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TICO -TIGO SEMPRE COM ATTENÇÃO ANNO XIX è RIO DE JANEIRO, 13 DE FEVEREIRO DE 1924 5eMAM_RI0 DAS CBEAN.AS ¦ ,.¦ J W *—, -' £ Bc_ ?•jf \-> "&¦¦¦&• jr V AS NUM. 958 PUBLICA--E A_ QUARTAS FEIRAS Ha uma frondosa mangueira No terreno do Chiqumho Que é a cobiça constante De un . garotos do visinho. E para impedir que os fructos Caiam em mão dos assaltantes, Chiquinho e o fiel Jagunço Andam sempre vigilantes. OTI0O-TI0O PUBLICA OS RETRATOS DE TODOS 05 SEUS LEITORES MUMERO AVULSO300 f)5 NUMERO ATRAZADO. 500 K.

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TICO -TIGO LÊ SEMPRE COM

ATTENÇÃO

ANNO XIXè

RIO DE JANEIRO, 13 DE FEVEREIRO DE 1924

5eMAM_RI0DAS CBEAN.AS

¦ — ,. ¦ JW *—, -' £Bc_ ?• jf

\-> "&¦¦¦&•

jrV AS

NUM. 958

PUBLICA--E A_QUARTAS FEIRAS

Ha uma frondosa mangueiraNo terreno do ChiqumhoQue é a cobiça constanteDe un . garotos do visinho.

E para impedir que os fructosCaiam em mão dos assaltantes,Chiquinho e o fiel JagunçoAndam sempre vigilantes.

OTI0O-TI0O PUBLICA OS RETRATOSDE TODOS 05 SEUS LEITORES

MUMERO AVULSO 300 f)5NUMERO ATRAZADO. 500 K.

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O TICO-TICO

FAGULHINHA GOSTA : ..DO FOOTBALL ^fÉfc*--^^^

a an Faoulhinha uma Fagulhinha vestiu-se e sahiu apressado, ^__ E foi convidar o pessoal do "Pi-Mamãe oeia ao „ comprar mas em vez de comprar os soldadinhos ad- C ) rolito Football Club" para um match

nota de dez mu re. f» ^ football. v-y «o meio da rua.uma caixa de soldados. ^</-v /___Z__

I, jOO (*) ) Jt, ÍSVLJ c$ÉJ ' r-iow ücrd rT_l^~£l '"doa r

£- .*}——:—-——^sào.—^^""'—cO pessoalzinho do club accedeu ao Começou o jogo: era cada bolaço que f~\ De rePente a tola fo1 fazt'r " SoaI'

convite e, em companhia do Fagu- 1 {azia tremer 0 ..goal-kjeper". \J na vidraça da casa de um. sapateiro.Ihinha, partiu para a peleja. ^-X^ .--X/-N

—— 1—QQ-. rj=r- 6X5 *

.

O sapateiro veiu para perto dosgurys e lhes disse que ficaria de poss.da bola se elles não fossem escolheroutro "campo"

\7~

0Os garotos immediatamente obedeceram

e foram para uma esquina próximo. Oprimeiro,

"shoot" foi na cartola de umvelhote...

O

—___!^^w^^—^ «-^M6*^ j)j)—_S_y_^*_«> ©d©

Mas o jogo não havia ainda acaba-do e a bola foi cahir na carrocmhade -um vendedor de maçãs., d

...que ia passando. Chegou um po-licial e quiz prender o dono dabola. que, a pedido do velhote, foisolto.

O homem das fructas não hesitou: deutres Mixões de orelhas no Fagulhinha.qut jjerdeu. também, a bola. D

Mas a casa onde se vendem as bo-Ias fica perto e o Fagulhinha ha de" cavar" com a mamãe dinheiro paracomprar outra.

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JOOOOO 13 _ FEVEREIRO 192ÍOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO o TICO-TICO ooooo•_L^-_______________________"_W_V\V^"_W.W." A

Licença n" 511 _V 26-3-923

Bronchites, Tosses, Roupito, etc.Custa crer que haja quem soffra, e durante

muito tempo ás vezes, dessas moléstias quandopossue á mão o meio certo e rápido de tratar-seusando o popular

PEITORAL DE ANGICO PELOTENSEverdadeiro REMEDio das moléstias acima.

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iooooo o TICO-TICO O0000000O0OOOOO00O00013 — FEVEREIRO — 1924 ooooo»

I o íwclíicp^ptl^cantcO Dr. MIGUEL COUTO,

quando julga preciso receitar umFortificante, dá a sua preferencia!

ao "Nutrion":

E' ao Nutrion que dou preferenciana minha clinica, sempre que precisoactivar a nutrição e levantar as forças .nos doentes que por qualquer causaas lêem depreciadas - Miguel Couto.

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TIGOrv tipo —

ANNO XIX RIO DE JANEIRO. QUARTA-FEIRA. 13 DE FEVEREIRO DE 1324 NUM. 958

Redactor-chêfe : Carlos ManhãesGerentE: Léo Osório

Sede: Ouvidor. 16^OrnciNAs: Visconde Itauna. 41a

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A ORIGEM DAS CABELLEIRAS

Meus netinhos :AURICIO, um dos muito intelligentes

leitores d'0 Tico-Tico, perguntouhontem a Vovô por que razãoquasi todos os homens da anti-guidade usavam cabelleira, quan-do hoje nem um só delles se en- -centra que conserve tal uso.

A resposta é fácil, para co-nhecimento do Maurício e cou-tentamento de todos vocês.

A cabelleira, que dava um ar srrave e sçlemue aoshomens de outr'-cra, ca-hiu completamente. Hojeusam cabelleira apenas aspessoas que têm a infelici-dade de ser calvas e a des-graça ainda maior de sesentirem envergonhadas por ^semelhante facto.

Não ha razão de ser "

para essa vergonha. O ho-mem não tem culpa de setornar calvo. Vexame deveter elle de ser preguiçoso.máo cumpridor de seus de-veres, ríspido, mal educado,emfim. A perda do cabelloé uma moléstia e ninguémtem culpa de adoecer.

Ha pessoas, no emtanto,que não pensam assim. Ho-meus « mulheres, vaidosose faceiros, não admittem se.quer a idéa de apparecer aseus semelhantes com a cabeça desprovida de cabellos,

e usam cabelleira. Felizmente, os vaidosos e faceiros sãoem numero reduzido e poucos, portanto, os que lançammãos dos postiços.

Antigamente, porem, era moda usar cabelleira. Osfidalgos, moços ainda, cortavam o cabello rente parapoderem collocar na cabeça a cabelleira, loura ou alva,que lhes emprestava uma attitude senhoril.

— Mas, por que semelhante moda ? Acaso o porte,as maneiras de cada um não bastavam para o apresen-tar perante outros como cavalheiro ? Bastavam, mas acausa principal do uso das cabelleiras era a distinc-

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Algumas cabelleiras e penteados antigos

ção de raças, estiictamente observada naquellasépocas.

Assim como só os nobres e fidalgos tinham o direitode passear a cavallo e de usar espada, também só ellestinham o de usar cabellos compridos. Os homens da Vplebe, os que não possuíam brazões de condes nemoutros quaesquer títulos de nobreza, não podiam usarcabellos crescidos; eram obrigados a cortal-os, á força.

De longe, assim, se distinguia o fidalgo do plebeuá primeira vista

Acontecia, ás vezes, porém, que um fidalgo era ata-cado de calvicie e perdia os cabellos. Como havia ellede se fazer distinguir do homem do povo ? Foi entãoque se idealisou a cabelleira postiça. Para mostrar que

pertencia á nobreza, o fi-dalgo calvo não tinha outroremedio senão usar a ca-belleira, que lhe encobrissea calva.

Havia fidalgos, que,exaggerando a moda, man-davam fazer cabelleirasenormes, frisadas, cheias,altas.

Usavam-se então, comovocês hão de ver nas gra-vuras antigas, penteados tãoaltos, que só mesmo comcabellos artificiaes se con-seguia arranjar.

Foi então, necessário,para acompanhar as exi-gencias da rainha moda, quetodos os nobres do tempo,muito embora nunca ti ves-sem soffrido de calvicie,usassem grandes cabelleiras.

No reinado de Luiz XVI, na França, os pentea-dos eram assumpto de especiaes cogitações.

