim de pedir esmolas.

Um dia, quando todos quasi mor-riam de fome, a pobre mulher foi ter,acompanhada dos dois filhos meno-res, pedir um pouco de pão à portade um convento. O irmão porteiro,compassivamente, lhes deu trêsgrandes pais de fôrma e os despediucom carinhosas palavras.

Afastava-se a mulher, multo con-tente, quando um dos meninos lhefalou:

Olha, mamãe! Olha o que háali!

Em uma parede havia uma portaentreaberta. Curiosa, a mulher en-trou, acompanhada pelos filhos, elogo se deteve, deslumbrada. Diantedela se estendia um jardim maravi-lhoso, todo florido. Contemplava-o,extasiada, quando viu caminhar para"ela um dos frades leigos do convento,gritando com agitação e angústia:

Vai-te! Vai-te! Mulher nenhumapôde entrar aqui!

Sou a mulher do foragido, res-pondeu a senhora. E disse aquilo pen-sando meter medo ao frade, pois afama de seu marido era grande. Oleigo tratou de convencê-la de quese afastasse dali, mas tudo foi emvão. Então, correu a chamar o irmãoJoão, frade já velho, carregado deanos e de virtudes, a cujos cuidadosse devia estar tão maravilhoso o Jar-dim.

Apoiando-se no seu bastão, poissuas pernas quasi já não tinham fôr-ças para sustentá-lo, o monge seaproximou da mulherzinha e lhe disseafetuosamente: — Gostas do nossoJardim?

Gosto — respondeu ela. — E*muito bonito. Mas conheço outromais bonito ainda. \

De veras?... E onde o viste,filha, se vives sempre no bosque?

Lá mesmo — foi a resposta. —E o senhor, que é um santo, deviasaber que pela noite de Natal o bos-que, ao soar a meia noite, se trans-forma em magnífico jardim, parafestejar o nascimento de Jesus.

Ouvi falar desse milagre —disse frei João — e te peço que, navéspera de Natal, me mandes um dosteus filhos para que me mostre o

^_r(__r 7i\ StlíClmmlM 9 "> -/ l\T__r, \l~M C^*^\*taarZjlw ""*

l\Afj \ ã V7~'~í>7jL__,^_l_8__ A °

caminho, pois gostaria de vê-lo. Ireimontado no meu burrico, pois asminhas pernas não resistiriam aqualquer caminhada. Ficarei hospe-dado na cabana de teu marido e àmeia noite poderei contemplar esseprodígio.

A INSTRUÇÃODA INFÂNCIA

ar t^F *v-_r ai * * P

^_______LDESENHO

LIVPOS, ÁLBUNS E CADERNOSA PREÇOS MÓDICOS QUEINTERESSAM AS CRIANÇASE FACILITAM OS MESTRES.

LEITURA- ESCRITAARITMETICAGEOGRAFIAHISTORIA PÁTRIA

DESENHO ETC.Xcdíito-j de eatã/egt* aINDUSTRIA do LIVRO LTP.

flUA OA CARIOCA 5* - svérrudo-RIO OE JANEIRO

Combinado — disse ela. Porémo senhor prometerá que levará ape-nas um companheiro, e que não nosdenunciará.

Pois prometo, respondeu o ira-de. E espero que poderei recompensarvocês.

/^""N OUCOS dias depois chegou oJ Bispo, para visitar o mosteiro,

I"—' e frei João lhe contou o ocor-rido, acrescentando:

Tenho imensa pena daquelascrianças, e gostaria que seu pai pu-desse retornar ao convívio dos ho-mens de bem, pois assim eles po-deriam ser educados c seriam boaspessoas no futuro. Além disso — i_sis-tlu — se Deus permitir que o mila-gre se realise diante de seus olhos,é que eles não são gente tão má, emerecem, inclusive o bandido, que selhes perdoem os erros e se os pro-teja.

Bem — respondeu o Bispo. —Traze-me uma flor, colhida no bos-que, nessa noite, e eu tratarei deconseguir o que me pedes.

C7V T A véspera de Natal, tal como/ \J ficara combinado, a mulher

^ * do proscrito enviou um dosfilhos ao convento. Frei

João, que já o esperava, montou noseu burrico e seguiu pelo caminhoque o menino indicou. A estrada eralonga e acidentada. O frio era inten-so. Quando chegaram à cabana, opobre monje estava quasi extenuadode fadiga. Ali, nada indicava que seestivesse no grande dia da vésperade Natal. No fogo havia uma pobrepanela, na qual ferviam raízes ne-gras. Os meninos, acocorados pertodo lume, tratavam de se aquecer,pois tinham os corpinhos cobertosde andrajos.

Frei João esteve a ponto de chorar,de tanta pena, e dividiu com as po-bres crianças a comida que traziapara si, reservando-se apenas algunsbocados.

Quizéra dar-lhes tudo quantonecessitam — disse à mulher. Se vo-cês vivessem no povoado, ao menoshoje teriam roupas e algumas poucasgulodices...

0 TICO-TICO — 12 — Dezembro — 1942

Page 13: A - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1942_01885.pdfde neve, numa humilde vivenda, vivia a pobre senhora Dona Alice e seus quatro filhos: Luis. Carlos, Pedro e Meriazinha. Longe,

O senhor bem sabe que não po-demos viver no povoado — disse umavoz rude, atrás dele.

Era o bandido, que estava a chegarnaquele instante, depois de ter corta-do lenha no bosque.

Eu tratarei de obter o teu per-dão —. respondeu o frade.

Se o senhor conseguir isso —disse o homem, sério — prometo nun-ca mais tornar a praticar qualqueração indigna. Serei um bom e hon-rado trabalhador.

Escutem! — exclamou a mulher.Já estão começando a soar os sinos,anunciando a meia noite! Vamos!

Saíram todos. Fora, se ouvia umlongínquo soar de sinos. Dentro depouco estavam em pleno coração dobosque e então se realisou o milagre.Tudo se iluminou como por encantoou magia, a neve desapareceu (vocês

CHORANDO

amargamente, oirmão leigo que o tinhaacompanhado o transportou,de regresso, ao convento. E

antes de lhe dar sepultura, tiroudelicadamente de entre seus dedosrígidos a plantinha do bosque, quecolocou em um vaso de barro, cercadade bôa terra.

CULTIVAR A TERRA ÉUM MEIO DE SERVIR

BEM À PÁTRIA

Nos primeiros dias da primavera,surgiu um pequeno broto, de um ver-de terno. E foi crescendo, crescendo,até se converter em formosa plantaque foi posta n0 jardim do convento.Mas foi em vão que se esperou queela florisse.

Mas no ano seguinte, quando che-

sabem que em certos países o Natalé no inverno, e cái neve a valer,nessa estação, não sabem disso?) aterra começou a reverdecer, os ramosdas árvores se cobriram de brotos ede folhas, gorgeiaram milhares depássaros e se abriram flores de umabeleza nunca vista.

Uma alegria inefável inundou ocoração do velho monje. Em seu êx-tase, parece.u-lhe vêr muitos anjosque vinham das alturas, cantando umhino de glória. Estendeu os braços tseu gozo foi tão intenso que se sentiumorrer e pensou: — Senhor, meuDeus, eu vi o teu resplendor. e mor-ro contente!

Mas, naquele instante se lembrouda promessa feita ao Bispo e, numsupremo esforço conseguiu arrancardo solo uma plantinha, depois doque, caiu, exânime.

Dezembro — 1942

gou a véspera do Natal, e a neve caíaforte, tendo êle descido ao jardim,qual não foi o seu assombro ao vêrsurgir, da brancura do solo uma has-te, a cuja ponta se balançava sua-vemente uma rosa, maravilhosa flor,cujas pétalas pareciam feitas de fl-nissima sêda!!

Os frades todos desceram, para vêro prodígio. O leigo colheu a rosa ma-ravilhosa e levou-a ao Bispo, dizendo-lhe simplesmente:

— Quem a manda é frei João.Colheu-a no bosque, na véspera dooutro Natal.

