afo-administração financeira e orçamentária

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MASTER CONCURSOS AFO - ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO _________________________________________________________________________________________

ASSUNTO: ORAMENTO PBLICO (CONCEITO, TIPOS E ESPCIES DE ORAMENTO - ORAMENTO PROGRAMA, DIMENSES, NATUREZA JURDICA, CICLO ORAMENTRIO, ORAMENTO NA CF/88, UNIDADE ORAMENTRIA, UNIDADE ADMINISTRATIVA, INSTRUMENTOS NORMATIVOS APLICADOS AO ORAMENTO PUBLICO)

___________________________________________________________________________________________ Galera concurseira, vamos esmiuar a disciplina de AFO, que est contemplada no edital do certame para o Ministrio Pblico da Unio 2010 em diversos cargos. Meu objetivo aqui com vc faz-lo(a) amar essa disciplina!!! Ento, vamos obra!!!! Assim como as pessoas fsicas, o Estado, enquanto ente poltico, realiza a sua ATIVIDADE FINANCEIRA que consiste na arrecadao de recursos e na utilizao do produto dessa arrecadao em favor de toda a sociedade, na forma de bens e servios (pelo menos em tese!!!!!). Bem, para que o Estado obtenha esses recursos e gaste-os no financiamento dos servios pblicos, deve executar um oramento: o chamado Oramento Pblico (Lei Oramentria Anual-LOA). Tal mecanismo financeiro deve ser elaborado e executado baseado em algumas normas, que constam, principalmente, na Carta Magna (CF/88), na Lei n 4.320/64, na Lei Complementar n 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e em outros instrumentos normativos (Portarias Interministeriais, Decretos-Lei), os quais veremos adiante. Acontece que o Estado, em virtude de atuar numa conjuntura de escassez de recursos e demandas sociais ilimitadas, precisa planejar a sua vida financeira, a sua Atividade Financeira, como j dissemos. Conforme preceitua Kiyoshi Harada, a finalidade do Estado a realizao do bem comum, conceituado como sendo um ideal que promove o bem-estar e conduz a um modelo de sociedade, que permite o pleno desenvolvimento das potencialidade humanas(...) O bem comum, explanado pelo ilustre autor, materializado pela realizao do que anteriormente chamamos de ATIVIDADE FINANCEIRA, que consiste em:

Obter

Receita Pblica

Criar Suprir as Necessidade s Pblicas Gerenciar

Crdito Pblico

Orament o Pblico

Gastar

Despesa Pblica

Analogamente, ns, pessoas fsicas, quando recebemos o nosso salrio, planejamos (ou pelo menos deveramos) gast-lo, para um determinado perodo, em diversas reas: educao, sade, moradia, infra-estrutura, lazer, aquisio de imobilizado, investimentos, aplicaes financeiras etc. claro que, em virtude da escassez de recursos e das nossas necessidades humanas, diga-se de passagem, ilimitadas, precisamos priorizar determinadas reas em que iremos despender os nossos recursos. Aps estabelecermos um planejamento, definirmos prioridades de gastos, executaremos as despesas para financiar nossas demandas individuais, satisfazer as nossas necessidades enquanto ser humano. Da mesma forma o Estado, guardadas as devidas propores e nuances, claro !!!!! A partir do quadro anterior, podemos inferir que o Estado obtm recursos, para financiar os seus gastos, atravs da arrecadao de Receitas Pblicas, viabilizada principalmente pela arrecadao tributria, que constitui a sua principal fonte de financiamento. A realizao de operaes de crdito (obteno de emprstimos e financiamentos- receitas de capital) tambm constitui outra fonte de recursos no financiamento das demandas sociais. 1

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Entretanto, tudo aquilo que o ente poltico prev arrecadar e gastar est contido na LOA, que constitui o planejamento operacional viabilizador das polticas pblicas e dos programas de governo traados em seu PLANEJAMENTO ESTRATGICO (Plano Plurianual-PPA). H um ditado popular que diz: Quem gasta o que ganha imprudente; quem gasta mais do que ganha irresponsvel! As pessoas fsicas e jurdicas planejam suas vidas objetivando atingir metas no curto, mdio e longo prazos, no mesmo? Com o poder pblico no diferente! O governo tambm planeja. No entanto, a planificao governamental mais complexa. Deve seguir o princpio basilar da Administrao Pblica: a legalidade. Isso quer dizer que o Poder Pblico somente est autorizado a fazer o que a lei determina. No pode o Poder Pblico, por exemplo, se valer da seguinte mxima: Se a lei no probe, ento possvel adotar um comportamento nela no expresso. Quanto ao processo de planejamento oramentrio, pode-se verificar a instituio de leis que tratam da matria, a saber: SISTEMA INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E ORAMENTO BRASILEIRO

PPA (1) LDO

LOA(1) (2) (3) Figura 1 PPA - PLANEJAMENTO ESTRATGICO : o plano de mdio prazo(alguns autores) ou de longo prazo estabelece os objetivos estratgicos da administrao lei do plano plurianual (PPA). LDO - PLANEJAMENTO TTICO: interface entre os nveis estratgico e operacional lei de diretrizes oramentrias (LDO). LOA - PLANEJAMENTO OPERACIONAL: curto prazo aes para que o plano estratgico seja materializado lei oramentria anual(LOA)

IRETRIZES 1. PLANO PLURIANUAL - PPA BJETIVOS ETASO planejamento das aes governamentais se traduz objetivamente no instrumento denominado Plano Plurianual que a carta de intenes do representante do executivo, contendo o estabelecimento das prioridades e o direcionamento das aes do governo, para um perodo de quatro anos. estruturado, conforme o disposto no artigo 165, 1, de forma regionalizada, e dispe sobre as diretrizes, os objetivos e as metas da Administrao Pblica Federal, para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de durao continuada. Essa determinao compatibiliza-se com um importante objetivo da poltica oramentria que o de reduzir 2

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as desigualdades inter-regionais e tambm caminha em total harmonia com o ditame expresso no artigo 3, inciso III de nossa Carta Magna que diz: Artigo 3 - Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil: ... III erradicar a pobreza e marginalidade e reduzir as desigualdades sociais e regionais O Plano Plurianual o mecanismo utilizado para determinar a viso estratgica do representante do executivo quanto ao desenvolvimento do pas. Neste sentido, traduz, de um lado, o compromisso entre as estratgias e o projeto futuro e, de outro, a alocao real e concreta dos recursos oramentrios nas funes, nas reas e nos rgos pblicos. Esse instrumento o elo de ligao entre as aes de longo prazo e as necessidades imediatas. a mais abrangente pea e planejamento governamental, uma vez que promove a convergncia do conjunto das aes pblicas e dos meios oramentrios para a viabilizao dos gastos pblicos. O esqueleto do PPA so os programas de trabalho do governo, que constituem instrumentos de organizao da ao governamental para a concretizao dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos no Planejamento Estratgico da Administrao Pblica. O programa consiste, pois, no mdulo integrador do PPA com a LOA (ex.: erradicao do analfabetismo). Alexandre, na prtica, o que motiva a elaborao de um programa???? Na prtica, todo programa nasce de um problema, um problema da sociedade a ser resolvido por seus representantes legalmente constitudos. Porm, de nosso conhecimento que existem uma srie de causas que concorrem para que este problema acontea. exatamente a onde atuam os programas. Geram aes capazes de combater diretamente as causas dos problemas identificados para ento alcanarem a total resoluo deste. Como o oramento empregado atualmente o Oramento-Programa, que possui, nfase nas realizaes, a administrao pblica precisa mensurar estas realizaes, e o faz por meio do instrumento denominado Indicador que vai determinar o quanto do problema foi resolvido, com as aes implementadas em combate s causas deste. O fluxo abaixo ilustra como pode ser definido o processo de um programa;PROBLEMA Causas Causa 1 Causa 2 Causa 3 Objetivo + Indicador Aes Aes 1 Aes 2 Aes 3

SOCIEDADE (pessoal, famlias, empresas) Em suma, pode ser considerado como o conjunto articulado de aes (como exemplo: projetos, atividades, operaes especiais e aes que contribuem para a consecuo do objetivo do programa e no demandam recursos oramentrios), estruturas e pessoas motivadas ao alcance de um objetivo comum. Objetivo este que ser concretizado em um resultado (soluo de um problema ou atendimento de demanda da sociedade), expresso pela evoluo de indicadores no perodo de execuo do programa, possibilitando, consequentemente, a avaliao objetiva da atuao do governo. O reordenamento das aes do governo sob a forma de programas visa dar maior visibilidade aos resultados e benefcios gerados para a sociedade, garantindo objetividade e transparncia aplicao dos recursos pblicos. As aes que compe o programa esto associadas aos produtos (bens ou servios) resultantes da execuo destas, quantificados por metas.

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Em resumo: PROGRAMA CUIDADO!!!!!Projetos, Atividade e Operaes Especiais so detalhamentos dos programas e no tipos de programas.

AES

PROJETOS

ATIVIDADES

OPERAES ESPECIAIS

AES PROGRAMTICAS

Conjunto de operaes LIMITADAS no tempo; Tem como resultado um produto que concorre para a expanso ou aperfeioamento da ao do governo, que pode ser medido, fsica ou financeiramente.

Conjunto de operaes que se realizam de modo contnuo e permanente; Tem como resultado um produto necessrio manuteno da ao de governo, que normalmente pode ser medido quantitativa e qualitativamente.

Aes que no contribuem para a manuteno das aes de governo; No resulta em um produto e no geram contraprestao direta sob a forma de bens ou servios; So basicamente detalhamentos das funes Encargos Especiais.

A gerao de um programa presume a necessidade de soluo para um problema pr-existente, o atendimento de uma demanda da sociedade ou o atendimento de determinada demanda dos diversos rgos pblicos, viabilizando a realizao adequada das suas atribuies. Um programa executado por meio de aes que o integram tais como projetos, atividades, operaes especiais e outras aes que devem inexoravelmente ser concorrentes e suficientes para o alcance do objetivo explcito pelo programa. Aquelas aes que no propem demanda de recursos oramentrios, mas geram bens ou servios para uma parcela ou para a totalidade do pblico-alvo do programa, so chamadas outras aes. Podemos destacar alguns exemplos destas como: o incentivo colaborao ou parceria de outras instituies privadas ou de outras esferas de governo; a alavancagem de recursos oramentrios; o estmulo gerao de receita prpria; a edio e instrumentos normativos, entre outros. Tipos de programas: Quanto classificao, os programas do PPA eram de quatro tipos: I Programas Finalsticos : so os programas que tem por objetivos a soluo de problemas ou o atendimento direto das demandas da sociedade. Quando possuem aes desenvolvidas por mais de um rgo setorial so chamados de Multi-setoriais. Ex: Fome-Zero. 4

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II Programas de Servios do Estado: destinam-se ao atendimento das demandas do prprio estado, realizados por rgos que tem por finalidade o atendimento administrao pblica. Ex: Treinamento de Servidores. III Programas de Gesto de Polticas Pblicas: pressupem um autogerenciamento do estado. Abrange aes que tem por finalidade o planejamento e a formulao de polticas setoriais, a coordenao e o controle dos programas que se encontram sob a responsabilidade de determinado rgo. Ex: Gesto da Poltica de Sade. IV Programas de Apoio Administrativo: congregam todas as aes capazes de gerar os insumos necessrios apropriao por parte dos demais programas. o programa de suporte. Ex.: Apoio Administrativo. A partir da elaborao do PPA 2008-2011, passaram a existir apenas dois tipos de programas: 1. Programas Finalsticos por meio dos quais so ofertados bens e servios diretamente sociedade e nos quais so gerados resultados passveis de aferio por indicadores; e 2. Programas de Apoio s Polticas Pblicas a reas Especiais voltados para a oferta de servios ao Estado, para a gesto de polticas e para o apoio administrativo.

