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2 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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10 Túlio Ratto

13 Sávio Hackradt

19 Tio Colorau

29 Raildon Lucena

32 Luis Fausto

Natal Artes Visuais em discussão municipal

Entrevista CARLOS AUGUSTO MAIA“Fechar o aeroporto Augusto Severo foi o maior crime que cometeram com Parnamirim”

SemanaAssembleia empossa deputados, elege presidente e recebe governador

Girando

Capa PERDIDO EM TIROTEIOAdministração de Mossoró vive crise em vários setores

FotografiaArte digital na praia de Ponta Negra

Palavra de rei

2015 corre ligeiro

Tese Sobre um Homicídio

Justiça seletiva

05 #EDITORIALPromessas 23 #TUITADAS 25 #CHARGISTA BRITO 34 #TECNOLOGIA35 #FOLIABaile de Máscaras abre ficialmente o Carnaval de Natal36 #AGENDA CULTURAL

Diz aí!

GutembergDias

_rnA Revista _rn é uma publicação da BEEP! Comunicação

Rua Antônio Madruga, 2009 - NatalCNPJ. 18.559.813.0001-81

A Revista _rn não se responsabiliza por conceitos emitidos nos artigos assinados.

www.revistarn.com.br/revistawebrn /revista_rn /revista_rn 84 9143-6757

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confira

n° 12 | 06 de FEVEREiro de 2015

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Vocês acreditam no “eu prometo” de al-gum parlamentar empossado no dia 01/02?

Em cadeia nacional, foi de arrepiar as ima-gens dos nossos caríssimos e caríssimas representantes com suas mãos estendidas fazendo o juramento.

Esses parlamentares têm ciência que não é fácil para o cidadão comum, àquele que sai de casa cedinho e volta à noite do tra-balho acreditar em tão santificado com-promisso.

Como seria bom se os anjos dissessem amém.

Mas, você sabe, a maioria dos que estão ali – o mundo todo sabe – logrou êxito comprando votos. E quem não sabe disso?

Na eleição, uma saraivada de promessas. “Eu prometo lutar pela redução no nú-mero de impostos”; lutar “na área da se-gurança pública”; “teremos uma educação de qualidade”; “Distribuição de renda e emprego pra você”; “Transporte público que funcione”; combater o crime e a cor-rupção”.

Os marqueteiros deitam e rolam - de rir da cara do eleitor nessa época.

Agora, olhe em sua volta, veja o que tem faltado para tornar a vida da sua família mais tranquila e de qualidade.

Há quanto tempo você espera por algo prometido durante uma campanha polí-tica?

O Rio Grande do Norte muda nessa le-gislatura cinco deputados: Walter Alves (PMDB), Rafael Motta (PROS), Zenai-de Maia (PR), Antônio Jácome (PMN), Betinho Rosado Segundo (PP). Fechan-do a bancada potiguar, Rogério Marinho (PSDB), Fábio Faria (PSD) e Felipe Maia (DEM).

Você saberia dizer qual deles é compro-metido mesmo como povo? Quem souber nos avise. Teremos o maior prazer em di-vulgar.

Porque entra ano, sai ano eleitoral e o elei-tor com a maior boa fé acaba votando… e desanima, ao ver que, outra vez, foi en-ganado.

Promessas

EDITORIAL _rn

[email protected]

#opiniao

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ENTREVISTA _rn

Advogado, 33 anos de idade, começou na política em 2011 e já chega à Assembleia Legislativa fazendo parte da mesa diretora como 4o secretário. Inquieto e dizendo que deixa vida acontecer, Carlos Augusto Maia fala sobre sua trajetória e como pretende ajudar o Rio Grande do Norte. O jovem deputado também lembra que a classe política não teve força para manter o aeroporto Augusto Severo operando, trazendo prejuízo para o povo de Parnamirim e Natal.

“Fechar o aeroporto Augusto Severo foi o maior crime que cometeram com Parnamirim”

De vereador em Parnamirim para deputado es-tadual, jovem, já compondo a mesa diretora no primeiro mandato. Está rápido demais ou isso tudo já era esperado?

Eu sempre tratei as coisas de uma forma bem tran-quila. Deixo acontecer. Foi assim no mandato de vereador. Em 2011, fui a Brasília com o atual pre-sidente do PT do B de Parnamirim, Júlio Nasci-mento, trabalhar para o partido, pois a sigla es-tava sem diretório, e, ao final do ano, já surgiu a oportunidade de disputar o mandato de vereador na cidade. Eu, havia montado a coligação para que

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CARLOS AUGUSTO MAIA Fotos Ana Cadengue

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foi aceita pelo grupo.

Que projetos estariam dentro de sua visão es-tratégica para o RN?

Eu tenho dito que não vou defender uma bandeira específica. Não vou ser o deputado da segurança pública, apenas. Da saúde. Porque eu acho que po-lítico deve ter a sensibilidade de sentir a necessida-de do povo naquele momento.

O que o Estado realmente precisa? É claro que a questão de segurança pública é importantíssima. Tem áreas que já venho trabalhando como as ques-tões agrárias, regularização fundiária, porque já fiz um projeto inovador no Estado. Entreguei em Par-namirim para que se fizesse as escrituras públicas das casas, basicamente. Porque se o poder público não fizer o cidadão não conseguirá, pois o valor é alto. Eu tenho conhecimento, porque já presidi comissão na OAB, apesar de muito jovem ainda, fui convidado pra presidir um importante comis-são nessa parte de registros públicos. Tenho alguns projetos e inclusive na área de tributação. Posso contribuir com o governo do Estado nessa questão

CARLOS AUGUSTO MAIA_rnoutras pessoas tivessem a chance de dis-putar, colocando meu nome mais para poder contribuir, mais para dar visibili-dade, já que advogo na cidade. Dai, no calor da campanha, coisa de um mês, eu já via que tinha chances. Comecei a trabalhar mesmo, com vontade e logrei êxito. Vereador de Parnamirim.

Já no primeiro dia de mandato comecei a trabalhar a possibilidade de disputar uma vaga na Assembleia Legislativa. Sa-bia que não era fácil, pois não tinha um suporte de um mandato dessa enverga-dura por trás para me dar uma base. Meu pai e minha mãe são servidores do Estado, meus avós agricultores... Então, sem tradição política. Existe apenas um primo, que já disputou um mandato de deputado federal e que é o meu orientador políti-co, o Airene Paiva – que é tabelião no 2o Ofício de Parnamirim. À época, eu sabia que ele tinha pretensão. Fiz um projeto pra ele, para ajudá-lo. E fomos girando o Estado do Rio Grande do Norte e com pouco tempo meu nome foi o escolhido - por conta de exercer um mandato de vereador na tercei-ra maior cidade do Rio Grande do Norte. Vinha, modéstia à parte, realizando um bom trabalho e era bem aceito na cidade. Nesse pouco espaço de tempo construí uma imagem de como o que real-mente sou. Sou Carlos em qualquer lugar que você me encontrar. E foi dessa forma que fui indicado para a disputa do mandato estadual. Campanha muito difícil, com pouca ajuda. Voto espontâneo da população. Agora agradeço, pois sei que só te-nho compromisso com o povo. Só não fui votado em dois municípios. Tenho uma representatividade boa. Apesar de ter tido a menor votação dos eleitos da Casa, tenho a maior representatividade por essa votação em todo o Estado, de pessoas que acredi-taram no meu projeto.

No caso da disputa na AL para compor a mesa, co-loquei minha pretensão para a 4a secretaria e esta

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CARLOS AUGUSTO MAIA_rn

da dívida ativa. Tenho projetos para pessoas com necessidades es-peciais. Minha mãe há anos vem contribuindo na APAE, ela é da federação estadual.

Vejo que o governo, hoje, deve priorizar a questão da seca. É uma bandeira para todos, de extrema urgência. Tenho que fazer políti-cas públicas de convivência com a seca. Apesar de ter feito mi-nha carreira profissional e políti-ca em Parnamirim, tenho raízes oestanas. Sei o que é o problema da seca e sei como os municípios estão sofrendo com a escassez de água. O governo tem que ter essa preocupação imediata.

Sabemos que um dos problemas sérios do Estado, além da seca,

e, principalmente, das gran-des cidades do RN é a violên-cia. Não seria o momento ago-ra com essa juventude na Casa dar uma ‘sacudida’ ?

Importantíssimo. O governo deve dar atenção especial pra região metropolitana. Sei que todo o Rio Grande do Norte clama por uma política de segurança. Como deputado dessa região, não posso mais pensar somente em Parna-mirim, ou Natal, São Gonçalo, Macaíba. Eu serei um defensor.