O Bispo se lembrou da promessafeita, e tratou de cumpri-la. Pediu eobteve- o indulto para o foragido, quepor sua vez, fiel à palavra dada aosanto sacerdote, voltou ao convíviodos homens e se portou sempre comoum bom pai de familia, trabalhadore honesta

— 13 —

E ^^_8 Hr

ftPÍ-Ã-iifNAO PALHA ^í

FAZ DOS FRACOS FORTESINFALÍVEL NOS

DEESGOTAMENTOANEMIA

DEBILIDADE NERVOSAINSONIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMASDE FRAQUEZA ORGANI-CA DE CRIANÇAS E DE

ADULTOS

O dever i procurar gostar do quese tem de fazer.GOETHE

Cria-se seu próprio suplício ten-do inveja da felicidade dos ou-tros.

PETRONIO

^ digavsque eu lhe disse:-Uso e nao mudoJUVENTUDE

ALEXANDREPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

O TICO-TICO

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Páginas Históricas de Decoração — Por SETH — N°. 3

ASSÍRIA E BABILÔNIA7VT UITOS séculos antes

¦*¦ de Cristo, uma notávelcivilisação originária de doisgrandes povos — os babilô-nios ou caldeus e os assírios— floresceu às margens dosrios Tigre e Eufrates, naÁsia Menor.

Antes da formação dosimpérios da Babilônia e daAssíria, aí viveram os sumé-rios, povo de origem ignora-da mas que já possuía ele-vados elementos de civilisa-ção e já usava a escrita cha-mada cuneiforme.

Povos semitas invadiram,depois, a região, mas, fun-dindo-se com os sumérios,deles adotaram a civi-lisação.

|^S grandes impe-^¦^ rios da Babilôniae da Assíria nasceramd o engrandecimentodesses povos.

A Babilônia ou Cal-déia ficava ao sul.Sua capital era BABI-LÔNIA, uma cidadeimensa, rica e cheiade construções, feitasde barro cosido ou ti-jolos. A Assíria ficavaao norte. Os assíriosforam, antes, vassalosda Babilônia mas, tor-nando-se poderosos,fundaram também umgrande império cujaprincipal capital eraNINIVE.

cias, ao passo que os assírioseram mais belicosos e guer-reiros.

história destes povoscompreende três perio-

Ados:

O primeiro império edominio babilônio, fundadopor Sargão 1.*.

O dominio assírio, emque se destacam os monar-cas Teglafalasar 1.°, Sargão2.", Senaqueribe e Assurba-nipal. O poder da Assíriaabsorve Babilônia e se es-tende desde quasi o MarCáspio e Golfo Pérsico aoEgito.

aT\ novo império babilônio,^-'que dominou a Assíria,se estendeu até as margensdo Mediterrâneo, sobre aPalestina, Fenicia * e Síria.O principal monarca desteperíodo foi Nabucodonosor,que se gabava mais dos me-lhoramentos que introduziuem Babilônia do que de suasvitórias guerreiras. No seureinado, os judeus foram tra-zidos cativos para Babilônia.

Depois da morte de Nabu-codonosor, o império entrouem decadência. Em 538 A.C. Babilônia foi invadida etomada por Ciro, rei dospersas.

/"\S babilônios eram^^ de índole maispacifica, mais propen-sos às artes e às ciên-

Motivos de decoraçãoDe cima para baixo, à esquerda: A cabeça de GUDEA, rci-saccrdote

da primitiva Babilônia. Reinou 3 ou A mil anos antes de Cristo.

A seguir, GILGAMÉS, espécie de Hercules babilônio, herói lendário

que exercia grande influência no espírito dos caldeus.

Em baixo, sinais da escrita cuneiforme, que já vinha dos primitivos

habitantes da Caldéia e era gravada em barro mole e depois cosido.

Ao centro: O mundo concebido pelos babilônios: a abobada celeste

firmada em muralhas que circundavam a terra, sendo esta rodeada pelos

oceanos.

Em baixo: As duas fachas negras representam os rios Tigre e Eufra-

tes, onde, entre eles, se desenvolveu a civilisação babilônio-assíria. Vê-

se, aí, um templo de construção característica.

Na parte ^inferior do segundo rio está o código de leis que o grande

monarca HAMURABl fez gravar num bloco de diorite. No plano infe-

rior, um rei matando um leão.A direita, de cima para baixo: Sobre o capitei de uma coluna, um rei

assírio de raça semita e na base da coluna um touro alado, decoração mui-

to comum entre os caldeus, assírios e mesmo persas.

IVéTjas~=ir

página 15)

O TICO-TICO 14 Dezembro — 1942

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BABILÔNIA- ASSÍRIA

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Deiembro — 194? O TICO-TICO

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ESTE RADOGRAnA E OE WILL HASTON ,OE MElftOURNE 8UE IWREl COM AFILHA DAS GÍSRAS DE DurBA-t»N

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TALVE2 ATRtPULACAO NAO [O CAPITÃO FOBUETE PCBQÜMTOU-ME Si I lüt niNMÁHULHrB OI» wx>*-,-ii J^T *tACEITE.HAMUITOTEMPO EÜ TlN H A SAUQAP E OA ju . >¦ , )¦¦ "hl¦ „__^ER.QUE HOft^LU HA [-_*¦ OUE ESTÁQ A BORPO E. FAMILlA^EÜ* jfS. -*3*5ÜT E L , &**¦ -*;S0*J- '

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TICO-TICO

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16 Dezembro — 1942

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I OOR<jade cachorros í o Xapenkrenk." eanv"A VISTA..O COMANDANTE* C AQUELE FEDELHO

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BRflK0.2aMPO.V0CE TEVECORAGEM.APERTE Es-TES OSSOS.AOU\ESTALWRCJ—"¦ J$|fc

COHANMHTE . O DUHBA DlN tVrA NOSATACANDO A TIROS DE CANHÃO . SeACERTAR, ESTAMOS PERDIDOS ? NAOTEMOS ÇÒHHOÍS | La SE| MAÍ TEMOS

estes Foaurrcs sao uriACHADO .levabÍüO BOnBASFORA O NAVIO DE DUHBADIN-UM NWOTIPO DEBOMBARDEIROY—*

AS BonBAJ.mpvLSioKAOASPOR FOGUETES 1ATI OMAATRAÍ HA OUTRA EXIVOOUi.HO NAVIO CORSAHiO D&DUtlBA DlN •

\ . :i i , r^MiM VAI A^VOU FAaER>j>,: iT^yV l*»DEV6l,Vr\ [TAMBEM rJ UMA VISITA !

\-r-f \Vuwaxoamte? ]L—rjrr-1 fadumbadiNH\ '/ i •¦ auE lolkü»: mss i——^,——']l/V^V ; 1 \gf . • I' quer suici ous -j Jsáq

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CAPITÃO FOGUETE.,QUCRO UM PíDACO.'

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MARCOFIO NAO OUlí.FICAR ATRÁS -

Qeiembro 1942

y^\ _W\ G°A^'

17 O TICO-TICO

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VIDA DE SÃO

São João Bosco, o Apóstolo da Juventude,nasceu em Bechl, no Piemonte (Itália) a16 de agosto de 1815. Esta casa foi o seuberço natal.

Ficou órfão aos 2 anos e começou a vi-da trabalhando no campo, apezar do queestudava sempre, pois era inteligente esentia atração pelos livros.

Aos 9 anos teve um sonho curioso emque lhe apareciam animais que êle trans-formava em cordeiros, e multas 'criançasrebeldes que êle tornava dóceis.

Quando o pequeno João pastoreava o joã0 gostava de reunir os amigos paragado, aproveitava o tempo estudando e nies explicar o catecismo. Tinha notávellendo orações. Seu enteado não consentiu que êle fosse estudar na cidade, empregando-o na granja de um amigo

memória e falava das coisas santas comenlevo e sentimento.

Como compensação aos garotos que oouviam, êle fazia provas acrobàticas. Mes-mo os adultos, se queriam assistir, deviamouvir antes suas lições.

Vencendo enormes sacrifícios, conse-guiu entrar para um seminário. Foi orde-nado a 6 de junho de 1841. A 3 de novem-bro estabeleceu-se em Turim.O TICO-TICO

A 8 de Dezembro de 1841 tomou aos seus D. Bosco recebia em sua casa as crian-cuidados o primeiro menino para educar. ças pobres e sua mae, que veio viver comEra um joven que desejava estudar reli- êle, auxiliava-o na realização daquelegião e o procurou para isso. apostolado sublime.e abnegado.