CARACTERSTICAS Instrumento de planejamento governamental (planejamento estratgico) de longo prazo, contendo os projetos e atividades que o governo pretende realizar. Vigncia: Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios: 04(quatro) anos. Comea a produzir efeitos a partir do segundo exerccio financeiro do mandato do Chefe do Executivo at o final do primeiro exerccio do mandato seguinte.Observao CAPCIOSSSIMA!!! Veja que a vigncia do PPA no coincide com o mandato do Chefe do Poder Executivo. Procura-se com isso evitar a descontinuidade dos programas governamentais!!!!!!!!!!!!! Observe o grfico abaixo!!! VIGNCIA DO PLANO PLURIANUAL PPA Mandato Atual1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO

ANO

1 ano vigncia PPA mandato seguinte

Vigncia do PPA

4 ano vigncia PPA mandato anterior

17 Jul X1

VIGNCIA DA LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS LDO ANO VIGNCIA DA LEI ORAMENTRIA ANUAL - LOA EXERCCIO FINANCEIRO

1 ANO

2 ANO

3 ANO

4 ANO

31 Dez X2

1 jan

31 Dez

Alexandre, com relao vigncia da LDO, existe consenso entre os doutrinadores acerca de sua vigncia ser de um ano???

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Conforme estabelece o ADCT da CF/88, a PLDO (Proposta de Lei de Diretrizes Oramentrias) dever ser aprovada at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa, o que equivale atualmente at 17 de julho (art. 57, 2, CF/88). Se o Legislativo assim no proceder, no dar incio a seu recesso at que esta seja aprovada aprovada. Retornando para o Executivo aps este prazo, este ter 15 dias para sancionar ou vetar a proposta. Sancionada pelo Executivo, entrar em vigor com sua sano e produzir efeitos no exerccio financeiro subseqente, deduzindo-se ento que sua vigncia ser de aproximadamente 18 meses. Somos, portanto, partidrios da idia de que, quando sancionada pelo Poder Executivo, a LDO orientar a elaborao da LOA j no segundo semestre do exerccio em que aprovada (INCIO DA VIGNCIA), estabelecendo metas e prioridades para o exerccio financeiro subseqente. A nosso ver, se considerarmos todas as suas funes, a vigncia da LDO maior que um ano (18 meses), conforme dissemos, porm sua eficcia anual!!!!! Abaixo extramos excertos do ilustrssimo autor Valdecir Pascoal para fundamentar a nossa tese!!!! ATENO!!!! (OPINIO DE AUTOR CONSAGRADO: VALDECIR PASCOAL) Mesmo que alguns autores falem em vigncia anual da LDO, isso, a rigor, no correto. Valendo-nos do conceito jurdico de vigncia, h que se concluir que a LDO vigora por mais de um ano. Normalmente aprovada em meados do exerccio financeiro, orientando a elaborao da LOA no segundo semestre e continuando em vigor at o final do exerccio financeiro seguinte. Diga-se, contudo, que, embora a vigncia formal seja maior que um ano, a LDO traa as metas e as prioridades da Administrao apenas para o exerccio subseqente.(2004, pg.41) Contedo principal: fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para: (ARTIFCIO MNEMNICO PPA DOM) as despesas de capital (ex.: construo de escolas, hospitais); as despesas decorrentes derivadas das despesas de capital (ex.: contratao de pessoal necessrio ao funcionamento das escolas e hospitais); os programas de durao continuada (despesas vinculadas a programas com durao superior a um exerccio financeiro como o programa de bolsa-escola, por exemplo). Quando de sua elaborao, a Administrao e o legislador devero planejar a aplicao de recursos pblicos de modo a atenuar a enorme desigualdade entre as regies brasileiras (no caso do PPA da Unio) ou entre as sub-regies existentes nos Estados e Municpios(caso do PPA dos Estados e Municpios).- DIRETRIZES - orientaes gerais ou princpios que nortearo a captao e o gasto pblico com vistas a alcanar os objetivos. - OBJETIVOS indicam os resultados a serem alcanados pela administrao pblica quando da execuo oramentria(ex.: elevar o nvel educacional da populacional, especialmente, combatendo o analfabetismo). - METAS quantificao, fsica e financeira, dos objetivos (ex.: construo de 3.000 salas de aula em todo o Pas, no perodo de quatro anos, R$ 100 milhes, na construo de salas de aula). - PROGRAMAS so as aes que resultam em bens e servios ofertados diretamente sociedade. Correspondem ao MDULO INTEGRADOR entre PPA e a LOA.So eles que garantem a compatibilizao entre os dois instrumentos de planejamento citados. So instrumentos de organizao da atuao governamental, articulando um conjunto de aes que concorrem para um objetivo comum preestabelecido e mensurado por indicadores previstos no PPA.(ex.: Defesa dos direitos da Criana e do Adolescente, PAC PROGRAMA DE ACELERAO DO CRESCIMENTO, BOLSA-ESCOLA) - DURAO CONTINUADA Programas cuja execuo ultrapassam um exerccio financeiro (ex.: Programa Bolsa Escola, Programa de Acelerao do Crescimento, obras com prazo de concluso superior a um ano etc.)

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Orienta as demais leis oramentrias (LOA, LDO), servindo de guia para elaborao da LDO, da LOA e dos demais planos e programas nacionais, regionais e setoriais. De acordo com a Constituio Federal, projeto de lei do PPA de iniciativa privativa e vinculada do Chefe do Poder Executivo. De acordo com a doutrina (Alexandre de Moraes), a iniciativa exclusiva.O PPA, PORTANTO, CORRESPONDE A TODOS OS PROGRAMAS DE GOVERNO DELINEADOS, PELA ADMINISTRAO PBLICA, PARA SEREM REALIZADOS NO PERODO DE 4 (QUATRO) ANOS

ETAS 2. LEI DE DIRETRIZES ORAMENTRIAS LDORIORIDADES Conforme visto anteriormente, o Plano Plurianual estabelece objetivos, diretrizes e metas para quatro exerccios financeiros. Resta-nos saber, entretanto, que parcelas dos programas governamentais executar anualmente? Quais as prioridades de execuo? Para responder a estes e outros importantes questionamentos que existe a Lei de Diretrizes Oramentrias. Duas definies bsicas de LDO sero apresentadas aqui. A primeira delas : - A LDO o elenco de prioridades dentro dos programas governamentais expressos no PPA. A segunda definio a seguinte: - A LDO o ajuste das prioridades de governo (PPA) s reais possibilidades de caixa (LOA). Partindo desta definio, a LDO o elo de ligao entre o planejamento governamental, idealizado no PPA e a disponibilidade de recurso do ente federativo, definida na LOA, para a realizao deste sonho. A LDO inovao do Poder Constituinte originrio. Portanto, esse instrumento de planejamento que no existia no ordenamento jurdico anterior surgiu com a nova Constituio Federal de 1988.

CARACTERSTICAS Instrumento de planejamento de curto-prazo; Deve ser elaborado em harmonia com o PPA e orientar a elaborao da LOA; Estabelece as Metas e Prioridades da Administrao, incluindo as despesas de capital para o exerccio subseqente; Dispor sobre as alteraes na legislao tributria; Fixar a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento (polticas prioritrias para o Banco do Brasil, BNDES, Caixa Econmica, Banco do Nordeste e demais fomentadoras do desenvolvimento). Autorizar a concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao de servidores, a criao de cargos, empregos, funes ou alterao na estrutura de carreira, bem como a admisso e contratao de pessoal a qualquer ttulo na administrao. Exceo: as empresas pblicas e as sociedades de economia mista, nos temos do disposto no artigo 169, 1 da CF, no precisam dessa autorizao na LDO.IMPORTANTE!!!! Art. 57, 2 da CF/88 A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de LDO. Em tese, pelo teor do caput do artigo 57 da CF, a LDO dever estar aprovada at 17 de julho. Se isso no acontecer, a sesso legislativa prorrogar-se- automaticamente at a aprovao da LDO. Ou seja, a LDO dever ser aprovada antes do primeiro recesso parlamentar com objetivo de orientar a elaborao da LOA. 7

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Nos termos da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LDO recebe novas e importantes funes, sendo as mais relevantes as dispostas no art. 4 da LRF (Confira no final da apostila a redao do mesmo!!!!!) Aps ter lido o artigo supra, verifica-se o glamour que a LRF concede a esse instrumento de planejamento que, com a edio da LC 101/00, passou a ser o principal instrumento de regularizao das contas pblicas, de equilbrio fiscal, de austeridade fiscal!!!! J FOI QUESTO DE PROVA DE CONCURSO!!!! O principal instrumento de planejamento governamental que ganhou nfase com a edio da LRF foi a LDO A LRF estabelece que a LDO dispor tambm sobre: Equilbrio entre receitas e despesas refere-se observncia do princpio do equilbrio oramentrio e ao equilbrio durante a execuo do oramento, o chamado equilbrio auto-sustentvel, o equilbrio primrio. Falaremos mais adiante desse equilbrio, que constitui um dos principais alicerces, pilares da LRF. Critrios e forma de limitao de empenho a ser efetivada nas hipteses previstas na LRF e atendida nos oramentos anuais; Normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos oramentrios a lei dever levar em considerao a relao custo-benefcio entre custos e resultados alcanados; Condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas que esto condicionadas aos limites legais, como por exemplo, as transferncias por convnios; Metas fiscais, em anexo prprio, denominado Anexo de Metas Fiscais; Riscos Fiscais, em anexo prprio, denominado Anexo de Riscos Fiscais.

O 1 do art. 4 da LRF estabelece que deve integrar o projeto de LDO o Anexo de Metas Fiscais, que trienal, onde sero estabelecidas as metas anuais, em valores correntes, relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primrio e montante da dvida pblica, para o exerccio a que se referir e para os dois seguintes.