Quanto mais alta a cabelleira, mais requintadamen-te moderna era considerada.

E a vaidade da fidalguia d'aquelles tempos chegouao abysmo de collocar sobre penteados de meio metrode altura, castellos de ouro, navios de prata, gramposde pedrarias e plumas finíssimas. Quanto mais alto openteado mais na moda se julgavam os fidalgos.

V ô V ô

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TICO ooo<>oooooo<>o<xx><>o<xx><>i3 _ FEVEREIRO —. 1924 <xxx>o(ipooo o TICO-

í O ITDCOTOCQ^^S^O"li / A la~0 0 ^_C__Í I Af

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lhinho do Dr.

NASCIMENTOSRuth é o nome da gorducha menina que veiuaugmentar o íar do Sr. Armando Balão Sallese de sua esposa D. Maria da Luz de Souza Salles.

Cosme e Damião foram os nomes escolhidos para osdois robustos meninos que, desde o dia 3 do corrente, en-

chem de justa alegria o lar do Sr. Ada-mastor Ribeiro e de sua esposa DonaCeluta Barbosa Ribeiro.ANNIVERSARIOS

Completou 3 annos no dia 31 de Ja-neira, a interessante Guanahyra, filhinhado Sr. Castro Leal Junior, residente emSão Paulo.

— Festeja hoje a data de seu anniver-sario natalicio o interessante Nestor, fi-Oscar Corrêa de Menezes.

Passou hontem o anniversario natalicio da gorduchaEdith Pinheiro Antas, nossa amiguinha e assignante.

Fez annos a 6 do corrente, o intelligente Ary, filhodo Sr. Capitão Arioswaldo Nogueira.

NA BERLINDA....Berlinda dos jogadores do team da Escola efe Appltcação:

Hélio, por ser um optimo goal-kcepcr;Amaury,-por ter um bom shoot; Edgar,por ter a mania de diblar todos e fazergoal; Sebastião, por ser um bom joga-dor de passe; Franklim, por ter jogomuito bem distribuido e violento shoot;Nestor, por «fiblar muito bem e ter boapericia no passe; Rubem, por diblarbem; Marcilio, por ter shoot muitoalto; Vinicius, por machucar muito;Victorino, por ser muito atrapalhado nopasse e no dibling; Gilberto, por ser ocaveira do team; e eu um optimo goal-keeper do S. Christovão (atraz do goal),

Estão na berlinda os seguintesrapazes e senhoritas da Estrada Marechal Rangel, Madureira:

Ernestina, por ser linda; Irajacy, por ter um bello por-te; Chiquito, por ser querido; Erondina, por gostar de dan-sar; Zúzú, por ter os olhos secfuctores; Cascasio, por ter um

bello nariz; Guiomar, por ser graciosa;Ondina, por ser estudiosa; Octacilio, porser sympathico; Zilda e Zayde, por seremelegantes; Peres, por ser mimoso; Maria•'e Lourdes S., por ser bonita; Dulce, por

ser sincera; Guilherme, porser delicado; Jurema, porser bonitinha; Noemia, por

falar difficil; Oswaldo, porser rosado; Helena, por ser

extraordinariamente elegante; Nair,por ser retrahida; Flora por " bancar" o chie; Jonas, porser constante; Nazareth, por ter os lábios tentadores}EJvira, por ser meiga; e eu por ser um mysterioso.

EM LEILÃO...'

Leilão <fas alumnas da " Escola Pro-fissional Paulo de Frontin": Quantodão pela sympathia de Dulce? pela gra-

T^^? t\

Para dar sahida á grande quanti-

dade de originaes de berlindas, lei-

lões, etc, que temos recebido de

nossos leitores, publicaremos breve-

mente varias paginas, supplementa-

res, intercaladai nos números deste

jornal, dessas collaborações

Kpwrafw^aPaíwvvv%rtrwr.

%*. \W\\ ^-vUT /fs0

cilidade de Nair de Carvalho? pela habilidadede Avantina Alvim? pelos dentes de ArmandoPorciuncula? pelos ondulados cabellos de Rosa

D. de Magalhães? pelos ciúmes de M. Theonilia? pelamignonne Jayméa Serpa? pela bondade de Alice Ferreira?

pelos olhos de Claudionora Botelho? pelo "Ba-Ta-Clan" deYolanda La Grutte? pelo socego deDarcüia Lemos? pelas tiavessuras deM. Magdalena? pela solicitude de'Ynaya P. Nunes? pelo modo discretode Noemia La Grutte? pela calma de Cailota Victoria? pelo typo original de Phi-lomena Nadeu? pelo colleguismo de Juliada Gloria Ramos? pelos nruchochos deZenaide M. Pimpa? pelos risos de Alay-«Jo D. Guimarães? pela tagarellice de Noe-mia da Paixão? pela delicadeza de Georgina Vieira da Costa?

pelas palhaçadas de Eugenia Couceiro? pelo falar de Eury-dice Ferreira? pelas bellas sobrancelhas de Jandyra F. Sil-va? pelas faltas de Anna? pelos modos de Sergina? pelosorriso de Carmen? e finalmente quanto dão pela —Incógnita.

N,0 JARDIM...Ha dias fui a Petropòlis e colhi num jardim as seguintes

flores: Elza P., uma eravina; Dilha,uma violeta; Leonor H., uma saudade;Aristides, um amor-perfeito; Alzira H.,uma camelia; Jayme C. uma tulipa;Annita, uma angélica; Thiers, um era-vo. Depois <fe feito o ramo, offereci-oá senhorita Nenete, por ocçasião do seuanniversario. — P. C. R.

Passeando pelo jardim de SantaCmz, encontrei um bello ramalhete, dasmeninas e meninos: Laura S., umaeravina; Maria da Guia, uma sempre-viva; Nini S., uma rosa encarnada;Carmen P., uma violeta; Aladya M.,um jasmim café; Ninita C, um rese-

dá; Steila M., um gyrasol; Carmelinda A., um lyrio docampo; Irinéa C, uma papoula; Conceição H., uma espir-radeira; Nadyr C, uma margarida; Arletteorchidéa; Amenair, um manacá; Leopoldcamor-perfeito; João S., um crysanthemo;no M., um malmequer; Francisco V.,beijo de estudante; Benedicto E., umaparasita; Walter S., um jacintho; Tertu-liano H., uma saudade; Sebastião D., umalúida flor'de maracujá; e cu Quem sou?

NA GAIOLA...Estão no viveiro de casa as ele-

gantes senhoritas e rapazes: Mario R.Cavaleiro, por ser um lindo tico-tico;Alipio, por *er um bem-te-vi; João, por

ser um pardal; Antônio, por serum papagaio; Maurício, por ser

um lindo canário; Palmyra, por ser umbeija-flor; Ermelinda, por ser um rou-xinol; Amelia, por ser uma rolinha; Ce-cilia, por ser uma pomba; e cu por serum formoso navão.

laborações infantis. i\

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iooooo 13 _ FEVEREIRO — 192ioooooo*#ooooooooooooo O TICO-TICO ooooo•O

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O GELO NOS

T E M P O S

ANTIGOS

___B*^íí&^_B ___F*%__>"'" >'".___! ___^^'^^

BL__8r-B __r Jl B

ijf^\ S Ptolomeus, reis do Egy-

pto, era m monarchasimmensamente ricos.

Seus palácios possuíammoveis de ouro e tudo que

desejassem tinham logo á mão, porqueseus escravos accumulavam nos deposi-

tos do reino tudo que pudesse agradar

aos soberanos.Apezar de todas as riquezas, de todos

os vinhos e iguarias que pudessem de-

sejar nas mesas sumptuosas e lautas

de suas refeições, uma cousa lhes falta-

va sempre. Era o gelo, cuja fabricação

ps egypcios ignoravam.

Ora, quando os monarchas vizinhos,

com toda sua magnificência,"vinham vi-

sitar os Ptolomeus, era preciso quenada faltasse aos banquetes monumen-

taes.-

Amphoras cie hydromel, bebidas ex-

quisitas, pratos exóticos, tudo que fossene ces sa rio

para obum-b r a r a

[_____¦¦*¦'_______.5-^m^mmmm*________n9k_L i*__BW_____í ________W

pompa dos soberanos vizinhos figurava

nas mesas dos Ptolomeus. Havia, as-

sim, em taes mesas, de figurar o gele.E figurava. Para isso despachavam-

se centenas de escravos, que corriam aocume das montanhas cobertas de neve e

gelo e de lá traziam os blocos de gelo,correndo a bom correr, para que não se %derretessem as pedras. O

,1 Dia e noite, escravos, sem parar um 5momento, passavam de mão em mão o

bloco de gelo, a correr.

