socioeconomia & ciência animal -...

15
Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Departamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal 1 Socioeconomia & Ciência Animal Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 074, de 31 de maio de 2014 EDITORIAL Bem-estar animal não é uma concepção ideológica ou romântica, como alguns ainda pensam. É algo concreto que vem sensibilizando os mais diversos segmentos produtores, mesmo os mais conservadores. O artigo de capa desta edição – assinado pelo nosso pesquisador Alejandro Ojeda – traz um olhar sobre o assunto, com enfoque na pecuária de corte. Em nossa seção de artigos, selecionamos assuntos bastante variados das revistas: Ceres, Revista Brasileira de Ciência Avícola, Sustentabilidade em Debate, Ambiente e Sociedade, Applied Animal Behaviour Science, Small Ruminant Research, Food Science Technology e International Food and Agribusiness Management Review. Trazemos o Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC) atualizado para o mês de maio. Houve aumento do preço da cana-de- açúcar, mas queda nos preços dos grãos (milho e soja). Com isso, os efeitos sobre os custos de produção de cordeiros foram distintos em função das diferentes regiões. Confira! Atualizamos a seção de oportunidades, que vem com diversas vagas para profissionais da área de agrárias. Alguns concursos públicos para professor também são apresentados. Divulgamos com destaque o IV Sigera - Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais. O Sigera 2015 tem como eixos temáticos as tecnologias de tratamento de resíduos, o uso dos resíduos como fertilizante, os impactos dos resíduos nos sistemas água-solo-ar e planta, a produção de energia a partir de resíduos e os sistemas de gestão de 1 Médico Veterinário; aluno do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP); e Pesquisador do Laboratório de Análises Socioeconômicas e resíduos. Os interessados em participar da quarta edição do Sigera já podem enviar seus trabalhos científicos. O prazo de envio termina no dia 17 de outubro. O evento acontece de 5 a 7 de maio de 2015 no Rio de Janeiro. Informações detalhadas constam nesta edição do boletim. Relembramos que continuamos atualizando diariamente a página do LAE no Facebook, principalmente com notícias de diversas fontes. Acesse: www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP Boa leitura! Os editores DIVULGAÇÃO Bem-estar animal na pecuária: uma oportunidade real Alejandro Ojeda Rojas 1 “Como nossos métodos seriam vistos em um vídeo feito por um celular na internet? Como as pessoas nas cidades veriam isso?” São perguntas feitas pela Doutora Temple Grandin durante uma entrevista recente para o portal de pecuária BeefPoint; perguntas que, infelizmente na maioria dos casos, ainda estão sem resposta. Os avanços nas tecnologias de informação, principalmente a internet e a facilidade proporcionada para a comunicação e a difusão de conhecimento, têm deixado em evidência que a sociedade não é indiferente frente às práticas que envolvem animais nos processos de produção de carne. Muito pelo contrário, pois se entendeu que a indiferença ao sofrimento dos animais, em tempos passados, não era mais que desconhecimento. Hoje a informação é um bem comum ao alcance de muitos. A sociedade tem, cada vez mais, uma visão crítica acerca de como são tratados os animais nos lugares de produção e exige respostas. Essas respostas são responsabilidade iniludível que nós, técnicos, profissionais e pesquisadores da pecuária, não Ciência Animal (LAE/FMVZ/USP). E-mail: [email protected].

Upload: lamnhan

Post on 12-Feb-2019

225 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

1

Socioeconomia & Ciência Animal

Boletim Eletrônico do LAE/FMVZ/USP Edição 074, de 31 de maio de 2014

EDITORIAL Bem-estar animal não é uma concepção ideológica ou romântica, como alguns ainda pensam. É algo concreto que vem sensibilizando os mais diversos segmentos produtores, mesmo os mais conservadores. O artigo de capa desta edição – assinado pelo nosso pesquisador Alejandro Ojeda – traz um olhar sobre o assunto, com enfoque na pecuária de corte. Em nossa seção de artigos, selecionamos assuntos bastante variados das revistas: Ceres, Revista Brasileira de Ciência Avícola, Sustentabilidade em Debate, Ambiente e Sociedade, Applied Animal Behaviour Science, Small Ruminant Research, Food Science Technology e International Food and Agribusiness Management Review. Trazemos o Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista (ICPC) atualizado para o mês de maio. Houve aumento do preço da cana-de-açúcar, mas queda nos preços dos grãos (milho e soja). Com isso, os efeitos sobre os custos de produção de cordeiros foram distintos em função das diferentes regiões. Confira! Atualizamos a seção de oportunidades, que vem com diversas vagas para profissionais da área de agrárias. Alguns concursos públicos para professor também são apresentados. Divulgamos com destaque o IV Sigera - Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais. O Sigera 2015 tem como eixos temáticos as tecnologias de tratamento de resíduos, o uso dos resíduos como fertilizante, os impactos dos resíduos nos sistemas água-solo-ar e planta, a produção de energia a partir de resíduos e os sistemas de gestão de

1 Médico Veterinário; aluno do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal, Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP); e Pesquisador do Laboratório de Análises Socioeconômicas e

resíduos. Os interessados em participar da quarta edição do Sigera já podem enviar seus trabalhos científicos. O prazo de envio termina no dia 17 de outubro. O evento acontece de 5 a 7 de maio de 2015 no Rio de Janeiro. Informações detalhadas constam nesta edição do boletim. Relembramos que continuamos atualizando diariamente a página do LAE no Facebook, principalmente com notícias de diversas fontes. Acesse: www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP Boa leitura! Os editores DIVULGAÇÃO

Bem-estar animal na pecuária: uma oportunidade real

Alejandro Ojeda Rojas1

“Como nossos métodos seriam vistos em um vídeo feito por um celular na internet? Como as pessoas nas cidades veriam isso?” São perguntas feitas pela Doutora Temple Grandin durante uma entrevista recente para o portal de pecuária BeefPoint; perguntas que, infelizmente na maioria dos casos, ainda estão sem resposta. Os avanços nas tecnologias de informação, principalmente a internet e a facilidade proporcionada para a comunicação e a difusão de conhecimento, têm deixado em evidência que a sociedade não é indiferente frente às práticas que envolvem animais nos processos de produção de carne. Muito pelo contrário, pois se entendeu que a indiferença ao sofrimento dos animais, em tempos passados, não era mais que desconhecimento. Hoje a informação é um bem comum ao alcance de muitos. A sociedade tem, cada vez mais, uma visão crítica acerca de como são tratados os animais nos lugares de produção e exige respostas. Essas respostas são responsabilidade iniludível que nós, técnicos, profissionais e pesquisadores da pecuária, não

Ciência Animal (LAE/FMVZ/USP). E-mail: [email protected].

