revista pqn 24

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ENTREVISTA: MAURÍCIO KUBRUSLY LANÇA “ME LEVA MUNDÃO” E FALA DE SUAS ANDANÇAS PELO MUNDO AFORA. Artesanal e de ótima qualidade! R$ 9,50 Reconhecimento Revista PQN é finalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012. Negócios Donos de cães agora contam com hotéis e pousadas para deixar seus animais de estimação com conforto e carinho. Meio ambiente Sacolas ecológicas com pinturas de artistas plásticos famosos conquistam os supermercados. Reconhecimento Revista PQN é finalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012. Negócios Donos de cães agora contam com hotéis e pousadas para deixar seus animais de estimação com conforto e carinho. Meio ambiente Sacolas ecológicas com pinturas de artistas plásticos famosos conquistam os supermercados As microcervejarias invadiram o mercado nacional e estão conquistando, a cada dia, os consumidores mais exigentes que buscam um paladar mais requintado. Apesar da pouca representatividade em relação às cervejas convencionais, marcas regionais consagram-se no competitivo setor, como a Wäls, empresa mineira que foi eleita a Melhor Cerveja Artesanal da América Latina. As microcervejarias invadiram o mercado nacional e estão conquistando, a cada dia, os consumidores mais exigentes que buscam um paladar mais requintado. Apesar da pouca representatividade em relação às cervejas convencionais, marcas regionais consagram-se no competitivo setor, como a Wäls, empresa mineira que foi eleita a Melhor Cerveja Artesanal da América Latina.

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Publicação de variedades voltada ao mundo da comunicação

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Page 1: Revista PQN 24

ENTREVISTA: MAURÍCIO KUBRUSLY LANÇA “ME LEVA MUNDÃO” E FALA DE SUAS ANDANÇAS PELO MUNDO AFORA.

Artesanal e deótima qualidade!

R$ 9,50

ReconhecimentoRevista PQN é � nalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012.

NegóciosDonos de cães agora contam com hotéis e pousadas para deixar seus animais de estimação com conforto e carinho.

Meio ambienteSacolas ecológicas com pinturas de artistas plásticos famosos conquistam os supermercados.

ReconhecimentoRevista PQN é � nalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012.

NegóciosDonos de cães agora contam com hotéis e pousadas para deixar seus animais de estimação com conforto e carinho.

Meio ambienteSacolas ecológicas com pinturas de artistas plásticos famososconquistam os supermercados

As microcervejarias invadiram o mercado nacional e estão conquistando, a cada dia, os consumidores mais exigentes que buscam um paladar mais requintado. Apesar da pouca representatividade em relação às cervejas convencionais,

marcas regionais consagram-se no competitivo setor, como a Wäls, empresa mineira que foi eleita a Melhor Cerveja Artesanal da América Latina.

As microcervejarias invadiram o mercado nacional e estão conquistando, a cada dia, os consumidores mais exigentes que buscam um paladar mais requintado. Apesar da pouca representatividade em relação às cervejas convencionais,

marcas regionais consagram-se no competitivo setor, como a Wäls, empresa mineira que foi eleita a Melhor Cerveja Artesanal da América Latina.

Page 2: Revista PQN 24

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Page 3: Revista PQN 24

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INFORCOMPLEMENTSACESSÓRIOS DE INFORMÁTICA EM GERAL

Page 4: Revista PQN 24

Assim Assim como a PQN, o mercado de cerveja artesanal também conquistou o Brasil. E logo a nossa Wäls - falo nossa devido à parceria que temos desde os

primeiros números da revista - foi eleita como a Melhor Cerveja Artesanal da América Latina. Sinto-me orgulhoso em ver a garra da família Carneiro: Miguel,

Ustane e seus fi lhos José e Tiago. Essa família vai longe e sempre contarão com meu carinho e atenção, como eu sempre tive de todos eles. Parabéns pela

conquista do título, boa cerveja tem que ser reconhecida mesmo!

E neste clima de festa, a redação da PQN também tem muito o que comemorar. Fomos fi nalistas do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012 com a

reportagem “A Comunicação Empresarial pode e deve ser verde”, escrita pela colaboradora Luciana Coelho. A matéria concorreu com outras reportagens de mais de 70 veículos de comunicação de Minas Gerais. Somente a PQN e o

jornal Estado de Minas foram fi nalistas. Ficamos em segundo lugar, mas, para todos nós, a alegria e a satisfação foram tantas que teve gostinho de primeiro.

Particularmente, fi quei muito emocionado quando soube do resultado. Ainda mais pelo fato de ser a primeira participação de Luciana na revista.

E temos certeza de que ainda proporcionaremos muito orgulho a todos os nossos leitores. Somos criativos e reconhecidos no mercado editorial brasileiro. Parabéns e obrigado, Luciana Coelho, por ter aceitado meu convite para fazer parte desse seleto grupo de colaboradores que está transformando a PQN em

uma publicação séria, dinâmica e gostosa de ler.

E a Luciana Coelho continua nos brindando com boas reportagens como a especial para o Dia dos Pais, na qual crianças e adolescentes falam do orgulho

que têm de seus pais-celebridades. Quem de nós que, quando pequeninos, não queria seguir a profi ssão do pai, ainda mais se ele fosse reconhecido no

mercado? São histórias que nos inspiram e mostram o conceito de família, de amor, união e de sonhos. É tão bom podermos nos inspirar em alguém!

Falando em inspiração, parabéns ao Servas e Amis pelas sacolas ecológicas e cheias de arte , lançadas neste primeiro semestre que está quase acabando. Dez artistas plásticos de Minas emprestaram seus talentos e o resultado foi

arte, solidariedade, sustentabilidade e compras em uma peça linda e exclusiva à venda nos supermercados de Minas. Que outros estados sigam este nosso

exemplo, principalmente aqueles que aboliram as sacolas plásticas.

E “Me leva Mundão”! Maurício Kubrusly emprestou um pouco da sua simpatia ao ser entrevistado por Iaçanã Woyames. Bem descontraído, ele falou sobre

seu novo livro e também de como é viajar por vários locais e conhecer hábitos, culturas e pessoas diferentes por este mundo afora.

Mas quem não gosta de viajar? É só pintar um feriado prolongado ou as tão esperadas férias que já pensamos mil e um programas. Às vezes o que pode

pegar é onde deixar nossos bichos de estimação com todo conforto e carinho. Em várias cidades veterinários e empresários estão investindo em espaços super

legais para abrigar nossos cães e gatos. Vale a pena deixá-los sob os cuidados de profi ssionais competentes e que vão cuidar bem da “cachorrada”.

A próxima PQN, a de setembro, trará a terceira edição do Anuário PQN das Empresas de Comunicação de Minas Gerais. Pelo terceiro ano consecutivo,

reuniremos as melhores empresas do setor. Caso sua agência queira participar, entre em contato com a gente, será uma honra ter sua empresa fi gurando

no Anuário mais completo e aguardado de Minas.

Boa leitura!

Robhson AbreuEditor

EDITOR-CHEFE: Robhson AbreuEDIÇÃO: Robhson Abreu e Pedro Paulo TaucceREVISÃO: Pedro Paulo TauccePROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Pubblicitá ComunicaçãoDIREÇÃO DE ARTE: Dokttor Bhu

COLABORADORES:Andrea Pio - Carem Abreu - Dinorah Carmo - Francisco Tovo Frederico Albuquerque - Helenna Dias - Heraldo Leite Iaçanã Woyames - Jairo Mendes - Joanita Gontijo João Vitor Viana - José Aloise Bahia - Luciana Coelho Kátia Gontijo - Márcio Reis - Paula Rangel - Rodrigo Capella Rodrigo Cogo - Valéria Flores

SUCURSAIS:AMAZONAS: Tânia F MirandaBAHIA: Marcelo ChamuscaGOVERNADOR VALADARES: Zé VicenteLESTE DE MINAS: William Saliba NORDESTE: Rodrigo CoimbraRIO DE JANEIRO: Bette Romero SÃO PAULO: Daniel ZimmermannSUL: Augusto Köech

“Todos os textos publicados na revista PQN tiveram seus direitos autorais doados pelos seus autores, não tendo

esta publicação qualquer ônus por parte de cada autor/colaborador”.

PUBLICIDADE:Para anunciar: (31) 8428-3682 ou (31) [email protected]

ASSINATURA:[email protected] física: R$ 70,00 para 4 ediçõesPessoa jurídica: R$ 130,00 para 4 edições

CARTAS À REDAÇÃO:[email protected]

Acesse o site: www.pqn.com.br

A Revista PQN - Pão de Queijo Notícias é uma publicação da PQN Editora Ltda.,

Rua da Bahia, 1345 sala 909 Lourdes CEP: 30160-012 BH/MG

Tel.: (31) 2127-4651

Um primeiro semestre de conquistas!

EXPEDIENTE

4

Page 5: Revista PQN 24

O mercado das cervejas artesanais tem crescido a passos largos em todo o Brasil. Estima-se que o setor aumente em 15% o faturamento e produza em 2012 cerca de 2,6 milhões de litros, de acordo com dados do Sindibebidas-MG. Em todo país,

as microcervejarias estão conquistando a cada dia novos consumidores e lançam tipos e sabores diferentes que combinam com pratos e bolsos especí� cos. Minas Gerais é o Estado

com maior número de cervejarias alternativas e produção, que deve atingir este ano algo em torno de 200 mil litros. Na contramão do merchandising da grande indústria cervejeira,

as microcervejarias apostam em um marketing face to face, ou melhor, no velho e tradicional boca-a-boca, o que garante um efeito mais exclusivo e personalizado para o consumidor � nal. E olha que já tem grandes marcas abocanhando as pequenas. Em um segmento tão competitivo, as cervejas alternativas/especiais estão fazendo a diferença, pois apresentam mais de 20 estilos de aroma, paladar e sabor, enquanto que as industriais ofertam apenas poucos tipos, especialmente a pilsen.

Capa: José Felipe e Tiago Carneiro Mestres cervejeiros da Wäls Foto: Divulgação Wäls

Sumário

COMPORTAMENTO

13Desde pequenos que espelhamos na fi gura paterna para escolher nossa profi ssão, ainda mais se nosso pai é uma celebridade em sua área de atuação.

NEGÓCIOS

AR

TIG

OS

José Aloise Bahia 9Francisco Tovo 12Kátia Gontijo 20Rodrigo Cogo 26Márcio Reis 36Fred Albuquerque 38Jairo Mendes 44Dinorah Carmo 56Joanita Gontijo 60Rodrigo Capella 62

CO

LUN

AS

PQN Cidadão 8PQN Tech 10Robhson Abreu 17Eu Quero! 18 Leste de Minas 21PQN RP 24PQN GV 27Estante PQN 37Calçadão 39Dendê 40 Amazonas 42PQN Sul 45Nordeste 46PQN Pet 57

CAPA

LANÇAMENTO

41O Servas e a Associação dos Supermercados lançaram as sacolas ecológicas com pinturas de 10 artistas mineiros. Arte, solidariedade e compras agora vão andar juntas por R$ 3,99.

25O jornal Estado de Minas lançou livro com reportagens e fotografi as sobre as potencialidades mineiras no Espaço Minas Gerais, em São Paulo.

47Na hora de viajar, o grande problema é onde deixar nossos bichos de estimação. Mas agora, hotéis, pousadas e maternais chegaram para nos tirar do sufoco.

52Pela primeira vez, a revista PQN é fi nalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012 com a matéria “A Comunicação Empresarial pode e deve ser verde, de Luciana Coelho.

ENTREVISTA

PQN Cidadão58

“Me leva mundão”, o novo livro do repórter Maurício Kubrusly vem fazendo sucesso por onde passa. E não podia ser diferente aqui na PQN. Muitos causos e histórias marcam a obra.

GASTROETÍLICOSOCIAL............. 22CULTURA ........................................ 51TURISMO ........................................ 54

MEIO AMBIENTE

RECONHECIMENTO

5

Page 6: Revista PQN 24

Participe! Mande seu comentário para: [email protected]

Por intermédio do nosso amigo José Vicente de Souza, recebemos um exemplar da revista PQN, a qual muito apreciamos, tendo em vista a diversi� cação dos temas abordados, bem como sua qualidade grá� ca. Cumprimentamos

também pela indicação do Zé Vicente para compor os assuntos da revista - Sucursal Governador Valadares - atuando como colunista, podendo assim compartilhar com as demais sucursais fatos relevantes da nossa cidade. ANA ANGÉLICA GONÇALVES LEÃO COELHO - REITORAUNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE – UNIVALE - GOV. VALADARES/MG

Cada dia aprendo mais com a revista PQN. Ótima essa reportagem sobre os e-mails enriquecidos. Achei tão interessante que já estamos utilizando aqui na empresa. É sempre bom ver como os comunicadores se reiventam e lançam soluções criativas no competitivo mercado. Parabéns à repórter Lena Alves.

ELAINE BITTENCOURTEMPRESÁRIABELO HORIZONTE/MG

Eu não sabia que aqui no Brasil temos tão bons espumantes. Obrigado, Andrea Pio, pela grande aula e pelas informações sobre esse mercado que tanto cresce em nosso País. Suas dicas foram ótimas. Eu também sou fã de um licor. Você bem que podia escrever sobre eles, hein? Aceita essa minha sugestão de pauta? Quem nunca teve uma avó, tia ou conhecida que preparam ótimos

licores caseiros? Fica a dica e parabéns!

CONSUELO MORENTZPROFESSORAIPATINGA/MG

A reportagem de capa da vigésima terceira edição da PQN � cou brilhante, ainda mais com depoimentos de peso de grandes comunicadores. Destaque para o diretor de comunicação da Fiat Automóveis. Suas palavras são de grande valor, assim como aquelas que já tive a honra de escutar nos eventos promovidos pela MegaBrasil, em São Paulo. As outras matérias da edição � caram primorosas. Ah, já ia esquecendo de parabenizar o colunista José Vicente de Souza, nosso querido ZVS.

RICARDO DE ALMEIDA BARBOSARELAÇÕES PÚBLICASBELO HORIZONTE/MG

Desde quando eu era criança via a carrocinha levando os cachorros do bairro, inclusive os meus, por

causa da leishmaniose. Era uma tristeza. Hoje, tenho uma cadela com a doença

e trato-a com a ajuda da minha mãe, irmã e tia e, também, com o auxílio de

bons veterinários. Somos apaixonados por ela e estamos tentando de tudo para não

perdê-la. A doença é uma realidade, mas o tratamento também, basta ter paciência e, principalmente, amor pelo animal. Vejo nos olhos dela a vontade de viver e, em seu carinho e atenção com todos de casa, um sinal de

agradecimento pelo que estamos fazendo por ela.

A reportagem de Helenna Dias foi muito importante

para todos nós que sofremos em ter nossos cães portadores

da leishmania. Elucidativa, informativa e um tema de saúde

pública com o qual todos os veículos de comunicação deveriam

se preocupar. Obrigado por falar por todos nós!

ANDERSON MURTA ESTUDANTE

BELO HORIZONTE/MG

Orgulho em sentir como a revista PQN vem crescendo a cada

edição. Pautas bem elaboradas, diagramação impecável e uma seleção

de articulistas e colunistas de primeira linha. Porém,

a única coisa que sinto falta é a participação efetiva das empresas de comunicação, ou não, na publicidade da revista. Sempre me pergunto porquê uma publicação tão bem feita, tão importante como a PQN ainda não tem um olhar especial por parte do mercado publicitário de todo o país. É estranho a falta de apoio de grandes empresas como vemos em outras publicações de menor envergadura e credibilidade. Será que as empresas ainda não perceberam o potencial de público, de mercado e de pautas que a revista PQN possui? Aqui mesmo em São Paulo, não vejo nenhuma assessoria anunciando na revista. Porquê?

PAULA SOUZA JORNALISTASÃO PAULO/SP

Por intermédio do nosso amigo José Vicente de Souza, recebemos um exemplar da revista PQN, a qual muito apreciamos, tendo em vista a diversi� cação dos

também pela indicação do Zé

em nosso País. Suas dicas

Desde quando eu era criança

causa da leishmaniose. Era uma tristeza. Hoje, tenho uma cadela com a doença

e trato-a com a ajuda da minha mãe, irmã e tia e, também, com o auxílio de

bons veterinários. Somos apaixonados por ela e estamos tentando de tudo para não

perdê-la. A doença é uma

ELAINE BITTENCOURT

BELO HORIZONTE/MG

licores caseiros? Fica a dica

da vigésima terceira edição da

agradecimento pelo que estamos fazendo por ela.

A reportagem de Helenna Dias foi muito importante

para todos nós que sofremos em ter nossos cães portadores

da leishmania. Elucidativa, informativa e um tema de saúde

pública com o qual todos os veículos de comunicação deveriam

ESTUDANTE

como a revista PQN vem crescendo a cada

edição. Pautas bem elaboradas, diagramação impecável e uma seleção

de articulistas e colunistas de primeira linha. Porém,

a única coisa que sinto falta é

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Page 7: Revista PQN 24

OBRA EMPARCERIA COM O

GOVERNO FEDERALUM NOVO EIXO VIÁRIO PARA BH

As avenidas Tancredo Neves e João XXII I estão sendo duplic adas e ligadas à avenida Pedro II e ao Anel Rodoviário. A obra vai desafogar o trânsito nas regiões Noroeste e Pampulha e beneficiar toda a cidade.

COMPLEXO VILA SÃO JOSÉUMA GIGANTESCA OBRAVIÁRIA E UMA DAS MAIORES OBRAS SOCIAIS DO BRASIL

UMA OBRA ESPERADA HÁ MAIS DE 30 ANOS

PREFEITURA DE BELO HORIZONTE.NÃO PARA DE TRABALHAR POR VOCÊ.

WWW.PBH.GOV.BR

A vila que havia no local deu lugar a conjuntos habitacionais com 1.408 apartamentos de 2 e 3 quartos. Estão previstos também uma UMEI, um BH Cidadania e um centro de saúde. Além da obra social, a cidade ganha uma melhoria ambiental. O córrego foi canalizado e recebeu interceptores de esgoto, reduzindo a poluição na Lagoa da Pampulha.

NATALIA FERREIRA E SUA FILHA VICTORIA, MORADORAS DA VILA SÃO JOSÉ

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Page 8: Revista PQN 24

LOJAS SUSTENTÁVEISAlém de líder do mercado de material de construção

desde 2010, a Leroy Merlin consolida a liderança no Brasil também em construções sustentáveis certi� cadas. A rede acaba de conquistar sua 14ª Certifi cação AQUA – Alta Qualidade Ambiental, tornando-se assim a empresa com o maior número de empreendimentos sustentáveis certi� cados do país. Para chegar a tal conclusão, consideraram-se todos os

sistemas de certi� cação existentes hoje, superando inclusive empresas do mercado imobiliário. A certi� cação tem a auditoria da Fundação Vanzolini, ligada à USP. A Leroy possui hoje 10 selos AQUA no processo de Construção Sustentável.

Participe, envie suas sugestões ou notícias

para o meu e-mail: [email protected]

SENADO APROVA A Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal

(CAS) votou, em caráter de� nitivo, emenda à Lei nº 8.212/1991 que dispõe sobre Planos de Benefícios

da Previdência Social aos catadores de material reciclável, incluindo-os entre os segurados especiais

da Previdência. A proposição teve a relatoria da Senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO). O Projeto de Lei nº 279, de 2011, é de autoria do Senador Rodrigo

Rollemberg, que justi� cou a sua iniciativa na busca para dar maior e� cácia ao princípio da equidade

no custeio da seguridade social, pois o Estado e a sociedade que participam do seu custeio devem

estar submetidos a padrões justos e razoáveis, cada um dentro das suas possibilidades. O

Senador defende, ainda, a redução da alíquota de contribuição para a categoria, o que trará aumento

da inclusão previdenciária e do exercício da cidadania por parte desses trabalhadores. O projeto

segue agora para a Câmara dos Deputados, onde será apreciado e colocado em votação.

Arquivo pessoal

LOJAS SUSTENTÁVEISAlém de líder do mercado de material de construção

desde 2010, a

Divu

lgaç

ão

BOM EXEMPLOA bacia do Rio Peruaçu (MG), a� uente do São Francisco no Cerrado – que já perdeu metade da cobertura vegetal original - pode se tornar exemplo de convivência harmônica entre geração de renda para a população rural e conservação da natureza. Este é o principal objetivo das ações do Programa Água Brasil na região. O Água Brasil, concebido pelo Banco do Brasil, é desenvolvido em parceria com a Fundação Banco do Brasil, Agência Nacional de Águas e a organização ambientalista WWF-Brasil. A bacia abrange os municípios de Januária, Itacarambi, Cônego Marinho e Bonito de Minas, incluindo o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, parte do Mosaico de Áreas Protegidas Sertão-Veredas Peruaçu.

VIRTUALO leitor virtual tem

agora uma nova maneira de se

atualizar sobre estilo de vida saudável.

Está no ar a primeira Biblioteca Virtual dedicada a temas

exclusivos relacionados a saúde e bem-estar, oferecida gratuitamente pela rede de academias Bio Ritmo. Com

design leve e totalmente prática, a Biblioteca é super acessível. É só abrir a aba Bio Book disponibilizada na fan

page o� cial da Bio Ritmo no Facebook (facebook.com/bioritmoo� cial) e acompanhar os fascículos.

CONVITE HONRADOFoi com muita honra que recebi o convite do Secretário Executivo do Coep Minas - Rede Nacional de Mobilização Social, Marcos Antônio Oliveira, para integrar o Conselho Consultivo da entidade. Serei a responsável pelas ações de comunicação do Coep Minas para ampliar a participação da entidade e sua articulação com outras representações da sociedade civil como organizações e movimentos sociais. Além do fortalecimento das ações de comunicação e alavancar a parceria com empresas associadas. Muito trabalho pela frente, torçam por mim!

Divulgação

RIO +20A Conferência Rio+20, que acontecerá entre os dias 20 e 22 de junho, será a grande oportunidade para o setor mostrar a

grandeza do agronegócio nacional. “A discussão principal vai ser a produção de mais alimentos

de forma sustentável”, apontou o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio

(ABAG), Luiz Carlos Corrêa Carvalho, durante o Fórum ABAG-Cocamar – Integração

Lavoura, Pecuária e Floresta, realizado em Maringá (PR), na 40ª edição da Expoingá.

DINHEIRO NÃO DÁ EM ÁRVORE?Contestando o famoso bordão, foi criada a Uvaia - uma rede social de consumo sustentável, um sistema de marketing multinível que gera benefícios a todos os usuários e ainda colabora com projetos socioambientais. A empresa foi idealizada por um grupo de jovens empreendedores que adaptaram o modelo de negócio ao comportamento do consumidor, sem mudar a rotina de compras, a� nal, os usuários consomem nas empresas parceiras da Uvaia, tanto pela internet, quanto em lojas físicas.

de junho, será a grande oportunidade para o setor mostrar a grandeza do agronegócio nacional. “A discussão

principal vai ser a produção de mais alimentos de forma sustentável”, apontou o presidente

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Page 9: Revista PQN 24

Grito singular

Arquivo PQNArquivo PQN

Jornalista, escritor, pesquisador, ensaísta. Graduado em Jornalismo e pós-graduado em Jornalismo Contemporâneo. Autor de Pavios Curtos. Participa da antologia O Achamento de Portugal, dos livros Pequenos Milagres e Outras Histórias, Folhas Verdes e Poemas Que Latem ao Coração!

Latejando na memória, Michel Thevoz, em 1990, observa de maneira contundente “Que um artista tenha sido internado ou não, tem certamente importância no que

concerne à sua obra, porém, não mais ou menos que qualquer outra determinação biográ� ca”. Em contraste, o diagnóstico das telas de Rodrigo de Souza Leão (1965-2009) representa o desdobramento das palavras, contornos da expressão humana face à exaustão do grito singular, espontâneo e aos delírios da realidade diante de si numa experiência vivida, sentida e acidentada. Visão da fúria e desilusão contagiadas na presença das cores. Lugar de resistência, cólera, na condição humana derretida entre labirintos e hermetismos. Desenrolar das amarras pela euforia e saturação de remédios cromatizados, alargando o campo da experimentação com tintas básicas em apelos � gurativos contorcidos por pinceladas retas em toda brutalidade prévia: recorrências para a mente dividida na sua incompletude, insubordinada individualidade e alternativas em trânsitos permanentes à procura da originalidade.

Numa extensão e desenvolvimento do ato criativo à procura da originalidade expositiva, fascinado por Baudelaire, Van Gogh e Basquiat, naquilo que só a imaginação faz perceber o que pode ser, a reverberação da literatura rompe a janela da alma aprisionada entre quatro paredes numa relação voluntária ao procurar a liberdade estética e articular elementos artísticos como forças desinibidoras entre os escombros da razão instrumentalizada, porém sempre esbarrando em algo para ser livre, transitando do aparentemente conhecido para o desconhecido. Revelando cumplicidade ao extremo com a falta (sentença impositiva, reiterada, que não se pode evitar), procura desenfreada de correlações, num espaço cada vez menos

delicado. Diálogos iniciais com a necessidade colorida da Arte Marginal e correlações ressurgentes que remetem ao Grupo CoBrA de Karel Appel e Corneille van Beverloo, das décadas de 1940/50, a trajetória do h o m e m - p i n t o r se desenvolve a

partir de diálogos da poesia e da vida, identidade e � cção, muito além do controle de rastros e ruídos invisíveis. Pois a imagem torna-se testemunha visceral na crença intercambiável da visualidade e contatos fora da clausura, resultante de um rumo que quer se fazer notar, “aliada ao cuidado de se deixar distinguir”, nas palavras de Paul Valéry.

Diante da biogra� a, literatura, esquizofrenia e dissoluções formais dos motivos artísticos apresentados a partir do sofrimento pessoal e intransferível, o intranquilo espectador poderá perguntar: como a dor é fascinante? Pois ela revela-se com toda magia e � delidade, o impossível, o frágil, a inde� nição e a ausência, compostos que suspiram na subjetividade latente, impregnada de compulsão intuitiva na articulação de vozes, deixando amadurecer as implicações numa conceituação moderna da arte, que faz lembrar Baudelaire: “A modernidade é o transitório, o fugaz, o contingente, a metade da arte, cuja metade restante é eterna e imutável”. Rumo ao salto construtivo de qualquer tipo de metamorfose, a complexidade da dor prossegue na luta contemplativa e vontade dos olhos que recobrem os re� exos das emoções e o seu comportamento no desenrolar que está por vir, algum tipo de reconquista por parte do observador.

