síntese do capítulo iv de memorial do convento

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Sntese do captulo IV de Memorial do ConventoNeste capitulo h a apresentao de uma nova personagem: Baltasar, o Sete-Sis Baltasar Mateus um homem de 26 anos, mais conhecido como "o Sete-Sis". um excludo da guerra, por perder a sua mo esquerda numa batalha contra Espanha. Regressado a Portugal, Baltasar pelas poucas economias que tinha guardado no seu tempo enquanto soldado, torna-se um mendigo, e vive de esmolas em vora. No entanto nesta poca, o Alentejo era uma zona muito pobre onde se vivia na misria, e Baltasar decide ento partir para Lisboa. Com o dinheiro proveniente da esmola, Baltasar consegue pagar um gancho e um espigo de ferro, que encomendara a um ferreiro. O gancho, para lhe substituir as funcionalidades da mo amputada e o espigo servia-lhe como arma de defesa. Baltasar pouco os utilizava, primeiro porque se apercebia que recebia menos esmola e segundo por sofrer dor no membro amputado, ou seja, sentia dor ou comicho no membro que j no tem. No entanto na sua viagem para Lisboa, vai dar uso ao seu espigo, ao matar um homem de dois que o tentaram roubar. Baltasar na sua viagem passa por Montemor, Peges e em Aldegalega apanha uma embarcao que o ir levar a directamente a Lisboa. Chegado a Lisboa, encontra-se num dilema, no sabe se regressa a Mafra onde tem famlia e onde pode trabalhar, ou se fica em Lisboa a viver custa de esmolas. Enquanto no se decide vagueia pelas ruas da capital passando pelo mercado do peixe, pelo palcio do rei, pelo Terreiro do Pao e pela igreja da Nossa senhora da Oliveira onde assiste a uma missa. Nesse mesmo dia Baltasar conhece Joo Elvas, que tambm fora soldado, com quem passa a noite junto de outros mendigos num telheiro abandonado. Antes de dormirem ambos contam histrias de assassinatos que ocorreram na cidade, como o homicdio de uma mulher cometido pelo seu marido adltero, ou o esquartejamento de um jovem rapariga cujos pedaos do corpo foram espalhados pela cidade. A estas mortes os ex-soldados compararam com as que presenciaram na guerra. E mo havendo mais que dizer depois desta sentena, puseram-se todos a dormir.

Subjectividade do Narrador:Narrador (quanto participao): - Geralmente, HETERODIEGTICO (surge Na Terceira pessoa e no participa Na aco) - PORM, por vezes, assume o ponto de vista de algumas personagens (assumindo a primeira pessoa do singular e at do plural) HOMODIEGTICO. Isso acontece porque o narrador assume o pensamento de algumas personagens.

Este que por desafrontada aparncia, sacudir da espada e desparelhadas vestes, ainda que descalo, parece soldado, Baltasar Mateus, o Sete-Sis. Foi mandado embora do exrcito por j no ter serventia nele, depois de lhe cortarem a mo esquerda pelo n do pulso. (p.35) O narrador quando proferes estas palavras faz uma crtica forma como o povo era tratado. Apesar de combatente numa guerra alheia, a Ptria no s no reconhece o seu herosmo como o expulsa do exrcito por motivo da mutilao da mo esquerda. Em vez de medalhas e salrio, recebe misria. Comeou Sete-Sis a sua viagem ao tempo de saber que j o exrcito da Beira de deixava ficar pelos quartis e no vinha ajudar ao Alentejo por ser a fome muita nesta provncia, sobre ser geral nas outras. (p.36) O narrador destaca o abuso do poder e a explorao dos mais humildes. Esta perspectiva revela, pois, o olhar comprometido do narrador perante a vida e as desigualdades sociais.

Passagem preferida:Ao menos livrara-se da Guerra. Com menos um bocado, mas vivo. Esta a minha passagem preferida porque na guerra a nossa liberdade nula e a paz o seu antnimo. Assim ao livrarmo-nos dela, no importa que seja com menos um bocado como saramago disse, o que interessa que estejamos vivos, pois a vida para mim o bem mais precioso que temos.