revista ajorpeme ed. 45

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A relação entre bancos e Micro e Pequenas Empresas p.08 Empreendedorismo, gestão e negócios para as micro e pequenas empresas www.ajorpeme.com.br edição 45 | ano 8 | Abril 2012 AJORPEME - Rua Urussanga n 292 - Bucarein - CEP 89202-400 - Joinville -SC - Juntos somos mais fortes! E MAIS: Os desafios para integrar e reter profissionais da geração Y. p16 Empreendedorismo, gestão e negócios para as micro e pequenas empresas www.ajorpeme.com.br edição 45 | ano 8 | Abril 2012 AJORPEME - Rua Urussanga n 292 - Bucarein - CEP 89202-400 - Joinville -SC - Juntos somos mais fortes! E MAIS: Os desafios para integrar e reter profissionais da geração Y. p16 Dicas para empresários das MPEs inovarem p.12 É hora de INOVAR O certo e o errado sobre Inovação

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Revista Ajorpeme

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Page 1: Revista Ajorpeme Ed. 45

A relação entre bancos e Micro e Pequenas Empresasp.08

Empreendedorismo, gestão e negócios para as micro e pequenas empresas

www.ajorpeme.com.br edição 45 | ano 8 | Abril 2012A

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E MAIS: Os desafios para integrar e reter profissionais da geração Y. p16

Empreendedorismo, gestão e negócios para as micro e pequenas empresas

www.ajorpeme.com.br edição 45 | ano 8 | Abril 2012A

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E MAIS: Os desafios para integrar e reter profissionais da geração Y. p16

Dicas para empresáriosdas MPEs inovaremp.12

É hora de

INOVAR O certo e o erradosobre Inovação

Page 2: Revista Ajorpeme Ed. 45

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Por que sou associado?Do sonho a

Realidade

Práticas saudáveis

para o dia a dia

A relação entre MPEs e

Bancos

Integrar e reterprofissionais da geração Y

Sustentabilidadee Inovação 21

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Sustentabilidade

Comportamento

Capa

Bancos

Saúde

Conheça as indicações da Biblioteca Ajorpeme

Associado A inovação

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Índ

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Page 3: Revista Ajorpeme Ed. 45

REVISTA AJORPEME - Informativo da Ajorpeme veiculado bimestralmente Associação de Joinville e Região da Pequena, Micro e Média Empresa. Rua Urussanga, 292, Bucarein, 89202-400, Joinville/SC Fone: (47) 2101-4100 - Site: www.ajorpeme.com.br E-mail: [email protected] Jornalista Responsável: Juliana Batista (SC 2375 JP), Conselho Editorial: Daniel Henrique Moreira, Ademir Stepanavicius, Fábio Santana Corrêa, Cristiano Escobar Maia, Vinicius Rockenbach. Textos: Juliana Batista e Cristiano Escobar Maia.

geração de riquezas. Aqui, precisamos fazer outra grande reflexão: qual

a situação atual de incentivo das MPEs para a ino-vação? Na Ajorpeme monitoramos o ambiente de negócios e temos fortes parâmetros para entender quais as medidas necessárias para melhorar a situ-ação das MPEs.

Mas ainda temos muito a fazer. É fundamental uma atitude mais efetiva dos governos para incenti-var os investimentos em inovação. São necessários estímulos para que as MPEs continuem aplicando recursos em inovação.

Isso pode ser feito de diversas formas. Na Ajorpeme defendemos o uso de incentivos para apli-car em pesquisas para inovação, usando instituições públicas como parceiros. Esse movimento é neces-sário para que preparemos nossa base de MPEs em alavancas para o desenvolvimento do País.

Em Joinville criamos o Conselho Municipal de Ciên-cia, Tecnologia e Inovação. A Ajorpeme, como insti-tuição fomentadora do desenvolvimento regional, é conselheira deste fórum que deve ser utilizado por todos para propor novas ações para o crescimento de nossa cidade.

Gean Marcos Dombroski CorrêaPresidente da Ajorpeme

ESSENCIALA inovação

O assunto merece debate, em es-pecial agora, que Joinville sediará, de 11 a 13 de junho, a XII Confe-rência Anpei, com o tema “Inovar Agora: Competição e Sobrevivên-

cia Local”. A Conferência tem apoio da Ajorpeme e Joinville é a cidade certa para receber o evento. Fomos o berço das inovações tecnógicas de Santa Catarina e hoje continuamos a apresentar projetos que fazem a diferença para o Brasil.

É comum pensarmos que apenas as grandes cor-porações inovam. É um grande erro. Até por tradição histórica, a inovação sempre nasceu nas MPEs.

Isso ocorre porque os pequenos precisam estar sempre se renovando para manterem-se compe-titivos no mercado. É desta forma que conseguem gerar diferenciais e dar o passo seguinte na disputa por mercado e na sustentabilidade e perenidade dos negócios.

Empresas inovadoras na área de tecnologia ofe-recem outro diferencial para a sociedade. Poluem menos que indústrias tradicionais e geram empregos para mão de obra especializada, que eleva a renda de todos, pois dota a cidade de um ciclo virtuoso de

Inovação combina com renovação e reestruturação. São dois critérios que estão perfeitamente ligados ao empreendedorismo e as micro, pequenas e médias empresas.