METAS FISCAIS PARAFiscais (valores correntes e constantes) Exerccio financeiro+dois

1. RECEITAS; 2. DESPESAS; 3. RESULTADO NOMINAL; RESU 4. RESULTADO PRIMRIO; KJD 5. MONTANTE DA DVIDA PBLICA

5 melhor compreenso dos efeitos da Lei de Responsabilidade Fiscal sobre a LDO, condio sine qua non o pleno conhecimento dos conceitos de resultado primrio e resultado nominal. Vejamos a seguir. Resultado Primrio: Determina se o nvel de gasto no oramento dos entes federativos compatvel com suas arrecadaes, ou seja, se as receitas primrias (no-financeiras) so capazes de sanar as despesas primrias (no-financeiras). A. Receitas Primrias ou No-Financeiras: correspondem ao total da receita oramentria deduzidas as operaes de crdito, as provenientes de rendimentos de aplicaes financeiras e retorno de operaes de crdito (juros e amortizao), recebimento de recursos oriundos de emprstimos concedidos, as receitas de privatizao e aquelas relativas a supervits financeiros. Para evitar a dupla contagem, no devem ser 8

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consideradas como receitas no-financeiras as provenientes de transferncias entre as entidades que compe o ente federativo. B. Despesas Primrias ou No-Financeiras: correspondem ao total da despesa oramentria deduzidas as despesas com juros e amortizaes da dvida interna e externa, com aquisio de ttulos de capital integralizado e as despesas com concesso de emprstimos com retorno garantido. Da confrontao dos conceitos supramencionados que se pode apurar os seguintes resultados: Supervit Primrio : Receitas Primrias > Despesas Primrias Dficit Primrio : Receitas Primrias < Despesas Primrias Resultado Nulo : Receitas Primrias = Despesas Primrias O Resultado primrio exprime se o ente federativo est ou no exercendo suas atividades dentro de seus limites financeiros atribudos a ele gerando a elevao ou reduo do nvel de endividamento. Resultado Nominal: Atravs do clculo do Resultado Nominal poder ser apurado se o ente necessitar ou no de emprstimos junto s entidades financeiras e/ou setor privado para fazer cumprir com suas obrigaes. Este resultado pode ser considerado como a Necessidade de Financiamento do Setor Pblico (NFSP). O resultado nominal apurado a partir do acrscimo ao resultado primrio do saldo da Conta de Juros que apresenta a diferena entre os juros pagos e recebidos (juros nominais; lquidos) decorrentes de operaes financeiras. A partir da confrontao destes conceitos apuramos os seguintes resultados:

Supervit Nominal : Resultado Primrio > Conta de Juros Dficit Nominal: Resultado Primrio < Conta de Juros Resultado Nulo: Resultado Primrio = Conta de Juros

O 2 do art. 4 da LRF menciona que o Anexo de Metas Fiscais conter, ainda: Avaliao do cumprimento das metas relativas ao ano anterior; Demonstrativo das metas anuais, instrudo com memria e metodologia de clculo que justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas nos trs exerccios anteriores e evidenciando a consistncia delas com as premissas e os objetivos da poltica econmica nacional; Evoluo do patrimnio lquido, tambm nos ltimos trs exerccios, destacando a origem e a aplicao dos recursos obtidos com a alienao de ativos; Avaliao da situao financeira e atuarial de todos os fundos e programas estatais de natureza atuarial; Demonstrativo da estimativa e compensao da renncia de receita e da margem de expanso das despesas obrigatrias de carter continuado.

O Anexo de Metas Fiscais AMF representa uma novidade importante dentro da elaborao do oramento pblico e da gesto pblica brasileira. Seu principal objetivo demonstrar como ser a conduo da poltica fiscal para os trs exerccios financeiros, ou seja, o exerccio a que se referir a LDO e os dois seguintes. Neste caso, estaro sendo elaboradas metas trienais, mas que sero revistas a cada ano, quando da elaborao da LDO. Atravs desse anexo pode-se avaliar o cumprimento das metas fiscais dos trs exerccios anteriores e demonstrar, em termos financeiros, o que est planejado para o exerccio vigente e para os dois seguintes. Este demonstrativo obriga o gestor pblico a justificar como ir compensar as renncias de receitas concedidas atravs de benefcios fiscais. Deve tambm o gestor observar os limites legais de despesas de carter continuado, como por exemplo, as despesas com pessoal. Uma das inovaes trazidas pela Constituio de 1988, a LDO submete soberania popular, por meio de seus representantes, a definio das prioridades para aplicao dos recursos pblicos. Vale ressaltar que, anteriormente, o estabelecimento das prioridades no transitava pelo parlamento sendo definidas unilateralmente pelo Poder Executivo. 9

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ANUAL

TRIENALOutra novidade trazida pela LRF foi o Anexo de Riscos de Fiscais. De acordo com o 3 do art. 4 da LRF, a LDO conter ANEXO DE RISCOS FISCAIS, onde sero avaliados os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias a serem tomadas caso se concretizem. Esse anexo tem por objetivo garantir a realizao dos resultados fiscais apresentados no Anexo de Metas Fiscais. Isso porque qualquer despesa no prevista na elaborao das metas pode comprometer os resultados pretendidos. Neste caso, a partir das despesas em potencial que possam comprometer os resultados oramentrios (como as sentenas judiciais em andamento), ser feita na LOA uma reserva de contingncia para a cobertura dessas despesas. OS PASSIVOS CONTINGENTES(Riscos Fiscais) AVALIA E INFORMA OUTROS RISCOS CAPAZES DE AFETAR AS CONTAS PBLICAS AS PROVIDNCIAS A SEREM TOMADAS, CASO SE CONCRETIZEM OS RISCOS FISCAIS. Os Riscos Fiscais podem ser, grosso modo, classificados em duas categorias distintas. Risco Fiscal, portanto, o gnero, cujas espcies so: Riscos Oramentrios e Riscos da Dvida. Observe o fluxograma abaixo

RISCOS FISCAIS

RISCOS ORAMENTRIOS

RISCOS DA DVIDA

Os riscos oramentrios so aqueles que dizem respeito possibilidade de as receitas e despesas previstas no se confirmarem, isto , de existir desvios entre as receitas ou despesas oradas e as realizadas. Possibilidades de algumas receitas previstas na LOA Riscos oramentrios 1 0

MASTER CONCURSOS AFO - ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO Necessidade de execuo de despesas no fixadas na LOA ou oradas a menor

Exemplos de riscos oramentrios: Arrecadao de tributos menor do que o previsto na lei oramentria frustrao na arrecadao, em funo de fatos ocorridos posteriormente elaborao da LOA ou ainda Alexandre, sejadeterminado tributo no previsto. restituio de menos tcnico e mais objetivo: o que so Riscos Fiscais????? Restituio de tributos maior que a prevista nas dedues da receita oramentria. Ocorrncia de epidemias, enchentes, abalos ssmicos ou outras situaes de calamidade pblica que demandem do Estado aes emergenciais. Os riscos da dvida referem-se a possveis ocorrncias, externas Administrao, caso sejam efetivadas resultaro em aumento do servio da dvida pblica no ano de referncia. Variao das taxas de juros e de cmbio em ttulos VINCENDOS. Passivos contingentes que representam dvidas cuja existncia depende de fatores imprevisveis, a exemplo dos resultados de julgamentos de processos judiciais.

Riscos da Dvida

INFORMAO CAPCIOSSSIMA!!!A Lei de Diretrizes Oramentrias possui trs tipos de contedos, sendo eles: 1. Constitucional definido na Constituio Federal de 1988 em seus artigos 165, 2, e 169, 1, inciso II. 2. Legal expresso na Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal. 3. Especfico originado no prprio corpo ou texto da Lei de Diretrizes Oramentrias. importante ressaltar que a LDO o principal instrumento de equilbrio das contas pblicas, vez que a ela foram atribudas inmeras funes, pela Lei Maior e pela Lei de Responsabilidade Fiscal. de suma relevncia que voc as memorize, separadamente, nos seus dois lobos cerebrais. No lado direito do seu crebro, voc ir colocar as funes estabelecidas pela Constituio Federal; no lado esquerdo, as funes estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Vamos, portanto, elenc-las em um quadro resumo.

FUNES ESTABELECIDAS PELA CF/88 (Art. 165, 2; Art. 169, 1, II; Art. 99, 4; Art. 127, $ 5)

FUNES ESTABELECIDAS PELA LC 101/00(LRF) Art. 4, caput, 1 e 3; Art. 5, III.

1 1

MASTER CONCURSOS AFO - ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO 1. Compreender as metas e prioridades da Administrao 7. Dispor sobre equilbrio entre receitas e despesas;

Pblica Federal, incluindo as despesas de capital para o exerccio financeiro subseqente (Selecionar as prioridades dentre as metas estabelecidas no PPA); 2. Orientar a elaborao da LOA; 3. Dispor sobre as alteraes na legislao tributria; 4. Estabelecer a poltica de aplicao das agncias financeiras oficiais de fomento; 5. Estabelecer os limites de despesas para as propostas oramentrias dos poderes e do Ministrio Pblico; 6. Estabelecer autorizao especfica para as hipteses do artigo 169, 1, II. (Autorizar a concesso de qualquer vantagem ou aumento de remunerao, a criao de cargos, empregos e funes, alterao de estrutura de carreiras, bem como a admisso ou contratao de pessoal a qualquer ttulo, ressalvadas as empresas pblicas e sociedades de economia mista (Art.169, 1, II)

8. dispor sobre critrios e formas de limitao de empenho; 9. normas relativas ao controle de custos e avaliao dos resultados dos programas financiados com recursos dos oramentos; 10. demais condies e exigncias para transferncias de recursos a entidades pblicas e privadas; 11. estabelecer metas fiscais em um Anexo especfico (AMF) e avaliar os passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as contas pblicas, informando as providncias a serem tomadas, caso se concretizem (ARF); 12. estabelecer o montante e a forma de utilizao da Reserva de Contingncia

3. LEI ORAMENTRIA ANUAL (LOA) ORAMENTO PBLICOA Lei Oramentria Anual LOA o mais importante instrumento de gerenciamento oramentrio e financeiro da Administrao Pblica, cuja principal finalidade gerenciar o equilbrio entre receitas e despesas pblicas. Dentre as diversas funes que desempenha o Oramento da Unio, destaca-se, nos termos do 7, art. 165, a de reduzir as desigualdades inter-regionais segundo o critrio populacional. Da mesma forma que na LDO, vrias alteraes foram introduzidas, pela LRF, na sistemtica de elaborao do oramento anual. As principais encontram-se elencadas no quadro a seguir: A LOA deve conter, em anexo, o demonstrativo de compatibilidade da programao dos oramentos com as metas da LDO, previstas no Anexo de Metas Fiscais (****); A LOA deve conter previso para a reserva de contingncias, em percentual da RCL, destinada ao pagamento de passivos contingentes, alm de outros imprevistos fiscais; A LOA deve conter as despesas relativas dvida pblica, mobiliria ou contratual e respectivas receitas, sendo o refinanciamento da dvida (e suas receitas) demonstrado de forma separada, tanto na LOA como nas leis de crditos adicionais; A LOA no poder conter crdito com finalidade imprecisa ou com dotao ilimitada; Veda-se que a LOA contenha dotao para investimentos com durao superior a um exerccio financeiro que no esteja previsto no PPA ou em lei que autorize a sua incluso, conforme disposto no 1 do art. 167 da Constituio Federal.

