resumo de direito tributário

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RESUMO DE DIREITO TRIBUTRIO

O CTN continua lei ordinria, mas com fora de lei complementar.Cabe lei ordinria instituir e majorar, de forma geral, a matria tributria.

Majorao de base de clculo: Impostos: lei complementar; Taxas: lei ordinria.

Majorao de alquotas (de forma geral): Taxas e Impostos: Lei ordinria.

Contribuinte de fato do imposto sempre ser o consumidor final.Tributo toda prestao tributria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.Os tributos so impostos, taxas e contribuies de melhoria.Para o STF, so: impostos, taxas, contribuies de melhoria, emprstimos compulsrios, contribuies sociais e contribuies de interveno no domnio econmico cide. Smula 29 do STF: constitucional a adoo, no clculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base clculo prpria de determinado imposto, desde que no haja integral identidade entre uma base e outra.Definio de tributos e suas espcies, o fato gerador, a base de clculo e contribuintes dos impostos sero todos estabelecidos por lei complementar.A competncia tributria indelegvel. Pode, contudo, delegar a pessoa jurdica de direito pblico a arrecadao, fiscalizao, execuo de leis, servios, atos ou decises administrativas em matria tributria. vedada a delegao pessoa jurdica de direito privado. S permitido ou autorizado, em relao pessoa jurdica de direito privado, a arrecadao de tributo, apenas a arrecadao, ao qual no configura delegao.

Tributo no de ato ilcito. institudo por lei ordinria, em sua maioria.

Casos excepcionais:

Medida Provisria (Instituir ou majorar tributo):

Medida provisria no pode regular matria reservada a lei complementar. Assim, medida provisria no poder disciplinar, instituir ou majorar, o emprstimo compulsrio, outros tributos institudos pela Unio (Art.154,I da CF) e outras fontes para seguridade social (Art. 195, 4 da CF);

Medida provisria poder instituir e majorar o II, IE, IOF, e o Imposto Extraordinrio de Guerra e ser exigido imediatamente (no respeitara nem a anterioridade anual nem a nonagesimal);

Medida provisria poder instituir e majorar o IPI tambm. Contudo, ter que esperar a anterioridade nonagesimal, pois o IPI sempre obedece a anterioridade nonagesimal, sempre.

Medida provisria tambm pode instituir e majorar contribuies sociais, sem obedecer ao exerccio financeiro, mas tem que obedecer a nonagesimal, por analogia ao art. 195, 6 da CF. Esse o posicionamento do STF.

Medida provisria pode instituir e majorar o IR, contudo, s obedecer o exerccio financeiro se convertida em lei na data de sua edio, no obedecendo a nonagesimal. Exemplo: Medida provisria majorou a alquota do IR em novembro de 2012, sendo convertida em lei em dezembro de 2012. Pode ser cobrada j em janeiro de 2013, pois IR no obedece a nonagesimal e a MP provisria foi convertida em lei no exerccio anterior, ou seja, em 2012.

Nos demais casos, medida provisria pode instituir e majorar outros tributos, desde que seja convertida em lei at o ltimo dia do ano em que foi editada. Ou seja, editada uma medida provisria que institua ou majore o ITR em 2012, s surtir seus efeitos em janeiro de 2013, se for convertida em lei at dia 31/12/2012. Lembrando sempre, que ter que obedecer a regra nonagesimal, pois, fora as excepcionalidades acima, os demais impostos institudos por Medida Provisria no s obedecem o exerccio financeiro, como a regra nonagesimal, tudo a contar da data da edio da medida provisria.

Ato do Poder Executivo (Apenas alterar a alquota):

O art. 153, 1 da CF menciona que o Poder Executivo poder alterar a alquota do II, IE, IPI e IOF dentro dos limites da lei. Ou seja, por decreto do presidente da repblica ou ato do Ministro da Fazenda pode ser alterada a alquota do II, IE e IOF e serem cobradas imediatamente. Quanto ao IPI, se alterar a alquota, ter que esperar a noventena para exigir, pois esse imposto sempre obedece a noventena.

Quanto ao Imposto Extraordinrio de Guerra, em relao apenas a sua alquota, a CF no menciona. Apenas diz que a Unio poder instituir esse imposto, sem obedecer a anterioridade e nonagesimal, no fala da sua alquota.

Para definir o tributo h que se averiguar o fato gerador, independente do nome que lhe dado. Quando houver delegao a pessoa jurdica que recebeu ter privilgios processuais como se fosse a pessoa titular. A tributao permite ao Estado a realizao de suas atividades essenciais, notadamente de dar cumprimento a todos os direitos e garantias fundamentais previstos na Constituio Federal.A competncia residual dos Estados apenas para instituir taxas e contribuies de melhoria em conformidade com o art. 25, 1 da CF (mediante lei ordinria), pois a competncia para instituir outros impostos da Unio, conforme art. 154, I da CF (mediante lei complementar). Assim como competncia da Unio a instituio de novos impostos para o custeio e expanso da seguridade social (mediante lei complementar). No mais, no h previso de outros tributos na CF e CTN.Interessante notar que 20% desses novos impostos institudos pela Unio sero repassados aos estados. Lembrando que esses novos impostos s sero institudos por lei complementar no podem ter fato gerador e base de clculo dos outros impostos da Unio que foram discriminados pela CF.A nica possibilidade demanejoda exceo de pr-executividade aps os embargos seria para veicular alegao decorrente de fato posterior. Usa-se a exceo para evitar a penhora, um manejo de extino rpida da execuo por algum vcio que torne invivel a continuidade da execuo contra o executado. Assim, a alegao de nulidade, vcios pr - processuais e processuais que tornam ineficaz o ttulo executivo, judicial ou extrajudicial, devem ser suscitados atravs da exceo de pr - executividade, antes mesmo ou aps a citao do executado. A exceo de pr-executividade s cabvel quando manifesta a inexecutividade do documento, seja por ausncia das prprias condies da ao ou por evidente nulidade da execuo. A exceo de pr - executividade um meio disponvel defesa do executado, cabvel nas hipteses de flagrante inexistncia ou nulidade do ttulo executivo, e nas hipteses referentes flagrante falta de pressupostos processuais ou condies da ao. oposta no lugar dos embargos execuo.

