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XX 233 25/11/2012 * Fim de salário de vereador avança no Senado - p.01 * Situação do goleiro Bruno piorou, diz promotor do caso - p.06 * Favorecimento em falências é alvo do CNJ - p.13

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XX 233 25/11/2012

* Fim de salário de vereador avança no Senado - p.01

* Situação do goleiro Bruno piorou, diz promotor do caso - p.06

* Favorecimento em falências é alvo do CNJ - p.13

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Landercy HemersonA afirmação do promotor Henry

Wagner Vasconcelos de Castro, ao ana-lisar o júri de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, condenado a 15 anos de prisão, é contundente: “Bruno já está julgado e condenado!”. O advogado do goleiro, Lúcio Adolfo da Silva, reagiu: “É uma afirmação leviana. Meu clien-te nem foi ouvido em plenário, quanto mais julgado”, disse o defensor, que acrescentou que Bruno chorou ao saber do resultado do júri por meio de um pa-rente que o visitou na manhã de ontem na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem.

Henry anunciou novas investiga-ções sobre a morte de Eliza Samudio, ex-amante do jogador, e admitiu que vai pedir apoio ao Grupo de Combate às Organizações Criminosas da Polícia Civil (GCOC), que trabalha em parceria com o Ministério Público.

Para o promotor, a defesa de Bruno falhou ao permitir o desmembramento do júri. “Luiz Henrique não faria a con-fissão se Bruno e o Bola (o ex-policial Marcos Aparecido Santos) estivessem sentados no banco dos réus ao lado dele”. Segundo Henry, a situação do goleiro se complicou com a condenação de Macarrão e, mesmo no caso de uma confissão, não será beneficiado com re-dução de pena. “A confissão seria irre-levante, pois ele já está mergulhado até o pescoço. Acredito que o único cami-nho da defesa será partir para o tudo ou nada, pois Bruno já está definido como mandante do assassinato praticado por Bola”, resumiu.

Macarrão foi condenado a 20 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado, praticado por motivo torpe, asfixia da vítima e pela impossibilida-de de defesa dela. Mas com a confissão, considerada parcial pela juíza Marixa Fabiane, ele teve a pena reduzida para 12 anos pelo homicídio, além de três anos pelo sequestro e cárcere privado, somando 15 anos de reclusão. Fernanda Gomes de Castro foi condenada a cinco anos pelo sequestro e cárcere privado de Eliza e do bebê. O promotor considerou

adequada as sentenças, e as defesas dis-seram que iriam analisar a situação para entrar com recurso.

Henry Wagner destacou também que o júri de Macarrão e Fernanda foi além de confirmar o envolvimento de Bruno como o mandante do crime. Se-gundo ele, o julgamento trouxe detalhes das apurações nos autos, que serão in-vestigados, como o envolvimento do policial civil aposentado José Laureano, o Zezé, que na fase do inquérito policial aparece como a pessoa que apresentou o goleiro a Bola. “Luiz falou que entre-gou Eliza a uma pessoa num Palio pre-to. Zezé teria um carro com essas carac-terísticas”, sugere.

O promotor rebate a possibilidade de que haja lacunas nos autos. “A única pergunta para a qual não encontrei res-posta nos autos e no júri é onde estão os restos mortais de Eliza”. Henry admite que deve pedir apoio ao GCOC, grupo que trabalha por meio de parceria da Polícia Civil e Ministério Público, para apurar as informações complementares que surgiram.DEFESA

O advogado de Bruno, Lúcio Adolfo, não poupou críticas ao júri e à postura do promotor Henry Wagner. “O Ministério Público mineiro é maravi-lhoso, combativo. O promotor do caso é que não promoveu a justiça, mas uma negociata, em que Macarrão teve redu-ção da pena com uma mentira, pois não foi uma confissão. Foi um balcão de ne-gociação na área penal”, definiu.

