memorial do convento - cap. xix

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Capítulo XIX MEMORIAL DO CONVENTO JOSÉ SARAMAGO Escola básica 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã Joana Bexiga, nº3 turma 12ºA

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Joana Bexiga

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Page 1: Memorial do Convento - Cap. xix

Capítulo XIX

MEMORIAL DO CONVENTO JOSÉ SARAMAGO

Escola básica 2,3/S Mestre Martins Correia, Golegã

Joana Bexiga, nº3 turma 12ºA

Page 2: Memorial do Convento - Cap. xix

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Baltasar muda de ofício e deixa de ser carreiro (onde trabalha com os carros de mão) e passa a boieiro (onde trabalha com uma junta de bois);

Ida a Pêro Pinheiro buscar a pedra mãe (Benedictione); Trabalho dos homens em época de calor e descrição da

pedra; Manuel Milho conta uma história; Morte de Francisco Marques (atropelado pelo carro que

transporta a pedra); Chegada da pedra ao local da Basílica, após oito dias de

percurso.

TÓPICOS

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Neste capítulo, Baltasar conseguiu, com a ajuda de João Pequeno, passar de simples carreiro a boieiro, podendo assim, participar na viagem a Pêro Pinheiro para transportar até Mafra uma grande pedra, que iria ser utilizada na Basílica do Convento. A viagem que duraria oito dias.

O TRANSPORTE DA PEDRA

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Quando chegaram a Pêro Pinheiro todos se espantaram com o gigantesco tamanho da pedra, pelo que tiveram de construir um carro parecido a um “nau da Índia com calhas” para a conseguirem transportar.

É aqui que o narrador faz sobressair a força e a determinação do povo, elegendo-o como o verdadeiro herói da obra, salvando-o do anonimato. O povo é o herói que, humilhado, sacrificado e miserável, alcança uma dimensão trágica e se eleva na sua força e humanidade.

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A gente que construiu o convento é o povo anónimo que trabalha e sofre às ordens do rei, não só para cumprir a sua promessa mas também para satisfazer a sua vaidade. É um povo humilde e trabalhador, elogiado e enaltecido pelo autor, que tenta tirá-lo do anonimato e o individualiza em várias personagens e também simbolicamente, atribuindo-lhe um nome para cada letra do alfabeto, num simples desejo de o tornar imortal e de o incluir na História de Portugal: “…Alcino, Brás, Cristóvão, Daniel, Egas, Firmino…”.

Durante a viagem, Manuel Milho conseguiu captar a atenção dos outros trabalhadores, contando uma história de uma rainha que deixou o rei para fugir com um ermitão.

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Devido aos contratempos que surgiram durante a viagem, como a morte de Francisco Marques e o acidental choque com os bois, os trabalhadores demoraram oito dias a regressar a Mafra.

Quando finalmente chegaram, cansados da viagem, espantaram os habitantes com o monstruoso tamanho da pedra. No entanto, Baltasar mostrou-se desiludido ao comparar o tamanho da pedra com o da basílica de Mafra.

A descrição do transporte da pedra no carro chamado «nau da Índia» dá conta das dificuldades da viagem e inspira o tom emocional e humorístico do narrador: “…vão aqui seiscentos homens que não fizeram nenhum filho à rainha e eles é que pagam o voto, que se lixam, com perdão da anacrónica voz.”

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A epopeia de pedra:- o transporte do “calhau”;- o número de homens e animais envolvidos na operação;- as dimensões da pedra da varanda a que se chamará

Benedictione;- “a nau da Índia”;- as dificuldades/obstáculos do transporte;- o tempo gasto no percurso;

O sofrimento físico e psicológico; A morte;

- os sentimentos vivenciados. A história de Manuel Milho:

- a sua simbologia.

EM SUMA...

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CITAÇÕES

“Estava Baltasar há pouco tempo nesta sua nova vida, quando houve notícia de que era preciso ir a Pêro Pinheiro buscar uma pedra muito grande que lá estava, destinada à

varanda que ficará sobre o pórtico da igreja.”

“Era uma laje retangular enorme, uma brutidão de mármore rugoso que assentava sobre troncos de pinheiro, chegando mais perto sem dúvida ouviríamos o gemer da

seiva, como ouvimos agora o gemido de espanto que saiu da boca dos homens, neste instante em que a pedra

desafogada apareceu em seu real tamanho.”

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Pedra Mãe: o transporte desta grande pedra de mármore de Pêro Pinheiro a Mafra é uma epopeia, uma vez que esta ação é descrita com "grandeza" clássica e é vista como um ato heróico dos operários, que têm de transportar uma pedra gigantesca, num carro especialmente concebido para o seu transporte, que é comparado a uma nau da Índia, com a ajuda de duzentas juntas de bois e os seiscentos homens que a puxam.

SIMBOLOGIA