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Ana Cadengue Aluisio Lacerda

Ramirez Fernandes

DESTAQUE‘Abrazo’ volta ao palco do Barracão dos Clowns

POR ELASAna CadengueO que virá

ENTREVISTADeputadoÁLVARO DIAS

GIRANDODIZ AÍ!

Proteja seus direitos

CapaA crise do elefante

ESTADOPrefeitura de Baraúna vai ter que explicar contrato de limpeza de 7,5 milhões de reais

05 #EDITORIAL

Além do tombo, o coice

21 #TUITADAS

28 #ARTIGO

34 #AGENDA

_rnA Revista _rn é uma publicação da BEEP! Comunicação

Rua Antônio Madruga, 2009 - NatalCNPJ. 18.559.813.0001-81

A Revista _rn não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

www.revistarn.com.br/revistawebrn /revista_rn /revista_rn 84 9143-6757

10Túlio Ratto

14 Tio Colorau

29Raildon Lucena

30Luis FaustoVergonha de ser jornalista

Opinião

Complexo emperrado

Chef

17Sávio HackradtFusão de partidos

22Rubens LemosSegredos de Estrago

33

confira

n° 24 | 30 de abril de 2015

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1806

Pode, se o dinheiro der, colocar na BR-101 um outdoor com letras garrafais: O QUE ESTÁ RUIM VAI FICAR PIOR.

Não bastassem a quebradeira do governo estadual, a pindaíba dos municípios e os comerciantes amargando o enfraquecimento nas vendas, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (SINDUSCON), Arnaldo Gaspar Júnior, informou na segunda-feira, 27, à Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal e ao Governo do Rio Grande do Norte, que teremos a paralisação das obras do programa Minha Casa Minha Vida no Estado.

A decisão foi tomada devido a atrasos no pagamento e, segundo o Sindicato, desde o mês de novembro de 2014 que os repasses vêm sofrendo constantes adiamentos, o que acarreta sérias dificuldades de caixa para as empresas construtoras.

A estimativa do Sindicato é que gradativamente o setor deve atingir cerca de 4 mil demissões.

Entre as reivindicações, estão o pagamento imediato das medições em atraso com previsão de pagamento para o início de maio de 2015;

Repactuação dos preços dos serviços em execução, com atualização dos mesmos para presente data, visto que haverá a dilatação dos prazos de execução, em virtude dos constantes atrasos nos pagamentos das respectivas faturas; entre outras.

Na quarta-feira, 29, em reunião em Brasília, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, prometeu ao presidente do Sinduscon, que irá efetuar o pagamento de 50.%.

Ufa! Além do tombo da ineficiência do atual governo do RN, o Estado não suportaria levar mais um tombo desse tamanho, com tantas demissões.

Além do tombo, o coice

EDITORIAL _rn

revistarn@revistarn.com.br

#opiniao

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ENTREVISTA ÁLVARO DIAS_rn

“É preciso de mais tempo para que o governo possa estudar o atual estado de coisas do Rio Grande do Norte”

O deputado Álvaro Dias (PMDB) foi o mais jovem deputado eleito Presidente da Assembleia do Rio Grande do Norte no ano de 1998 e retorna à Casa em seu quinto mandado assumindo a Comissão de Saúde - uma área há muito ‘surrada’ no RN e que certamente dará muito trabalho. E exatamente sobre isso que o parlamentar comenta, além de avaliar a gestão de Robinson Faria (PSD). Confira:

O senhor retorna à Assembleia Le-gislativa após alguns anos. Mudou algo?

Não. Os trabalhos estão transcorren-do normalmente. Dentro da perspec-

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UNA

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ORTE

6 | 24 de abril de 2015 | _rn

ÁLVARO DIAS_rn

tiva que sempre temos da apre-sentação de projetos, da discussão de projetos, da fiscalização do go-verno do estado, que a Assembleia sempre fez e continua a fazer, a função primordial de cada um continua a mesma e os trabalhos transcorrendo como sempre.

Como presidente da Comissão de Saúde da AL, como o senhor está vendo essa situação tão delicada na área da Saúde no Rio Grande do norte?

Essa situação da saúde é uma questão que nos preocupa muito. A todos nós, sendo da área ou não. E presidir a Comissão de Saúde é uma responsabilidade que nós as-sumimos com a consciência que temos de procurar contribuir de alguma forma para melhorar as condições de saúde do nosso Es-tado. Tendo em vista esse pensa-mento, estamos procurando inte-riorizar as reuniões da Comissão. Vamos marcar uma para a cidade de Caicó, em breve, congregar a região do Seridó. Depois vamos para outros municípios pólo de ou-tras regiões como Pau dos Ferros, na região Oeste. Dessa forma fa-zer, como a Assembleia itinerante vem fazendo que é o de percorrer o Estado. Além de promover, den-tro em breve também, algumas

reuniões na capital do Estado, que não é diferente dos outros muni-cípios, que até se agrava mais pelo fato de ter uma população muito grande e de receber v´[arios pa-cientes que são drenados do inte-rior para a capital.

Como o senhor vê a pactuação do SUS? A sua avaliação do SUS e se os municípios respeitassem, cada um no seu espaço, as nor-mas do SUS isso facilitaria?

Não. A questão do SUS, que os recursos foram inclusive descen-tralizados, muitos desses recur-sos são repassados, hoje, direta-mente aos municípios, mas o que a gente ver é que o problema na saúde é crônico, que durante todo

o tempo em que se tentou melho-rar não obteve nenhuma resposta positiva. Nenhuma resposta posi-tiva, eficaz no Rio grande do Nor-te. Aliás, como em todo o Brasil. Vamos procurar então, com a Co-missão de Saúde abrir a discus-são, receber propostas, acatar su-gestões e, dessa forma, preparar relatório para encaminhar ao go-verno do Estado, que é quem tem condições de, dando prioridade, procurar melhorar.

O senhor teve no último final de semana na cidade de Currais Novos e viu a situação da Saúde. Qual o quadro encontrado? In-clusive, alguns deputados par-ticiparam de manifestações no município? O que o senhor as-

ANAC

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GUE

ÁLVARO DIAS_rnsistiu?

A situação de Currais Novos, como a situação de Caicó é de uma deficiência muito grande. Como em todo o estado e Brasil. É pre-ciso priorizar, uma atenção redo-brada e a Comissão de Saúde está consciente dessas dificuldades e abrindo a discussão, ouvindo a base, as pessoas interessadas, os agentes de saúde, os enfermeiros, médicos e pessoas ligadas à área. Estamos buscando propostas que possam contribuir para a saúde. Porque no estado, realmente, está crítico.

Estamos completando quatro meses do governo Robinson Fa-ria, qual a sua avaliação?

Acho que é cedo ainda. É mui-to pouco tempo para avaliarmos um governo. Como acredito que toda população também entende dessa forma. É preciso de mais tempo para que o governo possa estudar o atual estado de coisas do Rio Grande do Norte, possa reunir sua equipe para elaborar propostas, buscar recursos e tra-zer soluções para o nosso Estado. Ainda é cedo para uma análise porque ainda não teve tempo para

mudar as coisas. Acho que temos mais tempo de tolerância para isso. Quero me demorar um pouco mais.

O senhor será conhe-cido nessa legislatura como o “Deputado da Saúde”?

