revista _rn 01 | 21/nov/2014

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A sua revista 100% digital

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3 _rn - 21 de novembro de 2014

Simbora!Natal – quem diria? – é a melhor cidade do Nordeste para se viver

DEPUTADOKELPS LIMA

Cinema & etc 17

Entrevista 1418

26

24

Capa 08

Pinga Fogo 25

Tio Colorau 21

Rubens Lemos 12

Rattelier 07

Da Janela... 10

EDIÇÃO 01

Agenda CulturalDestaques do final de semana

Estado A cultura esfarrapada e Mossoró

05 #EDITORIAL 11 #TUITADAS 20 #POR ELAS 22 #GIRANDO

A Revista _rn é uma publicação da BEEP! Comunicação - Rua Antônio Madruga, 2009 - Natal | CNPJ. 18.559.813.0001-81

21 DE NOVEMBRO DE 2014.

A Revista _rn não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

www.issuu.com/revistawebrn/revistawebrn /revista_rn /revista_rn 84 9143-6757

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4 _rn - 21 de novembro de 2014

http://pt.wikipedia.org/wiki/Novembro_Azul

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5 _rn - 21 de novembro de 2014

De uns meses pra cá a população do nosso Estado cansou de cobrar. Não se vê em parte alguma “resis-tência”, indignação aos desmandos do governo. Jogou a toalha. Tam-bém é notório o desejo popular para que esse martírio acabe logo.

Difícil dizer o que funcionou no governo de Rosalba Ciarlini. Edu-cação, segurança e turismo foram tocados com uma surpreendente irresponsabilidade.

Na saúde, toda a frustração de um povo. Numa área tão importante foi cada um por si. Precariedade no atendimento e o cidadão con-seguindo o direito ao básico atra-vés de ações na Justiça. Na tora.

Como que por ironia e para se-lar esse período de trevas, o juiz Luciano Athayde Chaves, titular da 2ª Vara do Trabalho de Natal, determinou que o governo provi-dencie adequações no edifício-se-

de da Secretaria Estadual de Saú-de Pública (Sesap). O prazo dado se esgota na próxima semana.

O cenário é desanimador, caóti-co e vergonhoso. Elevadores sem manutenção, fiação exposta e em contato com materiais inflamá-veis, vidraças quebradas, sistema elétrico em colapso, buracos no chão e rachaduras nas paredes são alguns desses problemas. Um re-trato fiel do que foi o governo Ro-salba.

Entretanto, nem tudo é francisca-no na Sesap. Aperreio é somente para o povo, quem necessita de atendimento médico. Como em outras pastas, o “investimento” da Sesap em diárias foi nas alturas, com R$ 1,484 milhão somente em 2014. Um céu de brigadeiro, meu comandante.

Nada mal pra quem está prestes a ficar desabrigado.

Para esquecer

EDITORIAL | #opiniao #trevas #estado #irresponsabilidade

[email protected]

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Traquinas

Onde enfiaram?Mantido

Precoce

Site e Apps

Alô, polícia!

Agradecimento

Ceará-Mirim

Fedentina

Alguém poderia informar onde enfiaram o Arco do Sol, monumento erguido na Av. Roberto Freire, em Ponta Negra, no final da década de 90, por ocasião das comemorações aos 400 anos da capital potiguar? A Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) retirou em 2011 e até hoje o objeto está em local incerto e não sabido.

O deputado estadual eleito Manoel Cunha Neto, “Souza” (PHS), teve o registro de sua candidatura mantido pelo TSE em julgamento realizado na última terça-feira, 18. Prefeito de Areia Branca por duas vezes, “Souza” foi eleito deputado estadual em 2014.

Tanto em Natal como em Mossoró já existem articulações para o pleito de prefeito em 2016. Tenham dó! #vamostrabalharcambada

Em dezembro entra no ar o www.revistarn.com.br e já em fase de produção o App da Revista _rn. Breve você poderá baixar o aplicativo nas versões para IOS e Android.

Auditoria na Prefeitura de Mossoró aponta para 622 servidores desaparecidos. NInguém sabe o paradeiro. Caso de polícia.

Muito boa a repercussão do número zero da revista _rn. Agradeço a todos que nos enviaram comentários, com análises interessante e dizendo o que espera da nossa publicação.

A “Operação Baco” deixou a cidade de Ceará-Mirim de cabeça pra baixo no início da semana. E até agora nenhuma informação sobre esse ai, ai, ai.

Quanto mais se mexe com o Lava Jato, mais lama transborda das entranhas do poder.

Já se passaram quase 30 dias que os brasileiros foram às urnas, mas a impressão é que ainda estamos em pleno período eleitoral.

Pelas redes sociais, os eleitores de Aécio vem conseguindo organizar grandes mobilizações pedindo o #ForaDilma, que seguem juntos, lado a lado com os imbecis que clamam pela volta dos militares ao poder. Da turma de Aécio, a velha arte de não saber perder. Enquanto os simpatizantes da ditadura, anseiam pelo pau-de-arara. #taquiupariu

Por aqui, no RN, tem gente que ainda não conseguiu descer do palanque. Todo dia tem uma cidade no Estado para se comemorar a vitória. Palanques, bandeiras, santinhos, birita e discursos. Em entrevistas, ainda se fala em acordão, caciques e o escambau. Que Fixação, velho! #delascarastamancas

RATTELIER | Por Túlio Ratto | #opiniao #[email protected]

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Trinta mil moedas. Esse, segundo o Ministério Públi-co na investigação da Operação Impacto, foi o valor recebido pelos então vereadores Emilson Medeiros, Di-ckson Nasser, Aluísio Machado, Sargento Siqueira, Ge-raldo Neto, Renato Dantas, Carlos Santos, Salatiel de Souza, Júlio Protásio, Adenúbio Melo, Aquino Neto, Adão Eridan e Edivan Martins para traírem a cidade do Natal ou, pelo menos, o seu meio ambiente.

Deflagrada em 2007, a Operação Impacto investigou suposto envolvimento de vereadores, assessores e em-presários em esquema de recebimento de propina para a aprovação de emendas que permitiriam maiores cons-truções em áreas originalmente limitadas pelo projeto do Plano Diretor de Natal, enviado pelo Poder Execu-

tivo, além de alterar valor de outorga onerosa e trâmite dos pedidos de licenciamento ambiental.