Busca-se no exame da falta, a presença, o lugar da palavra-imagem e a sensibilidade, fecundar a inclinação para suplementar este eterno e imutável desejo transcendente da arte. O movimento, às vezes esquecido, que faz o inacabado mostrar o vigor numa postura delicada recoberta por camadas superpostas de estímulos perseguido pelo homem-pintor e sensos na construção de uma linguagem no processo contínuo do ver e imaginar, vertigem que � ca na borda saliente entre quem quer conhecer e o que pode acontecer com o conhecido no terreno do desconhecido. A consequência é a procura de uma nova abordagem. A comoção rompante em (des)acordo com a condição submetida ao longo da vida. Abalado pela catástrofe de um universo caduco e as� xiante, reparando as incertezas na extensão nada aprazível do desconhecido e em contínuo processo de tentação transparente na recusa enquadrada de um sistema de modas, notas e opiniões que se confundem. A pintura quer ser lida, e a poesia, imagem. Opera-se no campo da investigação do homem-pintor desdobramento e fusão para a representação de um tipo de rearranjo que ao mesmo tempo incorpora e vai além das palavras. A percepção alarga-se de acordo com a necessidade da expressão.

Divulgação

de correlações, num espaço cada vez menos delicado. Diálogos iniciais com a necessidade colorida da Arte Marginal e correlações ressurgentes que remetem ao Grupo CoBrA de Karel Appel e Corneille van Beverloo, das décadas de 1940/50, a trajetória do h o m e m - p i n t o r se desenvolve a

Divulgação

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Page 10: Revista PQN 24

TechNOVO TABLETO tablet Google Nexus 7, desenvolvido pela gigante das buscas em parceria com a Asus, será anunciado no � nal de junho, quando acontece o evento para desenvolvedores Google I/O, em São Francisco (EUA). Dizem por aí que o aparelho concorrente do iPad custará algo em torno de US$ 199 e chegará às lojas em julho. O novo Nexus terá tela de sete polegadas, apenas câmera frontal para videoconferências e conexão Wi-Fi. A expectativa é vender três milhões de unidades do aparelho até o � nal do ano.

TWITTER NO BRASILO jornal Financial Times anunciou que o Twitter está trabalhando para abrir escritórios em vários países, entre eles o Brasil. O objetivo do microblog é chegar ao país antes da realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016. Outros escritórios serão abertos em países como Itália, Espanha, França, Alemanha e Países Baixos.

NOVIDADESTim Cook, o CEO da Apple, revelou que a linha de computadores continua a ser importante para o negócio da Apple. Para tanto, os novos MacBook Air de 11” e 13” incluem processadores Core i5 da família Ivy Bridge com velocidades até 1,8 GHz, 4 GB de RAM e SSDs com até 512 GB de espaço. Os preços começam nos 1099 euros para a versão de 11”. Quanto aos MacBook Pro, há duas grandes novidades: a Apple acaba com o modelo de 17” e introduz uma versão de 15” especial, o modelo de Nova Geração com ecrã Retina, de alta de� nição. Já as versões de 13” e 15” “normais” também estão, agora, equipadas com processadores Core i5 e Core i7 Ivy Bridge, portas USB 3.0 e placas grá� cas Nvidia GeForce GT 650M. Os preços começam nos 1299 euros para a versão mais em conta.

TESTAMOSApós muita expectativa, a Samsung

lançou no mercado brasileiro o Samsung Galaxy SIII, com um

tamanho de 8.6mm, peso de 133g e sistema Android 4.0 (Ice Cream

Sandwich). Com preço sugerido de R$ 2.099,00, o aparelho tem design

orgânico inspirado na natureza.

Se comparado com outros smartphones, o Galaxy SIII é

um celular mais inteligente, cujas características

foram desenvolvidas para facilitar a vida

do usuário, ele supera o desempenho dos

antecessores da família Galaxy.

Verifi camos alguns pontos positivos:

- mantém a tela de 4.8’ acesa enquanto o usuário estiver olhando para ela e permite assistir a vídeos

enquanto mensagens são digitadas; - possui câmera de 8M que captura instantaneamente

oito fotos em sequência e indica qual � cou melhor; - reconhece quando o telefone está sendo usado

para leitura de um livro ou navegação na Internet;- ao enviar uma mensagem a alguém e, ao invés disso, decidir

ligar a pessoa, basta levar o telefone ao ouvido e o aparelho automaticamente faz a ligação;

- ao ver fotos de amigos já “tagueados” no smartphone, basta clicar no rosto deles para

que o celular ligue ou envie mensagens;- alerta sobre mensagens ou chamadas perdidas;

- possibilita a transferência de um arquivo de � lme de 1GB em três minutos e de um arquivo de música de 10MB

em dois segundos, bastando apenas tocar em outro Galaxy SIII, mesmo sem sinal de Wi-Fi ou celular;

- os usuários podem conectar o Galaxy SIII, sem � o, a seus televisores e câmeras fotográ� cas transferindo imediatamente

o conteúdo do smartphone para uma tela maior para poder visualizar fotos ou assistir a vídeos;

- também pode ser usado para compartilhar qualquer formato de arquivo entre o Galaxy SIII e um tablet, PC e televisores,

com o recurso “All Share Play” independentemente da distância entre os dispositivos;

- oferece acesso a jogos premium de redes sociais; - sincroniza as fotos e vídeos para o seu ‘Dropbox’;

- Sistema de Vídeo Codec: MPEG4, H.264, H.263, DivX, DivX3.11, VC-1, VP8, WMV7/8 Gravação e Playback: Full HD (1080p);

- Sistema de Áudio Codec: MP3, AMR-NB/WB, AAC/AAC+/eAAC+, WMA, OGG, FLAC, AC-3, apt-X.

O novo Samsung é um bom aparelho, mas usa o processador quad-core Exynos para o S3. Cada core tem 1.4GHz e o dispositivo

tem 1GB de RAM, além de usar os processos 32nm. A bateria dura pelo menos um dia e o processador não tem demonstrado

ser tão efi ciente quanto outros chips já conhecidos. Tem chassi de policarbonato, que dá uma sensação de material mais

barato, deixando o aparelho simplório, o que pode levar alguns consumidores a aguardar o lançamento do iPhone 5 que deve ser revestido com material chamado liquidmetal. O design do

aparelho também não traz um grande diferencial, falta um visual com características realmente únicas.

O S3 nos remete a outros aparelhos que a Samsung já fez.

ESPIONAGEMO Windows Phone 8, codinome Apollo, irá integrar chamadas de voz e vídeo via Skype, de acordo com imagens obtidas pelo site NokiaInnovation.com. As imagens, que segundo o site vieram de uma fonte anônima, também mostram alguns detalhes da nova interface da câmera no Windows Phone 8 e de uma ferramenta para monitoramento do uso de dados. O aplicativo Nokia Drive 3.0 é mostrado em outra imagem, embora seja provável que este recurso seja disponibilizado como uma atualização para os proprietários de aparelhos Nokia com o Windows Phone 7.5, oferecendo aos usuários relatórios atualizados sobre o trânsito e informações sobre recálculo de trajetos.

TABLET DA MICROSOFTA Microsoft anunciou o Surface, seu tablet com Windows 8. O dispositivo enfrentará os aparelhos com Android, mas com uma estratégia distinta e arriscada. Para atrair os consumidores, a empresa de Bill Gates apostou numa combinação entre lazer e trabalho. Ao mesmo tempo em que funciona como tablet, o Surface também pode ser usado como um PC tradicional, sobre a mesa. O teclado foi incorporado à capinha, e o corpo do dispositivo tem uma aba que o deixa de pé sobre uma superfície plana. Se funcionar como prometido, será um computador ultraleve, mais leve que os novos ultrabooks.

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O sinal dos novos tempos

Jornalista, formado em Comunicação Social pelo Unicentro Newton Paiva (BH) desde 2004. Pós-graduado em Produção de Mídias Digitais, desenvolvedor de conteúdo para Internet e analista de mídias sociais.

Arquivo pessoal

Antigamente, um repórter saía atrás de uma pauta com um bloco de papel e uma caneta na mão. Bastava apurar corretamente a informação, redigir o texto e entregar

para a edição e revisão. Depois era só esperar a matéria ser publicada. A simplicidade do processo proporcionava tempo su� ciente para o jornalista se empenhar em redigir uma matéria marcante e bem elaborada.

Infelizmente para muitos, hoje em dia, isso não faz mais parte da realidade. Agora o mesmo repórter sai da redação com um poderoso smartphone em mãos. Deve, além de apurar a pauta, registrar fotos, às vezes até gravações em vídeo, a� nal todo material colhido pode ser usado. Quando chega à redação deve redigir o texto, normalmente sem passar por revisão (até mesmo porque o tempo não é su� ciente), separar as fotos, ocasionalmente

editá-las, montar uma versão online, uma versão impressa, às vezes uma televisiva e enviar para o editor. Depois disso, dependendo do assunto, ainda é convidado (para alguns convocação) a participar de um “animado” debate em vídeo ou online para falar da repercussão do tema. Esse processo é conhecido como convergência de mídias.

A dita era da informação trouxe uma série de novas responsabilidades que transformaram a rotina diária de um repórter em uma verdadeira disputa “olímpica”. Mas essa evolução das tarefas aparentemente não acompanhou o retorno � nanceiro da pro� ssão. Além disso, os jornalistas passaram a ser cada vez mais exigidos, tanto em relação às capacidades técnicas quanto à formação cultural. O repórter, em menos de uma década, não precisava entender nada sobre o Twitter, Facebook e Youtube, ou uma nova rede social. Muito menos era obrigado a escrever, editar, planejar, criar e formatar uma matéria ao mesmo tempo. Quando muito, eram cobrados dele um pouco de datilogra� a e domínio completo da língua.

E para piorar ainda mais essa tragédia grega, os jornalistas continuam sofrendo com a desregulamentação do diploma. Mensalmente, a PEC dos Jornalistas, que atualmente tramita no Senado, é adiada, congelando nossos sonhos do diploma ser novamente reconhecido. Um golpe e tanto para a categoria, uma verdadeira “tragédia”, digna de Homero. Só mesmo sendo um poderoso herói de Atenas para sobreviver a este cataclisma da informação e da falta de respeito.

Nossos heróis nessa epopeia estão agrupados em um exército desorganizado, cuja liderança tem se demonstrado incapaz de reagir à tormenta que tomou conta da categoria. As próximas páginas dessa história ainda estão por ser escritas, e não é possível vislumbrar terra � rme no horizonte.

E por falar em herói, por que será que o autor dos quadrinhos do Super Homem escolheu para o Clark Kent a pro� ssão de jornalista? Seria coincidência ou uma previsão dos tempos que estariam por vir?

porque o tempo não é su� ciente), separar as fotos, ocasionalmente

em menos de uma década, não precisava entender nada sobre o Twitter, Facebook e Youtube, ou uma nova rede social. Muito menos era obrigado a escrever, editar, planejar, criar e formatar uma matéria ao mesmo tempo. Quando muito, eram cobrados dele um pouco de datilogra� a e domínio completo da língua.

E para piorar ainda mais essa tragédia grega, os jornalistas continuam sofrendo com a desregulamentação do diploma. Mensalmente, a PEC dos Jornalistas, que atualmente tramita no Senado, é adiada, congelando nossos sonhos do diploma ser novamente reconhecido. Um golpe e tanto para a categoria, uma verdadeira “tragédia”, digna de Homero. Só mesmo sendo um poderoso herói de Atenas para sobreviver a este cataclisma da informação e da falta de respeito.

Nossos heróis nessa epopeia estão agrupados em um exército desorganizado, cuja liderança tem se demonstrado incapaz de reagir à tormenta que tomou conta da categoria. As próximas páginas dessa história ainda estão por ser escritas, e não é possível vislumbrar terra � rme no horizonte.

E por falar em herói, por que será que o autor dos quadrinhos do Super Homem escolheu para o Clark

Série Super Heroes - acrílica sobre tela60 x 60 cm - Hogenério

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COMPORTAMENTO

Meu pai é demais!

LUCIANA COELHO

Toda criança se espelha na pro� ssão do pai ao falar o que vai ser quando crescer, principalmente quando a � gura paterna possui reconhecimento em sua área de atuação. A rotina de trabalho e a relação dos pais famosos com seus � lhos podem ser encaradas da forma mais normal possível. Mas especialistas garantem que o melhor de tudo é o diálogo e a harmonia dentro de casa para que, no futuro, os � lhos não se sintam prejudicados em suas escolhas, especialmente quando não seguem os mesmos passos do pai-celebridade.

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Toda criança se espelha na pro� ssão do pai ao falar o que vai ser quando crescer, principalmente quando a � gura paterna possui reconhecimento em sua área de atuação. A rotina de trabalho e a relação dos pais famosos com seus � lhos podem ser encaradas da forma mais normal possível. Mas especialistas garantem que o melhor de tudo é o diálogo e a harmonia dentro de casa para que, no futuro, os � lhos não se sintam prejudicados em suas escolhas, especialmente quando não seguem os mesmos passos do pai-celebridade.

SARA E EDUARDO, a rotina dele é tensa mas tenho certeza que ele faz realmente o que gosta e fi co orgulhosa por isso

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E u quero ser apresentadora de TV! Eu quero ser fotógrafo! Ah, eu quero ser radialista, para que todos me

ouçam! E eu, ah, quero ser cantora!

Desde pequena, toda criança sonha com uma pro� ssão de sucesso, principalmente quando sente orgulho do ofício que o pai exerce. E alguns até seguem, na fase adulta, a pro� ssão paterna, espelhando-se no exemplo visto desde cedo em casa. A referência paterna pode acompanhar os pequeninos especialmente quando o pai é um comunicador reconhecido em sua área de atuação.

Há quem pense que ser � lho de pai famoso é fácil, mas não é. A rotina desses pro� ssionais é pesada, são horas dentro de um estúdio gravando, viagens, reuniões intermináveis, plantões, etc. Costuma até não sobrar muito tempo livre para curtir os � lhos. Às vezes isso pode tornar-se um problema e gerar consequências no relacionamento dentro da escola, como explica Sérgio Pinto, consultor pedagogo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). “Vivemos em um país onde o poder midiático transforma pessoas comuns em ‘deuses’. É importante perceber que � lhos de pessoas públicas podem perder referências e agir como se o mundo e a sociedade fossem divididos. A escola tem por objetivo democratizar o ensino, suas relações e possibilidades”, a� rma.

André Vasconcelos, jornalista e apresentador do programa Hoje em Dia, da Rede Record Minas, conta que a � lha, a pequena Isadora, de cinco anos, já se acostumou com a correria dos pais, pois a mãe, Letícia Villas, também é jornalista. Na escola, Isadora comenta muito sobre o trabalho do pai e conta que os colegas sempre querem saber como é ser � lha de um apresentador de TV. “É normal, ele é uma pessoa comum”, diz ela. Agora a resposta muda quando a pergunta é sobre o trabalho do pai e o que ela quer ser quando crescer: “Quero trabalhar na televisão, mas como a moça do tempo”, suspira. Ela só reclama de uma coisa, lembra André. “O programa passa no horário do desenho do Pica-Pau, que ela gosta tanto de ver”.

E por falar em correria, o jornalista, apresentador e colunista Eduardo Costa desdobra-se entre os programas MG no Ar, na Rede Record Minas, e o Chamada Geral, na rádio Itatiaia, além de assinar uma coluna no jornal Hoje em Dia. Ao � nal do dia entra em cena o pai da Sara, a caçula de 11 anos. Os dois não perdem uma noite sem ler juntos algum livro, momento de aproximação depois de um dia pesado. E mesmo com tão pouco tempo para aproveitar a presença de Eduardo, Sara não se queixa, pelo contrário. “A rotina é tensa, mas ele gosta do que faz e isso me deixa feliz”, conta.

Apesar de admirar muito o trabalho do pai, o desejo da pré-adolescente é ser dermatologista, espelhando-se na irmã mais velha, Fernanda, formada em Medicina.

Na escola, quando o apresentador vai buscar a � lha, já virou costume esperar o pai ter um “dedinho de prosa” com os porteiros e amigos. Sara conta que os colegas de sala, que conhecem seu pai, comentam o tempo inteiro sobre ele. “A Sara nunca chegou com uma notícia ruim, na verdade nem a Fernanda, isso me alegra muito!”, sorri Costa.

HARMONIA DENTRO E FORA DE CASA

Para Cláudia Carraro, psicóloga da Carreira e Cia, de São Paulo, é preciso brincar com a criança, falar sobre pro� ssões e estudos. Mas é necessário tomar cuidado para não transmitir os próprios preconceitos e frustrações a ela. É preciso harmonia para não criar expectativas com relação à pro� ssão sonhada ou idealizada pela criança.

E harmonia é o que de� ne a relação entre o fotógrafo Geraldo Goulart Neto, da revista mineira Encontro, e a � lha mais velha, Pollyanna, de 12 anos. Mesmo com o tempo curto devido ao

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FAMÍLIA CASTRO, os fi lhos querem seguir a área de Humanas como o pai publicitário

que se mostra todo orgulhoso por inspirá-los

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trabalho e por ser divorciado, quando estão juntos, pai e � lha curtem ao máximo o momento. Eles saem para fotografar, vão ao cinema, andam de bike em parques e praças. Pollyanna a� rma que gosta muito do trabalho do pai e con� dencia: “Adoro quando ele vai fotografar pessoas famosas, pois sempre ganho autógrafo”, brinca.

Dentro do colégio, como todos os seus amigos sabem que seu pai é fotógrafo, quando há trabalhos escolares que precisam de fotos, adivinha quem é requisitada para produzi-las? A jovem Pollyanna, claro. Mesmo gostando do trabalho do pai, ela quer seguir outra carreira, a de veterinária. E o pai apoia. “Incentivo muito a Polly nos estudos, e se esse é o desejo dela, acho ótimo, pois cuidar dos animais é muito bom”, diz o pai.

Se é preciso dialogar, o diretor de criação da Sta� Comunicação, agência sediada no Rio de Janeiro, Paulo Castro, não poupa palavras aos � lhos Giovana e Pedro, de 10 e 15 anos respectivamente. Ele conta que por ter sido pai muito jovem, tenta ser mais amigo do que autoritário com eles. Mesmo com a loucura do trabalho, viagens e não morando com os � lhos, quando estão juntos a diversão é garantida. E o esporte faz parte da vida dessa dupla. O Pedro faz futebol e gosta de correr. Já Giovana, uma atleta, faz ginástica olímpica, vôlei, natação e ainda sobra tempo para bater uma bolinha. “Sou

muito agitada e com a prática desses esportes, � co mais “controlada”, brinca a garota.

FILHO DE PEIXE, PEIXINHO É?

Há uma tendência de os � lhos escolherem seguir a pro� ssão do pai e

isso acontece devido a vários fatores, como a in� uência do pai para colocar o � lho no mercado de trabalho mais facilmente. Porém, isso pode ser uma ilusão, e aí está a importância da boa orientação dos pais. Em se tratando de seguir a carreira dos pro� ssionais famosos, há um ponto que pode gerar um grande problema. Superar a fama dos pais ou equiparar-se a ela pode levar a frustrações. Mas não signi� ca, para os � lhos, que não poderão seguir os passos dos progenitores, só que devem estar preparados emocionalmente para possíveis desilusões. “Os pais precisam apoiar os � lhos no momento da escolha, proporcionar informações e possibilidades para testar suas aptidões. É importante que eles não imponham suas vontades ou frustrações na escolha dos � lhos”, explica a psicóloga.

A relação de amizade na família Castro é muito boa, o que re� ete na admiração entre o pai e seus “peixinhos”, que pretendem seguir os passos paternos. “Acreditamos que a publicidade faz as ideias tornarem-se realidade e, quem sabe, transformar o mundo em um lugar melhor”, comentam Pedro e Giovana, que anseia ser publicitária. Já o garoto, que também curte área de humanas, deseja seguir relações internacionais.

Luciana Coelho

ISADORA, o programa do pai apresentador, André Vasconcelos, tirou da grade seu desenho favorito, o Pica-pau

Luciana Coelho

POLLYANNA, adoro quando meu pai vai fotografar gente famosa, pois ganho autógrafos dos meus ídolos

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E o que o pai pensa disso? “É ótimo. Amo o que eu faço e sou feliz. Que eles venham fazer parte desse mundo”, diz Castro.

João Daniel Ulhoa, mais conhecido como o John da banda mineira Pato Fu, acredita que a � lha Nina Takai, de oito anos, também pode seguir os passos dele e da mãe, Fernanda Takai, como cantora ou até mesmo instrumentista. “Ela canta o dia inteiro, toca bateria direitinho, e já compôe músicas. Mas, no momento, ela está mais interessada em artes plásticas do que em música”, conta o pai coruja.

Desde cedo Nina acostumou-se à com a corrida rotineira dos pais, que se dividem em gravações, viagens e shows pelo Brasil. Ela até reclama um pouco quando a viagem é mais longa, mas sabe que tem suas compensações. “Às vezes a levamos junto, quando fazemos temporadas mais longas numa só cidade e ela está em férias. E isso fê-la � car apaixonada por hotel, avião, ônibus, van, essas coisas de turnê”, brinca o guitarrista e compositor.

A interação com a banda � cou tão forte, claro, pela in� uência de Fernanda e John, que Nina cantou no disco “Música de Brinquedo”, último trabalho do Pato Fu que utilizou somente instrumentos musicais infantis. Para ela era mais uma brincadeira do dia e não percebia que estava gravando um disco, até que viu o conjunto de músicas juntas. “Este é o jeito certo de fazer as coisas, sem nenhum tipo de compromisso. Ela vem ao estúdio quando estou gravando e, às vezes, � ca um tempo, e depois vai

fazer outras coisas. Aos shows ela vai raramente, só mesmo em ocasiões especiais. Durante a turnê em Belo Horizonte Nina deu umas canjinhas, mas não teve jeito de levá-la em todas as apresentações, era inviável. Os vídeos estão no site da banda e também no YouTube”, informa John.

As instituições de ensino também são importantes nesse processo de escolha pro� ssional, tendo como tarefa auxiliar os futuros pro� ssionais. De acordo com Sérgio Pinto, consultor pedagogo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), as escolas procuram desenvolver trabalhos para ajudar o aluno nas suas dúvidas, medos e ansiedades. “Diante de tantas possibilidades e sonhos, a criança

e o jovem se confundem e podem se perder; dessa forma, a sociedade também o perde”, explica.

E nas escolas, ter um pai famoso também aguça a curiosidade de professores e alunos. John lembra que algumas poucas vezes já lhe pediram para autografar CDs. “Mas já estão acostumados comigo, sabem que sou músico. Nina fala disso na aula como qualquer outra criança comenta sobre a pro� ssão de seus pais. Faço o possível para que isso seja visto por ela como “nada demais”, fato corriqueiro que não altera em nada a realidade. Mostro que ela tem que estudar e eu trabalhar, igual a todo mundo. Não sei se nasci com o talento para ser pai, para educar, mas tenho disciplina para ser um bom pai, eu acho”, pondera o músico.

Confi ra:www.background.com.br

Como anda a imagemda sua empresa? E a concorrência?

JOHN, minha fi lha Nina sabe

cantar, compõe e ainda toca alguns

instrumentos. Mas agora ela

está interessada em artes plásticas

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AMIGO DA CRIANÇAElói Oliveira, repórter da Band Minas, foi escolhido pela ANDI - Agência de Notícias em defesa da Infância - para receber o prêmio Jornalista Amigo da Criança. Há cinco anos a ANDI não selecionava jornalistas para receber o prêmio.

Quer participar? Envie suas sugestões para:

[email protected]

ANTOLÓGICAAna Clara Brant, repórter do jornal Estado de Minas,

entrou para a história da música. Não que tenha gravado um CD, mas seu feito foi encontrar os dois garotos que

estamparam, há 40 anos, a capa do LP Clube da Esquina, de Milton Nascimento e Lô Borges. Tonho e Cacau

foram as estrelas do álbum e sequer sabiam da fama que tinham, pois todos achavam que na foto eram Bituca e Lô. Ana Clara nem acreditou quando achou os garotos. Vinda de uma tradicional família de músicos da capital mineira, ela e o fotógrafo Túlio Santos, re� zeram a antológica foto

de Carlos da Silva Assunção Filho, o Ca� , que ná época registrou os meninos sentados à beira da estrada de terra

perto de Nova Friburgo, Região Serrana do Rio.

Arquivo pessoal

MEDALHAA jornalista mineira Paula Rangel, radicada em São Paulo, foi agraciada com a Medalha da Incon� dência, honraria concedida pelo Estado de Minas Gerais. A solenidade de entrega a 192 personalidades e entidades que contribuíram para o desenvolvimento de Minas Gerais e do Brasil, aconteceu em

Ouro Preto e foi presidida pelo Governador Antonio Anastasia.

Divulgação

TIETAGEM Meu amigo Dino Sávio, diretor da

Partnersnet Comunicação Empresarial, sua esposa Márcia e a � lha Cecília,

em momento tiete com o cantor Roger Hodgson, ex-vocalista da banda Supertramp. O show em BH lotou

o Chevrolet Hall e levou a galera à loucura. E Dino avisa: Roger voltará ao Brasil daqui a dois anos e promete

gravar seu próximo DVD na terra das alterosas.

LIVROA disseminação de pragas consideradas efeitos da globalização, suas implicações sociais, econômicas e ambientais são temas centrais abordados no livro inédito “A Invasão perigosa do Mexilhão Dourado e de outras pragas – Riscos para a saúde da população e para a economia do Brasil”. Distribuído na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a Rio +20, a obra foi escrita pela jornalista e ambientalista premiada Dorinha Aguiar. Com ilustrações da artista plástica Lu Catizane, o livro é voltado para todas as idades e tem patrocínio da Eletrobrás/Governo Federal e realização do Movimento pelas Águas y Atmosfera (Maya).