18 Dezembro — 1942

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JOÃO BOSCO

Não faltaram inimigos a esse santo. Foiaté vitima de atentados e seu cao "Grls'

o salvou de malfeitores mais de umavez.

Para conquistar os corações dos meni-nos, êle usava processos amenos. Mistura-va os ensinamentos com festas, jogos, di-vertimentos e passeios.

Aconselhado pelo Papa Pio IX (nono)fundou uma Congregação religiosa, co-nhecida hoje com o nome de SociedadeSalesiana. para fins educacionais.

Fundou tambem uma Congregação deirmãs, as "Filhas de Maria Auxiliadora"obra pia em que foi ajudado pela beataMaria Mazzarello

D Bosco levou a palavra divina aos in-" Depois de uma vida de trabalhos e sa-rti_ da Patagônia e da Terra de Fogo, es- crificios D. Bosco faleceu a 31 de Janeiro?Índendo as. m a

'sua obra, na qual em- de 1888. com 72 anos e seus funerais fo

pregou toda a sua mocidade ram uma apoteó. ?ira.

Hoje sob a Invocação de seu nome exis-tem no mundo 1631 colégios salesianosonde se educam nove milhões de crlan-ças

Dezembro — 1942

üm belo monumento foi erguido a D.Bosco. elevado por suas virtudes ã catego-ria de santo, diante da sede principal daSociedade Salesiana.

19

Toda a existência do antigo pàstorzinhofoi um exemplo vivo. Dedicou-a aos pe-quenlnos. Os meninos devem venerar essenome : São João Bosco.

O TICO-TICO

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A HISTÓRIA DE JESUSAdaptação deMons. MAGALDI

JESUS falava nas Sinagogas, isto é,

nos lugares destinados aos Hebreuspara a oração. Dizia a todos ter che-

gado o tempo em que Deus cumpria asua promessa e que todos deviam ouvirsua palavra e segui-la. A fama do Mestrecorria de cidade em cidade, de aldeia emaldeia. De toda a parte corriam pressu-rosos para vê-LO, tal era a admiraçãoque Êle despertava.

A palavra de Jesus não foi porém,bem aceita em Nazareth, onde Êle passaraa sua infância. Pareceu aos seus conter-râneos, que Êle era por demais severo, e.orgulhosos como eram, não quizeram re-conhecer seus erros.

Levados por sentimentos inqualifica-veis, não somente não O quizeram ouvir,mas chegaram a expulsá-LO da Sinagoga,perseguindo-0 até ao alto do monte sobreo qual fôra edificada a cidade de Naza-rerh, com intuito de O precipitar em umabismo. Conseguiu Êle salvar-se no mo-mento mesmo em que quase chegavam aagarra-LO.

Esse triste acontecimento fez com que Jesusdissesse: "Ninguém é profeta na sua terra".

Essas palavras dc Mestre querem dizer queninguém é atendido, onde deveria ser melhor aca-tado e querido.

Jesus deixou Nazareth e se toi, em demandade Cananéia. onde fizera seu primeiro milagre.

Nessa cidade encontrou um oficial, cujo filhoestava doente em Capharnaum, não muito longe dcCananéia.

Esse pobre pai coubera que Jesus passaria porlá e foi ao seu encontro, pedindo-LHE chegar à suacasa pois seu filho estava em perigo de vida.

Jesus repreendeu o oficial pela sua pouca fé,dizendo:O TICO-TICO 20

CONTADA ASCRIANÇAS

(CONTINUAÇÃO)

/vivnY m

"Se não virdes milagres, nâo acreditais?"Mas o homem insistia:

"Vinde, Senhor, antes que meu filho mor-ra". Teve Jesus muita pena daquele pobre pai e.tendo em conta a sinceridade da sua suplica, lhedisse:

"Vai, que teu filho está curado".O oficial acreditou na palavra de Jesus e se

foi para casa, certo de ter alcançado o que desejava.Antes mesmo de chegar, encontrou alguns dos

seus criados que iam à sua procura, para lhe dizerque o menino sarara.

Perguntou então o que havia acontecido, e elesdisseram que no dia anterior, à uma hora da tarde.passara ao doente por completo a febre, e que estavaperfeitamente bem.

(Continua).Dezembro — 1942

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/** Lulz§a¦\ \/1 SEÜ 60LÃO/PARA QUE;\t SERVE RARA A^• X. ^^ SERVE TODO AQüEL-E 1 S- DEFESA DO ;

^V.^ _-*-^ FERRO VELHO QUE ES-J VBRASIL/ J.

"""í i^.^^\l7V^^ [fir *\ AtSt^ At ^m\j ^mmX^^mW^mW S ...f-^^VI^^k ^-a^^^J^a^gr"^^^^--1^»^^.

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Dezembro — 1942 O TICO-TICO

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Veja as edições de Setembro, Outubro e Novembro2 Dezembro -Dezembro — 1942

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CURIOSIDADES DO

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A guerra atual que se tem espalhado

por toda a f«« d» terra exterminará,

segando afirma um cientista inglês,

várias espécies animais, incluindo o

imponente leão.

O TICO-TICO

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Aqui vemos o antepassadodo B1S0NTE do MOxico —

que foi caça apreprimeiros holnque o atacavam a arcos «flechas como ate

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Aqui vemos uma imensa espécie de LACRAIA de mais

de vinte metros que foi um dos primeiros miriapodos

de outras eras.

Dezembro — 1942

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MUÊLDO ANIMAL.//»' »//".''W-V^-W

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/>or £0£ STEWAPD

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Esta creatura horrível — 0 ERYOPS — foio animal mais aperfeiçoado do período car-bonifero — sendo responsável por grandeparte do carvão que hoje forma uma dasriquezas do solo terrestre, que já viveu em

seu corpo lerdo e repugnante.

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"'""'"ftP" l<_Um dos primeiros peixesque apareceu nas águasterrestres foi o DINICH-THYS que era maior queas baleias atuais e de uma

ferocidade terrível.

Emenrindo dos pântanos surgem os primeiros anfíbiostentando conquistar a vida terrestre, procurando fugir

•ns dentes dos terriveis peixes da época.

¦_ Aqui vemcs o GI.YPTODON, o antepassado remotodos tatus americanos com sua carapuça, anda in-

teiriça e de belo colorido róseo.

Dezembro — 1942

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O TICO-TICO

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vóvózinha já tinha esgotado todos os meios para fazer dormir opequenino Marcelo. Êle negava-se a fechar os olhinhos pretos

enquanto não lhe contassem uma história bem bonita. £ avóvózinha recomeçava a história do "Gato de Botas" e oMarcelo interrompia:

"Essa, não. Vovó já contou. Eu quero uma nova. Si vovó não sabeoutra, inventa." A boa D. Ritinha sorriu, meio fatigada, acariciou acabeleira farta do netinho rebelde e começou:

"Depois do nascimento do Menino Jesus, numa pequena cidade daJudéa, o rei Herodes, que era muito máu, encheu-se de cólera porquetodos diziam que aquele menino era o Messias que Deus mandara parasalvar a humanidade. Herodes, então, ordenou que a sua gente dego-lasse todos os meninos abaixo de dois anos e que se encontravam emBelém e seus arredores.

Só havia então um meio para salvar o Menino Jesus: — Fugir.S. José, cheio de resignação, ajudou Nossa Senhora a montar sobre

um burrinho. A Virgem Mártir agasalhou nas dobras de seu manto oFilhinho querido e partiram para o Egito. O caminho era ingrato,coberto de areias fofas e o vento escaldante que soprava dificultavamais ainda a marcha do burrinho. O Menino Jesus chorava; tinha, fome,tinha sede e não se via na planície extensa um só oásis"...

O que é oásis? — perguntou Marcelo.São pequenos grupos de árvores onde há sombra e água no meio

dos desertos, — explicou a vovó e continuou:

O TICO-TICO 26 Dezembro — 1942

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afl

"São José então colocou dentro de uma casca de coco três ca-roços de tâmaras e fez para o Menino Jesus um maracá."