Pretendo ser co-nhecido, como sempre procurei ser durante toda a minha vida pú-blica um deputado responsável, que procura cumprir os seus deveres. Um deputado que busca atuar de qualquer forma. Seja na área da Saúde, Educação e Segurança, buscando as deficiências, expondo a situação na tenta-tiva de propostas e sugestão para assim encaminhá-las, através de projetos de Lei, ao poder executivo.

2016?

Vamos procurar participar ativa-mente das eleições como sempre fizemos. Acho que ainda temos

um caminho longo pela frente. Mas, é ano de eleição, estaremos presentes em todos os municípios do Rio grande do Norte atuando da melhor forma.

8 | 24 de abril de 2015 | _rn

/alvarocdias /alvarodias15.555

MOSSORÓSe o presidente da Câmara de Mossoró está se gabando porque foi considerado o segundo vereador mais atuante na mesma pesquisa em que coloca o prefeito, Silveirinha, seu aliado, com reprovação de 77,9%, algo parece que não anda muito bem.

ACESSO DE VERGONHAA TAM até pode estar interessada no Aeroporto Internacional Aluizio Alves (São Gonçalo) para ser o seu Centro de Conexões de Voos Domésticos e Internacionais no Nordeste. No páreo os aeroportos de Recife e Fortaleza. Mas vocês acham que a TAM não vai querer um acesso de vergonha? Vocês conhecem a via que liga Natal a São Gonçalo?

Não estou ouvindo dos deputados federais nada com relação ao caos no sistema carcerário do Estado. Foi criada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário Brasileiro, que deverá investigar a situação das unidades prisionais, e não apareceu nenhum parlamentar do RN interessado em fazer parte da composição. Está tudo bem para os senhores e senhoras, né?

OITOTemos entrando num oito quando analisamos o governo de Robinson Faria (PSD). É que não podemos inventar ou mesmo falar sobre algo que esteja sendo realizado. Até agora o governador só vem falando em estudos e projetos para estudar. O atual momento é difícil até para se ter noção do que vem pela frente. Não está fácil pra ninguém.

PERICLITANTE

DESINTERESSE

De um deputado: “toda as vezes que me en-contro com Robinson cobro mais agilidade, mais ação. Essa situaçãoo não pode continuar”.

Quando a suposta conta do Facebook do repórter da rede Globo, Eduardo Faustini, foi atualizada com uma foto tirada em um avião com a frase “Alô prefeito! Es-tamos chegando...” choveu comentários e pedidos para que este pousasse na cidade de Mossoró. Os internautas mossoroense ficaram eufóricos e até elencaram algumas obras no Município.

Essa euforia não é para menos. O repórter sem rosto, como é conhecido Faustini, é famosíssimo por mostrar os desmandos nos quatro cantos do Brasil no programa Fantástico.

E chama a atenção o estado de nervos da claque do pre-feito com a possibilidade do repórter pintar por essa bandas. Eu não sei por quê?

Quem não deve não teme.

TÚLIO RATTO _rn #opiniao #notas

10 | 24 de abril de 2015 | _rn

Sem rosto

APOIS DIGA!Soube por uma amiga que depois de um grande nome da justiça potiguar ter seu apartamento atingido por tiros, que um componente do alto escalão do governo sugeriu que ele colocasse janelas blindadas. É melhor prevenir do que remediar. Né verdade? E o “governo da segurança” anda desse jeito. Né, padrinho?

O jornal Tribuna do Norte desta qurta-feira, 29, traz reportagem sobre uma doença ainda desconhecida, que tem chamado atenção no Rio Grande do Norte. Recorrente

Vendo a postagem no Instagram da jornalista Eliana LIma não há como esquecer a promessa do governador Robinso Faria (PSD) de que seria o “governo da segurança”. Que zelo é esse? É preciso um PM fazer uma campanha para arrecadar dinheiro para cirurgia? É de um cinismo ultrajante.

TÚLIO

RAT

TO

CINISMO O deputado Nelter Queiroz só pode ter ficado maravilhado com o que viu em recente via-gem que fez para fora do Brasil. Na terça-feira, 28, fez apelo ao ministro do Turismo, Henrique Alves (PMDB), para que seja fei-to um trabalho pela legalização dos cassinos no Brasil. Nelter enfatizou que o setor turístico do Estado poderia ser potencia-lizado por meio do investimento em empreendimentos do tipo.

Existe na Casa o Projeto de Lei n°. 2.826/2008, de autoria do Deputado Maurício Quintella Lessa do PR/AL. A discussão não é nova e já foi objeto de análise de uma Comissão ainda no ano de 1996. Inclusive, com pare-cer favorável, sendo arquivado por tramitar há duas legislaturas sem decisão definitiva.

Só lembrando aos leitores, que a proibição de jogos de azar foi instituída no Governo de Eurico Gaspar Dutra através de Decre-to-Lei n°. 9.215/46. Na época, existiam 71 cassinos no Bra-sil que empregavam mais de

53.000 pessoas.

Voltando ao deba-te desse Projeto, certamente terá uma repercus-são do tamanho de um bonde nas redes sociais. Atentem, à épo-ca da análise não existia tantos comentaristas e especialistas genéricos. E como a gente sabe que tem político que morre de medo de pintar nos Trends de um Twitter...

Hoje, só existe mesmo o jogo do bicho, “liberado” e pode ser feito em qualquer esquina des-se Brasil afora. Por que não os cassinos?

Eu é que não tenho dinheiro de-socupado para jogar.

Cassinos

em todo o Estado desde outubro de 2014, a doença, que dizem ser benigna, começou a ser catalogada a partir deste mês. Já tem gaiato dizendo que é a mancha PSD. Só não sabem informar se realmente é neigno.

TÚLIO RATTO _rn

TúlioRatto

é chargista.

tulioratto@revistarn.com.br

11 | 24 de abril de 2015 | _rn

CAPA da Redação _rnredacao@revistarn.com.br

“Peste bubônica, câncer, pneu-monia, raiva, rubéola, tuberculo-se e anemia. Rancor, cisticercose, caxumba, difteria, encefalite, farin-gite, gripe e leucemia...”. A música do ex-titã Arnaldo Antunes bem que podia ser adotada como o hino

do Rio Grande do Norte, ou pelo menos da saúde no Estado.

Respirando por aparelhos, o Rio Grande do Norte enfrenta uma cri-se na área da saúde que vai além da epidemia de dengue e dos cor-

redores lotados, o elefante velho de guerra sofre de falta de planejamen-to aguda e esse quadro só tende a piorar.

A situação comatosa com que nos-sos políticos administram o Estado,

12 | 24 de abril de 2015 | _rn

A crise do elefante

SAÚDE

CAPA_rn

só cuidando de problemas pontuais, reflete bem o que acontece na área da saúde. Só se cuida da dor, do aci-dente, da cirurgia. Parece que ninguém nunca ouviu falar de atenção básica e medicina preventiva.

“Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia, toxoplasmo-se, sarampo, esquizofrenia. Úlcera, trombose, coque-

luche, hipocondria, sífilis, ciúmes, asma, cleptomania...”. Criado, em 1988 pela Constituição Federal Brasileira, o SUS – Sistema Único de Saúde abrange desde o simples atendimento ambulatorial até o transplante de órgãos e é financiado com recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios, tendo cada um as suas responsabilidades.

Linda no papel, a regulamentação do SUS na prática se mostra mais complicado do que ver exame de raio X sem negatoscópio. Cada um tira o braço da seringa e a sobrecarga costuma recair em cima dos governos esta-dual e federal, que administram as maiores unidades hospitalares. Mas, mais do que desculpas, a população

espera e merece soluções.

