revista interbuss - edição 53 - 17/07/2011

36
Capital nacional do BRT entregou o segundo lote de 557 novos ônibus previstos para 2011 Mais 196 novos ônibus para Curitiba REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 53 17 de Julho de 2011 • Entrevista com o empresário Marcio Bruxel • Segunda parte do Especial Caio 65 Anos • Confira as fotos da semana! Leia também nesta edição: Mais 196 novos ônibus para Curitiba

Upload: revista-interbuss

Post on 25-Jul-2016

227 views

Category:

Documents


3 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Capital nacional do BRT entregou o

segundo lote de 557 novos ônibus

previstos para 2011

Mais 196novos ônibus para Curitiba

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 53 17 de Julho de 2011

• Entrevista com o empresário Marcio Bruxel• Segunda parte do Especial Caio 65 Anos• Confira as fotos da semana!

Leia também nesta edição:

Mais 196novos ônibus para Curitiba

Page 2: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

JÁ FIZEMOS A PRIMEIRAATUALIZAÇÃO ONTEM. SÃO 166 NOVAS FOTOS NO AR!

A InterBuss Galeria Premium está atualizada com 166 novas fotos desde a noite de ontem. Continuem enviando novas imagens para

a nossa próxima atualização, que acontece no próximo final desemana. Fique ligado e tenha sua foto ilustrando nossas galerias!

A próxima atualizaçãoacontecerá no sábado, dia 23

de julho. Participe!

ENVIE SUAS FOTOS PELO SISTEMA AUTOMÁTICO NO SITE OU PARA O NOVO E-MAIL [email protected]

Page 3: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

JÁ FIZEMOS A PRIMEIRAATUALIZAÇÃO ONTEM. SÃO 166 NOVAS FOTOS NO AR!

A InterBuss Galeria Premium está atualizada com 166 novas fotos desde a noite de ontem. Continuem enviando novas imagens para

a nossa próxima atualização, que acontece no próximo final desemana. Fique ligado e tenha sua foto ilustrando nossas galerias!

ENVIE SUAS FOTOS PELO SISTEMA AUTOMÁTICO NO SITE OU PARA O NOVO E-MAIL [email protected]

NOVO PORTAL

InterBussVivencie!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Mais 196 ônibus para a capital do BRT

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 36 PÁGINAS

Curitiba recebeu novos ônibus na semana passada, reforçando o compromisso do governo local com a qualidade no setor de transporte. Por isso é a cidade mais avançada em recursos para sistemas de transporte de massa para a Copa de 2014 12

| Novos Ônibus para Curitiba

| A Semana Revista

SP testa recarga de Bilhete Único em orelhõesPrimeiras unidades já estão emfuncionamento. Recarga poderá ser feita através de um aparelhoacoplado ao orelhão semnecessidade de tirar o gancho 08

| Entrevista

Márcio Bruxel comenta seus negócios e fala sobre o hobbyEmpresário dono da Trans Express é responsável por trazer grandes novidades do setor de transportes para diversos sites especializados;Ele conversou conosco sobre o hobby e sobre seus negócios 22

| Especial Caio 65 AnosMais imagens históricasSegunda parte de especial emhomenagem à montadora traz fotos históricas de modelosurbanos e rodoviários 14

Mais 196 ônibus para a capital do BRT

Page 5: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Mais 196 ônibus para a capital do BRT

ANO 2 • Nº 53 • DOMINGO,17 DE JULHO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 20h24

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraCircuito Turístico 29

COLUNISTAS Adamo BazaniTáxis fora de corredores de SP 34

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALSensatez do Governo Paulista 6

SEU MURALA seção especial do leitor 20

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzNumerações das linhas de São Paulo 21

COLUNISTAS William GimenesRio de Janeiro - Parte 2 28

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 30

NOVOS ÔNIBUS PARA CURITIBACidade recebe 196 novos ônibus 12

PÔSTERIrizar PB 18

Matheus Novacki

DIÁRIO DE BORDO Tiago de Grande6º Salão de Turismo em SP 32

ESPECIAL CAIOCorcovado, Itaipu, Vitória, Alpha e Millennium 14

| Deu na ImprensaScania faz testes e comprovaeconomia de combustívelOs testes aconteceram na Europa e foram usados vários caminhões 11

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 11

ENTREVISTA Marcio BruxelEmpresário comenta sobre mercado e hobby 22

COLUNISTAS Luciano RoncolatoFórmulas antigas e a Busscar 26

ARTIGO Clébio JuniorProjetos para Brasília 17

Obs: Excepcionalmente, a coluna de Fábio Tanniguchi não é publicada nesta edição

Mais 196 ônibus para a capital do BRT

| Viagens & Memória

O histórico dos prefixos das linhas de SPMarisa Vanessa N. Cruz faz um relatório histórico de linhasdesde 1978 até hoje 21

Page 6: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos por ter colaborado com esta edição: Gus-tavo de Albuquerque Bayde, Matheus Novacki e Clébio Junior

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

para [email protected] e faremos o ca-dastro de seu e-mail ou telefone e você será avisado.

CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

A EQUIPE INTERBUSSA equipe do Portal InterBuss existe há nove anos, desde quando o primeiro site foi ao ar. De lá pra cá, tivemos grandes conquistas e conseguimos contatos com os mais importantes setores do transporte nacional, sem-pre para trazer tudo para você em primeira mão com responsabilidade e qualidade. Por conta disso, algumas pessoas usam de má fé, tentando ter acesso a pessoas e lugares utilizando o nome do Portal InterBuss, falando que é de nossa equipe.Por conta disso, instruímos a todos que os integrantes oficiais do Portal e Revista InterBuss são devidamente identificados com um crachá oficial, que informa o nome completo do integrante, mais o seu cargo den-tro do site e da revista. Qualquer pessoa que disser ser da nossa equipe e não estiver devidamente identifi-cada, não tem autorização para falar em nosso nome, e não nos responsabilizamos por informações passa-das ou autorização de entradas dadas a essas pessoas. Qualquer dúvida, por favor entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (19) 9636.1087, sete dias por semana, vinte e quatro horas por dia.

Mais uma vez o tão famigerado Trem de Alta Velocidade, ou simplesmente TAV, ganhou mais um capítulo na sua longa trajetória de fracasso. Na última segunda-feira ninguém compareceu na Bolsa de Va-lores de São Paulo para deixar propostas para o leilão, o que culminou com o adiamento do mesmo. Pra tentar salvar essa obra mais sem nexo, agora querem dividir o leilão em duas partes: uma para os fornecedores da tecnolo-gia e outra para os construtores e executores da obra. Tudo isso com o agravante da onda de denúncias de corrupção em diversas in-stâncias do Ministério dos Transportes, inclu-sive atingindo agora o DNIT. Será que é tão difícil para o gover-no federal abrir os olhos e se alinhar à socie-dade? É tão difícil ver que essa obra não faz o menor sentido? Será que ninguém enxerga as evidências de corrupção e superfatura-mento nessa obra megalomaníaca? O grande problema de tudo isso é que outras obras paralelas que estavam programadas acabam ficando paralisadas e outros projetos que

foram considerados sobrepostos acabaram engavetados. O maior exemplo disso são os pro-jetos dos trens regionais no Estado de São Paulo cujos projetos foram paralisados pois parte deles sobrepõem o trajeto do TAV, que são os casos dos trechos entre Campi-nas e São Paulo e São José dos Campos e São Paulo. Há ainda projeto de trem local entre Sorocaba e São Paulo. Nesta última semana o governo paulista sinalizou com a possibilidade de voltar com esses projetos, por conta da lentidão dos projetos do TAV. É uma decisão super sensata e os morador-es das regiões a serem atendidas com esses trens, agradecem. As empresas de ônibus que operam esses trechos não dão conta da demanda na maioria das vezes e ainda pres-tam serviços com qualidade duvidosa. Não é difícil ver ônibus das empresas operadoras desses trechos, quebrados em beiras de rodo-vias. Na verdade ocorreu um grande erro na desativação de diversas linhas ferroviárias

Sensatez do governo sobre os trens regionais paulistas

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial para passageiros quando passou a administra-

ção das Ferrovias Paulistas S/A (FEPASA) para a Rede Ferroviária Federal S/A (RFF-SA), empresa que já está em fase final de liquidação. A manutenção dos trechos com linhas de passageiros faria uma grande dife-rença hoje, sendo uma alternativa mais bara-ta aos ônibus e aos aviões, mesmo com essa onda de promoções de diversos destinos aéreos. O serviço prestado pela FEPASA era muito bom até a chegada do governo Mário Covas, em 1995, que praticamente destruiu toda a estrutura ferroviária do estado, aca-bando primeiramente com as redes aéreas de alimentação de energia para depois jogar tudo nas mãos do governo federal, de mão beijada. As linhas para Bauru, Panorama e Santa Fé do Sul eram muito importantes e serviriam hoje para transportar milhares de pessoas todas as semanas, com segurança e conforto. Uma modernização das linhas e das composições fariam com que o serviço tivesse um número maior de adeptos com o decorrer dos anos. Espera-se que esse TAV fique no ostracismo e que as empreiteiras envolvidas tirem o cavalinho da chuva para que o dinhei-ro público seja usado de forma mais racional e que ele não caia dos trambiqueiros interes-sados na obra para tirar algum por fora. Que usem o dinheiro para obras mais importantes.

REVISTAINTERBUSS Expediente

Page 7: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Justiça condena empresa de ônibus por “overbooking”

A 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO) man-teve a condenação a uma empresa de ônibus por danos materiais e morais por conta da venda do mesmo assento para dois passage-iros numa viagem de Barra do Garça, no Mato Grosso, para Cacoal, em Rondônia. O chamado “overbooking” fez com que o cli-ente da empresa passasse um dia a mais no MT. Ele deve receber, a título de indenização 3.500 reais, mais 100 reais pelo prejuízo com a passagem para outra cidade para, enfim, conseguir chegar ao destino. Insatisfeita com a decisão da 4ª Vara Cível de Cacoal, a empresa recorreu ao TJRO na tentativa de anular a condenação. Alegou que não havia prova da ocorrência do over-booking e pediu, caso mantida a decisão, a redução da indenização para 510 reais. O relator do processo, desembarga-dor Alexandre Miguel, afastou as alegações preliminares da defesa que pedia a nulidade por não concordar com o julgamento a revelia pelo juízo de 1º grau. O relator verificou que diante da ausência de defesa da empresa no Vara Cível de Cacoal e das provas produzidas pelo passageiro, a conduta ilícita da empresa de ônibus ficou evidente e diante disso o dano

Luciano Roncolato

Rondônia

material comprovado pelos gastos com ali-mentação e deslocamento para a cidade onde aguardaria novamente o embarque é indis-cutível. Nesse caso, a 2ª Câmara Cível en-tendeu que a responsabilidade pelo serviço independe da apuração de culpa do fornece-dor. Isto significa que o dever de indenizar surge quando se verifica a ocorrência de dois elementos: um dano, moral e/ou patrimonial; e a relação entre o defeito do serviço e a lesão sofrida pelo consumidor. “Dessa forma, o dano moral so-frido é incontestável, pois basta considerar o dissabor, o descontentamento, a aflição, a

sensação de impotência, a frustração que sen-tiu ao saber que estava impedido de ingres-sar no ônibus em Barra do Garça/MT onde prosseguiria viagem até Cacoal/RO, tendo que aguardar até o próximo dia, porquanto a apelante vendeu assentos em número supe-rior à capacidade do ônibus”. O desembargador não alterou os va-lores das indenizações por danos morais e ma-teriais, tendo, contudo, reduzido os honorários advocatícios para 10% sobre o valor da con-denação, antes fixado em 800 reais. A apela-ção 0002821.21.2010.822.0007 foi julgada na quarta-feira (13) e publicada na última quinta-feira no Diário da Justiça Eletrônico.