O que é maracá ?E' uma espécie de chocalho.

"Com aquele brinquedo pobre o Menino Jesus deixou de chorar.Sorria mais contente, chocalhando aqueles caroços de tâmaras, mas, derepente, tomando-os dentro da mâosinha pequenina, lançou-os, como umsemeador, sobre a planície calcinada. Depois fitou risonho o rosto pálidoda Virgem triste. S. José procurou, em vão, as três sementes e o burrinho,trópego e indiferente, continuou a caminho do Egito.

Lá para trás ficaram, afogados na areia, os três caroços de tâmaras...Passaram-se trinta e três anos. Apesar da terra má onde caíram, os

três caroços germinaram. Nasceram então três lindas tamareiras. Umaé toda branca, a segunda toda verde e a outra toda azul. São elas hojeo único oásis que resiste à brutalidade da terra e ao vendaval inclemente.Aí há sombra, há água, há paz. Deram à branca o nome de "Fé", à verdechamam "Esperança" e à azul deram o nome de "Caridade". Quando ocaminheiro triste e fatigado desfalece e tomba extenuado à sombra dessastrês tamareiras, e bebe a água boa cuja fonte elas escondem, sente quea vida volta, mais feliz ! Ergue então o busto queimado e beija agrade-cido as palmas hospitaleiras".

E a vovó terminou: ,«Si um dia, Marcelo, as forças te faltarem, procura as tamareiras

que o Menino Jesus plantou."

I . CARLOS

Dexembro — 1942 O TICO-TICO

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NviN i s-a>aa// ^mmmJÊMWmWMym m ^_F_-_fewM_B_^_T_Ro

Conversandocom as

nossas leitorasÇ* um engano dizer-se que a criança

não deve cuidar da sua beleza.Beleza, não é, absolutamente, sinônimode vaidade.

Póde-se ser bonita sendo natural:pode-se ser cuidadosa sem ter vaidade..frivotas. Por isso è que voei. minha lei-tora pequenina, deve guardar alguns mo-mentos. por dia, exclusivamente paracuidar-se. Por exemplo: o seu cabelomerece cuidados especiais. Na escola, hácrianças de fodas as espécies, Você mes-ma deve ter coleguinhas pouco asseadas.não? Que perigo, minha amiguinha, correa limpeza dos seus cabelos...

ÇJl caspm e outros males do couro cabe-"^ Indo podem aborreci-la futura-mente. Nunca se deite sem soltar osseus cabelos e penteá-los cuidadosa-mente. Os cabelos enfraquecem dor-mindo presos aos grampinhos diários:não será necessário escová-los como faza mamai, mas soltá-los será um benefi-cio enorme ao crescimento e fortaleci-mento dos mesmos. O pente o seu pen-te. exclusivamente seu — será outroparticular influente em sua beleza.Nunca use um pente que não seja o seu.Quem não pede emprestado jamais seráimportunado com pedidos audaciosos.Duas vezes, por semana lave a sua ca-beca, em água morna: ela tirará toda agordura que se acumule no couro cabe-ludo. O sabão — esse sabão comumusado pelas laradeiras — é ótimo para alavagem.

Estes são os meus conselhos à suai, conselhos á beleza que se irradia

asseio, da naturalidade ideal desseime de água e sabão — o mel

¦ime do mundo, porque traduz hi-higiene que é saúde — saúde que

beleza que se conhece.

DIVA PAULO

coisas mais...A HISTORIA DO DEDAL

O dedal é um invento holandês e era a principio de vidro oumadreperola. Na China fazem-se de madreperola, lindamente

gravados. Trazidos à Inglaterra em 1695, os dedais eram fabri-cados somente de ferro e de cobre; mas, em tempo bastante re-cente, começaram a ser feitos.de ouro, prata, aço, chifre, marfime até vidro e madreperola, engastados em ouro e com fundo dcouro.

a**. [*M^y$

> ytA i &atí-O <dck wm

TT ODA a correspondência para esta pá-sei dirigida a Diva Paulo,

Redação d'0 Tico-Tico — Travessa doOuvidor. 26 — 1.° — Ri

Fará sobremesa do papaiBANANAS FRITAS

Despem-se as bananas da casca ecortam-se em sentido longitudinal.Passam-se em manteiga os pedaços,envolvidos em farinha, em seguidaem ovo batido e depois em farinhanovamente. Então põem-sc a dourar,polvilhando-se logo com açúcar mis-turado com canela em pó, na propor-

ie uma chicara de açúcar parauma colherinha das de café de (...nela.

Êinclo BordadoEis aqui, amiguinhas, um lindo

modelo dc bordado para vocês. Dis-

tribuindo as cores com habilidade,vocês poderão obter um quadro deefeito magnífico.

O TICO-TICO 28 Dezembro — 1942

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^a___i»_yMENSAGENS 1 JUVENTUDE

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Porque me orgulhode ser brasileiro?

"ANDO me cái dentro da alma o mágico dissílabo dai nossa terra — Brasil —, aflóra-se-me aos olhos uma

imagem revivescente, uma luz irfiatetial vinda de longe, o resplendorde uma figura humana retocada táo viva, por milagre: — a minhaprimeira Mestra. Vejo-me nos meus cinco anos, naquela grande,clara sala de escola da fazenda de meu pai, — a carta de A, B, C,minha roupa de marujo, meu ponteiro de prata, e a Prima Vicencia,a cabeça branca como um capucho de algodão, o seu casaco de'"rendas da terra", e a voz doce como a sua alma, a pídir-me: —aponte o A, aponte o R, aponte o M... Depois, repassando aslições: — "vamos as silabas, b, r, a = bra (continue) 8, i, 1 =-ril= Brasil.'"Mas nào gosto dessa pronuncia fraquinha, tímida...Sente-se direito. Empertigue-se. O peito para frente. E diga, forte:— BRASIL !... E com entusiasmo, os olhos nos meus olhos: —E' o nome da sua Pátria! Seus olhos azues se incendiavam de umachama estranha, e aos meus olhos admirados de criança, toda elatomava linhas sobrehumanas de sagradas estampas de Heroinas

Santas., Sempre que íamos ao quadro negro, e garranchavamos, de

mào trêmula, a giz. B, R, A, S, I, L, dizíamos marciais, e orgulhosos,batendo as sílabas, fortemente: — "Bra-sil — Brasil!..." Edenft- do coração, como numa reza, cheios de fé: — E' o nomede nossa Pátria.

ADELMAR TAVARES(Da Audani« Br___W!ra dr Letraa)

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Dezembro — 1942 29 O TICO-TICO

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QUADROS DA NOSSA HISTORIAASPECTOS DACIVILISAÇÂOBRASILEIRA

®

=-«sí^. ^-^^ ^^l^^__. *5»***-5_?-__r^_^(^*^^ Esb-T ^ylr^fmw^mV *Q^B^m^^rH ¦ S I' ___U_P

* ~iU_HI Kl

IÉj^§I| B^p''Ç4_j ¥t!Xèmm\m^am\ ¦__ Construções e meios de transporte urbano no século

Construções e meio de transporte no 2.° reinado

TRANSPORTE

a

civilização e a piosperidade de um povodevem muito às suas possibilidades detransporte.Os mais antigos meios de transporte do

Brasil são a canoa, que facilitava as comunicações

fluviais; o carro de bois e o burro, que faziam o

transporte por via terrestre, entre o interior e o

litoral.Nas cidades, nos séculos XVIII e começos do

XIX, a maneira de transportar gente dum ponto a

outro era a "serpentina" e a "cadeirinha" levadas

O TICO-TICO

ao ombro dos escravos e a "sege", tirada por ca-

valos. Mais tarde vieram as carruagens de vários

tipos, o bonde de burros, o trem de ferro a nave-

gação a vapor e o bonde elétrico, do começo do sé-

culo XX, que precede o veloz automóvel e o rapi-

dissimo avião.

Irineu Evangelista deSouza, Visconde deMauá, que construiua primeira estrada de

ferro no Brasil(1854)

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30

O bonde elétrico, veículo do século XX

Dezembro — l°42

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O Mês Comemorativo4

..