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Ed

itoria

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Projeto Gráfico LUCKcomm (47) 3029-4010Diagramação: Renã Santos Fotos: Fotolia, Juliana Batista e Arquivos Ajorpeme. Impressão: Gráfica Nacional (Joinville/SC). Tiragem: 4.000 exemplares. As matérias da Revista Ajorpeme podem ser reproduzidas à vontade, desde que citada a fonte e o autor. Os textos assinados não são de responsabilidade da Ajorpeme. A AJORPEME É CERTIFICADA COMO ENTIDADE DE UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL

Expediente

Baixe o leitor de Qr-Code em seu celular e fotografe o código

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REALIDADEdo sonho a

Assim ele começa a contar a história da Acquaplant. A grande vontade de ser empreende-dor e constituir um negócio, fez com que Luiz Car-los Boebel realizasse seus sonhos. Desde os seus 14 anos, quando ingressou no mercado de trabalho, o Líder Educador e Diretor da Acquaplant Química do Brasil, já sabia o que queria: ser empresário!

Mas não um empresário comum. Ele queria mais! Desde o início sabia como seria. Seu sonho era ter uma empresa diferente. “Não queria as pes-soas dentro da minha empresa reclamando”, con-ta. “Meu objetivo era ter perto de mim pessoas sa-tisfeitas, colaboradores e clientes.”

E tudo começou quando decidiu, ao passar pela fábrica da Buccher e Lepper, conhecendo os labo-ratórios e a química, fazer a faculdade de Engenha-ria Química na cidade Curitiba - PR. Nesse período como estudante, já tinha determinado que um dia deteria seu próprio laboratório. E assim se fez! Em 1989, Boebel com toda a coragem fundou sua em-presa. “Nos fundos da garagem comecei a misturar os produtos pensando no tratamento da água. O laboratório funcionava no banheiro de serviço do

A história de um empresário que transformou seu sonho em sua vida

“O surgimento da empresa está muito antes do seu nascimento.”

“Se seus colaboradores não sonharem

junto com você, o seu

sonho jamais será realidade”

Líder educador e diretor da Acquaplant Química do Brasil, Luiz Carlos Boebel

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o?

apartamento em que morava”, explica com orgulho. Depois de um ano, com a demanda crescen-

do, a empresa contratou seu primeiro funcioná-rio. O empreendedor conta que Jurandir está na Acquaplant até hoje. Desafio esse, de manter as pessoas na empresa motivadas, comum e difícil de resolver na opinião de muitos empresários. Luiz Boebel analisa que durante sua trajetória aprendeu que foi preciso motivar as pessoas a sonhar o seu sonho. “Se seus colaboradores não sonharem jun-to com você, o seu sonho jamais será realidade”, afirma.

A Acquaplant tem atualmente 35 colaboradores e está em constante aperfeiçoamento. No início prestava apenas serviços na área de tratamentos de águas industriais para poucos clientes. Os anos seguintes foram para consolidar os primeiros pro-dutos para tratamento de águas industriais. Hoje, seus clientes se espalham pelos três estados do sul utilizando seus produtos e uma assistência téc-nica personalizada. O próximo passo foi desenvol-ver um laboratório de análises de águas com uma grande equipe tecnologicamente apta a prestar um serviço ao meio ambiente e recentemente desen-volveu o mercado para o tratamento de águas, tan-to para consumo como efluentes provenientes de indústrias.

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Luiz Carlos Boebel é associado da Ajorpeme desde 1991 e foi presidente na gestão de 1997. “Depois que partici-pei da JCI - Câmara Junior Internacional,

fiz amizades com outros jovens empresários e, juntos percebemos uma grande oportunidade na Ajorpeme”, conta. A intenção era aprender e poder colocar ações novas em prática dentro da empresa. Para ele, estar dentro da Ajorpeme foi uma grande vantagem e diferencial para sua vida empreende-dora. Conseguiu na associação resolver problemas

Mesmo tudo indo bem, Luiz Boebel sentiu que ainda podia fazer algo a mais para completar seu sonho. Foi então que decidiu inovar. Há aproximadamente

dois anos veio a grande inovação quando todos na empresa começaram a questionar-se se estavam re-almente com o modelo ideal de negócio e se conse-guiriam atender a causa maior.

Ele buscou ajuda de um processo de aprendizado sistêmico que provoca uma transformação na forma de pensar a gestão de negócios, o exercício da lide-rança, a atuação no mercado e a obtenção de resul-tados. Dessa maneira, conseguiu mudar conceitos e desenvolver equipes comprometidas. E principal-mente, todos aprenderam que é preciso estar alinha-dos internamente e com o cliente, para que este sinta-se satisfeito e realizado.

“A grande sacada foi não tratar o negócio como uma empresa atendendo outra empresa. Nossos clientes hoje são pessoas. São pessoas atendendo pessoas”, enfatiza Boebel. Assim foi refeito todo o

Acquaplant e Ajorpeme

Foi preciso Inovar

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e encontrar soluções com a ajuda de outros empre-sários que sozinho não conseguia.

“Ser um associado da Ajorpeme me fez aprender muito! Com outros empresários fiz ações corajosas e com isso perdi o medo de inovar na minha em-presa. Aprendi que para crescer como empresário é preciso estar perto de outros empresários e isso encontrei na entidade.” Boebel aconselha também os empresários da micro e pequenas empresas a buscarem conhecimento, envolver-se com outros empresários e confiar nas pessoas.

Planejamento Estratégico com um olhar diferente de todos da empresa. Todos colaboradores participaram juntos na definição do negócio, foco, valores e diferen-ciais. O empresário explica que isso tudo foi um grande desafio, mas que hoje as pessoas dentro da empresa relacionam-se com muita conversa e transparência. “A cada dia é preciso atender nosso cliente com mais ex-celência. Isso é o que me dá motivação. Sei que é difícil, mas busco esse resultado todos os dias”.

