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BEM NA FOTOKatherine Carvalho

CULTURAPerfume de Gardênia Comemora 13 anos de músiCa Com Gravação de dvd

POR ELASsulla minodesPedida

ESTADOinvestiGação da “dama de esPadas” é susPensa Para averiGuar PartiCiPação de dePutados

ACONTECEPrefeitura de mossoró é investiGada Por aProPriação indébita PrevidenCiária

CAPA

05 #EDITORIAL Nascimento20 #ARTIGO RINALDO BARROS Evolução da vida

26 #GASTRONOMIA MARCELO MELO Justificativas

33 #AGENDA39 #TUITADAS

_rnA Revista _rn é uma publicação da BEEP! Comunicação

Rua Antônio Madruga, 2009 - NatalCNPJ. 18.559.813.0001-81

A Revista _rn não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

/revistawebrn /revista_rn /revista_rn 84 99710-8888

12 Túlio Ratto

19 Ramirez Fernandes

17 Raildon Lucena

24 Luis Fausto

Não é hora para divisões

Variados

Reajuste por idade

Como Era Verde Meu Vale

3

confira

06Onde no Brasil a pessoa está segura?

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18

24

32

22

25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnSUMÁRIO

28 Ana Cadengue

Girando

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Ufa! Enfim o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Fa-ria (PSD), descobriu que o Estado vive uma grande crise.

O largo sorriso nas imagens que alimentavam suas redes sociais publicizando suas ações, ‘venden-do’ uma suficiência que todos sa-biam não existir, deu lugar a um olhar de songamonga angustiado disposto a enfrentar de uma vez por todas – nove meses depois de assumir o cargo – os problemas do Estado. Para tanto, colocou na vala aquele discurso de campa-nha de que não aumentaria im-postos no RN.

E foi em clima saudoso pedin-do união da classe política que

o governador reuniu os deputa-dos estaduais em seu gabinete para discutir austeridade fiscal e o anúncio do projeto que será en-viado à Assembleia com as pro-postas de aumento de tributos.

E aquele cenário de um pomposo RN do discurso foi para o beleléu, o que acabou gerando discussões acaloradas na sessão da Assem-bleia Legislativa durante a sema-na.

O deputado Kelps Lima (SDD), um dos poucos que ainda faz oposição ao governo, criticou-o duramente mostrando um do-cumento lido por Robinson na abertura do ano legislativo na As-sembleia que afirmava o compro-

misso antiimpostos.

O deputado Kelps lem-brou ainda a promessa feita pelo governador de despachar em um birô no hospital Wal-fredo Gurgel, se pron-tificou inclusive a doar

um birô e uma cadeira para que Robinson pudesse despachar no hospital. E ainda sugeriu ao Go-verno do Estado que direcione uma parcela da verba de publici-dade para a promoção do Turis-mo.

Não tem mais como seguir sem adotar medidas drásticas. Ora, já torrou quase todo o fundo pre-videnciário, ainda assim os hos-pitais continuam lotados e sem o básico para atender a popula-ção; com a segurança em périplo dramático deixando vítimas pelo caminho; alunos do interior sem ônibus escolar para levá-los à es-cola; a seca transformando barra-gens em pó, um colapso de água nunca visto na maioria dos mu-nicípios do RN.. As providências chegam com muito atraso.

Prova dos nove: um governo que leva o tempo de uma gesta-ção para enxergar uma crise não pode ser chamado de competente.

Nascimento

[email protected]

João

Gilb

erto

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnEDITORIAL Opinião

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“Onde no Brasil apessoa está segura?”

Delegada da Polícia Civil há quinze anos, primeira mulher a comandar a segurança pública no RN, Kalina Leite recebeu a revista _rn no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP). A

secretária falou sobre os problemas e soluções da pasta, da sensação de insegurança, dos prós e contras das redes sociais, do concurso dos

“824”, que foi anulado pela Justiça, além de avaliar o governo.

ENTREVISTA

Kalina Leite

Em sua opinião, qual o grande pro-blema hoje da segurança pública no Rio Grande do Norte?

A gente sofre muito com a deficiên-cia do efetivo e tem colhido – uma forma delicada de dizer – um fruto difícil de ser mudado. Há uma esca-la de trabalho que não é a ideal ado-tada no Brasil. A gente precisa fazer essa mudança. As estruturas físicas que a gente nem tem falado tanto... A estrutura tecnológica, eu diria que é razoável hoje. O nosso parque tecnológico é muito bom. Talvez o melhor do Nordeste, um legado da Copa, que não estava sendo utiliza-do, não por falta de capacidade dos gestores anteriores, mas pela a au-sência de uma política pública mais preocupada nessa área. E nós fo-

mos buscar todas essas ferramentas que não estavam sendo utilizadas. A luta ainda é muito grande nessa fase. Como por exemplo, o monito-ramento do tempo de resposta da viatura policial, as tão famosas cha-madas do 190.

Qual o diagnóstico de tanta demo-ra?

Primeiro, um efetivo reduzido. Se-gundo, um efetivo que não era es-pecializado para estar no CIOSP, que a gente, a curto e médio prazo, está fazendo essas mudanças. Por exemplo, todo Centro de Operações tem que ter um oficial de serviço, responsável pelo Centro. Os oficiais que tínhamos aqui não eram acos-tumados a trabalhar na rua. Daque-

les oficiais que trabalharam, por exemplo, na cozinha do Batalhão da PM; ou aqueles que trabalharam na parte administrativa. Desde a concepção do CIOSP, digo-lhe com muita tranquilidade, 90% é Polícia Militar e 10% as demandas como Itep, Samu, Polícia Civil, trânsito. Por isso que eu defendo que a co-ordenação operacional desse Cen-tro Integrado seja da Polícia Militar. Então, a partir daí chamamos um oficial graduado, experiente na rua, e iniciamos as mudanças. Hoje, te-mos cinco oficiais que se revezam em escalas de seis horas - porque é humanamente impossível ficar liga-do a tudo que está acontecendo no Centro de Operações com um horá-rio superior a seis horas. Tem me-lhorado. Ainda falta muito, porque

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ENTREVISTA

a estrutura é muito grande. A gente vai tentar, baseado nessa deficiência de efetivo, mudar o tele atendimen-to. Em alguns estados, o atendente é terceirizado. Aqui, inclusive, o Tri-bunal de Contas recomendou como aquilo sendo desvio de função. Tem Estado que acha que só quem pode atender com eficiência, a partir da chamada, é o policial militar. Mas, também tem Estados que fizeram a mudança e aceitaram.

Há previsão para essa terceiriza-ção?

Já estamos nesse processo de lici-tação. Com isso, liberamos o po-licial da função de tele atendente. Mas, é uma mudança que ainda re-quer muita avaliação para saber re-almente se seria um ganho para o Estado. Pernambuco, por exemplo, já implantou e relata que há um ga-nho enorme. Há outros estados que não abrem mão do atendimento por policial, é o caso de Minas Gerais. Por a gente entender que existe uma deficiência muito grande de efetivo, pela recomendação do Tribunal de Contas, a gente vai fazer. Se é ou não a melhor opção, a gente vai sa-ber após sua implantação.

O cidadão norte-rio-grandense está seguro?

Onde no Brasil a pessoa está segura? Se você perguntar a mim, como me sinto eu sei lhe responder. O senti-mento do brasileiro...

A senhora se sente segura?

O sentimento do brasileiro é de in-

segurança. Infelizmente. Eu tenho o privilégio de saber onde está acon-tecendo o delito, a mancha criminal, ela migra praticamente todos os dias, migra por hora, migra por natureza de crime. Eu acompanho as estatís-ticas. Então, eu vou a um restauran-te me sentindo tranquila, eu sei o número de restaurantes que tem em Natal e no Rio Grande do Norte, e sei quantos são assaltados. Há uma probabilidade pequena. Mas eu não posso exigir que o cidadão comum tenha esse mesmo sentimento que eu porque há, na verdade, uma dis-seminação do pânico. Há uma cres-cente onda de violência, sem dúvida nenhuma, em todo o Brasil, até fora do Brasil devido à crise, à precarie-dade do sistema prisional, vários fa-tores que contribuem para isso. Mas, eu acho ainda que no Rio Grande do Norte, se compararmos com outros estados, estamos numa situação di-ferenciada. Para se ter uma ideia, recentemente eu conversei com um médico que trabalha no RN e Paraí-ba e ele me contava que João Pessoa está infinitamente pior do que aqui. Fala que anda e vê nas ruas da nos-

sa capital uma infraestrutura, ruas iluminadas, o cidadão circulando normalmente. Esse é exatamente o diagnóstico que a gente faz, essa sen-sação é também da presença da po-lícia, mas não é só isso, é a presença da iluminação pública, dos morado-res ocupando os espaços. Veja aqui na rua Campos Sales, como mudou. Todos que querem caminhar em Ti-rol, Petrópolis... Vai pra lá e como está bem iluminado, dificilmente o delinquente vai concorrer naquele espaço. Areia Preta, por exemplo, faço um apelo: vamos todos descer para a praia. Acho que os morado-res daqueles prédios descendo para a praia e também os moradores de Mãe Luíza, eles vão se integrar à gente. Sempre se fala em Mãe Lu-íza quando o assunto é segurança, mas nós sabemos que há uma mi-noria de delinquentes e é muito bem mapeado. A igreja é muito presente, a mobilização social... Eu imagino que se a gente ocupar os espaços, as praças, se tivermos uma boa ilumi-nação, se esses espaços forem arbo-rizados, claro que as mães levarão seus filhos.