Salvo caso de alterao de alquotas e base de clculo pelo executivo, necessria lei ordinria para majorar tributo.A legislao tributria compreende as leis, tratados e convenes internacionais e demais decretos que versam sobre direito tributrio. A lei tributria retroage quando em relao a ato ou fato a lei comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo de sua prtica (ainda que com trnsito) ou, ainda, quando, ainda sem trnsito em julgado - pendente, a lei nova deixe de considerar como infrao. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e rege-se pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada.Interpretao da legislao tributria: Primeiro, a lei e demais normas. Na ausncia delas, sucessivamente e nessa ordem: a analogia (tributo tem que estar previsto em lei); princpios gerais do direito tributrio; princpios gerais de direito pblico e equidade (no pode dispensar o pagamento de tributo devido). No caso de dvida da aplicao de penalidade, dever ser interpretada de forma mais favorvel ao acusado.Penalidade de tributo obrigao principal, no acessria. Contudo, a multa imposta da obrigao acessria vira obrigao principal. Importante observar ainda que a multa no tributo, simplesmente multa, ainda que vire obrigao principal, pois o CTN diz que tributos so obrigaes compulsrias que no constituam atos ilcitos. No mais diz que tributos so impostos, taxas e contribuies de melhoria.A obrigao tributria acessria pode ser criada por IN sim, devido ao fato do CTN falar que elas sero institudas pela legislao tributaria. Sujeito ativo o imbudo na competncia para exigir tributo. A obrigao tributria torna-se lquida e exigvel com o lanamento aps a notificao do contribuinte para impugn-lo se assim o desejar, do contrario constitudo definitivamente o crdito tributrio. Se o mesmo se achar em lugar incerto e no sabido ser notificado por edital, s ento que se valida o lanamento e constituio do crdito tributrio. A lei aplica-se a data do fato gerador. Os erros na declarao pelo contribuinte s poder ser corrigido at a notificao de lanamento pelo fisco, depois disso ter que pedir para o poder judicirio.Compete ao presidente celebrar tratados internacionais e ao congresso referend-los (ratifica-los). Hoje o Brasil possui 25 tratados internacionais para evitar a dupla tributao (TDT) com os maiores pases, com excluso dos EUA. Rege-se pelo princpio da ONU, ou seja, o pas gerador da renda que impe a tributao. Geralmente so tributos relativos a renda e capital.

O emprstimo compulsrio no imposto e no est sujeito a dotao oramentria e deve ser institudo por lei complementar para os casos de guerra externa ou iminncia, calamidade pblica, investimento pblico urgente de relevante interesse nacional. No obedece o exerccio financeiro nem a regra nonagesimal. Ao final, deve ser restitudo ao contribuinte.Contudo, no caso especfico de investimento pblico urgente de relevante interesse nacional, obedece a regra nonagesimal (Art.148, II da CF).

Imposto extraordinrio de guerra tributo. O imposto extraordinrio (na iminncia ou no caso de guerra externa. Ser suprimido gradativamente e no prazo mximo de 5 anos, contados da celebrao da paz) pode incidir com fato gerador de outros impostos e institudo mediante lei ordinria, medida provisria ou qualquer ato do poder executivo federal, como decreto.

O Estado ao tributar obedece aos seguintes princpios: legalidade, da anterioridade, da igualdade, da competncia, da capacidade contributiva, da vedao ao confisco e o da liberdade de trfego de pessoas e mercadorias. A competncia tributria residual exclusiva da Unio e est definida no art. 154, inciso I da CF: A unio poder instituir: I- Mediante lei complementar, impostos no previstos no artigo anterior, desde que sejam no cumulativos e que no tenham fato gerador ou base de clculo prprios dos discriminados nesta constituio. Lembre-se, competncia residual e no concorrente.Ainda sobre competncia tributria, em relao aos territrios federais importante observar se esto divididos em municpio ou no. Se no estiverem divididos em municpios, somente a Unio ter a competncia para arrecadao de tributos estaduais e municipais. Se estiverem divididos em municpios a competncia para os tributos municipais ser do Distrito Federal.Asfontesprincipais doDireitoTributrio so as leis, os tratados e convenes internacionais e os decretos (CTN, art. 96), tendo em vista que as demais normas so elencadas no art. 100 do CTN, sob ttulo deNormas Complementares. (Muitos no consideram a doutrina e jurisprudncia como fontes do direito tributrio).Tambm so fontes as medidas provisrias, resolues, convnios sobre ICMS, decreto, MP, atos normativos, etc. So fontes formais (pq esto em sentido abstrato), pois h fontes materiais que so a materializao dos fatos geradores, como a obteno de renda, a importao e exportao, etc.Imposto genrico, no vinculao de receita. Limitaes ao poder de tributar: Majorar tributos (temos casos excepcionais), instituir tributo por outro instrumento quer seno a lei, no pode limitar o trafego de pessoas e mercadorias por meio de tributos intermunicipais ou interestaduais.Cobrar impostos (apenas impostos) sobre bens, rendas e servios um dos outros (incluindo a imunidade em relao s autarquias e fundaes pblicas), templos de qualquer culto, cobrar tributos de rendas, servios e patrimnio de partidos polticos e suas fundaes, cobrar tributos de entidades sindicais sem fins lucrativos, instituies de educao sem fins lucrativos, instituies de assistncia social sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na lei e no podem distribuir qualquer parcela de seu patrimnio ou de suas rendas, a qualquer ttulo. vedado instituir impostos (apenas impostos) tb em relao papel destinado exclusivamente para a impresso de livros, jornais e peridicos. vedado a unio instituir tributo que no seja uniforme em todo o territrio nacional ou que faa distino entre estados ou municpios (mas permitido conceder incentivos fiscais, mas no instituir tributo diferenciado), no pode a unio, estados e municpios estabelecer diferena tributria em relao a bens de qualquer natureza em relao a sua procedncia ou destino. Imposto no pode estar relacionado com alguma atividade estatal prestada ao contribuinte. Sem prejuzo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:(...)VI instituir impostos sobre:a) patrimnio, renda ou servios uns dos outros.

Observe que a vedao de impostos, no de tributos. Ou seja, pode cobrar taxas e contribuies de melhoria uns dos outros. Alis, a questo da imunidade de templos religiosos, livros e peridicos tb apenas em relao a impostos, no a tributos.