Segundo Adolfo, nos próximos dias ele vai entrar com recurso de nulidade do julgamento, pela forma de condução do processo. Ele quer também que seja declarada a suspeição da juíza Marixa Fabiane para o júri de seu cliente em 4 de março, o que impediria a magistrada de presidir a sessão. Segundo o advo-gado, a juíza não agiu de má-fé no júri, mas cometeu “uma tonelada de erros”, com base no Código de Processo Penal. “Acho que não agiu mal-intencionada, mas por incompetência”, alfinetou.

Quanto a Bruno, ele disse que um parente levou as informações sobre o

resultado, mas amanhã vai conversar com seu cliente. “Ele está triste, mas disse que confia em Deus, na Justiça e em seus advogados”. cOMO SERÁ O cUMpRIMEntO

DAS pEnASLuiz Henrique Romão: Condena-

do a 15 anos (12 anos por homicídio qualificado, em regime fechado, e três anos por sequestro e cárcere privado, regime aberto). Com a soma das penas, inicialmente cumpre a condenação em regime fechado. A progressão para o regime semiaberto será depois de cum-prido 2/5 pelo homicídio (hediondo) e 1/6 pelo sequestro, ou seja, cinco anos e seis meses. Macarrão vai completar dois anos e cinco meses de prisão no início de dezembro. Assim, com mais três anos e um mês passa para o regi-me semiaberto, em que deixa a unida-de prisional durante o dia e retorna à noite.

Nos fins de semana e feriados fi-cará preso.

Fernanda Gomes de Castro: Con-denada a três anos pelo sequestro de Bruninho e a dois pelo de Eliza, em regime aberto, na somatória das penas chega a cinco anos e vai para o regime semi-aberto. Acima de quatro anos de sentença, não pode ser regime aberto. Depois de cumprir 1/6 da pena (10 me-ses), pode ingressar no regime aberto. Como já ficou quatro meses atrás das grades, terá de ficar mais seis meses. No regime aberto, cumpre a sentença em prisão domiciliar a partir das 21h, está sujeita ao uso da tornozeleira ele-trônica e proibida de frequentar bares e casas de show, entre outros. Deve se apresentar bimestralmente à Justiça, em período determinado, para não re-tornar ao semiaberto.

Um promotor de-dicado e rigoroso

Luiz Ribeiro e Paula SarapuO promotor Henry Wagner Vas-

concelos de Castro, que ficou conheci-do pela atuação no caso Bruno, sempre

EStADO DE MInAS – On lInE – 25.11.2012 cASO BRUnO

Bruno já está condenado Condenação de Macarrão complicou situação do goleiro, que não poderá mais negar que

mandou mandar Eliza Samudio, diz o promotor Henry Vasconcelos. Defesa critica júri

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se destacou pelo rigor e pela dedicação. Nascido em Natal (RN), ele ingressou no Ministério Púbico de Minas, em 16 de agosto de 2004. Antes de ser transferido para Contagem foi promotor em cinco comarcas no interior e atuou em mais de 300 julgamentos do Tribunal do Júri.

Já como estudante de direito na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) se destacou como orador da turma ao se formar em 2000. O jeito didático de expli-car aos jurados toda a trama sobre o desaparecimento e a morte de Eliza talvez venha das aulas que o promotor deu às turmas da 5ª à 8ª séries em uma escola pública de Natal. Ainda estudante de direito na UFRN, onde ingressou como primeiro lugar no curso e na terceira colocação geral, Henry dava aulas de história e geografia. Com memória fotográfica e facilidades para decorar datas, nomes, páginas e trechos contados em livros – ou depoimentos – durante a última se-mana o promotor mostrou que conhecia a fundo o processo de mais de 15 mil páginas sobre o caso Bruno.

O testemunho é do advogado e ex-professor dele Paulo Lopo Saraiva, de 74 anos. “O Henry sempre foi um jovem muito brilhante e muito bom orador. Tanto é que eu mesmo pedia para ele fazer palestras para os outros alunos”, relata Saraiva, doutor em direito constitucional pela Universidade de Coimbra (Portugal). Localizado no interior do Rio Gran-de do Norte, o professor chorou ao falar do ex-aluno. “Ele sempre demonstrou ser um rapaz muito corajoso e firme. Fico muito feliz e emocionado quando vejo o crescimento de um ex-aluno”, afirmou.

