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XX 229 21/11/2012 * Mais demanda por transparência - p.01 *Bruno troca de advogado e pode confessar o crime - p.20 * Senadores se livram de pagar IR de salário extra - p.31

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XX 229 21/11/2012

* Mais demanda por transparência - p.01

*Bruno troca de advogado e pode confessar o crime - p.20

* Senadores se livram de pagar IR de salário extra - p.31

o tempo - mg - p. 05 - 21.11.2012

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Rogério PagnanDepoimento em Contagem revela que policial civil

pode estar diretamente envolvido no crimeEm mais um dia tumultuado, banco dos réus tem outro

desfalque e um advogado é destituídoA última testemunha ouvida ontem no julgamento dos

acusados pela morte de Eliza Samudio, em Contagem (MG), revelou o nome de mais um suspeito: o policial José Lauria-no de Assis Filho, o Zezé.

A participação de Zezé foi relatada no depoimento do preso Jaílson de Oliveira. Ele disse que Zezé ajudou o ex-polical Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a matar Eliza e deu detalhes da vida do goleiro Bruno Fernandes e de seus colegas que a Promotoria considerou convincentes.

Com isso, dois anos após o crime, o Ministério Público poderá denunciá-lo pelo assassinato de Eliza.

“Zezé era suspeito desde o início das investigações. Mas naquele momento os indícios não eram satisfatórios para justificar um processo penal. Tínhamos dados objeti-vos, mas não tínhamos nenhuma prova oral que alinhasse tudo”, afirmou o promotor Henry Wagner Castro.

Conforme a Folha revelou no último domingo, a partici-pação de Zezé era um dos buracos na investigação.

A reportagem mostrou que foram desprezados 37 tele-fonemas trocados entre Zezé e Luiz Henrique Romão, o Ma-carrão, a ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, e Bola.

Na noite de 10 de junho, por volta das 22h e 23h, horá-rio que Eliza pode ter sido morta, Zezé trocou três ligações com Bola. Também se encontrou com o ex-policial.

Zezé não foi localizado na noite de ontem.Restam tRÊs

O julgamento teve outro dia tumultuado ontem. Dos cinco acusados que iniciaram o júri, restam três. A ex-mu-lher de Bruno, Dayanne, teve seu julgamento desmembrado, assim como Bola.

No início da sessão, o goleiro Bruno destituiu seu prin-cipal advogado. “Por estar me sentindo inseguro, estou de-sistindo do doutor Rui Pimenta”, afirmou.

Bruno também pediu a destituição do assistente de Pi-menta, Francisco Simim, argumentando que ele já defendia sua ex-mulher e, por isso, não se dedicaria exclusivamente a sua defesa.

A Promotoria pediu à juíza Marixa Rodrigues que Dayanne ficasse sem o advogado, já que o ex-jogador tem prioridade por ser réu preso.

A magistrada aceitou e decidiu pelo desmembramento do julgamento de Dayanne. Nova data será marcada.

Também na sessão de ontem, a juíza fixou multa de R$ 18.660 a cada um dos três advogados de Bola que abando-naram o julgamento anteontem por discordarem do tempo de 30 minutos para apresentar argumentos sobre possíveis falhas no processo.pRincipais acontecimentos

> Julgamento foi desmembrado após a saída dos defen-sores de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, que agora será julgado separadamente. Os advogados abandonaram o júri por discordar do prazo dado pela juíza para as conside-rações iniciais

> Ouvido como testemunha, ex-motorista confirmou que primo de Bruno disseque Eliza “já era” e que seu corpo havia sido jogado para cães

> Juíza decide que Dayanne Souza, ex-mulher de Bru-no, também será julgada em outra data. Isso ocorreu após o ex-goleiro pedir a destituição do seu advogado, Rui Pimen-ta. 0 outro defensor, Francisco Simim, assumiu o caso e teve de abandonar a defesa de Dayanne