Hiptese de incidncia a descrio hipottica e abstrata de um fato. parte da norma tributria. o meio pelo qual o legislador institui um tributo. Est criado um tributo, desde que a lei descreva sua h.i., a ela associando o mandamento pague Ataliba.Fato gerador o fato concreto, localizado no tempo e no espao, acontecido efetivamente no universo fenomnico que, por corresponder rigorosamente descrio prvia, hipoteticamente formulada pela h.i. legal, d nascimento obrigao tributria. Cada fato imponvel determina o nascimento de uma obrigao tributria.Tributos parafiscais so aqueles que servem para um dar sustento a um encargo que no se inclui entre as atividades principais do estado.Tratados internacionais tem fora de lei federal. Os tratados e convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna e sero observados pela que lhes sobrevenha. Legislao nacional tributria posterior no revoga tratado internacional.Protocolos e convnios (internos) so normas complementares e no se compara a lei, tratados ou decreto.Solidariedade passiva tributria s por lei. Contribuio para o FGTS no tem nada a ver com direito tributrio. Capacidade tributria independe de idade, interveno, regularidade de PJ (basta atividade econmica), ou qualquer outra matria civil ou comercial.Domiclio fiscal eleito pelo contribuinte, podendo o fisco recusar se lhe prejudicar a fiscalizao e arrecadao do tributo. Se o contribuinte no eleger, ser de seu domiclio natural, a sede de PJ ou quando no se encaixar em nenhuma das hipteses, ser da situao dos bens ou local do fato que deu origem a obrigao tributria. O esplio o responsvel tributrio pelo de cujus at a data da abertura da sucesso. Os herdeiros e vivo meeiro so responsveis pelo seu quinho at a data da abertura de sucesso. Obrigao tributria propter rem, passa para a pessoa que adquirir. Os responsveis legais do contribuinte (pais, curador, representante, sndico) respondem solidariamente com esses enquanto interventores do contribuinte se cometerem atos em excesso, inclusive os scios, respondem sozinhos perante a obrigao tributria resultante desse excesso (primeiro eu vou exigir do contribuinte, s depois vou para esses responsveis). Responsabilidade tributria objetiva, independe de culpa ou dolo e disciplinada apenas por lei.O terceiro s responde pessoalmente quando da prtica comprovada de atos ilcitos ou quando o dbito tributrio resultou de ato praticado com excesso de poderes ou infrao ao contrato social ou estatutos.Normalmente quem continua a atividade do fundo de comrcio ou estabelecimento comercial passa a ser o responsvel pelo pagamento de tributos anteriores a alienao (responde integralmente se o alienante cessar a explorao ou atividade e subsidiariamente se o alienante continuar a atividade ou continuar a explorao da atividade dentro de 6 meses a contar da alienao). Contudo, o adquirente no responder se a alienao for judicial em a) processo de falncia e b) de filial ou unidade produtiva isolada em processo de recuperao judicial.Lembre-se sempre: responsabilidade tributria decorre to somente da lei.A obrigao tributria normalmente propter rem, ou seja, aquele que adquire o bem responde por os tributos anteriores. Salvo no caso de arrematao em hasta pblica, onde os valores de tributos vencidos no se transfere ao adquirente, pois diz o CTN em seu art. 130, nico que a sub-rogao dos tributos vencidos se d sobre o preo. Ou seja, quem responde pelo tributo o preo que lhe foi dado na arrematao. Se no forem suficientes para pagar os tributos anteriores, o arrematante no ser responsabilidade, pois se presume que o preo pago na alienao em hasta pblica era suficiente para o pagamento de tributos anteriores. No haver incidncia de multa se houver denuncia espontnea pelo contribuinte (apenas na obrigao principal. No h denncia espontnea em relao obrigao acessria para o STJ. Vrios doutrinadores acham que cabe sim. Paulo de Barros acha que no, como o STJ). Lembre-se que denuncia espontnea um instituto relativo a penalidades. S cabvel enquanto o fisco no comear um procedimento para apurar alguma irregularidade.Para isso deve ele pagar o tributo com a devida correo monetria e juros, podendo efetuar depois da apurao pela autoridade administrativa quando depender dessa (desde que pague no prazo estabelecido pela autoridade administrativa). Contudo, quando no depender de apurao pela autoridade administrativa e esta j estiver iniciado a apurao de infrao, no haver qualquer denncia espontnea e incidir a multa. O pagamento tem que ser integral, a porque no ser possvel denncia espontnea em parcelamento e em lanamento por homologao misto, pq nesse tipo, o fisco ratifica o valor devido e o contribuinte tem que pagar no prazo, se no pagar, h incidncia de multa. A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria. A obrigao tributria se aperfeioa com o lanamento. O crdito tributrio s se constitui com o lanamento. Na hiptese de autolanamento s surge o credito e a obrigao tributria depois da homologao pelo fisco. O fisco tem que efetuar o lanamento e notificar o contribuinte, do contrrio no h exigncia de crdito tributrio. O crdito tributrio definitivo se constitui com o trnsito em julgado na esfera administrativa aqui que se inicia a execuo fiscal.Lanamento por homologao: O lanamento por homologao ocorre em relao aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.Lanamento por homologao = IR. ICMS, IPI, COFINS, ISS, ITR, PIS. Contribuinte declara e paga previamente antes de averiguao para o fisco. O fisco tem prazo decadencial de 5 anos, aps o fato gerador, para constituir o verdadeiro crdito tributrio se averiguar alguma irregularidade.Lanamento por homologao misto = S paga quando o sujeito presta informaes ao fisco e este ratifica o clculo. II e IELanamento de ofcio = Art. 149, CTN. Exemplo = IPTU e IPVA.

Somente a lei especfica complementar poder disciplinar: as hipteses de excluso (anistia e iseno mediante lei complementar), suspenso e extino de crditos tributrios, ou de dispensa ou reduo de penalidades (remisso moratria, etc).No caso de ICMS, a iseno no ser por lei, mas sim por deliberao dos Estados (Convnio).