Henry trabalhou como advogado de bancos e em 2002 tornou-se procurador da Procuradoria-Geral Federal, vincu-lada à Advocacia-Geral da União. No MP de Minas, iniciou na carreira de promotor em Resplendor, no Leste do estado, em 2004. Passou por São Francisco, no Norte, Diamantina, na Região Central, e Itabira, no Vale do Aço. Em 2008, assu-miu o Tribunal do Júri em Montes Claros, onde permaneceu até junho, quando foi transferido para Contagem e assumiu o caso Bruno. “É um promotor dedicado ao ofício, que não se envolve em questões políticas”, afirma o juiz Isaias Caldeira Veloso, da 1ª Vara Criminal de Montes Claros, onde atuou em julgamentos de traficantes. Ele conseguiu também a con-denação de dois jovens que mataram um casal durante um pega em uma das avenidas mais movimentadas da cidade, em dezembro de 2003.

Henry assumiu a acusação em julho, mas desde março já procurava se aprofundar. Diariamente, em feriados e fins de semana inclusive, usava o tempo disponível para enten-der a história que envolvia Bruno, suas mulheres, seu me-lhor amigo, dois parentes e um ex-policial. AtUAÇÃO nO JÚRI

Vasconcelos diz que gostou da atuação no Tribunal do Júri de Contagem. Do experiente promotor Francisco San-tiago, que acumula 1.653 júris em 20 anos de Ministério Público, mereceu nota 10. A encenação e as palavras dividi-das em sílabas para enfatizar uma ideia motivaram cumpri-mentos de advogados, defensores públicos e estudantes de

direito nos intervalos. Na abertura dos debates, Henry citou Carlos Drummond de Andrade, com o poema Os homens suportam o mundo.

Em casa, o torcedor do América-RN, com simpatia pelo Atlético Mineiro, filho de militar reformado, planeja ser pai. Aos 35 anos, tem menos de dois anos de casamento com uma psicóloga, a quem teve que contar detalhes do interro-gatório de Macarrão, que acabou às 4h de quinta-feira, antes de dormir um pouco, das 7h30 às 10h45. Ainda assim, se-quer parecia cansado. E mantinha o cabelo impecavelmente arrumado.

Três perguntas para... Francisco de Assis Santiago promotor de justiça

O que o senhor achou da atuação do promotor Henry Wagner Vasconcelos?

Esse menino é muito bom. A defesa poderia ficar um mês falando que não conseguiria reverter tudo o que ele apresentou ao conselho de sentença. Para fazer isso, no mí-nimo, eles precisariam conhecer o processo todo, o que nem todos conheciam.

Qual o ponto de maior destaque?Contra ele pesava o fato de não existir cadáver, mas seu

trabalho foi técnico. Eu coloco folhas soltas, para não ter que procurar, mas ele sabia de cabeça volumes e páginas e chegou ao final sem errar, mostrando que estudou. Trabalhar com prova testemunhal é muito fácil, mas o cruzamento de telefones é difícil de fazer e ninguém costuma usar muito. Ele mostrou o que aconteceu desde o Rio de Janeiro até Mi-nas Gerais e fez um trabalho extraordinário. Foi melhor téc-nica do que emocionalmente, mas cumpriu muito bem seu trabalho. O promotor criticou alguns advogados. Como o senhor avalia essa postura?

Ele não fez uma crítica à Ordem dos Advogados, mas à falta de providências ao comportamento antiético e desres-peitoso do advogado Ércio Quaresma. Não dá para analisar as frases dele soltas, porque fazem parte de um contexto, que é verdade.