MOVIMENTO EM RODOVIÁRIA • Overbooking rendeu indenização a usuária prejudicada

A S E M A N A R E V I S T ADE 11 A 17 DE JULHO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 07

Passageira que acabou ficando um dia a mais no MT por culpa da empresa recorreu à Justiça e agora será indenizada• Rondonotí[email protected]

Paralisação por salários prejudica milhares Os funcionários da empresa Dragão do Mar resolveram paralisar as atividades para uma reunião na manhã da última sexta-feira (15). De 5 às 6 da manhã os trabalhadores rea-lizaram uma assembleia na garagem da empre-sa e, em seguida, foram impedidos pela direção de voltar ao trabalho. De acordo com integrantes do movi-mento, os funcionários foram ameaçados de

demissão. Segundo a empresa, do total de 186 veículos, 170 ficaram parados, o que compro-meteu 25% do fluxo do Terminal da Parangaba. A Dragão do Mar afirma que a tolerância de 10 minutos de atraso foi descumprida pelos traba-lhadores e que, por isso, fechou os portões e im-pediu a saída dos motoristas após a realização da assembleia. O movimento da empresa Dragão do Mar ocorreu em meio à reunião do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do

Estado do Ceará (Sindiônibus) com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro). Na pauta, a nego-ciação salarial que poderá desencadear em mais uma greve de ônibus na Capital. De acordo com o presidente do Sintro, Domingo Neto, uma nova reunião com o Sindiônibus foi pré-agendada para a próxima segunda-feira (18). “Os empresários pedem que os motoristas di-minuam a exigência de aumento salarial para um percentual menor que 10% “, afirma.

Salvador

• Diário do [email protected]

Page 8: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Mauá vai padronizar pintura de seus ônibus urbanos

Mai

con

Igor

Bar

bosa

Até outubro, todos os ônibus mu-nicipais de Mauá terão a mesma pintura. O objetivo, segundo a Prefeitura, é uni-formizar o sistema de transporte na cidade e evitar confusões entre passageiros. Atu-almente, os veículos da Viação Cidade de Mauá, que opera o lote 1, são brancos e ver-melhos, com detalhes em azul. Já os carros da Leblon (lote 2) são pintados nas cores prata e azul. A administração informa que o novo design dos coletivos ainda está em fase de desenvolvimento e que o esquema de cores irá mesclar as atualmente utiliza-das pelas empresas. A Prefeitura diz ainda que o novo lay-out irá seguir as cores do brasão do município, que possui tons de cinza, azul, vermelho e amarelo. O Diário apurou, no entanto, que provavelmente o vermelho irá prevalecer nas latarias. O pre-feito de Mauá, Oswaldo Dias, é filiado ao PT, partido que utiliza o vermelho na logo-marca. As duas companhias deverão ser notificadas sobre a mudança ainda neste mês. A estimativa do Executivo é de que, no fim de agosto, metade dos coletivos es-tejam adequados ao novo padrão. “A mudança da programação visu-al dos ônibus municipais tem o objetivo de estabelecer no sistema uma imagem asso-ciada à confiabilidade e à credibilidade no transporte público”, comenta o secretário

municipal de Mobilidade Urbana, Renato Moreira dos Santos. A Leblon afirmou que só irá se posicionar sobre a medida após ser noti-ficada oficialmente. O proprietário da Ci-dade de Mauá, Baltazar José de Souza, não foi encontrado para comentar o assunto.

LEGISLAÇÃO O professor da Faculdade de Di-reito de São Bernardo André Castro Car-valho, especialista em direito público, res-salta que a mudança da pintura deve ser motivada pelo interesse público. “Se os usuários estiverem se confundindo com as cores diferentes, tudo bem. O problema é se a mudança tiver ligação com a identifi-cação de partidos.” Carvalho alerta que, se for comprovada a motivação eleitoreira, o Ministério Público pode multar o município ou solicitar nova mudança na identificação visual. Este não é o primeiro caso de mu-dança nas cores dos coletivos da região. Em 2009, após o prefeito Aidan Ravin (PTB) tomar posse, os ônibus de Santo André passaram a ter faixas azuis e amarelas. Na gestão de João Avamileno (PT), as faixas eram vermelhas e azuis. Outro caso ocorreu em São Bernardo, na década de 1990. Após a privatização da ETCSBC, o então prefeito Maurício Soares (à época no PSDB) man-dou que os coletivos da SBCTrans fossem pintados nas cores amarelo, azul e branco. Antes, os ônibus eram verde e branco.

São Paulo testa recarga de Bilhete Único em orelhões

Guarda Civilapreende 15 com ecstasy em ônibus

A S E M A N A R E V I S T ANovo layout

BELAS PINTURAS • Mais uma empresa perderá pinturas bonitas, como a Leblon

• Diário do Grande [email protected]

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS08

Praticidade

• Marcela Gonsalves (Veja)[email protected]

Botucatu

[email protected]

O projeto que permite a recarga do Bilhete Único em telefones públicos de São Paulo entrou em fase piloto. Os primeiros aparelhos já estão disponíveis nos terminais de ônibus São Matheus e Tatuapé, além da Praça 8 de Setembro, no bairro da Penha. O sistema dos orelhões é o mesmo que funciona hoje nos demais equipamentos de recargas, nos quais o usuário pode captu-rar o crédito. Do ponto de vista do telefone público, o aparelho permanece com suas fun-ções originais inalteradas. Ele apenas passa a contar com mais uma leitora para cartão por aproximação, o mesmo modelo utilizado nas catracas do metrô e de ônibus.

A Guarda Civil Municipal de Botucatu (SP) abordou um ônibus, às 23h30 de sábado, que seguia para uma festa rave. Os agentes con-duziram 15 pessoas à delegacia. O veículo, que foi abordado na avenida Professor José Pedreti Neto, vinha da cidade de Avaré, passando por Botucatu, com destino a Campinas. Uma denún-cia anônima apontou que os passageiros estavam portando substâncias entorpecentes. Foram encontrados ecstasy, LSD, ma-conha, cocaína e haxixe. A operação contou com o apoio da Polícia Militar. O ônibus foi escoltado até o Plantão Policial para elaboração do Boletim de Ocorrência. Uma pessoa foi presa em flagran-te pelo crime de tráfico de drogas, pois com a mesma foi encontrado 35 gramas de cocaína. Se-gundo testemunhas, a droga estava sendo comer-cializada. Os outros passageiros foram liberados e vão responder por porte de entorpecente.

Reprodução/TV G

lobo

Page 9: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Manaus

git) está previsto para o dia 16 de agosto. O novo sistema irá substituir o atual Sistema de Bilhetagem Eletrônica, administrado pelo Si-netram. No último dia 13 de junho, o Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM) suspendeu o primeiro processo de licitação que havia sido iniciado pela prefeitura. O TCE/AM acatou a representação feita pela empresa Novakoasin Equipamentos e Sistemas Ltda., que elencou várias irregu-laridades no edital, denominando de “obscuri-dades”. Segundo o despacho do presidente do órgão,, o conselheiro Júlio Pinheiro, a preocupação maior da suspensão é para que o processo cumpra a legislação, resguardando o interesse público por se tratar de licitação de “grande vulto”, com valor global superior a R$ 90 milhões. A média diária de usuários do trans-porte coletivo de Manaus, de acordo com in-formações do Sinetram é de 800 mil. Mais da metade são moradores das zonas Norte e Leste de Manaus.

Novas aquisições A fábrica Comil, que fez a monta-gem de parte dos ônibus que devem operar em Manaus, informou que as empresas Auto Ôni-bus Líder e City fizeram a compra de 85 novos veículos para atender a população. Segundo informações da empresa, os veículos devem atender as Zonas Oeste, Centro-Sul e parte da Norte. Foram adquiridos 30 ônibus urbanos modelo Svelto e dois micros Piá, que servirão para renovar a frota da empresa. A montadora também informou que a Auto Ônibus Líder adquiriu em junho 53 carros, todos com acesso para cadeirantes.

Primeiro lote de novos ônibus chega à cidade Os ônibus novos que chegaram a Manaus na última quarta-feira (13) não devem atender as Zonas Norte e Leste da capital do Amazonas, onde está concentrada a maior par-cela dos usuários do sistema de transporte co-letivo da cidade. Os 13 coletivos novos perten-cem a empresa City Transportes, que atende a Zona Oeste de Manaus. Ainda não há previsão de quando os veículos que irão abastecer as outras zonas da cidade devem chegar a Manaus e começar a operar, de acordo com informações da Supe-rintendência Municipal de Transportes Urba-nos (SMTU). Os novos ônibus chegaram na quarta-feira no porto da Sanave, localizado no bairro Santo Antônio, Zona Oeste, mas foram desem-barcados na manhã desta quinta-feira (14). A City Transporte, que já opera no sistema com 96 ônibus distribuídos em dez linhas, é uma das empresas vencedoras da licitação do ser-viço, realizada pela prefeitura. De acordo com a SMTU, até a pró-xima semana outros 56 ônibus deverão chegar a Manaus, dos quais 17 deles também são da City Transportes. A empresa também deve receber nos próximos dias, dois microônibus destinados ao transporte de pessoas com ne-cessidades especiais. Ainda não há previsão para que os veículos comecem a circular no sistema.

Regularização Os ônibus que já estão em Manaus passarão ainda pelo procedimento de emplaca-mento no Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran/AM) e por vistoria e cadastro na SMTU. O superintendente em e-xercício do órgão, Ivson Coelho, afirmou, na manhã desta quinta-feira (14), que após esse processo será aguardada a determinação para que os veículos entrem em operação.

Empresas Além da City Transportes, também venceram a licitação as empresas São Pedro, Expresso Coroado, Global, Rondônia, Trans-tol, Nova Integração, Líder e Via Verde. A licitação prevê a entrada de 858 ônibus novos.Destes, 144 são articulados, 78 micro-ônibus e 636 convencionais. O prazo para entrega de todos os veículos foi estendido pela SMTU de junho para agosto.

Viagem O gerente da empresa de navegação Sanave, Carlos Augusto Bonfim, afirmou que

a vazante do rio Madeira atrasou a chegada das balsas que transportaram os novos ônibus. O assistente técnico da Comil (mon-tadora dos veículos), Luciano de Castro, ex-plicou, nesta quinta-feira (14), que os ônibus saem rodando da fábrica em Erechim, (RS), até a cidade de Porto Velho (RO), percorrendo uma distância aproximada de 3.500 quilôme-tros. Depois, os coletivos são embarcados em balsa até Manaus. Devido aos problemas na navegação, os 56 ônibus que deveriam ter sido entregues até esta sexta-feira (15), só devem chegar a partir da próxima semana.

Reajuste A SMTU informou que o reajuste da tarifa do transporte coletivo deve ser feita quando mais da metade dos ônibus novos es-tiveram operando no transporte coletivo da ci-dade, o que deve ocorrer até o final de agosto deste ano. A tarifa calculada pela prefeitura é de R$ 2,75. O aumento da tarifa está previsto no contrato assinado entre a prefeitura e as em-presas que venceram a licitação. Uma Comissão Parlamentar de In-quérito (CPI) aprovada pela Câmara Mu-nicipal de Manaus deverá analisar todas as questões envolvidas na nova licitação do trans-porte coletivo. O valor apontado pela prefei-tura para a tarifa também deve ser questionado na comissão. Durante uma audiência pública realizada no ano passado, a SMTU apontou que o custo mensal do transporte co-letivo é de R$ 47 milhões.