Suspenso da exigncia do crdito tributrio (no de seu lanamento): Somente mediante: moratria, depsito judicial, integral e em dinheiro do crdito tributrio (para discutir em ao judicial, no basta prestar mera cauo), reclamaes e recurso administrativo no processo administrativo, liminar em MS, liminar e tutela antecipada em outras aes e parcelamento. O cumprimento da obrigao acessria no suspenso porque foi suspensa a obrigao principal. S que lembre que a multa imposta de obrigao acessria convertida em obrigao principal. Parcelamento modalidade de moratria (somente mediante lei especfica). Aplicam-se, subsidiariamente ao parcelamento, as disposies desta Lei relativas moratria. Moratria gnero, ao qual o parcelamento espcie. Moratria um prazo maior para o contribuinte pagar o tributo e uma das formas de suspenso da exigibilidade do crdito tributrio. Geralmente a moratria no inclui juros e multa, mas pode incluir. J o parcelamento inclui, geralmente, juros e multa.A moratria geralmente apenas em crdito j definitivamente constitudo. Em caso excepcional poder recair sobre crdito tributrio no definitivamente constitudo. Moratria em carter geral gera direito adquirido. Moratria em carter individual no gera direito adquirido. No possvel moratria em casos de dolo, fraude ou simulao.Extino do crdito tributrio: pelo pagamento, compensao (mediante lei ordinria especfica, crditos lquidos e certos, vencidos e vincendos. Fisco examina e Judicirio declara a compensao no caso de negativa, ao devida o MS - vedada a compensao mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestao judicial pelo sujeito passivo, antes do trnsito em julgado da respectiva deciso judicial), transao ( uma negociao, como refis, mediante lei, vontade de ambas as partes), remisso (mediante lei especfica que pode conceder a administrao remir, por despacho fundamentado, em determinadas condies. Pode ser remisso total ou parcial do crdito e no gera direito adquirido, assim como a moratria individual que pode ser revogada a qualquer tempo. Atinge o crdito tributrio, diferente da anistia que atinge o perdo to somente da penalidade), prescrio e decadncia, converso de depsito em renda, pagamento antecipado e a homologao do lanamento pelo fisco, a consignao em pagamento (s extingue se houver procedncia da ao), deciso administrativa irreformvel, deciso judicial com trnsito e dao em pagamento de bens imveis na forma e condies da lei. Compensao examinvel na esfera administrativa (fisco tem que verificar se est correto o crdito do contribuinte), ao judicirio compete apenas dizer que pode compensar (crdito lquido e certo). Se a lei no dispuser de modo diverso, os juros de mora so calculados taxa de um por cento ao ms. No se suspende nem se interrompe a o prazo de decadncia, mas se suspende ou interrompe o prazo de prescrio.Quando h suspenso da exigibilidade do crdito tributrio, tb h a suspenso da prescrio.Quando a autoridade adm no fixar o tempo para pagamento, sero este 30 dias aps a notificao ao sujeito passivo sobre o lanamento de crdito tributrio. Lei poder disciplinar juros moratrios superiores a 1% ao ms (hj se aplica a taxa Selic). Nem caso fortuito nem fora maior desculpa o no pagamento de tributo. Compensao de crdito tributrio federal com precatrio s se for originrio da mesma pessoa, ou seja, o terceiro que adquirir o precatrio no pode compensar mais desde 2011. Mais ainda, o crdito e dbito tem que originar da mesma pessoa jurdica (crdito do INSS, dbito do INSS, seno no possvel compensar, como crdito do INSS e dvida com a Receita)Excluso do crdito tributrio (s essas duas modalidades atualmente): iseno (dispensa do pagamento do tributo que no atinge o cumprimento de obrigao acessria salvo disposio de lei em contrrio, no estende a iseno para as taxas e contribuies de melhoria, apenas aos impostos) e anistia (abrange, exclusivamente, as infraes cometidas antes da vigncia da lei de anistia e no abrange casos com dolo, fraude, conluio, etc. Pode ser concedida em carter geral como limitadamente s infraes da legislao relativa a determinado tributo). Somente a lei definir os casos de iseno e anistia. Iseno no extensiva a taxas e contribuies de melhoria (salvo estipulao de lei em contrrio).

Ao de consignao em pagamento em matria tributria = Contribuinte no sabe a quem pagar ou o fisco recuse o pagamento. Depsito deve ser em dinheiro, pq se julgada procedente convertida em renda. Se julgada improcedente ocorrer os juros, correo e devidas penalidades, como o auto de infrao e imposio de multa. Forma correta de se libertar quando o fisco recusa. uma ao declaratria.Ao de repetio de indbito = Quando o contribuinte paga o que no devia. Pode virar precatrio. Prazo de 5 anos da data de extino do crdito tributrio. Quando o tributo estiver sujeito ao lanamento por homologao, o prazo prescricional e nico ser de 5 anos contados da data do pagamento indevido e no da data da homologao. O prazo prescricional para o ingresso da ao judicial (anulatria de deciso administrativa, que no ao de repetio de indbito) ser de 2 anos se o contribuinte for ingressar com a ao a partir da deciso definitiva que negar a repetio de indbito (ele pode ir primeiro pela via administrativa). Alis, para essa ao judicial, tem que ter deciso administrativa que negue a restituio do crdito. (Ou seja, 5 anos se for direto no judicirio e 2 anos se for na administrao, a contar da deciso definitiva administrativa).

Decadncia: 5 anos para constituir crdito tributrio a contar: 1) do primeiro dia do exerccio financeiro seguinte aquele em que o lanamento poderia ter sido feito (Ex. fato gerador 01/10/2000, prazo de 5 anos comea a contar de 01/01/2001, quando o lanamento de ofcio ou misto Art. 173, I).