Quebrados, desabastecidos e sem médicos, os hos-pitais regionais vem permitindo a morte de mui-ta gente. A situação é gritante e o desespero rotina para quem convive com esse cenário. Pressionado, o

governador visita unidades e promete melhorias. O secretário da saúde, Ricardo Lagreca, promete apresentar um estudo que viabilize mudanças.

Enquanto isso, médicos e profissionais do setor entregam cargos de direção por não aguenta-rem mais compactuar com esse quadro. Pacien-

tes compram remédios que deveriam receber e a Justiça volta e meia determina bloqueio de verba

estadual para tentar garantir o atendimento à po-pulação. Até um soldado PM com um derrame no olho tem que organizar uma campanha para arrecadar mí-seros (para o Estado) 16 mil para pagar uma cirurgia e recuperar a visão.

“Reumatismo, raquitismo, cistite, disritmia. Hérnia, pe-diculose, tétano, hipocrisia. Brucelose, febre tifoide, ar-teriosclerose, miopia. Catapora, culpa, cárie, câimbra, lepra, afasia...”. Como na música, o pulso ainda pulsa. A gente só não sabe dizer até quando.

TIO COLORAU Por Erasmo Carlos_rn

A edição 22 da Revista _rn, 17/04, trouxe uma entrevista bastante interessante com o juiz de Direito Herval Sampaio Júnior. A matéria repercutiu em diversos outros órgãos de imprensa, sobretudo em razão do entendimento do magistrado acerca das próximas eleições municipais em Mossoró. Herval Júnior defende que o atual prefeito, Silveira Jr., já exerceu seu direito de reeleição, e que por isso não poderá se candidatar novamente em 2016.

Não é de hoje que o juiz Herval Júnior defende esta tese. Ela já foi anunciada na sentença em que o mesmo magistrado deferiu a candidatura de Silveira Jr., isso na eleição suplementar. Na época, Herval Júnior era o juiz eleitoral. Todo o seu

entendimento foi esboçado na decisão, uma peça jurídica que recebeu muitos elogios. Cabe frisar, contudo, que ele não é mais o juiz eleitoral, e que sua tese não é majoritária.

Ao analisar situações idênticas a que ocorreu em Mossoró, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) entendeu pela não ocorrência da reeleição, e que o prefeito interino eleito em pleito suplementar não disputa a reeleição. É um entendimento pacífico naquela Corte. O próprio magistrado sempre frisa que sua tese é minoritária, dando a entender que ela está mais voltada para o campo acadêmico, ambiente de discussões e debates jurídicos.

Por outro lado, já vi uma tese minoritária derrubar um prefeito. Em 2005, o juiz eleitoral de Governador Dix-sept Rosado, José Armando Ponte, cassou o mandato da prefeita eleita Lanice Ferreira com base em uma tese minoritária. Naquela oportunidade, a tese majoritária dizia que deveria haver a comprovação de que a compra de votos interferiu no resultado das eleições. O juiz Armando Ponte defendia a tese minoritária de que se houvesse comprovação da compra de um único voto já bastaria para a cassação do mandato.

A candidata Lanice Ferreira venceu o pleito com mais de 70% dos votos válidos. Constatou-se, contudo, que sua coligação

havia feito distribuição de medicamentos durante a campanha. A defesa alegou, entre outras coisas, que aquela distribuição (uma ação social rotineira) não interferiu no pleito, e que a candidata teria vencido mesmo se não houvesse distribuição de medicamentos, evocando assim a tese da necessidade de comprovar a influência da ação no resultado das urnas.

O juiz Armando Ponte manteve seu entendimento, minoritário, e cassou o mandato da prefeita eleita. Sua sentença foi confirmada pelos tribunais superiores. Corria o ano de 2005. Hoje, a tese passou a ser majoritária, e o juiz Armando Ponte carrega no currículo o fato de ter sido um dos primeiros magistrados a aplicá-la. Voltando a Mossoró, é pouquíssimo provável que algum juiz eleitoral indefira o possível registro de candidatura de Silveira Jr. Dos magistrados locais, apenas Herval Júnior defende abertamente esta tese.

14 | 24 de abril de 2015 | _rn

Clique AQUI para a entrevista do magistrado

www.revistarn.com.br

TIO COLORAU _rn

Uma das notícias nacionais de maior destaque na semana foi a desfiliação da senadora Marta Suplicy do PT. Ela estava no partido desde sua fundação, há mais de trinta anos. Sua imagem sempre foi vinculada a da estrela vermelha. Os oposicionistas aproveitaram para reforçar as críticas contra o partido, dizendo que a saída de um nome histórico mostra que o partido está cada vez mais corrupto, que nem seus filiados suportam tanta roubalheira e patati-patatá.

Concordo no tocante a roubalheira e a corrupção, mas é forçoso dizer que Marta Suplicy só deixou o partido porque ela não se sentia mais prestigiada. Foi uma questão pessoal de sobrevivência política. Não há nenhuma grande ação moral e honrosa nesta desfiliação. Ela foi fisiologista, como todos os políticos. Vai prum partido que lhe dê espaços, coisa que o PT não estava fazendo.

Erasmo Carlos

é editor do blog do Tio Colorau

erasmojur@hotmail.com

Por Sávio Hackradt _rn DA JANELA...

O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Popular Socialista (PPS) podem dar o ponta pé inicial no processo de fusão de partidos no campo da esquerda brasileira, co-meçando assim a tão falada refor-ma política nesse segmento ideoló-gico da política no Brasil. Até então, todas as fusões partidárias anuncia-das se restringiam à direita. Exem-plos; a fusão do Democratas (DEM) com o Partido Trabalhista Brasilei-ro (PTB), que não evoluiu, e a cria-ção de um novo Partido Liberal (PL) atraindo o PSD para uma fusão e que até agora não passa de um de-sejo do presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.

Paralelo a essas movimentações para criação de novos partidos, o Parti-do dos Trabalhadores (PT), o Parti-do da Social Democracia Brasileira

(PSDB) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), as três maiores forças partidárias do país, não dão sinais de que podem fundir-se com outras agremiações.

Na reforma política que o Brasil precisa, uma coisa é certa: é preci-so definir com mais clareza o per-fil ideológico dos partidos. Há cerca de trinta partidos políticos no Brasil - número exagerado -, que promo-vem verdadeira confusão na cabeça do eleitor. E mais do que isso: vergo-nhosamente, a maioria desses par-tidos não passa mesmo é de ser, de fato, legenda de aluguel para nego-ciação de dirigentes inescrupulosos a cada eleição. Partidos inexpressi-vos, sem nenhum conteúdo ideoló-gico, são verdadeiros cartórios para eleger um vereador, um deputado federal ou estadual, aqui e acolá,

Fusão de partidos

e assim servir de moeda de troca para apoio, negociando o pequeno tempo de rádio e televisão na pro-paganda eleitoral e o apoio das ba-ses eleitorais de seus poucos parla-mentares.

A falta de clareza ideológica, a au-sência de direção política clara, le-vou o Brasil a ter um processo po-lítico judicializado. A cada dois anos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dita nova regras para a pró-xima eleição. O Congresso Nacio-nal, com representantes de cerca de trinta partidos políticos, não ousa na reforma política e mantém o status quo de um clube fechado de dirigentes desses partidos, que não representam a sociedade e sim ape-nas os seus interesses a cada eleição.