Sistema de bilhetagem O lançamento do novo processo de licitação para a implantação do Sistema Inte-grado de Gestão Inteligente de Transporte (Si-

TRANSPORTE • Vazão do Rio Madeira estaria dificultando transporte dos novos ônibus

A Crítica

• A Crí[email protected]

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 09

Page 10: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS10

A S E M A N A R E V I S T A

Cliente pode pedir reembolso depassagem em caso de desistência Você sabia que pode receber o din-heiro da passagem se desistir da viagem de ônibus? Uma lei federal determina que a in-formação esteja nos guichês das empresas. Mas muita gente não lê. A lei vale para todas as linhas de ônibus intermunicipais, interestaduais e in-ternacionais. Em caso de desistência, para receber de volta o que pagou, o passageiro só precisa pedir o reembolso à empresa antes do embarque. Segundo a lei, o passageiro tem di-reito a escolher se quer o bilhete para outra viagem ou o dinheiro. Se o pagamento tiver sido a crédito, o reembolso deve ser feito de-pois da quitação do débito. Se tiver sido à vista, a devolução deverá ser em até 30 dias após o pedido. A Agência Nacional de Trans-portes Terrestres (ANTT), que fiscaliza as empresas, afirma que podem ser desconta-dos 5% do valor pago. E que o pedido de reembolso deve ser feito até três horas antes do embarque. “As empresas que não afixarem no guichê os direitos e deveres do usuário estão sujeitas a multa, que é aplicada pela ANTT, que pode chegar a R$ 12 mil”, avisa Ana Patrizia Lira, especialista em regulação da ANTT. Se o direito não for respeitado, o

consumidor deve registrar a reclamação. “Não havendo no terminal rodoviário um posto da ANTT ou de um órgão de defesa do consumidor, o consumi-dor pode procurar testemunhas e até mesmo fazer uma ocorrência policial desse fato e levar futuramente ao conhecimento dos Procons ou da Justiça para garantir o seu di-reito”, aconselha Marcelo Barbosa, coorde-

Direitos

RODOVIÁRIA • Passageiro também tem direito de remarcar viagens quantas vezes quiser

• Correio da Bahia [email protected]

Maringá

Concessionária implantará GPS nos coletivos A partir de amanhã, quando com-pleta um mês da assinatura do contrato de concessão do transporte coletivo entre a Pre-feitura de Maringá e a Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), começam a ser im-plantadas as primeiras mudanças no trans-porte público em Maringá. A alteração mais significativa é a instalação de aparelhos GPS nos ônibus e de uma central de monitoramento na Setran, o que vai permitir o controle em tempo real de cada um dos veículos da empresa que circu-lam pela cidade. “Vamos saber se todos os itinerári-os previstos foram realizados, se os horári-os das viagens foram cumpridos, se houve abuso de velocidade, se houve qualquer des-vio na linha e poderemos checar qualquer

denúncia da população, como, por exemplo, a de um ônibus que supostamente passou mais cedo ou muito mais tarde por um deter-minado ponto”, explicou o gerente de Trans-porte Coletivo da Secretaria dos Transportes (Setran), Mauro Menegazzo. Neste primeiro momento, segundo o gerente, a Setran vai medir a confiabi-lidade do sistema. “Este é um processo que vai levar de 30 a 40 dias. Depois, quando tivermos a certeza de que o sistema é con-fiável, vamos começar a implantar as mu-danças que forem necessárias em cada uma das linhas”, disse. É neste momento que a Setran vai decidir sobre alteração de horári-os e número de veículos por linha.

Tarifa A partir de segunda-feira, os usuári-os do transporte coletivo que pagam a pas-

sagem com o cartão Passe Fácil também passam a ter um desconto maior nas viagens feitas nos horários considerados de baixo movimento, que vão das 8h30 às 11h e das 13h30 às 16h. Nesses horários, nos dias da semana, o valor da passagem vai custar R$ 1,87. Em relação aos corredores tem-porários de ônibus na zona norte da cidade, Menegazzo afirmou que o processo está em fase de licitação das placas que vão ser in-staladas nas áreas que atualmente são ocu-padas por estacionamentos e que vão ser destinadas exclusivamente aos coletivos. “A implantação deve começar em cerca de 60 dias”, avaliou. Nesse mesmo prazo, a Setran acredita que vai poder divulgar os 100 pon-tos de venda de passagem que a concession-ária precisa implantar na cidade.

• O Diário do Norte do Paraná[email protected]

nador do Procon-MG. E atenção: os bilhetes valem por um ano a partir da compra. Nesse prazo, o passageiro pode mudar a data da viagem quantas vezes quiser, sem pagar nada a mais. O aposentado João Bosco Alves gostou de saber: “Vou ficar de olho. Se acontecer comigo, vou atrás dos meus direitos”. As in-formações são do G1.

Luciano Roncolato

Page 11: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Scania comprova redução de consumo

O lançamento de dois novos motores, ambos inseridos na fase EuroV, será o principal e concreto acontecimento com o qual a Cummins do Brasil irá festejar seus 40 anos de produção no País. Até o final do ano a empresa colocará no mercado um motor de 9,0 litros de 400 cv e, com um outro de 3,8 litros e 180 cv, iniciará sua participação no segmento de entrada que tem nas picapes leves um dos principais focos. O volume total de 117 mil motores em 2011, ante os 96 mil entregues em 2010, também representa uma “cereja a mais” no bolo de aniversário deste que é o maior fabricante independente de motores de toda a América Latina. Em curto prazo, a empre-sa planeja um salto expressivo no faturamento to-tal, indo do atual US$ 1,3 bilhão para 2,2 bilhões dentro dos próximos três anos. O lastro desse au-mento no faturamento, o que se traduz em maior produção de motores, pode estar relacionado à chegada das marcas chinesas de caminhões ao mercado brasileiro. Pelo menos duas delas, a Shacman e a Foton, utilizam propulsores Cum-mins de ultima geração e não há nada que impeça que sejam fornecidos localmente numa operação que passe pelo sistema CKD. Com aproximadamente 90% da sua produção destinada ao mercado interno, tendo como clientes a MAN, Ford Caminhões, Agrale e SC2, a Cummins acredita que haverá um

aquecimento nas vendas no segundo semestre dest4e ano ocasionado pelo início de produção dos veículos Euro V, que começam a ser comer-cializados em primeiro de janeiro de 2012. Para Luís Pasquotto, vice-presidente da Cummins da América Latina, hoje a empresa esta focada no mercado interno depois de ver seu plano de exportar até 20% da produção não se concretizar. Do volume total planejado para este ano, 75 mil unidades são para o mercado auto-motivo e o restante vai atender aos segmentos de geradores de energia, máquinas agrícolas e de construção. A Cummins ventila inclusive a pos-sibilidade de construir uma nova fábrica de gera-dores que deve exigir um investimento da ordem de US$ 200 milhões em local ainda não definido. Os motores anunciados pelo executivo da empresa são de conhecimento do mercado, uma vez que a empresa já havia feito declarações sobre o assunto. Pelo menos dois fatores fun-cionaram como catalisadores no avanço dessa intenção. O Proconve P7, que equaliza o Brasil com o que existe de mais avançado no mundo em termos de controle de emissões, que entra em uma nova fase em primeiro de janeiro de 2012, e a anunciada invasão de caminhões chineses no mercado nacional. O propulsor denominado Cummins ISL, de nove litros, tem potência anun-ciada de 400 cv e vem para atender aos clientes (especialmente MAN e Ford), que ainda não dis-ponibilizam produtos nessa faixa de potência. O

Testes realizados pelo Laboratório de Transporte da Scania comprovam importante redução no consumo de diesel, que pode chegar a menos de 20 litros por 100 km de operação. “Em nossas melhores viagens entre a Suécia e a Holanda, chegamos a 18,2 l/100 km, uma média que muitos dizem ser impossível”, assegura Anders Gustavsson, diretor-Gerente do Laboratório de Transporte Scania. A experiência foi realizada durante o transporte de componentes entre as fábricas de Södertälje, na Suécia e Zwolle, na Holanda, em um trecho que compreende cerca de 1.300 quilômetros de distância. “A economia de combustível é perto de 4%. Para os nossos caminhões que rodam 360 mil km por ano e consome uma média de 26 litros de combustível por 100 quilôme-tros, representa uma economia anual de cerca de 4.000 litros de combustível por caminhão,

Cummins lança dois novos motores

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 11

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected]

reduzindo proporcionalmente as emissões de CO2”, garante Gustavsson. Um resultado é que o Transport Labo-ratory agora opera cavalos mecânicos configu-rados com uma relação mais alta de eixo tra-seiro. Isso leva a um regime mais baixo de RPM do motor em velocidade cruzeiro, o que pode

reduzir consumo de 3 a 10%. Outro resultado é um novo defletor de ar traseiro, conhecido como “boat tail”, montado na traseira do semi-reboque. Esse spoiler aumenta o comprimento da combinação em 30 cm, de acordo com os limites da legislação da União Europeia. Os re-sultados são muito promissores. Testes - Quilometragem anual média de 360.000 km por veículo / 20 caminhões 4x2 / 65 motoristas / 75 semi-reboques de três eixos / 13 viagens diárias: Suécia – Holanda – Sué-cia / Volume 100 m³ de cargas equivalentes a 92% da capacitade de transporte / Peso bruto médio de cada equipamento é de 37 toneladas no percurso Suécia/Holanda e 32 toneladas no percurso Holanda/Suécia / Consumo médio de combustível de 26 litros/100 km (meta: 22 li-tros/100 km). “Estes são os passos mais importantes para que possamos alcançar nossa meta de con-sumo de combustível em média 22 litros por 100 quilômetros”, considera Gustavsson.

motor mais potente fornecido hoje pela Cummins para o setor veicular chega ao máximo de 320 cv. O segundo motor anunciado pela Cummins será realmente uma novidade. Com o ISF, de quatro cilindros em linha e 3,8 litros, a Cummins passa a atuar em um segmento novo fornecendo mo-tores para a faixa de entrada do mercado. Com potência declara de 180 cv, a empresa aponta di-retamente para o mercado de picapes leves, cujos motores, todos alimentados por turbo compres-sor, oferecem potência entre 165 a 190 cv. Mas é importante ressaltar que os veículos comerciais leves da marca Foton oriundos da China são e-quipados com versões de motores dessa família que já conta com a tecnologia Euro V. Futuro – A crescente cobrança por pro-pulsores mais limpos faz brotar questionamen-tos sobre a longevidade dos motores movidos a óleo diesel. Mas Luís Pasquotto afirma que o cenário futuro visualizado pela Cummins passará por algumas etapas. Em primeiro plano, haverá uma evolução dos motores para a condição de emissão zero de poluentes. “Dentro dos próxi-mos dez anos teremos uma migração para a condição de híbridos, que vão receber um im-portante incremento de tecnologia. Mas chegará um momento, não antes dos próximos quarenta anos, que os motores elétricos serão uma reali-dade”, disse. “O futuro não nos assusta, pois não somos apenas fabricantes de motores. Somos uma empresa gerenciadora de energia”.

Page 12: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

PRESSÃOConvergência do mercado para a compra de chassis desse porte foi decisiva para a entrada da Volvo nesse filão

Mais 196 novos ônibus para CuritibaCidade realizou a segundaentrega de ônibus novosdo ano; total deveráchegar a 557 atédezembro

N O V O S Ô N I B U S P A R A C U R I T I B A

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS12

Na ultima quinta-feira (14/06) foram entregues os novos ônibus que farão parte da frota de Curitiba. 196, de um total de 557 veículos. Neste ano, já é a segunda entrega feita pela Prefeitura de Curitiba, sendo que na primeira, os destaques eram os biarticula-dos azuis, os chamados ligeirões, já nesta os destaques foram os biarticulados vermelhos, os expressos. Os ônibus foram distribuídos da seguinte maneira:

- 14 biarticulados vermelhos vão entrar na

linha Centenário/Campo Comprido, no eixo Leste/Oeste. Outros 12 ônibus biarticulados serão entregues na seqüência e completar a frota do eixo de 26 ônibus.

- 89 Ligeirinhos (cor prata), 28 deles serão da linha Pinhais/Campo Comprido, também do eixo Leste/Oeste. Esta linha atende 45 mil passageiros/dia com intervalo.

- 26 ônibus articulados verdes que vão atender linhas de Interbairros; 28 articulados amarelos de linhas de Alimentadores; 13 ôni-bus comuns e padrão, amarelos, de linhas de Alimentadores; 26 ônibus comuns e micros especiais na cor amarela, de linhas conven-cionais.