Como os banquetes duravam muitosclias, os escravos, em grande numero,

tnão resistiam á dureza da missão de

que eram incumbidos e desfalleciam e $morriam.

Os Ptolomeus, no e 1111 a n t o , ti-

nliam a refrigerar as taças dos seus

vinhos rarissimos o gelo dos cumes

das montanhas adquirido á custa

de muitas vidas e de muitos sacrifí- O

cios dos E1_________-9__PIV H-V-fl *.es cr avósfieis.

O 44Para=todos...9\ a @xcel!l@init© r@vn_.ta mtiindatiia e cnnenuato--graphnca, publicará, eanm dos se ms próximos números, grandiosa

com figurinos para o

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O DEGOLLADO(Monoixxío) — por E. WANDERLKY

Embora lhes pareça calmo,Estou aqui desapontado,Porque... parece cousa incrível,Vou ser em breve.. . degollado,

. v

Bem me diziam meus amigos:¦— Você precisa ter cuidado,Pois, do contrario, hoje se arriscaA ser por elles degollado.

Eu não pensei que fosse certoUm tal aviso malfadado,E que tivesse de, algum dia,Ser, friamente, degollado!

Por isso andava prazenteiro,Por toda parte descuidado,Sem me passar pela cabeçaQue a perderia. degollado..

Quando, porém, tive a certeza,Éiquei deveras, espantado:— Será possível? perguntava,Que eu também seja degollado?

Porque é bom que já se sailSa:Não sou eu só sacrificado;lia muito moço por ahiQue vae também ser degollado.

Mas... eu não posso acreditarQue seja um caso liquidadoEsta sentença inappellavelDe ser em breve eu degollado!

^-\_*y

Pois, em tavor das nobres causasEu tenho sempre trabalhado;Por que motivo, então, seráOac eu também seja degollado?

Dirão talvez: — Por "injuneções"J)<> meu partido organisadoEu, dessa vez, terei de serCom alguns outros degollado.

Porquê não sei se já lhes disse:Eu sou ainda um deputado;Porém não tarda muito queNão seja mais que um. .. degollado.

Oh! Triste vida] Inglória sorte!Ver meu mandato terminado,E dar adeus ao subsidioOtie me vae ser degollado!

Tarde lamento que um projectoEu não tivesse apresentadoEm que do corte me isentasseAfim dc não %ser degollado]

Resta chorar, em fim, na camaQue é logar quente e socegado,Porque da chapa publicadaJá sei que vou ser... degollado. ..

(Sajic chorando, c deve vir dc cartola, sobrcasaca, etc).

(Recife— i—i9_4)

O HOMEM E O CARACTER.

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IO cidadão possue tres attri-

butos aprimorados, que ornam oseu caracter: — O patriotismo, a co-

ragem e o amor da familia; nelle, oprimeiro, é a expressão da grandezade sua alma; o segundo, o expoentemais alto da natureza: que é a gran-deza nativa dc seu temperamento, e,

finalmente, o ultimo que, das virtudes, é sem du-vida, a mais elevada na escala hicrarchica, subli-me, elevando o homem a perfeição; collocando-ona supremacia, entre os animaes, — o soberano,como o ser pensante que é. Deus, creou o mundo,pleno de esperanças e cheio de dores, e nelle, —o homem, trabalha, produzindo o máximo de suacapacidade c que a sua boa vontade permitte; a pardo genío creador de que fora dotado, para deleite

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e conforto de sua eterna e meigacompanheira: — a mulher. Nosembates da lueta pela vida, a co-ragem não o abandona nunca, ummomento sequer, resoluto caminhaengrandecendo com o seuforte, a terra que o viu nascer;delle tudo é licito esperar, se o seu patriotismo não Ofallece. O amor, que o exalta, é um encitamento á sua 9coragem de continuar na refrega da labuta, que é amelhor garantia, a certeza de que o sentimento, que odemove, não é mero insticto animali-ado. Pelo con-trario, a familia não esquece, na sua volta do traba-lho, quando regressa ao lar; robustecida a fé, de um* Õdia dormir o somno tranquillo; assegurando pelo *trabalho honesto c persistente, a felicidade da fortu-na, no resgate de dias bonançosos e de fartura.

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CONTINUAÇÃO DE OLYMPIA E THEOP1ULU

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27o SERÃO

ERVAL bateu em vão dizendomil tolices; ameaçou até demandar arrombar a porta. Olym-pia tremeu e abriu a janella,mas esta, de uni segundo andar,dava para um jardim; Olympia,no auge do desespero, estavadisposta a atirar-se no jardim seDerval forçasse a porta.

Já se dispunha a subir ao balcão, quando, nãoouvindo mais a voz de Derval, deteve.se e se con-tentou cm ficar sentada na janella. Um instante de-pois, certa de que Derval não estava mais na ga-íeria, imaginou que elle fora em busca de pessoaspara arrombar a porta.

— Ah! — exclamou ella, onde "minha impruden-cia e minha credulidade me conduziram! Indigna-mente enganada, trahida, abandonada, poderia amarainda o pérfido, que, promettendo-me um asylo hon-roso e seguro, me fez vir a esta casa horrível ?

Olympia, pronunciando esssas palavras, tremia.Ouviu passos na galeria e alguém pronunciar seunome. Reconhecia, com alegria incxprimivel, a vozdez sua criada de quarto que lhe pedia para abrir aporta, sem temor algum.

Olympia hesitou um pouco. Então Catharina lhedisse que Derval e seus amigos acabavam de sahirde casa. Olympia correu á porta e abriu-a: immedia-tamente uin homem entrou e cahiu de joelhos aos pésde Olympia. Era Theophilo. Olympia recuou comindignação e ca-hiu desfallecidanos braços dacriada. Voltandoa si, viu Theo-philo, banhadoem 1 a gri ma s,ajoelhado a seuspés.

Dirigindo-se áCathanna-Olym-pia falou:

«— A ju.da e -me. Saia mo sd ç sta casaodiosa.

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A criada respondeu que Derval nãoestava mais ali e que só regressariaquando Olympia tivesse partido.

— Recusaes ouvir-me? — pergun-tou Theophilo com voz sumida etremula.

Olympia desabafou, fazendo cruéisobservações a Theophilo. Este, acabru-nhado, ouviu sem interrompel-a. Q.tan-do Olympia silenciou, v tomou elle apalavra e disse que se a illudira sobrea idade de Derval, ao menos era este o único ho-mem com cuja discreção podia contar, que tinhagrandes defeitos, mas era amigo fiel e certo. Depois \pediu que Olympia o escutasse sem testemunhas no |relato de tudo que lhe oceorrera depois de sua volta <a Paris. <

Após alguma resistência, Olympia accedeu em <mandar Catharina retirar para uma sala " vizinha. <Theophilo então, conscio de que dissiparia a cólera de (Olympia, pois que ella consentira em ouvil-o, come- <çou a triste narração das perseguições de que fora <victima. ,Não escondeu nem a promessa formal de «casamento que tinha 'feito, ao pae, com a senhorinha ¦de Lisbé. Olympia, ouvindo essa confissão, empai-lideceu e ficou com os olhos razos d'agua.

— Juro, proseguiu Theophilo, que mesmo per-dendo a vida, jamais me arrancariam consentimentosemelhante, que não sahiu do coração. Era, porém,preciso enganar pór um momento um pae que abu-

sava de seus direitos; do con-trario perderia a liberdade e apossibilidade de vir em vossosoccorro.

Ah! estava longe de imagi-nar a que ultrajes indignos omeu captiveiro nos impunha.

Não poderia,sem suecumbirno mais horri-v e1 desespero,representar se-m e lh a nt e pa-pel.

.

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r a D E M K ENa mangueira silvestre, pia mansamente o pas-

sariuho, talvez aconchegado em fofo ninho, de folhasseccas !...

A tarde, aos poucos, approxima-se triumphante-mente, mais esplendida que nunca.