É preciso acabar com a farra de par-tidos políticos, para que a socieda-de possa participar efetivamente de partidos ideologicamente definidos e fortes, capazes de confrontar ideias e projetos consistentes nas eleições e o eleitor decidir qual o melhor ca-minho a seguir. O Brasil não preci-sa mais do que oito a dez partidos políticos capazes de juntar em seus quadros as tendências ideológicas de uma sociedade moderna. Acima disso, o que se tem são legendas de aluguel a cada eleição.

Sávio Hackradt

é jornalista

savio.hackradt@etutoria.com.br

Leio sites, blogs e jornais. As notí-cias são tão desanimadoras. Não sei se má vontade dos ‘gatekeepers’ e seus patrões, falta de condições dos copiadores/reprodutores ou mes-mo aquele período que antecede a bonança. Sei que apesar das notícias - ou até por causa delas -, tem coisa boa acontecendo por aí, gente que faz a diferença, iniciativas que me-recem aplausos. Não vou aqui me

referir a nenhuma especificamen-te, mas a vida se renova a todo mo-mento e essa é exatamente a graça dela. “Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe”, reci-ta uma amiga ao telefone. É certo. Assim como é certo que o sol nasce após uma noite escura ou que volta a brilhar depois de dias nublados. Mesmo que demore seis meses, como nos invernos mais ferrenhos.

POR ELAS Por Ana Cadengue | #cronica_rn

Dias tristes fazem parte, dificulda-des também. Talvez existam para que a gente se lembre de olhar o lado bom das coisas, de curtir os

pequenos momentos. Quem sabe esses dias tristonhos não estejam aí exatamente para nos ensinar a acreditar? Acreditar naquelas coi-sas simples que, essas sim, fazem toda a diferença. Quem nunca se pegou repetindo algum velho en-sinamento de uma mãe ou avó? “Mentir é feio”, “o seu direito co-meça onde o dele termina”, “quan-do um não quer, dois não brigam” e tantas outras verdades que pare-ce que todos esqueceram. Sei que tragédias vendem jornais e dão audiência, mas se você parar para analisar só um pouquinho, vai se dar conta que são exatamente nos momentos em que a esperança se mostra, a solidariedade aparece, que seus olhos se enchem d’água e seu peito se aperta de emoção. É assim quando resgatam alguém,

quando policiais se recusam a ba-ter em professores, quando cantam em meio ao caos do terremoto que destruiu tudo, quando uma crian-ça sorri ou nasce onde todos pen-savam que não havia mais vida. Bem assim. Mais amor, por favor, pedem alguns. Mais gentileza, as-piram outros. Mais otimismo lem-bram uns. Eu peço tudo isso e mais saúde. A fé transborda. Na vida, no homem e no que virá.

O que virá

18 | 24 de abril de 2015 | _rn

anacadengue@gmail.com

PROTEJA SEUS DIREITOS Por Ramirez Fernandes_rnEditor do Blog www.protejaseusdireitos.blogspot.com.br | ramirezfdes@yahoo.com.br

“As discussões não durariam muito, se a falta de razão

estivesse somente de um lado.” (Duque François de La

Rochefoucauld)

HC em papel higiênico Uma correspondência inusitada chegou ao STJ na última segunda-feira, 27, com um pedido de HC endereçado ao presidente do tribunal, ministro Francisco Falcão, foi escrito de próprio punho por um presidiário em um pedaço de papel higiênico. O homem, preso há nove anos, alega que o crime que motivou sua prisão está prescrito. Por entender a incompetência da Corte Superior no caso, o ministro negou seguimento e determinou a remessa ao TJ/SP.

LAVA JATO EM NÚMEROS O MPF, preocupado com a imagem, digo, com a matemática, divulga números de HCs denegados na operação Lava Jato. Nos dados, foram impetrados 205 pedidos, sendo que houve 5 provimentos, 180 denegações (pelos mais variados motivos) e há 19 em trâmite. A reportagem diz que isso é “uma evidência da correção com que as investigações e processos foram e vêm sendo conduzidos”.

APOSENTADORIA COMPULSÓRIA Depois da proposta sobre terceirização, o plenário da Câmara poderá votar ainda outros projetos, como a PEC 457/05, do Senado, que estende de 70 para 75 anos a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores, do STF e do TCU. Para ser aprovada, ela precisa de um mínimo de 308 votos.

IPHONE O juiz de Direito Alex Nunes de Figueiredo, do 6º JEC de Cuiabá/MT, condenou a Apple a indenizar por defeito em um aparelho celular modelo iPhone 5. A empresa afirmou que o aparelho foi comprado no exterior e não era o modelo comercializado no Brasil, por isso estava excluído da garantia mundial. Contudo, o magistrado registrou na sentença que a garantia e assistência que a empresa “deve prestar aos seus produtos não podem ser restringidas pela simples alegação de terem sido adquiridos em outro país ou ser modelo diferente do aqui comercializado, já que o referido aparelho foi aqui vendido sim”.

REFLEXÃO

ICMS – COMPRAS PELA INTERNETO Congresso Nacional promulgou no dia 16/4 a Emenda Constitucional 87, que determina uma nova regra em compras feitas pela internet e por telefone: o Imposto sobre Circulação de mercadorias e Serviços (ICMS) será gradualmente transferido do estado de origem para o de destino. É uma tentativa de compensar estados que não sediam centros de distribuição, mais concentrados nas regiões Sul e Sudeste.

ÔNIBUS COM BARATALiberar viagem interestadual em ônibus infestado de baratas é prestação defeituosa de serviço que enseja pagamento de dano moral aos passageiros afetados. Afinal, o artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor diz que o fornecedor responde, independentemente de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços.

ESTADO DA REDAÇÃO_rnredacao@revistarn.com.br

Prefeitura de Baraúna vai ter que explicar contrato de limpeza de 7,5 milhões de reaisA prefeitura de Baraúna vai ter que explicar ao Tribunal de Contas do Es-tado (TCE/RN) a contratação de duas empresas para prestação de serviço na área de limpeza e conservação do patrimônio público pelo valor de 7,5 milhões de reais por ano.

Análise técnica do TCE constatou

indícios de irregularidades, tais como ausência de justificativa para o quantitativo contratado, a inclusão no contrato de ativida-des de caráter administrativo em meio às demais de limpeza e con-servação, ausência da indicação de dotação orçamentária, entre outras.

Em razão dos riscos de dano ao erário, a procuradora Luciana Ribeiro Campos requereu a de-fesa enviada pela Prefeitura de Baraúna em caráter de urgência. Caso a justificativa da prefeitura não seja acatada, a procuradora quer que o contrato com uma das empresas (F L Serviços e Loca-ção, no valor de R$ 6,5 milhões) seja sustado.

Entre as principais irregularida-des encontradas, está a falta de clareza a respeito da quantidade de funcionários contratados. A licitação indica a quantidade de horas trabalhadas sem especifi-car quantas pessoas serão con-tratadas para realizarem o servi-ço. Também chamou a atenção o valor do contrato, tendo em vista que não se trata de limpeza ur-bana, ou seja, das ruas cidades, porém tão somente de prédios públicos.