O que representou para Parna-mirim o fechamento do Aero-porto Augusto Severo? Há al-gum projeto para reativá-lo?

Fechar o aeroporto Augusto Se-

vero foi o maior crime que come-teram com Parnamirim. Com ca-pacidade pra atender 5,5 milhões de pessoas ao ano, funcionava com uma demanda de 2 milhões. Quer dizer, não precisa ser especialista pra saber que suportaria mais uns dez anos até atingir sua capacida-de. Localizada em uma área onde as aeronaves poderiam posar em qualquer sentido. A questão técni-ca, era avaliado como o segundo melhor do país, administrado pela Infraero. Foi um crime até pra Na-tal também.

Tenho a pretensão de pedir ao go-verno que se faça um estudo pra fazer uma permuta, os militares iriam pra São Gonçalo e o aero-porto retornaria para Parnamirim. Que seja apenas por um período, até que realmente se conclua o de São Gonçalo. Da forma que está é inviável.

Os empresários querem trans-formar O Augusto Severo em um Centro de Convenções. Você acha isso viável?

Sim. A região deve ser compensa-da. A história do país, da aviação, se confunde com a história Par-namirim. A compensação deve ser imediata. Uma rodoviária, um centro administrativo integrado, como o que foi feito em Mosso-ró; um shopping. Então, deve ser feito um estudo. A classe política dos últimos dez anos esperava que o aeroporto fosse somente de car-gas. Especialmente a local. Quan-do surgiu o comentário que seria para aviação comercial e de cargas,

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CARLOS AUGUSTO MAIA_rnpegou muita gente de surpresa. Aí já não dava para fazer muita coisa.

Prefeito de Parnamirim em 2016?

Não fujo desse tema. Como falei, as coisas acontecem naturalmente em minha vida. Sou sensível aos deta-lhes. Para deputado, vi alguns deta-lhes que mostravam minhas chan-ces reais de vitória. Parnamirim lançou Agnelo e eu. Tinha também Gilson Moura, mas como vinha de um desgaste optou pela candidatu-ra do irmão. Na região oestana, só saiu o deputado Galeno candidato. Falo da nossa coligação. Ntão, esses detalhes eu fui observando. Como estou vendo agora em Parnamirim. Tenho andado pelas ruas de Parna-mirim e ouço o povo, que me pe-dem pra entrar na disputa. E digo: se as pesquisas me indicarem, eu não posso fugir ao pedido do povo.

Como você avalia a administra-ção de Maurício Marques?

Uma administração boa - apesar da ausência do governo do Estado à época. Ele poderia ter feito mais. Tenho críticas também. Acho que Parnamirim precisaria de um pla-nejamento para o futuro. Acidade, por exemplo, não conta com uma secretaria de planejamento. Tem que pensar o futuro. Acessibilida-de, ciclovias, duplicação de algu-mas avenidas importantes. Infeliz-mente, Mauricio não se ateve para essa questão de planejamento para Parnamirim para receber o futu-ro. Tudo em Parnamirim acontece muito rápido. Cresce rápido. Daqui a pouco será a segunda cidade do

Rio Grande do Norte, mas sem a estrutura que vemos em Mos-soró.

Nas colunas sociais, a notícia do seu romance com a suplen-te de deputada Laura Helena. Amor e política dá certo?

(Risos) Ela é uma pessoa espe-cial. Estamos nos conhecendo melhor.

Além do nome, o que mais você tem em comum com o ex pri-meiro-damo?

Não sou da família Maia tra-

dicional. Aliás, nunca conver-sei com Carlos Augusto, sequer apertei na mão dele. Saiu, inclu-sive, em uma matéria que o meu nome teria sido inspirado nele. Vou perguntar ao meu pai. Nas-ci no ano de 1981, na época ele era deputado.

Pronto pra ser o deputado galã?

(Risos) Eu entro num colegiado de pessoas muito maduras. Sou o segundo mais jovem. Acho até natural que coloquem. Mas nun-ca pensei nisso (risos).

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https://twitter.com/carlosmaiaadv https://www.facebook.com/CarlosAugusto70123

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Do deputado José Dias logo após levar a rasteira do governador na eleição à presidência da Assembleia Legislativa: “Rompi com Robinson por ele querer me usar como instrumento de traição.”

Pensei, pensei, e não consegui imaginar ferramenta para que o deputado José Dias representasse numa arte. Uma faca, facão? Um serrote. Martelo, foice, rastelo, enxada, espátula, revólver, canhão?

Ah... Foi dilacerante.

IdênticosOlha, eu perambulei muito pela Assembleia Legislativa nesses dias conturbados da escolha da Mesa Diretora. Os bastidores ferveram. Digo que a eleição na AL não difere de uma escolha em uma Câmara Municipal. Não precisa tirar nem por.

SorteDesejo sorte a todos os representantes norte-rio-grandenses empossados no último dia 1o. O Rio Grande do Norte precisa mais do que nunca da vontade deles para o desenvolvimento.

PoetaSempre bom encontrar o amigo poeta Crispiniano

GastosO Governador Robinson Faria anunciou corte de gastos. As medidas não afetarão as áreas da saúde, educação e segurança. Reduziu drasticamente o dinheiro gasto em diárias e em telefones. Bem parecido com o que Rosalba fez em seu primeiro mês de desgoverno.

Galeno TorquatoO deputado Galeno Torquato disse que sua responsabilidade aumenta com a oportunidade de fazer parte da mesa como primeiro secretário, o que não é fácil conseguir essa posição já no primeiro mandato.

Comentou o episódio ocorrido na AL no domingo, 01/02, declarando que se sentiu desprestigiado com a atitude do ex-presidente Ricardo Motta em encerrar a sessão que seria escolhido a mesa diretora. Mas, que tudo já fora contornado e reafirma que dessa atitude não fica nenhuma sequela.

Dizem que o “rei”, como o governador foi tratado pelo deputado Zé na sessão de quarta-feira (04), jamais deixou de cumprir a palavra. Está aí Zé Dias que não me deixa mentir.

Neto. É certeza de boas risadas. Eu, querendo saber das novidades da minha querida Mossoró, entre outras coisas, ouço do velho Crispa: “se me ouvir elogiando alguém, pode desconfiar. É o contrário”.

Aproveitei o papo para perguntar também ao poeta o que ele achava da nomeação de Rodrigo Bico para a Fundação José Augusto, órgão já dirigido por ele. Crispa disse que Rodrigo é um ótimo nome. Esforçado, inteligente. Tem tudo pra fazer uma boa administração. Então, tá certo!

Palavra de rei

TÚLIO RATTO [email protected]

#opiniao #notas

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Haja eleiçãoNos últimos dois anos, o prefeito de Mossoró parcipou nada mais, nada menos, que oito eleições. Maratona da bexiga taboca, hein?

Dá nissoA Chapa de Ezequiel Ferreira venceu. Fez cabelo, barba e bigode. Até poucos dias da eleição o grupo de Ricardo Motta se achava imbatível. Soberba dá nisso.

Eu torço pelo boiA seca é uma realidade no Rio Grande do Norte.Colapso nos quatro cantos do Estado. E se não tem água para os humanos, imagine para os animais. Entretanto, o deputado federal - de primeira viagem - Betinho Segundo, em postagem no Facebook, diz que vai lutar pela vaquejada.

É muita falta do que fazer, de dizer.

TÚLIO RATTO _rn

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O curioso no resultado dessas eleições são os argu-mentos contra e a favor dos fanáticos de lado a lado. Para quem é governo, parece que Renan é um santo, enquanto o satanás de botas, debruçado numa man-gueira e chupando manga, é Eduardo Cunha. Para a oposição o satanás é Renan. O fato é que nenhum dos dois é flor que se cheire. Fato também é que os resultados das mesas diretoras do Senado e da Câma-ra mostram que o Congresso piorou.

Por seu lado, o governo da presidente Dilma, debaixo de denúncias de corrupção na Petrobrás, vai se arras-tando e arrochando a economia. Com o apoio frágil da presidente no Congresso Nacional, as vivandeiras do golpismo, ficam de olho e ameaçam: se tiverem chance apeiam Dilma do cargo; mas é certo que os verdadeiros democratas não aceitarão o movimento golpista.

E o que isso tudo tem a ver com a nossa aldeia? Tem muito. Pobres como somos, o estado e os 167 muni-cípios, dependemos muito do governo federal ir bem, forte, com uma visão desenvolvimentista, capaz de nos impulsionar com investimentos nas áreas de saú-de, educação, infraestrutura, turismo, agricultura, geração de emprego e renda para os norte-rio-gran-denses. Sem a mão do governo federal, o estado e nossos municípios praticamente não têm capacidade de investimento. Os dias que se avizinham parecem bicudos para os que vivem aqui na aldeia potiguar.