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ENTREVISTAENTREVISTA

Os índices de criminalidade, se-gundo a Sesed, caíram. Então, por que essa sensação de que aumen-tou?

Eu atribuo boa parte dessa sensação a isso (aponta para o celular).

As redes sociais?

Sim. Às vezes até me sinto injustiça-da. Eu sou uma pessoa muito realis-ta e aqui na Secretaria uma coisa que a gente não vai, nunca, é mascarar qualquer dado ou qualquer infor-mação. Até porque só assim poderei pleitear melhorias junto ao gover-no do Estado – porque eu sou uma pessoa técnica, não sou política, não tenho nenhuma pretensão na vida política. As pessoas que trabalham aqui são todas comprometidas com o Sistema de Segurança, não tem nenhuma indicação política.

As redes sociais têm ajudado à Se-cretaria?

Sim. A gente tem recebido inclusi-ve denúncias da área do patrimônio Público. Acho que isso demonstra credibilidade – algo que há muito não se via. Quem faz esse trabalho muito bem, com bastante proprie-dade, é o Ministério Público. Mas agora nos deparamos com essas de-núncias através do WhatsApp e do 181. Veja que esse não era um tema tratado pela polícia em um primei-ro momento. As redes favorecem muito a Segurança Pública. Através das denúncias já apreendemos mui-to entorpecentes. Por outro lado, há muitas distorções de fatos também. Recentemente, mais ou menos nos

meses de fevereiro e março, eu diria que foi um período de um “teste má-ximo” para a nossa equipe... Além de todas as crises que tivemos, houve uma crise de propagação de even-tos que não aconteceram. Acho que hoje, passado esse período, as pesso-as estão mais conscientes. Mas isso demanda um esforço muito grande da nossa comunicação social. Cla-ro que isso deixa chateada aquelas pessoas que estão empenhadas nes-ses eventos sérios, quando inventam outros... Uma companhia, uma dele-gacia que trata de um evento que de fato aconteceu e chega a notícia de outros inexistentes, isso desvirtua. É uma energia despendida. Muitas vezes perdendo até o foco do que de fato aconteceu.

Nas redes sociais é impressionante essa sensação de insegurança. Mas, como ela está muito presente na vida da gente, uma ocorrência, às vezes até de pequeno vulto, como eu diria para a polícia, é diferente para quem não é policial. Um furto de um carro, por exemplo. Se essa pessoa posta na rede social que aca-

bou de ser furtada, isso tem uma re-verberação tremenda. Você assimi-la isso, seu filho assimila também, seu vizinho, todos. Essa sensação é potencializada. É importante que a gente tenha conhecimento de todas as ocorrências para que possamos desenvolver uma política pública que venha enfrentar isso. Mas, os potiguares, a gente precisa ter cui-dado para não vender um Rio Gran-de do Norte pior do que ele é. Vamos pelo menos vendê-lo como ele está. Vejo que há muitos potencializando o mau acontecimento. Natal não vai deixar de ter assaltos, infelizmente. Estamos no Brasil, com todas as di-ficuldades.

Como a senhora se sente sendo a primeira mulher a comandar a pas-ta da Segurança no Rio Grande do Norte?

Não é fácil. Como eu vivi nesse mun-do, rodeada de homens... Tirando as fofocas que não procedem porque, graças à Deus, eu sou bem resolvida na minha relação, com meus filhos, meu casamento... Tirando essas fo-

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ENTREVISTAENTREVISTA

focas, as pessoas devem entender que eu fui secretária adjunta com 29 anos de idade. Fiquei sete anos como adjunta. Acho até natural que existam interrogações da velha guarda, do machista e até descon-fiança de outras mulheres. Podem dizer: “pôxa, como é que uma pes-soa relativamente nova já é secretá-ria?”. Mas, nunca me distanciei das minhas metas, sou apaixonada pela investigação. Não à toa que o Minis-tério Público lutou e foi reconhecido o direito de investigar, porque a ati-vidade de investigação é apaixonan-te. Mas, acho que pela minha espe-cialização, eu tive a oportunidade de me aperfeiçoar na área de gestão e fiz pós-graduação na área da se-gurança pública. Apesar de convites para trabalhar em outras áreas, em outros poderes, nunca aceitei, nunca me distanciei da área de segurança. Há duas semanas, chamei todos os comandantes dos Batalhões e Com-panhias de Natal para a apresen-tação de uma nova ferramenta que estamos desenvolvendo de garantia para o policial e de controle. No fi-nal da reunião, o clima mais leve, fa-lei para todos que esquecessem que eu sou mulher e que sou delegada da Polícia Civil. Volta e meia eu te-nho que ter muito cuidado no que eu falo das polícias porque, poucos, é verdade, lembram que eu sou de-legada. Mas digo sempre que eu sou uma agente da segurança pública, tão comprometida com a polícia mi-litar, bombeiros, Itep, PRF, Polícia Federal, quanto sou com a polícia civil. Se tiver de gritar, eu grito; que tirar, eu tiro.

Foi falado na imprensa potiguar

que a secretária por ser da Polícia Civil estaria ‘beneficiando’ mais a sua categoria do que a PM...

Olha, acho que isso foi tão isolado que nem repercutiu. Gente desavi-sada. Até acho que isso se deu em razão da Polícia Civil ter tido uma promoção enquanto que a promoção da Polícia Militar foi mais penosa. Só que isso foi bem esclarecido, com muita tranquilidade com as asso-ciações. Eles inclusive reconhecem isso. Aliás, eu acho que eu até pe-nalizo mais a Polícia Civil em razão de ser policial civil. Eu evito “mo-nitorar” os processos de interesse da Polícia Civil, enquanto os da PM eu sou extremamente preocupada. Essa promoção da Polícia Civil esta-va, digamos, concluída desde o ano passado, existia um parecer norma-tivo. O que não aconteceu com as promoções da Polícia Militar. Mas, que agora já está tudo bem encami-nhado.

Qual o impacto da decisão do Tri-bunal de Justiça em invalidar o in-gresso dos convocados do último Concurso da PM?

Olha, eles precisam compreender que o problema não é do Executivo.

Muitos dos concursados nas redes sociais acreditam que houve um acordo entre o governador e o Tri-bunal de Justiça...

Não existe isso. De forma nenhuma. Primeiro, a gente precisa de poli-ciais, se não os 824, que tivéssemos 160, 500, 600. Hoje, qualquer efetivo é bem-vindo. A gente está ‘choran-

do’ por efetivo. Então, até o curso já estava certo, a gente já tinha plane-jado para que fosse realizado no in-terior. Todo policial que volte para casa ou que ingresse é bem-vindo. O governador, acho, deve se sentir muito triste com tudo isso – se ele acompanha – porque ele foi uma das pessoas que queria muito isso. Eu mesma fui chamada ao seu ga-binete algumas vezes para ver essa situação. É bom que entendam que não existe essa interferência com o Judiciário. Na verdade, foi um recur-so do Ministério Público e, até onde eu sei, o MP realmente estava com o propósito de acompanhar aquela ação porque entendia que o prazo havia expirado.

O governo pretende aguardar a decisão do STJ sobre o recurso dos 824 concursados ou vai realizar novo concurso público?

Estamos encaminhando os proces-sos de concursos. Deveremos con-versar com o Tribunal de Contas, mas já me foi dito que esse concurso é somente para a reposição. A gente precisa definir o que seria essa repo-sição, se desde o início, dos últimos quatro anos ou se apenas a reposi-ção deste ano. Está faltando definir isso.

Essa reposição seria de quanto?

A deficiência da polícia civil é de 70%; da PM, quase 40%; Corpo de Bombeiros, 40%. Para se ter uma ideia, nós trabalhamos hoje com me-nos policiais do que trabalhávamos no ano de 2010. Tudo cresceu em 5 anos e a polícia encolheu. Quando

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me formei há quinze anos, a delega-cia que eu fui trabalhar tinha cinco delegados, hoje tem apenas um.

