memorial do convento memorial do convento josé saramago - capítulos xiii - xiv

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Memorial Do Convento Memorial do Memorial do Convento Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

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Page 1: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

Memorial Do ConventoMemorial do ConventoMemorial do ConventoJosé Saramago

- Capítulos XIII - XIV

Page 2: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

- Resumo capítulo XIII - - Resumo capítulo XIII - Verificação de Baltasar relativamente ao estado enferrujado da máquina, seguida dos arranjos necessários e da construção de uma forja enquanto o padre não chega. Chegada do padre, dizendo a Blimunda que serão necessárias, pelo menos, duas mil vontades para a passarola voar (tendo ela apenas recolhido cerca de trinta). Conselho do Padre para que Blimunda recolha vontades na procissão do Corpo de Deus. Regresso do Padre a Coimbra para concluir os seus estudos. Trabalho de Baltasar e Blimunda na máquina, durante o Inverno e a Primavera, e chegada, por vezes, do padre com esferas de âmbar amarelo (que guardava numa arca). Perda da capacidade visionária de Blimunda, com a chegada da lua nova.

Saída da procissão (8 de Junho de 1719) – só no dia seguinte, com a mudança da lua, Blimunda recupera o seu poder.

Page 3: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

“Já o padre Bartolomeu Lourenço regressou de Coimbra, já é doutor em cânones,…”

Padre Bartolomeu de Gusmão

“«Vive o padre nas varandas do Terreiro do Paço(…) cujo marido foi porteiro de maça até acabar morto de estoque numa rixa, »

Page 4: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

«mas por lhe querer bem el-rei (…) não só verá voar a máquina, como nela voará.»

O padre Bartolomeu Lourenço pretende que D.João V acredite e tenha fé na construção da passarola.

A preocupação do el-rei face à máquina prende-se com a sua vaidade, visto que se a máquina voasse o seu nome a ela ficaria associado.

«À lição assistem as majestades(…) umas trinta pessoas(…) e outros eclesiásticos.»

O luxo e o exagero existentes no reinado de D.João V são uma constante.

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«Il maestro vai corrigindo (…) só as mulheres, tenros corações, se deixam embalar pela música, e pela menina, mesmo tocando ela tão mal,…»

«…homem de completa figura, rosto comprido, boca larga e firme, olhos afastados (…) em Nápoles nascido há trinta e cinco anos,…«

- Descrição de Domenico Scarlatti.- Uso da enumeração e adjectivação.

Apela à sensibilidade das mulheres

Page 6: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

«Terminou a lição, desfez-se a companhia, rei para um lado, rainha para outro…»

Dá-se uma conversa entre o Padre e o músico Scarlatti - «… mas acredito na necessidade do erro.»

Através das palavras de Scarlatti somos levados a reflectir sobre o “erro”, pois, segundo ele, muitas vezes é preciso errar para se descobrir a verdade.

Dá-se uma conversa entre o Padre e o músico Scarlatti - «… mas acredito na necessidade do erro.»

Através das palavras de Scarlatti somos levados a reflectir sobre o “erro”, pois, segundo ele, muitas vezes é preciso errar para se descobrir a verdade.

Page 7: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

Surgem dúvidas ao padre Bartolomeu Lourenço quanto à questão da unidade ou da trindade de Deus «… que seja Deus uno em essência é ponto que nem heresiarcas negam, mas ao padre Bartolomeu Lourenço ensinaram que Deus, se sim é uno em essência, é trino em pessoa, e hoje as mesmas gaivotas o fizeram duvidar.» e o padre Bartolomeu sabe que está a cometer uma heresia quando Scarlatti faz a analogia com o grupo que eles constituíam «É uma trindade terrestre, o pai, o filho e o espírito santo,» Nessa noite o músico Scarlatti toca uma música que se “espalha” por Lisboa e todos a ouvem, os soldados, a guarda, os marujos, os vadios, os frades, as freiras, um preso do Santo Ofício, Baltasar, Blimunda e Bartolomeu Lourenço. Todos eles se deixam encantar pela música; e o padre sentou-se a escrever o seu sermão de forma que « quando amanheceu ainda escrevia».

