resumo de direito tributÁrio

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RESUMO DE DIREITO TRIBUTÁRIO I - GENERALIDADES E PRINCÍPIOS 1) Conceito de Direito Tributário: é o ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposições tributárias de qualquer espécie; é a disciplina jurídica dos tributos. 2) Atividade financeira do Estado: é o conjunto de atos que o Estado pratica na obtenção, na gestão e na aplicação dos recursos financeiros de que necessita para atingir seus fins. Ativadade administrativa: arbitrária: é aquela em cujo o desempenho a autoridade não sofre qualquer limite, sua liberdade é absoluta; discricionária: é aquela em cujo o desempenho a autoridade administrativa dispõe de liberdade para decidir sobre a conveniência e a oportunidade de agir e sobre como agir; vinculada: é aquela em cujo o desempenho a autoridade não goza de liberdade para apreciar a conveniência nem a oportunidade de agir. 3) Fisco: é a denominação dada ao Estado enquanto desenvolve atividade de tributação. 4) Natureza jurídica do Direito Tributário: é obrigacional; é a relação jurídica entre um sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsável), envolvendo uma prestação (tributo). 5) Diferença de Direito Tributário e Direito Financeiro: o primeiro regula a atividade financeira do Estado, no que pertine à tributação; o segundo regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere à tributação. 6) Objeto do Direito Tributário: regular as relações fisco-contribuinte; regular o poder de tributar do Estado. 7) Tributo: é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (CTN, art. 3º). 8) Imposto: é tributo de caráter genérico que independe de qualquer atividade ou serviço do poder público em relação ao contribuinte (CTN, art. 16). 9) Taxa: é um tributo relacionado com o exercício regular do poder de polícia, ou, com a prestação de algum serviço público para um beneficiário identificado ou identificável (art. 77 do CTN). 10) Contribuição de melhoria: é um tributo cuja obrigação tem como fato gerador a valorização de imóveis decorrente de obra pública. 11) Contribuições especiais: são aquelas que a União Federal institui com fundamento nos arts. 149 a 195 da Constituição Federal; dividem-se em 2 espécies: as contribuições sociais e as contribuições de seguridade social. 12) Empréstimo compulsório: é um imposto qualificado pela promessa de restituição; teria natureza do contrato, embora ditado ou coativo. 13) Princípios constitucionais tributários (arts. 145 a 164 da CF): 1) da legalidade: garante que nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a não ser através de lei; 2) da anterioridade: nenhum tributo será cobrado em cada exercício financeiro, sem que a lei que o instituiu ou aumentou tenha sido publicada; a CF veda expressamente a

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Resumo de Direito Tributário

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RESUMO DE DIREITO TRIBUTRIOI - GENERALIDADES E PRINCPIOS1) Conceito de Direito Tributrio: o ramo do direito que se ocupa das relaes entre o fisco e as pessoas sujeitas a imposies tributrias de qualquer espcie; a disciplina jurdica dos tributos.2) Atividade financeira do Estado: o conjunto de atos que o Estado pratica na obteno, na gesto e na aplicao dos recursos financeiros de que necessita para atingir seus fins.Ativadade administrativa:arbitrria: aquela em cujo o desempenho a autoridade no sofre qualquer limite, sua liberdade absoluta;discricionria: aquela em cujo o desempenho a autoridade administrativa dispe de liberdade para decidir sobre a convenincia e a oportunidade de agir e sobre como agir;vinculada: aquela em cujo o desempenho a autoridade no goza de liberdade para apreciar a convenincia nem a oportunidade de agir.3) Fisco: a denominao dada ao Estado enquanto desenvolve atividade de tributao.4) Natureza jurdica do Direito Tributrio: obrigacional; a relao jurdica entre um sujeito ativo (fisco) e um sujeito passivo (contribuinte ou responsvel), envolvendo uma prestao (tributo).5) Diferena de Direito Tributrio e Direito Financeiro:o primeiro regula a atividade financeira do Estado, no que pertine tributao; o segundo regula toda a atividade financeira do Estado, menos a que se refere tributao.6) Objeto do Direito Tributrio:regular as relaes fisco-contribuinte; regular o poder de tributar do Estado.7) Tributo: toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela possa se exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (CTN, art. 3).8) Imposto: tributo de carter genrico que independe de qualquer atividade ou servio do poder pblico em relao ao contribuinte (CTN, art. 16).9) Taxa: um tributo relacionado com o exerccio regular do poder de polcia, ou, com a prestao de algum servio pblico para um beneficirio identificado ou identificvel (art. 77 do CTN).10) Contribuio de melhoria: um tributo cuja obrigao tem como fato gerador a valorizao de imveis decorrente de obra pblica.11) Contribuies especiais:so aquelas que a Unio Federal institui com fundamento nos arts. 149 a 195 da Constituio Federal; dividem-se em 2 espcies: as contribuies sociais e as contribuies de seguridade social.12) Emprstimo compulsrio: um imposto qualificado pela promessa de restituio; teria natureza do contrato, embora ditado ou coativo.13) Princpios constitucionais tributrios (arts. 145 a 164 da CF):1) da legalidade:garante que nenhum tributo ser institudo, nem aumentado, a no ser atravs de lei;2) da anterioridade:nenhum tributo ser cobrado em cada exerccio financeiro, sem que a lei que o instituiu ou aumentou tenha sido publicada; a CF veda expressamente a cobrana do tributo no mesmo exerccio financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150, III, b);3) da isonomia:a lei, em princpio no deve dar tratamento desigual a contribuintes que se encontrem em situao equivalente;4) da irretroatividade:a lei tributria s vale em relao a fatos geradores ocorridos depois do incio da vigncia da lei que os houver institudo ou aumentado;5) da capacidade contributiva:o tributo deve ser cobrado de acordo com as possibilidades de cada um, tratar os desiguais de modo desigual;6) da vedao do confisco:o tributo deve ser razovel, no podendo ser to oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco;7) da liberdade de trfego:no pode a lei tributria limitar o trfego interestadual ou intermunicipal de pessoas e bens, salvo o pedgio de via conservada pelo Poder Pblico;8) da uniformidade geogrfica:o tributo da Unio deve ser igual em todo territrio nacional, sem distino entre os Estados.Funo dos Tributos:Fiscal, quando seu principal objetivo a arrecadao de recursos financeiros para o Estado;Extrafiscal, quando seu objetivo principal a interferncia do domnio econmico, buscando um efeito diverso da simples arrecadao de recursos financeiros;Parafiscal, quando seu objetivo a arrecadao de recursos para o custeio de atividades que, em princpio, no integram funes prprias do Estado, mas este as desenvolve atravs de entidades especficas.II - COMPETNCIA TRIBUTRIA1) Conceito: a repartio do poder de tributar, constitucionalmenta atribudo aos diversos entes pblicos, de modo que cada um tenha o poder de instituir e arrecadar os tributos de sua exclusiva responsabilidade; envolve o poder de fiscalizar e cobrar tributos, e o de legislar a respeito, no tem competncia o ente pblico desprovido de poder de legislar.2) Poder de tributar: a atribuio legalmente conferida ao Estado, em carter de exclusividade, para criar, aumentar, diminuir ou extinguir tributos, de forma a arrecadar recursos para a consecuo de suas finalidades.* Uma vez que a competncia tributria indelegvel (art. 7 do CTN), apenas determinadas funes so transferveis, como as de arrecadao ou de fiscalizao, que passam de um rgo pblico para outro.3) Atributos da competncia tributria:so a exclusividade (ou competncia legislativa plena), a indelegabilidade e a intransferibilidade de competncia pelo no exerccio.4) Competncia legislativa plena:consiste no poder exclusivo da pessoa jurdica de direito pblico conforme indicada pela CF, de criar e arrecadar tributos, de acordo com o que dispe o CTN, art. 6.5) Indelegabilidade:consiste na vedao a que seja transferida a competncia para instituir e exigir tributos, de um ente pblico indicado pela CF para faz-lo, para outro ente tributante, conforme dispe o CTN, art. 7, que consagra o princpio da indelegabilidade da competncia tributria.6) Intransferibilidade de competncia pelo no exerccio:consiste na vedao transferncia, de um ente tributante a outro, de competncia para instituir e exigir tributos, no caso do primeiro no exercer seu poder de criar ou exigir tributos de sua prpria competncia, conforme dispe o CTN, art. 8.III - LEGISLAO TRIBUTRIA1) Lei em sentido formal: o ato jurdico produzido pelo Poder competente para o exerccio da funo legislativa, nos termos estabelecidos pela Constiuio;em sentido materiallei o ato jurdico normativo, uma prescrio jurdica hipottica, que no se reporta a um fato individualizado no tempo e no espao, mas a um modelo, a um tipo; uma norma.Lei em sentido amplo, qualquer ato jurdico que se compreenda no conceito de