> Foram ouvidas três testemunhas: João Batista (caseiro de Bruno), a delegada Ana Maria Santos e o preso Jaílson de Oliveira

Folha de s. paulo | cotidiano | BR - 21 de novemBRo de 2012ministério público

Testemunha aponta nome de outro suspeito de matar Eliza

O promotor Henry Wagner Castro e a juíza Marixa Rodrigues durante o júri, em Minas

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Pedro FerreiraO segundo dia do julgamento complicou mais ainda

a situação de Bruno Fernandes e dos outros acusados da morte de Eliza Samudio. Nova manobra resultou em outro desmembramento do processo. O goleiro tentou reverter a derrota sofrida pela sua defesa no primeiro dia do júri, como a maioria feminina (seis mulheres e um homem) na formação do conselho de sentença, o que pode contribuir para sua condenação. Além disso, o depoimento contraditório de Clayton Gonçalves, ex-motorista de Bruno, foi considerado negativo também. Ontem, mais três depoimentos comprometeram o golei-ro, inclusive o do detento Jaílson Oliveira, que disse ter ouvido a confissão de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, sobre o assassinato de Eliza num sítio. Ainda on-tem, o promotor Henry Vasconcelos soube que testemu-nhas de defesa usaram celular no hotel e pensa pedir a impugnação deles no processo.

Logo no início da sessão de ontem, Bruno pediu a destituição de Rui Pimenta e dos demais advogados de defesa na expectativa de que seu julgamento fosse adia-do, assim como ocorreu na segunda-feira com o de Bola. Mas a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues impediu a jogada do goleiro aceitando apenas a destituição de Rui Pimenta e Marcos Vinicius Pimenta, mantendo Francis-co Simim, e desmembrou apenas o júri da ex-mulher de Bruno, Dayanne Souza, que será julgada em outra data. Simim então convocou o advogado Tiago Lenoir Morei-ra para auxiliá-lo na defesa.

Antes de abrir a sessão, a juíza anunciou que os advogados Ércio Quaresma, Zanone Oliveira Júnior e Fernando Magalhães, que abandonaram a defesa de Bola, serão multados em R$ 18.660 cada, por ausência sem justificativa legal, conforme o Código de Proces-so Penal. O valor corresponde a 30 salários mínimos. A juíza lembrou que houve gastos para realização do jul-gamento, trabalho dispendioso da Justiça. Além disso, acrescentou, os defesonres atentaram contra a ética dos advogados. “Faltou profissionalismo”, disse Marixa.

A sessão de ontem foi aberta às 9h25. Quando se preparava para ouvir a primeira testemunha da acusa-ção, João Batista Alves de Oliveira, a juíza atendeu o pedido de Bruno para falar antes com Simim, e Carla Silene Cardoso, advogada da ex-namorada do goleiro Fernanda Gomes de Castro. Ele decidiu então destituir Rui Pimenta e o outro defensor “por se sentir inseguro” e pediu prazo à juíza para escolher novo advogado. “O

senhor pode contratar outro advogado no curso do julga-mento”, disse Marixa ao goleiro.

Primeira a depor ontem, a delegada Ana Maria dos Santos, que também investigou o caso, revelou como Eliza teria sido assassinada e tido parte do seu corpo jogado para cães, repetindo a versão de um primo de Bruno ouvido pela policial. O primo, menor na época, contou que Eliza foi mantida vigiada o tempo todo no sítio do goleiro. Disse que ele, outro primo do goleiro, Sérgio Rosa Sales, e Macarrão levaram Eliza e o bebê para casa de um homem conhecido como Bola ou Ne-ném, em Vespasiano, onde foi assassinada. “Segundo o menor, Neném passou a ter um diálogo com Eliza, pediu para ela ficar tranquila, que ele era policial, e que Macar-rão teria dito que aquele senhor seria o responsável para levá-la ao apartamento onde ela residiria com o bebê”, disse a delegada.