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do RN decidiu manter as condenações impostas em primei-ra instância pelo juiz da 4ª Vara Criminal de Natal, Raimundo Carlyle e, ainda, reformou a sentença em primeiro grau que absolveu o ex-presidente da Câmara Municipal de Natal, Edivan Martins. Segundo a Câ-mara Criminal, o ex-vereador participava do grupo que votaria em troca de vantagem pecuniária e só não vo-tou contra o veto porque almejava a indicação para ser líder do prefeito na Câmara.

Durante o julgamento da Apelação Criminal, realizado

Venda de voto por 30 mil moedas tem condenação confirmada por Tribunal de Justiça

CAPA | Equipe _rn | #natal #cmn #impacto

[email protected]

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nessa quinta-feira (20), os desembargadores Glauber Rêgo, Gilson Barbosa e Ibanez Monteiro reconhe-ceram que os denunciados aceitaram vantagem in-devida para que votassem pela derrubada dos vetos do prefeito de Natal ao Plano Diretor, conforme in-teresses de um grupo de empresários do ramo imo-biliário e da construção civil.

Trechos de escutas telefônicas entre vereadores e as-sessores comprovaram a existência do esquema, cor-roborada por um dos delatores, o ex-vereador Sid Fonseca (absolvido no processo), que informou que o valor pago a cada parlamentar em troca da derru-bada dos três vetos do prefeito era de R$ 30 mil.Foram condenados por corrupção passiva os então vereadores Emilson Medeiros, Dickson Nasser, Alu-ísio Machado, Sargento Siqueira, Geraldo Neto, Re-nato Dantas, Carlos Santos, Salatiel de Souza, Júlio

Protásio, Adenúbio Melo, Aquino Neto, Adão Eri-dan e Edivan Martins. Os desembargadores tam-bém mantiveram a condenação por corrupção ativa do empresário Ricardo Abreu, bem como a conde-nação dos ex-funcionários da Câmara Municipal, Hermes da Fonseca, Klaus Charlie e Francisco de Assis Jorge, então assessores, respectivamente, dos ex-vereadores Dickson Nasser, Emilson Medeiros e Geraldo Neto.

As penas dos condenados incluem a perda de cargo, função pública ou mandato, a inelegibilidade para os que detêm mandato eletivo e penas a serem cum-pridas nos regimes semi-aberto (Emilson Medeiros e Dickson Nasser) e aberto (demais citados). A deci-são ainda cabe recurso. Em caso de perda de man-dato, os suplentes só podem assumir após o trânsito em julgado da ação.

EMPRESÁRIORICARDO ABREU

3 ANOS E OITO MESES EM REGIME ABERTO, COM 51

DIAS-MULTA

TRÊS ANOS E OITO MESES E 51 DIAS

MULTA, NO REGIME ABERTO

2 ANOS, NOVE MESES E 22 DIAS-MULTA, REGIME ABERTO

4 ANOS, TRÊS MESES E DEZ DIAS, COM

66 DIAS-MULTA EM REGIME SEMI-ABERTO.

CONFIRA AS PENAS:

EMÍLSON MEDEIROSEX-VEREADOR

CARLOS SANTOSEX-VEREADOR

KLAUS CHARLIEASSESSOR

FRANCISCO DE ASSIS JORGE SOUSA

ASSESSOR

HERMES SOARES FONSECA

ASSESSOR

EDIVAN MARTINSEX-VEREADOR

EX-VEREADORSALATIEL DE SOUZA

EX-VEREADORDICKSON NASSER

EX-VEREADORRENATO DANTAS

JÚLIO PROTÁSIOVEREADOR

EDSON SIQUEIRAEX-VEREADOR

GERALDO NETOEX-VEREADOR

VEREADORADÃO ERIDAN

EX-VEREADORADENÚBIO MELO

EX-VEREADORALUÍSIO MACHADO

VEREADORAQUINO NETO

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10 _rn - 21 de novembro de 2014

A revista Época publica matéria - http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2014/11/o-bprofessorb-e-o-fator-que-mais--influencia-na-educacao-das-criancas.html - interessante sobre educação, mostrando, com base em pesquisas, que o professor influencia mais na educação de nossos filhos do que a própria família, vizinhança e o esforço pessoal.

Isso só comprova ser fundamental o papel do professor na formação das novas gerações. E pede reflexões: e se o pro-fessor não for bom, como será o futuro de nossos filhos? A nossa rede de ensino básico oferece professores prepara-dos, competentes, qualificados, capazes de preparar bem os filhos do Brasil para esse novo mundo que se avizinha?

Segundo a matéria, potências educacionais, como Coréia, Polônia, Finlândia e, aqui na América Latina, o Chile, fi-zeram reformas educacionais tendo como foco a melhora na qualidade dos educadores. Já aqui, no Brasil, vive-se um momento decisivo, que pode colocar as futuras gera-ções dentro de um novo contexto de desenvolvimento ou permanecer na mesmice de um sistema educacional su-perado, incapaz de formar cidadãos e cidadãs capazes de enfrentar esse novo mundo sem fronteiras.

De acordo com a Época, um professor ruim ensina me-tade ou menos do que o aluno precisa aprender no ano.

Ora, se continuarmos como esse sistema educacional, onde 90% dos professores são formados em faculdades de baixa qualidade, o que será de nossas futuras gera-ções? Como seremos um país desenvolvido? Os países mais avançados superaram seus problemas educacionais investindo na formação e valorização do professor. O Brasil precisa fazer o mesmo já. Não há tempo a esperar. Essa é a reforma das reformas que o Brasil precisa fazer. E isso leva tempo. Não é da noite para o dia.

Em países como a Coréia e a Finlândia, apenas os 20% melhores dos candidatos a pedagogia são escolhidos. A Finlândia chegou ao ponto de extinguir todos os cursos de pedagogia quando iniciou a sua reforma educacional há décadas. Nos países desenvolvidos já se provou que bons salários, melhores condições de trabalho, prestígio, são fatores que estimulam do professor iniciante ao ve-terano.

O Brasil precisa urgentemente iniciar a reforma educa-cional construindo um grande diálogo entre governo, sindicato dos professores e a família. É preciso dar o pri-meiro passo e cabe ao governo federal puxar essa carava-na. Os exemplos estão aí pelo mundo à nossa disposição. Vamos conhecê-los e trazer para a nossa realidade, cons-truindo um diálogo franco, aberto, e começar a tornar real esses investimentos na educação de qualidade.