lei em sentido formal ou em sentido material;em sentido estritos lei aquela que o seja tanto em sentido material como em sentido formal.2) Legislao:como utilizada no CTN, significa lei em sentido amplo, abrangendo, alm das leis em sentido estrito, os tratados e as convenes internacionais, os decretos e as normas complementares que versem no todo ou em parte, sobre tributos e relaes jurdicas a eles pertinentes. (art. 96 CTN)Fontes do Direito Tributrio3) Materiais:so os atos e situaes que do origem obrigao tributria.4) Formais:so o conjunto de normas que incidem sobre atos e situaes, classificam-se em:formais principais:so as leis, em sentido amplo, nas suas vrias formas legislativas; compreendem a Constituio Federal, as Emendas, leis complementares e ordinrias, leis delegadas, decretos legislativos, resolues e tratados.fontes formais secundrias:so os atos administrativos normativos, como decretos, regulamentos, atos, instrues, circulares, portarias, ordens de servio, etc.; incluem-se ainda, os costumes administrativos e os convnios entre rgos estatais. (CTN art. 100).fontes formais indiretas:so a doutrina e a jurisprudncia.5) Vigncia: a aptido para incidir, para dar significado jurdico aos fatos; se no h disposio em contrrio, a regra a do LICC: 45 dias aps sua publicao oficial.LEI VIGENTE:lei pronta e acabada.6) Aplicabilidade:refere-se possibilidade de aplicao da lei vigente a um caso concreto.LEI APLICVEL:lei, que alm de estar em vigor, no tem impedimento para ser aplicada ao caso concreto.Aplicao imediata:a legislao tributria, uma vez vigente, tem aplicao imediata.Aplicao retroativa:a lei s pode retroagir quando for meramente interpretativa, ou cominar pena menos severa, ou for mais benfica, de algum modo. (art. 106 CTN)7) Interpretao:em sentido amplo, a atividade de conhecimento do sistema jurdico, desenvolvida com o objetivo de resolver o caso concreto, seja pela aplicao de uma norma especfica, seja pela aplicao de uma norma mais geral, seja pelo uso de um dos meios de integrao;em sentido estrito, a busca do significado de uma norma.8) Meios de Interpretao: a) Gramatical: investigado antes de tudo o significado gramatical das palavras usadas no texto legal em exame;b) Histrica:o sentido da norma buscado com o exame da situao a que a mesma se refere atravs dos tempos; investiga-se o direito anterior;c) Sistemtico: procurado o sentido da regra jurdica, verificando a posio em que a mesma se encarta no diploma legal e as relaes desta com as demais regras no mesmo contidas;d) Teleolgico: emprestado maior relevncia al elemento finalstico, busca o sentido da regra jurdica, tendo em vista o fim para o qual foi ela elaborada. Pode ser ainda: autntica, doutrinria, jurisprudencial, lgica, de direito comparado, extensiva e restritiva.*A interpretao deve ser literal ou gramatical nos casos de suspenso ou excluso de crdito tributrio, outorga de iseno ou dispensa do cumprimento de obrigaes tributrias acessrias. (CTN, art. 111)*a lei tributria que define infraes, ou lhe comina penalidades, interpreta-se de maneira mais favorvel ao acusado. (CTN, art. 112)9) Fontes de interpretao:autntica (feita pelo prprio legislador, mediante elaborao de outra lei), jurisprudencial (feita pelos rgos do Judicirio, a propsito de resolver questes aos mesmos submetidas) e doutrinria (feita pelos estudiosos da Cincia jurdica, em seus trabalhos doutrinrios).10) Integrao: a identificao de uma norma que, no tendo sido elaborada para casos do tipo daquele que se tem a resolver, a ele se ajusta, em face de um critrio autorizado pelo legislador.11) Meios de Integrao (art. 108 do CTN):analogia ( a aplicao, a um caso no previsto, de regra que rege hiptese semelhante), os princpios gerais do Direito Tributrio (so os critrios que se estendem por todos os assuntos do direito tributrio, como a legalidade, a anterioridade, etc.), os princpios gerais do Direito Pblico (so critrio maiores que se estendem por todos os ramos do direito pblico, como os princpios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, etc.) e a equidade ( a adaptao razovel da lei ao caso concreto, bom senso).IV - OBRIGAO TRIBUTRIA1) Conceito:A relao tributria surge da ocorrncia de um fato previsto em uma norma como capaz de produzir esse efeito; a lei descreve um fato e atribui a este o efeito de criar uma relao entre algum e o Estado; ocorrido o fato, nasce a relao tributria, que compreende o dever de algum (sujeito passivo) e o direito do Estado (sujeito ativo); suas fontes so a lei e o fato gerador.2) Obrigao tributria principal:tem por objeto, o pagamento de tributo ou penalidade pecuniria, tem sempre contedo patrimonial. (art. 113, 1 CTN)3) Acessria:decorre da legislao tributria e tem por objeto as prestaes, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos (art. 113, 2 CTN).4) Natureza jurdica:a obrigao tributria principal corresponde a uma obrigao de dar, seu objeto o pagamento do tributo, ou da penalidade pecuniria; as obrigaes acessrias correspondem a obrigaes de fazer (emitir uma nota fiscal), de no fazer (no receber mercadoria sem a documentao legalmente exigida), de tolerar (admitir a fiscalizao de livros e documentos).5) Fato Gerador: o fato ou situao que gera ou cria a obrigao tributria.6) Sujeito Ativo (credor):so a Unio, os Estados e os Municpios, os quais detm a competncia tributria, podendo legislar sobre tributos e exigi-los, e, tambm, as pessoas pblicas que, embora no possam legislar sobre tributos, tm, contudo,capacidade tributria,que lhes permite fiscalizar e arrecadar tributos, por delegao.7) Sujeito Passivo: a pessoa natural ou jurdica, obrigada ao cumprimento da obrigao tributria; tem o dever de prestar seu objeto, pode ser:a) Direto ou Contribuinte: o que tem relao pessoal e direta com o fato gerador (CTN, art. 121,I);b) Indireto ou Responsvel: aquele que, sem ter relao direta de fato com o fato tributvel, est, por fora de lei, obrigado ao pagamento do tributo (CTN, art. 121, II), pode ocorrer porsubstituioou portransferncia.Nasubstituioa obrigao constitui-se desde logo em relao a um substituto, ou responsvel, ficando de fora aquele que seria o contibuinte; exemplo o ICMS do agricultor a ser pago pelo comprador da safra.Natransfernciaa obrigao constitui-se inicialmente em relao ao contribuinte, comunicando-se depois, para o responsvel; pode dar-se porsucesso, porsolidariedadeou porsubsidiariedade.Nasucesso,o sucessor responde pelo sucedido como ocorre na transferncia da propriedade de um imvel, na herana ou na incorporao de uma empresa por outra.Nasolidariedade, o devedor solidrio responde juntamente com o devedor principal, em p de igualdade, podendo a dvida ser cobrada indiferentemente de um ou outro, no todo ou em parte, escolha do credor.Nasubsidiariedade, o devedor subsidirio tambm responde juntamente com o devedor principal, mas com benefcio de ordem, ou seja, em segundo plano, s depois de executados todos os bens do devedor principal, na soluo da dvida.8) Convenes particulares:a no ser que a lei especfica do tributo estabelea de modo diferente, as convenes, relativas responsabilidade pelo pagamento de tributos, no podem ser opostas Fazenda Pblica para modificar a definio legal do sujeito passivo das obrigaes tributrias respectivas; podendo ser estipulados entre elas, a quem cabe a condio de sujeito passivo.9) Solidariedade passiva:segundo o CTN, so solidariamente obrigadas as pessoas que tenham interesse comum na situao que constitua o fato gerador da obrigao principal e tambm as pessoas expressamente designadas por lei. (art. 124)10) Capacidade tributria:sendoo sujeito passivo da obrigao uma pessoa natural, ou fsica, sua capacidade tributria independe da civil; mesmo sendo jurdicamente incapaz, nos termos do Direito Civil, face ao Direito Tributrio tem ele plena capacidade tributria. (CTN, art. 126, I)11) Domiclio tributrio ( art. 127 do CTN):existem tributos cuja legislao especfica exclui ou restringe a faculdade de escolha, pelo sujeito passivo, de seu domiclio tributrio; nos demais tributos, vigora a liberdade de escolha; a liberdade de escolha no pode ser usada para impedir ou duficultar a arrecadao ou fiscalizao do tributo, pois neste caso poder ser recusado o domiclio escolhido; ocorrendo a recusa, o domiclio tributrio ser o do lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao.V - RESPONSABILIDADE TRIBUTRIA1) Conceito: a obrigao legal, assumida pelo sujeito passivo da relao jurdico-tributria, no diretamente beneficiado pelo ato praticado, perante o fisco, de pagar o tributo ou a penalidade pecuniria; com efeito, denomina-seresponsvelo sujeito passivo da obrigao tributria que, sem revestir a condio de contribuinte, vale dizer, sem ter relao pessoal e direta com o fato gerador respectivo, tem seu vnculo com a obrigao decorrente de dispositivo expresso em lei; a lei pode, ao atribuir a algum a responsabilidade tributria, liberar o contribuinte; mas pode tambm atribuir apenas supletiva, isto , sem liberar o contribuinte; e tanto pode ser total, como poder ser apenas parcial (CTN, art. 128); o objetivo do legislador ao instituir a responsabilidade tributria, foi assegurar Fazenda Pblica o efetivo recebimento