resumo administração financeira e orçamentária

27
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS Legalidade Quanto à forma o orçamento público é uma lei mas quanto ao conteúdo é ato administrativo e tem a ver com o planejamento e organização da administração pública. É lei em sentido formal que tem natureza apenas autorizativa e não impositiva – o governo não é obrigado o orçamento tal qual é veiculado pela Lei orçamentária, com exceção das despesas obrigatórias. Unidade/totalidade Pelo princípio da unidade, o orçamento público deve ser uno, uma só peça, garantindo uma visão de conjunto das receitas e das despesas. Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público; II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente , detenha a maioria do capital social com direito a voto ; III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. É possível a coexistência de orçamentos variados, desde que estejam consolidados numa peça. Universalidade A universalidade estabelece que todas as receitas e despesas devem constar da lei orçamentária. Orçamento bruto O orçamento deve conter todas as suas despesas pelos valores brutos sem as deduções Anualidade/Periodicidade

Upload: gilbertobrittojr

Post on 02-Oct-2015

15 views

Category:

Documents


4 download

DESCRIPTION

Resumo de Adm financeira pra concurso

TRANSCRIPT

ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA

PRINCPIOS ORAMENTRIOSLegalidadeQuanto forma o oramento pblico uma lei mas quanto ao contedo ato administrativo e tem a ver com o planejamento e organizao da administrao pblica. lei em sentido formal que tem natureza apenas autorizativa e no impositiva o governo no obrigado o oramento tal qual veiculado pela Lei oramentria, com exceo das despesas obrigatrias.

Unidade/totalidade

Pelo princpio da unidade, o oramento pblico deve ser uno, uma s pea, garantindo uma viso de conjunto das receitas e das despesas.

Art. 165, 5 - A lei oramentria anual compreender: I - o oramento fiscal referente aos Poderes da Unio, seus fundos, rgos e entidades da administrao direta e indireta, inclusive fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II - o oramento de investimento das empresas em que a Unio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;III - o oramento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e rgos a ela vinculados, da administrao direta ou indireta, bem como os fundos e fundaes institudos e mantidos pelo Poder Pblico.

possvel a coexistncia de oramentos variados, desde que estejam consolidados numa pea.

UniversalidadeA universalidade estabelece que todas as receitas e despesas devem constar da lei oramentria.

Oramento brutoO oramento deve conter todas as suas despesas pelos valores brutos sem as dedues

Anualidade/PeriodicidadeO oramento deve ser anual para favorecer a atividade de planejamento. Com exceo a esse princpio h possibilidade de execuo de crditos adicionais (especiais e extraordinrios)

ExclusividadeSegundo a doutrina, a lei oramentria deve conter apenas matria financeira, no trazendo contedos alheios previso da receita e fixao da despesa.

EXCEO: Autorizao para crditos suplementares e contratao de operaes de crdito, ainda que de antecipao de receita.

No Afetao/No VinculaoSo vedadas a vinculao de receita de impostos.

EXCEO:1. Repartio da arrecadao do imposto de renda e do imposto sobre produtos industrializados, compondo o Fundo de Participao dos Estados e o de Participao dos Municpios2. Destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade3. Destinao de recursos para manuteno e desenvolvimento do ensino4. Destinao de recursos para realizao de atividades da administrao tributria5. Prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita6. Prestao de garantia ou contragarantia Unio e para pagamento de dbitos para com esta

Especificao/Especializao/DiscriminaoAs dotaes no podem ser globais mas a LOA no precisa mais trazer a despesa em nvel de elemento, ao invs disso, a alocao de recursos aos diferentes elementos de despesa pode ficar a cargo das unidades executoras do oramento, posteriormente aprovao da Lei.

EXCEO:Reserva de contingncia - constitui uma dotao genrica, sem aplicao definida, a partir da qual o poder pblico pode atender a passivos contingentes, como pagamentos devidos a execues judiciais, ou executar novas dotaes, por meio de crditos adicionais.

Programas especiais de trabalho - grandes investimentos pblicos que, por sua complexidade e abrangncia, no podem ter toda sua composio de despesas explicitada de antemo. Assim, eles so autorizados a partir de dotaes globais, genricas, e a correspondente discriminao das despesas se d durante a prpria execuo.

ClarezaSegundo o princpio da clareza, o oramento deveria ser apresentado numa linguagem acessvel a todos que precisassem ou se interessassem em acompanh-lo.

EquilbrioUma forma simples de entender o princpio do equilbrio considerar que deve haver compatibilidade entre receita e despesa, de forma que as contas pblicas no sejam afetadas por dficits.

Em primeiro lugar, o equilbrio formal do oramento observado quando a lei oramentria prev receitas e fixa despesas em montantes iguais.

Porm, na prtica, o que se verifica hoje que os recursos prprios do governo no so suficientes para cobrir suas despesas. O equilbrio formal do oramento garantido pela contratao de operaes de crdito dinheiro emprestado. Pelo exposto, o fato de um oramento ser publicado de forma equilibrada no implica o equilbrio das contas pblicas.

Assim, sob essa tica, busca-se evitar o crescimento desordenado das despesas, sem lastro para cobri-las. Da mesma forma, deve-se evitar o comprometimento das receitas a ponto de no sobrarem recursos para amortizar a dvida pblica.