Terminamos há pouco uma eleição presidencial e o tema educação pouco foi debatido. Se os partidos e seus can-didatos não deram a importância necessária que a educa-ção merece, cabe a nós, sociedade civil, preocupada com os destinos de nossos filhos, pressionarmos a elite política brasileira a fazer a reforma educacional, imprescindível ao desenvol-vimento do país.

O professor e a educação

DA JANELA... | #opiniao #educacao #professor

Sávio Hackradt é [email protected]

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11 _rn - 21 de novembro de 2014

TUITADAS | #twitter #redesocial #variados

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12 _rn - 21 de novembro de 2014

O Instituto Butantan, em São Paulo, foi um dos medos da nossa turma de bagunceiros de rua em Natal. Che-fiava o grupamento informal de mentores e arquitetava as peripécias executadas pela equipe braçal, cuja tropa de elite era composta pelos Irmãos Germano – Otacílio, Ozon e Tuca, originários do município de Monte Ale-gre, a 40 minutos da capital.

Ozon tinha especial brutalidade nas batalhas contra ruas circunvizinhas. Até hoje, desconfio que parte de sua agressividade significava uma resposta à beleza fenome-nal do seu nome. Conheci alguns lugares do Brasil e o único Ozon com quem topei foi o Ozon valentão, com 1, 60 de altura(um pouco menos, acho) e perícias de ca-poeirista.

Minha função na estrutura era criar astúcias diárias, o que me desobrigava dos livros de Matemática. Uma ca-beça, para funcionar, tem que se concentrar em apenas uma missão e a mais importante era dar banhos de urina em madames metidas a besta, esconder apitos de vigi-lantes e secar – não furar – pneus de carro.

Importante também, dentro das minhas metas de instrutor magriço, prontamente realizadas

por Ozon e milicianos, era impedir o sono dos pais de família en-

tre meio-dia e duas da tarde.

O BUTANTANRUBENS LEMOS | #cronica #butantan #infancia

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13 _rn - 21 de novembro de 2014

Rubens Lemos Filhoé [email protected]

Cheguei a fazer uma escala de perturbação das casas com números pares, às segundas, quartas e sextas e ím-pares, terças, quintas e sábados.

Os designados tinham a nobre tarefa de apertar cigarras ou campainhas ininterruptamente, até acordar o cida-dão. Ou soltar bombas de designação infame: peidos de velha. Parávamos ao primeiro palavrão que ouvíamos. Sebo nas canelas, desabalada carreira. Reclamações e castigos jamais nos abalaram tanto quanto o dia em que Ozon encontrou uma cobra no quintal de sua casa.

É preciso explicar, para uma visualização geográfica, que morávamos na Rua Ezequias Pegado, Tirol, e a floresta do Parque das Dunas estava bem próxima. Caía como um manto misterioso sobre as nossas vidas. Hoje está menos frondosa, com tanto prédio.

Ozon apareceu com a cobra, que aterrorizou a moleca-da inteira, dentro de uma caixa de televisão, enorme. Para ter noção, pense no aparelho de TV de sua casa na década de 1970, ali por 1978 ou 1979, fase em que todo mundo economizava para ver Tarcísio Meira e Glória Menezes colorizados. Se a geringonça era um exagero, avalie a caixa.

Contou a versão que ninguém ousou duvidar. Estava preparando a espingarda calibre 22 para procurar uma onça no meio do mato(mentira deslavada), onça no bair-ro só em forma de gente, quando escutou um remexido pela areia do terreiro onde sua mãe, Dona Pequena, es-tendia roupas.

Valente como um Jerônimo em miniatura, um Lam-pião de Forte Apache, Ozon, aos costumes disse tudo: “Pisei na cobra, apertei perto da cabeça dela e disse que ali quem mandava era eu. Ela olhou morrendo de medo e eu coloquei ela dentro da caixa.” Ozon dizendo “a co-loquei na caixa” é inverossímil.

Toda a exibição de Ozon, no meio da rua, atraiu a curio-sidade dos adultos que, se não nos odiavam, nos conce-

diam tolerância. Ele abriu a caixa, tirou uma cobra que dava asco, todas provocam vontade de vomitar e pâni-co, uma danada meio amarelada, mais dissimulada que nós, os bagunceiros.

“É uma corre-campo”, sentenciou Seu Tutu, taxista, torcedor do Alecrim do time campeão em 1968, com Pedrinho, Valdomiro e Icário e apostador em rinha de galo.

“Pode ser venenosa ou não ser, de todo jeito , é bom cada qual falar com seu pai para que seja levado ao Butantan, lugar em São Paulo, que aplica vacinas com agulhas do tamanho de uma furadeira. Dizem que dói três meses, mas elimina o veneno”.

Um tijolo esmigalhou a cabeça da corre-campo, nin-guém foi picado e a paz reinou durante semanas naque-la rua. O Instituto Butantan nos afugentou do mato. Sonhei com enfermeiros ferozes me dando espetadas terríveis no ossudo braço. Passei a reverenciar de assom-bro o Instituto Butantan.

Até ontem, quando soube que, no lugar de inventar va-cina para matar veneno de cobras, acaba de criar um teste rápido para descobrir a causa da dor de barriga, da diarreia(sem o agudo no e, pela nova ortografia), do desarranjo intestinal.

O Butantan não tem mais o que fazer. Vou pedir a Ozon que mande pra lá um fardo inteiro de queijo de manteiga com doce de leite. E tripa de porco assada mais cebola roxa. Só para poupar o Butantan de traba-lho sem futuro.

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14 _rn - 21 de novembro de 2014

O seu nome foi ventilado na corrida pré-eleitoral para o Governo do Estado, por que não vingou?