Page 2: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

2

podemos transferir a ninguém; é preciso assumir uma postura frente aos questionamentos, analisá-los, fazer as correções pertinentes e mostrar os novos avanços em prol de uma pecuária mais respeitosa com os animais. Breve Historia A história nos mostra que a preocupação para melhorar a existência dos animais de produção não é recente e poderíamos pensar que, possivelmente, faz parte do processo de domesticação das espécies nos primórdios da pecuária (Rodríguez-Estévez, 2014). Já nos dias modernos, a primeira reação formal de desacordo com os maus tratos aos animais, aconteceu na Europa no ano 1776. Ano em que o reverendo Humprey Primatt, defendeu os interesses dos animais por meio de seu trabalho, “Dissertação sobre o dever de compaixão e o pecado da crueldade contra os animais brutos” (título original em inglês: “Dissertation on the Duty of Mercy and Sin of Cruelty to Brute Animals”) (Favre e Tsang, 1993). Posteriormente, a pressão de alguns indivíduos da sociedade sob os sistemas produtivos foi traduzida em mudanças no âmbito legal. Em 1789, o advogado inglês Jeremy Bentham foi um dos poucos que abordou legalmente o tema animal e argumentou que a capacidade de sofrer dos animais lhes confere o direito de uma consideração legal. Ele escreveu:

“Talvez chegue o dia em que o restante da criação animal venha a adquirir os direitos que jamais poderiam ter-lhe sido negados, a não ser pela mão da tirania. Os franceses já descobriram que o escuro da pele não é motivo para que um ser humano seja irremediavelmente abandonado aos caprichos de um torturador. É possível que algum dia se reconheça que o número de pernas, a vilosidade da pele ou a terminação do osso sacro são razões igualmente insuficientes para se abandonar um ser senciente ao mesmo destino. O que mais deveria traçar a linha intransponível? A faculdade da razão, ou, talvez, a capacidade da linguagem? Mas um cavalo ou um cão adulto são incomparavelmente mais racionais e comunicativos do que um bebê de um dia, uma semana, ou até mesmo um mês. Supondo, porém, que as coisas não fossem assim, que importância teria tal fato? A questão não é ‘Eles são capazes de raciocinar?’, nem ‘São capazes de falar?’, mas, sim: ‘Eles são capazes de sofrer?” (Bentham, 1789).

Anos depois, em 1822, o parlamentário inglês Richard Martin foi o responsável pela aprovação da primeira lei que tornava crime maltratar os animais. Embora o objetivo da medida fosse proteger o dono do detrimento de seus bens e não a proteção dos animais, era de fato uma lei que, pelo menos de forma indireta, iria advogar pelos interesses dos animais nas fazendas. Para garantir o seu cumprimento, Martin e seus colaboradores criaram um movimento com o fim de fiscalizar o trato dos animais e promover as ações judiciais (Singer, 2009). É claro que desde aquele momento a sociedade começou a ter um papel imprescindível, inclusive mais importante que as próprias instituições do Estado, frente ao monitoramento das condições dos animais durante a produção e o abate. Nessa mesma linha, posteriormente, as reações da população inglesa provocadas pela publicação do livro Animal Machines no ano 1964 por Ruth Harrison - acerca dos métodos industriais de produção, que até o momento recebiam relativamente pouca atenção - obrigaram o governo britânico a criar o comitê Brambell, com o objetivo de avaliar as práticas das produções e propor as reformas para mitigar o sofrimento animal (Singer, 2009; Friend, 1990; Matheny e Leahy, 2007). Após o árduo trabalho de investigação do comitê, foi gerado um relatório com o conceito das “Cinco Liberdades”; este conceito é até hoje amplamente usado em temas de bem-estar animal por organizações e países no mundo todo (Matheny e Leahy, 2007). As cinco liberdades são (Matheny e Leahy, 2007):

1. Livres de fome e sede e com pronto acesso à água fresca e a uma dieta que os mantenha saudáveis e vigorosos. 2. Livres de desconfortos e vivendo em um ambiente apropriado que inclui abrigo e uma área confortável para descanso. 3. Livres de dor, ferimentos e doenças por meio de prevenção ou de rápido diagnóstico e tratamento. 4. Livres para expressar comportamento normal, uma vez que lhes sejam garantidos: espaço suficiente, condições de moradia apropriadas e a companhia de outros animais de sua espécie. 5. Livres de medos e angústias e com a garantia de condições e tratamento que evitam sofrimentos mentais.

Esta longa história de preocupação e atenção às necessidades dos animais nas fazendas da Europa, poderia explicar o desenvolvimento de sua

Page 3: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

3

legislação mais estruturada e um maior compromisso das instituições do Estado. Por outro lado, também é importante ressaltar que a Europa não tem um perfil de produtor de alimentos e sim de importador. Esta situação facilita um pouco as coisas, já que a pressão dos produtores europeus em resposta aos controles e restrições é muito menor que a observada, principalmente, nos países do continente Americano. A situação de ocidente é um pouco diferente. O posicionamento dos Estados Unidos frente à proteção animal é evidentemente mais fraco que o europeu. Os esforços legais para garantir o bem-estar dos animais têm pouco impacto no interior das granjas e seu foco principal de controle é o transporte e abate; algumas de suas leis mais importantes não se aplicam aos animais de produção, exceto os usados para pesquisa, testes ou educação (Matheny e Leahy, 2007). No Brasil, o bem-estar animal está presente na legislação desde 1934, estabelecendo medidas que fomentam a adoção de boas práticas por parte dos produtores rurais. Em 2008, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) criou uma comissão para coordenar ações de bem-estar animal na cadeia produtiva. A dificuldade da fiscalização no campo faz com que os controles fossem focados principalmente no abate e, em menor amplitude, no transporte. Bem-estar animal na Pecuária de corte A combinação da grande disponibilidade de recursos naturais e os avanços em infraestrutura e tecnologia posiciona o Brasil como grande fornecedor de alimentos de origem animal para o mundo. Este perfil traz consigo uma série de questionamentos e responsabilidades, principalmente no âmbito ambiental e, inevitavelmente, no bem-estar animal. Na pecuária de corte, por exemplo no ano 2006, o Brasil foi o responsável por 20% das exportações de carne bovina no mundo (FAO, 2009). A base desta produção é um sistema baseado, principalmente, em animais criados a pasto (Anualpec, 2012). Em comparação com frangos, suínos e vacas leiteiras o sistema produtivo predominante de gado de corte, no Brasil, ainda conserva importantes vantagens quanto ao conforto dos animais nos processos de produção empregados. As mudanças nas práticas convencionais de manejo para melhorar as condições de vida dos animais nas fazendas produtoras de carne bovina, não incorrem em grandes investimentos ou sacrifícios de

produtividade como acontece nas outras produções, onde as melhorias no bem-estar animal (por meio de modificações das dietas, o ambiente ou a lotação animal) podem comprometer os ganhos econômicos. Em teoria, os custos de produção incorridos com as melhoras no bem-estar animal poderiam ser compensados pelo aumento dos preços ao consumidor (Matheny e Leahy, 2007), mas esta medida só atingiria uma pequena faixa do mercado e o impacto sobre a indústria seria mínimo se o objetivo fosse melhorar as condições dos animais. Embora as atividades desenvolvidas na pecuária de corte tenham reduzido o impacto negativo no bem-estar animal, ainda estão longe de ser livres de dor. Práticas tradicionais e comuns como marcação, castração, vacinação, desmama, transporte e abate ainda têm um longo caminho que percorrer para ser melhoradas. Neste sentido, a Comissão Técnica Permanente de Bem-estar Animal- CTBEA do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em parceria com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO) da UNESP, publicaram uma série de manuais que fomentam a adoção de boas práticas de bem-estar animal (disponíveis em http://www.agricultura.gov.br/animal/bem-estar-animal/medidas-e-aplicacoes). A diminuição do estresse e do sofrimento desnecessário dos animais devem ser um desafio constante de todos os envolvidos nesta atividade. Precisamos nos informar e aprender sobre as melhores técnicas de manejo e tentar repeti-las, enfatizando que em qualquer tipo de manejo deve existir uma boa relação entre o homem e o animal, garantindo conforto e segurança para ambos. Bem-estar de pessoas E impossível falar de conforto para os animais se as pessoas envolvidas no trabalho diário com eles não têm as necessidades mínimas atendidas, pois as pessoas são o elo mais importante da cadeia do bem-estar animal e merecem toda nossa atenção. Funcionários motivados terão prazer de trabalhar e fazer as coisas bem. Segundo Simioni (2013), a renda dos empregados rurais é um fator determinante no grau de comprometimento com os objetivos da propriedade. Mas não só o fator econômico é transcendental, também as expectativas de realização pessoal, condições de moradia adequada, comunicação e lazer são muito importantes. O estudo feito por Riella (2012) conclui que somente o 15,8% dos trabalhadores ocupados pela pecuária na região de Tambores em Uruguai, consideram ter um emprego com

