memorial do convento - cap. xiv
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Memorial do Convento
Capítulo XIV“Scarlatti conhece a passarola”
Maria Vieira, 12ºA, nº6
Resumo do capítulo
O padre Bartolomeu regressa de
Coimbra, “doutor em Cânones”;
O Rei mantém Bartolomeu em muito
boa estima e ainda tem esperança de
que ele faça voar a máquina, apesar de
já terem passado onze anos desde que
começou a sua construção.
Novo estatuto do padre: fidalgo capelão
do rei, vivendo nas varandas do Terreiro
do Paço.
Regresso do padre Bartolomeu de Coimbra
Padre Bartolomeu de Gusmão
Bartolomeu de Gusmão é convidado a assistir à lição de música de D. Maria Bárbara, já com 8 anos, à qual assistem “umas 30 pessoas”;
D. Maria Bárbara
A lição de música de D. Maria Bárbara
Domenico Scarlatti (35 anos), compositor italiano, veio contratado de Londres para dar aulas à filha do Rei;
Cravo
Apesar da infanta ser ainda uma criança, “já grandes responsabilidades lhe pesam sobre a redonda cabeça”;
Terminada a lição da infanta, o músico e o padre iniciam um diálogo sobre o poder extraordinário da música e a essência da verdade:
Scarlatti defende que é necessário “o ouvido ser educado se quer estimar os sons musicais”;
Bartolomeu faz uma crítica à sinceridade e frontalidade do Homem: “é um defeito comum nos homens, mais facilmente dizerem o que julgam querer ser ouvido por outrem do que cingirem-se à verdade”. Scarlatti, não discordando, acrescenta:
“Porém, para que os homens possam cingir-se à verdade, terão primeiramente de conhecer os
erros”
Discussão sobre o poder da música e a essência da verdade
Domenico Scarlatti, já na sua casa, toca uma “subtil música” no cravo, música essa que “sai para a noite de Lisboa” inspirando todas as pessoas, incluindo Bartolomeu Lourenço, que aproveita o momento e escreve o Sermão do Corpo de Deus; Alguns dias depois, o músico e o padre encontram-se e este último convida-o “a ver um segredo”. Partem assim no dia seguinte para S. Sebastião da Pedreira, onde Bartolomeu apresentará a passarola a Domenico, bem como Baltasar e Blimunda;
Ao ver a grandiosidade da passarola, Domenico Scarlatti depara-se com uma situação que ainda ninguém tinha reparado: “havendo esta ave de voar, como sairá se não cabe na porta”. Blimunda relativiza o problema dizendo que “umas mãos assentaram as telhas deste telhado, outras o deitarão abaixo, e todas as paredes, se for preciso”.
Domenico Scarlatti
Bartolomeu, que já pusera em causa a Santíssima Trindade, dizendo que “Deus é uno”, apresenta ao músico a “trindade terrestre”: ele, Sete-Sóis e Sete-Luas.
Domenico vai-se embora e propõe ir à Quinta de vez em quando tocar cravo, inspirando assim o trabalho de Blimunda e Baltasar;
O padre Bartolomeu Lourenço prepara um sermão para a festa do Corpo de Deus e questiona novamente os fundamentos da trindade divina:
“ Se em mim está Deus eu sou Deus, sou-o de modo não trino ou quádruplo, mas uno com Deus, Deus nós,
ele eu, eu ele”
Nota sobre a Santíssima Trindade
A Santíssima Trindade é a doutrina acolhida pela maioria das igrejas cristãs que professa a um Deus único preconizado em três pessoas distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Para os seus defensores, é um dos dogmas centrais da fé cristã, e considerado um mistério.
Tais denominações consideram-se monoteístas. O Judaísmo e o Islamismo, bem como algumas denominações cristãs, não aceitam a doutrina trinitária.
Resumindo…
Personagens intervenientes
Bartolomeu de Gusmão; Baltasar; Blimunda; Domenico Scarlatti; D. João V e D. Maria Bárbara.
Assuntos abordados:
Espaço físico:
Lisboa (Terreiro do Paço, Quinta de S. Sebastião da Pedreira)
O doutoramento do padre e o seu novo estatuto;
Discussão sobre o poder extraordinário da música e a essência da verdade;
O padre dá a conhecer ao músico a Passarola e apresenta-lhe a Trindade Terrestre: ele, Baltasar e Blimunda;
O padre Bartolomeu Lourenço prepara o seu sermão para o Corpo de Deus e duvida da Trindade Divina.