Lá para o fim, nas bandas do horizonte, grandeclarão rubro, muito extenso, dá a impressão que ter-rivel incêndio ali se desencadeia.

Os passarinhos, em bandos revoltos, procuram osninhos, e, cantando, passam rapidamente fendendo osares. As borboletas multicores adejam aos pares, em-quanto as pombas divinas vão pressurosas em de-

manda dos pombaes. Poisando de tlor em flor, láseguem as abelhas doidinhas, a sugar o delicioso ne-ctar nas corollas das delicadas flores. A viração sub-til e agradabilissima estremece os ramos das gigantes-cas arvores, que açoitadas, produzem grande ruido.

Alem, a cigarra, estridulamente canta, annunci-ando a proximidade da noite.

A Natureza, com o cahir da tarde, perde toda avivacidade, e, quando a noite reina sobre aquellaisolada planície, tudo é tristeza, tudo é melancolia!...

Lixdolpiio Mklgaço

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s<x>000 o X1 tU -TI CO OOOOOOOC<>OoOOOOOOOOO<, \pt _ FEVEREIRO — 1021 OOOOO,'Ttépancyx^^

DORYCEDINA (Cordeiro, São Paulo) — i"— Melhor tratamento que os banhos de mar em casaé o das injecções com ou comprimidosde C.uillaumin. Os banhos de mar, depois, na suapraia. 2° — A sua letra revela um espirito frio, ai-tivo, um tanto contraditório. Vae muito com o idea-lismo, sem perder, aliás, sua feição eminentementepratica, sobretudo em questões de dinheiro. Sua vou-tade tem audácia, mas falha muito nas iniciativas.Coração bondoso, cheio de virtudes philantropicas.3° — A mulher nascida cm 5 de Agosto será vivaz,colérica, de imaginação fantástica, ousada e vingativa.Amará fielmente o homem que desposar. Será des-regrada cm matéria de saúde. Casará muito nova eterá pouca prole.

WEISS (Rio) — Para vender a sua preciosamoeda póde-se dirigir á Casa Guinle, naAvenida Rio Branco. Ou, então, ao Sr.Massena, em Barbacena, Estados de Minas.

JEANNE FIDUCIA (São Paulo) —A côr mais em moda parece ser o verde.

õ E digo parece porque ainda não a vejoõ suficientemente generalisada.

Falta-lhe, pelo menos, a adhesão das"senhoras".

<> BOMILCAR (Belém do Pará) — Aa expressão Forcas Caudinas não determina,$ como lhe parece, nenhuma especialidade

em instrumentos de supplicio. E', segun- /* *do uma nota histórica muito conhecida, onome dos desfiladeiros perto de Caudio,onde o exercito romano perseguido pelogeneral Poncio Herennio, se viu reduzidoa passar debaixo de jugo. Isso foi ha cer-

O ca de 2 mil annos, isto é, 321 antes deO Christo. Mas ainda hoje, quando se obtém qualquerÇ concessão onerosa' ou humilhante, arrancada aos ven-X cidos, lá vem a expressão — Passaram pelas ForcasO Caudinas — para dar idéa da situação angustiosa

em que se achavam os concessionários.J. DE A. LOPES'(Rio) — Por excepção, visto

se tratar de um caso sério, posso dizer que o autorda carta que me enviou é um indiviuuo dissimulado,muito desconfiado, ambicioso, com muita força devontade. A falar a verdade, porém, não vejo in-dicios de máo cosalientou. Pelo conde ser generoso, penecessário. O cara

0 não pôde ser con J asovinice. Tambem^j^'»'ser um homem bas ^T"\espirito m u i t o vinão posso acerescentantes por estar cspapel pautado —cousa que prejudi-ca muito o es^tudo.

NHÔNHÔJUCÁ (SãoPaulo) — Paraestudo grapho-lógico é indis-

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ração, no sentido quetrario, ha até signaeslo menos quando fôrcteristico da economiafundido com o dase notam vestígios detante sonhador a debran te. Infelizmente,tar detalhes impor-cripto o bilhete em

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nensavcl escrever em papel sem pauta. Vae, pois, tãosomente o horóscopo, que é este: O homem nascidoem 8 de Agosto será bem disposto, de boa presença,altivo e de animo arrojado. Será bem suecedido sese applicar ás letras. Alcançará dignidades ou cargosc correrá terras. Casará com mulher rica, emboravelha e feia. Padecerá algum golpe de ferro e mor-rerá velho.

— O talisman protector do mez é o Rubi.BRANCA MARIA (Rio) — O único convento

de freiras existente no Rio é o antigo da Ajuda, hojesituado no bairro da Tijuca. Mas para professar épreciso o consentimento da familia, salvo se a can-didata fôr de maioridade.

RITA DOS ANJOS MARTINS (São Gabriel)— Entreguei o retratmho de sua filha Rosinha ao

redactor encarregado de publicar photo-graphias".

L. CHAGAS (Rio Preto) — Com oscaracterísticos que assignal-a não ha ne-nhum livro nacional. O que se sabe sobroamores dos nossos homens celebres nãoestá compendiado.

THEVTA (Rio) — Indica a sua letraum espirito impulsivo, contraditório, e, maisou menos, em opposição ao senso commum.]•',' vaidosa, além de audaz, e sua naturezaapraz-se especialmente com a materialida-de das cousas. Nesse ponto, são mesmomuito notáveis os seus instinctos. Mas otraço principal do seu caracter é. a contra-dição. E' reservada e expansiva, generosae avarenta, calma e agitada — ao mesmotempo, e sem motivo para essa variedadede estados ou sentimentos. A edade, pro-

vavcimente, a modificará.I. MARONE (S. Paulo) — O homem nasci-

do a 8 de Maio será ousado, arrebatado, por vezesbrutal. Será feliz nas suas emprezas. mas devido oseu espirito curto todos os seus cuidados tenderão

para as cousas materiaes da vida. Desdenhará a artee tudo quanto fôr intellectual. No fim da vida for-nar-se-á taciturno e desconfiado.

UM LYRIO (Rio) — Io O rapaz 'xíde ser in-ferior a si na escala social, mas possuir predicados deintelligencia e educação que o tornem susceptivel deuma justa

"promoção''. Se o de que fala estiver nessascondições, não haverá mal algum cm o continuar a dis-tinguil-o com o seu amor. Se, porém, fôr uma espéciedisfarçada de brutamontes... fuja delle, como o diaboda cruz! 20 O horóscopobro diz assim: A mulhertemerosa, modesta c deAlcançará riquezas e será

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de 28 de Nuvem-será imaginativa,boas lembranças.de grande governo,^erá in COnS tan te,mas de consciênciaamiga de fazer bem.Tem sina de se ca-sar tres vezes! Suaexistência, no em-tanto, não será dasmais longas.

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13 — FEVEREIHO — 1924 oocx>o<><><-><><><X^ O TICO-TICO OOOOOJ

LEITORES E AMIGUINHOS D'"0 TICO=TICO"

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1) MaurícioScnulo

A. 'Fonseca Lessa; 2) Maria José Fonseca Lessa; 3) Jayme R. da Fonseca Lessa; 4) Maria de Jesus e Fabiolada Silva; 5) Adó it. Mattos; 6) Luiz Sebastião Tavares Jacome; e, 7) Milton de Almeida Magalhães.

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HilISTORI A QEN A DE BRABANTEi

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T7m poderoso senhor do Pa- *latlnado, partindo para a guer-ra, deixara a Joven esposa, abella Genoveva de Brabante,sob a guarda de Golo. seu ta-

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--TtInfame Golo obedeceu logo

ao senhor. Genoveva e seu fi-lhe foram conduzidos a uma fio-resta onde teriam degolados.

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Ò traidor Intendente, to-mado de paixão odiosa, quiz se-duzlr a nobre dama, que re-pelliu com Indignação. Golo Ju-rou, ent4o. vingar-se e...

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Chegados ft floresta, os car-Tascos se condoeram da InfelizGenoveva e, soltando-a, disse-ram-lhe que fugisse para bemlonge. —w

O animal, muito manso, <.**_-xou que Genoveva o acaricias-se e ate que o filho da Infelizfugitiva tocasse com oe lábiosas tetas cheias de leite.

Genoveva, aümentando-se defruetos, viveu sete amos nagruta, em companhia da corça.a quem sempre afagava.

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... escreveu * «*u senhor di-zendo que Ue"* "«• o esque-cera e o trai"1*?