Atualmente Luiz Boebel sente que chegou ao resul-tado que tanto sonhava: uma empresa diferente. Para isso, ele afirma que é preciso sempre o empresário va-lorizar pessoas. “Fácil é demitir alguém. O grande desa-fio está em desenvolver as competências das pesso-as em prol do seu negócio”, enfatiza o empreendedor.

Agora estão organizados por processos onde cada processo conhece seu cliente e está constante-mente na busca de mais conhecimento e aprendiza-do com ele. Não trabalham num organograma e não discutem preços, pois focam em entregar diferenciais aos clientes.

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que você, para pedir algumas dicas sobre como ele mudou os hábitos dele. Compartilhar seus objetivos com quem tem experiência no assunto pode ajudar a atingi-los.

Incorporar comportamentos

saudáveis na rotina diáriapode ser decisivo para a conquista de qualidade de vida e bem-estar

• Aprender com as recaídas. Talvez você não consiga na primeira tentativa, mas isso não significa que deve desistir;

• Procurar um caminho que seja prazeroso. Sofrer durante a mudança pode levar à frustração e espantar o sucesso;

• Ser realista ao traçar metas. Inventar metas radicais ou inalcançáveis no momento em que você está, geralmente, resulta em decepção e fracasso.

Por Taise de Queiroz Bertoldi

Matéria Publicada pelo Portal Unimed

Dica

consiga na primeira tentativa, mas isso não significa que deve desistir;

P ode ser difícil, mas mudar certos há-bitos que não são assim, digamos, motivos de orgulho é capaz de fazer uma enorme diferença para adquirir bem-estar. Começar a montar re-

feições balanceadas, deixar o elevador de lado e usar a escada e não levar trabalho para casa são exemplos do que é possível mudar e nos fa-zer sentir melhor pelo simples fato de conseguir vencer esses desafios – e, claro, pelos benefícios

Que tal aproveitar que aquela prima super saudável vai passar as férias na sua casa para incorporar à sua dieta alguns alimentos que ela costuma colocar no prato? Ou procure o tio es-portista, ex-obeso, que agora tem mais pique do

que proporcionam para a saúde física e mental.Manter hábitos que já fazem parte da rotina

é cômodo e prático, mas vale a pena identificar aqueles que nos prejudicam de alguma forma e estabelecer um plano de ação para mudá-los. É provável que a mudança não ocorra de um dia para o outro e que demande um tempo maior do que você imagina para realmente fazer parte da rotina, mas é necessário estar determinado e per-sistir. Lembre-se de:

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Saú

de

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///Acesso ao sistema financeiro ainda é difícil para as MPEs

Opções como cooperativas de crédito são alternativas para empresários conseguirem capital de giro e recursos para investir no negócio

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Unidade do Sicredi Empresarial

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Rel

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s///Relacionamento

///Capital de Giro

No meio de um dramalhão. É mais ou menos assim que muitos empresá-rios de Micro e Pequenas Empresas se sentem ao buscar o sistema finan-ceiro. As situações podem ser diver-

sas, como excesso de burocracia, prazos fora da realidade ou juros abusivos.

Uma alternativa, cada vez mais procurada pelos empresários de MPEs é o sistema cooperativista.

Para Nilton Weber, gerente regional de Desenvolvimento do Sicredi, outra van-tagem é o relacionamento. A cada grupo de 450 associados existem dois coor-denadores voluntários. “Eles conversam

com os associados e buscam descobrir as necessi-dades e sugestões para melhorar a cooperativa, que é de todos”, detalha.

Com o Sicredi crescendo 25% ao ano, Weber lem-bra que os cooperados têm todos os benefícios do sistema financeiro tradicional. “Aliados ao relaciona-mento e nosso trabalho de consultoria”, comenta. É que no caso do Sicredi Empresarial, os projetos e de-mandas dos associados são analisados e debatidos com especialistas.

“Com isso conseguimos oferecer as melhores op-ções de crédito para aumentar a competitividade da empresa”, diz. Ele recorda que diversas MPEs não tem fortes processos de administração ou controle de finanças. “Por isso é fundamental entender a ne-

Em Joinville, por exemplo, existem diversas opções. Entre elas, o Sicredi Empresarial, especializado em atender MPEs.

As estatísticas apontam que usar cooperativa de crédito é mais barato. Os financiamentos têm cus-tos médios 20% menores e as tarifas 60%. Atual-mente, o Sicredi tem 12 mil associados, crescimen-to que ganhou fôlego nos últimos anos. Em 2006, por exemplo, eram 1364 associados.

Outro problema das MPEs é a ne-cessidade de capital de giro. Waldir Dagostin, da Dagostin Assessoria Empresarial, lembra que qualquer instituição financeira vive de metas

tanto de faturamento ou resultado. Por isso, ele opina que um assunto que deveria

fazer parte constante de reuniões de todos os só-

cios, é quantificar qual a necessidade de capital de giro necessária e que a disponibilidade existente, muitas vezes é o mínimo necessário para o dia a dia da empresa.

O problema, explica Dagostin, é que a maioria das MPEs buscam capital de giro sem ou com pou-cas garantias reais. Isto, detalha, deixa o custo do capital extremamente elevado.

cessidade do empresário quando ele vem até a coo-perativa”, comenta.

Atualmente, uma das áreas que mais cresce no Sicredi Empresarial é o crédito produtivo para inves-timentos e para capital de giro. “São recursos que garantem o crescimento e a sustentabilidade das empresas em nossa região”, avalia.

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Revista Ajorpeme - Quais são as principais dificul-dades das MPEs ao tentar utilizar o sistema financeiro para operações de crédito, financiamento, etc?