Henry Vasconcelos se destacou pelo tom didático para explicar trama da morte de Eliza

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Renata MarizBrasília – Popularizado por

seriados policiais como CSI e Law&Order, o banco de DNA de criminosos, que ajuda investiga-dores a elucidar casos intrincados com a análise de vestígios da cena do crime, como um fio de cabelo ou uma ponta de cigarro, começa a se tornar realidade no Brasil a partir de quarta-feira. É quando entrará em vigor a lei sancionada em maio pas-sado pela presidente Dilma Rousse-ff. Quinze estados, além da Polícia Federal, já têm estrutura pronta para alimentar a rede nacional de perfis genéticos (veja arte). O Distrito Fe-deral, apesar de pioneiro na análise genética para fins criminais, ainda não está integrado porque não tem o sistema Codis, doado ao país pelo FBI, a polícia federal dos Estados Unidos, ainda em 2010.

Na ocasião, equipes norte-ame-ricanas vieram instalar o programa utilizado nos Estados Unidos, mas a Polícia Civil da capital federal preferiu ficar de fora da iniciativa, embora tenha laboratório de DNA com todas as condições para rece-ber o sistema. Atual diretor do Ins-tituto de Pesquisa de DNA Forense da instituição, o perito médico-legal Samuel Ferreira não tem detalhes do que ocorreu por se tratar de decisão da “gestão anterior”. Mas ele ressal-ta, entretanto, que está prevista nova visita do FBI no primeiro semestre de 2013 para instalar o Codis. Na mesma situação está Goiás, que já pode receber o programa. Em outras 10 unidades da Federação, como Alagoas, líder no ranking de homi-cídios no país, não há sequer labora-tórios de DNA.

Com os 15 estados que estão in-tegrados ao banco nacional de DNA de condenados, será possível colocá-lo em funcionamento de imediato, garante Hélio Buchmüller, perito da Polícia Federal, instituição que ge-

renciará o sistema. “A estrutura está pronta. O que não havia, até agora, era previsão legal para fazermos as identificações genéticas. Com a le-gislação em vigor, basta começar”, explica. De acordo com a lei, con-denados por crimes violentos serão submetidos, obrigatoriamente, ao exame de DNA. Suspeitos em uma investigação também poderão ter o material recolhido, com o auxílio de um cotonete passado na parte inter-na da bochecha, uma técnica com-pletamente indolor, caso a Justiça autorize.

Uma dúvida crucial, que só de-verá ser resolvida pelo Judiciário, inquieta as autoridades envolvidas com o tema. O exame de DNA se aplicará aos presos já condenados por crimes violentos? Ou só integra-rão o banco de criminosos aqueles sentenciados depois que a lei entrar em vigor? A esperança era de que o Ministério da Justiça, no decreto que regulamentará a lei, encaminha-do recentemente à Casa Civil para publicação, esclarecesse a questão. Secretário de Assuntos Legislativos da pasta, Marivaldo Pereira adianta, entretanto, que o texto não trará essa resposta. “O decreto vai tratar de um ou outro ponto operacional do ban-co. Alguém vai pleitear a coleta de quem já está cumprindo e os juízes vão começar a decidir”, diz.

Marivaldo explica que, na sua opinião, somente condenados a partir da aprovação da lei poderão constar do banco nacional. “Se você olha a identificação como uma san-ção a mais, só se aplica da lei em diante”, afirma o secretário. Para Buchmüller, da PF, é possível uma outra interpretação por ter mudado uma legislação processual, e não o Código Penal. “A gente espera que alcance os presos já condenados, para termos um banco mais robusto e eficiente. Mas seguiremos o que ficar definido”, diz. A Advocacia

Geral da União informou não ter recebido, até o momento, nenhuma consulta oficial de qualquer órgão sobre o assunto – única condição sob a qual a instituição poderá fazer recomendações.

Lei garante o sigilo

Hélio Buchmüller, perito da Polícia Federal, ressalta a seguran-ça do banco nacional, que só será acessado por agentes públicos de-vidamente credenciados, e a preo-cupação com os direitos humanos – discussão intensa em países que contam com bancos de DNA de cri-minosos há mais tempo, como In-glaterra e Estados Unidos. “Quando consultamos o vestígio de um crime sexual, por exemplo, e não encon-tramos nada, já estamos inocentan-do todos os cadastrados. E sabemos que, normalmente, o primeiro sus-peito é alguém que tem histórico”, diz Buchmüller.