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* ""r^oTF^^r^ voltaram Acasa de O-lo • "«.traram-lheuma lingua. «j haviam cor-tado a um^mzcnd"

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\sDepois, entregando a carta a

um soldado, ordenou-lhe de en-tregal-a ao seu senhor, que erao conde Siffroy. T

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Genoveva, logo que os caJ*rascos a uerdoaram, cahiu deJoelhos agradecendo a Deus agraça que lhe dera.*^>-- x'Mm

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P^rs.'-r indo uma Corça. queJâ havia ferido, entrou na gru-ta,' e viu o animal atirar-senos biaç»s de uma mulher, queestava acompanhada de

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Este" fidalgo." lendo a cariarficou enraivecido, mas, não po-dendo abandonar seu exercito,ordenou a Golo que mandassematar Gtenoveva e seu filho

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Depois «ntf_n_o Rum» rr*-ta pana ee esconder, enco.itrouali uma corça que dava de mau-mar aos filhinhos.

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O conde nao reconheceu »espoea. Gtenovewa contou-ln»entfto toda • «erfhU» «o in-fama Golo.

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Siffroy, «ciente da innocencla da es-posa, trouxe-a para palácio em coropa-nhla do filho e da corça, que nfto a quizabandonar.

O conde Siffroy, no auge da alegria,mandou los» organisar testas publicas• solemnes Te-Deuns.

O infame OçWr$a &1*»» • pagou' com a vWa » £„.-»• "^Ira contraa virtuosa O

Com a saúde alterada pelo que boí-frera no deserto, Genovova também fal-leceu um anno empole, deixando o es-poso lnconsolavel.

A pobre core* que abandonara a*flore*ta3 para eegulr Genoveva, marfeu'e -tjdade Junto ao túmulo da boa •**nhoitt

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i) Geraldo e Maria de Lourdes Campos; 2) fiaria Luisa; 3) Eurydicc Pereira Barbosa; 4) Zizinha de Mesquita; 5) JoffreFadará Nobão; 6) Lucy de Pina Campos; e, 7) Alair, Altair e Alcina Guimarães.

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PALAVRAS DE BADEX POWELL

-OBQUE UMA TROPA NÃO -f.VE TER MAIS DS

TRIXTA E DOIS ESCOTEIROS

" Eu disse no Scouting for boys que mi-nha experiência pessoal demonstrou-meque eu não podia educar individualmentemais de 16 meninos; admitlindo tenha eu

cação é o que diz respeito ao desenvolvi-mento do caracter, a formação de homens.

De nada vale pregar as " leis do esco-teiro" ou dal-as como lição a uma multi-dão de creanças; é necessário para cadaespirito uma explicação especial e a am-bicão pessoal de a realizar. "

Estas palavras são tiradas do livro " OGuia do Chefe Escoteiro", de B. Fowcll.

Ellas podem e devem ser muito repeti-das entre nós e virão sempre a propósitopara educar o espirito da nossa gente quesó acha que um grupo é bom, quando énumeroso.

Muitos deixam de organizar uma tropapor contarem apenas com IO ou 12 esco-teiros. E' uin lastimável erro. As me-lhores tropas, em que o trabalho educa-tivo é o mais efficiente, são exactamenteas menores, como tão clara e sensatamen-te escreve o grande chefe Baden Powell,esse homem predestinado que teve por forçaa guial-o a mão de Deus quando concebeua sua bcmdicta creação — o Escotismo.

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SIGNALIZAÇÃO

Também entre os nossos selvagens esseuso era conhecido. Couto de Magalhães,um illustre general brasileiro que passougrande parte de sua existência entre os nos-sos indios, conta que elles usavam signaesde fumo para avisar os companheiros doponto em que estava o chefe, ou da ap-proximação de estranhos. Os signaes pormeio de sons também eram usados pelosselvagens.

Os escoteiros não podiam desprezar pra-tica tão útil e é de uso corrente entre ellesos signaes semaphoricos de braço, o ai-phabeto Morse, os signaes de bandeiras, osde fumo, e adoptaram dos indios os " si-giíaes escoteiros", com que deixam na cs-trada indicações para os camaradas que ve-nham a passar por ali.

Sk.maphoros — A alpljabeto semapho-rico é uma convenção de signaes em quecoda letra do alphabeto é representada poruma posição dos braços. Cada nação temo seu alphabeto particular, mas a maioriaadopta o inglez, que é por isso consideradointernacional.

Essas combinações parecem complica-das, mas uma pequena observação deixaráperceber como são fáceis.

Na transmissão de signaes dc braços

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A pratica de transmittir communicaçõcsa metade da capacidade dc um educador á distancia, por meio de signaes convencio- augmenta-se' de muito a visibilidade se ti-experimentado, é possivel que um instru- nados, vem desde a mais alta antigüidade, ver o cuidado dc escolher um fundo cmctor dê conta dc 32.

Ha pessoas que me dizem terem lindastropas dc 60 ou mesmo 100 escoteiros —as companhias dc cadetes vão até l_o —.I. os instruetores me asseguram que 01seus escoteiros são educados tão bem quan-to nas tropas pequenas. Eu lhes exprimoa minha admiração (ctymologicamentc ad-miração significa "espanto"). Mas nãoos posso crer.

Porque nos preoecupar de educação in-dividual? dizem elles. Porque é a únicaeducação possivel.

-se instruir um numero qualquer derapazes, mil de uma vez si se tem umaboa vóz, methodos attrahentcs ou meiosdi-ciplinares. Mas não é educação. A edu-

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que a figura do signaleiro se destaquebem. Sc estiver vestido dc claro procurarum fundo escuro, c vice-versa.

Se forem usadas bandeiras encarnada e. amarclla não precizam se preoecupar com

V isso, pois no fundo escuro o amarello éa cór mais destacavcl, c no claro, o en-carnado, e assim uma dellas será semprebem visível.

Alphabeto Morse — E' o usado nascomniunicações tclegraphicas. Cada letraé representada por combinações de pontose traços. Esse alphabeto é de grande in-teresse para os escoteiros c todos devemconhecel-o bem. E' um syslcma qu_ per-mittc a transmissão de múltiplas maneiras:

fl) por braços, como o semaphorico, sen-do o traço representado pelo movimentodos dois braços que se erguem até a po-sição horizontal e tomam a baixar, e oponto pelo movimento de um único braço;

_) quando a grandes distancias amarraro lenço no bastão; posição inicial, o bas-tão na vertical; um movimento para a di-reita, indica um traço, c, para a esquerda,um ponto;

c) por meio de apitos, cm que o traço ium som longo de um segundo, e o pontoum curto;

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d) pelo reflexos da luz solar com umespelho — o traço é representado por untreflexo á direita c o ponto á esquerda;

e) á noite por um signal dc luz que cou-servada oceulta descobre-se mais ou menoslongamente, constituindo traços e pontos.

E outros mais que a habilidade e en-genho dos escoteiros saberá inventar. ,

Os nossos Índios cómmunicaram-se a '

grandes distancias pelo som, batendo nochão com pesado pilão. E' o primitivoMorse.

Conselhos ci:r.\i.s — Para qualquercommunicação são precisos sempre dois cs-coteiros — um encarregado de transmittilou receber, outro encarregado dc dictar onreceber.

— Ao recebei uma mensagem nunca deveo escoteiro procurar ler as palavras c ami-to menos querer anlecipal-as, advinhandoa mensagem. Deve ler letra por letra, semne procecupar com as palavras que ellasformam.

Todo signal deve ser feito lentamente;é a melhor maneira dc transmittil-o di-pre-.a.

Velho I.ob_.

A P A T U L M A0t Cavalgando corseis de raça pur-sangue, dois cavai-

larianos, montavam a ronda; dc ordinário, nada havia,de anormal, que viesse perturbar a paz do socego, du-rante aquella noite quente de verão. A' esquina da rua,alguns populares, distrahidos, ficavam, ali, horas esque-cídas; uns, á espectativa de um encontro feliz com asua bem amada; outros, que não tenda o que fazer, vi-nhain buscar na liberdade das ruas, o seu desafogo, op-

presso, na monotonia do labor quotidiano, emquanto, ai-

guns sabiam de suas casas, em demanda do centro dacidade, a passeio. Outros, buscavam os seus lares apres-sados e saudosos. — A' janella, me detinha a scismar;espreitava o rumor que o tropel dos cavallos fazia nos

parallelepipcdos, dando aos ouvidos, a impressão dolo-rosa, ante a verdadeira comprchensão de uni imprevistoacontecimento. Não tinha de mim, receio algum, quepudesse alarmar o meu espirito dc burguez pacato.