PARABÉNSÚnica agência brasileira a conquistar o ouro no Clio Awards

deste ano, a mineira Per� l252 recebeu a premiação da categoria design em Nova York. O trabalho reconhecido é a

série de pôsteres criada para o Street Dance Festival. O Clio é um dos principais festivais de Publicidade do mundo.

FRANCHISINGO jornalista Humberto Siqueira foi o vencedor do Prêmio ABF Destaque Franchising 2012, categoria Mídia Impressa, com a matéria “Oportunidade de ouro”, publicada em 10 de julho de 2011 no caderno

Negócios e Oportunidades, do Estado de Minas. A matéria trata do trabalho que o Sebrae tem feito com as empresas mineiras para transformar as marcas em modelos de franquias. A premiação é concedida anualmente pela ABF aos pro� ssionais que se destacam na cobertura do franchising.

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Túlio Santos

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“Eu quero!”Envie suas sugestões para [email protected]

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para os fãsPra quem achou que ela tinha aposentado, Rita Lee volta com tudo em seu novo CD, Reza. O primeiro sucesso, a música “Reza”, está na trilha da novela global Avenida Brasil. Pela gravadora Biscoito Fino, o disco tem músicas inéditas e a participação do ex-Sepultura Igor Cavalera, tocando bateria em duas faixas: “Vidinha Besta” e “Tô Um Lixo”. Este é o primeiro de inéditas desde o “Balacobaco”, lançado em 2003. “Reza” é a melhor oração musicada já escrita: “Deus me perdoe por querer que Deus me livre e guarde de você”. Reza de proteção contra qualquer imbecil que tente jogar a sua praga e o seu veneno. Aos 64 anos, Rita Lee continua afi ada e mais “macha” que muito roqueiro brasileiro que vaga por aí com sua “cara de bandido” almofadinha e colorida. À venda: americanas.com, iTunes, submarino.com.brPreço: a partir de R$ 27,90

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apresenta novas peças da coleção “Cute”. Depois de lançar joias em formato de

bichinhos, ela apresenta novos ítens, desta vez com inspiração nas caveirinhas. As peças são

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“Cute”. Depois de lançar joias em formato de

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para o coraçãoEste presente encanta a qualquer um, principalmente aos mais românticos,

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Vai pagar quanto pelomeu cuidar?

Robhson Abreu

Jornalista da Rádio América, Advogada da Morato e Gomes Advogados Associados e Professora de Direito da UNIPAC – Betim.

Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) surpreendeu a todos no início de maio deste ano. Em determinado acórdão, a ministra Nancy Andrigui, da

Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça, decidiu, de forma inédita, que é possível exigir indenização por dano moral por causa de abandono afetivo dos pais ao a� rmar que: Amar é faculdade, cuidar é dever!

A ação foi movida pela professora Luciane Nunes de Oliveira Souza, que hoje está com 38 anos. Ela reside na cidade de Votorantim, no interior de São Paulo. A mãe e o pai nunca se casaram. Ele reconheceu a � lha aos quatro anos de idade, depois de um exame de DNA. Luciane conta que entrou na justiça depois de diversas tentativas frustradas de aproximação com o pai e que sempre sentiu a sua falta.

A briga judicial começou no ano 2000 no tribunal paulista. Na época, o pedido de indenização foi negado, pois o juiz entendeu que o distanciamento entre o pai e a � lha se deu pelo comportamento agressivo da mãe. A professora recorreu da decisão ao Tribunal de Justiça de São Paulo, que aceitou o pedido. O tribunal estadual reconheceu o abandono afetivo e decidiu que o pai deveria indenizar a � lha, por danos morais, em R$ 415 mil.

Para a relatora, ministra Nancy Andrighi, “é possível a indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais”. A ministra esclareceu que “o dano pode envolver questões extremamente subjetivas, como afetividade, mágoa, amor, entre outros. Entretanto, a� rmou a relatora, não se discute o fato de amar, mas a imposição legal de cuidar, sendo dever daqueles que geraram ou adotaram um � lho”.

A decisão abriu precedentes para a justiça e a polêmica está em pauta. Em Minas Gerais o Tribunal de Justiça tem entendimento nas diversas questões de revisional de pensão alimentícia, quando o pai alega que constituiu nova família e tem outros � lhos. O que se espera é que a paternidade seja responsável, ou seja, já que as pessoais têm a alternativa de escolher se vai ou não ter � lhos, e o Estado não interfere, como está na Constituição da República de 1988, em seu artigo 227, parágrafo 7º , a paternidade deve ser entendida em relação à autonomia para decidir responsável e conscientemente sobre ter ou não � lhos, assim como quantos � lhos as pessoas desejam ter.

Por isso, acredito que a partir de agora haverá mais cuidado por parte, principalmente dos homens, na hora de manter um relacionamento, para evitar, caso não queira, colocar um � lho no mundo.

A decisão inédita do STJ abre precedentes para que outros � lhos na situação da professora Luciene ingressem com ação na justiça.O que se observa no Direito de Família nos últimos dois anos é o aumento de leis em relação ao tema alimentos gravídicos.

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Escreva para mim: [email protected]

O jornalista Ronildo Bacardy, fã dos Beatles, em companhia do guitarrista da Banda Sgt. Peppers, Marcos Gauguin; e o superintendente do Shopping do Vale do Aço, Washington Pimenta.

Robhson Abreu

CEP TROCADOSomente poucos participantes do 12º Congresso Mineiro de Jornalismo entenderam a localização do evento. Anunciado para Ipatinga, na realidade o congresso aconteceu em Coronel Fabriciano, causando desconforto no meio político. O prefeito de Coronel Fabriciano, Chico Simões, convidado a abrir o� cialmente o evento como an� trião, não escondeu sinais de constrangi-mento ao assumir a tribuna do Teatro João Paulo II, no Unileste. Atrás dele havia um enorme banner destacando o congresso como realizado em Ipatinga, cujo prefeito, aliás, nem sequer compareceu.

COMEMORAÇÕESO mês de maio encerrou no Vale do Aço antecipando as comemorações do Dia da Imprensa, comemorado o� cialmente no dia 5 de junho. No dia 29, a Prefeitura de Coronel Fabriciano ofereceu aos pro� ssionais um jantar com direito a sorteio de brindes e música ao vivo nos salões do Hotel Metropolitano. No dia seguinte, foi a vez da Cenibra reunir os pro� ssionais de comunicação, também em Coronel Fabriciano, no restaurante Cheiro de Pimenta.

GENTE DE CASAO cerimonial de abertura do Congresso Mineiro de Jornalistas registrou a presença de autoridades da Região Metropolitana do Vale do Aço que atuaram vários anos no jornalismo regional, como o prefeito de Timóteo, Sérgio Mendes, e o vereador Marcos da Luz, de Coronel Fabriciano. O presidente da Câmara de Ipatinga, Nardyello Rocha, enviou uma carta justi� cando a ausência. Não compareceu à solenidade por estar exercendo a função de comunicador. O vereador atuava, naquele momento, como comentarista esportivo na transmissão do jogo de estreia do Ipatinga na série B do Campeonato Brasileiro.

No coquetel de abertura do Congresso Mineiro de Jornalistas, no Vale do Aço, o ex-ministro Franklin Martins com o grupo de profi ssionais mineiros: William Saliba, Franklin Martins, Vilma Tomaz, Mariana Goulart, Nadieli Sathler, Kênia Santos, Jaílton e Edmilson Araújo.

SAÚDEPara apresentar o medicamento Xarelton à imprensa brasileira, a Bayer reuniu cerca de 50 jornalistas de vários estados brasileiros no workshop “Saúde cardiovascular em cena”, no Gran Hyatt Hotel, em São Paulo. Segundo o presidente da

Bayer do Brasil, Theo van der Loo, que abriu o evento, o Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o medicamento – aprovado pela Anvisa para a prevenção de AVC, embolia sistêmica em pacientes com � brilação atrial e também para o tratamento do trombo-embolismo venoso. O colunista foi um dos convidados pelo laboratório alemão.

Divulgação

Cerimonialista Carlos Souto, deputado estadual José Bonifácio Mourão, o colunista Zé Vicente de Souza e o diretor da TV Leste/Record, Edson Gualberto.

Fotos: Carta de Notícias

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Malfeitor internacional rouba grande partida de diamantes para custear um satélite

maligno de destruição em massa. Então o serviço secreto de Elisabeth de Windsor indica Mr. Bond, James Bond, para cuidar do assunto. Com bela trilha sonora, recursos eletrônicos de Sean Connery e a beleza de Jill St. John, começa o � lme. E Shirley Bassey com seu vozeirão canta: - Diamonds are forever... Símbolo de cobiça, vão-se os diamantes � cam os dedos, parafraseando genericamente... É verdade. Em todos os tempos símbolo máximo de esplendor, brilho, status e glamour, os diamantes são para sempre. Há coisas que “são para sempre”. Uma delas se chama... doce!

Doce? Aquela delícia açucarada que enfeita a mesa, faz brilhar os olhos e remata banquetes ou jantares de comidinha trivial? Sim, ela mesma: Sua Majestade, o Doce. crepe suzette ou goiabada cascão, tiramissu ou

queijadinha, não se come bem sem o coroamento festivo da sobremesa. Aliás, a preposição “sobre” já sinaliza algo superior, que está acima, em posição de destaque, inclusive na lista dos “de comer”. Depois do doce, só Porto, Sauternes, Madeira, Marsala e congêneres, mas esses são “de beber”.

Há quem dispense a sobremesa: os que são proibidos de ingerir açúcar e os que dele não gostam mesmo; e há os machões/clichê, que supõem estar realçando a sua “macheza” fazendo cara de pouco caso para os doces. Tem de tudo neste mundo; até gente que acredita em mula-sem-cabeça... Xô! Te’sconjuro, trem!

E NA HISTÓRIA?

Mas um docinho, hein? Que beleza! Na Antiguidade era um presente dos Deuses. Egípcios, persas, gregos, caldeus e contemporâneos reservavam-no aos reis e grandes senhores, todos com confeiteiro e pâtissier de plantão. Era apreciado mesmo na Idade Média, quando tudo era pecado. A culinária

árabe, em todo o Crescente Fértil, tem vasto rol deles, com sésamo,

mel e amêndoas. A Renascença elevou-o às alturas de

manjares celestes. A Áustria é a pátria dos confeiteiros,

com o que discordam franceses e italianos,

mesmo os americanos, que usam mel de bordo e outros edulcorantes incomuns nas suas sweet pies. Tirem as compotas de ruibarbo (vegetal de talos avermelhados e aroma de maçã) dos ingleses e a Inglaterra de� nha. Dá para imaginar a França sem o marron glacê? Sicilianos se perdem por uma sobremesa; ninguém esquece os canolli de creme que Connie, � lha de Don Vito Corleone, preparou (com veneno) para Don Altobello. No Extremo Oriente comem-se insetos vivos banhados em calda de � o, e reviram-se os olhos de prazer. O mundo adora doces. Os brasileiros, herdeiros da fascinação portuguesa pelos doces (consta que Portugal tem 366 tipos de doces à base de ovos, um para cada dia no ano, inclusive os bissextos!) só faltam fazer doce de tampinha de garrafa. De jiló já fazem. E de miolo de mamoeiro; e de feijão, da cultura japonesa, nissei, sansei e não-sei. Monteiro Lobato, que esteve a pique de ser amaldiçoado como racista, inventou para Pedrinho, através do Saci, coração de palmito com mel. Sem contar os doces de buriti, mangaba, araticum, araçá e cagaita.

No Sul, pela in� uência saxônica, reinam cucas e strudels. Sem mais que inventar, o Brasil faz “releituras” do singelo brigadeiro, que ganha patente de superstar. No auge da saturação, o brasileiro, que já não canta as mariolas de Cochoeiras de Macacu, desandou a jogar chocolate “pra tudo inquanto” é lado, em mais um pretexto para se manter calado diante dos interrogatórios... Os confeiteiros nacionais já não vivem sem chocolate: na massa, com raspas, em calda, granulado, no molho... Tudo coroado com cacau

GASTROETIÍLICOSOCIAL

Quem é rei nunca perde a majestadeANDRÉA PIO

reis e grandes senhores, todos com confeiteiro e pâtissier de plantão. Era apreciado mesmo na Idade Média, quando tudo era pecado. A culinária

árabe, em todo o Crescente Fértil, tem vasto rol deles, com sésamo,

mel e amêndoas. A Renascença elevou-o às alturas de

manjares celestes. A Áustria é a pátria dos confeiteiros,

com o que discordam franceses e italianos,

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polvilhado por riba, claro. Ah, e pizza de chocolate e farofa de pimenta biquinho com pingos de... chocolate. Excesso de imaginação ou escassez? Certo é que os nossos confeiteiros nem imaginam o que é a compota de mugango maduro e, pior, fazem o divino olho de sogra com massa de batata doce... Tirante o bairrismo, Minas Gerais é o pedaço mais doceiro do Brasil. Deus do céu, como o mineiro (ainda bem) faz e come doce! Já comeram doce de jambo? De jaca, de nêspera, de limão-rosa ou capeta? Não há fruta nacional que não vire doce, destino aonde chegam também as não autóctones, como a lichia e o alperce. Fora as mil adaptações, como a maria-mole (todo mundo já foi criança, embora alguns adultos se recusem a abandoná-la) variação do marshmallow. Inconcebível um ajantarado sem o arremate de cocadas em dezenas de tipos, compotas de goiaba, � go, mamão verde, abóbora,

marmelo, cidra, pera d’água, carambola (faço muito, na safra), pêssego miúdo..., e sei lá mais o quê, desde que tenha queijo mineiro. Fora o costumeiro doce de leite, de colher e de corte, e o arroz doce, e as pastas de doces em barra, e a baba de moça, mais os brasileiríssimos quindins de Iaiá, curau, pé-de-moleque, melado... A lista não acaba nunca. Só em Minas existem os doces rendados de Carmo do Rio Claro, delícia da boca e dos olhos; os pingos-de-queijo de Araxá; os rocamboles de Lagoa Dourada; o imperdível doce de leite de Viçosa, as goiabadas de Ponte Nova (outra perdição), o... a...

Tudo feito como manda o � gurino: em enormes tachos de cobre e mexido com colher de pau. Haja muque, Meu Deus! E haja cana para produzir tanto açúcar!

Se, numa trágica eventualidade, a cana for extinta no Planeta, não tenham dúvida: os cientistas vão inventar um

tipo de açúcar o� cial, porque o Planeta não vive sem doces. A� nal, como os diamantes, os doces são eternos!

Como o risco de extinção da cana ainda é improvável (até carro não vive sem cana) deleite-se com as obras, de doces.

Darling de celebridades, tais como Madonna e Claudia Shiff er, aqui Eric Lanlard, confeiteiro francês de nascimento e inglês de coração, mostra porque ganhou fama ao revolucionar a pâtisserie do Reino Unido.

O autor aborda reminiscências íntimas e suas relações familiares na feitura dos doces.

A obra retoma a prática de preparar esses pratos de forma descomplicada, recompensadora e sem estresse. As receitas são dividas em nove categorias, entre elas: pães de ló, tortas, merengues, massas e biscoitos. Cada receita recebe no início dos capítulos anotações das preferências e sugestões do chef, como se fossem segredos de família divididos apenas com os amigos próximos.

Feito em Casa - Eric LanlardEd. Larousse228 págs, R$64,90

O grande diferencial desta obra não é apenas ensinar o ponto certo do pé-de-moleque ou da geleia.

Annie vai além e ensina como elaborar embalagens especiais para acomodar as gostosuras. Todas simples, fáceis de fazer e pra lá de charmosas, bastam uma colherada de originalidade e uma pitada de criatividade para transformar um simples bolinho na estrela principal de qualquer ocasião. Mesmo que não tenha motivo algum, é de bom grado oferecer um mimo feito por nossas próprias mãos, inclusive a embalagem.

Guloseimas, biscoitos & cia e celebrações. Sempre há uma receita saborosa e uma embalagem para qualquer data, seja ela a mais trivial - como um aniversário ou simples reunião de amigos - seja festa de inauguração da nova casa, e por aí vai.

Gifts de Cozinha – Annie RiggEd. Melhoramentos, 175 págs, R$ 59,00

Mini é max. Depois que a atriz inglesa Joan Collins exigiu aperitivos que pudessem ser saboreados de uma só vez para não borrar o batom, a forma de apresentar guloseimas e petiscos nunca mais foi a mesma.

Estava aí criado o conceito fi nger food: pegar com os dedos e saborear “de uma vezada”. Nem mesmo a doçaria com tantas peculiaridades escapou da nova vertente.

Aqui as autoras reuniram ingredientes tradicionais na doçaria, como coco, abóbora, chocolate, etecétera e tal, em mais de 70 versões. Incluem pitéis para Páscoa, Natal, Halloween, Casamento e Bodas, Batizado, Dia dos Namorados, das Mães, dos Pais... Além das sugestões de doces criados especialmente para estas ocasiões, há breve relato da origem e signifi cado dessas datas.

Festas em Miniatura – Flávia Calixto, Roberta Vianna e Taissa CalixtoEd. Senac SP, 230 págs, R$64,90

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RP EM PESQUISA A Aberje, em parceria com a Universidade de São Paulo, por meio do GENN – Grupo de Estudos de Novas Narrativas - e com a ULBRA - Universidade Luterana do Brasil - está conduzindo no Brasil o Estudo Transcultural, sobre Liderança em Comunicação Empresarial e Relações Públicas. A pesquisa internacional organizada pelo Instituto Plank para a Liderança em Relações Públicas da Universidade do Alabama (EUA), patrocinada pela Heyman Associates e IBM, tem o intuito de conhecer como as constantes e rápidas mudanças políticas, econômicas e sociais estão impactando nas rotinas e desempenho das áreas de Comunicação Empresarial e RP. O resultado possibilitará a comparação com os demais países participantes do estudo: Alemanha, Áustria, Chile, China, Índia, Letônia, Estônia, México, Rússia, Singapura, Coreia do Sul, Espanha, Suíça, Taiwan, Reino Unido, Estados Unidos e a cidade-estado de Hong Kong.

PREMIAÇÃOOs alunos do quinto semestre do curso de Relações Públicas da Universidade de Sorocaba realizarão a terceira edição do Prêmio Maria Aparecida Oliveira de Comunicação Empresarial e Relações Públicas, no próximo dia 28 de junho, no auditório central da universidade. Este ano, alunos, professores e a coordenação do curso homenagearão, por meio da categoria “Amigo das Relações Públicas”, diversos pro� ssionais que incentivam a pro� ssão em várias categorias, como o vice-presidente de planejamento da ABRP, Marcus Vinícius Bonfi m; o Arcebispo de Sorocaba, Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues; o secretário de Comunicação da Prefeitura de Sorocaba, Valter Calis; o vereador da Câmara Municipal de Sorocaba; o pastor Luís Santos e a professora e pesquisadora Doutora Mirian Cristina Carlos Silva.

NOVOS CURSOSEm tempos de crise global, diversas instituições de

ensino estão fechando seus departamentos de ensino em Comunicação, outros reduzindo o número de vagas e até mesmo há aqueles em que as próprias instituições

estão fechando. Pensando em voltar a crescer e se tornar referência na área de Comunicação, o Centro Universitário

Sant’Anna começou do zero. Fez um estudo detalhado com pro� ssionais de mercado, estudantes de nível superior

e médio, em empresas de comunicação e com egressos de seus cursos e criou uma nova matriz para os cursos de Jornalismo, Publicidade, Relações Públicas, RTV, Fotografi a e Design. Os novos cursos estão focados em duas grandes áreas: Comunicação Empresarial e Produção Audiovisual

e possuem disciplinas que re� etem as necessidades do mercado pro� ssional, mas sem perder a base. Além disso, a

coordenação está fechando parcerias com empresas para refazer os laboratórios e salas temáticas, e ainda reativou a

Agência de Comunicação Integrada, o Núcleo Integrado de Pesquisa em Comunicação e o Programa de

Bolsas para Iniciação Científi ca.

Arquivo Pessoal

ESPELHOS DE RPPodemos dizer que a pro� ssional que serve como espelho da pro� ssão nesta edição é prata da casa, isso porque Fabiana Moreira é uma presença constante na revista PQN. Mas, por que esta pro� ssional é um exemplo em nossa área? Fabiana é uma dessas pessoas que depois de vários anos dedicados à educação, percebeu que precisa encontrar novos rumos e, mesmo sendo desacreditada por muitos, foi atrás de seu sonho. Fez vestibular, entrou na Cásper Líbero e cursou Relações Públicas. Ainda na faculdade, trabalhou em diversas empresas de pequeno e médio portes até ir parar na Junior Achievement São Paulo (Jasp), uma ONG que atua no desenvolvimento do empreendedorismo. Mas, como em toda organização não governamental, o orçamento para comunicação era zero e a credibilidade das ações de RP nulas.

Contra todas essas adversidades, Fabiana se formou e fez a área de comunicação da Jasp crescer e se destacar. Nesse mesmo período dedicou-se às mídias sociais quando muitos ainda desacreditavam que elas se tornariam fortes. Porém, mais uma vez a vida de Fabiana deu uma reviravolta e ela não apenas saiu da ONG, como enfrentou sérios problemas de saúde que levaram-na a uma cirurgia bariátrica. Hoje, quase dois anos depois, ela gerencia uma grande rede de estacionamentos em São Paulo, é professora de Relações Públicas, desenvolve diversas ações comunitárias e continua se aperfeiçoando. Por tudo isso, FABIANA MOREIRA é um dos espelhos de Relações Públicas.

ESPELHOS DE RPPodemos dizer que a pro� ssional que serve como espelho da pro� ssão nesta edição é prata da casa, isso porque Fabiana Moreira é uma presença constante na revista PQN. Mas, por que esta pro� ssional é um exemplo em nossa área? Fabiana é uma dessas pessoas que depois de vários anos dedicados à educação, percebeu que precisa encontrar novos rumos e, mesmo sendo desacreditada por muitos, foi atrás de seu

Contra todas essas adversidades, Fabiana se formou e fez a área de comunicação da Jasp crescer e se destacar.

Arquivo pessoal

Mande seu e-mail pra mim: [email protected]

DE CASA NOVAA Relações Públicas Natália Lima, formada pela

Universidade Federal da Paraíba, assumiu recentemente o cargo de Assessora de Comunicação do Conselho Regional

de Engenharia e Agronomia de Rondônia (Crea-RO).

Universidade de

, diversos pro� ssionais que

Divulgação

CONFERÊNCIAA agenda da 6ª edição da Conferência Comunicação Interna & Endomarketing, marcada entre 28 e 30 de

agosto, em São Paulo/SP, está completa. Ao todo 27 casos práticos de diversos segmentos, três workshops exclusivos,

think-tank, wrap-up, speednetworking e um painel com diretores. Saiba mais: www.comunicacaointernabh.com

Page 25: Revista PQN 24

Um grande encontro político e empresarial marcou o lançamento da obra “Riquezas

de Minas”, em São Paulo. O livro, que reúne reportagens publicadas pelo jornal Estado de Minas com textos de Zulmira Furbino, crônicas de A� onso Romano de Sant’Anna e fotos de Mário Castello, foi lançado em primeiro lugar no Espaço Minas Gerais, no centro da capital paulista, para apresentar as vocações do estado para investidores e marcar presença na cena política. O governador

Antônio Anastasia e o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, participaram da solenidade.

A escritora e jornalista Zulmira Furbino acredita que é importante divulgar a diversidade mineira para os outros estados brasileiros. “A ideia é mostrar o que acontece na economia mineira, os desa� os, as riquezas. Viajamos quase cinco meses por várias regiões do Estado para reunir essa série de matérias, foi

uma aventura”, disse.

O fotógrafo Mário Castello a� rmou que não tinha ideia do que iria encontrar, mesmo conhecendo Minas Gerais. “Comecei a ver outros horizontes além do que eu já conhecia, fui, aos poucos, conhecendo mais e mais a riqueza que é Minas. Foram muitas surpresas ao longo do trabalho”, a� rmou o fotógrafo, que � cou impressionado com os constrastes geográ� cos, com as várias culturas, sotaques e paisagens diferentes.

VITRINE

Para o governador Antônio Anastasia é importante “apresentar” Minas a São Paulo no Espaço Minas Gerais, que � ca no bairro de Higienópolis, uma casa para realização de encontros e rodadas de negócios no � m da avenida Paulista, coração da cidade. “É uma inciativa muito feliz de iniciar o lançamento aqui por São Paulo, que é a capital cultural não só do Brasil, mas das Américas. O livro é uma demonstração, um caleidoscópio das nossas riquezas, das diversas regiões, nossa pujança econômica, nossa gastronomia. É permitir que todos conheçam e visitem nosso Estado, onde serão muito bem-vindos”, a� rmou o governador. “A iniciativa aproxima ainda mais São Paulo de Minas Gerais”, completou o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Minas Gerais é hoje quase uma unanimnidade, todos gostam, mas muitos não conhecem bem, por isso optou-se por divulgar a obra em outros estados. O trabalho mostra bem o lado bem sucedido, o que deu certo e o que ainda há por fazer”, disse o presidente do Banco Rural, João Heraldo de Oliveira, que patrocinou a obra. “Riquezas de Minas” foi lançado em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte. Durante a cerimônia de lançamento, o Estado de Minas e o Banco Rural doaram à rede pública de ensino de Minas Gerais e de São Paulo 250 exemplares do livro.

LANÇAMENTO

Livro mostra as riquezas de Minas

PAULA RANGEL

Divulgação

Jornal Estado de Minas lança obra com reportagens e fotogra� as sobre as potencialidades mineiras com a presença de várias autoridades no Espaço Minas Gerais, em São Paulo.

O fotógrafo Mário Castello a� rmou que não tinha ideia do que iria encontrar, mesmo conhecendo Minas Gerais. “Comecei a ver outros horizontes além do que eu já conhecia, fui, aos poucos, conhecendo mais e mais a riqueza que é Minas. Foram muitas surpresas ao longo do trabalho”, a� rmou o fotógrafo, que � cou impressionado com os constrastes geográ� cos, com as várias culturas, sotaques e paisagens diferentes.