Decadncia quando o lanamento por homologao: Discusso ainda controvertida nos tribunais administrativos e judiciais.O STJ e o Tribunal de Impostos e Taxas de So Paulo (TIT) entendem que quando o lanamento por homologao (aquele em que o contribuinte paga primeiro e s depois a administrao verifica) o prazo decadencial de 5 anos conta a partir do fato gerador como estabelecido pelo art. 150, 4 do CTN.Contudo, quando averiguado fraude, dolo ou simulao por parte do contribuinte, o prazo de decadncia ser contado com base no art. 173, I do CTN, ou seja, 05 anos a contar do prximo exerccio financeiro em que o fisco poderia ter constitudo o crdito tributrio.Exemplo 1: Fato gerador ocorreu em 05/02/2000, era modalidade de lanamento por homologao, sem averiguao de dolo, fraude ou simulao. Prazo decadencial para o fisco ser de 05 anos pela regra do art. 150, 4 do CTN. Ou seja, o prazo se extinguir em 05/05/2005.Exemplo 2: Fato gerador ocorreu em 05/02/2000, era modalidade de lanamento por homologao, mas foi contatado que houve de dolo, fraude ou simulao. Ento, o prazo decadencial para o fisco ser de 05 anos pela regra do 173, I do CTN e no do art. 150, 4. Ou seja, o prazo se extinguir em 01/01/2006.Prescrio: Ao para cobrar o crdito depois de definitivamente constitudo. 5 anos aps a constituio definitiva do crdito tributrio. H casos de interrupo, vide lei de execuo fiscal (do despacho que manda citar em execuo fiscal; j no CPC comum a interrupo da prescrio da citao vlida, podendo retroagir). Enquanto h recurso administrativo pendente para constituio do credito tributrio no corre a prescrio e a decadncia. (prescrio no de 2 anos e sim de 5 anos). H prazo mximo para as diligncias administrativas (fiscais no caso).II: A base de clculo do imposto de exportao ad valorem, ou seja, o valor que ele teria em ampla concorrncia no mercado no momento de sua importao. Se for mercadoria levada a leilo a sua base de clculo o valor da arrematao (II obedece a essencialidade e no cumulatividade). Existe tanto a guia de importao como a guia de exportao (no caso de IE na emisso da guia de exportao que ocorre o fato gerador, ao contrrio do II que mero expediente burocrtico, uma vez que seu fato gerador ocorre com entrada destes no territrio nacional). Tanto o II como IE so chamados de impostos extrafiscais. No obedece a anterioridade e nonagesimal. Sua alquota altervel, geralmente, mediante decreto do Poder executivo ou ato do ministro da fazenda, podendo ser exigido imediatamente. Tambm pode ser institudo e majorado sua alquota por Medida provisria em casos de relevncia e urgncia. No incide IPI nem ICMS junto com IE, mas incide IPI e ICMS junto com II.

IPI: O IPI obedece a seletividade do produto e a no cumulatividade nas suas operaes. Fato gerador do IPI no a sua industrializao (isso hiptese de incidncia), mas o desembarao aduaneiro ou a sada do produto industrializado dos seguintes estabelecimentos comerciais fato gerador (importador ou quem a lei a ele equiparar, industrial ou a quem a lei equiparar, comerciante de produtos sujeito ao imposto que os fornea aos contribuintes citados acima). O IPI obedece sempre obedece a regra nonagesimal, seja por lei, seja pela alterao de sua alquota por decreto ou ato do ministro da fazenda ou, ainda, sua instituio e majorao por medida provisria. No obedece a anterioridade do exerccio financeiro quando institudo por lei. OS: Interessante notar que o requisito de essencialidade do produto obrigatrio no IPI, diferente do ICMS, que a CF diz que o ICMS poder ter o requisito de essencialidade.Ainda sobre o IPI, a CF determina que 10% do seu valor seja repassado aos estados, na proporo do valor das respectivas exportaes de produtos industrializados (incentivo a exportao). Ainda menciona que cada estado no receber mais que 20% desses 10% do IPI, sendo o restante distribudos entre os demais participantes.Por fim, diz que o valor que cada estado receber do IPI, dever distribuir 25% aos municpios.Smula 591 do STF: A imunidade ou a iseno tributria do comprador no se estende ao produtor, contribuinte do IPI.

Ainda sobre imunidade tributria, importante ressaltar que segundo orientao do STF, somente atinge impostos. Ou seja, no atinge taxas e contribuies de melhoria.

IR: No incide IR quando os proventos so a ttulo de indenizao. Critrios da generalidade, universalidade e progressividade. O produto de IR de funcionrios municipais pertence ao municpio e aos funcionrios do estado pertence ao respectivo estado. IR s por lei ou medida provisria quando urgente e de relevncia nacional. Obedece a anterioridade, mas no a nonagesimal. Importante: A CF menciona que vedado a Unio, Estados e Municpios instituir impostos sobre patrimnio, renda ou servios uns dos outros, includas as autarquias e fundaes. Contudo, quando as ltimas explorarem atividade econmica, em que haja pagamento de tarifa ou taxas pelos usurio, elas pagaram impostos sim (Vide art 150, 3 da CF).As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgios fiscais no extensivos ao setor privado, pois so pessoas jurdicas de direito privado.O produto do IR em relao aos funcionrios estaduais e municipais pertencem ao governo do estado ou a prefeitura municipal, dependendo se o funcionrio estadual ou municipal.

IOF: Imposto sobre operaes financeiras. De crdito, cmbio, seguro, ttulos mobilirios e valores mobilirios. Fato gerador da operao ou a disposio de crdito e moeda (no caso de cmbio). Seguro da emisso da aplice. No incide IOF nos saques de caderneta de poupana. Depsitos que rendem juros esto sujeitos ao IOF, s no incide se for mera correo monetria. Incide IOF sobre resgate de ttulos e valores mobilirios. Destinao a receita lquida para formao de reservas monetrias. No obedece a anterioridade e nonagesimal, ainda que por lei. Pode ser institudo e majorado por medida provisria e ser cobrado imediatamente. Sua alquota pode ser majorada e cobrada imediatamente por ato do presidente da repblica, como decreto, ou ato do ministro da fazenda.

IPTU: para o proprietrio, possuidor ou aquele que possuir o domnio til do imvel urbano. Em ocasio especial as reas urbanizveis destinadas a habitao e aprovadas pelo rgo competente sero consideradas urbanas para fins de cobrana de IPTU (a lei diz qual rea urbana e diz que deve preencher pelo menos 2 requisitos). Promitente comprador de imvel urbano em nome de autarquia paga o IPTU. Modificao da base de clculo do IPTU somente mediante lei. No obedece a regra nonagesimal quanto a alterao da base de clculo, mas obedece o exerccio financeiro, seja por lei ou medida provisria se for convertida em lei em caso relevante ou urgente. Possuidor s paga IPTU e ITR se a relao for de direito real e no de direito pessoal. No mais, o IPTU poder ter alquotas diferenciadas de acordo com a localizao e o uso do imvel.