PublicidadeAtualmente, ao menos em termos de divulgao, o princpio da publicidade concretizado, sobretudo pela disponibilizao das leis oramentrias em sites governamentais, alm dos veculos oficiais.

A partir desse aspecto, possvel perceber a relao do princpio da publicidade tambm com o princpio da legalidade. Para vigorar, uma lei deve ser publicada em veculos oficiais de comunicao (tipicamente, Dirio Oficial) e a lei oramentria no exceo a essa regra.

TCNICAS ORAMENTRIAS

Caractersticas do oramento tradicional ou clssico Tratava-se de uma pea simples, com a exposio dos gastos estimados e dos recursos para cobertura; Representava uma solicitao do Executivo ao Legislativo, para arrecadao tributria suficiente manuteno do aparato de Estado; No exigia esforos de planejamento para sua elaborao, ou seja, no partia de objetivos a atingir com a aplicao dos recursos; Servia como instrumento legislativo de controle do tamanho e da ao do Estado.

Oramento de desempenhoConstitui um instrumento de gerncia ou administrao. Nesse novo estgio, associam-se aos gastos pblicos aes a realizar, no apenas objetos a adquirir. Ao invs de uma lista de compras, o oramento passava a conter uma lista de atividades e projetos a desenvolver, bem como instrumentos de mensurao (como indicadores) do desempenho do governo. Dessa forma, pode-se dizer que o oramento de desempenho j apresentava programas de trabalho para organizar a ao governamental.

Oramento-programaTem o planejamento como atividade central. Nesse contexto, com o valor dado mensurao dos resultados que caracteriza o oramento-programa, uma nova dimenso levada em conta na avaliao e no controle do oramento a efetividade. A efetividade tem a ver com o impacto da ao governamental nas necessidades da sociedade.

Oramento base-zeroO fato de uma ao j estar em andamento no justificativa suficiente para sua continuidade. necessrio que o objetivo do programa esteja sendo alcanado com a realizao da referida ao; ou, em outras palavras, faz-se uma avaliao de custo/benefcio.

Oramento participativoTem a abrangncia de uma cidade. O oramento participativo, por mais bem instalado que seja numa cidade, no substitui o Poder Legislativo na apreciao da lei oramentria, e nem envolve a apreciao do oramento como um todo.

CICLO ORAMENTRIO

Detalhando as etapas que compem o processo oramentrio do governo federal, encontraremos as seguintes (mais ou menos distribudas por critrio temporal): Previso da receita; Fixao dos valores para as despesas obrigatrias; Elaborao das propostas setoriais com a sua consolidao; Processo legislativo; Sano da lei; Execuo oramentria; Acompanhamento e controle; Avaliao.

A previso da receita diz respeito arrecadao de recursos estimada para o exerccio, com base em metodologia especfica instituda para tanto. Essa informao complementada pelo clculo das necessidades de financiamento do governo central, que indicam quanto de recursos emprestados dever ser tomado pelo governo junto ao mercado financeiro.

A fixao das despesas obrigatrias necessria para que, diante da situao de contingenciamento de despesas, no haja afetao de todas as aes governamentais. As despesas obrigatrias e as ressalvadas pela LDO no sero atingidas pela limitao de empenho, garantindo-se um mnimo de desempenho em reas consideradas mais sensveis pelo governo.

Elaborao do oramentoO processo elaborado verticalmente com o envio de propostas na seguinte distribuio hierrquica:

SOF RGO CENTRAL

RGO SETORIAIS

UNIDADES ORAMENTRIAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS

As leis de natureza oramentria so de iniciativa do Executivo, ou seja, o Executivo quem apresenta os projetos ao Legislativo, mas isso no significa que apenas aquele o responsvel pela elaborao da proposta oramentria. As unidades e rgos de todos os Poderes e do Ministrio Pblico participam do processo, que se afunila na atuao da SOF.

Calendrio oramentrioOs projetos de PPA e de LOA devem ser encaminhados pelo Presidente da Repblica ao Congresso Nacional at quatro meses antes do encerramento do exerccio financeiro, ou seja, 31 de agosto; O Congresso deve devolver os projetos de PPA e de LOA, para sano, at o encerramento da sesso legislativa atualmente, 22 de dezembro; O projeto de LDO deve ser enviado pelo Presidente ao Congresso at oito meses e meio antes do encerramento do exerccio financeiro, ou seja, 15 de abril; O Congresso deve devolver o projeto de LDO para sano at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa atualmente, 17 de julho.

O Legislativo, diante da inrcia do Executivo quanto ao envio do PLOA, consideraria como projeto a prpria Lei de Oramento vigente.

No havendo sano da LOA at 31/12, parte da programao do projeto de LOA em apreciao pode ser executada provisoriamente, para atendimento de despesas consideradas mais urgentes (por exemplo, obrigaes constitucionais e legais, preveno a desastres pela Defesa Civil, financiamento a estudantes etc.).

Caso o projeto de LDO (somente) no esteja aprovado em 17 de julho, os parlamentares no entraro em recesso

Processo legislativo oramentrioO poder executivo atravs de leis ordinrias estabelecero o PPA, a LDO e a LOA que, junto com os crditos adicionais (exceto os extraordinrios) so aprovador como leis ordinrias. Alm disso, todos esses projetos so de iniciativa exclusiva do chefe do Executivo. Assim, cabe a ele encaminhar os projetos oramentrios ao Legislativo, bem como sancionar ou vetar os textos aprovados naquele Poder.