CARACTERSTICAS A LOA dever estar compatvel com o PPA e com a LDO. Programa a vida econmica e financeira do Estado e o programa de trabalho do governo. Trata-se de uma lei autorizativa, expressa em termos monetrios. Prioriza as necessidades da coletividade. o oramento propriamente dito. Metodologia atual utilizada na sua elaborao: oramento-programa. Cumpre ano a ano as etapas do PPA; a materializao dos programas contidos no PPA. A respectiva lei corresponde, na verdade, a 03(trs) suboramentos, ou 03(trs) esferas oramentrias(CF, art. 165, 5). O oramento fiscal e o oramento de investimentos, compatibilizados com o PPA, tm o objetivo de reduzir as desigualdades entre as regies, segundo critrio populacional. O Governo s poder iniciar qualquer programa ou projeto se houver autorizao especfica na Lei Oramentria. A LOA, alm de estimar as receitas e fixar as despesas, poder conter autorizao para abertura de 1 2

MASTER CONCURSOS AFO - ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO crditos suplementares e para contratao de operaes de crdito, ainda que por antecipao de

receita(ARO). Dever acompanha-la um demonstrativo, regionalizado, sobre os efeitos da concesso de anistia, iseno, remisses, subsdios e benefcios de natureza financeira, tributria e creditcia. Lei n 4320/64 (arts. 2 e 22) esses dispositivos estabelecem quais os documentos, demonstrativosm e anexos que devero integrar a proposta oramentria enviada anualmente pelo Executivo ao Legislativo. Comporo a proposta oramentria: mensagem do Chefe do Executivo; projeto de Lei de Oramento. Devem observar trs funes estatais fundamentais: a alocativa, a distributiva e a estabilizadora; O oramento lei formal, mas no material, sem criar direitos subjetivos e sem modificar as leis tributrias e financeiras (posicionamento atual do STF). A LOA uma lei temporria(vigncia limitada), especial(de conceito determinado e processo legislativo peculiar) e ordinria(aprovada por maioria simples); O tipo de oramento utilizado atualmente no Brasil o oramento misto, pois a elaborao e a execuo cabe ao Poder Executivo, cabendo ao Poder Legislativo sua votao e controle. Tipos de oramento existentes: (1) Legislativo; (2) Executivo; (3) Misto.

(****) Esse demonstrativo em anexo Lei Oramentria Anual dever evidenciar a compatibilidade entre o PPA e a prpria LOA, ou seja, se tais instrumentos de planejamento esto compatveis com as metas e prioridades estabelecidas na LDO. NO CONFUNDA!!!!! Os anexos de riscos e metas fiscais so instrumentos da LDO. A LOA deve conter a Reserva de Contingncia, que uma dotao global com a finalidade de atender os passivos contingentes e outros riscos fiscais imprevistos. A Reserva de Contingncia uma dotao de recursos de forma global, no destinada a nenhum rgo ou projeto especfico, posto que no especifica ou detalha onde os recursos sero aplicados. Portanto, se dotao oramentria, deve estar prevista na LOA. A Lei Oramentria Anual o instrumento legal indicado para alocao de receitas e despesas oramentrias. Por ser uma dotao global no destinada a nenhum rgo ou projeto especfico, a Reserva de Contingncia uma exceo ao princpio da especificao ou especializao do oramento. Alexandre, que fatos podem ensejar dvidas (passivos) contingenciais a serem cobertas com a reserva de contingncias?????? Lides de ordem tributria e previdenciria; Aes trabalhistas referentes aplicao da Unidade Real de Valor (URV) no primeiro semestre de 1994; Disputa sobre o percentual de reajuste dos saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Servio (FGTS), em funo do plano Vero de 1989 e do Plano Collor I de 1990

CONTER

RESERVA DE CONTINGNCIAS

ESTALECER

MONTANTE E FORMA DE UTILIZAO DA RESERVA DE CONTINGNCIAS

Dimenses ou aspectos do oramento: Jurdica: essa dimenso a que define o oramento ou integra a lei oramentria no conjunto 1 3

MASTER CONCURSOS AFO - ADMINISTRAO FINANCEIRA E ORAMENTRIA PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO de leis do pas.O oramento uma lei formal;

Econmica: Corresponde caracterstica que atribui ao oramento o poder de intervir na atividade econmica, propiciando gerao de emprego e renda em funo de investimentos que podem se previstos e realizados pelo setor pblico, resultando com isso no desenvolvimento do pas; Financeira: representa o fluxo financeiro gerado pelas entradas de recursos obtidos com a arrecadao de receitas e os dispndios com as sadas de recursos proporcionado pelas despesas, evidenciando a execuo oramentria. Poltica: corresponde definio de prioridades, numa situao de escassez de recursos, por exemplo; Tcnica: representa o conjunto de regras e formalidades tcnicas e legais exigidas no processo oramentrio(ciclo oramentrio)

ORAMENTO TRADICIONAL X ORAMENTO MODERNOO Oramento Pblico um demonstrativo obrigatrio e padronizado para cada esfera da federao. um cuidado necessrio para que a sociedade tome conhecimento dos programas de governo e assegurar seu cumprimento. O conceito de oramento tem mudado bastante ao longo do tempo, por causa da evoluo de suas funes, que so hoje bem diferentes que no passado. A histria do Oramento Pblico evoluiu em duas grandes fases: a do oramento tradicional e a do moderno.

Oramento Tradicional Lei 4.320/64 Dl 200/67 CF/88 Gastos

Oramento Moderno

(ORAMENTO PROGRAMA)

Planejamento

O tradicional(ou clssico) tinha como sua principal funo o controle poltico. Possibilitou o controle poltico do Poder Executivo pelo Poder Legislativo. O Oramento Tradicional, ao lado da linguagem contbil, adotava classificaes suficientes apenas para instrumentalizar o controle das despesas pura e simplesmente. Eram adotadas duas classificaes clssicas: a) por unidades administrativas (os rgos responsveis pelos gastos) b) por objetivo ou item de despesa( era simplesmente previso de receita e autorizao de despesa, no era de acordo com programas e objetivos a atingir) O oramento clssico evoluiu para o Oramento de Desempenho ou de realizaes, onde se buscava saber as coisas que o governo faz e no as coisas que o governo compra. Assim, saber o que a Administrao Pblica comprava tornou-se menos relevante do que saber para que se destinava aquela aquisio. O oramento de desempenho, embora j ligado aos objetivos, no poderia, ainda, ser considerado um oramento-programa, visto que lhe faltava uma caracterstica essencial, que era a vinculao ao sistema de planejamento. A idia de oramento moderno nasceu nos EUA. Exigia-se que os oramentos deveriam constituir-se de instrumentos de administrao, de forma que auxiliassem o Executivo nas vrias etapas do processo administrativo. Atualmente, as polticas econmicas tm sido inibidoras da expanso das despesas pblicas, por isso, o papel que vem sendo reforado o do oramento como instrumento de controle econmico. Eleva-se a funo de 1 4

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planejamento do oramento, para evitar dficit (gastar mais que recebe). A adoo do oramento-programa na esfera federal foi efetivada em 1964, a partir da edio da Lei n 4.320. O Decreto-Lei n 200, de 23/2/67, menciona o oramento-programa como plano de ao do Governo Federal quando, em ser art. 16, determina: em cada ano ser elaborado um oramento-programa que pormenorizar a etapa do programa plurianual (PPA) a ser realizado no exerccio seguinte e que servir de roteiro execuo coordenada do programa anual. Oramento-programa a metodologia utilizada para a elaborao do oramento atualmente. a alocao dos recursos com nfase no no objeto do gasto, mas no seu objetivo. No apenas documento financeiro, mas, principalmente, um instrumento de operacionalizao das aes do governo, viabilizando seus projetos/atividades/operaes especiais em consonncia com os planos e diretrizes estabelecidos, merecendo destaque as seguintes vantagens: a) b) c) d) e) f) g) h) i) j) Melhor planejamento de trabalho; maior preciso na elaborao do oramento; melhor determinao das responsabilidades; maior oportunidade para reduo dos custos; maior compreenso do contedo oramentrio por parte do Executivo, do Legislativo e do pblico; facilidade para identificao de duplicao de funes; melhor controle da execuo do programa; identificao dos gastos e realizaes por programa e sua comparao em termos absolutos e relativos; apresentao dos recursos e dos objetivos da instituio e do inter-relacionamento entre custos e programas; e nfase no que a instituio realiza e no no que gasta

Segundo Pascoal, a palavra programa revela caracterstica, uma qualidade do oramento moderno. O oramento-programa instrumento de planejamento que permite identificar os programas, os projetos e as atividades que o governo pretende realizar, alm de estabelecer os objetivos, as metas, os custos e os resultados esperados e oferecer maior transparncia dos gastos pblicos. Ressalte-se, porm, que, durante a evoluo do oramento-programa (oramento moderno), houve o chamado ORAMENTO DE DESEMPENHO (ou por realizaes). No oramento de desempenho, procura-se saber as coisas que o governo FAZ, e no as coisas que o governo COMPRA. A nfase dada aos resultados. Todavia, no se podia ainda falar em oramento-programa, pois no havia qualquer vinculao do oramento ao planejamento governamental. Partiu-se, ento, para uma tcnica mais elaborada, que foi o oramento-programa. ORAMENTO PROGRAMA

DIRETRIZES

OBJETIVOS

METAS

PROGRAMAS

Conjunto de critrios. de ao e de deciso que deve disciplinar e orientar os diversos aspectos envolvidos no Processo de Planejamento.

Resultados que se Pretende alcanar

Especificao e quantificao fsica e financeira dos objetivos estabelecidos

Aes que resultem em servios prestados comunidade passveis de quantificao.

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Giacomoni destaca que, essencialmente, o oramento-programa deve conter: a) os objetivos e propsitos perseguidos pela instituio e para cuja consecuo so utilizados os recursos oramentrios; b) os programas, isto , os instrumentos de integrao dos esforos governamentais, no sentido da concretizao dos objetivos; c) os custos dos programas medidos por meio da identificao dos meios ou insumos (pessoal, material, equipamentos, servios etc.) necessrios para a obteno dos resultados; e d) as medidas de desempenho, com a finalidade de medir as realizaes (produto final) e os esforos despendidos na execuo dos programas.

Alexandre, e como se d o relacionamento entre as partes principais da estrutura esqueltica do oramento-programa?????Vamos observar o fluxo desse relacionamento a partir da figura abaixo.

DEMANDA

DIRETRIZES

OBJETIVO

MEDIDA DE DESEMPENHO RESULTADO PRODUTO FINAL CUSTO

META

PROGRAMA

Com base no que foi disposto, possvel destacar as principais caractersticas do oramento-programa: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. oramento o elo entre o planejamento e as funes executivas da organizao; a alocao de recursos visa consecuo de objetivos e metas; as decises oramentrias so tomadas com base em avaliaes e anlises tcnicas das alternativas possveis; na elaborao do oramento, so considerados todos os custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exerccio; a estrutura do oramento est voltada para os aspectos administrativos e de planejamento; o principal critrio de classificao das despesas : funcional e programtico; utilizao sistemtica de indicadores e padres de medio do trabalho e dos resultados; controle para avaliar resultados sob a gide da eficincia, eficcia e efetividade na execuo dos programas de Governo, que correspondem aos indicadores de resultados na Administrao Pblica.