• Matheus [email protected]

Page 13: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Matheus N

ovackiMais 196 novos ônibus para Curitiba

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 13

Page 14: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

MODELOS DE SUCESSO • Caio Alpha, Millennium e Vitória foram grandes exemplos de sucesso da montadora Caio. Hoje, o sucesso fica por conta do Apache Vip e do Millennium II

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS14

E S P E C I A L C A I O 6 5 A N O S

Em comemoração aos 65 anos de história da CAIO a revista Portal Inter-Buss trás com exclusividade uma sequen-cia de fotos separadas em cinco edições, contando um pouco do sucesso das carro-cerias fabricadas pela CAIO ao longo de sua carreira. Nessa edição, mostraremos a segunda parte dessa história, com alguns modelos rodoviários da década de 80 e as carrocerias que mais fizeram sucesso no Brasil. O Caio Corcovado foi uma das carrocerias rodoviárias de maior sucesso fabricado pela CAIO. Grandes empresas como a Viação Itapemirim fizeram de uso dela para viagens longas, atestando sua durabilidade e segurança. Com design da época, o Caio Corcovado é de linhas retas, caracterizando os detalhes que mais faziam sucesso entre as décadas de 70 e 80. Caio Itaipu: Desenvolvido com base nas linhas do Caio Gabriela, é uma carroceria que não teve boa inserção em linhas rodoviárias de longa distancia, sen-do mais utilizados em média e curta dis-tancia e linhas seletivas intermunicipais. Pouco se tem registro de empresas do setor rodoviário que a tenha adquirido, porém hoje podemos presenciar carrocerias desse modelo transportando trabalhadores rurais no interior dos estados; O Caio Vitória foi desenvolvido no fim da década de 80 atendendo as caracter-ísticas da época no design e no desenvolvi-mento da carroceria. Na mesma linhagem do Caio Corcovado, o Vitória tem seus tra-

Rodoviários eurbanos que marcaram época

Segunda parte

Caio Corcovado e Itaipu tiveram espaço dedestaque no mercado de carrocerias paraônibus rodoviários. Entre os urbanos, o Alpha e o Millennium vieram para quebrar paradigmas• Thiago [email protected]

çados sem muita curvatura, mas fez o gosto de muitos empresários sendo essa carro-ceria uma das mais vendidas da história do transporte público. Sua aceitação foi tão grande que a CAIO manteve o Vitória em linha de produção por 9 anos e durante esse tempo 3 versões foram fabricadas. Pouco se nota a diferença de uma versão para outra devido ao sucesso do modelo entre as em-presas. Caio Alpha: Ultima carroceria de-senvolvida pela CAIO antes da aquisição pela INDUSCAR. Chegou a ter sua linha de produção dividida com o Vitória, dada a grande demanda da carroceria. Logo o Alpha toma conta de 100% da linha de produção da CAIO e aposenta de vez o Vitória passando a ser seu sucessor. Tam-bém com grande aceitação pelas empresas de transporte, o Caio Alpha já expõe um novo conceito de fabricação de ônibus, com linhas mais arredondadas e design seguindo os padrões da década de 90. O Caio Alpha não teve tanto tempo em linha de produção, mas o tempo que esteve foi suficiente para renovar boa parte da frota do país. O Millennium I já foge do com-portamento em suas linhas. A CAIO inova nessa carroceria e expõe um novo jeito de fabricar ônibus, unindo o design da atu-alidade ao transporte de massa, deixando esse de ser visto apenas como um ônibus e sim como “O” ônibus. Linhas mais ar-rojadas e traçado único, o Millennuim I é inconfundível, vendo de perto ou de longe. Trouxe um pouco das curvas e do traçado de seu primo Papa-Fila (Onibus Bi-Articu-lado) porem logo substituído pelo Millen-nium II que veremos nas edições seguintes.

Page 15: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

MODELOS DE SUCESSO • Caio Alpha, Millennium e Vitória foram grandes exemplos de sucesso da montadora Caio. Hoje, o sucesso fica por conta do Apache Vip e do Millennium II

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 15

RETROSPECTIVA DAS CARROCERIAS DE MAIOR SUCESSO DA ENCARROÇADORA DE BOTUCATU/SP

Page 16: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS16

E S P E C I A L C A I O 6 5 A N O S

RODOVIÁRIOS • Caio Itaipu da Empresa Reunidas Paulista e um Caio Corcovado da Viação Itapemirim: grandes novidades da época

Page 17: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 17

Projetos para o transporte da Capital Federal Neste último mês de junho o Go-verno do Distrito Federal anunciou a licitação para a entrada de 1200 ônibus novos no siste-ma de transporte da capital federal. Destes, 300 seriam exclusivamente para atender a chamada Linha Verde - corredor projetado para atender o corredor oeste de Brasília mas que só tem infraestrutura concluída na Es-trada Parque Taguatinga (EPTG - DF-085). A aquisição se faz necessária porque as para-das foram construídas no canteiro central da rodovia, exigindo veículos com portas do lado esquerdo, tecnologia ainda inexistente na cidade. Talvez esta, junto com a assuncão do sistema de bilhetagem por parte do Go-verno (a empresa era controlada pelos em-presários permissionarios do sistema), tenha sido uma das principais ações governamen-tais deste primeiro semestre. O projeto executado para a rodovia é um retrato da mentalidade que há tempos está arraigada no funcionamento de Brasília, e provavelmente tenha nascido junto com a cidade. O que ocorre é que o modo como a obra foi executada dá a entender que o mais importante não era modernizar o transporte de massa, mas facilitar a vida de quem se locomove por carro. Explica-se: enquanto os motoristas individuais agora contam com vias marginais para distribuir o fluxo em torno da via além de contar com três faixas e acostamento na pista principal, os pas-sageiros de ônibus tem agora que utilizar passarelas para atravessar a rua e alcançar as paradas em que param os ônibus, que até a chegada dos veículos adaptados circulam apenas na via marginal. Além disso as para-das no canteiro central foram construídas em posições distintas em cada sentido quando o procedimento padrão é que elas fiquem jun-tas para que seja possível pegar ônibus em qualquer dos sentidos. Antes de apontar os motivos para o desleixo no planejamento faz-se necessário buscar a explicação na história da construção da cidade. Como é de conhecimento público vários pólos operários surgiram em volta do que seria a futura capital, que após a inaugu-ração foram denominados como “cidades-sa-télites”. Enquanto isso vários acampamentos surgiam dentro do Plano Piloto: pessoas que vinham tentar a sorte na nova cidade e que não conseguiam lugar para morar. Porém a capital da esperança não poderia ter sinais de pobreza, e um a um os acampamentos iam sendo removidos, e com isso mais e mais cidades-satélites eram cria-das para abrigar este contingente, cada vez mais distantes da redoma que se formou para proteger o Plano Piloto das ameaças contra

seu desenho de avião. Esta política gerou bol-sões que avançaram inclusive pelo território do Goiás, onde a expansão urbana encontrou terreno livre das amarras burocráticas do tombamento da capital, gerando assim um território de pobreza gerada pela negligência dos governos das duas unidades da federação. Hoje toda ação governamental feita no transporte de Brasília, seja simples inter-venções em linhas até grandes obras estru-turais, são fundamentadas em um modelo de expansão da cidade que se formou nesta épo-ca da construção, onde particulares transpor-tavam operários em jardineiras e caminhões até o canteiro de obras dos palácios presiden-cias. Como o crescimento da cidade se deu nestes moldes de erguer núcleos operários em volta da cidade tombada, este modelo de transporte acabou se perpetuando e se con-solidando. Vale salientar que boa parte dos empresários que hoje operam no sistema de transporte de Brasília fizeram fortuna justa-mente fazendo transporte na construção, o que torna a situação irônica pois faz pensar que os mesmos pretendem sustentar o modelo de transporte da época. Atualmente há uma grande con-centração de postos de trabalho na região do Plano Piloto, seguramente mais da metade do total de postos do DF, o que faz com que le-vas de trabalhadores saiam de suas casas nos mais distantes pontos da região e triplique a população da região central no horário com-ercial. E a locomoção das pessoas que não contam com veículo próprio se dá por linhas no modelo citado acima, o que faz com que o IPK de Brasília seja uma dos mais baixos do país afinal de contas quase não há rodízio de passageiros durante o percurso, ou seja, os que sobem no ponto inicial são praticamente os mesmos que descem no ponto final. Junte-se ao IPK baixo a inexistên-cia de uma câmara de compensação, fazendo com que a remuneração das empresas seja feita pela quantidade de passageiros trans-portados. Isto ocasiona uma briga de foice en-tre as empresas por linhas mais rentáveis que já chegou ao ponto de ter capítulos travados nos tribunais - empresas alegando prejuízo nas receitas e solicitando linhas lucrativas de concorrentes. Nos últimos dez anos várias me-didas foram tomadas para consolidar este modelo de transporte. A TCB (Sociedade de Transporte Coletivo de Brasília), empresa estatal que tem papel fundamental no equilí-brio do sistema foi conduzida a um estado de sucateamento cujo objetivo era tornar sua recuperação inviável, o que permitiria que

seu espólio fosse repartido entre as empresas privadas, o que acabou ocorrendo (algumas inclusive foram agentes ativos no processo de desmonte da TCB por meio de prática de dumping). Este quadro acabou sendo rever-tido com a aquisição de veículos modernos - em comparação com veículos similares ro-dando por outras empresas - e a assunção de algumas linhas na região central do Plano Pi-loto - sinais de que a estatal deve retomar seu papel no sistema mesmo que este processo ainda tenha se mostrado incipiente. O atual governo assumiu anunci-ando várias medidas visando modernizar o sistema - a conclusão da Linha Verde e a im-plantação de corredores semelhantes ligando Sobradinho e Gama incluso. Vale ressaltar que todos estes corredores são radiais, ou seja, tem como destino o Plano Piloto, o que pode contribuir ainda mais para consolidar a estrutura de cidades-dormitório e a concen-tração de empregos e serviços na região cen-tral. Na verdade hoje já não é possível afirmar se o sistema de transporte molda a concentração no Plano ou se ele é moldado na mesma. Mas um exemplo curioso e que merece análise é o que ocorreu em Águas Claras, cidade construída em função do metrô e que por conta disso não foi contemplada com uma rede de linhas de ônibus locais. As linhas originárias de Águas Lindas de Goiás começaram a atender a cidade, fruto disto é que atualmente boa parte dos trabalhadores de Águas Claras são provenientes da cidade goiana. A consolidação dos corredores é um passo importante para a modernização do sistema de transporte coletivo de Brasí-lia, porém se não forem implantados com o planejamento adequado os mesmos servirão apenas de perfumaria, ratificação de um sistema predatório e antiquado que penaliza apenas o usuário em benefício de quem fa-tura com a falta de gestão. Se o governo quer ser bem sucedido na recuperação do controle do transporte deve dedicar especial atenção na estruturação dos agentes gestores, contro-ladores e fiscalizadores para que estes moni-torem o funcionamento e façam os ajustes que forem necessários no sistema. Obras dão a sensação de trabalho executado e geram vo-tos, mas uma reestruturação elaborada com seriedade e implantada com sucesso gerarão dividendos eleitorais muito maiores (caso seja este o objetivo), só assim o cidadão es-tará seguro de que poderá ir até a parada e se deslocar para qualquer destino que se deseje ir e em tempo hábil, pondo fim à desconfi-ança geral que impera em meio a população.

ARTIGO Clebio [email protected]

Page 18: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSSM A T H E U S N O V A C K IC U R I T I B A / P R • E X P R E S S O N O R D E S T E

Page 19: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011
Page 20: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS20

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

Em São Paulo

ENVIADA POR TIAGO DE GRANDEOs amigos Sérgio Carvalho e Tiago de Grande ladeados por belas representantes típicas de estados brasileiros no Salão do Turismo, que termina hoje em São Paulo

Nota da Redação • Agradecemos o contato Muito boa tua revista, parabens! É sempre bom ter pessoas comprometidas com

Nova RevistaRenan Bendilatti • Sumaré/SP

Pesquisa da Semana

A PARTIR DE HOJE,VISITE NOSSO SITE E RESPONDA:

Você acredita que a tão falada e prometida licitação das linhas interestaduais da ANTT sai ainda este ano?

VISITE:www.portalinterbuss.com.br/revistaE VOTE!

Nostalgia - Tempos Bicudos1998

CampinasparalisadaNessa foto do jornal Correio Popular, usuário depreda coletivo apósmotoristas e cobradores deCampinas terem abandonado os veículos no meio da rua por volta das 16h, em protesto contra a chegada de perueiros na cidade. Diversas linhas pararam e a população se revoltou. Nessa época as greves eramconstantes e os salários viviam atrasados, enquanto perueirosandavam pelas ruas da cidade livremente, com conivência do poder público, em linhas que tiravampassageiros dos ônibus. Foramtempos de graves paralisias no setor

ATÉ ONTEM ESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Você acha que a Busscar ainda poderá voltar um dia aproduzir com força total, mesmo com a grave crise?

41,2% • Não

58,8% • Sim

Carta do Leitornosso segmento, acho super bacana o traba-lho que vocês fazem.

Renan! Ficamos muito felizes com a reper-cussão que a nova revista está tendo dentro do setor e continuaremos aprimorando para sempre trazer o melhor para vocês!