Eu defendo a tese que pra você ser governador do Estado, tem que estar com um projeto pronto. Um projeto gran-de, bem articulado, discutido com a sociedade. Nosso partido ainda é muito novo. Com certeza, daqui a qua-tro anos, teremos, sim, um projeto para apresentar à so-ciedade. Completo e complexo. Se terá candidato ou não é uma outra história. Precisamos discutir com os segui-mentos políticos e da sociedade. Nós temos uma série de sugestões e uma linha a apresentar desde que assumimos o mandato. Isso ficou muito claro. De modernização, da gestão pública, de moralização, dos gastos públicos, da construção de uma pauta de desenvolvimento para o Rio Grande do Norte. Como nós já apresentamos as linhas gerais da nossa visão de forma muito clara à so-

Reeleito deputado estadual no último dia 3 de outubro, é formado em Direito e tem especialização em Gestão Pública, ambos pela UFRN. Presidente e fundador do partido Solidariedade no Rio Grande do Norte, Kelps é o parlamentar que mais aprovou emendas constitucionais na história do Estado. Nessa entrevista, o deputado fala sobre o rombo nas contas do Estado, a OGE e da expectativa para o início do novo mandato.

Kelps Lima

ENTREVISTA | #politica #deputado #eleicao #estado

ciedade, em virtude disso algumas pessoas honro-samente sugeriram o nosso nome para governador. Nós avaliamos que ainda não era a hora, o partido era muito novo, estabelecemos uma tática eleitoral que foi bastante exitosa e agora vamos iniciar uma segunda etapa apresentando ao Rio Grande do Nor-te um caminho e uma alternativa para gerir melhor a máquina pública.

Então já seria candidato a prefeito em 2016 ou mesmo ao senado em 2018?

Nós não temos essa preocupação agora. A meta é amplificar para a sociedade a nossa visão, a visão do nosso partido, acerca da gestão pública. Candidatu-ra é consequência disso. Quanto maior a amplitude você dá a sua forma de pensar o Estado e a máqui-

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15 _rn - 21 de novembro de 2014

ENTREVISTA | #politica #deputado #eleicao #estado

na pública, maior será a aceitação e maior a candidatura que poderemos almejar.

Nós temos uma visão clara de cons-trução de um novo momento no Rio Grande do Norte e estamos colocan-do-a cotidianamente na Assembleia para ampliá-la o máximo possível nos próximos quatro anos.

Além do voto, claro, o que faltou para que os quase vinte partidos elegessem Henrique Alves gover-nador?

Candidatura à majoritária, no final da história, é a percepção que a so-ciedade tem do que ela simboliza. Acho que faltou demonstrar de for-ma clara que o projeto apresentado pelo PMDB significava um momen-to melhor para o Rio Grande do Norte. A candidatura de Robinson Faria apresentou isso de forma mais competente. Esperamos agora que se concretize numa gestão que traga bons frutos para o o nosso povo.

Qual sua expectativa para esse iní-cio de mandato?

Eu tenho muita preocupação sobre o primeiro ano de mandato. Não pelo governador, mas por causa da situa-ção administrativa em que o Estado se encontra. Nós temos um rombo de mais de 2 bilhões de reais no or-çamento, o que significa que tere-mos uma despesa, no mínimo, 2 bi maior do que o Estado arrecadará. Que medidas, qual a solução que o governo vai dar? O ajuste da máqui-

na será longo.

Tenho muita curiosidade pra saber quais as primeiras fortes medidas que o governo vai tomar pra come-çar o ajuste da máquina.

O governador eleito, Robinson Faria, declarou que pediria a Ro-salba que refizesse o orçamento ou que então reconhecesse o erro. Depois mudou de opinião e dis-se que isso não era nenhum cava-lo de batalha. Você acha que seria interessante um orçamento “mais real” neste momento?

Acho que há um equívoco na aborda-gem. Não se refaz orçamento assim. Orçamento é uma peça técnica. Ela-borada dentro de padrões técnicos. De forma bem resumida, pega-se o orçamento do ano anterior, aplica ín-dices que são elaborados fora do RN pelo Tesouro Nacional, Organização

Mundial do Comércio, Fundo Mo-netário Internacional... Então, você não faz um orçamento do tamanho que você quer. Você faz a despesa do tamanho que você quer. E fizeram uma despesa muito ruim para Rio Grande do Norte, que agora não cabe no orçamento.

Nós apresentamos um requerimen-to para que o secretario de Planeja-mento compareça à Assembleia, já confirmado para a próxima semana, justamente para fazer esse esclareci-mento.

A minha visão é diferente a do novo governador. Eu acho que o orçamen-to aparentemente está correto. O que há na realidade é um rombo de verdade nas contas públicas do Es-tado. Vai se arrecadar menos do que se tem de despesa. O orçamento não pode ter o que se vai gastar, é para ter somente o que se vai arrecadar. É

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16 _rn - 21 de novembro de 2014

ENTREVISTA | #politica #deputado #eleicao #estado

exatamente aí que está o problema.

O Estado vive um dos piores mo-mentos de sua história. E há mui-to que os potiguares anseiam que os parlamentares, independente de partido, se unam em um projeto para que, junto ao governo, estan-que essa barbárie nas áreas de se-gurança e saúde. Podemos aguardar algo nesse sentido?

A população não deve aguardar. Ela deve agir. Quanto mais pressão, me-lhor e de forma mais rápida as coisas andam. Todas as vezes que tem uma votação importante e o povo enche as galerias, vem para pressionar, a Assem-bleia se comporta de maneira diferen-te. Galeria cheia, deputados lotam o plenário. Galeria vazia, plenário vazio.

A pressão nas redes sociais influen-cia?

Muito. Quanto maior a participação da sociedade nas mídias digitais, no Twitter, nas páginas do Facebook dos deputados estaduais, federais e sena-dores, melhor será o resultado. E é um novo momento da política do Estado do Rio Grande do Norte, de partici-pação absoluta da população via redes sociais e porque não dizer muitas vezes presentes fisicamente no plenário. Isso altera de fato a maioria da nossa classe política. Enquanto as pessoas não en-tenderem isso, que é com a ação direta delas que muda-se o comportamento dos políticos, e não o contrário, a gente não vai sair do lugar. Isso também fora do período eleitoral. Durante a eleição tudo é fácil. Pressione. Participe.

www.kelpslima.com.brwww.facebook.com/kelpslimawww.twitter.com/kelpslima

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17 _rn - 21 de novembro de 2014

Quando pensamos em produção cinematográfica a im-pressão que temos é que se trata de algo um tanto dis-tante. Ou coisa vinda dos EUA, da Europa ou dos gran-des centros brasileiros. No final das contas, o chamado “cinema de massa” toma todas as atenções do público ávido pela sétima arte.