dos crditos devidos, em situaes que o contribuinte se tornar pouco acessvel a cobrana, ou o tributo no puder ser normalmente pago; o responsvel pode assumir essa condio perante o fisco por substituio ou por transferncia, sendo que a espcie de responsabilidade deve ser estabelecida pelo legislador, ao editar a norma jurdica tributria aplicvel ao fato gerador.2)Responsabilidade por substituio:Ocorre quando a lei tributria atribuir o dever jurdico de pagar o tributo a pessoa diversa ( a substituio da pessoa) daquela que d origem ao fato gerador, mas que com ela possui relao jurdica, assumindo o lugar do contribuinte. A responsabilidade ser por substituio quando a sujeio for anterior ocorrncia do fato gerador.3) Responsabilidade por transferncia:Ocorre quando a lei atribui o dever de pagar tributo ( a substituio do dever) a determinada pessoa, anteriormente atribudo a outra, em virtude da ocorrncia de fato posterior incidncia da obrigao tributria. Na transferncia a obrigao constitui-se inicialmente em relao ao contribuinte, comunicando-se depois, porm, para o responsvel. A responsabilidade tributria por transferncia pode ser por solidariedade, por responsabilidade dos sucessores e por responsabilidade de terceiros.4) Solidariedade tributria:Ocorre quando duas ou mais pessoas fsicas ou jurdicas estiverem no mesmo polo da obrigao perante o fisco. A solidariedade tributria abrange, alm do dbito referente obrigao principal, tambm os deveres relativos s obrigaes acessrias. Diferentemente do que ocorre no Direito Civil, no qual h dois tipos de solidariedade, somente existe solidariedade passiva, em matria tributria.Solidariedade tributria passiva a situao em que duas ou mais pessoas se encontram, simultaneamente, obrigadas perante o fisco. Nesse caso, o fisco poder eleger qualquer dos sujeitos passivos para proceder arrecadao do tributo. A soliedariedade tributria passiva pode ser natural ou legal.Solidariedade tributria natural aquela em que os sujeitos passivos assumem simultaneamente, interesse comum na situao que d origem ao fato gerador da obrigao principal, respondendo, cada um deles, pela totalidade da dvida. Exemplo: vrios irmos, proprietrios de um imvel, so devedores solidrios do IPTU.Solidariedade tributria legal aquela em que os sujeitos passivos assumem simultaneamente, por imposio de lei, determinada obrigao tributria. Exemplo: os scios, pelo pagamento de tributos de uma sociedade de pessoas, no caso de encerramento de atividades.Quanto ao benefcio de ordem - instituto de Direito Civil mediante o qual o coobrigado tem o direito de requerer, quando demandado, que sejam primeiramente excutidos os bens do devedor principal - , o CTN exclui esse instituto da aplicao da matria tributria, tendo a Fazenda Pblica o poder de exigir o pagamento do tributo de qualquer coobrigado, sem obedecer a qualquer escala de preferncia entre eles. Exceto em caso de lei especfica em sentido oposto, os efeitos da solidariedade tributria so: a) o pagamento feito por um dos coobrigados libera os demais da obrigao perante o fisco; b) em caso de iseno ou remisso do crdito a um dos coobrigados, todos os demais se beneficiaro, exceto se concedidos em carter personalssimo, subsistindo a solidariedade quanto aos demais, pelo saldo; c) a interrupo da prescrio em relao a um dos coobrigados atinge os demais, favoravelmente ou no.5) Responsabilidade dos sucessores:Sucesso tributria a transferncia, por ato negocial ou por fora de lei, de direitos e obrigaes, do campo tributrio, a terceiros no originalmente sujeitos a determinada relao jurdica com o fisco, mas de alguma forma vinculados a seu antecessor. Exceto nos casos legalmente previstos, o contrato particular, que transfere o nus fiscal de um contratante para o outro, no reconhecido perante a Fazenda Pblica. Os crditos tributrios relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domnio til ou a posse de bens imveis, assim como os crditos tributrios relativos a taxas pela prestao de servios referentes a tais bens, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo se do ttulo de transferncia do direito h prova de sua quitao.Assim, se algum vende um terreno e estava a dever o IPTU, ou alguma outra taxa, referente ao imvel, o adquirente fica obrigado ao respectivo pagamento. Essa obrigao, porm, no existir, se da escritura de compra e venda constou a certido, do sujeito ativo do tributo, de que o mesmo havia sido pago. A sucesso tributria pode sercausa mortis, comercial, falimentar ou imobiliria.6) Sucessocausa mortis:Ocorre quando o contribuinte falecer, passando o esplio e, depois, os sucessores a sub-rogar-se nos direitos e obrigaes tributrias do falecido.O esplio responde por todos os dbitos tributrios dode cujus, sejam eles conhecidos, em vias de serem lanados e, tambm, pelos dbitos desconhecidos data de abertura da sucesso. Sero pessoalmente responsveis pelos tributos relativos aos bens, mveis ou imveis, transmitidoscausa mortis: a) o esplio, pelos tributos devidos at a data da abertura da sucesso; b) o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelode cujusat a data da partilha ou da adjudicao, exigidos pelo fisco aps a partilha, limitada a responsabilidade ao montantr do quinho, do legado ou da meao. O esplio e os sucessores no so simultaneamente responsveis. Primeiramente, o pagamento dos tributos ser efetuado a partir do monte partvel; efetuada a partilha - o que somente pode ocorrer mediante prova da quitao de todos so tributos relativos aos bens ou rendas do esplio - passaro os sucessores a responsveis tributrios, no caso de dvidas exigidas aps a partilha. Mesmo que o lanamento no tenha sido ainda efetuado pela entidade tributante, se a obrigao tributria for relativa a ato anterior ao ato sucessrio, responder o sucessor.7) Sucesso Comercial:Ocorre quando da alienao do fundo de comrcio ou do estabelecimento comercial, industrial ou profissional, ou quando se altera o tipo societrio.Por exemplo, a empresaAtem seu controle acionrio vendido para a empresaB, que altera a razo social original; a mudana da razo social no permitir queBno mais se sub-rogue nos tributos devidos porA,pois ainda que alterada a razo social original pelo adquirente de empresa comercial, permanecer o adquirente como sucessor tributrio da empresa vendida. No caso de extino de pessoa jurdica de Direito Privado, continuando o scio remanescente, ou seu esplio, a comerciar sob a mesma razo social, ou sob firma individual, que explore a mesma atividade comercial da empresa extinta, ser resnponsvel tributrio a nova empresa, relativamente a obrigaes tributrias surgidas at a data da extino. Ocorrendo fuso, transformao ou incorporao de pessoas jurdicas de Direito Privado, ser responsvel tributrio a pessoa jurdica que resultar desses atos, at a data em que ocorram. Continuando a explorao da mesma atividade, sob a mesma ou outra razo social ou sob firma individual, responder o responsvel pelos tributos, relativos ao fundo ou ao estabelecimento, at a data do ato, das seguintes formas: a) integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; b) subsidiariamente com o alienante, a contar da data da alienao, se esse prosseguir em sua atividade ou iniciar a explorao de nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso.8) Sucesso Falimentar:Ocorre quando da decretao da falncia do comerciante, passando a massa falida a sub-rogar-se nos direitos e obrigaes tributrias do comerciante falido.9)Sucesso Imobiliria: Ocorre quando bens imveis so alienados, sub-rogando-se o comprador nos direitos e obrigaes tributrias do vendedor. Sub-rogam-se, na pessoa do adquirente de imvel, todos os crditos tributrios relativos a: a)impostoscujo fato gerador seja a propriedade, o domnio til ou a posse de bens imveis; b)taxaspela prestao de servios, referente a esses bens; c)contribuies de melhoriareferentes a esses bens.Sero pessoalmente responsveis pelos tributos referentes a bens mveis ou imveis, transmitidosinter vivos, remidos ou adjudicados, respectivamente, o adquirente, o remitente (isto , aquele que paga a dvida, para reaver o bem penhorado) ou adjudicado. O adquirente de imvel em hasta pblica no ser sucessor tributrio do proprietrio original, relativamente aos tributos sobre o bem, porque o CTN ressalva essa hiptese, afirmando que o adquirente no se sub-rogar ao proprietrio anterior em suas obrigaes tributrias, caso em que, para arrecadar o tributo devido, o fisco extrair o crdito tributrio do preo da arrematao, no onerando o arrematante do bem.10) Responsabilidade de terceiros: O art. 134 do CTN, estabelece que, nos casos de impossibilidade do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis; nesse caso, existeresponsabilidade subsidiria(ou supletiva), e no plena (solidria), pois os responsveis se obrigaro somente quando houver impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte. Os pais, tutores e curadores respondem de forma subsidiria, respectivamente, com seus filhos, tutelados ou curatelados, nos atos em que intervierem, ou pelas omisses pelas quais forem responsveis. A responsabilidade dos administradores de bens de terceiros, do inventariante, do sndico e do