22 DE DEZEMBROM -iste dia, em' ^ 1864, nasceu,em Sergipe Faus-to de Aguiar Car-doso. Foi um doshomens mais re-presentativos doseu Estado natal.Jornalista, poK-tico, cientista,poeta, orador,deixou muitos

trabalhos importantes e livros que re-velam sua cultura. Foi delegado âepolícia no Rio, e deputado federalpor Sergipe. Faleceu em 1906.

30 DE DEZEMBROJoão Carlos de Vilagran Cabrita,

um dos nomes mais altos do exércitobrasileiro, nasceu em 30 de Dezembrode 1820.

28 DE DEZEMBRO DE 1889Nessa data, falecia na cidade do

Porto, em Portugal, D. Tereza Cris-tina Maria de Bourbon, terceira im-peratriz do Brasil. Vinha de ser exi-lada, em companhia de D. Pedro II,após a proclamação da República noBrasil.

2 DE DEZEMBRO

Esta data re-corda o nasci-mento de Fran-cisco de PAULABRITO. Filho depais humildes,veio a ser escri-ton e foi grandeamigo de Macha-do de Assis. Foium dos pioneirosda arte tipográ-fica no Brasil.

BRASILEIROS CUJOS NO-MES DEVEM SER LEMBRA-

DOS EM DEZEMBROFausto Barreto — 19-12-1852

João Pinheiro — 16-12-1860

Rodrigo Silva — 7-12-1833

José Mauricio — 10-12-1808

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MIGUEL PEREIRA E JOSÉHIGINO

Estes dois notáveis patrícios, oprimeiro, médico eminente e o se-gundo grande jurisconsulto, falece-ram no mês de Dezembro, aquele, nodia 23, no ano de 1918 e este, a 10de Dezembro de 1901.

JOAQUIM MURTINHOEis um vulto singular da história

brasileira: Joaquim Duarte Murti-nho, nascido em Cuiabá, Mato Gros-so, a 7 de Dezemoro de 1848.

Era médico homeopata. Foi sena-dor, Ministro da Viação e da Fazen-da, celebrizando-se pelas reformasque realizou.

Deixou vários livros escritos.

INÊS SABINOInês Sabino foi

uma das poucasmulheres âe le-tnas de seu tem-po, no Brasil.

Nasceu na Baíaem 31 de Dezem-bro de 1853.

Desde cedomostrou pendo-res literários efoi assídua cola-boradora dos jornais e revistas maisnotáveis daquela época. Publicoumais de dez livros, que sempre fo-ram necebidos entre elogios e aplau-sos. Seu nome figura entre os dasprecursoras do jornalismo femininono Brasil. Faleceu em 1911.

PLÁCIDO DE CASTRO

Este notável brasileiro, que foi oheróico chefe do movimento da in-dependência do Acre, de que resul-tou vir esse território a pertencer aoBrasil, nasceu a 9 de Dezembro de1837, em São Gabriel, no Rio Gran-de do Sul.

Sua vida e seu grande feito de-vem ser conhecidos e estudados.

TOSSE?

r^_9 __¦ /£:3^ r^j. ÉS* r_Ílr-

C0DEINOLNUNCA FALHAI

PREFERIDO PELAS CRIANÇASPOR SER DE GOSTO AGRADÁVEL

PREFERIDO PELOS MÉDICOSPOR SER DE EFEITO SEGURO.

PREFERIDO POR TODOS, POR SERO REMÉDIO QUE

ALIVIA. ACALMA E CURA.

Infalível contra resinado*, asma

• bronquitM.

A razão porque muita gentenão sabe conversar é porquenão sabe eecutar. — Padre Se-na Freitas.

Almanaque

d'0 TICO-TICOEIS ALGUMAS DAS ATRAÇÕES

DO SEU ESPLENDIDOSUMARIO:

Calendário permanente • Como sedesenha a bandeira • A históriados meses • Da curiosa fauna doBrasil • O rei negro (conto) • A 8.*viagem de Sindbad, o marujo • Mis-térios do mar • A vida de La TourD'Auvergne • O rei da montanha •

O urso com música na barriga • Afonte da vida • Doutor dos pés àcabeça (comédia) • Os animais nalenda e na história * Um passeiopela pre-história • Anedotas • Cha-radas • Problemas • Piadas • Can-ções • Passatempos • etc., etc.

Dezembro — 1942 — 31 O TICO-TICO

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_ -__.».__. Recebem-se as soluções até o dia 15 do mês se-

g—^ fi O _i -• O _» c*» guinte. Cada concurso corresponde a 5 prêmios. Osi-ffj i /'rVMrilMC r\ S yJT*- leitores podem concorrer a todos e mandar juntas

i&Xn^yLy ^m^"^* ^ VJ ^ ^/ i£^V todas as soluções, mas só pôde o mesmo leitor ser

¦¦MB—a—t_a__fc_. ——jMMfcMWÜL^J premiado em um concurso de cada vez.

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CONCURSO N.« 61Qual é o conceito que aqui está escrito em linguagem

figurada T Traduza e mande com a sua assinatura e en-ierêço.

CON CURSOPerguntas

N. 62

Qual é a coisa que, crua,não existe nem pôde haver,

mas, que se encontra cozidae nâo se pôde comer ?

I ISobe sempre, como nuvem

e é branca a sua côr.E sempre que sobe é certo

dar um susto "Sio cuidado*III

Na rua me apanham,Na rua me deixam.

Em toda parte eu entrode toda parte me enxotam.

CONCURSO N.» 59

Este amontoado de rabiscos contém,oculta, uma frase cheia de verdade,que está na boca de todas as criançasdo Brasil.

Vamos vêr se vocês descobrem quefrase é.

Para mostrar como somos cama-radas, vamos ajudar mais um pou-quinho: a frase tem 7 palavras...

CONCURSO N.° 60

Com os seus lápis de côr, vocêpôde conseguir um efeito maravilhoso,'colorindo este desenho. Faça isso emande para nós vermos. Os cinco prê-mios deste concurso serão dados aos5 coloridos mais bem feitos.

UM CONCURSO PARADETETIVES !

Na próxima edição publicaremos um con-curso muito interessante para ser solucionadopelos leitores amigos dos problemas deteti-vescos.

Só quem tiver qualidades de detetive serácapaz de solucionar esse concurso. Vai ser umdesafio, vocês vão vêr 1 Esperem a próximaedição e vamos ter muito que queimar p«tanas,meninos ! 1 !

O TICO-TICO 32 — Dezembro — 19U

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oncur«õ tjr-^A publicação dôs nomes dos premiados é feita

duas edições após. Os prêmios são livros e são re-metidos pelo Correio, sendo preciso virem os nomese endereço completos.

CONCORRENTES PREMIADOS NOS CONCURSOS DEOUTUBRO

NO CONCURSO N.° 51 :Marli Pereira Dias Gomes — Estrada do Morro doAr, 43 — Curato de Santa Cruz — D. F.Lúcia Pereira Braga — Rua D. Romana, 148 - ap 201Engenho Novo — Rio.Diná Gusmão Pereira da Silva — Rua Itabaiana 120casa 1 — Grajaú — Rio.Diana Galvão ¦— Chácara Itapecerica — Cidade deValença — Bahia.

NO CONCURSO N.° 52:José Willy Thomé — Rua Tiradentes, 290 — EstrelaRio G. do Sul.Ítalo Saísse — Rua Vereador Joaquim Castro, 9 —

Rio Bonito — Estado do Rio de Janeiro.Maria Virginia Lartigau da Silva — Rua Campos Car-valho. 579 — ap. 202 — Leblon — Rio.Reinaldo Augusto Panzeres da Silva ¦— Praia da Gua-nabara, 887 — Freguezia — Ilha do Governador — D. F.