ITR: A base de clculo do ITR o valor fundirio. No incidir ITR em pequenas glebas onde o proprietrio as explore e no possua outro imvel. facultado aos municpios, mediante lei, explorar e fiscalizar o ITR. A destinao do ITR de 50% para os municpios. Agora, se os municpios optarem em fiscalizar e cobrar esse tributo, no ser 50% destinado, mas sim 100% de destinao para os municpios. Se o imvel, ainda que urbano, tiver destinao rural, incidir ITR, no IPTU. ITBI: Competncia dos municpios. Transferncia de imveis, inter vivos, por ato oneroso e no pode ser progressivo. No incide na transferncia de direito real de garantia relativo a imveis. inconstitucional a lei que estabelece progressividade de alquota de ITBI com base no valor venal do imvel. H limites de alquotas para o imposto de transmisso de bens imveis e diretos a eles relativos (ITBI) que sero fixados por resoluo do senado federal..ISS: Competncia dos municpios. Lei complementar estabelecer quais sero os servios que incidiro ISS, inclusive suas alquotas mximas e mnimas, excluso de servios para o exterior e regulamentao de iseno, incentivos e benefcios fiscais. A lista de servios da lei complementar do ISS no taxativa, extensiva, comporta outros servios no elencados ali (STF).

ICMS: Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual, intermunicipal, servios de telecomunicaes, energia eltrica, derivados do petrleo, combustveis e minerais. Resoluo do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da Repblica ou de um tero dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecer asalquotas aplicveissoperaes e prestaes, interestaduais. facultado ao Senado: estabeleceralquotas mnimasnas operaes internas, mediante resoluo de iniciativa de um tero e aprovada pela maioria absoluta de seus membros e, facultado tambm, fixaralquotas mximasnas mesmas operaes para resolver conflito especfico que envolva interesse de Estados, mediante resoluo de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois teros de seus membros (Se quero tabelar alquota interestadual, maioria absoluta. Se quero fixar alquota mxima interestadual, 2/3 dos senadores; se quero fixar alquota mnima interna, no interestadual, maioria absoluta).O ICMS tb recai sobre combustvel e minerais. A destinao do ICMS de 25% para os municpios. Quanto cada municpio vai receber est no nico do art.158. O ICMS no incide sobre a prestao de servios de transporte entre contribuintes e no contribuintes de estados diferentes.Importante: Apenas o ICMS, o II e o IE incidiro sobre energia eltrica, servios de telecomunicaes, derivados do petrleo, combustveis e minerais do pas.Smula 570 do STF: O ICMS no incide sobre a importao de bens de capital.

Smula 576 do STF: lcita a cobrana do ICMS sobre produtos importados sob o regime da alquota zero.

Smula 661 do STF: Na importao de mercadorias do exterior, legtima a cobrana do ICMS por ocasio do desembarao aduaneiro.

CIDE: Contribuio de Interveno no Domnio Econmico. De competncia exclusiva da Unio, bem como a instituio de contribuies sociais de interesse das categorias profissionais ou econmicas. instituda por lei complementar.

ITCMD: Competncia dos Estados. Transferncia gratuita (contrrio do ITBI que oneroso e relativo a bens apenas imveis ou de garantias relativas a bens imveis) de bens mveis ou imveis por doao ou causa mortis (base de clculo sobre o valor dos bens na dada da avaliao). O Senado, mediante resoluo, fixar alquota mxima do ITCMD. Geralmente o Senado mete o bedelho nas alquotas dos impostos estaduais, como no caso do IPVA que estabelece a alquota mnima aplicvel. No mais, quando se trata de bens estrangeiros, a CF menciona que a lei complementar dir a qual estado pertencer o imposto. ITCMD por lei complementar quando envolver doao ou de cujus no exterior.

IPVA: Competncia dos Estados. Teralquotas mnimasfixadas pelo Senado Federal e poder ter alquotas diferenciadas em funo do tipo e utilizao do veculo automotor. A destinao do IPVA de 50% para os municpios onde estiverem licenciados os veculos automotores. O IPVA (no obedece a regra nonagesimal mas obedece o exerccio financeiro. Se for institudo ou majorado IPVA por medida provisria, sua exigncia s ser exigida se for convertida em lei e no prximo exerccio financeiro em que foi instituda, no obedecendo, no caso de medida provisria, a regra nonagesimal.

Entidades privadas que obtm lucro no pode ter imunidade, apenas se converter os lucros para a prpria instituio (Caso FAAP).TAXA: No imposto. tributo. Cobrada no exerccio regular de polcia ou disponibilizao de servio pblico especfico e divisvel. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondem a impostos. Taxa de iluminao pblica inconstitucional (STF). divisvel quando suscetvel de utilizao, separadamente, por parte de cada um dos seus usurios. Taxa de coleta de lixo constitucional. A contribuio de melhoria segue um rito processual como a desapropriao, ao qual o interessado tem 30 dias para impugnar o memorial que descreve a melhoria, s depois de finalizado o processo que incide a contribuio de melhoria. Preo pblico (tarifa): No tributo, no est na CF e nem no CTN. Remunera apenas servios pblicos no essenciais, diferentes das taxas que remuneram servios pblicos essenciais. Regime jurdico de direito privado (cdigo civil). No compulsrio, voluntrio por no ser tributo. No previsto em lei, mas sim em um contrato particular celebrado pelo Estado (como atravs de contrato de concesso e permisso). No paga pela simples disponibilidade do servio, mas sim pelo uso efetivo. Taxa por lei e obrigatria. Tarifa por contrato e no obrigatrio.Contribuies Sociais: Possui finalidade constitucionalmente definida, a saber: interveno no domnio econmico (pela unio), interesse de categorias profissionais ou econmicas (Unio) e seguridade social (Unio, Estados e Municpios). Contudo, a contribuio social para a seguridade possui natureza e regras diferentes.No caso de contribuies sociais de interveno no domnio econmico e de interesses das categorias profissionais econmicas, a competncia exclusiva da Unio e no obedece o exerccio financeiro, apenas a noventena, como so as contribuies para a seguridade social.No incide sobre as receitas de exportao e incidem sobre as receitas de importao, seja PJ ou pessoa fsica.Como dito, as contribuies sociais para a seguridade social, de competncia da Unio, Estados, Municpios, no obedece o exerccio financeiro e obedece apenas a regra nonagesimal (Art. 195, 6).Ambas a CF menciona que lei dir as contribuies em que no haver cumulatividade, ou seja, podem ser cumulativas ou no, apenas a lei disciplinar a matria.Aplicam-se a elas as normas gerais do Direito Tributrio e os princpios constitucionais, salvo no caso de prescrio, pois no caso de COFINS e PIS, a prescrio e 30 anos, diferente da regra geral do CTN que de 5 anos). Ademais, fala a CF que as regras do Direito Tributrio no se aplica em relao ao FGTS.No caso de interveno no domnio econmico, no incide sobre as receitas de exportao e incidem sobre as receitas de importao, seja PJ ou pessoa fsica. As contribuies sociais tm funo parafiscal e extrafiscal.Contribuies sociais da seguridade social (pode ser pela unio, estado ou municpio): em relao aos empregadores (incidente sobre a folha de salrios e no obedece a anterioridade, apenas a regra nonagesimal); o faturamento e o lucro da empresa; dos trabalhadores; sobre a receita de concursos de prognsticos (jogos mantidos pelo poder pblico). Exemplos: CSLL (contribuio social sobre o lucro lquido com alquota de 10%). COFINS (Contribuio para o financiamento da seguridade social = alquota 2% sobre o faturamento da empresa).O fato gerador ser disciplinado por lei ordinria.