Ficou proibida, pela lei, identi-ficação de traços somáticos ou com-portamentais dos cadastrados. Cada criminoso terá o perfil detalhado por 15 marcadores genéticos e será vi-sualizado, por administradores do banco nacional de DNA, como um código. Nome, identidade, ficha criminal e demais informações só serão acessadas por poucos servi-dores. E apenas se houver alguma consulta ao cadastro, feita por in-vestigadores, com resposta positiva. “Não é algo como CSI, que você dá dois cliques e aparece até a foto da pessoa identificada. Nem nos Esta-dos Unidos ocorre assim. Identificar o DNA de um suspeito, por exem-plo, pode levar dias, depois disso a consulta ao banco é mais rápida. O método traz uma segurança incrível, sendo a probabilidade de um falso positivo algo estatisticamente im-provável”, explica Buchmüller.

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Banco de DNA contra o crime Sistema semelhante ao usado nos Estados Unidos começa a funcionar na quarta-feira

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Prescrição esvazia julgamento de mensalão mineiroDenúncia descarta crime de compra de votos

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BH tem os maiores congestionamentos entre as oito capitais monitoradas por empresas rastreadoras de transportes de cargas e valores. Em apenas um dia foram 156 quilômetros

TRÂNSITO DO PAÍS

Crescimento da frota da capital trava o trânsito também entre as 16 h e as 16h30 e amplia em uma hora os congestionamentos no início e no fim do dia, de acordo com a BHTrans

Novos horários de pico

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Polícia investiga traficantes

em festas de adolescentes

Tenente explica que criminosos usam redes sociais para

encontrar eventosLUCAS SIMÕESA Polícia Civil vai investigar a

ação de traficantes que estariam se infiltrando em festas da região metro-politana de Belo Horizonte frequenta-das por menores de idade para vender drogas. As incursões dos criminosos, segundo a assessoria da corporação, estariam acontecendo já há seis me-ses, pelo menos uma vez por semana. Na madrugada de ontem, a Polícia Militar colocou fim a um baile funk em um sítio no município de Confins, onde havia 250 pessoas.

Nos últimos meses, pelo menos um evento por semana foi registrado - embora nem todos tenham aconteci-do. “Algumas festas a gente consegue antecipar e impedir porque sabemos que vai acontecer, recebemos denún-cias. Mas várias cidades da região, como Nova Lima, Santa Luzia e Con-fins, têm muitos sítios, isolados, e não conseguimos controlar tudo porque os eventos são feitos de forma restrita”, informou o tenente Noel Rosa.

Para o policial, um grupo de tra-ficantes se aproveitou da festa, que foi amplamente divulgada nas redes sociais. Seria assim, inclusive, que os criminosos estariam se informando sobre os eventos. “Nessa festa de hoje (ontem), eles certamente viram esse evento no Facebook e vieram para cá com essa intenção. Quando chega-mos, muita gente pulou um muro de 1,5 m nos fundos e boa parte da droga foi encontrada caída por lá. Acredita-mos que eram os traficantes fugindo”, disse.

VEícUlO - REVIStA IStO É EDItORIA - cOlUnAS pUBlIcAÇÃO - 25/11/2012

Mais Detalhes

Sem caloteRicardo Boechat - JustiçaEm decisão inédita, o TRIBU-

NAL DE JUSTIÇA do Rio admitiu o direito de um presidiário ser inde-nizado por ter feito faxina em uma DP e dois presídios, enquanto detido. O governo do Estado alegou nada dever, pois o serviço reduziu a pena do condenado. O somatório de ¾ do salário mínimo por mês, de julho de 2000 a dezembro de 2006, terá cor-reção pelos juros da poupança. O homem só não levou os R$ 100 mil pedidos, por dano moral.