De momento a momento, via e, tornava a rever, nomeu silencio, as personagens que, de longe, embora, psavam entre a escuridão da noite. Naquella posição quepermanecia, olhando a rua, reparava, ao mesmo tempoem tudo; revendo, deante dc mim, muitas vezes, os po-

Iiciaes que, com as suas montarias adextradas e luzidias,

pachorrentamente, cumpriam o seu dever sagrado: —

\ igiar e prender, em flagrante, aquelles, que se fazemmalfeitores c cubiçadores das cousas alheias: —-

O respeito a autoridade c uni dever imposto a todoo cidadão.

HUMBERTO SALDANHA'

O PARA TODOS... A EXCKLLKX 1 .. REVISTAMUNDANA E CINEMATOGRAPHICA, PUBLICA-]'.., NUM DOS SEUS PRÓXIMOS NÚMEROS,GRANDIOS-V PAGINA DUPLA COM FIGURINOSPARA O CARNAVAL.

As plumas alvissimas da garça branca, que exi.-tena nossa terra, são os adornos mais cobiçados pelosc.xtrangeiros.

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O ouvido mc.io convniunica com o pharyngepor iv"mo de uni canal denominado trompa de Etachio.

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t onnr_-.'oRIO^Arliíjos para Escoteiros - Cinte & Machado -^Sr^õl^ívSrS^

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ooooo 13 _ FEVEREIRO - 192ir^oooooooooooooooooooo o TICO-TICO ooooo •

DESENHO PARA COLORIR |

I _^^v^ V VvA !| y^_____^ vpM\ I

.. í . I . ooDepois dc colorido a lápis dc còr ou aquarella, deve o desenho acima ser enviado a redacção

d'0 Tico-Tico Publicaremos os nomes dos autores dos melhores trabalhos recebidos.

Na semana finda recebemos desenhos coloridos com muito gosto e arte dos seguintes meninos:

Tose Velho Tito, Edyr Pinto de Vasconcellos, Nakir Machado, Elisa Pontes Frederico Augusto Go-

£2 «h Slva Irene Tavares Vieira, Sadi de Toledo Cirne, José Caldas, Waldemar Galvao, Oscar-

: Vali da Silva, Galileu Campos, Helena de Guimarães Rezende Faria Alberto Pinto, *apo-

1, de Carvalho, Hilda Maria Gomes, Hedeguche Gomes Carneiro, Theho Bravo Bogado Nelson

Freire de Sá Campello, Mario Rodrigues Cavaleiro, José Pinto Cardoso, Oswaldo Chagas, Yolanda

R de Arruda e Luiz Pinheiro Rangel.

Clinica n_edica^T^^d' O TICO-TICO

EXERCÍCIOS PHYSICOS PARAMENINAS

Para estimular o desen-volvimcrúo do organismo.adquirindo, ao mesmo tem-p >, vigor e elegância, de-vem as meninas executardiariamente uma serie deexercícios commodos e_ ia-

cilimos, porquanto não exigeminatellaçào especial nem tão pou-co o emprego dc quaesquer ap-parellios. . .

Ue preferencia, os exercíciosserão feitos pela manhã, logoapós as abluções e cuidados hy-gtenko-, indispensáveis a quemse retirou do leito.

______ A roupa de malha, utihsadapelas ________ deve ser adoptada, vjstocomo é Dccessario gosar absoluta liberdadede movimentos.

Sempre que fôr possivel, serão os exer-cicbs realizados ao ar ivre; entretanto, ha-vendo impossibilidade de pratical-os, poresse modo, reduzir-se-á ao mmimo a con-dicção de.va__.jc__, abrindo complctamen-te as portas e janellas, para encher o apo-sento de muita luz solar e trazel-o con ti-nuamente sob o influxo do ar atmospheri-co renovado.

O primeiro exercício obedeceramente ás seguintes normas

íOOôôôOooooo

iW^

em posição erècta, estenderá os braços,apoiando-os ás costas e fixará a cabeça áigual distancia dos dois hombros; logoapós levantará a perna direita, dobrando-apara traz e formando, assim, um angulocujo vértice corresponda á articulação dojoelho, ao mesmo tempo, erguerá o corpoligeiramente, procurando firmal-o sobre osdedos do pé esquerdo e lançará, para de-ante, o braço direito, fazendo-o avançarquanto seja possivel, em semelhante atti-tude, repousará o corpo sobre todo o péesquerdo e, depois, crguel-o-á de novo so-bre os dedos, produzHWo alternadamente.os referidos movimentos de elevação e dedescanço, ao principio, algumas vezes, echegando, após vários dias de pratica, arepetil-os quinze, vinte, vinte e cinco emais vezes; finalmente a executante com-pletará este exercício, realizando idênticosmovimentos com os outros membros, istoé, levantando o corpo sobre os dedos dopé direito, erguendo tambem a perna es-querda, para traz, conservando estendido,para a frente, o braço esquerdo e repetindovarias vezes, sobre o pé direito, os movi-mentos de elevação c de descanso já ei-lados. (Continua)

CONSULTAS DA SEMANA

DIDI (Recife) — A extirpação, como emprego de processos cirúrgicos, c asapplicações de electricidade, são os únicosremédios que darão resultado.

C. A. (Petropolis) — Use Vinho deJitrubeba Ferrugi.wso, de Marinho. —um pequno cálice depois d. cada refeição

: a cxivuiiui^i

principal. Externamente empregue tinturade iodo recentemente preparada 20 grs.,tannino 80 grs., glycerina neutra 300 grs.,— uma colher, para um litro d'agua mor-na, em lavagens, por mieo do irrigador, -

pela manhã e á noite. 0LECTICIA (Victoria) — Dê á creança O

Néo-laxalivo Chapotot, — uma colherinha 0(das de café), pela manhã e á noite. 0

A. G. (Bangú) — Suspenda as appli-cações dos saes de quinina. Faça, por se-mana, 3 injecções hypodermicas, empre-gando Séroferrine Chevretin. Depois decada refeição, tome um pequeno cálice, doVinho de Quinium Labarraque.

_ S. A. (Campos) — Depois de cada vrefeição, tome dois comprimidos de La- qclozymasc B. Externamente faça constan- qtes applicações de Glycina. /\

AP. REHEXSIYO (S. Paulo) — Pela Xmanhã e á noite, use ura comprimido de XJlypophysina. A's refeições, tome o Dy-namogcnol. ,

J. D. L. (S. Paulo) — Use Staphy-lasia Iodurada Doycu. — 3 colheres pordia. De 2 cm 2 dias, faça uma injecçãohypodermica, empregando 2 centimítros eu-bicos da Collobiasc de Estanho Dausse.

GERALDO (S. Paulo) — Tome pelamanhã e á noite, meia pastilha ik Ne»-rodóse. Depois de cada refeição principal,use: arrhen.il, 20 centgrs.; lacto-phospha-to de cálcio, 15 grs.; glycerina, 30 grs.;xarope de proto-iodureto de ferro, 300 «grs. — uma colher (das de chá). Em africções, empregue o Balsamo de Béngue. .