Page 4: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

4

condições de alcançar bem-estar econômico, social, psíquico e de saúde. Isto levando em conta a importância da pecuária bovina em Uruguai e o fato de que esta emprega o 60% dos trabalhadores permanentes do setor agropecuário. É claro que o discurso do bem-estar animal envolve muitos mais temas, além dos animais, a gestão de pessoas será fundamental para alcançar os objetivos fixados. Não existe bem-estar animal sem bem-estar dos colaboradores. Economia do bem-estar animal Há algumas situações em que os interesses das pessoas e do bem-estar animal seguem a mesma direção, infelizmente não é o caso da maioria das atividades relacionadas com produção de alimento. A produção de proteína de origem animal a baixo custo e níveis altos de bem-estar animal não seguem a mesma direção e o dilema de quem deveria pagar esses custos não permite muitos avanços na matéria (Molento, 2005). A teoria de que animais bem tratados são mais produtivos, têm seus limites e é basicamente a relação entre a produtividade e o bem-estar animal o foco do problema que é explicado pelo gráfico seguinte. Figura 1. Os conflitos entre bem-estar animal e produtividade (Mcinerney, 2004).

O ponto A faz referência a um manejo sem esforço nenhum por aumentar a produtividade, poderia se comparar à vida natural dos animais. No ponto B, a alimentação e o manejo sanitário entre outras, melhoram o bem-estar animal ao igual que a produtividade. No ponto C e D se incrementam os esforços para aumentar a produtividade (intensificação), sacrificando em parte o bem-estar dos animais. Se a intensificação continua, provavelmente atinja o ponto E levando o sistema ao limite (Mcinerney, 2004). Se poderia inferir que os custos de produção iram decrescendo

gradualmente ao acercar-se ao ponto E. Outro fato importante que não pode ser esquecido, é que melhores tratos com os animais nas fazendas e práticas que diminuíam o estres pré-abate melhoram a qualidade das carcaças com impactos econômicos positivos para o produtor e a indústria (Warriss, 1990). São necessários estudos de custos de diferentes produções considerando o Bem-estar animal que permitam à sociedade de consumo de alimentos verem o impacto das mudanças e aceitar as consequências nos preços finais, só um equilíbrio entre os valores dos produtos e o bem-estar animal (Mcinerney, 2004) trouxera benefícios para os animais, produtores e os profissionais do setor. Conclusão Hoje podemos dizer que a percepção do bem-estar animal pela sociedade mudou na sua quantidade de informação e alguns detalhes, mas seus fundamentos continuam sendo os mesmos. Será muito importante o esforço da academia na formação de novos profissionais com um ponto de vista mais amplo, incluindo tratos mais humanos dos animais sem deixar ao lado a produtividade e direcionando as pesquisas a modelos de produção de carne de altíssima qualidade, proveniente de animais que foram tratados com consideração quando vivos. Isto mais que uma obrigação, deve ser enxergado como uma oportunidade, dadas as facilidades do sistema de produção bovino. Referencias

ANUALPEC. Anuário da pecuária brasileira. 2012. São Paulo: Instituto FNP, 2010. 360p. BENTHAM, J. Introduction to the Principles of Morals and Legislation. Chap. 17. In: Libertação Animal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. 461p. FAO. El Estado Mundial De La Agricultura Y La Alimentación 2009. FAVRE, D.; TSANG, V. The development of anti-cruelty laws during the 1800´s. 1 1993. FRIEND, T. H. Teaching animal welfare in the land grant universities. Journal of animal science, v.68, n.10, p.3462-3467, 1990. MATHENY, G.; LEAHY, C. Farm-animal welfare, legislation, and trade. Law and contemporary problems, p.325-358, 2007.

Page 5: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

5

McINERNEY, J.P. Animal welfare, economics and policy – report on a study undertaken for the Farm & Animal Health Economics Division of Defra, February 2004. Disponível em: <http:// www.defra.gov.uk/esg/reports/animalwelfare.pdf>. Acesso em: 20/5/2014 MOLENTO, C. Bem-estar e Produção Animal: Aspectos Econômicos-revisão (Animal welfare and production: economic aspects–Review). Archives of Veterinary Science, v.10, n.1, p.1-11, 2005. RIELLA, A.; RAMÍREZ, J. La calidad del empleo en la ganadería uruguaya: Un estudio de caso. Agrociencia Uruguay, v.16, n.1, p.186-197, 2012. RODRÍGUEZ-ESTÉVEZ, V. Bienestar Animal. Disponível em: <http://www.uco.es/zootecniayges%20tion/img/pictorex/30_16_09_Binestar_Animal_VRE.pdf>. Acesso em: 17/5/2014. SIMIONI, F. J.; SPANIOL, J. S. Fatores Determinantes da Cooperação e Satisfação de Empregados de Propriedades Rurais no Oeste de Santa Catarina. Disponível em: < http://www.apec.unesc.net/VII_EEC/sessoes_tematicas/%C3%81rea%209%20Econ%20Rural/Satisfa%C3%A7%C3%A3o%20Empregados%20Rurais.pdf >. Acesso em: 19/5/2014. SINGER, P. Libertação animal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2010. 461p WARRISS, P. The handling of cattle pre-slaughter and its effects on carcass and meat quality. Applied Animal Behaviour Science, v.28, n.1, p.171-186.

ARTIGOS PUBLICADOS

HUMAN–DOG INTERACTIONS AND BEHAVIOURAL RESPONSES OF VILLAGE DOGS IN COASTAL VILLAGES IN MICHOACÁN, MEXICO

In Mexican villages, most households keep dogs that roam freely. Therefore, socialisation of village dogs occurs in a different context than that of companion dogs in developed countries. The