Os projetos de matria oramentria no passam por uma srie de comisses temticas antes de ir a Plenrio, um passo por vez, e em ambas as Casas. Nesse mbito, o projeto instrudo apenas na Comisso Mista de Oramento, que recebe simultaneamente pareceres das comisses temticas de ambas as Casas e emendas parlamentares, e emite seu prprio parecer, encaminhando-o juntamente com o projeto, para votao pelo Plenrio do Congresso Nacional (as duas Casas em sesso conjunta).

Comisso Mista de Oramento e emendas parlamentaresCabe CMO apreciar e emitir parecer sobre todos os projetos de natureza oramentria (PPA, LDO, LOA e crditos adicionais), bem como sobre as contas do Presidente da Repblica, com o subsdio do parecer prvio elaborado pelo TCU. Nessa Comisso, devero ser examinados os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na CF/88, segundo a tendncia internacional de aproximar o processo de planejamento do de oramentao. Adicionalmente, a CMO tambm deve exercer o acompanhamento e a fiscalizao oramentria, porm de forma no exclusiva, j que as demais comisses criadas no mbito do Legislativo tambm contam com essa prerrogativa. Nesse aspecto, um ponto bastante relevante e atual sobre a ao da CMO diz respeito deciso, tomada no mbito dessa comisso, sobre a continuidade ou a interrupo da destinao de recursos para obras pblicas com indcios de irregularidades graves, a partir dos relatrios de fiscalizao oriundos do TCU.

possvel ao Legislativo emendar quaisquer projetos de matria oramentria. Quanto incidncia sobre o projeto de LOA, existem trs tipos de emendas: emendas de despesa, de receita e de redao.

Emendas de despesa: Para que novas despesas sejam propostas por meio de emenda, devero ser anuladas despesas inicialmente selecionadas no projeto encaminhado pelo Executivo, a fim de liberar recursos suficientes. No podem ser anuladas as despesas obrigatrias (pessoal e encargos, servio da dvida e transferncias constitucionais para os entes federados)Emendas de receita: A partir das emendas de receita, realiza-se a correo de erros ou omisses relativamente previso da receita do projeto de lei oramentria. Como resultado, a previso da receita normalmente atualizada para maior pelo Legislativo, que utiliza a arrecadao sobressalente como fonte de recursos para emendas parlamentares.Emenda de redao: Tais emendas dizem respeito a ajustes de forma (ortografia, concordncia, coeso etc.), para tornar o texto da lei oramentria mais inteligvel.

Todas as emendas devem ser compatveis com a LDO e o PPA.

O Presidente da Repblica poder enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificao nos projetos a que se refere este artigo enquanto no iniciada a votao, na Comisso mista, da parte cuja alterao proposta.

DESCENTRALIZAO ORAMENTRIA E FINANCEIRA

Significa que certo rgo ou entidade, por alguma razo, decide no executar diretamente a despesa, mas transferir esse encargo a outro rgo/entidade.

Instrumentos de descentralizaoLogo que a LOA aprovada as unidades titulares dos crditos oramentrios recebem dotaes que representam a autorizao para a realizao de despesas. A partir da as descentralizaes de crditos oramentrios se dar entre rgos/entidades de estruturas diferentes (descentralizao externa) ou entre unidades de um mesmo rgo (interna).

A descentralizao externa, entre estruturas diferentes, chamada de destaque. A descentralizao interna denomina-se proviso.

Portanto, em termos oramentrios, temos, inicialmente, a dotao, liberada pela SOF para as unidades titulares dos crditos; e depois temos o destaque e a proviso, referindo-se respectivamente a descentralizaes externas e internas.

Movimentao financeiraAo contrrio da SOF, que libera as dotaes oramentrias de uma vez s para as unidades, durante o exerccio financeiro a STN vai liberando os correspondentes recursos para as unidades aos poucos, proporcionalmente ao ritmo de execuo oramentria. Essas liberaes financeiras da STN (Secretaria do Tesouro Nacional) para as unidades chamam-se cotas.

As movimentaes financeiras entre rgos/entidades de estruturas diferentes so chamadas de repasses (movimentaes externas), e as movimentaes entre unidades de uma mesma estrutura denominam-se sub-repasses (movimentaes internas).

Acompanhamento e controle da execuo oramentriaA atividade de controle compreende o exerccio prprio de controle pelas unidades executoras do oramento e a atuao dos rgos dos sistemas de controle interno e do controle externo.

O sistema de controle interno deve ser institudo e mantido por todos os Poderes e pelo Ministrio Pblico. Cada um dos Poderes e o Ministrio Pblico devero editar ato prprio que estabelea o cronograma de desembolso, que representa um fatiamento mensal das despesas relativas ao oramento autorizado para o exerccio.

Por sua vez, o controle externo conta com o auxlio tcnico do Tribunal de Contas da Unio para essa tarefa. Indicam-se a Comisso Mista de Oramento e as demais comisses tcnicas das Casas Legislativas como responsveis pelo acompanhamento e pela fiscalizao oramentria.