O que precisa ser feito para que isso não ocorra?

Planejamento. É preciso um concur-so público todo ano. Reposição to-dos os anos.

É pretensão do governo realizar concursos todos os anos?

Sim. É nossa pretensão. Tanto que

os processos dos concursos já estão sendo encaminhados. A dependên-cia hoje é realmente fechar, em ra-zão da Lei de Responsabilidade Fis-cal, com o Tribunal de Contas qual a reposição.

Quantos policiais já foram devol-vidos pelos poderes?

O número exato eu não tenho. Foi reeditado o decreto onde, exceto o policial que esteja trabalhando na justiça criminal e persecução crimi-nal, os policiais que estiverem de-

claradamente trabalhando nesses órgãos e funções, permanecem nos órgãos.

Metas?

Temos muitas. Tanta coisa...

O Estado tem dinheiro para inves-timentos?

É difícil. Mas eu não posso me quei-xar de que está faltando. O ano de 2015 foi e é de muitas dificuldades, mas não posso dizer que senti falta

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnENTREVISTA

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ENTREVISTA

de dinheiro. Veja que a prioridade foi colocar policiamento na rua, coi-sa que não víamos há bastante tem-po. E eu atribuo muito essa redução das ocorrências à presença da polí-cia. Por exemplo, no CPRE, mais de três mil motos foram apreendidas, tiradas de circulação. A gente sabe que é uma modalidade muito usual o assalto utilizando motocicleta. Eu atribuo a redução de alguns núme-ros em razão da presença do CPRE na rua. As diárias operacionais são fundamentais para isso. A ausência do policiamento na jornada normal, porque não temos efetivo para tan-to, a diária operacional proporciona isso. A valorização policial, resgatar todos esses direitos de gente que es-tava há vinte anos numa patente, sem condições de evoluir – isso a gente fez. Temos muitas dificuldades de estrutura física, às vezes queremos até avançar em tecnologia, mas a es-trutura não suporta.

Secretária, e o Itep?

É fundamental. Mas atualmente com um quadro complicadíssimo. Esse tempo todo o quadro técni-co está diminuindo, muitos se apo-sentando. O Instituto técnico onde a grande maioria deve ser de nível superior, peritos, médicos legistas e hoje a gente não tem gente para cumprir as escalas. É preocupante. As representações sindicais são im-portantíssimas e aproveito para di-zer que é preciso termos o bom sen-so e o “time” para sentar e discutir. Acho que agora é a hora que a gente tem de mudar o Itep. Talvez não te-nhamos condições de atender todos os pleitos, mas o governo tem muita

disposição de resolver. Não pode-mos descartar essas pessoas que tra-balharam a vida toda no Itep. Como também não podemos manter essa concepção do Itep hoje ter em seu quadro uma grande maioria inter-mediária e minoria de técnicos. Pre-cisamos de um quadro capacitado. O estudo que foi feito recentemente com Ministério Público, Consultoria – o Sindicato e Associações sabem disso – que o efetivo do Itep ideal é em torno de 500 a 600 servidores e hoje a gente tem esse número de servidores. O que acontece então? É essa inversão, médico e perito tem tanto assim e a base assim (abre os braços mostrando a dimensão entre o muito e o pouco)

Como a senhora avalia o governo Robinson Faria?

De extremo otimismo. Acho que tem uma vontade tremenda de acertar.

Acho que valoriza realmente o se-tor técnico em detrimento do políti-co. Em que pese, pelo menos o que eu busco saber na Segurança Públi-ca, como andam os outros estados, o nosso está bem, embora eu goste sempre de dizer, reconheço, que tem muito o que melhorar. Porém, tenho grande preocupação com a crise econômica do Brasil, pois isso reper-cute na Segurança Pública. Ora, já encontrei pai de família que perdeu o emprego e dizendo que quando o Seguro Desemprego acabar seria preciso roubar para o sustento dos filhos. É difícil. A fragilidade do Sis-tema Prisional repercute. Mas, ain-da estamos, graças à Deus, com nú-meros bons. Temos muito a fazer, mas acredito que estamos bem, os índices mostram isso. Claro que es-tamos sempre insatisfeitos, porque uma ocorrência policial – ninguém queira passar, pois é um trauma tre-mendo.

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rn

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PerguntaNatal sediará nos dias 2 e 3 de outubro. No Centro de Convenções, a Energy ExpoBusiness, evento de projetos e novidades do mercado de energias renováveis. A energia eólica e solar em alta no RN. E aqui vai uma perguntinha de um leigo: fica no RN algumas ‘gotinhas’ dessa energia eólica produzida aqui?

AdvertênciaA presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (Sindiserpum), Marleide Cunha avisa que na última quarta-feira, 23, ficou acertado em assembleia uma parada de advertência para o dia 7 de outubro, alegando a falta de cumprimento de alguns direitos dos profissionais da educação em Mossoró. O prefeito Silveirinha para ser um péssimo gestor tem que piorar muito ainda.

AfastamentoA semana em Mossoró foi quente. Mas, com

um placar de 13 votos da bancada do governo contra cinco da oposição e duas abstenções a Câmara de Mossoró

derrubou o requerimento que pedia o afastamento do prefeito Silveira Júnior (PSD). Esfriou.

Vamos amornar isso. Eis os retratos dos vereadores que foram contra o

afastamento do prefeito de Mossoró, Silveira Júnior, por 30 dias enquanto seria investigado o rombo da Previ Mossoró, que ultrapassa os R$ 15 Milhões.

Afastamento llO procurador-geral de Justiça Rinaldo Reis recebeu hoje os vereadores da oposição de Mossoró. Assunto: pedido de afastamento do prefeito Silveira Júnior (PSD). A pergunta está no ar, nos quatro cantos de Mossoró: aonde o prefeito colocou a verba da Previ, que foi descontada do servidor e não repassada ao órgão.

Roberto FreireO Governo do Estado deve anunciar até o mês de outubro o novo projeto de reurbanização da Avenida Roberto Freire, em Natal, que inclui um amplo calçadão e transforma a via em mão única no sentido centro/Ponta Negra. Aquele projeto que havia sido elaborado a gestão de Rosalba Ciarlini foi jogado no lixo.

Acredita?O governador Robinson Faria disse que a votação do projeto que aumenta os impostos no Estado é uma questão de governabilidade. E ressalta que o aumento de imposto será temporário, “apenas até durar essa crise”. E você ainda acredita no governador? Apois está certo...

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnTÚLIO RATTO

Page 13: Revista _rn 45 - 25SET2O15

TransferênciaO juiz da comarca de Nísia Floresta, Ricardo Arbex, autorizou a transferência do ex-governador do Rio Grande do Norte, Fernando Freire, para o presídio de Alcaçuz. A Coordenadoria de Administração Penitenciária (Coape) deve oficiar hoje (25) o Comando da Polícia Militar para que a transferência seja feita. Bastou saber, o ex-governador adoeceu e precisou de atendimento hospitalar. Fernando Freire é condenado a seis anos de prisão por apropriação de recursos públicos.

“Senhor Governador do Estado do Rio Grande do Norte, e senhor Prefeito de Mossoró. Eu vos apresento meu pai: O senhor Ernani Ferreira, de 77 anos, pedreiro aposentado, que trabalhou sua vida toda pra criar com muita honestidade seus seis filhos, sendo uma delas adotada, e que no último dia 11 setembro 2015, sofreu uma queda da própria altura em sua casa, e após ser conduzido pelo Corpo de Bombeiros para o HRTM (Hospital Regional Tarcísio de Vasconcelos Maia), foi constatado que teve uma fratura de fêmur e ficou internado esperando cirurgia eletiva. Cirurgia esta que era pra ter sido feita na mesma hora que

ele chegou lá, pois é obrigação do estado dar esta condição a ele e todos os outros que ali chegarem. Pois bem, segunda feira dia 21 de setembro 2015, o Dr. Rodrigo Jales, a qual eu isento totalmente de qualquer culpa nesse caso, iria operar ele com muita boa vontade, e ele ao chegar à sala de cirurgia foi vetado pelo anestesista, pelo motivo da enfermeira ter aplicado naquele dia a medicação (CLEXANE) usada para afinar o sangue, e no procedimento cirúrgico a hemorragia seria eminente, e poderia complicar o risco de morte do meu pai, sendo assim, foi cancelado o procedimento que ocorreria naquele dia. Após

Pedido dramático na redeEstá no blog editado a partir de Mossoró passandonahorarn.com:

Causou um grande rebuliço a publicação do decreto do governador Robinson Faria que regulamentou o pagamento das pensões vitalícias pagas aos ex-governadores José Agripino e Lavoisier Maia. Equiparando, inclusive, os vencimentos aos dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, que são de R$ 30.471,00. E quem vive na penúria de um salário mínimo chiou sem piedade nas redes sociais.

isso a família foi orientada a aguardar até hoje, quinta feira 24 setembro 2015, e que o procedimento seria realizado hoje. Portanto fomos orientados pelos médicos a suspender, água, comida etc..., assim como a medicação (CLEXANE), pois como disse acima, o procedimento seria realizado nesta quinta como sem falta no próprio HRTM. Para a nossa surpresa, meu pai ficou quase 24hs em jejum esperando a tão sonhada cirurgia e como os ortopedistas de plantão estavam circungirando as emergências, o procedimento do meu pai foi mais uma vez cancelado/adiado”... Leia mais AQUI!