Bola teria pedido a Macarrão para amarrar as mãos de Eliza para trás e que ela foi chutada depois. “Disse que o moço deu uma gravata do pescoço de Eliza, que ela foi perdendo o fôlego, seus olhos ficaram arregala-dos, avermelhados feito sangue, com a língua para fora e colocando espuma pela boca, até cair morta. O menor narrava e ameaçou chorar, ofegante, e pediu para segu-rar a minha mão”, disse Ana Maria.

Ainda conforme ela, o adolescente ficou alterado emocionalmente e disse que as lembranças perturbavam o seu sono, motivo pelo qual ele havia procurado um tio no Rio de Janeiro para desabafar. A delegada negou que o jovem tenha sofrido qualquer tipo de coação no depoimento. Segundo ela, o menor relatou que Bola saiu com o corpo de Eliza e que voltou com ele em um saco. “Bola teria dito que não era para ninguém se preocupar mais, pois ele daria um fim ao corpo, tirando de dentro do saco o que o menor identificou como sendo uma mão humana e a jogou para os cães, que se ajuntaram e ali-mentaram”, contou Ana Maria.depoimentos

A segunda testemunha de acusação foi João Batista Alves de Oliveira. Ele disse que em 2010 estava numa padaria ao lado da Delegacia de Homicídios de Conta-gem e foi escolhido aleatoriamente por um policial ci-vil para acompanhar o interrogatório do ex-motorista de Bruno, Clayton Gonçalves. Na ocasião, ele relatou um comentário de Sérgio Sales, primo de Bruno, de que “Eliza já era”, dando a entender que ela já estava morta. Depois, disse que foi coagido pelos policiais para dizer

caso BRuno o julgamento

JOGO PERIGOSO Conselho de sentença formado por maioria de mulheres e depoimento negativo

levam o goleiro a tentar destituir defesa e desmembrar o júri, mas juíza nega

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o que disse. João Batista negou que Clayton tenha sofrido

constrangimento e que o depoimento foi espontâneo. “Achei a delegada muito à vontade, educada, segura e tranquila”, disse João Batista, referindo-se Alessandra Wilke, que deu início às investigações. “Não percebi nenhuma ameaça”, reforçou.

o Que pesa contRa BRunoFatos negativos para o goleiro depois de dois dias

de julgamentoMaioria de mulheres no conselho de sentença (são

seis e um homem).Depoimento de Clayton, que se contradisse várias

vezes sobre horários e pessoas que estavam no grupo

com Eliza que chegou do Rio e foi para Ribeirão das Neves.

Juíza Marixa Fabiane travou manobra de Bruno para ficar sem advogado e desmembrar o julgamento dele.

Depoimento de João Batista, que disse que Clayton não foi coagido pela polícia para afirmar que ouviu de Sérgio Sales, primo de Bruno, que “Eliza já era”.

Depoimento da delegada Ana Maria Santos, que confirmou a versão de um primo menor de Bruno sobre a morte.

Depoimento do detento Jailson Oliveira, que diz ter ouvido no presídio a confissão de Bola sobre a mor-te de Eliza.

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Moradores e PM se unem na internet para evitar crimes

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Ayres Brito pede o mesmo

empenho ao STF no julgamento do esquema operado

em Minas

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O conselheiro Almino Afonso apresentou durante a 11° Ses-são Ordinária, a proposta de resolução que disciplina o exercício de atividade político-partidária de cargos públicos por membros do Ministério Público. Em consequência, revoga as Resoluções CNMP 5/2006 e 72/2011. A proposta será publicada no site do Conselho, para receber emendas no prazo de 15 dias, conforme determina o regimento interno da instituição.

Pela proposta, os membros do MP estão proibidos de exercer ati-vidade político-partidária, de acordo com o artigo 128, §5., II, letra “e”, da Constituição Federal, na nova redação trazida pela Emenda Constitucional 45/2004.