O STF est restringindo a eficcia de suas decises em matria tributria para no levar a insolvncia do fisco, relevante interesse pblico e social. Tempera suas decises muitas vezes ex nunc, ao invs de ser ex tunc. (Art. 27, lei 9868 Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo (seja controle difuso ou concentrado), e tendo em vista razes de segurana jurdica ou de excepcional interesse social, poder o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois teros de seus membros, restringir os efeitos daquela declarao ou decidir que ela s tenha eficcia a partir de seu trnsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado)Smula 239 STF: deciso que declara indevida a cobrana do imposto em determinado exerccio no faz coisa julgada em relao aos posteriores. Assim, diante da sistemtica legal da execuo fiscal, verifica-se que a coisa julgada de relao jurdico-tributria continuativa no tem o condo de obstar, de per si e de forma automtica e absoluta, a cobrana dos crditos tributrios oriundos de fatos geradores subsequentes sentena, haja vista que somente atravs de prova inequvoca produzida pelo contribuinte (no sentido de que o estado de fato e de direito de sua relao jurdica permanecem os mesmos da poca da formao da coisa julgada) que se pode cogitar seja debelada a presuno de certeza e liquidez da Certido de Divida Ativa.A certido negativa ser sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e ser fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartioPor essa razo a Smula afirma, com clareza solar, que a declarao de invalidade de impostoem determinado exercciono faz coisa julgada em relao aos posteriores. A deciso apenas tratou do fato gerador do exerccio em questo e em relao a este fato gerador ocorrero normalmente os efeitos da coisa julgada. O que no acontece a afetao de fatos geradores futuros, pois estes so fatos diversos, no abarcados pela deciso judicial.

Tratados internacionais = Atual voto de Gilmar Mendes. Critrio da especialidade. Acredita que os tratados internacionais mandam sim. CTN Art. 98. Os tratados e as convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pela que lhes sobrevenha O extenso voto do relator traou um histrico sobre a recepo dos tratados internacionais na legislao brasileira. E a primeira sinalizao importante foi de que o tratado internacional tem hierarquia superior s leis ordinrias internas. Alm disso, ele deixou expresso que o artigo98doCdigo Tributrio Nacional(CTN), de 1966, foi recepcionado pelaConstituiode 1988. Pela norma, os tratados e convenes internacionais revogam ou modificam a legislao tributria interna, e sero observados pelas leis criadas depois deles.Contudo, no que tange a outras matrias, se conflitar tratado internacional com lei posterior, aplica lei posterior. O mais novo ganha, com exceo a tratados de direito tributrio.Taxa contratual est determinada no contrato e facultativas so taxas que podem ser aplicadas em razo adversas.As taxas cobradas pela Unio, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municpios, no mbito de suas respectivas atribuies, tm como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto sua disposio. A taxa no pode ter base de clculo ou fato gerador idnticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em funo do capital das empresas.

Tributao no regime falimentar: A Fazenda no se sujeita a recuperao judicial. Contudo, o objeto da alienao estar livre de qualquer nus e no haver sucesso do arrematante nas obrigaes do devedor, inclusive as de natureza tributria, as derivadas da legislao do trabalho e as decorrentes de acidentes de trabalho (salvo se for antigo scio, parente at o 4 grau ou pessoa com inteno de fraudar a sucesso).Haver ainda: a exigncia de certido negativa de dbito para que ela seja concedido plano de recuperao, a indisponibilidade dos bens e direitos do devedor quando no encontrado o que penhorar em execues fiscais e a eventual concesso de prazos nfimos de parcelamento de dvidas tributrias.Na falncia (no na recuperao): o crdito tributrio no prefere aos crditos extraconcursais ou s importncias passveis de restituio, nos termos da lei falimentar, nem aos crditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado. No mais, vale ainda ressaltar que so considerados extraconcursais os crditos tributrios decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falncia.As execues de natureza fiscal no so suspensas pelo deferimento da recuperao judicial, ressalvada a concesso de parcelamento nos termos do Cdigo Tributrio Nacional e da legislao ordinria especfica. Os crditos tributrios e trabalhistas no esto sujeitos a recuperao extrajudicial.ME e EPP podem ser autoras ou rs nos juizados (civis, criminais ou federais).Preo de transferncia: Aplica-se ao imposto de renda e contribuio social sobre o lucro lquido. O termo "preo de transferncia" tem sido utilizado para identificar os controles a que esto sujeitas as operaes comerciais ou financeiras realizadas entre partes relacionadas, sediadas em diferentes jurisdies tributrias, ou quando uma das partes est sediada em paraso fiscal. Em razo das circunstncias peculiares existentes nas operaes realizadas entre essas pessoas, o preo praticado nessas operaes pode ser artificialmente estipulado e, consequentemente, divergir do preo de mercado negociado por empresas independentes, em condies anlogas.Preo de transferncia a expresso monetria da movimentao de bens e servios entre unidades organizacionais de uma mesma empresa. Dessa forma, o estudo do preo de transferncia pode incluir aspectos domsticos e/ou internacionais de bens e servios.No Brasil, as normas reguladoras do preo de transferncia visam a impedir a evaso deTributos,Imposto de Renda(IRPJ) e Contribuio Social sobre o Lucro Lquido (CSLL), pela manipulao de operaes comerciais entreempresasbrasileiras e suas coligadas domiciliadas no exterior.Alis, a base de clculo do imposto de renda de PJ apurado sobre o montante real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributveis. Nunca sobre o lucro lquido.

