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P R O J E C T O M O B I L I D A D E S U S T E N T Á V E L
RELATÓRIO DE PROPOSTAS
Município de Arcos de Valdevez
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO............................................................................. 3
2. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO E OBJECTIVOS PRIORITÁRIOS DE INTERVENÇÃO..... 5
3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA PROPOSTA ............................................. 8
3.1. Enquadramento geral da proposta.................................................... 8
3.2. Definição da proposta .................................................................10
3.3. Pormenorização da proposta da cobertura dos arruamentos pedonais ........12
4. CONCLUSÃO .............................................................................16
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Localização dos arruamentos pedonais sujeitos a uma possível intervenção ................. 9
Figura 2 – Esquema funcional de intervenção para a área de estudo (Centro Histórico ) ..............10
Figura 3 – Esquema de intervenção para a zona do Centro Histórico (frua 25 de Abril) ................12
Figura 4 – Planta de Implantação da estrutura da cobertura................................................13
Figura 5 – Secção Longitudinal da Rua 25 de Abril ............................................................13
Figura 6 – Fotomontagem da cobertura para Rua Cerqueira Gomes (Sul) .................................14
Figura 7 – Fotomontagem da cobertura para Rua Cerqueira Gomes (Norte)..............................15
Figura 8 – Perspectiva/Alçado de um elemento estrutural base............................................16
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1. INTRODUÇÃO
Neste relatório serão desenvolvidas algumas propostas resultantes da fase de definição dos
objectivos e conceito de intervenção elaboração do Plano de Mobilidade Sustentável de Arcos
de Valdevez, que foram precedidos de uma fase inicial relativa ao diagnóstico da situação
existente, em termos de mobilidade do principal aglomerado urbano do município, composto
pelas freguesias de Arcos de Valdevez (Salvador), Arcos de Valdevez (São Paio), Giela,
Guilhadeses, Parada e Vila Fonche, que representa uma área de aproximadamente 3,5 km2, de
um total de cerca de 450 km2 correspondente à área das 51 freguesias do município.
Na primeira fase do Plano de Mobilidade, referente ao diagnóstico da situação existente,
realizou-se o levantamento e caracterização da oferta e procura do sistema de transportes, e
avaliou-se a respectiva adequação da oferta à procura. Para além disso, foram identificadas as
principais condicionantes à evolução da mobilidade relativos aos diferentes modos de
transporte (motorizados e suaves) inerentes ao funcionamento dos diversos subsistemas do
sistema global de transportes, através da interpretação do funcionamento e conhecimento dos
principais aspectos relacionados com a rede viária do município e da área de estudo (âmbito
urbano), da rede de Transportes Rodoviários Colectivos, do sistema de estacionamento, e da
rede relativa aos modos suaves (pedonal e ciclável).
Na fase de definição dos objectivos e conceito de intervenção em termos de mobilidade da
área mencionada, realizou-se a caracterização e definição dos principais objectivos de futuras
intervenções de carácter prioritário, tendo em consideração o conceito multimodal de
deslocações, os principais resultados do diagnóstico e das principais condicionantes à evolução
da mobilidade. Importa salientar, a introdução da visão estratégica das entidades responsáveis
pela gestão e organização do sistema de transportes do Município, em relação às principais
medidas a tomar no domínio do planeamento e gestão urbanística inerentes à elaboração do
relatório de propostas de intervenção.
Por último, dentro de um conjunto de hipotéticos campos de intervenção definidos pela
Agência Portuguesa do Ambiente relativas à organização das circulações e planeamento e
gestão urbanísticas, das quais se destacam: a hierarquização da rede viária e sentidos de
circulação; o ordenamento e funcionamento dos principais entroncamentos, pontos de conflito
e de acidentes com os peões; a afectação do espaço viário aos seus diferentes utilizadores; a
organização da oferta e gestão do estacionamento; o estudo e definição dos principais circuitos
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do serviço de transportes colectivos; a organização das cargas e descargas; as intervenções
prioritárias ao nível da reconstrução do espaço viário e pedonal; e finalmente, a criação de
ciclovias, apresentam-se um conjunto de propostas de intervenção premente.
Para o caso especifico de Arcos de Valdevez, foram desenvolvidos dois objectivos de
intervenção para os quais se definiram uma série de acções prioritárias, das quais apenas será
desenvolvida, no âmbito deste relatório, proposta referente à reorganização dos usos de solo
na área central da cidade, de modo a fomentar o modo de transporte pedonal nessa área.