NO CONCURSO N.° 53 :Francisco Eliezer Dantas Pinheiro — Rua Cel. Lisboa,

74 — Vila Mariana — S. Paulo (Capital).Luiz Carlos Agostini — Estrada Duque de Caxias, 5

Petropolis — E. do Rio de Janeiro.João Mauricio — Praça Carlos Gomes,, 60 — ap. 32S. Paulo (Capital).Nelson Pinto de Morais — Praça Presidente Bernar-

des — Dores do Indayá — Minas Gerais.NO CONCURSO N.° 54 :

Marizia Margarida Assad — Rua Fernandes Vieira,19 — Ladário — Mato Grosso.Donaldo Erix Pereira — Caixa Postal, 53 — OlimpiaEstado de S. Paulo.Adeie Hahlbohm — Av. Pasteur, 403 — Botafogo —

Rio.Ari da Silveira Madruga — R. Senador Nabuco, 196 —

Vila Isabel — Rio.

0 PREMIO DESTE MÊSOs prêmios acima, que serão enviados pelo Correio

sob registro, são lindos exemplares do livro "Dom Quixo-te para as Crianças", em belíssima edição da Cia. Edi-tora Nacional — Rua dos Gusmões, 639 — S. Paulo, re-presentada no Rio pela Livraria^Civilisação Brasileira —Rua do Ouvidor, 94. *

NOTA : — Não fazemos trocas dos volumes envia-dos, em qualquer hipótese.

SOLUÇÕES EXATAS DOS CONCURSOS DE OUTUBROSOLUÇÃO DO CON-

CURSO N.° 52 SOLUÇÃO DO CON-CURSO N.» 51

f<yySOLUÇÃO DO CON- SOLUÇÃO DO CONCURSO

CURSO N.« 54

±-íJlL_±_+ +

4 4| 4 +

N.» 53

A frase formada pelos pro-dutos naturais brasileiros era:

REPÚBLICA DOS ES-TADOS UNIDOS DO

BRASIL

VIBÍÜOSAS(PÍLULAS DE PAPAINA E PODOFILINA)

Empregadas com sucesso nas moléstias do esto-mago, figado ou intestinos. Essas pílulas, além detônicas, são indicadas nas dispepsias. dores de cabe-ça, moléstias do fígado e prisão de ventre. São um po-deroso digestivo e regularizador das funções gástro-intestinais.

A venda em todas as farmácia*». Depositários:JOÃO BAPTISTA DA FONSECA, Rua do Acre, 38 —Vidro Cr.$2.50. Pelo correio, Cr. $3.00. — Rio

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Dezembro — 1942 — 33 — O TICO-TICO

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NA BATATA!...MONÓLOGO

Eu sou franco, positivo,Gosto de tudo bem claro;Não tolero subterfúgios,Desde logo lhes declaro.

Há um ditado do povoQue meu ânimo retrata,E' aquele que diz assim:

Comigo é ali.*., na batata!..."

Exatamente assim sou,Creio, desde que nasci...Abrindo os olhos à vidaNada de leite eu bebi!

Comi... batatinhas fritasQue achei... dentro de uma lata,Desde então disseram todos:

Com este é ali... na batata!"

Não sei enganar ninguém,E digo logo o que sinto,Falando sempre a verdade,Mesmo contra mim, não minto.

Aprecio a matemáticaPor ter uma ciência exata,Pois é como quem nos diz:

"Comigo é ali... na batata!..."

Amigo da agricultura,Quem fôr como eu sou não erra.Plantando boas batatas,Cultivo, com amor, a terra.

No momento da colheitaA terra não me é ingrata,E eu digo, olhando a fartura:

Comigo é aqui... na batata!"

Da agricultura ao comércioEu dei um pulo acertado,

Pois, o que colho na roça,Venho vender no mercado.

Nesse negócio, hoje em dia,Já ninguém me desbarata,Porque, com um produto apenas...

"Comigo é só... na batata!.. "

Na grande Exposição-feiraFui também expositor;Expuz batatas somente \De todo o tamanho e côr.

Alcancei um "grande prêmio"E uma medalha de prata,E o juri viu que, comigo,Era ali... só na batata!...

Nossa conversa está bôa,Mas, eu preciso ir-me embora,Tenho um encontro marcadoE quero chegar na hora,

Pois sempre fui um rapazQue não falta quando trata;Puxando o relógio explico:

Comigo é aqui... na batata.

(Puxa um grande relógio dobolso, finge que sái mas volta •logo).

Desculpem... Houve um enganoNa minha frase final;Disse uma coisa por outra,Porém, não levem a mal...

Quando tirei o relógioQuiz afirmar... coisa tola,Em vez de batata, que era:__ Comigo é aqui... na "cebola!..."

(Sái, mostrando o relógio).

EUS TO RGIO WANDERLEY

AS FORMIGAS(Conclusão da página 8)

ASSIM é em tudo na vida. O que

pretende governar deve vêr otrabalho da formiga porque é

um ensinamento. Não pôde o prin-cipe alhanar um embaraço só como seu juizo, chama a conselho oshomens de mais experiência e tino,ouve-os, delibera com. eles e junto*facilmente arredam o que, no prin-cipio, parecia inamovivel. Tudo éproporcional na vida. Deus nâo fezo insuperável. O "Impossível" èuma expressão inventada pelosfracos. O que é para a formigaum carreto, vôa com o sopro débilde uma criança, o que é para ohomem empecilho as águas levamde roldão, onde não pode a forçade um braço supera-o o instru- ¦mento e, se ainda o embargo seobstina, então o homem apeld parao homem como a formiga reclamaa companheira e conjuntamenteafastam o pesado entrave.

Se eu vos pudesse levar ao labi-rinto, que é o reino subterrâneodas formigas, verieis a perfeitaordem que neles há, a disciplinaque os compõe, a harmonia que osrege e se cá fora pudesse ser apli-cada a lei que regula a sociedadedos insetos exemplares fácil vos se-ria governar o povo porque todosos homens se dariam por felizes nosseus postos, não haveria inveja nemambição, males que tanto malsinamas sociedades. Qual é a força da for-miguinha? é pouca para um gráo deaçúcar, entretanto, a formiga pôdemudar montanhas se o formigueirose ajunta em esforço solidário.

Que é uma gota de orvalho. umnada para o calor de um raio desol, lançai-a ao mar, entrará navaga concorrendo para o sossobrodas maiores naus de guerra.

Quereis vêr a força da formiga,procurai-a no formigueiro, que ia união.

Assim falou o preceptor. E, comopassasse uma borboleta azul e oprincipe saisse a persegui-la, ileabriu de novo o seu Vergitio e con-tinuou, deliciadamente, a leiturainterrompida. — COELHO NETTO

Um bangalôpara você

A página 40 desta edição damos início hojeà publicação de um lindo bangalô para

armar. A primeira parte aparece hoje e na pró-xima edição daremos na página dupla central o

restante, assim como as instruções para armara casinha que, podemos assegurar, é uma das

MENSARIO -NFANTILPropriedade da S. A "O MALHO"

Travessa do Ouvidor, 28Caixa Postal, 880 — Telefone: 33-44»

RIO DE JANEIRODiretor: A. de Souza e Silva

Preço das assinaturas, remessa sob registro po»tal:Para o Brasil, toda a América,Portugal e Espanha:12 meses Cr. $25,00

6 " " $13,00Número _tu1_o . . " I 2,00

Publica-s, no dia 1.° d* cada mie.mais bonitas que já publicamos.

À VENDA: O "ALMANAQUE D'0 TICO-TICO

O TICO-TICO — 34 Deiembro — 1942

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In *"i\ II m111.y\!, __jvyf\m Gavetinha do Saber

Os pretorianoseram, na antiga Bo-ma, os soldados daguarda do Imperador.Os capacetes dessesmilicianos eram di-ferantes dos legío-náílos, pois levavamum penacho de plu-mas de várias cores,e adornos de bronze(o da direita).

As capitanias hcre-ãitárias que Pombalresgatou, para a uni-ficcção do Brasil, fo-ram as seguintes:Ilha de Joanes (Ma-rajó), Cametá Cumá,Caete, Itamaracá.Recôncavo da Baia(Paraguassú). Ilhéos,Itaparica, Porto Se-guro, Campos dosGoitacazes e São Vi-cente.

O protessor, auran-te a aula, nota queo aluno Bob está comfisionomia aijaüda, ealquebrado como umvelho. E diz:

Que tem você,Bob?

Palpltação e ln-sonia, iõspondeu Bobme fazem passarmal..

Na sua idade issonão é possível.E', professor. Nãoconsigo escreve - Iascorretamente...