“Esse Ministério Público de Con-tas acrescenta, ainda, que o valor do contrato foge à razoabilidade, ressalvadas provas produzidas em contrário, dado que se trata de terceirização de serviços de mão-de-obra de limpeza dos ór-gãos públicos e não de limpeza urbana, serviços que, via de re-gra, são significativamente su-periores por demandarem a con-tratação de equipamentos que levam carga”, afirma a procura-dora Luciana Ribeiro Campos.

20 | 24 de abril de 2015 | _rn

CONTAS

TWEETS DA SEMANA_rn

TUITADAS CHEIAS DE INSEGURANÇA DE FUGAS E

COMPLEXO DA ABOLIÇÃO. AVISEM AÍ QUE O BURACO É MAIS

EMBAIXO.

CONFIRA:

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A paixão acasala côncavos e con-vexos e arrasa convenções, ma-nuais, reputações, regras, normas e erudições. Cega e guiada pelo instinto desbravado, abre crateras sentimentais quase sempre incurá-veis e desvela mistérios insolúveis. Quanto mais clandestina, mais pe-

rigosa, afoita e travessa na acelera-ção dos batimentos cardíacos.

Escrevo – e tratem de acreditar – ba-seado na leitura de livros policiais de estilo noir e de filmes repetiti-vos de triangulações arrebatado-ras. Sou um homem bem casado,

Segredos de Estrago

sossegado, deveras resolvido e es-pectador das loucuras do mundo na sua subdivisão de proibições e peca-dilhos adoráveis.Agora mesmo, caiu a casa, corrijo, a cama, do ex-diretor da CIA, a Cen-tral de Inteligência Americana, gene-ral David Petraeus, arreado os quar-to pneus e o coração pela biógrafa, Paula Broadwell. Tudo começou no prólogo, passou pelo prefácio e os capítulos caíram no roteiro impen-sável da entrega. O epílogo transfor-mou depoente e escritora em perso-nagens principais e calientes.

Responsável por segredos suficientes

RUBENS LEMOS _rn

22 | 24 de abril de 2015 | _rn

para derrubar governos, detonar guerras, fritar terrotistas e treinar gênios recrutados para agentes se-cretos superdotados, o general su-cumbiu ao fruto bendito, mulher. Aquela maravilha que induz ao re-demoinho de delírio e fascinação.

A literatura e o cinema – repito – a literatura e o cinema – me ensina-ram que, quanto mais apaixonado, mais vaidoso e abobalhado fica o bicho-homem transformado em menino de berço pela fêmea domi-nadora e senhora dos casos parale-los.

Enquanto gravavam depoimentos para a obra literária, o general e a princesa esqueceram instruções básicas de equidistância entre en-trevistado e fonte para não com-prometer a história e revisavam as páginas nuzinhos.

O que o general não lembrou (o apaixonado, ainda segundo o cine-ma e a literatura), é um cego pro-fissional de bom senso, um qui-xotesco apanhador de flores em canteiros de rua, um gastador per-dulário, um vaidoso nem que Nar-ciso lhe tenha negado até o mísero direito ao espelho. Um seresteiro desafinado, e incorporado em Nel-son Gonçalves.

O general esqueceu que era da CIA e, uma vez na CIA, sempre na CIA, sem a necessidade de se entoar a frase no ritmo choroso da ladainha

do Flamengo depois do pênalti cla-ríssimo, incontestável, que colocou o Vasco, o escrete do franciscano Doutor Eurico Miranda na final do Campeonato Carioca. Logo o Fla-mengo, exemplar na conquista de títulos sem tungar adversários em anos próximos. Passados.

O homem pode sair da CIA, mas a CIA não sai do homem. E se existe algo que não existe para seus vo-cacionados integrantes de costela, soturnos, dissimulados e impiedo-sos é sentimento.

Assista ao filme (classico) O Bom Pastor, com Robert de Niro e o im-placável Matt Damon, cujo perso-nagem mata a noiva do filho no dia do casamento por conta de uma informação vazada para os sovié-ticos.

O filho – um apaixonado agravante por ser novato, entrega códigos fa-tais à belíssima espiã domadora do seu coração desprotegido feito Ke-nnedy em Dallas, 22 de novembro de 1963. Mal comparando, Damon, apelidado de “Mãe”, é um Bayern de Munique e General Petraeus parece o Brasil de Felipão na Copa de 2014.

A CIA começou a fechar a cara ao general de guarda aberta assim que ele decidiu lançar o livro. Nem mi-nha falecida – e santa avó, duvida-ria que ele foi grampeado, filmado, fotografado e decifrado por dentro

Rubens Lemos

Filhoé jornalista

e por fora durante as, digamos, en-trevistas.

A CIA convocou-o para depoi-mento e ele negou que tivesse feito qualquer relação comprometedora à amante – ele admitiu o romance alucinante como a redundância da adjetivação e que jamais compar-tilhara seu cofre particular com a adorada, uma oficial. Petraeus, condecorado pelas participações em batalhas no Iraque e Afeganis-tão, tem 62 anos de idade e abriu o jogo. Dissera tudo o que sabia, pelo verbo querer. Demais.

Condenado a dois anos com liber-dade condicional, pagará uma mul-ta de 100 mil dólares aplicada pelo juiz para refletir sobre os “males que causou ao país pondo-o em risco”. Punir a paixão é insensatez. Ninguém a tipifica. É bem mais plausível o humilhado general ter exagerado para crescer no conceito de herói nas contendas de alcova. A biógrafa arquivou o projeto do livro e voltou para a família. Mãe de dois filhos, é casada com um so-lícito e conformado rapaz. Até pre-parou o jantar. De avental. Quem sabe, agente da CIA.

RUBENS LEMOS _rn

23 | 24 de abril de 2015 | _rn

r.lemosfilho@uol.com.br

ÁGUAA bancada federal do RN participou de uma audiência com o com o diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), Walter Gomes de Souza, para solicitar a liberação de recursos para a obra da adutora de engate rápido de Currais Novos e Acari, orçada no valor de R$ 33,9 milhões. A adutora captará água da barragem Armando Ribeiro Gonçalves para os dois municípios.

AMARELODepois do Outubro Rosa, Novembro Azul, Dezembro Dourado, chegou a vez do ‘Maio Amarelo’ (gostei da cor não). Trata-se de um movimento internacional de conscientização para redução de acidentes no trânsito e que tem como objetivo colocar em pauta, para sociedade, o tema trânsito e estimular a participação da população, empresas, governo, entidades e associações em ações voltadas para segurança no trânsito.

Toda vez que ouço o governo anunciar um novo voo para o RN penso que o Estado abriu uma empresa aérea.

O suplente de vereador Júnior Grafith assumiu a Ouvidoria Geral do município do Natal. Parece piada, mas não é.

As apostas simples da Mega-Sena e outras loterias ficarão 40% mais caras a partir de 24 de maio.

A PRF já iniciou a operação para o feriadão do Dia do Trabalho no RN. A operação se estende até 0h de segunda-feira (4).

O governo diz que depois que Robinson assumiu o estado, a procura de turistas por Natal cresceu mais de 200%. Tá dito.

A Paróquia de Santo Estevão Diácono, em Caicó, celebra nesta sexta-feira (1º) uma programação especial para o Dia do Trabalho.

A família Alves (leia-se Garibaldi, Henrique e Carlos Eduardo) deve marchar junta mais uma vez em 2016.

A Câmara Municipal de Caicó estuda a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) dos Servidores do legislativo municipal.

A TV Câmara Natal comple-tou 12 anos nessa quarta-feira (29).