ORAMENTO PBLICO NO BRASIL

Plano Plurianual (PPA)A lei que instituir o PPA estabelecer, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administrao pblica federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada.

Nenhum investimento cuja execuo ultrapasse um exerccio financeiro poder ser iniciado sem prvia incluso no plano plurianual, ou sem lei que autorize a incluso, sob pena de crime de responsabilidade.

Investimentos de execuo prevista para um s exerccio financeiro podem ter sua execuo iniciada sem previso no PPA; Aes no investimentos, da mesma forma, podem ser executadas sem previso no PPA.

Tambm necessrio prever no Plano as despesas de manuteno que surgem com os investimentos por exemplo, as despesas para o funcionamento de um hospital pblico, aps sua construo.

J os programas de durao continuada so programas de natureza finalstica, que correspondem prestao de servios comunidade.

Lei de Diretrizes Oramentrias (LDO) Indicar as metas e prioridades da administrao pblica federal, incluindo as despesas de capital para o prximo exerccio financeiro; Orientar a elaborao da LOA; Dispor sobre alteraes na legislao tributria; Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento.

Caso se inicie o exerccio financeiro sem que o oramento tenha sido aprovado, possvel executar provisoriamente o projeto de LOA em discusso. A LDO indicar quais despesas, e em que montante, podero ser executadas nesse vcuo, at a publicao da LOA.

A tarefa de dispor sobre alteraes na legislao tributria no torna a LDO uma lei de natureza tributria. No sero feitas, por ela, mudanas na legislao tributria, instituio de tributos, alterao de alquotas etc. A ideia , simplesmente, assinalar os efeitos que potenciais alteraes tributrias (por meio de outras leis) podem ter sobre a previso de arrecadao, a constar da LOA.

Alm disso, a LDO deve trazer linhas de conduta para as agncias de fomento. Essas agncias, em sua maioria, so bancos estatais, que tero sua forma de interveno no mercado baseadas, pelo menos em parte, naquilo que a LDO houver estabelecido.

Lei Oramentria AnualA LOA um conjunto de oramentos composto por oramento fiscal, oramento de investimentos que a unio maioria de capital com direito a voto e oramento da seguridade social.

O oramento fiscal o oramento geral, por natureza. A palavra fiscal, resgatando a informao l do Direito Tributrio, diz respeito a recursos obtidos pelo Estado. Ento, o oramento fiscal abrange os gastos gerais e as receitas sem arrecadao vinculada com as quais o governo conta.

O oramento da seguridade social, como indica seu nome, restrito a receitas e despesas relativas rea da seguridade social. Conforme a Constituio, essa denominao abrange a sade, a previdncia social e a assistncia social.

A inteno aqui garantir que o regime geral de previdncia no seja dilapidado para favorecimento de outras despesas.

O oramento de investimento das estatais, como conhecido, diz respeito s aplicaes de recursos no capital social de empresas das quais a Unio, direta ou indiretamente, detenha maioria do capital social com direito a voto. Encontram-se nesse grupo tanto empresas pblicas quanto sociedades de economia mista.

As estatais independentes so beneficiadas pelo oramento pblico apenas no mbito do oramento de investimento. As estatais dependentes recebero benefcio dos oramentos fiscais e da seguridade social.

Vedaes constitucionais relativas ao oramento

So vedados: I - o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria anual;II - a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes diretas que excedam os crditos oramentrios ou adicionais;VI - a transposio, o remanejamento ou a transferncia de recursos de uma categoria de programao para outra ou de um rgo para outro, sem prvia autorizao legislativa;VII - a concesso ou utilizao de crditos ilimitados;VIII - a utilizao, sem autorizao legislativa especfica, de recursos dos oramentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir dficit de empresas, fundaes e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, 5;TIPOS DE CRDITOS ORAMENTRIOSH os crditos oramentrios originais que so autorizados pela prpria LOA e os crditos adicionais, que so crditos autorizados posteriormente a ela.

Espcies de crditos adicionais

Os crditos adicionais classificam-se em: I - suplementares, os destinados a reforo de dotao oramentria; II - especiais, os destinados a despesas para as quais no haja dotao oramentria especfica; III - extraordinrios, os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoo intestina ou calamidade pblica.

Os crditos suplementares servem to somente para reforar a dotao autorizada na LOA. Portanto, nessa situao, j existe a despesa autorizada, mas em quantitativo insuficiente.

Os crditos especiais se destinam a despesas no previstas no oramento (ou, como diz a Lei, para as quais no haja categoria de programao oramentria especfica). Quando da elaborao do oramento, ainda no se tinha evidenciado a necessidade que dever ento ser atendida.

Essas duas espcies de crditos adicionais, os suplementares e especiais, devem ser autorizados por lei e abertos por decreto executivo. Alm disso, necessitam da existncia de recursos disponveis para suportar suas despesas, e sua abertura deve ser precedida de exposio justificativa.

Crditos extraordinriosOs crditos extraordinrios se caracterizam por atender a despesas urgentes e imprevisveis.O seu processo bem mais flexvel devido a urgncia da situao.