Divulgação

LIVRO, a diversidade das riquezas de Minas contada para todos os Estados

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Page 26: Revista PQN 24

É bom falar em Comunicação de interesse público

Relações Públicas, especialista em Gestão

Estratégica da Comunicação Organizacional

pela ECA/USP, mestrando em Ciências da

Comunicação com estudos sobre memória

organizacional e storytelling. Gerencia

o portal Mundo das Relações Públicas

(www.mundorp.com.br) desde 1997. É

analista de tendências da Ideafi x

Estudos Institucionais e professor da

Aberje.

Arquivo pessoal

Comunicação Pública é toda a comunicação de interesse e utilidade para o cidadão, tendo a interatividade como ferramenta de diálogo, com caráter formal e o� cial. Ela

busca orientar o usuário com informações úteis e racionais, sem subjetividades. Todavia, num panorama em que os partidos políticos ainda não se consolidaram; em que os governos são de coalizão e cooptação - e assim pautam suas práticas; e no qual os partidos políticos acham que têm direito a espaços no governo mediante a ausência de burocracia estável, tumultuando a compreensão das pessoas sobre a função de cada órgão, é bastante complicado trabalhar efetivamente com comunicação nesse campo.

O campo da Comunicação Pública é uma área estratégica para construção e consolidação de uma sociedade civil democrática, que contribui para desenvolver um Estado de direito justo e participativo, no qual os processos de comunicação entre o governo e o cidadão contribuem para o benefício comum.

Pro� ssionais de comunicação e interlocutores que se utilizam do campo da Comunicação Política freqüentemente incorrem na tentação de – devido à ênfase no uso de ferramentas de comunicação de massa e discurso persuasivo – eclipsar uma proposta de Comunicação Pública mais progressista. Acabam favorecendo a grupos e indivíduos que querem se aproveitar da sociedade para obter vantagens pessoais em detrimento de uma política de fortalecimento da sociedade pela representação democrática dos interesses da coletividade.

O processo de descrédito das instituições públicas e o desgaste da imagem do governo e de seus órgãos executivos e representativos demonstram a urgente necessidade de se promover uma grande reforma nos conceitos que regem o uso das ferramentas e processos comunicativos do Estado. Aliás, é um imperativo a exigência de que os governos procurem estabelecer projetos e procedimentos que promovam o fortalecimento das instituições do Estado e não dos partidos políticos no poder ou da gestão governamental ora no poder.

Tornar conhecidas as instituições públicas, tanto pela comunicação interna quanto externa, estabelecendo uma imagem positiva e uma identidade sólida estão entre os maiores desa� os para os pro� ssionais de comunicação nesse campo. Nesse sentido, é muito importante que esforços de comunicação da instituição pública comecem com o público interno.

Os funcionários públicos precisam conhecer amplamente os serviços oferecidos aos cidadãos, pois eles são os porta-vozes do governo para o público geral. Por outro lado, é o funcionário público que, ao atender a população, conhece seus problemas, di� culdades e críticas, e tem condições de trazer para dentro da instituição as questões a serem aprimoradas para uma oferta mais e� caz do serviço público.

Entendo que os pro� ssionais de relações públicas, jornalistas, publicitários e demais participantes da gestão dos processos comunicacionais dos órgãos governamentais, empresariais e de organizações do terceiro setor são peça fundamental para que essa visão de uma Comunicação Pública com vistas à consolidação dos processos democráticos e desenvolvimento de uma consciência cidadã seja compreendida e pleiteada pela sociedade.

A educação e conscientização são fundamentais para que esse movimento de valorização da relação Estado-cidadão seja implementado progressivamente, e a conscientização da responsabilidade desses pro� ssionais em todo esse processo é, sem dúvida, um grande desa� o.

implementado progressivamente,

compreendida e pleiteada

movimento de valorização

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Arquivo Pessoal

EXPOAGRO 2012De 13 a 22 de julho, Governador Valadares receberá a Expoagro 2012 – a Exposição Agropecuária, no Parque de Exposições José Tavares Pereira. Na programação, concursos leiteiros, de marchas, julgamentos e ranqueadas de todas as raças, além de rodeios, shows de músicas e praça de alimentação. Na coordenação, o presidente da União Ruralista Rio Doce, o pecuarista André Merlo.

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NOVA DIREÇÃOO médico Manoel Arcísio de Araújo é o novo presidente da Unimed-Governador Valadares. Posse festiva, com jantar reunindo autoridades e associados no Clube Filadél� a.

MCB: LUXOO colunista Márcio Castelo Branco, sinônimo de luxo e glamour, já prepara a edição anual da revista MCB. A sociedade valadarense aguarda ansiosamente a publicação que promete muitas novidades este ano.

TIM LIMAO jornalista Tim Lima está comemorando 25 anos de jornalismo. Ele iniciou a carreira no Diário do Rio Doce e depois fundou seu jornal Olho Mágico. Com seu irmão Marquinhos,

ele faz elogiado trabalho de divulgar o Leste mineiro e promover festas bene� centes de Responsabilidade Social. O jantar de Bodas de Prata aconteceu na Chopperia Dom Pedro, com elegante rodísio de massas � nas.

FEIJOADA ZVS 2012Dia 21 de julho, este colunista promoverá mais uma de suas tradicionais festas – a Feijoada ZVS 2012.

Na ocasião, estarei comemorando o meu aniversário e reunindo meus � éis amigos. O almoço, marcado para as 12 horas, será promovido no Restaurante Santorini do Hotel Realminas, na Praça Serra Lima. Modéstia à parte, a Feijoada ZVS é a mais elogiada do Leste de Minas e este ano tem apoio da nossa PQN. Destaque para a elegante Beatriz Romanó Esteves Peixoto, patronesse da Feijoada ZVS 2012.

KUMONA professora Marley Castellan Armond

tem sido bastante elogiada por sua atuação como coordenadora do Método

Kumon, em Governador Valadares. Ela acaba de inaugurar ampla sede com

mais conforto e espaço para seus alunos de Português e Matemática,

na rua Graça Aranha, bairro Esplanada. Comemorando 35 anos na América do Sul, o

Kumon estimula seus alunos a se desenvolver cada vez mais. Orientação individualizada e material didático autoinstrutivo.

Divulgação

Divulgação

Aguardo suas sugestões e notas:

[email protected]

PREMIAÇÃONo início de maio, o jornal MG Turismo, do competente Antônio Claret, promoveu sua tradicional festa, o Prêmio MG Turismo. Entre os homenageados deste ano estavam Braz Pagani, presidente do PT do B de Três Corações. Ele recebeu o prêmio na categoria “Personalidade

In� uente”. Já o Destaque Legislativo foi para o vereador do PT do B, Edinho Ribeiro. No evento, presenças importantes como a secretária de Estado da Casa Civil e Relações Institucionais, Maria Coeli; os deputados federais Eduardo Azeredo, Gabriel Guimarães e Enzo Braz, entre outras autoridades.

Divulgação

Os advogados Antônio Fernandes e Mauro Bonfi m

Edison Gualberto e Bonifácio Mourão

O casal Délio e Clermen Perim

A dentista Cláudia Starling e o jornalista William Saliba

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Artesan almentemelhor!Quem disse que ter o domínio de um setor é sinal de que ele não muda?

Assim tem sido com a cerveja, que, como outros produtos, tem mudado a

rotina de muitos consumidores. Há alguns anos, intensifi cou-se o processo

de produção de cerveja artesanal, que visa a um produto melhor, direcionado

a um público exigente, que paga mais caro, mas que tem um retorno bem

melhor do que as cervejas convencionais. Se nesse mercado há uma

cervejaria ou um grupo dominante, nele também há um grande e potencial

espaço para algo mais qualifi cado, que vem sendo descoberto pouco a

pouco no Brasil. São as microcervejarias conquistando os brasileiros!

CAPA

JOÃO VÍTOR VIANA

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Page 29: Revista PQN 24

Artesan almentemelhor!

A cerveja é um produto milenar. Há registros de que ela já existia há mais de seis mil anos, na Mesopotâmia. Há versões de que surgiu por acidente, a partir de um pão de centeio estragado, que mais tarde foi usado para a fabricação da cerveja. Alguns

pedaços de pão teriam sido misturados à água para que houvesse a fermentação alcoólica, o que é muito diferente da bebida que temos atualmente. Há também relatos segundo os quais era preciso bebê-la usando uma palha, que � ltrava os resíduos sólidos do composto,

impensável nos tempos atuais. O certo é que, com o tempo, essa técnica de produção foi aperfeiçoada, ingredientes foram adicionados e a cerveja caiu no gosto popular. Apreciada no mundo todo, ela também é um dos passatempos do brasileiro que, principalmente nos

� nais de semana, gosta de sentar em barzinhos ou restaurantes e tomar uma cervejinha acompanhada de um bom tira-gosto.

O Brasil, ainda que atrás de muitos países com relação ao consumo per capta de cerveja – República Tcheca, Irlanda, China, Estados Unidos e Alemanha estão bem na frente – � gura como grande fabricante da bebida. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, em 2007

nosso país esteve entre os quatro maiores fabricantes de cerveja do mundo, com um volume anual de cerca de 10,34 bilhões de litros, o que gerou um faturamento de R$ 25,8 bilhões. Hoje,

a produção gira em torno de 14 bilhões de litros e o faturamento é ainda maior. Mas quando o assunto é cerveja artesanal, os números caem. O volume corresponde a menos de 1% do que

movimenta a cervejaria industrial.

Divulgação Wäls

� nais de semana, gosta de sentar em barzinhos ou restaurantes e tomar uma cervejinha acompanhada de um bom tira-gosto.

O Brasil, ainda que atrás de muitos países com relação ao consumo per capta de cerveja – República Tcheca, Irlanda, China, Estados Unidos e Alemanha estão bem na frente – � gura como grande fabricante da bebida. Segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, em 2007

nosso país esteve entre os quatro maiores fabricantes de cerveja do mundo, com um volume anual de cerca de 10,34 bilhões de litros, o que gerou um faturamento de R$ 25,8 bilhões. Hoje,

a produção gira em torno de 14 bilhões de litros e o faturamento é ainda maior. Mas quando o assunto é cerveja artesanal, os números caem. O volume corresponde a menos de 1% do que

movimenta a cervejaria industrial.

nosso país esteve entre os quatro maiores fabricantes de cerveja do mundo, com um volume anual de cerca de 10,34 bilhões de litros, o que gerou um faturamento de R$ 25,8 bilhões. Hoje,

a produção gira em torno de 14 bilhões de litros e o faturamento é ainda maior. Mas quando o assunto é cerveja artesanal, os números caem. O volume corresponde a menos de 1% do que

movimenta a cervejaria industrial.

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O Sindicato das Indústrias de Cerveja e Bebidas de Minas Gerais (Sindbebidas-MG) indica que o crescimento das cervejas industriais é de 3% ao ano, enquanto as artesanais estão em um ritmo muito mais acelerado: 15%. O diretor do sindicato, Marco Falcone, informa que nos próximos três anos várias microcervejarias serão abertas no Estado que, aliás, é o grande produtor de cervejas artesanais. “Minas Gerais é o Estado que mais produz cerveja artesanal no Brasil, estando à frente do Rio Grande do Sul, que produz 120 mil litros mensais e de Santa Catarina, com 100 mil litros. Minas produz 200 mil litros a tendência é aumentar”, informa.

PRODUZINDO ARTE

E é nesse mercado ascendente que a cerveja artesanal tem apostado. Um nicho que ainda não incomoda as grandes empresas que dominam o setor. Atendendo a um público exigente, de maior poder aquisitivo, a cerveja artesanal tradicionalmente é de melhor qualidade, exige um preparo especial e é produzida em menor escala que as chamadas industriais. No Brasil, ela ainda

detém números tímidos, algo inferior a 1%. No entanto, nos últimos anos, a procura por um produto melhor, ainda que mais caro, tem sido maior.

Sem especi� car quantos litros de cerveja fabrica por mês, José Felipe Carneiro, empresário e mestre cervejeiro da Wäls, em Belo Horizonte, a� rma que produz obra de arte e não uma cerveja comum. “Procuramos a qualidade para atingir o nosso público, que é exigente e culturalmente elevado”, conta.

A cervejaria dos irmãos José Felipe e Tiago Carneiro ganhou o prêmio de melhor cervejaria da América do Sul em março desse ano, em Blumenau, durante o South Beer Cup, principal evento do setor, que contou com mais de 400 rótulos, divididos em 23 categorias. Com oito tipos de cervejas diferentes e produzindo algumas sazonais – as feitas especialmente para um determinado evento – a Wäls foi premiada nas categorias Pilsen, com a Wäls Pilsen; Imperial Stout, com a Petroleum; e Special (cervejas que não se enquadram em nenhum dos 22 outros estilos), com a Brut. “Foi uma alegria muito grande e uma vitória para Minas Gerais”, destacou Tiago Carneiro.

Fã da cervejaria é o especialista em gestão de marcas de cervejas, Armando Fontes, que, até mesmo pela pro� ssão, é um curioso sobre a bebida. “Se eu nunca ouvi falar da cerveja, olho a embalagem. Se já ouvi falar dela, experimento para descobrir e comprovar seus encantos”, conta. “A cerveja artesanal não é só o sabor. Há também o aroma, o visual no copo correto, além de uma matéria-prima de qualidade”, destaca. “E o que tenho notado na Wäls nos últimos quatro anos é que há um grande trabalho por trás, o que é para ajoelhar e agradecer por ter uma obra de arte por perto”, completa.

O mesmo pensamento em torno da qualidade e do agrado ao público-alvo é o do empresário Marco Antônio Falcone, que juntamente com seus dois irmãos, Juliana e Ronaldo, gerencia a Falke Bier, em Ribeirão das Neves, Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Falke tem sete tipos diferentes de cerveja e outros dois tipos de chope. “São, ao todo, nove tipos diferentes. Mensalmente são vendidos mais de 10 mil litros e tem agradado ao nosso público que, a cada dia, pede por mais qualidade

e tem sido um grande aliado para a penetração do nosso produto em bares e restaurantes”, conta.

Falcone a� rma que o aumento de renda da população nos últimos anos impulsionou a produção de cerveja artesanal no país, com o que concorda o empresário Bernardo Gosling, proprietário da Gosling Beer. “A melhora da economia brasileira e o consequente aumento do poder aquisitivo do consumidor possibilitaram ao apreciador provar cervejas com valor superior, mas com qualidade e complexidade”, a� rma o empresarário. “Em Minas Gerais soma-se ainda um grande esforço das microcervejarias e da Associação de Cervejeiros Artesanais (ACERVA) em divulgar a cultura cervejeira, mostrando ao consumidor que existe um leque enorme de estilos diferentes, de altíssima qualidade e de bom custo-benefício”, complementa.

AGRADANDO A TODOS

Se de um lado o mercado permitiu que os artesãos investissem mais no negócio, melhorando a qualidade da bebida, de outro fez com que os consumidores conhecessem novos produtos, como as cervejas gourmet, mais elaboradas, com aromas e sabores únicos. E é agradando que se conquista o público, que é exigente e quer algo novo, com mais sabor, diferente.

Um desses consumidores é o dentista Paulo Henrique Fonseca. Ele a� rma que inicialmente foi a curiosidade que o fez conhecer sabores

a� rma o empresarário. “Em Minas Gerais soma-se ainda um grande esforço das microcervejarias e da Associação de Cervejeiros Artesanais (ACERVA) em divulgar a cultura cervejeira, mostrando ao consumidor que existe um leque enorme de estilos diferentes, de altíssima qualidade e de bom custo-benefício”, complementa.

AGRADANDO A TODOS

Se de um lado o mercado permitiu que os artesãos investissem mais no negócio, melhorando a qualidade da bebida, de outro fez com que os consumidores conhecessem novos

JOSÉ FELIPE, aqui na Wäls não produzimos cerveja e sim, obras de arte que encantam nossos consumidores

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diferentes, mesmo com preços mais elevados. As cervejas artesanais possibilitam um paladar mais apurado, principalmente para aqueles que querem algo melhor que o convencional. “Além de valorizarmos o pequeno produtor, ainda aprendemos sobre culturas diferentes. Hoje bebo as cervejas comuns, mas em menor escala. Desde que comecei a consumir as artesanais, mudei um pouco de hábito. Tenho adquirido mais as artesanais, harmonizando com um prato interessante e dou-me por satisfeito”, completa.

A harmonização de cervejas e pratos, inclusive, vem sendo explorado no mercado belo-horizontino. Não é difícil encontrar um cardápio que tenha a sugestão de uma cerveja e o tipo de prato que combina com ela. Em alguns bares, cardápios indicam o consumo de cervejas artesanais, como a austríaca Edelweiss, que harmoniza com saladas, carne branca, pães e queijos. Há também a irlandesa Murphy’s Stout – que tem sabor e aroma maltados remetendo ao café, com toque de cacau e nozes. Também artesanal, é indicada para ser apreciada com carnes vermelhas e sobremesas achocolatadas.

Outro apreciador das artesanais é o jornalista e editor do jornal Aqui Betim,

Daniel Seabra. Ele conta que, quando conheceu as especiais/artesanais, percebeu como era melhor beber menos, em quantidade menor, mas com uma qualidade bem acima das cervejas comerciais. Consumidor de cervejas especiais há cerca de seis anos, ele não se arrepende e nunca deixou de beber as produzidas em escala industrial. “Continuo consumindo. Mas existem momentos para vários tipos de cerveja. Em algumas horas, dependendo do lugar e do momento, não há como tomar uma cerveja especial ou artesanal. Não tenho este tipo de preconceito. Claro, se existir a alternativa, pre� ro mil vezes uma cerveja especial ou artesanal. Mas não tendo, não vejo restrição para tomar outra cerveja”, completa Seabra.

Fabiana Arreguy, jornalista e apresentadora do programa “Pão e Cerveja”, na Rádio CBN, na capital mineira, conta que conheceu a cerveja artesanal há cinco anos. Quem a apresentou foi a jornalista Cilene Saorin, durante a formação da Confece, a primeira Confraria Feminina de Cerveja do Brasil, criada em 2007. De lá para cá sua curiosidade só aumentou. Ela, que já foi juíza em vários concursos de cerveja do Brasil e do exterior, admira muito as cervejarias mineiras. “O Estado conta com microcervejarias de primeira linha, que têm feito nome até mesmo fora do país. Em Blumenau, durante o Festival Brasileiro da Cerveja, foi realizada

a segunda edição da South Beer Cup,

da qual fui jurada. Wals, Backer e Falke trouxeram importantes medalhas para suas produções, sendo que a Wäls, além de três medalhas de ouro, foi considerada a melhor microcervejaria da América do Sul em 2012. São empresas excelentes. Há várias outras espalhadas pelos quatro cantos do País”, diz.

A Confece tem como objetivo resgatar o envolvimento feminino na história cervejeira, “além de estimular o consumo responsável, dirigindo os encontros para a qualidade da bebida”, conta a assessora de imprensa Eulene Hemétrio, uma das fundadoras da instituição. O grupo é formado atualmente por 10 mulheres de diferentes idades e promove a cultura cervejeira por meio da participação em eventos, da realização de análises e harmonizações especiais, da divulgação de notícias, entre outras ações.

A PRODUÇÃO É CARA E A TRIBUTAÇÃO É ALTA

Contudo, produzir cerveja no Brasil é um fardo complicado a quem quer começar a desenvolver o ofício. O custo para se ter uma cervejaria artesanal é muito alto e muitos são os obstáculos a serem superados para que o reconhecimento ocorra. O maquinário deve ser feito sob medida e custa caro. “Além disso, quando negociamos nos supermercados, é exigido o mesmo que as grandes cervejarias pagam, assim como nos

bares. O mesmo é feito na tributação,

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DANIEL, existem momentos especiais para cada tipo de cerveja, seja industrial ou artesanal. Mas se eu puder escolher, as artesanais são as minhas favoritas

Arquivo pessoal

FABIANA, a Confece serviu para mostrar a todos que o público feminino também entende e aprecia uma boa cerveja

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que ocorre em escala. Se nosso preço é maior, pagamos mais. É uma luta muito grande”, relata Marco Antônio Falcone, produtor e diretor do Sindbebidas-MG

Apesar dos percalços, o mercado da bebida artesanal é grande. Nos últimos anos, além da procura dos consumidores por algo de melhor qualidade, dois fatores vêm contribuindo para os produtores: a maior facilidade na aquisição de matérias-primas, quase todas importadas e a criação das associações de cervejeiros artesanais (ACERVAS). “Essas entidades são fundamentais na consolidação desse movimento. A partir das associações são realizados cursos de aperfeiçoamento, eventos promocionais, compras-conjuntas de matérias-primas, entre outras”, informa Eduardo Alenda, proprietário da Alenda Bier, do Rio Grande do Sul.

Mas tudo depende de incentivo, de legislação adequada e de preocupação maior por parte de quem governa. Esse tem sido um grande problema vivido pelos produtores brasileiros. É consenso que, em caso de apoio governamental, os investimentos serão maiores, mas, enquanto isso não acontece, um passo é dado por vez. “Embora o governo não ajude, nossos parceiros reais, os consumidores, têm sido fundamentais para o nosso crescimento”, enfatiza Falcone.

Fora do Brasil, cita Falcone, alguns países têm políticas diferentes do que hoje é feito por aqui. Ele lembra que a tributação europeia deveria ser seguida por essas bandas. Na Irlanda, o governo incentiva a pequena e a média empresa. Nos primeiros anos não há tributação. Isso para que as empresas possam se desenvolver, se aperfeiçoar e com o tempo ir pagando a alíquota adequada. No Brasil é diferente.

As empresas já começam pagando caro e muitas não aguentam a tributação e encerram suas atividades. “Talvez se o governo federal incentivasse esse tipo de produção, o volume produzido e o consumo de um produto de maior qualidade aumentasse de forma considerável. O mercado é vasto, o público está � cando cada vez mais exigente. Não custaria nada se houvesse uma ajudinha aos produtores para que na mesa do brasileiro chegasse algo com melhor qualidade e sabor para aqueles que desejam algo mais re� nado, com um paladar mais apurado e que possam desfrutar da maravilha que é a cerveja artesanal”, observa Falcone.

Apesar das di� culdades iniciais, o investimento em pessoal e maquinário tem trazido resultados. A Einsenbahn, fundada há 10 anos, em Blumenau, Santa Catarina, por exemplo, contratou um mestre cervejeiro alemão com mais de 30 anos de experiência. Resultado: aumento de produção, de venda e de exportação. Hoje a Eisenbahn é comercializada em 17 estados brasileiros e exportada para os Estados Unidos e a Suíça. A Baden Baden é outra referência. Em Campos do Jordão, a empresa, com 23 funcionários, produz 11 tipos diferentes de cerveja, vendidos em várias partes do Brasil, inclusive em BH. A Cervejaria Colorado, de Ribeirão Preto, também é encontrada em várias partes do País.

Alenda a� rma que os principais benefícios para a sociedade, caso houvesse incentivo � scal, seriam o aumento de empregos, da produção e o incremento de opções diferenciadas, do incentivo ao movimento “beba menos, beba melhor” e também da valorização do que é brasileiro. “As pessoas tendem a acreditar que o que vem de fora é melhor. Mas estão descobrindo agora que o que temos aqui é tão bom ou melhor do que o que é importado. E experimentar o que é novo e de boa qualidade é algo que a população deveria e, ainda bem, está começando a fazer”, a� rma.

O proprietário da cervejaria Küd, em Nova Lima, na RMBH, Alencar Soares Barbosa, a� rma que, na atual circunstância, o setor vai demorar muito a chegar aonde quer e pode. “Somos castigados com impostos praticamente impeditivos. Um enquadramento � scal mais justo só traria benefícios, mais empregos, mais arrecadação, fomento do empreendedorismo e turismo, criação de novas microcervejarias”, desabafa Barbosa.

O proprietário da cervejaria Küd, em Nova Lima, na RMBH, Alencar Soares Barbosa, a� rma que, na

praticamente impeditivos. Um enquadramento � scal mais justo só traria benefícios, mais empregos, mais arrecadação, fomento do empreendedorismo e turismo, criação de novas microcervejarias”, desabafa

pessoas tendem a acreditar que pessoas tendem a acreditar que o que vem de fora é melhor. Mas estão descobrindo agora que o que temos aqui é tão bom ou melhor do que o que é importado. E experimentar o que é novo e de boa qualidade é algo que a população deveria e, ainda bem, está começando a

pessoas tendem a acreditar que o que vem de fora é melhor. Mas estão descobrindo agora que o que temos aqui é tão bom ou melhor do que o que é importado. E experimentar o que é novo e de boa qualidade é algo que a população deveria e, ainda bem, está começando a

O proprietário da cervejaria Küd, em Nova Lima, na RMBH, Alencar

ALENCAR, a alta alíquota de impostos impede que as microcervejarias cresçam, o que difi culta para todos

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CERVEJA ARTESANAL

Produção 2012- 950 mil litros

Faturamento 2012- R$ 2,6 milhões

Estimativa de crescimento- 15%

Quantidade de tipos- 19 estilos da bebiba

Fonte:Sindbebidas-MG

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BOCA-A-BOCA É EFICIENTE

Devido ao alto custo de produção e carga tributária, pouco sobra de verba para que as cervejarias artesanais façam uma boa divulgação de seus produtos. E em um mercado marcado pela grande concorrência, as microcervejarias acabam usando muito do boca a boca e de mídias mais baratas para divulgar seus produtos. Como há

muito custo com máquinas e insumos, o marketing tem que ser certeiro.

A Bodebrown, por exemplo, usa apenas

das mídias digitais para divulgar sua marca, além

do contato interpessoal. Já a Wäls se alia a bares e

eventos, além de utilizar a internet. Outras aderiram às mídias sociais, como a Küd, e, com esforço, patrocinam pequenos eventos, fazem pan� etos ou algo menos oneroso. Talvez com o devido incentivo isso mude e o marketing seja diferente do que é hoje.

O certo é que o mercado brasileiro está mudando. As estatísticas mostram uma preferência cada vez maior por um produto de qualidade e isso tende a continuar. Pelo menos é o que esperam os empresários do ramo. “O mercado brasileiro está se acostumando às cervejas com novas cores, aromas e sabores. É o início de um futuro próximo, onde escolher a cerveja num cardápio será tarefa tão comum como escolher pratos diferentes”, a� rma José Felipe Carneiro, da Wäls.