objectives of this study were: (1) to assess village dogs’ behavioural responses towards familiar and unfamiliar humans, (2) to compare body condition of dogs living in a village with a seasonal trade in international tourism (IT-village) with dogs living in a village located in the vicinity of a sea-turtle nesting site (STN-village), and (3) to identify whether dog characteristics influence dog behaviour and body condition. Two coastal villages in Michoacán, Mexico, were selected as case study sites. Fifty-nine dogs were initially visited, 35 of which were repeatedly visited during the high and low seasons for international tourism and sea-turtle nesting. Caregivers were interviewed regarding human–dog interactions, and dogs were behaviourally tested and rated for body condition. Behavioural indicators were: (1) the dog's qualitative response to a caregiver's call and (2) the dog's willingness to approach an unfamiliar human. Additionally, a dog census per village was conducted to ascertain the dog population structure. Dogs were kept by over 60% of households in both villages. Body condition was optimal for 68% of the dogs. In the low season, dogs in the STN-village had better body condition than dogs in IT-village (P = 0.007). Dog characteristics that influenced behavioural responses were: sex, age, and whether the dog played with humans. The most common response to the caregiver's call was tail wagging, shown by 83% of male dogs and 50% of female dogs (P = 0.021). About 70% of the pups approached the unfamiliar human completely, whereas only 24% of the juveniles (P = 0.040) and 26% of the adults did so (P = 0.026). Human–dog play was reported to occur mainly with children (77%). The percentage of dogs that played with humans was higher in dogs responding with tail wagging (82%) than in dogs showing the rest of the response categories (withdrawal, baring teeth, and other) (50%) (P = 0.012). Human–dog play was reported for 85% of the male dogs compared to 55% of the female dogs (P = 0.036). This study showed that village dogs were socialised to familiar humans but were not attracted to unfamiliar humans. Village dogs maintained their body condition in the low season. Child–dog play may have a role in shaping village dog social behaviour towards humans. Ruiz-Izaguirrea,E.; Eilersa, K.C.H.A.M.; Bokkersa, E.A.M.; Ortolanib, A.; Ortega-Pachecoc, A.; Boera, I.J.M. Human–dog interactions and behavioural responses of village dogs in coastal villages in Michoacán, Mexico. Applied Animal Behaviour Science , v.154, p. 57–65, 2014.

Page 6: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

6

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0168159114000501

POSTGRADUATE DISTANCE EDUCATION IN SHEEP HEALTH VETERINARY EDUCATION

Postgraduate education is, and is likely to continue to be, an important aspect of sheep veterinary practice. A new distance education Masters program, offered by Charles Sturt University School of Animal and Veterinary Sciences, provides a cost-effective and accessible alternative for veterinarians wanting to increase their skills and the services they provide to existing and future clients. Veterinarians from anywhere in the world may choose to undertake the Certificate, Diploma or Masters level, and can complete the courses while continuing to live and work in their current location, undertaking work with existing clients to complete their studies. Recognition of the importance of postgraduate studies, maintaining motivation and having sufficient communication with other participants are challenges which need to be met with such courses. Allworth, M.B. Postgraduate distance education in sheep health veterinary education. Small Ruminant Research , v.118, I.1–3, p.97–99, 2014. http://ac.els-cdn.com/S0921448813004240/1-s2.0-S0921448813004240-main.pdf?_tid=faa8beaa-e294-11e3-81e8-00000aab0f27&acdnat=1400861704_a90b09a6461a8730d72c572b76820940

FACTORS THAT IMPACT THE FINANCIAL PERFORMANCE OF BROILER PRODUCTION IN SOUTHERN STATES OF PARANÁ, BRAZIL

This study aimed at identifying the factors that affect the financial performance of broiler chicken production in Southwest of Paraná state in Brazil, as well as to study the relationship of these factors with the social-economic situation of poultry farmers. Data were obtained from a questionnaire applied to broiler chicken farmers between February and March, 2011. The questionnaire included 39 questions relative to farmer's age, family size, land possession, capital invested in broiler farming, gross income per flock, training and broiler farming experience, production size, credit needs, technical service, labor, production problems, and bird weight at slaughter. Data were

submitted to descriptive statistical analysis. The relationship between production data and financial performance was determined using Pearson correlation coefficient, at 95% confidence level. Approximately 64.84% of the interviewed broiler farmers in Paraná state presented medium to low financial performance. Factors such as education level, facility size, labor, gross income per flock, and average bird weight at slaughter had a positive impact on financial performance. The production problems that most affected the broiler production were environmental challenges, poor feed conversion, as well as management problems and low-quality chicks. Mendes, A.S.; Gudoski, D.C.; Cargnelutti, A.F.; Silva, E.J.; Carvalho, E.H.; Morello, G.M. Factors that impact the financial performance of broiler production in southern states of Paraná, Brazil. Revista Brasileira de Ciência Avícola, v.16, n.1, p.113-119, 2014. http://www.scielo.br/pdf/rbca/v16n1/v16n1a16.pdf

ÍNDICE DE ADAPTABILIDADE À ECONOMIA VERDE: AVALIAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR NA MICRORREGIÃO DE RIBEIRÃO PRETO/SP

A Economia Verde (EV) é um assunto emergente no contexto das discussões científicas e políticas mundiais, tendo como principal desafio, tornar as atividades econômicas em atividades sustentáveis. A cadeia produtiva da cana-de-açúcar envolve questões sociais, econômicas e ambientais controversas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o adequamento aos princípios da EV da cultura em questão na microrregião de Ribeirão Preto/SP. Para tanto foi desenvolvido o Índice de Adaptabilidade à Economia Verde (IAEV), o qual é composto por Índices Parciais (Impacto Econômico – IPIE, Impacto Social – IPIS e Impacto Ambiental – IPIA). A construção de tais índices baseou-se em variáveis disponibilizadas por órgãos como IBGE, SUS, SEADE e CANASAT/INPE. De forma geral a microrregião apresentou uma melhoria no IAEV em uma década (2000 e 2010). Constatou-se, ainda, que os índices parciais social e ambiental apresentaram os menores valores, sendo considerados como aspectos prioritários para futuros investimentos. Bezerra, K.R.A.; Minella, A.M.; Velloso, M.F.A.; Furtado, M.A. Índice de adaptabilidade à economia

Page 7: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

7

verde: avaliação da cana-de-açúcar na microrregião de Ribeirão Preto SP. Sustentabilidade em Debate, v.5, n.1, p.51-75, 2014. http://seer.bce.unb.br/index.php/sust/article/view/9480/7706

SAFETY CRITERIA FOR THE ACQUISITION OF MEAT IN BRAZILIAN UNIVERSITY RESTAURANTS

The present study's objective was to analyze the procedures aimed at guaranteeing sanitary conditions when acquiring meat. The study was conducted with university restaurants of the Federal Institutions of Higher Education (IFES) located in the five regions of Brazil. Data were collected using a questionnaire and an evaluation list, which was available online to restaurant professionals. The results showed that restaurants chose one or two types of meat, the most frequent of which were beef and chicken. In restaurants managed by the IFES, the acquisition of raw material occurred by bidding. For vendor selection, the restaurants required product registration with the Inspection Service and requested regulation of the supplier by the Health Surveillance. Monitoring was carried out through a technical visit to the supplier and a review of the past records of the supplier. A higher percentage of restaurants in the Southeast region met appropriate sanitary and hygienic criteria for the receipt of meat, followed by the South, Midwest, Northeast and North. We conclude that restaurants meet most of the safety criteria set in the legislation. However, some weaknesses are evident in the physical and functional structure, the system of transportation of raw material and the records of control measures at the place of reception. Mesquita, M.O.; Fries, L.L.M.; Valente, T. Safety criteria for the acquisition of meat in Brazilian University restaurants. Food Science Technology, v.34, n.1, p.102-109, 2014. http://www.scielo.br/pdf/cta/v34n1/aop_6209.pdf AS MACROTENDÊNCIAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA O presente artigo apresenta as macrotendências que definem a atual diferenciação do campo da Educação Ambiental no Brasil, e as interpreta por meio do diálogo com a literatura da área e com o