comissrio , tambm, subsidiria, e no solidria plena, somente sendo chamados a pagar os tributos devidos quando for impossvel ao fisco exigi-los diretamente dos respectivos contribuintes. Tabelies, escrives e serventurios de cartrio, a quem o Estado delega funo pblica, respondem igualmente, de forma subsidiria, pelos atos por eles ou perante eles praticados, em razo de seu ofcio. Nos casos de liquidao de sociedade de pessoas, respondem os scios de forma subsidiria pelos tributos devidos pela sociedade, at a data da liquidao. A lei estipula que a responsabilidade de terceiros limitada aos tributos e s multas de carter moratrio. A expressomultas de carter moratriosignifica que, so as multas aplicadas quando o contribuinte no cumpre o obrigao tributria principal, o que pode ocorrer pela falta de pagamento, pelo pagamento posterior data do vencimento, ou ainda, pelo pagamento inferior ao valor pecunirio. A responsabilidade de terceiros pressupes duas condies: a primeira que o contribuinte no possa cumprir sua obrigao, e a segunda que o terceiro tenha participado do ato que configure o fato gerador do tributo, ou em relao a este se tenha indevidamente omitido. So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes a obrigaes tributrias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos, as pessoas mencionadas no art. 134 do CTN, e ainda: a) os mandatrios, prepostos e empregados; b) os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de Direito Privado. Note-se que as pessoas mencionadas no art. 134 do CTN, se agirem com excesso de mandato, infrao lei ou contrato, assumem plena responsabilidade pelo crdito tributrios respectivos; deixam de responder apenas na impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, e passam posio de responsveis solidrios.11) Responsabilidade por infraes: aresponsabilidade por infraes tributrias objetiva, independendo da inteno com que foram praticados e da efetividade, natureza e extenso dos efeitos do ato, salvo disposio legal em contrrio (CTN, art. 136). De acordo com a doutrina, porm, esse princpio no absoluto. A responsabilidade poder ser excluda se o contribuinte ou responsvel puder provar que no houve descuido ou negligncia, nem inteno de lesar o fisco. O prprio CTN permite a remisso do crdito tributrio atendendo ao erro ou ignorncia escusveis quanto matria de fato (art. 172, III). Ocorre, a, uma inverso do nus da prova. O fisco no precisa provar dolo ou negligncia para impor a penalidade; basta o fato objetivo. O contribuinte ou responsvel, porm, poder afastar eventualmente a autuao, provando ausncia de culpa. As sanes tributrias administrativas podem consistir em multa, apreenso de mercadorias, veculos ou documentos, perda de mercadorias, proibio de contratar com o Poder Pblico, sujeio a sistema especial de fiscalizao, etc. A multa pode ser simplesmente moratria (sem carter de penalidade especial) ou consistir em multa-sano ( com carter especfico de penalidade). A penalidade pela infrao tributria administrativa pode ser excluda por denncia espontnea, acompanhada do pagamento devido e dos juros de mora (CTN, art. 138).12) Casos de responsabilizao pessoal na esfera administrativa:s vezes a responsabilidade pela infrao administrativa atribuda apenas pessoa fsica que executou o ato, e no ao contribuinte ou responsvel. So casos em que o executor material do ato procedeu com excesso de poder ou fraude lei, lesando o fisco e, ao mesmo tempo, o contribuinte ou responsvel. Trata-se de pessoas que agem contra os seus patres, ou contra seus representantes ou comitentes. Nesse rol est o pai que, assim agindo, lesa o interesse do filho menor, o tabelio que lesa o fisco e as partes, ou o diretor que prejudica a sociedade que dirige (CTN, art. 137, III). A responsabilidade pela infrao tributria administrativa deixa, ento, de ser objetiva e passa a ser pessoal e subjetiva, respondendo pelas sanes o executor material do ato, e no o devedor originrio do tributo.VI - CRDITO TRIBUTRIO1) Conceito: do direito subjetivo do Estado de exigir do contribuinte o pagamento do tributo devido, derivado da relao jurdica tributria, que nasce com a ocorrncia do fato gerador, na data ou no prazo determinado em lei.; decorre da obrigao tributria e tem a mesma natureza desta; resulta da conjugao da lei, do fato gerador e do lanamento; as circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso ou efeitos, ou as garantias ou privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade, no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem.2) Crdito regularmente constitudo: aquele tornado lquido, certo e exigvel, por meio do lanamento.*o crdito tributrio somente poder ser modificado, extinto, ou ter sua exigibilidade suspensa ou excluda nos casos legalmente previstos.3) Lanamento: o ato administrativo vinculado que verifica a ocorrncia do fato gerador, identifica o sujeito passivo da obrigao tributria, determina a matria tributvel, aponta o montante do crdito e aplica, se for o caso, a penalidade cabvel; o lanamento constitutivo do crdito tributrio, mas apenas declaratrio da obrigao.4) Efeito temporal do lanamento:o lanamento impe obrigao tributria desde a data do fato gerador, retroagindo no tempo; seus efeitos soex tunc; ele ser regido pela lei vigente poca da ocorrncia do fato gerador, no sofrendo qualquer alterao em virtude de modificao ou revogao dessa lei.5) Consequncia jurdica para a Administrao se no proceder o lanamento destinado a arrecadar tributo sob sua responsabilidade:por ser ato administrativo vinculado, isto , no tem a Administrao opo de no pratic-lo, como no caso de ato administrativo discricionrio; sendo vinculado, tem carter obrigatrio, sujeitando os funcionrios pblicos a crime de responsabilidade funcional, em caso de deixarem de efetu-lo.6) Alterao do lanamento:somente poder ser alterado: a) por iniciativa do sujeito passivo, mediante impugnao, por via administrativa ou judicial; b) por recurso de ofcio, de iniciativa do fisco, impetrado contra deciso judicial de primeira instncia; c) por iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, para obedecer determinao legal, para suprir a falta de declarao do sujeito passivo, ou em casos de irregularidades previsto em lei.7) Modalidades de lanamento:de ofcio,quando feito por iniciativa da autoridade administrativa, independentemente de qualquer colaborao do sujeito passivo;por declarao o que deve ser feito em atuao conjunta da Administrao e do sujeito passivo da obrigao tributria, feito em face de declarao fornecida pelo contribuinte ou por terceiros;por homologao o que corresponde a tributo cuja iniciativa de apurao e de pagamento competem ao sujeito passivo, devendo ser homologado por parte da autoridade administrativa.8) Utilizao do lanamento por arbitramento:o lanamento por arbitramento tcnica a ser empregada tanto no lanamento por declarao quanto no lanamento por homologao, quando os documentos apresentados pelo sujeito passivo, ou suas declaraes sejam omissas, incompletas, controversas ou indignas de f.9) Reviso de declarao:pode ser iniciada enquanto ainda no extinto o direito da Fazenda Pblica, que decai no prazo de 5 anos, contado a partir do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado; feita a reviso e efetuado novo lanamento, passa a fluir novo prazo.10) Suspenso do crdito tributrio:consiste na sustao temporria da exigibilidade do tributo; a lei prev que pode ser suspenso nos seguintes casos: a) moratria; b) depsito integral do montante exigido; c) reclamaes e recursos legais, de acordo com a legislao reguladora do processo tributrio administrativo; d) concesso de medida liminar em mandado de segurana.11) Efeitos da suspenso:manuteno da exigibilidade do cumprimento das obrigaes acessrias dependentes ou conseqentes do crdito cuja exigibilidade foi suspensa; vedao que o fisco proceda execuo fiscal; suspenso dos prazos, caso j tenha sido proposta ao fiscal; impedimento a que se inicie a contagem dos prazos.12) Moratria: a prorrogao do prazo para pagamento do crdito tributrio, com ou sem parcelamento; situa-se no campo da reserva legal; sua concesso depende sempre de lei ( 97, VI, CTN); quando em carter geral resulta diretamente de lei, e quando em certer individual depende de autorizao legal.; salvo disposio legal em contrrio, a moratria somente poder beneficiar os crditos j definitivamente constitudos ou aqueles cujo lanamento j tenha sido iniciado por ato preparatrio notificado o sujeito passivo (154, CTN).13) Depsito:o sujeito passivo pode depositar o montante do crdito tributrio com o fim de suspender a exigibilidade deste; o depsito pode ser prvio (anterior a constituio definitiva do crdito) e posterior (aps a constituio); se prvio, no impede a marcha do processo administrativo de lanamento, mas impede sua cobrana; se posterior, suspende a exigibilidade do crdito.14) Reclamaes e recursos:sua interposio tambm suspende a exigibilidade do crdito tributrio, desde que seja feita nos termos das leis reguladoras do procedimento tributrio administrativo, isto , nos casos e nos prazos admitidos nessas leis; eles impedem que o crdito de torne exigvel, pois ainda no foi constitudo.15) Medida