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ORAMENTO TRADICIONAL VERSUS ORAMENTO-PROGRAMA O Oramento Programa permite a avaliao do resultado das aes governamentais atravs das medidas de eficincia, eficcia e efetividade. A seguir, elencamos a diferena entre os conceitos: Eficincia pode ser medida pelo resultado obtido entre o volume de bens e servios produzidos e o volume de recursos consumidos, para alcanar a economia de recursos na consecuo dos objetivos, obtendo o melhor desempenho na operacionalidade das aes. a capacidade que tem o gestor pblico de aplicar recursos de forma otimizada. Eficcia ocorre quando os objetivos pr-estabelecidos so atingidos. Pode ser medida pelo grau de cumprimento dos objetivos fixados nos programas de ao, comparando-se resultados obtidos com os previstos, ou seja, quando mais prximos os gestores estiverem dos resultados esperados, mais eficaz ter sido a sua gesto. Efetividade mede o impacto final da atuao governamental em termos de eficincia e eficcia na utilizao dos recursos, determinando o cumprimento das finalidades do governo e justificando sua existncia. a capacidade que tem o gestor pblico de satisfazer as necessidades da coletividade, num determinado espao de tempo.

ORAMENTO BASE ZERODentre as formas ou classificao de oramento moderno pode-se citar uma experincia absorvida da iniciativa privada que ficou denominada de Oramento Base-Zero. Essa metodologia de oramento teve sua origem em 1968, numa experincia desenvolvida por Peter A. Pyhrr, na Texas Instruments, e tem como princpio reavaliar todos os programas e despesas a cada perodo. Quando foi governador do Estado da Gergia, Jimmy Carter implantou o Oramento Base Zero em seu Estado e depois levou a experincia para o mbito do governo federal e a aplicou em alguns Ministrios. O Oramento Base-Zero centrava o foco na questo dos indicadores de avaliao das polticas pblicas, dos programas, dos projetos, atividades inseridos no oramento que no tiveram uma avaliao adequada e novamente eram inseridos no oramento do prximo ano. Ao contrrio do oramento tradicional que j parte de uma determinada base oramentria, acrescentando apenas uma projeo de inflao, o Oramento Base-Zero exige que cada administrador justifique detalhadamente todas as dotaes solicitadas em seu oramento, cabendo-lhe justificar por que deve gastar o recurso. Cada administrador obrigado a preparar um pacote de deciso para cada atividade. O Oramento Base Zero traz uma contribuio importante e uma provocao aos gestores pblicos. Essa modalidade de oramento moderno questiona a deficincia nas informaes sobre a anlise dos resultados, e o que se convencionou chamar de incrementalismo a reproduo simples do passado, ou seja, repete-se alguns programas ORAMENTO TRADICIONAL ORAMENTO-PROGRAMA O processo oramentrio dissociado dos processos de O oramento o elo entre o planejamento e as funes planejamento e programao executivas da organizao A alocao de recursos visa aquisio de meios A alocao de recursos visa consecuo de objetivos e metas. As decises oramentrias so tomadas tendo em vista As decises oramentrias so tomadas com base em as necessidades financeiras das unidades avaliaes e anlises tcnicas das alternativas possveis. organizacionais Na elaborao do oramento so consideradas as Na elaborao do oramento so consideradas todos os necessidades financeiras das unidades organizacionais custos dos programas, inclusive os que extrapolam o exerccio. A estrutura do oramento d nfase aos A estrutura do oramento est voltada para os aspectos Aspectos contbeis da gesto. administrativos e de planejamento. Principais critrios classificatrios: unidades Principal critrio de classificao: funcional-programtico. administrativas e elementos. Inexistem sistemas de acompanhamento e medio do Utilizao sistemtica de indicadores e padres de trabalho, assim como dos resultados. medio do trabalho e dos resultados. O controle visa avaliar a honestidade dos agentes O controle visa avaliar a eficincia, a eficcia e a governamentais e a legalidade no cumprimento do efetividade das aes governamentais. oramento. 1 7

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dos oramentos anteriores porque no se tem parmetro ou anlise dos programas. O oramento base-zero aquele sobre o qual no h direitos anteriores. comum no caso de entes novos. Por exemplo, pode-se citar a criao de um novo municpio. Como no h experincias anteriores, no h muitos parmetros para definir-se quanto ir para a secretaria de sade, de educao, etc.

Iniciativa

PROCESSO LEGISLATIVO ORAMENTRIO

Base Constitucional: art. 84, XXIII da CF/88; art. 61, 1, II, b ; art. 85,VI; art. 166 6 So de iniciativa do Chefe do Poder Executivo, leis que envolvam matria oramentria. Esta iniciativa privativa e indelegvel; No Brasil, diz-se que a iniciativa de iniciativa vinculada, vez que, embora a competncia pela iniciativa seja do titular do Poder Executivo, o mesmo est obrigado ao prazo determinado em legislao; Todas as leis de elaborao do PPA, LDO e LOA so ordinrias de iniciativa do Chefe do Poder Executivo; A omisso(no exercer a iniciativa ou deixar de cumprir o prazo determinado pela CF, CE e LOM) do chefe do executivo constitui crime de responsabilidade CF/88, art. 85, VI);

PrazosCaber a uma lei complementar dispor sobre o exerccio financeiro, a vigncia, os prazos, a elaborao e a organizao do PPA, da LDO e da LOA(art. 165, 9, I da CF/88). O que ocorre que essa lei complementar ainda no foi editada. Assim, a Unio, os Estados e os Municpios que no estabeleceram prazos especficos continuam seguindo o disposto no art. 35, 2, do ADCT da CF/88, que determina os prazos na tabela seguinte:Envio: Chefe do PE ao PL. Projeto de Lei Parmetro para envio: trmino do exerccio financeiro. 4 meses antes do encerramento do primeiro exerccio financeiro do mandato do chefe do PE(31 de agosto) 8 meses e antes do encerramento do exerccio financeiro(15 de abril) 4 meses antes do encerramento do exerccio financeiro(31 de agosto) Devoluo: do PL ao PE(para sano ou veto) Parmetro para devoluo: trmino da sesso legislativa ou perodo legislativo. At o trmino do segundo perodo da sesso legislativa (22 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado. At o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa (17 de julho) At o encerramento da sesso legislativa (22 de dezembro), do exerccio em que for encaminhado

BASE LEGAL

PPA

Art. 35, 2, do ADCT.

LDO LOA

Art. 35, 2, do ADCT. Art. 35, 2, do ADCT.

Obs:

os prazos assinalados na tabela supra dizem respeito Unio, prevalecendo para Estados, DF e Municpios o que estiver disposto nas suas respectivas Constituies Estaduais e Leis Orgnicas. Isto, at que a Lei complementar referida no art. 165, 9, I e II, da CF/88 esteja em vigor.

Obs:

A Sesso Legislativa Ordinria no mbito federal est regulamentada pelo art. 57 da CF/88, que estabelece:

Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de 1 8

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julho e de 1 de agosto a 22 de dezembro(Redao dada pela Emenda Constitucional n 50, de 2006). Cuidado com essa mudana!!! O ADCT refere-se ao encerramento do 1 perodo da sesso legislativa e encerramento da sesso legislativa, no estabelecendo datas. Com a Emenda n 50/2006, as datas foram alteradas!!!!!! Ainda, o 2 do mesmo artigo versa: 2 A sesso legislativa no ser interrompida sem a aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias. Com base no pargrafo do artigo supra disposto, pode-se inferir que uma das situaes que impede o incio do recesso parlamentar em 18 de julho a no aprovao do projeto de lei de diretrizes oramentrias at o encerramento do primeiro perodo da sesso legislativa.Alexandre, quando vc se referia aos prazos de envio da proposta oramentria, dois questionamentos me vieram tona acerca do No-envio e No-Devoluo dos Projetos!!!!!!

Tome nota !!! O art. 32(ao lado) da Lei n 4.320/64 responde a esse questionamento, determinando que o Poder Legislativo considerar como proposta a Lei de Oramento

1) E se o chefe do Poder Executivo no encaminhar a proposta oramentria no prazo fixado nas Constituies e nas Leis Orgnicas dos Municpios?

Lei 4.320/1964:(...) Se no receber a proposta no prazo fixado nas Constituies ou nas Leis Orgnicas dos Municpios, o Poder Legislativo considerar como proposta a Lei de Oramento vigente.

vigente!!!!Tome nota!!! Apesar de no previsto em legislao, entende a doutrina que caber, por princpio da simetria, a promulgao por parte do Poder Executivo, tal como o enviou ao Legislativo, ignorando eventuais emendas aprovadas ou em discusso(Srgio Jund citando Kiyoshi Harada)

2) E se o Poder Legislativo no devolver o projeto de lei aprovado para sano do Chefe do Poder Executivo at o dia 31 de dezembro?Valdecir Pascoal entende que, de forma diversa, na falta de uma regra permanente que regule essa situao excepcional, tanto na Unio como em alguns estados, a LDO vem tratando dessa questo, estabelecendo que o Executivo fica autorizado a gastar determinada proporo(X/12) da proposta que ainda est tramitando.

DUODCIMOS Com base na LDO, o Poder Executivo elabora a proposta oramentria para o ano seguinte, com a participao dos Ministrios (rgos setoriais) e das unidades oramentrias dos Poderes Legislativo e Judicirio. 1 9

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Por determinao constitucional, conforme visto no quadro anterior (art. 35, 2, inciso III do ADCT), o governo obrigado a encaminhar o projeto de lei do oramento ao Congresso Nacional at quatro meses antes do encerramento da sesso legislativa e, consequentemente, do exerccio financeiro, o que corresponde a 31 de agosto. Acompanha a proposta uma mensagem do Presidente da Repblica, na qual feito um diagnstico sobre a situao econmica do pas e suas perspectivas. A Constituio determina que a Proposta Oramentria deve ser votada e aprovada at o final da sesso legislativa, atualmente encerrando a 22 de dezembro. Depois de votada no Legislativo, a proposta segue para o Executivo, que dispe de 15 dias para sancionar ou vetar. Sancionada, entra em vigor a partir de sua publicao at o encerramento do exerccio financeiro seguinte ao de sua elaborao. Entretanto, se o Executivo resolver vetar esta proposta, devolver para o legislativo que dispe, inicialmente de 30 dias para uma anlise prvia do veto executivo, podendo restitu-la neste prazo ou posteriormente. Durante a discusso desta proposta no exerccio subseqente de sua gerao, a cada ms ser executado 1/12 da Lei de Diretrizes Oramentrias LDO anteriormente aprovada, enquanto no houver Lei Oramentria Anual legalmente vlida. Quando do retorno da Proposta da LOA, o Executivo dever se manifestar em 48 horas. Se no houver nenhuma manifestao de vontade, neste perodo, ocorrer a sano tcita desta, ou seja, a LOA entrar automaticamente em vigor aps este prazo. Se houver, entretanto, reao contrria, ou melhor o segundo veto por parte do Executivo, este devolver a Proposta ao Legislativo, onde dever ser sancionada pelo Presidente do Senado, e em sua ausncia, pelo VicePresidente do Senado.