Mas, temos também o “cinema de resistência”, que são produções pequenas que prezam pela autenticidade, mesmo com escassos recursos visuais ou técnicos. De toda maneira, estamos falando de: cinema.

No caso do Rio Grande do Norte, esta semana rece-bemos uma notícia animadora que pode fomentar a produção de cinema local.

O cineasta potiguar Edson Soares ganhou dois editais da ANCINE (Agência Nacional de Cinema). O pri-meiro para finalizar o seu longa-metragem “Amsterdã”, que trata da ocupação holandesa no RN. O Segundo para a produção de uma minissérie, de 12 capítulos, inspirada no conto “O Imortal”, de Machado de Assis.

Edson Soares concorreu com as grandes produtoras de todo o país e, ao todo, receberá incentivos da ordem de 1,1 milhão de reais, para a produção desses filmes. A minissérie de TV intitulada “O Micron” será exibida no canal Box Brasil e vai mostrar um nordeste no fu-turo e a Amazônia no ano de 2080.

Logo após saber da notícia, através das redes sociais, conversei com Edson. Ele se mostrou confiante no pro-jeto, ressaltando o “ineditismo” da vitória para o Rio Grande do Norte. O cineasta é um desses “resistentes” que, agora, terá a oportunidade de dar visibilidade ao seu trabalho e, de quebra, incentivar a pro- dução potiguar.

Raildon Lucena é jornalista e ciné[email protected]

CINEMA & ETC | #opiniao #cinema #ancine #edsonsoares #amsterda

Cinesta potiguar recebe R$ 1 milhão da Ancine para produção de filmes

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A continuidade do trabalho de uma instituição sem fins lucrativos e que tem um acervo de cerca de 150 mil volumes, necessita de teto, telefone, água, luz, internet, conservação do acervo imenso, pagamento de pessoal etc.

A cultura esfarrapada de Mossoró

ESTADO | Equipe _rn | #mossoro #cultura #jateve #vingt-un

Mossoró parece que caminha – e célere – para ser a sido do ‘já teve’. Com vários epítetos e eventos que celebram momentos de sua história e depois de pretender ser a capital brasileira da cultura, a ci-dade atravessa anos difíceis. Seu casario antigo vem sendo continuamente demolido, monumentos al-quebrados, bibliotecas dizimadas e memória sendo reduzida a farrapos.

Após perder o acervo do jornalista Dorian Jorge Frei-re, agora é a vez de outro legado ter sua existência ameaçada, a do professor Vingt-Un Rosado.

Com sérias dificuldades após a morte de seu ideali-zador em dezembro de 2005, a Fundação Vingt-Un Rosado, organização sem fins lucrativos mantene-dora da Coleção Mossoroense, coleciona dívidas e pode fechar as portas a qualquer momento.

“A gráfica está parada. E a máquina parada muito tempo tende a se danificar. A continuidade do traba-lho de uma instituição sem fins lucrativos e que tem um acervo de cerca de 150 mil volumes, necessita de teto, telefone, água, luz, internet, conservação do acervo imenso, pagamento de pessoal etc.”, diz o diretor da instituição, Dix-sept Rosado Sobrinho, ao cobrar a regularização de convênios e pagamen-tos de repasses à Prefeitura Municipal de Mossoró. A secretária de Cultura do Município, Isolda Dantas, informa que já está em curso um novo convênio en-tre a PMM e a Fundação, que deve sanar grande par-te dos problemas vivenciados pela instituição hoje, mas que não pode fazer nada em relação às dívidas não pagas por gestões anteriores.

Com dívidas de anos anteriores pendentes, num va-lor próximo de 200 mil reais, e sem perspectiva de ‘cobrir’ esse rombo é provável que a Fundação seja obrigada a abrir mão do sonho de Vingt-Un, que se empenhou para contar a história de Mossoró, regis-trar tudo que levasse o nome de sua terra natal e gerar e publicar a produção intelectual dos mosso-roenses. A cultura agoniza em praça pública.

[email protected]

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20 _rn - 21 de novembro de 2014

POR ELAS | Jeanne Araújo | #conto

Então, foi realmente uma mentira. A mentira mais escabrosa que já inventei na vida. Claro que não me arrependo de nada. Usei a mesma tática dele, disse que estava morrendo de saudades, que se ele viesse eu me jogaria aos seus pés. Planejei tudo tim tim por tim tim. Maldosamente. Ele iria me pagar todas as noites insones e chorosas. Cada pedacinho de sofrimento. Vesti meu me-lhor vestido, aquele, que deixa meus seios lindos e eu sei que ele adora. É claro que ele veio corren-do, prometi e jurei tesão imenso. Disse que não conseguia nem dormir de tanto desejo. Homem adora ouvir isso, que a mulher tá subindo pelas paredes de tesão por ele. E ele veio sim, correndo.

Marquei o encontro no café do centro, para ficar mais longe e de difícil acesso para ele que morava bem distante. Cortei meu cabelo, pintei as unhas, perfumei-me e ei-lo que caminha em direção ofe-gante, suando em bicas. Cruzei as pernas e pen-sei: Hoje ele me paga! Chegou e deu-me um beijo na testa. Sentou e pediu uma cerveja. Aqui só tem café, querido – comecei o martírio. Ele odeia café. Ele apenas sorriu e pediu uma água. Ai que ódio, água tinha em qualquer boteco, até na farmácia. Enquanto ele me perguntava pela família, facul-dade, amigos em comum, eu cruzava e descruza-va as pernas, de forma que minha calcinha apare-cia de relance e ele começou a ficar visivelmente nervoso. O garçom trouxe a água que ele tomou sofregamente. Passei as mãos no cabelo, molhei os lábios com a língua, f iz todas as caras e bocas que podia e sabia. Até que ele me olhou bem nos olhos e disse: vamos sair daqui, ir pra um lugar mais tranquilo? Claro que eu topei. Fazia parte do plano. Eu queria vê-lo implorar por mim. Pe-dir, chorar, ajoelhar-se aos meus pés. Dizer que me amava, que eu era a mulher da vida dele. Que aquela piranha que ele saiu no fim do mês passa-do não representava nada. Eu iria pisar com meu salto agulha no orgulho dele. Então fomos pro motel mais próximo. Pedi a suíte mais cara, eu queria que ele sentisse no bolso também. Minha vingança abordava todos os lados. Ele nunca me levava a um restaurante ou barzinho mais chique. Era sempre os mesmos. Nem uma decoraçãozi-nha mais fashion. Nada. Mas a piranha ele tinha levado pro melhor restaurante da cidade. Ia me pagar com juros e correção monetária. Disse a ele que iria tomar um banho e que ele me esperasse. Tomei um belo banho, vesti meu espartilho pre-to e voltei ao quarto. Ele arregalou os olhos de susto e desejo. Veio ao meu encontro, pegou-me pela cintura e me puxou de encontro ao peito. Puxou meu cabelo à altura da nuca e sussurrou no meu ouvido: Eu gosto tanto de você... Pronto, isso bastou para eu esquecer vinganças, salto agu-lha e piranhas. Amoleci em seus braços e acordei sozinha. Quando é que eu vou aprender?