apoio dos referenciais da Ecologia Política e da noção de Campo Social de Bourdieu. A reflexão identifica três macrotendências disputando a hegemonia simbólica e objetiva do campo da Educação Ambiental no Brasil: conservacionista, pragmática e crítica, que funcionam como tipos ideais weberianos com fins didáticos, analíticos e políticos, embora não tenham a pretensão de esboçar uma representação objetivista da realidade. Layrargues, P.P.; Lima, G.F.C. As macrotendências político-pedagógicas da educação ambiental brasileira. Ambiente e Sociedade, v.17, n.1, p. 23-40, 2014. http://www.scielo.br/pdf/asoc/v17n1/v17n1a03.pdf DE LA OPOSICIÓN A LA EMANCIPACIÓN: UN ANÁLISIS DE LOS CONFLICTOS AMBIENTALES DESDE ABAJO Este artigo apresenta uma leitura dos conflitos ambientais entendidos como laboratórios culturais, sociais e políticos, em que os manifestantes principiam a reelaborar suas ideias, valores e visão do mundo. Focando a análise numa perspectiva desde abaixo, dedicamos especial atenção às experiências individuais dos membros das comunidades afetadas podendo deste modo, explorar a dimensão mais profunda da resistência. Tendo como base a análise de três casos de conflitos contra barragens na Espanha e México, apresentamos as consequências destas experiências a níveis micro e mediano, em três dimensões principais: territorial, biográfica e política. Relativamente à metodologia, o desenho da pesquisa inclui o uso de in-depth interviews e a análise narrativa do material biográfico. Com este artículo pretendemos contribuir para a compreensão dos processos culturais que conduzem às mudanças de crenças e atitudes, que permite demonstrar que, os conflitos ambientais são experiências de emancipação. POMA, Alice. De la oposición a la emancipación: un análisis de los conflictos ambientales desde abajo. Ambiente e Sociedade, v.17, n.1, p. 41-58, 2014. http://www.scielo.br/pdf/asoc/v17n1/v17n1a04.pdf DIFERENÇAS ENTRE OS GÊNEROS NA ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL REALIZADA POR MÉDICOS VETERINÁRIOS: PARADIGMA OU PRECONCEITO

Page 8: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

8

A Medicina Veterinária é profissão relativamente antiga e, mesmo em tempos modernos, em determinados países ou regiões, a profissional veterinária ainda encontra barreiras ao exercício pleno da profissão, tanto nas atividades de Assistência Técnica como nas de Extensão Rural. Este estudo objetivou verificar se existem diferenças entre os gêneros, no que se refere às atividades de Assistência Técnica e de Extensão Rural, realizadas por médicos veterinários no Estado de Goiás (Brasil) e, em caso de existência, analisar se os resultados podem ser considerados frutos de um paradigma ou de preconceito. O trabalho foi desenvolvido no Estado de Goiás, em 26 municípios, envolvendo 100 propriedades rurais, administradas por indivíduos de diferentes gêneros e perfis. Foram analisados questionários respondidos pelos proprietários, envolvendo cinco temas, compreendendo diferenças entre os gêneros, senso de organização profissional, relacionamento interpessoal, força física e conhecimento técnico. Na visão dos entrevistados, os homens foram considerados como detentores de maior aptidão para as atividades que exigem força física e, as mulheres, para o trabalho que requer maior senso de organização. Para as outras atividades, ambos os profissionais equipararam-se quanto ao seu desempenho, pois a maioria dos entrevistados alegou não ter preferência, em relação aos aspectos gênero, relacionamento interpessoal e conhecimento teórico. Concluiu-se que as diferenças entre os gêneros, nos desempemhos em Assistência Técnica e em Extensão Rural, realizadas por médicos veterinários no Estado de Goiás, foram identificadas quando os aspectos considerados são a força física e o senso de organização. Nos quesitos preferência pelo homem ou pela mulher, relacionamento interpessoal e conhecimento técnico, não houve distinções. Dessa forma, pode-se considerar a existência de um paradigma, não a de um preconceito. Freitas, S.L.R.; Abreu, M.P.; Mesquita, G.R.I.; Jaime, V.S.; Gordo, J.L.M.; Silva, L.A.F. Diferenças entre os gêneros na assistência técnica e extensão rural realizada por médicos veterinários: paradigma ou preconceito. Revista Ceres, v.61, n.1, p.01-08, 2014 http://www.scielo.br/pdf/rceres/v61n1/v61n1a01.pdf WHO ATTENDS FARMERS’ MARKETS AND WHY? UNDERSTANDING CONSUMERS AND THEIR MOTIVATIONS

This study assesses consumer motivations for attending farmers’ markets through in-person survey data. Results indicate that consumers attend primarily to purchase fresh produce, followed by social interaction. Purchasing ready-to-eat foods or packaged foods, arts, and crafts were not strong motivators. Consumers attending primarily to purchase fresh produce tend to be married females at higher income levels, individuals with strong diet or health concerns, and individuals who are supportive of local farming and agriculture open space. Those attending for social interaction are more likely to be unmarried males or larger families attending events. Implications for market vendors, managers, and policy makers are discussed. Gumirakiza, J.D.; Curtis, K.R.; Bosworth, R. Who Attends Farmers’ Markets and Why? Understanding Consumers and their Motivations. International Food and Agribusiness Management Review , v.17, I.2, 2014. http://www.ifama.org/files/IFAMR/Vol%2017/Issue%202/420130109.pdf A CONTINGÊNCIA DO DESENVOLVIMENTO E A PARTICIPAÇÃO EM CONSELHOS DE DESENVOLVIMENTO RURAL O presente artigo trata sobre a importância da participação da sociedade civil em espaços coletivos de tomada de decisão por meio da utilização do arcabouço teórico da teoria contingencial. A proposta é aproximar a análise contingencial das estruturas organizacionais da teoria sobre o desenvolvimento. As concepções atuais evidenciam uma multiplicidade de ações para se alcançar o desenvolvimento que leva em consideração não só pressupostos econômicos, mas também o ambiental e social. O método de análise utilizado foi a revisão bibliográfica de fontes secundárias que tratam primordialmente das concepções sobre Estado, Desenvolvimento, Contingência e Participação da Sociedade Civil. O presente artigo visa proporcionar reflexões sobre os processos de desenvolvimento que podem viabilizar ações dentro de um contexto prático. Por fim, na conclusão é evidenciado que propostas de descentralização dos espaços políticos de tomada de decisão sejam eles regionais, ou mesmo locais, devem vir acompanhada de toda um reflexão política e educacional sobre o papel dos representantes da sociedade civil e do próprio governo neste processo, onde o mesmo deve representar uma coletividade, não só pelos seus pares, mas pela sociedade como um todo.