Waldir Dagostin - Posso afirmar que em muitos ca-sos as principais dificuldades são ocasionadas pelo próprio empresário, que não dispõem de informações cadastrais necessárias para avaliação de crédito. En-tende-se como informações cadastrais aquelas com relação ao seu faturamento, sua carteira de clientes, e principalmente seu histórico comercial. A instituição financeira como toda e qualquer empresa precisa analisar e validar determinado limite, pois geralmente o próprio empresário não sabe qual sua geração de caixa, e conseqüentemente qual sua possibilidade de endividamento de curto e médio prazo.

Revista Ajorpeme - Os bancos já estão preparados

para atender as MPEs?Dagostin - A burocracia ainda é extremamente

elevada, e que o prazo entre a solicitação de crédito e aprovação é incompatível com a necessidade, prin-

cipalmente em determinadas operações. Cito como exemplo real uma solicitação para aquisição de imóvel comercial usado que efetuamos em outubro e o ban-co aprovou apenas em março.

Revista Ajorpeme - Que tipo de desvantagens com-

petitivas as MPEs que recorrerem ao sistema financeiro enfrentam em relação a médias e grandes empresas?

Dagostin - Não diria desvantagem, porém na maio-ria dos casos, as empresas de pequeno e médio porte, buscam capital de giro que é o custo mais caro que existe, enquanto as de maior porte se beneficiam mais de linhas especiais, com taxas e prazos diferenciados e geralmente para investimentos. Cabe destacar que a grande maioria das MPEs buscam capital de giro, sem ou com muito pouco de garantias reais, o que torna o custo extremamente elevado. Temos um caso atu-al, onde a busca constante do capital de giro sem ga-rantias e com renovação constante do principal mais juros, apresenta um custo de 14% em relação ao fatu-ramento.

///Especialista aponta excesso de burocracia e prazos longos como barreiras ao crédito para as MPEs

Waldir Dagostin

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Um dos pesadelos para todo empresário de micro, pequenas e médias empresas é ter capital de giro para continuar as operações. Uma das opções é realizar operações financeiras de crédito para

complementar o caixa. É aqui que, às vezes, a situação começa a sair do controle porque, além de conseguir o crédito, o gestor precisa optar pela melhor alternativa de custo e benefício - analisando taxas de juros, tari-fas, prazos, etc.

A Littera lançou um Decisor Financeiro que ajuda os gestores na hora de escolher e estruturar a melhor linha de capital de giro. O que a empresa de Joinville faz é oferecer uma solução baseada na web e aces-sível via navegador. O sistema é alimentado com in-formações como necessidade de caixa, instituições financeiras que opera, limite de crédito disponível da empresa, carteira de duplicadas, etc.

O Decisor Financeiro analisa estas informações como quais duplicatas a serem utilizadas, cuidado com a concentração de valores e vencimentos e sa-cados, equilíbrio do curto e médio prazo, entre outros, simula os diversos cenários, as alternativas e apresen-ta a melhor relação custo-benefício.

Com isso, garantem os criadores da solução - Edson Rovina e Carlos Smaka, é possível economizar em até 50% do valor de juros às instituições financei-ras. Rovina e Smaka são matemáticos e professores

universitários e trabalharam por quatro anos para de-senvolver o algoritmo base do sistema do Decisor Fi-nanceiro.

“Existem muitas variáveis que, frequentemente, não são analisadas pelos gestores financeiros até por ser algo inviável de ser feito sem o apoio de uma ferra-menta, sem contar o curto prazo em que as decisões tem que ser tomadas. O que conseguimos fazer é em poucos minutos projetar o resultado de todos os cenários e variáveis envolvidas para sugerir o melhor cenário. A diferença entre a pior e a melhor opção pode chegar a mais 70%”, indica Wilham Krause, diretor exe-cutivo da empresa.

“Conseguimos atender qualquer porte de empresa e em qualquer lugar do Brasil, por estarmos na web e a nossa capacidade de processamento ser elástica pois estamos baseados nos servidores da Amazon”, comenta. O Littera pode ser integrado a sistemas de ERP tradicionais.

Outra vantagem é que a empresa paga apenas a taxa de operação mensal e uma taxa de sucesso so-bre a economia gerada. “O sistema apresenta as op-ções ao gestor e se ele concordar e confirmar a empre-sa pagará com parte do ganho”, salienta.

A Littera está sediada em Joinville e atende clientes de todo o País. A Ajorpeme está finalizando parceria com a Littera que deve ser apresentada aos associa-dos ainda neste primeiro semestre.

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///Solução da Littera calcula melhor custo benefício em operações de crédito com duplicatas

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Cap

a

É fácil começar?

Que o mercado está cada vez mais competitivo, não é novidade para ninguém. Mas o que está sendo feito em meio a tantas mudanças? Como as micro e pequenas empresas estão sobrevivendo? Não basta ajoelhar e rezar...é preciso Inovar!

da sobrevivem sem inovar. Mas até quando conse-guirão seguir assim? A dificuldade para sobreviver em meio a tanta competição e onda de inovação é imensa. A cada dia, a cada hora surgem no mercado mais produtos fabricados em outros países. Produ-tos simples, como utensílios de cozinha, roupas do dia a dia, material escolar e material de construção, que são fabricados em outros países e que estão ganhando mercado no Brasil em detrimento dos produtos fabricados aqui. E como um país com tan-tas micro e pequenas empresas está respondendo a isso? Não tem mais jeito! Inovar é preciso!

Com a ajuda de alguns profissionais e entidades, a Revista Ajorpeme trouxe alguns mitos e verdades sobre a Inovação para ajudar os empreendedores.