Apreciao(Discusso) pelo Poder Legislativo

O Processo Legislativo Oramentrio um processo especial, pois a CF estabelece, em regra, uma apreciao conjunta da matria, sendo apreciado pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166 da CF/88), que corresponde ao Regimento do Congresso Nacional. Essa fase do processo, portanto, consiste na etapa destinada ao debate em plenrio, conhecida, tambm, por fase de discusso, sendo subdvidida nas seguintes etapas: proposio de emendas, voto do relator, redao final e votao em plenrio. apreciao e votao dos projetos (PPA, LDO e LOA) e das leis referentes a crditos adicionais cabe ao Poder Legislativo em suas respectivas esferas; a apreciao dos projetos de leis oramentrias(PPA, LDO, LOA) e dos projetos relativos a crditos adicionais(suplementares e especiais) conjunta, feita pelas duas Casas do Congresso Nacional(Cmara e Senado); a apreciao obedecer s regras do regimento comum; ATENO!!!! embora a sesso de apreciao(discusso e votao) seja CONJUNTA, a apurao dos votos, SEMPRE, dar-se- separadamente(art. 43 do Regimento do Congresso Nacional) A no-obteno de maioria simples em, pelo menos, uma das Casas, importar na rejeio da matria. a apreciao das leis oramentrias pelo Poder Legislativo indelegvel, vez que essa matria no pode ser objeto de lei delegada(art. 68, 1, III da CF); Emendas Base Constitucional: art. 166, 2, 3, 4 , As emendas devem ser apresentadas Comisso Mista Permanente de Deputados e Senadores, que sobre elas emitir um parecer, e, apreciadas, na forma regimental, pelo Plenrio das duas Casas do Congresso Nacional(conjuntamente). A Comisso Mista dever emitir parecer sobre as emendas antes de serem apreciadas pelo plenrio. Ficar a cargo da Comisso Mista a redao final do projeto de lei. 2 0

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Aplicao do Processo Legislativo Comum O processo legislativo oramentrio considerado um processo legislativo especial; no entanto, atendidas as regras ou os preceitos especiais, aplicam-se aos projetos que tratam de matria oramentria, no que no contrariar o disposto no processo legislativo especial (art. 166 da CF/88), as demais normas relativas ao processo legislativo comum(art. 66 da CF sano, promulgao, veto, informao das razes de veto etc.). Sano Uma vez aprovado no Legislativo, ser necessria a aquiescncia do titular do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado. Assim, o titular do Poder Executivo somente sancionar o projeto se estiver de acordo com o mesmo, conforme determina o art. 66 da CF/88: a Casa na qual tenha sido concluda a votao enviar o projeto de lei ao Presidente da Repblica, que, aquiescendo, o sancionar. Veto Caso no esteja de acordo com o projeto de lei aprovado pelo Legislativo, poder veta-lo total ou parcialmente, conforme art. 66 da CF/88. Promulgao Consiste no atestado de validade da existncia da lei. , portanto, um ato declaratrio, demonstra que a lei executvel, ou seja, quando o titular do Poder Executivo aquiesce com o projeto de lei, tambm o est promulgando, pois o ato de sancionar j imprime carter de executoriedade lei, restando, no entanto, para que possa ter eficcia e se tornar obrigatria, o ato de publicao. Publicao Apesar de acabada, a lei, para se tornar executvel e obrigatria, necessita de publicao no rgo de imprensa oficial da esfera governamental (Dirio Oficial). A publicao consiste no atestado de conhecimento de que uma lei nova est em vigor. Ao contrrio da promulgao, que revela a executoriedade de uma lei, a publicao impe a sua obrigatoriedade, pois, com a promulgao, a lei existia, mas no obrigava o seu cumprimento; aps a sua publicao, ela se torna obrigatria, no podendo ser alegado o seu desconhecimento.

CONCEITOS IMPORTANTES!!!!(1) Crdito oramentrio: autorizao da prpria lei oramentria ou de crdito adicional expressa nos programas de trabalho. Corresponde dotao prevista na lei de oramento. Exemplo: Recuperao da pavimentao das rodovias federais (2) Crdito Adicional: a dotao prevista nas leis sucessivas ao oramento, cuja finalidade atender a despesas no computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Oramento. (3) Dotao oramentria: o montante (limite) da autorizao dada na lei oramentria para gastos, ou seja, o valor que pode ser gasto em um crdito. (4) (5) Unidade oramentria (UO): aquela contemplada com dotao diretamente na lei oramentria. Unidade administrativa (UA): aquela que recebe autorizao por descentralizao de uma UO ou outra UA.

(6) Unidades Executoras (UE): so aquelas que efetivamente realizam o gasto, ou seja, executam a despesa oramentria. (7) SOF/MPOG (Secretaria de Oramento Federal): corresponde ao rgo central do sistema de oramento, vinculado ao Ministrio de Planejamento, Oramento e Gesto. (8) Descentralizao Oramentria: movimentao da autorizao de despesa da unidade oramentria para a unidade administrativa. Pode ser Proviso (se interna) ou Destaque (se externa) (9) Proviso ou descentralizao interna de crditos: quando envolve unidades gestoras de um mesmo rgo, ministrio ou entidade integrante dos oramentos fiscal e da seguridade social. (10) Destaque ou descentralizao externa de crditos: quando envolve unidades gestoras de rgos, ministrios 2 1

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ou entidades de estruturas administrativas diferentes (de um rgo para outro) (11) Descentralizao Financeira: movimentao de recursos financeiros do rgo arrecadador (Ministrio da Fazenda, na Unio, Secretarias da Fazenda ou de Finanas, nos Estados e Municpios) aos demais rgos na estrutura organizacional do mesmo ente da federao (intra-governamental). Na linguagem contbil, podem ser de dois tipos (Repasse e Sub-Repasse). (12) Cota: a primeira fase da descentralizao das disponibilidades financeiras, consiste na transferncia do rgo central de programao financeira para os rgos setoriais do sistema. Essa movimentao est condicionada, entre outras coisas, efetiva arrecadao de recursos financeiros pelo Tesouro Nacional e ao montante de compromissos financeiros assumidos pelos rgos. (13) Repasse: importncia financeira que a unidade oramentria transfere a outro Ministrio (ou Secretaria de Estado ou de Municpio) ou rgo. a descentralizao das disponibilidades financeiras vinculadas ao oramento, recebidas anteriormente sob a forma de cota da STN/MF, sendo de competncia dos rgos setoriais de programao financeira, que as transfere para outro rgo ou ministrio. (14) Sub-Repasse: importncia financeira que a unidade oramentria transfere a outra unidade oramentria ou administrativa do mesmo Ministrio (ou Secretaria de Estado o Municpio) ou rgo. Corresponde descentralizao de disponibilidades financeiras vinculadas ao oramento, realizada pelos rgos setoriais de programao financeira, para unidade oramentria (UO) ou unidade administrativa (UA) a eles vinculadas, ou seja, que faa parte da sua prpria estrutura. Recursos Oramentrios Recursos Financeiros Dotao Cota Movimentao de Crditos Movimentao de Recursos Financeiros Oramentrios (Descentralizao de Crditos Destaque Repasse Proviso Sub-repasse CAPCIOSSSIMA!!!!A movimentao de crditos oramentrios (autorizaes de despesas) em sentido horizontal denomina-se destaque. Quando ocorre o destaque, deve ocorrer tambm o repasse (envio dos recursos financeiros para lastrear os crditos destacados outra entidade). A movimentao de recursos oramentrios em sentido vertical denomina-se proviso. Quando ocorre a proviso, deve ocorrer tambm o sub-repasse (envio dos recursos financeiros para lastrear os crditos remetidos outra unidade). bom saber!!!! Ressalte-se que os destaques e provises tratam de autorizaes oramentrias. No caso do destaque, a contrapartida do lado financeiro o repasse; no caso da proviso, a contrapartida do lado financeiro o sub-repasse.

(15) Sistema de oramento federal: sistema COMPOSTO dos seguintes rgos: SOF/MPOG; Unidades setoriais em cada Ministrio ou rgo equivalente; Unidades Oramentrias, as quais efetivamente realizam o gasto, ou seja, executam a despesa por meio de um unidade executora. HIERARQUIA DAS LEIS ORAMENTRIAS2 2

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PPA LDO LOALegendas:

OF Oramento Fiscal OIE Oramento de Investimentos de Estatais OSS Oramento de Seguridade Social (1) O fato de o oramento estar discriminado em trs esferas oramentrias(desenho acima) no fere o Princpio da Unidade(Totalidade). Essa diviso sistemtica tem o condo de oferecer uma viso integrada das aes governamentais. Os recursos dos oramentos fiscais e da seguridade social provm basicamente da cobrana de tributos e contribuies, bem como da explorao do patrimnio pblico. O oramento de investimento das estatais compreende as despesas com aquisio de bens para o ativo imobilizado, excetuadas as relativas aquisio de bens para arrendamento mercantil. (2) O Oramento da seguridade social compreende no s as entidades e rgos a ela vinculados, mas tambm todas as despesas relativas sade, previdncia e assistncia social, independentemente da unidade oramentria responsvel. ________________________________________________________________________________________

PPA

ASSUNTO: PRINCPIOS ORAMENTRIOS PROFESSOR ALEXANDRE AMRICO1. Princpios Os princpios so premissas e linhas norteadoras de ao a serem observadas na concepo da proposta de oramento. Sua principal finalidade disciplinar e orientar a ao dos governantes. ATENO!!!!! A lei n 4.320/64, que estatui normas gerais de Direito Financeiro, em seu artigo 2, determina obedincia a trs princpios: unidade, universalidade a anualidade (ou periodicidade). Os demais princpios no derivam dessa lei, mas da sistemtica de elaborao das diversas LOAs e de entendimentos da Constituio da Repblica Federativa do Brasil. OBS: No h uma lista exaustiva de princpios oramentrios, pois o prprio conceito de oramento pblico est em constante evoluo. Sero abordados a seguir os princpios mais aludidos pela doutrina e pelo ordenamento jurdico pertinente rea oramentria 1.1. Princpio da Legalidade Oramentria (PRINCPIO CONSTITUCIONAL) O princpio da Legalidade est previsto no inciso II do art. 5 da Constituio Federal de 1988 (CF/88): Ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei. Por este princpio, todo o oramento pblico deve ser elaborado por lei e todas as leis que tratam de matria oramentria (as leis do Plano Plurianual PPA, de Diretrizes Oramentrias LDO, a Lei Oramentria Anual 2 3

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LOA, as leis que autorizam os crditos suplementares e especiais etc) devem ser aprovadas pelo Poder Legislativo. O inciso I ao art. 167 da CF uma aplicao do princpio da legalidade: (...) vedado o incio de programas ou projetos no includos na lei oramentria.. CUIDADO NAS QUESTES DE CONCURSOS!!!! O princpio da legalidade amplo e genrico. Quando a questo falar de elaborao de leis e exame de legislativo, est se referindo ao princpio de legalidade. EXCEO AO PRINCPIO DA LEGALIDADE ORAMENTRIA!!!!! ABERTURA DE CRDITOS EXTRAORDINRIOS PARA ATENDER DESPESAS IMPREVISVEIS E URGENTES (Art. 167, 3 da CF). Este tipo de crdito aberto por medida provisria ou decreto, instrumentos disposio do chefe do Poder Executivo, conforme o caso!!!! 1.2. Princpio da Anualidade INFRANCONSTITUCIONAL) ou Periodicidade (PRINCPIO CONSTITUCIONAL E

BASE CONSTITUCIONAL: art. 165, III da CF/88 BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 2, Lei n 4.320/64

De acordo com o art.2 da Lei 4.320/64: (...) a Lei do Oramento conter a discriminao da receita e despesa de forma a evidenciar a poltica econmica financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos aos princpios da unidade, universalidade a anualidade. Este princpio impe que o oramento dever ser elaborado e executado para a execuo em um perodo determinado de tempo (geralmente um ano, no caso brasileiro). Segundo o art. 4 da Lei n 4.320/64: (...) o exerccio financeiro coincidir com o ano civil. Observe que o princpio est relacionado ao intervalo de tempo de 12 meses, de 1 de janeiro e 31 de dezembro. OBSERVAO CAPCIOSSSIMA!!!!!