Diferentemente dos suplementares e especiais, os crditos extraordinrios no necessitam de prvia autorizao legal. Sua abertura, conforme a CF/88, se d por medida provisria, no caso dos entes federados que tenham previsto essa espcie normativa em sua Constituio ou Lei Orgnica.

No caso dos Estados ou Municpios que no tenham institudo a medida provisria, a abertura do crdito extraordinrio se d por decreto executivo. Em qualquer caso, entretanto, exige-se a imediata comunicao do ato ao Poder Legislativo.

No observada a obrigao da indicao da disponibilidade de recurso

Autorizao/abertura/reabertura de crditos adicionaisOs crditos suplementares e especiais sero autorizados por lei e abertos por decreto executivo.

O crdito adicional, ao ser aberto, ter certa disponibilidade quantificada de recursos atribuda a si, dever ser classificado como pertencente a uma das trs espcies aqui tratadas e dever trazer a classificao da despesa, em nome do princpio da discriminao.

Os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio financeiro subseqente.

A regra s vale para os crditos especiais e extraordinrio para no caracterizar transferncia de um oramento para outro.

Fontes de recursos para crditos adicionaisConsideram-se recursos para o fim deste artigo, desde que no comprometidos: I - o supervit financeiro apurado em balano patrimonial do exerccio anterior; II - os provenientes de excesso de arrecadao; III - os resultantes de anulao parcial ou total de dotaes oramentrias ou de crditos adicionais, autorizados em Lei; IV - o produto de operaes de credito autorizadas, em forma que juridicamente possibilite ao poder executivo realiz-las.V Reserva de contingncia.

SUPRIMENTO DE FUNDOSSuprimento de fundos ou regime de adiantamento de numerrio o procedimento utilizado pela administrao pblica que consiste na entrega de dinheiro a um servidor para o pagamento de eventuais despesas midas de pronto pagamento. Podem ser usadas nos seguintes casos: para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com servios especiais, que exijam pronto pagamento; quando a despesa deva ser feita em carter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, no ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.

Quando h omisso no dever de prestar contas, pela apresentao de prestao de contas de forma irregular ou por dano causado ao errio se proceder a TOMADAS DE CONTAS ESPECIAL que um processo administrativo para apurar a responsabilidade.Obs: A importncia aplicada at 31 de dezembro poder ser comprovada at 15 de janeiro do ano seguinte.

Podero ser concedidos suprimentos de fundos em Regime Especial de Execuo, ou seja, com regras de concesso e aplicao diferenciadas desde que previsto em instrues aprovadas pelos respectivos Ministros de Estado.

Ateno! A despesa ser empenhada e liquidada para que finalmente possa ser efetuado o pagamento, ou seja, a entrega do recurso financeiro ao servidor. Para concesso do suprimento de fundos dever sempre ser efetuado previamente o empenho na dotao prpria.

Ateno! As restituies, por falta de aplicao, parcial ou total, ou aplicao indevida, constituiro anulao de despesa, caso ocorram no mesmo exerccio. Se recolhidas aps o encerramento do exerccio, sero receitas oramentrias

O Suprimento de Fundos somente pode ser concedido a servidor pblico ou ocupante de cargo em comisso em efetivo exerccio no rgo.

VEDAO A CONCESSO DE SUPRIMENTO DE FUNDOS: a) a responsvel por dois suprimentos; b) a servidor que tenha a seu cargo e guarda ou a utilizao do material a adquirir, salvo quando no houver na repartio outro servidor; c) a responsvel por suprimento de fundos que, esgotado o prazo, no tenha prestado contas de sua aplicao; e d) a servidor declarado em alcance ou que esteja respondendo a inqurito administrativo.

RECEITA PBLICA

Conceito de receita pblicaO registro de receita significa um aumento na situao patrimonial de uma entidade, devido a um incremento do Ativo (grupo contbil composto de bens e direitos) ou a uma diminuio do Passivo (grupo contbil composto por obrigaes). Esse aumento da situao patrimonial pode, ou no, envolver o recebimento de dinheiro.

ENFOQUE PATRIMONIAL => REGIME DE COMPETNCIAImplica em fazer registros contbeis a partir dos fatos geradores. O regime de competncia se aplica tambm despesa, mas de forma inversa: despesa consiste na diminuio da situao patrimonial da entidade, contabilizada a partir de seu fato gerador, com ou sem sada financeira. RECEITA TUDO O QUE AUMENTA O PL

ENFOQUE ORAMENTRIO => REGIME DE CAIXAA partir desse entendimento, as movimentaes financeiras que aumentam a disponibilidade do caixa pblico que levam ao registro da receita. RECEITA TUDO O QUE ENTRA NO CAIXA

Os entes pblicos registraro receitas sob o regime de caixa, olhando os ingressos no caixa, mas efetuaro tambm registros contbeis de receita sob o regime de competncia, a fim de se controlar continuamente a posio patrimonial dos rgos, entidades, fundos etc.

Receita pblica strictu sensu: ingresso financeiro que afeta positivamente o patrimnio pblico.

Receita pblica lato sensu: qualquer ingresso financeiro que adentra os cofres pblicos.

Efetivas so as receitas que impactam positivamente o patrimnio, razo pela qual so tratadas como fatos contbeis modificativos aumentativos. As receitas no efetivas so as que no implicam aumento patrimonial, o que permite correlacion-las a fatos contbeis permutativos (ou por mutao).