Chegue logo 2016, venha ligeiro e traga boas novas para o Brasil e o Rio Grande do Norte. Xô coisa ruim, xô notícia ruim, xô satanás. 2015 ainda não deu um dia de sossego para os brasileiros com notí-cias alvissareiras.

Sávio Hackradt é [email protected]

_rn DA JANELA... #carnaval #denuncias #xocoisaruim

13 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

2015 corre ligeiro

O carnaval 2015 está nas portas. Janeiro passou ligeiro, não deu nem para sentir o calor do sol e o sal do mar. Março está bem ali, bem pertinho. Na rapidez dos dias, a temática é crise, crise, crise - de toda ordem: política, eco-nômica, enfim, a crise está nas manchetes dos veículos de comunicação, nas mídias sociais, nas conversas da esqui-na, no botequim, por onde se passa. É como se o ano de 2015 quisesse se encerrar logo. Ficar para trás, ficar apenas na memória e no registro da história.

Em meio a tudo, ingredientes sobram. O Senado Federal elegeu pela quarta vez o senador Renan Calheiros (PMDB/AL) como seu presidente, o mesmo que quase foi cassado por seus pares em legislatura passada. Denúncia contra Re-nan é o que não falta. Mas, a casa da federação brasileira prefere permanecer mostrando à sociedade o mau exem-plo.

A Câmara dos Deputados não deixou por menos e elegeu seu presidente o deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ), também carimbado por denúncias.

Denúncias por denúncias nenhum deve ao outro. É uma disputa ferrenha.

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Há pouco mais de um ano à frente da Prefeitura Municipal de Mossoró, o pre-feito Francisco José Júnior (PSD) tem dois grandes feitos para se orgulhar: ter aberto a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Belo Horizonte; e ter acumu-lado o maior número de vitórias em elei-ções consecutivas num curto intervalo de tempo. No quesito administração da cida-de, entretanto, sua atuação tem deixado a desejar para grande parte da população. Há quem diga que ele está tão desorien-tado, que mais parece cego perdido em tiroteio.

A 50ª cidade melhor de se viver no país, segundo recente publicação da revista Exame, vivencia uma das suas piores cri-ses da saúde. Faltam médicos, falta aten-dimento, falta investimento no setor, falta sensibilidade do poder público para re-verter uma situação crítica que afeta dire-tamente a qualidade de vida de milhares de mossoroenses.

A Prefeitura de Mossoró acumula dívi-da milionária com hospitais, Unidades de Terapia Intensivas (UTIs) estão sob a

Administração de Mossoró vive crise em vários setores

PERDIDO EMTIROTEIO

CAPA da Redaçã[email protected]

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ameaça de fechamento e há quase seis meses não é realizada nenhuma cirur-gia eletiva através do Sistema Único de Saúde (SUS) por falta de entendimento entre o Executivo municipal e os anes-tesiologistas.

O caos na saúde pública não poupou sequer pessoas com doenças graves. Centenas de pacientes de Mossoró e re-gião na luta contra o câncer viram suas chances de cura se distanciar diante da falta de vontade política de resolver o impasse que culminou na suspensão das cirurgias oncológicas. Foram cinco meses de angústias e incertezas. E nem mesmo a decisão da Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JF/RN) foi capaz de sensibilizar o Executivo para adotar medidas para retomar os procedimen-tos cirúrgicos.

A situação só foi resolvida, em partes, porque os diretores do Hospital Wil-son Rosado e do Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM) de-cidiram agir e minimizar o sofrimento destes pacientes. Ante a inércia do po-der público, eles firmaram um contrato particular com a Clínica de Anestesio-logia de Mossoró (CAM) e garantiram a retomada das cirurgias oncológicas.

Porém, as cirurgias de responsabilidade da gestão municipal continuam suspen-sas. Aguardam a celebração de um con-trato entre a prefeitura e a CAM para serem retomadas. Mais de mil pacien-tes que necessitam de cirurgias eletivas também esperam pelo desfecho desta negociação, que se arrasta desde agosto

_rn

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Não é apenas o setor da saúde que padece na atu-al administração. A insegurança atingiu índices alarmantes. Foram 193 assassinatos registrados em doze meses, que deram a 2014 o ingrato títu-lo do ano mais violento da história de Mossoró.

A saúde não ficou de fora das estatísticas. O Cen-tro de Atenção Psicossocial da Infância e Adoles-cência (CAPS Infantil) foi invadido nada menos que cinco vezes no final do ano passado, e por

do ano passado.

Se a parte médica tem problemas, a questão estru-tural da saúde também não vai nada bem. Estão fe-chados os laboratórios do Centro Clínico Vingt Ro-sado, conhecido como PAM do Bom Jardim, Centro de Especialidades Odontológicas (CEO) e o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), cuja estrutura foi fechada para uma reforma que não tem data para começar. Os serviços do CCZ foram fragmentados e estão feitos em três locais: no próprio prédio, no Centro Administrativo e no PAM do Bom Jardim.

Os problemas do Centro de Zooneoses vão além da parte estrutural. Faltam pelo menos 50 agentes de endemias para atuar na unidade. Também faltam agentes no trabalho de combate à dengue e a chi-kungunya. Atualmente, são 20 áreas descobertas em Mossoró, o que representa mais de 20 mil residências sem ações periódicas de combate ao mosquito Aedes aegyptis. E mesmo diante desta situação e do alerta do Ministério da Saúde sobre o risco de surto das doenças, a prefeitura dificulta a convocação dos con-cursados para o cargo de agentes de endemias. Alega

impedimento com base da Lei de Responsabi-

lidade Fiscal.

INSEGURANÇA

CAPA _rn

RECORDISTA: prefeito Francisco José Jr.,

participou de sucessivas disputas nos últimos

dois anos

[email protected]

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A falta de investimento em setores cruciais afeta a qualidade de vida da população. E os recursos não estão escassos somente na área de investir, pois a Prefeitura de Mosso-ró vem acumulando dívidas com entidades e pessoas físicas.

Só na Previdência Social dos Servidores de Mossoró (Previ Mossoró), o débito acumu-lado do Município chega a R$ 14 milhões. Os artistas locais também reivindicam pa-gamento. Os cachês estão em atraso, desde o ano passado, e os valores oscilam entre R$ 500,00 e R$ 700,00. Sem pagamento de cachês, por apresentações ano passado, muitos músicos estão se negando a se apre-sentarem em alguns eventos do município, comprometendo o funcionamento do proje-to de arte nos espaços do Corredor Cultu-ral.

causa da violência teve o atendimento à pacientes prejudica-do. Unidades Básicas de Saúde (UBS) também não foram poupadas pelos criminosos.

As Unidades da Ilha de Santa Luzia, Belo Horizonte, Qui-xabeirinha e Barrocas têm suas histórias de insegurança para contar. Nenhuma que supere ao caso da na Unidade Bási-ca de Saúde (UBS) Sinharinha Borges, localizada no bairro Barrocas, que chegou a ser assaltada oito vezes em um inter-valo de dois meses.

A falta de segurança é resultado de muitos fatores que inclui falta de policiamento e de políticas públicas voltadas para o

setor. Nem mesmo a proposta da Base Inte-grada Cidadã (BIC), que nasceu com o intui-to de suprir esta lacuna, tem apresentado os resultados esperados. Parte disso se deve ao fato de que modelo adotado não segue à risca a ideia original.

O projeto da BIC é une o trabalho ostensivo da Polícia Militar e guarda municipal, com ações sociais, educativas e culturais visando reduzir os índices de criminalidade. Contu-do, este modelo é utilizado somente na BIC do Santo Antônio.

DÉBITOSCAPA _rn

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Erasmo Carlos é editor do blog do Tio [email protected]

A cada dia a estrela do PT se afunda mais na areia movediça da corrupção. Ontem, o ex-gerente de Serviços da Petrobras, Pedro Barusco, disse que só o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, recebeu US$ 50 milhões de propinas em contratos da Petrobras, no período de 2003 a 2013. Segundo Barusco, o dinheiro sujo foi recebido por Vaccari em nome do PT.

A arte de defender o partido cegamente fica mais difícil a cada dia. Soldados petistas estão abandonando o campo de batalha. Não há mais como dizer que se trata apenas de orquestração da “imprensa golpista” e da “direita reacionária”. Até dia desses eu criticava o PT, dizendo que o partido era igual aos demais. Hoje vejo de outra forma, é pior.