VIGNCIA CICLO ORAMENTRIOA VIGNCIA DE 1 ANO; O CICLO ORAMENTRIO MAIOR E MAIS COMPLEXO!!!!!!!!!!

O ciclo oramentrio maior que 1 ano, uma vez que, no ano 1, elaborada a proposta oramentria, que ser discutida no Poder Legislativo e dever ser devolvida para a sano pelo chefe do Poder Executivo at o trmino da sesso legislativa; no ano 2, o oramento ser executado (as receitas efetivamente arrecadadas e as despesas realizadas); por fim, no ano 3, o oramento ser controlado, via processo de prestao de contas a ser encaminhado ao Poder Legislativo. Ou seja, o ciclo oramentrio comea no ano 1 e se encerra no ano 3, ultrapassando, portanto, o perodo de um ano. possvel afirmar, diante do exposto, que o exerccio financeiro (perodo em que o oramento 2 4

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executado) de 365 dias, coincidindo com o ano civil.EXCEO AO PRINCPIO DA ANUALIDADE!!!!

.

AUTORIZAO E ABERTURA DE CRDITOS ORAMENTRIOS ESPECIAIS E EXTRAORDINRIOS COM VIGNCIA PLURIANUAL Constituio Federal de 1988, art. 167, 2: (...) os crditos especiais e extraordinrios tero vigncia no exerccio financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorizao for promulgado nos ltimos quatro meses daquele exerccio, caso, em que, reabertos nos limites de seus saldos, sero incorporados ao oramento do exerccio subseqente.

1.3. Princpio da Universalidade BASE CONSTITUCIONAL: art. 165, 5 da CF/88 BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 2, 3, 4 e art 6, Lei n 4.320/64 Princpio tambm consagrado na Lei 4.320/64, em seu art. 2: De acordo com o art. 3 da Lei 4.320/64: (...) a Lei do oramento compreender todas as receitas inclusive as de operaes de crdito autorizadas por lei. Enfim, A LGICA DO PRINCPIO : Todas as receitas e todas as despesas devem estar no oramento

EXCEES AO PRINCPIO DA UNIVERSALIDADE!!!! 1) Lei 4.320/64, art. 3, pargrafo nico: No se consideram para os fins deste artigo as operaes de crdito por antecipao da receita, as emisses de papel moeda e outras entradas compensatrias, no ativo e passivo financeiros(so as chamadas receitas extra-oramentrias ou ingressos extra-oramentrios); 2) As receitas e despesas operacionais de empresas pblicas e sociedades de economia mista consideradas estatais no-dependentes.

1.4. Princpio da Unidade (Totalidade) BASE CONSTITUCIONAL: art. 165, 5 da CF/88 BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 2, Lei n 4.320/64

Fiscal

1 LOA(por esfera)

3oramentos

Seguridade Social Investimentos

Este princpio estabelece que o oramento deve ser uno, ou seja, cada esfera do governo deve possuir apenas uma LOA.No pode haver mais de um oramento em cada unidade governamental. No entanto, o 5 do art. 167 da CF/88 estabelece uma tripartio do oramento: o Oramento Fiscal, o Oramento da Seguridade Social e o Oramento de Investimento das Empresas Estatais. 2 5

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ATENO!!!! Vale ressaltar que o Princpio da Unidade refere-se LOA (ateno expresso), uma vez que, oramento, cada Lei contm 3, conforme mencionado acima: Oramento Fiscal, Oramento da Seguridade Social, Oramento de Investimento das empresas estatais. Ou seja, cada LOA segregada em 3 oramentos separados. Essa sistemtica tem como objetivo garantir maior transparncia e independncia a cada um deles. 1.5. Princpio do Oramento-Bruto (PRINCPIO INFRACONSTITUCIONAL, art. 6 Lei n 4.320/64) No so permitidas compensaes no plano oramentrio Este princpio surgiu juntamente com o princpio da universalidade, expresso no art. 6 da Lei 4.320/64: (...) todas as receitas e despesas constaro da Lei Oramentria e de crditos adicionais pelos seus totais, vedadas quaisquer dedues. O 1 do mesmo artigo refora este princpio: (...) As cotas de receitas que uma entidade pblica deva transferir a outra incluir-se-o, como despesa, no oramento da entidade obrigada a transferncia e, como receita, no oramento da que as deva receber. Depreende-se, portanto, que, ao ser elaborada, a lei oramentria deve apresentar as valores constantes do oramento da seguinte forma: imagine a previso de arrecadao de R$ 100.000,00 de receita de IPVA, no oramento do Estado XYZ, que, por determinao constitucional (art. 159,III) deve repassar 50% aos municpios cujos veculos tenham sido licenciados, a forma correta de apresentao da lei em atendimento ao princpio do oramento bruto seria a seguinte. a) Forma correta

Receita IPVA

R$ 100.000,00

Despesa Transferncia aos municpios

R$ 50.000,00

b) Forma incorreta (apresentando o oramento pelo valor lquido) Receita IPVA R$ 50.000,00 Despesa Transferncia aos Municpios R$ 0

Outro exemplo: Vamos supor que um determinado Estado da federao arrecade R$ 1.000,00 de ICMS, e seja obrigado a repassar aos municpios 25% deste montante. Em atendimento ao princpio do oramento-bruto, no oramento, deve constar o total da previso da receita (R$ 1.000,00) e, na despesa, R$ 250,00 (25% pertencente aos municpios). No pode constar da pea oramentria uma receita lquida de R$ 750,00, pois este procedimento violaria o referido princpio. 1.6.Princpio da Exclusividade (ou da Pureza) (CONSTITUCIONAL) O princpio da exclusividade est previsto no art. 165; 8 da CF/88: (...) A lei oramentria anual no conter dispositivo estranho previso da receita e fixao da despesa. Significa que a lei oramentria no poder tratar de outros assuntos como, por exemplo, lei do divrcio, criao de tributos, fixao de remunerao, subsdio, etc. Depreende-se, portanto, que o oramento conter apenas matria financeira. Devido celeridade da votao de leis oramentrias, os parlamentares incluam nelas outras matrias, 2 6

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visando uma rpida aprovao de seus projetos de lei. EXCEES AO PRINCPIO DA EXCLUSIVIDADE!!!! AUTORIZAO PARA O PODER EXECUTIVO ABRIR CRDITO ADICIONAL SUPLEMENTAR (Observe que os demais crditos adicionais especiais e extraordinrios- no se incluem na exceo); AUTORIZAO PARA CONTRATAR OPERAES DE CRDITO (realizar emprstimos), AINDA QUE POR ANTECIPAO DA RECEITA.

1.7. Princpio da Discriminao, Especializao ou Especificao (INFRACONSTITUCIONAL) PALAVRA-CHAVE: DETALHAMENTO Est previsto no art. 5 da Lei 4.320/64: (...) A Lei de Oramento no consignar dotaes globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal, material, servios de terceiros, transferncias ou quaisquer outras, ressalvado o disposto no art. 20 e seu pargrafo nico. O art. 15, 1, do mesmo diploma legal tambm se refere a este princpio: (...) Na Lei de Oramento a discriminao da despesa far-se- no mnimo por elementos. 1. Entende-se por elementos o desdobramento da despesa com pessoal, material, servios, obras e outros meios de que se serve a administrao pblica para consecuo dos seus fins. A LGICA DO PRINCPIO SE RESUME AO SEGUINTE:

O oramento precisa ser detalhado, especificado, para facilitar seu entendimento e acompanhamentoDessa forma, no so admitidas dotaes globais, a EXCEO de: A primeira exceo est prevista no art. 20 da Lei 4.320/64: Os programas especiais de trabalho que, por sua natureza, no possam cumprir-se subordinadamente normas gerais de execuo da despesa podero ser custeadas por dotaes globais, classificadas entre as Despesas de Capital(so os chamados INVESTIMENTOS EM REGIME DE EXECUO ESPECIAL); A outra exceo a Reserva de Contingncias, que uma dotao global para atender passivos contingentes outras despesas imprevistas.

1.8. Princpio do Equilbrio Oramentrio (PRINCPIO INFRACONSTITUCIONAL) O equilbrio pressupe que a receita prevista na LOA deve ser igual despesa nela fixada A finalidade deste princpio a de impedir o dficit oramentrio, principalmente. No mbito da LOA, tal princpio absoluto, pois, as receitas previstas devem, rigorosamente, ser iguais s despesas fixadas. Trata-se do equilbrio formal. A priori, s recomendvel que se gaste aquilo que se tem. Assim o oramento deve funcionar como uma ferramenta de planejamento real, contemplando gastos que sero realizados em funo das receitas que sero arrecadas. Por isso no se deve prever mais receitas que despesas. 2 7

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INFORMAO CAPCIOSSSIMA!!!!Uma outra interpretao dada ao Princpio do Equilbrio e que tem sido cobrada em concursos mais recentes (2005 e 2006) que este preconiza que o governo no absorva da coletividade mais do que o necessrio para o financiamento das atividades a seu cargo, condicionando-se e realizao de dispndios capacidade efetiva de obteno dos ingressos capazes de financi-los.

1.9. Princpio da No-afetao das Receitas de IMPOSTOS (PRINCPIO CONSTITUCIONAL) Este princpio est previsto no art. 167, IV, 4 da CF/88: (...) vedada a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio do produto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para as aes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao de atividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37, XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao da receita, previstas no art. 165, 8, bem como no disposto no 4 deste artigo. A LGICA DO PRINCPIO : Os impostos, regra geral, no podem ser vinculados a rgos, entidades, fundos ou despesas

ImpostosX

Aplicao Desvinculada Pode ser Vinculado

Taxas e ContribuiesATENO!!!