Receitas oramentrias e extra-oramentrias

So consideradas receitas oramentrias todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaes de crdito, ainda que no previstas no Oramento.

Receitas extraoramentrias so entradas compensatrias no ativo e no passivo financeiros, que no precisam de autorizao legislativa para sua arrecadao, e no so utilizadas para cobrir despesas oramentrias.Ex: recebimento de depsitos judiciais, recebimento de caues de licitantes para participao em licitaes

CLASSIFICAO DA RECEITA QUANTO COERCITIVIDADE: RECEITAS ORIGINRIAS E DERIVADAS

Receitas originrias: os recursos so provenientes de esforos prprios dos entes pblicos, em suas atividades comerciais, empresariais, etc.

Receitas derivadas: quando as rendas so obtidas a partir das atribuies coercitivas do Estado, que obrigam os particulares.

CLASSIFICAO ECONMICA DA RECEITA (OU POR NATUREZA DA RECEITA ORAMENTRIA)

aplicvel apenas a receitas oramentrias. Essa lei, por tratar de normas gerais de direito financeiro, obriga todos os entes federados Unio, Estados, DF e Municpios a adotar essa mesma classificao e sua codificao contbil.

A classificao econmica da receita traz os seguintes nveis:

categoria econmica; origem; espcie; rubrica; alnea; subalnea.

COERAS

Assim, quanto natureza da receita, o primeiro nvel da codificao diz respeito s categorias econmicas, que permitem dividir as receitas em receitas correntes e receitas de capital.As receitas correntes so, tipicamente, receitas de custeio: servem para suportar a manuteno e o funcionamento de atividades administrativas. Por sua vez, receitas de capital servem aquisio ou formao de bens de capital.

Via de regra, as receitas correntes so receitas efetivas; elas aumentam o patrimnio pblico. Ora so resultado da atividade arrecadatria do Estado, ora da atividade empresarial/comercial pblica. Seu registro corresponde a fatos contbeis modificativos aumentativos da situao patrimonial.J as receitas de capital, tambm via de regra, so receitas por mutao, no efetivas, e, por isso, no afetam o patrimnio. Envolvem registros contbeis que se compensam mutuamente.

As receitas intraoramentrias esto relacionadas realizao de despesas dentro da mesma esfera de governo.

Receitas primrias e no primrias O que diferencia receitas primrias de no primrias sua correlao (ou no) com operaes de dvida, emprstimos, rolagem etc. As receitas primrias no tm envolvimento com essa vertente financeira. Assim, h receitas primrias principalmente entre as origens da receita corrente (por exemplo, recebimento de tributos), mas tambm nas da receita de capital (como o recebimento de transferncias de capital). Da mesma forma, h receitas no primrias, ou financeiras, nas receitas correntes (por exemplo, recebimento de juros) e nas de capital (operaes de crdito).

2 Nvel Origem um desdobramento da primeira para classific-las de acordo com o quadro acima

ESTGIOS DA RECEITA

Previso a estimativa para a arrecadao durante o exerccio, que tomar forma nos valores consignados pela LOA.

Reestimativa de receita por parte do Poder Legislativo s ser admitida se comprovado erro ou omisso de ordem tcnica ou legal.

Lanamento O lanamento da receita j faz parte de sua execuo. Segundo o art. 53 da Lei 4.320/64, O lanamento da receita o ato da repartio competente que verifica a procedncia do crdito fiscal e a pessoa que lhe devedora e inscreve o dbito desta.

ArrecadaoA arrecadao envolve a entrega dos recursos devidos pelos contribuintes aos agentes arrecadadores ou s instituies financeiras autorizadas pelo ente recebedor, ainda sem chegada conta do Tesouro.

Pertencem ao exerccio financeiro as receitas nele arrecadadas.

RecolhimentoO estgio do recolhimento consiste na entrega, pelos agentes arrecadadores e pela rede bancria autorizada, do produto da arrecadao ao caixa do Tesouro, correspondendo efetiva disponibilizao de recursos ao ente pblico.

DESPESA PBLICA

Despesa oramentria e extraoramentria

A despesa oramentria depende de autorizao legislativa para sua execuo.A despesa extraoramentria representam a devoluo de recursos que estavam em poder do ente pblico, mas que no pertenciam realmente ao errio, e que, portanto, no podem ser executados em favor de aes governamentais.

Regime contbil da despesa oramentria

No caso da despesa, no h polmica nesse ponto: o regime de competncia sempre, assim como no setor privado.

ETAPAS DA DESPESA ORAMENTRIA

1. Planejamento A principal fase do planejamento da despesa a fixao. No Manual, a fixao discriminada nos seguintes termos:A fixao da despesa refere-se aos limites de gastos, includos nas leis oramentrias com base nas receitas previstas, a serem efetuados pelas entidades pblicas.

2. Execuo da despesa A execuo da despesa subdividida em trs estgios: o empenho, a liquidao e o pagamento.

O empenho foi conceituado pela lei como uma obrigao pendente para o Estado. As pendncias que transformaro o empenho numa despesa efetiva sero resolvidas no prximo estgio, a liquidao.

ATENO! J uma questo manjada em provas misturar a possibilidade de no emisso da nota de empenho com a no emisso do empenho. No h despesa sem prvio empenho, sem excees. No perca esse ponto fcil.