liminas em mandado de segurana:o mandado de segurana assegura aos indivduos a proteo de direito lquido e certo, lesado ou ameaado, por ato de autoridade; assim, em face de cobrana de tributo indevido pode o contribuinte valer-se dele; o contribuinte tem o prazo de 120 dias, a contar da cincia do ato de cobrana do tributo que considera indevido, para impetr-lo; porm, pode impetrar o mandado preventivo, diante da ameaa de cobrana de tributo ilegal, ou inconstitucional.16) Extino do crdito tributrio: o desaparecimento deste ( da exigibilidade, pois o crdito surge com a ocorrncia do fato gerador); sua forma mais comum o pagamento, que significa a satisfao do direito creditrio; s e lei pode verificar os casos em que se verifica.17) Pagamento: a entrega ao sujeito ativo, pelo passivo ou por qualquer outra pessoa em seu nome, da quantia correspondente ao objeto do crdito tributrio; o pagamento de uma parcela no importa presuno de pagamento de outras, nem o pagamento de um crdito faz presumir-se o pagamento de outro, referente ao mesmo ou a outros tributos; se no for fixada a data para pagamento do tributo, ser de 30 dias aps a data em que se considera o contribuinte ou responsvel regularmente notificados do lanamento.18) Imputao de pagamento:no Direito Civil, o ato jurdico praticado pelo devedor de vrios dbitos da mesma natureza a um nico credor, que consiste na escolha de qual deles pretenda extinguir; na legislao tributria, a escolha feita pela autoridade administrativa competente, devendo obedecer a seguinte ordem: 1) dbitos por obrigao prpria; 2) dbitos decorrentes de responsabilidade tributria; no caso de tributos de vrias espcies, a imputao seguir a seguinte ordem: a) contribuies de melhoria; b) taxas; c) impostos; quanto aos prazos de prescrio, a ordem dever ser crescente; quanto aos valores; a ordem dever ser descrescente.19) Pagamento indevido e restituio:a legislao tributria prev as seguintes hipteses para que o sujeito passivo tenha direito restituio total ou parcial do tributo: a) cobrana ou pagamento espontneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria correspondente, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; b) erro na indicao do sujeito passivo, na determinao da alquota aplicvel, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; c) reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria.20) Compensao: uma das formas de extino de obrigao recproca equivalente de dbitos entre contratantes (1009 e ss; CC), sendo que a Administrao Pblica pode, ao amparo da legislao tributria, autorizar a compensao de crditos tributrios, desde que lquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo contra a Fazenda Pblica; para que possa ser autorizada, necessrio que haja extino mtua das respectivas obrigaes, at o montante em que os respectivos valores possam ser encontrados ou compensados; s poder ser efetuada entre tributos e contribuies da mesma espcie.21) Transao: acordo; a Administrao Pblica pode, na forma autorizada por lei, autorizar a celebrao, entre os sujeitos ativo e passivo da obrigao tributria, de transao, que, mediante concesses mtuas, encerre o litgio, extinguindo os crditos tributrios.22) Remisso: perdo, dispensa, dar como pago; s pode ser concedida pela autoridade administrativa para tanto expressamente autorizada por lei; pode tambm ser concedida diretamente pela lei; o despacho que concede a remisso h de ser fundamentado, justificado em um dos itens do art. 172 do CTN.23) Decadncia: a perda do direito material do agente que, por inrcia, no o exerce no prazo assinalado; na esfera tributria ocorre quando no efetuado o lanamento no prazo legal, deixa o fisco de constituir o crdito tributrio, ocorrendo, a decadncia do direito de lanamento do tributo, isto , extingue-se o direito do fisco de exigir o tributo.24) Prescrio: a impossibilidade do exerccio de um direito, pelo decurso do tempo ou pela inrcia da parte durante a ao, que perde a oportunidade processual de pleite-lo; no Direito Tributrio ocorre quando, efetuado o lanamento dentro do prazo legal, inicia-se a contagem de um prazo para que seja efetivamente cobrado o tributo; passado esse prazo, perder o fisco o direito de cobrana; a perda do direito de ao do fisco.25) Excluso do crdito tributrio: benefcio fiscal, que consiste na dispensa da exigibilidade de determinado tributo, por parte da Fazenda Pblica, nos termos expressamente previstos em lei; significa evitar que ele se constitua; pode ocorrer mediante iseno e anistia.26) Incidncia:corresponde ao fato ou situao em que o tributo devido; dado o fato gerador concreto, recai ou incide sobre ele o tributo previsto na lei.27) No-incidncia:corresponde a um fato ou a uma situao que ficou fora do alcance da norma tributria; pode decorrer de imunidade ou iseno.28) Imunidade:consiste na vedao constitucional do tributo; a CF probe a instituio de tributos em certos casos.29) Iseno: a dispensa do tributo por fora de lei; corresponde a uma norma aditiva, que modifica a norma bsica, fazendo com que um tributo, em regra devido, no o seja, devido a certas circunstncias; pode ser de carter geral (quando beneficia todos os contribuintes do territrio diretamente) ou individual (quando atinge determinados contribuintes, dependendo de despacho mediante o requerimento do interessa); ser ainda objetiva ou real (quando se referir a um produto ou mercadoria), ou subjetiva ou pessoal (quando tocar o carter pessoal do beneficirio); tambm ser, onerosa ou simples, por prazo indeterminado ou por prazo certo, ampla ou restrita; em regra pode ser modificada ou revogada por lei a qualquer tempo, equivalendo a criao de um novo tributo, que dever respeitar o princpio da anualidade.30) Anistia: a excluso do crdito tributrio relativo a penalidades pecunirias; pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo, infrator da legislao tributria, impedindo a constituio do crdito tributrio.31) Garantias e privilgios do crdito tributrio:embora no seja clara a diferena, possvel afirmar que a garantia assegura o direito de receber o crdito e o privilgio se refere ordem de pagamento em relao a outros credores; de regra, todos os bens do sujeito passivo respondem pelo pagamento do crdito fiscal, mesmo os com garantia real e os gravados; somentos os bens apontados em lei como absolutamente impenhorveis escapam dessa garantia; com exceo dos crditos trabalhistas o crdito tributrio deve ser pago antes dos demais; mas os vencidos e vincendos, exigveis no curso da falncia so considerados encargos da massa e so pagos antes mesmo dos trabalhistas e das dvidas da massa; ele no est sujeito necessariamente ao concurso de credores, inventrio ou arrolamento, podendo o fisco mover independentemente o executivo fiscal respectivo; havendo concurso de credores, a Unio fica em primeiro lugar para cobrar o respectivo crdito, vindo aps os Estados e os Municpios; o crdito fiscal no se sujeita a concordata; porm, para concesso de concordata ou declarao de extino das obrigaes do flido obrigatria a prova de quitao de todos os tributos referentes atividade mercantil; a sentena de julgamento da partilha ou adjudicao somente ser proferida com prova de quitao de todos os tributos relativos ao esplio.VII - ADMINISTRAO TRIBUTRIA1) Conceito:envolve a fiscalizao e a arrecadao de tributos, bem como autos de infrao, orientao aos contribuintes e a expedio de certides.2) Fiscalizao:A competncia das autoridades administrativas em matria de fiscalizao regulada na legislao tributria; indispensvel, portanto, que a fiscalizao seja feita por pessoas s quais a legislao atribua competncia para tanto, em carter geral, ou especificadamente, em funo do tributo de que se tratar; todo ato da administrao tributria s tem validade se praticado por quem tenha competncia para tanto; as regras bsicas sobre a matria encontram-se no CTN e devem ser observadas pela legislao (art. 194); as normas dessa legislao, quando no constem de lei, evidentemente devem tratar apenas de aspectos procedimentais, ou de simples obrigaes acessrias.3) Atividade fiscalizadora da Administrao Pblica:consiste no exame de livros, arquivos, documentos, papis e efeitos comerciais ou fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, e estes tm o dever de exibi-los, sempre que solicitados pelos agentes do fisco.4) Objetivo da fiscalizao tributria: a correta aplicao da lei tributria, devendo o fisco exigir do contribuinte o devido cumprimento das normas, mediante seu enquadramento na legislao pertinente.5) Procedimento de fiscalizao:inicia-se com a diligncia, que dever ser documentada pela autoridade que proceder ou presidir diligncia, lavrando-se os termos necessrios para tal, na forma da legislao aplicvel, e fixando os prazos para sua concluso.6) Dvida ativa:constitui dvida ativa tributria a proveniente de crdito dessa natureza, regularmente inscrita na repartio administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por deciso final proferida em processo regular (CTN, art. 201); o crdito da Fazenda Pblica proveniente de obrigao legal relativa a tributos e respectivos adicionais e multas; o crdito levado a inscrio como dvida depois de