Atualmente, grandes redes de supermercados já possuem uma linha de cervejas artesanais à venda. “Mas é preciso que o consumidor entenda cada produto e, principalmente, descubra o seu gosto. Existem cervejas mais amargas, doces, azedas, escuras, claras, com adição de frutas, etc. É um mercado a ser explorado”, diz o mestre cervejeiro. “Há muito espaço para crescermos. As microcervejarias estão fazendo sua parte, lançando um número jamais visto de rótulos no mercado nacional”, completa Alencar Barbosa.

AS GRANDES DE OLHONAS PEQUENAS

De acordo com Fabiana Arreguy, jornalista da rádio CBN, algumas grandes companhias já começam a se voltar para esse público mais exigente que vem se formando, incorporando algumas das marcas artesanais. É o caso da Devassa, da Eisenbahn e da Baden-Baden, que hoje fazem parte do portfólio da Schin, recentemente vendida para o grupo asiático Kirin. Se quem está lá fora já enxerga o mercado brasileiro como potencial, as cervejarias daqui não � cam atrás. Tanto que as que estão se destacando no mercado têm planos de crescer cada vez mais, atingindo um público potencial e que ainda não conhece a qualidade da cerveja artesanal.

A Küd, informa Alencar Soares Barbosa, tem um projeto de abrir um brewpub onde sua fábrica funciona, agregando valor à marca. Ou seja, onde se produz, também se comercializa. A Falke Bier planeja abrir uma nova fábrica nos próximos anos a � m de aumentar a produção e, consequentemente, os lucros. Os donos da Wäls se prendem ao sucesso atual e também visam lançamentos de mais cervejas sazonais.

A Bodebrown, que hoje produz três mil litros, segundo seu proprietário, Samuel

Cavalcanti, nos próximos dois meses planeja expandir-se. “Começaremos a produzir 20 mil litros por mês. Em

dois anos, será um aumento de 550%”, conta. Outras empresas pensam em aumentar a produção, outras em começar a fazer propagandas em larga escala. Cada uma com sua meta, planejamento

e em busca de menos burocracias e impostos menos devastadores.

ramo. “O mercado brasileiro está se acostumando às cervejas com novas cores, aromas e sabores. É o início de um futuro próximo, onde escolher a cerveja num cardápio será tarefa tão comum como escolher pratos diferentes”, a� rma José Felipe

Atualmente, grandes redes de supermercados já possuem uma linha de cervejas artesanais à venda. “Mas é preciso que o consumidor entenda cada produto e, principalmente, descubra o seu gosto. Existem cervejas mais amargas, doces, azedas, escuras, claras, com adição de frutas, etc. É um mercado a ser explorado”, diz o mestre cervejeiro. “Há muito espaço para crescermos. As microcervejarias estão fazendo sua parte, lançando um número jamais visto de rótulos

A Bodebrown, que hoje produz três mil litros, segundo seu proprietário, Samuel

Cavalcanti, nos próximos dois meses planeja expandir-se. “Começaremos a produzir 20 mil litros por mês. Em

dois anos, será um aumento de 550%”, conta. Outras empresas pensam em aumentar a produção, outras em começar a fazer propagandas em larga escala. Cada uma com sua meta, planejamento

e em busca de menos burocracias e impostos menos devastadores.

A Bodebrown, por exemplo, usa apenas

das mídias digitais para divulgar sua marca, além

do contato interpessoal. Já a Wäls se alia a bares e

Devido ao alto custo de produção e carga tributária, pouco sobra de verba para que as cervejarias artesanais façam uma boa divulgação de seus produtos. E em um mercado marcado pela grande concorrência, as microcervejarias acabam usando muito do boca a boca e de mídias mais baratas para divulgar seus produtos. Como há

muito custo com

sobra de verba para que as cervejarias artesanais façam uma boa divulgação de seus produtos. E em um mercado marcado pela grande concorrência, as microcervejarias acabam usando muito do boca a boca e de mídias mais baratas para divulgar seus produtos. Como há

muito custo com

EDUARDO, a criação de entidades de cervejeiros veio unir o empresariado e fortalecer todo o setor nacional

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Nos Estados Unidos também está surgindo um movimento em torno da cerveja artesanal. Fala-se até na criação de uma nova escola cervejeira, a Americana, que viria juntar-se às clássicas escolas Belga, Alemã e Inglesa. Os americanos estão criando linhagens muito interessantes de lúpulos, o que vem conferindo novos sabores e aromas às cervejas. O movimento homebrewer (cerveja em casa) é tão grande que até o presidente Barack Obama está fazendo cerveja. A bebida foi batizada de “White House Honey Ale”, e é produzida com o mel de abelhas da própria Casa Branca. O próprio presidente, com seu dinheiro, comprou o equipamento para fazer a bebida artesanal.

E por lá existe legislação especifica para a cerveja artesanal, assim com em muitos países da Europa. “Apontaria a Irlanda como outro expoente, assim

como Alemanha e Inglaterra, que também possuem legislação específica. Nos famosos pubs londrinos, é comum que cada um tenha sua própria cerveja, produzida no local”, afirma o empresário Bernardo Gosling.

Para Gosling, “o crescimento da cerveja artesanal é irreversível em todo o Brasil, porém, em Minas Gerais um sucesso maior deve-se à ousadia, criatividade, e especialmente à qualidade da cerveja produzida aqui, equiparando-se às mais renomadas cervejarias europeias, e por vezes, com ingredientes locais que casam muito bem com o produto. O mineiro é acostumado com boa comida feita em casa, com tempero caseiro, doces, queijos e cachaças artesanais feitos com alto padrão de qualidade. Isso favorece que uma cerveja elaborada com os mesmos preceitos, seja mais bem aceita

por nós”, comenta. “O mercado está em franca expansão, cerca de 10% ao ano! E ainda há um extraordinário espaço para crescimento. O movimento da cerveja artesanal/especial é mundial, irreversível e crescente”, � naliza.

EXPERIMENTANDO NOVOS SABORES

Armando Fontes, especialista em gestão de marcas de cervejas, a� rma que para cada ocasião há uma cerveja diferente e o produto artesanal tem propiciado isso. A novidade e a inventividade ditam os rumos do setor. “Não há lugar para a mesmice e di� cilmente quem gosta de cerveja especial/artesanal � cará preso a um estilo ou marca. É caro, mas vale a pena”, aposta Fontes.

Um passatempo também é o de produzir cerveja. Nos últimos anos o movimento

Arquivo pessoal

GOSLING, o crescimento do setor das cervejas artesanais é irreversível e Minas Gerais ocupa lugar de destaque

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Nos famosos pubs londrinos, é comum que cada um tenha sua própria cerveja, produzida no local”, afirma o

com ingredientes locais que casam muito bem com o produto. O mineiro é acostumado com boa comida feita em casa, com tempero caseiro, doces, queijos e cachaças artesanais feitos com alto padrão de qualidade. Isso favorece que uma cerveja elaborada com os mesmos preceitos, seja mais bem aceita

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homebrewer (cerveja em casa) tem crescido. No Brasil, esse movimento começou mais pela frustração de já existir no exterior essa prática e aqui ainda não. Fora do país eram encontradas cervejas com sabores, aromas diferentes. Começou, então, a produção caseira.

Associações foram criadas, assim como nano ou microcervejarias.

E quem tomou essa iniciativa foram pessoas que se encantam com as técnicas de produção e têm curiosidade em “inventar” novos sabores. “O mercado é movido pela paixão, não pelo retorno � nanceiro”, diz Samuel Cavalcanti, proprietário da cervejaria paranaense Bodebrown. Além de produzir e comercializar, a paixão do proprietário é tamanha que em 1995 abriu uma escola para ensinar os métodos de produção caseira de cerveja. Cavalcanti a� rma que o propósito de haver uma escola dentro da fábrica é para “ensinar a fazer cerveja na panela e também mostrar os bastidores de uma microcervejaria, propagando a cultura e desenvolvendo o setor”. Talvez essa seja a melhor descrição da expressão “agradando em várias frentes”.

Cursos como esse possibilitam que pessoas possam produzir cervejas em casa e fazer a alegria dos amigos. É o caso do biólogo e organizador de eventos Carlos Henrique Vasconcelos. Ele produz na sua própria cozinha a cerveja que apelidou de 1977. “Fiz um curso, estudei como produzir uma boa cerveja, me dediquei. Não é fácil produzir. Precisa-se de técnica e muito cuidado para que tudo ocorra de maneira correta”, relata. Toda a produção é unicamente para consumo próprio e dos amigos. A intenção, a� rma, é mostrar que há mais o que apreciar que simples cervejas usadas somente para o comércio. “As cervejas comerciais têm por mérito a manutenção do padrão. Mas a riqueza de aromas, sabores e inventividade não se comparam às qualidades que uma

cerveja artesanal pode oferecer”, diz o biólogo.

ARMANDO, a novidade e a inventividade estão ditando os rumos do setor que só tendem a crescer

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SAMUEL, a paixão é tanta pela cerveja artesanal que acabei abrindo uma escola para ensinar e popularizar os métodos de produção caseira da bebida. Os alunos fi cam fascinados com os bastidores de uma microcervejaria. E nos próximos meses, nossa empresa passará a produzir 20 mil litros de cerveja, ampliando nossas vendas para vários estados.

Arquivo pessoal

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Ser jornalista é gozar de um status só existente na cabeça de quem não é jornalista. É, ao revelar nossa pro� ssão, observar o fascínio que isso causa nos outros, que

mal sabem as agruras por nós enfrentadas diariamente. Ser jornalista é ser olhado com admiração e respeito por terceiros, com desprezo pelos patrões e com autopiedade por nós mesmos. É se arrepender da pro� ssão escolhida ao chegar em casa, e, no entanto, orgulhar-se dela a cada nova manhã.

Ser jornalista é ganhar pouco e trabalhar muito. É reger o tempo de acordo com os acontecimentos do dia a dia. Signi� ca, muitas vezes, não dormir. É ouvir o telefone tocar às três da madrugada porque um cantor que você nem mesmo curte ou um presidente de um país para onde você nunca teve vontade de viajar simplesmente resolveram morrer. A� nal, ser jornalista é sê-lo 24 horas por dia.

Ser jornalista é não ter família, amigos, nem mesmo certeza sobre as próximas horas. É ter horário para entrar no serviço e conviver com a incerteza de quando terminará o expediente. Aliás, ser jornalista é nunca ter expediente. É cobrir um des� le de carnaval ontem, um acidente de caminhão hoje e um processo de impeachment presidencial amanhã. Como bem diz o jornalista Victor Martins, “para ser jornalista é preciso desapego: de tempo, de sono e às vezes de família”. É ignorar feriados, recessos e datas festivas. É trabalhar enquanto grande parte do país descansa.

É apurar, pesquisar, cruzar informações, mas, não raro, divulgar somente aquilo que favorece os interesses escusos dos anunciantes. É também ter que tirar leite de pedra, produzindo matérias que não fazem o menor sentido, somente porque foram recomendadas pela che� a. É ter que abraçar as ideias de quem paga o nosso salário, que, na maioria das vezes, está bem abaixo do que determina o sindicato. É contar meias verdades. Ser jornalista é (por que não?) comportar-se muitas vezes como uma prostituta.

Por outro lado, ser jornalista também é prestar serviços à população. É enfrentar presidentes, reis, policiais e bandidos sempre que se � zer necessário. É ser chato, pegajoso, incômodo, correr riscos para obter um furo ou

simplesmente para corrigir os erros da sociedade. É abraçar o problema dos outros como se dele fossem. É dar voz a quem não consegue ser ouvido por conta própria. É despertar a raiva e a compaixão. É ser adorado por muitos e odiado por outros tantos.

É ter a sensibilidade de enxergar o que há escondido por trás de gestos e palavras. É sugar do ser humano tudo aquilo que interessa à opinião pública. É esquecer-se de si mesmo e vestir-se com a realidade dos que o cercam. É viver a vida dos outros, sofrer com os outros, sorrir e se emocionar com os outros. Ah, e quantas vidas os jornalistas são capazes de viver!

Ser jornalista é inferno e céu, água e fogo, Deus e Diabo. Conheço alguém que costuma dizer que ama o jornalismo, porém detesta os jornalistas, assim como outra que diz defender os pro� ssionais da área, mas não acreditar no jornalismo que é feito atualmente. En� m, ser jornalista é apaixonante, frustrante, fantástico e doloroso. Ser jornalista é viver em con� itos internos e externos, assim como talvez aconteça em qualquer outra pro� ssão. Ser jornalista é nascer e morrer jornalista. A� nal, por mais que se esforce, não consegue imaginar-se fazendo outra coisa na vida...

Arquivo Pessoal

Jornalista, formado em Comunicação Social pela UNESA (RJ) desde 2005, e escritor amador. Atualmente trabalha na Coordenadoria de Comunicação Social da Prefeitura de Itapevi (SP). Também faz alguns serviços freelancers para jornais e revistas de SP.

Ser jornalista é...

diz o jornalista Victor Martins, “para ser jornalista é preciso desapego: de tempo, de sono e às vezes de família”. É ignorar feriados, recessos e datas festivas. É trabalhar

paga o nosso salário, que, na maioria das vezes, está bem abaixo do que determina o sindicato. É contar meias verdades. Ser jornalista é (por que não?) comportar-se muitas vezes como uma prostituta.

Por outro lado, ser jornalista também é prestar serviços à população. É enfrentar presidentes, reis, policiais e bandidos sempre que se � zer necessário. É ser chato, pegajoso, incômodo, correr riscos para obter um furo ou

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PUBLICIDADE NA TV DIGITAL

A obra de Rafael Gonçalez Carneiro discute o advento da TV Digital e temas relacionados a essa nova tecnologia, como produção, distribuição, comercialização e consumo de conteúdo, interatividade, mobilidade, convergência de dispositivos e muito mais. A digitalização da TV trouxe benefícios importantes para usuários, anunciantes, agências e emissoras, representando mudanças profundas em modelos de negócios já amadurecidos. O livro contempla não só aspectos técnicos da TV Digital, mas também seu impacto na sociedade e no mercado publicitário.

Carneiro explica o que é TV digital e cita seus benefícios, revelando que essa tecnologia não está limitada aos sistemas de transmissão de TV aberta. Dividido em duas partes, o livro apresenta e discute as vantagens dessa nova tecnologia, bem como os impactos provocados por ela na sociedade em geral e no mercado publicitário em particular. A obra contém, ainda, a opinião de profi ssionais de distintas áreas sobre o assunto e um glossário com os principais termos relacionados ao tema.

Valor: R$ 48,00Venda: www.editoraaleph.com.brEditora: Aleph Páginas: 288

Estante

AS RAÍZES DO ROCK

Como surgiu o gênero musical que deu início à maior revolução cultural do século XX? Quem foram os primeiros astros do rock? Elvis, Litle Richard, Bill Haley? Para entender as raízes do rock a Editora Nacional lança o livro “As raízes do rock”, de Florent Mazzoleni, jornalista francês, autor, fotógrafo e viajante profi ssional especializado em música negra.

Totalmente ilustrado com fotos raras, mais de 300 entre shows, capas de discos, recortes de jornais, selos de discos e cartazes promocionais, que exploram em detalhes os fundamentos do gênero, a obra mostra que o rock´n´Roll surgiu a partir de estilos populares entre os negros americanos, entre os anos 1930 e 1940, como o Boogie Woogie, o blues negro do delta do Mississipi e o gospel. Grandes sucessos do rock, como Hound Dog, por exemplo, são reprises de canções de rhythm blues negro. Mas o Rock´n´Roll só aparecia para o mundo através da junção rítmica da música negra americana com as músicas ligadas ás tradições musicais rurais dos brancos com o Country e o western swing.

Valor: R$ 49,90Venda: www.editoranacional.com.brEditora: Nacional Páginas: 224

QUANDO OS BANDIDOS OUVEM VILLA-LOBOS

Em “Quando os Bandidos Ouvem Villa-Lobos”, Leida Reis prende a atenção do leitor do início ao fi m, parágrafo por parágrafo, ao contar a história de um assassino tanto culto e inteligente quanto presunçoso, frio e calculista, que consegue driblar a polícia e a grande imprensa para viver, impune, uma vida de luxo.

O maestro Heitor Villa-Lobos e outras notáveis personalidades artísticas são personagens revisitados com esmero pela autora, que recria o ambiente sócio-cultural do ano de 1959, considerando costumes e realizações artísticas contrapondo-se às ameaças que emergem do submundo do crime em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e as capitais europeias. Citações cuidadosamente pinçadas da história da música, desde os nossos ancestrais até os novos tempos, complementam um trabalho raro, valorizado pelo virtuosismo da escritora e sua refi nada pesquisa.

Valor: R$ 35,00Venda: www.manduruvaeditora.com.br Editora: ManduruváPáginas: : 190

[email protected]@[email protected]@[email protected]@pqn.com.br

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Minas já tem técnico: Parreira

Publicitário, MBA em Marketing pela

FGV e Ohio (EUA), professor de

Marketing, sócio-proprietário da

Popcorn Comunicação e Marketing,

sócio-diretor da Futebologia e diretor

do Sinapro-MG.

Arquivo pessoal

Minas Gerais fez uma jogada de mestre ao contratar o técnico Carlos Alberto Parreira para a Copa do Mundo em 2014. Explico melhor. O técnico, tetracampeão em

94, foi contratado pelo governo estadual para ser um consultor exclusivo para assuntos relacionados à Copa do Mundo. Isso mostra, mais uma vez, a visão e dimensão que o secretário Sergio Barroso e o Governador Antônio Anastasia dão a este evento e o que eles querem para o Estado. Não é só fazer número para a Copa, mas fazer a diferença para Minas Gerais em um evento voltado para o mundo.

O nome pode até ser questionado (já foi algumas vezes como treinador de futebol). Mas não podemos negar que o curriculum do ex-treinador Carlos Alberto Parreira é invejável. Ele teve participação como técnico de cinco Mundiais por cinco seleções diferentes (Arábia Saudita, Brasil, Emirados Árabes, Kuwait e África do Sul).

Eu particularmente não gosto dos estilos de jogo do Professor Parreira, mas todas às vezes que o vi falar sobre Copas do Mundo, � quei admirado com o quanto ele conhece deste assunto. A diversidade de temas que ele pode tratar é muito grande: questões técnicas sobre centros de treinamento, instalações gerais, segurança, mobilidade urbana e muito mais.

Tenho visto diversas frentes questionando os andamentos da Copa do Mundo em todo o Brasil e acho que o papel do povo e dos governantes é esse mesmo, � scalizar, cobrar e deixar as coisas muito claras, já que boa parte do dinheiro é público. Contudo, acho também que além de cobrar temos que validar algumas ações que vêm sendo conduzidas pelo Governo de Minas Gerais.

Tive a chance e oportunidade de participar de um grupo de debates com o Secretário Sergio Barroso no qual estavam pessoas ligadas ao setor de turismo, dirigentes de clubes de futebol, ex-jogadores, pessoas ligadas à mídia e à comunicação e marketing, entre outros. E o principal objetivo era transformar essa oportunidade em um fórum multidisciplinar, colhendo críticas e sugestões de pessoas que poderiam contribuir para o debate a � m de que tenhamos uma Copa da qual nos orgulhemos. A única e última Copa do Mundo no Brasil aconteceu há 60 anos.

Dentro de campo, só podemos torcer para que o � nal seja diferente. Fora dele, podemos fazer muito. E fazer muito é também contar com o expertise de especialistas no assunto, como o Parreira. A bola está com a gente. E rolar a pelota para o craque nunca é uma má ideia.

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TV O FLU O jornal O Fluminense lançou a TV O Flu, que vai ao ar pela operadora Sim, do grupo Band, e com atuação em Niterói e São Gonçalo. Há planos de até o � nal de 2012 chegar ao Rio também. Liliane Souzella, diretora de Multimídia do grupo O Fluminense, responde pela operação do canal. No ar das 6h às 24h, tem na programação o Telejornal Informe, com duas edições; o Informativo F5, com atualização das notícias; Super Esporte; CineFlu; Plateia (sobre cinema); Brasil Station (sobre jogos), e Cavuca, que traz novos talentos musicais e apresentado por Cristian Ferraz. Aline Novaes é a apresentadora dos telejornais da casa.

SEXAGENÁRIOO Bob’s lançou logomarca especial para comemorar seus 60

anos. As ações de aniversário incluem lançamento de livro, produtos, show e muita interatividade com o público. Os

eventos acontecem até dezembro nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal. Como primeira ação, a empresa reuniu no Rio franqueados de todo o Brasil para o lançamento do livro

Bob’s 60 anos. A publicação conta a trajetória da rede e inclui fotos de época e curiosidades. O Bob’s foi a primeira rede de fast

food do Brasil. Em 1952, o norte-americano Robert Falkenburg trouxe dos Estados Unidos o conceito do serviço, aos quais integrou o tempero brasileiro. Atualmente, o Bob’s é a rede

de alimentação com a maior cobertura geográ� ca do Brasil. A expectativa é abrir, ao longo de 2012, 200 unidades.

Conte suas novidades: [email protected]

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OLIMPÍADAS DE RECICLAGEMA marca Tang promove, até agosto, as Olimpíadas de Reciclagem Esquadrão Verde Tang. Na ação, desenvolvida pela agência Banco de Eventos, crianças de escolas públicas participam de coletas seletivas de material para reciclagem que darão pontuações para suas comunidades. O objetivo é fortalecer a atuação das crianças como agentes transformadores da sociedade, já que entre os resultados da ação está a reforma de quadras públicas, confeccionadas, sobretudo, com o mesmo tipo de material recolhido pelas crianças durante as Olimpíadas. A instituição que obtiver maior pontuação, por cidade, vai receber R$ 20 mil para melhorias internas e todas as escolas participantes vão ganhar livros para a biblioteca. As � nais do evento ocorrem entre agosto e setembro.

Olimpíadas. A instituição que obtiver maior pontuação, por cidade, vai receber R$ 20

MÚSICA NA MARÉ Está em fase de captação de recursos o Projeto Música na Comunidade da Maré. O projeto tem por objetivo levar cultura, educação e cidadania à 60 crianças carentes da comunidade através do ensino gratuito de instrumentos de sopro, em aulas ministradas por professores gabaritados. As crianças deverão estar matriculadas na rede pública de ensino. Estas pessoas, tornando-se músicos pro� ssionais ou não, serão, sem dúvida, cidadãos conscientes dos seus direitos e deveres, prontos para serem agentes transformadores da realidade social. O Projeto Música na Comunidade da Maré vai além: quer formar uma � larmônica e outros grupos musicais, compostos por alunos e professores, para oferecer concertos abertos e gratuitos de alto nível técnico e artístico.

VOUCHER DE DIVÓRCIOUma ação promocional incomum de uma agência de advogados mexicana está dando o que falar... e pensar! Trata-se de um voucher de divórcio chamado Libera Divorce

Pass. O voucher custa 200 pesos mexicanos e deve ser ativado online, através da página da agência. Segundo a campanha, o divórcio pode ser visto de duas maneiras, o � m de algo ou o começo de uma vida nova. O Passe de Divórcio torna o processo mais prático e cômodo, já que quase tudo pode ser feito online, sendo apenas obrigatória uma visita presencial aos advogados. Além do mais, o cartão é transmissível e pode ser oferecido como presente. Para completar o inusitado da ação, o voucher está sendo vendido em supermercados mexicanos.

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FLIP X COLGATEO programa “Sorriso Saudável, Futuro Brilhante” da Colgate

Palmolive vai apoiar a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece de 4 a 8 de julho. Nos cinco dias de festa, a Flip realizará cerca de 200 eventos, que incluem debates, shows,

exposições, o� cinas, exibições de � lmes e apresentações de escolas, entre outros. O programa disponibilizará um

“escovódromo” para as crianças que poderão aprender como lavar as mãos e escovar os dentes corretamente,

além ter noções de higiene pessoal e bucal de pro� ssionais especializados. Con� ra: www.� ip.org.br

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RECALL 2012Estão abertas até 22 de junho, as inscrições para o

Bahia Recall e Bahia Recall Revelação 2012, prêmio da publicidade baiana. Podem concorrer peças veiculadas em um dos veículos da Rede Bahia no período de 18 de junho

de 2011 a 11 de junho de 2012. As inscrições gratuitas devem ser realizadas através do site www.bahiarecall.com.br.

Em 2012, algumas mudanças no regulamento vão tornar a

premiação ainda mais competitiva. “Chegamos à maioridade e queremos que o prêmio seja cada vez mais representativo

da qualidade do nosso mercado publicitário”, avalia João Gomes, Diretor de Relações Institucionais e Eventos da Rede

Bahia. Uma das novidades deste ano é que os � nalistas só serão conhecidos no dia da premiação e não antes, como vinha acontecendo. “Assim vamos aumentar o suspense e

criar mais engajamento dos participantes”, explica João.

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COMUNICAÇÃO E FORRÓ

O relações-públicas Lucas Mendes, egresso

da Universidade Católica de Salvador (UCSAL)

e pós-graduando em mídias sociais da FBB, tem

mostrado talento também na área artística. O colega lançou recentemente o disco da sua banda “Forró SeuMalaquias” no mais tradicional evento

junino de Salvador, o Arraiá do Galinho, promovido por uma emissora de TV local. Acesse: www.seumalaquias.com

DIÁSPORA NEGRA E MÍDIAS SOCIAISA Escola Olodum organizou neste mês um Seminário de Ciência e Tecnologia, com a temática Diáspora Negra e Mídias Sociais. Tive a honra de ser convidado pelas professoras Cristina Calacio e Mara Felipe, para discutir a temática com a jornalista, professora e pesquisadora Patrícia Bernardes, sob a mediação da publicitária Luciane Reis. Na plateia, um grupo altamente quali� cado de professores da rede pública de ensino da Bahia. Um momento único de ampliação de conhecimentos, discussão da questão das políticas de educação inclusivas e do uso das mídias sociais nesse processo. A Escola Olodum está de parabéns pelo nível de organização e participação que obteve no evento.