Aulas de Tributrio - Eduardo Sabbag

Princpio que proibe tratamento tributrio discriminatrio = Odiosidade. proibie os privilegios odiosos = principio da isonomia. Para fins tributrios os iguais so aqueles que realizarem o fato gerador, independentemente de aspectos externos ao fato imponvel. Nessa medida, o fato gerador dever ser objetivamente interpretado, sempre se desconsiderando, por exemplo, nulidade do ato jurdico, incapacidade civil do agente, ilicitude da operao, etc. art. 118 ctn: tributo "non olet" - no tem cheiro. Por meio dessa mxima latina, alcansan-se quaisquer pessoas que tenham realizado o fato gerador. - lr agora o art. 126 do ctn. " a capacidade tributria passiva plena" A exata compreenso da isonomia tributaria requer a analise do principio da capacidade contributiva, previsto no art. 145, 1 da cf. importante; o stf j estendeu tal principio a tributo diverso de imposto: taxa de fiscalizaao dos mercados de ttulos e valores mobilirios. smula 665 do stf. na busca da interpretao do princpio, a expresso "sempre que possvel" siginifica "de acordo com as possibilidades tecnicas de cada imposto". Alis, tal expresso no indica a facultativa na aplicao, mas a simetria com as particularidades de cada imposto. Nessa medida, h meios de exteiriozao da capacidade contributiva. Note alguns: progressividade, proporcionalidade e seletividade. progressividade (IR, IPTU e ITR) = tecnica de incidencia de aliquotas variaveis. est explcita no texto da cf.O IR ser informado por 3 critrios: a) generalidade b) universalidade ( o GUP). Traduzindo, IR "geral" = incide sobre todas as pessoas; atrela-se a sujeio passiva. IR "universal" = incide todas as rendas - atrela-se a base de clculo.O IPTU progressivo (at. 156 da cf) = tal imposto permite, sim, variao de alquotas, com uma progressividade no tempo (art. 182, 4 inci II da cf) que sempre o demarcou. A progressividade do IPTU e ITR sao extrafiscais, pois visam dar cumprimento a funo social da propriedade. Ap a EC29/2000 o IPTU passou a variar, na esteira da progressividade, levando-se em conta o valor do imvel, alm de apresentar alquotas diferentes de acordo com a localizao e o uso do imvel. Podemos concluir que coexistem duas progressividades para o IPTU: a extrafiscal (de sempre) e a fiscal (da EC 29). FCC - procurador do tribunal de contas: 2 impostos com progressividade extrafiscal? IPTU e ITR.Sumula 668 ver - STF. Resumindo, antes a emenda, s progressividade no tempo.ITR : art. 153, 4 da CF - serve para desistimular a manuteno da propriedade rural improdutiva (audentismo) - progressividade extrafiscal. OBS: Ler o art. 155, 6, inc II da CF (emenda 42/2003). O IPVA pode ter alquotas variveis em funo do tipo e da utilizao do veculo. Comenta-se que tal variao se aproxima do conceito de progressividade, porm a doutrina refuta tal classificao para o IPVA.B) Proporcionalidade: Tecnica de incidencia de alquotas fixas. Est implcita no texto da CF. Alcana os impostos no progressivos, destacando-se nos "impostos indiretos". Com efeito, estes recaem sobre o consumidor, e a tecnica mais razovel a que preve as alquotas fixas. 2 bons exemplos de impostos indiretos: ICMS e IPI.C) Seletividade: Tecnica de variao de alquotas na razo inversa da essencialidade do bem. Ou seja, quanto mais essencial for o bem, menor a alquota. Tal tecnica uma tentativa de conter a regressividade no sistema. Exemplos: Bens suprfluos e nocivos (cigarros, bebidas, etc), recebero maior alquota. Os 2 impostos seletivos so: IPI (dever ser seletivo) e ICMS (poder ser seletivo).Principio da irretroatividade tributria: Vide art. 150, III, a da CF. Temos a especifica do art. 150 e genrica (art. 5, XXXVI, da CF - no retroagitividade de uma lei). A lei deve conter vigencia prospectiva, e no retrospectiva. Note que o verbo cobrar no tecnico, pois vigncia demarca uma fase anterior a cobrana. Geralmente a publicao e vigencia da lei tributria na mesma data da publicao, contudo, devido ao principio da anterioridade, respeita-se a regra nonagesimal e anterioridade (eficcia da lei). Exemplo de leso: lei cria taxa - publicao 20.01.08 - regra vigencia - 20.01.08 - "tal lei dever fatores geradores a partir de 01.01.2008" = verdadeira fraude. lei tem que ser posteior ao fato gerador. Tal principio atenuao ("exceo")? O art. 106, I e II do CTN preve dois casos de leis produtoras de efeitos juridicos sobre atos pretritos. Os concursos denominam tal situaes de excees. Com o rigor tecnico no se trata de exceo, como se provar abaixo. Memorize que so 2 casos (j caiu no concurso do cespe). 1 caso: lei interpretativa = (lei - fato gerador - lei interpretativa volta ao fato gerador). A lei interpretativa, a pretexto de interpretar, no pode impor penalidade em razo da interpretao, resalvado o caso de sua vigncia prospectiva (multa para o futuro). Trata-se da chamada interpretao autentica (legal ou legislativa) quando uma lei vem para esclarecer outra lei - o prprio poder legislativo interpreta a norma anterior, retirando-lhe a obscuridade. Cuidado, as falsas leis interpretativas no podero conter retroprojeo, pois se mostram como leis modificativas, devendo viger para frente. PS: A legalidade, anterioridade se referem a tributo, mas o principio da retroatividade no se refere a tributos, apenas casos de infrao e lei interpretativa, no tem nada a ver com tributo. inc. II: lei mais benfica quanto as infraes. Neste momento, nota-se que os dois casos (inc I e II - "excees") no se referem a tributos, diferentemente dos princpios da legalidade a anterioridade.Tb possivel notar que os dois casos acabam confirmando o principio, a luz da dogmtica jurdica, antes mesmo de serem excees.23