Muito conceito se dá para o termo Inovação. “A inovação é o elemento chave para gerar dinheiro novo para as empresas”, “Inovar é fazer algo de modo diferente do que era fei-

to antes”. Tudo na teoria parece simples, mas e na prática? A vontade de inovar não falta, o que falta é saber por onde começar. Segundo os autores do li-vro Innovatrix, Clemente da Nobrega e Adriano Lima, inovar não é uma dádiva exclusiva dos gênios ou de pessoas iluminadas. Qualquer pessoa com vonta-de pode inovar. Se você tem uma ideia e essa ideia pode resolver um ou vários problemas, então você já está inovando.

A maioria das micro e pequenas empresas ain-

QR-Code é um código de barras em 2D que pode ser lido por smartphones. Sua grande vantagem é a capacidade de armazenar um grande volume de informação e texto interativo. Seu uso mais comum é para direcionamento de sites ou vídeos na internet.

“Inovar é fazer algo de modo

diferente do que era feito

antes”

O QUE É O QR-CODE?

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13

Ino

vaçã

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Inovar é complicado?

É fácil começar?

A expressiva disputa no mercado deve servir de estímulo à criação de novi-dades. Cabe ao empresário aproveitar as oportunidades e fazer com que a inovação faça parte da cultura de

todos dentro da empresa. É preciso perceber que atualmente a redução de preço, por si só, não é mais suficiente para tornar a empresa competitiva. O segredo é agregar valor aos processos, produtos e relacionamentos de forma inovadora.

O empresário, sócio fundador da agência de ideias Foltigo e da Symntics, Daniel Egger, conta que nos últimos anos discutiu “o que é essa inova-ção” com quase mil pessoas e chegou à conclusão que a definição depende mesmo da realidade da pessoa. “O mais próximo que conseguimos foi que a inovação é “a criação de algo”. Este algo pode ser tangível ou intangível e o valor pode ser monetário ou não, pode ser contextualizado ou criado. O ele-mento mais importante na perspectiva de inovação é o fato que o valor gerado é original. Originalidade neste sentido significa reforçar elementos próprios criando algo novo para este contexto”.

A realidade é que muitas empresas de pequeno

porte já inovam, mas não têm consciência disso. Para inovar não é preciso fazer grandes revoluções ou ter produtos novos disponíveis todos os dias. Nem mesmo as grandes empresas conseguem isso. Inovar pode significar pequenas melhorias que apresentem produtos ou processos mais prá-ticos ou mais atraentes. O ponto importante então, para poder iniciar é ter a consciência de que não é o tamanho da empresa que define se ela consegue inovar, mas sim, de que forma faz.

Anderson Penha, outro sócio fundador da Foltigo, acredita na capacitação de inovação das pequenas empresas, pois são mais dinâmicas e se adaptam para sobreviver. “Observamos que em muitas em-presas pequenas existe uma vantagem que falta a muitas grandes: ausência de um ambiente polí-tico complexo e cheio de regras internas. Durante alguns de nossos trabalhos com grandes e médias empresas, ideias boas foram criadas e morreram devido ao mau funcionamento deste sistema. Re-presentando não somente uma perda de potencial e recursos, mas também levando a desmotivação das pessoas envolvidas nos projetos”, conta.

J á que inovar é um elemento essencial para a sobrevivência das empresas, nos resta acei-tar a velocidade do mercado e arregaçar as mangas. Porém, a questão que surge é: “E agora, por onde eu começo?”.

A primeira atitude é tentar criar dentro da empresa um ambiente propício à inovação. Deixar os precon-ceitos de lado e aceitar mudanças e novas ideias. Aquelas ideias que saem “do quadrado”, as quais eram consideradas “loucas”, devem ser agora vis-tas de maneira diferente. Afinal, de nada adianta o dono estar preocupado em inovar se todos os fun-cionários vivem em um espaço que não incentive tais práticas. Alguns pontos são fundamentais para começar e o principal deles deve ser o incentivo as novas ideias de todos dentro do local de trabalho. Outro detalhe importante é conseguir diminuir ao máximo as hierarquias e as barreiras de comuni-cação entre os departamentos e evitar o excesso

de políticas e regulamentos, pois isso freia a inovação.

“Na Foltigo temos o cos-tume de sair do escritório e trabalhar em lugar que nos inspire ler livros e revistas que não fazem parte do nosso dia a dia e conversar livremente com pessoas de outros contextos e idades. Esse foi o jeito que encontramos para nossa empresa gerar ideias mais originais e diferen-tes”, conta Daniel Egger.

Anderson Penha e Daniel Egger na Foldigo,

Agência de Ideias

Page 14: Revista Ajorpeme Ed. 45

14

Cap

a

Custa caro Inovar?

É importante ter apoio?

C usta caro inovar”. Esta é frase mais co-mentada a respeito da Inovação. Mas se a inovação é aplicação e geração de valor com base em ideias diferen-tes, inovar pode ser tão simples e tão

barato como modificar a maneira como se faz o atendimento por telefone, obtendo com esta ideia ganhos de produtividade, fidelização de clientes etc.

Para Sandra Aparecida Furlan, Vice-Reitora da Univille e responsável pelo projeto de implantação do Inovaparq (Parque de Inovação Tecnológica de Joinville e Região), existem inovações que podem ser feitas com pouco investimento. “Pode-se ino-var em processos de gestão organizacional, por exemplo, o que requer muitas vezes pouquíssimos recursos financeiros e que pode resultar em ganhos consideráveis para a empresa. Já no caso da inova-ção tecnológica, vai depender do tipo de processo ou do tipo de inovação. Muitas vezes uma inovação incremental de um processo pode ter baixo inves-timento e ser suficiente para se atingir o resultado almejado, não sendo necessário desenvolver uma inovação radical, que necessitaria maior investi-mento”, explica Sandra.