Foi u navio "TrCsCorações" que trouxeao Brasil os decraosda corte de Lisboa,cuja arbitrariedadeprovocou o cpreisa-mento da Indcpen-dência do Brasil.

O cliente: — Mas,f/i. doutor, como é pos-sivel que o senhor

me queira cobrarpelas visitas o dobrodo ano passado,quando eu tambemtive pneumonia?

O doutor: — Bom,mas agora o meuamigo teve umapneumonia dupla !

O TICO-TICO

Entra cs instrum:n-tos da antigüidade, aharpa. descendenteda primitiva óbahdos africanos, tornou-se, muito cedo, amais preferida cons-trução musical, revés-tlndo de caracteristi-cas de impresslonan-te beleza. Os tocado-res de harpa eramgrandemente presti-giados pelos faraósdo Egito, como contaa história, na pessoade David.

.^M^^^^^^^^^^ft

Foi no rio Caetéque se deu o rompi-mento das hostilida-des entre paulistas eemboabas.

Warren O. Hardlngíoi o primeiro pre-sidente dos EstadosUnidos que falou aopovo americano atra-vés do rádio.

Dormir bastante —eis um conselho doshigienistas, aos quèquerem alcançar umaidade avançada. O so-no é o grande repa-rador do desgastediário. Mas é necessá-rio, para que o sonoseja útil e proveitoso,Que o quarto estejaarejado, completa-mente às escuras eque nenhum ruidoperturbe qv.cr.~i rg.pousa.

As cobras não teemouvidos e, nelas, osentido do tacto seradica na lingua que,sendo longa e bipar-tida, póde sair da bô-ca mesmo estandoesta fechada, poisexiste uma ranhurano lábio Inferior detodos os ofibios.

•A sedlção da "Balai-

ada" começou na vilado Iguará, provínciado Maranhão.

A palavra "haras",que significa "lugaronde se criam cava-los de carreira", pro-?ém do árabe, "faraz",que quer dizer "ca-valo" e, tambem,"tropa". Da Arábia otermo passou à Eu-ropa e da lá veiu aténós.

Chamou-se "Motimdos Marimbondos" arevolta rebentada emPern ambuco, em1851, contra o censogeral do Império.

Menino que andadespenteado não éolhado com simpatiapor ninguém. Penteie-se e será mais que-rido.

Nióbe era casadacom Anfion, rei deTébas e teve quatorzefilhos: sete de cadasexo. Por ter brigadocom Latona, estamandou que Dianamatasse todos os fi-Ihos de Nióbe. Quandoesta viu os filhosmortos sentiu tama-nha dõr que se trans-formou em rochedo.

t±saOs pregos peque-ninos e taxinhas sãodifíceis de pregar ehá perigo de se mar-telar o dedo. Para fa-eilitar a tarefa, seenfia o pregulnhonuma tira de papelferte, ou cartolina.

Coloca-se no lugaronde deve ser prega-do, bate-se e se. tirao pape!.

"V. Excia. verá co-mo eu sei cumprir osmeus deveres", foi airônica resposta dogeneral Almeida Bar-reto ao apelo do vis-conde de Ouro Pretono sentido desprendero marechal 'Deodoroda Fonseca.

Ao transferir a ca-pitai do Brasil para oRio de Janeiro, Pom-bal deu à Baía comocompensação, os ter-ritórios das extintascapitanias Oe Ilhéuse Porto Seuuro.

No ano 801, o lm-perador Carlos Ma-gno proibiu na Fran-ça a mendicidade e aprática da medicinasem autorização regu-lar.

O pardal é consi-derado pássaro noci-vo, pois dá bicadasnas frutas, deixando-as pouco aptas paraa venda. Os espanta-lhos não adiantamcontra eles, pois ospardais são espertose logo percebem oengano que lhes que-rem impingir.

Marco Antônio foi ovingador de César,um dos triúnviros deRoma no inicio do Im-

pério de Augusto. Cou- 'be-lhe dirigir os ne-,gocios da África e noEgito se encontroucom Cleopatra, vindoa morrer desbaratadona batalha de Acium.Foi um dos maioresoradores de Roma e,segundo os autores la-Unos, o mais belo ho-mem do tem^o dele.

O "coyote" é umanimai oarecido como lobo, multo co-mum no México e emcertas regiões dos Es-tados Unidos. Seupêlo é cinzento-ama-relado e êle tem o ta-manho de um cão dl-namarquês. Em estadoselvagem, ataca osrebanhos.

nfflE"

O primeiro pais quecultivou o girasol camfins industriais, ex-traindo azeite de suassementes foi a Rus-sia, em Í892. Naquelepaís havia, então, nasregiões do sul, exten-sas plantações dessevegetal, e os troncoseram aproveitadoscomo lenha, e as fo-lhas em alimentação.

Os indios Caetés,que massacraram oprimeiro bispo doBrasil, foram, porisso, excomungados econdenados a umacompleta extermina-ção.

Não diga "mona-trengo" O certo é"mostrengo". Não dl-ga "estaferno" ocerto é "estafermo"E nunca mais esquê-ça Isso.

Os indios de ArarLg-boia receberam deMem de Sá, como re-compensa pelo auxüiona expulsão dos fran-ceses do Rio de Ja-neiro, uma légua deterra no litoral, comduas pela terra adentro, grande partedo terreno onde as-senta hoje a cidadede Niterói.

Dezembro — 1942

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OLE o" leão e o urso cm cartolina e, depois da cola bem seca, recorte-os. Aspartes E devem ficar como bases. A e B dobram-se para trás, como E. Quanto

a C e D, dobram-se para cima, colando-as com A e B respectivamente.

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_^^0\f*\ C!-_____l

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rFt 1" i-g^j- A' VALMANAQ' D' O TICO-TICO -

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Dezembro — 1942

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37

OLAVO BILAC

JESUS nasceu! Na abobada infinita

Soam cânticos vivos de alegria;E toda a vida universal palpita

Dentro daquela pobre estrebaria...

Nâo houve sedas, nem setins.nem rendasNo berço humilde em que nasceu Jesus...Mas os pobres trouxeram oferendasPara quem tinha de morrer na Cruz.

Sobre a palha, risonho, e iluminadoPelo luar dos olhos de Maria,Vede o Menino-Deus, que está cercadoDos animais da pobre estrebaria. 'm

Nâo nasceu entre pompas reluzentes;Na humildade e na paz deste lugar,Assim que abriu os olhos inocentes,Foi para os pobres seu primeiro olhar.

No entanto, os reis da terra, pecadores..Seguindo a estrela que ao presepe os guia,Vêm cobrir de perfumes e de floresO chão daquela pobre estrebaria.

Sobem hinos de amor ao céu profundo;Homens, Jesus nasceu! Natal! Natal!Sobre esta palha está quem salva o mundo,Quem ama os fracos, quem perdoa o Mal!

Natal! Natal! Em toda a NaturezaHá sorrisos e cantos, neste dia...Salve, Deus da Humildade e da Pobreza,Nascido numa pobre estrebaria!

ÍS8§r?§Çí^ . ^w.

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acaco e Faustina' zé

2>é Macaco e Faustina, preocupados com a crise, tetra Há dias Faustina propôs que, em vez de gastarem dinheiro com bonde ouposto em.pratica todos os recursos de que dispõem para ônibus, poderiam vir da cidade para casa a pé. E lá se foram!cconomisir.

P V"você j a"esta ç?& TÉml 0sS°'

O distinto e elegante casal mora um pouco longe, ali eraGascadura. . |

A certa altura iá Faustina estava que nâo podia mais!Zé Macaco suava!!

Ml I ._

N-> meio do caminho pararam. pa*va tomar qual, :rr . m, pois o calor era terrível! ,

TICO-TICO

E quando chegaram em casa e foram fazeras contas para vér quanto economisaram. ..

38

...viram que tinham tido. ra vez delucro, um prejuízo de dois cruzeiros *setenta centavos!!