A proposta apresenta um conceito inovador para a transformação de áreas urbanas de interesse
histórico e cultural inequívoco, mas com pouca vitalidade económica baseada num comércio
tradicional pouco atractivo em termos de grandes massas populacionais e com horários
adequados a uma procura temporalmente estacionária. Deste modo será desenvolvido uma
proposta de reestruturação dos usos de solo na área de estudo de modo a fomentar as
deslocações a pé e a permanência dos peões por períodos mais prolongados e fora dos períodos
laborais convencionais. Associado a este facto será apresentada uma proposta que permita
melhorar fisicamente as condições de estará e circular dos peões nessa área.
A equipa do Plano é constituída pelos especialistas do C-TAC: Centro de Transportes Ambiente
e Construção da Universidade do Minho, a saber:
- Prof. José F. G. Mendes, coordenador
- Mestre Paulo Ribeiro, especialista em Transportes e Mobilidade
- Arq. André Fontes, especialista em Urbanismo
e, pela equipa da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, liderada pelo Arq. Carlos Machado,
que presta colaboração necessária e respectiva análise dos assuntos que são apresentados
neste relatório.
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2. SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO E OBJECTIVOS PRIORITÁRIOS DE INTERVENÇÃO
Em termos globais foi identificado o seguinte conjunto problemas que poderão por em causa o
desenvolvimento sustentável da área de estudo, que são em termos de:
Acessibilidade
- rede viária que serve a área de estudo com poucas infra-estruturas de nível
hierárquico superior em termos da função de circulação, que são a Estrada Nacional
(EN)101 e a EN303, e o Itinerário Complementar (IC 28) que conecta a sede da Vila com
a rede fundamental de estradas através da EN101.
- actualmente, a EN101 é o principal eixo de circulação para o tráfego motorizado,
especialmente para o tráfego de atravessamento
- já está prevista a construção de uma Variante à EN101
- malha viária pouco regulara da área do Perímetro Urbano da Vila de Arcos de Valdevez
apresenta alguns problemas funcionais e estruturais, arruamentos de traçado e
dimensões dos perfis transversais pouco adequadas.
Transportes colectivos
- a Vila de Arcos de Valdevez é apenas servida por transportes rodoviários colectivos de
administração privada e serviço público.
- não existe um serviço de carreiras urbanas, sendo o transporte urbano assegurado
pelo serviço de âmbito mais local entre as freguesias do concelho e a sede do concelho.
- o operador de transportes colectivos – Salvador, domina o transporte local do
município, que apresenta uma frota de autocarros com idade média é superior a 10
anos e respectiva imagem exterior e interior pouco cuidada e aprazível.
- o Centro Coordenador de Transportes de Arcos de Valdevez está situado a Norte do
Perímetro Urbano, junto aos principais estabelecimentos de ensino da área.
- ao nível das viagens intra-concelhias, o transporte colectivo assume um papel muito
importante, representando em 2001 cerca de 40% do volume total de viagens para a
população escolar, e um valor inferior a 20% para a população activa residente.
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- o conjunto de paragens no interior da área de estudo permite garantir um bom grau
de cobertura espacial ao Transporte Colectivo em quase toda a área de estudo, excepto
nas freguesias de Parada e Giela.
. os passageiros de TC apresentam como aspectos mais negativos:
- as condições das paragens em termos de conforto e comodidade
- a frequência e adequação dos horários às necessidades dos utentes
- a qualidade do material circulante e a limpeza
. o transporte colectivo de passageiros embora seja mais sustentável, não consegue
competir com a qualidade de serviço que o automóvel particular oferece.
Estacionamento
- não existem grandes problemas de estacionamento,
. o estacionamento em Parque representa cerca de 50% do estacionamento observado
na Via Pública, sendo 96% da oferta de lugares isenta de pagamento, quer na via
pública, quer em Parque.
. o estacionamento na Via Publica sujeito a pagamento representa menos de 10% da
oferta global de estacionamento do Perímetro Urbano, verificando-se que esta medida
é aplicada especialmente para promover a sua rotatividade em determinados locais.
Modos suaves (pedonal e ciclável)
. o modo ciclável é apenas utilizado para efeitos de lazer e apresenta pouquíssimo
impacto nos padrões de mobilidade dos arcuenses.