Page 9: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

9

Silva, D.F.; Neumann, P.S.; Maia, K.C.P.; Bonfá, C.S. Revista Sodebras, v.9, n.101, p.13, 2014. http://www.sodebras.com.br/edicoes/N101.pdf REFLEXÕES SOBRE AS DIFICULDADES NO DESENVOLVIMENTO DE UMA EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA ESCOLA-COMUNIDADE Neste artigo dissertamos de forma breve as dificuldades encontradas na educação formal e não-formal no que concerne ao desenvolvimento da educação ambiental. Nele descrevemos a necessidade da preparação acadêmica dos profissionais da educação, bem como, da formação continuada dos professores, objetivando o desenvolvimento de projetos pertinentes, e que atendam às demandas da sociedade. Ressaltamos a importância do tempo de planejamento, para que os profissionais possam, nas escolas, realizar projetos de forma integrada em várias disciplinas, uma vez que se trata de tema transversal definido pelos Parâmetros Curriculares Nacionais. Não pudemos deixar de destacar a importância das várias instituições sociais, dentre elas o direito, na sua função de fazer cumprir os papéis sociais no sentido de harmonizar a sociedade tendo em vista o bem-comum. Nesse aspecto, a preocupação ambiental como garantia do respeito à dignidade da pessoa humana, conforme reza a nossa Constituição Federal. Aguilar, A.S.; Pinto, E.V.; Gonçalves, J.G.S.; Andrade, J.P.; Souza, M.J.; Branco, T.T. Revista Sodebras , v.9, n.101, p.74, 2014. http://www.sodebras.com.br/edicoes/N101.pdf

LIVROS Dialética da agroecologia - contribuição para um mundo com alimentos sem veneno Machado & Machado Filho Expressão Popular Manual Merk de Veterinária Kahn & Line Roca

Mecanismos das Doenças em Cirurgia de Pequenos Animais Bojrab Roca Semiologia Veterinária - A Arte do Diagnóstico Feitosa Roca Fundamentos de Cirurgia de Pequenos Animais Mann, Constantinescu & Yoon Roca Manual de Cirurgia em Cães e Gatos Baines, Lipscomb, & Hutchinson Roca Manual de Vermicompostagem e Vermicultura para a Agricultura Orgânica Lourenço Publindústria Guía práctica de productos fitossanitários González Paraninfo Manejo Sustentável da Caatinga Para Fins Pastoris Araújo FIDA/IICA/AECID ÍNDICE DE CUSTO DE PRODUÇÃO DO CORDEIRO PAULISTA (ICPC) O Índice de Custo de Produção do Cordeiro Paulista é um projeto desenvolvido pelo Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal da FMVZ/USP. Ao contrário dos meses anteriores, nos quais se verificou elevação dos preços dos grãos, no mês de maio o milho e a soja sofreram uma leve queda. No entanto, houve aumento do preço da cana-de-açúcar nas regiões Bauru, Campinas e Piracicaba devido às mudanças climatológicas, ocasionando elevação do custo de produção do cordeiro. Já nas regiões de Araçatuba e São José do Rio Preto o preço da cana-de-açúcar também se elevou, mas não o suficiente para compensar o efeito da queda do preço dos grãos.

Page 10: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

10

Tabela: Custo de produção do cordeiro nos meses de maio de 2014.

Região

Custo do cordeiro em abril/2014

Custo do cordeiro em maio/2014 Variação

do custo (%) R$/kg

vivo R$/kg

carcaça R$/kg vivo

R$/kg carcaça

Araçatuba 1 15,17 36,12 14,25 33,93 -6,06% Bauru 1 15,34 38,35 16,27 40,67 6,06% Campinas 1 19,87 46,27 20,33 47,28 2,32% Piracicaba 2 22,62 52,60 23,56 54,79 4,16% São J. Rio Preto 1 5,03 10,48 4,86 10,13 -3,38% Custo agregado para o estado 3 13,04 30,71 13,17 31,06 1,03%

1 Nas regiões de Araçatuba, Bauru, Campinas e São José do Rio Preto os custos se referem ao kg do cordeiro terminado. 2 Na região de Piracicaba os custos se referem ao kg do cordeiro desmamado, não terminado. 3 Ponderação dos índices regionais baseada nos efetivos de rebanho de cada região, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal (IBGE, 2011).

Se desejar, cadastre-se para ser um informante mensal de preços de insumos, e/ou para receber gratuitamente a planilha de cálculo de custo de produção de cordeiros! Para mais detalhes sobre a caracterização dos sistemas de produção considerados no estudo ou sobre a ponderação do índice estadual, envie e-mail para [email protected]. OPORTUNIDADES Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima - ADERR, abre concurso público para contratação de Médico Veterinário, Agrônomo, Fiscal Agropecuário e Técnico Agrícola (Edital nº 001/2014). Pré-requisitos: Nível superior na área de interesse e registro no conselho competente. Inscrições: até 02/06/2014. Informações: www.cpc.uerr.edu.br/concurso ou http://www.aderr.rr.gov.br/ Universidade Regional de Blumenau - FURB, abre concurso público para professor substituto no Departamento de Medicina Veterinária, na Área Temática de Medicina Veterinária, junto a Disciplina de Políticas Educacionais e da Saúde (Edital nº 113/2014). Pré-requisitos: Graduação em Medicina Veterinária, e título de mestre e/ou doutor na área requerida. Inscrições: 2 e 3/06/2014. Informações: http://www.furb.br/web/10/portugues

Instituto Federal Sertão Pernambucano - IFSP, abre concurso público para seleção de Médico Veterinários e Zootecnistas (Edital nº045/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária ou Zootecnia, e registro no conselho de competência. Inscrições: até 03/06/2014. Informações: www.msconcursos.com.br Universidade Federal do Paraná - UFPR, abre concurso público para seleção de professores adjuntos e assistentes no Setor de Ciências Agrárias (Edital nº 218/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária, Zootecnia ou Agronomia, e mestrado em Economia Rural. Inscrições: até 03/06/2014. Informações: http://www.ufpr.br/portalufpr/ Jardinópolis - SP, abre concurso público para Médico Veterinário (Edital nº02/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária e Registro no conselho competente. Inscrições: até 05/06/2014. Informações: www.assessorarte.com.br ou www.jardinopolis.sp.gov.br Novo Xingu - RS, abre concurso público para Médico Veterinário (Edital nº 1/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária e Registro no conselho competente. Inscrições: até 05/06/2014. Informações: www.concursosss1.com.br ou pelo edital http://www.concursosss1.com.br/docs/Novo-Xingu-001-2014-Abertura.pdf Rolândia - PR, abre concurso público para Médico Veterinário. (Edital nº 02/2014). Pré-requisito: Graduação em Medicina Veterinária e Registro no conselho competente. Inscrições: até 12/06/2014. Informações: www.cops.uel.br Praia Grande - SP, abre concurso público para vaga Médico Veterinário (Edital nº 001/2014). Pré-requisitos: Graduação em Medicina Veterinária e Registro no conselho competente. Inscrições: até 12/06/2014. Informações: www.ibamsp-concursos.org.br/site/concursos ou http://www.praiagrande.sp.gov.br/ Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, abre concurso público para docente no Instituto de Ciências Biológicas, atuando na área de Anatomia