TIO COLORAU _rn

Em Mossoró, os vereadores Tomaz Neto (PDT) e Genivan Vale (Pros) assumiram claramente a bandeira da oposição. Ambos estão usando a tribuna da Câmara e a imprensa para fazer críticas à atual gestão. O vereador Genivan Vale fica ainda mais visível pela sua atuação constante nas redes sociais. Há alguns dias ele e o prefeito, Francisco José Jr., “duelaram” por horas no Twitter.

O vereador Lahyre Neto (PSB), que pertence ao grupo da ex-deputada federal Sandra Rosado, vem fazendo uma oposição moderada, leve. O edil até que faz críticas à administração municipal, mas sem o mesmo empenho dos vereadores citados ao lado.

Na última quarta-feira (04), o Pleno do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte aprovou o aumento de 14,6% nos subsídios de juízes e desembargadores, com efeitos retroativos a janeiro. Depois desta decisão os servidores acreditam que o presidente não tentará mais tirar gratificações dos efetivos, alegando necessidade de cortar despesas. Seria uma incoerência amazônica.

Aumento do preço dos combustíveis, dólar em alta e anúncio de reajuste de energia. Estas são apenas três das notícias que estão na imprensa nos últimos dias, todas péssimas para o já tão sofrido povo brasileiro. Não me canso de dizer que fomos vítimas de um estelionato eleitoral. A então candidata Dilma Rousseff (PT) nos enganou descaradamente (ou melhor, a mim não). Ela “vendia” um país com as contas equilibradas, mas na realidade sabia que a economia do Brasil era uma bomba na iminência de explodir, e explodiu. Sorte dela e do PT que em 2018 ninguém lembrará disso.

Falta apenas uma semana para o carnaval e alguns prefeitos de cidades de pequeno porte ainda não sabem o que fazer. Se promoverem o carnaval, o Ministério Público cairá em cima como um predador sanguinolento; se não, comerciantes e parte da população ficarão criticando a inércia, sobretudo onde o carnaval já é tradicional. Situação difícil.

No ano passado, comerciantes da cidade de Governador Dix-sept Rosado se uniram e bancaram a animação dos quatro dias de folia. Uma solução bem interessante, mas que deixou o Ministério Público (MP) de orelha em pé. Desde então tais comerciantes não possuem mais sossego. Dia sim, outro também, estão no gabinete da promotoria explicando que agiram por conta própria, mas o MP não se convence. Diante de tanta pressão e dor de cabeça, decidiram que este ano não farão o mesmo. Uma pena, pois é uma forma de promover o carnaval sem onerar os cofres públicos.

#tjrn #carnaval #comerciantes #mp #mossoro

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Assembleia empossa deputados, elege presidente e recebe governador

SEMANA da Redaçã[email protected]

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Mais animada que a semana pré-carnavalesca em Pernambuco. Ou na Bahia. Assim foi a Assembleia Legislativa na última semana. A movimentação começou no domingo (1º) com a posse da nova legislatura e o surpreendente encerramento da sessão pelo então presidente Ricardo Motta (PROS).

Lotada por parentes, aderentes e jornalistas, todos aguardavam as tradicionais fotografias e a anunciada eleição para a mesa diretora da Assembleia, quando Motta resolveu mudar o ritmo da festa e – por que não? – animá-la. Do compasso quase fúnebre com que vinha conduzindo o evento para a perplexidade geral dos presentes e toda a algaravia do momento. Sessão encerrada e eleição adiada para a segun-da-feira (2).

De brados “isso é golpe” a lamentos “tem que saber perder” teve um pouco de tudo. Advo-gados sendo consultados, jornalistas tentando analisar, aliados querendo explicar, assessores sem saber onde se enfiar e deputados se articu-lando até altas horas da noite.

A tão esperada sessão da segunda-feira começa com o atraso de consensos e composições ten-tadas. Sentindo sua reeleição à presidência da Casa ameaçada, principalmente após a abrup-ta manobra da noite anterior, Ricardo Motta faz um balanço de suas ações, pede desculpas e abre mão de sua candidatura. “Quero, nes-te momento, dizer que, em nome do RN, em nome do bem estar do povo desta terra, eu re-tiro a minha candidatura e voto no deputado Ezequiel Ferreira”.

Eleito por unanimidade, o peemedebista Eze-quiel Ferreira exaltou o gesto do colega. “Essa casa sai maior no dia de hoje. O gesto do presi-

dente Ricardo Motta, de pacificar, em pensar maior, em unir, e ver essa Casa cada vez mais forte, é reconhecido por todos os seus pares. Para mim, hoje é um dia muito especial, pois há exatos 40 anos, meu pai, que aqui está pre-sente, ex-deputado Ezequiel Ferreira de Souza, deixava a Presidência desta Casa”, afirmou.

Para os demais cargos da Mesa Diretora, fo-ram eleitos os companheiros de chapa de Eze-quiel. Gustavo Carvalho (PROS) é o primeiro vice-presidente, José Adécio (DEM) assumiu a segunda vice-presidência. Galeno Torqua-to (PSD) ficou com a 1ª Secretaria, Hermano Morais (PMDB) com a segunda. A terceira e a quarta secretarias ficaram com os deputados George Soares (PR) e Carlos Augusto Maia (PC do B).

Eleição da mesa completa, era a vez da leitura da mensagem anual do governador, a primeira da gestão Robinson Faria (PSD), e a Assem-bleia tem mais um dia de muito movimento e inúmeros visitantes.

Passadas as formalidades, o governador ocu-pa a tribuna e anuncia que sua gestão preten-de reduzir em 50% (cinquenta por cento) as despesas mensais com telefonia móvel, fixa e transmissão de dados e em 30% (trinta por cento) os gastos com outros itens, como água, luz e insumos para o funcionamento das re-partições.

Robinson também anunciou que não haverá cortes em programas e projetos de áreas consi-deradas essenciais como saúde, educação e se-gurança. “O que estamos apresentando hoje ao Rio Grande é muito mais do que um plano de ação, é um passaporte para o desenvolvi-mento do Estado”, disse o governador.

SEMANA _rn

21 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

#folia #lamentos #surpreendente #vamoquevamo

Page 22: Revista _rn 12 - 06FEV015

Agnelo Alves (PDT)Albert Dickson (PROS)Carlos Augusto Maia (PT do B)Álvaro Dias (PMDB)Cristiane Dantas (PC do B)Dison Lisboa (PSD)Ezequiel Ferreira (PMDB)Fernando Mineiro (PT)

Galeno Torquato (PSD)George Soares (PR)Getúlio Rêgo (DEM)Gustavo Carvalho (PROS)Gustavo Fernandes (PMDB)Hermano Morais (PMDB)Jacó Jácome (PMN)José Adécio (DEM)

José Dias (PSD)Kelps Lima (PS)Márcia Maia (PSB)Nélter Queiroz (PMDB)Raimundo Fernandes (PROS)Ricardo Motta (PROS)Souza (PHS)Tomba Farias (PSB)

Chateado com Robinson Faria, o deputado estadual José Dias (PSD), até então cotado para líder do governo, anunciou o rompi-mento com o governador e foi de malas e bagagens para a oposição.

Amigo pessoal e aliado de todas as horas de Robinson, José Dias afirmou que o governa-dor tinha um compromisso com a candida-tura de Ricardo Motta à presidência da Casa e acha que foi usado como instrumento de traição. “Eu era avalista desse compromisso”, disse.

“Ajudarei o Estado, o governo, não. Gover-no não presta”, declarou Zé Dias, que tam-bém já anunciou que deixará o partido. “Eu não traio por interesse próprio. Não vou trair por nenhum rei”.

Em pronunciamento, Zé Dias se referiu vá-rias vezes ao governador como ‘o rei’: “A vi-tória não está ao lado do Rei. Está ao lado da Verdade”, “O Rei sabe que eu estive ao lado dele quando ele estava na Planície que eu estou” e “Eu sigo no Cajado e não no Ce-tro. Sigo na Planície, mas com muita digni-dade”.