. não existe uma rede ciclável na vila devido a problemas de conectividade da rede,
sobretudo associadas à orografia do terreno.
. o modo pedonal assume alguma relevância nas deslocações escolares e da população
activa.
. o modo pedonal perdeu alguma importância no período entre 1991 e 2001,
verificando-se uma redução para a população estudante que desloca a pé de 42% para
35%, e para a população activa de 77% para 44%.
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. os principais percursos pedonais realizam-se em torno da EN101, aproveitando por um
lado a qualidade paisagística que o Rio Vez oferece e, por outro, um conjunto de
equipamentos que nunca se encontram a mais de 500 metros desse eixo viário.
. alguns arruamentos pedonais localizados na zona do Centro Histórico, podem
contribuir para atrair mais pessoas a se deslocarem a pé na área do Perímetro Urbano,
em vez de utilizarem outros modos de transporte.
Os objectivos prioritários de intervenção
A combinação dos principais problemas com os objectivos e estratégia da Câmara Municipal ao
nível da mobilidade para a área de estudo do Perímetro Urbano de Arcos de Valdevez, foi
possível estabelecer dois grandes objectivos de intervenção, que são:
A – Potenciar a utilização do modo pedonal nas principais deslocações diárias através
de um aumento da vitalidade da zona do centro histórico;
B – Proteger o centro urbano da Vila em relação ao tráfego de atravessamento.
Para cada um dos objectivos especificados foi apresentado um conjunto de acções, que
poderiam conduzir ao desenvolvimento de um conjunto de propostas perfeitamente
independentes. Das acções propostas que será mais detalhada neste trabalho são as seguintes
acções:
A1 - Reforçar a vocação pedonal do centro da vila, através da implantação de uma
área de arruamentos pedonais com cobertura, de modo a garantir bons níveis de
comodidade aos peões em geral no desempenho das suas actividades.
A2 – Alterar o sistema de estacionamento de modo a garantir o sucesso da implantação
de uma zona pedonal coberta e evitar o aparecimento de estacionamento ilegal.
A3 - Eliminar possíveis barreiras arquitectónicas e de mobiliário urbano instaladas nos
passeios em processos de reconstrução urbana, e melhorar a acessibilidade aos
principais equipamentos públicos da vila para as pessoas com mobilidade reduzida.
A4 – Fortalecer a integração dos espaços verdes existentes e do rio nos principais
percursos dos modos suaves.
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3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA PROPOSTA
3.1. Enquadramento geral da proposta
Tendo por base os resultados obtidos na fase de diagnóstico, assim como os principais
objectivos prioritários de intervenção e acções correspondentes à fase de definição do conceito
e objectivos de intervenção, nesta fase será apresentada uma proposta de requalificação da
Zona de São Paio referente a área ocidental do Centro Histórico da Vila, classificada no Plano
de Urbanização como Zona de Interesse Cultural.
A proposta afectará os seguintes arruamentos pedonais: Rua 25 de Abril, Rua General Norton de
Matos e Rua Cerqueira Gomes, em relação às quais se pretende criar um espaço integrador de
diferentes funções desempenhadas nos ambientes urbanos relativas aos modos suaves, como
sejam a circulação, a permanência no espaço para efeitos de lazer, compras entre outras. Essa
integração assentará na aplicação equilibrada dos princípios básicos de desenvolvimento
económico, social e ambiental que melhor se ajustem à área de estudo.
A requalificação do espaço tem subjacente a aplicação de modelos teóricos utilizados para a
criação de um espaço comercial concentrado, vulgo Shopping Center, tentando-se adaptar os
princípios base dessas teorias às particularidades inerentes ao caso concreto da área urbana em
estudo, que apresenta tipologia de uso do solo pouco atractiva, de âmbito tradicional e, que
em termos urbanísticos possui um grupo de ineficiências funcionais e estruturais do edificado
existente, semelhante a muitos centros históricos portugueses, que se traduz, por exemplo, na
presença de um vasto conjunto de edifícios devolutos, ou com fachadas pouco tratados.
Um dos grandes problemas da área em análise é a falta de capacidade em fixar os residentes e
visitantes por longos períodos de tempo, uma vez que o comércio local apresenta um carácter
fortemente tradicional e a maioria dos equipamentos existentes apenas funcionam durante a
semana e num período típico associado ao funcionamento dos principais equipamentos
públicos. Deste modo, constata-se que existe um défice de oferta de eventos de âmbito social
e cultural no período pós-laboral, e sobretudo durante o período do fim-de-semana.