TúlioRatto

é chargista.

[email protected]

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Rebuliço

25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnTÚLIO RATTO

Page 14: Revista _rn 45 - 25SET2O15

O desembargador Cornélio Alves suspendeu, em decisão liminar, as investigações da operação “Dama de Espadas”, que apura supostas irregularidades na Assembleia Legislativa. O objetivo é não cau-sar a nulidade do processo, já que, eventualmente, algum indivíduo com foro privilegiado (deputado) poderá estar relacionado aos fatos.

Se comprovada a participação de algum parlamentar, a investigação só poderá continuar com autoriza-ção do Tribunal de Justiça. Já que, pela Lei, apenas o Procurador-Ge-ral de Justiça pode investigar de-putados.

O processo referente à chamada operação “Dama de Espadas” está em Segredo de Justiça, em parte. Somente têm acesso aos autos, as partes e os advogados. Pela deci-são, as investigações estão suspen-sas, provisoriamente. O Tribunal de Justiça irá decidir se o Ministé-rio Público poderá ou não prosse-guir com as investigações, pois o MP não poderá continuar com as investigações sem autorização do TJ.

Segundo a liminar do desembar-gador Cornélio Alves, relator do processo, o juiz de primeira ins-tância e o Ministério Público te-

rão que prestar informações ao TJ e em seguida, o procurador geral de Justiça terá dez dias para emitir parecer. Somente, concluída esta etapa, o Pleno do Tribunal irá de-cidir sobre a questão.

A liminar é no sentido de não cau-sar a nulidade do processo. Even-tualmente, algum indivíduo com foro privilegiado poderá estar re-lacionado aos fatos, neste caso a investigação só poderia continuar com autorização do TJ. Por isso, a liminar tem o cuidado de prevenir uma futura nulidade ao final do processo. Esta suspensão não deve ultrapassar o prazo de 30 dias.

[email protected]

Investigação da “Dama de espadas”

é suspensa para averiguar

participação de deputados

14

25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnESTADO Da Redação

Page 15: Revista _rn 45 - 25SET2O15

O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, através do Procurador--Geral de Justiça e dos membros da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público-PJDPP da Comarca de Natal-RN, em face da decisão proferida pelo Tribunal de Justiça suspendendo as investiga-ções da Operação “Dama de Espa-das”, presta as seguintes informa-

“Dama de Espadas”

A Operação “Dama de Espadas” foi deflagrada no último dia 20 de agosto pelo Ministério Público e in-vestiga suposto esquema montado no âmbito da Assembleia Legisla-tiva por associação criminosa for-mada por alguns servidores com auxílio de um gerente do Banco Santander para desviar recursos em benefício próprio ou de tercei-ros.De acordo com o MPRN, o esque-ma era coordenado pela procura-dora-geral da Casa, Rita das Mer-cês Reinaldo, e teria colocado sem nenhum controle processual ofi-cial aproximadamente 100 pesso-as na folha de pagamento da As-sembleia, tendo a maioria vínculos com outras empresas e residindo até mesmo fora do Rio Grande do Norte. Os valores desviados dos cofres da Casa Legislativa em favor de tais servidores contabilizariam o montante de R$ 5.526.169,22.

15

25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnESTADO D

Ministério Público emite nota sobre suspensão das investigações

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ções: 1- A Procuradoria Geral de Jus-tiça vai recorrer da referida de-cisão, no prazo legal.

2- O Tribunal de Justiça já havia apreciado idêntico pleito, postu-lado pela Assembleia Legislati-va do Estado do Rio Grande do Norte, nos autos do Mandado de Segurança nº 2015.013812-3, tendo o Desembargador Ibanez Monteiro consignado que “se eventualmente algum parla-mentar entender que a prerroga-tiva de foro, da qual é detentor, não foi respeitada, que busque individualmente as medidas administrativas ou judiciais que entender cabíveis, no intuito de exercer a prerrogativa de fun-ção em razão de seu mandato eletivo” e que, por não enxergar no caso qualquer violação a al-gum interesse estritamente ins-titucional da Casa Legislativa que autorizasse o impetrante a postular em juízo a suspensão das investigações empreendi-das na Operação Dama de Espa-das, haja vista que “a discussão acerca da prerrogativa de foro de Deputados Estaduais não ca-racteriza potencial afronta ao funcionamento, à autonomia ou à independência” do Poder Le-gislativo Estadual, denegou a segurança.

3- Na linha da decisão referida, entendemos que não cabe à Pro-

curadoria Geral do Estado fun-cionar no patrocínio judicial, no âmbito criminal, em favor de supostos investigados que os-tentem foro por prerrogativa de função, sob a discutível alega-ção, conforme pronunciamento do Procurador-Geral do Estado publicizada na data de hoje, de que está a evitar nulidade no processo judicial. Seria desejá-vel, sim, ao Estado, através da Procuradoria Geral do Estado, perfilar como vítima do ataque ao erário, inclusive apurando eventual dano ao patrimônio público no âmbito administrati-vo, função que se insere em suas atribuições institucionais.

4- O Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça e o próprio Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, em mais de uma oportunidade, consolidaram o entendimento de que sua competência crimi-nal é restrita à autoridade com foro por prerrogativa de função e que no caso de encontro for-tuito de provas em investigação em curso no primeiro grau de jurisdição, a investigação deve ser separada e não paralisada em sua totalidade, remetendo--se ao Tribunal tão somente os documentos alusivos aos in-vestigados com foro privilegia-do, sem prejudicar a investiga-ção de primeira instância, como ocorre, por exemplo, na opera-ção Lavajato.

5- A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Natal jamais in-vestigou criminalmente qual-quer membro de poder que pos-sua foro especial no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte ou em outro Tribunal.

6- No momento em que a Pro-motoria de Justiça identificou indícios da participação de de-tentores de foro especial no cur-so das investigações, requereu o encaminhamento das provas ao Procurador Geral de Justi-ça, o que foi deferido pelo juiz da 8ª Vara Criminal de Natal. Tanto é verdade que na decisão o Desembargador Cornélio Al-ves, em que pese a sua conclu-são, menciona como um de seus fundamentos a existência de pe-dido de compartilhamento de documentos com o Procurador Geral de Justiça, o que denota o respeito da PJDPP à orientação jurisprudencial dos menciona-dos tribunais em cindir as in-vestigações.

7- A iniciativa da Procuradoria Geral do Estado, da Procurado-ria da Assembleia Legislativa e, por fim, a decisão judicial, cau-sam um evidente prejuízo ao desbaratamento dos crimes pra-ticados por pessoas que não es-tão submetidas à competência criminal do Tribunal de Justiça e que ensejaram grave dano ao erário.

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnESTADO D

Ministério Público emite nota sobre suspensão das investigações

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As marcas do passado, as alegrias perdidas e a degradação são al-guns dos pontos apresentados por John Ford em Como Era Verde Meu Vale (How Green Was My Valley), clássico de 1941, vencedor de cin-co prêmios Oscar, inclusive melhor filme, quando bateu Cidadão Kane de Orson Welles o que, para muitos, significou uma prova incontestável do conservadorismo da Academia.

Baseado no romance de Richard Llwellyn, o longa-metragem con-ta a trajetória da família Morgan. O clã, e os demais moradores da-quele vale, sobrevivem do trabalho numa mina de carvão. Ford nos

apresenta as vicissitudes de grupo familiar, levando em conta os as-pectos trabalhistas, os dramas e a forma como aquele local que antes transbordava alegria foi perdendo seu brilho exterior, até apagar.

Seus aspectos dramáticos incluem uma forte crítica social aos valores capitalistas, já que os trabalhadores enquanto instrumentos do enri-quecimento burguês perdem o seu valor, diante da oferta implausível dos mais desesperados. Ainda há farpas acerca da hipocrisia religio-sa e da depredação ambiental.