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21 _rn - 21 de novembro de 2014

TIO COLORAU | #opiniao #notas #mossoro #petroleo

Por ano, 883 mil pessoas no mundo se matam. O número supera o de homicídios, mortos em desastres naturais e vítimas de guerra juntos, que somam 669 mil pessoas. Desde 1970, o número de homicídios cresceu 60%. A pressão cada vez maior da sociedade para que a pessoa seja bem-sucedida é apontada como uma das principais razões de muita gente tirar a própria vida. Conflitos amorosos e pro-blemas financeiros também são apontados como causas.

Há, no caso, um porém. Para a extração do petróleo do pré-sal ser viável, é necessário que o barril esteja custando US$ 105. Abaixo desta quantia não vale a pena extrair petróleo da área de pré-sal. E, além de tudo isso, tem os ratos que estão destruindo a esta-tal. Vide imprensa.

Sílvio Santos começou a arremessar aviõezinhos de dinheiro em 1986, no programa Tudo por Dinheiro. O costu-me do apresentador segue até hoje. No total, ela já arremessou 35.557 cé-dulas, as quais totalizam R$ 2.044,250.

O japonês é o povo que menos dorme, apenas 5h46min por noite. Onde mais se dorme é no Reino Unido, 7h02min por noi-te. No Brasil, 6h40min (média de São Paulo).

No exterior, o bar-ril de petróleo bai-

xou de US$ 100 para US$ 85. Com o preço, a Petrobras pode

amenizar os prejuízos que teve nos últimos quatro anos, no valor de US$

60 bilhões, vez que comprava gasolina no mercado internacional mais cara do que o preço que vendia. Além disso, o preço nas bombas subiu, outra razão para amainar os prejuízos.

I - Dia desses, ao conversar com uma liderança política que passou anos na situação e hoje está na oposição, este me revelou que sua missão está sendo bem simples, pois sabe como derrubar, um por um, os argu-mentos dos defensores do prefeito Francisco José Jr. “Eles estão se va-lendo dos argumentos que utilizávamos, os quais podem facilmente ser derrubados”, disse-me ele, para depois me citar um exemplo, que trago na nota seguinte.

II - Nas votações de projetos de lei que contrariam os interesses do Exe-cutivo, os vereadores da situação utilizavam de forma recorrente o ar-gumento de que o Legislativo não pode criar leis que criem despesas para o Executivo. Tal pretexto vem sido utilizado a larga há muitos anos. O ex-situacionista me confessou, todavia, que este argumento não cor-responde exatamente à realidade, pois a vedação existente se refere ao orçamento. O Legislativo não pode majorar as receitas previstas, mas pode propor leis dentro das receitas previstas.

III – A situação trazida nas notas acima mostra como situação e oposi-ção são iguais em métodos, e que a única diferença entre os políticos é o endereço.

Erasmo Carlos é editor do blog do Tio [email protected]

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SÃO GONÇALO DO AMARANTE

* De 2002 a 2012 o número de assassinatos de jovens negros aumentou em 250% no RN.

O ex-deputado Elias Fernandes, pai do também deputado Gustavo Fernandes, teve sua residência assaltada no início da semana. A casa, que fica na Praça da Matriz, foi saqueada durante a madrugada e os marginais, além de levarem diversos objetos de valor, ainda fizeram uma limpa na geladeira, comendo todas as guloseimas encontradas.

Já o prefeito Fabrício Torquato fará pronunciamento às 17h desta sexta-feira (21) na Rádio FM Vida, 107,9, onde pretende esclarecer alguns pontos político-administrativos depois do rompimento com o ex-prefeito Leonardo Rêgo, ocorrido no último mês de outubro. É a campanha de 2016 já nas ruas.

O prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado, se encontra na Europa, onde participa do 14º Seminário Binacional sobre Sustentabilidade Urbana e Responsabilidade Social. Jaime – que arcou de forma particular com os custos da viagem - foi receber o Diploma e Medalha de Destaque Luso-Brasileiro em Desenvolvimento Sustentável, concedidos em decisão conjunta entre o Instituto Ambiental Biosfera e a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, belíssima cidade histórica de Portugal, localizada a 34 km da Cidade do Porto. Antes, esteve no Vaticando com o Papa Francisco a quem entregou a medalha da Terra dos Mártires de Uruaçu.

GIRANDO | #paudosferros #saogoncalo #mossoro #caico #assembleia

“O Rio Grande do Norte foi o Estado em que mais cresceu o assassinato de jovens e a violência contra jovens negros. É por isso que não tem repercussão, ninguém se importa e as pessoas não reagem”.

Deputado Fernando Mineiro (PT)

PAU DOS FERROS

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CAICÓ ASSEMBLEIA DO RN

23 _rn - 21 de novembro de 2014

A Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia designou o deputado Kelps Lima (Sdd) relator do Projeto de Lei que autoriza o Governo do Estado a contratar um empréstimo de R$ 850 milhões com o Banco do Brasil. O deputado George Soares (PR) também foi escolhido relator da matéria que cria o Fundo Estadual de Apoio a Modernização da Infraestrutura dos Municípios do RN. Os dois Projetos estão correlacionados e deverão ser apreciados na próxima semana pela Casa. Vale lembrar que esse empréstimo é sonho antigo da governadora Rosalba Ciarlini (DEM).

Angu de caroço na Câmara Municipal de Caicó. O atual presidente, Lobão Filho, quer anular a eleição para a presidência no biênio 2015/2016, realizada no último dia 12 de setembro e que elegeu, por maioria absoluta, o vereador Nildson Dantas.