Page 8: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

Bartolomeu Lourenço decide contar o segredo da passarola a Scarlatti «…Então iremos amanhã a ver um segredo.»

Acto compromissivo

«… Só de olhos vendados se chega ao segredo, disse, sorrindo, e o músico espondeu, em tom igual, Quantas vezes assim mesmo se volta dele,…»

Neste pequeno excerto é-nos dito que muitas vezes é preciso “não ver” para se conseguir guardar um segredo. Neste caso, quantas menos pessoas soubessem do segredo da passarola menor era a probabilidade de este ser descoberto.

Passados alguns dias – capela real

No dia seguinte cavalgaram até S.Sebastião da Pedreira

Page 9: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

« A amargura é o olhar dos videntes,…»

Saramago parece dizer-nos que, por vezes, mais vale ser cego do que ver as amarguras da vida; fazendo principal referência aos videntes, pois estes conseguem prever o futuro que, por vezes, é amargo.

Page 10: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

«Na sua frente estava uma ave (…) não posso dar mais que mostrar o que aqui se vê…»

Descrição da passarola.

“…de asas abertas, cauda em leque, pescoço comprido, a cabeça ainda em tosco…”- Falcão ou gaivota - …

Page 11: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

“Sentaram-se todos em redor da merenda, metendo a mão no cesto, à vez, sem outros, agora o cepo que é a mão de Baltasar, cascosa como um tronco de oliveira, depois a mão eclesiástica e macia do padre Bartolomeu Lourenço, a mão exacta de Scarlatti, enfim Blimunda, mão discreta e maltratada, com unhas sujas de quem veio da horta e andou a sachar antes de apanhar as cerejas. Todos eles atiram os caroços para o chão, el-rei que aqui estivesse faria o mesmo “

Page 12: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

“Eu e Baltasar temos a mesma idade, trinta e cinco anos, (…) Tenho vinte e oito …”

Através destas idades podemos ver que desde o começo da história o tempo avançou novenove anos - 1721

Page 13: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

«…e assim Deus não fica no homem quando quer, (…) a mesma impossibilidade, e contudo…»

Referência à injustiça cometida

por Deus em relação a Adão.

Referência à injustiça cometida

por Deus em relação a Adão.

Page 14: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

Figuras de Estilo – Capítulo XIVFiguras de Estilo – Capítulo XIV “O italiano dedilhou o cravo, primeiro sem destino, depois como se estivesse à procura de um tema ou quisesse emendar os ecos,…” – comparação

“…e do corpo do padre não se alimentaram esta noite as melgas.” – ironia

“…mãe nossa que na terra estais.” – anástrofe (inversão)

“…rosto comprido, boca larga e firme, olhos afastados…” – enumeração e adjectivação

“…corriam-lhe as mãos sobre o teclado como uma barca florida na corrente…” - comparação

Narrador - HeterodiegéticoNarrador - Heterodiegético

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3) A música de Scarlatti penetra em todo o lado. Explicite como esta serviu de inspiração ao padre.

1) Identifique o professor de música que El-Rei contratou para ensinar a Infanta Dona Maria Bárbara. 1.1) Proceda, agora, à descrição física do mesmo.

2) Como se intitula o sermão que o padre Bartolomeu está a preparar?

Perguntas sobre o capítulo XIV

Page 16: Memorial Do Convento Memorial do Convento José Saramago - Capítulos XIII - XIV

Trabalho realizado por: Maria João G. SousaColégio D. Dinis, 12º A1Ano letivo 2010-2011

Trabalho realizado por: Maria João G. SousaColégio D. Dinis, 12º A1Ano letivo 2010-2011