N ão é possível inovar sozinho ou entre quatro paredes, mas sim com a cola-boração de profissionais de diferen-tes áreas. Quando uma empresa está começando, é importante ter apoio

sim! Por meio desta troca de conhecimento com

Guilherme Lima, Vice-Presidente da ANPEI – As-sociação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras, diz que “depende do estágio em que a empresa está e do estágio que ela pretende ou precisa chegar. O mais importante, porém, é considerar inovação efetivamente um in-vestimento. É utilizar certa quantia de dinheiro para melhorar o desempenho e a competitividade da empresa.”

“O maior investimento que existe é a abertura individual para começar se questionar, ou o que chamamos de Custo Psicológico. O fato de a ino-vação ser cercada de quebras de paradigmas faz com que as pessoas tenham que experimentar novas perspectivas que afetaram a vida delas para sempre. Para as empresas, por outro lado, o maior investimento é dedicar qualquer montante a algo que estará repleto de incertezas. Não existe cer-tezas na inovação e não tem um caminho seguro com garantias de sucesso. Isso faz com que não haja uma relação direta entre investimento mone-tário alto ou baixo a bons resultados em inovação. Fazendo com que até a máxima financeira, maior risco, maior retorno, seja obviamente questionada”, explica Anderson Penha.

atores de distintos ramos, torna-se viável a inova-ção no seu setor de uma maneira que você não imaginaria sozinho.

Procure apoio em empresas do setor privado, principalmente para obtenção de novas tecnolo-gias e processos, no setor público, nas instituições

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científicas e tecnológicas, centros de inovação pri-vados que contribuem com pesquisas e também com o conhecimento de especialistas e consulto-res.

Para Joinville e região foi criado o Parque de Ino-vação Tecnológica, o Inovaparq, que é uma inicia-tiva das Universidades Univille, UDESC, UFSC e a Católica de Santa Catarina. É um anseio do Parque desenvolver pesquisa aplicada, mas, para isso, pre-cisa conhecer a demanda das empresas. Juntas e alinhadas num objetivo comum, universidade e empresa podem elaborar projetos para captação de recursos junto a órgãos de fomento, além de utilizar os incentivos da Lei do Bem e da Lei de Inovação, que poderão viabilizar um projeto inovador.

Além das parcerias científicas e tecnológicas, há ainda a possibilidade das empresas de base tecno-lógica instalar-se no Inovaparq, desde que estejam inseridas nas Plataformas tecnológicas do Parque: Biotecnologia, Design, Meio Ambiente, Materiais, Metal-mecânico, Químico-farmacêutico e Tecno-logia da Informação e Comunicação. Existem três possibilidades para instalação de empresas no Ino-vaparq: incubadas, empresas nascentes de poten-cial inovador; instaladas em edificações do próprio Parque; instaladas em prédios próprios.

Sandra A. Furlan, responsável pelo projeto, ex-plica que para as empresas nascentes (incubadas) existe todo um programa de apoio e acompanha-mento das atividades por parte da equipe gestora do Parque, sem custos adicionais. “O objetivo é assegurar que estas empresas possam sobreviver ao período crítico inicial e se desenvolver. Com as empresas instaladas trabalha-se com contratos es-pecíficos, que são firmados para cada demanda ou projeto a ser desenvolvido em parceria”, enfatiza.

Já a ANPEI - Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras dispo-nibiliza um ambiente privilegiado para networking, já que reúne gestores de pesquisa, desenvolvimento e inovação com diferentes experiências em empre-sas de diversos setores e portes. Por meio de cur-sos e workshops, as empresas recebem informa-ções sobre as melhores práticas para a inovação. Para as micro e pequenas empresas a ANPEI tem uma parceria com o Sebrae Nacional, para a exe-cução de programas que mostram diretamente ao empreendedor o quê e como ele deve fazer para que sua empresa seja inovadora. Enfim, a Anpei re-aliza uma diversidade de ações conjuntas para tor-nar as empresas mais competitivas.

Entre os dias 11 e 13 de junho será realizada em Joinville a XII Conferência ANPEI. “A realização do evento na cidade tem a intenção de estimular ain-da mais o potencial inovador da região, que já se

mostrou, um grande pólo de desenvolvimento dos setores de tecnologia da informação e metal-me-cânico”, afirma o Vice-Presidente da Associação, Guilherme Lima.

Os especialistas e sócios da Foltigo, Anderson Pena e Daniel Egger dão sugestões para quem precisa de incentivos. Uma delas é o uso do cro-wdfunding, que se baseia na captação de recur-sos através da doação de pessoas interessadas em financiar sua nova ideia (para saber mais ver o site: www.kickstarter.com). Outra dica é ficar aten-to aos incentivos do governo. Já existem algumas leis federais e estaduais, como a Lei do Bem, que estimula a inovação em empresas através da isen-ção fiscal e outros incentivos através de linhas de financiamento, como os da FINEP – Financiadora de estudos e projetos (www.finep.gov.br). Por fim, caminhos não faltam, basta começar a inovar!

Kickstarter

Finep

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Integrar e reter profissionais da geração Y são desafios para os empresários das MPEs

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Os jovens que entram na empresa têm grande vontade de aprender e se profissionalizar

Os jovens que estão começando no mercado são muito diferentes dos profissionais dos anos 90 ou 80

P or suas características, as Micro e Peque-nas Empresas são a porta para milhares de jovens entrarem no mercado de traba-lho todos os anos. Sempre foi assim. A necessidade de mão de obra e a proximi-

dade com a comunidade faz das micro e peque-nas empresas grandes empregadores de jovens, a maior parte deles, sem qualquer experiência profis-sional.