Page 21: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 21

A evolução de numerar as linhas de ônibus de SP Na semana passada, discutimos, além de eu catalogar as linhas de ônibus antigas, a questão das numerações das linhas de ônibus de São Paulo, baseados no padrão de 1978. Sabemos que o padrão de numeração das linhas de 1978 em São Paulo é totalmente diferente do padrão atual, implantado em 2003. Antes haviam 9 áreas setoriais, e hoje são 8. E tem algumas regiões, como Interlagos e Lapa, que por sorte, continuaram com os mesmos números de área. De 1978 a 1984, qualquer linha nova obedecia rigorosamente à “árvore de numera-ção”. De repente, começaram a surgir “gambi-arras”. Quando surgiu a linha 3390 (Term. S. Mateus-Term. D. Pedro II) passando pela Av. do Estado e pelo Largo do Cambuci, opa, tem algo errado: a linha 3390 deveria seguir a Radial Leste até entrar na região do Tatuapé, mas a par-tir do centro assim que ele entrou na Praça Nina Rodrigues, deveria receber uma numeração que começaria com 42xx. Em 1987, na inauguração do corre-dor Santo Amaro, haviam duas linhas setoriais, auxiliares a linha 6500. Uma é a 6501 (Joaquim Nabuco-Term. Santo Amaro) e a 6502 (Itaim-Term. Santo Amaro) - e ambas deveriam receber a numeração 60xx. Em 2003, na implantação do novo sistema, ocorreram duas novidades: - A primeira é que suas linhas de co-operativa de todas as regiões da cidade de São Paulo tiveram seus números alterados, não utili-zando nenhuma lógica do padrão de 1978 (talvez só o primeiro dígito significando a antiga área daquele padrão, digamos assim). Por exemplo: A linha 0211 (Chác. Santa Maria - Pq. Primav-era), uma linha diametral, passou a ser chamado de 5129. Na nomenclatura, essa linha deveria ser uma linha radial, ligando o bairro ao centro, mas não foi o que aconteceu. Ambas as pontas ficam bem longe do centro, e atravessando uma área a outra, caracterizando-se uma linha diametral. Hoje a linha 5129 é Jardim Miriam-Terminal Guarapiranga. - A segunda é que foi inaugurado o Ter-minal Pirituba com algumas novidades, como o sistema que mostra o tempo que falta para um ônibus da linha chegar no ponto e também o lan-çamento do Caio Millennium II. Na hora de sec-cionar as linhas, ocorreu um caso de duplicidade em duas linhas alimentadoras: As linhas 948R (Morro Grande-Lapa) e 8586 (Vila Mirante-Paissandu) passaram a ser chamadas de 9016 (Vila Mirante-Terminal Pirituba) e 9018 (Vila Mirante-Terminal Pirituba), utilizando o mesmo percurso - diferentemente da linha 978M (Vila Mirante-Metrô Barra Funda via Paquetá) que passou a ser 9020 (Vila Mirante-Term. Pirituba) via Paquetá e Hospital Pirituba. Daí o 9016 foi

extinta e permaneceu a linha 9018. E em to-dos estes casos utilizaram números de linhas começando com 8 ou 9 (e nenhuma com a nova área 1). As linhas que surgiram após o ano de 2003 não seguiram alguma lógica, ou não obede-ceram algum critério, principalmente em linhas radiais e diametrais, como por exemplo a linha 607G (Metrô Conceição - Shopping Morumbi). O que me intriga é aquele ‘0’ fazendo ali no se-gundo dígito, o que deveria comportar como linha radial. Tá, o ônibus sai de um bairro da atual área 6 (1º dígito) e vai em direção à área 7 (3º dígito), e o G vem de “Vila Guarani”, bairro próximo ao Metrô Conceição, ou seja, é uma linha diametral. Outro exemplo é a linha 7710 (Metrô Ana Rosa/Term. Guarapiranga) que, ape-

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

sar de ser uma linha diametral (sai da área 7 em direção à uma estação de metrô que fica na área do centro expandido), considerou como se fosse uma linha setorial (e não uma diametral como o padrão propõe). Lembrando-se que a área do centro aumentou consideravelmente (compa-rando os dois padrões). E as linhas 9203 (Metrô Conceição-Brás), 9550 (Metrô Imigrantes-Chác. Sto. An-tônio) e 9551 (Metrô Imigrantes - Faria Lima), linhas que vieram para substituir os ônibus freta-dos? Viajaram legal! Primeiro a atual área seto-rial 9 é o próprio Centro. E segundo, os números devem ter copiados do padrão de Belo Horizonte - é o que está bem mais próximo, já que os dois primeiros dígitos, segundo os belorizontinos, são a identificação de qual corredor atravessa.

DIVISÕES • No primeiro mapa, a divisão de 1978, de Olavo Setúbal. Abaixo, a divisão atual

Reprodução

Page 22: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS22

E N T R E V I S T A M A R C I O B R U X E L

Nos últimos dias os fãs de ônibus de todo o Brasil ficaram extasiados com as novi-dades que saíram da Marcopolo, sobretudo as primeiras unidades de LD da linha G7. Um dos responsáveis por trazer essas novidades à internet foi o empresário Marcio Bruxel, do Rio Grande do Sul. Ele aceitou conversar com a nossa equipe e comentou sobre o mer-cado de fretamento e também sobre o hobby.

Quando começou a sua paixão por ônibus e transporte coletivo? Praticamente desde que nasci, visto que meu pai já trabalhava com ônibus e meu falecido avô foi sócio-fundador do extinto Expresso Albatroz de Santa Cruz do Sul e eu trabalhei por 12 anos, desde os 14 anos trab-alho em ônibus, tenho hoje 46 anos de idade.

Como surgiu a ideia e a oportunidade de montar a sua própria empresa de ônibus? Em 1992 Passo do Sobrado onde resido desde 1986 emancipou-se de Rio Par-do, e o Expresso Albatroz vinha em um pro-cesso de final de sociedade, em outubro des-liguei-me da Empresa e em Março de 1993 tive a oportunidade de iniciar minha própria Empresa, na época Marcio Bruxel ME nome fantasia TRANSCOL até 1999 quando criei a Trans Express Ltda

Qual o primeiro ônibus que você comprou? O primeiro foi uma herança do Ex-presso Albatroz(entrou no negócio da venda das ações de meu pai(que havia herdado de

Saiu algo novo? Só ver na galeria dele

Pioneiro das Novidades

O empresário Marcio Bruxel tem causadobastante frisson com as novidades que traz com frequência para a sua galeria de fotos nainternet. Ele falou com a Revista InterBusssobre o mercado de fretamento e sobre o hobby

meu falecido avô) um Veneza I ano 1973 e logo em seguida ganhei um Veneza II ano 1978 ex-Trevo de Porto Alegre porque no serviço(Linhas Municipais e Transporte Es-colar exigia 2 veículos)

Já chegou a trabalhar nessa área antes de montar a própria empresa? Sim no extinto Expresso Albatroz Qual a sua frota atualmente? Bom possuo 13 ônibus 2 vans e um carro executivo:Ônibus:1 Marcopolo III SE ano 1979 prefixo 501 Marcopolo III SE ano 1981 prefixo 551 Veneza II ano 1982 prefixo 1051 Nielsen ano 1977 prefixo 2051 Comil/Minuano ano 1983 prefixo 3051 Torino ano 1987 prefixo 4051 Comil Svelto ano 1994 prefixo 5051 Nielsen/Diplomata 310 ano 1988 prefixo 6051 Torino Gv Scania ano 1997 prefixo 7051 Torino ano 1992 prefixo 805Van Renault Master ano 2004 prefixo 905Van Sprinter ano 2008 prefixo 1005Ônibus Marcopolo/Paradiso Scania prefixo 1010Marcopolo/Paradiso LD 1450 Scania prefixo 1212Busscar/Double Decker Panoramico MBB prefixo 2525Automovel Honda City executivo utilizado em transfers para Aeroporto

Com quais olhos você vê a Copa do Mundo no Brasil para o mercado de fretamento e turismo? Se realmente as obras ficarem total-mente prontas até a Copa, já será um grande passo, acredito que o segmento Turismo/Fre-tamento será incrementado com este grande Evento, visto que o Brasil possui lugares lindíssimos e a Copa trará muitos turistas, caberá aos nossos Governantes explorarem estes locais e consequentemente o ramo de transporte será beneficiado, pois temos óti-mas empresas e ônibus de última geração.

Recentemente você apresentou a sua mais nova aquisição, um Panorâmico DD com pintura elaborada em parceria com o gaúcho Emerson Dorneles. Como foi o pro-cesso de elaboração do layout? Bom , quando adquiri o DD, primei-ra coisa foi mandar fotos para os amigos, e o Emerson Dorneles é um dos muitos que fiz através do hobby, em certa postagem outro amigo, comentou, Pô Márcio este DD merece uma pintura diferenciada, pronto o Emerson

Page 23: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 23

já escreveu deixa comigo, aí fomos elaboran-do, fizemos umas 4 ou 5 versões, até chegar na definitiva, como a Empresa é pequena tem como fazer lay out diferenciados nos carros, mas o resultado final foi muito bem aceito!

Tendo visão de empresário, como você avalia a atual situação da Busscar? Você crê na recuperação da empresa? Acompanho a teimosia(diria assim porque também temos de respeitar a decisão dos Donos da Empresa)mas tb acabou deix-ando várias famílias em situações delicadas, mas a Empresa tem solução sim,até porque tem um ótimo produto, Carrocerias de ônibus da melhor qualidade que poderiam continu-ar a transportar muitas vidas. Mas para isso acontecer teríamos de trocar o comando da Empresa. Mercado para ela existe, haja visto que sua principal concorrente a Marcopolo estar com muitos pedidos, claro que com o lançamento da geração 7 muitas Empresas estão adquirindo este novo modelo.

Como é o mercado de fretamento no RS?

As maioresnovidadestrazidas peloMárcioEssas duas fotos são as maiores novidades já trazidas pelo empresário Marcio Bruxel ao hobby. Enquanto todos ainda esperavam ehipotetizavam como seria a linha G7 de carros altos, Márcio os pegou na rodovia e fez os registros. Horas depois já estavam no ar, em diversos sites especializados, e foram umas das fotos mais vistas por diversos dias, causando grande repercussão entre os colecionadores e entre a própria cúpula do marketing daMarcopolo. Com certeza foi uma estratégia certeira.

Page 24: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Há muita concorrência ou há espaço para todos? É um mercado em franca expansão, existem grandes pólos indústriais, na Grande Porto Alegre,Serra Gaúcha, aí tb temos o Tur-ismo, muito bem explorado,a Zona Sul, em es-pecial a cidade de Rio Grande, por aqui no Vale do Rio Pardo, onde o forte é o setor fumageiro, muitas fábricas, universidades etc... a concor-rência existe como em todos os setores,mas para os competentes sempre existirá espa-ços, inclusive com Empresas Tradicionais Rodoviárias agora também participando,tanto na área de Turismo como tb no Fretamento Empresarial/Estudantil. Como você descobriu o hobby? Desde pequeno sempre fui observa-dor, anotava e colecionava dados de placas de cidades, (principalmente de caminhões) com o passar do tempo e já trabalhando em ôni-bus comecei a prestar atenção nos detalhes do ônibus, sabia placas, prefixos, empresas (carros novos, vendidos, etc...) fazia fotos do tempo com máquinas de filme,nas viagens que fazia, ônibus, lugares etc...até os dias de hoje onde ando sempre com câmera na mão, hehehe.

Atualmente você é bastante conhecido por sempre trazer as novidades do mer-cado em primeira mão. Lembra qual foi a primeira novidade que você publicou na internet? Bom primeira novidade mesmo foi quando iniciei a postar, e postei no Toffobus um Diplomata 2.60 ex-TTL que eu adquiri em 2003, após iniciei no Flogão com minha galeria de fotos, iniciei em 2006 com meu Paradiso 1010 adquirido em agosto/05. Daí prá frente não parei mais, sempre onde havia algum evento e eu sabia que haveria muitos ônibus eu estava lá.

Qual novidade sua que mais causou frisson até hoje? Sem dúvida ter pego os LD e DD G7 na Br 101 e depois no Hotel em Bal. Camboriu em março deste ano, porque eu ia a Caxias do Sul sempre com a esperança de fotografar(ao redor do pátio) ou eles em um teste nas rodovias, aí quando estava um To-rino meu na reforma, o Marketing da Marco-polo havia alugado um pavilhão do Noronha( onde eu realizo as pinturas dos meus carros)para as fotos do Lançamento e eu ali e não podia chegar perto, aí eu trabalhando em Bal. Camboriu consigo fazer as fotos dos tão espe-rados carros. Foi a novidade do ano, e agora quando da visita na Marcopolo, onde conheci o processo de fabricação e fiz fotos inéditas.