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GAUDÊNCIO TORQUATO - JOR-NALISTA, PROFESSOR TITULAR DA USP; É CONSULTOR POLÍTICO DE COMUNICAÇÃO. TWITTER: @GAUDTORQUATO

Ao tomar posse na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa terá como missão consolidar a identidade da Corte Constitucional, preservando a mais res-peitada imagem entre os Poderes da Re-pública e os órgãos a serviço do Estado. O elevado patamar de respeito alcança-do pelo STF não é resultado apenas do julgamento da Ação Penal 470, em fase de conclusão, mas de gradativo proces-so de reconhecimento da sociedade por suas corajosas decisões. Nos últimos anos importantes temáticas acenderam o debate público. Basta lembrar ques-tões como racismo e antissemitismo, progressão do regime prisional, fide-lidade partidária, Lei da Ficha Limpa, proibição de nepotismo na administra-ção pública, direitos dos índios, direito de greve dos servidores públicos, inter-rupção da gravidez de feto anencéfalo, uso de células-tronco embrionárias hu-manas e relações homoafetivas, entre outras. O chamado mensalão coroa o ciclo de percepção social sobre o Su-premo, pelo fato de desfazer a cultivada impressão de que, aqui, poderosos cos-tumam desprender-se das teias da lei e pelas implicações político-partidárias que deflagra.

As críticas feitas pelo PT à con-dução do julgamento que “condenou e imputou penas desproporcionais a al-guns de seus filiados”, por mais que se desdobrem em atos internos de protesto ou externos de apelação a organismos internacionais (iniciativa de pouco cré-dito), não conseguirão empanar a aura que envolve nossa mais alta Corte. Por isso mesmo faz sentido acreditar que a semente moral plantada pelo corpo de ministros na seara política deve alterar comportamentos de representantes e governantes, cientes de que doravante deverão cuidar para não ultrapassar li-mites no campo de costumes e práticas. Ao presidente Barbosa compete, pois, zelar pela densa base de respeito con-

quistada pela Casa, para a qual, aliás, ele contribuiu com a argamassa de seu rela-tório sobre o mensalão. Impõe-se agora um comportamento ancorado nas regras ditadas pela liturgia do cargo e o empe-nho para atingir a elogiável e anunciada meta de acelerar o processo decisório para dar vazão a milhares de processos que se acumulam nos gabinetes.

Dito isto, registre-se o papel do presidente que deixou a Corte, tangido pela compulsória, Carlos Ayres Britto, que merece loas pela maneira como conduziu o julgamento da Ação Penal 470. Lhaneza, cordialidade, simplicida-de, disciplina, capacidade de juntar os contrários emergem como virtudes des-se magistrado sergipano, cujo pendor para a contemplação e a meditação, sob um véu de espiritualidade, funcionou como eixo de equilíbrio e luz do bom senso. Quase um milagre, por se saber que, naquele ambiente, os egos tendem a se inflamar.

Há pouco mais de três meses, ao chamar a si a responsabilidade de coman-dar o julgamento da mais emblemática ação penal do Supremo e o maior caso de corrupção no Brasil, o poeta Britto parecia navegar sozinho num oceano de descrença. Mas, com o processo na reta final, saiu sob aplausos, reconheci-do como magistrado que honrou a toga, um ser profundamente arraigado nas raízes do humanismo, capaz de colorir a práxis do cientista jurídico com as co-res exóticas da física quântica, tudo isso embalado na expressão da alma poética. Feliz, confessa: “Não perdi a viagem”. O País, que o acompanhou no caminhar do avanço, também não.