Deputados da 61ª legislatura

José Dias rompe com o governo

SEMANA _rn

22 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

#reinado #byebye #rei #frustracao #eraumavez

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TUITADAS _rn

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#redesocial #variados

23 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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Expressionismo, abstracionismo, surrealismo. As possibilidades ar-tísticas da fotografia digital podem ser conferidas até o dia 27 de fe-vereiro na praia de Ponta Negra. É a exposição “Beach-digi-art”, do Projeto Art Photo Club Internacional – APC 15. Quinze fotógrafos participam do projeto, que está na segunda edição no RN. Segundo o curador, Alain Gegauf, o evento tem como prin-cipal foco a divulgação da “Foto-Arte dos artistas”, dentro das possi-bilidades de interpretações das artes visuais. As reproduções expostas, que estão na Orla da Praia de Ponta Negra quase no final do calçadão, se baseiam no Surrealismo, na Arte-Con-temporâneo, no Abstrato e na Natureza. Nesta edição, as fotos apre-sentadas têm uma sequência do frio em contraste com o tropical. A exposição fica aberta ao público, gratuitamente, até o dia 27 de fe-vereiro, de segunda à sexta-feira, no horário das 15h às 18h. O Art Photo Club 15 Internacional – APC 15 ou Arte Foto Clube, é um projeto onde 15 fotógrafos - considerados as revelações interna-cionais na área da fotografia digital - divulgam seus trabalhos artísti-cos.

Arte digital na praia de Ponta Negra

FOTOGRAFIA da Redação_rn #possibilidades #artisticas #[email protected]

24 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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Maconha Na base do vou apertar e vou fumar agora. O doleiro Albert Yousseuf, delator da Operação Lava-Jato, foi acusado pelos agentes de Custódia da Polícia Federal em Curitiba (PR), de

“fazer a cabeça”, fumar um fininho em sua cela na companhia do advogado Carlos Alberto Pereira.

O advogado, disse que seu cliente, teria dado um “tapa” num cigarrinho de chá de hortelã

apertado em papel blibíco para uma melhor conexão com o “Homem” lá de cima. Ainda segundo o advogado, o doleiro estaria se convertendo ao Movimento Rastafari e teria aceito Jah como seu Deus, primeiro e único. Vou apertar...

Yves Saint Laurent do Governo Robinson

BRITO E SILVA _rn

O costureiro oficial do Governo Robinson, deputado Zé Dias (PSD) não usará mais suas agulhas, linhas, tesouras e outras habilidades nos intramuros, corredores e gabinetes da Assembleia Legislativa costurando, cortando e moldando acordos em nome do Mister Robinson. O Zé deu piti.

[email protected]

O Yves Saint Laurent do Robinson Faria, deputado Dias, amuado, afirmou que foi traído. O governador teria lhe dado muita linha, agulhas e moldes, mas na hora do arremate final no paletó que vestiria, Ricardo Motta, preferiu o modelito do Ezequiel Ferreira, que terminou por sagrar-se presidente da Assembleia.

Com um arsenal de agulhadas e, se colocando como oposicionista, o Zé vai aplicando suas alfinetadas no “boneco vodu” do governador Robinson.

25 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

Page 26: Revista _rn 12 - 06FEV015

As famílias de Barra de Santana, em Jucurutu, que conversaram essa semana com o governador Robinson Faria sobre a situação em que se encontram, precisando de indenizações para deixarem seus imóveis, desapropriados para as obras da barragem Oiticica, decidiram fazer uma nova assembleia na terça-feira, dia 10. Até lá, as obras continuam paralisadas.

O deputado Souza (PHS) declarou que uma de suas bandeiras, na Assembleia Legislativa, será a de interiorização do desenvolvimento, tendo em vista as potencialidades econômicas das regiões do interior do Rio Grande do Norte. Já Dison Lisboa (PSD) elegeu a geração de emprego e renda como uma de suas prioridades.

A Secretaria de Segurança Pública apresentou essa semana um balanço das operações realizadas em janeiro deste ano. Foram registrados 154 crimes violentos no Rio Grande do Norte, sendo 137 homicídios, o mesmo número registrado no mês de janeiro de 2014. Destes crimes, 64% aconteceram na Mesorregião Leste do estado, 7% na Mesorregião Central, 8% na Mesorregião Agreste e 21% no Oeste Potiguar.

Apodi, a cidade que exporta água mineral, recebeu a visita de Fernando Gabeira e sua equipe. O resultado você pode conferir neste domingo, 8, às 18h30 no programa Gabeira na News.

O deputado Kelps Lima (SDD) criticou o governo federal pela falta de prioridade ao RN, no tocante à ausência de investimentos para a ampliação da refinaria Clara Camarão, em Guamaré, enquanto uma alta soma foi investida nas refinarias dos estados do Maranhão, Ceará e Pernambuco.

O bloco Burro Elétrico volta ao carnaval de Pirangi e promete muita folia no sábado, dia 14. A animação fica por ponta da Banda Detroit, famosa por tocar em seu repertório, músicas dos saudosos carnavais potiguares.

O palhaço e deputado federal – não necessariamente nessa ordem – Tiririca é o novo reforço do programa Pânico na TV. Animado pela sua volta à TV, o comediante disse que não brinca com sua carreira política. “Isso é sério”.

GIRANDO [email protected]

Jacó Jácome (PMN), George Soares (PR) e Cristiane Dantas (PCdoB), cujos partidos possuem apenas um deputado na ALRN, resolveram se unir num bloco parlamentar e assim garantir assento no Colegiado de Líderes.

JUCURUTU

BANDEIRAS

BALANÇO

APODI

FALTOU

FOLIA

TIRIRICA

BLOCO

Por Ana Cadengue

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DIZ AÍ!

Você tem criticado bastante a administração de Mossoró nas redes sociais. Está ruim assim?A administração de Mossoró peca em vários pontos. A gestão não segue um planejamento estratégico com foco em resultados sociais definidos e atira para todos os lados. Veja o exemplo do transporte público, foi um tema muito batido no processo eleitoral e até hoje nada de concreto foi feito pela gestão municipal.

Como você analisa o início da administração de Robinson?Robinson Farias chega ao governo com muita tranquilidade para administrar. Não precisou vender a alma para se alçar a condição de governador. Diante disso imaginava que ele iria ter maior flexibilidade para aproveitar mais quadros ligados aos partidos que o apoiaram. Infelizmente isso não ocorreu e observo um início de governo confuso, sem um rumo definido. Porém acredito que isso deverá ser passageiro, haja vista dentre seus auxiliares existir muita gente que pensa de forma sistêmica.

PC do B está ocupando o que esperava no governo?Não. Esperava que o Partido pudesse contribuir mais nessa administração, já que detém em seus quadros especialistas em vários segmentos. É importante frisar que além de quadros técnicos o PCdoB pode contribuir em muito no processo político e isso ficou claro no processo pré-eleitoral quando o Partido discutia os cenários eleitorais. Resta o governador requerer essas contribuições.

Projetos políticos?4. Gosto de fazer política com pé no chão. Desde 2008 quando fui alçado a condição de candidato a vice-prefeito de Mossoró que enxerguei que a cidade precisa de um projeto político com foco real na administração pública e não no culto a personalidade. A eleição complementar em 2014 me deu a real dimensão desse desafio. Em 2016 estarei na corrida eleitoral, ainda não sei a que cargo, pois isso passa por uma definição partidária. Mas serei candidato!

A política em Mossoró vem rendendo boas discussões nas redes sociais nos últimos dias. O presidente do PC do B local, Gutemberg Dias, é um dos que vem mostrando os equívocos cometidos pela administração municipal e debatendo soluções com os tuiteiros mossoroenses. Diz aí, Gutemberg:

Devido à escassez de água no município e a necessidade de economizá-la, a Prefeitura de Pau dos Ferros, dará início a uma campanha de conscientização e preservação do mais que líquido. Com o nome “Uso racional da água, não deixe a fonte secar”, a mobilização pretende despertar a população para os problemas do desperdício d’água.

PARNAMIRIM PRAZO O Hospital Regional Deoclécio Marques Lucena, em Parnamirim, passou a contar com duas salas de cirurgia exclusivas para ortopedia e uma escala com sete ortopedistas, sendo cinco durante o dia e dois no período da noite.

Os organizadores de festas carnavalescas têm até segunda-feira, 9, para apresentar a documentação exigida pelo Corpo de Bombeiros Militar do RN (CBMRN), sob o risco de interdição do evento em caso de não-cumprimento das exigências estabelecidas.

GIRANDO _rn

PAU DOS FERROS

AFONSO BEZERRAOs moradores de Afonso Bezerra terão acesso a serviços odontológicos gratuitos e de qualidade durante 40 dias úteis. A unidade móvel do OdontoSesc chega à cidade nesta segunda-feira, 9, e começa a atender no dia seguinte. Os atendimentos acontecem de segunda a sexta-feira, das 7h às 13h – exceto às segundas-feiras, quando acontecem das 12h às 18h.

27 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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O blogueiro Carlos Santos amplia as atividades e responde pela assessoria de imprensa do deputado Souza.