A fotografia bucólica (em preto-e-

-branco) de Arthur C. Miller ofus-ca nossos olhos. Mesmo porque a ausência de cores jamais impede de termos a noção da beleza plás-tica que imperava naquele lugar. Da mesma forma a sua destruição é ressaltada em fotogramas sujos de poeira, carvão e fuligem. Um belo, triste e reflexivo filme.

Raildon Lucena

é jornalista e cinéfilo.

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Como Era Verde Meu Vale

CINEMA & ETC POR RAILDON LUCENA

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[email protected]

Os vereadores Genivan Vale (Pros), Lairinho Rosado (PSB), Vingt-un Neto (PSB) e Francisco Carlos (PV) foram recebidos na manhã de hoje, 25, pelo Procurador Geral de Justi-ça, Rinaldo Reis, para tratar sobre a denúncia de apropriação indébita da Prefeitura de Mossoró dos re-cursos da Previ. O encontro ocor-reu na sede da Promotoria, em Na-tal.

Na ocasião, os vereadores que com-põem a bancada da oposição na Câmara Municipal de Mossoró (CMM) entregaram documentos que comprovam os atrasos de qua-tro meses do repasse dos descon-

tos previdenciários dos servidores de Mossoró à Previ. Também estão atrasados, há sete meses, os repas-ses da contribuição patronal à Pre-vidência. Os débitos somam um montante superior a R$ 15 milhões.

O procurador Rinaldo Reis recebeu a documentação e informou que irá anexá-la junto ao procedimento de investigação já aberto pela PGJ, após denúncias dos vereadores ao Ministério Público em Mossoró.

Genivan Vale destaca que o não re-passe dos descontos dos salários dos servidores a Previ é um ato grave. Isso é apropriação indébita

previdenciária, conforme o arti-go 168-A, do Código Penal, e pode resultar na perda do mandato do prefeito por improbidade adminis-trativa.

“É o dinheiro do servidor que não está sendo repassado para previ-dência, ou seja, sem os repasses regulares à Previ corre um gran-de risco de futuramente quando o servidor for se aposentar não ter dinheiro para sua aposentadoria. Isso é inadmissível. A maioria da Câmara Municipal infelizmente fe-chou os olhos para esse grave fato, mas insistimos que houvesse a in-vestigação. Estamos fazendo isso para defender o dinheiro dos servi-dores”, enfatiza o parlamentar.

Novo Parcelamento

O vereador Tomaz Neto (PDT) não participou da reunião na Procura-doria Geral de Justiça, em Natal, pois esteve representando a ban-cada da oposição em Mossoró, em reunião no Ministério Público (MP) que também tratou sobre os atrasos da Prefeitura de Mossoró à Previ.

Segundo a imprensa local, durante a audiência, que contou com a pre-sença do prefeito Silveirinha (PSD) e do presidente do Previ Mossoró, Renato Fernandes, foi assinado um Termo de Ajustamento de Condu-ta (TAC) para preservar o cofre da previdência municipal e ficou defi-nido que a dívida será paga em 14 parcelas.

A Prefeitura de Mossoró já tem outros três parcelamentos, em 60 meses, de dívidas anteriores com a Previdência municipal.

ACONTECE DA REDAÇÃO

Prefeitura de Mossoró é investigada por apropriação indébita previdenciária

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Editor do Blog www.protejaseusdireitos.blogspot.com.br

“A lei não pode criar males, a pretexto de necessidade, sob pena de mentir à sua origem, e aviltar-se.”

José de Alencar

REBOLANDOA prática motivacional instituída por uma rede de supermercado na qual os empregados eram obrigados a participar coletivamente do grito de guerra conhecido como cheers, cantando, batendo palmas e rebolando, gerou R$ 3 mil de indenização por dano moral a uma funcionária que se sentiu ofendida com a situação. A empresa recorreu da condenação, mas a 7ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu do recurso.

INTERNETO serviço de telecomunicações é considerado essencial, conforme o artigo 11, inciso VII, da Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica. Dessa forma, a frequente interrupção dos sinais de telefone e internet gera transtornos aos consumidores, configurando dano moral. Com esse entendimento, a 11ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná condenou as operadoras Oi e Tim a pagar indenização de R$ 15 mil a clientes que sofrem com quedas nos serviços a cada duas semanas.

SIMPLESO adicional de 10% nas multas de FGTS em caso de demissão sem justa causa não deve ser pago por empresas que optaram pela classe Simples de tributação. Isso porque a lei que criou esse novo sistema de contribuição tributária não prevê aos seus optantes o pagamento do imposto. Com essa tese, a 20ª Vara Federal da 1ª Região concedeu antecipação de tutela a um escritório de advocacia, que não terá que arcar com a multa e continuará com a situação fiscal em dia.

CANCELAMENTO DE VOOO Tribunal de Justiça da União Europeia decidiu que, quando um voo precisa ser cancelado por problemas técnicos no avião, a companhia aérea deve pagar indenização para todos os passageiros. De acordo com diretiva da União Europeia, a reparação varia entre 250 e 600 euros (de R$ 1 mil a R$ 2,7 mil, aproximadamente), dependendo da distância do voo.

COMANDO DA EMPRESAEm crimes contra a ordem tributária, aplica-se a teoria do domínio de fato: é autor do delito aquele que detém o domínio da conduta, ou seja, o domínio final da ação. Tratando-se então de tributo devido pela pessoa jurídica, o autor será aquele que efetivamente exerce o comando administrativo da empresa. Este foi o fundamento da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

REFLEXÃO

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnPROTEJA SEUS DIREITOS POR RAMIREZ FERNANDES

RamirezFernandes

é advogado

[email protected]

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ProfessorRINALDO BARROS

Na conversa de hoje, fugindo um pouco da nossa monóto-na realidade cotidiana (de crises e corrupção), vou levar ao leitor uma reflexão sobre a evolução histórica da vida em nosso planeta.

Vamos começar bem do comecinho.

Como vocês se lembram, após cerca de oito bilhões de anos do inacreditável Big-Bang, um planeta sem nada de especial chamado Terra (onde mais de 70 por cento da su-perfície é coberta pela água...deveria se chamar “Planeta Água”) foi formado.

Dois bilhões de anos depois, a vida começou por aqui. Em linguagem mais técnica, padrões de matéria e ener-gia que podiam se perpetuar e sobreviver, se perpetua-ram e sobreviveram.

Com lento passar do tempo, os padrões tornaram-se

Evolução da vida

ARTIGO

[email protected]

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mais complexos do que meras cadeias de moléculas, e surgi-ram as sociedades de molécu-las com funções distintas.Mais ou menos 3 bilhões de anos depois, os primeiros or-ganismos vivos terrestres (co-gito que deve haver, sim, vida em outros planetas) emergi-ram: os procariotas (unicelu-lares e anaeróbicos), os quais não precisavam de oxigênio para viver.

As primeiras inovações fize-ram surgir um sistema genéti-co simples. A habilidade de na-dar e a fotossíntese montaram o cenário para os organismos

mais avançados, consumidores de oxigênio. Por volta de 700 milhões de anos atrás (basea-dos na coluna vertebral), o que forneceu aos primeiros peixes um eficiente mecanismo de na-tação.

O leitor já percebeu que a vida surgiu no mar, pois não?

Desde então o ritmo acelerou. Enquanto a evolução levou bi-lhões de anos para fazer surgir as primeiras células, em apenas alguns milhões de anos, surgi-ram os primeiros animais.

Quando alguma calamidade

(teria sido um choque com um asteróide?), há 65 milhões de anos, acabou com os dinossau-ros, os mamíferos herdaram a Terra (embora os insetos discor-dem disso).

Com a emergência dos prima-tas, o progresso passou a ser medido em meras dezenas de milhões de anos. Os humanói-des surgiram há apenas 15 mi-lhões de anos.

Uma curiosidade: existiram, pe-los menos, duas subespécies do Homo Sapiens: 1) o Homo Sa-piens neandertalenses emergiu por volta de 100 mil anos atrás, na Europa e no Oriente Médio, e depois desapareceu misterio-samente entre 35 e 40 mil anos atrás; 2) outra subespécie do Homo Sapiens, a que vingou, é natural do continente africano. Ou seja, somos todos afrodes-cendentes...Com o advento da Nanotecnologia (átomos), capaz de mo-dificar a estrutura da matéria, aliada à Tecnologia da Informa-ção (bits), os seres humanos es-tamos inaugurando uma nova era, quiçá, a ponto de estender o conhecimento humano a to-dos os objetos, aos mistérios da vida, ao transcendente, quiçá a outros mundos ou a outras di-mensões.