Além disso, a proposta determina que os membros do MP estão proibidos de exercer qualquer outra função pública, salvo uma de magistério. A vedação não alcança os membros que integravam o MP antes da data de promulgação da atual Constituição Federal e tenham manifestado pelo regime anterior. Já os membros afastados para o exercício de cargo público que não se enquadrem na referida hipótese deverão retornar aos órgãos de origem no prazo máximo de 90 dias.

O conselheiro afirmou, ainda, que há várias decisões do CNMP sobre os temas, inclusive com a edição de duas resoluções a respeito. Além disso, deve ser considerada a necessidade de estabelecer parâ-metros definitivos sobre o assunto, tendo em vista recentes decisões do Supremo Tribunal Federal no Mandado de Segurança 26.595/DF e no Recurso Extraordinário 597.994/PA.

Fonte: CNMP

A Comissão Especial que trata da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011, que dispõe sobre a competência da investigação criminal, agendou, hoje (20), reunião para votação do parecer do relator deputado Fábio Trad (PMDB/MS) que será realizada amanhã (21).

De autoria do deputado Lourival Mendes (PTdoB-MA), a proposta, co-nhecida como PEC DA IMPUNIDADE, acrescenta parágrafo ao artigo 144 da Constituição Federal, para estabelecer que a apuração das infrações penais será competência privativa das polícias federal e civil. Atualmente, por de-terminação constitucional, o Ministério Público e outras instituições também exercem a atividade de investigação criminal.

A reunião está marcada para as 14h, no Plenário 11 da Câmara dos Depu-tados.

notícia da hoRa - conamp - BRasília, 20 de novemBRo de 2012.

Proposta de resolução do CNMP disciplina atividade político-partidária e ocupação de cargos públicos por membros do MP

notícia da hoRa - conamp - BRasília, 20 de novemBRo de 2012.

Comissão Especial da PEC DA IMPUNIDADE vota parecer do relator

Felipe CanêdoAs polícias Civil e Militar de Mar de Espanha, na Zona da

Mata, procuram o médico Ademar Pessoa Cardoso, de 66 anos, que teve mandado de prisão expedido ontem pelo Supremo Tribu-nal Federal (STF), mas não foi encontrado em casa, na residência da namorada nem no hospital em que trabalha. Ele foi condenado a 12 anos e nove meses de prisão por ter participado de um pega que causou a morte de cinco pessoas de uma mesma família em 1996 na MG-126. Segundo o sargento Luiz Cláudio Ramos, da 33ª Companhia do 27º Batalhão da PM de Juiz de Fora, o Ministério Público será acionado hoje se Ademar não for encontrado. “Acre-dito que o médico vá se entregar acompanhado de seu advogado. Caso contrário, será considerado foragido”, afirma o militar.

Segundo publicação de 7 de novembro, o relator do processo, ministro Gilmar Mendes, manteve decisão do Tribunal do Júri que

condenou o médico em primeira instância. No mesmo julgamento, o empresário Ismael Keller Loth foi sentenciado a 12 anos e três meses de prisao. Ele dirigia um carro emparelhado ao do médico numa curva da rodovia onde ocorreu o acidente. “Ademar é uma pessoa muito conhecida na cidade, não acho que ele vá fugir”, dis-se o sargento. Uma funcionária do hospital afirmou que o médico não trabalhou ontem.