È de salientar que a cidade apresenta um raio inferior a 2km, tornando o modo pedonal o mais
apropriado para a realização da maioria das principais deslocações diárias, sendo que a
requalificação da área central do Centro Histórico da Vila dos Arcos de Valdevez é, aqui,
entendida como uma forte medida de intervenção no sentido de fomentar as deslocações a pé
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nessa área e assim ser considerada o principal motor de desenvolvimento do Perímetro Urbano
e, hipoteticamente, para todo o Município, uma vez que esta funcionará como o “grande” pólo
atractor de viagens dessas áreas. Na Figura 1 é possível observar a área (constituída por um
conjunto de arruamentos pedonais) que será alvo de uma proposta de intervenção.
ID dos Equipamentos1, Centro de Formação e Exposições
2, Campo da Feira
3, Repartição das Finanças
4, Centro Comunitário São José
5, Centro de Saúde
6, Cruz Vermelha Portuguesa
7, Atlântica/ Ceval
8, Delegação do PNPG/ ICN
9, Centro Regional de Segurança Social
10, Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico
11, Cemitério Municipal
12, Centro Municipal de Informação Turismo
13, Câmara Municipal
14, Tribunal
15, Casa das Artes e Biblioteca Municipal
16, Centro de Emprego e Formação Profissional
17, Mercado Municipal
18, Bombeiros Voluntários de Arcos de Valdevez
20, Escola Básica 2º e 3º Ciclos, Secundária
22, Pavilhão Municipal
23, Centro Coordenador de Transportes
25, Zona Desportiva (Estádios e Piscinas)
27, Escola Pré-primária de Giela
28, GNR - Guarda Nacional Republicana
.
0 250125
Metros
Equipamento
Tipologia
Adiministrativo
Comércio
Cultural
Desporto
Ensino
Social
Transporte
Rede Viária - Arcos
Rede Municipal
EN 101
EN 303
IC 28
Centro Histórico
Área Pedonal (ruas e praças)
Área de Estudo
CM
132
2
EN 101
EN 303
EN 2
02
EM 530
CM 1306
EN 2
02
EN 1
01
EN 101
EN 101
EN 2
02
EN 202
25
20
54
23
1011
28
17
18
7
2227
8
15
14
9
13
12
3
6
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Figura 1 – Localização dos arruamentos pedonais sujeitos a uma possível intervenção
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3.2. Definição da proposta
A proposta de requalificação do centro histórico dos Arcos de Valdevez tem como principal
objectivo aumentar os índices de atractividade dessa área de modo a aumentar os respectivos
fluxos pedonais e condições de permanência, acessibilidade e circulação dos peões nas suas
diversas facetas. Através da criação de uma infra-estrutura com características especificas que
permita aos peões a realização as suas deslocações de forma segura e cómoda, tentando tirar o
máximo partido dos serviços existentes, ou que possam vir a existir, nessa área.
No esquema seguinte é apresentado o esquema teórico subjacente à solução preconizada para
a área de estudo.
Figura 2 – Esquema funcional de intervenção para a área de estudo (Centro Histórico - Ocidente)
O processo de revitalização urbana e promoção do modo pedonal nesse espaço consiste na
promoção de equipamentos urbanos com capacidade para gerar fluxos de tráfego de peões
entre os quatro pontos-chave (extremidades dos arruamentos pedonais), assim como a
instalação de “lojas âncora” com capacidade de gerar fluxos pedonais com funções de carácter
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predominantemente comerciais, e que possibilitem de igual modo a canalizar e potenciar a
actividade comercial para as lojas de pequena escala (comércio local).
O aumento das taxas de utilização da área de intervenção, definida na Figura 1 e Figura 2,
permitirão aumentar a vitalidade e assegurar a viabilidade económica desse espaço, o que
permite cumprir os princípios básicos subjacentes a aplicação de politicas de desenvolvimento
sustentável em meio urbano. O aumento da vitalidade dos arruamentos pedonais associada à
reestruturação da tipologia da ocupação dos quatro pontos-chave apresentados, pode fracassar
se não forem oferecidas boas condições aos peões em termos de segurança, comodidade e
conforto de permanência e circulação nos arruamentos.