Como foi a transição do portão da rua para

a linha de produção da Marcopolo, já que ainda muita gente chega até às grades mas poucos como você conseguiram en-trar na fábrica? Posso dizer que foi coincidência , sorte, competência e persistência naquilo que faço. Quando menino visitei a antiga Fá-brica da Incasel em Erechim com meu pai (fomos buscar um Continental II do Exp. Al-batroz) agora tem pouco tempo realizei uma visita(sem câmera) na Comil com um amigo, Representante da Comil na época, sabendo e compartilhando comigo meu hobby, me le-vou para conhecer a fábrica, fui super bem atendido, mas sem fotos. Após ter fotografado os G7 em mar-ço, enviei as fotos para um amigo da própria Marcopolo( que estava viajando nos carros para Bal. Camboriu, este por sua vez mostrou ao pessoal do Marketing) No dia seguinte recebi um e-mail com o convite para o Lançamento oficial em Caxias do Sul, onde fui apresentado ao Ger-ente de Estratégia e Marketing como sendo o fotógrafo dos G7 em Bal. Camboriu, co-mentei com ele da dificuldade de fotografar ao redor do pátio (inclusive com situações delicadas que passei) minha dedicação em levar em primeira mão para todo o Brasil car-ros novos, novos lay out,e ele me convidou para fotografar dentro do pátio.Sempre fiz um trabalho amador, mas sério, sem denegrir a imagem de ninguém(Fabricante, Empresas, Funcionários) e isso tb é levado em conta, por fim tb teve o fato de ter adquirido um ônibus (DD ) do Banco Moneo .Mas enfim visitei a Fábrica( e não posso tb cada vez que estou em Caxias do Sul pedir para fotografar no pátio) daí que aguardei até ficar prontos os LD G7 para solicitar a visita. Como não estavam to-talmente prontos fiz um tur pela Fábrica em todos os setores e marquei de voltar, no que fui atendido 2 dias depois. Aliás atendimento super atencioso do pessoal do Marketing, na primeira visita André Oliveira e na segunda Leonardo, ambos comandados pelo Gerente de Estratégia e Marketing Walter Cruz e à eles meus agradecimentos pela oportunidade.

Tanto você quanto o mineiro Eugênio Ilzo causaram grande frisson nos últimos dias trazendo para a internet as grandes novidades esperadas para o ano. Consid-eramos ter sido uma grande prestação de serviço pois acabou em termos com as expectativas de muita gente tentar en-trar em locais proibidos para fazer algum primeiro registro deles. Como você vê essa briga pelo ineditismo, travada por algu-mas pessoas no hobby? Olha, tem uns 20 anos que fotografo e 4 anos que frequento as ruas ao redor da

Marcopolo, com câmeras(antes só via quais empresas compravam ônibus novos) os últi-mos 2 anos frequento mais seguido, em fun-ção dos lançamentos G7, mas em nenhum momento penso em exclusividade(prova disso é que mantenho 2 galerias em sites na internet) e envio fotos para outros sites e amigos que solicitam as mesmas, pode-ria guardar para mim as fotos ,hoje sei que meu nome está relacionado principalmente as novidades da Marcopolo, muitos abrem minhas galerias diariamente curiosos por no-vas e inéditas fotos, mas meu sentimento é de muito orgulho, de fazer aquilo que gosto, aliado ao fato de poder compartilhar com muitos amigos que conquistei mesmo que virtualmente (alguns pessoalmente) e aí cito 2 amigos, um a Família Chulis de Curitiba, a qual já veio em minha casa, e eu também fui muito bem recebido em sua residência em Curitiba, outro o amigo Eugênio Ilzo, que conheci pessoalmente dias atrás na própria Marcopolo, inclusive como o LD G7 da Ouro Branco não estava totalmente pronto (e não íamos fotografar e postar a imagem do carro), ele Eugênio ficou com a responsabili-dade de fotografá-lo no dia seguinte e enviar as fotos para mim, o que fez sem problema nenhum.Claro que fica um gostinho espe-cial em fotografar e postar em primeira mão (também passamos muitas dificuldades para fotografar, as vezes são horas de espera) mas sem competição,porque o que vale é o valor sentimental, não ganho nada com as fotos, senão pelo prazer, e quando passa do prazer para competição, vira profissão, e esta não é a minha, possuo uma pequena Empresa de Transportes, tenho a oportunidade que DEUS me deu de estar em vários locais à trabalho e faço o que mais gosto na vida, mas tb acho complicado certas atitudes de alguns que se acham busologos, também sou totalmente contra a certas discussões em torno de Em-presas (muitas críticas de pessoas que mui-tas vezes passam dos limites do bom senso, quem decide chassi, carroceria, lay out são os proprietários das mesmas e muitas vezes vejo críticas pesadas neste sentido) ofensas sobre empresas mal administradas, coisas que não deveriam acontecer, pois acabam preju-dicando na hora de solicitar uma visita nestas mesmas empresas. Prova disso o Consultor de Marketing da Marcopolo citou, que muitas ve-zes este Busologos escrevem muitas coisas que ofendem e denigrem a imagem da Empresa.

Como você vê o hobby hoje, frente a al-guns anos atrás? Hoje é tudo muito rápido, graças à internet, e também à ela que acredito que au-mentou muito o numero de pessoas ligadas ao hobby, anos atrás eram mais funcionários das próprias empresas, filhos de motoristas,

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS24

E N T R E V I S T A M A R C I O B R U X E L

Page 25: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

hoje o hobby ganhou proporções gigantescas, e poderíamos aproveitar melhor este espaço, ganhando a credibilidade e confiança dos Empresários, a própria Marcopolo já tem um Canal direto para os Admiradores, isso é óti-mo, mas temos de respeitar sempre e criticar somente quando for para melhorar algo, mui-tos criticam pelo simples fato criar tumulto, não concordo com esta maneira(e não estou aqui defendendo A ou B)

Deixe uma mensagem para os hobbystas de todo o Brasil. Gostaria de dizer que é muito legal compartilhar informações, conhecimentos, fotos com pessoas mais velhas, outros mais jovens, acredito que todos poderão sempre ajudar com alguma coisa, sempre temos algo a aprender, que continuem com este hobby sadio (sem competição) que é fotografar ôni-bus, garagens e seus segmentos,vocês não fa-zem idéia como somos admirados (às vezes chamados de loucos) por muitos. Vejo muitos jovens no nosso meio, isso é muito bom, pois não estão ligados em outras coisas, e podem acreditar é muito saudável este nosso vício!!!!

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 25

TRANS EXPRESS • A mais recente aquisição da empresa de Márcio: um Busscar Panorâmico DD que recebeu layout elaborado em conjunto com o gaúcho Emerson Dorneles. Abaixo, uma vista geral da garagem da empresa, com algumas unidades da frota estacionadas.Empresa vai de vento em popa

Page 26: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

O movimento “Volta Busscar” e as duasfórmulas de sites especializados

Há algum tempo tem surgido um movimento em diversos sites especializa-dos em ônibus no Brasil em prol da voltas à ativa da montadora catarinense Busscar. Em crise há mais de um ano, a montadora está produzindo poucas carrocerias e está desca-pitalizada. O movimento chamado de “Volta Busscar” está espalhado por vários locais. A movimentação em torno de um bem comum é extremamente interessante, principalmente pela dedicação de todos, porém o desconhe-cimento da maioria dos principais fatos que norteiam a fabricante de carrocerias. Gostar dos modelos da Busscar, re-alçar suas benesses frente os concorrentes e reviver sua história são exemplos saudáveis de como deveria ser a relação dos coleciona-dores com a montadora, porém infelizmente não é dessa forma que estão ocorrendo certas coisas. A cada novo pedido que sai da Bus-scar, a galera entra em êxtase máximo, como se um gol da seleção brasileira tivesse sido marcado em uma copa do mundo. É aí que voltam as manifestações do movimento “Vol-ta Busscar”. O que esquece-se nesse movi-mento é o drama dos funcionários, há mais de um ano sem receber pagamento, esquece-se as condições em que os funcionários estão acometidos, como jornadas a 40 reais por dia, um monte de especulações que alimentam a expectativa do funcionário, a teimosia do sr. Claudio Nielson, que está prejudicando mui-tas famílias, entre vários outros fatores. Ao criar um movimento para qualquer coisa, primeiramente tem que se ter um objetivo concreto, ver as circunstân-cias, resgatar o histórico, etc. Agora, o que a Bus-scar tem de tão importante para que ganhe um movimento pela sua recuperação? Eu particularmente gosto muito dos produtos dela, tanto o designer quanto o conforto in-terno, equipamentos, iluminação, etc., porém tenho os pés no chão para avaliar as atuais condições da empresa e ver que é um quadro bastante grave. Muitos funcionários já foram para outras empresas do ramo, outros con-tinuam atrelados à empresa aguardando a boa vontade da administração em resolver o pro-blema da descapitalização da empresa, entre outros fatores. O grande golpe da administração da Busscar em seus funcionários foi o paga-mento de mais de 200 mil reais à advogados para recorrerem da decisão que favorecia os próprios funcionarios em relação a pagamen-to de atrasados. Como uma empresa que usa de métodos tão perversos para não pagar sa-lários (ainda mais atrasados) pode ter o apre-

ço de uma sociedade? É o mesmo que você ir na padaria perto de sua casa e comprar um bolo mofado, e mesmo assim você iniciar um movimento para a recuperação dela, ao invés de exigir a troca de seu bolo. As últimas unidades de VB Ele-gance 360 que saíram da fábrica de Joinville vieram com diversos defeitos e algumas até com certos remendos pois a produção já es-tava paralisando por conta da falta de peças. Quase todos os empresários acabaram mig-rando para a Marcopolo e compraram G7. Desde então nem voltaram mais a procurar a encarroçadora e continuaram comprando G7. Como que uma empresa dessas, que está montando ônibus quase que artesanalmente com restos de peças pode ter alguma credibi-lidade no mercado? Dois fatos interessantes com relação a esse assunto aconteceram há algum tempo no site Ônibus Brasil. Um deles foram as fo-tos dos Panorâmico DD da Açaitur. Os carros ficaram espetacularmente lindos, sem dúvida, não tiro nenhum mérito deles, mas será que se fossem um G6 1800DD teria tanta manifesta-ção como esses da Busscar tiveram? Ouve quem teve a ousadia de criticar as outras en-carroçadoras para elevar o nome da monta-dora catarinense, insinuando que a culpa da pré-falência da Busscar é da Marcopolo. Os comentários nas fotos dos carros da Açaitur eram lamentáveis. Os carros levaram muito mais tempo que o normal para ficarem pron-tos e já foram elevados aos céus. Não seria interessante alguém ir perguntar para os mo-toristas desses carros como eles estão, se são bons, etc? Curiosos são os comentários que vêm de milhares de km. de distância, sem nunca ter nem visto o carro ao vivo. Enaltece-se o produto sem saber se o conteúdo é bom. O cúmulo do absurdo foi um comen-tário, bastante infeliz por sinal, onde um co-lecionador sugere à empresária Andrea Luft que compre Panorâmicos DD da Busscar para “ajudar a montadora”, e ainda enviou o link de uma foto do Açaitur. Para acabar, ainda fa-lou que são produtos de qualidade, etc. Nin-guém duvida da qualidade da montadora, e como disse eu gosto muito dos produtos dela, porém empresa de ônibus não pode ficar à mercê das encarroçadoras. Esse recado me deixa indignado até hoje, por conta do nível a que chegou o assunto. Foi um fato lamen-tável. Faço uma sugestão a todos que enfeitam suas galerias ou seus sites com os dizeres “Volta Busscar”: procurem acompa-nhar um pouco mais o desenrolar dos fatos,

tentem se interar mais sobre o assunto antes de emitirem informações errôneas. Nota-se que muita gente fala coisas ao vento sem sa-ber o que realmente está acontecendo, e os demais acabam acreditando e criando uma falsa esperança em torno da montadora. Atu-almente o caso dela é extremamente crítico, não há sinais de venda e a cúpula continua se esquivando de pedidos de explicações. Os salários continuam atrasados e os acordos fi-nanceiros não foram cumpridos. * * *