CHAMADA DE TRABALHO O curso de especialização Gestão Estratégica em Relações Públicas (EGERP) promove, nos dias 14 e 15 de setembro, o II Seminário Internacional Gestão Estratégica em Relações Públicas, com a presença de palestrantes nacionais e internacionais. O evento terá espaço para apresentação de artigos acadêmicos, que podem ser submetidos à comissão cientí� ca até o dia 20 de agosto. Os trabalhos selecionados serão divulgados até o dia 24 de agosto. Acesse: www.egerp.com.br

DÁ PRA VER QUE MUDOUA equipe de mídias sociais da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município de Salvador, a SUCOM-Salvador, tem feito um trabalho que merece destaque. Além de utilizar as mídias sociais de modo estratégico para a difusão de importantes informações para a população de Salvador, usando uma linguagem simples e divertida, tem se apropriado da ambiência dialógica - especí� ca desses meios - para estabelecer um espaço de participação popular e envolvimento do cidadão com o órgão. Os colegas Adriana Costa e Marcos Cruz estão de parabéns!

Relações-públicas, professor universitário e consultor empresarial.

Envie suas sugestões para: [email protected]

Arquivo pessoal

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MBA EM MÍDIAS SOCIAISO MBA em Mídias Sociais da Faculdade Batista Brasileira está com inscrições abertas para o processo seletivo de ingresso. O curso reúne importantes pro� ssionais da área no Brasil e possui uma proposta única no Nordeste. Acesse: www.mbagems.com.br

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PRÊMIO RELAÇÕES PÚBLICAS DO BRASILO Portal RP-Bahia deu início à sétima edição do Prêmio

Relações Públicas do Brasil, que este ano traz, mais uma vez, novidades. A participação estudantil foi ampliada e agora

os estudantes de relações públicas poderão participar tanto via Twitter quanto pelo Facebook. Além disso, as indicações

para as outras quatro categorias foram mantidas e a organização também acrescentou uma nova homenagem:

a comenda Waldyr Gutierrez Fortes. Acesse: www.rpdobrasil.com.br

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VALÉRIA FLORES

MEIO AMBIENTE

Para compras, arte e ecologia Em Minas, você já pode circular e fazer compras em shoppings, supermercados e lojas com muito estilo e bom gosto, levando a tiracolo solidariedade.

O Serviço Voluntário de Assistência Social (Servas) e a Associação Mineira de Supermercados

(Amis) acabam de lançar o projeto Sacolas de Minas – Artistas Solidários. As peças, produzidas com materiais recicláveis, trazem obras reproduzidas por consagrados artistas plásticos mineiros e já estão disponíveis nos principais supermercados da capital - e também em várias cidades do interior - ao preço de R$ 3,99 cada. O modelo adotado é justamente o de maior aceitação no mercado: capacidade de carga de 15 quilos, dimensão 50x40 cm e feitas com o uso da rá� a.

E quem adere à causa ecológica também contribui com a área social. É que parte da renda será revertida para os programas e projetos sociais do Servas, bene� ciando crianças, jovens, adultos e idosos atendidos em instituições � lantrópicas, educacionais, unidades da Apae, centros de tratamento de dependentes químicos e unidades de longa permanência para idosos.

A coleção é composta por 10 sacolas retornáveis estampadas com obras oferecidas voluntariamente por artistas como Amilcar de Castro, Fernando Lucchesi, Fernando Pacheco, Fernando Velloso, Jorge dos Anjos, Jorge Fonseca, José Octavio Cavalcanti, Marco Túlio Resende, Thais Helt e Selma Weissman. Para o desenhista e pintor Marco Túlio Resende, a iniciativa é bastante

louvável. “É um projeto inédito com uma característica rara no Brasil: reúne a iniciativa privada, o governo e os artistas em prol de uma causa absolutamente justa. É uma forma de democratizar a arte, uma vez que todos terão acesso às obras assinadas pelos diversos artistas e, ainda, a agradável surpresa de chegar à casa de amigos e encontrar uma exposição de arte com as sacolas”, disse.

“O projeto das Sacolas de Minas vai possibilitar unir o útil ao agradável. Quando usamos uma sacola da coleção, estamos colaborando com as ações do Servas, com a divulgação da arte e com a preservação do planeta. São sacolas ecológicas, culturais e solidárias”, destaca o presidente da Amis, José Nogueira. Para ele, ser solidário e ecologicamente correto também é ter estilo.

PROJETO REÚNE ESTADO, EMPRESAS E ARTISTAS

Para o governador de Minas, Antonio Augusto Anastasia, essa é uma ação em que todos ganham. “Primeiro, ganha a natureza com a sustentabilidade, no momento em que substituímos as sacolas plásticas que levam tanta poluição à terra e aos mares, por uma sacola artística reciclável. Segundo, ganha o Servas, porque recebe recursos vindos da venda dessas sacolas para sustentar as ações sociais em favor dos diversos segmentos sociais. Terceiro, ganhamos todos nós, que passamos a

fazer compras com a arte ao nosso lado, com essas maravilhosas sacolas que contam com obras doadas pelos artistas. Em nome dos mineiros, eu só posso agradecer”, a� rmou o governador. A expectativa é que a experiência de Belo Horizonte, que, praticamente extinguiu o uso de sacolinhas plásticas descartáveis, possa ser estendida a todo o Estado.

A presidente do Servas, Andrea Neves, informou que a instituição tem buscado construir parcerias que ajudem a contribuir para uma Minas mais solidária, mais justa e mais humana. “Essa iniciativa tem para todos nós do Servas um sentido muito especial, porque demonstra, na prática, que o trabalho que desenvolvemos merece a con� ança de todos”, a� rmou ela. “Nossa esperança é de permanecermos unidos em torno do compromisso de contribuir para a transformação do mundo em que vivemos”, completou.

Mais de 25 empresas supermercadistas – algumas delas com mais de 100 lojas – aderiram à campanha e já têm as sacolas da coleção à venda em seus estabelecimentos. Entre eles as redes EPA, MartPlus, Super Nosso, Hipermercado Via Brasil. A participação dos supermercados na campanha é por adesão. Estima-se que as empresas, que representam 90% das vendas em Minas, participarão. Os interessados em participar devem entrar em contato com a AMIS pelo telefone (31) 2122-0500, no setor de Atendimento ao Cliente.

Sacolas: arte e solidaderiedade agora vão acompanhar os consumidores às compras

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MARKETING VERDE“Ideias Sustentáveis que Mudaram o Mundo”, foi o tema da 4ª Eco Conferência que o Colégio Martha

Divulgação/Ascom Unimed

CONTA NOVAA Per� l Comunicação, assessoria especializada em gastronomia e entretenimentos e que atua em todo o território nacional, acaba de conquistar a conta do hostel GOL Backpackers Manaus, albergue temático localizado na região central de Manaus e que chega à cidade trazendo um novo conceito em hospedagem. A unidade pretende seguir o padrão de excelência da sede em São Paulo e primar pela localização (ao lado do Teatro Amazonas) e qualidade no atendimento.

MEMBER GET MEMBER Os mais de mil cooperados

da Unimed Manaus serão bene� ciados com descontos

exclusivos nas compras realizadas na True Data. A

diretoria médico-social da operadora � rmou parceria

com a rede de produtos de informática, bene� ciando os médicos da cooperativa, por meio do seu Clube de Vantagens, que atualmente reúne 26 parceiros, disponibilizando serviços em diversos segmentos:

academias, hotel, farmácia, universidade, restaurantes, SPA e móveis planejados. O acordo foi � rmado pelo diretor

Alexandre Braga e os gerentes da True Data, Sigrid Oliveira e Henrique Bisneto.

Envie sua nota para mim: [email protected]

Arquivo pessoal

MARKETING DIRETO EM AZUL X VERMELHOA Real Bebidas vestiu suas embalagens de vermelho e azul e vai desembarcar em Parintins com rótulos temáticos nos seus produtos e água mineral Santa Cláudia para homenagear os bois Garantido e Caprichoso. O layout é uma criação exclusiva do Marketing da marca e tem edição limitada para o Festival de Parintins, na ilha situada a 350 km de Manaus, no meio do Rio Amazonas.

MARKETING DIRETO EM AZUL X VERMELHOA de vermelho e azul e vai desembarcar em Parintins com rótulos temáticos nos seus

Júlio Guimarães ELEIÇÕES 2012Contratados para mostrar o melhor e esconder o pior dos candidatos a cargos eletivos municipais, os pro� ssionais e

empresários das áreas de jornalismo, publicidade, relações públicas e marketing, ao mesmo tempo que acompanham

a de� nição das candidaturas, já articulam a formação de equipes para as Eleições 2012. Nessa época, o salário dos

pro� ssionais envolvidos nas eleições chega a ser três vezes maior que a remuneração convencional.

Em Manaus, apenas o PSB já de� niu uma equipe para a campanha: cerca de 15 pessoas, entre jornalistas,

pesquisadores e especialistas em marketing. Entre as agências de publicidade e produtoras, o momento é de articulação ou espera. Representantes do PCdoB, PPS e

PDT declararam que só vão tratar desse assunto após as convenções partidárias, que devem ocorrer até o dia 30

deste mês. E nós, eleitores, devemos � car atentos e escolher os melhores candidatos, além de avaliar suas propostas.

MIAMI É LOGO ALI... A Flytour American Express, American Airlines e Iberostar fortaleceram a parceria, em evento de relacionamento para apresentar as novidades aos representantes do Polo Industrial de Manaus. Na pauta, mais um voo na ponte aérea Manaus-Miami, com tarifas em torno de U$ 500 dólares. O marketing das três empresas anda antenado nessa operação. Parabéns!

MARKETING VERDE“Ideias Sustentáveis que Mudaram o Mundo”, foi o tema da

Assessoria Martha Falcão

Falcão realizou no início de junho, no hotel Amazon Jungle Palace, localizado no Rio Negro, no Amazonas. A estratégia do Marketing da tradicional escola foi reunir estudantes, professores, pais de alunos e pesquisadores para produzir propostas de cunho social para a conferência ambiental Rio + 20. Na pauta de discussões a responsabilidade ganhou destaque

para assuntos preocupantes como a qualidade da água, a reciclagem do lixo, mudanças climáticas, problemas ambientais, espaço urbano, sustentabilidade, qualidade de vida e outros assuntos

relativos ao tema ambiental. Durante um � m de semana no meio da selva, foram realizadas atividades lúdicas que levaram os participantes a uma maior interação com a natureza por meio de caminhadas pela selva, o� cinas de criação com material reciclado, gincanas ecológicas e workshops.

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Jornalista, professor da Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ), autor do livro O ombudsman e o Leitor e doutor em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo.

A imprensa no Brasil completou 204 anos em maio último. Em 1808, ocorreram três fatos muito importantes para a imprensa brasileira: foi instalada na Colônia a Imprensa

Régia, começou a circular o Correio Braziliense (produzido em Londres) e surgiu a Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal impresso em terras brasileiras.

O fato que tem sido tomado como referência para de� nir o início da imprensa brasileira é a instalação da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro, em 13 de maio. Neste mesmo dia foi divulgada a Relação dos Despachos Publicados nesta Corte. Era o surgimento da imprensa no sentido de arte da impressão, e os primeiros jornais viriam alguns meses depois.

Napoleão Bonaparte deu uma grande contribuição a esse processo ao invadir Portugal. A Família Real e milhares de portugueses fugiram para a Colônia nas Américas, e um prelo veio na mudança. Seria ele que possibilitaria a instalação da Imprensa Régia, no Rio de Janeiro. A Imprensa Régia existia em Portugal e era a principal casa impressora do País. Alguns brasileiros tinham cargos importantes na instituição, como Hipólito José da Costa (o criador do nosso primeiro periódico), que era um dos quatro responsáveis pela escolha das obras que seriam publicadas. Com a família Real no Brasil, foi preciso transferir a Imprensa O� cial para a Colônia, mesmo tendo ela se tornado quase uma caricatura do que fora.

A imprensa nascia tarde no Brasil, mais de três séculos depois do início da colonização. Como diria o Correio Braziliense: “Tarde, desgraçadamente tarde: mas, en� m, aparecem tipos no Brasil; e eu, de todo meu coração, dou os parabéns aos meus compatriotas”.

Ao contrário do Brasil, os países de colonização espanhola tiveram acesso à imprensa no início do processo de ocupação. Em 1533 os espanhóis instalaram tipogra� as no México; em 1577, no Peru; e, em 1612, na Bolívia. Com relação aos jornais o processo foi semelhante, ou seja, eles surgiram na América Espanhola quase um século antes disso ocorrer no Brasil. Em janeiro de 1722 começaram a circular dois periódicos

no México: Gaceta de México e Nueva Espanha. Em 1729, a Guatemala ganhou seu primeiro jornal, a Gaceta de Guatemala; e, em 1743, começou a circular no Peru a Gaceta de Lima.

NO ALÉM-MAR

Em 1º de junho de 1808, menos de um mês depois de implantada a Imprensa Régia, surgiu nosso primeiro jornal: o Correio Braziliense. No entanto, ele era impresso em Londres, onde seu fundador, Hipólito da Costa, havia se refugiado para escapar aos castigos da Inquisição, que o perseguia por pertencer à Maçonaria.

É difícil pensar o Correio Braziliense como um jornal. Era mensal, tinha o aspecto de um livro, com mais de cem páginas e valorizava muito os temas cientí� cos. Foi um tipo de publicação comum na época, na Europa chamada de “Mercúrio”. Eram periódicos muito in� uenciados pelas ideias iluministas, que davam ênfase às ciências humanas e naturais.

O Dia da Imprensa é comemorado na data em que começou a circular o Correio Braziliense. Seu fundador foi considerado o pai da imprensa brasileira. O irônico é que ele nasceu na Capitania Cisplatina, que depois se tornaria independente do Brasil, formando o Uruguai. Mas ele passou boa parte de sua vida na Corte, participando de projetos editoriais em Lisboa, e de programas que visavam a modernização da agricultura brasileira.

Pouco mais de três meses depois de criado o Correio Braziliense, surgiu o primeiro jornal impresso em terras brasileiras: a Gazeta do Rio de Janeiro. Apesar de não se de� nir como o órgão o� cial da Coroa Portuguesa, tinha essa função. Era o que poderia se chamar de “imprensa chapa-branca”. Possuía características bem diferentes do Correio Braziliense. A Gazeta estava bem mais próxima do que se entende por jornal. Chegou a circular três dias por semana, e valorizava as notícias internacionais, que eram publicadas com meses de atraso, por causa da lenta propagação das informações na época.

Duzentos e quatro anos

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ESCOLHASO Estúdio Abruzzo, de Curitiba, produziu para a agência gaúcha Dez Propaganda a imagem da campanha do vestibular de inverno da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. O conceito da peça trazia para os jovens a importância das escolhas, e tudo isso foi reproduzido na imagem por meio da mistura de duas técnicas: produção de fotogra� a em estúdio com ilustração 3D.A agência, que ainda não era cliente da Abruzzo, foi a Curitiba acompanhar o job de perto e � cou surpresa com o resultado e com o processo de trabalho do estúdio.

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MÁSCARASAlexandre Nero, ator e músico curitibano, acaba de lançar o videoclipe da música “Cadê Meu Jardim?”, seu mais novo trabalho. Produzido pela também curitibana Asteroide Filmes, o vídeo foi rodado na capital paranaense e no Rio de Janeiro. Utilizando a linguagem stop-motion, o clipe

mostra pessoas dos mais variados tipos usando máscaras com o rosto do artista. O vídeo foi bastante compartilhado e elogiado nas redes sociais.

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Escreva para mim: [email protected]

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PIONEIRISMOAcaba de nascer uma empresa catarinense com proposta

pioneira para produção de vídeo dedicada à Web no Brasil. A Videoface traz para o mercado uma proposta inovadora na

área de produção de Shortvídeos para veiculação na internet. O maior diferencial está na produção com baixo custo e alta qualidade, baseada em padrões bem sucedidos no mercado

internacional. A garantia deste compromisso se materializa através da quali� cação dos pro� ssionais, produtores e editores

que colaboram direta ou indiretamente com a empresa, é o que prometem os sócios da Vídeoface.

NOVO GÁSO Clube de Criação do Paraná (CCPR) passou por uma reformulação na equipe recentemente. Entre entradas

e saídas, possui agora duas novas colaboradoras. Luciana Tavarnaro (na foto, à direita) assumiu a

coordenação geral. Ela já teve passagens por agências na década de 90, além de ter trabalhado em produtoras de vídeo. Outra novidade no quadro de funcionários do CCPR é Daiane Barrios (à esquerda na foto), nova responsável pelo setor administrativo � nanceiro do Clube. Ela também tem passagens por produtoras de vídeo em seu currículo. Daiane assume o lugar de Deisy do Santos, que comanda a partir de agora os eventos realizados pelo CCPR.

que prometem os sócios da

NOVO GÁSO Clube de Criação do Paraná

e saídas, possui agora duas novas colaboradoras. Luciana Tavarnaro (na foto, à direita) assumiu a

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NOVOS SABORES, NOVAS EMBALAGENS

Os novos sabores das balas de banana da Primor já estão disponíveis no mercado e agora, além da versão

tradicional, baunilha, canela, orgânica e também com cobertura de chocolate ao leite, o que tem

agregado mais valor à marca.

As embalagens e os pacotes, disponíveis em tamanhos diferentes, de 150g e 750g, destacam

a marca com um novo layout, muito mais atrativo. Desenvolvidas pela O3 Design, de Florianópolis, foram criadas para dar mais visibilidade aos produtos da Primor nos

pontos de vendas.

SUCESSO NAS RUASO Jornal Metro Porto Alegre está entrando no sétimo mês de operação e, segundo o gerente executivo, Luis Grisólio, já conquistou um espaço importante junto aos leitores da capital. São 40 mil exemplares distribuídos gratuitamente por dia, em 31 pontos da cidade.

GENTE BONITAA WS Brazil, nova casa premium de samba e pagode do Grupo Wood´s em parceria com o cantor Thiaguinho, ex-vovalista do Exaltasamba, já comemora o sucesso com pouco mais de

dois meses de abertura. Além de estar sempre cheia de gente bonita e formadora de opinião, a fan page da casa já possui mais de seis mil “curtir”. Dinâmica e interativa, a página, além de divulgar a programação, entrevista artistas e publica fotos ao vivo nos dias em que a casa abre. Quer conhecer? Acesse e curta: www.facebook.com.br/wsbrazil

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CONSCIENTIZAÇÃO A Associação Brasileira de Bebidas – ABRABE - comemora o sucesso do portal Sem Excesso (www.semexcesso.com.br) com novas ações de comunicação voltadas para o público jovem. A entidade lança campanha que se vale dos grandes feriados e das festividades, como São João no Nordeste, para promover o primeiro portal do Brasil voltado para o consumo responsável de bebidas alcoólicas. No Nordeste, durante o período de São João, a conscientização segue nas rádios jovens do Recife e de João Pessoa com spots exclusivos e dicas para aproveitar com responsabilidade as festas típicas da região. Nas saídas dessas capitais, em direção às tradicionais festas de Caruaru e Campina Grande, outdoors reforçam a mensagem junto aos viajantes. Alinhadas ao conceito das festas juninas, ilustrações e frases bem humoradas dão o tom das peças, como “Pra aproveitá o arraiá é só num exagerá – São João só � ca bom Sem Excesso” ou “Bebida e direção? Nem em festa de São João – Se beber não dirija”.

Participe, mande suas sugestões para

[email protected]

ELEIÇÕES NO CEARÁ IIOs nomes dos marqueteiros que devem entrar em cena

na disputa da eleição municipal por aqui já começam a aparecer. Para o candidato petista, Elmano de

Freitas, o PT terá a consultoria de Duda Mendonça e a coordenação de Karla Cury. O PSB, por sua vez, segundo

a imprensa local, já citou os seguintes nomes: Eduardo Freiha, Manoel Canabarro e, mais recentemente, Einhart

Jacome. Mas o martelo ainda não foi batido o� cialmente para o candidato Roberto Cláudio (PSB) - que preside a

Assembleia Legislativa do Ceará.

Robhson Abreu

ELEIÇÕES NO CEARÁAqui no Ceará, como se sabe, partidos de esquerda têm comandado município e Estado desde 2005 - a partir da eleição da atual prefeita Luizianne Lins (PT) - tendo como sequência a vitória de Cid Gomes (PSB) ao governo. A disputa que se inicia em julho será acirrada, pois a aliança PT-PSB por aqui foi por água abaixo. As trocas de ofensas nas redes sociais, por meio da militância dos partidos e também de per� s fakes, já começou e vai do céu ao inferno. O clima vai esquentar.

INTEGRANDO CONTASOs sócios Paulo Santiago, André Nogueira, Felipe Borges e Paulo Capelo - que hoje estão no comando do Grupo de Comunicação NSBC (Ceará) - têm comemorado resultados mais recentes da holding criada há dois anos. Normatel, a maior rede varejista do Estado na área de construção civil, casa e decoração, é uma das novas contas. Além desta, as marcas Minalba, Indaiá e Night Power, do Grupo

Edson Queiroz, contrataram uma das empresas do Grupo para gestão de suas redes sociais. Conheça: www.nsbc.com.br

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INTEGRANDO CONTASOs sócios Nogueira, Felipe Borges - que hoje estão no comando do de Comunicação NSBCcomemorado resultados mais recentes da holding criada há dois anos. Normatel, a

BAIÃO DE CANNESSe a publicidade cearense não chegou a Cannes por meio de suas agências, os frutos da terra subiram ao pódio para faturar estatuetas. O diretor de arte Kleyton Mourão e o redator Igor Cabó, ambos da Y&R (São Paulo), são os nordestinos que trocaram o baião de dois pelo espaguete e, com peças para a Perdigão e Goodyear, levaram dois bronzes. As categorias foram Mídia Impressa e Outdoor/Cartaz, respectivamente.

TROPA DIGITALA equipe do Quartel Digital, que vem realizando cursos na área de mídias sociais no Ceará, Recife e Piauí, tem colaborado com a pro� ssionalização do mercado nordestino. Nos dias 7 e 8 de julho, Conrado Adolpho realiza o curso de Certi� cação 8Ps do Marketing Digital. Em agosto, é a vez da renomada Martha Gabriel falar sobre Marketing na Era Digital - Estratégias, Planejamento e

Métricas. Interessados devem acessar: www.quarteldigital.com.br

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PROFISSIONAIS DO ANO Saiu a lista dos � nalistas no Prêmio Pro� ssionais do Ano da Rede Globo e, mais uma vez, o Ceará está lá. Neste ano, quem representará o Estado será a Slogan Propaganda, na categoria Campanha Norte-Nordeste, com a campanha feita para a Academia Personal Care. (Via Blog Ra� ado)

STARTUPSA turma da Leme Soluções Estratégicas, do gente � na

Gabriel Ramalho, realizou no dia 28 mais uma edição do

projeto Papos em Rede. Desta vez, o tema foi Startups: ideias

e inovações. Os palestrantes convidados foram Felipe Calvet

(OnMenu), Heyde Leão (Portáctil) e Augusto Porto (ImovBusca). O evento é realizado no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e tem movimentado centenas de

pro� ssionais em suas edições.

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HELENNA DIAS

NEGÓCIOS

Onde vou deixar meu melhor amigo?

A tão sonhada viagem de férias ou um feriado prolongado chegaram. Até aí tudo bem, mas onde deixar o animal de estimação durante o passeio? O que todo dono quer é ter a certeza

de que o bicho receberá o mesmo tratamento dado por ele. E, ainda, que encontre alguém para alimentá-lo. O simples fato de deixar o animal sozinho por muito tempo já é motivo de

preocupação. E para aqueles que não podem contar com a ajuda de um amigo ou parente, a alternativa é recorrer aos hotéis ou creches para cães. O que nem sempre é uma tarefa fácil,

uma vez que, preocupados com o bem-estar do “melhor amigo”, donos de animais estão cada vez mais criteriosos na hora de contratar os serviços de hospedagem. A tranquilidade

para curtir o merecido descanso passa, antes de tudo, pela qualidade de vida do animal.

Ela tem uma cadelinha da raça Pug, a Nina, e toda vez que precisa viajar faz pesquisas na

internet, participa de fóruns e utiliza as redes sociais a � m de encontrar o serviço de hospedagem no lugar de destino. “A Nina está comigo há oito anos e sempre procuro pelo serviço quando viajo, às vezes de um veterinário ou de alguém que hospeda cães em casa. Faço isso sempre com a

indicação de alguém do lugar”, conta a jornalista mineira Bianca Christófori. Os preços, a� rma, são os mesmos de um hotel convencional e o que a deixa mais tranquila é o fato de poder fazer passeios com a cadela durante o dia. E embora pareça difícil, Bianca diz nunca ter encontrado di� culdades, já tendo utilizado esse tipo de serviço em diferentes cidades como Tiradentes, Caratinga e Guarapari.

No segmento de hospedagem de animais, a demanda se mostra favorável nos meses de férias (julho, dezembro e janeiro) e feriados prolongados. A proprietária da Pet Shop Bicho Fino, Iranilde Rodrigues Alves, informa que no último feriado (Dia do Trabalho) o espaço esgotou rapidamente sua capacidade, quando recebeu 20 cães, abrigados numa área de 400 m2. Com diárias entre R$ 15 e R$ 30,00, a

Divu

lgaç

ão

CÃOMPO: 65 mil metros quadrados e 125 chalés no interior de São Paulo para abrigar os cães

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principal exigência é que o animal não � que preso, como por exemplo, em gaiolas. “A principal reivindicação, por parte dos donos, é que o animal � que solto durante o dia. E assim fazemos, somente à noite são recolhidos ao canil”, explica. Complementa os serviços a supervisão diária de duas veterinárias e de um funcionário que, eventualmente, brinca com os mascotes. A proprietária acrescenta que o segmento é promissor e que alguns investimentos feitos na clínica já atraíram novos clientes, “só não recebemos um número maior por falta de espaço”, a� rma Iranilde.

Inaugurado em novembro do ano passado, o local funciona como uma creche para cães, mas também oferece hospedagem. E mesmo com pouco tempo de existência, a médica veterinária e sócia da Maternau Creche para Cães, Ludmila Vieira, já constatou uma grande procura pelo serviço. “Desde a inauguração da creche não tivemos um � nal de semana livre. Nossa expectativa é que, em julho, a demanda também seja grande. Inclusive já temos reservas para este mês”, ressalta. Sobre

as perspectivas, a veterinária acredita que o mercado é próspero, porém para hotéis diferenciados.