O acidente entre Mar de Espanha e Bicas ocorreu em 5 de abril de 1996. Ademar dirigia uma caminhonete Blazer e Ismael um Tempra. No sentido oposto da MG-126, uma família transitava em um Fusca. O caso ficou conhecido como o “Pega de Mar de Espanha”. Os dois foram acusados de homicídio preterdoloso, por terem assumido o risco, mesmo que indiretamente, de matar al-guém. Em 16 anos, parentes das vítimas lutaram para punir os dois envolvidos. Ainda não há decisão final sobre o caso de Ismael.

estado de minas - mg - on line - 21.11.2012maR de espanha

STF condena médico Supremo Tribunal expede mandado de prisão e polícia procura envolvido em pega que matou cinco

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São Paulo Um levantamento o feito pelo Instituto Avante

Brasil (IAB) mostra que, a cada hora, seis pessoas são assassinadas no Brasil. Desde 1980, esse número já chega a cerca de 1,2 milhão de casos. Segundo um arti-go publicado no site da entidade e assinado pelo jurista e diretor Luiz Flávio Gomes, o Brasil é o 20º país mais assassino do mundo, “tombando uma pessoa a cada nove minutos, o equivalente a 4.485 mortes por mês, ou 147 mortes por dia”.

O levantamento abrange também os números ofi-ciais do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre mortes violentas desde 1980 até 2010. Entre os anos do estudo, a proporção de homicídios a cada 100 mil habitantes passou de 11,7 casos em 1980 a 27,3 em 2010. Em nú-meros absolutos, houve um salto de 13.910 mortes em 1980 para 52.260 óbitos no começo desta década.

A taxa de homicídios a cada 100 mil habitantes, po-rém, representou uma desaceleração na última década. Nos 31 anos estudados, o crescimento desse índice foi de 133%. Já entre 2000 e 2010, houve uma estabilidade no aumento, na casa de 1,48% ao ano.

Uma das projeções feitas na pesquisa indica que, em 2050, serão 11 pessoas mortas por hora no Brasil.

Trânsito. O IAB mediu também as mortes no trân-sito desde 1980 e concluiu que cerca de 127 pessoas perderam a vida por dia nas ruas e rodovias do país apenas em 2012. Isto equivale a uma morte a cada 11 minutos e 21 segundos. Nos últimos 30 anos, houve um crescimento de 115% no número de mortes nessas situações.

Entre 1980 e novembro de 2012, foram registradas 1.019.639 mortes no trânsito, aponta o estudo da enti-dade.

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Em todo o país há 71.403 presos, mas capacidade do sistema é para apenas 48.501 detentos

Em todo o país, o sistema de prisão no regime semiaberto tem um déficit de 22.902 vagas, quase a metade do total disponível. Segundo dados do Ministério da Justiça, há 71.403 presos, quando a capacidade do sistema é para apenas 48.501. Os núme-ros estão em levantamento concluído em dezembro de 2011, os últimos divulgados pelo governo federal. O regime semiaberto, segundo o Código Penal brasileiro, é desti-nado a réus condenados a penas que variam de quatro a oito anos de detenção.

Em São Paulo, onde há 21.661 detentos em todo o estado, a falta de vagas chega a 7.584. No Rio, 6.628 presos no regime se-miaberto dispõem de 5.343, um déficit de 1.285 vagas. Em Minas Gerais, o sistema prisional também está superlotado, com 587 detentos a mais do que o permitido: 4.868 presos para 4.281 vagas.

Todos os detentos que cumprem pena

no regime semiaberto deveriam estar em colônias agrícolas, industriais ou locais similares, onde trabalhariam e dormiriam, alguns, inclusive, com autorização para fazer atividades externas durante o dia. O coordenador do Departamento de Monito-ramento e Fiscalização do Sistema Carcerá-rio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luciano Losekann, avisa que a realidade, porém, é outra: as unidades estão em condi-ções precárias.

O Brasil tem 70 colônias à disposição do regime semiaberto, segundo o Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (InfoPen), vinculado ao Ministério da Jus-tiça. Desse total, São Paulo conta com 32 unidades, e o Rio, com apenas uma. Lo-sekann acrescenta que boa parte delas fun-ciona como regime fechado.