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QUEMDE UMA PUWCAÇÃO DE IGUAL Ni

0Q7<m Dim

/M p 1DE UMA PUlüCAÇ NOME, DO DEPARTAMENTO DE IMPRENSA E PROPAGANDA

Quem toi que disso: "Na Bandeira Brasileira nio mstora" ? — Foi o guarda-marinha brasileiro Joio GuilhermeGreenhalgh, que participou da batalha do Riaehuelo, a 11de junho de 1866 e nela morreu como um bravo. Quando,numa daa fase» maia renhida» da luta, o seu navio foi abor-dado, um do» soldados inimipos tentou capturar a nossa

bandeira. Greenhalgh precipitou-»e contra o oficial e ti-roo-Hie a bandeira da mio.

Larg> esse Irapo ! — grita .o inimigo.Na bandeira brasileira nio se toca ! — re»ponde Green-

balgh. Com um tiro proatra o adversário, mas uma horda i«le ae atira, e o abate...

Quem foi que fêz o Brasil ae tomar nm fraude produtor de café?

— Foi o capitâo-tenente FrancUco de Melo Pttlheta. Em 1727,indo i Cuiana em missio especial, no serviço de demarcação defronteiras, trouxe para o Para as primeiras mudas disse arbusto,que ja havia sido introduzido na Guiana pelos colonizadores

franceses.

\\\ /a\) VS»-Í-"íj_a I '\ V\ ?*f t___J . «Si

—i m M^L m\Y\^^3^P

""~~iQuem foi que dfcafi: "Venda*» o último brilhanteda rorôa, eonlanto que nenhum braaileiro morra defome 1" t — Foi D. Pedro II, quando o Nordeste bra-sileiro. especialmente o Ceara, estavam cruelmentedizimados por lerrivrl »íca, em 1888. C monarca,sabendo da siluaçio de extrema penúria daa popu-laçdes sertaneja», resolveu prestar auxilio. Objeta-ram-lhe que eram escasso» o» recursos do eráriopúblico. D. Pedro respondeu com a o*lebre frase :— Venda-se n último brilhante da corta, contantoqu* nenhum brasileiro morri de fome !

Pg^áMRfaUmA

Qaem foi qoe intofrou o faérdto Naetonal no aeu verdadeiro TilorT - Foi

o Presidente Getulio Vargas quem operou o ressurgimento militar no tsrasti,dotando as nossas forças armadas de aparelhamento eficiente. Nesta ípocade ameaças, em que a soberania e a integridade territorial das nações des-armadas estio a mercê dos propósitos expansionistas dos países mais fortes

o meio de um país se resguardar 6 desenvolver a sua potencialidade bélica.

Dezembro — 1942 39

Qae- foi que diaae: "Lembrai-voa qoe o centeio é a fonte da vida, e^inl!"_T — Foi o Padre Roma, herói da revolução republicana de 1817,revolução essa que visava proclamar a independência do nosso pais. Indoo Padre Roma ã Baia procurar novos adeptos, foi príso, sendo fuzilado.No momento da execuçio, voltou-se para os soldados, e com uma sereni-dade impressionante, disse-lhe:— Camaradas, eu vos perdôo a minha morte. Lembrai-vos, na pontaria,de que o coração e a fonte da vida. e atirai...!

O TICO-TICO

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UM BANGALÔ(PARA ARMAR) -o— PÁGINA N.° 1

VER EXPLICAÇÃOEM OUTRO LOCALE A CONTINUAÇÃONO PRÓXIMO NÚMERO

~A

(Veja a continuaçãono próximo número) CO

7IJZ7\

^ VARANDA

Ab y í A /^Vf

oALMANAQUE

CO.TICOD O T I

40CO-TICO — a VENDA

Dezembro — 1942

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repúblicaSJ^ [MATE ^GADO ;:*T7 PARANÁ

ARGENTINA V ~ ^^^^V l S^

\t~kJ Am • GADO \CJ I s. catarTnT

CCUJGRAFIA PITORESCA DO BRASIL

E' um estada bastante montanhoso, com

terras altas e planas e o seu clima t conside-

rido o melhor do Brasil. Nos seu» limites com

a Argentina existem as famos*» cachoeiras

de Sete Quídas, no rio Paraná, e o Salto de

Santa Maria no rio Iguassú. O Paraná * grande

produtor de tierva-mate e suas florestas sio

ricas de pinheiros e outras madeiras í- cons-

truçlo.

O TICO-TICO41

Dezembro — 1942

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Vncté Samct?SEM COMER NEM y^jkm^í Wk^^

- -*_l ~J \. ' (o Foi quem teve= /^v FALO,CUJO Pèso>^

HPA DE 180? ^r^^^ GRAMAS? ^^^FlTOLOCEA É UMA^PLANTA ELETRlCA.E QUANDO 9^

CORTA UM RAMO DESSE ARBUSTOEXPERIMENTA-SE CHOQUE SIM ILH ANTE -

AO PRODUZIDO POR CORRENTE ELÉTRICA?

k, ammrn^ * ríá - ' C?UE OMARIBONDO

(/TEM A FACULDADEDE FABRICAR EM SEU INTERIOR

DIVERSAS TINTAS DIRETAMENTEUTIÜSAVEIS PARA A AQUARELA?

QUE A MAIS FINA E AOMESMO TEMPO MAISRESISTENTE DE ToDASAS PE-LES, DEPOIS» DECORTIDA, E' A DA tfÃ?

00 yÇ- jL Que a pele de0/ T_ UM HOMEM ADULTO5 V TEM 120 OUATRILHÕESf

f DE CÉLULAS EM APENASUM METRO QUADRADO

I tí-AH DE SUPERFÍCIE?\ ——

BibâLO TICO-TICO Dwtmbro — I942

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PREÇO Cr $10,003L* Hf_yÍ

\\\ 1--

1 \^ W-/cro

A VENDA

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AVENTURAS DE CHIQUINHO

$As (9 \ ^*Jr \

"Seu" Filogonio, o guarda noturno, disse a Chi-mi*N M ¦11 *^a_. -^N^$/ ^

Aquela história espertou em Chiquinho grande Chiquinho nâo desanimou. Benjamin era medrosoqu.nho com um, cara muno sina. que havia um, cas, curiosidade. E pensou logo em fazer uma vis,,, à casa mas {le nào! Chamou Jagunço, amarrou-o a uma correnmal assombrad, no ba.rro. Er, mesmo ,11, no número mistérios,. Convidou o Benjam.n, mas o moleque nao le. e li se foi em busca da nova avenn.™ j,__„.o ".

quis. Náo queria brincadeiras com fantasmas. meio desconfiado ..13

Chegaram e Jagunço botou as orelhas em pe ecomeçou a farejar. Chiquinho soltou-o e (le entrou.De repente ouviu-se um barulho estranho! E o cachorro

Chiquinho ficou espantado! Que teria visto o )a- Quis correr mas as pernas nio ajudaram. Ficoti gru-gunço para sentir tanto medo?! Encheu-ae de co- dado ao chio. Jagunço, ja refeito do susto que levara,ragem e entrou. Quando ia atravessando um corredor, atirou-se entâo como uma fera síbre , misteriosa bo-como uma bala saiu pel, port, com um» cr, onde s. seu corjçio quasi psrou. Li estava no chio uma bo-' tina. De dentro da botina pulou uma grande ratazana'•_• via 1 _-__-._ri ._ ...ti— _¦_ _ _ _. —. ™U rato guando tentava fugir fazia a botina mover-se.se via medo. tina v.lha andando sozinha.

De repente de dentro de um Quarto começaram a A porta estav, encostada e Jagunço entrou Chi- louro que era multo•¦ •¦ > »¦¦¦¦_- >; j«_;u"v" enirou i_ni- ..mquinno apannou logo o louro que era multopartir gritos de socorro, gargalhadas, palavras que nào qumho atráa. Aquela gritaria era feita por um papa- manso. E quando saiu jâ estavam na porta "seu" Filo-te entendiam bem. Com muita cautela Chiquinho e Ç*10

''If**,0' (,uc f,cárl e,liu*c|do pelos antigos mora- gomo e mais alguns garotos juntamente com o Btn-jagunço se aproximaram. *"* °

ÍZ____^l!____ "V" """ * ná0 "' **" ****¦ E ,oáo% liC"tm "* Wc' »bel*- *dm,r*nd° ' •«como ae qutretse chamar alguém. coragem.