A lei que regula o tráfego de caminhões no trânsito de Natal não vem sendo cumprida e o trânsito está cada vez mais complicado. A reclamação é do vereador Júlio Protásio (PSB).

De acordo com a Corregedoria Nacional de Justiça, no Tribunal de Justiça do RN não há qualquer situação de nepotismo. Está decidido!

A Secretaria de Tributação de Natal tem novo titular. Sai Aíla Ramalho Cortez e entra Ludenilson Araújo Lopes.

Para ser sofrível a internet da Cabo Telecom, em Natal, ainda tem que melhorar muito. Alô, Anatel!!!

O deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB) solicitou a recuperação da RN 118, que liga Caicó a Jucurutu. Parece uma tábua de pirulitos.

A voluntária Elba de Moura Alves é a nova presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

A senadora Fátima Bezerra (PT) participa este final de semana, em Belo Horizonte (MG), de reunião do Diretório Nacional do PT e de ato em celebração aos 35 anos de história do partido.

A dívida do Estado do Rio Grande do Norte com os precatórios já supera os R$ 384 milhões.

O município de Pedra Grande terá uma nova eleição no dia 12 de abril. Serão eleitos prefeito e vice para o exercício de mandato até 31 de dezembro de 2016.

O novato deputado federal Rafael Motta é o novo vice-líder do PROS na Câmara dos Deputados.

O desembargador Eridson João Fernandes Medeiros é o novo diretor da Escola Judicial do TRT.

Em entrevista ao Panorama 95 (Rural FM) desta sexta-feira (06), o ex-deputado estadual Vivaldo Costa (PROS) confirmou que é pré-candidato à prefeitura de Caicó. E que, se for eleito, cumrirá seu mandato até o fim.

RAPIDINHAS

BARAÚNA

SÃO PAULO

CALAMIDADE

Para atender determinações da Anvisa, o Hospital Maternidade Francisco Bezerra Sobrinho, em Baraúna, passará por reformas nas instalações elétricas, hidráulicas e sanitárias. A obra já foi iniciada e custará R$ 83.826, recursos do Município. O serviço renovará também o revestimento, pintura e esquadrias.

A Câmara de São Paulo aprovou, em primeira votação, projeto que prevê multa de R$ 1.000 para quem for flagrado lavando carros ou calçadas com água tratada.

A falta de água está deixando a população apavorada. Essa semana foi a vez de moradores de Severiano Melo interditarem trecho da BR-405 para cobrar um abastecimento para o município.

Diante da calamidade administrativa do município, o prefeito interino de Caiçara do Norte, Emilson Luiz Costa, publicou decreto convocando todos os servidores para se recadastrarem. O prazo termina dia 20 de fevereiro.

A festa carnavalesca das crianças e adolescentes da Casa Durval Paiva, o Carnacacc será no dia 11, às 14h30, na Rua Clementino Câmara, 234 – Barro Vermelho. Quem quiser ajudar pode doar pão de cachorro-quente, bolo, polpa de fruta, picolé, pipoca e refrigerante. Informações:40061600.

Vários municípios potiguares anunciam o cancelamento dos festejos de Momo. Poço Branco, Jardim do Seridó, Jardim de Piranhas, Equador, São Vicente, Areia Branca já avisaram que este ano a prefeitura não patrocina, nem promove festas de carnaval.

GIRANDO _rn

ATERRO

DESGOVERNO

SOLIDARIEDADE

CARNAVAL

Ficou para o dia 18 de março a definição sobre como os prefeitos de cidades do Vale do Açu irão viabilizar os recursos para a construção do aterro sanitário da região e outros projetos estruturantes para o setor de recolhimento do lixo em suas cidades. O valor do aterro está orçado em 13 milhões.

CANDIDATO

28 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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A habitual qualidade do cinema argentino continua produzindo filmes que, quando não possuem o bri-lhantismo de O Segredo dos Seus Olhos (2009), des-tilam rara competência. É o caso do suspense Tese Sobre um Homicídio (2013).

O filme mostra o embate intelectual entre mestre (Ri-cardo Darin) e aprendiz (Alberto Almmann) a partir do brutal assassinato de uma jovem, no estaciona-mento da faculdade.

Darin é Roberto Bermudez, professor especialista em direito criminal, que está iniciando uma nova turma de pós-graduação. Gonzalo Ruiz (Almmann), filho de um velho conhecido seu, é um dos alunos, que se destaca pela inteligência e soberba na defesa de suas teses.

Tão logo o crime acontece, Bermudez passa a des-confiar que Gonzalo seja o autor do crime e, durante todo o filme acompanhamos o seu ponto de vista. Várias evidências apontam para isso, mas o que se destaca mesmo na narrativa é a obsessão do professor em provar a sua teoria.

O crime, em si, termina em segundo plano. O que move Tese Sobre um Homicídio é o egocêntrico jogo psicológico entre mentes que se equiparam e travam esse duelo particular. Afinal, quem está sendo mani-pulado nessa história toda?

Dirigido por Hernán Goldfrid, o filme é bem constru-ído sob o ponto de vista técnico, com trilha pontual, elegantes movimentos de câmera e fotografia soturna. Um Noir moderno que deixa vários questionamentos no ar, principalmente com o seu final em aberto.

Ricardo Darin é um dos mais conceituados atores argentinos. Várias produções daquele país que estre-aram no Brasil contam com a sua participação, entre as quais, Nove Rainhas, O Filho da Noiva, Abutres, Um Conto Chinês, Elefante Branco, além do já cita-do Segredo dos Seus Olhos e do indicado ao Oscar 2015, Relatos Selvagens.

Raildon Lucena é jornalista e cinéfilo | [email protected]

CINEMA & ETC_rn

Tese Sobre um Homicídio

#cinemaargentino

29 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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NATAL Por Alex Gurgel Fotos: AG Sued _rn

Os encontros do prefeito de Natal com os artistas natalenses com objetivos de viabilizar políticas públicas para a área

Artes Visuais em discussão municipal

Em dezembro do ano passado, o prefeito de Natal, Car-los Eduardo Alves, o secretário municipal de cultura, Dácio Galvão e o coordenador de artes visuais da se-cretaria de cultura, Flávio Freitas, reuniu os artistas vi-suais no auditório do Parque da Cidade, na estrada de Candelária, para anunciar uma série de “políticas pú-blicas” voltadas para as Artes Visuais de Natal. Naquela ocasião, os artistas visuais entregaram ao prefeito e ao secretário, um documento contendo 07 (sete) propostas para melhorar a qualidade da arte natalense.

No final de janeiro desse ano, na sala nobre do Palácio

Felipe Camarão, sede da Prefeitura de Natal, o prefeito Carlos Eduardo Alves recebeu mais de cinco dezenas de artistas visuais para um bate-papo sobre as demandas da classe. Nesse encontro, os artistas aproveitaram para fazer as devidas cobranças das propostas que estavam no documento, que foi entregue aos gestores da Prefei-tura e da Secretaria de Cultura, em dezembro passado, e que ainda não foram realizadas.

Enquanto o jornalismo tupiniquim da província copia-va o release da assessoria de imprensa da Prefeitura de Natal, destacando o “concurso público” para a Secreta-

[email protected]

30 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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_rnria Municipal de Cultura, os artis-tas visuais natalenses ressaltavam a importante participação da Prefei-tura de Natal na condução de po-líticas públicas relevantes, voltadas para o setor de Artes Visuais para suprir uma demanda cultural exis-tente na área.

De acordo com um relatório ini-cial, a situação dos principais equi-pamentos culturais do município é próxima ao desastre, tanto em ter-mos físicos, quanto em termos ge-renciais. Em alguns casos, como na Galeria Abraham Palatinik, no Mercado de Petrópolis, a Secretaria de Cultura não tem pessoas capa-citadas para ficar na galeria espe-rando visitantes. Na maior parte do tempo, a Galeria Abraham Palati-nik é aberta quando o artista fica de plantão para esperar as pessoas.Para os artistas, é urgente a contra-tação de funcionários qualificados para atuação em todas as galerias da cidade, mantendo uma periodicida-de de funcionamento, obedecendo ao horário de funcionamento dos museus, fechando apenas na segun-da-feira. Outra reclamação dos ar-tistas é a abertura do diálogo sobre o Salão de Artes Visuais da cidade, que tem por objetivo transformá--lo em uma ação que contemple o desenvolvimento da arte produzida em Natal.