Resta ponderar sobre o teor críti-co dirigido ao STF pela condenação de políticos. Parcela do descontentamen-to aponta como base argumentativa a “decisão de caráter político”, como se os mais altos dignitários da Justiça, que são irremovíveis de seus cargos, fossem induzidos a punir determinado partido. Ora, foram condenados atores de mais de uma sigla. Quanto ao caráter “polí-tico” da decisão, é oportuno lembrar que as Cortes Constitucionais exercem uma função política, caracterizada na interpretação e decisão sobre a sepa-

ração de Poderes, sobre o federalismo e a defesa dos direitos fundamentais. Em suma, tomando posição a respeito das instituições do Estado. Se a política tem como missão servir à polis, o Esta-do elege como dever primacial preser-var a sociedade, promovendo seu bem comum. Tal meta integra o escopo das Cortes judiciárias, não apenas dos Po-deres Executivo e Legislativo. A relação das temáticas expostas no início deste texto denota o caráter político que as acolhe. Entende-se o verbo ácido contra o colegiado jurídico como manifesta-ção (democrática, sem dúvida) de gru-pos acocorados nos pedestais do poder, principalmente quando as condenações atingem figuras de proa do partido que comanda o governo.

Não é de hoje que a Corte Cons-titucional é alvo de pressões contrárias à sua atuação. O interesse público nem sempre é o interesse de alguns públicos. Em 1893, dois anos após ser criado o STF, suas galerias, no Rio de Janeiro, eram tomadas por grupos que vaiavam e aplaudiam os votos de ministros, que concediam ou negavam habeas corpus a presos políticos. Floriano Peixoto, o presidente da República, depois de ame-açar fechar a Corte por não concordar com a soltura de um senador adversário, deixou de preencher vagas resultantes da aposentadoria de juízes. O tribunal passou meses sem trabalhar por falta de quórum. Getúlio Vargas, em 1931, redu-ziu por decreto o número de 15 para 11 juízes, aposentando 5 deles compulso-riamente. A ditadura de 1964 aumentou o número de magistrados para 16, mas depois voltou aos 11. Foram atos de for-ça contra a independência do STF. Nos EUA, os 9 magistrados que formam a Suprema Corte vez ou outra decepcio-nam os presidentes da República (re-publicanos ou democratas) que os no-meiam. Lá exercem a função por toda a vida ou até quando pedem para sair. Aqui aos 70 anos se aposentam com-pulsoriamente. Um buraco de monta no nosso edifício judiciário.

Mesmo assim, é tempo de esperan-ça. Pois tremula no mais alto mastro das instituições a crença de que a justiça, agora, chega para todos.

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Justiça para todos

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LUIZ WERNECK VIANNA, PROFESSOR-PES-QUISADOR DA PUC-RJ. E-MAIL: [email protected] - O Estado de S.Paulo

Dois importantes processos da vida republicana, a su-cessão municipal e a Ação Penal 470, já são deixados para trás, páginas viradas do nosso folhetim, mas que deixam boas lições para que se recuperem os fios dessa obra coletiva que tem sido a nossa História desde a democratização do País nos idos de 1985. A melhor delas está na oportunidade para o pleno assentamento da República e de suas instituições, na esteira de um julgamento, pela mais alta Corte do Judiciário, de membros influentes da coalizão partidária governamen-tal, quase todos condenados a penas severas, sendo, como notório, que oito dos seus magistrados foram selecionados, para a aprovação do Senado Federal, por livre discrição da chefia do Poder Executivo sob comando do PT.

Nesse episódio, a autonomia do Poder Judiciário expe-rimentou o seu batismo de fogo, podendo-se sustentar - tal como na modelagem da pequena obra-prima de Philippe Nonet e Philip Selznick Direito e Sociedade: a Transição ao Sistema Jurídico Responsivo (Editora Revan, Rio de Janei-ro, 2010) - que agora completamos, cabalmente, a passagem do tipo de Direito Repressivo, em que o direito se encontra subordinado aos fins do poder político, para o do Direito Autônomo, um governo de leis, e não de homens. Sempre se pode tentar desqualificar o ineditismo dessa passagem com o fato de que é da tradição das nossas Constituições republi-canas dispor sobre o princípio da autonomia do Judiciário. Mas uma coisa é o caráter simbólico das leis e algo bem diverso, a sua efetiva eficácia, como agora, quando que elas se impuseram, diante de uma circunstância concreta e por fatos delituosos determinados, a um poder político vitorioso em três sucessões presidenciais consecutivas, submetendo a julgamento e condenando vários dos seus dirigentes.