Observe que o artigo veda a vinculao de impostos, significando que pode haver vinculao para as outras espcies tributrias (taxas, contribuies de melhoria, emprstimos compulsrios). por isso que a FALECIDA CPMF pode ser vinculada sade!!!! O art. 167 9 veda a criao de fundos sem prvia autorizao legislativa. Atualmente, no mbito federal, h centenas de FUNDOS, grande parte deles com recursos vinculados.EXCEES AO PRINCPIO!!!! Todos os fundos constitucionais: FPE, FPM, Centro Oeste, Norte, Nordeste, Compensao pela exportao de produtos industrializados etc; Fundo de Manuteno e Desenvolvimento do Ensino Bsico e da Valorizao do Magistrio (FUNDEB); Aes e servios pblicos de sade; Garantias s operaes de crdito por antecipao da receita(ARO); Atividades da Administrao Tributria; Vinculao de impostos estaduais e municipais para prestao de garantia ou contragarantia Unio(contragarantia a garantia que o Estado ou Municpio so obrigados a oferecer Unio, quando esta concede uma garantia para uma entidade internacional, por exemplo, o Banco Mundial, referente a um emprstimo tomado por Estado ou Municpio).

1.10. Princpio da Publicidade (CONSTITUCIONAL) A publicidade, um dos princpios fundamentais que regem a Administrao Pblica, tem o objetivo de levar ao conhecimento de todos(TRANSPARNCIA) os atos praticados pela Administrao. Este princpio foi acolhido como princpio oramentrio pela CF/88, de acordo com o art. 165, 3 : (...) O Poder Executivo publicar, at trinta dias de encerramento de cada bimestre, o relatrio resumido da 2 8

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execuo oramentria. Depreende-se, portanto, que o oramento, para produzir seus efeitos, precisa ser publicado no Dirio Oficial correspondente a cada esfera (a LOA da Unio no DOU, a do Estado no DOE e do Municpio no DOM, quando houver). Caso o Municpio no possua Dirio Oficial, o mesmo pode ser publicado em jornal local. 1.11 Princpio da Programao (CONSTITUCIONAL E INFRACONSTITUCIONAL) um dos mais modernos princpios oramentrios que surgiu com a evoluo dos conceitos e tcnicas oramentrias. De acordo com esse princpio, o oramento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como instrumento de administrao do governo, facilitando a fiscalizao, gerenciamento e planejamento. De acordo com esse princpio, os programas regionais devem estar em consonncia com o Plano Plurianual (PPA). 1.12. Princpio da Clareza (PRINCPIO DOUTRINRIO) Estabelece que o oramento deve ser apresentado em uma linguagem clara e compreensvel para qualquer cidado. 1.13 Princpio da Unidade de Caixa ou de Tesouraria BASE CONSTITUCIONAL: art. 164, 3, CF/88 BASE INFRACONSTITUCIONAL: art. 56, Lei n 4.320/64

UNIDADE DE = CAIXA NICO = CONTA CONTBIL CAIXA DO TESOURO NICAAmplamente definido pela legislao, tal regra principiolgica obriga que os entes pblicos recolham o produto de sua arrecadao em uma Conta nica, com a finalidade de facilitar a administrao e melhor controle e fiscalizao da aplicao desses recursos. Esse caixa nico CUTN abriga todas as receitas oramentrias e as extraoramentrias, que so os ingressos de recursos de terceiros e que, via de regra, sero devolvidos no futuro. Falaremos desses conceitos mais adiante, no assunto Receita Pblica. Este princpio reza que os recursos do governo devem ser recolhidos em conta nica facilitando a administrao e o controle. No deve ser confundido com o princpio da unidade oramentria. No mbito da Unio, este princpio obedecido pela criao da Conta nica do Tesouro Nacional. Esta conta mantida no Banco Central do Brasil, operacionalizada pelo Banco do Brasil S.A. (seu agente financeiro) e administrada pela STN Secretaria do Tesouro Nacional. Depreende-se, portanto, que os valores arrecadados pelo governo devem ser contabilizados em uma nica conta caixa, evitando-se, dessa forma, a existncia de caixas paralelos, fracionados. No se quer afirmar com isso que exista apenas uma conta-corrente(bancria). O que se deseja uma nica conta contbil. EXCEES AO PRINCPIO!!!! FUNDOS ESPECIAIS: possuem, dada a sua prpria natureza, gesto descentralizada, tais como o FUNDEF, FMDA, FUNDET e outros.

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OUTROS PRINCPIOS: Princpio da quantificao dos crditos oramentrios e adicionais:

Princpios da proibio do estorno de verbas (ou do no estorno):

Princpio da precedncia:

Princpio da uniformidade ou padronizao:

1. Conceito

RECEITAPBLICATEORIA

O Estado, para fazer face s suas obrigaes, necessita de recursos que podem ser obtidos junto coletividade ou atravs do endividamento pblico. O conjunto desses recursos que se chama receita pblica. atravs dela que o Estado poder atender s demandas diversas da sociedade, como sade, educao e segurana. A receita pblica, portanto, corresponde a todo recebimento ou ingresso de recursos financeiros arrecadados pela entidade com o fim de ser aplicado em gastos operacionais e de administrao, ou seja, todo recurso obtido pelo Estado para atender as despesas pblicas. Cabe ressaltar, no entanto, que o Estado arrecada recursos que so incorporados definitivamente ao patrimnio; a estes chamamos de receitas oramentrias, e arrecada recursos que sero restitudos no futuro, caracterizando-se em simples ingressos financeiros ou de caixa, denominados receitas extra-oramentrias. H que se distinguir, ainda, nas chamadas receitas oramentrias, duas modalidades de recebimentos: as receitas efetivas, que se caracterizam por entradas de numerrios sem as correspondentes sadas de outros elementos patrimoniais, e os recebimentos que decorrem da excluso de valores ou bens patrimoniais, denominados receitas por mutao patrimonial. Observe o grfico a seguir.

RECEITA PBLICA(Ingressos de recursos)

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NATUREZA

CONTABILIDADE PELO REGIME DE CAIXA(Art.35 Lei 4.320/64)

ORAMENTRIAFonte de recursos efetiva ou por mutao, pertencentes ao Estado, ou seja, no sero restitudos no futuro, previstos ou no na lei oramentria e que ser utilizado no financiamento de despesas pblicas

EXTRA-ORAMENTRIARecursos que sero restitudos no futuro, uma vez que pertencem a terceiros e constituem simples ingressos financeiros e transitrios no caixa do Estado, destinados ao pagamento de despesas extra-oramentrias.

Enfim, RECEITA, EM SENTIDO LATO, NA ADMINISTRAO PBLICA, CORRESPONDE A TODOS OS RECEBIMENTOS DE RECURSOS FINANCEIROS NOS COFRES PBLICOS (REGIME DE CAIXA PARA AS RECEITAS)

2. Classificao das ReceitasPode ser classificada segundo diferentes critrios, quais sejam: Quanto vinculao ao oramento; Quanto categoria econmica (classificao por natureza); Quanto ao poder de tributar (competncia); Quanto afetao patrimonial (impacto no patrimnio); Quanto regularidade (uniformidade); Quanto coercitividade. 2.1.Quanto natureza, as receitas podem ser classificadas em oramentrias ou extra-oramentrias. ORAMENTRIAS: considera-se receita oramentria a arrecadao de recursos financeiros, necessrios ao atendimento dos programas de governo estabelecidos na LOA, sob as rubricas prprias. a receita prevista ou no no oramento e que no possui carter devolutivo. So receitas oramentrias apenas os valores passveis de previso

????

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ATENO!!!

Nos termos do art. 57 da Lei n 4.320/64, excetuando as receitas extra-oramentrias, sero classificadas como receita oramentria, sob as rubricas prprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operaes de crdito, ainda que no previstas no oramento. Exemplo: a omisso da previso de determinado imposto na LOA, em razo de erro, no ensejar a sua classificao como extra-oramentria; Para definir uma receita como oramentria o relevante saber se a sua natureza oramentria. Passveis de oramentao; Recursos pertencentes ao Estado;

ATRIBUTOS DAS RECEITAS ORAMENTRIAS

Previsveis ou no na LOA; Fonte de recursos para financiamento da despesa pblica

EXTRA-ORAMENTRIAS: Consiste em ingressos financeiros transitrios e de carter temporrio, que sero restitudos nos futuros sob a forma de despesas extra-oramentrias, provocando o surgimento de passivos financeiros, uma vez que no pertencem ao Estado e no integram o oramento, pois so crditos de terceiros, que a caixa do Tesouro acolhe como simples depositrio. So as receitas previstas no pargrafo nico do artigo 3 da Lei 4.320/64.

Exemplos: ARO operaes de crdito por antecipao da receita oramentria; Caues em dinheiro recebidas; Depsitos de terceiros em garantia; consignaes em folha de pagamento; salrios de servidores no-reclamados; retenes em folha de pagamento no pagas e que dependam de repasses aos credores dos recursos(INSS, FGTS); valores recebidos de bens de ausentes; valores registrados em depsitos de diversas origens(na conta corrente do governo) de que no se sabe a procedncia, que renem os depsitos administrativos e judiciais; herana; inscries em restos a pagar; o servio da dvida a pagar; os saldos em poder dos fundos especiais; os demais valores ou ingressos de recursos financeiros, obtidos em carter temporrio com caractersticas de transitoriedade e classificao da obrigao no passivo.

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PRINCIPAIS CARACTERSTICAS DAS RECEITAS EXTRAORAMENTRIAS

RECURSOS NO PERTENCENTES AO ESTADO; RECURSOS PERTENCENTES A TERCEIROS; CARTER DE TRANSITORIEDADE E TEMPORALIDADE; CORRESPONDENTES A OPERAES NO- ORAMENTRIAS; SERO RESTITUDOS NO FUTURO SOB A FORMA DE DESPESAS EXTRAORAMENTRIAS; PROVOCAM O SURGIMENTO DE PASSIVOS FINANCEIROS;

O econmica, AO ARRECAD-LA, ATUA em receitas correntes e receitas de 2.2 Quanto categoriaESTADO, as receitas podem ser classificadas COMO FIEL DEPOSITRIO DO RECURSO. capital.(NOTA!!!! Essa uma classificao da Lei n 4.320/64 artigo 11) Conforme as normas legais, a receita pblica oramentariamente estruturada em duas categorias econmicas e classificada nos demonstrativos contbeis em subcategorias econmicas conforme segue: RECEITAS CORRENTES 1. TRIBUT ria 2. CON tribuies 3. P atrimonial 4. A gropecuria 5. I ndustrial 6. S ervios 7. Transferncias Correntes 8. Outras Receitas Correntes RECEITAS DE CAPITAL 1. OPE raes de Crdito 2. ALI enao de Bens 3. AMOR tizao de Emprstimos 4. Transferncias de Capital 5. Outras Receitas de Capital

FRASE MNEMNICA PARA RECEITAS CORRENTES TRIBUTA CON PAIS FRASE MNEMNICA PARA RECEITAS DE CAPITAL OPERA ALI AMOR Duas subcategorias econmicas so comuns s duas categorias: As Transferncias e Outras Receitas, que sero corrente ou de capital conforme o caso!!!!

Informao capciosa!!!! A classificao quanto categoria econmica aplica-se, to-somente, s receitas oramentrias, ficando de fora dessa classificao as receitas extra-oramentrias (ingressos extraoramentrios).

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