definitivamente constitudo; a inscrio no ato de constituio do crdito tributrio; pressupe que este se encontre regular e definitivamente constitudo, e ainda que se tenha esgotado o prazo fixado para seu pagamento; a dvida ativa regularmente inscrita goza de presuno de certeza e liquidez; a certido de inscrio respectiva tem o efeito de prova pr-constituda (art. 204); essa presuno, todavia, relativa, podendo ser elidida por prova inequvoca a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a quem aproveite; a isto equivale dizer que a dvida ativa regularmente inscrita lquida e certa at prova em contrrio; lquida, quanto ao seu montante; certa, quanto a sua legalidade; o executado, se alegar que no deve, ou deve menos, ter o nus de provar o alegado.7) Certides negativas:segundo o art. 205 do CTN, a lei poder exigir que a prova de quitao de determinado tributo, quando exigvel, seja feito por certido negativa, expedida vista de requerimento do interessado que contenha todas a informaes necessrias identificao de sua pessoa, domiclio fiscal e ramo de negcio ou atividade, e indique o perodo a que refere o pedido; o prazo legal dado repartio para expedir o documento de 10 dias contados da data da entrada do requerimento na repartio.VIII - IMPOSTOS1) Conceito: a espcie de tributo cuja exigibilidade decorre de fato gerador previsto em lei como necessrio e suficiente para o surgimento da obrigao tributria, que no se vincula diretamente a nenhuma atividade especfica do Estado relativa ao contribuinte.IMPOSTOS FEDERAISImposto de Importao2) Competncia: da competncia da Unio e assim de justifica que seja porque, em se tratanto de imposto com implicaes no relacionamento do pas com o exterior, seu trato deve caber na verdade Unio, responsvel por esse relacionamento, que h de ser uniforme (art. 153, I, da CF).3) Funo:o imposto de importao importante instrumento de poltica econmica, atuando na proteo industria brasileira, permitindo-lhe competir, no mercado interno, em condies de igualdade ou de vantagem com produtos do exterior, aspecto que sobrepuja sua relevncia como fonte de arrecadao para o tesouro; predomina portanto, sua funo extra-fiscal.4) Fato gerador:o imposto de importao tem como fato gerador a entrada de produtos estrangeiros no territrio nacional (CTN, art. 19).5) Alquota:pode serespecfica, tendo em vista o modo de medir o produto, ouad valorem, tendo em vista apenas o valor do bem (CTN, art. 20); as alquotas podem ser alteradas pelo Executivo (153, 1, da CF, art. 21 do CTN).6) Base de clculo:ser expressa na unidade de medida adotada pela lei tributria, quando se tratar de alquota especfica, o preo normal de venda que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo de importao, em condies de livre concorrncia, para entrega no lugar de entrada no Pas ou o preo de arrematao, no caso de produto levado leilo, por motivo de apreenso ou abandono.7) Contribuinte: o importador ou quem a ele a lei equiparar (CTN, art. 22, I); em se tratando de produtos apreendidos ou abandonados, o contribuinte ser o arrematante destes (II).8) Lanamento: feito por homologao, pois o contribuinte efetua o pagamento do tributo antes de qualquer providncia da fiscalizao.9)Drawback:incentivo fiscal que pode ser dado na importao de produtos ou matrias com vistas sua posterior exportao, depois de beneficiamento ou agregao a outros produtos; facilita-se a importao de certos itens, para incrementar a exportao de outros, por meio de restituio, suspenso ou iseno de tributos.Impostos de Exportao10) Competncia:compete Unio instituir e cobrar o imposto sobre exportao, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (CF, art. 153, II).11) Funo: instrumento de poltica econmica, disciplinando os efeitos monetrios decorrentes da variao de preos no exterior, e atuando na proteo ao mercado brasileiro; tem funo predominantemente extrafiscal; de carter exclusivamente monetrio e cambial e tem por finalidade disciplinar os efeitos monetrios decorrentes da variao de preos no exterior e preservar as receitas de exportao.12) Fato gerador:o imposto sobre a exportao tem como fato gerador a sada de produtos nacionais ou nacionalizados do territrio nacional (CTN, art. 23).13) Alquotas:pode ser especfica ouad valorem.14) Base de clculo:sem se tratando de produto sujeito a alquota especfica, a unidade de medida adotada pela lei, e, em se tratando de produto sujeito a alquotaad valorem, o preo normal que o produto, ou seu similar, alcanaria, ao tempo da exportao, em uma venda em condies de livre concorrncia (CTN, art. 24).15) Contribuinte: o exportador ou quem a lei a ele equiparar (CTN, art. 27).16) Lanamento: feito mediante declarao do exportador, mas pode ser feito de ofcio, no caso de o fisco no concordar com o valor.Imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza17) Competncia:o imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, ou simplesmente imposto de renda, como geralmente conhecido, pertence competncia da Unio (CF, art. 153, III, e CTN, art. 43).18) Funo:o IR tem, predominantemente, funo fiscal, consistindo, hoje em dia, na principal fonte de receita tributria da Unio; como, no entanto, presta-se tambm como instrumento de redistribuio de riquezas, em razo de pessoas e lugares, mediante concesso dos chamados incentivos fiscais regies geogrficas de interesse, desempenha, igualmente, importante funo extrafiscal.19) Fato gerador: a aquisio da disponibilidade econmica ou jurdica de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho, ou da combinao de ambos; e de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acrscimos patrimoniais no compreendidos no conceito de renda (CTN, art. 43).20) Diferena entre disponibilidade econmica e disponibilidade jurdica:por disponibilidade econmica entende-se o efetivo recebimento de valores patrimoniais; por disponibilidade jurdica, entende-se o crdito a esses valores, sem que tenha ocorrido seu efetivo recebimento.21) Alquotas:para as pessoas fsicas fixada em 2 percentuais, 15 e 25%; para pessoas jurdicas a alquota proporcional, de 30%, exceto casos especiais, sendo acrescida de 10% se o lucro for superior a determinado valor, e de 10 ou 15% se se tratar de instituio financeira.22) Base de clculo: o montante real, arbitrado ou presumido da renda ou dos proventos tributveis (CTN, art. 44).23) Lucro real:constitui a base de clculo do IR das pessoas jurdicas em geral, pode ser entendido como o acrscimo real do patrimnio da empresa, em determinado perodo; o lucro lquido do exerccio ajustado pelas adies, excluses ou compensaes prescritas ou autorizadas pela legislao tributria.24) Lucro presumido: o montante tributvel, determinado pela aplicao de coeficientes legalmente definidos, sobre a receita bruta anual, conforme a natureza da atividade; a definio do coeficiente no pode ser feita pelo fisco discricionariamente.25) Lucro arbitrado:ser uma porcentagem da receita bruta, se esta, obviamente, for conhecida; compete ao Ministrio da Fazenda fixar tal porcentagem, levando em conta a natureza da atividade econmica do contribuinte; no sendo conhecida, a autoridade poder arbitrar o lucro com base no valor do ativo, do capital social, do patrimnio lquido, da folha de pagamento dos empregados, das compras, do aluguel das instalaes ou do lucro lquido auferido pelo contribuinte em perodos anteriores.26) Contribuinte: o titular da disponibilidade econmica ou jurdica da renda ou de proventos de qualquer natureza e o possuidor, a qualquer ttulo, dos bens produtores de renda ou dos bens tributveis, desde que a lei lhe atribua essa condio.27) Lanamento:se trata de lanamento mediante declarao; se o lanamento foi errado ou incompleto, ser feito pela Receita Federal, de ofcio; quando houver imposto a pagar, sujeito a fiscalizao posterior do fisco, o lanamento ser por homologao.Impostos sobre produtos industrializados28) Competncia:o IPI pertence competncia tributria da Unio (CF, art. 153, IV, e art. 46 do CTN).29) Funo:o IPI tem predominantemente funo fiscal, mas, como imposto seletivo, em funo da essencialidade do produto, conforme previsto no 3, IV, do art. 153 da CF, e no art. 48 do CTN, desempenha, tambm, importante funo extrafiscal.30) Fato gerador: o desembarao aduaneiro do produto, quando de procedncia estrangeira, a sada do produto do estabelecimento do importador, do industrial, do comerciante ou do arrematante ou a arrematao, quando o produto insdustrializado apreendido ou abandonado e levado a leilo.31) Produto industrializado:conforme o CTN, considera-se o produto industrializado, para fins do IPI, aquele submetido a qualquer operao que l he modifique a natureza ou a finalidade, ou o aperfeioe para consumo; o Decreto 87.981/82 amplia o conceito de industrializao do CTN, incluindo qualquer operao, ainda que incompleta, parcial ou intermediria, que modifique a natureza, o funcionamento, a utilizao, o acabamento, a apresentao ou a finalidade do produto, ou o aperfeioe para consumo.32) Alquotas:constam da Tabela do Imposto sobre Produto Industrializado (TIPI), em que vm estabelecidas para cada classe se produtos, variando de zero at mais de 300%; a razo pela qual elas so muito variadas o carter