Agora, vamos comentar sobre os tipos de empenho: ordinrio, global e por estimativa.

Empenho ordinrio, como faz pensar seu nome, tratado como o empenho normal, comum. Mas, nesse mbito, o que normal ou comum?Vamos pensar em despesas as mais simples: h uma contratao, cujo valor j est determinado, e sua quitao se dar por meio de um s pagamento. A Administrao contrata o fornecedor, este entrega o bem ou servio e recebe por ele. P-pum.Assim, empenhos ordinrios se referem a despesas de valor determinado, para pronto pagamento.

Empenho por estimativa, Por sua vez, os empenhos por estimativa so empregados para processamento de despesas sem valor conhecido previamente. Os exemplos mais comuns so de despesas recorrentes, de prestao varivel, como contas de telefone, gua e luz. Nesses casos, o empenho por estimativa registrado e vai sendo executado aos poucos, para cobrir as faturas que vo chegando.

No empenho global, temos acumuladas caractersticas dos dois outros, j vistos: o pagamento feito em parcelas, assim como ocorre com o empenho por estimativa, mas o valor da despesa determinado, tal qual na hiptese de empenho ordinrio.O empenho global utilizado para execuo de despesas contratuais, como prestao de servios contnuos ou de realizao de obras, que tiveram a fixao de seu valor no instrumento contratual assinado entre a Administrao e o fornecedor.

Segundo estgio: liquidao.

Na liquidao, faz-se uma conferncia documental para atestar que a despesa empenhada foi realizada, ou seja, confirmar a ocorrncia do fato gerador da despesa: um servio foi prestado, um produto foi entregue, uma obra foi construda etc.

Terceiro estgio: pagamento.

CLASSIFICAO PELA NATUREZA DA DESPESA

A classificao pela natureza da despesa composta por:1. categoria econmica; 2. grupo de natureza da despesa; 3. modalidade de aplicao; 4. elemento de despesa; 5. desdobramento do elemento (facultativo).

Categoria econmica. Assim como afirmamos ao estudar a receita, a categoria econmica da despesa indica o efeito que ela ter sobre a economia (transferncias de recursos, montante de gastos com custeio consumo do governo, nvel de investimentos etc.). Temos, assim como na receita, as categorias despesas correntes e despesas de capital.

Restos a pagar e despesas de exerccios anteriores

Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas no pagas at o dia 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das no processadas.

Restos a pagar processados e no processados

A diferena est na passagem do empenho pelo processo de liquidao.

Restos a pagar processados so despesas lquidas e certas, que j recebeu roupagem documental, atestados de recebimento, etc.Por outro lado, restos a pagar no processados (RPNP) so ainda uma inteno de despesa, pendente de confirmao, ou, como diz a lei, pendente de implemento de condio.

Restos a pagar no processador tambm so tratados com despesa.

Na esfera federal, o empenho que no for liquidado at o dia 31 de Dezembro, dever ser anulado a no ser que estejam presentes condies especiais:

I - vigente o prazo para cumprimento da obrigao assumida pelo credor, nele estabelecida; II - vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em cursos a liquidao da despesa, ou seja de interesse da Administrao exigir o cumprimento da obrigao assumida pelo credor; III - se destinar a atender transferncias a instituies pblicas ou privadas; IV - corresponder a compromissos assumidos no exterior

Obs: Os restos a pagar inscritos na condio de no processados e no liquidados tero validade at 30 de junho do segundo ano subsequente ao de sua inscrio

Despesas de exerccios anteriores

Existem quatro hipteses:1. Despesas que no se tenham processado na poca prpria. Empenhos que no foram liquidados em razo de algum problema no processamento da despesa, que ento foram cancelados porm os servios foram processados.2. Restos a pagar com prestao interrompida. Aplicam-se a essa hiptese s mesmas observaes acima, com a diferena de que, em vez de falarmos num empenho cancelado, pensamos num RPNP cancelado, cuja ausncia suprida por DEA.3. Compromissos reconhecidos aps o encerramento do exerccio. Nesses casos, a Administrao reconhece um direito a pagar criado por lei, mas exigido em exerccio posterior ao incio da vigncia desse direito.4. Reforo de restos a pagar no processados. Como j estudamos nos estgios da despesa, o empenho pode ser emitido por estimativa, quando no se tem definido o valor a ser pago. Assim, a despesa vai sendo executada gradualmente, e, conforme o caso, ao final, anula-se a parte excedente ou refora-se o empenho estimativo.

SIAFI (Sistema Integrado de Administrao Financeira do Governo Federal) um sistema informatizado que tem por finalidade contabilizar e controlar toda a execuo oramentria, financeira e patrimonial da Unio em tempo real.