Ds. Durval de Brito },00000000 \

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iooooo o TICO-TICO ooooooooooooooooooooo 13 FEVEREIRO — 192í oooooi

(DND3B&DSRESULTADO DO CONCURSO N. 187»

NoIucionistnHi — Pedro do Pctte-, Ma-ria Abreu, José Magno de Araujo, JoãoHermens, Kberaldo Adelino Dias. Alui-slo dc Castro Filgueiras, Aldo Paes Bar.retto, Saul Valnsto L., Emílio Rodri-gues, Alenlro M e a n d a Netto, Eduardode Carvalho, Aracy Dariano, Nino Hol-tender, Edina Ferreira Netto, AméliaAir.orlin, Ilulda Rizzo, Narbal Assum-pçãò, Nice Cerqueira, Doralice de OU-Mira, Milton de Mello Schmith, Dused'.\ltavil'.a Mello, José Sabino MacielMonteiro, Roberto Simonard, AffonsoPontes Filho, Edméa Meanda, Manuel-zinho Trancoso, Danilo Piazza, LucetteRocha, Nabor dc Freitas, Cícero Cam-

Alba Valeaea Oaslar, Hugo Corrêade Souza, Guiomar Sâ, Nilson Machadolias;og. Lúcia da Conceição, Paulo Bell-zario de Soi.ua Corimbaba. Oswaldo San-ta Maria, Joio Silveira, Ituth da Veiga,Américo Guimarães, Júlio Pereira, Os-«aldo da Costa liamos. Waldemar G.Ramos, Annita Guilianelli, Laury TesehFurtado, Célia Santos, Alvarlna Santos,Alberto de Oliveira Santos, GuilhermeMonteiro. Vara de Lacerda, Maria doCarmo Dias Leal, Homero Dias Leal,Marilia Dias Leal, Rubem Dias Leal,Frederico Gomes da Silva. Lourdes Foh-tes, Teimo do Couto Teixeira. AvelinoFrancisco Duarte, Bmilla Gltahy deAlencastro, Renato Pellettl, MargaridaSilva, João Motta Carrano, Paulo deCarvalho, Carolina Fredlani, Maria Joséde Barros Ferreira, Marina oliveira Cal-das, Paulo Leite Bastos, RuUi Santos,

TOI O SEGUINTE O RESULTADOFINAL DO CONCURSO

1° Premio:

ADELINO FRANCISCO DUARTE• edc 7 annos de idade e residente á ruaDr. Carmo Netto n. 282, nesta capital.

2* Premio:

DUSE IfALTAVILLA MELLO

de 7 annos dc idade e moradora á PraçaRoyal n. II, cm Maceió, Estado de Ala-goas.

3* — Roma — Amor.4» — Bulgária — (Sophia).6» — Cedro — Cedo.Solnelnnistasi — Maria M. Sampaio,

Roberto M. Sampaio Junior. RodolphoM. Sampaio, Cezar M. Oliveira, AlfredoGuedes Martins, Rodolpho DalTOppio,Euclydes Cintra, Eduardo Mossi. JoãoBaptista Peixoto, Antonietta Barreto,Maria do Carmo Dias Leal, HomeroDias Leal, Marilia Dias Leal, RubemDias Leal, Adir de Souza o Silva, MagdãCunha, Guilherme Monteiro, CarmenSenna Guimarães, Edith Pereira Leitão,Llzette Pereira Pinto, Anlz Franjan,José Franco Bittencourt, João Silveira,José Pcres, Grauiella Rios, OphellaFranca, Maria de Lourdes Santos, Er-nesto Gemignanl, Walter da Silva Hes-panha, Lauro Blum, Paulo Ignacio de

LKSCLTADO L-0 CONCURSO N.

Hcspoxtus certas:

1» — Girasol.2" — Dente — Tente.

1888

COCEIRASIIIII '1 tsjsBjBjajasjBsjassaBasaajsjjrt

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* aakl >- --h3B1 1li lL-^LWr^^

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TUMORESBahia. 29 de

Agosto de 1917— limos. Srs.Viuva Silveira& Filho —Ilio de Janel-ro — Amigose Srs. — Ve-nho por melodesta agrade-cer-vos acuraque o vossoefflcaz ELI-XI li. DE NO-1UEIRA, do'barmaceutlcoChimico JoãoIa Silva Sil-veira, operouem um mes

na minha filhinha Amélia, de doisn 11 mis de rdnde, a qual Unha umpadecimento de eoceirns e turno-res ein todo o corpinlio.

Vendo pelos Jornaes as curasprodigiosas que o vosso ELIXIRDE NOGUEIRA tem feito, com-prel um vidro e vi logo em pou-cos dias o resultado desejado ehoje dou graças a Deus, por verminha filhinha radicalmente cura-da deste mal. Aconselho a todamãe que tiver seus filhos no es-tado em que tive a minha a usaro ELIXIR DE NOGUEIRA comoum grande purificador do sangue,para adultos c creanças. Juntoremetto a photographia de minhafilhinha Amélia de Carvalho Bran-co, podendo publical-a. — De VV.Att. Cra. Obda. JudKh de Carvn-lho, nsidente & rua do Pilar n. 77.

Carvalho, Laury Tesch Furtado, DalilaM. César. Delza Pereira de Souza, Eu-rico C. Pereira de Souza Filho, PauloBelisario de Souza Corimbaba, CarlosVanottl, Eloah de Campos Stallone, Yo-landa Moreira Pessoa, Lucy Santos, Ma-ria Eugenia Pereira de Souza, Sérgio deMello, Nair Carvalho Chaves, EduardoM. Pinheiro, Francisco dos Santos Fur-\tado Nunes, Maria da Conceição Perei-ra da Motta, Loiso Villas Boas, CelsoGarcia, Victor de- Azevedo Marques,Synval de Macedo, Olga Balão, Edmun-do Martins Gomes, Fernando Albano,Julia Coletta, Arnaldo Machado Braga,Maurillo Fonseca, José Vau da Silva,Xavier Gtuida, Eneida Parreiras. VeraMllward, Nair Mendes de Frciias, Fer-nando Amoedo, João C 1 m a t o, MariaAnedda, Mario Ruggero, Odette de Al-meida, Marly Amaral Valle, Maria doLourdes M. Ribeiro, Maria Angela doAmaral Valle, Eduardo do Carvalho,Jayme do Rego Macedo, Adaucto da Sil-va Teixeira, Walna Werneck, JoacyrNacy, Helena Spinola Pinto, Mimi N.d.- Sã, Ruy RenaWy Deserbells, NelsonF. de Sá Campello, Jorge Barroso. Adal-berto da Silva, Lia Quartim do Moraes,Sylvia da Silva Mesquita, Helena daCosta, Ilka Pereira dc Souza, Lourdesl-Yr.tes, José Fontes, Maria José d'Al-im ida, Cícero Campos, Álvaro Marcon-des da Silva, Wandick Vianna. AntônioPinto Moreira, Marina Valrâo, José Cal-

..-rto L. Araujo. Maria CamillaMesquita Pinheiro, Emilia Celeste Gui-dão da Veiga, Genny Lopes. Oswaldo XDomingos do Moraes, João Jorge Nemer, VYara de Gouvéa, Adelino Carvalho Vil-la<;a. Armando Savastano. José PaivaChermont. Plínio Ortiz da Silva, Fer-nandina Elvira Caruso, Marcinio Mat- 'tos, Irene Tavares Vieira, Odette Cor-réa Lopes, Judith Moraes Rego, Gilda de

me. Depura — Fortalece

E' nãoperdermais um

s ó minu-to, meuamigo; ou-ça o con-selho deum h o -mem ex-

periente.Faça usodo Elixirde Inha-

— Engorda.

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(OOOOO 13 _ FEVEREIRO — 192ÍOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO O TICO-TICO OOOOOl

O TICO-TICOO CONCURSO DE C0XT03 DO

"TINTOL"

A Commissão a quem pela segunda vezcommettemos o julgamento dos contos depreconicio ao Tintol, composta dos srs.professores Curiacio Cabral, M. DaltonSantos e Hemcterio dos Santos, acaba dese desempenhar honestamente dlcsse en-cargo.

Dos 48 trabalhos recebidos, destacou aCommissão cinco que lhe pareceram me-Ihores e que são: A conquista, A Titã eo Tintol, um sem nome que recebeu o n.44 na ordem dc recebimento, o Rajah, Eo Juvenal explicou... e O trophcu dosNhambiquaras.

Mas como, mesmo classificando, emprimeiro legar estes cinco contos, a Com-missão considerou a qualquer delles im-merecedor de um premio de 1 :oco$ooo, re-solvcmos a todos satisfazer, distribuindoa importância acima em partes iguaes de20o$ooo, pelos autores dos alludidos traba-lios, para o que deverão comparecer nonosso escriptorio.

Rio de Janeiro de 1924.M. Gonçalves & Cia.

Rua Municipal, 13.

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An -íKsiunnturi-M eonieçnm sempre no dln 1 do mez em que forem tomndaa«¦ «O verão aeceitna annnal ou semeatralmente. Toda a correspondência,como toda a remessa de dinheiro, (que pode ser feita por vale postal oncarta registrada com valor declarado), deve «er dirigida 6 SociedadeAnonyma O MALHO — Rua do Ouvidor, 104. Endereço telesrapnlco iOHALIIO—Rio. Telcphonest Gerenciai Xort«r5402; Escriptorio: Norte 5818.