seletivo do imposto, em funo das classes de produtos sobre os quais incide.33) Base de clculo:no caso de importao, seu preo normal, acrescido do imposto de importao, das taxas exigidas pela entrada do produto no Pas e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigveis; no caso de produto nacional, ser o preo de venda sada do estabelecimento industrial ou comercial, ou, na falta deste, o valor do produto no mercado atacadista da praa do remetente; no caso de leilo, o preo da arrematao.34) No-cumulatividade:por fora de dispositivo constitucional (CF, art. 153, 3, II), o IPI ser no cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operao com o montante cobrado nas anteriores; nos termos do CTN, o imposto no cumulativo, dispondo a lei de forma que o montante devido resulte da diferena a maior, em determinado perodo, entre o imposto referente aos produtos sados do estabelecimento e o pago relativamente a produtos nele entrados (art. 49).35) Contribuinte: o importador ou quem a lei a ele equiparar, o industrial ou quem a lei a ele equiparar, o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os fornea ao importador ou ao industrial e o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados levados a leilo.36) Lanamento:o IPI objeto de lanamento por homologao, nos termos do art. 150 do CTN.Imposto sobre operaes de crdito, cmbio e seguro e sobre operaes relativas a ttulos e valores mobilirios ou Imposto sobre operaes financeiras (IOF)37) Competncia:o IOF de competncia privativa da Unio (art. 153, V, da CF, e art. 63 do CTN).38) Funo:o IOF tem funo predominantemente extrafiscal, permitindo ao Governo a conduo de polticas mais ou menos restritivas sobre os mercados de crdito, cmbio, seguros, e de ttulos e valores mobilirios.39) Fato gerador:em operaes de crdito, a efetivao da operao, pela entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigao, ou sua colocao disposio do interessado; em operaes de cmbio, a efetivao da operao, pela entrega de moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocao disposio do interessado, em montante equivalente a moeda nacional ou estrangeira entregue ou posta disposio deste; em operaes de seguro a efetivao da operao, pela emisso da aplice ou do documento equivalente, ou recebimento do prmio, na forma da lei aplicvel; em operaes relativas a ttulos e valores mobilirios a emisso, transmisso, pagamento ou resgate, na forma da lei aplicvel.40) Alquotas:so diferenciadas por tipo de operao em em funo dos dias de aplicao, alm de outros fatores, podem ser alteradas por ato do Executivo, podendo ser o imposto ser cobrado no mesmo exerccio em que foi institudo.41) Base da clculo:nasoperaes de crdito: o montante das obrigaes, compreendendo o principal e os juros; nasde cmbio: o respectivo montante em moeda nacional, recebido, entregue ou posto disposio; nasde seguro: o montante do prmio; nasrelativas a ttulos e valores mobilirios: o valor nominal mais o agio, se houver, na emisso; o preo, o valor nominal ou o preo em Bolsa, como determinar a lei, na transmisso; o preo, no pagamento ou resgate.42) Contribuinte:nos termos do CTN, qualquer das partes na operao tributada, conforme dispuser a lei.43) Lanamento: feito por homologao, nos termos do art. 150 do CTN.Imposto sobre a propriedade territorial rural44) Competncia:o ITR da competncia da Unio (CF, art. 153, VI, e CTN, art. 29).45) Funo:O ITR tem funo extrafiscal, servindo como instrumento de poltica agrria do Governo, onerando mais pesadamente os latifndios improdutivos, e permitindo melhor aproveitamento e ocupao da terra.46) Fato Gerador: a propriedade, o domnio til ou a posse de imvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora da zona urbana do Municpio (CTN, art. 29).47) Alquotas:so progressivas, aumentando em funo do tamanho da propriedade e medida que diminui a proporo entre rea utilizada e rea total, variando de 0.03 at 20%.48) Base de clculo: o valor fundirio do imvel (CTN, art. 29), isto , o valor da terra nua, sem incluir qualquer benfeitoria, calculado como a diferena entre o valor total do imvel e seu valor venal.49) Contribuinte: o proprietrio do imvel, o titular de seu domnio til, ou o seu possuidor a qualquer ttulo (CTN, art. 31).50) Lanamento: feito mediante declarao do contribuinte; essa declarao, entretanto, s necessria para o primeiro lanamento; anualmente, novo lanamento feito de ofcio.IMPOSTOS ESTADUAISImpostos sobre transmisso causa mortis e doao de quaisquer bens e direitos (ITD)51) Competncia:sua instituio de competncia dos Estados e do Distrito Federal (art. 155, I, CF).52) Funo: eminentemente fiscal, funcionando como importante fonte de recursos para os Estados e para o Distrito Federal.53) Fato gerador: a transmissocausa mortis, ou a doao de propriedade ou domnio til de bens imveis por natureza ou por acesso fsica, de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia e as servides prediais e as de aes, crditos, quotas, ttulos e valores, ou outros bens mveis de qualquer natureza, e os direitos a eles relativos.54) Alquotas:o imposto sobre heranas e doaes ter suas alquotas mximas fixadas pelo Senado Federal (CF, art. 153, 1, IV); salvo essa limitao, prevalece a liberdade dos Estados e DF para o estabelecimento de tais alquotas.55) Base de clculo:h de ser fixada pela lei da entidade competente para instituir o tributo; deve ser, em princpio, o valor de mercado do bem objeto da transmisso.56) Contribuinte:na herana, o herdeiro ou legatrio; na doao, tanto o doador quanto o donatrio, conforme determinar a lei do Estado tributante.57) Lanamento:em princpio, feito por declarao; o contribuinte oferece ao fisco os elementos necessrios ao respectivo clculo.Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e prestaes de servios - ICMS58) Competncia:competente para a cobrana o ICMS o Estado em que se verifica a sua hiptese de incidncia.59) Funo:O ICMS tributo de funo predominantemente fiscal.60) Fato gerador: qualquer operao relativa a circulao de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentao e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares, a prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores, as prestaes onerosas de servios de comunicao, por qualquer meio, o fornecimento de mercadorias com prestao de servios no compreendidos na competncia tributria dos Municpios e o fornecimento de mercadorias com prestao de servios sujeitos ao ISS, de competncia dos Municpios, quando a lei complementar aplicvel expressamente o sujeitar incidncia do imposto estadual.61) Alquotas:variam conforme a operao seja interestadual ou efetuada dentro de um mesmo Estado; costumam ser mais baixas, ou at mesmo zero, nas operaes de exportao; so mais elevadas (25%) em operaes internas, interestaduais e de importao para alguns produtos e servios, como armas, bebidas alcolicas e servios de comunicao.62) Contribuinte: qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que realize operao de circulao de mercadorias ou prestao de servios descrita como fato gerador desse imposto; dever ser determinado por lei complementar , segundo o art. 155. 2, XII, a, da CF.63) Lanamento: por declarao do contribuinte, podendo ser efetuado de ofcio, quando ocorrer o fato gerador e no for pago o imposto correspondente.64) Convnio interestaduais:a CF, diz que caber a lei complementar, regular a forma como, mediante deliberao dos Estados e do DF, isenes, incentivos e benefcios fiscais sero concedidos e revogados (art. 155, 2, XII, g).Imposto sobre propriedade de veculos automotores - IPVA65) Competncia: atribuda aos Estados e ao DF.66) Funo:o IPVA tem funo predominantemente fiscal; tem, todavia, funo extrafiscal, quando discrimina, por exemplo, em funo do combustvel utilizado.67) Fato gerador: a propriedade do veculo automotor.68) Alquota: fixa; no indicada em porcentagem, pelo menos em alguns Estados, mas em valor determinado, em referncia ao ano de fabricao.69) Base de clculo: o valor do veculo, ao qual se chega indiretamente, pelo ano de fabricao, marca e modelo do veculo.70) Contribuinte: o proprietrio do veculo, presumindo-se como tal a pessoa em cujo o nome o veculo esteja licenciado pela repartio competente.71) Lanamento: feito por homologao.IMPOSTOS MUNICIPAISImposto sobre propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU72) Competncia:o IPTU de competncia dos Municpios (CF, art. 156, I, e CTN, art. 32).73) Funo:a funo do IPTU tipicamente fiscal; seu objetivo primordial a obteno de recursos financeiros para os Municpios.74) Fato gerador: a propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel por natureza ou por acesso fsica, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Municpio (CTN, art. 32).75) Alquotas:so fixadas pelos Municpios, sem que a CF nem o CTN imponham qualquer limitao.76) Base de clculo: o valor venal do imvel (CTN, art. 33)77) Contribuinte: o proprietrio do imvel, o titular de seu domnio til ou o seu possuidor a qualquer ttulo (CTN, art. 34).78) Lanamento: feito de ofcio.Imposto sobre a transmisso inter vivos de bens imveis e direitos a ele relativos - ITBI79) Competncia: dos Municpios (CF, art. 156, II).80) Funo: predominantemente