Os efeitos em cascata dessa decisão devem reforçar as instâncias de controle do poder, como o Ministério Público e os Tribunais de Contas. Mas, sobretudo, em razão da alta voltagem com que a opinião pública se envolveu no curso da longa tramitação do julgamento, ora em finalização, no Supremo Tribunal Federal (STF), já consagram a Carta de 88 e o papel da Corte Suprema como seu guardião, uma vez que, bem para além de se manifestarem sobre um caso penal concreto, os juízes se detiveram nas suas repercussões sobre a concepção de República na forma que o poder extraordiná-rio do constituinte deu à luz, em que muitos pareciam estar presentes numa sessão do Senado Romano.

Os maus presságios sobre a Carta Magna, em que tantos identificaram mais um instrumento simbólico, do tipo das Constituições programáticas, características dos tempos de fastígio do Welfare State (Estado de bem-estar social), se já tinham sido infirmados de modo robusto pela prática po-lítica, inclusive pela ação do PT - partido que, na verdade, foi um dos principais responsáveis por conceder vida a mui-

tos dos seus novos institutos, como o das ações de controle de constitucionalidade das leis e o das ações civis públicas, com frequência consorciado ao Ministério Público -, se dis-siparam no ar. A nossa Lei Maior e as suas instituições, com o processo da Ação Penal 470, foram, afinal, recepcionadas, para brincar com as palavras, pela opinião pública.

Os sinais emitidos pela sucessão municipal, por sua vez, com seus resultados, em boa parte, favoráveis a candidatos e partidos de programas orientados por agendas de políticas públicas socialmente inclusivas, puseram em evidência que os canais e instrumentos da democracia política são aptos a conceder passagem às expectativas por mudança social, dis-pensando atalhos, em particular os sombrios. Deve-se inter-pretar a firme defesa de princípios e valores que se fez ouvir do plenário do STF, bem longe de uma chave moralista vazia de conteúdo, como a confirmação dos rumos traçados pelo constituinte, inequívocos em sua disposição farta de meios para que os fins da democratização social venham a ser atin-gidos pela via da República e de suas instituições.

Nesse sentido, contrariamente ao que muitos sugerem, o episódio que ora se encerra não guarda relação com o in-trincado tema da judicialização da política. Em linguagem de Jürgen Habermas, um inimigo notório de intervenções judiciais no campo da política, o julgamento do Supremo Tribunal, tudo bem contado, fixou-se na salvaguarda do “nú-cleo dogmático” - uma expressão dele - de uma Constituição democrática, qual seja nos procedimentos que garantam uma livre e igual competição política a fim de que a soberania po-pular não seja contaminada, ou pior, colonizada pelo poder da administração e do sistema econômico.

Daí o paradoxo irônico desse julgamento, uma vez que as razões emitidas em seus votos pelos magistrados, mem-bros de uma Corte não poucas vezes acusada de usurpar poderes do Legislativo - o caso do reconhecimento civil da união afetiva das relações homoeróticas, entre outros, é pa-radigmático -, que calaram mais fundo na opinião pública, versaram sobre o tema da soberania popular e da sua repre-sentação, que teriam sido objeto de emasculação pelo poder político.

A sociedade, seus três Poderes, partidos, sua esfera pú-blica não saem iguais ao que eram antes dessa Ação Penal 470. Decerto que não foi uma revolução, que, entre nós, nunca merece esse nome, como as de 1930 e de 1964, que apenas mudaram para conservar o que já estava lá. Para o bem ou para o mal, nossa História não é amiga da ruptura, mas ficou à vista de todos que já passou a hora da reforma de nossas instituições políticas, de criarmos partidos represen-tativos da nossa rica vida social de hoje, e não essa coleção patética de siglas a nuclear em torno de si pequenos inte-resses paroquiais vivendo da política, material comburente dessa forma nefasta de presidencialismo de coalizão que nos governa sem alma e sem direção, embora nunca perca de vista seus objetivos de reprodução.

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