TUDO PARA CONQUISTAR

O CLIENTE

Atenta às demandas, a Maternau aposta em diferenciais na hora de conquistar novos clientes. Entre eles, o monitoramento do animal pela “TV Cão”. Com horários pré-estabelecidos, o proprietário pode acessar o serviço por meio do site da empresa, mediante senha e login. Assim, o dono pode acompanhar a distância o dia a dia do seu cão. O que, garante Ludmila, interfere na escolha pelo local. “As câmeras deixam o proprietário bem mais tranquilo, já que ele pode ver o seu cão mesmo estando longe. Além disso, os animais � cam soltos o tempo todo e em contato com outros, contam com assistência veterinária em tempo integral e com dois passeios externos”, diz a médica.

Tudo bem que se trata de uma creche para cães, no entanto, para ser aceito, o animal precisa passar por um teste de sociabilidade, feito longe do proprietário. Na prática, isso signi� ca dizer que o futuro “hóspede” não pode ser um cão latidor, pelo fato da creche se encontrar numa área residencial; não pode ser agressivo com os funcionários e com outros cães; e gozar de boa saúde. O dono deve, ainda, apresentar cartão de vacina, levar a coleira e ração do animal. Para uma soneca canina, a clínica também oferece as “caminhas”, o que não impede o dono de levar os pertences do cachorro. Na Maternau, o valor da diária é de R$ 60,00.

Preço acessível e bem-estar do cão. Esses são fatores que interferem na escolha da jornalista Priscila Armani. Por isso, nem pensar em deixar a labradora Nina de um ano e oito meses, em locais onde o animal � ca con� nado em gaiolas e preso o tempo todo. “Nina precisa sempre de companhia, sofre muito

BIANCA: todas as vezes que viajo procuro hotéis ou serviços similares para deixar a Nina. Os preços são acessíveis e os locais de bastante confi ança e, eu ainda, posso visitá-la quando a saudade aperta

Serv

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Tudo bem que se trata de uma creche para cães, no entanto, para ser aceito, o animal precisa passar por um teste de sociabilidade, feito longe do proprietário. Na prática, isso signi� ca dizer que o futuro “hóspede” não pode ser um cão latidor, pelo fato da creche se encontrar numa área residencial;

levar os pertences do cachorro. Na Maternau, o valor da diária é de R$ Na Maternau, o valor da diária é de R$

Atenta às demandas, a Maternau aposta em diferenciais na hora de conquistar novos clientes. Entre eles,

e login. Assim, o dono pode acompanhar a distância o dia a dia do seu cão. O que, garante Ludmila, interfere na escolha pelo local. “As câmeras deixam o proprietário bem mais tranquilo, já que ele pode ver o seu cão mesmo estando longe. Além disso, os animais � cam soltos o tempo todo e em contato com outros, contam com assistência veterinária em tempo integral e com dois passeios externos”, diz a médica.

sempre de companhia, sofre muito

MATERNAU: para os cães tudo. A intenção é de deixá-los bem à vontade para que os

donos possam viajar tranquilos, sem estresse

Foto

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vulg

ação

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nesse tipo de hospedagem. Na creche, o animal brinca com os outros, gasta bastante energia e volta feliz pra casa. Às vezes ela dorme o dia inteiro, de tanta energia que gasta. E as pessoas a tratam muito bem, ela arranja muitos amigos - humanos e caninos”, justi� ca.

De acordo com a jornalista, a preferência pela creche é que o animal � ca solto o tempo todo, é levado para passear, tem “babás” que dedicam o dia inteiro a brincar com ele e também porque interage com cães do mesmo porte. “É mais interessante e gostoso para o cachorro. Principalmente para Nina, que é muito carente e gosta de companhia. E a diferença de preços é pequena se comparada com o tanto que ela � ca contente. Eu e meu marido viajamos sossegados”, explica.

HOTEL PODE SERUMA OPÇÃO

Localizado numa área verde de 60 mil m2, em Itu, interior de São Paulo, o hotel fazenda Clube de Cãompo possui 125 chalés individuais, áreas de lazer cobertas e descobertas e assistência veterinária 24 horas. O espaço oferece atividades de recreação, socialização em grupo, passeio ao ar livre, os esportes agility e frisbee, condicionamento físico, noções de educação canina e uma piscina para refrescar. Os mascotes recebem, ainda, a atenção de pro� ssionais especializados em comportamento animal.

A construção do hotel surgiu da di� culdade do médico veterinário Aldo Macellaro Jr., ao procurar, sem sucesso, um local ideal para deixar o seu cão. “Pesquisei muito, mas tudo o que eu encontrava era muito cimento e pouco espaço, então resolvi investir em um lugar melhor. Os proprietários dos cães não precisam se preocupar ao deixá-los no hotel, todos os pro� ssionais são capacitados com cursos de comunicação e educação canina, o que facilita no relacionamento com o animal”, explica.

O empresário a� rma que o mercado vem crescendo a cada ano junto com as exigências dos proprietários. Ele salienta que, em primeiro lugar, os donos procuram pela qualidade das instalações e se há separação entre os cães de grande e pequeno portes. Se os animais irão � car presos o dia inteiro, se terão uma atividade recreativa, se são supervisionados durante as atividades e se há veterinários que acompanham a rotina dos cães. Na lista de reivindicações contam, ainda, a limpeza do local, o manejo sanitário das instalações e serviços agregados como banho no � nal da hospedagem e o transporte porta a porta, feito em caixas padrão aéreo e em veículos climatizados. “São fatores de comodidade muito valorizados por quem nos procura”, acrescenta. No Clube de Cãompo a diária é de R$ 60, sendo o valor sujeito a desconto com o aumento no número de diárias, se o proprietário fornece alimentação ou não, ou se o mesmo leva mais de um cão.

O ZELO É IMPORTANTE

Sempre que necessário, a jornalista Andréa Pio deixa Boneca, uma ex-cadela de rua, em um pet shop próximo de casa. Lá, a proprietária, que também é veterinária, se hospeda no local. E isso faz toda a diferença na hora de contratar o serviço. “O lugar não é imenso, ela � ca na própria loja, em canis higienizados e em dois andares. E, mesmo com espaço reduzido, eles passeiam duas

COMO EM CASA: os cães fi cam soltos como se estivessem no quintal de casa. Raças se misturam e socializam. Tudo para não estressar o animal enquanto seu dono descansa

ANDRÉA: a boneca adora fi car hospedada no pet shop e quando volta pra casa, já vem de banho tomado, toda cheirosa

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vulg

ação

Arquivo pessoal

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Salo

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Terra

vezes ao dia, de segunda a sábado. No domingo, � cam soltos dentro da loja e podem brincar. E o fato de a veterinária se hospedar na loja me deixa muito tranquila”, a� rma Andréa. A preferência pelo pet shop, diz a jornalista, é que lá não há o risco de acidentes devido à convivência com animais de grande porte e de várias raças. Outro diferencial é que, antes da hospedagem, a casa dá um banho anti-pulga e, ao � nal, o animal ainda é entregue de banho tomado.

O zelo com os animais, por parte dos proprietários, encontra respaldo nas

orientações da médica veterinária Bárbara Goloube� ao dizer que o ideal é pedir para conhecer as instalações e veri� car o tamanho, se são feitos passeios com o cão ou se ele � ca solto por algum tempo. “O ideal é que seja de fato um canil, com espaço amplo, apropriado ao porte do cão e não gaiolas. Estas restringem a movimentação e são inviáveis em caso de tempo prolongado de hospedagem. Observe também a higiene do local e, de preferência, peça para dar ao animal a ração trazida de casa, para evitar distúrbios alimentares. Outra dica é obter referências do lugar com

pessoas conhecidas que já hospedaram seus cães no local”, orienta.

Quanto aos gatos, explica Bárbara, o indicado é combinar com alguém conhecido para ir até à residência para alimentar, trocar a água, escovar e brincar com os bichanos, nem que seja por meia hora diária. Os gatos se ressentem imensamente ao sair de casa, quanto mais � car hospedado, obrigatoriamente, numa gaiola.

E como saber se o animal foi bem tratado durante a permanência em um hotel? Aliás, essa é uma das preocupações de donos. Para tal, a veterinária enumera alguns itens: veri� que se o cão está alegre e tranquilo e se não perdeu peso. Caso esteja mais magro, com a cauda encolhida, aspecto triste (ou, pelo contrário, sinais de agressividade incomuns), estes podem ser sintomas de adoecimento, depressão ou até mesmo de maus tratos. Veri� que também a presença de ectoparasitas (pulgas, carrapatos) e sinais de distúrbios do trato gastrintestinal (vômitos, diarreia). Ainda que para poucos e, independentemente da discussão sobre os possíveis exageros no cuidado com o bicho de estimação, nos tempos modernos a expressão ‘vida de cão’ está mais para uma � gura de linguagem. Ainda bem!

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e atender com mais eficiência e eficácia os

nossos clientes e fornecedores.

Salo

mão

Terra

PRISCILA, carinho e muito afeto são os principais fatores que são observados ao escolher o local onde a labradora Nina vai fi car. A cadela, desde pequena, é muito carente e brincalhona, o que requer maior atenção dos cuidadores

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CULTURA

CAREM ABREU

Capoeira Angola

A Capoeira Angola não é apenas uma dança, uma luta, um jeito brasileiro de viver a vida que

vem sendo elaborado nos últimos quatrocentos anos. A capoeira angola é História, ela é Inclusão Social, é Cultura de Raiz. E hoje ela traz a você uma versão inédita da história do Brasil: a da africanidade incrustada na identidade cultural brasileira, através dos movimentos de luta e resistência do povo negro na diáspora. A� nal, como será que a capoeira transformou sua percepção social, de uma temida manifestação popular, o primeiro crime instituído na República, para se tornar, em menos de um século, um instrumento de paz mundial? Um símbolo da cultura brasileira, um bem cultural digno de registro como Patrimônio Imaterial Brasileiro? Quais teriam sido os movimentos feitos por essa capoeira mãe, de raiz, para vencer tamanha estigmatização? Mais de 40 mestres da capoeira angola, das culturas populares de raiz, artistas brasileiros e pesquisadores do universo capoeirístico da Bahia, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e do Quilombo dos Palmares compartilham algumas respostas para essas questões no DVD Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá.

Com a participação especial dos mestres: João Pequeno (Centro Esportivo de Capoeira Angola - CECA), Curió (Academia Irmãos Gêmeos - ACAIG), Boca Rica (Grupo de Capoeira Angola da Bahia), Gildo Al� nete (Associação Brasileira de Capoeira Angola), Moraes (Grupo Capoeira Angola Pelourinho - GCAP), Cobra Mansa (Fundação Internacional de Capoeira Angola - FICA), Rogério (Associação de Capoeira Angola Dobrada - ACAD), Janja (Grupo N’Zinga), e outros 38 mestres de Capoeira Angola

e da Cultura Popular Brasileira.

PESQUISA HISTÓRICA INÉDITA

A pesquisa histórica exclusiva deste DVD realizada pelas pesquisadoras angoleiras Caroline Césari e Carem Abreu, sob a coordenação técnica do Mestre João Angoleiro, destaca quatro movimentos capoeirísticos de libertação. Eles contribuíram com a mudança da percepção social sobre a capoeira no Brasil e no mundo. São eles:

1º Movimento: da Diáspora à Origem – séculos XVI, XVII e XVII 2º Movimento: Marginalização e Perseguição – séculos XVII, XIX e XX3º Movimento: Folclorização e Institucionalização - séculos XX e XXI 4º Movimento: Globalização e Projetos Sociais - séculos XX e XXI

DADOS SOBRE O DVD

Em junho de 2012 Belo Horizonte sediará o evento de lançamento do DVD Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá. Ele é um projeto intermidiático criado pela Atos Central de Imagens, em 2005, e realizado em co-produção com a Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa).

Em 2007 recebeu o Prêmio Capoeira Viva (2007) e, em 2008, o patrocínio do Fundo Estadual de Cultura de Minas Gerais. Uma equipe de 50 pessoas, produziu 16 produtos culturais intermidiáticos. No período de pesquisa (2008) e gravações (2009) do documentário “Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá – Brasil” foram pesquisadas 58 locações: 15 em MGs, 25 no RJ, 12 na BA, cinco em PE e uma em AL. Foram entrevistadas 51 pessoas: sendo 25 mestres de capoeira angola, 18 mestres da cultura popular/agentes culturais e oito pesquisadores. Todos são formadores de opinião e

expoentes da cultura afro-brasileira, pessoas de diversos segmentos como o samba, o reggae, o hip hop, o teatro, o congado, o candomblé, as danças afro e contemporânea e a capoeira angola.

Conteúdo do DVD:

VÍDEOS

1 - Documentario televisivo. Título: “Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá” (54 minutos, Brasil: RJ, BA, PE, AL, MG, 2012);

2 - Curta metragem. Título: “Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá - Minas Gerais” (15 minutos, MG/2009) (Canal Brasil);

3 - Curta Making of O� cina de Produção Audiovisual (4 minutos, MG, 2010) TEXTO

4 - Encarte de DVD com resumo da pesquisa histórica.

Conheça os outros 15 produtos culturais resultantes do projeto dvd Paz no Mundo Camará: a Capoeira Angola e a volta que o mundo dá no blog: http://paznomundocamara.blogspot.com/

A revista PQN é parceira do projeto. Desde 2009 vem realizando a editoração da Revista Angoleiro é o que Eu Sou! Edição 3 e a parte grá� ca do encarte do DVD, entre outras peças grá� cas.

Reserve seu DVD: [email protected]

Telefone: 55 (31) 4063-9822/ 2515-8521 paznomundocamara.blogspot.com/www.atosimagens.com.br/

Capoeira Angola é História.

Capoeira Angola é Cultura.

Capoeira Angola é Inclusão Social.

Uma pesquisa inédita sobre a Capoeira Angola no país:

Bahia, Rio de Janeiro, Pernambuco, Alagoas e Minas Gerais. Brasil 2011.

APRESENTAM

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Page 52: Revista PQN 24

HERALDO LEITE

Revista PQN é finalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012

Pela primeira vez, a revista Pão de Queijo Notícias - PQN - foi � nalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo

2012 na edição Minas Gerais. Neste ano, participaram mais de 64 reportagens de impressos, além de outras de rádio, TV e mídia web. As matérias foram avaliadas por uma comissão formada por representantes do Sebrae, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e Revista Imprensa.

Com a reportagem “A Comunicação Empresarial pode e deve ser verde”, escrita pela jornalista colaboradora Luciana Coelho, a posição de segundo lugar deu um gostinho de primeiro a toda a redação.

A reportagem, pautada pelo editor Robhson Abreu, mostrou como as pequenas empresas de comunicação agem quando o assunto é sustentabilidade e meio ambiente. Muitas organizações, lembra Luciana Coelho, praticam ações simples e objetivas, mas que, no � nal do mês, geram uma economia e bem estar para todos os funcionários e para a saúde � nanceira da empresa. “Foi interessante mostrar como as agências de comunicação são criativas e buscam soluções para minimizar os efeitos negativos e devastadores ao meio ambiente. Às vezes, não

imaginamos como podemos ser pró-ativos e adotar iniciativas que fazem a diferença”, observa a repórter.

A solenidade aconteceu no dia 3 de maio, na Academia Mineira de Letras, em Belo Horizonte, e contou com palestra do jornalista e repórter especial da Rede Globo, Domingos Meirelles, além da presença de � nalistas de categorias diversas.

O jornal Estado de Minas (Belo Horizonte), a Rádio JM (Uberaba), TV Integração/afi liada da Rede Globo (Uberlândia) e o G1 Triângulo Mineiro (Uberlândia) venceram a etapa estadual do Prêmio Sebrae de Jornalismo.

Os vencedores foram: Paulo Henrique Lobato, Paula Takahashi, Luiz Ribeiro e

Marcos Avellar com “Feliz Vida Nova” (Impresso), Leandro Moreira e Fabiano Rodrigues com “Semana do Empreendedorismo” (Telejornalismo), Graziela Christina de Oliveira com “Empresários de Uberaba encaram o mercado e abrem o primeiro negócio” (Webjornalismo) e Indiara Ferreira com “Pamonha da Roça – A melhor pamonha da cidade”(Radiojornalismo).

“Isso mostra que estamos no caminho certo neste competitivo mercado editorial e que a revista PQN vem se consolidando como um importante veículo de comunicação. Somente dois impressos na disputa - Estado de Minas e PQN, e isso foi um orgulho para todos nós. Parabéns para toda equipe e também para as empresas entrevistadas”, � naliza Robhson Abreu.

RECONHECIMENTO

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Andréa Avelar e Elbe Brandão (Sebrae-MG), Afonso Maria Rocha (Diretor-Superintendente do Sebrae-MG), e os repórteres Luciana Coelho (PQN)e Luiz Ribeiro (EM)

Fotos: Alessandro Carvalho/Sebrae

Elbe Brandão (Sebrae-MG) e Luciana Coelho (PQN)

Luciana Coelho (PQN) e Domingos Meirelles

Luciana Coelho (PQN), o editor da revista PQN, Robhson Abreu e Luciane Amaral da Rede Globo Minas

Todos os fi nalistas do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012

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CENÁRIO AROMATIZADO

Na bela região das Hortências, em uma área de serra rodeada de pinheiros e parques está a pequena Canela, no Rio Grande do Sul. Pelas ruas da cidade há um aroma de madeira, lenhas de pinho, eucalipto, e a própria canela, devido à fumaça dos fogões a lenha e lareiras que esquentam as residências.

Além do clima e das belezas naturais, a cidade oferece aos turistas bons hotéis, restaurantes, churrascarias e os famosos cafés coloniais, com biscoitos wa� es, schmiers, apfelstrudell. E, no inverno, o delicioso chocolate quente e licores caseiros.

Entre junho e agosto começa a temporada de Inverno com eventos artísticos e culturais. Destaque para a decoração temática da cidade. Em julho, há também a Festa Colonial, realizada no dia 13, que reúne a cultura e gastronomia alemã e italiana do produtor rural do município, com apresentações de arte e danças típicas.

Como chegar: BR 116, sentido Taquara.

Onde � car:Lage de Pedra Hotel e Resort: www.lajedepedra.com.br Hotel e Pousada: www.hotelblumenberg.com.br

CENÁRIO ETÍLICO

Popularmente chamada de Suíça brasileira, a cidade de Campos do Jordão, na Serra da Mantiqueira, em São Paulo, devido a sua arquitetura europeia, é também o point para os apreciadores de boa cerveja artesanal. No centro de Capivari, local de grande movimento da cidade, a Cervejaria Baden-Baden - 1ª Cerveja Gourmet do Brasil - é bem badalada, pois oferece várias cervejas de fabricação própria, acompanhada de pratos alemães.

Além do belo visual e gastronomia, no mês de julho acontece o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, um grande evento de música erudita do Brasil. Em mais de 40 anos de história, este festival consolidou-se como o maior e mais importante festival de música clássica da América Latina.

Como chegar: 167 km de São Paulo, sentido Rodovia Ayrton Senna e Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro. Onde � car:Pousada Vila D’ Biagy: www.villadbiagy.com.brPousada Campos de Province: www.camposdeprovence.com.br

Na bela região das Hortências, em uma CENÁRIO ETÍLICO

CENÁRIO DE REALEZA

O som e o ritmo da dança em Joinville, Santa Catarina, animam os turistas que por lá passam. Situada na região nordeste do estado, a cidade é famosa por seus atrativos culturais recebendo diversos títulos como Cidade dos Príncipes (foi dada como presente de casamento entre a � lha de D. Pedro I e o príncipe de Joinville), Cidade das Flores, Cidade das Bicicletas e Cidade da Dança.

O Festival de Dança de Joinville é reconhecido como o maior do mundo em seu gênero. Atualmente a cidade passou a sediar também um festival de música instrumental, o Joinville Jazz.

Na gastronomia os destaques são para a cachaça, o melado, os produtos coloniais e a culinária colonial típica, principalmente suíça e alemã, que ainda resistem aos processos de industrialização. Além das famosas tortas, há os chocolates caseiros, as cucas e apfelstrudel (strudel de maçã).

Como chegar: Acesso pela BR-101, a 170 km ao norte de Florianópolis.

Onde � car:Avlen Hotel: www.hotelalven.com.brMercure Joinville Platz Hotel: www.mercure.com

CENÁRIO AROMATIZADO

TURISMO

Humm, que friozinho...Chegou o Inverno, uma das estações mais veneradas por muitos turistas. Charme, boa mesa, bebidas e vestuário, tudo é motivo para curtir o friozinho acompanhado ou mesmo para fazer novos amigos.

Avlen Hotel: www.hotelalven.com.brAvlen Hotel: www.hotelalven.com.brAvlen Hotel: www.hotelalven.com.br

Charme, boa mesa, bebidas e vestuário, tudo é motivo para curtir o friozinho acompanhado ou mesmo para fazer novos amigos. Charme, boa mesa, bebidas e vestuário, tudo é motivo para curtir o friozinho acompanhado ou mesmo para fazer novos amigos.

www.lajedepedra.com.br Hotel e Pousada: www.hotelblumenberg.com.br

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CENÁRIO IMPERIAL

No topo da Serra da Estrela, a cerca 800 metros de altitude, situa-se a charmosa Petrópolis, no Rio de Janeiro. Fundada por Dom Pedro II – sendo seu nome uma homenagem ao imperador - Petrópolis, ou Cidade de Pedro, é também chamada de Cidade Imperial.

A cidade possui um belíssimo conjunto arquitetônico. O símbolo mais conhecido é o Palácio Imperial, hoje Museu Imperial, principal construção do centro histórico. Um dos mais belos cenários da cidade é a Avenida Koeler, rodeada por antigos casarões com seus jardins bem cuidados e palacetes do século XIX, como os palácios Köeler e Rio Negro.

Na culinária, além da cozina italiana, os turistas encontram aperitivos típicos da serra, como fondues, racletes, carnes de caça e diversos doces.

Como chegar: BR-040, após o Aeroporto do Galeão.

Onde � car: Pousada Spa Orquídea da Serra: www.orquideadaserra.com.br Pousada Le Siramat: www.siramat.com.br

CENÁRIO ROMÂNTICO

Para quem procura o frio das montanhas e a tranquilidade do interior, Monte Verde, em Minas Gerais, localizada no alto da Serra da Mantiqueira, reúne esses atrativos. A vila tornou-se mais conhecida por proporcionar uma atmosfera charmosa e romântica, um dos destinos mais procurados pelos namorados e casais em lua de mel.

O cenário lembra os alpes suíços. As casas são construídas nos vale e nas encostas das altas montanhas da Mantiqueira. No inverno, as temperaturas caem abaixo de 0°C, atingindo a marca de -10°C. A névoa que encobre toda a região e a fumaça que sobe das chaminés dão um charme a mais.

Essa semelhança com a Europa atrai turistas alemães, suíços, italianos, que acabaram por eleger Monte Verde como seus lares. A in� uência europeia é visível em todos os lugares: desde o estilo das construções até os produtos encontrados no comércio local e na gastronomia.

Como chegar: BR-381 até Camanducaia (utilize a Saída 918); de lá até Monte Verde são 30 km.

Onde � car:Hotel Pousada Palos Verdes: www.palosverdes.com.br Pousada das Pedras: www.pousadadaspedras.com.br

CENÁRIO CALIENTE

Um extenso território cheio de mistérios e com incrível poder de sedução. A Patagônia é uma região riquíssima em recursos naturais, o que faz do lugar um dos mais belos do planeta. Localizada no sul da América do Sul, abrange quase um terço dos territórios da Argentina e do Chile.

Cheia de lagos, rios, montanhas, vales e estepe in� nito, o que possibilita a prática de várias atividades físicas e, ao mesmo tempo, contemplar a natureza. A Patagônia é a terra de aventuras, como maratonas, a regata de canoagem mais comprida do mundo (que vai da cidade de Neuquén até Viedma), desa� os a imponentes vulcões e as mais destacadas competições de alto rendimento.

A gastronomia patagônica é bem exótica, inclui cervos, javalis, lebres, patos, queijos patagônicos e � ambres patagônicos. Na Terra do Fogo a fama é da Centolla, um tipo de caranguejo gigante. O clima frio e os constantes ventos favorecem a sanidade dos vinhedos, sendo praticamente desnecessários os tratamentos com inseticidas.

Como chegar:Ar: Lan Chile, TAM, GOL entre outras Terrestre: indo pelo sul do país

Onde � car:Hotel Las Hayas: www.lashayashotel.comLos Acebos: www.losacebos.com.ar

Tomar um bom vinho ao som de uma música romântica e curtir o visual da serra. Saborear um

fondue para se aquecer nas noites frias, sentir o cheiro gostoso da natureza, tudo para aproveitar a sedução do Inverno.

Pensando nisso, a PQN selecionou seis cenários para você desfrutar na estação mais charmosa do ano ,ao lado de quem você gosta ou até mesmo sozinho.

Os passeios podem ser feitos de carro ou avião, mas, preferecialmente com alguém, mesmo que seja com um membro da família.

Da Serra da Mantiqueira até os alpes andinos, nossos roteiros tem aventura, amor, boa gastronomia, cerveja artesanal, barzinhos, castelos, aromas e lindas praias.

Quem sabe você se encanta com algum deles e marca sua próxima viagem? Os seis cenários foram pesquisados pensando somente em você. Divirta-se!

CENÁRIO IMPERIAL

pensando somente em você. Divirta-se!

Um extenso território cheio de mistérios e

CENÁRIO CALIENTECENÁRIO CALIENTE

Hotel Las Hayas: www.lashayashotel.comLos Acebos: www.losacebos.com.ar Hotel Las Hayas: www.lashayashotel.com

LUCIANA COELHO

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Page 56: Revista PQN 24

Após votação bem favorável (65 votos a 7) em primeiro turno pelo Senado Federal (dezembro/2011), a PEC 33/2009, de autoria do deputado Antônio Carlos Valadares (PSB/SE) é

aguardada para votação em segundo turno ainda neste semestre. A mobilização dos jornalistas se intensi� ca, engajada na proposta que restabelece a volta de obrigatoriedade do diploma/graduação superior, para o exercício da pro� ssão jornalística. Esta novela, que se arrasta há dez anos, é acompanhada por uma torcida para um � nal feliz, em que a PEC do Diploma faça aquele gol de placa! Só que as instituições de ensino superior que ministram os cursos de Comunicação (pasmem!), por omissão e indiferença, continuam fazendo gol contra!