O site Portal InterBuss voltou a atualizar sua galeria de imagens depois de quase três meses parada. De acordo com o novo cronograma, a mesma deverá ser atu-alizada todos os sábados, no final da noite. O InterBuss preserva e resgata uma forma de postagem de fotos que fez sucesso durante muitos anos, que é a avaliação antes de ir ao ar: primeiro envia-se as imagens e depois de avaliadas e tratadas é que são levadas ao ar. Essa fórmula começou a ser usada no começo da década passada pelo site InternetBus, que começou a receber fotos de diversos outros colecionadores. Até então, não havia um site coletivo com fotos de diversos coleciona-dores. Cada um publicada suas imagens em locais próprios. Essa fórmula perdurou com sucesso até o ano passado, quando o site Ônibus Bra-sil se firmou após mais de um ano no ar e inverteu essa lógica: Lá, você primeiro envia a sua foto, ela vai ao ar para depois eventu-almente ser apagada em caso de inconformi-dade com os termos de uso. Sem dúvida isso elimina várias etapas de trabalho e deixa o site muito mais dinâmico, com atualizações diárias e constantes. Frente a isso, vários co-lecionadores acabaram migrando de site e outros tradicionais deixaram de atualizar suas galerias. A fórmula antiga dá um baita tra-balho para os moderadores, pois há a ne-cessidade de escolha da foto, tratamento, enquadramento, colocação de crédito, inser-ção no ar e ainda por fim preenchimento dos dados dos veículos no próprio site. Na nova fórmula quase todas as etapas são elimina-das, passando essa responsabilidade para o usuário, exceto a da moderação das imagens, que fica por conta dos administradores. As duas fórmulas tem pontos posi-tivos e pontos negativos. O ideal seria que houvesse um ponto em comum entre os dois formatos. Nos sites envia-depois-publica ga-

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS26

Page 27: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

rante-se uma qualidade maior, pois a seleção das fotos é feita antes da inserção nas gale-rias, porém perde em dinamismo pois perde-se muito tempo nos processos de escolha e tratamento das imagens. Se os administrador-es de sites que usam esse formato não tiverem um tempo reservado durante a semana difi-cilmente manterão um ritmo direto, falhando durante algumas semanas ou perdendo uma constante de número de fotos. No formato envia-depois-apaga esse dinamismo é garan-tido, porém a qualidade fica prejudicada. É um formato mais democrático e popular, sem dúvida, porém as ações restritivas não são su-ficientes para garantir um alto nível de quali-dade. Na semana passada estive co-mentando com alguns amigos esse assunto. Até publico aqui algumas fotos enviadas há alguns anos por usuários que hoje são bas-tante conhecidos no hobby pela qualidade de suas fotos. Os amigos que viram as fotos não acreditavam que eram dos seus respec-tivos autores pois a melhora foi gigantesca. Isso deve-se ao fato do antigo e tradicional formato incentivar, de certa forma, a melhora do trabalho dos colecionadores. Durante uma semana as imagens são enviadas e apenas parte delas (uma média de 35% a 40% por atualização) vão ao ar. Caso a foto não fosse ao ar, já era indício de que a qualidade da im-agem era baixa e que seria necessário melho-rar para entrar no seleto grupo das escolhidas. As fotos que estão aqui ilustrando essa minha coluna hoje são uma grande prova disso. A-gora no novo e dinâmico formato essa melho-ra fica bastante prejudicada. O colecionador publica uma foto ruim, a mesma passa batida, permanecendo no ar, e ainda recebe um co-mentário de algum amigo falando que a foto está boa. Isso faz com que a pessoa realmente ache que a foto está de boa qualidade e não procurará melhorar. E quando tem alguma foto do mesmo nível apagada, reclama que a moderação “persegue” algumas pessoas. O sistema de “tickets” ou “denún-cias” é bastante interessante, porém necessita de um dinamismo maior. Às vezes leva-se quase um mês para que uma denúncia seja avaliada. Enquanto isso, a foto continua no ar, enchendo os olhos e o ego do fotógrafo que durante esse tempo poderia procurar melhorar os seus registros. O problema é que no caso do site Ônibus Brasil, o sistema de denúncias acabou se tornando uma ferramen-ta de vingança entre os próprios usuários do site, onde só se denuncia fotos de inimigos e desafetos, deixando passar outras de pior qualidade de amigos, apenas por conivência. Não deveria ser assim. Os usuários deveriam manter a imparcialidade e denunciar as fotos que realmente necessitam serem excluídas. Também é necessário um pouco mais de

critério na seleção dos argumentos para ex-clusão ou não-exclusão de fotos pois há ca-sos em que imagens com a mesma qualidade são excluídas e outras não, usando-se uma mesma justificativa. Um dos mais polêmicos é o “veículo distante”. Há fotos de veículos mais próximos que são apagadas, e outras de veículos mais distantes que recebem um “dento dos padrões”. Isso seria necessário rever e padronizar entre os moderadores, pois a impressão é que cada um toma o rumo que

assim desejar. Os piores formatos são os chamados “fotologs”, pois cada um publica o que quer com a qualidade que quer e fica por isso mes-mo. Como denunciar ao autor uma própria foto dele? O máximo que pode ser feito é você dar algumas dicas de como melhorar, e ainda corre o risco de se passar por chato. Agradar a todos é bastante difícil, pra não dizer, quase impossível, mas é pos-sível melhorar.

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 27

OUTROS MOMENTOS • Alguns colecionadores são conhecidos pela alta qualidade de suas fotos mas nem sempre foi assim. A primeira foto é de Matheus Novacki, enviada para publicação no Portal InterBuss quando começou no hobby. A segunda foi uma das primeiras enviadas por Diogo Amorim, também ao Portal InterBuss.

Page 28: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

Rio de Janeiro – Parte 2 Voltemos a falar do Rio de Janeiro nesta coluna para a Revista Interbuss. No sábado e no domingo passado estive na capital fluminense, indo no convencional da 1001 e voltando no convencional da Expres-so Brasileiro. Ao chegar lá, encontrei uma cidade muito diferente. Logo que saí da Rodoviária fui ao Terminal Pe. Henrique Otte ver a situação das linhas municipais. Além de encontrar to-dos os carros “iguais” (pintura padronizada), ainda dei de cara com as linhas 190 (antiga 2011), 302 (antiga 233 Recreio), 333 (antiga 233 Barra), 133 (antiga 406), entre outras. Até identificar quais eram essas linhas... Resolvi pegar a (antiga) 266 até o Largo da Taquara e tomei um susto quando vi o 353 (antigo 266) chegar. Após passar pela Vila Isabel, Méier e Praça Seca, cheguei na Taquara e come-cei a ver as linhas de lá. As da Santa Maria pouco mudaram. Tentei ir para Bangu e me assustei ao ver 803 (antiga 756), 800 (antiga 794B) e uma outra que nem me recordo. Tive que perguntar ao motorista da Bangu qual era aquela linha antigamente para não errar. Em Bangu (e Campo Grande) a mudança está um pouco menor: há menos carros com a pintura padronizada e poucas linhas mudaram de número. Resolvi ir para a Barra da Tijuca passando pelo Recreio e pela Serra da Grota Funda, onde me deparei com 896 (antiga 882 Pingo d’Água), 2338 (antiga 1134 Mato Alto), 2334 e 2335 (antigas 1134 e 1135), 2381 (antiga 381, transformada em linha seletiva). Fora a linha que eu andei, que era a nova 883 (antiga 855 Cachamorra). Na Barra da Tijuca desci no Ter-minal Alvorada e fui dar uma olhada em como estão as coisas. Só consegui achar o ponto-final do 308 (antigo 175) porque não mudaram os PF’s das linhas no Terminal. Vi outras “novas” linhas, como a 692/693 (antigas 690 e 691 LA), as 817/880 (antigas 702), 555 (antiga 750 Rio das Pedras), 354 (antiga 750 Pça. 15), entre outras. Tenho que elogiar, no entanto, a reforma do Terminal. Peguei o 308 (antigo 175) até a Central e pelo menos vinte pessoas davam sinal para o ônibus e perguntavam “que linha é essa?”. A mesma coisa vi ocorrendo com os usuários da 700 (antiga 701 Downtown) e das 808/832 (antigas 706 e 708). Pelo me-nos uma coisa positiva: o corredor de Co-pacabana, onde passam mais de 90 linhas de ônibus, está bem organizado agora. Dá para atravessar a Avenida N.S. de Copaca-bana em 15 minutos (antes isso era feito em 1h; a avenida tem 3300m). No bairro mui-

tas variantes foram criadas até a entrada de Copacabana: todas elas ganharam números próprios também. Também me deparei com linhas estranhas no trajeto, como 439 (antiga 438 Rebouças), 465 (antiga 755), 162 (antiga 572), entre outras. A Zona Sul ganhou várias linhas parciais também, como as 120 (parcial da 121), 421 (parcial da 433), 467 (parcial da 464), entre outros. Pelo menos por enquanto todos os carros mostram na vista a expressão “antiga xxx”, a exceção da 360 (antiga S-20).Também fiquei no Centro do Rio olhando as linhas durante algum tempo. Pelo que pude ver, a empresa mais adiantada na pin-tura padronizada é a Ideal: só vi um carro com a cor antiga. As linhas dessa empresa e da Paranapuan também mudaram: suas vari-antes via Linha Vermelha ganharam números próprios. O mais curioso é: algumas variantes ganharam números próprios, mas outras não. Um exemplo: a 690 LA, variante da 690, que ganhou o número 692. Já as variantes “Via Marina” das linhas 779 e 917 não ganharam números próprios, mas ostentam SV779 e SV917. Uma confusão só. Muitas variantes ganharam letras curiosas como SPA, SPB, SV, SE, SR, SP e SN.

Ainda mais estranho: algumas linhas originais também tiveram seus números al-terados, não entendi por qual motivo ainda. Já citei a 308 (antiga 175) e a 333 (antiga 233). E todas as linhas que ligam Jacarepaguá ao Centro também mudaram de número, como a 371 (antiga 284), a 346 (antiga 267), a 390 (antiga 269), entre outros. Em alguns casos é até justificável, como no caso da 332 (antiga 2113), que é urbana, portanto deve ter 3 dígi-tos, e não quatro. As linhas “S”, “M”, “E” e “C” mudaram de número também: agora tem 366 (antiga S-14), 2303 (antiga S-15), 010 (an-tiga C-10), 325 (antiga M93), entre outras. As linhas integradas ao Metrô, que recebiam letras “A” por serem parciais de linhas ofici-ais, também ganharam números próprios. Algumas linhas foram criadas tam-bém, principalmente na Zona Sul: há quatro novas linhas entre a Gávea e o Recreio (501, 502, 504 e 505), Na próxima coluna vou tratar de falar do Bilhete Único e das restrições nele aplicadas, como a limitação de duas inte-grações por dia e o fato de não permitir a integração com linhas municipais dotadas de veículos com ar-condicionado.