Resta saber o que isso tudo sig-nifica em termos de impactos sociais, políticos e ambientais para a Humanidade, para a so-ciedade em que vivemos. Deixo a reflexão como presente para o caro leitor.

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Despedida

POR ELAS

Hoje me despeço de ti, de mim. Sem acenos medíocres, nem bei-jo nas bochechas rosadas, as suas ou as minhas. Adeus também não levará na sua memória, nem seu adeus a mim, nem o meu a mim mesma. Prefiro esta metamorfose

desassossego, na minha inquietu-de perversa, nas minhas manias de só querer. E esse amanhã que nunca chega, sim o dia da minha partida, da despedida nua e crua, sinto um monte de coisas, sinto uma foice me cortar a garganta, sinto o sangue quente descendo pelo pescoço. Hoje me despeço de ti, agora já é o amanhã que nun-ca almejei, sem fingimentos, sem delícias, deixo-te. Deixo-te, nossos elos se partem, deixo uma parte minha, uma parte invisível e você, fica um pouco em minhas poesias afiadas, as perversas que saem da minha boca. Minha boca que tanto mordestes. Hoje me despeço de ti, na verdade não querendo ir, mais a parte de mim, a que me domi-na, esta outra parte, errante e in-discreta, que se apoderou do meu lado fraco, esta parte quer sair, fu-gir, ir. Estou indo querendo ficar. Aproveito este dia, que já é noite, celebrarei meu ritual, esta volúpia ardente e irei, irei por aí feito um avoante de asa partida, faltando--me penas. O baile de máscaras continua, eu num ápice esfumaça-do, parto. Parto “sem eiras e bei-ras”, estros, restos e fadigas. Sigo por um caminho que não se vê, não se pode ver e trilhas estreitas, um chão impregnado de cinzas, de ossos pontiagudos, de mortos. Sem beijo doce e quente na face ou nas mãos. Hoje me despeço de ti, na verdade de mim, porque minha máscara de hoje não teve serventia, Ela me aguarda no fi-nal da festa, sua fantasia a mais bela da noite, Ela me ronda, me espera, me envolve no seu perfu-me barato, a morte.

EscritoraSulla Mino

de delícias que sinto, que tenho, que fantasio e que poderei nunca esquecer. E hoje minha máscara me caiu bem, esta máscara que não é um mero adereço, ela dis-farça minhas cicatrizes, minhas lágrimas escuras. Não esquece-rei de ti, nem você de mim. Esta transformação de um ser em outro, de mim em você, de você que carrego em meu balaio tér-mico, todos seus deleites estarão nele, e de alguma forma estarei em você, talvez presa numa cai-xa fosca de papelão, estarei nela mesmo assim, cintilada, etérea. Estarei num purpurinado colo-rido, com letras soltas, recitando poesias pra você, sim, de algum lugar ainda não definido. Esta-rei em ti, tenho esta certeza, de alguma forma miúda, estarei en-volvida em teus braços, no meu

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As fotos foram disponibilizadas pela autora exclusivamente para a revista _rn e estão protegidas pela Lei dos Direitos Autorais,

só podendo ser reproduzidas com sua autorização expressa.

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Katherine Carvalho

_rnBEM

NAFOTO

Meu nome é Katherine Car-valho, nasci em Nísia Flo-resta/RN, e a fotografia tor-nou-se um hobby em minha vida, após conhecer há pou-co mais de um ano um grupo de fotógrafas, o que desper-tou em mim uma paixão que estava adormecida. A partir de então passei a participar de cursos com fotógrafos re-nomados e também de ex-pedições, onde a troca de conhecimento foi fundamen-tal para o aprimoramento da técnica.

Além do prazer de fotografar, o que também me fascina é a possibilidade de conhecer e fazer novos amigos. Recen-temente conheci a Aphoto, grupo de amantes da foto-grafia com o qual me identi-fiquei e passei a fazer parte.

O estilo de fotografia que mais me identifico é de natu-reza, em especial o alvorecer e pôr do sol.

Alvorecer na Praia de Pititinga

Poente na Praia de Pititinga

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnBEM NA FOTO

Alvorecer na Praia de Pititinga

Poente na Praia de Pititinga

Poente em Tibau do Sul

Poente em Galinhos

Poente no Rio Potengi

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ChefMARCELO MELO

Justificativas

GASTRONOMIA

Sempre que eu fazia uma coisa er-rada e chegava em casa cheio de ex-plicações meu pai dizia o seguinte: “explica mas não justifica”. Pense numa frase forte! Me fez entender logo cedo que quase nunca, mesmo as nossas melhores explicações ser-vem de justificativa para a grande maioria, até dos nossos menores er-ros. Na minha vida de cozinha eu percebi que muita coisa pode dar errada em um dia de trabalho. Des-de falta de recursos naturais como água, energia ou gás, pelos mais di-versos motivos, até a falta de mate-rial humano por muitos mais, nes-te caso eu diria, uma infinita gama de motivos relacionados à natureza individual de cada ser humano que “habita” uma cozinha.

Mas a questão é, até que ponto, es-tes desencontros são justificativas para deixar de atender um cliente ou prestar um mal serviço, ou são apenas explicações? Eu tive um chef que era bruto igual a uma pisada de elefante e ele sempre me dizia duas coisas: uma era “tire a bexiga do dedo do meu molho” e a segun-da era “omi, nessa vida quem não vive pra servir, não serve nem pra viver”. Click, então este é o grande lance – estar disposto a servir. O problema é que isto vai de encontro a natureza egoísta do homem.

A coisa mais estranha do mundo pra mim outro dia foi ter que ex-plicar pra minha esposa porque terminar um pedido de desculpas com “um abraço deste seu servo” não era exagero, mas a verdade é que eu a entendo, pois parece um. Primeiro que a grande maioria dos cozinheiros hoje não é treinado pra ser um servo o que torna a tarefa

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de pedir desculpas um grande fardo, e a energia acaba vindo toda trocada, parece mais um tapa que um pedido de perdão. A própria palavra serviçal assumiu um caráter pejorativo e pa-rece diminuir ainda mais aquele que se propõe a servir. Vejo a hora escu-tar alguém dizendo – ei, cuidado aí, é senhor serviçal pra você cabra sem vergonha, e começar a briga – tá fal-tando nada! Em segundo e ainda mais incrível é o fato de que as pessoas tam-bém não são treinadas para serem ser-vidas, não entendem um bom serviço, se espantam, às vezes se chateiam com uma retirada de mesa, uma limpeza, algumas são rudes – “você está inva-dindo nossa privacidade” e assim fi-camos neste impasse. Existem erros, alguns tem milhões de explicações, a maioria delas não justificam estes er-ros, mas mesmo assim alguém vai lá pedir desculpas, mas sem saber ser um servo, ou serviçal a desculpa sai toda errada, atrapalhada, sem energia, daí quem está ouvindo por sua vez, sem estar preparado para qualquer tipo de desculpas não aceita, manda chamar o gerente que também não tem preparo e isto nunca acaba, nunca tem fim.

O que eu quero dizer é que o cozinhei-ro profissional, ou qualquer outra pes-soa que se propõe a trabalhar com o ato de alimentar alguém, ao abraçar a profissão, assume uma enorme res-ponsabilidade, qual seja a de se tornar um servo, um serviçal, e que este sen-timento deve tomar conta de si com en-tusiasmo qualquer que seja a situação, até para pedir desculpas, com ou sem explicações, que sirvam ou não de jus-tificativa. Quem sabe assim, humilde-mente não consigamos tocar o coração das pessoas e por que não dizer a trei-ná-las para serem servidas? Acho legal pensar assim.

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LIMPEZA - A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realiza neste sábado (26), um mutirão ambiental voltado para limpeza e preservação do rio Pitimbu. A ação será realizada nas proximidades do bairro Planalto, Zona Sul da Capital. A programação começa a partir das 8h, com um pit-stop, na entrada do bairro, próximo à linha férrea.

FREIREO ex-governador Fernando Frei-re, que seria transferido hoje (25) para uma sala na ala admi-nistrativa da penitenciária de Al-caçuz, passou mal e se encontra internado no Hospital São Lucas. Não foi liberado boletim médi-co.

CADA COISA!É sério que tem vereador nata-lense querendo transferir todos os feriados para os domingos? Alguém já explicou para o “gê-nio” que desse jeito deixa de ser feriado e vira só um dia de do-mingo? Helloooo!

O 1° Festival Gastronômico e Cultural de Caicó será realizado de 02 a 12 de outubro na praça Monsenhor Walfredo Gurgel.

A Cooperativa Cultural Universitária comemorou nesta sexta-feira (25) 38 anos de fundação.

Depois do tremor de 3.6 no último domingo (20), a atividade sísmica continua em João Câmara, com magnitudes um pouco menores (2.0 e 2.5).