Os principais objetivos do SIAFI so: Prover mecanismos adequados ao controle dirio da execuo oramentria, financeira e patrimonial aos rgos da Administrao Pblica; Fornecer meios para agilizar a programao financeira, otimizando a utilizao dos recursos do Tesouro Nacional, atravs da unificao dos recursos de caixa do Governo Federal. Importante! A Conta nica do Tesouro Nacional atualmente operacionalizada pelo Banco do Brasil, porm, o Ministro da Fazenda poder autorizar, em carter excepcional, que outras instituies financeiras operacionalizem essa conta, mesmo que sejam instituies privadas, a exemplo do Banco Bradesco S/A; Permitir que a contabilidade pblica seja fonte segura e tempestiva de informaes gerenciais destinadas a todos os nveis da Administrao Pblica Federal; Padronizar mtodos e rotinas de trabalho relativas gesto dos recursos pblicos, sem implicar rigidez ou restrio a essa atividade, uma vez que ele permanece sob total controle do ordenador de despesa de cada unidade gestora; Permitir o controle da dvida interna e externa, bem como o das transferncias negociadas; Integrar e compatibilizar as informaes no mbito do Governo Federal; Permitir o acompanhamento e a avaliao do uso dos recursos pblicos; Proporcionar a transparncia dos gastos do Governo Federal; e permitir o registro contbil dos balancetes dos estados e municpios e de suas supervisionadas.

Importante! Empresas pblicas e sociedades de economia mista que exercem atividade econmica no movimentam seus recursos atravs do SIAFI. Essas entidades, quando utilizam o SIAFI, o fazem por meio da conta nica institucional.

O sistema SIAFI pode ser utilizado pelas entidades pblicas federais, estaduais e municipais apenas para receberem, pela conta nica do Governo Federal, suas receitas (taxas de gua, energia eltrica, telefone, etc.) dos rgos que utilizam o sistema.

Entidades de carter privado tambm podem utilizar o SIAFI, desde que autorizadas pela STN.

As principais atribuies do SIAFI so: Execuo oramentria; Execuo financeira e programao financeira; Elaborao das demonstraes contbeis; Elaborao do balano geral da Unio BGU.

Segurana do SIAFI Senha; Conformidade diria; Conformidade Contbil; Conformidade de Registro de Gesto; Conformidade de Operadores; Conformidade de Documental; Identificao das Operaes do Usurio; Integridade e Fidedignidade dos Dados; Inalterabilidade dos Documentos.

Identificao das Operaes Do Usurio: Quando o usurio entra (loga) no sistema, automaticamente so registrados o seu CPF, a hora e de qual terminal foi efetuado o acesso. Da mesma forma, a incluso ou modificao de dados no sistema tambm registrada com a identificao do CPF, a hora e o nome do autor da operao.

Integridade e Fidedignidade dos Dados: Uma vez registrado um documento no sistema, no permitida a sua alterao. A imutabilidade dos documentos permite que sejam acompanhadas todas as modificaes nos dados do sistema e para a correo ou anulao de um documento j registrado necessrio que seja includo um novo documento de forma a retificar o anterior.

Inalterabilidade dos Documentos: Uma vez includos os dados de um documento no SIAFI e aps sua contabilizao, qualquer irregularidade que for constatada nesses dados, somente ser possvel corrigi-la por meio da emisso de um novo documento que efetue o acerto do irregular.

A forma de acesso "on line" caracteriza-se pelo fato de: Todos os documentos oramentrios, financeiros e patrimoniais das UGs serem emitidos diretamente pelo sistema; importante mencionar que ainda existe a forma de acesso off-line. A forma de acesso "offline" caracteriza-se pelo fato de: As disponibilidades financeiras da Unidade serem individualizadas em conta corrente bancria e no compem a conta nica; A UG emitir seus documentos oramentrios, financeiros e patrimoniais previamente introduo dos respectivos dados no sistema; A UG no insere os dados relativos aos seus documentos no sistema. Essa tarefa realizada atravs de outra unidade, denominada Plo de Digitao.

Cabe a Secretaria do Tesouro Nacional definir qual a forma de acesso de cada UG, ouvido o respectivo ministrio ou rgo. A alterao da forma de acesso de determinada UG ser efetuada pela Secretaria do Tesouro Nacional, por solicitao do respectivo ministrio ou rgo. Exemplo de aceso off line: uma unidade gestora localizada em regio inspita e no provida por sistemas computacionais ou energia eltrica. Nesse caso, essa UG utiliza o terminal de outra UG que possui toda a estrutura do SIAFI unidade plo de digitao. Geralmente ocorre com unidades militares em regies de fronteira.

CONTAS A PAGAR E RECEBER CPRO CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos, cuja contabilizao efetuada por eventos de sistema. Tais documentos geram compromissos de pagamento ou de recebimento, que iro compor o fluxo de caixa montado pelo sistema. Documentos do SIAFI, como a Nota de Empenho (NE) e a Nota de Programao Financeira (PF), tambm do origem a compromissos para as unidades gestoras que utilizam o CPR. As UG podem programar, por meio do CPR, o pagamento automtico dos compromissos ou o registro do recebimento, conforme o caso. O fluxo de caixa, bem como os demonstrativos dos compromissos (relacionados um a um ou consolidados), no subsistema CPR, podem ser consultados por diversas chaves de seleo e classificao, subsidiando a anlise, tanto das previses de pagamentos e recebimentos, como da execuo financeira.

SIDORO Sistema Integrado de Dados Oramentrios (SIDOR) um conjunto de procedimentos, integrados entre si, objetivando cuidar do processamento de cunho oramentrio, atravs de computao eletrnica, cabendo sua superviso Secretaria de Oramento Federal (SOF/MPOG).