Page 11: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

11

Veterinária. (Edital nº 271/2014). Pré-requisitos: Graduação em Ciências Biológicas, ou áreas afins, e experiência comprovada na área de Anatomia Veterinária. Inscrições: até 20/06/2014. Informações: https://www.ufmg.br/ Empresa: oferece vaga de estágio na área biológica (manejo de fauna), em Belo Horizonte – MG. Pré-requisitos: Cursando 1º, 2º, 3º 4º ano de Biologia, Veterinária ou áreas afins, e atuar com manejo de fauna, resgate, elaboração de relatórios, apoio ao biólogo, entre outras atividades. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/2-vagas-estagio-na-area-biologica-manejo-de-fauna-belo-horizonte-mg/ Rurall Ranch – Assistência Animal: oferece vaga para estágio na área de saúde animal, em Santa Cruz da Conceição, SP. Pré-requisitos: Estudantes de nível superior e técnico: Veterinária, Zootecnia e Agropecuária. Inscrições: por meio do envio de currículo para [email protected] sob o assunto: “CV + formação profissional + cidade que reside”, até 06/06/2014. Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/2-vagas-estagio-em-empresa-de-saude-animal-veterinaria-zootecnia-tecnico-em-agropecuaria-santa-cruz-da-conceicao-sp/ Souza Cruz: oferece vaga para programa de trainee, em Cachoeirinha, RS. Pré-requesitos: Graduação completa nos cursos de Agronomia, Engenharia Agronômica, Engenharia de Alimentos, Engenharia Química, Química, Bioquímica e Farmácia, inglês avançado, e disponibilidade para mudança ou viagens. Salário: 5.399 no primeiro mês. No 12º mês de trainee, o salário passa a ser de 6.390 reais. Ao fim do programa o salário chega a R$ 8.040 reais. Inscrições: até 2/06/2014. Informações: http://www.talentosouzacruz.com.br/traineetecnico Kerry: oferece vaga para graduados entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013 nos cursos Engenharia de Alimentos, Produção, Materiais, Ciência dos Alimentos, Controladoria, Finanças, Engenharia Química e Química. Inscrições até 4/06/2014. Informações: www.vagas.com Empresa: oferece vaga de emprego no ramo de alimentação animal, em Ituverava, SP. Pré-

requisitos: Ensino Superior em Zootecnia. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/emprego-zootecnista-ramo-de-alimentacao-animal-ituverava-sp/ Empresa: oferece vaga para coordenador comercial na área de nutrição animal, em São José, SC. Pré-requisitos: Ensino superior em marketing, administração ou áreas relatadas, experiência em vendas, e em nutrição animal. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/emprego-coordenador-comercial-nutricao-animal-sao-jose-sc/ Agropecuária JM: oferece vaga de gerente agropecuário em fazenda de búfalas de leiteiras, em SP. Pré-requisitos: Ensino superior em Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, ou Técnica Agrícola, liderança, compromisso, organização, que tenha bom desempenho com trabalho em equipe, que trabalhe na fazenda e more na propriedade.. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/2-vagas-gerente-agropecuario-em-fazenda-de-bufalas-leiteiras-sao-paulo/ Emprego: oferece vaga de analista de controle de qualidade de alimentos, em Guarulhos, SP. Pré-requisitos: Ensino Superior completo em áreas relacionas a alimentos: Engenharia de Alimentos, Engenharia Química, Farmácia, Química ou Medicina Veterinária, experiência em controle de qualidade e/ou facilidade de comunicação, e conhecimento intermediário em informática. Inscrições e Informações: http://www.agrobase.com.br/oportunidades/2014/05/emprego-analista-de-controle-de-qualidade-area-de-alimentos-guarulhos-sp/ DIÁLOGOS NO LAE I O programa de extensão “Diálogos no LAE” a cada edição recolhe doações dos participantes para entidades carentes na região de Pirassununga SP. Entre as instituições beneficiadas está a União Municipal Espírita de Pirassununga – Lar André Luis. O “Lar André Luis” foi inaugurado em 1950 e funcionou como orfanato até a década de 90. Após

Page 12: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

12

esse período foi transformado em creche e escolinha municipal, atendendo a funcionários públicos e munícipes. Hoje o Lar conta com aproximadamente 150 crianças que frequentam desde o maternal até o 1ºano, com idades entre 2 a 7 anos. A instituição funciona das 7h às 16h30, com a ajuda majoritária de voluntários (entre 20 a 30 pessoas) e funcionários públicos (15 pessoas). Seu atual presidente é o Sr. Demerval Ignácio e o vice o Sr. Luis Carlos Dias Lopes, quem gentilmente vem até o LAE para recolher as doações. O Lar está sempre necessitando de voluntários e de doações. O Lar André Luis situa-se na rua Alan Kardec, 489, Jardim Industrial, em Pirassununga, SP. Telefone (19) 3562-1613. A equipe do LAE agradece a todos que contribuem com esse projeto de extensão. Continue prestigiando os Diálogos no LAE e traga a sua doação! Sua contribuição é muito importante! DIÁLOGOS NO LAE II Palestra: Como implementar, gerenciar e obter sucesso em um canil? Palestrante: Eduardo B. Zaneli Moderador: Prof. Márcio Antonio Brunetto

Por Karen R. Nogueira Como todo empreendimento, um canil possui normas e exigências a serem seguidas. Na palestra realizada no dia 20, pôde-se saber mais sobre as burocracias para abrir um canil, também sobre suas instalações, tipos de raças e pedigree das mesmas. Para obter-se sucesso em um canil, o mesmo deve ser bem gerenciado e assim destacar-se entre os outros. O proprietário do canil deve ter profundo conhecimento sobre as raças que serão criadas em seu estabelecimento, preservar sempre as matrizes (mães e pais, campeões e com pedigree). Assim, quando vier registrar uma ninhada não ocorram erros considerados “comuns” nesse ramo, como, por

exemplo, a cor do animal. Deve-se lembrar que uma ninhada só pode ser registrada se, ambos pais tiverem pedigree. O canil tem a obrigação de ser legalizado, isto é, obedecer às leis da região onde o mesmo está localizado, e também obedecer e cumprir as exigências da Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC). Sobre as instalações do canil, as mesmas devem ser cuidadosamente planejadas para assim, acomodarem os animais de maneira confortável e agradável, precisa-se também prestar muita atenção na limpeza e funcionários do canil; usando, de preferência, água quente para realizar a higienização dos ambientes. O canil precisa ter um grande espaço físico, pois além da área construída, é necessário ter um local para os animais realizarem exercícios e conviverem entre si. O proprietário do canil que quer ser reconhecido como um bom criador, tendo assim sucesso neste ramo, deve obedecer às leis, preservar as matrizes das raças, ter um espaço bem estruturado e bons funcionários, ser cuidadoso com os animais, registrar suas ninhadas e ter uma boa estratégia de divulgação, para que assim, seja reconhecido através de certas características típicas de manejo e raça criadas por ele. “Um canil é bem sucedido se for bem planejado e se as raças criadas nele forem bem estudadas”, afirmou o palestrante. Demonstrativo dos produtos arrecadados no XX Diálogos no LAE, do dia 20 de maio de 2014.