A situação se repete hoje, mas com um ingre-diente a mais. As MPEs estão assistindo, na primei-ra fila, a entrada da geração Y e seu relacionamen-to com profissionais de outras gerações, como os da X.

É o que acontece na WebTech Tecnologia da

Informação, de Joinville. “Notamos que os jovens que entram na empresa têm grande vontade de aprender e se profissionalizar”, comenta Victor Ko-chella, sócio da empresa.

Para o professor Paulo Campos, da Sustentare Escola de Negócios, de Joinville, está, aí, uma boa dica para os empreendedores desenvolverem o capital humano de suas empresas.

“As empresas que focam no desenvolvimento constante da sua equipe têm a melhor solução a longo prazo do negócio. Colocar os líderes em sala de aula para ensinar aos mais jovens. Que seja um dia na semana por trimestre! Mas a pergunta que deve ser feita é: o que eu aprendo aqui?”, explica Paulo Campos.

Thiago F. da Rosa eCezar Kellermann

Thiago Fernandes da Rosa tem 19 anos e há um ano trabalha na área de supor-te de uma empresa de tecnologia em Joinville. Ainda cursando a faculdade de Tecnologia e Sistemas para Internet,

ele conta que adora desafios e quer crescer com a empresa.

Quando precisa citar os motivos para continu-ar onde está, a primeira escolha é: aprendizado. “Acho muito importante a educação continuada e estar sempre aprendendo coisas novas com os colegas”, avalia.

Já Cezar Kellermann de Carvalho, de 18 anos, ain-da nem pensou em qual curso superior gostaria de ingressar. “Só sei que quero na área de tecnologia

porque gosto muito”, comenta. “E o que busco é uma empresa que proporcione aprendizado conti-nuado para que eu possa aprender sempre”.

Atualmente trabalhando no setor de atendimen-to de uma MPE de Joinville, Cezar diz que o mais importante é encontrar uma boa equipe para come-çar bem no mercado. “Nunca havia trabalhado an-tes, estou aqui há três meses, então é fundamental trocar conhecimentos com quem já tem experiên-cia”, diz.

Para Cezar, começar em uma MPE proporciona inúmeras vantagens. “Dá mais oportunidades para crescer com a empresa e você tem contato direto com os sócios e gerentes para trocar ideias”, ex-plica.

O principal problema é conseguir foco da geração Y. Mas isto não é tarefa impossível. Importante é entender que cada geração tem característi-cas diferentes e os gestores preci-

sam saber aproveitar as qualidades de cada uma, além de fazerem-nas trabalhar juntas em sintonia e harmonia.

“Os jovens que estão começando no mercado atualmente são muito diferentes de profissionais dos anos 90 ou 80. São curiosos, altamente mo-

tivados a aprender e estão ansiosos por conseguir experiência no mercado de trabalho”, indica Victor Kochella.

Para ele, a boa notícia é que sempre existem muitos profissionais promissores, verdadeiros “te-souros”, chegando ao mercado. “Eles são profis-sionais diferenciados. Já nasceram na era digital”, afirma. O desafio, continua o empresário, é saber reconhecer esses talentos, oferecer aprendizado contínuo e desafios profissionais para mantê-los na empresa.

Para crescer junto

Descobrindo tesouros

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Para Paulo Campos, da Sustentare, a entra-da de muitos jovens sem experiência nas MPEs pode provocar uma maior depen-dência de orientação num curto espaço de tempo com maior tolerância ao erro. “Mas

claro, sempre errando diferente, apreendendo com os erros”, afirma.

Para o especialista, a melhor dica aos empreendedo-res de MPEs ao contratar um profissional da geração Y é ser franco. “Seja objetivo, deixe claro o que pode

Para o consultor Sidnei Oliveira, especialista na Geração Y, cresceu de forma diferencia-da. “São jovens completamente conecta-dos, que possuem uma grande intimidade com as novas tecnologias de comunicação

- internet, celulares e redes sociais”, diz.“Eles valorizam muito os relacionamentos e buscam

participar de experiências inovadoras. Gostam de desa-fios onde possam usar todo seu potencial e que propor-cionem feedbacks rápidos. São mais pragmáticos, con-tudo perdem o foco com facilidade”, continua.

Nas MPEs, explica Victor Kochella, é mais fácil de eles se adaptarem porque a estrutura permite maior comunicação entre os profissionais e os sócios. “Tam-bém é possível acompanhar de forma mais individuali-zada e próxima o desenvolvimento de cada um”, avalia.

aprender de prático trabalhando com você”, comenta.Victor Kochella diz que é fundamental estar sempre

pronto para ouvir. “Eles são de outra geração, estão acostumados a opinar e perguntar diretamente, usan-do redes sociais, por exemplo, por isso, gostam de vir conversar com os gerentes, diretores, gostam de res-postas”, comenta.

Cezar, que adora redes sociais, explica que isto tem a ver com a forma como a geração Y interage. “Eu estou praticamente 24 horas por dia conectado”, exemplifica.

É isso que afirma também Sidnei Oliveira. “Os novos comportamentos e expectativas dos jovens profissio-nais estão pressionando as empresas a adotarem mu-danças significativas nas relações com seus emprega-dos. O modelo atual surgiu há mais de 50 anos e não reflete mais a atualidade”, comenta.

O especialista enxerga muitas vantagens para as empresas terem seus quadros cada vez mais rechados com profissionais Y. “Entre as principais contribuições que esses jovens podem oferecer às empresas em que trabalham certamente está a ousadia para “quebrar pa-radigmas” e promover inovações que possam diferen-ciar a empresa no mercado hiper-competitivo. Eviden-temente a empresa precisa criar um ambiente propício para isso”, afirma.