O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) de Apodi realiza Conferência Municipal neste sábado, a partir das 8h30, no Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais.

REFORÇO - A Previdência Social começou ontem (24) a pagar a primeira parte do 13º salário, junto com o pagamento dos benefícios da folha de setembro. Mais de 28 milhões de segurados receberão o adiantamento, o que representa uma injeção extra de R$ 16 bilhões na economia do país. No Rio Grande do Norte serão pagos R$ 213.763.462, divididos para um total de 467.950 beneficiários.

Rapidinhas

CADÊ? A Prefeitura de Baraúna está sem pagar os médicos contratados. O que deixa todo mundo querendo saber o que está sendo feito com os recursos do Programa Saúde da Família. O quê, hein?

$ECAÉ dose, mesmo. Não bastasse a seca prolongada, o desespero por água, o investimento público que está sendo feito com medidas emergenciais, a Caern ainda está vendendo água para atravessadores?!?

$ECA 2Para acabar com esse ‘mercado’, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MP/RN) em Caicó enviaram uma recomendação à Caern para que a companhia suspenda a venda avulsa de água nos pontos de captação localizados na cidade e direcione todo volume para a rede pública de abastecimento.

$ECA 3Segundo o MP, hoje a venda avulsa ocorre sem controle sobre quantidade ou destinação, geralmente a donos de carros-pipa, e parte chega a ser revendida à população que sofre com o rodízio no abastecimento de água por um preço infinitamente maior do que o cobrado pela Caern. É a treva!

PARABÉNS!A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, a despeito do descaso governamental, comemora 47 anos nesta segunda-feira (28) com a tradicional e solene Assembleia Universitária.

ATITUDEPara ajudar a amenizar o problema da falta d’água no município, a presidente da Câmara de Currais Novos, Zefinha Moura, vai devolver recursos financeiros para a Prefeitura, para que esse dinheiro seja usado na construção de chafarizes e caixas d’água nos bairros currais-novenses.

GIRANDO POR ANA CADENGUE

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O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ezequiel Ferreira, tá só esperando a burocracia para assumir o comando do PL no RN.O governo do estado tem 30 dias para começar as obras emergenciais e de reforma na Casa do Estudante.

Decisão da Justiça manda demolir construções ilegais na área ‘non aedificandi’ na Roberto Freire, em Ponta Negra.

O deputado estadual Gustavo Fernandes (PMDB) já declarou que é contra a iniciativa do governo Robinson Faria (PSD) de aumentar os impostos para a população.

As sessões da Câmara de Caicó estão tão ‘quentes’ que vai contar agora com a participação de dois soldados da Polícia Militar. Valha!!!

O PR de Macau passou ao comando do vereador Emanuel Galdino, tio da primeira-dama, Aline Galdino.

Rapidinhas

VELINHASAniversariante dessa quinta-feira (24), o deputado estadual Carlos Augusto Maia (PTdoB) comemorou com missa e bolo com guaraná em Parnamirim, onde deve ser candidato a prefeito no ano que vem. Os colegas Dison Lisboa (PSD) e Márcia Maia (PSB) disseram presente! O governador Robinson Faria (PSD) também.

GIRANDO

AnaCadengue

é jornalista

[email protected]

CISTERNASA ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tere-za Campello, anunciou que se-rão investidos R$ 100 milhões para a construção de mais cis-ternas na região semiárida do Nordeste do País no próximo ano.

ABSURDOAlém de ser estuprada – e por um maníaco que queria ouvir de-clarações de amor, a jovem tu-rista carioca ainda teve que pas-sar mais de 12 horas sem poder tomar banho ou trocar de roupa porque não havia equipe para fa-zer a perícia corporal na hora em que ela prestou queixa do ocorri-do.

CRI$EAs medidas anunciadas pela Prefeitura de Natal de cortar gastos sem aumentar impostos re-percutiram positivamente entre os vereadores de Natal. Já o pacote de aumentos de taxas enviado pelo governador à As-sembleia Legislativa vem sendo rechaçado por um bom número de deputados e pelo setor pro-dutivo do estado.

FESTIVALBarra do Cunhaú será cenário de um festival inédito que vai reunir gastronomia, esporte e música à beira mar. A primei-ra edição do Cunhaú Kite Fest vai acontecer nos dias 10 e 11 de outubro, agregando kitesurf, chefs de cozinha e atrações mu-sicais em um dos cartões pos-tais mais famosos do Rio Gran-de do Norte.

CASÓRIOO Tribunal de Justiça do RN vai realizar um casamento coletivo em Natal no dia 2 de dezembro. Interessados podem se inscre-ver até 23 de outubro em qua-tro cartórios da cidade: 5º Ofício do Alecrim, localizado na Ave-nida Presidente Bandeira, 364; Cartório Único de Igapó, na Pra-ça São Vicente de Paula, 42; 4º Ofício de Cidade Jardim, na Ave-nida Engenheiro Roberto Frei-re, loja 60 do shopping Cidade Jardim; ou no Cartório Único da Redinha, na Rua Francisco Ivo, 906.

CARETAS NÃO ME REPRESENTAMA Comissão Especial sobre Esta-tuto da Família da Câmara dos Deputados Projeto que restringe as prerrogativas de família ape-nas aquelas formadas tradicio-nalmente – um homem e uma mulher, excluindo do texto os casais homoafetivos e descon-siderando inúmeros arranjos de união que levam ao conceito de família.

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A expressão antiga e em desuso, guardada na minha memória infan-til, me vem à tona mais e cada vez mais toda vez que abro os jornais, zapeio a TV, leio blogs e sites daqui e dali.

Estão mangando da gente.

Só pode ser – e vai ver que é, mes-mo.

Zombam da nossa inteligência, ca-

çoam do nosso discernimento, de-bocham da nossa história e tentam corromper ou até remover o que já foi escrito e não pode mais ser apa-gado.

No Planalto Central, por exemplo, na fantasiosa Brasília construída com o único e específico objetivo de ser uma ilha à parte do Brasil de verdade, a presidente Dilma Rous-seff e o PMDB se casam outra vez e esquecem, arquivam, a longa lista

de traições recentes, de explicações pendentes, de conspirações latentes que ecoam pelo Palácio do Planal-to e ganham força em todos os cor-redores e salas e plenários do Con-gresso Nacional.

Ainda na capital da República, um ministro da mais alta corte do país, o cappo Gilmar Mendes, rasga e picota a Constituição que deveria guardar, zelar, impunemente emprestando a sua toga a discussões partidárias

Estão mangando da gente

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnPINGA FOGO POR LUIS FAUSTO

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que ali não cabem, não valem, se-quer deveriam ocupar o tempo do Supremo Tribunal Federal.

Fernando Henrique Cardoso, o presidente que no fim do século passado quase quebrou este país, vendendo as nossas riquezas em privatizações nunca explicadas, comprando votos parlamentares para uma reeleição impensável, jogando para debaixo do tapete toda e qualquer denúncia de cor-rupção e de malfeitos contra o seu desgoverno, agora posa de líder às avessas e dia sim e outro também prega um “golpe constitucional” que só cabe na sua democracia sorboniana.

Na Câmara dos Deputados, pre-sidida por um parlamentar acu-sado de receber propinas, uma comissão de débeis aprova um Estatuto da Família homofóbico, inconstitucional e imoral, mesmo sabendo que a Constituição não permite qualquer adendo, não aceita sequer uma nova vírgula, ao que está escrito para proteger e resguardar a união de qualquer ser humano.

E no Rio Grande do Norte, onde tenho as minhas origens afetivas e familiares?

No Rio Grande do Norte, os fatos e os atos dos últimos dias são ain-da mais estapafúrdios e só refor-çam a crença do título deste arti-go.

Ao mesmo tempo em que envia à Assembleia Legislativa um pa-

cote de cortes de despesas, de au-mentos de receitas, de criação de novos impostos e de crescimen-to dos que já existem, o governa-dor de lá, Robinson Faria, ex vice da antecessora Rosalba Ciarlini que só repete e dá continuida-de aos desmandos administrati-vos e à falência política de quem substituiu, não dá uma dentro e joga todas as bolas fora. Agora, por exemplo, baixou uma porta-ria regulamentando a indecente pensão vitalícia dos ex-governa-dores José Agripino Maia e La-voisier Maia Sobrinho, preser-vando para os primos de sangue o recebimento mensal de mais de 30 mil reais. Agora, também, jo-gou todas as suas fichas para o desenvolvimento e o crescimento do estado na eventual criação de uma Hub da Tam, que é o nome técnico para uma central de dis-tribuição de vôos que a compa-nhia aérea pretende instalar no Nordeste. Agora, também, culpa os próprios norte-rio-grandenses pela crescente violência que vem matando gente de roldão, alegan-do que os conterrâneos sem sorte devem ter mais cuidado quando aos vão às ruas. E fecha os olhos para a saúde pública caótica, para uma greve que há quatro meses se arrasta na principal universi-dade pública do interior do esta-do, para o desemprego que não consegue estancar porque sequer apresentou ainda qualquer plano de governo.