Annunclosi Norte 0131. Officlnasi Villa 0247.Succuraal em S. 1'nnlo dirigida por Gastuo Moreira — Rua Direita

n. 7, sobrado. Tei. Cent. 5U4U. Caixa Postal Q.

Mello, Margarida Mello, Bernardo Pin-to, Kenato Bartolini, Fernando C. deAbreu Pereira, Maria José Moreira Gul-marâes, Guiomar Sá, Odillon Vieira, Ma-ria Helena Gitahy de Alencastro, Regi-naldo Carpenter Ferreira, Eberaldo Ade-lino Dias, Romero de Saboya Pontes,Célia Soraggi, Teimo do Couto Teixeira,Walter V. Murray, Antonio Braga, Pau-Io Anatocles da Silva Ferreira. Guilher-mo Calazans de Moraes, Helena Pontes,Mai ia Nylda CaateMea Catar, AdrianoB. Ziaschi, Arnaldo R. Vasconcellos, Al-jilieu Rampazzo, Ary Tavares Boechat,C< leste Pires de Sá. Rosa Vai Mm de Car-valho, Oscar Torres de Paranhos, MaryaPinto Souteiro, Camilla Engler. LourdesPereira Barbosa, Narbal Assiimpçao. Ar-inundo Amorim de Magalhães, WalterDlogo de Almeida Campos. Célia San-tos, Maria José de Barros Ferreira, Ava-ny Reis, Joaquim José do Nascimento,

FOI PREMIADO O SOLUCIONISTA:

WALTER DA SILVA HESPANHAde li annos de idade e residente cm Pas-

a sa Quatro, Estado de Minas Geraes.

CONCURSO N. 1894

PARA OS LEITORES DESTA CAPITAL E DOS

ESTADOS PRÓXIMOS

2* — Qual o instrumento musical for-mado pelo tempo de verbo, pela vogai epelo advérbio?

(3 syllabas)Francisco de Paula Marques dos Santos

3* — Qual o movei que sem a primeirasyilaba é nome de homem?

(4 syllabas)

4* — Qual a frueta formada pela mas-sa d'agua e pelo sobrenome?

(3 syllabas)Alcides Leite Cunha

5* — Qual a nota musical que entredois advérbios não tem cabello?

(1 syl lata)Maria de Castro Menezes

As soluções derem ser enviadas a estaredacção, separadas das de outros quaes-quer concursos, acompanhadas das decla-rações de idade e residência, assignaturado próprio punho do concorrente e aindado vale que vae publicado a seguir e temo numero 1894.

Para este concurso, que será encerradono dia 3 de Março próximo, daremos

TODA A CREANÇA SHRA' FORTE,CORADA E GORDA

Perguntas:

1* — Qual a nota musical que é partedo navio?

(1 syilaba)Orlando Leal Carneiro

, <(,^vadórdeo, ti'

^^~x\ ' *" r^k.

víl©©)

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PROTECÇAO

O maior bem da vida é a saúde.Deveis obtel-a e resguardal-a como fa-ricis com a própria vida.

As desordens dos rins, quando des-prezadas, levam a males perigosos. Sesoffreis dores nas costas, agudas doresnas cadeiras. Se vos sentis desanima-dos, tristes e abatidos, desconfiae dosrins. A's vezes sentis náuseas, fortes do-res de cabeça, e penosas irregularida-des urinarias. São signaes de que osvossos rins estão enfermos, devido tal-vez a excessos de trabalho, comer de-mais, água de má qualidade, ou doen-ças. Protegei, portanto a saúde, usan-do para os rins PÍLULAS DE FOS-TER. Negligencia em attendel-os pôdecausar males mais sérios, Jonga enfer-miifede e maiores despesas. O rheu-matismo, enfermidades cardíacas, cal-cu!os, diabetes, e o fatal mal de Bri-ght, podem ser corrsequencias da de-bilidade dos rins.

As PÍLULAS DE FOSTER pro-tegerão estes órgãos, pois são o remédioque tem sido experimentado durantelongos annos com effeito seguro. Per-tTintae ao visinho I

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>c>oooo o TICO-TICO oooooooooooooooooooooicCONCURSO N. 1895

PARA OS LEITORES DESTA capital

FEVEUEIttO — m2i OOOOO <

t DO* ESTADOS S

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IW.VM

Sociedade Anonyma"0 MALHO"

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Como vocês vecm, na gravura acimaclã um mercador empunhando varias bo-Ias cheias de gaz nas quaes existem le-trás. Disseram ao mercador que as letrasque figuram nas bolas formavam umasaudação a uma festa muito popular cquerida de vocês. O mercador está atra-palhado para descobrir cs_a saudaçã.i epede auxilio ao Dr. Sabetudo. Anlt.ste lh'o de, voeis vão decifrar a _aii<ta-ção e terão, dessa fôrma, resolvido o con-curso.

As soluções devem ser enviadas a estaredacção, acompanhadas das declaraçõesde idade c residência, assignatura do pro-prio punho do concorrente e ainda dovale que vae publicado a seguir e tem onumero 1895.

I'ara este concurso, que será encerradono d^a 28 de Março vindouro, danemoscomo .prêmios de i* e 2° logares, por sor-te, dois ricos livros illustrados.

AVISO

o endereço: Redacção d'0 Tico-TicoRua do Ouvidor. 16.1 — Rio.

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O TICO-TICO

TON i N HO E O TOTÓ

— Toma esta bolacha, Toninho,e vá comel-a no quntal! — diziaa tia Rosa. (O)J sJ *s£?ir" \s /

^z!^j9^aa^(O)

Tondnho de posse da bolacha foiipara o quintal onde se achava Totó,que, vendo-o, não o... (O) .. .abandonou mais, lambendo-

lhe o rosto, aos saltos, a ver seconseguia abocanhar a bolacha.

Náo era cousa fácil, mas Totóatirou Toninho ao chão, tomou-lhe a bolacha e fugiu...

Toninho, chorando, foi se queixarao papae da mácriação do Totó. Pa-pae...

O

...reprehendeu severamente Totó,prohibindo-o de tirar as gulodicesque Toninho estivesse a comer.

y^Yf011^

a~£t^\.y&rm,<s„„_ 1 vi

V,

¦

E mandouse á cosinha'acha...

que o garoto voltas-para pedir outra bo-

...á tia Rosa. A boa velha deu,então, outra bolacha ao Toninho,que... (d)

y^. ?¦...sahiu correndo para o quin-

tal. Mas Totó tem um faro es-pecial e de novo...

iü^ ^ —¦ /"~x——1— —(

fo)...se atirou sobre Toninho com / /* N

0 fim de comer a gulodice que o I )gury tinha na mão. \ ^—'

Papae viu tudo de longe e, comocastigo a Totó, prendeu-o á cor-rente.

Toninho poude assim, comer ávontade a sua bolacha e o Totóficou com água na bocea.

Page 23: TICO -TIGO - BNmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1924_00958.pdfactivar a nutrição e levantar as forças . nos doentes que por qualquer causa as lêem depreciadas - Miguel Couto

AS AVENTURAS DO ÇHIQUINHO o.cavallo de pau1

~\j "'Çhiquinho tinha um cavallinho de pau que ganhara

de festas pelo Natal. O brinquedo era muito bonito,mas não andava sem «jue alguém o empurrasse. Ben-j.unini, porem, lá estava...

...para resolver o problema.Apiarrou Jagunço á prancha do ca-vallinho, escondeu-se e fingiu degato, foi obra de um....

y) ...momento para o irrequieto Benjamim. Chiqui-nho também estumava o cachorro, dizendo-lhe quepegasse o gato. Jagunço farejou no ar e...

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...partiu em louca disparada. Em pouco tempo numanuvem de pó, não mais se distinguiram Çhiquinho, ocavallo e o Jagunço.

O cavalleiro rodopiou na poeira; o cavallo completamenteescangalhado era arrastado pelo cachorro. A festa termi-nou ainda mais...

...trágica, visto que Çhiquinho, depois de entrar numadt')Se de... etc, foi posto «ie castigo. Jagunço, o amigo.certo "nas occasiões incertas, lá estava.