COLUNISTAS William [email protected]

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS28

MUDANÇA • Carro da linha 308, que era 175. Mudança ainda tem confundido a cabeça dos moradores do Rio de Janeiro. Em alguns momentos os usuários não reconhecem o novo prefixo da linha e acabam deixando o veículo passar

Gustavo de A

lbuquerque Bayde

Page 29: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 29

Circuito Turístico As cidades de São Paulo e Rio de Ja-neiro já anunciaram a criação de linhas turísti-cas. Essas linhas percorrerão os principais pontos turísticos das cidades. Um modelo de passeio turístico que, certamente, servirá de modelo para estes é o que é realizado em Curi-tiba. O passeio de Curitiba é feito em um Busscar Urbanuss Pluss, encarroçado sobre chassi Mercedes Benz O500U. O ônibus pos-sui dois andares, sendo o superior sem teto. Na parte inferior, além do motorista, fica um cob-rador. O passeio custa R$ 25,00 e dá direito a um embarque e quatro reembarques. Ou seja, se um turista quiser visitar um dos locais do circuito, poderá voltar tomando outro ônibus turístico. Nesse segundo ônibus turístico, ele apresenta um dos tickets e poderá seguir via-gem sem nenhum custo adicional. E, além desse, poderá fazer isso outras três vezes. Jun-to com os tickets, o passageiro recebe também um livreto-guia, com descrições dos locais por onde o ônibus passará, em inglês, espanhol e português, mais uma tabela com o primeiro e último horários do ônibus turístico em cada um dos pontos. O tempo total da viagem é de, aprox-imadamente, duas horas e meia. Ele passa por 24 locais em um total de 46km de viagem. O intervalo entre os ônibus Turísticos é de 30min. Nos pontos de parada, exclusivos dos ônibus turísticos, há uma tabela com todos os horários em que a linha passa naquele ponto. Eu o peguei em frente à Rodoferroviária, onde passou, pontualmente, às 10h13 da manhã. O ônibus – Os bancos dos passage-iros são do tipo Urban-90, parecidos com o pa-drão dos bancos dos ônibus urbanos da cidade. Possuem cinto de segurança e, durante a via-gem, uma gravação conta o histórico do local visitado. Além desse histórico, são forncecidas orientações aos usuários, como, por exemplo, não ficar em pé quando do ônibus em movi-mento. Durante a viagem, enquanto o não são veiculados os históricos, os auto-falantes to-cam músicas ambiente. Na parte de baixo, o motorista possui um monitor de TV, por onde observa a movi-mentação dos passageiros no piso superior. Ele só deixa os pontos de parada quando os passageiros que vão para a parte de cima es-tão todos sentados. Vale a pena observar que é obrigatório o uso do cinto. No entanto, vi pou-cas pessoas usando-o durante as viagens. Sem falar nas trocas de banco que alguns realizam durante a viagem. O veículo chama muito a atenção por onde passa. Além do próprio pas-seio, ele acaba se tornando também parte do evento. A viagem - Na viagem, desci no

Parque Tanguá, décimo sétimo ponto do traje-to, se iniciado a partir da Praça Tirandentes, o ponto inicial da linha. O parque é muito bo-nito e vale a visita. A entrada dele é a foto da primeira página do livreto-guia da viagem. Esse parque antigamente era uma Pedreira. O espaço foi todo revitalizado e transforma-do em um belíssimo parque. Nesse parque, há também um túnel, que fica aos pés da queda d’agua. Ele foi escavado na rocha e une os dois lagos do parque. Por dentro dele, em suas paredes, pode-se ver as “marcas” deixadas por visitantes. Em sua maioria, são

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

citações amorosas. Quem já andou nessa linha turísti-ca curitibana, viu que não é tão difícil para o poder público implantar uma iniciativa como essa. Basta apenas um pouco de se-riedade e organização. Passeios como esse é uma excelente forma de marketing. É uma maneira de convidar o turista que muitas vezes não consegue visitar todos os locais da viagem, a retornar e trazer mais divisas à cidade. E, além disso, é proporcionar ao próprio munícipe acesso as principais pon-tos de sua própria cidade.

CURITIBA • Busscar Urbanuss Pluss do circuito turístico e a entrada do Parque Tanguá

Page 30: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

CLAUDIO PAZComil Svelto MBB OF-1722 • Senhor do Bonfim

A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS30

VICTOR HUGO GUEDES PEREIRAMarcopolo Paradiso G7 1200 Volvo B12R • Cantelle

FRANCISCO IVANOMarcopolo Paradiso GV 1150 MBB O-400RSD • Real Expresso

GUSTAVO CÉSAR DE ÁVILA E SILVAMarcopolo Paradiso G6 1200 MBB O-500RSD • Presidente

CESAR ÔNIBUSMarcopolo Paradiso G6 1200 Scania K420 • São Geraldo

OSMAR CORDEIROBusscar Jum Buss 380 Volvo B10M • Garcia

Page 31: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 31

Ônibus Arte • onibusarte.com

MARCEL PRADONielson Diplomata Volvo B58 • Catarinense

LEANDRO MELOBusscar Jum Buss 360 MBB O-400RSD • Dois Irmãos / Trans Brasil

FRANCIEL SOUZAIrizar PB Scania k380 • Transbrasiliana

ALEX MILJCOVICIrizar PB Scania K340 • Expresso Nordeste

Portal InterBuss • www.portalinterbuss.com.br

FRANCISCO IVANOCaio Apache Vip MBB OF-1418 • Luwasa

FELIPE PESSOA DE ALBUQUERQUEBusscar Jum Buss 360 Volvo B10M • Camurujipe

Fotolog Ônibus • fotolog.terra.com.br/onibus

Page 32: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS32

Todos os anos em São Paulo ocorre o Salão do Turismo, evento voltado para o turismo nacional, repleto de atra-ções tais como: Apresentações artísticas de várias regiões do país, amostra de artesana-tos, culinária e muito mais. O evento é um sucesso, nos 5 dias de duração a lotação é grande. Os Stands são divididos por regiões, por exemplo: Centro-Oeste, Norte, Nordeste... e dentro dos stands estão repre-sentados cada estado, nos stands as atrações são variadas, com jogos, distribuição de brindes, folhetos explicativos, degustação de produtos da culinária local e sorteio de prêmios, tudo relacionado ao turismo e a região a qual se situa. Outra parte interessante do evento, é o corredor de artesanatos, onde cada es-tado possui seu stand próprio para demon-stração e venda do artesanato típico de sua região, pode se-comprar peças diretamente do estado de origem, sem precisar se deslo-car até lá, e com preços muito bons. No Mercado de Agricultura Fa-miliar, os próprios produtores expõem seus produtos e também vendem a preços muito bons, e em todos os stands do mercado a de-gustação de produtos é livre. O Espaço Brasil é um restaurante dentro do salão, com comidas típicas de to-dos os estados do país com preço único. Quem também marca a presen-ça todos os anos e nesse não foi diferente são as Empresas Aéreas, com promoções

válidas para os dias do evento, passagens com descontos, sorteio de passagens e dis-tribuição de brindes. Além das empresas aéreas as empresas de turismo também mar-cam presença, com venda de pacotes ex-clusivos para o evento, venda de pacotes a preços promocionais e sorteios de pacotes, você pode estar no evento, participar das brincadeiras e ser sorteado com um pacote para aquele lugar que você sempre sonhou em conhecer, ou ganhar passagens áreas de graça para qualquer lugar do país. O Salão do Turismo na minha opinião, é o melhor evento do calendário paulistano, para pessoas que gostam de co-nhecer outras culturas, ver como os modos de vida são diferentes em cada canto do país, experimentar as peculiaridades e o que cada estado tem de bom, conhecer o folclore e a cultura de regiões diferentes de nosso país, tudo isso sem sair de São Paulo. Logo na entrada do evento, ao rece-ber a sua credencial, você recebe também um livrinho com toda a programação do evento, data e hora das apresentações artísticas. As apresentações artísticas são variadas, e não atuam em um palco específico, vão andando por todo o salão, e você pode acompanhá-las simplesmente as seguindo pelo salão. A cada ano que passa o Salão do Turismo vai ficando melhor, a cada ano com novas atrações e novas opções de diversão, é um evento que todos deveriam conhecer e ver como nosso país tem muita coisa boa, muito o que se conhecer, desbravar, visitar e experimentar, e o evento também é uma oportunidade de ver que tudo isso está mais fácil e perto de nós do que imaginamos.

D I Á R I O D E B O R D O

Um pouco de cada estado dentro de SP

Salão do Turismo 2011

Feira promovida todos os anos pelo Ministério do Turismo ajuda a escolher os próximosdestinos dos viajantes de plantão• Tiago de [email protected]

Page 33: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

REVISTAINTERBUSS • 17/07/11 33

DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTAS

MOMENTOS • Nas fotos acima algumas imagens do 6º Salão do Turismo, que termina hoje no Anhembi, em São Paulo. O movimento foi intenso em todos os dias do evento. Para quem ainda quiser ir, é só fazer sua credencial na hora e conhecer asriquezas que o Brasil oferece a todos os turistas.Na foto ao lado, imagem do Salão doTurismo do ano passado, também com grande movimento de visitantes em busca de promoções, solução de dúvidas para onde ir e dicas importantes de viagem dentro do país.

Tiago de Grande

Page 34: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

17/07/11 • REVISTAINTERBUSS34

Estudo deve durar 40 dias. De acordo com especialistas, os táxis diminuem a velocidade operacionaldos ônibus e a segurança dos corredores por causa do entra e sai no espaço

Táxis podem deixar de circularem corredor de ônibus

A velocidade média dos corredores de ônibus em São Paulo já não é uma das melhores para um espaço preferencial. Ela varia entre 20 km/h e 25 km/h, mas em al-guns pontos, não ultrapassa a 8 km/h. Os motivos são vários: programa-ção dos horários das diferentes linhas que saem quase todas na mesma hora, falta de melhor estrutura nos corredores, que sequer possuem pontos de ultrapassagem em alguns gargalos, o que ocasiona filas enormes nos pontos mais movimentados e congestion-amento de ônibus. Qualquer interferência externa ou a mais diminui ainda mais esta velocidade dos corredores e pode aumentar os riscos opera-

cionais. Uma das grandes discussões é a permissão da circulação de táxis com pas-sageiros nos espaços para ônibus. Os táxis são veículos a mais que disputam e ocupam o espaço dos ônibus, diminuindo a velocidade dos coletivos, já que são em grande quantidade, e podem co-locar em risco as operações nos corredores, porque os táxis não ficam esperando os ôni-bus saírem dos pontos e saem para as vias normais, fechando os outros carros de pas-seio e desrespeitando os pedestres. Este en-tra e sai de táxis coloca em risco a segurança dos locais. Por conta disso, foi publicada nesta

quarta-feira, dia 06 de julho, no Diário Ofi-cial do Município a criação de um grupo de estudos que terá 40 dias para fazer um levan-tamento que deve decidir a retirada dos táxis nos corredores de ônibus. O prazo do final dos estudos foi feito para coincidir com o fim da validade da portaria que autoriza o deslocamento dos táxis nos corredores, que é dia 30 de setem-bro. Por várias vezes foram renovadas as autorizações pata táxis andarem nas vias de ônibus. Pedestres, motoristas e passageiros de ônibus veem como positiva a retirada dos táxis da via que deve ser só do transporte de capacidade maior.

NOSSO TRANSPORTE Adamo [email protected]

ESTUDOS • Táxi no Corredor da Vereador José Diniz. A velocidade dos ônibus nos corredores e faixas exclusivas em São Paulo é muito baixa. São vários os motivos apontados pelos especialistas. Mau planejamento das partidas, como diversas linhas saindo juntas no mesmoterminal, falta de estrutura como ausência de pontos de ultrapassagem e divisão melhor do intervalo das frotas são alguns dos motivos. Fatores externos, como veículos a mais no corredor, a exemplo dos táxis contribuem ainda mais para os atrasos e redução na velocidade dos ônibus. Além disso, a segurança é prejudicada pelo fato de os táxis não aguardarem os ônibus enquanto estão nos pontos e ficarem num zigue-zague entrando e saindo dos corredores, fechando os carros nas vias convencionais e os ônibus nos corredores. Grupo de estudos tem até 40 dias para terminar análise, prazo que coincide com o fim da portaria que autoriza a circulação dos táxis no espaço exclusivo dos ônibus

Page 35: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

ESTE ESPAÇO ESTÁRESERVADO PARA VOCÊ E PARA O SEU PRODUTO! ANUNCIE NA REVISTAINTERBUSS E ENTRE NA CASA DE MILHARES DEPESSOAS DIARIAMENTE!

ENVIE SEU E-MAIL [email protected] SAIBA COMO ANUNCIAR!É RETORNO GARANTIDO!

INTERBUSSREVISTA

1 ano informando com qualidadeINTERBUSS

Page 36: Revista InterBuss - Edição 53 - 17/07/2011

CONTEÚDO DE QUALIDADE COM RESPONSABILIDADE

A REVISTA INTERBUSS QUER LHE OUVIR! ENVIE UM E-MAIL [email protected] DÊ SUA OPINIÃO SOBRENOSSAS MATÉRIAS,COLUNISTAS, REPORTAGENS. FAÇA SUGESTÕES E CRÍTICAS. SUA PARTICIPAÇÃO NO NOSSO DIA-A-DIA É MUITO IMPORTANTE PARA NÓS! PARTICIPE CONOSCO E FAÇA UMA REVISTA CADA VEZ MELHOR! AFINAL, ELA É FEITA PARA VOCÊ!

INTERBUSSREVISTA

1 ano informando com qualidadeINTERBUSS