Segundo ele, as colônias foram criadas com o objetivo de oferecer aos presidiários cursos profissionalizantes e postos de tra-balho relacionados, principalmente, à agri-cultur a e à indústria, dentro das próprias unidades.

o tempo - mg - on line - 21.11.2012Violência.Desde 1980, 1,2 milhão de pessoas perderam a vida de maneira violenta

Seis assassinatos por hora no paísO Instituto Avante Brasil conta ainda 1 milhão de mortos no trânsito em 32 anos

o gloBo - Rj - on line - 21/11/2012

Faltam 23 mil vagas no regime semiaberto

o estado de sp - sp - 1ª p. e p. a4 - 21.11.2012

Senadores se livram de pagar IR de salário extraCobrança de imposto não recolhido em 5 anos chega a R$ 64 mil por parlamentar; decisão foi do plenário

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cont... o estado de sp - sp - p. a4 - 21.11.2012

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Autor(es): » ANA D”ANGELOImpedidas de elevar o valor da mensalidade depois que

o cliente completa 60 anos, as operadoras de planos de saúde estão aumentando o preço antes. Em geral, os custos passa-ram a pesar mais a partir do 44º aniversário. Ao completar 59, o consumidor pode se deparar com alta de até 94%.

Com a proibição de reajuste a usuários com mais de 60 anos, operadoras antecipam aumentos aos mais jovens

A proibição de reajustar as mensalidades dos planos de saúde de beneficiários com mais de 60 anos, para contratos assinados a partir de janeiro de 2004, não aliviou a situação dos clientes conforme eles envelhecem. Na prática, os au-mentos em decorrência da mudança de faixa etária, permiti-dos por lei, foram antecipados pelas operadoras e passaram a pesar mais, em geral, a partir dos 44 anos. Nessa idade, além do tradicional reajuste anual aplicado no mês de assinatura do contrato — que tem ficado acima de 10% nos acordos coletivos —, o cliente recebe uma dose cavalar de majora-ção de preço que pode chegar a 43,5%, conforme tabelas de planos coletivos por adesão de três grandes operadoras — Unimed, Amil e Sul América.

Ou seja, o valor do plano sobe duas vezes num mesmo ano, ficando em torno de 60% mais caro. Um ano antes de completar os 60 e estrear na terceira idade, o beneficiário ga-nha de presente de aniversário de 59 aumento de até 94,5%, além daquele anual. A situação não é mais fácil para as famí-lias com filhos aos 19 anos. Alguns convênios sobem entre 56,6% e 68,4% só por conta da idade.

As elevações dos preços por faixa etária variam con-forme o plano e a operadora. São 10 faixas, de quatro em quatro anos, a partir dos 19 até os 59 anos, fixadas em norma da ANS que devem ser seguidas por todas as empresas. A variação de valor entre a menor e a última tem que ser de, no máximo, 500%. O novo preço é cobrado já no mês sub-sequente ao do aniversário do beneficiário.

Há convênio que distribui os percentuais entre todas as faixas de forma mais uniforme, como a Unimed. Com isso, os reajustes são sempre entre 16% e 35% em todas elas. Já a Sul América aplica aumentos menores de 24 a 39 anos — de 1,7% a 3,9%. Em compensação, em determinadas idades, a elevação é significativa — chega a 94,5% na última, de 59 anos.

“As faixas mais penalizadas são as acima de 40 anos”, reconhece a ouvidora da Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS), Stael Riani. A publicitária Ana Paula Ataíde Brito, 41, que o diga. Ela teve uma surpresa ao abrir a men-salidade do plano de saúde no ano passado, quando comple-tou 40. “Já havia percebido pequenos aumentos relativos à faixa etária, mas dos 39 para os 40 anos foi um salto”, diz. O valor subiu 30%. “O reajuste foi pesado, a ponto de ter-mos que cortar gastos”. Ela e o marido, Marcelio Gonçalves Pereira, ambos da mesma idade, pagam atualmente R$ 360 mensais cada pelos serviços da operadora Cassi, plano cor-

porativo do Banco do Brasil.Apesar de não concordar com os reajustes por faixa etá-

ria, Ana Paula já tinha se informado sobre eles, mas, mesmo assim, ficou surpresa com os valores cobrados. “Nunca en-viaram uma carta, mas deixam essa informação bem nítida no site da operadora. Não escondem, mas não avisam direta-mente também”, comenta.descontRole