Produtos Quantidades Sabonete 36 Papel Higiênico 24 Creme Dental 14 Detergente 10 Desinfetante 04 Escova Dental 01 Alvejante 01 Arroz 02 Total 92

EVENTO EM DESTAQUE I IV Sigera - Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais

Page 13: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

13

O Sigera 2015 tem como eixos temáticos as tecnologias de tratamento de resíduos, o uso dos resíduos como fertilizante, os impactos dos resíduos nos sistemas água-solo-ar e planta, a produção de energia a partir de resíduos e os sistemas de gestão de resíduos. Além de discutir os temas ambientais para a sustentabilidade das produções agropecuária e agroindustrial nos próximos anos, o evento tem como objetivos incentivar a apresentação de pesquisas e discussões científicas, fomentar o estabelecimento de parcerias entre os participantes internalizando a temática do gerenciamento dos resíduos nas cadeias produtivas e sensibilizar a sociedade para a importância do tema. Os interessados em participar da quarta edição do Sigera – Simpósio Internacional sobre Gerenciamento de Resíduos Agropecuários e Agroindustriais já podem enviar seus trabalhos científicos. O prazo de envio termina no dia 17 de outubro. O evento acontece de 5 a 7 de maio de 2015 no Rio de Janeiro. As inscrições, orientações e o envio dos trabalhos (no máximo três por autor) são feitas pelo site oficial do IV Sigera na internet, no endereço www.sbera.org.br/sigera2015. No site também é possível acompanhar todas as informações sobre o evento. O Sigera é promovido pela Sociedade Brasileira dos Especialistas em Resíduos das Produções Agropecuária e Agroindustrial (Sbera), com a co-promoção da Embrapa Suínos e Aves e o apoio da Itaipu Binacional. www.sbera.org.br/sigera2015 www.facebook.com/pages/IV-Sigera-Participe/263150533760278

EVENTO EM DESTAQUE II 52º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER)

Cientes da importância da SOBER e estimulados pela necessidade de se pensar o rural, além de espaço produtivo, ou seja, de um lugar repleto de vida, de interação social, que ainda necessita, e muito, de políticas públicas para melhorar o bem-estar de grande parte daqueles que o habitam, iniciamos os preparativos do 52° Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia e Rural (SOBER) , que será realizado no campus da Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. O evento ocorrerá no período de 27 a 30 de julho de 2014 e o tema será “Heterogeneidade e suas implicações no rural brasileiro”. A Comissão Local é liderada pela professora Sônia Milagres Teixeira (UFG) e pelo pesquisador Alcido Elenor Wander (Embrapa). Site do 52º Congresso da SOBER: http://sober.org.br/congresso2014/

EVENTOS 23rd International Pig Veterinary Society Congress 2014 - IPVS 2014 Cancún, México – 8 a 11 de junho de 2014 [email protected] Poultry Science Association Texas, EUA – 14 a 17 de julho de 2014 http://www.poultryscience.org/meetings.asp Simpósio desafios da fertilidade do solo na região do cerrado Goiânia GO – 16 a 18 de julho de 2014 [email protected] Joint Annual Meeting (JAM) Kansas City, EUA – 20 a 24 de julho de 2014 https://asas.org/meetings/jam2014/home/ 52º Congresso da Sober Goiânia GO – 27 a 30 de julho de 2014 http://www.sober.org.br II Congreso Argentino de Cirugía en Pequeños Animales Buenos Aires, Argentina – 7 a 9 de agosto de 2014 http://www.fvet.uba.ar/eventos/evento.php?ide=850

41º Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária - 41º CONBRAVET

Page 14: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

14

Gramado RS – 7 a 10 de agosto de 2014 http://www.conbravet2014.com.br/pg.php?pg=fale IV Workshop Controle do Carrapato - Tema: Resistência e Controle Nova Odessa SP – 14 de agosto de 2014 [email protected] VII Simpósio Mineiro de Nutrição de Gado de Leite Belo Horizonte MG – 22 e 24 de agosto de 2014 http://conveniar.fepmvz.com.br/eventos/Forms/Servicos/EventoDados.aspx?CodEvento=31 VI Simpósio de Controle de Qualidade do Pescado - SIMCOPE Santos SP – 10 a 12 de setembro de 2014 [email protected] XIV Congresso Nacional AVEACA - XI Congresso Iberoamericano FIAVAC Buenos Aires, Argentina – 11 e 12 de setembro de 2014 [email protected] 39thWorld Small Animal Veterinary Association Congress Cape Town, África do Sul – 16 a 19 de setembro de 2014 [email protected] 70 CBMZ – Congresso Brasileiro de Mastozoologia Gramado RS – 22 a 26 de setembro de 2014 [email protected] IV Congresso Psianimal Lisboa, Portugal – 18 e 19 de outubro de 2014 [email protected] 37° Congreso AAPA – 2 nd Joint Meeting ASAS-AAPA – XXXIX Congreso de la Sociedad Chilena de Producción Animal Buenos Aires, Argentina – 20 a 22 de outubro de 2014 http://www.aapa.org.ar/web/2014/04/37-congreso-aapa-ii-joint-meeting-asas-aapa/ Simpósio de Pesquisa em Medicina Veterinária Viçosa MG – 22 a 24 de outubro de 2014 [email protected] 13º Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Linha PET e Veterinária - PET South América São Paulo SP – 28 a 30 de outubro de 2014 [email protected]

PorkExpo 2014 Foz do Iguaçu PR – 28 a 30 de outubro de 2014 [email protected] V Encontro Científico de Produção Animal Sustentável Nova Odessa SP – 31 de outubro de 2014 http://www.infobibos.com/ecpas/ EQUIPE Augusto Hauber Gameiro [email protected] Professor da FMVZ/USP Thayla Sara Soares Stivari [email protected] Doutoranda na FMVZ/USP Esther Ramalho Afonso [email protected] Doutoranda na FMVZ/USP Vívian Renata Kida [email protected] Aluna do Curso de Medicina Veterinária da FMVZ/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Daniela Atilio Vianello [email protected] Aluna do Curso de Zootecnia da FZEA/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Karen Regina Nogueira [email protected] Aluna do Curso de Engenharia de Biossistemas da FZEA/USP, Bolsista do Programa “Aprender com Cultura e Extensão” Rubens Nunes [email protected] Professor da FZEA/USP Nota: as imagens foram elaboradas gentilmente pelo designer Francisco Eduardo Alberto de Siqueira Garcia.

Page 15: Socioeconomia & Ciência Animal - biblioteca.fmvz.usp.brbiblioteca.fmvz.usp.br/wp-content/uploads/2016/04/Socioeconomia... · criação animal venha a adquirir os direitos que

Universidade de São Paulo Prefeitura do Campus de Pirassununga

Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Dep artamento de Nutrição e Produção Animal Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção An imal - Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ci ência Animal

15

CONTATO USP / FMVZ / VNP / LAE Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal Av. Duque de Caxias Norte, 225 - Campus USP CEP 13.635-900, Pirassununga - SP Telefone: (19) 3565 4224 Fax: (19) 3565 4295

http://lae.fmvz.usp.br

SOBRE O BOLETIM ELETRÔNICO “SOCIOECONOMIA & CIÊNCIA ANIMAL”

Trata-se de um projeto de extensão vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ/USP). O projeto conta com a participação da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP). O boletim eletrônico tem o objetivo de divulgar os resultados de pesquisas desenvolvidas e publicadas nacionalmente e internacionalmente, e que tenham como campo de investigação, as Ciências Humanas aplicadas diretamente ou conjuntamente à Ciência Animal. Portanto, este projeto de extensão procura contribuir para o desenvolvimento científico baseado na multidisciplinaridade. O boletim é de livre acesso a todos que tenham interesse, bastando enviar uma mensagem solicitando a inclusão do e-mail destinatário para o seu recebimento. Críticas, ideias e sugestões sempre serão bem vindas.

Para solicitar cadastramento na lista de destinatários ou cancelamento do recebimento, favor escrever para: [email protected] Clique no link abaixo para ter acesso às edições anteriores: http://www3.fmvz.usp.br/index.php/site/biblioteca/publicacoes_eletronicas/s/socioeconomia_ciencia_animal Visite a página do LAE no Facebook: http://www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP

APOIO INSTITUCIONAL