Para o vereador Leleu Fontes, o ato da mesa-diretora não anula a eleição, já que ainda vai ser protocolado na Justiça Comum, com amplo direito de defesa. Já o vereador Ivanildo do Hospital afirma que, ao invés de se preocupar em tentar anular a eleição, Lobão “deveria saber que já circula extraoficialmente um parecer do Tribunal de Contas que aponta supostas irregularidades na sua gestão”. Façam suas apostas!

Uma auditoria realizada pela UERN na folha de pessoal da Prefeitura de Mossoró, exercício 2013, vem dando o que

falar. Ou seria o que calar? Entregue ao Ministério Público e praticamente ignorada pela imprensa, a auditoria foi

encomendada pelo prefeito Silveira Júnior, então interino, e mostra diversas irregularidades no município.

Segundo o jornalista Carlos Santos, o ‘sumiço’ de 622 servidores é uma amostra de que há algo podre no país de Mossoró. Os contratos com empresas terceirizadas

também precisam ser explicados, bem como a contribuição previdenciária, assim como as distorções de contratos,

horas-extras e plantões excedentes. Apenas a ponta do iceberg. Aguardemos.

MOSSORÓ

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Natal – quem diria? – é a melhor cidade do Nordeste para se viver

24 _rn - 21 de novembro de 2014

SIMBORA! | #economia #saude #desigualdade #financas

Divulgado essa semana, o primeiro Índice das Me-lhores e Maiores Cidades Brasileiras traz Natal - quem diria? - como a melhor cidade do Nordeste e a 13ª no país para se viver.

Produzido pela Delta Economics & Finance para a revista AméricaEconomia Brasil, a pesquisa ava-lia um conjunto de 77 atributos das 100 grandes cidades do país, distribuídos em dez áreas: geral, governança, bem-estar, econômico, f inanceiro, domicílio, saúde, educação, segurança e digital.O ranking é liderado pela paulista Santos, que se destacou em Educação e Saúde, além de apresen-tar o terceiro melhor Índice de Desenvolvimen-to Humano Municipal (IDHM) e a sexta maior renda per capita do país.

Natal garantiu sua posição pelo quesito Finanças e por se manter na média na área da Saúde.

Vale salientar que ninguém inquiriu sobre hu-manização ou qualidade do atendimento. O que levaram em consideração foi a existência de Con-selho municipal de saúde, de Fundo municipal de saúde e de um plano municipal de saúde.

O número de centro de saúde/Unidades Básicas, pronto atendimentos, pronto socorro geral, lei-tos, médicos, tomógrafos e cirurgiões-dentistas por cada 100 mil habitantes também foram ana-lisados. Apesar de ser a melhor cidade nordestina para se viver, Natal é uma das piores no quesito “desi-gualdade”. De acordo o índice de Gini, que va-ria de zero, quando a distribuição é totalmente igualitária, a 1, caso extremo em que apenas um indivíduo detém toda a renda, Natal apresenta um resultado de 0,61.

Para quem mora na capital potiguar ou acom-panha o noticiário local, mostrar Natal como uma das melhores cidades do país para se viver não condiz muito com a crescente e aterrorizan-te violência, o trânsito infernal, a saúde caótica, educação sofrível, ruas sujas, escuras e esbura-cadas, a favelização das praias urbanas, a falta de manutenção de espaços públicos para lazer e tantas outras coisas que fazem você dizer que vive bem.

Quem quiser saber mais sobre a pesquisa e sua metodologia, basta acessar http://americaecono-miabrasil.com.br/rankings/maiores-e-melhores--cidades-brasil-2014/introducao/

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Golpe, não: um novo país

Beto, Betão, BetinhoUm senador maluquinho

Da assessoria de imprensa do falecido Betinho Se-gundo, mossoroense eleito deputado federal, re-cebo a preciosa informação de que em Brasília, no plenário e nas comissões da Câmara, ele será chamado de Beto Rosado. Não Betinho, como o pai. Nem Betão, pela gloriosa eleição. Beto Rosado, ape-nas. O sucessor de Betinho Segundo.

Salta aos olhos, como diria minha finada avó, a per-formance recente do senador potiguar José Agripino Maia em meio à crise da Petrobras. Ele vibra a qual-quer denúncia, grita quando se descobre um novo desmando, há até quem diga que já o viu delirar nos salões verdes do Congresso ao saber que a Polícia Federal foi ou vai às ruas. É interessante, porque che-ga a ser hilário, o comportamento do parlamentar norte-rio-grandense. Porque quem conhece Agripi-no, quem acompanha a sua história desde os tempos do general-ditador Ernesto Geisel, enxerga em todos os seus movimentos e ações um lado sombrio, pou-co explicado e nada republicano.

O Brasil vive dias difíceis, tensos, complicados.

A descoberta recente de que a Petrobras é um duto imenso de corrupção, com bilhões e bilhões de reais saindo do ralo para engordar os bolsos de cidadãos in-decentes, provocou e continua provocando uma ava-lanche de manifestações absurdas e até indecorosas.

Fala-se em golpe militar, o que os próprios militares já rechaçaram com veemência patriótica.

Enxerga-se um golpe midiático, felizmente restrito a meia dúzia de jornalistas e jornalões que há muito per-deram autoridade, minguaram no seu linguajar autori-tário, e por isso só são levados a sério por um público leitor que não conta, não vale, não faz a menor diferen-ça.

Dizem ainda estar em curso um golpe eleitoral, mano-brado a quatro mãos pelos ministros Dias Toffoli e Gil-mar Mendes, ambos embriagados por um poder que não têm e jamais terão.

Golpe nenhum, no entanto, chegará e vingará.

A mim me parece que o que ocorreu e está ocor-rendo na Petrobras, e deveria também ocorrer em outras empresas públicas, em governos estaduais, em prefeituras municipais e em qualquer órgão por onde passa o meu, o seu, o nosso dinheiro, vai ser-vir e já está servindo para o nascimento de um novo país.

A hora é mágica, apesar de grave.

Pela primeira vez na história do Brasil, desde que Pero Vaz de Caminha cometeu com a carta do des-cobrimento o primeiro ato oficial de corrupção em terras canarinhas, corruptos e corruptores são trata-dos com o mesmo peso da lei e ambos dividem ce-las iguais.