Para abrigar uma exposição como um Salão de Ates da Cidade, a Ga-leria Newton Navarro (na Capitania das Artes) está encolhendo, já redu-zida aos atuais 200 metros quadra-dos. A proposta dos artistas visuais

Secretário de Cultura do Natal, Dácio Galvão e prefeito Calos Eduardo receberam mais de cinquenta artistas visuais

é a retomada do espaço físico, bem como melhorias no que diz respeito à climatização, equipamentos para exposição (iluminação adequada, apoio eletrônico, adequação da parte elétrica, etc) e criação de paredes móveis, abandonando o formato inflexível atual, que pouca mobilidade oferece ao artista que vai expor.

Outra reivindicação relevante é a criação de um Centro Cultural de refe-rência focado nas Artes Visuais, favorecendo a produção, diálogo, encontro, vivência e residências artísticas. A proposta é que esse espaço seja criado a partir da ocupação de imóvel público no bairro da Ribeira, em parceria com a Funarte (Fundação Nacional de Artes). Os artistas também querem Políticas Públicas para trazer críticos, curadores e artistas para dialogar, ler portfólios, dá palestras, participar de mesas redondas, durante todo o ano.

Os artistas ainda pressionaram o prefeito Carlos Eduardo e o secretário Dá-cio Galvão para a realização de algumas ações de gestão das Artes Visuais, como a criação de um Conselho Permanente de Artes Visuais, formado por membros eleitos pelos agentes da área, instituir e definir editais para todas as ações que impliquem processos de seleção no que concerne à área de Ar-tes Visuais, discussão do edital do Fundo de Cultura do município.

O secretário municipal de cultura disse aos artistas que a Secretaria de Cul-tura está estudando as propostas e proposições dos artistas, mas não deu nenhum prazo para o cumprimento. O coordenador de Artes Visuais, Flá-vio Freitas, se limitou a responder pontualmente para alguns artistas que já haviam ganhado um edital e estavam esperando os documentos para li-beração da verba. No final da reunião, secretário e prefeito garantiram que vão continuar dialogando com os artistas para chegar à um acordo para garantir políticas públicas para a área.

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Já está ficando chato, cansativo, repetitivo, mas o tema é cada vez presente no dia-a-dia e as ações que levam a ele se repetem e até se perpetuam de uma maneira ver-gonhosamente escancarada.

Falo da Justiça brasileira, que de uns anos para cá vem se especializando na seletividade dos seus atos, das suas ações, das decisões que toma ou deixa de tomar.

Apoiada pela mídia conservadora, que alguns dizem gol-pista a partir do momento em que um torneiro mecâni-co ignorante ousou eleger-se presidente da República, a Justiça vem trilhando um caminho de mão única que está longe de ser democrático e às vezes beira as raias in-constitucionais que ela deveria evitar e combater.

E isso acontece em todas as instâncias, especialmente nas mais altas, mais graúdas e, por conseqüência, mais visíveis.

Tomemos como exemplo o cenário político dos últimos 15, 20 anos.

Ou, se preferirem, dos últimos 30 anos.

A partir do governo de José Sarney, que ele ganhou de presente por conta da morte de Tancredo Neves. Como achou que era mesmo um presente, transformou o poder central na sua casa-grande e entrou para a história não pela redemocratização do país, que viria com ou sem a sua presença, mas graças à corrupção endêmica verifi-

cada em superfaturamento de obras, em licitações viciadas (Ferrovia Norte-Sul...), em concessões de rádios e TVs para os amigos da hora.

O que se fez na esfera judicial?

Nada, nadica de nada.

Passemos então ao governo de Fernando Collor de Melo, o playboy alagoano que renunciou para não ser cassado. O próprio irmão, Pedro, meteu o dedo na ferida e denunciou a corrupção desenfreada que ocorria no Palácio do Planalto. Desta vez a Justiça foi acionada, foi acordada, mas tarde demais: Collor livrou-se, virou governador das Alagoas, hoje é se-nador da República e não sofreu qualquer dano ou condenação.

Fernando Henrique Cardoso. De 1995 a 2001 ele go-vernou o país. De memória, sem a necessidade do Google, lembro de pelo menos quatro entre as deze-nas de escândalos que ocorreram na sua administra-ção. A privataria tucana investigada pelo então de-legado Protógenes Queiroz, comprovando desvios de pelo menos R$ 124 bilhões dos cofres públicos. A compra da reeleição, aprovada por uma emenda constitucional que recheou os cofres de parlamenta-res daqui e daqui. As doações eleitorais ilegais, en-volvendo principalmente os bancos, no caso que fi-cou famoso como a Pasta Rosa. E a corrupção e o tráfico de influência para a implantação do Sivam, o

PINGA FOGO _rn #opiniao

Justiça seletiva

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Sistema de Vigilância da Ama-zônia, envolvendo não só FHC mas também alguns de seus mi-nistros mais graduados.

O que aconteceu, o que fez a Justiça?

Engavetou todos os processos, mandou para o lixo todos os inquéritos abertos pela Polícia Federal.

De lá para cá, os tucanos se sentiram livres para fazer o que quisessem. E fizeram, mas nun-ca foram punidos. Aécio Ne-ves, então governador de Minas Gerais, foi acusado de desvias R$ 7,6 bilhões da saúde mas o Tribunal de Contas de lá, presi-dido por uma indicada por ele, arquivou o processo.

O mesmo Aécio construiu um aeroporto na fazenda de sua família, na pequena cidade de Cláudio, mas ninguém viu irre-gularidade alguma.

Alberto Yousseff e outros com-parsas desmascarados pela Ope-ração Lava Jato acusaram tuca-nos de peso de envolvimento no processo criminoso, mas não se fala no assunto e a Justiça o evi-ta todo instante.

O mensalão começou como tucano, em 1998, mas o Supre-mo Tribunal Federal achou por bem adiantar-se no tempo, jul-gar apenas os envolvidos mais

tarde no mensalão petista e es-quecer esse período.

Alguém se lembra da Máfia do Cachoeira, que provocou uma CPI no Congresso e a renúncia do senador democrata Demós-tenes Torres? Entrou para a his-tória, apenas isso.

Como vai entrando para a his-tória, também, a descoberta do cartel criminoso dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal, com desvios apurados de qua-se R$ 500 milhões e o envolvi-mento de tucanos, democratas e outros bichos.

O que não entra para a história, e vale processos, vale prisões, vale manchetes diárias e permanen-tes nos jornalões familiares, é o capítulo que envolve o PT em mal feitos apurados às pressas.

É, pois, uma Justiça claramente seletiva e muitas vezes partidá-ria.

O que me lembra Luis Fernan-do Veríssimo, brilhante jorna-lista e escritor do Rio Grande do Sul, que recentemente escre-veu o seguinte: “Proponho o fim da hipocrisia no julgamento de corrupção no Brasil. Oficialize--se já dois sistemas de pesos e medidas. Um que só vale para o PT. E outro para os ou-tros, principalmente o PSDB.”

Unanimidade “Toda unanimidade é burra”, escreveu há muito tempo Nelson Rodrigues. No Rio Grande do Norte, a máxima rodriguiana não vale. Pelo menos na eleição do novo presidente da Assembleia Legislativa de lá, o deputado Ezequiel Ferreira, a unanimidade dos 24 votos que ele recebeu foi sabida.

Golpe, sim Volto a bater na tecla, a remendar o irremendável: o golpe contra a presidente Dilma Rousseff está a caminho, muito mais rápido do que se imagina. Especialmente agora, que o seu governo se mostra fraco e desarticulado. Quando abrir os olhos, o PT e a presidente, será tarde e Inês estará irremediavelmente enterrada.

Oposição sorridente Estou impressionado com o sorriso de alguns oposicionistas de sempre, entre eles o nosso conterrâneo José Agripino Maia, senador que presidente o Democratas. Vocês já viram, já notaram, já fotografaram na mente o sorriso limpo, efusivo, do filho de doutor Tarcísio e pai do deputado Felipe? Impressiona, garanto. Fica na memória. Principalmente quando a gente lembra que os dentes novos e recompostos do parlamentar potiguar nasceram do meu, do seu, do nosso dinheirinho. Foram um presente do Senado Federal. Um sorridente presente.

PINGA FOGO _rn #justica #oposicao #golpe #assembleia #agripino

Luis Fausto é [email protected]

33 | 06 de fevereiro de 2015 | _rn

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TECNOLOGIA _rn #carnaval #app

Quem pretende festejar nos blocos ou sambódromos do Rio de Janeiro, São Paulo, Olinda ou Recife pode baixar o Globeleza, aplicativo da Globo que dis-ponibiliza informações como horários de desfiles, serviços públicos próximos e outros.

O usuário pode dar uma busca pelos eventos ou ainda encontrá-los no mapa. Por fim, o folião pode acessar sessão “Mais Quentes”, que exibe os eventos com maior número de confirmações, ou ainda montar seu roteiro e compartilhar sua programação. O app está disponível para Android e iOS.