Os consumidores de planos coletivos empresariais e por adesão sofrem ainda mais, porque o reajuste anual não é fi-xado pelo órgão regulador, como ocorre nos individuais, e sim livremente pelas operadoras. Com isso, os índices têm ficado bem acima da inflação anual, ultrapassando a casa dos 10%. Embora sofram a mesma pressão das elevações por faixa etária, os convênios individuais sobem menos, ainda que acima da inflação de 12 meses. Neste ano, o aumento fixado pela ANS foi de 7,93%.

Nos empresariais, o empregador, com maior poder de negociação, acaba segurando aumentos elevados, até custe-ando parte deles, para não pressionar o salário do emprega-do. Porém, nos contratos por adesão, aqueles firmados por trabalhadores com associações de classes e sindicatos, os reajustes são definidos pelas operadoras, sem obstáculos. O usuário tem como arma apenas a portabilidade de plano por outro menos pesado. Mesmo assim, tem que levar em con-sideração a cobertura e a rede referenciada para decidir por uma mudança devido ao valor.

Os reajustes por faixa etária devem estar discriminados no contrato assinado pelo beneficiário. Se ele não tiver uma cópia, deve solicitar outra ao seu convênio, para conferir os percentuais aplicados. “Pelo menos agora, os usuários têm a previsibilidade de quanto vão pagar ao longo do tempo. Antes, eles não sabiam. Era sempre uma surpresa”, afirma a ouvidora da ANS.antigos

Até a entrada em vigor do Estatuto do Idoso, em 2004, quando a ANS limitou os reajustes até a faixa de 59 anos, as majorações de preços eram de 10 em 10 anos, intensifican-do-se a partir justamente dos 60 até os 70 anos. Nesse inter-valo de idade, as operadoras aplicavam correção de mais de 200% de uma só vez, justamente quando os clientes tinham o orçamento mais apertado por causa da aposentadoria.

A aposentada Arlene Mendes da Costa Cunha, 77, é a prova de que o plano de saúde pesa no bolso ao longo dos anos. Cliente da Golden Cross há cerca de 30 anos, ela paga hoje R$ 1.350 como dependente do marido. No total, a fatura da família, que inclui ainda a mãe de Arlene, de 99, chega a R$ 3.640. “Não me lembro de um ano em que não cobraram reajuste. E eles são cada vez maiores. Em todos esses anos de plano, nunca fui avisada de que cobrariam valor a mais em razão da idade, nem sabia que existia. E a maior parte das consultas é paga por fora do plano”, afirma.

coRReio BRaziliense - on line - 21/11/2012

Plano de saúde dribla proibição e antecipa reajustePlano impõe reajuste de até 94% de uma só vez

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Folha de sp - sp - p. a3 - 21.11.2012

Brasília. As fabricantes de adoçantes Stevia Brasil Indústria Alimentícia e Gold Nutrition Indústria e Comércio foram multadas em R$ 325,5 mil, por propaganda enganosa e falta de informações a respeito da composição dos produtos.

O Ministério da Justiça (MJ) chegou ao valor da multa após processo de investigação que teve início há sete anos. Na avaliação do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC),

órgão da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que per-tence ao MJ, o consumidor foi induzido a acreditar que comprava um produto à base de stevia - nome pelo qual são comercializados os edulcorantes naturais de steviosídeo.