fiscal.81) Fato gerador: a transmisso,inter vivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou por acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos sua aquisio.82) Alquotas:so fixadas pelo Municpio, mediante lei ordinria, inexistindo limitao constitucional aos percentuais.83) Base de clculo: o valor venal dos bens ou direitos transmitidos (CTN, art. 38).84) Contribuinte: qualquer das partes na operao tributria, conforme dispuser a lei (CTN, art. 42).85) Lanamento: feito mediante declarao do contribuinte, podendo tambm ser executado de ofcio.Imposto sobre servios de qualquer natureza - ISS86) Competncia: da competncia dos Municpios (CF, art. 24, II).87) Funo:o ISS tem funo predominantemente fiscal.88) Fato gerador: a prestao de servios de qualquer natureza, de carter profissional, elencado em lei ordinria, prestados em carter oneroso, por empresa ou por profissional autnomo, tendo ou no estebelecimento fixo, desde que no seja de competncia tributria dos Estados.89) Alquotas:so estabelecidas pelos prprios Municpios, obedecidos os valores mximos fixados pela Unio, em lei complementar, segundo o disposto na CF, art. 156, 3, I; podem ser proporcionais ou fixas, conforme a qualidade pessoal do prestador.90) Base de clculo: o preo do servio prestado; se o servio envolve, tambm, o fornecimento de mercadorias, sujeitas ao ICMS, a base de clculo ser o valor do servio menos o preo das mercadorias que serviu de base de clculo para o ICMS.91) Contribuinte: o trabalhador autnomo ou a pessoa jurdica que prestou o servio elencado na lei ordinria.92) Lanamento: feito por homologao, podendo ser efetuado de ofcio.CONTRIBUIES SOCIAIS93) Conceito: a espcie de tributo cuja cobrana autorizada pela CF, quando necessria a interveno do Estado no domnio econmico e de interesse das categorias profissionais ou econmicas, como instrumento de atuao em suas reas, e que no se subordinam s normas legais relativas ao oramento.94) Funo:ostenta ntida funo parafiscal; destinam-se a suprir de recursos financeiros entidades do Poder Pblico, com atribuies especficas, desvinculadas do Tesouro Nacional, no sentido de que dispem de oramento prprio.95) Espcies:podem ser de interveno no domnio econmico, de interesses de categorias profissionais ou econmicas e de seguridade social.96) Competncia:nos termos do art. 149 da CF, compete exclusivamente Unio instituir contribuies sociais.97) Contribuintes:depende do exame da hiptese de incidncia de cada uma delas, especificamente consideradas; nos termos do art. 195, I a III, da CF,podem ser contribuintes os empregadores, os trabalhadores e os administradores de concursos de prognsticos.98) Alquotas:so de 10%, calculados sobre o lucro no exerccio, e de 2% relativamente ao Cofins.99) Base de clculo:para pessoas jurdicas o valor do resultado do exerccio, antes da proviso para o IR e o faturamento das empresas.100) Lanamento: por homologao, podendo ser efetuado de ofcio.TAXAS101) Conceito: uma espcie de tributo vinculada ao exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, de carter administrativo, efetivamente prestado ou posto disposio do contribuinte pelo Estado, cobrado compulsoriamente, em virtude de lei.102) Fato gerador: sempre um atividade estatal especfica, relativa ao contribuinte.103) Espcies:podem ser fixas, quando seu valor for igual para todos os contribuintes, ou variveis, quando seu valor se alterar conforme a base de clculo.104) Base de clculo: o valor diretamente relacionado prestao da atividade, pelo Estado, devendo possibilitar o ressarcimento dos custos, e no um excedente de arrecadao.105) Competncia:competente para instituir e cobrar taxa a pessoa jurdica de Direito Pblico que seja competente para a realizao da atividade qual se vincule o fato gerador respectivo.106) Lanamento:pode ser por declarao do contribuinte, sujeito homologao do fisco, e pode ser de ofcio, quando o fisco remete ao contribuinte um aviso de cobrana.CONTRIBUIO DE MELHORIA107) Conceito: a espcie de tributo vinculado valorizao de imvel do contribuinte, em virtude de execuo de obra pblica, com o objetivo de compensar, total ou parcialmente, o Estado, pelo gasto com a execuo da obra.108) Funo: tipicamente fiscal.109) Fato gerador: a valorizao do imvel do qual o contribuinte proprietrio, ou enfiteuta, desde que essa valorizao seja decorrente de obra pblica.110) Clculo: determinada tomando a parcela do custo da obra, cujo custeio deva ser feito pelos contribuintes, e fazendo-se o rateio desta pelos imveis situados na zona beneficiada, em funo dos respectivos fatores individuais de valorizao (CTN, art. 82, 1).110) Lanamento: feito de ofcio.IX - PROCESSO TRIBUTRIO1) Conceito:o processo administrativo tributrio consiste no conjunto de atos administrativos (procedimentos) destinados aplicao das normas materiais de Direito Tributrio relao jurdica entre o fisco e o sujeito passivo da obrigao tributria.2) Consulta:consiste na comunicao formal e escrita, dirigida pelo contribuinte repartio competente em matria tributria, para que preste esclarecimentos e orientao prvia ao caso concreto, visando garantia do correto cumprimento da obrigao tributria perante o fisco.3) Impugnao: a manifestao formal de discordncia de que se pode utilizar o contribuinte, que decide opor-se cobrana do fisco, pela via administrativa; pode conter discordncia de erro de fato (quando o crdito tributrio no corresponder efetiva obrigao tributria) ou erro de direito (quando a constituio do crdito desrespeitou a norma tributria).4) Competncia:a competncia dos rgos administrativos federais e estaduais distribda pelas regies administrativas do Pas ou pelos Estados e delimitada pela espcie de tributo em discusso; a primeira a competnciaratione loci, e a segunda,ratione materiae.5) Recurso especial: aquele dirigido Cmara Superior de Recursos Fiscais, dentro do prazo de 15 dias contados da cincia da deciso, concedendo-se parte contrria, tambm 15 dias para oferecer contra-alegaes e que pode ser interposto pelo contribuinte, de deciso que der lei tributria interpretao divergente da que lhe tenha dado outra Cmara ou a prpria Cmara Superior de Recursos Fiscais, e pelo Procurador da Fazenda Nacional, de deciso unnime da Cmara, quando for contrria lei ou evidncia da prova.6) Denncia:em matria tributria, ato formal, praticado por qualquer pessoa, no pertencente Fazenda Pblica, que consiste na comunicao, autoridade fiscal competente, da ocorrncia de atos ou fatos que considere contrrios s normas tributrias.7) Representao:em matria tributria, ato formal, praticado por funcionrio da FP no competente para lavrar auto de infrao, que consiste na comunicao interna, de maneira fundamentada, a seu chefe imediato, da ocorrncia de atos ou fatos que considere contrrios s normas tributrias, para que ele tome as providncias cabveis para apurar a existncia de eventual infrao.EXECUO FISCAL8) Generalidades:na execuo fiscal a Fazenda ingressa em juzo para a cobrana forada do crdito tributrio; rege-se pela Lei de Execuo Fiscal (LEF - 6830/80), e, subsidiariamente pelo CPC; a competncua para processar e julgar a execuo da dvida ativa exclui a de qualquer outro juzo, inclusive o da falncia, da concordata, da liquidao, da insolvncia ou do inventrio (arts 5 e 29 da LEF); o crdito fiscal tem preferncia sobre qualquer outro, ainda que tenha garantia real.9) Concurso de preferncias:se ocorrer, deve ser obedecida a seguinte ordem: I - Unio e suas autarquias; II - Estados, DF e suas autarquias; III - Municpios; a constitucionalidade dessa matria duvidosa, pois o art. 19, III, da CF, veda que estes entes pblicos estabeleam preferncias entre si.10) Petio inicial:deve vir acompanhada pela Certido da Dvida ativa, que tem presuno de liquidez e certeza; a execuo abrange o devedor e o responsvel tributrio, sem que haja necessidade do nome deste figurar na Certido de Dvida Ativa.11) Citao:em princpio, feita pelo Correio, com AR, podendo tambm ser feita pelo Oficial de Justia, se a Fazenda assim requerer (LEF, art. 8).12) Se a citao se efetivar:o devedor ter 5 dias para fazer o pagamento ou garantir a execuo; garantir a execuo significa oferecer bens para serem penhorados, ou fiana bancria, ou depsito em dinheiro (LEF, art. 9); se fizer o pagamento extingue-se a execuo; se garantir a execuo, ter o prazo de 30 dias para apresentar embargos; se no pagar nem garantir, ser-lhe-o penhorados tantos bens quantos bastem para cobrir a dvida.13) Se a citao no se efetivar, mas forem encontrados bens:neste caso, se forem encontrados bens, procede-se o arresto dos mesmos (LEF, art. 7, III); segue o procedimento do arresto do CPC.14) Se a citao no se efetivar e no forem encontrados bens:se o devedor no for encontrado e tambm no forem encontrados bens, suspende-se o processo (LEF, art. 40).15) Embargos do devedor:o devedor tem o prazo de 30 dias, na execuo fiscal, para oferecer embargos, a partir da intimao da penhora, ou da data do depsito em dinheiro, como garantia, ou da juntada da fiana bancria; podem basear-se, entre outros motivoa arrolados na lei, na nulidade do ttulo, na ilegitimidade de parte, na prova de pagamento j realizado, etc.; os embargos so autuados em separado.