Na dúvida de como vai ser o tempo durante o feriado prolongado? Consultar a previsão em tempo real pode ser uma boa pedida.

O app do Climatempo mostra não só a tempe-ratura atual do local procurado, mas também a previsão das próximas horas. A boa notícia fica por conta da disponibilidade: o aplicativo está presente nas lojas do iOS, Android e Windows Phone.

Se você está procurando uma companhia para o Carnaval mas já cansou de apps tradicio-nais de relacionamento, pode tentar a sorte no “Beija Eu”. O app está sendo considerado como o “Tinder do Carnaval”.

Criado pelo Match.com e a cerveja Schin, o serviço permite localizar pessoas que estarão presentes nos mesmos blocos e festas que o usuário. A lista inclui as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Floria-nópolis, Fortaleza e Salvador. O app pode ser baixado somente em disposi-tivos Android.

O Carnaval está chegando e se você vai viajar ou aproveitar o fe-riado em sua cidade, sabe que o celular pode ser um grande aliado na hora de ir aproveitar a folia. Separamos abaixo cinco aplicati-vos que prometem facilitar a vida nesses dias. Confira:

GlobelezaClimatempo

Beija Eu

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4 aplicativos úteis para o Carnaval

Se perdeu do seu amigo no bloco e não consegue falar com ele? Pois se ele tiver um iPhone e o app Find My Friends, é possível localizá-lo via GPS.

Além de mostrar a localização exata da pessoa, o aplicativo permite adicionar alertas para quando a pessoa deixar ou chegar em determinado lugar. Baixe aqui!

Find My Friends

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Baile de Máscaras abre oficialmente o Carnaval de Natal

Quinta – 12 de fevereiro 20:00 – Baile de MáscarasLargo do Atheneu. Entrega da chave da cidade ao Rei Momo.Abertura do Carnaval: Spok Frevo Orquestra Sexta – 13 de fevereiro 20:00 – Jubileu Filho – Praça Ecológica (por trás do Camarões)20:00 – Cavaleiros do Forró – Na Redinha21:00 – Armandinho e o e violonista Gereba – Polo Ponta Negra Sábado – 14 de fevereiro 20:00 – Margareth Menezes – Ponta NegraIsaque Galvão – Praça Ecológica (por trás do Camarões)20:00 – Silvério Pessoa – Centro Histórico21:00 – Grafith – palco do Largo do Buiú - Redinha22:00 – Moraes Moreira e Antônio de Pádua – no palco da Igreja em Redinha Domingo – 15 de fevereiro 20:00 – Gabi Amarantos – Centro Histórico20:00 – Monobloco e Leão Neto – Ponta Negra21:00 – Rastafeeling – Redinha, palco do Largo do Buiú Segunda – 16 de fevereiro 18:00 – Carnarap – Centro Histórico20:00 – Elba Ramalho e Spok Frevo – Ponta Negra22:00 – Sérgio Groove e Spok Frevo – Redinha Terça – 17 de fevereiro 20:00 – Rodolfo Amaral - Centro Histórico20:00 – Kryhstal - Ponta Negra20:00 – Jorge Aragão com Carlos Zens – Pólo Rocas21:00 – Lane Cardoso – Polo Redinha, palco do Buiú

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ram

ação

FOLIA Da Redação _rn

Prepare a fantasia. Nesta quinta-feira, 12, o tradi-cional Baile de Máscaras do Largo do Atheneu, em Petrópolis, abre oficialmente o carnaval em Natal. Será ao som da Spok Frevo Orquestra, que o pre-feito Carlos Eduardo fará a entrega simbólica da chave da cidade ao Rei Momo e Rainha do Car-naval.

Criado há alguns anos por frequentadores da Con-feitaria Atheneu como uma forma de resgatar o carnaval da cidade que andava meio esquecido, o Baile de Máscaras se consolidou e hoje é o acorde inicial de uma festa que promete tomar conta de toda a cidade.

Com um investimen-to total de quase três milhões de reais, o carnaval em Natal tem uma programa-ção bem diversificada com atrações para todos os gostos e promete consolidar a cida-de como um local de folia momesca.

Para o secretário municipal de Cultura, Dácio Galvão, o carnaval 2015, além de am-pliado, está mais democrati-zado para atender as solici-tações das bandas de frevo, escolas de samba, blocos e outras modalidades carnava-lescas. Para isso, foram cria-das diversas modalidades de editais para que nenhum mo-vimento cultural da cidade ficasse de fora do carnaval.

Dividido em polos, o Carna-val Multicultural Natal 2015 terá atrações como Arman-dinho, Elba Ramalho, Jor-ge Aragão, Moraes Moreira, Khrystal, Gereba, Silvério Pessoa, Antônio de Pádua, Grafith, Monobloco, Leão Neto, Gaby Amarantos e Lane Cardoso.

A decoração, assinada pelo artista plástico Flávio Frei-tas, contará com uma perso-nagem representando cada polo do Carnaval de Natal: Ponta Negra, Centro Histó-rico, Redinha e Rocas.

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EXPOSIÇÕES TEATRO DANÇA MÚSICA ARTESANATOCINEMA

o602SEXTA-FEIRA

BANDA INDEPENDENTE DA RIBEIRA – 17º ANO – CONCENTRAÇÃO NA RUA VIGÁRIO BARTOLOMEU, NO BAIRRO CIDADE ALTA, A PARTIR DAS 17H. – SAÍDA ÀS 19H.

FESTA PRÉ-CARNAVALESCA QUE DÁ INÍCIO ÀS COMEMORAÇÕES DOS SETE ANOS DO COLETIVO ARTÍSTICO ATORES À DERIVA- A.BO.CA ESPAÇO DE TEATROS – RIBEIRA – GRATUITO

o702SÁBADO

3º ANO DO BLOCO APONTAPRÉVIA DO CARNAVAL DE NATAL DIA 07 DE FEVEREIRO NA BEIRA MAR DE PONTA NEGRA COM A ORQUESTRA DE FREVO APONTA

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HITS DOS ANOS 1970 COM A ORQUESTRA A DISCOTECA E BANDA ROTA 101 – TAVERNA PUB, PONTA NEGRA – 22H

BAILE TROPICAL COM DUSOUTO (RN), DJ PATRICKTOR4 (PE) E MONTE SIÃO SISTEMA DE SOM (RN) - HAKUNA MUSIC PUB, CAPIM MACIO – 22H

Prêmio “Bosco Lopes” de Melhor IntérpreteGato Lúdico com Dia VermelhoAutores: Luiz Virgílio Freitas / Vicente Vitoriano

Júlio Lima com Lilly e a PonteAutor: Júlio Lima

Ângela Castro com Qualquer UmAutora: Ângela Castro

Prêmio “Maestro Mainha” de Melhor Arranjo MusicalLilly e a PonteAutor: Júlio Lima / Intérprete: Júlio Lima

Prêmio “Celso da Silveira” de música 3ª colocada no Festival;Dia VermelhoAutores: Luiz

Virgílio Freitas / Vicente Vitoriano / Intérprete: Gato Lúdico

Prêmio “Newton Navarro” de música 2ª colocada no FestivalLilly e a PonteAutor: Júlio Lima / Intérprete: Júlio Lima

Prêmio “Elino Julião” para a música escolhida pelo Voto PopularBrasil de Mitos e CantosAutores: Heriberto P. da Silva (Zorro) / Intérpretes: Evilásio e Zorro

Prêmio “Nazir Canan” de música 1ª colocada no FestivalQualquer UmAutora: Ângela Castro / Intérprete: Ângela Castro

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VIII MPBecoEntrega da premiação da 8ª edição do MPBeco Bardallo’s Comida e Arte Cidade AltaA partir das 12h

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PRÉVIA DO BLOCO CARNAVALESCO

SUVACO DO CARECA - EM FRENTE AO

TAVERNA PUB, PONTA NEGRA - A PARTIR DAS 14H30

COM A BATERIA DA ESCOLA DE SAMBA

BALANÇO DO MORRO E ORQUESTRA

DRAGÕES DO FREVO – GRATUITO

SOM DA MATA COM O GRUPO ATMADAS – PARQUE DAS DUNAS – 16H30 – GRATUITO

EN V I E I N FO R M AÇÕ E S SO BR E O QU E VA I RO L A R N A

SUA CI DA DE

[email protected]

o802DOMINGO

DANÇA MÚSICA

DIA 11 DE FEVEREIRO – QUARTA-FEIRA

o702SÁBADO

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