Orientação

Novo Momento

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São jovens completamente conectados, que possuem uma grande intimidade com as novas

tecnologias de comunicação, internet, celulares e redes sociais

Paulo Campos

Entre as principais contribuições

que esses jovens podem oferecer às empresas em que

trabalham certamente está a ousadia

para “quebrar paradigmas”

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res mostram sua capacidade de empreender e ino-var. Hoje as empresas estão em busca da inovação por questão de sobrevivência e também por ques-tões de imagem.

O desafio das equipes em novos projetos é o de buscar novos caminhos que assegurem ao consu-midor a iniciativa de um consumo mais consciente através da fabricação de produtos inovadores com tecnologias mais limpas garantindo a sua qualidade.

Não basta estamparmos nos materiais de comu-nicação de nossas empresas que somos inovado-res e sustentáveis. Temos que introduzir na nossa cultura os conceitos de Inovação e Sustentabilidade para que perpetuem em gerações futuras, derruban-do fronteiras e conquistando o definitivo respeito ao planeta. Só assim seremos realmente Sustentáveis e Inovadores.

Roni Goulart Nunes. Diretor Administrativo do Instituto Ajorpeme. Sócio da empresa Engebate Estaqueamentos.

InovaçãoSustentabilidade e

D ois conceitos diferentes, mas um úni-co propósito: a evolução e perpetua-ção da espécie humana no planeta. A tão sonhada sustentabilidade do planeta ainda caminha rumo à quase

perfeição. É graças à parceria natural entre sustenta-bilidade e inovação, que a humanidade vê uma luz no fundo do túnel, procurando melhor aproveitar os seus recursos, evitando desperdícios e trapalhadas que possam comprometer gerações futuras.

Os efeitos da má utilização dos recursos naturais estimulam organizações e profissionais a pensa-rem no impacto de suas atividades. E aos poucos, a administração ambiental é integrada na rotina de trabalho.

O maior desafio é frear o crescimento em prol do meio ambiente. É nessas horas que os administrado-

INOVAÇÃO é fazer mais com menos recursos, permitindo ganhos de eficiência, quer produtivos, quer administrativos ou financeiros.

SUSTENTABILIDADE é todo e tudo aquilo que atende as necessidades do presente, sem comprometer as gerações futuras, se preocupando com aspectos sociais, ambientais e econômicos.

BOAS IDEIAS

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Escrito por Fernando Dolabela, o livro é voltado para qualquer pessoa que queira investir em novos rumos na carreira e para os professores que desejam au-xiliar os alunos a expandir seus horizontes, O� cina do Empre-endedor explica, passo a passo, todas as etapas do processo de criação de uma empresa, desde a concepção até a sua realização.

Existem diversas maneiras de mudar para melhor. Esta parábola, apresentada em Peixe Vivo! mostra como fazer com que as mudanças se sustentem permanen-temente. Implementar mudança em uma organização é coisa fácil quando comparada ao verdadeiro desa� o que é fazer com que ela persista. Os autores do fenô-meno Peixe! e Mais Peixe!, best sellers de livro e vídeo que venderam mais de dois milhões de cópias no mun-do todo, voltam agora com uma parábola do mundo dos negócios, absolutamente nova e única, que mostra como qualquer pessoa pode conseguir implementar e sustentar efetivamente a mudança.

Pegadas traz um enredo envolvente que fará você re� etir sobre sua maneira de encarar os con� itos pro� ssionais e as adversidades da vida. Jonas é um empresário insatisfeito com o desequilíbrio existente entre negócios, trabalho e vida. Já Hilário é um executivo em processo de ascensão pro� ssional. Os dois, que se conhe-ceram na faculdade, seguiram rumos diferentes ao lidar com os negócios. Agora estão diante do desa� o de fazer a travessia para descobrir o sig-ni� cado da vida no trabalho.

No que diz respeito à inovação, Steve Jobs, presidente da Apple, é lendário. O slogan de sua empresa, “Pense dife-rente”, é mais do que uma ferramenta de marketing. É um estilo de vida, uma abordagem poderosa, positiva e transformadora que pode ser aplicada por todas as pessoas em qualquer área de atuação. Neste livro, Carmine Gallo sistematiza a abordagem de inovação contínua da Apple, com os sete princí-pios orientadores de Steve Jobs.

O Instituto Ajorpeme – Ética e Desenvolvimento Social trabalha a educação para a sustentabilidade através de projetos como Junior Achievement, Viva Infância e Programa Repensar.

Capacita os empresários, seus colaboradores e a comunidade em geral, disponibiliza conheci-mento e habilidades através de parcerias estratégicas, promove a oferta de treinamentos se-manais diferenciados, com pro-gramas de capacitação, treina-mentos in-company e palestras, para � ns da melhoria e aumento da competitividade da atividade empreendedora.

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Representamos e defendemos osinteresses das Micros, Pequenas e Médias empresas perante o poder público. E estamos sempre em busca do fortalecimento desse mercado. Para isso temos Participação no Fórum Permanente da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte.

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Noite de Negócios Proporciona aos participantes a divulgação da marca, possibilitando a interação com outros asso-ciados e geração de negócios.

Café & Negócios Em formato de rodada de negócios, proporcio-na aos empresários, apresentações individuais e segmentadas da sua empresa, gerando negócios diretamente.

Ações Avançadas Levam conhecimento e informações por meio de palestras gratuitas, realizadas nos diversos bairros de Joinville, oportunizando ainda a exposição de produto ou serviços nas mini feiras.Integração de novos associados Visa integrar os novos associados à Ajorpeme, es-clarecer dúvidas e criar um ambiente de geração de negócios aos empresários.

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