Estão mangando da gente, pois.

Aqui, ali, acolá.

Parabéns – Silveirinha, o pre-feito de Mossoró, a segunda maior cidade do Rio Grande do Norte, deveria ser inventando se já não existisse. Esta semana ele postou no Facebook a sua própria foto e deu parabéns a ele mesmo, que estava aniversariando. Um primor de marketing. Lá da Bahia, de Su-cupira, o lendário e hilário Odorico Paraguassú não para de se culpar por não ter tido tão brilhante ideia.

Justiça – Estão indóceis e re-voltados, os defensores da justiça pela metade. Tudo porque o Su-premo Tribunal Federal aplicou a lei e tirou do juiz paranaense Sér-gio Moro a primazia de ser o úni-co magistrado capaz de julgar e condenar os personagens da cor-rupção oriunda da Petrobras. Que-riam porque queriam, os indóceis e revoltados, que a justiça fosse feita apenas em parte. De prefe-rência, culpando e condenando so-mente petistas.

Democratas – Leio nas folhas potiguares que os democratas li-derados pelo senador José Agripi-no Maia, aquele mesmo que até hoje não explicou o recebimento de uma propina de um milhão de reais na eleição passada, vão rea-lizar encontros e convenções por todo o estado levando a palavra do partido a quem quiser ouvi-la e, azar, encampá-la. Deve ser gozado, piada já pronta, assistir Agripino e o filho Felipe, o jovem e riquíssimo deputado federal, pregando a pa-lavra do partido. Qual a palavra? Golpe?

Luis Fausto é jornalista

[email protected]

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25SETEMBRO2015 _rn • www.revistarn.com.br _rnPINGA FOGO POR LUIS FAUSTO

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Perfume de Gardênia

comemora 13 anos de música

com gravação de DVD

“Uma das grandes realizações da minha vida!”. Assim o músico Ju-bileu Filho define a banda Per-fume de Gardênia. O grupo, que completa treze anos de estrada, re-solveu comemorar a dançante tra-

jetória com a gravação de um DVD autoral neste domingo, 27, a partir das 16h, na Cidade da Criança. A entrada é gratuita.

Com patrocínio do Café Santa Cla-

ra e refrescos Frisco, através da Lei Câmara Cascudo, Perfume de Gar-dênia prometer tocar ritmos latinos alucinantes para dançar, desfilando toda a sua musicalidade. “Além de músicas do nosso CD ‘Aroma’ , to-caremos composições cedidas espe-cialmente para esse projeto dos que-ridos e talentosos amigos, Khrystal Saraiva , Pedro Mendes , Ivando Monte, Mista Priguissa, Bernardo Vieira Jr. e Mário Lúcio”, conta Jubi-leu.

Consagrada como um dos maiores nomes da música latina no Brasil, a banda Perfume de Gardênia já gra-vou 3 CDs e 1 DVD. O grupo é li-derado pelos irmãos Jubileu Filho e Chico Bethoven, e conta com mú-sicos altamente qualificados: Ale-xandre Piter (voz e vocais), Hallison Marcelino (Voz e Vocais), Cacá Vello-so (guitarra), Erick Firmino (baixo), Emerson (teclado), João Vítor (bate-ria), Herivelto Carvalho (percussão), Marinho (trompete) e Laerte Adler (trombone).

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_rnagenda

2509SEXTA-FEIRA

O Sarau que agita a Ribeira uma vez por mês retorna nesta sexta-feira (25) no Nalva Melo Café Salão e contará com a música e poesia de Daniel GetUP, a exposição do artista plástico seridoense Francisco Nilson Santos, “Sertão Naif”, escambo de livros, fotógrafo lambe-lambe e muita coisa boa.#ARTLIKE - O SARAU DO CAFÉ SALÃO SEXTA-FEIRA, 25/9, das 17 às 22h - NALVA MELO CAFÉ SALÃO, Ribeira - ENTRADA LIVRE

O Trio “Naquele Tempo” se apresenta nesta sexta-feira (25), às 19h30, no Mercado de Petrópolis. No repertório, o violão brasileiro da valsa ao samba, passeando por ritmos como tango, flamenco, baião e chorinho.

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GERALDO AZEVEDO: 70 ANOS DE POESIA – Teatro Riachuelo – 21h “7 é a idade da razão e agora eu tenho 10 vezes mais razões para celebrar a vida. E vou festejar o ano inteiro, podem esperar”, declara Geraldo Azevedo empolgado com a nova idade.Sua discografia construída em mais de 40 anos de carreira traz 22 álbuns lançados, entre trabalhos solo e parcerias de sucessos como em “O Grande Encontro” (1, 2 e 3), ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Zé Ramalho, e em “Cantoria” (1 e 2), com Elomar, Xangai e Vital Farias. Essencialmente um compositor, Geraldo elabora suas canções em parcerias com poetas/amigos fiéis, seja desde o princípio de sua carreira, com Carlos Fernando e Renato Rocha, ou em anos mais recentes, ao lado de Capinan e Fausto Nilo.

Nesta sexta feira, 25 tem blues, folk , Beatles, Elvis e muitos clássicos com o Duo Rock no Anjo 45 Bar Café, na Ribeira. A partir das 22h.

AGENDA

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A OSUFRN realiza seu IV Concerto Oficial nesta tempora-da. E desta vez o grupo convida

a pianista chilena Susana Espinosa para executar o concerto nº9 para Piano e Orquestra de Mo-zart.No programa também terá a Sinfonia nº 39 também de Mo-zart e e a peça Finlândia, de Sibe-lius.

O concerto será realizado no Au-ditório Onofre Lopes, na Escola de Música da UFRN no dia 26 de setembro, às 20h. Às 19h tem início um importante projeto que é a Palestra Pré-Concerto, onde o público pode entender um pouco mais sobre o repertório executado no concerto. A distri-buição de ingressos começa às 19h e o auditório tem lotação de 250 lugares.

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Elvis Tribute – Teatro Riachuelo – 21h Ben Portsmouth volta a Natal para apresentar o show Elvis Tribute - The king is back.Ao lado da The Taking Care Elvis Band, Ben interpreta os grandes clássicos de Presley, passando em revista a trajetória do ídolo de gerações. O set list contempla o inicio de sua carreira, com Jailhouse rock e All shook up, o período em que Elvis brilhava no cinema no final do anos 50, e os sucessos dos anos 60 e 70, como Love me tender, It’s now or never, Bridge over troubled water, Kiss me quick e Surrender.

20709DOMINGO

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Volta ao palco do Bosque Encena, para mais uma manhã mágica de domingo,

as Joanitas, interpretando músicas do cancioneiro popular brasileiro para crianças. Desde 2011, o grupo apresenta para seu público: côcos, baiões, reisados, cantigas, marchinhas e cirandas, com o objetivo de estimular a sensibilidade, o interesse do público infantil para músicas de nosso cancioneiro e aguçar a experiência da beleza e alegria, constitutivas do existir humano.

Teatro Riachuelo – 20h

Em MINHA VIDA NÃO FAZ SENTIDO, FELIPE NETO exercita seu lado contador de histórias. Depois de uma breve e engraçada apresentação, FELIPE encarna o mesmo persona-gem resmungão, que com seus indefectíveis óculos escuros atira e destila hilárias pérolas. O Felipe obser-va, extrai e conta com tanta sagacidade os insuspeitados ângulos das relações familiares, dos fracassos pessoais, entre outros fatos do cotidiano.

ENVIE SUA PROGRAMAÇÃO [email protected]

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Paloma nasceu pobre, num lugar pobre. Há mais de 2 anos sua região sofre mui-to com a seca. Com tão pouco tempo de vida, ela já enfrenta muitas dificul-dades, além da fome e da sede. Paloma mora com os

avós, que já são bem ido-sos. Com uma pequena renda de aposentadoria, eles não dão conta nem deles mesmos, e ainda têm que sustentar vários ne-tos. A casa não tem quase nada. A pouca comida que

eles conseguem é dividida por muitas pessoas. A úni-ca água disponível é bar-renta e contaminada por animais. Porém, quando a sede se torna insuportável, é essa que eles acabam be-bendo.

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A história de Paloma

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UM GIRO PELOS PERFIS DO RIO GRANDE DO NORTE.

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TUITADAS DA SEMANA

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