BRINCADEIRA!!!Os moradores do Abolição I e II, em Mossoró, estão sem água há quase um mês. O poço que abastecia a área secou e a Caern ainda não tem uma solução para o caso.

Cansados de esperar, os Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte se reuniram em assembleia geral e decidiram que vão aguardar uma reunião com o Governo do Estado até o próximo dia 8 de maio para que seja apresentada a data oficial de envio do PCCR dos Agentes para a Assembleia Legislativa. Ou entram em greve.

TOROU DENTRO

RAPIDINHASGIRANDO _rnanacadengue@revistarn.com.br Envie a notícia do seu município e

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Por Ana Cadengue

24 | 24 de abril de 2015 | _rn

CAPITÃO DE INDÚSTRIAA diretoria da CNI aprovou, por proposição do presidente da Fiern, Amaro Sales, a indicação do empresário Flávio Rocha, presidente das Lojas Riachuelo, para receber a medalha da Ordem do Mérito Industrial da CNI.

DISCIPLINAO fluxo de caminhões com capacidade acima de cinco toneladas será restrito nas principais ruas de Natal ao horário das 5h às 20h, de segunda a sexta-feira.

TRANSPARÊNCIA Cinquenta e quatro municípios potiguares ainda não têm Portal da Transparência.

BOA IDEIAQuanto mais noticiam que ele está de saída, mais boas ideias o secretário de Turismo de Natal, Fernando Bezerril, apresenta. A nova é a implantação da ‘Bike Patrulha’ para reforçar a segurança da Via Costeira. Seria uma atuação conjunta do poder público com a iniciativa privada, possibilitando o patrulhamento da região com a utilização de bicicletas elétricas e garantindo uma maior segurança para turistas, trabalhadores e transeuntes.

CONCURSOA Prefeitura de Santa Cruz lançou edital de Seleção Pública Simplificada para a contratação temporária de profissionais para atuarem no Núcleo de Apoio a Saúde da Família (NASF I) e Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD III). As inscrições vão de 27 de abril a 4 de maio de 2015, no Teatro Candinha Bezerra, na Rua Lourenço da Rocha, nº 40, com taxa de inscrição de R$ 50,00 para os cargos de nível fundamental/médio e de R$ 100,00 para os de nível superior. CLIQUE AQUI!

TRISTEEstarrecedora e triste a forma como os professores do Paraná foram tratados pelo Governo do Estado e Assembleia Legislativa e deixou mais de uma centena de feridos. Vergonhoso, humilhante, violento, inaceitável. A paranaense Lu Costetti definiu bem: “Não foi guerra, mas sim massacre. Numa guerra, os dois lados têm armas, e aqui no Paraná um lado tinha arma e o outro apenas giz e um desejo imenso de ser valorizado.”

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GIRANDO _rn

PPS e PSB já começaram a dança do acasalamento e deram início ao processo de fusão das legendas.

O vereador Cabo Jeoás (PCdoB) retomou o mandato na Câmara Municipal de Natal.

O jornal Gazeta do Oeste, em Mossoró, comemora 38 anos de atividade.

O programa “Meu bairro é limpeza”, da Urbana, estará neste domingo no Vale Dourado e Lagoa Azul.

A Prefeitura de Apodi está colocando sinalizando o trânsito da cidade, horizontal e verticalmente.

O papa Francisco (@Pontifex_pt) é o líder mundial mais influente do Twitter, com mais de 20 milhões de seguidores em suas nove contas (idiomas diferentes).

O Banco do Brasil vai construir uma agência com 3 andares no Centro de Convivência da UFRN.

A dengue já atingiu, este ano, um total de 84,4% dos municípios do Rio Grande do Norte.

A deputada federal Zenaide Maia (PR) estará nesta sexta-feira (1º) em Acari para ouvir as reivindicações locais.

EM CASAMonte Alegre, a cidade da família do governador Robinson Faria (PSD) amanheceu a quarta-feira (29) com quatro veículos incendiados em frente à delegacia. A polícia investiga.

MUITO PERIGOSOUma amiga me conta que foi assaltada no bairro de Mãe Luíza. Normal, são tantas as vítimas da violência nesse estado que nem causa mais espanto. O susto vem quando ela diz que conversou com a secretária de Segurança e ouviu o conselho para não andar mais naquele bairro. Graaande solução de segurança, né não?

ILEGALOs desembargadores que integram o Pleno do TJRN mantiveram a declaração de ilegalidade da greve dos servidores do Poder Judiciário, iniciada por meio do seu sindicato, o Sisjern, em 17 de março. Para os desembargadores, “o direito de greve não é absoluto e que não pode ser exercido por tempo indeterminado”.

MINHA CASA, MINHA DÍVIDAO governo federal prometeu que, até o final de maio, vai regularizar o pagamento das dívidas às construtoras responsáveis pelas obras do Minha Casa, Minha Vida no RN.

JUSTA HOMENAGEMAs equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do município do Natal que trabalharam no resgate do corpo do auxiliar de pedreiro Kleberson do Nascimento, que faleceu enquanto tentava desobstruir um bueiro para passagem de água da chuva, na Rua Atalaia, bairro de Mãe Luíza, no dia 21 de março, receberam homenagem da Câmara Municipal do Natal.

RAPIDINHASGIRANDO _rn

26 | 24 de abril de 2015 | _rn

PRÊMIO

O prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, recebeu o prêmio Juscelino Kubitschek (2015). A cidade tem o maior IDH do estado.

FAÇO PARTE DESSA HISTÓRIAO jornal O Mossoroense será homenageado com o Certificado Mérito Publicitário Latino-Americano de Publicidade, da Associação Latino-Americana de Publicidade (Alap) pelos 142 anos de história e contribuição ao jornalismo brasileiro. A cerimônia, que acontecerá entre os dias 10 e 12 de julho, será realizada dentro do 20º Festival Mundial de Publicidade de Gramado, que prestigiará todos os periódicos latino-americanos com mais de 100 anos.

GIRANDO _rnDIZ AÍ!

O senhor falou que essa situação do Fundo Previdenciário é irreversível, que não há como o governo devolver esse dinheiro. E como fica? Isso não ficou muito claro na lei complementar que extinguiu o Fundo Previdenciário. O Ministério Público junto ao TCE acha que sim, que tem que devolver o que foi sacado do Fundo Previdenciário. Ora, se o Fundo Previdenciário não existe, esses recursos estão no Fundo Financeiro do IPERN e para ser usado conforme as necessidades. Ou seja, pagar benefícios previdenciários. Claro, esse dinheiro vem sendo devolvido mensalmente. Se a receita não cobre a despesa, logo o Tesouro tem que complementar a verba para o pagamento mensal de aposentados e pensionistas. Para concluir vou responder com uma pergunta: e se o governo `devolver̀ este dinheiro, os recursos vão para que rubrica, para qual conta do IPERN? Para o Fundo Financeiro. Fundo que não foi constituído para honrar o futuro (como o Fundo Previdenciário), mas o presente, a despesa mensal.