Senão, vejamos. Retrocedendo no tempo: no dia 30 de outubro de 2001 em ação cível pública (pedido de tutela antecipada) intentada por um representante do Ministério Público paulista, a juíza substituta federal Carla Abrantkoski Rister, da 16ª Vara Cível do Estado de São Paulo, suspendeu a exigência do diploma de nível superior para a obtenção do registro pro� ssional de jornalista. Sua sentença baseou-se numa interpretação equivocada do artigo 5º da Constituição Federal, pois a liberdade de expressão não pode ser confundida com liberdade do exercício pro� ssional. Mas diferente pensava ela e o promotor federal, autor da denúncia/pedido de tutela antecipada, e que escrevia, sem ser jornalista, para o jornal Folha de São Paulo, que fora denunciado à Delegacia Regional do Trabalho pelo sindicato dos jornalistas paulista.

Foi em minha gestão (1999/2002) como presidente do Sindicato dos Jornalistas Pro� ssionais de Minas Gerais (SJPMG), que tais fatos iniciais ocorreram e, ao longo desses dez anos e meio, os sindicatos e a Fenaj têm lutado bravamente para reverter essa injustiça, evitando a invasão do mercado por oportunistas.Depois de marchas e contra-marchas, ora ganhando, ora perdendo nas quartas juntas e nas muitas instâncias, a categoria viu suas expectativas desmoronarem, quando se esgotaram todos os recursos jurídicos, em 2009, pela decisão do Supremo Tribunal Federal, na sentença do ministro Gilmar Mendes. Se o corporativismo do Poder Judiciário junto aos interesses capitalistas dos veículos de comunicação triunfou, con� emos no segmento político, pois o Poder Legislativo (Senado e Câmara dos Deputados) terá discernimento e senso de justiça para aprovar a PEC 33/2009.

Espero que nesta fase crucial, decisiva para a categoria e para o alunado das escolas de Comunicação Social (particulares e públicas) haja uma mudança de comportamento, com ações mais incisivas dessas instituições. Que elas estejam mais motivadas e posicionadas, porquanto sempre se mantiveram omissas e indiferentes face ao problema que é delas, embora não o assumam. Espanta-me essa indiferença e acomodação dos cursos de Comunicação Social, como se desconhecessem o que diretamente os atinge, e deixando toda

essa peleja somente nos ombros dos sindicatos da categoria. E essa atitude não é de agora, pois em 2001/2002, quando estourou a bomba da sentença da juíza Rister, o comportamento acadêmico já era este. Portanto, assim é e assim tem sido.

É com perplexidade e indignação que já se ouviu, em vários congressos jornalísticos da categoria, certa professora de curso de Comunicação (Rio de Janeiro) a� rmar que “o compromisso da universidade é com o conhecimento e não com a diplomação, tornando-se desnecessário o diploma”. Por que será que as escolas de comunicação fazem gol contra? E qual a razão de tanta incoerência e de tanto desinteresse delas, que geram e gestam seus � lhos, para depois abandoná-los? Então para quê manter os cursos de comunicação, sem defendê-los, nesta década de polêmica validade? Ou os cursos que preparam jornalistas continuam existindo para que as empresas de ensino tenham lucros com as caríssimas mensalidades?

Obviamente que só o diploma não basta, pois a prática jornalística aliada à vocação é fundamental, tanto que se valoriza cada vez mais a experiência agregada ao diploma. Trecho do “Manifesto pela Defesa do Jornalismo”, com indispensável formação pro� ssional acadêmica, no qual o conhecimento e as técnicas jornalísticas se entrelaçam, divulgado pela Fenaj (Gestão Beth Costa/novembro 2001), merece aqui ser relembrado: “É absurda a confusão que se quer fazer entre cerceamento à liberdade de expressão e o direito dos jornalistas, de ter uma regulamentação pro� ssional que exija o mínimo de quali� cação acadêmica. É nosso dever lembrar que, nas últimas décadas, o jornalismo foi reconhecido e se � rmou como um modo de ser pro� ssional – um ethos pro� ssional -- cuja atividade passou a ser vinculada ao interesse público, nos seus mais variados formatos”.

E eu faço um apelo ao Congresso Nacional, para que “não prevaleça a sentença”, como rogou o professor de Direito Autoral da Faculdade Milton Campos, Hildebrando Pontes, há dez anos, no Dia Nacional de Luta em Defesa do Jornalismo e do Diploma, ainda na minha gestão no SJPMG: “A liberdade de expressão não pode e não deve prescindir de uma constante massa crítica. A sua sustentação dependerá daqueles que se dedicarem à causa de informar, comprometidos acima de tudo com os estudos essenciais à formação de jornalista. O manejo das mídias nascido das chamadas tecnologias, o fazer a informação, não é tarefa de despreparados e medíocres. Solapar a graduação do jornalista é ato de violência contra a sua pro� ssão, além de afronta ao direito à informação garantido constitucionalmente para toda a sociedade brasileira. A sentença, caso venha a prevalecer, representará um retrocesso injusti� cável, prestará um desserviço ao Direito e, na contramão da história, posta-se de cócoras aos interesses de grandes grupos do sistema impresso e de radiodifusão nacional”.

Arquivo Pessoal

Jornalista, ex-presidenta do SJPMG, membro da Comissão Permanente de Defesa do Diploma/SJPMG e da Associação de Ex-Alunos da UFMG.

Gol contra, por quê isso?

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Page 57: Revista PQN 24

OTITEPor mais estranho que possa aparecer, a otite também afeta os animais de estimação. A doença tem várias causas e pode estar relacionada à limpeza das orelhas dos bichos, feita em casa ou mesmo nos pets shops. Mas como saber se o seu cão ou gato tem ou não a doença? Para tanto, observe o comportamento do seu animal, como por exemplo, chacoalhar muito a cabeça ou coçar exageradamente as orelhas. Há casos em que o animal apresenta secreções, vermelhidão e chega a desenvolver um odor mais forte do que o normal. A otite causa dores e, quando não tratada corretamente pelo pro� ssional especializado, pode haver uma evolução para a perda da audição. “Tanto o diagnóstico como o tratamento de infecção deve ser feito por um médico veterinário”, alerta a médica veterinária e tutora do Portal Educação, Danielle Pereira.

Participe, mande suas sugestões para:

[email protected]

HIGIÊNICOSO porta-toalete é um porta-papel higiênico exclusivo, a � m de facilitar o recolhimento das necessidades de seu pet. Lançado

pela Dog’s Care, vem com dispositivo para ser � xado na parede ou superfície de vidro, � cando disponível no local onde os animais

fazem suas necessidades. Assim, evita-se o uso de sacolinhas descartáveis e de quebra uma “ajudinha” para o meio ambiente,

depositando as fezes no seu devido lugar: no vaso sanitário.

Arquivo pessoal

MÃES E FILHAS Desde a infância, o amor pelos cães sempre esteve presente na vida

da relações públicas Denise Alves. Ele só fez aumentar com a chegada da Mel - uma linda cadelinha da raça maltês e que há quase 11 anos

é uma de suas “� lhas”. “A Mel foi um presente que eu mesma me dei. Queria um cão pequeno, tranquilo e dócil, isso porque moro em

apartamento. Ela é muito companheira, até mesmo na hora de assistir à novela. Já a Bibi veio três anos depois, é � lha da Mel. Ou melhor, como

costumo dizer, é a sombra da mãe. São as minhas meninas”.à novela. Já a Bibi veio três anos depois, é � lha da Mel. Ou melhor, como

Arquivo pessoal

PROTEÇÃOAssim como acontece com o ser humano, os animais também são afetados por raios nocivos, principalmente os de pele mais clara ou albinos, com focinho despigmentado e expostos ao sol durante horas. Estes são sérios candidatos a eritemas, dermatites solares e até mesmo câncer de pele. As regiões com menor quantidade de pelos como a barriga, o focinho, a ponta das orelhas, as patas e coxins, e a região ao redor dos olhos

devem ser protegidas com � ltro solar (inclusive a bolsa escrotal). Assim, observe se o seu cachorro ou gato possui uma cor rosada nestas áreas, se tiver, ele necessita de proteção extra. A � m de evitar que os pets lambam o protetor antes da sua absorção, que leva cerca de 15 minutos, a Pet Society incorporou à formulação do Protetor Solar FPS 30 um componente amargo que auxilia no impedimento da lambedura.

Jacques Dequeker

CAUSA NOBREIntitulada “Ampara Animal”, a campanha da organização não

governamental que leva o mesmo nome, conta com um time de estrelas,

diga-se de passagem, de belas mulheres, em prol da causa animal.

Com um conceito diferenciado e um modo inovador de educar, a exposição

apresenta mulheres lindas e conscientes de sua importância para a sociedade, e

animais com diferentes histórias de privação e abandono, vítimas de preconceito. Todas elas foram clicadas pelo renomado fotógrafo

Jacques Dequeker, que traduziu em arte o sentimento de que precisamos mudar nossa atitude com os animais para sermos mais humanos. Entre

outros artistas, participam da campanha Cléo Pires, Ellen Jabour, Fernanda Motta, Fernanda Tavares, Gianne Albertoni, Paola Oliveira, Sabrina Sato,

Thaila Ayala e Yasmin Brunet. A mostra, que estava em cartaz no Shopping Villa-Lobos, em São Paulo, seguirá para outros centros de compra da capital

paulista. Acesse www.amparaanimal.org.br.

Divulgação

Jacques Dequeker

modo inovador de educar, a exposição apresenta mulheres lindas e conscientes

de sua importância para a sociedade, e

Jacques Dequeker

DNA CANINOA Câmara Municipal de Jerusalém aprovou uma lei que obriga proprietários de cachorros a registrar o DNA de seus animas para identi� car e multar donos

que não limparam as fezes de seus pets nas ruas da cidade. Com amostras de saliva dos animais, as autoridades criarão um banco de dados de DNA. Os

donos de cães que se recusarem a fornecer a amostra serão multados.

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Page 58: Revista PQN 24

ENTREVISTA

Vinte e cinco minutos era o tempo que tínhamos para a entrevista, no restaurante do Hotel Mercure, em Belo Horizonte. Para muitos, 1.500 segundos seria um tempo

razoavelmente bom, mas se do outro lado você tem um entrevistado que é especialista em narrar causos do povo brasileiro e mundial, quase trinta minutos é muito pouco tempo.

Ao viajar por Minas Gerais durante quase quatro semanas, o jornalista e escritor Maurício Kubrusly conversou com a equipe da Revista PQN numa brecha de agenda durante o período em que esteve na Capital

Mineira participando do projeto “Sempre Um Papo” e divulgando o livro “Me Leva Mundão”, lançado em 2011. Na publicação, Kubrusly relata histórias peculiares e impressões inusitadas fora das fronteiras nacionais, especi� camente em 10 países, contando

curiosidades e bastidores de viagens.

Carioca, fascinado pelo povo mineiro, Kubrusly, como é chamado pelos amigos da redação da Rede Globo, se de� ne como um brasileiro apaixonado pelo Brasil e que acabou sendo levado, devido à pro� ssão de repórter, a conhecer curiosidades e histórias deste mundão...

Um contador de histórias do Brasil e, agora, também do mundo...IAÇANÃ WOYAMES

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Page 59: Revista PQN 24

01 Depois do sucesso do primeiro livro “Me Leva Brasil”, que narra as histórias de diversos cantos do País, por que escrever também sobre as viagens internacionais em seu novo livro “Me leva Mundão”?

Eu tenho muito prazer em escrever. É algo que me agrada. Na verdade, eu escrevo sem parar, ou melhor, em tempos de computador, eu digito muito. Quando transformei o quadro “Me Leva Brasil” no primeiro livro, me surpreendi com o resultado. Passado o sucesso, a Editora Globo me chamou para um almoço e me convidou para escrever um novo livro. A partir daí, comecei a resgatar as matérias que já tinha feito fora do Brasil nos arquivos de vídeos da TV Globo. Na verdade, eu nunca � z muitas anotações nas viagens, mas ao ver as matérias nos arquivos eu resgatava nas memórias as histórias e colocava no papel.

02 Uma das características marcantes do repórter Maurício Kubrusly é o fato curioso, o personagem interessante. Isso é transportado para o livro também?

Claro! É uma característica minha. Eu sou um apaixonado pelas pessoas, eu adoro sentar e ouvir uma boa história contada por alguém, sinto prazer absoluto nisso. Encanta-me o modo e as expressões com que as pessoas falam e eu tento mostrar isso. Em Minas, por exemplo, eu acho fascinante o jeito do mineiro contar história. Eu tenho absoluto fascínio pelo mineiro, aqui é lugar de contadores de história. Seja no quadro do Fantástico ou nas publicações, o que eu faço é reproduzir a maneira como a história foi contada.

03 O mineiro é contador de histórias? Então o Mauricio tem muito de Minas, pois você é um verdadeiro contador de histórias, não acha?

Não, mas os colegas brincam muito comigo sobre isso. Lá vai o Maurício contar outra história. Eu sou um pouco palhaço também, sempre fui. Na minha família eu era reconhecido como palhaço, somos quatro irmãos, mas eu sempre fui o mais brincalhão. É muito comum quando tem um caso engraçado para contar, os amigos da redação sempre falam: esta história é para o Kubrusly!

04 Tenho a impressão que você é quase um Relações Públicas de uma cidade, pois seu quadro divulga municípios que o brasileiro nunca ouviu falar. Você se vê com algum papel social ou acredita que esta é a função do jornalista?

Eu não me dou esta importância, de forma alguma. Mas quando começou a história do “Me Leva Brasil” eu era um pouco incomodado com o fato de a mídia brasileira ser apenas o eixo Rio e São Paulo. Claro que ainda não havia as facilidades da comunicação que existem hoje, então a mídia era feita em duas cidades do Brasil. Com isso, a visão do nosso país era restrita e isso me incomodava muito, tanto que quando o “Me Leva Brasil” foi autorizado, e não tinha nem título, seu objetivo principal era que andasse pelo país, mostrasse o Brasil.

O primeiro programa que eu gravei para o quadro era a maior viagem de ônibus que existia naquela época. Saía do Rio Grande do Sul em uma quinta-feira e chegava numa segunda em Fortaleza, Ceará. E quando eu viajei dentro deste ônibus � cou

mais claro para mim que eu precisava contar a história dos vários brasis que existem dentro do Brasil. Isso em 2000, hoje já houve uma mudança de conceito nas empresas de comunicação, pois elas perceberam que existe uma demanda muito grande no restante do Brasil e mais, as pessoas querem ser vistas.

05 Como era a recepção da equipe do “Me leva Brasil” nas cidades?

Antes de o programa ir ao ar era muito curioso. Pois, quando chegávamos a uma cidade, muitas vezes com o carro sem a identi� cação da Globo, virava um acontecimento. A cidade inteira parava para saber o que estava acontecendo, qual era a tragédia. A população sempre pensava que era alguma desgraça, na cabeça deles ninguém ia até lá para falar da cidade, de histórias ou curiosidades, eles pensavam que tinha havido algum latrocínio, peste, inundação, alguma coisa horrível. Isso só mudou depois que o Me leva Brasil foi ao ar, virava uma festa quando eles me identi� cavam. Porque eles já sabiam que a cidade iria aparecer na televisão de uma forma positiva, não seria um deboche ou uma pegadinha, o quadro estava lá para ouvir suas histórias.

06 E as andanças por Minas?

Com o projeto Sempre um Papo eu estou divulgando o livro em vários municípios. É uma folia, pois sempre tem uma � la enorme, a maioria é moçada fazendo quinhentas mil perguntas. E eu saio destes bate-papos tendo aprendido sempre alguma coisa. Ouvir pessoas é fascinante!

07 E no Me Leva Mundão, você também buscou brasileiros nestes países?

Eventualmente sim. É legal encontrar brasileiros, porque eles vão te dar uma outra referência do país. E o mais curioso é que o brasileiro não perde sua essência, sempre encontro um “gueto” verde amarelo com carne de sol, arroz e feijão.

08 Na sua percepção, como é o tratamento do brasileiro que vive e trabalha em determinado país?

Depende do lugar para onde você vai. Por exemplo, em Portugal, os brasileiros que trabalham na cidade são super bem recebidos, pois os portugueses, principalmente, no ramo de serviços são extremamente frios. E quando ele coloca um brasileiro para atender a coisa muda. Somos um povo alegre, mais solto e até divertido. Já em Dubai estão todos ferrados, os únicos brasileiros que estão bem lá são os jogadores de futebol. Fora isso, o trabalho é quase escravo.

09 Você já comeu muita coisa diferente? Já provou as delicias de minas nos botecos de BH?

A alimentação é um capítulo à parte do Maurício Kubrusly, pois eu tenho muito cuidado com o que eu como e não gosto de nada muito diferente, digo exótico. O Zeca Camargo, meu colega de Fantástico, tem a capacidade de comer as coisas mais diferentes que eu já vi no planeta. Ele come qualquer coisa, minhoca, barata, tudo, tudo. É uma coisa muito maluca, eu não sei como ele tá vivo. Eu, ao contrário, passo fome, mas eu não como qualquer coisa, na verdade eu tenho é inveja do Zeca...

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Page 60: Revista PQN 24

O pulsar de um coração sem lembranças

Jornalista, ex-repórter da Revista

Veja, da Rede TV, ex-redatora do

Guia de Serviços de Primeira Classe

e do Guia de Cidades Históricas,

repórter e apresentadora da TV

Assembleia, autora do blog www.

tresoumais.blogspot.com

Arquivo pessoal

Ali viviam cerca de dez idosos com idade entre 65 e 98 anos. Havia mesa com salgados, docinhos e bolo. A comemoração do “dia dos avós” foi a pauta que me

levou até aquele lugar no dia 26 de julho. A tarde coberta por um lindo céu azul e um vento frio que doía na alma carregava na atmosfera a mesma contradição que encontrei entre os moradores da casa de repouso. Quase todos aproveitavam a festa cantando e dançando na companhia de raros parentes. Enquanto a euforia e a alegria venciam a solidão e o abandono, no canto da mesa, alheia a tudo, estava uma senhora de olhar � xo e vazio.

Aqueles olhos castanhos pertenciam a Elisa, uma ex professora de música, que há doze anos havia sido diagnosticada com o “mal de Alzheimer”. Nos últimos tempos, a doença se agravara e ela já não se alimentava e nem andava sem ajuda. As conexões cerebrais não funcionavam e um pano negro e pesado cobria as lembranças de uma vida longa. Não sabia precisar quando estava com fome ou quem eram as pessoas que cuidavam dela todos os dias. Me contaram que, nas poucas vezes em que falava, se recordava da própria mãe e dos � lhos adultos quando ainda eram bebês de colo.

No dicionário, o signi� cado de memória é: “aquilo que ocorre ao espírito como resultado de experiências já vividas; lembrança”. Na vida, memória quer dizer muito mais! O cheiro da fumaça pode te fazer ouvir novamente as conversas de família à beira do fogão à lenha da casa da fazenda. A música traz de volta o arrepio que percorreu sua coluna quando aquele amor da adolescência te beijou pela primeira vez. A foto de um Natal antigo lembra a alegria sentida naquela manhã enquanto desembrulhava o brinquedo mais desejado da sua vida.

A memória não é apenas a possibilidade de reviver o passado. Somos nossas lembranças – remotas e recentes. Sem elas, habitamos um corpo sem vida, uma vida sem identidade, uma identidade sem dignidade. O mal que afeta cerca de 6 por cento dos idosos com mais de 80 anos rouba deles não só a capacidade de reconhecer os outros, mas também de se reconhecerem. Não há passado que alimente o presente ou que dê esperanças para o futuro.

A demência ignora as regras do tempo e do espaço. Torna a morte palpável, visível na matéria que ainda pulsa.

Antes de deixar aquela casa de repouso, tentei manter algum contato com Elisa. Me aproximei com um sorriso no rosto e lhe desejei um “Feliz Dia da Avó”. Eu lhe dei um beijo na testa e segurei forte a sua mão. Havia em mim uma expectativa ingênua de que meu afeto vencesse a doença ainda que por alguns segundos. Não houve respostas. Nenhum aceno, nada de sorrisos ou talvez outro aperto de mão. Mas, antes que eu fosse embora de vez, ela virou o rosto e me encarou. O olhar ainda estava apático, mas tinha leveza e traduzia uma mensagem clara de esperança. Revelava que as lembranças estavam sim em algum lugar enfermo do cérebro, mas os sentimentos continuavam vivos no coração.

ela já não se alimentava e nem andava sem ajuda. As conexões cerebrais não funcionavam e um pano negro e pesado cobria as lembranças de uma vida longa. Não sabia precisar quando estava com fome ou quem eram as pessoas que cuidavam dela todos os dias. Me contaram que, nas poucas vezes em que falava, se recordava da própria mãe e dos � lhos adultos

No dicionário, o signi� cado de memória é: “aquilo que ocorre ao espírito como resultado de experiências já vividas; lembrança”. Na vida, memória quer dizer muito mais! O cheiro da fumaça pode te fazer ouvir novamente as conversas de família à beira do fogão à lenha da casa da fazenda. A música traz de volta o arrepio que percorreu sua coluna quando aquele amor da adolescência te beijou pela primeira vez. A foto de um Natal antigo lembra a alegria sentida naquela manhã enquanto desembrulhava o brinquedo mais desejado da sua vida.

A memória não é apenas a possibilidade de reviver o passado. Somos nossas lembranças – remotas e recentes. Sem elas, habitamos um corpo sem vida, uma vida sem identidade, uma identidade sem dignidade. O mal que afeta cerca de 6 por cento dos idosos com mais de 80 anos rouba deles não só a capacidade de reconhecer os outros, mas também de se reconhecerem. Não há passado que alimente o presente ou que dê esperanças para o futuro.

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Page 61: Revista PQN 24

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Page 62: Revista PQN 24

Jornalista, blogueiro, escritor e PR. Autor de vários livros, como “Assessor de Imprensa – fonte qualifi cada para uma boa notícia” e “Transroca, o navio proibido”, que está sendo adaptado para o cinema pelo diretor Ricardo Zimmer. Edita o blog PR Interview e ministra cursos na Abracom e na Escola de Comunicação.

Robhson Abreu

Quarta-feira. Horas antes de começar a Sessão Dupla do Comodoro, muita gente aguarda na calçada do CineSesc, em São Paulo. Em minutos, o cinema abre e o cineasta

Carlos Reichenbach, conhecido como Carlão, faz a apresentação dos dois � lmes a ser exibidos na noite.

Durante várias vezes fui, com muita alegria, na Sessão Dupla, sempre realizada em uma quarta-feira. Filmes de vários países, muito raros, sobre vários temas. E o melhor: os comentários, comparações, sacadas e observações de Carlão. Ele levava o público, frenquentemente, ao riso, ao alívio, à expectativa.

Na Sessão Dupla � z, aliás, várias matérias com aquele cineasta, sempre destacando o seu olhar único, sua motivação, seu entusiasmo com o cinema nacional, seus projetos.

São estas as imagens que, rapidamente, vieram, como � ashs cinematográ� cos, em minha mente, quando soube que Carlão havia partido. Acho que foi, em algum momento, uma autodefesa, uma necessidade de preservar os bons momentos, os momentos felizes que temos com pessoas, com ambientes.

Minha lembrança de Carlão vai, porém, além do cinema. Quando terminei de escrever o meu livro “Como mimar seu cão”, uma homenagem ao meu yorkshire Brutus, rapidamente lembrei-me desse cineasta e � z-lhe um convite que teve um � nal feliz.

“Foi por causa de uma fotogra� a da Brida, a adorável bichon bolonhês que divide a cama comigo e a minha mulher, dormindo sempre embaixo dos meus pés, que o autor do livro sugeriu meu nome para esta orelha”, disse Carlão.

Mais adiante, ele apresentou um outro amigo: “Minha cumplicidade canina começou logo cedo, dos três aos nove anos de idade, compartilhando uma amizade mais que fraterna com Taro, um velho boxer adorável e babão, dissimuladamente carrancudo”.

Ao � nal, com sabedoria, Carlão enfatizou novamente o passado: “É engraçado, só agora me dou conta de que posso falar cobras e lagartos de certas ex-namoradas e amigos ressentidos, mas não consigo ter sequer uma lembrança ruim de qualquer amigo canino”.

Esse era Carlão. Um amante da vida, feita em cliques, imagens, letras, livros e mais livros. Página atrás de página. Dos mais variados gêneros, assuntos, ideia.

Quando pensei em escrever uma outra obra, a biogra� a do cineasta Ricardo Pinto e Silva, logo no início do projeto, procurei Carlão, que contribuiu com dicas, observações e traçou uma análise interessante sobre o próprio Ricardo, que mais tarde foi publicada.

O nome do livro? Rir ou chorar. Coincidencia ou Obra do Destino?

Entre cães e filmes

Minha lembrança de Carlão vai, porém, além do cinema. Quando terminei de escrever o meu livro “Como mimar seu cão”, uma homenagem ao meu yorkshire Brutus, rapidamente lembrei-me desse cineasta e � z-lhe um convite que teve um � nal feliz.

Alexandre C. Mota

Destino? Alexandre C. Mota

Divulgação

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Page 63: Revista PQN 24

Entre cães e filmes

Page 64: Revista PQN 24

www.pqn.com.brAssine: (31) 2127 4651 [email protected]

www.pqn.com.brAssine: (31) 2127 4651 [email protected]

A revista PQNfoi finalista do

Prêmio Sebrae de Jornalismo 2012,

na categoria jornalismo impresso com a

reportagem “A comunicação

empresarial pode e deve ser verde”, da

jornalista colaboradora Luciana Coelho, pauta e

edição de Robhson Abreu.Um segundo lugar com

gostinho de primeiro!

Nossas fornadas são melhores do que as outras.

Rendem tanto, que ganhamos até prêmio!