É a oportunidade única, portanto, de virarmos uma página de mais de 500 anos de prejuízos constantes, permanentes, para os cofres públicos.

É a chance de um novo Brasil.

Não mais, nunca mais, a chance de um golpe que não cabe, não vale, e só levaria todos nós a um ca-minho de retrocesso e de atraso que interessa ape-nas aos cidadãos indecentes e a seus porta-vozes dementes.

25 _rn - 21 de novembro de 2014

PINGA FOGO | #opiniao #politica #petrobras #senador #nacional

Luis Fausto é [email protected]

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EXPOSIÇÕES TEATRO

TEATRO

TEATRO

DANÇA

DANÇA

MÚSICA

MÚSICA

MÚSICA

CINEMA

ESPAÇO ZEN (COTOVELO)THE BOP HOUNDS, UMA BANDA DE “WILD” ROCKABILLY E ROCK’N’ROLL R$ 10,00

TAVERNA PUB, EM PONTA NEGRAMARQUINHOS SATHAN E GRUPO MADUREIRA20H

WHISKRITÓRIO PUBDUSOUTO, WADO E SKARIMBÓ 20HR$ 20,00

CENTRO DE CONVENÇÕES NATAL POP 2014 COM NANDO REIS & OS INFERNAIS, RODRIGO LACAZ E ZERO 8520HR$40,00 A R$80,00

GERALDO AZEVEDO VOZ E VIOLÃO 21HR$ 120,00 A R$ 160,00

2ª IGREJA PRESBITERIANA DE NATALSHOW DA BANDA ANTIDEMON (SP). PARTICIPAÇÃO DAS BANDAS THE GATES ARE BROKEN, SKKIP, EX-DEFUNTOS, ZADOQUE, NASCIDOS DA MORTE. 18HR$ 12,00 (+ 1 KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL)

ARENA DAS DUNASBANDAS PONTO DE EQUILÍBRIO E RASTAFEELING 22HR$ 40,00 A R$ 80,00

CASA DE FORRÓ RASTAPÉ COMEMORA 8 ANOS COM AS BANDAS CALANGO ACESO, MASTRUZ COM LEITE E FORRÓ LEGAL22HR$ 15,00 A R$ 30,00

TEATRO RIACHUELOBRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕESESPETÁCULO BASEADO NO CONTO DO LIVRO ORIGINAL DOS IRMÃOS GRIMM. 19HR$40,00 A R$120,00

A.BO.CA ESPAÇO DE TEATRORABISCOSENCONTRO EM FORMATO DE SARAU, COM MUITA MÚSICA E POESIA. 18H

TEATRO RIACHUELOBRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕESESPETÁCULO BASEADO NO CONTO DO LIVRO ORIGINAL DOS IRMÃOS GRIMM. 19HR$40,00 A R$120,00

WHISKRITÓRIO PUBA BANDA VELHAS VIRGENS APRESENTA O SHOW “TODOS OS DIAS A CERVEJA SALVA MINHA VIDA”20H - R$ 50,00

PORÃO DAS ARTES (PIUM) A CANTORA E ARTISTA CIRCENSE LUISA GUEDES DESFILARÁ SEU SWING DIVIDINDO O PALCO COM O MÚSICO FÁBIO ROCHA (VÉI ZÉ CAXANGÁ). 21HR$ 10,002111

2211

SEXTA-FEIRA

SÁBADO

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MÚSICA

CINEMA

TEATRO ALBERTO MARANHÃO CONCERTO OFICIAL DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO RIO GRANDE DO NORTE 20HENTRADA GRATUITA

2311 2411

2711

DOMINGO SEGUNDA

QUINTA-FEIRA

SERRADA (SÃO GONÇALO DO AMARANTE)FESTA CONCENTRAÇÃO DA QUEBRADA. MUITO RAP COM DJ STONE, DJ PÃO, CABOCLAS MCS, SILVEIRA ROOTS, FAMÍLIA ALCATEIA, TIME DE PATRÃO E MUITO MAIS. A PARTIR DAS 16HGRATUITO

TEATRO ALBERTO MARANHÃOCONCERTO DIDÁTICO DA ORQUESTRA SINFÔNICA DO RIO GRANDE DO NORTE - MAESTRO LINUS LERNER15H

FESTIVAL CINE NATAL 2014MERCADO DE PETROPÓLISSALA ABRAHAM PALATINIK – 9HMOSTRA DE CINEMA INFANTILEXIBIÇÃO DE CURTAS METRAGENS DE ANIMAÇÃO.COORDENAÇÃO E CURADORIA: CINECLUBE NATAL

CINE CAFÉ: “O NORDESTE NO CINEMA BRASILEIRO”PAVILHÃO CINE NATAL – 9HEXIBIÇÃO DO LONGA METRAGEM “POBRES DIABOS”, DE ROSEMBERG CARIRYCOORDENAÇÃO: FABIO DE SILVA E BUCA DANTAS - CONVIDADOS: ROSEMBERG CARIRY E AMARO BEZERRA.

SALA ABRAHAM PALATINIK – 14H MOSTRA PANORAMA DO CINEMA POTIGUARCURADORIA: GALERIA ZOON/ UNP/UFRNDECOM.

PAVILHÃO CINE NATAL – 14HHOMENAGEM A SÉRGIO RICARDO:EXIBIÇÃO DE “MENINO DA CALÇA BRANCA”- CURTA METRAGEM, 1961, P&B, 22’EXIBIÇÃO DE “ESSE MUNDO É MEU”- LONGA METRAGEM, 1964, P&B, 80’.

PAVILHÃO CINE NATAL – 16H MESA REDONDA: “ECONOMIA E POLÍTICAS PARA O

AUDIOVISUAL NO RN”COORDENAÇÃO: ABDECRNCONVIDADOS: PEDRO SEVERIEN (CANNEFUNDAJ), SERGIO SANTEIRO (UFF).

PAVILHÃO CINE NATAL – 19H30CERIMÔNIA DE LANÇAMENTO DOS CURTAS PREMIADOS NO EDITAL CINE NATAL 2013EXIBIÇÃO DOS CURTAS: “TRÊS VEZES MARIA”, “JANAÍNA COLORIDA FEITO O CÉU”, “O MENINO DO DENTEDE OURO” E BATEPAPO COM OS REALIZADORES.

[email protected]

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