Como fica? Não fica, Túlio. Os recursos do finado Fundo Previdenciário estavam sendo acumulados para honrar as aposentadorias que começariam a ser requeridas no ano 2040 (servidores que entraram no serviço público em 2005). O tesouro estadual começaria a respirar e os recursos daquela despesa mensal poderiam ser aplicados

em outras áreas essenciais. Ali, em 2040, o Fundo Financeiro, que paga as aposentadorias de quem entrou no serviço público até 2005 (25/10/2005), começaria a ser extinto. Como? Os beneficiários ou estão mortos ou a aposentadoria virou pensão (no valor de 70% do que era pago ao aposentado). Extinto o Fundo Previdenciário, todos os recursos foram para a conta única do IPERN. O tesouro estadual vai bancar as aposentadorias ao longo do tempo. Qual a diferença do que foi feito aqui no RN para o Estado do Paraná na área previdenciária. Inclusive, causando uma grande manifestação dos professores de lá? A diferença é oceânica. O governo do Paraná não extinguiu o Fundo Previdenciário. O legislador autorizou o poder executivo a transferir parte de beneficiários que recebiam pelo Fundo Financeiro - ou seja, aposentados com mais de 70 anos de idade. Isso, nos padrões do rico estado sulista, representa uma despesa mensal superior a R$ 170 milhões. Recursos que o governo vai aplicar em outras áreas. Isso poderia ter sido feito aqui, no RN. O Fundo Previdenciário, realizado um estudo atuarial, diria até quanto poderia assumir mensalmente. Não consegui ver o projeto de lei aprovado no Paraná. Se os professores, que estão em greve, foram para a calçada da Assembleia Legislativa, em Curitiba, desconfio que não foi feito o cálculo atuarial.

O ex-diretor do Instituto de Previdência dos Servidores Estaduais (Ipern), Aluisio Lacerda, esclarece algumas dúvidas dos leitores sobre o Fundo Previdênciário do Rio Grande do Norte e fala da diferença entre o que foi feito nessa área no Estado e a que foi aprovada na Assembleia Legislativa do Paraná, neste quarta-feira, 29, causa da manifestação dos professores em Curitiba.

Diz aí, professor:

SUSTOO deputado Kelps Lima (SDD) se junta às inúmeras vítimas da violência no estado. Bandidos tentaram entrar na casa dele na madrugada dessa quinta-feira (30). A polícia acudiu.

BOLSAJovens potiguares entre 13 e 15 anos podem se candidatar, até dia 22/05, às quatro (04) bolsas integrais disponibilizadas para o Rio Grande do Norte na Escola Sesc de Ensino Médio (ESEM), sediada no Rio de Janeiro (RJ), considerada uma das melhores do país. O edital e todas as informações relativas às inscrições estão disponíveis no site do Sesc RN, owww.sescrn.com.br. As inscrições são feitas por meio do site da escola, o www.escolasesc.com.br.

UVERNO vereador Genivan Vale (PROS) anuncia a criação da União de Vereadores do Rio Grande do Norte (Uvern) no próximo dia 6 de junho em Jucurutu. Para o parlamentar mossoroense, a nova entidade deverá fortalecer o trabalho desenvolvido pelos vereadores em todo o Estado.

MEDOPolíticos e comerciantes de Assú consideraram um desrespeito a secretária da Segurança, Kalina Leite, não ter ido à cidade discutir o aumento da violência na região. O clima de insegurança e medo no município, já começa a afetar a credibilidade do novo governo.

CENÁRIO LUXUOSOAtores da novela “Os Dez Mandamentos”, da Rede Record, estão gravando cenas da fuga de Moisés para o deserto nas Dunas do Rosado, em Porto do Mangue.

PECSA Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira (30), em segunda votação, as propostas de Emenda à Constituição estadual que torna obrigatória a execução da programação orçamentária do Estado com relação às emendas dos deputados e que permite a reeleição para a presidência da Casa.

BEM NA FOTONeste domingo (03), os fotógrafos Alex Régis e Vlademir Alexandre proferirão palestra sobre fotografia e meio ambiente, às 16horas, no Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte. A entrada é gratuita.

PARA BOM ENTENDEDOREm tratamento de saúde, o deputado estadual Agnelo Alves (PDT) não pôde participar da Assembleia Itinerante em Angicos, cidade de sua família, mas enviou um discurso para ser lido no local, O portador? Ninguém menos que o também deputado Carlos Augusto Maia (PTdoB) que se articula para ser candidato à Prefeitura de Parnamirim no ano que vem.

GIRANDO _rn

anacadengue@revistarn.com.br

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28 | 24 de abril de 2015 | _rn

Uma das virtudes de Chef (2014) é saber dialogar com as mídias so-ciais. O filme, dirigido e escrito por Jon Fraveau (que também atua no longa) fala sobre um renomado chef de um restaurante que desa-ba após receber uma crítica nega-tiva de um colunista especialista em gastronomia.

Ele não lida bem com o comentário e, após conversar com o seu filho sobre redes sociais, cria uma con-ta no twitter e desafia o jornalista a provar seu prato mais famoso. As coisas não saem lá muito bem e eles se desentendem. Tudo, cla-ro, vai parar no canal Youtube o que “apimenta” a situação.

A questão é que o Chef se torna uma espécie de celebridade nas re-des sociais e o que aparentemente soaria como negativo ganha reper-cussão e ele se torna conhecido. Decide comprar um trailler e bo-tar o pé na estrada vendendo seus lanches pelos EUA. De um limão, fez-se uma limonada, como diria o velho ditado.

O filme mostra como é possível ganhar notoriedade apostando nas novas tecnologias e fazer dis-so uma oportunidade de negócio. O seu filho o acompanha nas via-gens e é quem vai compartilhando as informações e ajudando o pai na empreitada. Por onde eles pas-sam sempre há um público ávido por provar a sua comida.

Chef conta com algumas partici-pações especiais (Scarlett Johan-

son, Dustin Hoffman, Robert Downley Jr) que não contribuem tanto para o desenrolar da histó-ria e, em alguns momentos, pare-ce perder um pouco o foco, mas nada que incomode.

É, afinal, um bom filme, que sabe lidar bem com o fator visual, prin-cipalmente, no preparo dos ali-mentos, e que empolga com uma trilha sonora que casa bem com as sequências apresentadas.

CINEMA & ETC Por Raildon Lucena_rn

Chef

Raildon Lucenaé jornalista

e cinéfilo.

rvlucena@gmail.com

Desde que me entendo por gente, nas noites frias e já perigosas de São Paulo, trocava os álbuns de fi-gurinhas pelas leituras diversas da vasta e múltipla biblioteca de meu pai até que ele chegasse ao final da noite e eu assistisse de camarote o tilintar frenético da sua máquina de escrever tecendo artigos para o dia seguinte ou atualizando o diá-rio que ainda hoje tenho e guardo como a minha verdadeira bíblia.

Era menino, 12 ou 13 anos, e já en-

tão o jornalismo me fascinava, me encantava, transformava em mági-ca os dias e as noites que eu teima-va em trocar em encostar os livros escolares em troca da literatura que habitava a minha casa e dos jornais lidos, relidos e guardados depois que ele os folheava e jogava aos pés de uma cadeira cativa e tradicional.

E eram todos, absolutamente todos. O Estado de S.Paulo a mascarar os horrores da ditadura com versos de Camões e receitas de bolo, a Folha

Vergonha de ser jornalista

de S.Paulo se redimindo pou-co a pouco do histórico e vergo-nhoso apoio ao golpe militar, o Jornal do Brasil que estampa-va articulistas de uma coragem imensa, o Pasquim com suas charges e o seu humor cortan-tes, a Opinião que não se verga-va e nunca se quebrava, o lon-gínquo e sempre aguardado O Mossoroense a abrir suas por-tas para os opositores, menos O Globo que do início ao fim estampava em suas manchetes um Brasil colorido que não se via nas ruas.