Entretanto, de acordo com o DPDC, a quantidade da substân-cia que dá nome ao produto é “mínima”.

adoçantes

Multa por propaganda enganosao tempo - mg - on line - 21.11.2012

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Autor(es): Eduardo AzeredoEngenheiro mecânico, analista de

sistemas, deputado federal pelo PSDB de Minas, foi senador, governador de Minas Gerais e prefeito de Belo Ho-rizonte

A Câmara dos Deputados apro-vou dois projetos que buscam dar mais segurança aos usuários da in-ternet e dos meios de comunicação digitais — o Projeto de Lei nº 84/99 e o PL nº 2.793/11. Ambas as propos-tas atualizam leis brasileiras para que possam abranger os chamados ciber-crimes, delitos relativamente novos e que não estavam previstos, por exem-plo, em nosso Código Penal, que tem sete décadas de vigência. Aprovados, os textos seguiram para sanção da presidente Dilma Rousseff.

O PL nº 84/99, que recebeu o nome de Lei Azeredo, por ter sido eu o relator no Senado e na Câmara, modifica o Código Penal para tornar crime a clonagem de cartões de crédi-to ou débito, equiparando esse delito à falsificação de documentos particu-lares. O projeto também incluiu no Código dispositivo determinando que órgãos da polícia judiciária criem de-legacias especializadas no combate a crimes praticados por meio da inter-net ou por sistema informatizado. Há ainda uma modificação na Lei Afonso Arinos, para determinar que conteú-dos racistas ou discriminatórios sejam retirados do ar imediatamente, além de uma alteração no Código Penal Militar.

Inicialmente apresentado pelo en-tão deputado federal Luiz Piauhylino, o PL nº 84/99 foi debatido por mais de uma década no Congresso Nacional.

Aprovado pela Câmara em 2003, foi enviado ao Senado, onde tramitou até 2008 e passou por intensos deba-tes. De volta à Câmara, foi motivo de novas discussões, que culminaram no acordo que permitiu sua aprovação. Por esse acordo, foram retirados do texto pontos considerados polêmicos, sobretudo, com relação ao comparti-lhamento de arquivos.

Esse mesmo acordo permitiu a

aprovação do PL nº 2.793/11. De au-toria do deputado Paulo Teixeira, a proposta ficou conhecida por Lei Ca-rolina Dieckmann, já que sua rápida tramitação foi atribuída à mobilização causada pela atriz global, que teve seu computador invadido por hackers. Esse projeto também modifica o Códi-go Penal para tornar crime a “invasão de dispositivo informático alheio”.

Por fim, a Câmara deverá aprovar o Marco Civil da Internet, assim que forem sanadas algumas polêmicas com relação, principalmente, à neu-tralidade da rede. O texto, no entanto, precisa ainda ser apreciado pelo Sena-do.

A aprovação dessas propostas, que são complementares, é de grande importância porque, além do efeito mais claro de facilitar o combate aos delitos digitais, põe fim a uma polê-mica estéril que, até então, impedia o Brasil de dar passo importante nesse sentido: a noção distorcida de que o país não precisa de legislação que fa-voreça a apuração dos cirbercrimes e que promova a punição adequada para os infratores.

Os dados, há muito, desmentem os críticos de plantão. Senão, vejamos: em 2005, 68 mil incidentes virtuais foram reportados ao Centro de Estu-dos, Respostas e Tratamento de Inci-dentes de Segurança no Brasil (Cert.br), número que saltou para quase 400 mil em 2011. Essas notificações, na sua maioria, são fraudes bancárias, difusão de vírus, invasões de sistemas e desfigurações de páginas da web.

É claro que apenas uma nova le-gislação não será suficiente para pôr fim aos cibercrimes. Precisamos ainda avançar no sentido da conscientização da população e, em outra frente, na adesão a acordos internacionais que permitam a investigação mais eficien-te desses delitos que desconhecem fronteiras.

Mas é inegável que o Legislativo brasileiro, depois 13 anos envolvido nesse debate, deu um passo importan-te para suprir algumas lacunas. Antes tarde do que nunca.

Finalmente, uma legislação contra os crimes digitaiscoRReio BRaziliense - on line - 21/11/2012

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