Assim, a proposta de intervenção passa pela melhoria das condições locais do espaço público
dos arruamentos pedonais indicados na figura anterior. Quando o principal objectivo é a
garantia da comodidade e conforto oferecida aos peões, torna-se necessário que a rua, durante
todo o ano, consiga oferecer condições de circulação abrigadas do sol e calor nos dias Verão e
da chuva e frio no Inverno, garantindo um serviço semelhante encontrado num edifício de um
Shopping Center.
Noutros casos, quando o objectivo consiste em assegurar o aumento da segurança dos peões em
arruamentos pedonais com baixos fluxos de tráfego, surge logo a hipótese mais radical da
instalação de sistemas de vigilância e segurança. Porém, a forma mais eficaz e menos
dispendiosa de se elevarem os padrões de segurança consiste no aumento dos fluxos pedonais
per si, uma vez que a presença de peões ao longo de um espaço transmite o sentimento de
companhia, o que reforça a seguinte ideia: “Não estou sozinho!”
Por outro lado, as questões relacionadas com a iluminação do espaço podem contribuir,
significativamente, para uma clara melhoria das condições de visibilidade, e
consequentemente da comodidade e da segurança.
Deste modo, para além de ser necessário realizar alterações significativas na tipologia de
ocupação do edificado das ruas da área de intervenção, como seja a introdução de lojas
relacionadas com importantes grupos comerciais que, à partida, garantam bons níveis de
procura fora de período de funcionamento das instituições públicas. Analogamente, é muito
importante providenciar a cobertura dos arruamento pedonais afectados, sendo neste caso
concreto pertinente manter as características naturais do espaço, especialmente através da
minimização do impacte da estrutura proposta na fisionomia dos arruamentos afectos a esta
solução, e do efeito de barreira que a estrutura poderá ter na passagem da luz natural.
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3.3. Pormenorização da proposta da cobertura dos arruamentos pedonais
Na figura seguinte apresenta-se uma fotomontagem do arruamento pedonal com a maior
pendente (Rua 25 de Abril), onde é possível observar a preocupação existente em criar uma
infra-estrutura com o menor impacto visual possível, especialmente traduzido no material
translúcido que se propõe para a cobertura, assim como a atribuição de outras funções à
estrutura metálica relacionadas por exemplo com a colocação de bancos.
Figura 3 – Esquema de intervenção para a zona do Centro Histórico (fotomontagem - rua 25 de Abril)
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De seguida são apresentados alguns desenhos técnicos, mais propriamente a planta de
implantação da cobertura proposta para os arruamentos, e um corte/alçado da Rua 25 der
Abril, para além de outras fotomontagens com realizadas para a Rua Cerqueira Gomes.
. Planta de Implantação
Figura 4 – Planta de Implantação da estrutura da cobertura
. Corte Longitudinal da Rua 25 de Abril
Figura 5 – Secção Longitudinal da Rua 25 de Abril
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. FOTOMONTAGEM - Rua Cerqueira Gomes
Figura 6 – Fotomontagem da cobertura para Rua Cerqueira Gomes (Sul)
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Figura 7 – Fotomontagem da cobertura para Rua Cerqueira Gomes (Norte)
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Por último, com o objectivo de tornar possível a percepção do conceito subjacente à estrutura
de suporte da cobertura apresenta-se uma perspectiva/ alçado de parte de um elemento
estrutural base.
Figura 8 – Perspectiva/Alçado de um elemento estrutural base
4. CONCLUSÃO
A fase de elaboração de propostas de intervenção no âmbito do Plano de Mobilidade
Sustentável dos Arcos de Valdevez culminou com o desenvolvimento de uma linha de acção que
prevê uma reestruturação urbana de quatro pontos-chave zona do centro histórico, tendo como
objectivo a fomentação dos fluxos pedonais nessa área, através da criação de espaços
simbióticos de equipamentos urbanos e lojas “âncora”.
De modo a melhorar as condições oferecidas aos peões para as suas deslocações a pé é
apresentada uma proposta de cobertura, em relação à qual é prevista uma solução estrutural
arrojada em termos urbanísticos, que permita ter impacto suficiente para ser um elemento
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atractivo para a área e se possível para toda a região, e por outro lado esteja apropriada às
necessidades dos residentes e habitantes locais.
Em suma, a solução apresentada tem como principal objectivo a melhoria das condições
oferecidas aos peões na zona Ocidental do Centro Histórico em termos de segurança e
comodidade para a realização das diversas funções associadas às actividades dos peões.