Nascia ali, no menino ainda de calças curtas, a paixão e o tesão pelo jornalismo que contava as histórias, formava as opiniões, retratava com simplicidade e objetividade tudo o que se pas-sava entre nós, entre todos, dri-blando como podia a censura prévia que por 25 anos os mili-tares impuseram à informação livre e consequentemente ver-dadeira.

Nascia ali?

Minto.

Nasceu muitas décadas pas-sadas, numa sina familiar que começou com meu bisavô João Freire à beira do rio Jaguari-be, continuou com o avô Jor-

João Freire de Andrade, Jorge Freire de Andrade e Dorian Jorge Freire

PINGA FOGO POR LUIS FAUSTO _rn

30 | 24 de abril de 2015 | _rn

ge entre o Ceará e o Rio Grande do Norte, perdurou com meu pai Dorian encantando Mossoró e se aventurando por terras paulistas e paulistanas e se findou em mim, o menor de todos, por Natal, Bra-sília, Rio de Janeiro, Goiás.

Conto a história como a história foi, para dizer que nas nossas veias tradicionalmente sempre correu tinta de jornal – tal e qual escre-veu no título de um livro póstu-mo um autor pernambucano so-bre um dos maiores e melhores jornalistas daquela terra, Josimar Moreira de Melo, o verdadeiro criador e mentor da lendária Úl-tima Hora, morto precocemente em um acidente de carro.

E relembro o ocorrido, as ocorrên-cias, para lamentar e para chorar a decadência que lentamente em 40, 50 anos, mas rapidamente nos últimos 30 ou 20, vem fazendo do nosso métier, da nossa profissão, uma lembrança distante, longín-qua, que hoje só merece missas repetidas e contínuas de sétimo dia.

Como era, como foi, como sem-pre deveria ter sido, o jornalismo morreu e seus escribas não con-tam mais histórias, não explicam fato algum, não opinam com a ra-zão que a profissão exige da pri-meira à última linha.

Transformaram-se todos, com as raras e felizes exceções de praxe,

Dorian Jorge Freire

em mercadores de palavras que escrevem a soldo e nas quais não acreditam já no ponto final dos seus artigos, das suas reportagens, das informações exatas que deve-riam contar.

Alguns dizem, tentando dourar a pílula, que muitos são vítimas das suas circunstâncias empresariais e o que falam, o que escrevem, o que contam, não reflete necessa-riamente as opiniões que têm e que guardam para se explicar e se vangloriar em mesas de bares.

Explicação chocha, morna, man-ca. Explicação que me lembra uma frase que meu pai dizia, muito an-tes da sua morte sentida e chorada há dez anos: “Jornalista deve dizer a verdade. Existe para ela. Se não a diz, se a sonega, será tudo – de esperto a canalha – menos jorna-lista. Não se é jornalista como se é comerciante ou lavador de pratos. Não se compra uma vocação no mercadinho da esquina. Trata-se de missão. Espécie de sacerdócio. Não se amando a verdade ou não se desejando colocar-se a seu ser-viço, que se procure outra saída –

e passe bem. O diabo é que os jor-nais estão cheios de comerciantes, de industriais, de rufiões. E princi-palmente de cafajestes. Raros são os jornalistas. Dá para contar nos dedos”.

E é por isso que me embaraço, e até me humilho, lendo tantas e ta-manhas barbaridades. Os rufiões me enojam, os sonegadores me causam asco, dos canalhas que-ro distância. E ainda assim, sinto vergonha e chego ao ponto de cor-rer o perigo de quebrar a tradição de três gerações. Porque hoje, ago-ra, ser jornalista no Brasil de tan-tas mentiras e manipulações, de histórias contadas e registradas ao contrário, é um fardo pesado demais para os poucos que abra-çaram e respeitaram a profissão desde o primeiro instante.

PINGA FOGO _rn

Luis Fausto é jornalista

luisfausto@terra.com.br

“No minúsculo estado, território do tamanho do quadrilátero cê-nico, a ordem é decretada. O General determina que ‘não pode atender o celular, não pode ingerir bebidas e alimentos, não pode levantar…’. A lista de exceções se estende até os dois itens finais e mais importantes: ‘Não pode falar! Não pode abraçar!!’”.

E é assim, partindo de uma brincadeira que per-sonagens como o Rapaz, a Florista, o Soldado, o Índio, a Avó, o General e o Menino ganham a cena e contam suas histórias no espetá-culo “Abrazo”, adaptação livre do grupo

‘Abrazo’ volta ao palco do Barracão dos Clowns

Clowns de Shakespeare para ‘O Li-vro dos Abraços’, do escritor uru-guaio Eduardo Galeano, que para o deleite do público infanto-juvenil – e de todas as idades - volta ao palco do Barracão dos Clowns, em Nova Descoberta. As apresentações acon-tecem neste sábado (02) e domingo (03), às 17h e os ingressos custam R$ 20 a inteira e R$ 10 a meia.

No espetáculo, que tem a direção de Marco França e dramaturgia de Cé-sar Ferrário, o grupo potiguar traz delicada e poeticamente para o uni-verso da criança, temas como dita-dura, guerra e proibições.

AbrazoBarracão do

Clows (Avenida Amintas Bar-

ros, 4661 - Nova Desco-berta)

Dias 2 e 3 de maio - 17hIngressos

R$20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

R$5,00 (moradores de Nova Descober-ta)

Informações: 3221-1816 (Barracão Clowns)Site: www.clowns.com.br

Facebook: www.facebook.com/clownsdeshakes-peare

Instagram: www.instagram.com/teatroclownsTwitter: www.twitter.com/teatroclowns

DESTAQUE Da Redação_rnredacao@revistarn.com.br

TEATRO

Pabr

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“QUINTA-JAZZ” COM JOANA KNOBBE E JOW FERREIRA – A COZINHARIA, CAPIM MACIO – 19H30

SHOW DA CANTORA LARYSSA COSTA COM DIVERSAS PARTICIPAÇÕES - BECO DO PICADO, PARNAMIRIM – 20H – GRATUITO

“BORDELINE” - MONÓLOGO CONDUZIDO PELO ATOR JOSÉ NETO BARBOSA – TEATRO ALBERO MARANHÃO – 20H – ENTRADA: 01 KG DE ALIMENTO

CLÁSSICOS DO ROCK E DO BLUES COM CBI E GUSTAVO COCENTINO – MORMAÇO, NOVA DESCOBERTA – 21H

300o04QUINTA-FEIRA

MÚSICATEATRO

34 | 24 de abril de 2015 | _rn

GREA #2 EDIÇÃO CHAVE DE CADEIA COM JAIARA FONTES, DANINA FROMER, LARISSA HERMÍNIO, VITÓRIA REAL, BONDE N1 – CASANOVA ECOBAR – 20H

PSIKNEPS, PUNKADELIC, DRUNK MOUSE(CE), TWO FACES(CE), BRENO MELLO(CE) – ESPAÇO 21 PRIME – 23H

FESTIVAL EM BENEFÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA GRUTA DOS MILAGRES DE SÃO JOSÉ, NA SERRA DE SÃO BENTO

0o105SEXTA-FEIRA

0o205SÁBADO

EXPOSIÇÕES TEATRO DANÇA MÚSICA